cet345 apostila cabeamento estruturado

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES Cuiabá-MT, 26/07/2010 DAE DAE DAE DAE-E CABEAMENTO ESTRUTURADO Este documento é propriedade do IFMT-Cuiabá, sendo proibida sua reprodução sem prévia autorização. Professor: Fabiano de Pádua Aluno(a): Turma:

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES Cuiabá-MT, 26/07/2010 DAEDAEDAEDAE----EEEE CABEAMENTO ESTRUTURADO

Este documento é propriedade do IFMT-Cuiabá, sendo proibida sua reprodução sem prévia autorização.

Professor: Fabiano de Pádua

Aluno(a):

Turma:

Prof. Fabiano de Pádua – Cabeamento Estruturado

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SUMÁRIO

1. OBJETIVO............................................................................................................................................4

2. CONCEITOS BÁSICOS ......................................................................................................................4

2.1- CABEAMENTO ESTRUTURADO .............................................................................................4

2.2- PADRONIZAÇÃO........................................................................................................................5

2.3- TOPOLOGIAS ..............................................................................................................................5

2.4- COMUNICAÇÃO DE DADOS....................................................................................................6

2.5- MODELO OSI...............................................................................................................................7

2.6- TAXA DE TRANSMISSÃO.........................................................................................................8

2.7- DISPOSITIVOS DE COMUNICAÇÃO.......................................................................................8

2.7- PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO........................................................................................10

3. CABEAMENTO METÁLICO ...........................................................................................................12

3.1- NORMAS TÉCNICAS................................................................................................................12

3.2- CABO COAXIAL .......................................................................................................................12

3.3- PAR-TRANÇADO......................................................................................................................12

3.4- ACESSÓRIOS.............................................................................................................................15

3.5- CODIFICAÇÃO DE CORES......................................................................................................18

4. CABEAMENTO ÓPTICO .................................................................................................................18

4.1- Fibra Óptica .................................................................................................................................18

4.2- Sistema de Comunicação.............................................................................................................26

4.3- NORMAS ....................................................................................................................................27

4.4- Terminações Ópticas ...................................................................................................................27

4.5- Lançamentos de Fibra Óptica ......................................................................................................29

4.6- Cabos Ópticos Ligando o Mundo (2006) ....................................................................................29

5. CABEAMENTO ESTRUTURADO...................................................................................................30

5.1- Introdução ....................................................................................................................................30

5.2- Normas.........................................................................................................................................30

5.3- SUBSISTEMA DE UM CABEAMENTO ESTRUTURADO....................................................31

5.4- Conexões......................................................................................................................................38

5.5- Identificação do Cabeamento Estruturado...................................................................................39

6. CERTIFICAÇÃO E TESTES.............................................................................................................41

6.1- Conceitos .....................................................................................................................................41

6.2- Principais Parâmetros ..................................................................................................................41

6.3- Testes de Certificação..................................................................................................................44

6.4- Certificação de Obra ....................................................................................................................45

6.5- Equipamento ................................................................................................................................45

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7. PROJETOS .........................................................................................................................................48

7.1- Análise Inicial do Projeto ............................................................................................................48

7.2- Ciclo de Vida de um Projeto........................................................................................................48

7.3- Etapas do Projeto .........................................................................................................................49

7.4- Desenvolvimento da Documentação ...........................................................................................49

8. WLAN.................................................................................................................................................54

8.1- Definição......................................................................................................................................54

8.2- Padrão IEEE.................................................................................................................................54

8.3- Técnicas de Modulação ...............................................................................................................54

8.4- Espalhamento Espectral...............................................................................................................55

8.5- Segurança.....................................................................................................................................55

8.6- Área de Cobertura........................................................................................................................56

8.7- Wimax..........................................................................................................................................56

9. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................57

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1. OBJETIVO

A presente documentação tem por objetivo introduzir e direcionar profissionais de áreas

afins na formação com competência técnica para Cabeamento Estruturado de uma Rede de

Computadores, conforme a disciplina de Cabeamento Estruturado do Curso Técnico em

Telecomunicações do IFMT-Cuiabá.

2. CONCEITOS BÁSICOS

2.1- CABEAMENTO ESTRUTURADO

Cabeamento estruturado pode ser definido como um sistema baseado na padronização

das interfaces e meios de transmissão, de modo a tornar o cabeamento independente da

aplicação e do leiaute.

O projeto de cabeamento estruturado não é feito apenas para obedecer às normas de

hoje, mas, também, para que esteja de conformidade com as tecnologias futuras, além de

proporcionar grande flexibilidade de alterações e expansões do sistema.

Um sistema de cabeamento estruturado permite o tráfego de qualquer tipo de sinal

elétrico de áudio, vídeo, controles ambientais e de segurança, dados e telefonia,

convencional ou não, de baixa intensidade, independente do produto adotado ou fornecedor.

Este tipo de cabeamento, possibilita mudanças, manutenções ou implementações de

forma rápida, segura e controlada, ou seja, toda alteração do esquema de ocupação de um

edifício comercial é administrada e documentada seguindo-se um padrão de identificação

que não permite erros ou dúvidas quanto aos cabos, tomadas, posições e usuários.

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Para estas características sejam conseguidas, existem requisitos mínimos relativos à

distâncias, topologias, pinagens, interconectividade e transmissão, permitindo desta forma

que atinja-se o desempenho esperado.

Tendo base que um sistema de cabeamento estruturado, quando da instalação, está

instalado em pisos, canaletas e dutos, este sistema deve se ter uma vida útil de no mínimo

10 anos, este é o tempo médio da vida útil de uma ocupação comercial.

2.2- PADRONIZAÇÃO

Uma norma ou padrão de cabeamento especifica um sistema independente do

fabricante.

Benefícios:

• Flexibilidade: mudança.

• Facilidade de Administração: troca de cabos.

• Vida Útil.

• Controle de Falhas.

• Custo e Investimento.

Principais Normas envolvidas:

• ANSI/EIA/TIA-568: Commercial Building Telecommunications Wiring.

• NBR-14565: Procedimentos básicos para a elaboração de projetos de cabeamento estruturado em redes de telecom.

• ANATEL: Certificação e Homologação.

2.3- TOPOLOGIAS

• Física e Lógica:

Barramento (Bus)

Estrela (Star)

Anel (Ring)

Mista ou Malha (Mesh)

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Barramento (Bus) Estrela (Star) Anel (Ring)

Tipo

Topologia Estrela

- É mais tolerante a falhas. - Fácil de instalar usuários. - Monitoramento centralizado.

- Custo de instalação maior porque recebe mais cabos.

Topologia Anel

- Razoavelmente fácil de instalar. - Requer menos cabos. - Desempenho uniforme.

- Se uma estação para todas param. - Os problemas são difíceis de isolar.

Topologia Barramento

- Simples e fácil de instalar. - Requer menos cabos. - Fácil de entender.

- A rede fica mais lenta em períodos de uso intenso. - Os problemas são difíceis de isolar.

2.4- COMUNICAÇÃO DE DADOS

Tipos de ligação entre computadores:

• Ponto-a-Ponto: apenas dois pontos de comunicação.

• Ponto-Multiponto: três ou mais pontos de comunicação, com possibilidade de usar mesmo enlace (link).

Sentido de Comunicação:

• Simplex: apenas um sentido.

• Half-Duplex: um sentido por vez.

ou

• Full-Duplex: dois sentidos ao mesmo tempo.

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2.5- MODELO OSI

A Camada Física faz-se conexão física e demais Camadas efetuam comunicação

lógica.

A Comunicação Lógica dá-se por intermédio da Implantação de cabeçalhos (header),

que são controle de procedimento da comunicação.

7- Aplicação

6- Apresentação

5- Sessão

4- Transporte

3- Rede

2- Enlace

1- Física

7- Aplicação

6- Apresentação

5- Sessão

4- Transporte

3- Rede

2- Enlace

1- Física

AB

Camadas

Nível N+1

Nível N

Nível N-1

Presta Serviços à Camada N

Utiliza Serviços da Camada N

AB

Características:

• O modelo de referência Open Systems Interconection (OSI) foi desenvolvido pela ISO como um modelo para a arquitetura de um protocolo de comunicação de dados entre dois computadores.

• É dividido em 7 camadas funcionais, facilitando assim a compreensão de questões fundamentais sobre a rede.

• Camada Física (1)

o Compreendem as especificações de hardware (Mecânicos, elétricos, físicos) todos documentados em padrões internacionais.

• Camada de Enlace (2)

o Responsável pelo acesso lógico ao ambiente físico, como transmissão e reconhecimento de erros.

• Camada de Rede (3)

o Cuida do tráfego e roteamento dos dados na rede.

• Camada de Transporte (4)

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o Controla a transferência dos dados e transmissões, isto é executado pelo protocolo utilizado.

• Camada de Sessão (5)

o Estabelece as sessões entre os usuários com a configuração da tabela de endereço dos usuários.

• Camada de Apresentação (6)

o Transfere informações de um software de aplicação para o sistema operacional.

• Camada de Aplicação (7)

o É representada pelo usuário final. Os serviços podem ser: correio, transferência de arquivos etc.

