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www.mundoceramico.com.br REVISTA MUNDO CERÂMICO - ANO XVI - Nº 132-133 - R$ 8,00 REVISTA MUNDO CERÂMICO - Nº 132-133 MENASCE COMUNICAÇÕES LTDA. Cerâmica & Arte Geraldo Ricciardi e Cerâmica Atlas, os eleitos do Prêmio Mundo Cerâmico 2008 Cerâmica & Arte Geraldo Ricciardi e Cerâmica Atlas, os eleitos do Prêmio Mundo Cerâmico 2008

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Cerâmica & ArteGeraldo Ricciardi e Cerâmica Atlas, os

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Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 �

48

Acompanhe as novas tecnologias, máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para estar na vanguarda da indústria

SEÇÕES

50

ENTREVISTA

EDITORIAL 04

PELO MUNDO 06

EVENTOS 12

SUMÁRIO

14

40

an Colorminas mc132-133.indd 1 16/06/08 18:35:02

Geraldo Ricciardi, eleito o ce-ramista do ano coloca nesta pá-gina algumas de suas idéias e indignações pelo que o país está passando e alerta para o real pe-rigo da perda de nossas raízes e vocação industrial

Mesmo em um momento de re-cessão americana, a Coverings é a melhor oportunidade de estar em contato com o maior mer-cado comprador de cerâmica da atualidade

Adriano Lima elevou a Anfacer a um nível de administração profissional. Edson Gaidzinski Jr. pretende manter a aprofundar ainda mais este trabalho

Definitivamente o Brasil tem a sua feira, em que produtos inéditos são lançados. O even-to tem conseguido atrair uma massa muito significativa de profissionais

As indústrias cerâmicas do Brasil elegem os fornecedores que mais se destacaram no últi-mo ano em serviços, pontualida-de e qualidade. Notável também o movimento de posicionamen-to das marcas no setor

Revista Mundo Cerâmico nº 132-133 – Abril-Maio 2008

fornecedores ceramista do ano

empresa do ano

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ENTIDADE

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� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

Publisher: Lazzaro [email protected](jornalista responsável)

Conselho EditorialEdson Gaidzinski Jr.– pres. da ANFACER Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER João O. Bergstron – pres. da ASPACERJosé O. A. Paschoal – pres. do CCBWalter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP

RedaçãoSelma Menasce [email protected] Cheganças [email protected] e DiagramaçãoOggi Estúdio Grá[email protected]

AdministraçãoCaroline Sperandio Florio [email protected]

PublicidadeBrasil – SP Marcel Israelfone +55 (11) 3822 [email protected]

Impressão: Prol Editora e GráficaDistribuição: Lobra Serv-PressPublicação mensal de

Alameda Olga, 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SPFone + 55 (11) 3822 4422 Fax +55 (11) 3663 5436e-mail: [email protected]: www.mundoceramico.com.br

Registro no INPI sob número 816494703As opiniões de Mundo Cerâmico não são necessariamente as de seus articulistas.Autorizada a reprodução de artigos desde que citada a fonte.Fotos de matérias editoriais: divulgação geral, de empresas e LM. Imagens, textos e opiniões de mensagens publicitárias são de responsabilidade dos respectivos anunciantes.

Associada à:

Para falar conosco:Al. Olga 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SP – BrasilTel: +55 (11) 3822 4422 Fax:+55 (11) 3663 [email protected]@[email protected]

EDITORIAL

Alguns empresários negligenciam o principal ativo de suas empresas. Talvez porque seja intangível. Aparentemente. Talvez porque seja muito difícil de avaliar com precisão. Mas é um ativo que está ali, vivo, necessário. E valiosíssimo.

Falo da Marca. De sua característica única. Do que distingue uma oferta de outra. Daquilo que agrega valor ao consumidor e cria um diferencial de valor, que seguramente irá ser refletido no caixa de sua empresa. Inapelavelmente.

A pesquisa de lembrança de Marcas que realizamos nesta edição do Prêmio Mundo Cerâmico é uma ferramenta importante para a percepção do posicionamento. Afinal, o primeiro passo é justamente ser conhecido. E reconhecido.

LM

Ativo vital

CARTAS

Fico muito feliz de receber as re-vistas, sempre muito “cheias”de conteúdo, informações e novidades. Há alguns anos fomos capa de uma delas o que me encheu de orgulho. É muito importante para nós do setor cerâmico contarmos com tal quali-dade.

Luciana Baldi - Porto Algre-RSArmazém Cerâmico

Infelizmente não recebemos sua revista Mundo Cerâmico n.129 e 130. Seria de grande interesse rece-bê-la. Vocês poderiam enviá-la para a nossa biblioteca?

Michele Comin Grassi –UNESC, Universidade do Extremo Sul Cata-rinense

Agradecere informacion sobre pro-

veedores en Brasil de Resina Micro-porosa para la fabricacion de Moldes para colado a presion.

Segun informacion que tengo un senor de nombre Antonio Machado comerciria dicho producto en vues-tro pais, pero hasta el presente me ha sido imposible ubicar a esta persona. Siendo ustedes un medio dedicado a la venta de todo tipo de produc-tos para la industria de la ceramica agradecere cualquier ayuda que me puedan brindar sin mas y al aguardo de una pronta respuesta

Jorge Marchal - Argentina

At the moment we do not have any distributor in Brasil yet. We can de-liver in groupage, just like we do for the United States: our company is in Fiorano Modenese, the logistics is perfect, all the most important com-panies are here around.

Paola - Petracer

Três secadores do tipo tri-canal irão produzir juntos mais de 800.000 m2 mensais na indústria

cerâmica Eliane, uma das maiores do país. O secador tri-canal da Enaplic é, em sua

categoria, o que tem a menor potência elétrica instalada, tornando-se o mais eficiente e

econômico do mercado. Projetado e construído com conceito moderno e atual, atendendo a tendência mundial de menor consumo de

combustível, através de seu sofisticado conceito de distribuição térmica, proporciona uma relação

custo-benefício inigualável.

circula em junho 2008

Agradecimento

Solicitação

Resina microporosa

Distribuição no Brasil

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� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 �

Investindo em argilas especiais

. Rolos Refratários . Esferas e Revestimentos Cerâmicos de Alta Alumina (92%) de Al2O3

. Carbeto de Silício Recristalizado - RSiC. SiSiC;. NSiC

Distribuidor exclusivo no Brasil e América do Sul

Há mais de 60 anos inovando

INCER INDÚSTRIA NACIONAL DE CERÂMICAAv. João Paulo Ablas, 1219 CEP 06711-250 - Cotia - SP - BrasilTel: (11) 4702 4800 - Fax: (11) 4702 4141www.incer.com.br - [email protected]

. Refratários Especiais sob encomenda

Empresa certificada ISO:9001/2000

A Colorminas, fornecedora de ma-térias-primas para a indústria de re-vestimentos cerâmicos, vem inves-tindo fortemente em sua marca de argilas, chamada de Tecnargilas. O objetivo é ampliar a capacidade de produção das argilas especiais e suas áreas de atuação. Para isso, esta empresa de Rio Claro moder-nizou todo o sistema de admissão de materiais, secagem, moagem e embalagam, aumentando assim

C&C em Campos

No último dia 21 de maio, a C&C inaugurou a sua loja sazonal em Campos do Jor-dão, SP. A unidade estará aberta durante os meses de maio a junho, entre 11h e 24h de segunda-feira a sábado, e até às 21h aos domingos. Já em julho, a loja ficará aberta até às 18h. De acordo com Mauro Flo-rio, diretor de marketing da empresa, a participação da C&C nesta época em Cam-pos do Jordão é estratégi-ca, pois, para ele, o público que visita a região busca produtos diferenciados e atendimento personaliza-do. Vale lembrar que esta cidade em sua temporada de inverno recebe mais de 1 milhão de turistas. A C&C se despede da cidade no dia 27 de julho.

sua capacidade de produção. A Colorminas também com o intuito de aumentar a gama de utilização da marca investiu na implantação de um novo moinho que permite o total controle de granulometria de materiais. Outra mudança se refere ao processo de ensacamento que passou a ser automatizado, o que possibilita precisão no peso das en-tregas e agilidade no atendimento. Essas mudanças também ocorre-ram em 7 de abril na nova unidade em Criciúma, SC. Para a empresa as mudanças farão com que a produção aumente, ultrapassando as 2 mil toneladas/mês. As argilas especiais também apresentam mais uma novidade: o fato de não serem ativadas através de ácidos, já que seus resíduos podem ser reciclados. Também no setor de produção a empresa sofreu mudan-ças ao optar por um controle em circuito fechado.

A Eliane Revestimentos Cerâ-micos, no final do mês de abril, colocou em operação uma linha completa de produção na uni-dade fabril Eliane I, que fica em

Cocal do Sul, SC. A nova linha possui equipamentos vindos das unidades Eliane PR e ES, ambas desativadas e tem uma capa-cidade de 180.000 m2/mês na produção de pisos e azulejos em monoporosa, em formatos desde o 20x30 até o 33x33 cms. Com a ampliação a empresa gerou 57 novos postos de trabalho direto e estima cerca de outros 20 indire-tos, ligados a transportes, expe-dição e mineração entre outras atividades envolvidas. Todos esses incrementos de produção gerarão um adicional de impostos para a sociedade da ordem de R$ 1,2 milhões/mensais. As am-pliações em Cocal do Sul, SC, fa-zem parte do plano de Negócios da empresa estabelecido para o período de 2006 a 2009, em que se concentram as atividades de produção no estado de Santa Catarina e na região Nordeste.

Nova linha da Eliane em Cocal do Sul

Edson Gaidzinski Jr., presidente

Lançamentos NTK

A NTK, divisão do grupo NGK especialista em cerâ-micas técnicas, lança na Forn&Cer 2008, Encontro Internacional de Fornece-dores e Cerâmicas, a esfera cerâmica “Premium – NTK” e rolos refratários com novas dimensões. Como destaque a esfera “Premium – NTK” apresenta um menor índice de desgate, além de ser pro-duzida nos diâmetros de 13 a 60 mm. Já as novas linhas de rolos refratários serão apresentadas em diversos diâmetros e comprimentos acima de 4.000 mm. Outro lançamento da empresa são os tijolos de alta alumina, oferecidos em espessuras de 42 e 50 mm, com resistência ao desgate, e específicos para o revestimento de moi-nhos de bolas.

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� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 �

A Abracolor em parceria com as principais associações da indús-tria cerâmica brasileira deu inicio à organização do II Congresso da Indústria Catarinense de Revesti-mentos Cerâmicos. O evento será realizado de 05 a 07 de agosto, na UNESC, em Criciúma. O congresso visa o aprimoramento e atualização dos profissionais das indústrias cerâmicas de revestimento. As apresentações terão a duração de 25 minutos, e não poderão fazer

A Acimac, Associação de Fabricantes Italianos de Máquinas e Equipamentos para Cerâmi-ca, tem novo presidente eleito no últi-

mo dia 13 de junho. Pietro Cassani foi escolhido pelo Conselho Diretor da associação para comandá-la

Novo presidente da Acimac

entre 2008 e 2012. Cassani, de 39 anos, é o atual diretor geral da Sacmi Imola, e já trabalhou como diretor geral da divisão WhiteWare da Sacmi, administrador delegado e diretor geral da System de Fiora-no Modense, e conselheiro delega-do na Ceramiche Atlas Concorde de Spezzano, Modena. Cassani está desde 1995 na Sacmi é for-mado em engenharia mecânica na Universidade de Bolonha, e possui MBA na SDA Bocconi de Milão.

Deca compra Ideal

A Deca, fabricante de metais e louças sanitárias, acaba de adquirir a Ideal Standard do Brasil. O negócio envol-ve fábricas em Jundiaí, SP, e Queimados, RJ, elevando sua capacidade produtiva de 3 para 5,6 milhões de peças, garantindo um ‘share’ de 25%. A negociação foi da or-dem de 60 milhões, e é parte do plano de expansão da Deca iniciada em 2007 com a ampliação da fábrica de me-tais em Jundiaí, SP. “Nossa posição será reforçada, au-mentando nossas vantagens competitivas, permitindo que continuemos a crescer cada vez mais e a sempre ofere-cer para os nossos clientes a melhor opção de louças e metais”, afirma Raul Pentea-do, CEO da Deca.

CD para telhas

A Anicer, Associação Na-cional da Indústria Cerâmi-ca, lançou na Feicon o CD “Sistemas de Cobertura com Telhas Cerâmicas” que permite ao usuário desenhar o telhado personalizado e ensaiar o resultado final a partir dos diversos modelos de telhas comercializados no mercado brasileiro. Dirigido aos profissionais da área da construção, o CD reúne de maneira informações sobre coberturas, fabricantes de telhas cerâmicas e seus produtores por Estado, além de indicar os representantes em cada localidade. Serão distribuídas gratuitamente 50 mil unidades do CD.

Preparando a Tecnargilla 2008

II Congresso Catarinense de Revestimentos Cerâmicos

propaganda explícita de nenhuma empresa ou produto. Os interes-sados em apresentar as palestras deverão fazer a inscrição até o dia 13 de junho, e deverão enviar seus trabalhos com resumo em até 300 palavras e dados de contato para [email protected]. Os interessados devem escrever no “Assunto” “II CICRC – Submissão de trabalho”. A comissão organiza-dora informará os escolhidos até 21 de julho.

