ceratites
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INFCÇÕES OCULARES
Sâmia Ali Wahab
Hospital de Olhos
Conjuntivite
• Def: Toda e qualquer inflamação da mucosa conjuntival.
• Hiperemia, edema ,secreção, prurido, ardência, sensação de corpo estranho
Classificação
• HIPERAGUDAS: aparecimento em 12 h
• AGUDAS: duração de até 3 semanas
• CRÔNICAS: além de 3 semanas
Conjuntivite bacteriana
• Geralmente bilataral
• Agentes frequentes:– estafilococos,– hemofilos,– estreptococos.
HIPERAGUDAS
• Neisseria gonorrhea, N. meningitidis
• Secreção purulenta, abundante, quemose
• Grave, podendo levar a perfuração
• Laboratório mandatório
Conjuntivite Neonatal
• Gonocócica: 2 - 4 dias, purulenta, diplococos -.
• Clamídia: 4 - 7 dias, + comum, pseudomembrana, dx laboratorial: inclusão citoplasmática.
• Herpes simples: 6 - 15, geralmente unilateral, ceratite.
Agudas
• Virais : adenovirus
• bacteriana: S. aureus, S. epidermidis, S. pyogenes, H. influenzae (crianças)
Conjuntivite Viral
• Ceratoconjuntivite epidêmica: aguda, edema de pálpebra, adenovirus (tipo 8, 19), muito contagioso.
• Molusco contagioso: crônico, pox virus
• Papiloma virus: múltiplos papilomas
Coccidioidis imitis
CRÔNICAS
• Infecciosa
• alérgica
• tóxica
• cicatricial
• mecânica
CRÔNICAS: INFECCIOSAS
• Causadas por estafilococos ( comum)
• relacinadas: blefarite, meibomite
CRÔNICAS: INFECCIOSAS
• Clamídia : sorotipo D-K (uretrite e cervicite)
• Tracoma: sorotipo A-C (TF, TI, TS, TT)
• Moraxela: ulceração no ângulo externo
CRÔNICAS: INFECCIOSAS
• Viral: molusco contagioso
lesões em pálpebra
Conjuntivites: cicatricial
• Penfigóide : auto-imune
2 a 3 vezes mulheres
afeta olhos e outras membranas
• Eritema multiforme (hipersensibilidade a drogas) -Minor(-20%), Major (Stevens Johnson) (20%), Necrólise tóxica (Lyell)
Conjuntivite: TÓXICA
• Drogas : pilocarpina, anti-virais, aminoglicosídio
• prurido, secreção, hiperemia
• Dx : história
laboratório (poucas cls infl, muco, grânulos tóxicos)
Ceratites
• Bactéria
• Fungos
• Protozoário
• Viral
Fisiopatogenia infecção córnea
• Defeito epitelial• Adesão microbiana• Multiplicação e produção de endo e exotoxinas• Fatores quimiotáticos• Ingressão de PMNs• Produção de colagenase• Dano tecidual
Quebra da barreira epitelial
• Alteração epitelial– páçpebras e cílios
– olho seco
– imunossupressão
– trauma• Lentes de contato
• Vegetais
Dano tecidual
• Exotoxinas bacterianas
• Colagenase (polimorfonucleares)
Assim que tenhamos a identificação e resposta clínica positiva,
todos os esforços devem se voltar para o controle da reação inflamatória.
Pseudomonas aeruginosa• Alta virulência
– Capacidade de adesão, multiplicação e destruição tecidual
S. epidermidis• Menor virulência.
C. cristalina infecciosa• Geralmente
microrganismo de baixa virulência
• Associação com uso de corticóide tópico
Bacterioscopia e culturaMonoterapia
• Diversidade de apresentações clínicas.
• Microrganismos emergentes
• Resistência bacteriana
Identificação do microrganismo
Laboratório é imperativo
Esquema proposto:1- Identificação do microrganismo2- Instituição terapêutica específica3- Avaliação da reação inflamatória e dor4- Corticóide tópico
Bactérias mais comumente envolvidas:
• Staphylococcus aureus
• S. epidermidis
• Klebsiella
• Pseudomonas
Streptococcus pneumoniae
P. aeruginosa
Mudanças na apresentação clínica
Nocardia pós-lasik
2 meses sem diagnósticoSulfacetamida e amica
AV final 20/20
Pós-lasik
Tratamento:
• Antimicrobiano adequado
• Bactéria: resposta clínica favorável
• Adicionar anti-inflamatório
Doenças emergentes e re-emergentes
• CDC define como aquelas doenças infecciosas cuja incidência aumentou nas duas últimas décadas ou tendem a aumentar no futuro.
Resistência a drogas anti-microbianas
• Constitui-se em um dos motivos mais importantes de alteração do comportamento epidemiológico de doenças, acarretando aumento da prevalência e morbidade para uma série de problemas que anteriormente eram considerados sob controle.
Acantamoeba
• Ameba de vida livre
• Responsáveis também por abcesso cerebral e meningo-encefalite
• Aumentando o número de casos ( maior uso de lc?)
Acanthamoeba
Doença de tratamento clínico
TRATAMENTO
• Biguanida 0,02%
• Brolene 0,1%
• Neomicina 14 mg/ml
Literatura
• Park, DH et al: The role of topical corticosteroids in the management of Acanthamoeba keratitis. Cornea, 16:277-83, 1997
• Corticóide tópico não é associado com resultados ruins. Diagnóstico tardio é o fator principal relacionado com prognóstico ruim.