2.6- TAXA DE TRANSMISSÃO

É a capacidade de transmissão de informações ou a quantidade de dados por um

intervalo de tempo.

As informações que devem ser transmitidas podem ser chamadas de Pacote, que

possuem um determinado tamanho.

• Tx = ? bps (bit por segundo)

• 1 byte = 8 bits

• 1 pacote = ? bytes

• MTU = Maximum Transfer Unit

Exemplo:

• Seja um equipamento dentro de uma rede de computadores com capacidade para processar 10 mil pacotes por segundo, verificar se é possível que esse equipamento suporte 50 computadores dentro dessa rede trabalhando a 25Kbps cada.

• Seja um dispositivo de rede que processa 2000 pacotes/seg, onde MTU = 200 bytes, qual é a taxa em kbps?

• Caso há 100 computadores numa rede, que em média consomem 30Kbps cada, o dispositivo de rede citado anteriormente conseguirá processar ao mesmo tempo todos os dados emitidos por todos os computadores simultaneamente?

2.7- DISPOSITIVOS DE COMUNICAÇÃO

Classificação:

• Ativos.

• Passivos.

Tipos:

• Placa de Rede.

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Rede de Computadores

• HUB: concentrador.

HUB

• Ponte (Bridge): conecta segmentos de rede.

HUB

PonteHUB

• Switch: comutação.

Switch

• Roteador: controla o encaminhamento de dados sobre a rede.

Switch

Roteador SwitchRoteador

REDE

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• Modem

Switch

Roteador

Modem

Internet

• Wi-Fi (Wireless Fidelity).

AP

Switch

RoteadorRoteador

Switch

WAN

APAP

2.7- PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO

Estabelece rigorosamente a forma como o processo de comunicação se deve realizar

para viabilizar a comunicação entre computadores numa rede.

Os protocolos definem tipos de cabos de ligação, comprimentos, conectores, métodos

de acesso ao meio, tamanho de pacotes de informação, encaminhamento; detecção e

correção de erros, retransmissões, compatibilidade entre sistemas, etc.

Existem diversos protocolos, cada um deles mais apropriado para determinado tipo de

rede ou de comunicação.

Vários protocolos trabalham em conjunto no que é conhecido como uma pilha de

protocolos (e.g., TCP/IP e IPX/SPX).

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O que ocorre no computador origem:

• Os dados são divididos em pequenos pedaços chamados pacotes para facilitar a sua manipulação;

• As informações de endereçamento são adicionadas para que o computador de destino possa ser localizado na rede;

• Os dados são preparados para o envio pela placa de rede e finalmente são lançados no meio de transmissão.

O que ocorre no computador destino:

• Os pacotes chegam através de um meio físico e são lidos pelo computador através da placa de rede;

• As informações de endereçamento são removidas dos pacotes e os mesmos são rearranjados e reunidos;

• Os pacotes já reunidos, na forma dos dados originais, são enviados para a aplicação que esteja sendo executada nesse computador.

Os protocolos baseiam-se nas camadas do modelo OSI, sendo que a camada na qual

o protocolo trabalha descreve sua função.

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3. CABEAMENTO METÁLICO

3.1- NORMAS TÉCNICAS

No Brasil, as normas mais conhecidas para cabeamento estruturado são:

• ANSI/EIA/TIA-568: especifica sistemas de cabeamento estruturado para edifícios comerciais.

• EIA/TIA-570: padroniza a infra-estrutura para suportar voz, dados, vídeo, multimídia, TV, etc.

• NBR-14565: norma brasileira que traz os procedimentos básicos para elaboração de projetos de cabeamento estruturado em redes de telecomunicações.

• IEEE 802: desenvolveu e publicou uma série de normas para redes locais (LANs) e Metropolitanas (MANs) que foram adotadas mundialmente.

3.2- CABO COAXIAL

• Consiste de dois condutores cilíndricos, um interno e outro externo, separados por um material dielétrico. O interno é o condutor e o externo é proteção. Resistência de 50Ω.

• 10Base2 e 10Base5.

dielétrico condutor interno

encapsulamento de proteção

condutor externo(blindagem)

Barramento

Terminador Terminador

Conector BNC

Interface Rede

Conector

3.3- PAR-TRANÇADO

• Formado por 4 pares com cores padronizadas e resistência de 100Ω.

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• Tipos:

o Sem blindagem: UTP (Unshielded Twisted Pair),

o Com blindagem: STP (Shielded Twisted Pair).

• Características básicas:

o Bitola: 24 AWG.

o Impedância: 100 Ω.

o Categorias: atual 5e (100MHz – 1Gbps) e 6 (250MHz – 10Gbps).

o Capacidade de transmissão: 10Mbps (Ethernet), 100Mbps (Fast Ethernet), 1Gbps (Giga Ethernet) e 10Gbps.

o Conector: RJ-45.

o Distância máxima: 100m.

o Tipo Conexão: direto ou cruzado (crossover).

o Redes 10BaseT, 100BaseT e 1000BaseT.

3.3.1- Conectorização

Para a conectorização do cabo UTP, a norma EIA/TIA-568 determina a pinagem e

configuração.

Existem no mercado duas padronizações para a pinagem categoria 5: padrão 568-A e

568-B, que diferem apenas nas cores de dois pares de condutores do cabo UTP.

Conector RJ-45:

• Macho (plug).

• Fêmea (jack).

Macho Fêmea

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Pinagem:

Crimpagem das pontas do cabo:

• Direto ou Normal

o Crimpar mesmo padrão nas duas pontas.

T568-A T568-A

• Cruzado (cross over)

o Crimpar cada ponta com um padrão diferente.

T568-A T568-B

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Direto Cross Over

3.4- ACESSÓRIOS

3.4.1- PATCH PANEL

São painéis de conexão utilizados para a manobra de interligação entre os pontos da

rede e os dispositivos concentradores da rede.

É constituído de um painel frontal, onde estão localizados os conectores RJ-45 fêmea e

de uma parte traseira onde estão localizados os conectores que são do tipo "110 IDC".

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3.4.2- PATCH CORD

Cabo de manobra com um metro de extensão, confeccionado com cabo de par-

trançado extra flexível, categoria 5e com dois plugs RJ45 montados nas extremidades;

utilizado para interconexão de painéis e/ou equipamentos.

3.4.3- STATION CORD

Cabo de estação com três metros de extensão, confeccionado com cabo de par-

trançado extra flexível, categoria 5e com dois plugs RJ45 montados nas extremidades;

utilizado para a interconexão de dispositivos eletrônicos na Área de Trabalho.

3.4.4- TOMADAS E ESPELHOS

Para a acomodação e fixação dos conectores RJ-45 fêmea

São necessários os acessórios de terminação que, no caso, são as tomadas e

espelhos para redes locais, os quais, fazem parte da lista de acessórios obrigatórios que

compõe uma instalação estruturada.

3.4.5- GUIA DE CABOS

É um acessório que possui a função de organizar a sobra de cabos de manobra no

bastidor. Um guia de cabos dispõe de uma tampa encaixável que proporciona um bom

acabamento além de ser bastante prático.

3.4.6- BRACKETS

São suportes constituídos de peças metálicas onde são fixados os equipamentos

como, por exemplo, Switches e os acessórios (patch panels).

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São de construção mais simples que os bastidores e adequados para redes de

pequeno porte que exijam soluções econômicas. Os brackets devem ser fixados em

superfícies planas, verticais e firmes.

3.4.7- RÉGUA DE TOMADAS

É um acessório que complementa os componentes descritos anteriormente,

necessitando de alimentação elétrica.

A régua de tomadas proporciona uma grande facilidade em termos de alimentação

elétrica dos equipamentos, pois a mesma dispõe de tomadas no padrão 2P + T, adequados

para a alimentação de equipamentos de rede.

3.4.8- BASTIDOR (Rack)

São gabinetes com largura padrão de 19“ que poderão ser abertos ou fechados onde

serão fixados os equipamentos ativos de rede, patch panels e demais acessórios.

São suportes constituídos de peças metálicas que compõem uma estrutura na qual são

fixados os equipamentos concentradores e respectivos acessórios de uma rede.

3.4.9- MONTAGEM DO CABEAMENTO

Exemplo do cabeamento que interliga o computador a um switch.

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3.5- CODIFICAÇÃO DE CORES

Adotou-se uma codificação de cores na capa externa prevendo uma diferenciação

visual entre cabos, bem como para as várias funções e aplicações existentes.

• Cabo de Manobra:

o Dados (pinagem direta): cor da capa externa verde.

o Dados (pinagem cruzada): cor da capa externa vermelho.

o Voz (Telefone): cor da capa externa amarelo.

o Vídeo (P&B e Colorido): cor da capa externa violeta.

• Cabo de Estação:

o Recomenda-se utilizar a cor azul ou cinza ou branco para a capa externa.

4. CABEAMENTO ÓPTICO

4.1- FIBRA ÓPTICA

4.1.1- Histórico

As primeiras etapas práticas para o emprego da luz em comunicações foram realizadas

a partir de 1790 (Claude Chappe) – Transmissão de mensagens telegráficas por meio das

reflexões dos raios de sol em um espelho.