De 26 a 28 de Agosto de 2008 acontece a II Semana de Tecnolo-gia Cerâmica – STEC, na Escola SENAI Mario Amato em São Ber-nardo do Campo, SP. O evento que conta com palestras técnicas, terá a participação de grandes espe-cialistas, como Nilson Crema, da Refratek, que falará sobre refratá-

rios, Antonio Carlos Gomes Pereira do Sindicercon-SP, que apresentará palestra sobre a cerâmica vermelha, e o técnico em cerâmica Marcelo Rossi da Gyotoku, que falará sobre revestimentos. A participação é gratuita para o setor cerâmico e as inscrições são feitas no site www.sp.senai.br/meioambiente/stec

II Semana Tecnológica no Senai em São Paulo

A Tecnargilla 2008, 30/09 a 4/10 em Rímini, Itália, já confirmou suas seções temáticas. A Kromatech, estética em cerâmica, e Claytech, tecnologia para a produção de ladrilhos. Também está em nego-ciação a realização, pela segunda vez, do Kermat, espaço dedicado

aos produtos cerâmicos avança-dos. Para os dias 1 e 2 de outubro, acontecerá o Fórum Internacional que irá abordar rotas para a cerâmi-ca do futuro, tecnologias alternati-vas cerâmicas para energia alterna-tiva e proteção ao meio ambiente, e construção sustentável.

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10 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

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Aconteceu no último dia 04 de abril às 19h a inauguração oficial do Centro de Treinamento “Verdés” na sede da empresa em Itu, SP. Para prestigiar a inauguração, estiveram presentes os principais clientes da empresa, como também a Anicer, Associação Nacional de Cerâmica, representada pelo seu presidente Luis Barbosa Lima. Lá os convida-

dos puderam conhecer os detalhes da constru-ção do centro e também a ampliação de mais 2 mil m2 na área fabril da empresa. A Verdés res-salta que esta obra foi toda construida com pro-dutos cerâmicos, como a passarela de entrada que foi elaborada em

pisos intertravados, os corredores internos com tozetos, as paredes in-ternas com tijolos estruturais, e as externas com plaquetas cerâmicas. O Centro de Treinamento “Verdés” conta ainda com biblioteca, área de lazer e vestiários. Para a Verdés, o espaço tem o intuito de ser um ponto de apoio ao mercado cerâmico atra-vés de treinamentos e palestras.

Centro de treinamento da VerdésClark 50 anos

Clark, do grupo coreano Young An, celebra 50 anos. Para a data, a empresa de Valinhos, SP, marcou algumas ações. Entre elas a participação da empresa em eventos regionais, a participação na Movimat, em agosto em São Paulo, e a realização de encontro com executivos do grupo do mundo inteiro. A Clark faturou em 2007 mais de R$ 100 milhões. Para este ano a empresa proje-ta um crescimento de 33% no número de vendas e 50% de aumento em seu faturamento em relação a 2007, colocando 200 máquinas no mercado.

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EVENTOS

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FICONS 2008de 16 a 20 de setembro

Recife, Pernambucowww.ficons.com.br

Evento bienal, a FICONS, Feira Internacional de Materiais, Equipa-mentos e Serviços da Construção, chega neste ano em sua 6a edição. A feira é um dos principais pontos de encontro dos profissionais do setor da construção civil do Nordeste e Norte do país.

ENCONTROANICERde 17 a 20 de setembro

Salvador, BAwww.anicer.com.br

Depois da edição 2007, em Belo Horizonte, o 37º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha será realizado no Centro de Conven-ções da Bahia, em Salvador. O even-to traz painéis, seminários e cursos específicos para profissionais da in-dústria de cerâmica vermelha.

CERSAIE 2008de 30 de setembro a 4 de outubro

Bolonha, Itáliawww.cersaie.it

Maior feira do setor cerâmico do Mundo, a Cersaie em sua 26a edição, continuará a ser exibida no Bologna Fiere. E como não poderia deixar de ser, novidades e tendências de todo o mundo serão apresentadas.

TECNARGILLA 2008de 30 de setembro a 4 de outubro

Rimini, Itáliawww.tecnargilla.it

Paralelamente à Cersaie será re-alizada a Tecnargilla, maior feira mundial do setor de equipamentos para a indústria cerâmica e da cons-trução. Em sua última edição, no ano de 2006, o evento recebeu mais de 30,000 visitantes e 752 expositores.

BIG 5 2008de 23 a 27 de novembro

Dubai, Emirados Árabes Unidoswww.thebig5exhibition.com

Maior feira de construção do Orien-te Médio, a BIG 5 será mais uma vez relizada em Dubai, cidade que tem a construção civil como um dos princi-pais carros-chefe, o que a torna atra-ente para a indústria cerâmica.

SURFACES 2009de 3 a 5 de fevereiro

Las Vegas, Estados Unidoswww.surfaces-expo.com

O evento já virou referência para o mercado de distribuidores americanos e a cada edição atrai um maior públi-co interessado na indústria de reves-timentos cerâmicos. É realizado no Sands Expo & Convention Center.

CEVISAMA 2009de 10 a 13 de fevereiro

Valencia, Espanhahttp://cevisama.feriavalencia.comEsta é uma das mais importantes

feiras de revestimentos da Europa, sendo uma ótima oportunidade para os brasileiros conhecerem o merca-do espanhol.

REVESTIR 2009de 24 a 27 de Março

São Paulo, SPwww.exporevestir.com.br

A feira brasileira destinada aos revestimentos cerâmicos e rochas conquistou também outros tipos de revestimentos como laminados, ma-deiras e parte, em sua sétima edi-ção, para a consolidação definitiva no calendário das feiras mundiais. O evento acontece no Transamérica Expo Center juntamente com a Ki-tchen & Bath Expo.

FEICON BATIMAT 2009de 24 a 28 de março

São Paulo, SPwww.feicon.com.br

A Alcântara Machado e a Reed Exhibitions irão organizar mais uma vez o evento, um dos maiores do se-tor da construção da América Latina. A feira que na edição passada foi um sucesso de público, tem como desta-que o setor de cerâmica vermelha.

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1� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 15

As indústrias cerâmicas do Brasil elegem os fornecedores que mais se destacaram no último ano em serviços, pontualidade e qualidade. Notável também

o movimento de posicionamento das marcas no setor

fornecedoresos

do ano

sta é a sétima edição do Prêmio Mundo Cerâmico.

A pesquisa, realizada de janei-ro a maio de 2008, revelou quem são os líderes da indústria e as empresas de maior destaque. A votação foi realizada com for-necedores, indústrias cerâmi-cas e revendas em todo o Brasil que indicaram através de men-ção espontânea o nome da Perso-nalidade e da Indústria Cerâmi-ca que julgaram dignas de desta-que. Nenhum nome foi induzido ou apresentado. As votações fo-ram realizadas por meio de tele-fone, fax e e-mail.

Fornecedores

Para a indicação dos fornece-dores somente votaram as in-dústrias cerâmicas, estando ve-tados os votos tanto dos pró-prios fornecedores, quanto das revendas. Votaram os principais responsáveis da indústria ce-râmica que lidam no dia-a-dia com seus fornecedores de nor-te a sul do Brasil. Um resultado bastante abrangente levando-se em conta que obtivemos os vo-tos tanto de indústrias de re-vestimentos, louças, quanto de telhas e tijolos, em todo o Bra-sil. Estes números dão um bom

i n d í -cio de como o mercado

enxerga as empresas, em espe-cial os fornecedores, agrupa-dos em 17 categorias, confor-me a cédula de votação acima. Desdobramos a categoria de prensagem em esmaltada e es-trutural, pois houve relevância estatística para tal.

Posicionamento de marca

Pelo fato da votação ser atra-vés de menção espontânea, e não por resposta estimulada, as citações têm maior relevância. Isto tem um grande valor de análise para quem quer atingir seus objetivos de excelência no atendimento. O Prêmio Mun-do Cerâmico visa servir como

um balisamento para toda a ca-deia produtiva da indústria ce-râmica. Vale ressaltar que o que medimos é lembrança de marca e não participação de mercado. No entanto, dizem os especia-listas, um bom posicionamento de marca é um passo vital para uma boa e sólida participação de mercado. Uma leitura aten-ta às tabelas nas próximas pá-ginas pode indicar alterações do posicionamento de marca de algumas empresas.

Índice de Abrangência

No ano passado introduzimos o IAC, Índice de Abrangência por Categoria, que visa mostrar o quanto um fornecedor conse-gue multiplicar o seu voto pos-sível dentro da sua categoria. Isto é importante pois se uma empresa se destaca num subse-tor com grande número de con-correntes seu valor de marca é aumentado em relação a ou-tra que se destaca num subse-tor com menor número de em-presas, em que a disputa é me-nos acirrada.

A premissa básica é que to-das as empresas poderiam ter obtido o mesmo percentual de votos, e neste caso o IAC seria

igual a 1,0 para todas as em-presas daquela categoria. Co-mo é muito improvável que isto ocorra, e caso ocorra leva a um empate geral o IAC expressa o número de vezes que a empresa multiplica o seu voto possível, segundo a premissa básica.

A fórmula é:

IAC=PV:(1:N), onde:

IAC= Índice de Abrangência por Categoria,

PV = O percentual de votos obtidos pela empresa na categoria,

N = o número de empresas votadas na categoria.

Apresentamos ao lado a clas-sificação dos fornecedores de acordo com o destaque obtido em sua categoria. E nas próxi-mas páginas você tem a vota-ção e classificação de todas as empresas mencionadas em cada uma das 17 categorias.

Você é quem defi ne quem vai ganhar o Prêmio Mundo

Cerâmico. Você irá votar em três Personalidades

da cadeia produtiva da indústria cerâmica e em três

Fornecedores da indústria nas diferentes categorias (para

os fornecedores valem somente os votos das indústrias cerâmicas).

No sentido de ajudá-lo a avaliar as personalidades e

empresas e balizar sua indicação, sugerimos analisar

os aspectos de: inovação tecnológica, desempenho da

empresa, gestão da qualidade, preservação do meio

ambiente. No caso de fornecedores, além destes critérios,

considere a qualidade de atendimento, pontualidade

Cédula de Votação – Critérios Gerais

e assistência técnica. Serão válidos apenas os votos

assinalados nesta cédula. É indispensável identifi car se sua

empresa é indústria ou fornecedora e o estado-sede.

Para fi ns de contagem de votos é indiferente o nome

da pessoa escolhida aparecer em primeiro, segundo ou

terceiro lugar. Envie a cédula para o fax (11) 3663 5436,

por e-mail: [email protected] ou por correio para:

Revista Mundo Cerâmico. a/c - Prêmio 2008 - Al . Olga

422 cj 108 - CEP 01155-040 - São Paulo - SP.

A data limite para envio é 31 de março de 2008.

Minha Empresa tem sede no Estado de _____ e é Indústria Cerâmica Fornecedora da Indústria Cerâmica

Indústria Cerâmica

Esmaltada Estrutural Refratários Louça Sanitária Louça de Mesa

Líderes empresariais (aqui todos votos são válidos para qualquer personalidade de qualquer empresa do setor,

seja ela indústria cerâmica ou fornecedor da indústria)

1º Nome ……………………................………………. (Empresa……………………………..)

2º Nome……………………………………................. (Empresa……………………………..)

3º Nome………………………………………............... (Empresa……………………………..)

