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Planejamento estratégico do Bloco de Conservação da Terra do Meio
Relatório final
Maria Auxiliadora Drumond
Julho/2009
1
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO.....................................................................................5
2 MÉTODO UTILIZADO NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............................5
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS UTILIZADOS NAS OFICINAS DE PLANEJAMENTO DO BLOCO DE CONSERVAÇÃO DA TERRA DO MEIO...................8
3.1 Atividades preparatórias.......................................................................8
4 RESULTADOS.......................................................................................11
4.1 Alvos de conservação..........................................................................114.1.1 Recursos pesqueiros – espécies mais exploradas................................................124.1.2 Fauna com uso potencial para consumo..............................................................164.1.3 Espécies madeireiras...........................................................................................184.1.4 Espécies florestais não madeireiras.....................................................................234.1.5 Agrobiodiversidade e cultura tradicional..............................................................264.1.6 Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos......................................304.1.7 Região noroeste do Mosaico Terra do Meio..........................................................344.1.8 Sul da Estação Ecológica Terra do Meio...............................................................394.1.9 Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira 414.1.10 Espécies recém descobertas e endêmicas...........................................................444.1.11 Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia; e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca................................................................47
4.2 Estratégias gerais para a região da Terra do Meio.................................57
4.3 Ameaças da UHE Belo Monte................................................................57
4.4 Visão de futuro....................................................................................58
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................58
6 EQUIPE TÉCNICA..................................................................................59
ANEXO I - PARTICIPANTES DA I OFICINA DE PLANEJAMENTO DO BLOCO DE CONSERVAÇÃOTERRA DO MEIO.........................................................................60
ANEXO II - PARTICIPANTES DA II OFICINA DE PLANEJAMENTO DO BLOCO DE CONSERVAÇÃO TERRA DO MEIO........................................................................62
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SIGLAS E ACRÔNIMOS UTILIZADOS
ADAFAX ASSOCIACAO PARA O DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR DO ALTO XINGU
ADEPARÁ AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ
APA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
CAPPRU COOPERATIVA ALTERNATIVA DOS PEQUENOS PRODUTORES RURAIS E URBANOS
CENAFLOR CENTRO NACIONAL DE APOIO AO MANEJO FLORESTAL, DO IBAMA
CPT COMISSÃO PASTORAL DA TERRA
COIAB COORDENAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
EMATER EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL
FUNAI FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO
FVVP FUNDAÇÃO VIVER PRODUZIR PRESERVAR
GRET
IEB INSTITUTO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DO BRASIL
IBAMA INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS DO GOVERNO FEDERAL BRASILEIRO
IDEFLOR INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL
IEB INSTITUTO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO DO BRASIL
IMAZON INSTITUTO DO HOMEM E DO MEIO AMBIENTE DA AMAZÔNIA
INCRA INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
IPAM INSTITUTO DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA
ISA INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL
ITERPA INSTITUTO DE TERRAS DO PARÁ
LAET LABORATÓRIO AGROECOLÓGICO DA TRANSAMAZÔNICA
MCT MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
MPF MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
NEAF NÚCLEO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DESENVOLVIMENTO RURAL
ONG ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL
SAGRI SECRETARIA DE AGRICULTURA DO ESTADO DO PARÁ
SBF SECRETARIA DE FLORESTAS E BIODIVERSIDADE DO
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
SEDECT SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
SEMA SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
SEMAGRI SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA
SEMATUR SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO
SEMED SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
SEPAq SECRETARIA DE ESTADO DE PESCA E AQUICULTURA
SFB SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO
STR SINDICATO DOS TRABALHAORES RURAIS
STTR SINDICATO DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS
TdM TERRA DO MEIO
TNC THE NATURE CONSERVANCY
UC UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
UF UNIDADE DA FEDERAÇÃO
UFPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
UNIFLOR
UICN UNIÃO MUNDIAL PELA NATUREZA (THE WORLD CONSERVATION UNION)
WWF FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA (WORLD WIDE FUND FOR NATURE)
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DOBLOCO DE CONSERVAÇÃO
DA TERRA DO MEIO
1 Apresentação Este documento traz os resultados do planejamento estratégico do Bloco de Conservação da Terra do Meio, desenvolvido em duas oficinas de planejamento, realizadas nos dias 06, 07 e 08 de abril de 2009, em Belém, PA e nos dias 26, 27 e 28 de maio de 2009, em Alter do Chão, PA. Apresenta os alvos de conservação selecionados pelos participantes das oficinas, modelos conceituais, análise de ameaças diretas, cadeias de resultados, estratégias, objetivos dos alvos de conservação, metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave relacionados a cada meta traçada. Apresenta também o futuro esperado pelos participantes da segunda oficina de planejamento para a Terra do Meio – idéias que, futuramente, comporão a visão de futuro da região.