• 1956 - Definição do termo fibra óptica (Kapany);

• 1958 - Aparição do laser (Schalow e Townes);

• 1970 - Lasers - comercial em 850nm (Chicago);

• 1979 - Fibras monomodo em 1550nm de 0,2 dB/Km;

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• 1979 - Redes local do tipo Ethernet;

• 1980 - Produtos de óptica integrada;

• 1985 - Redes Metropolitana em fibra;

• 1985 - Redes local do tipo anel;

• 1985 - Primeiro cabo submarino óptico;

• 1987 - Comutação e computação fotônica;

• 1990 - Amplificadores ópticos em 1550 ηm;

• 1992 - Dispositivos em fotônica integrada;

• 1996 - Rede mundial com protocolo IP;

• 2000 - Redes totalmente fotônicas.

4.1.2- Vantagens

• Imunidade a Interferências (EMI);

• Condutividade elétrica nula;

• Leveza (30g/Km ) e dimensões reduzidas;

• Largura de Banda;

• Baixa Perda;

• Imunidade a Ruídos;

• Sigilo na transmissão.

4.1.3- Aplicações

• Rede Telefônica: serviços de tronco de telefonia, interligando centrais de tráfego interurbano e interligação de centrais telefônicas urbanas.

• Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI): rede local de assinantes, isto é, a rede física interligando os assinantes à central telefônica local.

• Cabos Submarinos: sistemas de transmissão em cabos submarinos.

• Televisão por Cabo (CATV): transmissão de sinais de vídeo através de fibas ópticas.

• Sistema de Energia e Transporte: distribuição de energia elétrica e sistema de transmissão ferroviário.

• Redes Locais de Computadores: aplicações em sistemas de longa distância e locais. Na busca de padrões a fim de facilitar a conectividade e minimizar os custos de aquisição e implantação com fibras ópticas, foi desenvolvido o FDDI.

4.1.4- Princípio de Funcionamento

Uma das aplicações, usando fibra óptica em telecomunicações, é o transporte de

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informação utilizando fontes de luz e fibras ópticas (comunicações por fibras ópticas).

Uma portadora óptica é equivalente a uma portadora de radiofreqüência, com uma

freqüência na faixa de TeraHertz.

É usual caracterizar a portadora óptica através do comprimento de onda, ao contrário

dos sistemas convencionais que caracterizam a portadora através da freqüência da onda

eletromagnética.

A relação entre o comprimento de onda e a freqüência de uma onda eletromagnética é

dada por:

)(

)/()(

m

smcHzf

λ=

)(

)/()(

m

smcHzf

λ=

)(

)/()(

m

smcHzf

λ=

• A transmissão de um raio de luz dentro da fibra óptica ocorre via uma série de reflexões internas totais na interface do núcleo de sílica e a casca, de índice de refração levemente inferior.

Lei de Snell:

• ji

tc

sennsenn

sennsenn

θθ

θθ

⋅=⋅

⋅=⋅

21

10

θc

θtθi

θjnar ncascannúcleo

ncasca < nnúcleo

θc

θtθi

θjnar ncascannúcleo

ncasca < nnúcleo

Reflexão Interna Total:

• A relação entre velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz num meio qualquer define índice de refração do meio em questão, expresso por:

o meio

luz

cc

n =

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4.1.5- Estrutura

50 µm

125 µm

50 µm

125 µm

50

125900

Capa de plástico

Camada de silicone

Casca

Núcleo

50

125900

Capa de plástico

Camada de silicone

Casca

Núcleo

4.1.6- Tipos de Fibra Óptica

Multimodo (MM) - a luz tem vários modos de propagação, ou seja, a luz percorre o

interior da fibra óptica por diversos caminhos.

• Índice Degrau (125-400µm/50-200 µm)

• Índice Gradual (125-140µm/50-100 µm)

Monomodo (SM) - a luz possui apenas um modo de propagação, ou seja, a luz

percorre interior do núcleo por apenas um caminho (125µm / 8-12 µm).

4.1.7- Abertura Numérica (NA)

⇒−= 22

21 nnNA 2*arcsen(NA)=2*arcsen(NA)=

4.1.8- Fabricação

As fibras de alta capacidade de transmissão possuem como matéria-prima a sílica

(SiO2). Na primeira etapa de fabricação obtém-se um tubo chamado de preforma,

constituído de sílica. Este tubo será a casca da fibra. No interior deste tubo de sílica pura

são injetados gases (SiCl4, GeCl4) para compor o núcleo. Controlando a concentração

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destes materiais obtém-se o índice de refração desejado.

Gases

Tubo de Sílica

Tubo de descarga

O2 POCl4 SiCl4 GeCl4

Rotação

Maçarico (O2 e H2)

Tipos de fabricação da pré-forma:

• MCVD (Modificated Chemical Vapour Deposition).

• PVCD (Plasma Chemical Vapour Deposition).

• OVD (Outside Vapour Deposition).

• VAD (Vapour Axial Deposition).

A outra etapa é o puxamento. Essa etapa da fabricação que tem por objetivo converter

a preforma em um filamento de vidro com diâmetro bem fino. Produz cerca de 10 a 40 km de

filamento de fibra.

Calor Calor

Preform

a

• Perigo!

o Deve-se ter muito cuidado quando se manipula fibras e equipamentos de transmissão ópticos, pois como a propagação de luz se dá na faixa do infravermelho, o feixe de luz é invisível, apesar da grande potência emitida, havendo grande risco de danos irreparáveis a visão.

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4.1.9- Emenda

Uma emenda óptica consiste na junção de dois ou mais seguimentos de fibras,

podendo ser permanente ou temporária. Servem para prolongar um cabo óptico, uma

mudança de tipo de cabo, para conexão de um equipamento ativo ou efetuarmos manobras

em um sistema de cabeamento estruturado.

Existem três tipos de emendas ópticas:

• Emenda por Fusão: as fibras são fundidas entre si;

• Emenda Mecânica: as fibras são unidas por meios mecânicos;

• Emenda por Conectorização: são aplicados conectores ópticos, nas fibras envolvidas na emenda.

4.1.10- Perdas

Dois fatores têm fundamental importância na avaliação de desempenho do sistema:

• Atenuação (dB/Km) – reduz a amplitude do campo: L

PA recebidat =

o Absorção

o Espalhamento

– Rayleigh

– Mie

– Raman e Brillouin

o Deformações Mecânicas

• Dispersão (ρs/Km.ηm) – modifica a forma de onda:

o fcm

Dd

∆⋅=⋅

−=2188,0 λ

σσ λ

λ

o Modal

o Cromática

– Material

– Guia de Onda

o PMD

o Four Wave Mixing

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4.1.11- Exemplo

Seja uma transmissão através de uma fibra óptica. De acordo com o fabricante, tem-se

um fator de atenuação de 0.5dB/km no comprimento de onda de 825 µm. Aplicando-se uma

potência óptica de 500µW, qual seria a potência de saída após 12km de extensão, se não

houvesse nenhuma emenda na fibra?

WPPP

kmdBPerda

S

SS

µ6,125981,3500500

log106

/65.012

=→=→

×=

=×=

Para um sistema óptico com fibra monomodo, taxa de 10Gb/s, calcular a distância do

enlace para a banda L (1565 a 1625 ηm), com dispersão cromática igual a 11ps/ ηm.km.

( )

kmLL

mM

1,28164,010111010

1188,0

8164,01010103

1565

12

9

98

2

=→⋅⋅⋅

⋅=

=⋅⋅⋅

=

ησ

4.1.12- Elementos de um Sistema

Para se criar um sistema de comunicação através de fibras ópticas, é necessário a

utilização de alguns elementos além da fibra, tais como: emissores e receptores; que

transformam o sinal elétrico em óptico, e vice-versa.

• Fontes Ópticas:

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o LED (Light-Emitting Diode);

o Laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation).

• Receptor:

o Pré-amplificador;

o Fotodiodo.

• Amplificador

o EDFA (Erbium Doped Fiber Amplifiers)

Exemplo:

• canais

skb

mcanais

canaisskb

sGbcanais

óptico

microonda

9

8

103/64

1550

103

#

78125/64

/5#

⋅=

=

==

η

4.1.13- Cuidados

• Nunca olhe diretamente na extremidade da fibra óptica ou de conectores.

• A radiação luminosa que a fibra transporta não é visível.

• É altamente concentrada

• Intensa causa danos irreversíveis e permanentes ao olho humano

• Pedaços do Núcleo da Fibra são potencialmente perigosos, pois podem ser mais afiados que agulhas e penetrar nos dedos, debaixo das unhas, ou ainda podem aderir a pele e ser transportados aos olhos, boca, nariz, etc.

• Em Cabos de Fibra Óptica que apresentam elementos de tração de materiais como Kvlar ou similares, deve se evitar inspirar próximo a fragmentos destes materiais, pois por serem extremamente leves, podem ser inalados e se alojar nos pulmões.