Fornecedor da Indústria Cerâmica - Categorias

Aditivos Químicos Matérias-primas

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Colorifícios Serviços de Consultoria

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Energia Serviços de Serigrafi a e Design

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Institutos de Ensino, Qualidade e Pesquisa Equipamentos – Linha Completa

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Extrusão Equipamentos – Prensagem

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Prep. Massas e Porcelanatos Equipamentos – Estampos e Moldes

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Decoração e Esmaltação Equipamentos – Automação e Escolha

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Equipamentos – Secagem e Queima Equipamentos – Peças de Reposição

1ª Empresa……………………………… 1ª Empresa………………………………

2ª Empresa……………………………… 2ª Empresa………………………………

3ª Empresa……………………………… 3ª Empresa………………………………

Prêmio Mundo Cerâmico 2008

Personalidades - Indústrias - Fornecedores

E

Fornecedores - Classificação pelo Índice de Abrangência por Categoria

Empresa Categoria Número IAC

Colorminas Matérias-primas 22 5,8

CCB Ensino, Qualidade e Pesquisa 23 5,3

System Automação e escolha 12 5,3

Euromec/ Tecnoitália Decoração e esmaltação 15 5,0

Icon Eq. Estampos e moldes 14 4,8

Manchester Aditivos químicos 15 4,7

Elektro Energia 13 4,5

Sacmi Eq. Prensagem esmaltada 7 3,8

CCB Serviços de Consultoria 13 3,7

Euromec Eq. Peças reposição 25 3,5

SRS Serigrafia e Design 14 3,5

Siti/B&T Eq. Linha completa 9 3,3

Siti/B&T Eq. Secagem e queima 9 3,1

Siti/B&T Eq. Preparação de massa 10 2,8

Colorminas Colorifícios 16 2,3

Esmalglass Colorifícios 16 2,3

Bonfanti Eq. Extrusão 4 1,8

Bonfanti Eq. Prensagem estrutural 3 1,2

Bruca Eq. Prensagem estrutural 3 1,2

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1� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 1�

Manchester, vencedora da ca-tegoria Aditivos Químicos, foi

fundada em 1984 por Venício Neves Pereira, que no início direcionava as atividades somente ao setor cerâmi-co. Atualmente a empresa expandiu seus mercados e tem como objetivo oferecer soluções químicas que aten-dam às necessidas do seus clientes, sempre em harmonia com a comu-nidade e meio ambiente. Hoje, além de atender o segmento cerâmico, a empresa também está presente em outras áreas: têxtil, tintas e vernizes, higiene e limpeza, couro, tratamento de afluentes, tratamento de superfí-cies, mineração, papel e celulose, fundição e matérias-primas diversas, atendendo de forma personalizada a necessidade de cada cliente. Os pro-dutos da divisão cerâmica são: veícu-los serigráficos, impermeabilizantes, colas para granilha, defloculantes, floculantes, tensoativos, carboxime-tilcelulose (CMC), poliacrilato de sódio, colas de PVC, colas proteti-vas para vidrados e aditivos para 3a queima. A empresa investe grandes recursos em tecnologia e está atuali-zada com o que de melhor existe no mercado, tanto no aspecto produtivo quanto no que permite posicionar a imagem da empresa. A visão de qua-lidade total dos empresários da Man-chester é a capacidade de oferecer ao cliente não só a garantia de um produto, mas também a segurança de um sistema de trabalho onde todas as pessoas envolvidas em cada uma das fases do processo, contribuam para melhor seleção de produtos, meios e metodologias de produção. “Nossa relação com a indústria cerâmica é de confiança e de ajuda mútua entre os profissionais, tanto da Manchester quanto das cerâmicas. A importância da indústria cerâmica para o nosso crescimento foi e é imensurável, pois foi com a indústria cerâmica que nos

íder inconteste na categoria Matérias-primas, a Colormi-

nas alcançou neste segmento o me-lhor resultado no Índice de Abran-gência, com a marca de 5,8. De quebra, a empresa venceu também a categoria Colorifícios com o índice de 2,3, junto à Esmalglass, refor-çando assim seu prestígio perante a indústria cerâmica nacional. “A Co-lorminas trabalha para o crescimento da indústria cerâmica. O Brasil, ape-sar de ser um dos grandes produto-res mundiais, possui pouca tradição como produtor de revestimentos cerâmicos sofisticados, visto que o mercado internacional valoriza mais os produtos italianos e espanhóis. Mudar este quadro envolve a soma de iniciativas que vai desde a atuali-zação tecnológica, passando por es-tudos de novas formas de produção, até a exploração das características de matérias-primas”, revela o pre-sidente Andrés Pesserl. Ele enfatiza que um fator importante da inserção da marca Colorminas em novos mer-cados é o equilíbrio entre a qualida-de dos produtos, os investimentos do cliente e os retornos que este alcan-ça. Também ressalta a qualidade de sua empresa no que toca à logística, por considerá-la sinônino de segu-rança e eficácia ao possuir uma frota própria. A Colorminas – Colorifício e Mineração, uma empresa do Gru-po SC Holding, surgiu da união entre as empresas Frita Sul Colorifícios e a Cominas Mineradora de Matéria-prima. A fusão possibilitou fornecer desde a matéria-prima até o design do produto ao cliente, garantindo o domínio de todo o processo produ-tivo. O projeto foi consolidado com a incorporação da unidade de pro-dução de corantes e pigmentos. A estrutura tornou-se completa com a aquisição, em dezembro de 2004, do controle acionário das empresas

fornecedores

Manchester colorMinas

Aditivos Químicos

Empresas (15 citadas) % votos IAC

Manchester 31 4,7

Smaltochimica 19 2,8

Lambra 10 1,5

Produx 10 1,5

Propeq 6 0,9

Dav Química 4 0,6

Zschimmer & Schwarz 4 0,6

Amanri 2 0,3

Bautec 2 0,3

Esmaltec 2 0,3

Ipel 2 0,3

Machado 2 0,3

Reisan 2 0,3

Vertical Tintas 2 0,3

Wacker 2 0,3

Total 100 15

aperfeiçoamos e evoluímos como empresa”, confessa o presidente atu-al da Manchester, Clóvis Mezzari. A matriz da Manchester está localizada em Criciúma, SC. A empresa possui também três filiais sendo uma em Itatiba, interior de São Paulo, uma em Puebla no México, e outra em Santiago no Chile.

A

Sede da empresa em Criciúma

Clóvis Mezzari, presidente

L Tecnargilas e Terra Nobre. A Color-minas aumentou suas reservas mine-rais para extração, desenvolvimento de matérias-primas e diversidade nos produtos, e ampliou as vantagens tecnológicas e de suporte aos clien-tes. Com sede em Içara, SC, a em-presa atua em vários Estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país. Além do mercado nacional, fornece produtos para empresas da Argentina, Perú, Bolívia, Uruguai, Colômbia e México, onde está uma de suas filiais.

Matérias-primas

Empresas (22 citadas) % votos IAC

Colorminas 25 5,8

Armil 5 1,2

Egeminas 5 1,2

Gruppo Mineralli 5 1,2

Itajara 5 1,2

Marc 5 1,2

Tecnoclay/Rio do Rastro 5 1,2

Accol 3 0,6

Argipar 3 0,6

Cartonagem Tuel 3 0,6

Demachtan 3 0,6

Gp Pedras 3 0,6

Itapeva 3 0,6

Mineração Curimbaba 3 0,6

Oásis 3 0,6

Partecal 3 0,6

Rio do Rastro 3 0,6

Seberi 3 0,6

Silicati 3 0,6

Taguá Portela 3 0,6

Tecnargilas 3 0,6

Zirconbrás 3 0,6

Total 100 22

Colorifícios

Empresas (16 citadas) % votos IAC

Colorminas 15 2,3

Esmalglass 15 2,3

Torrecid 11 1,8

Fritta SL 8 1,3

Smalticeram 8 1,3

Colorobbia 6 1,0

Endeka 6 1,0

Vidres 6 1,0

Euroglaze 5 0,8

Ferro Enamel 5 0,8

BS Vidrados 3 0,5

Esmaltec 3 0,5

Terra Cor 3 0,5

Ancer 2 0,3

Pedra Branca 2 0,3

Taus 2 0,3

Total 100 16

Sede da empresa em Içara

Andrés Pesserl, presidente

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1� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

CCB – Centro Cerâmico do Brasil, desde a criação do

Prêmio Mundo Cerâmico é líder da categoria Institutos de Ensino, Qua-lidade e Pesquisa. Porém, nesta úl-tima edição do prêmio reforçou seu prestígio perante o setor ao conquis-tar também a categoria Serviços de Consultoria, fruto de suas iniciativas em prol da cerâmica brasileira. Te-mos como exemplo o ano de 2006 quando alcançou importantes re-sultados na área da certificação de qualidade cada vez mais percebida e valorizada no varejo de materiais de construção. Cabe destacar a ela-boração e aprovação da nova norma brasileira para Porcelanato, iniciati-va pioneira e inédita no mundo que colocou a indústria brasileira num patamar internacional. O CCB atua também como entidade tecnológica do setor cerâmico, em vários proje-tos de desenvolvimento tecnológico e de inovação junto aos órgãos de fomento do Governo Federal e com as indústrias cerâmicas. Outra ati-vidade que começa a adquirir uma maior consistência no CCB é o de-senvolvimento de design, relaciona-do com a busca de uma Marca Bra-sil. Desta maneira, busca-se agregar valor ao produto cerâmico brasileiro principalmente, no mercado exter-no. Com o início da certificação de argamassas, o CCB dá um grande passo para a consolidação do siste-ma revestimento cerâmico. Tudo isto é de fundamental importância para o CCB garantir a sua sustentabilidade no curto, médio e longo prazos.

an pagina.indd 1 17/06/08 17:36:55

fornecedores

ccB

Serviços de consultoria

Empresas (13 citadas) % votos IAC

CCB 28 3,7

ABS Consultoria 9 1,3

Senai - CTC 9 1,3

UFSC 9 1,3

Aloisio e Collado 5 0,6

Cetec 5 0,6

Dhromo 5 0,6

Ecco - Assessoria Empresarial 5 0,6

INDG - Instituto de Desenvolvimento Gerencial 5 0,6

KPMG 5 0,6

Mileris 5 0,6

Paex 5 0,6

Senai Mário Amato 5 0,6

Total 100 13

Institutos de Ensino, Qualidade e Pesquisa

Empresas (23 citadas) % votos IAC

CCB 22 5,3

UFSCar-CCDM 15 3,7

Senai - CTC 8 2,0

Senai Mário Amato 7 1,6

UFSC - Labmat 7 1,6

Senai Tijucas 5 1,2

IPT 3 0,8

Sebrae 3 0,8

Abracolor 2 0,4

Acertar 2 0,4

Acervir 2 0,4

Anicer 2 0,4

DMG 2 0,4

Falcão Bauer 2 0,4

Fetec 2 0,4

IGCB - Instituto Grade de Ciências Básicas 2 0,4

IMG- Instituto Maximiliano Gaidzinski 2 0,4

SATC 2 0,4

Senai Rio Claro 2 0,4

Senai São Carlos 2 0,4

UFSCar - Larc 2 0,4

Unesc 2 0,4

Univali 2 0,4

Total 100 23

Entrega de certificados em Monte Carmelo

O

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20 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

an pagina.indd 1 17/06/08 11:30:03

fornecedores

esMalglass

Colorifícios

Empresas (16 citadas) % votos IAC

Colorminas 15 2,3

Esmalglass 15 2,3

Torrecid 11 1,8

Fritta SL 8 1,3

Smalticeram 8 1,3

Colorobbia 6 1,0

Endeka 6 1,0

Vidres 6 1,0

Euroglaze 5 0,8

Ferro Enamel 5 0,8

BS Vidrados 3 0,5

Esmaltec 3 0,5

Terra Cor 3 0,5

Ancer 2 0,3

Pedra Branca 2 0,3

Taus 2 0,3

Total 100 16

boratório de desenvolvimento e pes-quisa e design gráfico. Desde janeiro 2007 está em execução a duplicação de sua estrutura em São Paulo, para atender com mais recursos e anteci-par as necessidades de seus clientes. A Esmalglass atribuiu a conquista do Prêmio Mundo Cerâmico 2008 à sua busca de eficiência em todos os processos. Para Luiz Cláudio Faus-tini, diretor comercial da empresa, o reconhecimento da marca perante o mercado é fruto da somatória de três itens, que são o conhecimento sobre o cliente e seu mercado, a habilidade para resolver seus problemas da for-ma mais rápida possível, e a atitude de nunca descansar. Faustini ainda destaca que existem alguns diferen-ciais que sua empresa possui em re-lação à concorrência: “Acreditamos que nossos principais diferenciais estão pautados em uma assistência técnica altamente qualificada e com presença constante no cliente, um design contemporâneo e inovador, e um sistema de logística integrado interna e externamente”, explica.

O

Sede da empresa em Morro da Fumaça

colorifício Esmalglass, vence-dor da categoria Colorifícios,

ao lado da Colorminas, foi criado em 1978 em Villareal-Onda, Espa-nha. Em 1989 a empresa se instala no Brasil, tendo sua fábrica inaugu-rada em 1991, na cidade de Morro da Fumaça, SC. Em 2005 conclui sua fusão com a também espanho-la Itaca, que fornece de corantes a sais solúveis, criando assim o gru-po Esmalglass-Itaca com fábricas em diversos países: Brasil, Espanha, Itália, Portugal, China, México. O grupo atua em mais de 100 países com representantes e assistentes téc-nicos. Focada no atendimento a seus clientes, a empresa atua no mercado paulista com laboratório sediado em Rio Claro, que oferece uma comple-ta estrutura de atendimento através de seu corpo técnico qualificado, la-

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22 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

Elektro, com atuação no esta-do de São Paulo, conquistou

o Prêmio Mundo Cerâmico 2008 na categoria Energia, com abrangência nacional, à frente de gigantes como a Petrobrás. Isso mostra que a em-presa está conseguindo êxito em sua visão de ser a distribuidora de ener-gia elétrica mais admirada do país. A empresa ressalta que tem por tarefa institucional distribuir energia elétri-ca com segurança e qualidade, para o desenvolvimento e bem-estar das co-munidades atendidas, gerando cres-cente valor para os clientes, colabo-radores e acionistas. Estes objetivos parecem que têm sido alcançados, num momento em que outros forne-cedores, em especial do gás natural tão caro à indústria cerâmica atraves-sam uma fase bastante difícil e um futuro, devido a questões políticas, de muitas incertezas. A Elektro foi constituída por meio da Assembléia Geral Extraordinária da Ceso, reali-zada em 6 de janeiro de 1998, sen-do inicialmente uma sociedade por ações de capital fechado. Posterior-mente, em Assembléia Geral Extra-ordinária, realizada em 23 de janeiro

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5

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100

fornecedores

elektro

Energia

Empresas (13 citadas) % votos IAC

Elektro 33 4,5

Celesc 16 2,2

Comgás 10 1,4

SC Gás 10 1,4

Gasbrasiliano 5 0,7

Tractebel 5 0,7

Carbonífera Metropolitana 3 0,3

Champion 3 0,3

Cia Energética do Estado do Ceará 3 0,3

Comerc 3 0,3

CPFL 3 0,3

Furnas 3 0,3

Unimetal 3 0,3

Total 100 13

Sede da empresa em Campinas

de 1998, a Cesp aprovou alteração estatutária da Elektro, elevando o seu capital social por meio da cessão de ativos relativos à distribuição de energia elétrica da Cesp. Em 16 de julho de 1998, a Elektro foi privati-zada por meio de leilão realizado na Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, e a Enron passou a ser acio-nista controlador. Dando continuida-de ao processo, em 29 de dezembro de 2006, foi implementada a fusão das empresas Prisma Energy e AEI, sendo que essa nova empresa passou a ser denominada Ashmore Energy International, a partir de 2 de janeiro de 2007. A Elektro continua sendo controlada diretamente pelas empre-sas holdings EPC-Empresa Parana-ense Comercializadora Ltda., ETB – Energia Total do Brasil Ltda., Pris-ma Energy Investimentos Ltda., e Prisma Energy Brazil Finance Ltda., que detém 99,68% do capital total e 99,97% do capital votante da compa-nhia. Com a efetivação da venda da Prisma Energy e após a implementa-ção da fusão, essas holdings passa-ram a ser controladas indiretamente pela Ashmore Energy International.

