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CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
ADRIANA VIEIRA SANTOS
A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
São Paulo
2017
ADRIANA VIEIRA SANTOS
A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu
Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental
Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon
Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins
São Paulo
2017
Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.
Santos, Adriana Vieira A Eficácia da Terapia Cognitivo Comportamental na prevenção e tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático Adriana Vieira Santos, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2017. 26 f. + CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 1. Transtorno de Estresse Pós-Traumatico, 2. Terapia Cognitivo Comportamental. I. Santos, Adriana Vieira. II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.
Adriana Vieira Santos
A Eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental na prevenção e tratamento do
Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
Monografia apresentada ao Centro de Estudos em
Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das
exigências para obtenção do título de Especialista
em Terapia Cognitivo-Comportamental
BANCA EXAMINADORA
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
Parecer: ____________________________________________________________
Prof. _____________________________________________________
São Paulo, ___ de ___________ de _____
EPÍGRAFE
" Os sonhos não determinam o lugar onde iremos
chegar , mas produzem a força necessária para
tirar-nos do lugar em que estamos"
(Augusto Cury)
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Deus, pela saúde e fôlego de vida
a mim concedido, a todas as pessoas que contribuíram direta e
indiretamente para meu crescimento profissional e pessoal
através de apoio, orientação, orações. Em especial, ao meu
esposo, filhas, minha querida mãe, meus familiares e aos meus
mestres.
AGRADECIMENTOS
A minha querida mãe, a pequena grande mulher que é o meu maior exemplo de
força, dedicação, persistência e humildade.
Ao meu grande amigo e amado esposo, por seu apoio, incentivo e paciência.
As minhas filhas, pelo apoio e compreensão.
Aos meus colegas, pelos momentos compartilhados e pelas trocas de informações.
Aos meus professores, por compartilharem seus conhecimentos com grande
maestria.
A orientadora Prof.ª Dr.ª Renata Trigueirinho Alarcon, por sua paciência, atenção e
dedicação na orientação deste trabalho.
RESUMO
O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é caracterizado pelo
desenvolvimento de sintomas que se manifestam imediatamente ou dentro de um
período de três meses após a exposição do individuo a um evento traumático que
pode compromete a qualidade e funcionalidade da pessoa OBJETIVO: analisar, por
meio de revisão bibliográfica, a eficácia dos tratamentos apresentados para os casos
de TEPT utilizando a terapia cognitivo-comportamental. METODOLOGIA: foi
realizada por meio de revisão bibliográfica, através da leitura de artigos científicos e
livros para seleção. Utilizando Scielo, Lilacs e Google Acadêmico, como base de
dados para pesquisa dos artigos em português, com as palavras chave: Transtorno
de estresse pós-traumático, transtorno pós-traumáticos, terapia cognitivo-
comportamental, estresse, traumático. RESULTADOS: Os estudos demonstraram
que o paciente com TEPT tratados com a TCC pode se beneficiar muito com a
identificação das distorções e a reestruturação cognitiva, através da utilização de
protocolos utilizados em vários transtornos, minimizando as associações
estabelecidas após o trauma e que provocam um estado de estresse e ansiedade
acompanhada de muito sofrimento e através de técnicas de exposição é possível
promover a redução da dor e aumentando as possibilidades de enfrentamento,
maior funcionalidade e melhor qualidade de vida. CONCLUSÃO: Assim, foi possível
identificar que a TCC pode ser uma ferramenta muito importante e eficaz para
tratamento clínico dos pacientes com Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
Palavras-chave: Transtorno de estresse pós-traumático, transtorno pós-traumático,
terapia cognitivo-comportamental, estresse, traumático.
ABSTRACT
Post-traumatic stress disorder (PTSD) is characterized by the development of
symptoms that manifest immediately or within a period of three months after the
individual's exposure to a traumatic event that may compromise the person's quality
and functionality. OBJECTIVE: to analyze, through a literature review, the efficacy of
treatments presented for PTSD cases using cognitive-behavioral therapy.