2 Método utilizado no planejamento estratégico
Para o planejamento dos blocos de conservação estão sendo utilizados os parâmetros estabelecidos pela metodologia “Gestão Adaptativa” (WWF, 2007), que é fundamentada na incorporação de um processo formal de aprendizagem à ação de conservação. Trata-se da integração do desenho, da gestão e do monitoramento do projeto, para oferecer um marco para testar sistematicamente as premissas, promover a aprendizagem e fornecer informações a tempo para decisões gerenciais. Na figura abaixo podem ser observadas as cinco etapas do processo cíclico de avaliação e aprendizagem, descritas sucintamente a seguir.
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Ciclo de Projeto ou Programa baseado na Gestão Adaptativa. Fonte: WWF, 2007.
Etapa 1 – Definição Nessa etapa são estabelecidos o escopo do trabalho, a visão do projeto os objetos ou alvos de conservação, assim como são analisados o contexto e os atores sociais envolvidos no projeto.
O escopo considerado para os blocos de conservação é a área de geográfica de atuação do projeto.
A visão consiste na descrição da condição final ou do estado desejado para o qual se pretende trabalhar.
Os alvos ou objetos de conservação podem ser espécies, habitats, sistemas ou processos ecológicos que, se escolhidos como tal, representam a biodiversidade da região. Também podem ser temáticos, abrangendo ameaças ou oportunidades, ou seja, condições favoráveis ou desfavoráveis importantes para serem incluídas ou contornadas em programas de conservação. Segundo WWF (2005), em um projeto que envolve uma ecorregião, como os blocos de conservação aqui considerados, devem ser selecionados de oito a doze alvos, cuja conservação deve refletir o sucesso de conservação de toda a região.
A análise de situação ou de contexto inclui a análise dos principais fatores que afetam os objetos de conservação, como ameaças diretas, ameaças indiretas e oportunidades, além da construção de um modelo conceitual, que ilustra, em forma de diagrama, os vínculos entre os alvos de conservação e esses fatores.
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Etapa 2 – Desenho ou elaboração Nessa etapa são planejadas as intervenções ou estratégias que deverão ser adotadas para atingir os resultados de conservação, assim como as metas e objetivos a serem alcançados. Devem estar claras as seqüências lógicas que vinculam as estratégias aos alvos de conservação, por meio da construção de uma cadeia de resultados, que apresenta um retrato gráfico da lógica de intervenção.
Também é delineado um plano de monitoramento, que será utilizado para rastrear o progresso do projeto com base em indicadores estabelecidos para os alvos de conservação, e ameaças e fatores críticos identificados nas cadeias de resultados. Segundo os padrões estabelecidos pelo WWF (2007), nessa fase também consta a elaboração de um plano operacional, que define as etapas e atividades a serem desenvolvidas em longo prazo.
Para os blocos de conservação da Amazônia, o desenvolvimento do plano operacional será feito posteriormente, na etapa de implementação. O escopo dos blocos foi previamente definido pelo WWF-Brasil.
