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2008 Relatório de Responsabilidade Corporativa Resumo

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Dados de contacto:Agradecemos a todos aqueles que nos queiram enviar perguntas,contributos, sugestões ou comentários sobre o Relatório que o façamatravés dos seguintes canais:

Correio:CEPSADirecção de Comunicação de MarketingRua General Firmino Miguel, nº 3, Torre 2- 2º1600- 100 LISBOA

Correio electrónico: [email protected]: (+351) 21.721 76 08Por fax: (+351) 21.723 08 01

Através do Questionário de Avaliação do Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 quepoderá encontrar em www.cepsa.pt, Quem Somos, Grupo CEPSA, Responsabilidade Corporativa,Relatório de Responsabilidade Corporativa.

OUTRAS INFORMAÇÕES DE INTERESSE DA CEPSARelatório Anual 2008

Documentação Legal e Relatório de Governo Corporativo 2008

Página web da CEPSAwww.cepsa.pt

Layout e realização:IMAGIA officina

Fotografia:Arquivo fotográfico da CEPSA

Impressão:Gráficas Ave

Para a elaboração deste relatório foi utilizado papel 100% reciclado.

Este documento constituiu um resumo dos temas que aEmpresa considera mais relevantes para os seus gruposde interesse. Para mais informações, visite a página web da CEPSA, www.cepsa.pt, onde poderá consultar oRelatório de Responsabilidade Corporativa de 2008.

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Índice

Principais indicadores económicos, sociais e ambientais _02

Mensagem do Presidente_03

Entrevista com o Administrador-Delegado _04

01 Perfil da Empresa_06

02 A CEPSA e a Responsabilidade Corporativa _10

03 Abastecimento energético _16

04 Criação de valor _20

05 Colaboradores _24

06 Clientes _34

07 Fornecedores _40

08 Parte da comunidade_44

09 A aposta na tecnologia_50

10 Gestão ambiental _54

11 Gases com efeito de estufa _66

Anexo: Glossários _72

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02

PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS

Dimensão económica 2008 2007 2006

Financeiros e operacionaisCrude produzido (working interest 1) (barris/dia) 121.866 115.955 113.923Crude destilado (barris/dia) 437.487 432.494 431.386Crude comercializado (barris/dia) 21.679 19.820 23.866Produtos comercializados, sem incluir as vendas de crude (milhões de toneladas) 29,3 30,4 30Volume de negócios líquido (milhões de euros) 22.831 18.888 18.474Resultado operacional recorrente2 (milhões de euros) 869 956 1.089Investimentos realizados no exercício (milhões de euros) 1.579 635 581

Criação de valorImpostos pagos3 (milhões de euros) 2.771 2.994,8 2.862,8Valor económico criado (milhões de euros) 25.488,7 21.470,5 21.063,7Valor económico distribuído (milhões de euros) 24.627,2 20.947,8 20.368,6Valor acrescentado (milhões de euros) 2.055 1.965 2.082Valor económico retido4 (milhões de euros) 861,5 522,7 695,1Dividendos pagos aos accionistas no exercício (milhões de euros) 309 341,9 346Dividendos por acção (euros) 1 1,25 1,25Benefícios para os colaboradores5 (milhões de euros) 544 493 477Subvenções recebidas das administrações6 (milhões de euros) 0,63 22,74 2,10

Dimensão social 2008 2007 2006

ColaboradoresNúmero de colaboradores 11.815 11.398 11.096Número de admissão de colaboradores 1.490 1.204 1.156Número de demissão de colaboradores 1.047 1.173 914Rotação de colaboradores 554 517 458Média de horas de formação por colaborador 57,94 45,86 46,61

Segurança e saúde no trabalhoNúmero de acidentes de trabalho com baixa 112 112 119Índice de frequência de acidentes com baixa de colaboradores próprios 5,27 5,40 6,46Índice de frequência de acidentes com baixa de colaboradores próprios e subcontratados 4,65 4,89 5,66Índice de absentismo por doença comum (%) 3,60 3,66 3,78Absentismo laboral (%) 5,46 4,82 5,08Horas de formação de colaboradores próprios nas áreas de segurança e saúde 125.483 102.366 80.113

Comunidades locaisInvestimento em acções de responsabilidade corporativa (milhões de euros) 4,2 3,2 3,2

Dimensão ambiental 2008 2007 2006

Emissões por área de negócioRefinação (t de CO2 equivalente / t de crude tratado) 0,147 0,147 0,150Petroquímica (t de CO2 equivalente / t de crude obtido) 0,202 0,223 0,222Exploração e Produção (t de CO2 equivalente / t de petróleo líquido) 0,062 0,044 0,065Cogeração (t de CO2 equivalente / MWh total aproveitado) 0,256 0,239 0,241Ciclo combinado misto (t de CO2 equivalente / MWh de electricidade líquida produzida) 0,404 0,392 0,406Emissões de CO2 (quilotoneladas) 6.144 5.999 6.030Horas de formação dos colaboradores sobre o ambiente 3.163 6.601 3.959

1 Produção total participada, calculada antes de aplicadas as condições contratuais no caso de contratos de distribuição de produção.2 Sem incluir ganhos ou perdas por alteração da valorização dos stocks e outros elementos não recorrentes.3 Inclui o imposto especial sobre hidrocarbonetos, as prestações tributárias, o imposto sobre as sociedades e os impostos sobre vendas a retalho de determinados hidrocarbonetos.4 O valor económico retido estabelece a diferença entre o valor económico criado e o distribuído.5 Inclui salários e similares, contribuições e dotações para pensões, a segurança social a cargo da empresa e despesas com formação.6 Inclui as subvenções recebidas da União Europeia, das Comunidades Autónomas, da Administração Central e outros.

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 03

Como Presidente da CEPSA, é para mim umprivilégio apresentar, pela primeira vez, esteRelatório de Responsabilidade Corporativade 2008. Através dele, espero que aspessoas interessadas em conhecer aactuação da Empresa nesta matériapossam formar uma imagem rigorosa dosnossos compromissos, desejos e aspirações.

O sector energético, em que a Empresadesenvolve as suas actividades, estáexposto a profundas alterações e desafios,aos quais as empresas procuram, namedida do possível, dar resposta atravésda tomada de decisões destinadas aassegurarem as actuais e futurasnecessidades.

Nos seus quase oitenta anos de história, aCEPSA tem demonstrado uma capacidadeconstante de adaptação e esforço paraencontrar as soluções mais adequadaspara lidar com um sector em contínuatransformação. Apesar da complexaconjuntura económica em que o mundovive actualmente, a Empresa seguiu emfrente com os investimentos que lhepermitirão desenvolver projectosdestinados, entre outros objectivos, aassegurar o abastecimento energético, areduzir as suas emissões para a atmosferae a aumentar a eficiência energética dosseus processos de produção. Para tal,continuamos a contratar e a formar osprofissionais de que necessitamos.

Todos estes projectos contribuem paracumprir um dos principais compromissosdas empresas perante a sociedade: acriação sustentável de riqueza. Nestecontexto, a CEPSA desempenha um papelimportante na economia. No que se refereà cadeia de valor relativa aos seus gruposde interesse, há que destacar asestratégias destinadas aos seusaccionistas, não só como retribuição peloseu apoio económico, mas também comoforma de estimular o seu investimento; aos colaboradores, remunerando as suascapacidades e méritos, compensando a suafidelidade ou tornando a sua passagempela Empresa uma mais-valia para a suacarreira profissional; aos seus clientes,oferecendo-lhes produtos e serviços com a qualidade exigida; e aos seusfornecedores, integrando-os na nossacadeia de valor. Esta cadeia de valorestende-se também a todas as regiõesonde desenvolvemos a nossa actividade,gerando bem-estar e progresso entre aspopulações.

Em linha com este tipo de actuação, háque destacar ainda o apoio prestado pelaEmpresa em diferentes acções sociais nascomunidades onde está presente, tendocomo objectivo satisfazer as necessidadesdas colectividades a que se destinam asacções e concretizar os compromissosassumidos perante a sociedade.

As preocupações ambientais também são um tema prioritário para a CEPSA. A minimização do impacto ambiental é uma questão estratégica que a Empresaconcretiza através de diversas medidas,entre as quais: o investimento em inovaçãotecnológica, a segurança dos seusprocessos e a melhoria das suasinstalações, a poupança e a eficiênciaenergética.

A concretização dos projectos referidosneste relatório não seria possível sem adedicação dos mais de 11.000 profissionaisque, com o seu esforço, nos ajudam acolocá-los em prática.

Espero que, através da leitura destaspáginas, tenhamos sido capazes detransmitir-lhes, uma vez mais, os valoresque nos regem, os compromissos queassumimos e a nossa forma de actuar.

Santiago Bergareche BusquetPresidente da CEPSA

MENSAGEM DO PRESIDENTE

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04

Como implementou a CEPSA aResponsabilidade Corporativa na suaestratégia empresarial e quais foram assuas principais linhas de actuação em2008?

A CEPSA assumiu o compromisso dedesenvolver as suas actividades de formaresponsável, honesta e transparente emtodos os assuntos que lhe competem. A Responsabilidade Corporativa, mais doque obrigatória, é um elemento essencialda nossa estratégia que nos permite dar resposta às expectativas dos nossosgrupos de interesse e da sociedade emgeral.

As nossas linhas de actuação e aconcretização das mesmas encontram-sedescritas neste relatório, que constitui umresumo da nossa gestão nos domínioseconómico, social e ambiental.

Reconhecemos que o aspecto económico é um tema prioritário para qualquerempresa, uma vez que a obtenção de umaboa rentabilidade é fundamental paracontinuar a crescer e a gerar a necessáriariqueza que beneficiará os nossos gruposde interesse.

No que diz respeito ao ambiente, a CEPSAcontinua a apostar na optimização daeficiência energética, tão essencial para arentabilidade dos nossos negócios, além de ser a melhor solução para reduzir asemissões de gases com efeito de estufa.

No que se refere às carências sociais, a Empresa não é alheia às mesmas,sobretudo nas regiões onde está presente.Por este motivo, apoiamos várias acçõessociais e esforçamo-nos por atender eresponder, na medida das nossaspossibilidades, aos pedidos e expectativasespecíficos das diferentes comunidadescom que nos relacionamos.

O petróleo tornou-se tema de conversaem muitos sectores. Do ponto de vistaambiental, a questão centra-se na suapossível substituição por energiasalternativas. Considera esta soluçãopossível a médio prazo?

Todos estamos conscientes do contributodo petróleo para o século XX. Além de seruma das fontes de energia maisimportantes, contribuiu para odesenvolvimento da sociedade.

Actualmente, as questões levantadasrelativamente à utilização do petróleo edos seus derivados prendem-se mais coma segurança do seu abastecimento do quecom a protecção do ambiente.

Neste sentido, devo sublinhar o papelfundamental das empresas petrolíferas na resposta ao desafio de oferecer umabastecimento energético seguro,exequível e socialmente aceitável.

Em relação à possível substituição dopetróleo por outras fontes energéticas,penso que os biocombustíveis seencontram entre as opções que, a curtoprazo, poderão suprir parte do consumo de derivados no domínio dos carburantes.Tanto a União Europeia, como a Espanha,já delinearam objectivos para a sua

implementação progressiva nos próximosanos. Em linha com esta tendência, aCEPSA já produz este tipo de carburante e apoia especialmente a utilização debiodiesel, pelo facto de este produtoassociar, ao seu carácter ecológico, acapacidade de reduzir o grande défice degasóleo de que Espanha sofre actualmente.

Não obstante, há que esclarecer que um biocombustível gera tanto ou maisemissões de gases com efeito de estufaque o carburante utilizado por um veículoligeiro ou pesado. A diferença reside nasuposta capacidade de renovação da suamatéria-prima que, ao não afectar abiodiversidade, acaba por compensar osaldo total de emissões.

Apesar de tudo, penso que asnecessidades de carburantes de origemfóssil vão continuar a ser sentidas a curtoe a médio prazo na sociedade, já que nãoexistem alternativas aceitáveis emquantidades suficientes nem emcondições económicas viáveis parasubstituí-los.

Resumindo, é importante dar prioridade às utilizações de petróleo que apresentamgrandes dificuldades de substituição,como é o caso dos derivados para otransporte e para os produtospetroquímicos, os quais são fundamentaispara as indústrias da construção, daalimentação, têxtil e farmacêutica, entreoutras.

Para as demais utilizações, devem ser procuradas outras opções que,considerando os actuais progressostecnológicos, acredito não seremprovenientes de uma só fonte de energia,mas antes de uma mistura de actividadesque resultarão, cada uma delas, numaalternativa parcial.

As alterações climáticas e a emissão depoluentes para a atmosfera são temasque preocupam a sociedade. Qual é aposição da CEPSA neste domínio?

Tanto uma refinaria como uma fábrica deprodutos químicos produzem emissõespoluentes. É uma situação inerente àprodução dos produtos exigidos pelasociedade. As gasolinas, os gasóleosrodoviários, os combustíveis para navios e aviões, o butano, o propano e outrosprodutos fundamentais a uma grandevariedade de indústrias são formados portransformações físicas e químicas queocorrem a altas temperaturas e queproduzem gases com efeito de estufa.

A CEPSA assumiu o compromisso dereduzir estes gases e considera que amelhor forma de o fazer é investindo emtecnologia e inovação para conseguir umamelhor eficiência energética.

ENTREVISTA COM OADMINISTRADOR-DELEGADO

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 05

Para sobreviver num sector tãocompetitivo a nível mundial, temos deapostar permanentemente na eficiênciados nossos processos, de modo quequalquer unidade de produto fabricadoseja obtida com o menor dispêndio deenergia possível.

Apesar desta melhoria registada ao nível da eficiência, as nossas emissõesaumentaram pelo facto de termostambém aumentado o rigor dos nossosprocessos de fabrico, pois só assim seriapossível melhorar a qualidade dos nossosprodutos. Exemplo disto foi a completaeliminação do enxofre dos carburantespara veículos terrestres, em inícios de2009, que teve como consequência oaumento das emissões de CO2. Apesar de tudo, as nossas grandes instalaçõescumpriram o Plano Nacional de Atribuiçãode Direitos de Emissão e todas dispõemde Autorização Ambiental Integrada.

A segurança é importante para aspessoas que vivem próximas dos centrosindustriais. As empresas afirmam queestá tudo controlado e que não hámotivos para alarme. Apesar de tudo,estará de acordo que esta é umapreocupação razoável.

É uma inquietação lógica. A CEPSA possui, no total, nove instalações deprodução, seis das quais em Espanha etrês noutros países, onde se levam a cabo transformações que requeremprocessos a altas temperaturas,decorrendo daí os riscos normais de toda a indústria.

Apesar de tudo, a tecnologia actualnestas instalações é regida por rigorosasmedidas de segurança. Recordo que,periodicamente, são realizadas inspecçõespor parte dos peritos de seguros,programas de auditorias cruzadas quepermitem incorporar as boas práticas de outras empresas e auditoriasrelacionadas com a certificação OSHAS 18001.

As pessoas que trabalham nas nossasrefinarias e fábricas de produtos químicosestão perfeitamente habilitadas para aresolução de qualquer eventual incidente erecebem formação contínua e adequadaatravés da realização de cursosdireccionados e simulacros de emergências.Todos os profissionais da CEPSA sabem quea segurança é um tema prioritário de todose para todos.

É, para nós, motivo de grande satisfação ofacto de, ano após ano, se verificar umaredução significativa do número deacidentes entre os trabalhadores própriosou subcontratados.

Uma questão importante para as empresasé estabelecer relações de confiança com ascomunidades onde operam. Como actua aCEPSA neste sentido?

É importante conhecer os “vizinhos”, talcomo é fundamental estabelecer com elesrelações afáveis e estáveis a longo prazo,baseadas na confiança.

Para facilitar a nossa integração e reduzir o impacto das nossas actividades nasregiões onde estamos presentes, as nossasfábricas formalizam diferentes mecanismosde diálogo, como as associações de vizinhos,e o sector de Exploração e Produção realizainquéritos e organiza reuniões com ascomunidades onde pretendemos operar.

Para que esta convivência entre a Empresae a sociedade seja satisfatória, tambémconsideramos importante que se produzariqueza através da criação de empregos eda contratação de bens e serviços a nívellocal, contribuindo para a prosperidade dacomunidade.

Por último, a Empresa também colabora cominstituições, organismos, câmaras municipais,etc., em projectos de apoio direccionados paraas colectividades mais necessitadas, para apreservação da cultura e das tradiçõespopulares, para a promoção dos desportos epara a sensibilização e respeito pelo ambiente.

Por último, existe alguma questão que lhepareça importante destacar?

Gostaria de vos recordar que as indústriaspetrolíferas e petroquímicas, como a CEPSA,são fundamentais para a manutenção econtinuação do nível de bem-estar que asociedade tanto se esforçou por alcançar.

As empresas devem cumprir todas asnormas legais e até suplantá-las, para quea sua presença seja uma constante fontede criação de valor para as zonasgeográficas onde operam. A CEPSA realizaesforços consideráveis para promover umaboa convivência entre a indústria e o seumeio envolvente. É esse o nosso desejo e,através deste Relatório, damos a conheceras medidas que temos implementado paraa sua concretização.

Dominique de RiberollesAdministrador-Delegado da CEPSA

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01CEPSA_07

Marcos e reconhecimentos ano 2008_08

Perfil da Empresa

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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A Compañía Española de Petróleos, S.A,(CEPSA), é um grupo industrial que exerceactividades em todas as fases da cadeiade valor do sector do petróleo, desde aexploração e produção de hidrocarbonetosaté à comercialização dos derivadospetrolíferos.

Explora uma área petroquímica altamenteintegrada com a de refinação, em que são produzidas e comercializadasmatérias-primas destinadas à elaboraçãode produtos de valor acrescentadoutilizados por um vasto conjunto deindústrias. A Empresa desenvolve aindaoutras actividades relacionadas com a sua área de intervenção, como sejam acomercialização de gás natural e aprodução e venda de electricidade.

É uma das principais empresas espanholas e, através de uma progressivainternacionalização das suas actividades,está presente na Argélia, Brasil, Canadá,Colômbia, Egipto, Panamá, Peru e Portugal,comercializando os seus produtos em todoo mundo.

Actividades:

• Exploração e Produção de crude e gásnatural.

• Refinação, distribuição e venda dederivados petrolíferos.

• Fabrico e venda de produtospetroquímicos.

• Produção, compra e venda deelectricidade e de gás natural.Participação na construção e operaçãode um novo gasoduto.

CEPSA

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 07

* Após esta data, produziram-se os seguintes acontecimentos relacionados com a distribuição do capital da CEPSA:

Em 31 de Março de 2009, através de um Facto Relevante enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o Grupo Santander comunicou que havia alcançadoum acordo com a International Petroleum Investment Company (IPIC), do emirado de Abu Dhabi, para a venda a essa entidade da sua participação de 32,5% na CEPSA.

De igual modo, a Unión Fenosa, através de outro Facto Relevante enviado à CNMV no mesmo dia, comunicou que, em execução do mandato de venda conjunta, a suaparticipação na CEPSA (5%) seria alienada nas mesmas condições que as do Grupo Santander e que se apresentam no Facto Relevante comunicado pelo Banco.

Por último, a IPIC, num documento enviado à CNMV intitulado “Outras Informações”, refere que uma das condições que regem o processo de compra e venda referido noFacto Relevante enviado pelo Grupo Santander é a necessidade de obter uma autorização da CNMV para levar a cabo uma oferta pública de acções ao abrigo do dispostono n.º 2 do artigo 4.º do Decreto Real n.º 1066/2007, na medida em que as circunstâncias previstas neste diploma legal para a concessão da autorização se consubstanciamno facto de existir um accionista da CEPSA com uma maior participação do que aquela que a IPIC poderia obter em consequência da compra e venda das participações doGrupo Santander e da Unión Fenosa na CEPSA. Sem prejuízo do disposto anteriormente, comunica-se também que esta condição é renunciável por parte da IPIC.

Distribuição do capital da CEPSA(A 31-12-2008*)

48,83% � Total

32,48% � Banco Santander

9,54% � IPIC

5% � Unión Fenosa

4,15% � Bolsa

4,15%

5%

48,83%

9,54%

32,48%

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MARCOS E RECONHECIMENTOS ANO 2008

08

Incremento de actividades de exploraçãode petróleo.

Volume recorde de destilação de crude,22,1 milhões de toneladas sobre umacapacidade nominal de 22,2.

Com a aquisição das actividades da TOTALem Portugal, a CEPSA reforça a suaoferta comercial e a sua posição logísticana Península Ibérica.

Exploração e Produção

• Assinatura dos contratos de concessão referentes aos blocos 114 e 131, na bacia de Ucayali no Peru.

• Aquisição de 70% dos direitos de investigação e exploração do Bloco “Caracara” e assinatura de mais quatro contratos relativos a blocos existente na bacia dos Llanos, na Colômbia.

• Assinatura, com a companhia argelina SONATRACH, de um acordo para a extensão do contrato de produção de crude na autorização RKF, por um período adicional de cinco anos, a terminar em 2013.

Abastecimento e refinação

• Nível de utilização das refinarias: 99% da sua capacidade nominal.

• Refinaria “Tenerife”: adaptação para o fabrico de gasolinas com um conteúdo em enxofre inferior a 10 partes por milhão.

• Execução de 65% do projecto de aumento da capacidade de produção de destilados médios da refinaria “La Rábida”.

• Colocação em funcionamento das unidades de produção de hidrogénio, aminas e enxofre na refinaria “Gibraltar-San Roque”.

• Incorporação de 116.000 toneladas de biocomponentes nas gasolinas e gasóleos.

I+D+I

• Inauguração das instalações do novo Centro de Investigação da CEPSA, no Parque Tecnoalcalá, em Madrid.

Distribuição e comercialização

• Aquisição da rede de estações de serviço da TOTAL em Portugal e comercialização das marcas TOTAL e ELF de lubrificantes e outros derivados do petróleo.

• Conclusão do parque de garrafas, com uma nova garrafa de gás butano ainda mais leve, à qual foi incorporado um chip que permite controlar o abastecimento, a vida útil da mesma e o seu percurso.

• Início da produção de betume a partir de pó de borracha proveniente da reciclagem de pneus usados.

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 09

Petroquímica

• Fusão da ERTISA, da INTERQUISA e da PETRESA numa só empresa denominada CEPSA Química. Este novo modelo de organização permitirá melhorar a competitividade da actividade petroquímica da CEPSA face às exigências do mercado.

Gás natural e Electricidade

• Finalizado o trajecto submarino do gasoduto MEDGAZ.

• Aumento da quota de mercado da CEPSA Gás Comercializadora, atingindo 10,9% face aos 8,6% de 2007.

Reconhecimentos

• A CEPSA Química Bécancour7 é galardoada com o primeiro prémio pelo seu projecto de Recuperação energética8 na 19.ª edição dos prémios Concours Énergia,organizada pela AQM (Association québécoise pour la maîtrise de l´énergie), quereconhece os melhores projectos no campo da eficiência energética.