METHODOLOGY: it was performed through a bibliographical review, through the
reading of scientific articles and books for selection. Using Scielo, Lilacs and Google
Scholar, as a database to search articles in Portuguese, with the following keywords:
Posttraumatic stress disorder, posttraumatic disorder, cognitive-behavioral therapy,
stress, traumatic. RESULTS: Studies have shown that patients with PTSD treated
with CBT can benefit greatly from the identification of distortions and cognitive
restructuring through the use of protocols used in various disorders, minimizing the
associations established after the trauma and provoking a state of stress and anxiety
accompanied by much suffering, and through exposure techniques it is possible to
promote the reduction of pain and increase the possibilities of coping, greater
functionality and better quality of life. CONCLUSION: Thus, it was possible to identify
that CBT can be a very important and effective tool for the clinical treatment of
patients with Post Traumatic Stress Disorder.
Keywords: Posttraumatic stress disorder, posttraumatic disorder, cognitive-
behavioral therapy, stress, traumatic.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2 OBJETIVO .............................................................................................................. 13
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 14
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 15
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 21
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 24
9
1 INTRODUÇÃO
Segundo Figueira e Mendlowicz (2003), o conceito de evento traumático
tem sido sempre revisto desde a oficialização do diagnóstico em 1980 havendo uma
expansão do conceito. A possibilidade de o trauma ser de origem orgânica ou
psicológica esteve em pauta para debates desde o envolvimento da psiquiatria com
pacientes traumatizados (SCHYESTATSK et al., 2003).
Em 1959, ocorreu A primeira relação psicológica entre histeria, somatização e
traumas sexuais na infância, desenvolvida por Pierre Briquet, um psiquiatra francês
e, em 1889 foi utilizado o termo “neurose traumática”, pelo neurologista alemão
Herman Oppenheim, com um olhar orgânico. A partir destes estudos, pesquisadores
como, Pierre Janet e Sigmund Freud, foram desenvolvendo novas relações entre
componentes emocionais e traumas, até a chegada de grandes conflitos e violências
devido à guerra, surgindo então a “neurose de guerra” indicando algo muito mais
complexo, até chegar ao termo que utilizamos nos dias atuais “Transtorno de
Estresse Pós-Traumático” (TEPT), considerando a intensidade dos sintomas
apresentados pelo individuo e dimensão do evento traumático (SCHESTATSKY et
al., 2003).
Quando o individuo é vitima de a uma situação de inesperada, violenta e
trágica, por exemplo, estrupo, acidente de transito, sequestro, perde o controle físico
e psicológico da situação, altera os padrões normais da neuroquímica, e
compromete a cognição e o comportamento (KNAPP; CAMINHA, 2003).
Cognição é um termo amplo que envolve “o processo de obter, organizar e
usar o conhecimento intelectual” (SADOCK; SADOCK, 2007, p. 172 apud MAIOR;
COSTA, 2013).
No cérebro, as alterações decorrentes do trauma, são uma tentativa de
resposta adaptativa a nova ordem imposta por eventos que desestruturam
gerenciadores cognitivos-comportamentais (KNAPP; CAMINHA, 2003).
Segundo as revisões de estudo feitas por HORNER & HAMNER ( 2002, apud
KRISTENSEN; PARENTE E KASZNIAK, 2006), as funções cognitivas mais
comumente prejudicadas nos indivíduos com TEPT são a memória envolvendo a
recuperação imediata e não imediata, sendo a primeira em maior grau de
10
comprometimento, a atenção verbal e não verbal e função executivas em resolução
de problemas.
O TEPT tem sido associado a desregulação de diversos parâmetros
psicofisiologicos e pode apresentar comorbidades com diversas patologias, inclusive
dissociação (LAGES; et al., 2011).
O TEPT está ocupando o quarto lugar entre os transtornos mais comuns
produzindo consequências significativas, entre elas a privação de locais e situações
que em outros momentos poderiam trazer benefícios, mas são evitados porque
estão relacionadas ao evento traumático e causam medo e ansiedade. Cerca de
25% dos indivíduos expostos a uma situação potencialmente traumática,
possivelmente apresentarão o Transtorno (LIMA e SOARES, 2003 e CAMINHA et
al., 2011 apud MAIOR E COSTA, 2013). É o principal transtorno psiquiátrico
associado a violência com grande prevalência entre a população brasileira (
Ximenes, Oliveira e Assis (2009).