Dessa forma, o plano estratégico dos blocos de conservação comportará:Visão Alvos de conservação
- Análise da situação, incluindo o modelo conceitual Plano de ação (metas, objetivos e cadeia de resultados).
- Plano de monitoramento (indicadores de monitoramento)
As próximas etapas, de implementação, análise e compartilhamento e adaptação, descritas a seguir, se desenvolverão a partir do planejamento assim realizado.
Etapa 3 – Implementação Este é o momento de colocar em ação todos os esforços de planejamento realizados nos passos anteriores. O passo envolve o desenvolvimento e implementação de planos de trabalho específicos, assegurando recursos, capacidade e parceiros suficientes.
Etapa 4 – Análise e Adaptação Esta etapa envolve a gestão e análise regular dos dados, para convertê-los em informações úteis. É necessário analisar os principais resultados e hipóteses do projeto, assim como os dados operacionais e financeiros para, então, adaptar, quando necessário, o desenvolvimento do projeto.
Etapa 5 – CompartilhamentoO passo final do ciclo de gestão envolve o compartilhamento de experiências e produtos com os principais públicos externos e internos. Também envolve dar e receber retorno, realizar avaliações e auditorias, e promover a cultura de aprendizagem.
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3 Procedimentos metodológicos utilizados nas oficinas de planejamento do bloco de conservação da Terra do Meio.
3.1 Atividades preparatóriasCom o intuito de planejar o processo de planejamento do bloco de conservação da Terra do Meio, duas reuniões iniciais, com coordenadores e o técnico responsável pelo bloco foram realizadas, em Brasília. A primeira reunião objetivou uma discussão sobre o método e a definição de procedimentos para o processo de planejamento estratégico. Na segunda reunião definiu-se a agenda para o desenvolvimento de atividades preparatórias, o cronograma para a condução das duas oficinas de planejamento, e elaborou-se uma lista de participantes, representativa de diferentes setores que atuam na região. Ajustes e detalhamento da operacionalização do processo de preparação e desenvolvimento da primeira oficina foram feitos posteriormente, por meio eletrônico e via telefone. Visando subsidiar o entendimento da situação ambiental, assim como os vetores sociais, econômicos e ambientais que impactam a biodiversidade e o desenvolvimento da região, foi elaborada, por Juarez Carlos Brito Pezzuti, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) uma análise de contexto do bloco de conservação da Terra do Meio, cuja versão preliminar foi entregue aos participantes no momento da I Oficina. A I oficina de planejamento (figura 1) teve duração de três dias e contou com a participação de 39 pessoas, integrantes de instituições governamentais, não governamentais e de ensino e pesquisa, conforme lista constante no Anexo I.A oficina apresentou os seguintes passos:
Abertura e apresentação dos participantes Apresentação sintética sobre o método Gestão Adaptativa Apresentação da análise de contexto e discussão coletiva Passo I – Definição dos alvos de conservação Passo II – Construção do modelo conceitual Passo III – Priorização das ameaças diretas Passo IV – Desenvolvimento de estratégias e levantamento de entidades e parceiros
potenciais Próximos passos, avaliação oral e encerramento do evento.
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Figura 1 - Diferentes momentos da I Oficina de planejamento do bloco de conservação Terra do Meio, realizada em Belém, PA, em 06 a 08 de abril de 2009.
As atividades de definição de alvos de conservação, construção do modelo conceitual, análise de ameaças e delineamento de estratégias preliminares foram desenvolvidas em quatro grupos de trabalho, devido ao grande número de participantes. Todos os resultados foram discutidos e acordados em plenária. Os resultados desse evento estão apresentados no “Relatório da Primeira Oficina de Planejamento” (WWF-Brasil, abril de 2009).Ameaças diretas aos alvos de conservação foram analisadas quanto à sua abrangência, impacto e permanência do dano, conforme sugerido em WWF (2007a) (tabela 1).
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Tabela 1 – Síntese dos parâmetros de análise de ameaças.