• Atribuição à DETEN Química do “Prêmio Polo de SSHMA –Segurança, Saúde, Higienee Meio Ambiente– empresa de Excelência”. Este é o mais importante reconhecimentooutorgado nesta área. A DETEN competiu com as 19 empresas finalistas do PóloIndustrial de Camaçari.

• A Associação Espanhola de Normalização e de Certificação (AENOR) premeia oSistema de Gestão da refinaria “La Rábida” com o selo de Excelência Europeia 500+,de acordo com os critérios do Modelo EFQM de Excelência. É a única empresa dosector petrolífero espanhol premiada com este certificado de qualidade.

• A refinaria “La Rábida” obtém a Etiqueta de la Fundación Doñana 21, que evidencia agestão responsável levada a cabo diariamente através do cumprimento dasexigências internacionais de qualidade, de respeito pelo ambiente e pelo meio sociale económico em que desenvolve a sua actividade.

• O Comité de Certificação da Applus+ concede à CEPSA a certificação ISO 27001relativa ao Sistema de Gestão da Informação (SGSI). Esta certificação abrange:Actividades de definição, implementação, administração e monitorização do Serviciode Seguridad Gestionada Lógica que a CEPSA disponibiliza à sua organização apartir da sua sede central de Madrid.

Fusão das filiais petroquímicas numa únicaempresa: CEPSA Química.

A MEDGAZ finaliza o trajecto do gasodutosubmarino.

7 Até Abril de 2009, esta empresa do Grupo chamava-se PETRESA Canadá INC.8 Mais informações sobre o projecto em http://www.aqme.org/finalistes2008.aspx - Prix du jury.

Concessão à refinaria “La Rábida” do selode Excelência Europeia 500+.

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02O nosso compromisso_11

Marcos 2008_11

Processo de consulta com os grupos de interesse_12

Modelo de Governo Corporativo_13

Gestão de riscos_13

A posição da CEPSA perante as políticas públicas_14

A CEPSA e a Responsabilidade Corporativa

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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O nosso entendimento sobre aresponsabilidade corporativa

Para a CEPSA, a responsabilidadecorporativa consiste em alcançar aexcelência operacional na gestãoempresarial, melhorando nos aspectos em que possui experiência, dando respostaaos desafios que lhe são apresentados e, finalmente, adaptando-se àsnecessidades e expectativas sociais. Este comportamento baseia-se na Missão,na Visão e nos Princípios Institucionais daEmpresa.

9 As informações relacionadas com as acções que dão cumprimento a estes Marcos 2008, assim como aosDesafios 2009, foram recolhidas ao longo dos vários capítulos do documento.

10 Devido aos diferentes projectos em curso que dão resposta às expectativas dos grupos de interesse e aocumprimento da aplicação dos 10 Princípios do Pacto Mundial, o Grau de cumprimento deste Marcos éesclarecido ao longo do Relatório, nas diferentes acções que foram levadas a cabo.

RespeitoCompromissoTransparência

QualidadeSegurança

Cumprimento

Bom

Go

vern

o

Grupos deinteresse

ColaboradoresClientesAdministraçãoAccionistasSociedade

Missão Visão Diálo

go

Gestão de riscos

Princípios institucionais

O nosso compromissoSer uma empresa em crescimento que cria emprego, produz riqueza e está comprometida com:a criação de valor e a salvaguarda dos interesses dos seus accionistas; a aposta na qualidadedos bens e serviços proporcionados aos seus clientes; a atenção às necessidades dos seusprofissionais; a fixação de um modelo de confiança e de colaboração com os seusfornecedores; o bem-estar da sociedade e, em particular, o das comunidades em que opera; e tudo isto com o máximo respeito pelo ambiente e com o menor impacto ambiental.

Marcos 20089

• Concretização do processo de consulta aos grupos de interesse da Empresa.Grau de cumprimento: 100%

• Avanço nas acções vocacionadas para dar resposta às expectativas dos grupos de interesse.10

• Progresso na aplicação dos 10 princípios do Pacto Mundial.10

• Implementação de acções orientadas para a sensibilização dos colaboradores no âmbito da responsabilidade corporativa.Grau de cumprimento: 100%

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 11

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Missão, Visão e PrincípiosInstitucionais

A CEPSA está convencida de que a suacapacidade de criar valor está ligada à suacapacidade de compreender as expectativasda sociedade. É isso que se encontrareflectido na sua Missão: ser uma empresacompetitiva nos sectores energético epetroquímico, orientada para os seusclientes, respeitadora do ambiente ecomprometida com a sociedade.

A Empresa, no seu empenho em avançar por este caminho, estabeleceu a sua Visão:“Ser uma empresa responsável na gestão dosseus recursos e em todas as suas actuaçõesperante os grupos de interesse”.

Os Princípios Institucionais fazem parte dacultura da Empresa, têm por objectivo alcançara confiança dos seus grupos de interesse,tornam possível o cumprimento da sua Missãoe são o suporte para atingir a sua Visão.

PROCESSO DE CONSULTACOM OS GRUPOS DEINTERESSEOs grupos de interesse reflectem asexigências oriundas de esferas distintas da sociedade no que diz respeito àsactividades da Empresa. Assim sendo, éfundamental conhecer e ter em contaessas exigências. O diálogo com estesgrupos, baseado na transparência dagestão e da informação, constitui umprocesso crítico na estratégia deresponsabilidade corporativa da CEPSA, na medida em que promove um fluxo de comunicação permanente.11

A fim de determinar os temas sobre os quaisdeve debruçar-se, a CEPSA tem de conheceras expectativas das partes interessadas edefinir os procedimentos de conversãodessas expectativas em compromissos.

À semelhança do que aconteceu na ediçãode 2007, a CEPSA levou a cabo um processode consulta a alguns dos seus grupos deinteresse. Deste processo, surgiram umasérie de recomendações que apontaram, porum lado, para a consolidação da actuação da Empresa em matéria de responsabilidadecorporativa e, por outro lado, para autilização do Relatório de ResponsabilidadeCorporativa 2008 como meio de darresposta aos pedidos de informação.

12

11 Se desejar contribuir com os seus comentários, poderá fazê-lo em www.cepsa.pt, Quem somos, Grupo CEPSA,Responsabilidade Corporativa, Relatório de Responsabilidade Corporativa, “Questionario de Avaliação do Relatóriode Responsabilidade Corporativa 2008” ou através do endereço electrónico [email protected].

Identificação dosgrupos de interesse

EntrevistasInternas

• Colaboradores

EntrevistasExternas

• Administração• Associações• Mundo académico• Meios de comunicação

- Selecção de temas relevantes- Avaliação do Relatório de RC 2007

Sugestões de melhoria

Relatório de RC 2008

QualidadeNos seus produtosNos seus serviços

Nas suas actividades

RespeitoPelas pessoas

Pelos seus direitosPela sua diversidade

CompromissoCom a Visão e a MissãoCom os seus Princípios

Institucionais

SegurançaNos seus processosNas suas instalações

Nos seus serviçosNos seus produtos

TransparênciaNa sua gestão

Na sua informaçãoao exterior

PrincípiosInstitucionais

da CEPSA

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GESTÃO DE RISCOS

Certas situações não previstas, ligadas àsactividades e aos produtos com que lidamas empresas da CEPSA, poderão ter umimpacto negativo nas pessoas, nos seusbens e no ambiente.

Os membros da cúpula directiva e osdirectores-gerais das diferentes áreas de negócio da Empresa supervisionam econtrolam periodicamente os riscos. No âmbito da protecção ambiental, dasegurança e da qualidade, é ao Comité de PASCAL (Protección Ambiental,Seguridad y Calidad – Protecção Ambiental,Segurança e Qualidade) que cabe avaliarperiodicamente os riscos dessa natureza e propor, se for caso disso, as necessáriasmedidas de adequação ou de modificação.

A CEPSA dispõe ainda de um sistema degestão baseado na existência e aplicação deuma referência normativa constituída porNormas Básicas, Procedimentos e Manuaisdestinados a orientar o desempenho e aactuação de todos os profissionais. Estesistema facilita o controlo interno e,consequentemente, evita a ocorrência decomportamentos que não se enquadremnos padrões éticos estabelecidos.

As políticas e os procedimentos do GovernoCorporativo da Companhia ajudam eestabelecem pautas de actuação para que oconjunto da organização atinja os objectivosgerais da empresa e para que sejamprotegidos os interesses dos accionistas.Como tal, a sua estrutura está voltada paraa concretização dos seguintes objectivos: a criação de valor, a satisfação dos seusclientes, a melhoria do comportamentoambiental e ético, a eficiência energética e a segurança.

Assembleia-Geral de Accionistas:• Reúne-se uma vez por ano.• Os seus acordos têm força executória

desde que são aprovados, sendovinculativos para todos.

• Delibera e celebra acordos relacionadoscom assuntos de interesse estratégicopara a Empresa.

Conselho de Administração:• Define as orientações estratégicas

e os objectivos económicos da CEPSA.• Certifica-se de que a Empresa

responde às preocupações enecessidades da sociedade em que se enquadram as suas actividades.

MODELO DE GOVERNOCORPORATIVO12

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 13

Riscos de mercado:Relacionados com a evolução e a volatilidadedos preços do petróleo, do gás natural edos derivados de petróleo, bem como comas margens de fabrico e comercialização.

Resposta a casos de crise

Riscos financeiros, de câmbio,de juros, etc.:Derivados da evolução dos mercadosfinanceiros (variações da taxa de câmbionas divisas e das taxas de juro).

Riscos industriais e ambientais:Relacionados com as emissões lançadaspara a atmosfera ou para a água, bem comorelacionados com a produção de resíduos,com a segurança das instalações e com ouso de produtos da Empresa.

Riscos derivados da evoluçãodas disposições legais:Alterações passíveis de ocorrerem ao níveldas disposições legais aplicáveis e quepodem afectar a estrutura e os resultadosda Empresa.

Riscos de crédito a clientes:Derivados do não pagamento, por parte dosclientes, dos créditos comerciais.

Actuação não conformeaos padrões de ética:Derivados de actuações ou formas deprocedimento desonestas.

Riscos geológicos:Derivados das actividades de exploração.

Outros riscos:Procedimentos relacionados com osnegócios, incluindo contenciosos, tributáriose de competência e inspecções fiscais.

Sistema de Gestão de Comunicação de Crise

Riscos patrimoniais:Relacionados com os danos materiais (como por exemplo: maquinaria e controlo de poços deexploração e produção de crude), danos aos trabalhadores por acidentes laborais, perda debenefícios por danos materiais, activação da responsabilidade civil decorrente de danospessoais e materiais, e perda ou dano no transporte de crude, produtos e equipamentos.

Riscos associados à CEPSA

12 Mais informação na Documentação Legal e no Relatório de Governo Corporativo da CEPSA 2008, disponível em www.cepsa.pt.

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Durante o ano de 2008, a CEPSA prosseguiucom a sua pertença, participação ecolaboração activa em fóruns, congressos e associações sectoriais13, nos quais têmlugar reuniões e mesas redondas paradiscutir e acordar posições comuns dosector nos temas que o afectam.

As posições tomadas servem de apoio àsdiscussões que a Empresa mantém, quercom os organismos estatais espanhóis,quer com os organismos competentes daUnião Europeia.

Os principais assuntos em que a CEPSAcentrou a sua actuação no ano de 2008foram:• Política Energética na Europa.• REACH (sigla em inglês de Registo,

Avaliação, Autorização e Restrição deProdutos Químicos).14

• Directiva relativa à qualidade doscombustíveis.

• Gestão de óleos usados.• Biocarburantes.• Prevenção e controlo integrados da

poluição: Directiva IPPC.• Gestão de gases com efeito de estufa

(GEE).15

Política Energética na Europa

Com o lançamento do seu Livro Verde:“Estratégia europeia para uma energiacompetitiva, sustentável e segura”, em 2006, a Comissão Europeia passou a orientar as suas acções para apromoção de medidas que permitissemconcretizar os objectivos indicados nessedocumento.

Em Janeiro de 2007, lançou um “pacoteenergético”, que complementou, em Janeirode 2008, com outro pacote no qualespecifica os objectivos a alcançar até aoano 2020: melhorar a eficiência energética,reduzindo a procura de energia primáriaem 20%; substituir 20% do consumo totalde energia primária na UE por energiasrenováveis e reduzir em 20% as emissõesde gases com efeito de estufa, face aosníveis verificados em 1990.

A CEPSA, através da EUROPIA (EuropeanPetroleum Industry Association) e, deforma mais concreta, através da suaparticipação no ENPAG (Energy PolicyAction Group), cooperou activamente coma Comissão Europeia e com o ParlamentoEuropeu. Por fim, nas directivas aprovadasno passado dia 17 de Dezembro de 2008,relativas às energias renováveis e à revisãodo sistema de comércio de emissões deGEE, foram razoavelmente estabelecidosos objectivos políticos e as propostas daindústria europeia da refinaria.

Em Maio de 2008, a EUROPIA e a ComissãoEuropeia lançaram a campanha “Save morethan fuel” (Poupe mais do que combustível),destinada ao sector europeu dostransportes, na qual a CEPSA participouactivamente. Esta campanha visa mostraras potencialidades deste sector em matériade poupança de energia.

Directiva relativa à qualidadedos combustíveis

A Directiva relativa à qualidade doscombustíveis foi votada no ParlamentoEuropeu e aprovada por larga maioria em 17de Dezembro de 2008. A directiva estabelecerequisitos técnicos para os combustíveisutilizados no sector dos transportes, umtema que interessa à CEPSA, com oobjectivo de reduzir as emissões de GEE e,consequentemente, diminuir o seu impactona saúde e no ambiente.

O documento votado é resultado doacordo alcançado entre a Comissão, oConselho e o Parlamento Europeu sobre abase da proposta de revisão da Directiva98/70/CE, também designada “Directivarelativa à qualidade dos combustíveis”,apresentada pela Comissão em 31 deJaneiro de 2007 e que congrega, emgrande medida, as propostas realizadaspela EUROPIA. Não obstante, existem aindaalguns aspectos que preocupam o sector eque estão a ser estudados pela Comissão.

A POSIÇÃO DA CEPSA FACEÀS POLÍTICAS PÚBLICAS

14

13 ENERCLUB, Conselho Mundial de Energia, AOP, FEIQUE, ACOGEN, ASELUBE, EUROPIA, CONCAWE, CEFIC e OME, entre outros.14 A informação sobre o REACH encontra-se disponível no capítulo “Clientes”.15 A informação sobre a gestão dos GEE encontra-se disponível no capítulo “Gases com Efeito de Estufa”.

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Gestão de óleos usados

Em consequência do Decreto Real n.º 679 de2 de Junho de 2006, através do qual seregula a gestão dos óleos industriais usados,foi criado o SIGAUS (Sistema Integrado deGestão de Óleos Usados), do qual a CEPSA émembro fundador e parte integrante do seuConselho de Administração. O SIGAUS tempor objectivo garantir e financiar a recolhaselectiva e a correcta gestão dos óleosusados que são gerados após a utilização

ou consumo dos óleos industriais colocadosno mercado espanhol.

Este sistema constitui uma ferramentaimportante para o cumprimento dosprincípios éticos que a CEPSA assumiu emmatéria de protecção do ambiente. Alémdisso, disponibiliza aos clientes da Empresaos meios necessários para cumpriremcomodamente os requisitos da legislaçãovigente, permitindo-lhes poupar tempo nagestão dos resíduos.

Ao nível comunitário, em Novembro de 2008,o Parlamento e a Comissão promulgaramuma nova Directiva sobre resíduos(2008/98/CE), que revoga as anteriores. A partir de Dezembro de 2010, os EstadosMembros devem proceder à suatransposição para a respectiva ordemjurídica nacional. Esta nova directiva não pressupõe qualquer mudança ao DR n.º 679/2006, vigente em Espanha.

Biocarburantes

A incorporação de biocomponentes noscarburantes tem como objectivo reduzir adependência do petróleo e diminuir asemissões de gases com efeito de estufa.

A CEPSA reafirma a sua posição nestamatéria através da Associação Espanholade Operadores de Produtos petrolíferos(AOP), com a qual trabalha em estreitacolaboração. Em 2008, a Empresaconseguiu manter o compromisso que tinhaassumido relativamente à utilização debiocomponentes no fabrico de gasolinas egasóleos para veículos motorizados.Actualmente, o bioetanol continua a serincorporado na gasolina através do fabricode ETBE (componente oxigenado para a suamistura) e a aposta do futuro centra-se nautilização de biodiesel, o que permitiráreduzir a dependência do petróleo e diminuiras importações de gasóleo, produto em quea Espanha é deficitária. Ao longo do ano,foram incorporadas 116.000 toneladas debiocomponentes nos seus carburantes.

Prevenção e controlointegrados da poluição:Directiva IPPC

Esta Directiva visa regular as emissõesindustriais dentro do conjunto da UniãoEuropeia. Também conhecida comoDirectiva 96/61/CE (IPPC), foi revista emfinais de 2007, originando a Proposta deDirectiva relativa às emissões industriais -COM(2007)844-.

Desde a sua participação na EUROPIA, anível europeu, e na AOP, a nível nacional, aCEPSA tem procurado transmitir àsentidades governamentais em Madrid e em Bruxelas os diversos aspectos quepreocupam o sector.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 15

Fonte: SIGAUS

O processo de reciclagem dos óleos usados

Os óleos usados são recolhidosnas fábricas, oficinas e concessionários,devendo ser armazenados correctamentee, posteriormente, retirados por empresasautorizadas.

REGENERAÇÃOObtém-se umabase passível deser novamenteconvertida em óleolubrificante.

RECICLAGEMOs óleos usados que nãopuderam ser regeneradosserão utilizados para aprodução de outrosmateriais, como asfalto,tintas, vernizes, argilasexpandidas, etc.

VALORIZAÇÃOENERGÉTICASe as características do óleo usado impedirem a suaregeneração ou reciclagem,este poderá ser utilizadocomo combustível paraobtenção de energia.

Unidade onde, através deprocessos físico-químicos, se acondicionamos óleos para permitir tratamentos ouutilizações posteriores.

Os óleos recolhidos serão depoistransportados para um centro de armazenamento,onde se procederá à sua análise, classificação efiltragem para decidir o seu destino seguinte.

Fábricas

Oficinas e Concessionários

Centro de Armazenamento

Centro de Valorização

Valorização

Utilizações Utilizações Utilizações

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03O nosso compromisso_17

Marcos 2008 / Desafios 2009_17

Situação internacional_17

Desafios das empresas do sector petrolífero: actuação da CEPSA_18

Caso prático: Perfuração de um poço de exploração (Los Llanos, Colômbia)_19

Abastecimento energético

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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SITUAÇÃOINTERNACIONAL

O petróleo foi, sem dúvida, um dos motoresde desenvolvimento do século passado.Entre muitos outros feitos, permitiu otransporte em grande escala demercadorias e pessoas.

No século XXI, a situação alterou-sesubstancialmente. A melhoria da qualidadede vida e a consequente explosãodemográfica, sobretudo nos paísesemergentes, deixou patente a limitaçãodos recursos naturais e colocou na agendapolítica de vários países e governos ocusto ambiental de um modelo de

sociedade baseado numa gestãoineficiente dos recursos energéticos.

Organizações como a Agência Internacionalda Energia (AIE), no seu relatório WorldEnergy Outlook 2008 16, incluem as variáveisde eficiência energética e de hábitossociais nos seus orçamentos,condicionando ao cumprimento de planosde melhoria dos mesmos, um crescimentomoderado e razoável do consumo deenergia primária.

A AIE prevê que, ainda que seimplementassem as novas medidas depoupança, eficiência e substituição, nocenário mais favorável para 2030, asenergias fósseis (carvão, petróleo e gás)

representarão 75% do total da energiaconsumida, uma redução poucosignificativa face aos 80% actuais.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 17

O nosso compromissoA disponibilidade de energia constitui uma premissa fundamental para o funcionamento daseconomias modernas, para o crescimento económico e para a prosperidade. Como Companhiado sector energético, a CEPSA desempenha uma função social importante: abastecer asociedade de energia. A estabilidade do fornecimento é uma das suas principaisresponsabilidades.

Marcos 2008• Aumento do nível de reservas e de produção de crude.

Grau de cumprimento: 100%

• Cumpridos os prazos estabelecidos para o ano 2008 do projectode construção de novas unidades de destilados médios narefinaria “La Rábida” (querosenes e gasóleos).Grau de progresso: 65%

• Incorporação de 116.000 toneladas de biocomponentes nasgasolinas e gasóleos.Grau de cumprimento: 100%

• Finalizado o trajecto submarino do gasoduto MEDGAZ.Grau de progresso: 85%

Desafios 2009• Aumentar o nível actual de reservas e de produção de crude.

• Cumprir os prazos dos projectos relacionados com o aumentoda produção de destilados médios nas refinarias, com vista aalcançar o objectivo da sua implementação em 2009 e 2010.

• Cumprir os objectivos de incorporação de 3,4%, em equivalentecalórico, de biocomponentes nos carburantes.

16 http://www.worldenergyoutlook.org/

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O sector energético vive actualmente uma situação de grande instabilidade. À volatilidade dos preços do crude e aoselevados níveis actuais da procura, junta-se a complexidade das novas jazidas,que implicam a mobilização de enormesrecursos técnicos e financeiros para a sua exploração.

Por outro lado, no período 1990-2007, asemissões de CO2 aumentaram 34%, apesarde na Europa este rácio baixar na ordemdos 3%, e as previsões para 2030, numcenário continuado, revelam que se podechegar a um aumento de 49%. Estasituação é preocupante e questiona autilização deste tipo de energia.

Resumindo, deve ser tido em conta o papelessencial das empresas petrolíferas naresposta aos desafios existentes e a

necessidade de garantir um fornecimentoseguro, exequível e socialmente aceite,ultrapassando as dificuldades de umcenário caracterizado por umabastecimento complicado, pelainstabilidade notória ao nível dos preços e pelo aumento das emissões de GEEprovenientes, em larga medida, dos paísesem desenvolvimento.

A CEPSA responde a estes desafiosgarantindo a segurança do abastecimentodos produtos básicos para a sociedade eapostando na eficiência da sua actividadeindustrial, respeitando o ambiente,melhorando os seus processos econtribuindo para a optimização dasoperações em todos os sectores, desde ofabrico até à chegada do produto final aocliente.

18

DESAFIOS DAS EMPRESAS DO SECTORPETROLÍFERO: ACTUAÇÃO DA CEPSA

Evolução mundial da procura de energiaMilhões de TEP (Toneladas Equivalentes de Petróleo)

14.000

12.000

8.000

10.000

4.000

0

2.000

18.000

16.000

6.000

1980 2000 2006 2015 2030

Procura e oferta mundial de petróleoMilhões de barris por dia

� Oferta

Procura

Fonte: CNE/AIE

88

86

82

84

78

80

04 05 06 07 08

� Outras energias renováveis

� Hidráulica

� Nuclear

� Biomassa e resíduos

� Gás natural

� Carvão

� Crude

Fonte: World Energy Outlook 2008

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 19

Necessidades para assegurar o abastecimento

Dispor da quantidade de crude necessária para o desenvolvimento da sua actividade.