A

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2� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 25

Siti/B&T foi a empresa que mais categorias venceu no

Prêmio Mundo Cerâmico 2008, ao ser eleita a melhor empresa em Equipamentos – Linha Completa, Equipamentos – Preparação de Mas-sas e porcelanatos, e Equipamentos – Secagem e queima. Com sua his-tória tendo início em 30 de agosto de 1966, como subsidiaria do Gru-po SITI SPA, a Siti se tornou, com o tempo, em uma das mais importan-tes empresas fornecedoras de máqui-nas e equipamentos para a indústria cerâmica no Brasil. Subdividida em Divisão Cerâmica e Divisão de Gru-as e Betoneiras, a produção de seus equipamentos cresce dia-a-dia, con-

Gruppo SRS é o vencedor da categoria Serviços de Serigra-

fia e Design do Prêmio Mundo Ce-râmico 2008. A empresa italiana que possui duas sedes no Brasil, é líder de mercado na produção dos siste-mas de decoração de revestimentos cerâmicos com écran, proteção, seri-gráfico planos e rotativos. A gama de produtos do Gruppo SRS, contem-plam desde a criação e execução de projetos gráficos às peças especiais, com a elaboração das superfícies com jateamento e polimento até a produção de filetes decorados em vi-dro. Trabalham na decoração de re-vestimentos cerâmicos pelo sistema “rollprint dualring”, e em cilindros de silicone “laser-roll e rotocolor”, que permitem otimizar os resultados da decoração. A empresa utiliza sis-temas lasers de última geração para a incisão nas diversas tipologias de cilindros presentes no mercado. Em

fornecedores

srs siti/ B&t

Elpídio Debiasi, diretorO

Serviços de Serigrafia e Design

Empresas (14 citadas) % votos IAC

SRS 25 3,5

Art Telas 16 2,2

Newton 12 1,6

Colorminas 7 1,0

Torrecid 7 1,0

Esmalglass 5 0,7

Euroglaze 5 0,7

Fritta SL 5 0,7

Lavorart 5 0,7

Smalticeram 5 0,7

Eurograf 2 0,3

Perroni 2 0,3

Real Midia 2 0,3

Shift 2 0,3

Total 100 14

Linha completa de equipamentos para revestimentos cerâmicos

resumo, o trabalho da SRS vaga da idéia original à efetiva realização do revestimento cerâmico. Parte-se do estudo gráfico possível de realização, aplicado também aos vários formatos e características das peças cerâmicas. Elabora-se um desenho total da super-fície a ser reproduzida, isolam-se os diversos enquadramentos necessários e estuda-se, com modernos softwares de computação gráfica, a aproxima-ção e a simulação da peça cerâmica realizada. É estampada em papéis o estudo gráfico aprovado, nos vários formatos possíveis, baseados nas in-formações e indicações do cliente. O estudo gráfico é separado em cores, e são efetuados testes de produção, ao cliente e fornecido, quando solicita-do, as ambientações para avaliação final do projeto. Quando esse projeto é adquirido, tudo que compreende o estudo realizado é entregue ao adqui-rente como propriedade exclusiva.

Equipamentos - Linha Completa

Empresas (9 empresas) % votos IAC

Siti/ B&T 36 3,3

Sacmi 33 3,0

Enaplic 9 0,9

Bonfanti 5 0,5

Verdés 5 0,5

Betiol 3 0,2

Mecânica Souza 3 0,2

Nassetti 3 0,2

Welko 3 0,2

Total 100 9

Equip.- Preparação de Massas e Porcelanatos

Empresas (10 empresas) % votos IAC

Siti/ B&T 28 2,8

Sacmi 24 2,4

Entec 9 0,9

Verdés 9 0,9

Bonfanti 5 0,5

Cardall 5 0,5

Champion 5 0,5

Colorminas 5 0,5

Icon 5 0,5

LB 5 0,5

Total 100 10

Equipamentos - Secagem e Queima

Empresas (9 citadas) % votos IAC

Siti/ B&T 35 3,1

Sacmi 33 2,9

Enaplic 13 1,2

Icon 7 0,6

Pneucorte 4 0,4

Betiol 2 0,2

Morando 2 0,2

Nassetti 2 0,2

Zucco 2 0,2

Total 100 9A solidando assim sua posição de uma das líderes no mercado nacional e da América Latina. “O reconhecimento de nossa praça é fruto de bons equi-pamentos e layouts bem feitos. Nos-sa estratégia de marketing são nossos próprios clientes, que falando entre si comentam o desempenho dos equi-pamentos”, informa o gerente Ezio Molina, que destaca o atendimento ao cliente como sendo o grande di-ferencial de sua empresa em relação à concorrência. A Siti está localizada em Mogi Guaçu, interior de São Pau-lo, em área de 59.000 m², e possui em seu quadro de funcionários 186 colaboradores, sendo diversos deles técnicos especializados.

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2� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 2�

m 1962, na cidade paulis-ta de Itú, foi fundada a Bruca, ven-cedora da categoria Equipamentos – Prensagem estrutural, ao lado da Mecânica Bonfanti. Em seu início a empresa produzia peças mecâni-cas, e também realizava consertos de equipamentos cerâmicos, como lembra o seu presidente Roque Ma-teus Camilote que desde esta época está no comando da Bruca. Ladislau Bruno e Antônio Francisco Camilo-te são seus sócios. Hoje a empresa é especialista na fabricação de pren-

ituada na cidade de Leme, SP, a Mecânica Bonfanti é a gran-

de vencedora das categorias Equipa-mentos– Extrusão e Equipamentos – Prensagem estrutural, junto com a Bruca, do Prêmio Mundo Cerâmico 2008. A história da empresa começou na década de 40 em Leme, forte pólo cerâmico, que fez com que a Mecâ-nica Bonfanti iniciasse a atividade de fabricação de equipamentos para a indústria cerâmica vermelha. Já na década de 50, a empresa foi pioneira na fabricação das primeiras extruso-ras à vácuo. Em meados de 1990, os negócios iam bem e foi necessário expandir e modernizar as instalações industriais. Para este desenvolvimen-to, foi criada então uma nova fábrica, às margens da rodovia Anhanguera, na cidade de Leme, com o nome de PROINPEL, onde se encontra insta-lada uma fundição e uma área indus-trial contígua, que abriga a usinagem pesada de precisão e a montagem de equipamentos. A Mecânica Bonfanti S/A, possui hoje um parque industrial moderno e se mantém nos mercados de máquinas e equipamentos para as indústrias de cerâmica vermelha, de borracha e de plástico.

fornecedores

Bonfanti Bruca

Fábrica às margens da Via Anhanguera

S

E

A Bruca é especializada em prensagem para telhas

Equipamentos - Prensagem estrutural

Empresas (3 empresas) % votos IAC

Bonfanti 40 1,2

Bruca 40 1,2

Verdés 20 0,6

Total 100 3

Equipamentos - Prensagem estrutural

Empresas (3 empresas) % votos IAC

Bonfanti 40 1,2

Bruca 40 1,2

Verdés 20 0,6

Total 100 3

Equipamentos - Extrusão

Empresas (4 empresas) % votos IAC

Bonfanti 46 1,8

Verdés 40 1,6

Händle 7 0,3

Natreb 7 0,3

Total 100 4

Linha de produção de extrusoras Bonfanti

sas rotativas e estampos para telhas, na qual exportam, desde 1974, seus equipamentos para todo o país, in-clusive para o exterior, por conta de seus clientes localizados em países como Argentina, Bolívia e Angola. “A cerâmica é tudo para nós, e sem-pre queremos oferecer o melhor aos clientes”, comenta Roque Cami-lote, proprietário que reconhece a automatização e a tecnologia como os pontos positivos de seus equipa-mentos. A Bruca possue uma área industrial de 2.000m2.

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2� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

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Sacmi do Brasil foi a vencedo-ra na categoria Equipamentos

– Prensagem esmaltada do Prêmio Mundo Cerâmico 2008. Fundada em 1919, em seus quase 88 anos de vida sempre manteve um constante desenvolvimento em novas tecno-logias e na otimização de processos produtivos, atendendo às necessi-dades do mercado e se antecipando aos problemas latentes, resultando na realização de equipamentos com elevada tecnologia, qualidade e perfomance. De importância mun-dial para o setor cerâmico, a Sacmi se consolida com um ritmo atual de instalação de cerca de 150 linhas produtivas por ano e cerca de 350 prensas anuais, conferindo uma vasta experiência e aperfeiçoamen-

Uma linha de produção completa,

num projeto de última geração

e elevado nível técnico irá

permitir ao Grupo Embramaco a

fabricação de 700.000m2 mensais

de revestimentos cerâmicos

compatíveis com as mais elevadas

exigências atuais do mercado.

fornecedores

sacMi

Equip.- Prensagem esmaltada

Empresas (7 empresas) % votos IAC

Sacmi 54 3,8

Siti 29 2,0

Enaplic 5 0,4

B&T 3 0,2

Icon 3 0,2

Laeis 3 0,2

Nassetti 3 0,2

Total 100 7

AA Sacmi produz

350 prensas ao ano

to em todos os processos cerâmi-cos. A Sacmi do Brasil é umas das empresas do Grupo Sacmi, mul-tinacional italiana com sua matriz sediada na cidade de Imola, Itália, e que está presente há 38 anos no Brasil, mais precisamente desde 24 de junho de 1969. Em 08 de abril de 2003, inaugurou na cidade de Mogi Mirim, SP, sua nova sede industrial e administrativa. Além da produção de fornos e secadores com os mes-mos padrões de qualidade e tec-nologia de sua matriz, a Sacmi do Brasil também disponibiliza e ofer-ta ao mercado peças de reposição para toda a linha de equipamentos Sacmi e dispõe de uma equpie téc-nica altamente treinada para prestar pronto atendimento aos clientes.

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�0 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 �1

Euromec-Tecnoitalia venceu duas categorias do Prêmio

Mundo Cerâmico 2008: Equipa-mentos – Decoração e Esmaltação e Equipamentos – Peças de Reposição. A história da empresa, cujo foco é a fabricação de máquinas para cerâmi-ca, rolos de silicone, manutanção de equipamentos, assistência técnica e comercialização de peças de reposi-ção, começou em 1997 atuando no mercado como importadora e expor-tadora. Para satisfazer as necessida-des de seus clientes na região da gran-de São Paulo, em 20 de dezembro de 2000 foi criada a primeira filial, que

fornecedores

iconeuroMec/ tecnoitalia

Equipamentos - Peças de Reposição

Empresas (25 citadas) % votos IAC

Euromec 14 3,5

Siti 11 2,6

Hidracer/ Hidramaco 9 2,3

Mapoker 7 1,9

Servitech 7 1,9

Carbocerâmica 5 1,3

Sacmi 5 1,3

Bonfanti 4 0,9

Sysmec 4 0,9

System 4 0,9

B&C do Brasil 2 0,5

Betiol 2 0,5

Eletrotrafo 2 0,5

Enaplic 2 0,5

Fênix 2 0,5

Ferramentas Gerais 2 0,5

Ferrovale 2 0,5

Maxieletro 2 0,5

Metalúrgica Rosso 2 0,5

Micromaster 2 0,5

Multipeças 2 0,5

Pneucorte 2 0,5

Pro-Int 2 0,5

Verdés 2 0,5

WM 2 0,5

Total 100 25

Equipamentos - Estampos e Moldes

Empresas (14 empresas) % votos IAC

Icon 35 4,8

Mecânica Sete 18 2,5

CMC 7 1,0

Curila 6 0,8

Fermatriz 6 0,8

Gallinucci 6 0,8

Mepil 6 0,8

Bruca 3 0,5

Fillieri 3 0,5

Altec 2 0,3

Boqcer 2 0,3

MCM 2 0,3

Mecânica Crisda 2 0,3

Modelação Ituana 2 0,3

Total 100 14

Equipamentos - Decoração e Esmaltação

Empresas (15 empresas) % votos IAC

Euromec/ Tecnoitália 34 5,0

System 29 4,2

Servitech 7 1,0

Creta Print 4 0,7

Siti 4 0,7

SRS 4 0,7

Lavorart 2 0,3

Newtech 2 0,3

Nuova Fima 2 0,3

Ricoh 2 0,3

Sacmi 2 0,3

Sertam 2 0,3

Temac/ Omic 2 0,3

TSC 2 0,3

Vacer 2 0,3

Total 100 15

A hoje tem a sua sede em Mogi Guaçu, SP. Com a demanda de serviços na região sul, no ano de 2001, optaram pela segunda filial em Urussanga, SC. Para a empresa a satisfação e a comodidade em atender os clientes é prioridade. Hoje a Euromec conta com a participação e a colaboração de mais dois sócios, Alexandre Sil-veira de Souza e Julio Henrique Xa-vier da Silva. Atualmente a empre-sa conta com 60 colaboradores, e o ambiente de trabalho permite que os colaboradores utilizem seu potencial criativo e participem nas tomadas de decisões da empresa.