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4.2- SISTEMA DE COMUNICAÇÃO

Redes Ópticas Descrição

LAN Chamadas de LAN´s (Local Area Networks) servem para interligar

equipamentos, geralmente localizados em um mesmo domicílio.

Acesso

Apesar de hoje em dia, devido aos custos, as Redes Ópticas de

Acesso serem utilizadas predominantemente por Grandes

Assinantes, existem Empresas Operadoras de Telecomunicações,

em alguns paises, que já oferecem este tipo de Rede de Acesso

para assinantes comuns que necessitam de banda larga.

MAN

São utilizadas para suportar todo o tráfego de dados, voz e

imagem, existentes em uma metrópole. São as Redes onde

trafegam os maiores volumes de tráfego.

Estaduais

São Redes de Longa Distância, que geralmente usam os

seguintes Cabos Ópticos:

• Comuns, enterrados diretamente ou em dutos.

• OPGW (OPtical Ground Wire), em torres de Energia Elétrica.

Nacionais

São Redes de Longa Distância, que usam Cabos Ópticos dos

seguintes tipos:

• Comuns enterrados diretamente ou em dutos.

• OPGW em torres de Energia Elétrica.

• Submarinos, lançados ao longo da costa.

Internacionais São Redes de Ultra Longa Distância, que interligam continentes,

usando Cabos Ópticos Submarinos.

Comprimento máximo em Redes Locais Ethernet:

Distância

Modo Comp.

Onda (nm) 10BaseFL 100BaseFX 1000BaseSX 1000BaseLX

MM 850 2Km 2Km - -

MM 62,5µm 1300 - - 330m 550m

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MM 50µm 1300 - - 550m 550m

SM 10µm 1300 - - - 5Km

4.3- NORMAS

• ANSI/EIA/TIA-568-B

o Substituiu a 568-A.

o EIA/TIA-568-B.1: General Requirements.

o EIA/TIA-568-B.2: Balanced Twisted Pair Cabling Components.

o EIA/TIA-568-B.3: Optical Fiber Cabling Components Standard.

• ANSI/EIA/TIA-568-B.3

o Especifica os requerimentos mínimos para os componentes de fibra óptica utilizados no sistema de cabeamento como cabos ópticos, conectores, hardware de conexão, patch cordes e equipamentos de teste e medição em campo.

o Nesta norma são reconhecidos os cabos ópticos multimodo e monomodo.

• ANSI/EIA/TIA-492AAAA: fibra multimodo.

• ANSI/EIA/TIA-492CAAA: fibra monomodo.

• Escolha do tipo de fibra óptica

Rede Primária Rede Secundária Cabeamento

Centralizado Modo

Distância Taxa Distância Taxa Distância Taxa

MM >2Km Até

155Mbps Até 90Km

Até

2,5Gbps Até 300m

Até

1,25Gbps

SM >3Km Até 10Gbps - - - -

4.4- TERMINAÇÕES ÓPTICAS

4.4.1- Conectores:

São dispositivos passivos que servem de interface e providenciam a conexão da fibra

óptica, seja de um cabo ou de um cordão, aos dispositivos ativos aos cabos backbones

instalados em uma rede LAN.

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4.4.2- Estrutura de um Conector

• Ferrolho: parte cilíndrica, normalmente de porcelana, por onde flui a luz da fibra. Na extremidade é realizado um polimento (exemplo: APC - Angled Physical Contact).

• Corpo: estrutura do conector, normalmente de plástico.

• Base: onde é feito o acabamento e colocada a capa, normalmente de PVC.

Ferrolho Anel de fixação

Corpo Capa

• Alguns tipos de conectores:

o Tipo ST – Baioneta

o

o Tipo SC – Push-pull

o

o Tipo FC – Rosqueável

o

o Tipo E2000 – Engate

o

• DIO (Distribuidor Interno Óptico):

Extensões Ópticas (Pigtail)

Cordões Ópticos Simplex ou Duplex

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4.5- LANÇAMENTOS DE FIBRA ÓPTICA

4.5.1- LAN

• Tubulações e Calhas (DD).

4.5.2- WAN

• Diretamente em Dutos (DD).

• Diretamente Enterradas (DE).

• Cabo Fluvial.

• Cabo Submarino.

4.6- CABOS ÓPTICOS LIGANDO O MUNDO (2006)

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5. CABEAMENTO ESTRUTURADO

5.1- INTRODUÇÃO

Cabeamento estruturado pode ser definido como

um sistema baseado na padronização das interfaces

e meios de transmissão, de modo a tornar o

cabeamento independente da aplicação e do leiaute.

O projeto de cabeamento estruturado não é feito

apenas para obedecer às normas de hoje, mas,

também, para que esteja de conformidade com as

tecnologias futuras, além de proporcionar grande

flexibilidade de alterações e expansões do sistema.

Um sistema de cabeamento estruturado permite o tráfego de qualquer tipo de sinal

elétrico de áudio, vídeo, controles ambientais e de segurança, dados e telefonia,

convencional ou não, de baixa intensidade, independente do produto adotado ou fornecedor.

Este tipo de cabeamento, possibilita mudanças, manutenções ou implementações de

forma rápida, segura e controlada, ou seja, toda alteração do esquema de ocupação de um

edifício comercial é administrada e documentada seguindo-se um padrão de identificação

que não permite erros ou dúvidas quanto aos cabos, tomadas, posições e usuários.

Para estas características sejam conseguidas, existem requisitos mínimos relativos à

distâncias, topologias, pinagens, interconectividade

e transmissão, permitindo desta forma que atinja-se

o desempenho esperado.

Tendo base que um sistema de cabeamento

estruturado, quando da instalação, está instalado

em pisos, canaletas e dutos, este sistema deve se

ter uma vida útil de no mínimo 10 anos, este é o

tempo médio da vida útil de uma ocupação

comercial.

5.2- NORMAS

• ANSI/TIA/EIA-568-B.1 – Requerimentos Gerais do CE.

• ANSI/TIA/EIA-568-B.2 – Componentes UTP do CE.

• ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1 – Componentes UTP Categoria 6.

• ANSI/TIA/EIA-568-B.3 – Componentes Ópticos do CE.

• ANSI/EIA/TIA-569-A – Caminhos e Espaços do CE.

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• ANSI/TIA/EIA-606A – Administração e Identificação do CE.

• ANSI/TIA/EIA-607 – Aterramento do CE.

• ANSI/TIA/EIA-854 – 1000Base-TX sobre UTP Cat.6.

• ANSI/TIA/EIA-862 – Sistemas de Automação sobre CE.

• ABNT - NBR 14565 – (~ 568A).

• ANSI/TIA/EIA-854 – 1000Base-TX sobre UTP Cat.6.

• Manual TDMM da BICSI – (Building Industry Consulting Service International) Associação de Profissionais em Sistemas de Transporte de Informação.

5.3- SUBSISTEMA DE UM CABEAMENTO ESTRUTURADO

Um sistema de cabeamento estruturado pode-se dividir em 6 subsistemas, cada qual

tendo suas próprias especificações de instalação, desempenho e teste.

• Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling);

• Cabeamento Vertical (BackBone);

• Área de Trabalho (Work Area);

• Sala de Equipamento (Equipments Room);

• Armário de Telecomunicações (Telecommunications Closet);

• Sala de Entrada de Telecomunicações.

1. Cabeamento Horizontal.

2. Cabeamento Vertical.

3. Área de Trabalho (ATR).4. Sala de Equipamentos (SEQ).5. Armário de Telecomunicações (AT).6. Sala de Entrada de

Telecomunicações (SET).

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5.3.1- Cabeamento Horizontal

É a parte do sistema de cabeamento estruturado que contém a maior quantidade de

cabos instalados, estende-se da tomada de telecomunicação instalada na área de trabalho

até o armário de telecomunicação.

É chamado de horizontal devido aos cabos correrem no piso, suspensos ou não, em

dutos ou canaletas.

Utiliza-se uma topologia em estrela, isto é, cada ponto de telecomunicações localizado

na Área de Trabalho será interligado a um único cabo dedicado até um painel de conexão

instalado no Armário de Telecomunicações.

O cabeamento horizontal poderá ser constituído por um dos seguintes meios de

transmissão:

• Cabo UTP: cabo constituído por fios metálicos trançado aos pares com 4 pares de fios bitola 24 AWG e impedância de 100 ohms, em conformidade com o padrão EIA 568A categoria 5e (enhanced);

• Cabo de fibra óptica, com no mínimo 2 fibras multimodo 62,5/125 micrômetros em conformidade com o padrão EIA 492-AAAA.

Como a maior parcela dos custos de instalação de uma rede local corresponde ao

sistema de cabeamento horizontal, e o mesmo deverá suportar uma larga faixa de

aplicações, recomenda-se o emprego de materiais de excelente qualidade e de desempenho

superior (Cat 5e, 6 ou 7).

O comprimento máximo de um segmento horizontal, isto é, a distância entre o

equipamento eletrônico instalado no Armário de Telecomunicações e a estação de trabalho

é de 100 metros.