PARÂMETROS CATEGORIA DE AMEAÇA
MUITO ALTA (VALOR 4)
ALTA (VALOR 3) MÉDIA (VALOR 2)
BAIXO (VALOR 1)
ABRANGÊNCIA 71 A 100% 31 A 70 % 11 A 30% 1 A 10%
IMPACTO 71 A 100% 31 A 70 % 11 A 30% 1 A 10%
PERMANÊNCIA (DO DANO)
MUITO IMPROVAVEL A
RECOMPOSICAO EM 100 ANOS
RECUPERACAO DIFICIL ENTRE 21 A 100 ANOS
RECUPERACAO ENTRE 6 A 20
ANOS
EFEITOS PODEM SE RESOLVER EM CURTO
PRAZO ( < 5 ANOS)
A II oficina de planejamento, realizada em Alter do Chão, Pará, nos dias 26 a 28 de maio (figura 2) contou com a participação de 25 integrantes de instituições governamentais, não governamentais e de ensino e pesquisa (Anexo II). A oficina apresentou os seguintes passos:
Abertura e apresentação dos participantes Apresentação dos procedimentos metodológicos, “Padrões de gestão de projetos e
programa de Conservação do WWF Brasil”, versão de fevereiro de 2007 WWF_Standards_portugues.pdf , e passos de desenvolvimento do evento
Passo I – Construção da cadeia de resultados e revisão dos modelos conceituais resultantes da oficina I
Passo II – Definição de metas e objetivos Passo III – Definição de indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores
sociais possivelmente envolvidos nos objetivos traçados Passo IV – Chuva de idéias sobre visão da região Terra do Meio Passo V – Próximos passos, avaliação oral e encerramento do evento.
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Figura 2 Diferentes momentos da II Oficina de planejamento do bloco de conservação Terra do Meio, realizada em Alter do Chão, PA, em 26 a 28 de maio de 2009.
Os trabalhos da segunda oficina também foram desenvolvidos em quatro grupos e discutidos em plenária. As questões sem consenso estão explícitas neste documento.
4 Resultados
4.1 Alvos de conservação Os seguintes alvos de conservação foram definidos para a região da Terra do Meio:
1. Recursos pesqueiros – espécies mais exploradas2. Fauna com uso potencial para consumo3. Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos 4. Espécies madeireiras;5. Espécies florestais não madeireiras; 6. Produtos da agricultura tradicional;7. Região noroeste do Mosaico Terra do Meio
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8. Região do Morro do Pelado, da Serra do Pardo e do platô da Floresta Nacional de Altamira
9. Sul da Estação Ecológica Terra do Meio 10. Espécies recém descobertas e endêmicas11. Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e
Parque Nacional da Serra do Pardo12. Região da BR 230 e ramal Maribel/região da Cachoeira Seca 13. Região da BR 163 – ramal Curuaia
Nota-se certa sobreposição entre alvos de conservação devido à temática ampla de alguns deles e à abrangência geográfica de outros. Como exemplo, medidas para a conservação do alvo espécies madeireiras podem contemplar outras regiões definidas como alvos. Para cada alvo é apresentado um modelo conceitual que foi estabelecido na primeira oficina de planejamento e revisado na segunda, a cadeia de resultados, objetivos, metas e a análise de ameaças. Exceção foi feita aos três últimos alvos: região da APA Triunfo, estrada Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo, e regiões das BR 230 e 163. Apesar de serem regiões distintas, a maioria das ameaças é semelhante e a cadeia de resultados praticamente a mesma. Assim, é apresentado um único modelo conceitual e uma cadeia de resultados que contempla as três regiões.