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-
V) (APA, 2014), quinta edição, o TEPT é caracterizado pelo desenvolvimento de
sintomas que se manifestam imediatamente ou dentro de um período de três meses
após a exposição do individuo a um evento traumático. E esses sintomas também
podem se manifestar meses ou anos após o trauma, o que é chamado de
“expressão tardia” e se apresentam de diferentes formas para cada individuo,
variando a predominância de revivência do medo, emocionais e comportamentais,
estados de humor anedônicos ou disfóricos e cognições negativas, excitação e
sintomas reativos externalizantes, dissociativos ou uma combinação dos sintomas.
Os critérios para o diagnostico de TEPT, segundo o DSM-V (APA, 2014), nos
casos de adultos, adolescentes e crianças acima de seis anos são:
A – Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual. B – Presença de um ou mais sintomas intrusivos associados a um evento traumático, começando depois de sua ocorrência. C- Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento. D – Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento. E - Alterações marcantes na excitação e na reatividade associada ao evento traumático, começando ou piorando após o evento. F - A perturbação (critérios B,C,D e E) dura mais de um mês. G - A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo. H – A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.
11
Conforme as características diagnosticas descritas no DSM-V (APA, 2014), os
indivíduos com TEPT podem apresentar frequentes lembranças intrusivas visuais ou
sensoriais do evento, sonhos, sofrimento psicológico intenso quando expostos a
situações semelhantes ao evento traumático, tendo como desencadeante alguma
sensação física. Podem evitar estímulos associados ao trauma, se esforçando para
evitar pensamentos, lembranças e diálogos a respeito do evento traumático.
Expectativas negativas, exageradas e persistentes a respeito da vida, a outras
pessoas e ao futuro, estado de humor negativo persistente, podendo se irritar
facilmente, se comportar e se expressar de maneira agressiva, mesmo sem
estimulo, comportamento imprudente e autodestrutivo, entre outros sintomas que
podem surgir, causando muito sofrimento.
Para que se ocorra o diagnostico diferencial, deve ser observado os sintomas
apresentados, excluindo as possibilidades de outros transtornos, como o transtorno
de adaptação, transtorno de estresse agudo, transtorno de ansiedade e obsessivo
compulsivo, transtorno depressivo maior, transtorno de personalidade, transtorno
dissociativo, transtorno conversivo, transtornos psicóticos e lesão cerebral
traumática (DSM-V, APA, 2014).
Segundo Knapp e Caminha (2003), é muito importante o apoio social e
familiar no inicio e durante a reabilitação do indivíduo para redução dos impactos
causados pelo sofrimento.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada eficaz no tratamento do TEPT. Uma vez que há evidencias na literatura de que a TCC pode promover mudanças neurobiológicas, aspectos fisiológicos constituem instrumentos relevantes de avaliação de resposta aos tratamentos e, por conseguinte da eficácia da terapia (LAGES et al, 2011).
Em 1960 foi desenvolvida por Aaron Beck uma forma de terapia para
tratamento da depressão, e foi denominada “Terapia cognitiva” reconhecida hoje
como sinônimo de “terapia cognitivo-comportamental”. E ao passar dos tempos, com
novos estudos, pesquisadores e teóricos, foram promovendo várias adaptações e
formas de terapia, acompanhando o alcance de maior número de pessoas e,
consequentemente, maior diversidade de problemas e transtornos, com base na
teoria de Beck, que propõe a compreensão do paciente para a promoção de uma
mudança cognitiva, emocional e comportamental duradoura (Beck, 2013).
Para que ocorra esta mudança duradoura o modelo cognitivo-comportamental
propõe um trabalho profundo na cognição do paciente, para identificação das
12
crenças básicas do pacientes sobre si, sobre o outro e sobre o mundo,
reconhecendo as crenças disfuncionais subjacentes e conduzindo o paciente para o
reconhecimento destas e, assim, em conjunto com o paciente, terapeuta a validade
destas crenças possibilitando modificá-las (BECK, 2013).
A Terapia Cognitiva Comportamental é validada empiricamente e
pesquisadores vêm divulgando os resultados de sua eficácia no meio acadêmico
segundo BUTLER et. al. (2005 apud MELLO et. al., 2011).