A norma TIA/EIA 568-A define as distâncias máximas do cabeamento horizontal

independente do meio físico considerando duas parcelas desse subsistema:

• O comprimento máximo de um cabo horizontal será de 90 metros. Essa distância deve ser medida do ponto de conexão mecânica no Armário de Telecomunicações, centro de distribuição dos cabos, até o ponto de telecomunicações na Área de Trabalho;

• Os 10 metros de comprimento restantes são permitidos para os cabos de estação, cabos de manobra e cabos do equipamento.

Separação de Redes de Telecomunicações e Energia:

• Determina-se para o cabeamento horizontal e circuitos de energia até 240V-20A uma separação mínima entre as duas redes, bastando que elas não compartilhem a mesma infra-estrutura.

• De acordo com a norma, para que sejam evitadas as interferências eletromagnéticas, devem ser mantidas distâncias mínimas entre os trechos por

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onde percorreão os cabos de comunicação e os cabos de energia:

o 1,20m de motores ou transformadores;

o 12cm de lâmpadas fluorescentes. Neste caso, o cruzamento dos cabos UTP com os cabos de energia ou conduítes deve ser feito de forma perpendicular (90°).

• Recomendam-se separações maiores, uso de blindagem e uso de protetores contra transientes quando da existência de outras fontes eletromagnéticas.

Capacidade do Eletroduto para cabo metálico par-trançado:

Diâmetro do

eletroduto em

polegadas (mm)

Qtde de cabos UTP

¾" (21) 3

1" (27) 6

1 ¼" (35) 10

1 ½" (41) 15

2" (53) 20

2 ½" (63) 30

3" (78) 40

• A tabela considera um segmento de eletroduto de comprimento máximo de 30 metros, duas curvas de 90 graus e taxa de ocupação de 40 %.

• Para a instalação de um sistema de eletrodutos deve-se, obrigatoriamente, utilizar as derivações e seus acessórios tais como curvas, buchas, arruelas, etc. Para a fixação dos eletrodutos junto às paredes deve-se utilizar braçadeiras, sendo recomendável as do tipo "D" e manter afastamento máximo de 1 metro entre as mesmas.

Eletrocalhas:

• Para as eletrocalhas recomendam-se preferencialmente as do tipo lisas com tampa que evitam o acúmulo de sujeira. Não se deve instalar eletrocalhas acima de aquecedores, linhas de vapor ou incineradores.

Dimensão da Eletrocalha

(largura x altura em mm) Qtde de cabos UTP

50 x 25 25

50 x 50 40

75 x 50 60

100 x 50 80

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5.3.2- Cabeamento Vertical (Tronco ou Backbone)

Trata-se do conjunto permanente de cabos primários que interligam a sala de

equipamentos aos armários de telecomunicações instalados nos andares de um edifício

comercial (backbone cabling) ou vários edifícios comerciais (campus backbone), e aos

pontos de entrada de telecomunicações (SET).

A topologia adotada para os Cabos Verticais é a Estrela.

Os principais fatores a serem considerados quando de dimensionamento dos cabos

verticais são:

• Quantidade de área de trabalho;

• Quantidade de armários de telecomunicações instalados;

• Tipos de serviços disponíveis;

• Nível de desempenho desejado.

O cabeamento tronco será constituído por um dos seguintes meios de transmissão:

• Cabo de fibra óptica com no mínimo 4 fibras multimodo 62.5/125 micrômetros em conformidade com o padrão EIA 492-AAAA.

• Cabo de fibra óptica com no mínimo 4 fibras monomodo em conformidade com o padrão EIA 492-BAAA.

• Cabo UTP: cabo constituído por fios metálicos trançados aos pares, comumente chamado de "cabo de pares trançados", com 4 pares de fios bitola 24 AWG e impedância de 100 ohms em conformidade com o padrão TIA/EIA 568A categoria 5e (enhanced).

5.3.3- Área de Trabalho (ATR)

A Área de Trabalho para as redes locais é onde se localizam as estações de trabalho,

os aparelhos telefônicos e qualquer outro dispositivo de telecomunicações operado pelo

usuário.

Para efeito de dimensionamento, são instalados no mínimo dois pontos de

telecomunicações (PT) ou tomadas em uma área de 10m2.

A construção das tomadas deve prever espaço adequado para acomodação, com

folga, de fibra e par trançado.

É fundamental que um projeto criterioso avalie detalhadamente cada local de

instalação dos pontos, pois problemas de subdimensionamento podem onerar as

expansões. Já em alguns casos será preciso substituir a infra-estrutura projetada.

Quando não existir vários pontos de telecomunicações distribuídos na Área de

Trabalho, as mudanças no posicionamento destes pontos ocorrerão com maior freqüência.

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Para isso, deve-se procurar inicialmente instalar os pontos nos locais mais afastados do

encaminhamento principal do prédio (eletrocalhas nos corredores); assim, será

relativamente fácil alterar esse posicionamento, pois não será necessária a passagem de

novo cabo horizontal.

O cabeamento na Área de Trabalho pode variar com a aplicação. Assim, adaptações

que possam ser necessárias nesses locais deverão obrigatoriamente ser providas por

dispositivos externos ao ponto de telecomunicações. Alguns desses produtos são:

• Cabos especiais para equipamentos com conector diferente do RJ-45;

• Adaptadores em "Y" que servem para trafegar voz e dados no mesmo cabo;

• Adaptadores passivos tipo baluns;

• Adaptadores para transição de pares;

• Adaptadores tipo splitters ou drop boxes;

• Terminadores.

Deve-se observar que quando utilizamos determinados tipos de adaptadores na Área

de Trabalho, poderá haver degradação do desempenho e até mesmo a inoperância do

sistema. Assim, é aconselhável compatibilizar o cabeamento com os equipamentos de

transmissão no momento do projeto, evitando ao máximo utilizar esses artifícios.

5.3.4- Sala de Equipamentos (SEQ)

Ponto da rede no qual estão localizados os equipamentos ativos do sistema, bem como

suas interligações com sistemas externos.

Dutos de Passagem de

Cabos

Equipamentos Hardware deConexão

Cabos do Backbone Vertical

Cabos do Backbone Vertical

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Este local pode ser uma sala específica, um quadro ou um armário.

Funções:

• Receber fibra óptica do backbone;

• Acomodar equipamentos de comunicação das operadoras de Telecomunicações;

• Acomodar equipamentos e componentes do backbone (opcional);

• Acomodar os equipamentos principais e outros componentes da rede local;

• Permitir acomodação e livre circulação do pessoal de manutenção;

• Restringir o acesso a pessoas autorizadas.

Existem algumas regras que devem ser seguidas quando da instalação da sala de

equipamentos:

• Área maior ou igual a 14m2;

• Instalá-lo fisicamente a um mínimo de 3m de qualquer fonte de interferência eletromagnética, como cabinas de força, máquinas de raio X, elevadores, sistemas irradiantes, etc;

• Instalar uma iluminação com um mínimo de 540 lux;

• Deve ser instalado longe de infiltração de águas fluviais, esgotos e outros afluentes.

• Piso composto de material anti-estático;

• Alimentação elétrica com circuitos dedicados direto do distribuidor principal com instalação de quadro de proteção no local;

• Mínimo de 3 tomadas elétricas tripolares (2P+T) de 127 VAC, com aterramento;

• Proteção da rede elétrica por disjuntor de no mínimo 20A;

• Dissipação mínima de 7.000 BTU/h.

Dimensionamento:

Estações de Trabalho Área da SEQ (m2)

Até 100 14

De 101 a 400 37

De 401 a 800 74

De 801 a 1.200 111

5.3.5- Armário de Telecomunicações (AT)

É o local de terminação dos cabos e funciona como um sistema de administração do

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cabeamento e alojamento de equipamentos que interligam o sistema horizontal ao tronco

(ponto de transição do cabeamento tronco e o horizontal).

São localizados normalmente em cada andar, distribuindo os serviços para as ATR.

Um armário de telecomunicações deve ser instalado levando-se em conta algumas

premissas:

• Quantidade de áreas de trabalho;

• Disponibilidade de espaço no andar;

• Instalação física.

Área recomendada para os armários de telecomunicações.

Dentro da sala, os equipamentos e acessórios de cabeamento devem ser instalados

preferencialmente em racks do tipo aberto.

Área Servida Área Recomendada

Menor que 100 m2 Quadro Externo

Entre 100 e 500 m2 3,00 x 2,20 m

Entre 500 e 800 m2 3,00 x 2,80 m

Maior que 800 m2 3,00 x 3,40 m

Tipos de armário recomendado de acordo com a área servida.

Área Servida Armário Recomendado

Menor que 100 m2 Subrack ou Bracket com no mínimo 4U

Entre 100 e 500 m2 Rack Fechado de min. 12U profundidade útil 470 mm

Entre 500 e 800 m2 Rack Fechado de min. 24U profundidade útil 470 mm

Maior que 800 m2 Rack Fechado de min. 40U profundidade útil 470 mm

5.3.6- Sala de Entrada de Telecomunicações (SET)

Podendo ser chamado de Distribuidor Geral de Telecomunicações (DGT).

É o ponto no qual se realiza a interface entre o cabeamento externo e o cabeamento

interno da edificação.