4.1.1 Recursos pesqueiros – espécies mais exploradasUma das grandes ameaças aos peixes é a insustentabilidade da atividade de pesca, tanto em áreas protegidas por pescadores externos, provenientes, por exemplo, de São Felix e Altamira. A atividade de pesca na região da Terra do Meio é negativamente influenciada pelo declínio das populações de peixes em outras regiões. A falta de alternativas econômicas e a desarticulação de grupos que exploram os recursos pesqueiros são fatores que contribuem para o descontrole da atividade na região. Pescadores externos aliciam as populações locais com drogas e outros mecanismos ilícitos, em troca da liberação de áreas de pesca. A introdução de espécies exóticas invasoras em atividades de aqüicultura também aumenta o risco sobre as populações de peixes autóctones. Por outro lado, as populações locais pescadoras recebem benefícios do governo no período de defeso, e tal política contribui para minimizar os impactos da pesca no período reprodutivo, quando a fiscalização é aumentada. Espera-se que, em dez anos, a pesca na região da Terra do Meio seja realizada de forma sustentável.
Objetivo: Até 2020 100% da pesca na TdM sendo realizada de forma sustentável
Modelo conceitualA figura 3 apresenta o modelo conceitual construído e revisado pelos participantes, nas oficinas de planejamento.
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Figura 3 – Modelo conceitual do alvo Recursos pesqueiros – espécies mais exploradas.
Oportunidades e ameaças
As seguintes oportunidades relacionadas aos recursos pesqueiros foram enumeradas: Fonte de renda e geração de emprego para as populações locais Pesquisas científicas Benefícios do governo no período de defeso Fiscalização no período de defeso SEPAq/SEDECT/UFPA - Rede de pesquisa – Estudo da ecologia do cari zebra Uruará, Placas, Medicilândia – Arranjo Produtivo Local (APL) da piscicultura – pólo
produtivo de peixes
A tabela 1 apresenta a análise da pesca, como ameaça direta às espécies mais exploradas de peixes, de acordo com os parâmetros abrangência, impacto e permanência do dano. A presença de espécies alóctones não foi analisada, uma vez que foi acrescida ao modelo conceitual na segunda oficina de planejamento, onde não houve nova avaliação de ameaças.
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Tabela 1 – Análise das ameaças diretas ao alvo Recursos pesqueiros – espécies mais exploradas
PARÂMETROS Pesca insustentável Espécies alóctones invasoras
ABRANGÊNCIA 3 Ameaça não analisada, uma vez que ela foi incorporada ao modelo conceitual na segunda oficina de planejamento
IMPACTO 2
PERMANÊNCIA 1
TOTAL 6
Cadeia de resultados A figura 4 apresenta a cadeia de resultados traçada para o alvo Recursos pesqueiros, a partir dos resultados esperados sustentabilidade da pesca e invasões biológicas prevenidas. O ordenamento e gestão da atividade pesqueira para recomposição dos estoques e exploração sustentável e a formação de um grupo de estudos sobre riscos de invasões biológicas em comunidades de peixes alóctones foram as duas ações estratégicas propostas (figura 4).
Figura 4 – Cadeia de resultados do alvo recursos pesqueiros – espécies mais exploradas
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Metas e indicadores de monitoramentoO grupo definiu metas, abaixo relacionadas, mas não diretamente ligadas a resultados específicos.
Tabela 2 – Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo recursos pesqueiros – peixes mais explorados.