• Corticóide deve ser usado em pacientes com muita dor ou intensa reação inflamatória.
Corticóide no esquema terapêutico
• Berger, et alli (Jules Stein): Am J Ophthalmol 1991 (5 de 7 pacientes)
• Drauleans & Maudgal: Acanthameba keratitis. Bull Soc Belge Ophthalmol 1992
• Holz et alli: Bilateral Acanthamoeba Keratitis. Klin Monatsbl Augenheilkd 1993.
Demonstrou-se in vitro que a dexametasona inibe a
morfogênese do parasita (permutação entre a
forma trofozoíta e o cisto)
o que, impedindo a formação dos cistos,
deixaria o microrganismo mais susceptível às drogas.
STERN, G.A. & BUTTROSS, M. -
Use of corticosteroids in combination
with antimicrobial drugs in the treatment of infectious
corneal disease. Ophthalmology,98:847-53, 1991.
Corticosteróides contra-indicados em ceratite por fungosContra-indicação relativa em ceratite por acanthamoeba
e tem seu papel nas ceratites por bactérias
Tese Livre docência Ana Luisa H. Lima
TERAPÊUTICA
• Filamentoso: natamicina 5%
• Levedura: anfoterecina B 0,15%
via oral ou anfoterecina B EV ou
cetoconazol oufluconazol
Candida
Pós-lasik - Cândida
Prognóstico do TX de acordo com etiologia do processo
infeccioso:
• Não identificada PIOR +++++
• Acantameba
• Cândida
• Outros fungos
• Bactérias
Fungos
• 100.000 são conhecidos
• 300 causam infecção
• 60 espécies são causadoras de ceratite micótica
• São mais frequentes nas últimas três décadas
CLASSIFICAÇÃO
• Filamentar
• Levedura
• Dimórfico
Alteração da biota e resistência bacteriana - Fatores múltiplos
• Grande aumento da resistência à lomefloxacina• Aumento da sensibilidade ao cloranfenicol.
• Microrganismos emergentes:– Estáfilo resistentes
– Nocárdia
– Micobacterium
– Acanthamoeba
Ceratite viral:
• Herpes: ceratite epitelial :dendrítica
geográfica
ceratite estromal :necrosante
imune
endotelite
• Adenovirus
Herpes - dendrítica
Herpes - Geográfica
Herpes - disciforme
ENDOFTALMITE
Dra. Sâmia Ali Wahab
Hospital de Olhos do Paraná
HÉRNIA DE ÍRIS
DEFINIÇÃO
• Definição - Processo inflamatório intra ocular envolvendo a cavidade vítrea a câmara anterior
• Endoftalmite infecciosa exógena é uma séria complicação após cirurgia de catarata
QUADRO CLÍNICO - ENDOFTALMITE PÓS-OPERATÓRIA
AGUDA• Dor ocular - 74,3%
• Diminuição da acuidade visual - 94,3%
• Hiperemia e quemose conjuntival
• Edema palpebral
• Resposta inflamatória
• Hipópio
• Turvação vítrea
QUADRO CLÍNICO - TARDIO
• 1 semana ou meses após a cirurgia
• Menos agressivo
• Agentes mais freqüentes: fungos, P. acne, bactérias relacionadas a bolha filtrante
INCIDÊNCIA
• 0,1 - 0,4% - cirurgia de catarata
• EECC x facoemulsuficação
FATORES DE RISCO PRÉ-OPERATÓRIO
• Diabetes e imunossupressão - 27,8%
• Doenças de pele - rosácea, neurodermatites
• Blefarite, conjuntivite, infecção ou obstrução vias lacrimais
• Prótese em olho contralateral
PER-OPERATÓRIO
• Tempo cirúrgico prolongado
• Campo cirúrgico úmido
• Perda vítrea
• Lente intra-ocular de 3 peças - 4,5 vezes
AGENTE ETIOLÓGICO
– História e achados clínicos– Coleta - punção vítrea*- agulha 22G– Resultado laboratorial + - 50-60%– Estafilococos coagulase negativo - 60% -
melhores resultado– Estafilococos aureus, estreptococos e BGN -
piores resultados– *Moreira, C.A.Jr. Acta Ophthal 69:45-9,1991
AGENTE ETIOLÓGICO
• Pós trauma:
S. epidermidis
Espécie Bacillus
Espécie Streptococcus
PROFILAXIA
• Instilação de PVPI 5%• Campo adesivo plástico• Irrigação copiosa do globo ocular• Incisão esclerocorneana• Atb. Intraocular ???**• Injeção subconjuntival de dexametasona e
gentamicina• **Am J Ophthalmol; 121(3):318-9, 1996 - Mar
• Curativos oclusivos
• Tricotomia
• Antibiótico pré-operatório
TRATAMENTO
• Endophthalmitis Vitrectomy Study - 420 pacientes
• VPP + atb. X punção vítrea + atb. - MM
• AV melhor - VPP imediata + atb - PL
• Antibiótico sistêmico - sem diferença
TRATAMENTO
• Ceftazidime - 2,5mg/0,1ml• Vancomicina - 1 a 2mg/0,1ml
• Amicacina - 0,4mg/0,1ml• Vancomicina1mg/0,1ml
• 60% - AV melhor que 20/400• 10% - evisceração