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Normalmente fica alojado no térreo ou no subsolo, tendo dimensões maiores que os AT

abrigando os cabos que vêm da concessionária de serviços públicos ou de outras

edificações.

As facilidades de entrada estão relacionadas com os serviços que estarão disponíveis

para o cliente, estes serviços podem ser de:

• Dados;

• Voz;

• Sistema de Segurança;

• Redes Corporativas.

Haverá um dispositivo de comunicação (modem, rádio, cable modem, satélite, etc.)

integrado ou não a um equipamento que executa funções de bridge ou roteador.

Interligação através de cabos ópticos de longa distância; essa opção entretanto exige

equipamentos mais complexos instalados nos DGTS e normalmente são de

responsabilidade das empresas operadoras de Telecomunicações (Embratel, Brasil

Telecom, Interlig, Telfônica, etc).

5.4- CONEXÕES

Dois tipos de conexões são reconhecidos pela Norma 568.

Conexão Cruzada Interconexão

CabeamentoHorizontal

Outlet

Patch Cord

Patch Cord

Patch Panel

Equipamento(Ex. Switch)

Área de trabalho

TCCabeamentoHorizontal

Patch Cord

Equipamento(Ex. Switch)

Patch Cord

Área de trabalho

Outlet

TC

Patch Panel

PatchPanel

MUTOACabo

de 25 Pares

Ponto Intermediário

Armáriode

Telecomunicações

Múltiplos Cabos de 4 pares

PatchPanel

Armáriode

Telecomunicações

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SW

Patch Panel

Cabo Óptico Horizontal

Sala de Telecomunicações

Área de Trabalho

Conector Óptico

5.5- IDENTIFICAÇÃO DO CABEAMENTO ESTRUTURADO

5.5.1- Ponto de Telecomunicação (PT)

Seqüencial do ponto de telecomunicações

Identificação do pavimento

Ponto de telecomunicações

PT XX XXX

5.5.2- Encaminhamento do Cabeamento

XX CWY XXP/Fibras

YY a XX XXX a XXX

Quantidade de cabos

Cabo primário (P), secundário (S) ou interligação (I)

Quantidade de pares/fibras

Identificação seqüencial do ponto ou par

Identificação do pavimento (destino)

Identificação de origem (opcional)

Y = UTP (U), STP (S) ou Fibra (Fo)

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5.5.3- Exemplo

PT 1.1

PT 1.2

PT 1.3

PT 1.4

PT 1.5

PT 1.6

PT 1.7

2 CSU 8P

1 x 1-2

3 CSU 12P

1 x 5-7

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6. CERTIFICAÇÃO E TESTES

6.1- CONCEITOS

A certificação do cabeamento estruturado de uma rede local é a garantia de que tudo

está funcionando de acordo com as normas definidas para aquele tipo de estrutura.

São utilizados equipamentos certificadores de precisão que medem todas as

características físicas e elétricas do cabo. Assim, parâmetros como comprimento,

resistência, largura de banda suportada e imunidade à interferências externas, são avaliados

e registrados em um relatório de certificação por cabo da rede.

Após a terminação dos cabos (conectorização), o meio de transmissão deverá ser

certificado, isto é, será emitido um relatório contendo uma seqüência padronizada de testes

que garanta o desempenho do sistema para transmissão em determinadas velocidades.

É importante que todos os pontos de uma rede local sejam testados e certificados na

fase de instalação, e que os resultados sejam guardados com cuidado, pois serão de grande

valia quando possíveis problemas de degradação da rede vierem a ocorrer.

6.2- PRINCIPAIS PARÂMETROS

6.2.1- Impedância:

Definida como sendo a soma de todos as resistências, indutâncias e capacitâncias

inerentes nos cabos.

A medida deste parâmetro é denominada impedância característica que é baseada em

uma linha de transmissão de comprimento infinito.

No caso dos cabos UTP o valor da impedância característica deve estar em torno de

100Ω ±15% em uma faixa de freqüências que variam de 64KHz até 100MHz.

6.2.2- Atenuação:

É a perda de potência que o sinal sofre ao percorrer o meio entre o transmissor e o

receptor.

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Expressa em dB e se faz uma medição por par.

O valor da atenuação altera-se conforme é variada a freqüência, sendo assim, os

equipamentos de teste medem o valor da atenuação em variados valores de freqüência

(64KHz até 100MHz).

6.2.3- Paradiafonia ou NEXT (Near End Crosstalk):

É a diafonia, expressa em dB, que se propaga através do canal interferido no sentido

oposto àquele da propagação do sinal do canal interferente. Ou é a imunidade à

interferência dos pares de um cabo em relação ao sinal de entrada que trafega em um par

específico no mesmo cabo e na mesma extremidade.

Injeta o sinal (64 KHz até 100 MHz) em um par e verifica o sinal nos outros pares

inativos. Valores altos indicam cabeamento bom, enquanto valores muito baixos indicam

problemas na rede.

P1P1

P2P2 P3P3

P4P4

P1P1

P2P2 P3P3

P4P4P1P1

P2P2 P3P3

P4P4

P1P1

P2P2 P3P3

P4P4

P1P1

P2P2 P3P3

P4P4

P1P1

P2P2 P3P3

P4P4

P1P1

P2P2 P3P3

P4P4

Par-a-Par Power-SumPSNEXT

6.2.4- Telediafonia ou FEXT (Far End Crosstalk):

Consiste na perturbação do sinal de entrada do repetidor pelos sinais que caminham

em outros pares do mesmo cabo e na mesma direção.

Esse efeito é influenciado pelo comprimento total do cabo.

É a diafonia que se propaga sobre o canal interferido no mesmo sentido de propagação

do sinal sobre o canal interferente.

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6.2.5- ACR:

Essa medida mostra uma relação entre a Atenuação e o NEXT.

Consegue-se relacionar o nível do sinal recebido com o nível de ruído, chamado de

relação sinal/ruído (SNR).

Para cada combinação de pares é informado o nível de ACR.

dB

Freqüênciaf

NEXT

Atenuação

Gráfico paracabos melhores

6.2.6- ELFEXT (Equal Level Far End Crosstalk):

É a interferência de um sinal que trafega por um determinado par, sobre um par vizinho

na outra extremidade do cabo, em dB.

6.2.7- Atraso de Propagação (Delay):

Tempo que o sinal leva para percorrer o meio de transmissão, expresso em

nanosegundos.

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Delay Skew: esta medida avalia a diferença entre os atrasos dos pares.

6.2.8- Perda de Retorno (Return Loss):

É a medida do sinal refletido caudado por defeitos na fabricação ou dobras dos cabos

ou ainda pelo descasamento de impedância entre cabo e os dispositivos de conexão de

rede.

Expresso em dB.

6.2.9- Taxa de Erro de Bit (BER):

É uma medição onde se avalia a quantidade de bits com erro dentro de um lote.

Todos os padrões de redes trazem especificações do BER como uma forma de garantir

que os sinais sejam recebidos com poucas distorções.

O BER está diretamente relacionado ao ACR ou SNR, pois quanto menor o nível de

ruído menor serão as distorções e conseqüentemente menores serão as proporções de bits

com erro.

6.3- TESTES DE CERTIFICAÇÃO

Segundo a ANSI/EIA/TIA, é um teste obrigatório a toda instalação de cabeamento.

Consiste em utilizar um aparelho, chamado de Cable Scanner (analisador de fluxo),

para se testar todos os pontos instalados da rede. O scanner está programado para realizar

todos os testes requeridos pelas normas e compará-los a valores padrões. Para cada ponto

testado, é gerada uma página de relatório que detalha o resultado da análise e exibe um

status, que pode ser PASSA ou FALHA.

É altamente desejável que 100% dos pontos testados exibam o status PASSA.

Também é importante que os testes sejam realizados de acordo com a categoria do

cabeamento instalado.

De nada adianta testar um cabeamento Categoria 6 utilizando o scanner configurado

para teste em Categoria 5e.

Todas as conexões ópticas também devem ser testadas. O teste requerido por norma é

o de atenuação óptica, feito com um conjunto Power Meter & Fonte de Luz. O resultado da

perda óptica de cada link de fibra, medido em dB, deve ser entregue como parte da

documentação. Opcionalmente, podem-se realizar testes com OTDR, que irão documentar

fielmente a instalação.

Exija de seu instalador uma cópia, impressa ou em mídia, de todos os testes realizados

após a finalização da obra. Guarde esses testes para posterior consulta caso seja detectada

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alguma falha.

6.4- CERTIFICAÇÃO DE OBRA

Esse tipo de certificação é o mais completo, pois envolve todo um procedimento

especial, que pode envolver o integrador, o distribuidor e o fabricante da solução de

cabeamento.

Para esse tipo de certificação ser possível, todos os componentes de cabeamento da

instalação devem ser fornecidos pelo mesmo fabricante, garantindo o desempenho e a

compatibilidade.

Geralmente o procedimento de certificação de obra inclui:

• Geração de uma documentação completa da obra, que inclui plantas, testes de certificação, memorial descritivo, formulários e até mesmo cópias das Notas Fiscais de compra (para comprovar a procedência do material).