Roberto Quadrivi, sócio da Euromec

Icon Estampos e Moldes é a vencedora na Categoria Equipamen-tos - Estampos e Moldes do Prêmio Mundo Cerâmico 2008. A empresa atribui o prêmio à alta qualificação de sua equipe além dos acordos de transferência de tecnologia com empresas líderes do mercado euro-peu, entre as quais cita a Martinelli Ettore, sua principal parceira. Para o gerente de vendas Eli Fortunato Filho, o objetivo da empresa é o de sempre oferecer o melhor atendi-mento, o melhor produto e a melhor tecnologia para o setor cerâmico, que considera de extrema importân-cia para o crescimento da empresa. Mas apesar do reconhecimento con-quistado pelo mercado, o que é ve-rificado através das últimas vitórias em sua categoria, Fortunato lembra que a empresa não tem se acomo-dado, pois para ele ainda é preciso continuar na busca por melhorias.

A O Grupo Icon é formado por duas empresas: Icon Máquinas e Equipa-mentos e Icon Estampos e Moldes. No segmento de estampos está entre os maiores e mais qualificados gru-pos do mundo. No segmento de má-quinas, desenvolve e produz equipa-mentos para os mais diversos setores como a indústria cerâmica, química, cimenteira, siderúrgicas, alimenta-ção e mineração. Com matriz em Criciúma, SC e filiais em Tubarão, SC e Rio Claro, SP, as unidades so-mam 17.000m2 de área construida, equipadas com tecnologia de ponta e softwares avançados. O grupo tem uma equipe composta por cerca de 300 profissionais qualificados. Um dos grandes destaques é o Depar-tamento de Desenvolvimento, que pesquisa técnicas para aperfeiçoar os produtos oferecidos e inovações que acrescentem valor ao produto de seus clientes.

Estampos para diversos usos

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�2 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

System Brasil repete seu de-sempenho do ano passado ob-

tendo o Prêmio Mundo Cerâmico 2008 na categoria Equipamentos – Automação e Escolha. Presente no Brasil desde os idos de 1970, a Sys-tem só se instalou no país em 1997, na cidade de Rio Claro, SP, e hoje está caracterizada no mercado por fortes ideais inovadores e pela presença nos setores de eletrônico e logística. Atu-almente a empresa está dividida em três ramificações: System Ceramics com projetos e soluções completas para a indústria cerâmica; System Logistic – almoxarifados automáti-cos e sistemas de logística; e a Sys-tem Electronics que projeta e produz hardware e software para o controle industrial dos produtos e processos. No Brasil, a System veio fortalecer o mercado nacional atuando direta-mente no setor cerâmico, contando com equipes de técnicos especiali-zados, serviços de montagem e es-toques de peças para reposição. En-

fornecedores

systeM

Equipamentos - Automação e Escolha

Empresas (12 empresas) % votos IAC

System 42 5,3

Nuovafima 26 3,4

Sacmi 5 0,6

Autec 3 0,3

Betiol 3 0,3

Euromec 3 0,3

Festo 3 0,3

Gomes 3 0,3

Gomes Painéis Elétricos 3 0,3

Siti 3 0,3

Tecnema 3 0,3

Tecnoferrari 3 0,3

Total 100 12

AQualitron: leitura visual

tre os equipamentos oferecidos pela System estão veículos automáticos guiados a laser, robô de paletização automática para caixas de azulejos, sistema de inspeção para controle de qualidade de pisos, um novo sistema para esmaltação dos azulejos, equi-pamentos para decoração automática de azulejos, entre outros. Uma gran-de novidade apresentada pela empre-sa é um sistema de armazenagem de estoque inteiramente controlado por microcomputador e integrado com o software administrativo. Dino Pari-si, diretor da System Brasil ressalta a importância da assistência técnica que fez com que a empresa aumen-tasse seu quadro de 5 para 9 técni-cos em dois anos. Para ele o futuro da indústria irá exigir cada vez mais equipamentos com alta tecnologia visando novos recursos e facilitando a operação. O mesmo ocorre com os serviços oferecidos, um item de em-presas fornecedoras, seja qual for o seu produto comercializado.

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�� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 �5

Geraldo Ricciardi e a Cerâmica Atlas são eleitos Ceramista e Empresa do Ano no Prêmio Mundo Cerâmico 2008. Ricciardi, entre 50 personalidades citadas, com

7% dos votos, e a Atlas, entre 44 empresas citadas, com 9% dos votos

ceramistao

do ano

empresaa

do ano

Fortiter in re, Suaviter in modoAo lado de alguns de seus principais ícones: a locomotiva, o busto feito pelo pai, a dupla cidadania e o tijolo do Matarazzo

erta vez, o Sr. Geraldo Ricciardi confidenciou, já viúvo, que

teve uma esposa e duas amantes. A esposa obviamente sabíamos que era a adorável Dona Isaura. Quem seriam as duas amantes então? Ele mesmo esclareceu a questão. A pró-pria Isaura era também a amante, a companheira inseparável de todas as horas, a parceira de seus rodopios nos salões a que todos os ceramis-tas estavam acostumados a admirar por ocasião das viagens às feiras em Europa. Sua outra amante é a Cerâ-mica Atlas. Longe de ser um escra-vo do trabalho, Geraldo Ricciardi se diverte com ele. Sabe mesclar e dosar, como ninguém, a vida pesso-al com a profissional. A sua casa é literalmente uma extensão da fábri-ca. Muro com muro. É muito co-mum encontrá-lo circulando muito cedo pelas dependências da fábrica. Por isso mesmo, é impossível fa-lar da Cerâmica Atlas, sem falar de

Geraldo Ricciardi. Homem e obra estão imbricados. A votação expres-siva obtida reflete bem o exemplo de um dos mais importantes cera-mistas já nascidos neste país. E que está na ativa. Fi-lho de imigrantes italianos, nasceu em Tambaú em 5 de dezembro de 1929, em meio à crise do café. Logo em 1934 se mudaria para São Paulo, onde residiu, até 1950, então com 20 anos. Foi no antigo bairro italiano do Brás que ele cresceu e se formou. Data desta época a admiração pelo empresário Conde Francesco Matarazzo, que era um deus vivo para a colônia italiana dos bairros paulistanos do Brás, da Móo-ca e do Bom Retiro. Sr. Geraldo é um homem de muitos ícones e referên-cias, que o acompanham e inspiram. Além do Conde Matarazzo de quem admirava a dedicação, seus líderes são o Henry Ford pelo trabalho e Thomas Edison (sim, aquele da lâmpada), pela criatividade. Além de uma admiração pelos grandes cientistas contemporâ-neos: Darwin e Einstein.

Retorno a Tambaú

Tempos bicudos aqueles, em que a sobrevivência era o que impor-

tava. Seu pai, um artesão muito hábil com o latão não lhe podia proporcionar os caros estudos daquela época em que se destacavam três grandes pro-fissões. As pes-soas ou faziam o curso de Direito na São Francisco, ou de Engenharia no Mackenzie, ou Medicina pela Es-

cola Paulista. Não havia opção. Ele logo foi trabalhar no escritório de

Isaura: mais de 50 anos de paixão

Arnaldo Brisighello, Geraldo Ricciardi, Antônio Agassi, prefeito e José Barbin, secretário das finanças de Tambaú

Geraldo, Christina e o maestro Maurílio de Oliveira Jr Desenvolvendo produtos e soluções

Atlante: marca para o exterior

C

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�� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 ��

contabilidade Mac Aullife, hoje ad-quirido pela Arthur Andersen, como auditor junior. Quando retornou a sua cidade natal, Tambaú, passou a prestar serviços de contabilidade às empresas da região. Seu espírito

empreendedor começa a se mani-festar na ocasião e ele monta uma fábrica de bonecas, um velho sonho de ter um negócio, acalentado des-de os 12 anos de idade. Este ainda não seria o empreendimento defini-

Tânia, sua valiosa secretária

tivo. Em 1965, junto com o grande amigo, Othelo del’Favero, oleiro de Tambaú, monta a “fábrica de fundo de quintal”, apelido maldoso colo-cado pela concorrência, naquela que viria a se tornar uma das principais indústrias cerâmicas especializada em pastilhas de porcelana do Brasil. Já naquela época buscava a diferen-ciação. Queria produzir algo que não fosse comum às cerâmicas da re-gião. A Cerâmica Atlas é hoje uma potência, e se prepara para competir de igual para igual com os produtos chineses que começam a ser trazidos pelas próprias indústrias cerâmicas do Brasil. Ricciardi expressa sua re-volta sem papas na língua: “Estamos perdendo nossa identidade, passando de industriais a comerciantes. Temos de tomar cuidado com o produto chi-nês. Várias indústrias grandes estão importando pastilhas de porcelana da China”, critica. Aos 78 anos de idade, este homem inicia um de seus maiores desafios. Enquanto a maior

parte já está vestindo o pijama, ele está construindo uma nova fábrica, com investimento previsto em R$ 12 milhões, que vai permitir um in-cremento de 40% na produção de pastilhas, que hoje é de 450 mil m2, em formatos que vão de 1,5x1,5 cm até 5x23 cm, com o funcionamento, previsto para outubro, de um impres-sionante forno túnel de 100 metros de comprimento. Só o nivelamento de terreno exigiu 5.000 viagens de caminhão. Para o começo do próxi-

mo ano Ricciardi anuncia também o lançamento de um piso industrial em porcelanato para aplicações de alta exigência técnica, como abatedouros e casas de carne. Para ele a ameaça

O novo forno túnel permitirá fazer produtos muito competitivos e de alta qualidade para barrar o avanço chinês

chinesa dura mais uns 5 anos: “ Eles já têm problemas de salários, maté-rias-primas. Da última vez que estive lá vi fábricas modernas paradas por falta de energia”, afirma. Em suas 4 visitas à China pôde observar a evo-lução de um país atrasado, em 1994, até a melhora da qualidade também na produção de equipamentos para a indústria: “ a prensa chinesa é igual à da Sacmi italiana”, pondera. O bu-silis da questão não são as condições de produção mas as taxas gerais para produzir lá e cá. A China taxa em 10%, enquanto o Brasil taxa em 40%

a produção nacional. É muito difícil competir assim. Mas não é impossí-vel. E é justamente este empenho que Ricciardi está mostrando. Um “fun-do de quintal”, hostilizado por uma concorrência pouco leal que acabou sucumbindo à determinação da Atlas e já não existe mais. Agora o empe-nho é em uma nova cruzada: “Iremos enfrentar o produto chinês com um produto melhor ainda, com esmal-tes reativos especiais, e pastilhas de alta qualidade”, desafia ele. Pesquisa e inovação são constantes na Atlas. Após os cinco primeiros duros anos da implantação a empresa foi à bus-ca de processos modernos a partir dos anos 70. Em 1975, seu Geraldo, como o setor carinhosamente o ape-lidou, parte em sua primeira viagem para a Saie (a Cersaie ainda não exis-tia na época) em Bolonha. Nesta via-gem chegou a guardar pedrinhas das Investimento de R$ 12 milhões: operação inicia em outubro de 2008

Armazenamento na vertical: uma solução prática e revolucionária

Terraplenagem: mais de 5.000 viagens de caminhão para o terreno na nova linha

Funcionários felizes por toda fábrica

ceramista do ano

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�� Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 ��

Pintura: preparando cópia de ‘A Siesta’, do ídolo Van Gogh

Tênis: esporte predileto, que ele volta a jogar após operar o joelho

Piano: faz questão de tocar de ouvido mesmo com um amigo maestro

ruínas do Foro em Roma, acreditan-do que lá não mais voltaria. Hoje já perdeu a idéia do número de viagens feitas. O resultado é a convivência com o futuro da cerâmica: “A maior ferramenta é a informação, o Brasil é pobre em informação”, afirma. E aí reside mais uma de suas qualidades: a universalidade. Amós Oz, escritor israelense, costuma dizer que para ser universal a pessoa tem de co-nhecer a fundo a sua aldeia. E é esta espiral dialética que seu Geraldo im-prime ao seu trabalho. O tempo todo está em busca de idéias que aplica

com soluções próprias em equipa-mentos e processos. Sua engenharia de processos em nada fica a dever à tecnologia italiana. Atualmente está testando pastas mais fundentes para ciclos mais rápidos de queima com esmaltes reativos. Para ele, o passa-do não importa mais, e não é seguro alguém sentir-se sólido e garantido. “Há sempre alguém querendo tomar o seu lugar”, diz. Ricciardi gosta de lembrar que as cidades de Faenza, Sassuolo, hoje referências mundiais no setor, há pouco tempo eram ape-nas criadouros de porcos.