Contar com os recursos apropriados para levar a cabo os processosprodutivos que transformem a matéria-prima em produtos úteis para os consumidores.

Dispor de uma rede de distribuição eficiente que faça chegar aosclientes os produtos na altura e no local necessários.

Outras actividades que contribuem para o abastecimento.

Actuação da CEPSA

• Exploração e produção de hidrocarbonetos.• Adquirir crudes e produtos.

• Manter as suas instalações de refinação com a maior eficiência.• Destilar o crude para obter derivados.

• Ampliar e optimizar de forma permanente a sua rede decomercialização.

• Desenvolver novas redes de abastecimento.• Contribuir para a manutenção das reservas estratégicas

nacionais.• Incorporar biocomponentes nos carburantes.

Caso prático: Perfuração de um poço de exploração (Los Llanos, Colômbia)

A CEPSA desenvolve actividades de exploração e produção de hidrocarbonetos na região de Los Llanos, na Colômbia.Esta região possui um subsolo favorável à formação de jazidas de petróleo, recorrendo-se à utilização de métodossísmicos para a sua procura e identificação. Esta técnica não permite, contudo, concluir se estas formaçõescontêm ou não hidrocarbonetos. A única forma de ter certeza é através da perfuração de um poço de exploração.

Antes de proceder aos trabalhos de perfuração, calcula-se a quantidade de hidrocarbonetos eventualmentecontidos na jazida e avaliam-se os riscos técnicos. A perfuração só será levada a cabo se o estudo de viabilidadeeconómica for positivo.

Este processo requer um planeamento prévio muito detalhado, já que se trata de uma obra de engenharia queenvolve um grande número de empresas e em que é necessária uma coordenação rigorosa. A selecção dasempresas é realizada por concurso. Neste, são considerados, não só os aspectos económicos, mas também aqualidade técnica dos equipamentos, dos profissionais e da sua proposta de resolução de temas tão importantescomo a segurança e o impacto no ambiente e na sociedade.

Antes de começarem os trabalhos de perfuração, há que seleccionar uma zona viável do ponto de vista ambiental, que não se encontrelocalizada numa zona protegida, nem numa zona de interesse arqueológico ou ocupada por comunidades indígenas. Além disso, o terrenodeve ser o mais plano possível, com boas acessibilidades e encontrar-se longe de zonas sujeitas a inundações. Uma vez seleccionado olugar, é dado início ao processo de autorização com o proprietário do terreno.

Na área estabelecida, são então instalados os elementos necessários aos trabalhos de perfuração, entre os quais: a torre de perfuração, a balsa para depósito de lodos e os geradores de electricidade, bem como mecanismos para prevenir possíveis erupções durante aperfuração, cabinas de controlo, gruas, veículos e as necessárias tubagens. Também deve ser previsto um acampamento para alojar ostrabalhadores, depósitos de água e de combustíveis, uma estação de tratamento de águas residuais, instalações sanitárias, armazénstemporários de resíduos e materiais e uma enfermaria, entre outros.

Para controlar, minimizar e compensar os efeitos destas actividades, é concebido um plano de Gestão Ambiental, resultante da realizaçãoprévia de uma Avaliação de Impacto Ambiental. A CEPSA Colômbia nomeia um responsável pelo cumprimento do Plano estabelecido.

A perfuração consiste na realização de um furo por rotação e arranque. Assim que é alcançada a profundidade desejada, são introduzidossensores que avaliam a presença de hidrocarbonetos nos poros das rochas. Se o resultado for positivo e revelar a presença de petróleoem quantidades viáveis para comercialização, é desmontado todo o equipamento, deixando uma tubagem à superfície que permitirá voltara penetrar no poço para realização de outros ensaios.

Se, pelo contrário, o resultado for negativo e revelar que não existem hidrocarbonetos no subsolo ou que o seu volume é tão reduzido que não se justifica a sua exploração (situação relativamente frequente), o poço é tapado e abandonado, desmobilizando-se todo oequipamento e restaurando a zona afectada de modo a deixá-la em condições semelhantes às que apresentava anteriormente.

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Criação de valor

04O nosso compromisso_21

Marcos 2008 / Desafios 2009_21

Criação de valor_21

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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CRIAÇÃO DE VALOR

A obtenção de um benefício económicosustentável faz parte dos objectivos daCEPSA17. Este objectivo insere-se noutromais alargado, que assenta na maximizaçãodo valor a longo prazo e que se quantificaatravés dos indicadores de valoracrescentado e de valor económicogerado, distribuído e retido.

A CEPSA calcula o montante de valoracrescentado, utilizando a metodologiaestabelecida pelo Departamento deComércio e Indústria britânico18. Segundo este, a CEPSA terá criado valornum total de 2.055 milhões de euros noano de 200819, mais 5% dos que em 2007.Este montante representa um valoracrescentado por colaborador de 174.000 euros.

Estes números apresentam umcomportamento positivo em relação aoexercício anterior, apesar do contexto emque se desenvolveram as nossasoperações, caracterizado pela extremavolatilidade do preço do crude e dos seusprincipais derivados, bem como peladesvalorização do dólar norte-americanoface ao euro no conjunto do ano.

Por outro lado, o valor económico criado20

no ano de 2008 atingiu os 25.489 milhões deeuros, o que representa um acréscimo de19% em relação ao ano de 2007. O valoreconómico distribuído21 pela CEPSA entre os seus accionistas, fornecedores ecolaboradores, entre outros, foi de 24.627milhões de euros, superior em 18% ao do anoanterior. O valor económico retido, medidocomo a diferença entre o valor económicocriado e o valor económico distribuído,ascendeu a 861,5 milhões de euros.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 21

O nosso compromissoContribuir para o crescimento socioeconómico, com especial incidência nas zonas de influência,através do desenvolvimento de projectos e de novas actividades que se traduzem na criação deemprego, na criação de valor para os accionistas, numa maior oferta para os seus clientes enum aumento da actividade produtiva para a sua cadeia de aprovisionamento.

Marcos 2008• 2.055 milhões de euros de valor acrescentado no ano de 2008.

• Valor económico criado de 25,5 mil milhões de euros, mais 1,9%do que no ano de 2007.

Desafios 2009• Maximizar o valor acrescentado num enquadramento complexo.

• Manter tanto a dimensão como a rentabilidade.

17 Mais informações sobre os aspectos económicos e financeiros do Grupo CEPSA no Relatório Anual de 2008, em www.cepsa.com.18 O valor acrescentado determina-se como sendo a diferença entre as receitas e os custos de compras e serviços das mesmas. Mais informação sobre esta metodologia

na página Web da DTI (Department of Trade and Industry): http://www.innovation.gov.uk/value_added.19 Para efeitos de uma melhor comparação relativamente à informação sobre o valor económico acrescentado em períodos diferentes, a CEPSA entende, tal como outras

companhias do sector, que estes dados devem continuar a ser entendidos sem ter em conta as eventuais revalorizações ou depreciações dos stocks operacionais. Com este propósito, em vez do Custo Médio Unitário (CMU), utilizado para a elaboração das demonstrações financeiras segundo as Normas Internacionais de Relato Financeiro(NIRF-IFRS), e que projecta uma maior volatilidade sobre a conta de resultados em caso de grandes variações de preço, utiliza-se o Custo de Reposição. Uma vez que em2006 se utilizou o método LIFO, voltaram a calcular-se os montantes para este exercício, para efeitos comparativos.

20 Valor económico criado, obtido como resultado da seguinte soma: receitas, resultados de operações descontínuas, participação em resultados de associadas e outrasreceitas e despesas não operacionais.

21 Valor económico distribuído, obtido como resultado da seguinte soma: dividendos, custos operacionais, despesas com o pessoal, impostos e contribuições fiscais, recursosdestinados a acções de responsabilidade empresarial e despesas financeiras.

Criação de valorMilhares de milhões de euros

� Valor económico criado

� Valor económico distribuído

06 07 08

21,0 20,421,5 21,0

25,5 24,6

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22

Valor económico distribuído 2008 2007 2006(Milhões de euros)

Relações económicas com fornecedores22 21.003 17.118 16.683Salários e compensação total dos colaboradores 544,2 493,2 476,9Pagamentos a accionistas 309,0 341,9 346,0Total de impostos pagos pela CEPSA 2.771,0 2.994,7 2.862,7Total 24.627,2 20.947,8 20.368,6

Acção da CEPSA 2008 2007 2006(Número de acções ao portador 267.574.941, com o valor nominal de 1 euro cada)

Quotizações (euros por acção)Média 69,30 68,07 54,47Última (31.12.08) 67,60 71,00 59,40

Dividendos pagos a accionistas (milhões de euros)Accionistas da sociedade-mãe 294,3 334,5 334,5Accionistas minoritários de sociedades filiais 14,7 7,4 11,5Total dividendos (milhões de euros) 309,0 341,9 346,0

Dividendo por acção (euros) 1,0 1,25 1,25Pay out (%)23 51 52 45

22 Estes valores incluem os investimentos destinados a acções de responsabilidade empresarial realizadas nascomunidades onde a CEPSA opera. Para mais informação, ver o capítulo “Parte da Comunidade”, secção“Projectos de interesse social”.

23 Sem incluir ganhos ou perdas por alteração da valorização dos stocks e outros elementos não recorrentes.

Salários e compensações a empregados 2008 2007 2006(Milhões de euros)

Salários e similares e contribuições e dotações para pensões 438,1 395,5 384,2Outros encargos sociais 106,1 97,7 92,7Total 544,2 493,2 476,9

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 23

24 O imposto sobre a venda a retalho de determinados hidrocarbonetos é um imposto indirecto que agrava a venda a retalho de determinados hidrocarbonetos, sendo sujeito passivo o proprietário dos mesmos.

25 Custo líquido apurado no período provocado exclusivamente pelas taxas de juros contraídas com osfornecedores de financiamento bancários e não bancários.

Total de impostos pagos pela CEPSA 2008 2007 2006(Milhões de euros)

Imposto especial sobre hidrocarbonetos 2.285,2 2.345,6 2.238,3Impostos sobre a venda a retalho de determinados hidrocarbonetos24 198,2 206,1 203,1Contribuições fiscais 43,6 37,8 36,6Imposto sobre Sociedades 244,0 405,3 384,8Total 2.771,0 2.994,8 2.862,8

Relações económicas com fornecedores 2008 2007 2006(Milhões de euros)

Compras 19.028 15.355 14.945Transportes e fretes 491 460 476Trabalhos, fornecimentos e serviços externos 1.421 1.273 1.163Outras despesas correntes de gestão 14 9 56Despesas com o ambiente 16 11 14Custos financeiros do endividamento remunerado25 33 10 29Total 21.003 17.118 16.683

Vendas líquidas 2008 2007 2006

Prestação Prestação Prestação Produtos de serviços Produtos de serviços Produtos de serviços

(Milhões de euros)

Mercado Nacional 19.451,8 146,5 16.274,3 151,6 15.801,0 159,3Mercado resto UE 2.773,5 4,9 2.641,3 7,5 2.318,8 3,8Mercado resto do mundo 2.484,9 253,8 1.929,7 225,9 2.256,8 167,5Total 24.710,2 405,2 20.845,3 385,00 20.376,6 330,6

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05O nosso compromisso_25

Marcos 2008 / Desafios 2009_25

Capital humano_26

Igualdade de oportunidades e planos de igualdade_27

Atracção e retenção de talentos_27

Sistemas de avaliação do desempenho profissional na CEPSA_28

Relações laborais_29

Formação_30

Segurança e saúde laboral_30

Caso prático: Envolver os colaboradores na segurança_31

Caso prático: Plano de desenvolvimentopara quadros de produção_33

Colaboradores

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 25

O nosso compromissoA CEPSA ambiciona tornar-se numa das companhias preferidas para trabalhar entre osprofissionais do sector pela sua cultura, baseada na inovação, na excelência e nocompromisso com o desenvolvimento e a segurança dos seus colaboradores.

26 A informação sobre este marco encontra-se disponível no capítulo “Clientes”, secção “Actividades demelhoria por mercados”.

Marcos 2008RR.HH.• Reorganização das actividades petroquímicas do Grupo

CEPSA numa só entidade: CEPSA Química, S.A.Grau de cumprimento: 100%

• Promoção do Plano de Igualdade de Oportunidades, com arealização de um diagnóstico da situação.Grau de cumprimento: 100%

• Implementação e desenvolvimento do Projecto Innovac26.Grau de cumprimento: 50%

• Implementação do projecto-piloto para a Gestão porCompetências numa das áreas de intervenção da Empresa. Grau de cumprimento: 100%

• Definição do programa corporativo de Desenvolvimento deQuadros Intermédios no domínio da produção.Grau de cumprimento: 100%

• Realização da Auditoria Interna do Programa de Formação.Grau de cumprimento: 100%

Segurança• Concretização do objectivo de reduzir o índice de frequência

de acidentes com baixa, do pessoal próprio e subcontratado,abaixo de 5,27, totalizando um índice de 4,65.Grau de cumprimento: 100%

• Incidência na investigação dos acidentes industriais e melhoriada divulgação das lições aprendidas.Grau de cumprimento: 50%

• Aplicação da análise dos níveis de segurança e de camadasprotectoras aos estudos de riscos dos novos projectos einstalações existentes.Grau de cumprimento: 50%

• Lançamento da Campanha de “Visibilidad del Liderazgo en seguridad”,que tem como objectivo sensibilizar as pessoas para as questõesda segurança. Esta campanha teve início na refinaria “Gibraltar-San Roque” e terminou na refinaria “La Rábida” e em PROAS.Grau de cumprimento: 50%

Desafios 2009RR.HH.• Elaborar um Plano de Igualdade e desenvolvimento de planos de

igualdade para o conjunto das sociedades que compõem oGrupo.

• Prosseguir com a implementação do projecto de Gestão porCompetências em todo o Grupo CEPSA.

• Continuar a implementação do Programa de Desenvolvimento deQuadros Intermédios nas restantes áreas de intervenção doGrupo.

• Desenvolver o Plano de Acção do Programa de Formação,resultante da auditoria interna realizada em 2008.

Segurança• Manter o índice de frequência de acidentes com baixa, do

pessoal próprio e subcontratado, abaixo de 4,65.

• Incidir na investigação dos acidentes industriais e optimizar adivulgação das lições aprendidas.

• Intensificar o acompanhamento das acções de melhoriarelacionadas com acidentes, análise de riscos e inspecção deinstalações.

• Harmonizar os critérios técnicos de aplicação da análise deriscos em matéria de gestão de mudanças nas instalações.

• Integrar a aplicação dos Critérios de Aceitação de Riscos daanálise dos riscos tecnológicos na gestão da mudança doscentros afectados pela legislação sobre acidentes graves.

• Através de simulacros de actuação, reforçar o controlo e aspropostas de melhorias relacionados com situações imprevistase não planeadas no âmbito dos processos industriais.

• Melhorar os sistemas de gestão da prevenção de riscoslaborais.

• Alargar a cultura de Tolerância Zero às situações que colocamproblemas de segurança em todas as organizações da CEPSA.

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26

REESTRUTURAÇÃO DAS ACTIVIDADESPETROQUÍMICAS DO GRUPO CEPSA QUÍMICA, S.A.

Em 2008, a CEPSA levou a cabo umimportante processo de reestruturaçãoem todas as actividades petroquímicasque, até então, estavam a serdesenvolvidas por quatro empresasdistintas.

Após uma avaliação da situação, na qual participaram os profissionaisda área, detectou-se a necessidade e a urgência de alterar profundamenteas bases organizacionais dessasactividades, de forma a criar sinergias,reduzir custos, identificar melhorespráticas e, em última análise, promoveruma gestão de excelência.

A decisão tomada consistiu em agrupar,sob uma única entidade jurídica, asactividades e as empresas do GrupoCEPSA. Para tal, seria criada umaorganização mais funcional que, alémdos objectivos mencionados, fossecapaz de enfrentar com sucesso umanova fase de inovação, com um maiornível de competência.

Em Junho de 2008, foi apresentada anova empresa: CEPSA Química, S.A.

27 Colaboradores activos em 31 de Dezembro de 2008, excepto CEDIPSA (100% CEPSA) que é o pessoal activo médio de 2008 e cuja actividade, caracterizada pela sazonalidade,é a exploração e a instalação de estações de serviço. Em 2008, 308 pessoas dos 11.815 colaboradores, em 2007, 315 pessoas dos 11.398 colaboradores e, em 2006, 341 pessoasdos 11.096 colaboradores provêm de sócios accionistas das sociedades em que a CEPSA possui um capital superior a 50%, mas inferior a 100%.

Número de colaboradores27

(% de colab. estrangeiros)

06 07 08

11.096

11.39811.815

9%

9%12%

As políticas de recursos humanos têm por missão reforçar o capital humano eintelectual da Empresa e proporcionar umambiente laboral atractivo, uma carreiraprofissional estimulante e um ambiente detrabalho saudável e seguro, por forma aatrair e reter os profissionais.

Questões como a lealdade, a satisfação e ocompromisso dos colaboradores constituemactivos incorpóreos fundamentais para odesenvolvimento e crescimento da Empresae são benéficas para estabelecer relaçõesde confiança com os colaboradores,aspecto que constitui uma fonte devantagens distintas.

A CEPSA assumiu um compromisso a favordo respeito pelos direitos humanos e porprincípios básicos como a dignidadehumana, a eliminação do trabalho forçado,a renúncia à exploração infantil e a nãodiscriminação em virtude do género, raça,convicções políticas ou religiosas e origem.

CAPITAL HUMANO

Em 2008, a CEPSA aumentou o seu pessoal em 417 pessoas (um aumento de 3,7% face a 2007), graças basicamenteà aquisição das estações de serviço e das actividades de comercialização dederivados de petróleo da TOTAL emPortugal; à crescente actividade das áreas de exploração e produção naColômbia, no Peru e no Egipto e àampliação que está a ser realizada narefinaria “La Rábida” e que requer apreparação prévia de todo o pessoal que será responsável pela sua operaçãoem 2010.

Mais uma vez, a empresa contratou maismulheres (5%) do que homens (3%). Estecontínuo crescimento da participação das mulheres na estrutura da Empresa deve-se ao facto de as suas qualificaçõesprofissionais estarem mais relacionadascom as actividades da CEPSA.

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IGUALDADE DEOPORTUNIDADES EPLANO DE IGUALDADE

Como resultado das negociações levadas acabo na CEPSA, ao longo dos anos de 2007 e 2008, foram estabelecidos novos acordose compromissos com vista a transpor commaior eficácia os princípios de igualdade deoportunidades entre homens e mulherespara os diversos aspectos relacionados coma gestão dos recursos humanos. Com estasnegociações, procurou-se também melhoraro plano de conciliação da vida pessoal,familiar e profissional, de modo a permitiruma melhoria contínua das actuaiscondições de trabalho.

Entre os compromissos assumidos, destaca-se a criação de uma ComissãoParitária composta pela Administração daEmpresa e pelas organizações sindicais,tendo como objectivo elaborar um Plano de Igualdade e alargá-lo, de futuro, a todas as sociedades do Grupo.

ATRACÇÃO E RETENÇÃODE TALENTOS

O grau de especialização requerido pelo sector cria um contexto de fortescompetências relacionadas que provêm dosmecanismos de atracção e retenção detalentos. É necessário, portanto, implementaruma estratégia que confira à CEPSA umaimagem atractiva, posicionando-a como uma empresa interessante para odesenvolvimento de uma carreira profissional.

O delineamento de um sistema de retribuiçãojusto e de formação são valores importantesque devem ser transmitidos, assim como acriação de canais de comunicação com oscolaboradores para que estes, com a suaexperiência e conhecimento, contribuam para os bons resultados da empresa.

A CEPSA participa activamente em inúmerosfóruns de emprego e apresentações emestabelecimentos de ensino superior. Ao longo de 2008, colaborou em nove fórunsorganizados por universidades e escolassuperiores de engenharia em Espanha e Françae apresentou as bolsas de estudo destinadasaos alunos do Instituto Francês do Petróleo.

Em 2008, 91% das admissões na empresaforam devidas a novas contratações,enquanto 35% das saídas se deveram aotermo de prazos contratuais e 25% acessações voluntárias. O número detrabalhadores a tempo parcial aumentouprincipalmente devido à instituição doregime de reforma parcial.

Um dado relevante é o facto de oscolaboradores terem uma média de 41 anosde idade, com 12 anos de serviço na empresa.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 27

Distribuição por categoria profissional e género 2008 2007 2006

Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens

Directores e chefes de departamento 73 581 68 601 65 621Técnicos Superiores 310 1.226 306 1.252 278 1.244Quadros Médios 435 1.368 368 1.252 394 1.181Especialistas 2.747 4.631 2.543 4.283 2.309 4.288Ajudantes 305 139 403 322 409 307Total 3.870 7.945 3.688 7.710 3.455 7.641% sobre o total do pessoal 33 67 32 68 31 69

Admissões28, saídas28

e rotação29

(Número de colaboradores)

06 07 08

458

914

1.156

517

1.173

1.204

554

1.047

1.490

28 Tanto no caso da admissão como no da saída da empresa, fica excluída a CEDIPSA (100% CEPSA), cujaactividade, caracterizada pela sazonalidade, é a exploração e instalação de estações de serviço.

29 Inclui os colaboradores que deixam a organização por incapacidade, despedimento voluntário, morte, reforma oudespedimento. Exclui-se a CEDIPSA.

� Rotação

� Saídas

� Admissões

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Desenvolvimento profissional

O desenvolvimento profissional é um dosfactores fundamentais para a retenção detalentos. Para promovê-lo foram iniciadosdois projectos:

• Projecto de Gestão por Competências:para gerir e desenvolver as capacidadespessoais e profissionais doscolaboradores. Em 2008, foramdesenvolvidos os "dicionários decompetências", definindo as habilitaçõesnecessárias para a ocupação de umdeterminado posto de trabalho e aclassificação e ordenação dos vários

empregos. Por forma a detectarpossíveis áreas de melhoria, antes de oimplementar em toda a Empresa, foilevado a cabo um projecto-piloto numadas áreas de actividade.

• Programa Corporativo de Desenvolvimentode Quadros Intermédios31: direccionadopara o desenvolvimento das competênciasde administração e gestão de pessoas.Este programa caracteriza-se por umaforte componente prática e pelaindividualização dos seus conteúdos. Foiimplementado nas unidades industriaiscom o objectivo de ser alargado, de futuro,ao resto da organização.

SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DODESEMPENHOPROFISSIONAL NA CEPSA

A Empresa considera que os sistemas de avaliação facultam uma melhorinformação aos responsáveis sobre osméritos individuais e sobre o grau decumprimento dos objectivos da área,garantindo um processo equitativo, capaz de proporcionar a melhorcompensação pelo trabalho realizado.