• Vistoria a obra realizada por um auditor independente que irá atestar que a solução implantada segue as recomendações das normas pertinentes e do fabricante envolvido. O auditor deve ser credenciado pelo fabricante em questão e deve possuir sólidos conhecimentos na área de cabeamento estruturado.

Além disso, uma obra, para ser certificada, deve ser instalada por um integrador

credenciado pelo fabricante correspondente e estar em dia com seus treinamentos.

Uma obra assim certificada recebe uma garantia estendida do fabricante, que pode

girar entre 15 a 25 anos, que cobrirá aplicações, materiais e mão-de-obra envolvidos.

Se a sua obra for certificada, você terá a certeza de que:

• Todas as normas nacionais e internacionais aplicáveis foram cumpridas;

• Todas as práticas de projeto e instalação do fabricante foram seguidas;

• Todos os materiais utilizados são fabricados pelo fornecedor escolhido;

• Os materiais não foram contrabandeados ou falsificados;

• O instalador contratado é reconhecido pelo fabricante e está em dia com seus treinamentos.

6.5- EQUIPAMENTO

6.5.1- Cabo UTP

A certificação do cabeamento UTP da rede local deverá estar em conformidade com os

requisitos da TIA/EIA TSB-67 (Transmisson Performance Specification for Field Testing of

Unshielded Twisted-Pair Cabling).

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Um segmento de cabo UTP com terminação nas pontas será considerado certificado

quando o resultado do aparelho for "aprovado" (Pass), não sendo admitidos resultados

marginais.

Principais parâmetros:

• Comprimento do cabeamento, por técnica de TDR (reflexão de onda);

• Resistência e capacitância;

• Atraso de propagação (Propagation Delay);

• Atenuação Power Sum;

• Power Sum Next;

• Relação Atenuação/Diafonia Power Sum ( PSACR);

• PS ELFEXT;

• Perda de retorno (Return Loss);

• Mapeamento dos fios (Wire Map);

• Impedância.

6.5.2- Cabo Óptico

Um segmento óptico (optical link) é definido como um conjunto de componentes

passivos entre dois painéis de conexão; assim, ele é composto de cabo óptico, conectores e

eventualmente, emenda óptica. O principal parâmetro a ser medido no teste de um

segmento óptico é a atenuação.

Outros parâmetros relevantes (descontinuidade das fibras, distâncias, pontos de

emenda, perdas individuais e curva de atenuação) devem ser obtidos com o OTDR (Optical

Time Domain Reflectometer).

Para cada tecnologia e método de acesso, existe um valor máximo de perda óptica

(optical power budgets) que deverá ser respeitado.

A medida é executada utilizando-se dois aparelhos:

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• A fonte geradora de luz (Optical Ligth Source - OLS).

• O medidor de potência óptica (Optical Power Meter - OPM).

No anexo H da TIA/EIA 568-A foram estabelecidos valores aceitáveis para a fibra

multimodo 62,5/125 micrômetros e monomodo. No caso de cabeamento tronco os valores

são dependentes do número de emendas, do comprimento e dos conectores, pois pode

haver mais do que um quadro de distribuição óptica no trajeto.

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7. PROJETOS

7.1- ANÁLISE INICIAL DO PROJETO

7.1.1- Conceitos de Projeto

É um esforço que tem início e fim, tendo como finalidade produzir algo com

características próprias.

Constitui basicamente da documentação representativa de um processo de

planejamento que determina, entre outras coisas, as ações e condições necessárias para

resolver problemas, alterar uma situação ou criar novas alternativas.

A elaboração de um projeto começa a partir de uma proposta inicial, a qual é o

documento que o usuário aprova como o escopo da proposta do que será executado e que

ficará sujeita a várias revisões à medida que o projeto se desenvolve.

7.1.2- Levantamento de Informações para Análises

• Necessidades atuais e futuras dos serviços de comunicação de voz, dados e elétrica;

• Avaliação do ambiente físico predial, englobando as facilidades de passagem e caminho dos cabos;

• Análise do local de instalação;

• Avaliação dos meios a serem utilizados (cabos);

• Definição da topologia de distribuição do sistema de redes locais e elétrica;

• Definição da densidade ideal de pontos;

• Sistema de cabeamento preliminar a ser utilizado;

• Localização e identificação dos pontos, dos bastidores de conexão intermediários e da Sala de Equipamentos;

• Localização e identificação dos quadros elétricos;

• Distribuição da atual tubulação instalada;

• Adaptações de locais internos;

• Serviços de obras civis necessários.

7.2- CICLO DE VIDA DE UM PROJETO

Fase Conceitual: Tem-se a identificação de necessidades, estabelecimento da

viabilidade, busca de alternativas, preparação de propostas, desenvolvimento de

orçamentos e cronogramas iniciais e a nomeação da equipe de projeto.

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Fase de Planejamento: Inclui a programação de recursos, a realização de estudos e

análises em campo (site survey), análise de resultados e obtenção de aprovação para a fase

de execução.

Fase de Execução: Tem-se o cumprimento das atividades programadas e a

modificação dos planos, conforme necessário. Inclui também monitoramento e controle das

atividades programadas.

Fase Final: Inclui o encerramento das atividades do projeto, comissionamento de

equipamentos, treinamento de pessoal operacional e realocação dos membros da equipe.

7.3- ETAPAS DO PROJETO

Viabilidade: estudo de viabilidade técnica do projeto.

Elaboração da Proposta: deve incluir um conjunto de requisitos e critérios baseados em

especificações técnicas (funcionais, operacionais e construtivas) que devem ser satisfeitas

para que o projeto atenda as necessidades.

Solução: criatividade e capacidade analítica na combinação de princípios, utilização de

técnicas e tecnologias, sistemas e componentes.

Viabilidade Econômica e Financeira: otimizar o valor do projeto para um desempenho

ótimo com custo mínimo (recursosXbenefíciosXcustos).

Projeto Básico: projeto preliminar ou anteprojeto, que tem como objetivo definir a

concepção global do projeto e dos subsistemas de rede que servirão de base ao projeto

executivo.

Projeto Executivo: detalhar todos os subsistemas e componentes, possibilitando a

execução de protótipos e testes e a completa realização da infra-estrutura necessária.

7.4- DESENVOLVIMENTO DA DOCUMENTAÇÃO

7.4.1- Objetivo do Projeto:

Descrição do objetivo do projeto que será apresentado ao contratante. Deve ser um

objetivo de negócios.

Deixe claro ao leitor que você entende do assunto e que como o resultado afetará a

empresa.

7.4.2- Situação Atual do Projeto:

Descrição da situação da empresa no momento, através de levantamento em campo

(site survey) e/ou reunião com profissionais da empresa.

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Acrescentar croqui e informações do endereço do local envolvido.

7.4.3- Escopo do Projeto:

Qual é o tamanho do projeto?

É uma rede nova ou uma extensão a uma rede existente?

Mencione departamentos e redes afetadas pelo projeto.

Esclareça também o que não faz parte do projeto.

7.4.5- Demanda:

Necessidade do cliente.

7.4.6- Projeto Lógico:

É o Desenvolvimento da topologia da rede ou um diagrama esquemático da rede,

indicando interligações e interoperabilidade, bem como o funcionamento.

Características:

• Planejamento da capacidade da rede;

• Análise de redundância ou contingência;

• Identificação dos equipamentos e cabeamento, quando necessário;

• Elaboração dos esquemas de endereçamento;

• Seleção dos protocolos utilizados na rede.

InternetInternetInternetInternet

PABXPABXPABXPABXTelefonia Telefonia PúblicaPública

7.4.7- Projeto Físico:

• Seleção de tecnologias e dispositivos para a rede envolvida;

• Descrição do cabeamento estruturado;

• Descrição da solução da infra-estrutura envolvida no projeto;

• Envolve desenhos, como por exemplo, encaminhamento do cabeamento, leiaute dos

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AT, diagrama de ocupação da SEQ, diagrama unifilar, etc;

• Identificação do cabeamento.

7.4.8- Dimensionamento do Tráfego:

A análise do tráfego de dados para múltiplos usuários é bastante recente e está em

fase de desenvolvimento por diversos institutos de pesquisa.

Uma das etapas iniciais para esta análise deve ser a engenharia de tráfego. Esta etapa

envolve o monitoramento de tráfego para sub-redes existentes e a conseqüente modelagem

do tráfego das localidades sob análise.

• Dados

o É comum usar 30Kbps por ponto de acesso a rede.

• Voz

o Baseado no tráfego de Erlang. Tráfego total = Erlang x Num. Tel.

o No caso de VoIP:

– Basear em 64Kbps para CODEC G.711

– Basear em 25Kbps para CODEC G.729

7.4.9- Energia Elétrica:

Consumo:

• Demanda: ? W .

• Tensão da rede: ?.

• Devem-se verificar as Normas Técnicas Brasileiras:

Normas:

• NBR-5456, NBR-5410, NBR-5476, NBR-14306, NBR-9441 e NBR-12693.

Alimentação Ininterrupta: UPS ou No-Break:

• Um equipamento de ?KVA com autonomia de ? minutos no local ? .