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
Meta 1 Até 2015 ter implementado um sistema de monitoramento da pesca na TdM
Freqüência de amostragem e número de pontos amostrados
Relatório e banco de dados disponibilizados
UFPA, ICMBio, SEPAq, organizações de pescadores, ONGs, institutos de pesquisa, movimentos sociais, prefeituras locais, IBAMA, CEPNOR (ICMBio), Secretaria Especial de Pesca
Meta 2 Até 2014 ter um diagnóstico concluído e disponibilizado dos recursos pesqueiros na TdM
Documento terminado
Relatório e banco de dados disponibilizados
UFPA, ICMBio, SEPAq, associações de pescadores, ONGs, institutos de pesquisa, movimentos sociais, prefeituras locais, IBAMA, ADEPARA
Meta 3 Concluir até 2018 o zoneamento pesqueiro da TdM
Documento produzido
Relatório e banco de dados disponibilizados
UFPA, ICMBio, SEPAq, associações de pescadores, ONGs, institutos de pesquisa, movimentos sociais, prefeituras locais, IBAMA
Meta 4 Elaborar e implementar planos de manejo comunitários de pesca na TdM até 2017
Número de planos instituídos, número de famílias participando, avaliação dos resultados do sistema de monitoramento da pesca
Relatórios e bancos de dados disponibilizados
ICMBio, SEPAq, organizações sociais, pescadores, UFPA, ONGs e institutos de pesquisa
Meta 5 Até 2020 100% dos conflitos pesqueiros na TdM mediados
Números de acordos de pesca implementados, número de conflitos intermediados
Atas de reuniões, número de participantes e instituições representadas e publicações do diário oficial
SEPAq, organizações sociais, ICMbio
Meta 6 Até 2013 ter um programa interinstitucional de prevenção e invasões biológicas na TdM
Número de Cartilhas produzidas, de cursos oferecidos, de participantes relatórios de avaliação de riscos potenciais para a região
Materiais disponibilizados
Órgãos governamentais, instituições de pesquisa, organizações sociais
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4.1.2 Fauna com uso potencial para consumoVárias espécies da fauna silvestre são caçadas para fins comerciais, como, por exemplo, primatas, porcos do mato, capivaras e tracajás. A fauna cinegética é um recurso de uso comum e as populações exploradas sujeitam-se ao esgotamento, tendo em vista as condições atuais, de praticamente livre acesso e inexistência de um sistema de controle. A legislação atual considera essa atividade ilegal, a não ser se ela se caracterizar como para fins de subsistência. Devido a essas restrições legais, não houve consenso quanto ao objetivo traçado para esse alvo de conservação, que prevê o alcance da sustentabilidade do uso da fauna em dez anos.
Objetivo: Até 2020 alcançar a sustentabilidade do uso da fauna
Modelo conceitual
A falta de conhecimento sobre o potencial de caça e a intermediação de comerciantes locais, os regatões, são fatores que colocam em risco de sobreexploração a fauna de uso direto na região da Terra do Meio (figura 5).
Figura 5 - Modelo conceitual do alvo Fauna com uso potencial para consumo.
Oportunidades e ameaças As seguintes oportunidades com relação à fauna cinegética foram levantadas pelos participantes:
Fonte de renda e geração de emprego para as populações locais Presença do Estado na região Corredor de sociobiodiversidade do Xingu Laços estreitados entre Funai, Ibama, ICMBio e MPF Posto de fiscalização BOPP 1
As ameaças analisadas na primeira oficina de planejamento não serão aqui consideradas, uma vez que, nesse evento, foi dado enfoque na caça comercial e não à sobreexploração da fauna de uso direto.
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Cadeia de resultados O desenvolvimento de planos comunitários foi a ação estratégica traçada a fim de contribuir para a sustentabilidade no uso da fauna silvestre (figura 6). No entanto, essa estratégia não foi consensuada pelos participantes, tendo em vista os aspectos legais, acima mencionados. Não houve consenso do grupo quanto à proposta de modificação dos marcos legais existentes, visando o uso da fauna por populações tradicionais. No entanto, obteve-se acordo quanto à necessidade de se conhecer a capacidade de suporte e de se desenvolverem diagnósticos sobre os diversos usos da fauna na região da Terra do Meio.
Figura 6 – Cadeia de resultados do alvo Fauna com uso potencial para consumo.
Metas e indicadores de monitoramentoQuatro metas foram traçadas para o alvo Fauna com uso potencial para consumo, mas em somente duas delas obteve-se consenso (tabela 3).