No estudo de caso de LAGES et. al. (2011), a associação da TCC ao
tratamento farmacológico potencializou a remissão dos sintomas do TEPT e dos
sintomas dissociativos de um único paciente considerado resistente a medicação.
Segundo GONÇALVES et al. (2011), a TCC tem sido considerada um dos
tratamentos de primeira escolha para esse transtorno.
A TCC utiliza várias técnicas que dão suporte ao terapeuta na identificação de
cognições desadaptavas, e este, em parceria com o paciente de forma colaborativa,
possam identificar as emoções e as respostas psicológicas provenientes destas
cognições (WRIGHT et al, 2008).
Segundo Figueira e Mendlowicz (2003) o Brasil ocupa o terceiro lugar no
ranking mundial em mortes de adolescente por arma de fogo, e diante de altos
índices de eventos traumáticos, o TEPT é pouco discutido e divulgado.
E diante de vários acontecimentos novos ou dos que se estendem até a
atualidade, o presente trabalho se faz importante para informar a sociedade sobre os
sintomas relacionados ao TEPT e aos prejuízos provocados pelos altos índices de
eventos traumáticos, e o crescimento destes nos ultimo anos, possibilitando novas
discussões sobre a atenção ao tema e principalmente as vitimas, e o
desenvolvimento de novos estudos sobre os sintomas relatados por indivíduos que
na atualidade estão sempre expostos a violência e acontecimentos impactantes, e
sobretudo identificar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental para a redução
dos sintomas, assim como identificar as principais técnicas utilizadas como forma de
intervenções no tratamento do TEPT e que podem proporcionar uma redução do
sofrimento provocado por distorções cognitivas.
13
2 OBJETIVO
Este trabalho teve como objetivo analisar, por meio de revisão bibliográfica, a
eficácia dos tratamentos apresentados para os casos de TEPT utilizando a terapia
cognitivo-comportamental assim como, identificar as técnicas utilizadas para a
prevenção, redução e controle dos sintomas do Transtorno de estresse pós-
traumático.
14
3 METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica, através da leitura
de artigos científicos e livros para seleção. Utilizando Scielo, Lilacs e Google
Acadêmico, como base de dados para pesquisa dos artigos em português, com as
palavras chave: Transtorno de estresse pós-traumático, transtorno pós-traumáticos,
terapia cognitivo-comportamental, estresse, traumático.
3.1 Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão dos artigos foram pesquisas sobre o transtorno de
estresse pós-traumático e intervenções baseadas na terapia cognitivo-
comportamental, que estivessem no idioma de publicação em português.
3.2 Critérios de exclusão
Foram excluídos os artigos com idiomas diferentes do português, com
apresentação de psicoterapia com base em outras teorias e outros transtornos.
15
4 RESULTADOS
Na busca por artigos que apresentassem o Transtorno de Estresse Pós
Traumático e formas de intervenção através da aplicação de técnicas utilizadas na
terapia cognitivo-comportamental (TCC) assim como, pesquisas com resultados
quantitativos e qualitativos sobre a eficácia destas técnicas na redução dos
sintomas, foi possível selecionar 17 artigos que descrevem as formas de
apresentação, principais sintomas e critérios diagnósticos baseados no DSM-III e
DSM-IV, atendendo aos critérios de inclusão e exclusão. Entre eles destacaram-se
seis que citam a TCC e suas intervenções como eficazes para o tratamento dos
sintomas e apresentam algumas técnicas que tem como objetivo reduzir sintomas de
diversos transtornos que também são apresentados em indivíduos com TEPT.
A apresentação dos resultados é baseada nos artigos listados na Tabela 1.
Tabela 1. Referências e objetivos
Lages et al., 2010 - Apresentam uma investigação dos efeitos da terapia cognitivo-comportamental.
Soares e Lima, 2003 - Discutem sobre modalidades de tratamento amparadas em evidências assim como sua efetividade e segurança.
Knapp e Caminha, 2003 - Discutem facilitadores do TEPT fundamentando na Terapia Cognitivo-Comportamental, assim como sugerem um roteiro e duração da psicoterapia para estes casos.