28

Rotação 2008 2007

Por género Por grupo de idade (anos) Por género Por grupo de idade (anos)Mulheres Homens <30 30-35 >50 Mulheres Homens <30 30-35 >50

Rotação em termosAbsolutos 194 360 107 187 260 172 345 130 210 177Taxa de rotação30 (%) 10 6 9 4 12 10 6 12 5 8

Cobertura dos Benefícios Sociais(2008-2007)

Exigido por lei Tipo de Responsabilidade dos custosSim Não Total da empresa Total do colaborador

Plano de pensões X X XSeguro de acidentes X X XSeguro de vida X X XSeguro de saúde X X XAjuda escolar X XBolsas de estudo X XTítulos de refeição X X

30 Taxa de rotação = n.º de colaboradores que deixam a organização / n.º total de colaboradores x 100.Número de colaboradores que deixam a organização por incapacidade, despedimento voluntário, morte, reformaou despedimento.

31 Mais informações sobre o caso prático no final deste capítulo.

Número de colaboradores que recebem uma avaliaçãoformal do desempenho(%)

06 07 08

58,80

60,12

60,49

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RELAÇÕES LABORAIS

O diálogo e a confiança social são as basesfundamentais do modelo das relaçõeslaborais da CEPSA. A política nesta matériadesenvolve-se em consonância com osprincípios fundamentais da OrganizaçãoInternacional do Trabalho, como édemonstrado pelos dados da

representação sindical na CEPSA e peloreduzido número de horas de trabalhoperdidas (498 no total) em virtude deconflitos laborais durante o ano de 2008.

Noventa e oito porcento do pessoal estárepresentado por algum órgão eleito, plurale democraticamente, em conformidadecom a legislação de cada país, e 39%encontra-se abrangido por um Acordo de

Empresa, isto é, negociado directamentepelos representantes eleitos. Os demaisestão sujeitos a acordos de âmbitosuperior ao da Empresa, onde asrepresentações são designadas de formaindirecta, apesar de contarem com aparticipação dos sindicatos. No mês deAbril de 2008, foi assinado o AcordoColectivo da CEPSA, com um período de vigência de quatro anos.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 29

Colaboradores abrangidos por acordo 2008 2007 2006

Discriminação por unidades de negócio Total % Total % Total %

Refinação 8.984 78 8.672 77 8.322 76Petroquímica 1.443 12 1.494 13 1.519 14Exploração e Produção 203 2 170 2 155 1Corporação, tecnologia, Centro de Investigação 907 8 923 8 934 9Total 11.537 11.259 10.930

Distribuição do pessoal por representação sindical 2008 2007 2006

Pessoas % Pessoas % Pessoas %

Com representantes 10.220 87 10.239 90 9.911 89Sem representantes 1.595 13 1.159 10 1.185 11Total 11.815 11.398 11.096

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A formação constitui um importante apoiopara a Empresa. Facilita a adaptação doscolaboradores a um contexto profissionale económico caracterizado por mudançassignificativas e é uma mais-valia parasituações que colocam alguns desafios,como acontece actualmente.

Por este motivo, a CEPSA aumentou em 27% os recursos destinados àformação. Em termos concretos, em 2008,foram destinadas mais de 600 mil horaspara acções de formação, atingindopraticamente uma média de 60 horasanuais por pessoa.

Há que destacar as horas de formaçãodestinadas às novas admissões naempresa, entre as quais 148 pessoascontratadas devido à ampliação darefinaria “La Rábida”.

Em 2008, foi realizada uma análiseexaustiva e uma revisão global daestratégia de formação que pôs adescoberto a necessidade de estabelecerum novo modelo destinado a assegurar asua adequação aos objectivos e estratégiada Empresa. A implementação destemodelo será progressivamente levada acabo entre 2009 e 2010.

Tendo em conta a natureza das actividadesdesenvolvidas nos seus centros deprodução, a CEPSA assumiu a formaçãocomo um instrumento prioritário paramelhorar a saúde e a segurança dos seustrabalhadores. Como fruto dos esforçosrealizados, e no seguimento do que já sevinha registando nos anos anteriores, oíndice de frequência de acidentes com baixa

por cada milhão de horas trabalhadas porcolaboradores próprios e subcontratadosdiminuiu 5% em relação a 2007.

No conjunto de acontecimentos maisimportantes, encontra-se a concretização,durante 365 dias consecutivos, do objectivoZero Acidentes com baixa entre o pessoalpróprio, conseguida pela refinaria “LaRábida”, pela fábrica de Puente Mayorga daCEPSA Química e pela refinaria “Tenerife”.Este feito valeu-lhes uma distinçãooutorgada pela Comissão Autónoma deSegurança e Higiene no Trabalho (COASHIQ).

Outro feito digno de nota foi o nível dequalificação obtido pelos colaboradores emmatéria de Prevenção e Riscos Laborais. Maisde 50% do pessoal que trabalha nas refinariaspossui habilitação formal nesta área, seja elade nível básico, médio ou superior.

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO33

A CEPSA considera essencial desenvolveruma política de segurança e saúde notrabalho para a prevenção dos riscosdecorrentes do trabalho e ajustada aoestabelecido na Lei de Prevenção deRiscos Laborais. A prevenção de acidentesé um dos objectivos prioritários da políticada Empresa, tendo para o efeitoestabelecido procedimentos, programas deformação e sistemas de acompanhamento(OHSAS 18001).

A participação dos trabalhadores nasacções realizadas pela empresa emmatéria de prevenção de riscosconcretiza-se formalmente através dos representantes dos Delegados dePrevenção. Dependendo do número detrabalhadores de cada empresa e da áreade actividade desenvolvida pelas mesmas,será ou não criada uma Comissão deSegurança e Saúde, que é o órgãoparitário e colectivo de consulta regular e periódica das acções da Empresa emmatéria de prevenção de riscos.

No que diz respeito às empresas deserviços, a CEPSA compromete-se acooperar na aplicação das normas desegurança, higiene e saúde, colocando àsua disposição um sistema de coordenaçãoque visa a protecção e prevenção dosriscos profissionais e a troca deexperiências a esse nível.

Em 2008, os peritos de uma seguradoralevaram a cabo uma inspecção periódica

FORMAÇÃO

30

32 As horas de formação por colaborador calculam-se tendo em conta os colaboradores registados na base de dados “HR ACCESS” da CEPSA (87,75% da totalidade do pessoal,que corresponde às filiais espanholas).

33 Nas informações correspondentes à área de Segurança, não se incluem dados dos departamentos comerciais internacionais nem das sociedades CEPSA Panamá, ECANSA eAMARCO, por não se dispor de um sistema de registo dos mesmos.

Horas de formação32

06 07 08

80.1133.959

467.294

102.366

6.601

473.038

125.4833.163

600.753

� Ambiente

� Segurança

� Total

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das instalações fabris da refinaria “La Rábida”, da Fábrica de Palos de laFrontera da CEPSA Química, da fábrica de Matosinhos e da refinaria ASESA(Tarragona), confirmando as boasclassificações obtidas em anos anteriores.Foi ainda lançada a campanha “Visibilidaddel Liderazgo en Seguridad”, com acolaboração da empresa DuPont, com vistaa aumentar a sensibilização para asegurança na refinaria “Gibraltar-SanRoque”. Esta mesma campanha foiconcluída, no mesmo ano, nas unidadesfabris de PROAS e na refinaria “La Rábida”.

As três refinarias foram integradas noprograma de auditorias cruzadas TOTAL,

que tem a duração de três anos e consiste na avaliação das instalações e das medidas de segurança por peritosdas suas refinarias, assim como narealização de simulacros e apresentaçãode recomendações. Este programa deintercâmbio técnico permite incorporar as boas práticas da TOTAL e divulgar as da CEPSA.

Também em 2008, foi apresentada, pela unidade de Gestão da SegurançaCorporativa, uma Proposta de Critérios deAceitação de Riscos aos responsáveis pelasegurança das instalações e ao pessoaltécnico das refinarias e petroquímicas. Tais critérios foram baseados nas

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 31

Colaboradores representados nosComités de Segurança e Saúde(%)

06 07 08

77,68

78,79

78,12

A CEPSA considera fundamental sensibilizar as pessoas para a questão da segurança, já que a melhoracção preventiva é actuar correctamente em situações que impliquem algum tipo de perigo.

Neste sentido, foi concluída na refinaria “La Rábida” a campanha “Visibilidad del Liderazgo enSeguridad”, que teve como objectivo reforçar a cultura de segurança através da optimização docomportamento de todos os trabalhadores. Para que esta filosofia fosse correctamente transmitida,solicitou-se a colaboração da empresa DuPont, uma multinacional norte-americana altamenteconceituada na indústria química.

A DuPont utilizou uma metodologia baseada no compromisso visível de todas as pessoas quetrabalham no centro, desde a Administração aos operadores fabris, envolvendo também o pessoaladministrativo, das empresas de serviços e os representantes dos trabalhadores, entre outros.

Sob o lema “a segurança tem de partir de todos”, realizaram-se, na refinaria “La Rábida”, cerca de 30acções de formação, nas quais participaram mais de 400 colaboradores. Foram transmitidas trêsmensagens fundamentais:

1. É necessário o envolvimento dos profissionais com cargos de chefia. O nível de resultados e daexcelência em matéria de segurança serão aqueles que as chefias demonstrem querer alcançar.

2. A falta de segurança nos procedimentos é a principal causa de acidentes. A segurança no trabalhoserá maior se os profissionais adoptarem comportamentos adequados em situações de risco.

3. É necessário encontrar um equilíbrio entre produzir com eficácia e minimizar os riscos. Em caso deconflito entre ambos, deverá ser dada primazia à segurança.

As acções de formação foram concluídas com um trabalho prático que teve a duração de um mês eque consistiu na aplicação de observações preventivas de segurança a situações concretas. Procurou-se detectar situações queimplicassem possíveis riscos e alertar para o facto, quer os colaboradores da refinaria, quer os colaboradores das empresas de serviços.

Ao longo de 2008, todos os níveis de responsabilidade da refinaria receberam a mesma mensagem: “Tolerância Zero” com a falta desegurança nos procedimentos. Os responsáveis pela segurança na refinaria “La Rábida” classificaram esta experiência como “muito positiva”.

Caso prático: Envolver os colaboradores na segurança

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práticas adoptadas a nível mundial nosector do petróleo, da química e do gás, bem como na legislação em vigor. A proposta harmoniza os níveis de risco(tecnológico) aceitáveis nas actividades,aplicando-os nas análises de riscos dasinstalações novas e existentes.

Além disso, continuou-se a reforçar aprevenção na área da comercialização e,nas principais instalações da CEPSA, foramrealizados simulacros de emergência, comanálise da actuação das equipas deintervenção e procura de soluções demelhoria.

32

34 Os dados de absentismo correspondem às sociedades com sede em Espanha.35 Os dados incluem as companhias em que a CEPSA detém uma participação superior a 50%. Não se incluem os dados da área de Exploração e Produção.36 É o acidente que provoca incapacidade laboral temporária ou incapacidade permanente ou morte.37 Número de acidentes com baixa por cada milhão de horas trabalhadas.38 Número de dias (incluindo sábados e domingos) perdidos por acidentes com baixa por cada milhão de horas trabalhadas.39 Número de horas de ausência do trabalho durante a jornada laboral anual teórica.40 COASHIQ: Comissão Autónoma de Segurança e Higiene no Trabalho de Indústrias Químicas e afins.

2007 2008

Índice de frequência deacidentes com baixa

2006

6,46

5,40

5,27

4,654,89

5,66

COLABORADORES PRÓPRIOS

COLABORADORES PRÓPRIOS E

SUBCONTRATADOS

2007 2008

Índice de frequência de acidentes (colaboradores próprios)

2006

8,31

8,47

7,69

4,32

1,82

4,51

4,99

4,16

2,50

COASHIQ40

PETROQUÍMICA

REFINAÇÃO

Índices de sinistralidade e absentismo34 de colaboradores próprios35 2008 2007 2006

Número de acidentes de trabalho com baixa36 112 112 119Índice de frequência de acidentes37 5,27 5,40 6,46Índice de gravidade de acidentes38 0,10 0,10 0,15Índice de absentismo por doença comum39 (%) 3,60 3,66 3,78Absentismo laboral (%) 5,46 4,82 5,08

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 33

São necessárias equipas especializadas para levar a cabo as actividades diárias nas refinarias e instalaçõesde petroquímica da CEPSA. O cumprimento dos objectivosde produção, em conformidade com as normas deeficiência, segurança e protecção ambiental, não seriapossível sem o apoio de uma estrutura operacionalformada pelos quadros de produção (um colectivo quecongrega todo o pessoal, desde a direcção das unidadesaté às chefias de instalação), que coordenam as equipasde trabalho geralmente formadas por técnicos eoperadores de turno.

Neste contexto, quer os próprios quadros das principaisinstalações fabris da CEPSA, quer os seus responsáveismáximos transmitirão à área de Recursos Humanos daEmpresa a necessidade de reforçar as capacidadesrelacionadas com a gestão das equipas e a liderança,aplicando as melhores técnicas disponíveis na resoluçãode situações específicas das zonas industriais.

Assim, foi tido em conta o projecto Gestão porCompetências, actualmente em fase de implementaçãono Grupo CEPSA, que consiste na identificação dascompetências óptimas (profissionais e comportamentais) para a ocupação de um posto de trabalho em qualquer área do Grupo.

Com base neste projecto, foi concebido um Plano de Desenvolvimento contínuo destinado aos quadros dos principais centros industriaisda CEPSA, com o objectivo de assegurar que todas as pessoas que ocupam uma posição de chefia conhecem e aplicam as ferramentasespecificamente associadas às suas responsabilidades, bem como os princípios institucionais da CEPSA e um estilo de gestão baseadonum modelo de competência que aposta na coordenação, motivação e desenvolvimento dos profissionais, criando um contexto detrabalho e cooperação conducente a uma maior eficiência.

O primeiro passo para colocar o plano em marcha consistiu na realização de uma série de entrevistas a diversos quadros do sector de produção, as quais permitiram identificar as competências consideradas “críticas” na gestão das equipas humanas dos centrosindustriais do Grupo e utilizar esse conhecimento para delinear itinerários de formação adaptados a cada nível de responsabilidade.Também foram realizadas sessões de apresentação, com o apoio das chefias do Grupo, por forma a familiarizar e envolver osresponsáveis dos centros e unidades no novo programa.

Cada pessoa do colectivo objecto da futura formação reúne-se com um assessor especializado em recursos humanos, para identificaras áreas de aperfeiçoamento que servirão para elaborar, de acordo com o entrevistado, um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).

Posteriormente, o quadro e o seu superior hierárquico validarão conjuntamente o PDI (objectivos, acções de formação, individuais ouconjuntas, entre vários níveis e acções de reforço para dar continuidade ao programa).

O Plano de Desenvolvimento para Quadros de Produção foi iniciado em Maio de 2008 e, até ao final do ano, permitiu elaborar e validarmais de 160 planos individuais, que representam 90% do número total de pessoas abrangidas por esta formação. No total, foramenvolvidos 260 quadros (entre participantes e respectivos superiores hierárquicos) das três refinarias e das três unidadespetroquímicas que a Empresa possui em Espanha. Com a incorporação da refinaria “La Rábida” em Novembro de 2008, mais de 350 quadros participaram, ao longo de 2009, nas diversas acções de formação e de desenvolvimento previstas.

Concluindo, graças à participação activa e permanente de todos os quadros superiores, o Plano de Desenvolvimento constitui umprocesso aberto e contínuo que tem como objectivo melhorar a capacidade de gestão dos quadros de produção ao longo da sua vidaprofissional.

Caso prático: Plano de desenvolvimento para quadros de produção

Percursosde formação

Acompanhamentodo superiorhierárquico

Necessidadesde formação

Plano deDesenvolvimento

Individual

Plano deDesenvolvimento

de quadros de produção

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06O nosso compromisso_35

Marcos 2008 / Desafios 2009_35

Compromisso com a qualidade e satisfação do cliente_36

A tutela de produto_36

Acções de melhoria discriminadas por mercado_37

A CEPSA e o REACH em 2008_38

Comunicações comerciais e protecção de dados_38

A segurança na informação_38

Caso prático: www.buenviajecepsa.com_39

Clientes

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 35

O nosso compromissoA CEPSA assumiu um compromisso permanente com os clientes que gira em torno da qualidadedos produtos e dos serviços que proporciona, assim como da sua capacidade para garantir umfornecimento ágil, eficiente e competitivo que satisfaça as suas necessidades da melhormaneira possível.

Marcos 2008• Execução de um sistema de inquérito a clientes, como se se

tratasse de um barómetro, com realização periódica e com umaamostra representativa.Grau de cumprimento: 50%

• Implementação do “Projecto Via Rápida” na área das estaçõesde serviço:Grau de cumprimento: 100%

• Execução do Projecto de inovação CLINOVA 8, no domínio dosCombustíveis e Carburantes, incorporando-os progressivamenteem todos os níveis da cadeia de valor (colaboradores, clientes efornecedores).Grau de cumprimento: 70%

• Avanço nas novas aplicações dos gases liquefeitos do petróleo (GLP), solicitadas pelos clientes, como o uso emempilhadores (30%)*, cabinas de pintura (15%)*, aquecimento de navios (15%)*.*Grau de cumprimento.

• Criação do Serviço Integral de Atenção ao Cliente da CEPSALubrificantes.Grau de cumprimento: 50%

• Oferecer mais produtos de maior rendimento e menorconsumo41.Grau de cumprimento: 100%

• Completado o processo de pré-registo no REACH de todas assubstâncias que a Empresa fabrica, importa ou comercializa,bem como a comunicação aos seus clientes.Grau de cumprimento: 100%

Desafios 2009• Barómetro da opinião do cliente: explorar e divulgar

internamente a informação procedente dos primeiroslevantamentos de dados.

• Apoiar e alargar o Projecto de Inovação CLINOVA ao resto dosclientes e fornecedores e aos restantes profissionais da áreade Combustíveis e Carburantes.

• Desenvolver novos mercados em que o GPL possa ser uma claraalternativa aos produtos energéticos tradicionais.

• Consolidar o Serviço Integral de Atenção ao Cliente da CEPSALubrificantes.

• Optimizar a participação da CEPSA nos Fóruns de Intercâmbiode Informação sobre Substâncias.

• Dar início à aplicação do Regulamento (CE) n.º 1272/2008relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substânciase misturas, baseado no Sistema Globalmente Harmonizado(SGH), estabelecido pelas Nações Unidas.

41 A informação sobre este marco encontra-se disponível no capítulo “Gases com Efeito de Estufa”, secção “Melhoria dos Produtos”.

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Na sua “Carta de Protecção Ambiental,Prevenção de Riscos e Excelência naGestão”42, a CEPSA declara como metaprioritária a satisfação das necessidades e expectativas dos seus clientes e ainovação dos seus processos, produtos eserviços, para continuar a avançar rumo auma gestão de excelência.

Ao longo de 2008, a Empresa continuou a acompanhar regularmente o nível desatisfação dos seus clientes, colocou emmarcha novos projectos para identificaroportunidades de melhoria e deu início aactividades tendentes a satisfazer asnecessidades dos mesmos, nos diferentesmercados em que opera.

COMPROMISSO COM A QUALIDADE E A SATISFAÇÃO DO CLIENTE

36

Índice de cumprimento do compromisso com clientes43 2008 2007 2006

Índice de satisfação dos clientes (%) 99,88 99,88 99,85

42 Disponível em www.cepsa.pt, Quem somos, Responsabilidade Corporativa, Qualidade, Segurança e Ambiente.43 Índice medido sobre actividades da CEPSA que contam com certificados de qualidade. Medido pelo rácio entre reclamações recebidas e pedidos atendidos.

A TUTELA DE PRODUTO

A CEPSA está consciente de que os seus produtos devem ser manipulados eutilizados de forma segura ao longo detoda a cadeia de produção. Actualmente, e em resultado das preocupações queafectam os diversos grupos de interesse,que vão desde os utilizadores à própriaindústria, multiplicam-se as questõesrelacionadas com os produtos, sobretudocom os produtos químicos e a saúde, asegurança e o seu impacto no ambiente.

A CEPSA promove, assim, um sistema de Tutela de Produto, um tipo de gestãoresponsável de um produto químico queintegra as questões de saúde, segurança e ambiente, bem como as questõeseconómicas e técnicas que garantem a sua qualidade ao cliente.

Este sistema de Tutela estende-se a todo o ciclo de vida do produto completo,aplicando-se desde a fase de investigaçãoe desenvolvimento, até às posterioresfases de comercialização, distribuição,utilização, reciclagem e eliminação domesmo.

A segurança dos produtos

A CEPSA afecta importantes recursospara conseguir que os seus produtossejam inovadores em termos de segurançae, simultaneamente, respeitadores doambiente. A Companhia também dispõe de um procedimento que garante asegurança dos seus produtos.

Concepçãopreliminar

Procedimento de segurança dos produtos CEPSA

1 2 3 4 5 6 7 8 9Concepçãodetalhada

Protótipos Desenvol-vimento doprocessoe início daprodução

Planeamentodaconcepção

Revisão everificaçãodaconcepção

Validaçãodaconcepção

Controlodealterações

Docu-mentaçãoe registos

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Resumo 37

Asfaltos

Organização de Jornadas Técnicasorientadas para os clientes, com oobjectivo de divulgar a actual situação dos produtos e a sua evolução.

Petroquímica

Projecto de inquéritos em linha: inquéritosde satisfação que serão realizadosbrevemente, destinados aos clientes das suas cinco áreas de negócio.

Gás natural

A CEPSA Gas Comercializadora oferece um serviço de consultoria orientado para a apresentação de propostas de melhoria,auditorias na área energética, estudos deviabilidade e realização de consultas.

Electricidade

Obtenção por parte da DETISA dacertificação da norma de qualidade ISO 9001, em Julho de 2008.

Estações de serviço

Desenvolvimento de um sistema dereabastecimento automático que consisteno envio aos clientes de uma proposta deadesão e de uma ficha de abastecimento,processadas e visualizadas através dapágina da CEPSA na Internet, compossibilidade de modificação pelos clientes em função das suas necessidades.Em 2008, 316 estações de serviçoimplementaram este serviço, permitindooptimizar os recursos e reduzir o númerode entregas, com consequentes vantagenspara a Segurança e Prevenção de Riscos.

Combustível para aviões

Integração dos sistemas de informaçãodas empresas S.I.S (50% CEPSA), C.M.DAeropuertos Canarios (60% CEPSA) eCEPSA Aviación (100% CEPSA), o quepermitiu melhorar significativamente oserviço de abastecimento dos clientes.

Combustíveis marítimos

Foram realizados inquéritos de satisfaçãoneste mercado que abarca o abastecimentoa navios de passageiros, de carga eembarcações de pesca, com resultadossemelhantes aos de 2007. O índice desatisfação situa-se na zona média-alta, com 75 pontos numa escala de 0 a 100.

Gases de petróleo liquefeitos:butano e propano

Implementação de um sistema de gestãopara a melhoria das relações com osclientes (CRM - Customer RelationshipManagement): Criação de portais paradistribuidores e clientes de propano, atravésdos quais é possível fazer o download dospedidos e da factura electrónica.