Tabela 3 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Fauna com uso potencial para consumo
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
Meta 1 Até 2016 ter um diagnóstico concluído e disponibilizado do uso da fauna na TdM
Documento produzido
Documento disponibilizado
UFPA, ICMBio, associações de pescadores, ONGs, institutos de pesquisa, movimentos sociais, prefeituras locais, RAN, IBAMA
Meta 2 Implementar até 2017 um sistema de monitoramento comunitário do uso da fauna
Número de famílias participantes, comunidades participantes e freqüências de monitoramentos
Relatórios, planilhas, mapas de distribuição dos pontos amostrais
ICMBio, organizações sociais, UFPA, ONGs e institutos de pesquisa
Meta 3 (sem
Instituir até 2020 planos de manejo
Número de planos instituídos, número
Atas, documentos,
ICMBio, organizações sociais, UFPA, ONGs e
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Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
consenso) comunitários do uso da fauna
de famílias participando, avaliação dos resultados do sistema de monitoramento da fauna
número de participantes, números de famílias, comunidades, regras estabelecidas
institutos de pesquisa
Meta 4 (sem consenso)
Até 2020 adequar a legislação para o manejo da fauna na Amazônia
Instrumentos legais criados I modificados
Publicação no diário oficial
Órgãos governamentais, instituições de pesquisa, organizações sociais
4.1.3 Espécies madeireirasAs espécies madeireiras da região da Terra do Meio são ameaçadas diretamente pela exploração ilegal e uso do fogo, apesar de sua elevada importância socioeconômica e para a manutenção dos processos ecológicos. Espera-se que, em dez anos, o setor florestal madeireiro opere dentro da legalidade.
ObjetivoO setor florestal madeireiro operando dentro da legalidade na região da Terra Meio até 2020.
Modelo conceitualA figura 7 apresenta o modelo conceitual traçado pelos participantes das oficinas de planejamento pra o alvo de conservação Espécies madeireiras. Observam-se vários fatores comuns às duas ameaças diretas, como, por exemplo, políticas contraditórias relacionadas ao reflorestamento e atividades pecuárias, permanência da “cultura do boi”, ausência de políticas públicas para a produção familiar, dentre outros.
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Figura 7 – Modelo conceitual para o alvo de conservação Espécies madeireiras, região Terra do Meio.
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Oportunidades e ameaças
As seguintes oportunidades foram enumeradas: Presença do Estado Fortalecimento das comunidades locais (= juventude mudando cabeças) Câmaras técnicas formadas de consórcios municipais Planos diretores municipais Conselhos municipais de meio ambiente Território com muita floresta Importância socioeconômica Planos de manejo em elaboração Conselhos das UC formados e em formação Arranjos Produtivos Locais (APL) ONGs com ações de desenvolvimento Formas de organização locais
A tabela .4 apresenta a análise das ameaças exploração ilegal de madeira e fogo, de acordo com os parâmetros abrangência, impacto e permanência do dano.
Tabela 4 – Análise de ameaças do alvo de conservação Espécies madeireiras
EXPLORACAO ILEGAL FOGO
ABRANGÊNCIA 3 2
IMPACTO 3 4
PERMANÊNCIA 3 4
TOTAL 9 10
Cadeia de resultadosA figura 8 apresenta a cadeia de resultados para o alvo de conservação Espécies madeireiras, a partir do resultado esperado – exploração sustentável. Três estratégias foram traçadas: regularização fundiária; identificação da cadeia produtiva madeireira; e estabelecimento de parcerias público-privadas (PPP) em algumas etapas do processo de análise e vistoria de licenciamentos ambientais.
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Figura 8 – Cadeia de resultados para o alvo de conservação Espécies madeireiras, região da Terra do Meio.
Metas e indicadores de monitoramento
Quatro metas foram traçadas para o alvo Espécies madeireiras, conforme consta na tabela 5.
Tabela 5 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Espécies madeireiras
Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
Meta 1 A cadeia produtiva da madeira na região da Terra do Meio será Identificada e Discriminada até 2015
Número de atores nos diferentes setores identificados e descriminados nos diferentes pólos.Potencial do volume de madeira em tora ou beneficiada
Banco de dados dos Órgãos Governamentais competentes (Ceprof, Sisflora, Dof);
Empresas madeireiras (fornecedor)
UFPA-Campus Altamira, WWF-Brasil, Ipam, Fvpp, Ideflor, Sema, STR´s, GT-MFC, SFB, Embrapa, Associações Locais, Ibama, ICMBio
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Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
quantificadaVolume de madeira extraída de forma manejada.