GONÇALVES et al., 2011 - apresentam uma revisão de literatura, com o objetivo de estabelecer biomarcadores relacionados a utilização da TCC nos casos de TEPT e como uma maneira de afirmar objetivamente a eficácia do tratamento.
GOMES, 2012 - revisão de literatura a respeito da violência psicológica contra a mulher e TEPT, e as estratégias terapêuticas e protocolos utilizados em TCC para tratamento de mulheres que sofrem violência.
MELLO et al., 2011 – apresentam uma revisão bibliográfica sobre técnicas e instrumentos que contribuem para prevenção e sintomas do TEPT e os autores descrevem as técnicas como apropriadas para a população de bancários, indicando a necessidade de dados empíricos e protocolos.
Legenda: TCC - Terapia Cognitivo Comportamental; TEPT - Transtorno de Estresse Pós-Traumático
16
A Tabela 2 apresenta resumidamente os artigos selecionados para a
discussão sobre a eficácia da TCC, nos casos de Transtorno de Estresse Pós-
Traumático, assim como as técnicas utilizadas.
Tabela 2. Intervenções utilizadas para análise e tratamento do TEPT e quantidade de pacientes
Artigo Técnicas da TCC utilizadas Pacientes
Lages et al., 2010 - exposição imaginária - manejo de ansiedade - psicoeducação - reestruturação cognitiva
1 pessoa
Soares e Lima, 2003 - aconselhamento - analise de distorções dos pensamentos após o evento - exposição real e prolongada - hipnoterapia - imagens mentais - psicoterapia psicodinâmica - relaxamento e fármacos
241 pessoas
Knapp e Caminha, 2003 -Treinamento de Inoculação de Estresse (TIE) - Treinamento de Habilidades Sociais (THS) - Treinamento de Auto-instrução (TAI) - Dessensibilização Sistemática
1 pessoa
GONÇALVES et al., 2011 - mensuração níveis de cortisol - inundação - escrita expressiva - relaxamento muscular - psicoeducação - exposição imaginária - respiração diafragmática - reestruturação cognitiva - prevenção de recaída
333 pessoas
GOMES, 2012 Não aplicado Não aplicado
MELLO et al., 2011 Não aplicado Não aplicado
A Tabela 2 apresenta resumidamente as principais intervenções utilizadas
nos casos de Transtorno de Estresse Pós- Traumático e a Tabela 3 apresenta a
quantidade de sessões utilizadas separadas por estudo.
17
Tabela 3. Quantidade de sessões separadas por estudo.
Artigo Número de sessões realizadas
Lages et al., 2010 64 sessões
Soares e Lima, 2003 Grupos de 3 a 6 sessões
Knapp e Caminha, 2003 5 sessões
GONÇALVES et al., 2011 Grupos de 3 a 29 sessões
GOMES, 2012 Não aplicado
MELLO et al., 2011 Não aplicado
O primeiro artigo trata-se de um relato de caso publicado em 2011 pela
Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul escrito por Lages et al. (2010) sob o
título MARCADORES NEUROBIOLÓGICOS E PSICOMÉTRICOS DA EFICÁCIA DA
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS-TRAUMÁTICO ASSOCIADO A SINTOMAS DISSOCIATIVOS, que apresenta a
investigação dos efeitos da terapia cognitivo-comportamental em um único paciente.
Neste trabalho os autores descrevem os níveis de alterações psicofisiologicas
do paciente com TEPT e dos demais indivíduos sem TEPT diante dos estímulos
relacionados ao evento traumático e investigam estas alterações do paciente de
decorrer do tratamento com a TCC, considerado resistente ao tratamento
medicamentoso (LAGES et al, 2010).
O tratamento investigado pelos autores teve duração de 4 meses, seguidos
de quatro sessões semanais de terapia com profissionais experientes e estudantes
totalizando 64 sessões, utilizando técnicas de psicoeducação, reestruturação
cognitiva, manejo de ansiedade, exposição imaginária e in vivo (LAGES et al, 2010).
Os instrumentos que os autores utilizaram foram Inventario de Depressão de
Beck (Beck Depression Invenctory, BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (Beck
Anxiety Inventory, BAI), PTSD Checklist Civilian Verson (PCL-C), Escala de Traço
Afetivo Negativo (PANAS-N), Escala de Traço Afetivo Positivo (PANAS-P), Escala
de Resiliência (ER89) e Escala de Apoio Social de Medical Outcomes Study.