Gasóleos agrícola e deaquecimento e fuelóleos

Sistema de selagem electrónicaincorporado no camião-cisterna quecontrola o estado de cada uma das bocasde carga/descarga. Este sistema permiteao cliente comprovar in situ, durante arecepção dos produtos, o estado dacisterna e autorizar a descarga. Ao longode 2008, procedeu-se ao desenvolvimentoe implementação da segunda geraçãodeste sistema.

Lubrificantes

Desenvolvimento do projecto de inovação“Innovac”, para detectar melhorias nosprocessos e produtos através da gestãodo conhecimento, do talento e dacriatividade, mantendo assim acompetitividade e promovendo asatisfação dos clientes. Fruto desteprojecto é o início das actividades doServiço Integral de Atenção ao Cliente(SIAC), que se consolidará em 2009.

ACÇÕES DE MELHORIADISCRIMINADAS POR MERCADO

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A CEPSA E O REACH EM 2008

O Regulamento REACH (Registration,Evaluation and Authorisation of Chemicals)entrou em vigor em 1 de Junho de 2007 eestabelece um novo sistema de controloda produção e do uso de substânciasquímicas na União Europeia. O regulamentoobriga as empresas a realizarem umregisto das substâncias importadas ouproduzidas em quantidades superiores auma tonelada, com o fim de avaliar os seusriscos e determinar o seu possível impactosobre a saúde das pessoas e o ambiente.

Foi levada a cabo a primeira fase (pré-registo), resultando na identificaçãode 223 substâncias fabricadas, importadase comercializadas.

A Empresa, em linha com a sua política de transparência, estabeleceu linhas decomunicação com os seus clientes parainformá-los da concretização desta fase.

Em 2009, antes da data de registo desubstâncias, as empresas deverão chegara um acordo, entre outras questões, sobreas propriedades, a toxicologia e os usosaceitáveis das mesmas. Esse acordodeverá realizar-se através dos Fóruns de Intercâmbio de Informação sobreSubstâncias (Substance InformationExchange Forum, SIEF).

A CEPSA prevê dar início à aplicação doRegulamento (CE) n.º 1272/2008 relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas, baseado noSistema Globalmente Harmonizado (SGH).

COMUNICAÇÕESCOMERCIAIS EPROTECÇÃO DE DADOS

A CEPSA integra a Asociación para laAutorregulación de la Comunicación,membro da European AdvertisingStandards Alliance, através da qualassumiu o compromisso de levar a cabo as suas comunicações comerciais de forma responsável. Também faz parte de “Confianza on-line”, um sistema deauto-regulação integral para publicidadeinteractiva e comércio electrónico comconsumidores, organizado pela Federaciónde Comercio Electrónico y MarketingDirecto (FECEMD), pela AsociaciónEspañola de Comercio Electrónico (AECE) epela Autocontrol. Por outro lado, a CEPSAPortuguesa Petróleos é membro activo daAssociação portuguesa de Anunciantes(APAN).

A CEPSA implementou as medidaslegalmente exigíveis para a protecção dedados pessoais de pessoas singulares(clientes, fornecedores e colaboradores),agindo sob a mais estrita confidencialidade

e com a adopção de medidas de segurançainformática.

Ao longo de 2008, não se iniciou nenhumexpediente sancionador da AgênciaEspanhola de Protecção de Dados emnenhuma das sociedades do Grupo CEPSA.

A SEGURANÇA NA INFORMAÇÃO

A Empresa empreendeu diversos projectos destinados a alcançar os mais elevados níveis de segurança nasinformações veiculadas pela Empresa, bem como os mais elevados níveis deprotecção da identidade e dos dados. Em consequência, obteve a certificaçãoISO 27001 relativa ao Sistema de Gestãoda Informação (SGSI) da Organização.

O processo de certificação exigiu aadopção de um procedimento de Análise de Riscos de Sistemas de Informação, queconstituirá o padrão a cumprir em todosos projectos e acções executadas.

38

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 39

No âmbito do compromisso assumido pela CEPSA em matéria de desenvolvimentoresponsável das suas actividades, a Empresa promove iniciativas no quadro da segurançarodoviária através da realização de jornadas e campanhas de sensibilização destinadasaos condutores.

Levando mais adiante este compromisso, colocou em marcha, em Outubro de 2008, umaproposta diferente direccionada ao público: um portal, ‘www.buenviajecepsa.com’, com todaa informação necessária para realizar uma viagem da forma mais segura possível, com oobjectivo de aproximar e familiarizar o utente com o conceito da segurança ao volante.

Para tal, contou com a colaboração da Dirección General de Tráfico (DGT) e da AsociaciónEspañola de la Carretera (AEC), que foram os seus principais sócios estratégicos.No portal, a CEPSA desenvolveu e colocou à disposição do condutor uma ferramentaeficaz e inovadora: um calculador dos percursos mais seguros.

Esse calculador único permite configurar o trajecto seleccionado, indicando o índice de perigosidade de cada troço de via. Foi realizado com base numa das principaiscartografias do mundo e utiliza um método concebido pela AEC, que processa os dadosfornecidos pela DGT nos últimos cinco anos. Além de calcular os trajectos mais rápidos oumais curtos, o sítio www.buenviajecepsa.com indica, como novidade, o trajecto mais seguropara chegar ao destino.

O cálculo da perigosidade é medido através da análise dos diversos factores que afectama condução (tráfego de pesados, índice de sinistralidade e estado do pavimento, entreoutros). Ao condutor é proposto um itinerário que reflecte, de forma clara e fiável, osíndices de perigosidade dos diversos troços do trajecto seleccionado, identificando aindaa localização dos “pontos negros” e dos radares.

O sítio www.buenviajecepsa.com dispõe de cinco canais de informação que fornecemconselhos, ajudas e recomendações para a preparação de uma viagem bem-sucedida,divulgando também técnicas e normas, por vezes emforma de jogos, para facilitar a sua aprendizagem, eincorporando um simulador de condução interactiva.

Com o objectivo de incentivar à utilização do portal, a CEPSA lançou uma campanha subordinada ao lema “un viaje seguro siempre es un buen viaje” (uma viagemsegura é sempre uma boa viagem). Para dar resposta àsdeslocações previstas para as "pontes de Dezembro" e para as festas natalícias, a CEPSA instalou ainda um“Ponto Seguro” em Madrid, onde foi possível fazer umarevisão gratuita de vários elementos distintos do veículorelacionados com a segurança.

Também foram instalados simuladores de condução quepermitiram comprovar a força de um impacto sem cintode segurança ou sob os efeitos do álcool. Esta acçãorealizou-se em colaboração com a DGT, com o fabricantede pneus Bridgestone e com a revista Autopista.

Caso prático: www.buenviajecepsa.com

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07O nosso compromisso_41

Marcos 2008 / Desafios 2009_41

Sistemas de avaliação e homologação de fornecedores e contratados_42

Criação de valor para fornecedores em zonas onde a CEPSA se encontra presente_42

Caso prático: Compra electrónica entre a CEPSA e um fornecedor_43

Fornecedores

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 41

O nosso compromissoO estabelecimento de relações de confiança com os fornecedores e empresas de serviçosrepresenta uma parte essencial para o cumprimento dos objectivos da CEPSA e contribui paraaproximar a Empresa das comunidades onde está presente. O esforço realizado pela CEPSAneste âmbito tem como objectivo ser reconhecida como uma das melhores empresas do sectorrelativamente ao mérito nos seus processos de aprovisionamento e na gestão das suasrelações com estes grupos de interesse.

Marcos 2008• Revisão dos parâmetros relacionados com a responsabilidade

corporativa contemplados no sistema de avaliação ehomologação de fornecedores a fim de incrementar o seu peso específico.Grau de cumprimento: 50%

• Revisão das condições gerais de compras e contratação para incluir, como requisito, o cumprimento das disposições da Organização Mundial do Trabalho (OIT) e os princípios doPacto Mundial das Nações Unidas.Grau de cumprimento: 50%

• Na área de Exploração e Produção, reforço dos requisitos de respeito dos direitos humanos aplicáveis aos fornecedores e às empresas de serviços, através da inclusão de uma cláusula nos contratos (Pacto Mundial, cumprimento dosprincípios da OIT).Grau de cumprimento: 100%

Desafios 2009• Finalizar a implementação do Modelo de Gestão Global de

Fornecedores.

• Incluir na página electrónica da CEPSA uma secção específicapara fornecedores.

A Empresa não poderá desenvolver a suaactividade sem o necessário fornecimentode bens e serviços. Os responsáveis por levara cabo esta tarefa são os fornecedores e oscontratados, razão pela qual se dedica aeste grupo uma atenção especial.Com eles estabelece uma relação ética eresponsável, na qual convergem critériosde gestão respeitadores do ambiente, decompromisso social e de viabilidade de umponto de vista económico.

A CEPSA tem constituída uma políticacorporativa de compras e contrataçãocaracterizada pela transparência eobjectividade e por uma maior eficiêncianos processos e nos benefícios para aspartes envolvidas.

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Integrado na política de compras econtratação, e para seleccionar os seusfornecedores e contratados, a CEPSAdispõe de um sistema de avaliação ehomologação de fornecedores queambiciona atingir os seguintes objectivos:

• Garantir que o processo de selecção,comparação e adjudicação de propostasé realizado segundo os princípios deimparcialidade, da equidade e daigualdade de oportunidades.

• Assegurar, ao longo da cadeia de valor, a qualidade, a protecção ambiental, asegurança e saúde laborais e os demaisaspectos relacionados com aresponsabilidade corporativa (RC).

• Assegurar que apenas os fornecedores e contratados que cumpriram osrequisitos legalmente exigíveis, queultrapassam os critérios de RC e quecontam com a adequada capacidadeprodutiva, técnica, financeira e comercialpossam fornecer a CEPSA.

• Assegurar que os requisitos para aavaliação e homologação dos fornecedorese contratados são homogéneos em todo oâmbito da companhia.

A Empresa tem vindo a realizar progressosna implementação de um Sistema deRegisto Global de Fornecedores, atravésdo qual serão disponibilizados a todos osfornecedores, independentemente da suaimportância, conteúdos relacionados comparâmetros de responsabilidadecorporativa.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO EHOMOLOGAÇÃO DE FORNECEDORESE CONTRATADOS

Os principais fornecedores da CEPSA sãoos fornecedores de crude e de produtospetrolíferos. Na actividade comercial deaprovisionamento45, a Empresa trabalhacom fornecedores de prestígio e solvência,bem conhecidos num mercado tãoespecializado, seguindo sempre asdisposições e as regulações emitidas pelos organismos internacionaisrelativamente a embargos, sanções ou

qualquer outro tipo de acções de restriçãodo comércio que sejam aplicáveis.

Os fornecedores locais das regiões onde aCEPSA opera, de entre os quais não seincluem os de serviços bancários, crudes eprodutos, foram responsáveis, em 2008,por 41,5% do total das compras realizadas,com a consequente criação de valor nasreferidas comunidades.

No caso da Argélia, o incremento dascompras em 2008, face ao ano de 2007,deve-se à instalação de dois novoscompressores de injecção de gás nocampo de RKF, com o objectivo de manter a pressão interna e preservar o nível de produção ao longo do tempo, e, por outro lado, ao maior número deperfurações realizadas em comparaçãocom o ano anterior.

CRIAÇÃO DE VALOR PARA FORNECEDORES NAS ZONAS ONDE A CEPSA SE ENCONTRA PRESENTE44

42

Compras realizadas por região 2008 2007 2006(Milhares de euros)

Total Local % Total Local % Total Local %

Cádiz 263.548 84.210 31,95 201.833 88.863 44,03 191.651 78.092 40,75Canárias 54.192 15.779 29,12 50.045 13.875 27,73 46.956 13.878 29,56Huelva 146.510 53.014 36,18 105.147 48.650 46,27 103.899 51.653 49,71Madrid 362.635 179.111 49,39 689.446 395.132 57,31 251.392 138.488 55,09Argélia 202.524 95.445,346 47,13 117.198 57.651 49,19 51.989 10.365 19,94Total 1.029.410 427.559 41,53 1.163.669 604.171 51,92 645.887 292.476 45,28

44 Informação sobre a relação com os fornecedores na Colômbia disponível no Relatório de RC de 2008, em www.cepsa.pt.45 Abastecimento de crude para as refinarias, venda da produção de crude-equity, e compra e venda dos desequilíbrios de produtos energéticos do sistema de refinação CEPSA.46 Como compra local, foram consideradas as transacções exclusivamente realizadas com as empresas locais, excluindo as filiais de empresas internacionais com presença na Argélia.

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Resumo 43

A actividade normal nos centros de operações da Empresarequer a compra de bens e a contratação de serviços parasatisfazer a procura interna em termos de prazos,qualidade e custos.

Nos processos de aprovisionamento47, além do preço dacompra, existem outros custos indirectos que podemaumentar consideravelmente o custo total de aquisição deum produto. Estes custos indirectos podem ser relativos àprópria transacção (pedido, aprovação, levantamento dedados de produtos e de fornecedores, gestão de ofertas e contratos, emissão e acompanhamento de pedidos,recepção, facturação e pagamento) ou operacionais(transporte, auditorias, controlos de qualidade,armazenamento, manutenção e seguros).

Neste sentido, a Empresa tem implementada, desde 2002,uma tecnologia de e-procurement48, com o objectivo dereduzir os custos transaccionais do ciclo de compra,baseando-se na utilização de tecnologias informáticas e daInternet para automatizar e integrar os processos internosda CEPSA e dos seus fornecedores. Desde então e até aofinal do presente exercício, na perspectiva de um processode melhoria contínua, este sistema foi incorporando uma série de avanços direccionados para a integração máxima do ciclo de compraentre a Empresa (como cliente) e os seus fornecedores.

Em 2008, foi implementada com êxito a primeira integração total do ciclo de compra com um fornecedor com o qual a Empresa possuium grande volume de negócio (20 000 pedidos/ano e cerca de 6000 facturas/ano). Trata-se de uma aposta inovadora, em comparaçãocom outras empresas do sector, que funciona com base no seguinte esquema:

1. Todas as trocas de informação entre a CEPSA e o fornecedor ao longo do ciclo de compra são realizadas de forma integrada,permitindo estabelecer uma comunicação directa entre os sistemas informáticos de ambas as empresas de forma a reduzirsignificativamente o número de erros e o tempo de gestão.

2. Além disso, a criação de pedidos é totalmente automática, graças à codificação de todos os elementos susceptíveis de seremcomprados e à programação dos preços pré-estabelecidos num contrato. O registo de dados foi também consideravelmentemelhorado no processo de recepção das mercadorias, ao permitir ao fornecedor criar uma nota de entrega electrónica.

3. Por fim, o ciclo fecha-se com a criação e contabilização automática de uma autofactura electrónica que também se encontraintegrada com o sistema do fornecedor. Nesta, são registadas todas as entradas de mercadorias realizadas durante o dia, aplicandoos preços estabelecidos nos pedidos associados.

Concluindo, em 2008, com este processo foram automaticamente geridos 5500 pedidos, que agruparam 22.000 unidades de produto, eforam geradas 7600 autofacturas electrónicas, que permitiram reduzir consideravelmente a carga de trabalho associada ao ciclo decompra, melhorando os prazos e os custos internos da gestão.

Caso prático: Implementação de um sistema de compras electrónicas entre a CEPSA e um fornecedor

47 Não inclui os fornecedores de crude e produtos petrolíferos.48 Por e-procurement entende-se a compra, venda e/ou troca de produtos e serviços entre empresas através de sistemas de informação em rede ou da Internet.

FornecedorCEPSA

Pedido1.

3. Alteração de pedido

6. Recepção das mercadorias

7. Autofacturação

9. Contabilidade automática

4. Confirmação

2. Confirmação

5. Aviso de entrega

8. Contabilidade automática

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08O nosso compromisso_45

Marcos 2008 / Desafios 2009_45

Gestão do impacto nas comunidades onde opera_45

Caso prático: Relações da CEPSA com as comunidades nativas do Peru_47

Contribuição para a realização de projectos de interesse social_47

Caso prático: Cadernos do Petróleo_49

Parte da Comunidade

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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GESTÃO DO IMPACTONAS COMUNIDADESONDE OPERA

A CEPSA está consciente de que as suas actuações, tanto ao nível operativo como de apoio à comunidade,devem ter em conta as expectativas e as pretensões das sociedades onde seencontra presente. Para tal, temestabelecido certos mecanismos dediálogo com os seus principais grupos de interesse:

• A CEPSA Química Bécancour faz parte deuma comissão consultiva comunitáriacomposta por um representante de cadauma das indústrias do parque empresariale por seis membros da assembleiamunicipal, em representação dos cidadãos.Em 2008, foram integrados cinco novosmembros da comunidade e foramorganizadas cinco reuniões. De entre ostemas tratados, destaca-se o interessedemonstrado pela Comissão de Moradoresna proposta apresentada pela indústria deconhecer as medidas de gestão levadas acabo pelas empresas para reduzir asemissões de gases com efeito de estufa.No caso da CEPSA Química Bécancour,

esta apresentou as acções e projectosque foram postos em prática parareduzir as emissões poluentes, entre osquais se encontra o projecto deRecuperação Energética, cujo objectivo éreduzir o consumo de energia de forma apermitir uma redução de 12 000toneladas de CO2 por ano.

• A CEPSA Química Montreal49 pertence a uma comissão formada porrepresentantes dos cidadãos, daEmpresa e dos organismos de carizambiental da zona em questão.Em 2008, foram realizadas cinco reuniõesonde foram tratados, entre outros

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 45

O nosso compromissoConstruir, através do diálogo, do conhecimento mútuo e da participação em projectos dascomunidades onde se desenvolve a actividade, um quadro de actuação tendente a estabelecerrelações de qualidade baseadas na confiança, na proximidade e na transparência.

Marcos 2008• Realização de uma sondagem externa de opinião na refinaria

“Gibraltar San-Roque”, no Campo de Gibraltar, com o objectivode definir um plano de acção. Grau de cumprimento: 100 %

• Primeira organização dos Prémios CEPSA ao Valor Social emPortugal e Tenerife.Grau de cumprimento: 100%

• Definição de um novo programa de acção de responsabilidadeempresarial na refinaria “La Rábida”.Grau de cumprimento: 100%

• Progressos nas relações com as comunidades nativas do Peru.Grau de progresso: 10%

Desafios 2009• Desenvolver um Plano de Acção baseado nos resultados da

sondagem externa de opinião levada a cabo em 2008 pelarefinaria “Gibraltar-San Roque” no Campo de Gibraltar.

• Organizar pela primeira vez os Prémios CEPSA ao Valor Social na refinaria “Gibraltar San-Roque”.

• Aumentar o número de visitas à refinaria e à Lagoa Primera dePalos (Huelva).

• Cumprir os compromissos de Exploração e Produção assumidoscom as comunidades nativas das zonas de operação, através dacriação de emprego local e do respeito pela diversidadeambiental, social e cultural.

• Presença de um membro da Comissão de Moradores da CEPSAQuímica Bécancour na auditoria conjunta da empresa QMI-SAIGlobal e da Associação Canadiana de Fabricantes de ProdutosQuímicos.

• Reorientação de algumas acções de responsabilidadeempresarial da DETEN Química, como por exemplo o ProjectoVovó Do Mangue.

49 Até Abril de 2009, esta empresa do Grupo chamava-se INTERQUISA Canadá INC.

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assuntos, aspectos relacionados com onegócio, bem como questões relativas aofuncionamento da unidade fabril e ao iníciode um projecto com implementaçãoprevista para 2009, o qual permitirá reduzir3.000 toneladas equivalentes de CO2.

• Comité de Fomento Industrial deCamaçari (COFIC): associação da qual fazparte a DETEN Química e que representaas empresas do Pólo Industrial destacidade. Esta associação criou o ConselhoComunitário Consultivo, cuja missão éencontrar linhas comuns entre osassuntos de interesse das indústrias e das comunidades de moradores.Destaca-se o projecto “Ver de Dentro”,que consiste na organização de visitas àsempresas do Pólo Industrial, durante asquais se informa a comunidade sobre asactividades das empresas. Em 2008, aDETEN Química foi visitada duas vezes porum total de 70 pessoas, entre as quais seencontravam professores e estudantes.

• A gestão global da refinaria “La Rábida”,em Palos de la Frontera (Huelva), temvindo a desenvolver-se seguindo omodelo europeu EFQM (Excellence forQuality Management), em que secontemplam as relações com o exterior.Em 2008, foi levado a cabo um novoinquérito cujos resultados confirmam acorrecta actuação da CEPSA face aosseus públicos de interesse.

Com o objectivo de reforçar a sua políticade transparência informativa e deproximidade à sociedade, celebraram-se,em 2008, as V Jornadas de PortasAbertas, que contaram com um total de920 visitantes em seis dias, ultrapassandoo número recorde de 841 visitantes em1999 (ano de lançamento da iniciativa), eque permitiram a participação de quequalquer cidadão da província de Huelva.

• Comissão de Moradores na refinaria“Gibraltar-San Roque”: Composta por quatro associações de moradores,um representante do comércio local, um técnico da Consejería de MédioAmbiente del Consistorio (Secretaria do Ambiente do Conselho Municipal), um técnico da Delegação Ambiental e o seu máximo representante, paraalém dos representantes da refinaria“Gibraltar-San Roque”. Em 2008, foram realizadas duas reuniões sobreos progressos levados a cabo narefinaria e nas unidades químicasanexas, tendo em conta as medidasestabelecidas na Autorização AmbientalIntegrada. Além disso, as paragensprogramadas na refinaria tambémforam alvo de explicação detalhada do ponto de vista ambiental e dasegurança.

Foi ainda realizada uma sondagemexterna de opiniões, da qual sedestacou a satisfação do conjunto dosentrevistados em relação à actualpolítica de comunicação da refinaria e à sua gestão em matéria de poluição e segurança. No que se refere aosassuntos passíveis de melhoria, há quedestacar o pedido apresentado pelomunicípio no sentido de ser envidado um maior esforço na protecção dabiodiversidade, em concreto, através darecuperação da Baía do Campo deGibraltar.

• Jornadas de Portas Abertas narefinaria “Tenerife”, com o objectivo deaproximar as comunidades locais daindústria que desenvolve actividades noseu município. Em 2008, visitaram estasinstalações mais de 450 residentes eassociações da zona, aos quais sejuntaram ainda cerca de 1.200estudantes.

• No que diz respeito à área de Exploração e Produção, são realizados estudos sociais com o objectivo de conhecer emprofundidade as comunidades residentesnas zonas onde serão realizadas asactividades de exploração, apoiando assimo planeamento das acções direccionadaspara essas populações. No seguimentodesse estudo, e com o objectivo deestabelecer os planos de investimentosocial, são organizadas visitas e

workshops interactivos destinados àspopulações e autoridades locais.Pretende-se, com isso, conhecer e avaliaras necessidades, as linhas de investimentoe a viabilidade económica dos projectos.