Amor, paixão e família

Geraldo Ricciardi é um homem eminentemente gregário. Conheceu sua grande paixão em 1953, no siste-ma tradicional das praças das cidades interioranas. As moças caminhavam num sentido e os rapazes no sentido contrário. Levou uns dois meses nes-te flerte, pois Isaura não o conhecia, haja vista que vinha recentemente da capital. Foi sua companheira por mais de cinquenta anos. E a partir desta união constituiu uma das mais belas famílias da cerâmica brasilei-ra, com duas filhas, dois filhos e um batalhão de netos. Seu filho, Ernesto Ricciardi, o Neto, ressalta que o pai é um homem que não pára. Tem uma capacidade técnica muito sólida, adora o produto e sabe fazê-lo como poucos. Uma verdadeira paixão pela cerâmica. Uma pessoa para quem os valores éticos e morais estão acima de tudo. Com ele faz coro o genro Arnaldo Brisighello, que faz questão de separar seu julgamento técnico e pessoal. Para ele, Geraldo Ricciardi é um ícone empresarial, um homem

A atenção e dedicação com os colaboradores é sincera e permanente

Orgulho: a Cerâmica Atlas exporta para países de primeiro mundo

Mesclando automação e artesanato

que conseguiu realizar um sonho e tem uma obra realizada. No lado pes-soal Brisighello considera seu Geral-do como seu pai na vida empresarial, que sempre lhe deu grande apoio e orientação nos momentos mais du-ros. O próprio Geraldo Ricciardi é quem dá o tom a este respeito. Para ele, nada se compara ao prazer de ver um produto nascer na fábrica. É uma verdadeira paixão pela cerâmica.

Cerâmica & Arte

Esta característica gregária está presente também na Atlas, que par-ticipa de várias ações sociais, de preservação ao meio ambiente. Ric-ciardi atualmente está exultante pois poderá destinar parte da arrecadação do ICMS em apoio cultural à Banda Sinfônica Santa Rosa de Viterbo do maestro Maurílio de Oliveira Júnior, que tem mais de 300 alunos, e criou um método coletivo de ensino de mú-sica. Bem que seu Geraldo podia ser mais um deles, mas insiste em tocar piano de ouvido. Apreciador da dan-ça de salão, seu Geraldo, de aluno a professor, formou recentemente uma turma de dança na cidade. Mas seus hobbies não param por aí. Piano, tê-nis, pintura fazem parte de seu dia-a-dia. Atualmente está preparando uma cópia do quadro “A Siesta” de Van Gogh, seu grande ídolo. A adega, em sua casa, é seu santuário particular, onde saboreia vinhos de boas cepas em companhia dos amigos. Ele faz questão de ressaltar que ali é o lugar do clube do Bolinha. É lá que está um quadro mostrando que o segre-do da longevidade é saber mesclar as coisas boas da vida. Afinal, para quem não tem data para terminar de trabalhar, o tempo não conta.

Agora, que você terminou de ler esta reportagem, deve estar se perguntando qual é o significado do título de abertura: ‘Fortiter in re, Suaviter in modo’. Pois é a máxima que Geraldo Ricciardi procura imprimir ao dia-a-dia na empresa: ‘Firme na ação, Suave na forma’.

Produtos sob medida para clientes

ceramista do ano

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�0 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 �1

De 11 a 14 de março, aconteceu em São Paulo, maior cidade do Bra-sil, a principal feira de revestimen-tos cerâmicos da América Latina, a Revestir. O evento, em sua sexta edição, contou com a presença dos maiores fabricantes de revestimen-tos cerâmicos brasileiros, além das empresas fornecedoras de maquiná-rios e insumos para a indústria ce-râmica. Atualmente o Brasil é o 2o maior consumidor mundial, 3o maior produtor, e 4o maior exportador de revestimentos cerâmicos, e, em sua principal feira o Brasil mostrou aos visitantes a consolidação da tendên-cia em revestimentos que reprodu-zem madeira e pedras naturais. Mas os visitantes puderam olhar outros produtos, além de revestimentos cerâmicos, isso porque, simultanea-mente ao evento, aconteceram tam-bém no Transamérica Expo Center, a 3a edição da Kitchen&Bath, e a 6a

edição do Fórum Internacional de Arquitetura e Construção. Segundo a organização, a Revestir 2008 recebeu um público de quase 40 mil pessoas, e teve a geração de US$ 131 milhões de novos negócios, um crescimento de 9,17% em relação a 2007. Ainda segundo os organizadores já é possí-vel prever a movimentação de US$ 145 milhões de negócios e a presen-ça de 47 mil pessoas para a edição do próximo ano.

Produtos

Os revestimentos com cores fortes, juntamente com as pastilhas cerâmi-cas chamaram a atenção do público presente, principalmente o estrangei-ro. “Aqui na Revestir temos investi-do no público de fora, até mesmo porque vendemos nossos produtos em outros países, como os Estados Unidos”, disse Karina Felisbino

Campos, engenheira de mercado da Cerâmica Eliane. A Revestir também esteve bem representada no que toca ao setor de pastilhas, com a presença de empresas como a Cerâmica Atlas. Sua gerente de marketing, Cristina Ricciardi, afirma que os produtos da empresa que receberam uma maior procura foram as pastilhas metaliza-das e foscas no formato 15x15mm. Além das pastilhas com cores vivas, a D’Glass mostrou na Revestir que os produtos reciclados devem ser explorados. Isso porque a vedete da empresa foi o painel “Reciclados”, produzido com aparas de vidro que produzem uma textura ondulada. Os vidros também foram o destaque da Inti, que apresentou mosaicos feitos deste material pintados a mão, como também de pedra e coco.

Sobre os revestimentos expos-tos, Francisco Mazza, presidente da Mazza Cerâmicas confirma o suces-

so das placas cimentícias que imitam a textura da madeira, bem como as pastilhas de por-celana e os ladrilhos hidráuli-cos. O mercado de mármores e granitos esteve igualmente presente, com a participação de empresas como o Palácio dos Mármores e a Petrabrasil. Ambas destacaram a busca por produtos com cores fortes que caracterizam um ambiente tro-pical. Vale lembrar que os fa-bricantes de mármores afirmam que grande parte destes produtos são exportados para os Estados Unidos e Europa. Focada aos designers, arqui-tetos, construtores e especificadores, a Revestir também contou com a presença de revestimentos de luxo,

que possuem materiais como ouro e metais preciosos. Para Antonio Car-los Kieling, diretor superintendente da Anfacer, Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Re-vestimento, tais produtos estiveram em segundo plano, em detrimento daqueles que fazem alusão à madeira e pedras naturais.

Organização e construção

Sobre a organização do evento, a maioria dos expositores elogiou o trabalho feito pela Anfacer e seus parceiros. Porém foi feita a mesma ressalva do ano passado. Para eles a Revestir está muito bem organizada em todos os aspectos, mas o even-to deveria ser realizado a cada dois anos. “Para nós que somos fornece-dores de equipamentos e não exposi-

tores de pisos e revestimentos, acha-mos que a feira deveria ser bienal e não anual”, explica Conceição Ferra-cini, diretora da Siti. Quem também elogiou a organização do evento foi Francisco Mazza, ao dizer que a fei-

ra esteve bem preparada para receber os visitantes. Para se ter uma idéia do fluxo de visi-tas, a Cerâmica Porto Ferrei-ra cadastrou em seu estande 2.130 pessoas, em sua maio-ria consumidores interessados nos produtos da empresa, bem como profissionais dos meios de comunicação, e outros ex-positores. “O público que vi-sitou a feira tinha realmente intenção de comprar ou fechar parcerias. A feira contou com

uma altíssima qualidade das empre-sas envolvidas na exposição, que mostraram produtos inovadores e es-tandes bem construidos”, elogia Fa-biana Andrade, gerente de marketing da Pedrastone. Falando em constru-ção, Kieling da Anfacer destacou na Revestir o valor da contrução civil para os ceramistas bra-sileiros. “Nos últimos 3 anos o setor da cons-trução civil brasileira cresceu muito. E o se-tor cerâmico também seguiu esse ritmo com crescimento na taxa de 10%, podendo se sustentar nos próximos anos”, explica. O dire-tor superintendente da Anfacer também falou sobre a China, ao dizer

este país não é problema para o Brasil. Para ele, o importante é o nível da indústria brasileira que deve ter qualidade em ser-viços e produtos. No ponto de vista geral, os ceramistas lem-bram que o evento possibilitou uma análise da posição em que estão em relação aos competi-dores, visto a participação de mais de 160 expositores que estiveram alojados em uma área de 33.000 m2.

Tecnargilla Brasil

Simultaneamente à Revestir acon-teceu também no Transamérica Expo Center o 6o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção dedica-do aos revendedores, construtores, especificadores e ceramistas. Para esses últimos, o Fórum, no dia 14, trouxe a tona importantes temas que envolvem o setor de revestimentos cerâmicos. O evento denominado Tecnargilla Brasil reuniu no mesa-nino do Transamérica Expo Center grandes especialistas da tecnologia cerâmica. Entre eles o português Nuno Correia, gerente geral da Tor-recid Brasil, que apresentou a pales-tra “Impressão Digital em Cerâmica: uma Realidade”. No local, Correia lembrou que as máquinas de impres-são digital servem para produzir re-vestimentos diferenciados. Ele ainda destacou a presença de tais maqui-nários da Torrecid em 50 cerâmicas no mundo, principalmente na Itália e Espanha. A seguir, o tema foi o produto da vez, o porcelanato, com o

Um verdadeiro caleidoscópio

A Mosarte apresentou uma coleção inspirada em Escher e conceitos diferenciados que impressionaram muitos arquitetos

REVESTIR

Definitivamente o Brasil tem a sua feira, em que produtos inéditos são lançados. O evento tem conseguido atrair uma massa muito significativa de

profissionais e gerado um grande volume em negócios

REVESTIR

Um verdadeiro caleidoscópio

Eliane apresentou o Laminum e muitos novos produtos

Termômetro certeiro: afluência da mídia internacional

Fórum: casa lotada em todas as palestras

Definitivamente o Brasil tem a sua feira, em que produtos inéditos são lançados. O evento tem conseguido atrair uma massa muito significativa de

profissionais e gerado um grande volume em negócios

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�2 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Abril/Maio 2008 ��

italiano Ivanno Ligabue, presidente mundial da LB. Na palestra denomi-nada de “Tendências e Desafios na Produção do Porcelanato”, Ligabue, junto com os debatedores Eduardo Falaschi, da Abracolor, e Lazzaro Menasce, da revista Mundo Cerâmi-co, falou sobre as conquistas obtidas pelo porcelanato ao longo dos anos. Para exemplificar esse crescimento, Ligabue lembra que em seu país, eram produzidos 50 milhões de m2 em 1993, e que hoje a produção de porcelanato gira em torno de 400 milhões de m2. Em sua apresentação também disse para os presentes que não se pode competir com países com energia, máquinas e mão-de-obra próprias, fazendo clara refe-rência à China. Por fim falou sobre o alto preço das matérias-primas, a argila automatizada por via seca e o Lamina. Ligabue provocou a platéia, ao dizer que um metro de cerâmica terá sempre em torno de 20 kilos, mas seu preço pode variar de R$ 10,00 a R$ 100,00, ou mais, dependendo da estratégia de agregação de valor da indústria. Após a discussão sobre o porcelanato, o mesanino recebeu uma palestra em que os recursos vi-suais e sonoros foram usados para representar a importância das cores na sociedade e na natureza. Isso foi usado para contextualizar “O Uso do Tintômetro no Processo de Fabrica-ção de Placas Cerâmicas”, nome da palestra dada pela Smalticeram/Teka, que esteve representada por Cláudio Cassolari. Na palestra os ceramistas ouviram de Cassolari as vantagens dadas pelos tintômetros, como a re-

dução da mão-de-obra, a flexibilidade, o menor custo, e a diminuição do erro humano. A in-dústria italiana também esteve representada por Arturo Salomoni, pro-fessor do Centro Cerâ-mico de Bolonha, Itá-lia, que apresentou aos brasileiros a palestra “Cerâmicas que Geram Energia: Revestimentos com Placas Fotovoltai-

cas e Outras Soluções”. Salomoni explicou que os revestimentos foto-voltaicos possuem um superfície es-pecial com células que transformam a energia solar em eletricidade, e que tais produtos irão satisfazer o merca-do. “Após o grês, o mercado precisa de peças cerâmicas funcionais, que saibam conciliar estética, estrutura e outras funções”, explica o profes-sor que acredita no fato de que um edifício recoberto com esse mate-rial possa produzir 30% da energia elétrica de que necessita. Salomoni informou que tais revestimentos só serão produzidos em série daqui a três anos.