18
Segundo os autores, nesta investigação também foi realizado a coleta de cortisol
salivar e eletrocardiograma (ECG) para avaliação psicofisiológica (LAGES et al,
2010).
Os resultados apresentados pelos autores neste estudo de caso foram o
aumento dos escores das escalas que medem os aspectos positivos e redução dos
escores das escalas que medem os aspectos negativos. Concluindo que a
associação da TCC e o tratamento farmacológico potencializou a redução dos
sintomas de TEPT (LAGES et al, 2010).
O segundo artigo foi publicado pela Revista Brasileira de Psiquiatria escrito
por Soares e Lima (2003) que discutem sobre modalidades de tratamento
amparadas em evidências assim como a efetividade e segurança destas, sob o título
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO: UMA ABORDAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS.
Neste artigo os autores citam a ausência de indicadores que apontam a pré-
disposição de um individuo desenvolver o TEPT ou não após vivenciar um evento
traumático. Apresentam também as intervenções psicoterápicas e psicossociais
como mais indicadas para o tratamento e prevenção do TEPT.
Para intervenção os autores citam a intervenção breve com finalidade de
discutir sobre o evento traumático e normalização das reações psicológicas e a TCC
e suas técnicas que são utilizadas não somente para intervenção, mas também
como tratamento destacando a utilização de imagens mentais, analise de distorções
dos pensamentos após o evento, enfrentamento através de exposição real.
Apresentam também manejo-afetivo, a psicoterapia psicodinâmica, hipnoterapia,
relaxamento e fármacos como intervenções para tratamento do TEPT (SOARES e
LIMA, 2003).
Os autores também apresentam como resultados da revisão de ensaios
randomizados (ER), vários estudos que utilizaram formas da TCC orientadas para a
prevenção do TEPT. Um destes estudos foi realizado com 151 pessoas que haviam
sofrido um acidente de transito a um mês, utilizando técnicas educacionais,
cognitivo-comportamental e intervenções psicológicas no período de três a seis
meses e ao final não houve incidência de TEPT (SOARES e LIMA, 2003).
Em outros dois estudos apresentados pelos autores com transtorno de
estresse agudo foram comparados 24 indivíduos vitimas de acidente rodoviário e
industrial, submetidos a cinco sessões de TCC e cinco de aconselhamento, obtendo
o resultado de diagnóstico mais frequente de TEPT com aconselhamento (83%) do
19
que com a TCC (8%). No segundo foram realizados com 66 sobreviventes de
acidente rodoviários e vitimas de assalto com agressão sexual, submetidos a cinco
sessões de 90 minutos, com aplicação de exposição prolongada, aconselhamento
ou associação de exposição prolongada com manejo de ansiedade, obtendo como
resultado uma frequência mais baixa de TEPT no grupo de exposição prolongada
(14%) (SOARES e LIMA, 2003).
A TCC e a terapia de exposição prolongada parecem ser boas opções na
prevenção do desenvolvimento do transtorno em pessoas que sofreram traumas
(SOARES e LIMA, 2003)
O terceiro artigo TERAPIA COGNITIVA DO TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS-TRAUMÁTICO foi publicado pela Revista Brasileira de Psiquiatria e escrito por
Knapp e Caminha (2003), que discutem facilitadores do TEPT fundamentando na
Terapia Cognitivo-Comportamental, assim como sugerem um roteiro e duração da
psicoterapia para estes casos.
Os autores apresentam os processos cognitivos envolvidos no
desenvolvimento do TEPT com base em vários modelos e destacam o Treinamento
de Inoculação de Estresse (TIE) que trabalha os medos através da ressignificação,
Treinamento de Habilidades Sociais (THS), Treinamento de Auto-Instrução (TAI),
Dessensibilização Sistemática, Técnica de Relaxamento Muscular Progressivo e
Respiração e Prevenção de Recaídas, entre outras técnicas cognitivo-
comportamentais para o tratamento e redução dos sintomas (KNAPP e CAMINHA,
2003).