No caso da Colômbia, as acções sociaislevadas a cabo em 2008 foram canalizadaspara oito linhas estratégicas de actuação:apoio às instituições locais, saúde, acçõesde promoção da actividade económica daspopulações, cultura e turismo, educação e liderança, ambiente, lazer e desporto e infra-estruturas de comunicações.Dentro destes eixos de actuação, foram realizados projectos de melhoriaque beneficiaram directamente 13.000 pessoas e localidades com cerca de 22.000 habitantes.

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 47

Respectivamente em 2008 e 2007, a CEPSA deu início às suas actividades de exploração e produção no Peru,com a assinatura dos contratos de concessão dos blocos 114 e 131, situados na bacia do rio Ucayali no sul dopaís, e do bloco 127, situado na bacia no rio Marañón no norte.

A legislação peruana exige a elaboração de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) antes de ser dado início a qualquer actividade na selva amazónica. Este estudo pressupõe uma avaliação minuciosa do meio e dasituação social das zonas em que se pretende realizar os trabalhos. O objectivo consiste em estabelecer o melhor sistema de operações, do ponto de vista ambiental e social.

A dimensão social dos projectos nesta zona é de grande relevância, já que estão envolvidas comunidadesnativas com as quais se estabelecem vínculos que abarcam toda a vida do projecto.

Por forma a criar essa relação de proximidade, a CEPSA Peru visita frequentemente as comunidades,expondo os aspectos mais importantes das actividades que levará a cabo: em que consiste a exploração, emque etapas se divide o projecto, que equipamentos são necessários, o tempo de permanência na zona, as políticas de contratação da mão-de-obra local e as medidas que a Empresa implementará para levar a cabo os trabalhos com um impacto mínimo no meio envolvente.

Estas visitas, também denominadas workshops, fornecem à Empresa um conhecimento directo da realidade social. Analisam-se e responde-seàs preocupações e necessidades da comunidade, assentando, assim, as bases para futuros acordos. Ao longo de 2008, foram realizados maisde 60 workshops nas zonas onde se pretende realizar as campanhas sísmicas.

Além das comunidades nativas, estabeleceram-se no país relações e contactos com outros grupos de interesse, como as autoridadesambientais e sociais do Peru que gerem o desenvolvimento dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA), avaliando os workshops levados a cabo e o resultado dos mesmos, assim como com as autoridades locais da zona.

No que respeita às suas relações contratuais, a CEPSA Peru estabelece os critérios básicos de actuação em matéria de ambiente, desegurança e de relacionamento com as comunidades. Estas directrizes devem aplicar-se durante as diversas actividades desenvolvidas na zona, cabendo aos supervisores da Empresa zelarem pelo seu cumprimento por parte das empresas de serviços.

Ao longo de 2008, foram registados progressos ao nível do diálogo, da participação e do estabelecimento de acordos com as comunidadesnativas, com vista a iniciar actividades de exploração nos blocos 114 e 127.

Caso prático: Relações da CEPSA com as comunidades nativas do Peru

50 Mais informações sobre os projectos apoiados e sobre as acções sociais, culturais, ambientais e desportivas realizadas disponíveis no Relatório de Responsabilidade Corporativa2008, em www.cepsa.pt.

51 Informações sobre as acções ambientais no Capítulo “Gestão Ambiental”, secção Protecção da Biodiversidade.

Investimento em acções de responsabilidade empresarial 2008 % 2007 % 2006 %

(Milhares de euros)

Sociais 1.239.600 30 723.330 22 1.163.010 37Culturais 1.434.631 34 1.050.972 33 1.268.774 40Ambientais 251.132 6 376.890 12 205.136 6Desportivas 1.237.526 30 1.058.426 33 541.519 17Total 4.162.889 100 3.209.618 100 3.178.439 100

CONTRIBUIÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DEPROJECTOS DEINTERESSE SOCIAL50

A participação em projectos de apoio social, cultural, ambiental51

e desportivo ajuda a CEPSA a conhecer e a integrar-se na comunidade onde desenvolve a sua actividade. Estes projectos são, na sua maioria,realizados em colaboração com entidadese peritos das diferentes áreas.

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Acções destinadas a melhorar a qualidade de vida das pessoas

No âmbito social, a CEPSA canaliza os seusesforços para acções que beneficiam ascomunidades mais necessitadas.

Em 2008, pela primeira vez em Tenerife e em Portugal, e na sua quarta edição em Huelva e segunda em Madrid, foramatribuídos os Prémios CEPSA ao ValorSocial. Esta é uma iniciativa que tem comoobjectivo apoiar as pessoas, comunidadese sectores mais desfavorecidos através do reconhecimento e da atribuição deprémios aos melhores projectos sociaisdesenvolvidos por várias associações, ONG e instituições.

Na Colômbia, a CEPSA desenvolve, entreoutros, programas de apoio à alfabetizaçãode adultos; programas de desenvolvimentode competências técnicas, que permitiramque um grupo de jovens recebesseformação em mecânica, electricidade einformática; programas de apoio à melhoriadas infra-estruturas, como é o caso daconstrução de um sistema de captação,depuração e distribuição de água para umaescola ou a remodelação de uma sala deurgências de um hospital. Além disso,destacam-se os programas de promoçãoda saúde, como o programa implementadono Peru em que, através de uma campanhamédica, de que beneficiaram mais de 800pessoas, se ensinou a resolver problemasbásicos de saúde, desde a sua origem eutilizando recursos próprios.

Por último, a Empresa colabora com váriasassociações e organizações que têm comoobjectivo ajudar pessoas que sofrem dasmais diversas doenças.

Promoção da cultura e da educação

A CEPSA aposta na preservação doscostumes populares, da cultura e dopatrimónio histórico, bem como naeducação das pessoas mediante acolaboração em actividades culturais,educativas e científicas.

Entre as actividades académicas queapoia, destaca-se a colaboração comdiversas universidades: a Cátedra CEPSA,assinada com as Universidades de Oviedo,Madrid (Universidade Politécnica), Cádiz eHuelva. No que diz respeito a esta última,em 2008 foram cumpridos 10 anos detrabalho em conjunto.

No mesmo âmbito académico, ainda que referente aos alunos do ensino de nível médio, destacam-se as diferentesiniciativas que se desenvolvem emEspanha, Brasil, Canadá, Colômbia e Peru,com o objectivo de formar e motivar osmais jovens através de diferentesprogramas.

Por último, no âmbito da recuperação do património histórico, a Empresacolaborou, entre outras iniciativas, narestauração do templo do faraó TutmosisIII, situado na cidade de Luxor, no Egipto.Continua ainda o apoio às escavações nacidade de Carteia e no castelo Meriní emCádiz e em Burgos, colaborando-sesimultaneamente com a FundaçãoAtapuerca através do abastecimento decombustível à equipa de investigação dasjazidas da serra de Atapuerca.

Desporto infantil

Nas comunidades onde se encontrapresente, a CEPSA apoia actividadesdestinadas a promover o desporto infantil,principalmente através de clubesdesportivos locais e de escolas dedesporto.

Foi extraordinária a celebração, com acolaboração da CEPSA, dos JogosDesportivos de Estrecho, que contaramcom a participação de cerca de 1200crianças de diferentes clubes dosmunicípios do Campo de Gibraltar e deCeuta, num ambiente cordial em que sedestacaram a convivência e o respeitopelas regras do jogo.

Em Huelva, realizou-se o I Torneio CEPSA de futebol pré-benjamim, no qualparticiparam mais de 250 crianças

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com idades compreendidas entre os 6 e os8 anos, com o objectivo de promover odesportivismo em detrimento dacompetitividade.

Em Portugal, é de destacar o apoioprestado ao Clube da Senhora da Horapara apoiar a formação desportiva e aremodelação das instalações. Na Escuelade Tecnificación de la Federación Insular deVela, as crianças de Tenerife passaram ater acesso a este desporto durante todo oano, e os jovens que se destacaram nestamodalidade foram premiados com uma

bolsa de estudo CEPSA que lhes deu aoportunidade de prosseguir a práticadeste hobby.

Por fim, as acções de colaboraçãorealizadas na Colômbia destinaram-se,principalmente, à construção de um Centro Desportivo num dos municípios, à entrega de equipamento a gruposdesportivos e à celebração decampeonatos desportivos em zonas rurais e urbanas.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 49

Enquanto membro da Comunidade onde desenvolve a sua actividade, a CEPSA pretendeque a sociedade em geral e os jovens em particular se aproximem e conheçam de pertouma refinaria, os produtos que fabrica e de que forma e com o que contribui uma indústriacom estas características para o desenvolvimento económico e social da zona onde selocaliza. Por este motivo, desde o início da sua operação, a refinaria “La Rábida” organizatodos os anos jornadas de “portas abertas” com o objectivo de criar uma ‘culturaindustrial’, dando a conhecer os seus processos com total transparência e os esforçosenvidados para equilibrar a procura de produtos energéticos com a promoção de umambiente seguro e saudável.

Numa atenção especial para com os jovens, a refinaria criou, em 2004, os “Cadernos doPetróleo”, uma acção dirigida a alunos de ensino de nível médio que lhes dá a oportunidadede conhecerem, antes da visita e de forma agradável e compreensível, o mundo dopetróleo, implicando também os centros de estudos e os professores nesta iniciativa.

Para levar a cabo o projecto, que contou com a colaboração da Delegação Provincial de Educação de Huelva e do Centro de Professoresda Junta da Andaluzia, foi realizada uma acção de formação que contou com a participação de 35 professores de diversos centros daprovíncia. Durante três meses, tiveram acesso a todo o tipo de material relacionado com o mundo do petróleo. No final do processo, ospróprios professores tinham elaborado 17 unidades formativas, que permitiram estruturar um programa que passou a denominar-se“Cadernos do Petróleo”, dividido em 11 unidades especializadas e dirigido a alunos do segundo ciclo de ESO (ensino secundárioobrigatório) e Bacharelato.

A refinaria “La Rábida” deu mais um passo em frente com o progresso das tecnologias informáticas, transformando os “Cadernos doPetróleo” numa página de Internet interactiva de acesso reservado, através de palavra-passe, aos centros que se inscrevem, todos os anos,no programa educacional. Actualmente, este programa didáctico está direccionado para centros que disponham de Tecnologia de Informaçãoe Comunicação. Através de seis blocos ou unidades didácticas, explicam-se, de forma rigorosa e pedagógica, os grandes capítulos do mundodo petróleo e da actividade de uma refinaria e de uma empresa como a CEPSA, abarcando disciplinas como a biologia, a química, a geografia,a história e a prevenção de riscos e a saúde. O programa de formação é concluído com a visita à refinaria “La Rábida”. No final desta visita, osalunos elaboram um projecto que, se for seleccionado, será premiado com uma ajuda económica à viagem de fim de curso.

A refinaria tem realizado inquéritos de satisfação sobre o seu programa de “Portas Abertas”, os quais demonstram que, desde o lançamentodos “Cadernos do Petróleo”, se verificou um aumento de 172% e de 169% nos anos 2007 e 2008, respectivamente, do número de alunos ecentros de estudo que visitaram a instalação. Este aumento do número de visitantes confirma a relevância desta iniciativa, além decontribuir para tornar as visitas à refinaria mais proveitosas devido aos conhecimentos adquiridos previamente. Uma celebração solene,presidida pelos delegados provinciais de Educação e Ambiente da Junta da Andaluzia, encerra todos os anos os “Cadernos do Petróleo”.

Caso prático: Cadernos do Petróleo

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09O nosso compromisso_51

Marcos 2008 / Desafios 2009_51

Investimentos em I+D+I (Investigação, Desenvolvimento, Inovação)_51

O Centro de Investigação_52

As tecnologias da informação_52

Caso prático: Melhoramento do betume asfáltico através de pneus usados_53

A aposta na tecnologia

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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INVESTIMENTOS EM I+D+I (INVESTIGAÇÃO,DESENVOLVIMENTO,INOVAÇÃO)

Nas economias industriais mais avançadas,a inovação tecnológica desempenha umpapel importante no crescimento e narentabilidade das empresas, assim como na sua competitividade.

A rapidez dos avanços tecnológicos e,consequentemente, o encurtamento davida dos produtos faz da inovação umaferramenta necessária para dinamizar odesenvolvimento das empresas e paraexplorar as oportunidades derivadasdessas mudanças.

Uma estratégia adequada de I+D+I conduz a uma melhoria da eficiência das empresas e da sua adaptação às novas exigências do mercado,aperfeiçoando assim os processos,produtos e serviços.

Em 2008, a CEPSA afectou 1.449 milhõesde euros a actividades relacionadas com I+D+I, um aumento de 196% emrelação a 2007. Este considerável aumento deveu-se fundamentalmente aos seguintes projectos:

• Aumento da produção e reservas naárea da Exploração e Produção dehidrocarbonetos.

• Finalização do trajecto submarino de um novo gasoduto (MEDGAZ), o primeiroconstruído no Mediterrâneo a mais de2000 metros de profundidade.

• No que diz respeito à refinação, aumento da capacidade de produção de destilados médios e outros projectosnas refinarias “Gibraltar-San Roque” e“La Rábida”.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 51

O nosso compromissoPara a CEPSA, a I+D+I é uma alavanca de crescimento sustentável e de criação de valor, queajuda a Companhia a optimizar os seus processos de produção e a qualidade dos seusprodutos, dando também resposta aos desafios do sector, assim como a melhorar a suacapacidade tecnológica e a sua reputação.

Marcos 2008• Início das actividades para a activação parcial de uma nova

unidade de destilação sob vácuo e de uma Unidade deHidrogénio na refinaria de “Gibraltar-San Roque” com vista a aumentar a produção de gasóleos.Grau de progresso: 50%

• Finalizada a engenharia de detalhe do projecto de aumento da capacidade de produção de destilados médios da refinaria“La Rábida”. Grau de cumprimento: 100%

• Inauguração das novas instalações do Centro de Investigação da CEPSA.

Desafios 2009• Concluir as actividades de activação definitiva da nova unidade

de destilação sob vácuo e da Unidade de Hidrogénio na refinariade “Gibraltar-San Roque”, bem como a actualização tecnológica(revamping) da unidade de Isomax.

• Continuar o projecto de aumento da capacidade de produção dedestilados médios da refinaria “La Rábida”.

• Continuar a avançar na construção de duas unidades decogeração; uma na refinaria “Gibraltar-San Roque” e outra narefinaria “La Rábida”.

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O CENTRO DEINVESTIGAÇÃO

O Centro de Investigação, que inaugurouum novo edifício em 2008, desenvolve asvárias actividades solicitadas pelasdistintas áreas de negócio da Empresa. Os seus objectivos incluem, entre outros:

• Melhorar os processos industriais nasinstalações do Grupo CEPSA, a fim deaumentar o seu rendimento e torná-losmais seguros e eficientes.

• Optimizar a qualidade dos produtoscomercializados.

• Reduzir o impacto da actividadeindustrial.

Através da colaboração com diferentesentidades, o centro participa ainda emalguns projectos de investigação. Entre os projectos desenvolvidos, destacam-seos seguintes: com o Instituto de Catálisisdo Centro Superior de InvestigaçõesCientíficas (CSIC), a transformação debenzeno em fenol; o projecto “Biosynergy”,com o objectivo de incorporar derivados de biomassa nos produtos energéticos; e o projecto “Ocmol”, com a finalidade detransformar gás natural em carburantes.

Desenvolve ainda diversos projectosfinanciados por entidades administrativas:entre outros, o desenvolvimento detecnologias de produção de crude noscampos petrolíferos e a aquisição deconhecimentos e de tecnologia para aprodução de asfaltos a partir de crudes de reduzido carácter asfáltico.

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

A Companhia tem estabelecido umprocesso de inovação tecnológicarelevante, que lhe permite aumentar aeficiência dos custos para reinvesti-los namelhoria de processos, garantindo asegurança dos activos de informação edesenvolvendo acções inovadoras eprojectos que contribuem com maior valorpara os negócios.

A CEPSA tem vindo a trabalhar nasseguintes actividades que considerafulcrais para o futuro:

• Valorização dos negócios.

• Desenvolvimento de estruturas epadrões autorizados.

• Promoção do trabalho em processos.

• Avanços no domínio tecnológico.

• Gestão de recursos.

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Acções e investimentos em actividades de I+D+I 2008 2007 2006(Milhões de euros)

Actividades de inovação no fabrico de produtos e no projecto de melhorias nos processos, assim como a expansão de actividades 1.366 415 381Acções de inovação para a segurança e a redução do impacto ambiental 52 49 32Investigação e desenvolvimento 23 17 16Outros (novo Centro de Investigação) 8 8 -Total 1.449 489 429

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 53

Uma das consequências do contínuo desenvolvimento económico de Espanha nos últimos anos foi o aumento do parque automóvel. Os dados da Associação Espanhola de Fabricantes de Camiões e Automóveis (ANFAC) revelam que, em 2008, o número deveículos aumentou para mais de 28 milhões.

A utilização do automóvel gera uma série de resíduos, entre os quais se encontram ospneus usados. Apesar de não serem perigosos, ocupam muito espaço nos aterros, a suacombustão gera gases tóxicos e não são biodegradáveis. Em Espanha, produzem-se,todos os anos, cerca de 300.000 toneladas de pneus usados.

Na composição desses pneus encontra-se, entre outros componentes, a borracha. Um composto elástico que se submete a um processo de vulcanização para dotá-los de maior elasticidade e resistência.

Por outro lado, para a construção e manutenção de estradas, é necessário betumeasfáltico, um produto derivado do petróleo, ao qual se poderá incorporar pó de borracha para melhorar algumas das suas características.

O Ministério do Ambiente, preocupado com o aumento da quantidade de pneus usados, colocou em marcha o Plano Nacional de Pneumáticos Fora de Uso (PNFU), que incita à reutilização dos pneus em obras públicas, sempre que tal seja técnica eeconomicamente viável.

O Ministério das Obras Públicas (Ministerio de Fomento), responsável pela execução daspolíticas do Estado nas infra-estruturas de transportes terrestres, previu a utilizaçãodesde novo betume nas camadas de base de pavimentos rodoviários, o que implicaria autilização de cerca de 300.000 toneladas deste novo e melhorado produto.

Através da sua filial Productos Asfálticos, S.A. (PROAS), que desenvolve tecnologiaaplicada a ligantes betuminosos, a CEPSA desenvolveu uma gama de betumesmodificados e melhorados com pó de pneus, fruto das suas actividades de I+D. Aprincipal característica desta melhoria é a de oferecer maior elasticidade e coesão do que os materiais tradicionais, alargando a vida útil do pavimento de asfalto.

Por último, a incorporação de pó de pneus nas misturas asfálticas para pavimentação de estradas é uma opção interessante que valoriza o resíduo, promovendo sinergias doponto de vista técnico e económico e contribuindo para a redução de um problemaambiental.

A sua utilização industrial confirmou as expectativas, quer em termos de qualidade, quer em termos de rendimento industrial.

Caso prático: Melhoramento do betume asfáltico através de pneus usados

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10O nosso compromisso_55

Marcos 2008 / Desafios 2009_55

Sistemas de gestão ambiental_56

Investimento ambiental_56

Evolução dos indicadoresde consumo de recursos_57

Emissões para a atmosfera_58

Consumo e reutilização de água_59

Gestão das descargas controladas_59

Gestão de resíduos_60

Gestão do transporte de produtos_61

Situação da CEPSA relativamente às normas de aplicação recente_62

Caso prático: Uma actividadeindustrial compatível com o ambiente_63

Protecção da biodiversidade_64

Caso prático: CEPSA, a favor da conservação dos cetáceos_65

Gestão Ambiental

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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Nos países desenvolvidos, o ambientetornou-se num dos temas mais debatidos,legislados e de preocupação nos últimosdez anos. A sociedade em geral e, deforma mais intensa, os grupos ecologistasexigem políticas e, sobretudo, medidasconcretas que travem ou impeçam adegradação dos recursos naturais.

A CEPSA desenvolveu uma estratégiaorientada para a redução, na origem, daspossíveis causas de deterioração do meioambiente. Essa estratégia tem como basefundamental a optimização da eficiênciaenergética nos processos de produção, oque se traduz numa diminuição do uso dematérias-primas e em menores emissõespara a atmosfera.

Com o objectivo de actuar de formahomogénea em todos os seus centros einstalações, a Empresa tem uma normabásica relativa ao ambiente, queestabelece as políticas e os princípiosbásicos de comportamento ambientalpara todas as operações. Actualmente,encontra-se em fase de desenvolvimentoo Projecto de Normalização dosparâmetros ambientais das instalaçõesindustriais do Grupo.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 55

O nosso compromissoA CEPSA assume que, pela natureza das suas actividades, tem uma responsabilidade sobre o ambiente em que opera. A Empresa está empenhada em reduzir ao máximo o impactoambiental das suas actividades, colocando em prática diversos mecanismos para cumprir esse mesmo compromisso.

Marcos 2008• Obtenção da Autorização Ambiental Integrada para a refinaria

de “Tenerife”.Grau de cumprimento: 100 %

• Conclusão da nova estação de tratamento de efluentes líquidosda refinaria “Tenerife”.Grau de progresso: 90 %

• Optimização dos parâmetros ambientais para todas asinstalações da CEPSA.Grau de cumprimento: 60%

• Estabelecimento da política e do plano de acção geral da CEPSAem matéria de protecção da biodiversidade.Grau de cumprimento: 100%

• Realização da análise e da avaliação de riscos ambientais emconformidade com a Norma UNE 150008 nas fábricas da PROAS.Grau de cumprimento: 100%

Desafios 2009• Avaliar o impacto das actividades da refinaria “Gibraltar-San

Roque” e “Tenerife” na qualidade do ar.

• Activar a nova estação de tratamento de efluentes líquidos darefinaria “Tenerife”.

• Continuar o projecto de optimização dos parâmetros ambientaispara todas as instalações da CEPSA.

• Estudar soluções para melhorar a qualidade dos efluenteslíquidos na refinaria “La Rábida”.

• Definir a estratégia e os planos de acção relacionados com alegislação de responsabilidade ambiental e através do DecretoReal n.º 2090/2008.

• Desenvolver planos de acção em matéria de protecção econservação da biodiversidade.

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Trata-se de um instrumento que permite materializar os compromissos de cumprimento legal, de melhoria contínua e de prevenção da poluição,estabelecidos nas políticas ambientais. A implantação destes sistemas implica um compromisso que se renova todos osanos e que se concretiza no programaanual de gestão, no qual se estabelecem e documentam os objectivos e metasorientados para o cumprimento da políticaambiental.

INVESTIMENTOAMBIENTAL

Os investimentos no meio ambiente são umreflexo do compromisso assumido atravésdos objectivos ambientais. As AutorizaçõesAmbientais Integradas (AAI) conduziram aum endurecimento significativo dasexigências. Ao longo de 2008, oinvestimento da CEPSA em projectos demelhoria e acções de carácter ambientalascendeu a 33,44 milhões de euros.