Outras áreas

Nesse momento o leitor deve estar se perguntando se a Tecnargilla Bra-sil não contou também com pales-trantes brasileiros. Pois bem, houve, e ao final, com Ana Paula Menegazzo do CCB, Centro Cerâmico do Brasil, que ministrou a palestra “Porcela-nato: Normas no Brasil e no mundo definem os padrões do produto”. No local Ana Paula lembrou que o Bra-sil, em 2007, foi pioneiro na criação da norma para o porcelanato, que, segundo ela, é fruto de uma inicia-tiva voluntária e necessária, visto que o ISO 3006 não faz referência ao porcelanato. “a norma ISO não tem referência ao porcelanato. En-tão, o Brasil se sentiu a vontade para ter a norma. Era preciso “dar nome aos bois”, explicou a palestrante que ressaltou também os elogios dos Estados Unidos e Austrália, e as

Mais um ciclo da Anfacer, Asso-ciação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, foi cumprido. Adriano Lima, que este-ve na presidência do Conselho da associação entre 2005 e 2007, com-pletou sua contribuição para o setor. Adriano Lima, que é presidente da Cerâmica Gyotoku, uma das maio-res fabricantes de revestimentos ce-râmicos do Brasil, esteve no coman-do da Anfacer de março de 2005 a fevereiro de 2007, período em que a

entidade apostou, principalmente, na divulgação dos revestimentos brasi-leiros no exterior e na luta por con-quistas tributárias junto ao governo brasileiro.

Vendas e produção

Em 2005, ano da posse da Anfa-cer, os números sobre as vendagens e a produção brasileira aumentaram em quase todos os aspectos, como a produção, a participação nacional

nas importações norte- americanas, e a evolução da capacidade produ-tiva. Então, vamos lá, aos números! Sobre a produção de revestimentos, o país em 2004 produziu 565,6 mi-lhões de m2, já em 2005, com Lima no comando, a nossa produção foi de 568,1 milhões de m2. No final de sua gestão, os números nessa categoria chegaram a 637,1 milhões de m2. O segundo aspecto que melhorou foi a participação brasileira nas importa-ções norte-americanas, isso porque

críticas da União Européia à norma brasileira. Além do dia dedicado aos ceramistas o Fórum foi direcionado para outros públicos que também estão envolvidos com a indústria de revestimentos cerâmicos. O dia 12, foi dedicado aos revendedores, com a palestra “Conjuntura econômica brasileira e perspectivas para 2008”, de Gustavo Franco, economista, ex-presidente do Banco Central e um dos criadores do Plano Real. Tam-bém houve o debate sobre “Substi-tuição Tributária em São Paulo – Im-pactos na Construção Civil”, que contou com a participação de José Alcazar, presidente do Sescon-SP, Cláudio Conz, presidente da Anama-co, e Carlos Orlando, presidente da Weber Quartzolit no Brasil. No dia 14 o Fórum foi dedicado aos espe-cificadores. Pela manhã a arquiteta e designer espanhola, Patricia Urquio-la, apresentou a palestra “Donkey Skin”. O também muito esperado arquiteto chinês Ma Yansong lotou o auditório com mais de 1500 pes-soas, com sua paletra “MAD dinner – loucura, sensualidade e tecnologia na cerâmica”, na qual o arquiteto, admirador de Oscar Niemeyer, falou sobre seus trabalhos ousados e futu-ristas que fazem uso das formas da natureza. “As palestras contribuíram para a audiência na feira”, informa Paulo Benetton, diretor comercial da Portinari. Para Benetton e para os demais expositores espera-se uma edição ainda mais empolgante, cheia de bons negócios, para a sétima Re-vestir, que já tem data marcada: de 24 a 27 de março de 2009.

Ligabue: desafio para o ceramista agregar valor WM e Euromeccanica: tintômetro e economia

REVESTIR

Novo comando na AnfacerAdriano Lima elevou a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para

Revestimento a um nível de administração profissional. Edson Gaidzinski Jr. pretende manter a aprofundar ainda mais este trabalho

ENTIDADE

Adriano Lima elevou a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento a um nível de administração profissional. Edson Gaidzinski Jr.

pretende manter a aprofundar ainda mais este trabalho

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em 2004, o Brasil exportou 36,7 milhões de m2, já em 2005, manda-mos para lá 41,9 milhões de m2, e terminanos 2007 com a queda para 27,7 milhões de m2, que representou 13,7% das importações de revesti-mentos cerâmicos daquele país. Por fim, as melhorias também “deram as caras” na evolução da capacida-de produtiva. Isso porque em 2005, a capacidade produtiva foi de 650,7 milhões de m2, e terminou em 2007 com 726 milhões de m2. No primeiro ano de mandato de Adriano Lima, o mercado de revestimentos cerâmi-cos também sofreu quedas, porém o crescimento voltou a acontecer nos anos seguintes. Como exemplo, as vendas de revestimentos cerâmicos no mercado interno em 2004 foram de 448,4 milhões de m2. O que não impediu o crescimento nas vendas que chegaram em 534,7 milhões de m2 em 2007. Mas o que realmente caiu foram os números da exporta-ção, pois em 2005 o nosso país man-dou para o exterior 114 milhões de m2, 12 milhões a menos que 2004. Nesse quesito a queda acentuou-se chegando a 102,1 milhões de m2 em 2007, número esse, que segundo es-timativas da Anfacer, deve se manter em 2008. Em relação aos produtos houve um crescimento na produção tanto de pisos, azulejos, fachada e porcelanato. Os que mais cresceram foram pisos e porcelanatos. Sobre os pisos, houve a fabricação de 432 mi-lhões de m2 em 2007, 47 milhões de m2 a mais em relação a 2005. Acer-ca dos porcelanatos, em 2007 foram produzidos no Brasil 39 milhões de m2, 11 milhões a mais em relação ao ano de 2005, com seus 28 milhões. Em 2007, a produção para paredes foi de 155 milhões de m2, e para fa-chadas 12 milhões de m2.

Internacionalização

Sobre a relação com o governo brasileiro, não se pode esquecer da parceria com a Apex, Agência de Promoção de Exportações e Investi-mentos, subordinada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Co-

mércio Exterior. É precisamente por conta dessa parceria que a Anfacer na gestão de Adriano Lima trabalhou com o objetivo de agregar valor aos produtos cerâmicos nacionais, como também de divulgar a Marca Brasil no exterior. Como reflexo desses ob-jetivos temos a participação da An-facer em alguns empreendimentos que visam o fortalecimento da cerâ-mica brasileira. Entre eles temos as missões internacionais em grandes países produtores e consumidores de cerâmica. Isso aconteceu em 2006, com a ida da associação para a China e Itália. No gigante asiático a Anfacer visitou 18 associados em 11 dias, e na Itália 45 associados em 10 dias. Já no ano seguinte, 2007, a associação de-senvolveu uma logomarca específica para identificar a indústria cerâmica brasileira, a “Brasil Ceramic Tiles”. Neste mesmo ano, as visitas acon-teceram a dez distribuidores e vare-jistas da França e Inglaterra. Com a bandeira de fortalecer a marca Brasil no exterior, a presença da associação nos grandes eventos internacionais do setor foi imprenscidível. Na ges-tão 2005 – 2007, a Anfacer esteve presente em 11 feiras localizadas nos Estados Unidos: Coverings e Conven-ção AIA, Argentina: Batimat–Expo-vivienda, Chile: Edifica, Reino Uni-do: The Tile and Stone Show, França: Batimat–Paris, Espanha: Cevisama, Itália: Tecnargilla, Emirados Árabes: The Big 5 e na África do Sul: Inter-build. Mas a consolidação da marca brasileira, como não poderia deixar de ser, aconteceu fortemente na Revestir, em São Paulo, que recebe anualmen-te um bom público. Para se ter uma idéia, a feira em 2006 recebeu 28.201 visitantes, e em 2008 39.021 pessoas. Sobre o aspecto financeiro a Revestir também foi importante. Vejamos: em 2006 houve um aumento do fatura-mento de 2,53%, já em 2007 foi de 14,5%. O crescimento deu-se tam-bém no resultado operacional, visto que em 2006 o aumento foi 37,4%, e de 40,6% em 2007. Números esses que passam pelo aumento do número de expositores, temos como exem-plo a edição 2007, que contou com

132 empresas, dez a mais que 2006. Simultaneamente ao evento aconte-cem também a Kitchen&Bath, feira dedicada à indústria de sanitários, e o Fórum Internacional de Arquiteura e Construção que contou com a presen-ça de grandes nomes nacionais e in-ternacionais da arquitetura, da cons-trução civil e da indústria cerâmica. Motivo esse que fez com que o evento tenha sido visitado na última edição por 3.147 profissionais que buscaram aumentar seus conhecimentos em as-pectos comerciais, técnicos e tecnoló-gicos que envolvem o setor.

Importação

Ainda na administração de Lima, a associação trabalhou na defesa dos consumidores brasileiros ao moni-torar o desenvolvimento mundial do setor, principalmente no que diz res-peito aos avanços de competidores com práticas mercadológicas pouco ortodoxas, com relação a qualidade e preço. Com isso foi feito um acom-panhamento quantitativo das impor-tações, como também uma análise dos produtos importados. Destaca-se ainda o fato da Anfacer ter de-nunciado para a OMC, Organização Mundial de Comércio, a existência de oito barreiras não tarifárias ao co-mércio internacional de revestimen-tos cerâmicos. “Em um mundo cada vez mais globalizado, as ameaças se manifestam de fora de nossas fron-teiras”, diz Adriano Lima. Foi preci-samente com o intuito de deter essas ameaças, que em 2006, a Anfacer e o CCB, Centro Cerâmico do Brasil, reativaram a Comissão de Estudos de placas cerâmicas no âmbito da ABNT ao revisar as normas atuais para revestimentos cerâmicos, e ao elaborar a Norma Brasileira de Por-celanato. Norma essa que foi criada em fevereiro de 2007, sendo pioneira mundial para a normatização do pro-duto. Vale lembrar que esta norma está sendo base para a norma inter-nacional do porcelanato. Outra con-quista da associação aconteceu dois anos antes, em 2005, época que a associação reintegrou-se ao Comitê

Técnico Internacional, ISO/TC-189.

Conquistas tributárias

Durante os dois anos de gestão, a Anfacer, com Adriano Lima na presidência, representou a indústria cerâmica brasileira no que toca aos problemas tributários vividos no Bra-sil. Entre eles temos a elevada carga tributária, que segundo a associa-ção, tem sido um fator restritivo ao desempenho da indústria brasileira. Por conta desse quadro, membros da Anfacer se reuniram em 2005 e em 2006, em Brasília, para discutir essa situação. Precisamente em 2006, o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em reunião, junto à equipe da Anfacer, a redução de 10 % para 5% do IPI, Imposto so-bre Produtos Industrializados, para todos os produtos do setor de reves-timentos. Também houve redução de 18% para 12 % do ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, para o estado de São Pau-lo, e de 17% para 12% no estado de Santa Catarina. Sobre ex-tarifário, a Anfacer conquistou a redução de imposto de importação para bens de produção, economia de mais de US$ 1 milhão para os associados, em 3 anos e 40 máquinas importadas.

Capacitação

Como o intuito de uma associa-ção é o de orientar e auxiliar seus 60 associados, a Anfacer cumpriu essa obrigação básica. Para isso, men-salmente foram passadas aos asso-ciados informações sobre as expor-tações brasileiras, e trimestralmente informações sobre o mercado inter-no. De periodicidade trimestral, a as-sociação também realiza reuniões de mercado, em que empresários e exe-cutivos da indústria discutem tudo aquilo que envolve o setor de cerâ-mica para revestimento. A Anfacer com o apoio da Acimac, da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira e do CCB, iniciou em 2007 e concluirá neste ano o I Censo Tecnológico de Revestimentos Cerâmicos do Brasil.

Porém, esse não é o único projeto em andamento. Como dito anteriormen-te, a orientação é de grande impor-tância para os associados. E foi pre-cisamente por causa deles, que foi desenvolvido o novo Sistema de In-teligência Comercial da Anfacer, que tem como princípios a disseminação da cultura de uso de informações: os relatórios e análises objetivas, e o treinamento integrado às funcionali-dades. O sistema foi feito a partir de planejamentos estratégicos da Anfa-cer, de um censo setorial, e pela in-tegração com regionais, análises se-toriais e reuniões de mercado. Após essas etapas, a 1a versão do Sistema de Inteligência Comercial foi dispo-nibilizada aos associados com o in-tuito de capacitá-los.

Administração interna

Internamente, a Anfacer orgulha-se de suas conquistas orçamentárias e financeiras, como o fechamento da contabilidade na primeira semana de cada mês, o patrimônio líquido “positivo” após anos de acúmulo de déficit, e a parametrização do plano de contas gerencial com o contábil. Mas falando em valores, o índice de liquidez geral da Anfacer encontra-se hoje em 2,72. Já em 2005 era de 1,09. Sobre o custo de mão de obra e o total de recursos administrativos, o percentual dessa relação é de 8,97%. Em 2005 era de 14,92%. Acerca do mundo virtual, o site da associação, o www.anfacer.org.br, recebeu no ano passado 75.827 visitas, superan-do as 72.514 em 2006, e as 69.618 em 2005. Esses números devem-se também ao comprometimento dos funcionários para a missão da as-sociação. Atualmente o quadro é composto por 15 pessoas, sendo 9 no quadro permanente, duas como sendo estagiárias, e 4 como consul-toras.