Descrevendo todo o processo terapêutico realizado com um paciente vitima
de um assalto com sequestro, a aplicação das técnicas citadas e as funções
cognitivas envolvidas no desenvolvimento do TEPT. Neste artigo não houve
apresentação de dados quantitativos para comparação com outros artigos (KNAPP e
CAMINHA, 2003).
Os autores também trazem a informação sobre a possibilidade de
acompanhamento grupal e individual para indivíduos com TEPT e que a Terapia
Cognitiva, tem apresentado segundo as literaturas, modelos com elevados índices
de eficácia (KNAPP e CAMINHA, 2003).
No quarto artigo POTENCIAIS BIOMARCADORES DA TERAPIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL PARA O TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS
TRAUMÁTICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA (GONÇALVES, et al. 2011), os
20
autores apresentam uma revisão de literatura, com o objetivo de estabelecer
biomarcadores relacionados a utilização da TCC nos casos de TEPT e como uma
maneira de afirmar objetivamente a eficácia do tratamento. Analisaram 12 artigos,
considerando como critérios a utilização de técnicas cognitivas e/ou
comportamentais, a participação de sujeitos com diagnostico de TEPT e a avaliação
de parâmetros biológicos antes e apos a terapia.
Concluindo que a maioria dos estudos observou alguma evidência de
mudança. Com relação à frequência cardíaca, a maioria dos estudos mostrou uma
correlação entre a resposta a TCC e a redução da reatividade cardíaca associada ao
script traumático. EMG e pressão arterial e a reatividade do cortisol ao script
traumático também não pareceu estar associada à resposta ao tratamento com
TCC, mas os indivíduos que receberam sessões de escrita expressiva apresentaram
menor reatividade ao script traumático relacionado ao cortisol, sugerindo que a
resposta ao tratamento está associada a melhora na capacidade de regular a
resposta ao estresse (GONÇALVES, at al. 2011).
O artigo MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO: UM ENFOQUE COGNITIVO
COMPORTAMENTAL (GOMES, 2012) faz uma revisão de literatura a respeito da
violência psicológica contra a mulher e TEPT e as estratégias terapêuticas e
protocolos utilizados em TCC para tratamento de mulheres que sofrem violência. E,
apesar de não apresentar dados quantitativos para comprovação da eficácia da
aplicação da TCC, faz uma descrição a respeito das possíveis distorções cognitivas
e crenças que prejudicam a vida funcional destas mulheres em situação de
violência.
O artigo CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS SOBRE A PSICOTERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL DE BANCÁRIOS COM TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (MELLO, et al. 2011) apresenta revisão
bibliográfica sobre técnicas e instrumentos que contribuem para prevenção e
sintomas do TEPT e os autores descrevem as técnicas como apropriadas para a
população de bancários, indicando a necessidade de dados empíricos e protocolos.
21
5 DISCUSSÃO
Com base nos artigos selecionados, foi possível observar que o Transtorno
de Estresse Pós-Traumático se manifesta em qualquer pessoa e em qualquer idade.
O TEPT vem se apresentando em diferentes contextos, incapacitando os indivíduos
e causando muito sofrimento.
Nos dias atuais, o número de pessoas que podem apresentar este transtorno
possivelmente poderá atingir um percentual muito maior do que o que podemos
encontrar nos estudos já realizados. Este aumento talvez já esteja acontecendo nos
últimos anos, porém não é possível mensurar devido a carência de novos estudos e
possível dificuldade, ou pouca familiarização com o transtorno, que possibilite a
busca de uma avaliação profissional especializada. A falta de conhecimento da
população diante de pouca divulgação pode comprometer o diagnóstico,
considerando que muitos procuram identificar suas sensações através de fontes
muitas vezes não confiáveis antes de buscar ajuda de um profissional e, com isso,
intensificar os sintomas e reforçar os esquemas geradores de ansiedade e esquiva.
Por este motivo se faz importante o aumento de estudos, divulgação através de
fontes seguras e a avaliação criteriosa de um profissional qualificado, que analise
todos os critérios diagnósticos e as manifestações dos sintomas que o indivíduo
apresenta.