Na área de Refinação, os principaisinvestimentos foram canalizados para aredução das emissões atmosféricas e para a realização de progressos narecuperação de gases ácidos. Também seprocedeu a uma melhoria das instalaçõesde tratamento de águas residuais, no casoda refinaria “Tenerife”, e à ampliação dasmesmas, na refinaria “La Rábida”.

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL52

56

Investimento e Despesa Ambiental 2008 2007 200653

Despesa Investimento Despesa Investimento Investimento

Milhões Milhões Milhões Milhões MilhõesAspecto ambiental de euros % de euros % de euros % de euros % de euros %

Águas 25,81 37,6 7,84 20,4 25,86 43,8 5,36 13,5 6,0 21,7Atmosfera 20,06 29,2 22,88 59,5 18,02 30,5 29,44 74,3 10,6 38,3Resíduos 8,49 12,4 0,06 0,01 6,85 11,6 0,05 0,1 2,5 9,0Solos e águas subterrâneas 6,89 10,0 4,85 12,6 3,98 6,7 1,98 5,0 4,9 17,7Outros/ Ruídos 7,45 10,8 2,81 7,3 4,30 7,4 2,80 7,1 3,7 13,4Total 68,70 38,44 59,01 39,63 27,7

52 Mais informações sobre o grau de cumprimento dos objectivos ambientais no Relatório de RC de 2008, em www.cepsa.pt.53 Não existem dados sobre as Despesas efectuadas em 2006.

Investimento ambiental(por área de negócio)(Milhões de euros)

06 07 08

2,7

5,3

3,9

15,8

4,1

5,9

29,63,2

6,9

28,3

� Comercialização e logística

� Exploração e produção

� Petroquímica

� Refinação

Na área da Petroquímica, os investimentosconvergiram para medidas de poupançaenergética e para a mudança dos combustíveisutilizados por outros de menor carga poluente,como é o caso do gás natural.

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Ao longo deste relatório, é pormenorizadaa evolução dos principais indicadores derecursos consumidos pelas instalações daCEPSA. Além disso, é fornecida umaexplicação quando a variação anual ésignificativa ou obedece a algum projectorelevante. Nos restantes casos, asvariações correspondem às variaçõeshabituais decorrentes das operaçõeslevadas a cabo pelas instalações.

Consumo de energia: directo e indirecto

A CEPSA utiliza como energia directa ocrude e os seus derivados. A indirectarefere-se à consumida através de fontesintermédias. No caso da Empresa, é aenergia que se consome em forma devapor e electricidade.

A energia directa consumida em 2008ascendeu a 103.570 gigajoules,representando menos 2,3% do que em2007. A redução deveu-se à colocação emfuncionamento de novos projectosdestinados à obtenção de uma maioreficiência energética.

No caso da energia indirecta, vapor eelectricidade, apenas os dados referentesao consumo de electricidade sãoreportados, já que o vapor é uma energiagerada nas próprias refinarias, através doscombustíveis já incluídos no consumo deenergia directa.

Em 2008, foram consumidos 7.845gigajoules de energia indirecta, um valorsemelhante ao do ano anterior.

A energia directa e indirecta consumida pelaCEPSA provém de fontes primárias nãorenováveis, fundamentalmente, gás natural,gás combustível, fuelóleo e gasóleo.

EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DECONSUMO DE RECURSOS

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 57

2007 2008

Consumo de energia indirecta*(Electricidade)(Milhares de gigajoules)

2006

7.845

7.824

7.658

* Em 2006, foram também consumidos 206,08

gigajoules de outras fontes.

Consumo de energia directa(por fontes primárias)(Milhares de gigajoules)

06 07 08

37.4437.269

56.887

45.4065.200

55.407

50.0225.003

48.545

� Outros (coque, querosene, gasóleo)

� Gás natural

� Gás combustível + fuelóleo

Consumo de energia directa por volume de actividade 2008 2007 2006

(Gigajoules por unidade de produção ou crude tratado)

por área de negócioRefinação (Gigajoules / t de crude tratado) 2,90 2,83 2,82Petroquímica (Gigajoules / t produzida) 5,04 5,36 4,60

Consumo de matérias-primas 2008 2007 2006(Milhares de toneladas)

Refinação 22.085 21.776 25.928Petroquímica 4.100 3.539 3.425

Eficiência energética

Este indicador permite relacionar aevolução do consumo energético com ovolume de actividade das áreas de negócio.No que diz respeito à Refinação, utiliza-secomo referência a quantidade de crudetratado, enquanto na Petroquímica, utiliza-se a produção da instalação.

Consumo de matérias-primas

Na CEPSA, a principal matéria-prima é o petróleo. Durante 2008, a Empresautilizou 21,4 milhões de toneladas de crude para destilar nas suas refinarias,bem como 0,7 milhões de toneladas deoutras matérias-primas.

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O consumo de combustíveis nasinstalações da CEPSA resulta na emissãode poluentes para a atmosfera. Além dasemissões de CO2, e atendendo ao seuvolume e impacto no ambiente, a Empresafornece também informações sobre assuas emissões de óxidos de azoto (NOx),dióxido de enxofre (SO2) e ainda sobre aspartículas e Compostos Orgânicos Voláteis(COV). No que diz respeito a estes últimos,a CEPSA não realiza as medições porcentros, mas por focos de emissão, razãopela qual a Empresa decidiu não fornecerdados, por não ser possível compará-los.No entanto, importa sublinhar que aCEPSA cumpre todos os requisitosestabelecidos nas Autorizações AmbientaisIntegradas das suas instalações.

Em 2008, foi consolidada a redução dasemissões atmosféricas nas unidadesindustriais do Grupo. As principaisiniciativas levadas a cabo para estaredução foram:

Refinaria “La Rábida”: Redução geral do consumo de combustível e redução do conteúdo médio de enxofre noscombustíveis.

Refinaria “Gibraltar-San Roque”: Melhoria da qualidade dos combustíveis(fabrico de fuelóleos com menor conteúdoem enxofre) e melhorias implementadasnas unidades de produção de aminas, com um combustível (gás combustível)praticamente isento de sulfídrico.

Unidade de Puente Mayorga da CEPSAQuímica: Adaptação dos fornos para oconsumo de gás natural. Desde 2007, 97%do consumo total de combustível destaunidade diz respeito a gás natural.

Outras actividades: Substituições na frotade camiões por veículos com menoresconsumos e emissões.

EMISSÕES PARA A ATMOSFERA

58

* Nas emissões de 2007, recolhem-se pela primeira vezdados de Exploração e Produção, o que conduziu àmodificação dos valores dos anos anteriores.

2007 20082006

19.42021.361

13.967

9.127

520573

9.585

18.169

611

SO2

NOX

Partículas

Emissões de NOX y SO2

(Por unidade de produção ou crude tratado)

� Refinação (kg/t crude tratado)

� Petroquímica (kg/t produzida)

06 07 08

NOX

0,24

0,38

0,25

0,48

0,29

0,38

0,63

0,07

0,95

0,17

0,84

0,28

SO2

NOX

SO2

SO2

NOX

Emissões atmosféricas* (Por tipo de composto)(Toneladas)

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Ao longo de 2008, o consumo de águarondou os 34,6 milhões de m3, um valor 27,6%inferior ao de 2007, devido fundamentalmenteà redução da produção na área daPetroquímica e à menor quantidade de águainjectada nos poços da área de Exploração eProdução, que implicou uma diminuição de60,8% face a 2007, provocada pela reduçãodo número de poços perfurados.

Em 2008, prosseguiu-se o processo dereutilização da água com o duplo objectivode reduzir o seu consumo e a quantidadede efluentes líquidos que terão de sertratados antes da sua descarga final. O volume de água reciclada em 2008ascendeu a 0,621 milhões de m3.

CONSUMO EREUTILIZAÇÃO DE ÁGUA

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 59

54 Para o cálculo do volume de água reciclada/reutilizada considera-se o número de ciclos produtivos em que foi possível utilizar uma mesma carga de água.Por exemplo, se forem necessários 20 m3 de água para um ciclo e posteriormente essa mesma água for reutilizada para outros três ciclos adicionais, o volume totalreciclado/reutilizado para esse processo será de 60 m3 de água.

55 Não se obtiveram dados da CEDIPSA, Gás Liquefeito e CECOMASA, apesar de não serem representativos relativamente ao total.

Volume de água reciclada e reutilizada (V. Rec) 54 2008 2007 2006

(Milhares de m3)

Por área de negócio V. Total V. Rec % V. Total V. Rec % V. Total V. Rec %

Exploração e Produção 8.367,38 0 0 21.325,60 0 0 20.433,26 0 0Refinação 13.438,59 608,21 4,53 12.792,36 2.206,46 17,25 12.624,69 725,83 5,75Comercialização e Logística 1.186,74 0,022 0,020 997,47 0,018 0,002 952,53 23,25 2,44Petroquímica 10.607,95 13,16 0,12 11.590,23 14,51 0,12 10.339,91 321,77 3,11Outros 994,63 0 1.068,94 0 0 1.302,74 0 0Total 34.595,29 621,39 1,80 47.774,60 2.220,99 4,65 45.653,13 1.070,85 2,35

GESTÃO DASDESCARGASCONTROLADAS

Todas as instalações de produção daCEPSA dispõem de unidades de tratamentode efluentes, as quais lhes permitemefectuar as descargas de acordo com osvalores-limite estabelecidos pela legislaçãoaplicável às autorizações correspondentes.Apesar de o volume total de descargascontroladas ter diminuído em relação aosanos anteriores, praticamente todas as

áreas de negócio aumentaram o volumedas mesmas devido às condições especiaisde pluviosidade que se verificaram no sul da

Península Ibérica e ao facto de 75% dasinstalações nacionais de produção daCEPSA se localizarem nesta zona.

Volume de descargas controladas 2008 2007 2006(Milhares de m3)

Por área de negócioRefinação 8.401,86 7.649,73 7.983,94Petroquímica 6.476,71 5.004,89 4.575,06Exploração e Produção 27,08 25,51 26,29Comercialização e Logística55 1.259,19 996,93 1.032,71Outros (Centro de Investigação e NGS) 127.491,27 141.629,84 178.446,06Total 143.656,11 155.306,90 192.064,85

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Materiais e produtosrecuperáveis no final da sua vida útil

A CEPSA produz uma grande variedade de produtos que são transformados emenergia ou utilizados como matéria-primanoutros processos de produção, sendo nasua maior parte distribuídos a granel. Umaexcepção é a distribuição dos lubrificantes,realizada em parte em embalagenssusceptíveis de serem recuperadas, talcomo acontece com o lubrificante no finalda sua vida útil. A CEPSA Lubrificantes S.A.está abrangida pelo Sistema Integrado de

Gestão (SIG) de embalagens e seusresíduos, que garante a recolha de 100%das embalagens colocadas no mercado, epelo Sistema de Gestão de Óleos Usados(SIGAUS) implementado em 2007, que,mediante o pagamento de uma quota,garante a recolha selectiva de todos oslubrificantes embalados e vendidos e arecuperação dos óleos usados e suasembalagens.

A recompilação dos dados sobre asquantidades recuperadas de óleoslubrificantes usados é um processoexterno.

Dependendo da sua composição ecaracterísticas, os diversos tipos deresíduos são separados a partir domomento em que são produzidos, sendodepois enviados para tratamento,reciclagem ou depósito. A sua retirada é efectuada por gestores externosautorizados pela Administração.

Todos os resíduos são separados nopróprio momento da sua produção. O tipo de segregação é realizado emfunção da perigosidade do resíduo, sendoalvo de uma gestão distinta consoante setrate de um resíduo perigoso, industrialnão perigoso ou assimilável a urbano.

No sector da Exploração e Produção, são principalmente gerados resíduossólidos resultantes da perfuração depoços e considerados não perigosos. A sua variação ao longo do tempo estáassociada ao número de poços perfuradosnas jazidas.

GESTÃO DE RESÍDUOS

60

Quantidade de resíduos produzidos 2008 2007 2006(Toneladas)

Resíduos perigosos 31.450,99 45.852,78 44.418,4Resíduos não perigosos 15.230,39 23.352,63 20.485,63Total 46.681,38 69.205,41 64.904,03

Resíduos de Exploração e Produção 2008 2007 2006(m3)

Resíduos não perigosos (de perfuração) 1.872,60 4.550,00 13.164

Resíduos perigosos gerados por volume de actividade 2008 2007 2006

(Unidade de produção ou crude tratado)

Áreas de negócioRefinação (kg/t de crude tratado) 1,03 1,21 1,03Petroquímica (kg/t produzida) 1,42 3,27 4,80

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GESTÃO DO TRANSPORTE DEPRODUTOS

Para a CEPSA, o principal impactoresultante do transporte de produtos é oconsumo de energia e a emissão depoluentes para a atmosfera. Em menorescala, é também produzida uma alteração

sobre o ambiente provocada pelosderrames acidentais do produto e pelaemissão de ruídos. A CEPSA tem vindo atrabalhar para diminuir estas alterações,usando combustíveis mais limpos eeficientes, fornecendo formação aostrabalhadores e inspeccionandoperiodicamente os veículos que realizamcargas e descargas.

Nos últimos anos, a CEPSA renovou a sua frota de batelões, com o objectivo de cumprir os requisitos ambientais e a legislação comunitária relativa àconstrução de duplos cascos. Em 31 deDezembro de 2008, as suas operações jásão efectuadas apenas com unidades deduplo casco.

Por outro lado, para limitar ao máximo os derrames e seus efeitos, a CEPSAimplementa diversas medidas que vãodesde a prevenção nas zonas de carga e descarga, até à manutenção de infra-estruturas e equipamentos de despoluição.

A Empresa dispõe de inúmerosprocedimentos, tanto gerais comoespecíficos, de inspecção preventiva das

instalações, os quais permitem identificaranomalias passíveis de provocar acidentesou incidentes (e, como tal, eventuaisderrames) antes de estes ocorrerem.

Para casos de derrame durante a carga oudescarga de produtos transportados pornavio, têm vindo a ser desenvolvidos algunssistemas destinados a antecipar possíveisproblemas de poluição, entre os quaissistemas de detecção e alarme de fugasde hidrocarbonetos em mangueirasflutuantes e submersas das monobóias,assim como sistemas de previsão dederivas de manchas de petróleo.

A CEPSA participa ainda no projectointernacional de prevenção e luta contra a poluição marítima por hidrocarbonetos,cuja área de actuação se localiza namargem sul do Mediterrâneo e na costaOeste do continente africano. A gestãodeste projecto é assegurada pelasociedade anónima argelina OSPREC-SPA.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 61

56 Os dados quantitativos apenas fazem referência aos lubrificantes distribuídos pela CEPSA Lubrificantes, S.A. No ano de 2007, faz-se menção aos lubrificantes a nívelnacional, e não apenas a nível local (âmbito geográfico das Canárias), tal como foi feito nos anos anteriores.

% de produtos recuperados56 2008 2007 2006

(Milhares de m3)

Quantidade Total Quantidade Total Quantidade Total recuperada produtos % recuperada produtos % recuperada produtos %

(Kg) vendidos (Kg) recuperado (Kg) vendidos (Kg) recuperado (Kg) vendidos (Kg) recuperado

Produtos 55.363.428 110.748.700 50, 00 62.937.317 98.889.437 63,64 5.497.212 7.430.460 73,98

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62

SITUAÇÃO DA CEPSARELATIVAMENTE ÀSNORMAS DE APLICAÇÃORECENTE

Tal como acontece no relatório do ano de2007, e como complemento à informaçãosobre o desempenho ambiental, inclui-sede seguida uma descrição da situação daCEPSA relativamente às actuais normasambientais.

A Autorização AmbientalIntegrada e previsões deadaptação às melhores técnicas disponíveis

De acordo com a Lei n.º 16/2002, deprevenção e controlo integrados dapoluição, os centros da CEPSA que devemdispor de Autorização Ambiental Integrada(AAI) são as três refinarias: “Gibraltar-SanRoque” “La Rábida” e “Tenerife”; e as trêsunidades petroquímicas: Unidade de Palosde la Frontera (Huelva) de Puente Mayorgae de Guadarranque (Cádiz).

Em 31 de Dezembro de 2008, todos estescentros dispunham da necessáriaAutorização Ambiental Integrada.

Outras instalações abrangidas pela Lei n.º 16/2002, em que a CEPSA detémuma participação de 50% no capital social,apresentam a seguinte situação:

• ASESA: dispõe de Autorização AmbientalIntegrada, concedida através daResolução de 15 de Fevereiro de 2006pelo Honorable Consejero de MediAmbienti Habitatge, da Generalitat daCatalunha.

• Nueva Generadora del Sur (NGS): dispõede Autorização Ambiental Integrada,outorgada em Agosto de 2004 pelaDelegación Provincial de la Consejería deMedio Ambiente (Delegação Provincial daSecretaria do Ambiente) de Cádiz.

Nas instalações que dispõem de AAI, foramestabelecidos valores-limite de emissõesmais restritivos, em consonância com asmelhores tecnologias disponíveis e, desde asua implementação, têm sido adoptadosvários tipos de medidas. De entre estas,importa salientar:

• Implementação de programas LDAR(sigla inglesa para Detecção e Reparaçãode Fugas).

• Estudos para a redução de odores naEstação de Tratamento de ÁguasResiduais.

• Ampliação da Rede de Vigilância eControlo da Qualidade do Ar.

• Consumo de combustíveis com muitobaixo conteúdo em enxofre, tanto paraos líquidos como para os gasosos.

• Implementação das melhores técnicasdisponíveis para a depuração doscompostos orgânicos emitidos empontos focais de processos, assim comoa implementação de sistemas delavagem para os efluentes dos silos.

• Plano para a impermeabilização dosfundos de tanques e sistemas dedetecção de fugas para sua adequaçãoaos padrões internacionais.

Adaptação ao Plano Nacional de Redução de Emissões dasGrandes Instalações deCombustão

Por forma a cumprir os requisitos deredução da emissão de poluentes para aatmosfera, as Grandes Instalações deCombustão (GIC) centraram-se no uso decombustíveis com baixo teor de enxofre eno aumento do consumo dos combustíveisgasosos, como o gás natural e o gás derefinaria com teor muito reduzido deenxofre, além de também apostarem nainstalação de queimadores de baixo teorde óxidos nitrosos.

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 63

A refinaria "Gibraltar-San Roque" é a instalação industrial da CEPSA com maior capacidade de tratamento de crude em Espanha, destilandoanualmente mais de 12 milhões de toneladas. Por forma a compatibilizar aactividade da instalação com a protecção do seu meio envolvente, a Empresatem envidado todos os esforços necessários para reduzir o seu impacto.

Neste sentido, um dos instrumentos que mais contribuiu para ocumprimento dos objectivos ambientais fixados pela Secretaria doAmbiente foi o Acordo Voluntário celebrado em 2006 entre a refinaria e aJunta da Andaluzia que, além disso, serviu de base para a obtenção, noano seguinte, da Autorização Ambiental Integrada (AAI).

No quadro deste acordo, a refinaria “Gibraltar-San Roque” comprometeu-sea levar a cabo uma série de medidas num prazo de quatro anos.De entre essas medidas, destacam-se as seguintes:

• A colocação em funcionamento de uma nova unidade de enxofre,adaptando as melhores técnicas disponíveis nos processos de produçãopara prevenir e reduzir as emissões de gases e partículas para aatmosfera. No total, a capacidade de recuperação de enxofre narefinaria situa-se entre as 200 e as 275 toneladas por dia.

• A realização de melhorias diversas ao nível da eficiência energética e rendimento das instalações de combustão.

• O início de um projecto de reutilização de águas residuais para o combate a incêndios.

• O estabelecimento de um plano de vigilância, controlo e comunicação dos efeitos ambientais das instalações, através da criação deuma Comissão de Moradores que se reúne periodicamente com representantes da refinaria com o objectivo de se manterinformada sobre o estado da instalação.

• As medidas relacionadas com o impacto acústico. Depois de elaborar uma lista de possíveis focos de ruído, procedeu-se à mudançados compressores de ar, resultando na redução do ruído no perímetro industrial e na sua área de influência.

• A formação ambiental dos colaboradores do centro e a implementação do plano de integração paisagística, que continuará ao longode 2009.

Por último, as acções levadas a cabo pela refinaria até 2008 revelam um grau de cumprimento de 80% dos objectivos definidos noAcordo Voluntário assinado há dois anos, no qual se previra o dobro do tempo de concretização.Estes resultados revelam que a maioria das melhorias ambientais preconizadas foi, de facto, realizada.

Caso prático: Uma actividade industrial compatível com o ambiente

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PROTECÇÃO DABIODIVERSIDADE

A CEPSA está consciente do facto de asoperações realizadas nas suas instalaçõespoderem ter um impacto negativo noshabitats naturais das zonas onde opera.Assim sendo, todos os anos executa umvasto programa de acções com o objectivode reduzir o impacto sobre o meio em queactua e, portanto, sobre a biodiversidade.

Os potenciais impactos podem serdirectos ou indirectos, dado que asoperações da Empresa implicam umagrande variedade de processos que podemincluir o ar, a água, a terra, os recursosnaturais, a flora, a fauna, bem como osseres humanos e as suas relações.

A Lei n.º 26/2007, de 23 de Outubro,relativa à Responsabilidade Ambiental, foiregulamentada em 2008 através doDecreto Real n.º 2090 de 22 de Dezembrode 2008, que aprova o Regulamento para asua aplicação parcial. Para se prepararpara a aplicação destas novas normas de

responsabilidade ambiental, a Empresaelaborou a Norma de Protecção daBiodiversidade, a qual permitirá definir asua política e os critérios de actuação emrelação à protecção e à conservação dabiodiversidade e estruturar as múltiplasacções de protecção da natureza que serealizam ao nível do Grupo.

Neste sentido, importa destacar algumasdas actividades desenvolvidas pelaEmpresa57 por meio da realização deacções de sensibilização e respeito peloambiente, sobretudo entre os mais jovens,juntamente com o apoio a projectos deconservação da natureza:

• Projecto de conservação do camaleão-comum, em colaboração com aorganização ecologista CANS e omunicípio de Chipiona (Cádiz).

• Feira Ornitológica de Tarifa sobre amigração de aves no Estreito de Gibraltar.

• Avaliação de terrenos contíguos àrefinaria “Gibraltar-San Roque” paraestudar a possibilidade de implementaracções de protecção da biodiversidadeque favoreçam as espécies ameaçadasou em vias de extinção no Campo deGibraltar (Cádis).

• Colaboração com a CIRCE (Conservação,Informação e Estudo sobre Cetáceos).

• Campanha “Reacciona, por el futuro detus islas” (Reage pelo futuro das tuasilhas) desenvolvida nas Canárias edestinada a crianças entre os 11 e os 12 anos de idade, com o objectivo desensibilizá-las para as questõesambientais e para a poupança energética.

• Em Huelva, mantêm-se as acções deconservação, manutenção, gestão eutilização pública das zonas húmidas da Lagoa Primera de Palos. Foi aindaprorrogado o acordo com a DelegaçãoProvincial do Ambiente da Junta daAndaluzia, por forma a manter o apoioao viveiro de Calatilla, inaugurado noano passado, no qual se protegemespécies de flora autóctonesameaçadas.