Aterramento:

• Para proteção de todos os equipamentos envolvidos. As normas técnicas ANSI/TIA/EIA 607, NBR-13571 e NBR-5456 devem ser consultadas.

FaseNeutro

Terra

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7.4.10- Especificação Técnica:

Detalhamento de cada material envolvido no projeto, ou seja, descrever características

técnicas de cada material que influenciarão na compra dos mesmos.

Exemplo: Patch Panel.

• Painel de conexão reduzido com capacidade máxima de 12 conectores RJ45, terminação IDC 110 e dimensões para instalação que atendam ao padrão "89D". Compatibilidade total com TIA/EIA 568-A categoria 5e.

• Utilizado para a terminação de cabos UTP rígidos ou flexíveis nos armários ou em pontos de baixa concentração.

Exemplo: Bastidor.

• Tipo 19", 44U, porta de vidro frontal, maçanetas com tranca, uma bandeja, réguas de tomadas, grade anti-insetos, ventilador, guia de cabos, barra de aterramento e grau de proteção mínima IP-54.

Exemplo: Switch.

• Ter 24 portas UTP.

• Possuir POE (Power over Ethernet).

• Suporte a QoS e multiserviços.

• Padrão 802.1x, 802.1q e 802.1p.

7.4.11- Plano de Implementação

Cronograma do Projeto.

Ação / Data Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Versão inicial do Documento de Projeto X

Recepção de comentários sobre o Documento

de Projeto X

Documento de Projeto final distribuído X

Implementação X X X X X

Finalização da obra

Em teste de funcionamento X

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7.4.12- Custo

Discriminação Un Quant. Vr. Unit. Total

Material 1 m 50

Material 2 pç 100

Material 3 pct 10

Material 4 m 150

Mão-de-obra serviço 1

Total

7.4.13- Desenho

Apresentação dos desenhos em DWG incorporado no documento digitado no Word.

Comentar sobre os desenhos em anexo no formato A0 ou A1 ou A2 ou A3 ou A4.

7.4.14- Anexo

Complementos que não encaixam ao longo do projeto.

7.4.15- Termo de Garantia

O termo de garantia emitido ao final da obra, pelo prestador de serviço, deverá

descrever claramente os limites e a duração da garantia para cada componente do sistema

instalado. Mesmo que o prestador de serviço tenha contratado outros empreiteiros, a

garantia final será dada e mantida pelo contratante.

Os requisitos mínimos obrigatórios para cada componente são:

• Equipamentos: 1 ano após a instalação (recomendado: 3 anos);

• Cabos e componentes de cabling: 5 anos contra defeitos de fabricação;

• Infra-estrutura: 3 anos contra ferrugem e resistência mecânica;

• Funcionalidade e desempenho: 5 anos;

• Declaração de desempenho assegurado para as aplicações às quais a rede física foi proposta, as possíveis restrições para outras aplicações ou para as aplicações introduzidas no futuro pelos principais organismos internacionais (IEEE, TIA/EIA, ISO/IEC, etc.).

Durante o primeiro mês após a conclusão efetiva da instalação, o prestador de serviço

deverá atender às correções e pequenos ajustes necessários, no prazo máximo de n dias

úteis.

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8. WLAN

8.1- DEFINIÇÃO

Uma Wireless LAN (WLAN) é uma rede local sem fio padronizada pelo IEEE 802.11.

É conhecida também pelo nome de Wi-Fi (Wireless Fidelity), fidelidade sem fios.

Através da utilização portadoras de rádio ou infravermelho, as WLANs estabelecem a

comunicação de dados entre os pontos da rede.

Os dados são modulados na portadora de rádio e transmitidos através de ondas

eletromagnéticas.

8.2- PADRÃO IEEE

É o grupo que lidera a padronização de redes locais (LANs) e Metropolitanas (MANs) a

nível mundial.

Padrão Freqüência Modulação Taxas

802.11b DSSS 11 Mbps

802.11g 2400-2483,5 MHz

DSSS; OFDM 54 Mbps

802.11a

5150-5350 MHz

5470-5725 MHz

5725-5850 MHz

OFDM 54 Mbps

As condições de uso destas freqüências no Brasil estão estabelecidas pelo

Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita, reeditado

pela resolução 365 de 10/05/04 da ANATEL.

A ANATEL estabeleceu que sistemas 2,4MHz em localidades com população superior

a 500 mil habitantes e com potência (EIRP) superior a 400 mW não podem operar sem

autorização da ANATEL.

8.3- TÉCNICAS DE MODULAÇÃO

8.3.1- DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum)

É o espalhamento espectral por seqüência direta.

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8.3.2- OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing)

Multiplexação Ortogonal por Divisão de Freqüência é uma técnica de modulação mais

eficiente que o DSSS.

É uma variação da multiplexação por divisão de freqüência (FDM).

8.4- ESPALHAMENTO ESPECTRAL

Spread Spectrum é uma técnica de codificação para a transmissão digital de sinais.

A técnica consiste em codificar e modificar o sinal de informação executando o seu

espalhamento no espectro de freqüências.

As interfaces de dados típicas disponíveis são do tipo Ethernet, embora possam ser

encontradas também portas RS-232, V.35, RS-485 e E1/T1.

Os serviços mais comuns oferecidos são de interligação de redes corporativas ou de

acesso a Internet.

Os rádios spread spectrum utilizam as faixas de freqüências livres adotadas por vários

países, inclusive o Brasil, denominadas internacionalmente como bandas ISM

(Instrumentation, Scientific & Medical) definidas nas faixas de 900 MHz, 2,4 GHz e 5,8 GHz.

A técnica de spread spectrum é implementada através dos seguintes processos:

• Salto de Freqüência (Frequency Hopping)

• Seqüência Direta (Direct Sequence)

• Ou uma combinação dos dois processos chamada de Sistema Híbrido.

8.5- SEGURANÇA

Como as informações neste tipo de rede trafegam pelo ar, podem ser capturadas por

qualquer pessoa que tenha um equipamento compatível.

IEEE 802.11i traz informações de segurança intrínseca aos protocolos IEEE 802.11b,

80211a e 802.11g de WLAN.

A primeira coisa que o usuário deve ter em mente é que qualquer tráfego não

criptografado pode ser facilmente capturado.

Tipos:

• ESSID

o É um ID de rede. Usado em pontos de acesso (AP).

• MAC Address

o O número do MAC Adress o qual o AP pode se comunicar.

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• WEP (Wired Equivalent Privacy)

o Utiliza o conceito de Chave Compartilhada (Shared key) que utiliza o algoritmo RC4 de criptografia desenvolvido por Ron Rivest do MIT.

• WPA (Wi-Fi Protected Access)

o Substitui o WEP.

o As chaves são trocadas dinamicamente à medida que o sistema é utilizado.

o A informação é criptografada utilizando algoritmo com uma chave de 128 bits.

8.6- ÁREA DE COBERTURA

A propagação dos sinais sofrem reflexão, refração e dispersão que variam mais em

função de diferentes fatores físicos.

Cobertura de 50 a 300 metros em áreas internas (indoor) e de 500m a 10Km em áreas

externas (outdoor).

AP

8.7- WIMAX

Padrão IEEE 802.16 - Interoperabilidade mundial para acesso de microondas

(Worldwide Interoperability for Microwave Access).

Encaixa na categoria de WMANs (wireless metropolitan area networks).

Promete levar acesso de alta velocidade aos pontos mais remotos, geralmente

chamados de "last mile".

A Intel é uma das principais defensoras e colaboradoras no desenvolvimento do

WiMax.

Intel desenvolveu e atualmente comercializa a tecnologia chamada Centrino™, que dá

acesso Wi-Fi 11g/b à maioria dos notebooks comercializados hoje.

Autorização de uso de blocos de radiofreqüências nas faixas: 3,5 GHz e 10,5 GHz.

As faixas de radiofreqüências licitadas poderão suportar, além da banda larga sem fio

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via WiMax, serviços triple play e telefonia fixa sem fio.

Prometem taxas acima de 100Mbps.

9. BIBLIOGRAFIA

1. Paulo Sérgio Marin, “Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto

à instalação”, Ed. Érica, 2008.

2. José Maurício, “Guia Completo de Cabeamento de Redes”, Ed. Campus, 2003;

3. NETO, Vicente Soares, SILVA, Adelson de Paula e BOSCATO, Mário C. Júnior,

“Telecomunicações - Redes de Alta Velocidade - Cabeamento Estruturado”, Ed.

Érica, 2005;

4. SOARES, G. Lemos, S. Colcher, “Redes de Computadores: das LANs, MANs e

WANs às Redes ATM”, Editora Campus, 1995;

5. Ateneu Fabiano, “Infra-estrutura, prototolos e sistemas operacionais de LANs”, Ed.

Érica, 2004;

6. Ateneu, Francisco, Luis e Paulo, “Projetos para redes Metropolitanas e de Longa

Distância”, Ed. Érica.

7. TANENBAUM, Andrew S., “Redes de Computadores”, Ed. Campus, 2003.

8. www.teleco.com.br

9. www.projetoderedes.com.br

10. www.anatel.gov.br