Importante salientar a limitação desse trabalho que trouxe em seu escopo
somente artigos publicados em português. É possível que o trabalho trouxesse mais
informações relevantes se fossem revisados artigos publicados em outros idiomas e
a busca realizada em bases de dados internacionais.
Os resultados obtidos nos artigos selecionados indicaram que a aplicação da
TCC, associada ou não a medicação, reduz os sintomas do transtorno, devido suas
Técnicas e Instrumentos que influenciam diretamente nas distorções cognitivas
causadas pelos traumas. Assim, é possível observar que se sua aplicação pode
influenciar também as alterações biológicas e isso pode ser utilizado como evidência
da eficácia da TCC. No entanto, para que esta afirmação se torne empiricamente
comprovada, é necessário o desenvolvimento de estudos com maior numero de
pessoas avaliadas e diagnosticadas com TEPT, em diferentes contextos,
22
comparadas a um grupo sem o diagnostico para que seja possível quantificar as
amostras e obter um resultado sólido e confiável.
Com as conclusões e observações apresentadas nos estudos realizados, a
TCC possui protocolos muito bem estruturados para intervenções em diversos
transtornos. A psicoeducação, a exposição, respiração e relaxamento, a
reestruturação cognitiva e a prevenção de recaídas, embora com uma limitada
quantidade de estudos selecionados, foi possível identificar a frequência em que
aparecem e a importância de sua utilização para eficácia do tratamento. O TEPT,
apesar dos critérios diferenciais apresentados, possui sintomas semelhantes a
outros transtornos, o que pode facilitar a investigação inicial, aplicação e possível
eficácia da TCC, favorecendo também a sua utilização para investigações dos
esquemas de comportamento e pensamentos desadaptativos. É possível utilizar os
protocolos já estabelecidos para intervenção de processos cognitivos como um todo,
promovendo, possivelmente, um resultado satisfatório.
23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que o aumento da violência nos dias atuais favorece o
desenvolvimento TEPT nas pessoas vitimas de situações traumáticas Poucas
pesquisas recentes em português foram encontradas apresentando especificamente
a eficácia da terapia cognitivo-comportamental no tratamento de pacientes com
Transtorno de Estresse Pós-Traumático, com grande numero de população, e
protocolo padronizado. Mas foi possível identificar através dos resultados das
pesquisas encontradas que a TCC pode ser uma ferramenta muito valiosa para o
tratamento clínico dos pacientes. Em alguns casos, quando associada a uma
medicação apropriada se torna ainda mais eficaz.
Os estudos demonstraram que o paciente com TEPT tratados com a TCC
pode se beneficiar muito com a identificação das distorções e a reestruturação
cognitiva, através da utilização de protocolos utilizados em vários transtornos,
minimizando as associações estabelecidas após o trauma e que provocam um
estado de estresse e ansiedade acompanhada de muito sofrimento e, através de
técnicas de exposição, é possível promover a redução da dor e aumentando as
possibilidades de enfrentamento, maior funcionalidade e melhor qualidade de vida.
Assim foi possível identificar que a TCC pode ser uma ferramenta muito
importante e eficaz para tratamento clínico dos pacientes com Transtorno de
Estresse Pós-Traumático. Tornando-se muito importante o desenvolvimento de
futuros estudos com utilização de técnicas e intervenções da TCC com um protocolo
especifico para o tratamento do TEPT, assim como maior população e um período
maior de tempo.
Salienta-se novamente a limitação desse estudo por trazer somente artigos
em português e não ter expandido a busca em bases de dados internacionais de
referência.
24
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Transtornos Mentais 5.ª edição ou DSM-5. Porto Alegre, Artmed, 2014.
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ilustrado. 1 ed. Porto Alegre - RS . Artmed, 2008.
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ANEXO
Termo de Responsabilidade Autoral
Eu Adriana Vieira Santos, afirmo que o presente trabalho e suas devidas
partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade
autoral sobre seu conteúdo.
Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de
Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental, sob
o título “A EFICÁCIA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO”, isentando, mediante o presente termo, o Centro de Estudos em
Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC), meu orientador e coorientador de
quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por
mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais
decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.
São Paulo, __________de ___________________de______.
_______________________
Assinatura do (a) Aluno (a)