• Na Colômbia, entre outras medidas,apoiou-se a organização das“Biovacaciones”, um projecto de fériasdestinado a crianças e jovens, comactividades totalmente consagradas ao tema da educação ambiental.

64

57 Mais informações sobre estes projectos em www.cepsa.pt no Relatório de Responsabilidade Corporativa de 2008, na secção anexa: Acções de Responsabilidade Empresarial2008.

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 65

A preocupação da CEPSA com as questões ambientais levou-a a desenvolveractividades direccionadas, não só para o desenvolvimento sustentável, mastambém para a protecção da biodiversidade nas zonas onde opera, entre as quais a Baía de Algeciras (Cádiz).

As águas do Estreito de Gibraltar constituem uma das maiores reservas decetáceos do mundo, com populações estáveis de orcas, golfinhos e baleias-piloto,além de serem local de passagem ou permanência temporária de baleias ecachalotes. Em torno destes cetáceos, desenvolveu-se uma importante indústriaturística, actividade que, aliada ao intenso tráfego marítimo e à pesca, constituiuma pressão e ameaça para a sobrevivência e estabilidade destes animais.

Muitos dos riscos que estes mamíferos enfrentam podem ser atenuados atravésde uma melhor formação e informação dos grupos que entram em contacto comeles, em geral pouco conhecedores dos efeitos produzidos pela sua aproximação a zonas de defeso e desenvolvimento, e ainda da sensibilização das populaçõesvizinhas sobre o seu papel activo na protecção deste ambiente único.

Com esta finalidade, e aproveitando o apoio prestado, desde os anos 1990, aestudos sobre biologia marinha em Espanha e no Brasil, a Empresa decidiu-se porunir esforços com a CIRCE, uma organização científica sem fins lucrativos, comgrande experiência e prestígio no estudo e conservação de cetáceos do Estreitode Gibraltar, que desenvolveu um Plano Estratégico de Educação Ambientaldireccionado para os profissionais do turismo, das pescas e da educação.

Entre as acções desenvolvidas nesta área, importa destacar, em inícios de Dezembro de 2008, a realização do Workshop de conservaçãodos cetáceos do litoral do Campo de Gibraltar, organizado pela CIRCE e apoiado pela CEPSA. Este workshop visou a elaboração de umrelatório sobre os cetáceos existentes na zona, o planeamento de futuros projectos de investigação e educação, o desenvolvimento deunidades didácticas para formadores e a criação de um fórum de contacto entre os diversos grupos de interesse.

O evento obteve um enorme sucesso ao reunir, no mesmo fórum e pela primeira vez, autoridades administrativas, administradores deparques naturais, entidades privadas, profissionais do turismo e da educação ambiental e geral, outras autoridades e investigadores,todos eles unidos em torno de um mesmo objectivo: o de promover a conservação dos cetáceos do Estreito. O diagnóstico dosproblemas e as propostas de soluções revelaram um enorme quórum em torno destas questões.

Para a concretização dos objectivos estabelecidos, está prevista, para 2009, a tomada das seguintes medidas: publicação de um livrocom as conclusões do encontro; assinatura de um acordo entre a CIRCE e a CEPSA para promoção de acções de educação ambientale, juntamente com o Ministério do Ambiente, dos Meios Rurais e do Ambiente Marinho (Ministerio de Medio Ambiente, Rural y Marino)e com a Fundação para a Biodiversidade, para o financiamento de um estudo que sirva de base técnica para a definição de umapolítica de conservação mais adequada à baleia-piloto (Globicephala melas) no mar Mediterrâneo de jurisdição espanhola.

Caso prático: CEPSA, a favor da conservação dos cetáceos

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11O nosso compromisso_67

Marcos 2008 / Desafios 2009_67

A gestão dos GEE_68

Inventário das emissões de GEE_69

A melhoria dos processos_69

A melhoria dos produtos_69

Riscos e desafios decorrentes da legislação sobre GEE_70

Caso prático: Instalação de um novo permutador de calor na refinaria “La Rábida”_71

Gases com Efeito de Estufa

Mais informações no Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 disponível em www.cepsa.pt

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 67

O nosso compromissoA CEPSA está empenhada em reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE). AEmpresa considera que o melhor caminho para o conseguir é aplicar medidas de poupança e deeficiência energética.

Marcos 2008• Cumprimento do Plano Nacional de Atribuição de Direitos de

Emissão.Grau de cumprimento: 100%

• Realização de estudos para o armazenamento de CO2 emaquíferos salinos.Grau de cumprimento: 50%

• Prosseguimento do estudo de implantação de energiasrenováveis.Grau de cumprimento: Más del 50%

Desafios 2009• Reduzir as emissões em 8% no período de 2005-2009, em

resultado da implementação do projecto Profit Improvement.

• Concluir a execução dos projectos desenvolvidos com aconsultora KBC para a redução do consumo energético nasrefinarias “Gibraltar-San Roque”, “Tenerife” e “La Rábida”.

Designam-se por gases com efeito de estufa(GEE) os gases cuja presença na atmosferacontribui para a manutenção da temperaturana Terra. O processo assenta na retenção departe da energia proveniente do Sol e daprópria Terra (incluindo-se aqui, quer a energiacriada pelo homem, quer a que provém deprocessos naturais), evitando que regresseimediatamente à atmosfera. A este efeito deaquecimento chama-se “efeito de estufa”,devido à semelhança com o processo deretenção de calor no interior de uma estufa.

Pelas suas características de combustão, oscombustíveis fósseis, como o gás, o petróleoou o carvão, provocam cerca de dois terçosdas emissões totais de gases com efeito deestufa. No entanto, são também as principaisfontes de energia em todo o mundo.

A CEPSA implementou o princípio daprecaução adoptado pela União Europeianesta matéria e procura dar-lhe respostaatravés de medidas de optimização dos seusprocessos, de poupança energética e decontrolo do consumo energético.

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A GESTÃO DOS GEE

A CEPSA dispõe de duas unidades comresponsabilidades sobre a gestão e ocontrolo das emissões dos diversoscentros de actividade da Empresa:

• O Comité de CO2 tem como objectivocontrolar o cumprimento da legislaçãovigente em matéria de GEE e planear asacções relativas aos mecanismos deflexibilidade, como, por exemplo, aparticipação no Fundo Espanhol deCarbono58 (FEC) ou em projectos doMecanismo de Desenvolvimento Limpo(MDL)59.

• O Departamento de gestão dos GEEsupervisiona o cumprimento dasdirectrizes do Protocolo de Quioto e dasnormativas europeias e nacionais,estabelecendo sistemas de controlo dasemissões de CO2. Além disso, define,propõe e gere as estratégiasnecessárias para a consecução dosobjectivos fixados pela Empresa parareduzir as suas emissões e, por último,colabora com várias organizaçõesnacionais e europeias para optimizar aaplicação das diferentes directivasrelativas às emissões de GEE.

68

Emissões por área de negócio 2008 2007 2006(Quilotoneladas)

CO2 CO2 Eq60 CO2 CO2 Eq CO2 CO2 Eq

Refinação 3.372 3.399 3.316 3.329 3.319 3.341Petroquímica 837 840 837 855 832 829Exploração e Produção 320 337 206 217 271 317Cogeração 860 864 885 893 863 870Ciclo Combinado Misto 755 761 755 762 744 751Total 6.144 6.200 5.999 6.056 6.030 6.108

Emissões directas de GEE 2008 2007 2006(Quilotoneladas)

(kt CO2 eq) %Variação (kt CO2 eq) %Variação (kt CO2 eq) %Variação

Total 6.200 2,4 6.056 0,9 6.108 -7,0

58 Criado em 2005 com uma dotação de 170 milhões de euros, o Fundo é gerido pelo Banco Mundial. Os seus recursos destinam-se à compra de reduções de emissões a partirde projectos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

59 O mecanismo de Desenvolvimento Limpo é um acordo subscrito no Protocolo de Quioto que permite às empresas assinarem acordos que estabelecem metas de reduçãodos gases com efeito de estufa no primeiro período do compromisso compreendido entre os anos 2008-2012, investindo em projectos de redução de emissões em paísesem vias de desenvolvimento, como uma alternativa para adquirir reduções certificadas de emissões a custos inferiores nos aplicados aos seus países.

60 O CO2 equivalente (CO2 eq) é a soma de CO2 emitido, mais as toneladas de metano e óxido nitroso, multiplicadas pelo seu potencial de aquecimento global.

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INVENTÁRIO DEEMISSÕES DE GEEO Departamento de Gestão de GEE éresponsável pela elaboração de uminventário anual61 das emissões directasdos três principais GEE emitidos pelaEmpresa no desenvolvimento das suasactividades: dióxido de carbono (CO2),metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).

Contabilizando as emissões totaisrealizadas a nível internacional e nacional,em 2008 e como consequência do aumentoda produção na área de E&P, entre outras,a CEPSA aumentou as suas emissões em2,4%, face ao ano 2007.

Contudo, no que se refere ao cumprimentodo Plano Nacional de Atribuição deLicenças de Emissão, os projectos que aEmpresa implementou permitiram-lhelibertar emissões inferiores aos limitesestabelecidos.

A MELHORIA DOS PROCESSOS

A CEPSA tem vindo a levar a cabo, há jávários anos, um plano de acção cujo objectivoconsiste na optimização dos seus processos,procurando promover a poupança e aeficiência energética como objectivosfundamentais para a minimização dos GEE.

O desenvolvimento e a execução dosprojectos associados a este plano foramrealizados de forma escalonada nos últimosanos, apostando, em primeiro lugar, naqueles

que supõem uma elevada recuperaçãoenergética. Restam, portanto, aquelesprojectos que, apesar da conveniência deexecutá-los pela sua contribuição para apoupança, apresentam um menor impactoou efeito a mais longo prazo.

No total, a CEPSA investiu em 2008 maisde 25 milhões de euros em projectos demelhoria da eficiência energética.62.

A MELHORIA DOS PRODUTOS

A eficiência dos produtos é um aspectoque também contribui para reduzir os GEE. Tanto a sua composição como ummelhor rendimento dos mesmos incidemdirectamente no nível das emissões.

As principais linhas de actuaçãodesenvolvidas pela Empresa nesta matéria foram as seguintes:

• Incorporação de biocomponentes (ETBE e biodiesel).

• Produção de lubrificantes de últimageração.

• Lançamento da gama de combustíveis“Óptima”.

• Lançamento do Diesel Agromax.• Lançamento do Gasóleo de aquecimento

“Rendimiento”.

Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 69

0,150

Emissões por área de negócio

06 07 08

0,406

0,241

0,2220,065

0,223

0,392

0,239

0,044

0,147

0,2020,062

0,404

0,256

0,147

� Ciclo combinado: t de CO2 equivalente/MWh deelectricidade líquida produzida

� Cogeração: t de CO2 equivalente/MWh de total aproveitado

� Exploração e Produção: t de CO2 equivalente/t de petróleo líquido

� Petroquímica: t de CO2 equivalente/t de produto obtido

� Refinação: t de CO2 equivalente/t de crude tratado

61 Para definir a abrangência do inventário, a CEPSA aplica critérios específicos que variam em função da instalação. Estes encontram-se disponíveis para consulta no Relatóriode Responsabilidade Corporativa 2008, em www.cepsa.com.

62 Mais informações sobre alguns dos projectos que se levaram a cabo em www.cepsa.com, Relatório de Responsabilidade Corporativa de 2008, no capítulo “Gases com Efeito deEstufa”, secção “Riscos e desafios decorrentes da legislação sobre GEE”.

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Dados financeiros relacionados com os GEE 2008 2007 2006(Milhares de euros)

Investimento em I+D 334 284 266Mecanismos de desenvolvimento limpo63

(quantidade integrada no FEC) - 535 -

Investimento em projectos de poupança energética e redução de emissões de CO2

Refinação 12.520 5.457 4.184CEPSA Química 3.206 255 1.710Cogeração (GEPESA) 9.425 - -

RISCOS E DESAFIOSDECORRENTES DALEGISLAÇÃO SOBRE GEE

Com o objectivo de promover a contençãodos GEE, a União Europeia assumiu ocompromisso firme de respeitar oProtocolo de Quioto, dando lugar a umasérie de iniciativas que representam umimportante desafio para as empresas. O Governo espanhol participou nestasiniciativas através da elaboração de linhasestratégicas que asseguram o cumprimentodas obrigações que incumbem a Espanha. Entre elas, encontram-se os planos deenergia renovável, medidas de poupançaenergética, de apoio ao transporte porcaminho-de-ferro e a modificação doPlano Nacional de Atribuição de Emissões.

No seguimento desta mesma linha deactuação e em cumprimento das

disposições do Protocolo de Quioto (2008-2012), a Comissão Europeiaapresentou uma proposta de um novoplano, com entrada em vigor prevista para1 de Janeiro de 2013, implicando uma novaredução das emissões e potenciando odesaparecimento das atribuições e a suasubstituição pela adjudicação.

De acordo com este novo plano e em função do risco de perda decompetitividade que a União Europeiapreveja para os distintos sectoresindustriais, as instalações da CEPSApoderão ser afectadas, em menor ou maiorescala, aumentando substancialmente anecessidade de adquirir direitosrelativamente à situação actual.

Perante esta situação, a CEPSA colocouem marcha medidas tendentes a reduziras suas emissões, apostando nas medidasde controlo de emissões, de poupança

energética e de melhoria daoperacionalidade das suas unidades. Taismedidas foram ainda complementadas pelacolaboração com diversas organizaçõesnacionais e europeias na coordenação eminimização dos possíveis impactosnegativos da futura directiva sobre asinstalações da Empresa.

70

63 As contribuições para o Fundo Espanhol de Carbono em 2007 serviram para assegurar os CER (Créditos de Redução de Emissões) recebidos em 2008, assim como parapagar adiantamentos que facilitaram a realização de projectos do MDL que produzirão CER no futuro. Cada CER representa uma redução de uma tonelada de dióxido decarbono.

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Relatório de Responsabilidade Corporativa 2008 CEPSA

Resumo 71

O crude, tal como é extraído de uma jazida, não tem aplicação prática, pelo que énecessário submetê-lo a um processo de separação em várias fracções, as quais terãoentão utilidade. A destilação é a primeira etapa para a obtenção de uma ampla gama deprodutos, entre os quais se encontra a nafta, produto líquido que se utiliza, entre outrasaplicações, como matéria-prima para a indústria petroquímica e para o fabrico degasolinas.

Após a destilação, o enxofre é separado da nafta e esta é enviada para a unidade dePlatformer, com uma produção de 11.000 barris por dia, onde se transforma em benzeno,um composto aromático que, no caso da refinaria "La Rábida", é utilizado para produzirmais benzeno e gasolinas.

A unidade de Platformer dispõe de um conjunto de permutadores de calor, do tipocarcaça-tubos, para pré-aquecer a sua carga, recuperando o calor da correnteproduzida na reacção. Em 2005, a KBC, consultora especializada em soluções depoupança energética e melhoria da cadeia de valor e rentabilidade, analisou todos osfactores intervenientes no processo de fabrico da nafta e dos aromáticos, propondo a aplicação da tecnologia Pinch64 nos permutadores desta unidade.

A solução proposta pela Platformer consistiu na substituição do conjunto de permuta decalor existente por um de última geração do tipo Packinox, de placas, que é muito maiseficiente, quer do ponto de vista térmico, quer do ponto de vista hidráulico. Segundo asestimativas iniciais da KBC, este equipamento, do qual existem apenas cerca de 300unidades em todo o mundo, permitiria melhorar a eficiência dos anteriores, com umapoupança de combustível de 2.847 toneladas equivalentes de petróleo por ano, o querepresenta uma redução de 8.691 toneladas/ano nas emissões de CO2.

Uma vez concluído o estudo de viabilidade sobre o rendimento da nova unidade e outrasvariáveis que confirmaram a pertinência das modificações propostas e da poupançaprevista, a CEPSA decidiu levar a cabo o projecto, que começou em Janeiro de 2007 e terminou com a sua implementação em Abril de 2008.

Os resultados obtidos indicam um aumento da temperatura da carga de entrada no forno de cerca de 30ºC, o que aponta para umaredução no consumo superior a 12%. Esta redução, dependendo da carga da unidade, implica uma poupança de fuelóleo equivalenteentre 2.300 e 2.900 toneladas/ano e uma redução das emissões de CO2 entre 7.600 e 9.700 toneladas/ano, valores que se encontramdentro dos parâmetros esperados. A melhoria do sistema hidráulico permitiu também aumentar a carga em cerca de 30%, emcomparação com a carga anterior.

Caso prático: Instalação de um novo permutador de calor narefinaria “La Rábida”. Poupança energética ediminuição das emissões de CO2

64 A tecnologia Pinch é uma metodologia destinada a optimizar a recuperação energética em qualquer instalação industrial, que ao aproveitar as correntes quentes, quenecessitam de ser arrefecidas, e as frias, que necessitam de ser aquecidas, as analisa e determina o melhor intercâmbio de calor que permita alcançar o critério de máximaaproximação, Pinch.

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Termos utilizados no sector:

Aromáticos:Produtos derivados do benzeno utilizadoshabitualmente como matéria-prima na indústriapetroquímica.

Bioetanol:

Álcool etílico obtido a partir de produtos vegetais,como os cereais.

Catalizador:Substância que, em pequena quantidade, altera avelocidade de uma reacção química, geralmenteaumentando-a, e que é recuperada sem alteraçõesessenciais no final da reacção.

Cogeração:Sistema de geração eléctrica que produz calor eelectricidade de forma conjunta e simultânea.

Conversão:Processo posterior à destilação na qual os produtosmais pesados, como o fuel e o gasóleo, sãotransformados noutros mais leves.

Destilação em vácuo:Destilação, cuja matéria-prima é o fuel atmosféricoproduzido a uma pressão inferior à pressãoatmosférica num sistema de vácuo instalado na partesuperior da coluna, para obter asfaltos e baseslubrificantes, entre outros produtos.

ETBE:(Etil-ter-butil-éter) Composto químico utilizado naformulação de gasolinas e destinado a aumentar onúmero de octanas.

FCC:Unidade de Cracking Catalítico em leito fluído.Instalação de conversão que permite obter produtosleves a partir de uma mistura de gasóleo pesado,gasóleo de vácuo e, nalguns casos, resíduo atmosférico.O processo realiza-se através de um cracking térmicoe utiliza igualmente um catalizador que permite teruma maior variedade de produtos.

Unidade de enxofre:Unidade de tratamento que recupera este produtopara ser controlado e comercializado.

Tratamento:Grupo de unidades cuja finalidade consiste em adequaros produtos às especificações exigidas. É o caso dasunidades de ETBE, alquilação e isomerização, quepermitem obter gasolinas sem chumbo de altaqualidade.

Expressões e acrónimos utilizados no Relatório:

Barril:Medida de volume equivalente a 159 litros.

Biocombustíveis:Qualquer tipo de combustível que derive de organismosrecentemente vivos ou de produtos do seumetabolismo.

Biodiesel:Carburante proveniente de óleos vegetais para uso emmotores diesel.

Ciclo combinado:Sistema de geração de energia que combina um ciclode turbina de gás com um ciclo de turbina de vapor, deforma a obter um maior rendimento com menorimpacto ambiental.

CO2:Dióxido de carbono.

COASHIQ:Organismo que elabora estatísticas de segurança com os dados dos seus associados. Em Espanha, é amaior representação da indústria relacionada comprodutos químicos. As refinarias e as três unidadespetroquímicas da CEPSA situadas em Espanha estãoassociadas a este organismo.

COV:Compostos orgânicos voláteis. Este tipo de compostos,que apresenta estruturas químicas diferentes, éemitido durante os processos de fabrico, carga earmazenamento dos produtos, podendo ainda estarimplicado em processos de geração de ozonotroposférico.

Direitos de emissão:Autorizações ou créditos outorgados a organizaçõesque lhes permitem cumprir os objectivos do Protocolode Quioto e que posteriormente podem sercomercializados dentro de um mercado regulado.

Efluente:Resíduo em forma líquida habitualmente decorrentedos diversos processos de uma unidade de produção.

GJ:Gigajoule. 109 joules (1.000 milhões de joules). O joule éuma unidade de energia do sistema internacional queequivale ao trabalho realizado por uma força constantede 1 newton para deslocar em 1 metro o seu ponto deaplicação.

IPPC:Directiva europeia que tem por objecto a prevenção e a redução integradas da poluição resultante dediversas actividades.

ISO:International Organization for Standarization.

ISO 9001:Norma de certificação do sistema de gestão daqualidade. Mecanismos de desenvolvimento limpo.

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL):Projectos de redução de emissões em países menosdesenvolvidos, no âmbito do Protocolo de Quioto.

MWh:Megawatts por hora. Unidade de medida de energia.

Norma UNE-EN ISO:Norma internacional no Direito espanhol.

NOx:Óxidos de azoto.

Organização Internacional do Trabalho (OIT):Organismo das Nações Unidas que fomenta a justiçasocial e os direitos humanos e laborais consagrados aonível internacional.

Pacto Mundial das Nações Unidas:Pretende divulgar entre o sector privado a assumpçãode compromissos ambientais, laborais, de protecçãodos direitos humanos e de luta contra a corrupção.

Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão(PNA):Acto legislativo pelo qual é regulado o regime docomércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa (aprovado pelo Governo e mediante o qual se adapta ao ordenamento jurídico espanhol a Directiva 87/2003/CE sobre este comércio). Tem por objecto contribuir para a redução de emissões que provocam alterações climáticas,cumprindo o compromisso assumido por Espanha por meio do Protocolo de Quioto.

Protocolo de Quioto:Acordo internacional, assinado em 1997, pelo qual os países mais desenvolvidos se comprometem areduzir as suas emissões de gases com efeito deestufa para estabilizar as concentrações destes gases na atmosfera a um nível que impeçainterferências perigosas no sistema climático.

PTA:Ácido Tereftálico Purificado.

REACH:Registration, Evaluation and Authorisation ofChemicals.

SO2:Dióxido de enxofre.

T:Tonelada métrica.

UNE 150008 EX:Norma espanhola relativa à Avaliação dos RiscosAmbientais das instalações onde se desenvolvemactividades empresariais, dirigida especialmente aosector industrial.

Valorização dos resíduos:Todos os procedimentos que permitam oaproveitamento dos recursos contidos nos resíduos.

ANEXO:GLOSSÁRIO

Anexo

72

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OUTRAS INFORMAÇÕES DE INTERESSE DA CEPSARelatório Anual 2008

Documentação Legal e Relatório de Governo Corporativo 2008

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Layout e realização:IMAGIA officina

Fotografia:Arquivo fotográfico da CEPSA

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Para a elaboração deste relatório foi utilizado papel 100% reciclado.

Este documento constituiu um resumo dos temas que aEmpresa considera mais relevantes para os seus gruposde interesse. Para mais informações, visite a página web da CEPSA, www.cepsa.pt, onde poderá consultar oRelatório de Responsabilidade Corporativa de 2008.

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