Novos desafios

Para Edson Gaidzinski Jr. o início de sua gestão passa pelo reconheci-mento de que a Anfacer é hoje uma

ENTIDADEentidade muito bem estruturada, com um alto nível de profissionali-zação, o que facilitará os novos de-safios da entidade. Destaca ainda a importância do trabalho com a Apex, pois, para ele, independente da crise cambial e de um problema pontual com os Estados Unidos, isto irá pas-sar. Edson sabe do que está falando pois, por mais de uma década, presi-diu a filial norte-americana da Elia-ne e hoje é presidente da matriz, uma das maiores indústrias cerâmicas do Brasil. Ele frisa que exportação é um compromisso, não pode ser algo em que se entra e sai. Algo esporádico. O principal foco em sua administra-ção será a conscientização do cera-mista brasileiro em investir em valor agregado. Foi através deste modelo que italianos e espanhóis saíram da crise que hoje nós enfrentamos com a situação cambial desfavorável. Os investimentos devem se voltar para a qualidade de produtos e serviços. A manutenção das exportações será algo importantíssimo. Também o cliente será foco deste trabalho. A Anfacer irá buscar orientar, apoiar os clientes na seriedade e compro-misso das relações comerciais. Ele enfatiza que o Brasil até o momento tem seguido o modelo mundial er-rado. Aumento de escala e queda de preço. Apesar de que sempre haverá quem faça mais barato, é o modelo europeu que provou ser o vitorioso e capaz de superar situações adversas como a que passamos com o Real valorizado. Com relação ao mercado americano é otimista, pois a cerâmica ainda é um produto novo neste país. E já é um mercado de 3 bilhões de dólares, equivalente ao nosso, apesar da queda do consumo de 20% em 2007. O que está afetado com a crise do subprime é o mercado residencial apenas. O mercado de construções comerciais vai muito bem nos EUA. Além disso Edson tenciona aprofun-dar as excursões a feiras mundiais, um modelo desenvolvido com a Apex que se provou vitorioso para o setor. Seu objetivo é agregar também entidades como Asbea e Anamaco num círculo virtuoso para todos.

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Entre 29 de abril e 2 de maio, foi realizada a maior feira norte-ameri-cana de cerâmica, a Coverings. Em Orlando a presença do público para o Brasil foi melhor, apesar da cri-se imobiliária que afeta os Estados Unidos, em relação à edição passada que aconteceu em Chicago. Por con-ta dos mais de 1.200 expositores vin-dos de todo o globo, e pelas mais de 80 conferências, a Coverings 2008 atraiu mais de 35.000 visitantes vin-dos de 100 países em um espaço de 50.000 m2. Fato é que houve uma queda em relação à edição passada que recebeu quase 37.000 visitan-tes, mas em compensação houve um aumento de 3,8% se comparado a última vez que a Coverings esteve em Orlando, no ano de 2006. A in-dústria brasileira esteve junto com a Anfacer com 17 expositores, e 6 em-presas que usaram o estande da as-sociação. Nessa última edição a Co-verings contou com a forte presença do público latino-americano. “Quem mais visitou o estande foram os dis-tribuidores da América Central e do

Caribe”, diz Giuliano Moro, gerente de exportação da Portinari, empresa que comercializou U$ 680.000 em revestimentos.

Produtos e Público

A presença de comerciantes e dis-tribuidores da América Central e do Caribe, como também de outras par-tes do mundo, segundo os ceramis-tas, deve-se à localização geográfica, como também à atmosfera turística de Orlando. “O público era composto por revendedores e lojistas de mate-rial de construção. A feira ainda teve a presença de muitas pes- soas

da Europa, América Latina e Canadá “, diz Renato Casagrande, diretor da Casagrande Revestimentos, empresa que comercializou 230.000 m2. Ca-sagrande lembra a baixa visitação por parte dos norte-americanos, que segundo ele é consequência da cri-se imobiliária enfrentada por aquele país. Sobre produtos, na cidade de Orlando, os fabricantes perceberam uma tendência para revestimentos de alto valor agregado, em que o porce-lanato é o carro-chefe. Os italianos e espanhóis, segundo o gerente de exportação da Pamesa Brasil, Maria-no Hajny, estão apostando nas com-binações com metais e no leque de opções do ink-jet. Ainda sobre os es-trangeiros, destaca-se a produção de revestimentos em formatos maiores, no porcelanato dupla carga, além dos revestimentos rústicos, esses úl-timos muito apreciados pelos norte-americanos. A respeito da cerâmica brasileira, os gerentes são unânimes ao confirmarem a atração do público pelos porcelanatos retificados e tam-bém por formatos grandes.

Volta a Chicago em 2009

E o que pensar do futuro tendo como base essa última edição? Exis-te uma covergência de idéias no que toca à ida para a próxima edição. Por exemplo, a Batistella não sabe se irá participar no próximo ano por cau-sa de 2007, conforme contou João Brito, gerente de exportação da em-presa. Mais otimista para o próximo ano, a Portinari já confirmou a pre-sença, porém a empresa de Rogério Sampaio ainda não decidiu de que forma irá atuar. “Vamos fazer reu-niões durante 3 meses para vermos de que forma será a nossa presença em Chicago”, conta Moro, geren-te que acredita na Coverings por ser importante para a estratégia de agregar valor. “Mesmo que nas últi-mas edições o número de negócios tenha sido menor, a Portinari con-tinuará com a proposta de destacar o estande com investimentos, além de diferenciar no design”, conclui. Para que a presença brasileira seja ainda mais forte, Renato Casagran-de espera que a Apex, Agência Bra-sileira de Promoção de Exportação e Investimentos, continue a apoiar os exportadores por conta dos cus-tos altos. Ele também lembra que é fundamental exportar adequando os preços consoante a taxa cambial. So-bre o futuro, ainda merece ser lem-brado que os Estados Unidos e toda a América do Norte são os principais destinos das exportações brasileiras de revestimentos cerâmicos. Para se ter uma idéia, em 2007 o nosso país mandou para aquele continente 30% do total das exportações nacionais. Esses números não podem cair, por

isso reajustes e estudos sobre aqui-lo que os norte-americanos buscam devem ser realizados. “Por conta da Coverings, a Gyotoku tem estudado cotações para projetos nos Estados Unidos. Estamos estudando as ques-tões dos prédios e dos edifícios co-merciais”, informa Amato. O geren-te diz que a Gyotoku espera produzir revestimentos para a construção civil norte-americana. Por fim, o otimis-mo está presente em Mariano Hajny da Pamesa, que acredita na recupe-ração do mercado norte-americano ainda em 2008. “Esperamos uma recuperação do mercado para o final deste ano devido a queda de esto-ques existentes e aos novos ares de reforma que necessariamente trará o novo presidente”, disse. Quem tam-bém está otimista é Antonio Kieling da Anfacer, pois segundo ele, os es-tandes ocupados pelas empresas bra-sileiras estarão na rua principal da feira, e a economia norte-americana estará melhor. “Na ocasião da reali-zação da Coverings 2009 deveremos encontrar a economia americana em situação mais favorável e com a cri-se no mercado imobiliário bem mais atenuada, em um processo de recu-peração de sua indústria”, explica. Apesar dessas melhorias, a Anfacer avisa que a preparação para 2009 de-verá ser adequada às características do mercado da região noroeste dos Estados Unidos. A associação lem-bra que para 2009 o processo de pla-nejamento, de logística e montagem dos estandes deverá se iniciar com bastante antecedência e com muita articulação com os organizadores, visando a sonhada redução dos cus-tos de participação.

Convenção AIA

Entre 15 e 17 de maio, foi reali-zada em Boston, Estados Unidos, a Convenção do Instituto Ameri-cano de Arquitetos. Uma ótima oportunidade para o Brasil expor as vantagens da cerâmica brasi-leira a um público que a vê como sendo de baixo preço. A Anfacer contou, pela primeira vez, com um estande no evento. “Distribuímos um CD de Bossa Nova aos visi-tantes, que também foram convi-dados a assistir uma apresentação do setor brasileiro de revestimen-tos cerâmicos”, nos conta Antonio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer. Kieling revelou ainda que os arquitetos presentes desco-nheciam o fato do Brasil ser um grande produtor mundial de re-vestimentos cerâmicos, pois nunca houve um trabalho de divulgação para estes profissionais. No total visitaram o estande 483 arquite-tos, em sua maioria norte-ame-ricanos. A Anfacer lembra que o trabalho realizado na convenção foi o de divulgar e consolidar a Marca Brasil, através do Arch-Tile, projeto que visa associar a cerâmica brasileira aos grandes projetos arquitetônicos. “Foi feito um trabalho de consolidação de imagem, e esperamos obter resul-tados a longo prazo”, explica Kie-ling, que participou de reuniões na convenção com arquitetos e empresários, em que um dos as-suntos debatidos foram os Green Building, edificações que fazem uso de medidas construtivas que reduzem os impactos ambientais.

COVERINGS

Uma feira importante

Mesmo em um momento de recessão americana, a Coverings é, para quem acredita que exportação não é algo episódico, a melhor oportunidade de estar

em contato com o maior mercado comprador de cerâmica da atualidade

Uma feira importante

Os arquitetos da Disney na AnfacerJanaina, Michael Johnson e Lazzaro

Tile Brasil circulou na Coverings Estande Anfacer na Convenção AIA

Mesmo em um momento de recessão americana, a Coverings é, para quem acredita que exportação não é algo episódico, a melhor oportunidade de estar

em contato com o maior mercado comprador de cerâmica da atualidade

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Geraldo Ricciardi, 78 anos, tenista, pintor, cera-mista, contador, dançarino, enófilo é um homem que não pára mesmo. Um dos maiores ceramistas que o país viu nascer é ardoroso defensor da lealdade, ho-nestidade e do valor da pa-lavra. Afável como poucos, é capaz de se indignar quan-do o assunto é a desunião da classe e a vulnerabilidade ao perigo externo, mais precisamente vindo da China, com produtos protegidos. Nesta en-trevista à revista Mundo Cerâmico colocou os pontos que acredita de-vam fazer parte da agenda do setor.

MC- Por que a indignação com o produto chinês?

GR- Estamos competindo em de-sigualdade. A competitividade da China não é de baixos salários, ma-téria-prima ou energia. Eles já têm os mesmos problemas que nós te-mos. O trabalhador lá quer ganhar mais, comprar seu automóvel. Duro é competir com quem taxa seu pro-duto em 10% enquanto aqui taxamos a 40% a nossa produção.

MC- É só esse o problema?GR- Não. O que me incomoda é

ver que grandes fabricantes de cerâ-mica estão justamente importando pastilhas fazendo com que, de nossa vocação de industriais, passemos a ser comerciantes apenas.

MC- Qual é a solução para isto?GR- Temos de conseguir resistir

por mais cinco anos. Eu estive na China por quatro vezes e vi o enorme progresso que fizeram por lá desde 1994. Há um ano me surpreendi com os avanços tecnológicos, só que esti-ve no mês passado e vi fábricas mo-dernas paradas por falta de energia. Na Cerâmica Atlas estamos investin-do numa nova linha com um forno túnel, a gás, de 100 metros, que nos dará uma vantagem competitiva para enfrentarmos os produtos chineses, inclusive no mercado externo.

MC- E a questão do gás?GR- Finalmente está resolvida.

Veja que o meu filho, o Neto, teve de mudar uma fábrica para não sair do mercado. O grande arquiteto desta solução foi o então governador Ge-raldo Alckmin, que conseguiu fazer com que a Gasbrasiliana compras-se o gás da Comgás, pois o projeto original da divisão do estado de SP foi mal feito. E ficamos parados pela falta de um ramal de 34 km apenas.

MC- Quando pretende colocar seus filhos para tocar a Atlas?

GR- Eu não tenho data para ter-minar de trabalhar. O importante é que meus filhos já tem suas próprias empresas de cerâmica, conhecem o negócio, e na hora em que precisa-rem saberão o que fazer aqui.

MC- Quais são os planos para o futuro da Atlas então?GR- Quero estar à frente deste

novo projeto pelos próximos cinco anos. Depois disso quem sabe eu me dedique à pintura.

MC- O que representa este novo projeto em investimento e retorno?

GR- Estamos investindo R$ 12 milhões no projeto todo e nosso objetivo é um aumento de 40% em nossos atuais volumes que são de 450 mil metros mensais de pastilhas de pequenos formatos que vão de 1,5x1,5cm. até 5x23 cm.

MC- E quanto à sua bandeira de uma entidade nacional?

GR- Precisamos acabar com es-tas divisões entre entidades. O se-tor precisa de uma entidade forte, representativa e nacional. Enquanto ficarmos com dois tipos de classe de ceramistas não iremos resolver estas questões que afligem a todos. Gosta-ria de ver uma associação que repre-sentasse de fato toda a coletividade, o grosso dos produtores de piso e re-vestimento nacionais.

50 Abril/Maio 2008 - Mundo Cerâmico

ENTREVISTA

Estamos começando hojeGeraldo Ricciardi, eleito o ceramista do ano coloca nesta página algumas de suas idéias e indignações pelo que o país está passando e alerta para o real perigo da

perda de nossas raízes e vocação industrial

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“Podemos perder nossa identidade,

virando comerciantes ao invés de industriais ”

Page 27: Cerâmica & Arte - mundoceramico.com.br · NGK especialista em cerâ-micas técnicas, lança na Forn&Cer 2008, Encontro Internacional de Fornece-dores e Cerâmicas, a esfera ... Indústria

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