Empresas compradoras de madeiras.Organizações de representação e ONGs.
Meta 2 Até 2014 diagnosticar, apresentar e implementar propostas para legalização das modalidades de exploração florestal sustentável praticada por pequenos produtores aos órgãos competentes (100% das modalidades identificadas e testadas, legalizadas nos órgãos competentes e metade dos pequenos produtores legalizados)
% das modalidades identificadas e testadas, legalizadas nos órgãos competentes;
Número de pequenos produtores legalizados
Pesquisa de CampoSema, Ideflor, Ibama
UFPA-Campus Altamira, Ibama, WWF-Brasil, Ipam, Fvpp, Ideflor, Sema, STR´s, IFT, GT-MFC, SFB, CIFOR, Embrapa, ICRAF.
Meta 3 Aumentar em 10 vezes o número de áreas de floresta com manejo sustentável nos próximos 10 anos
Número de hectares manejados;Número de famílias participantes
Órgãos reguladores do Governo;
UFPA-Campus Altamira, WWF-Brasil, Ipam, Fvpp, Ideflor, Sema, STR´s, GT-MFC, SFB, Embrapa, ICMBIO, Cifor
Meta 4 Planos de manejo vistoriados nos próximos 5 anos (100% dos planos manejo vistoriados com a participação público privado)
% dos planos manejo vistoriado com a participação público privado.
Órgãos Reguladores do Governo;
Sema, Ibama, SFB, ICMBIO, Parcerias Público Privado.
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4.1.4 Espécies florestais não madeireirasA coleta sem controle, o avanço do agronegócio e o fogo são as principais ameaças para as espécies florestais não madeireiras. Assim como para as espécies não madeireiras, espera-se que, em dez anos, o setor florestal não madeireiro esteja operando dentro da legalidade.
Objetivo: O setor florestal não madeireiro operando dentro da legalidade na região da Terra Meio até 2020.
Modelo conceitualA figura 9 apresenta o modelo conceitual traçado para as espécies florestais não madeireiras. Vários fatores são comuns às ameaças diretas e também são comuns às espécies florestais madeireiras, como pode ser observado no grupo A de fatores que compõe o modelo conceitual.
Figura 9 – Modelo conceitual do alvo de conservação Espécies florestais não madeireiras.
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Oportunidades e ameaças
As seguintes oportunidades relativas às espécies não madeireiras foram enumeradas: Presença do Estado Fortalecimento das comunidades locais (= juventude mudando cabeças) Câmaras técnicas formadas de consórcios municipais Planos diretores municipais Conselhos municipais de meio ambiente Território com muita floresta Importância socioeconômica Planos de manejo em elaboração Conselhos das UC formados e em formação Arranjos Produtivos Locais (APL) ONGs com ações de desenvolvimento Formas de organização locais Valorização da cultura da floresta Política Nacional de Preços Mínimos e PAA Reconhecimento dos direitos das comunidades locais da floresta, na Terra do
Meio
A tabela 6 apresenta a análise da coleta descontrolada de produtos não madeireiros, do avanço do agronegócio e do fogo sobre as espécies não madeireiras da região da Terra do Meio, com relação aos parâmetros abrangência, impacto e permanência do dano.
Tabela 6 – Análise de ameaças para o alvo de conservação Espécies não madeireiras, região da Terra do Meio.
Coleta sem controle Avanço do agronegócio Fogo
ABRANGÊNCIA 2 2 2
IMPACTO 2 4 4
PERMANÊNCIA 1 3 4
TOTAL 5 9 10
24
Cadeia de resultadosA figura 10 apresenta a cadeia de resultados construída para as espécies florestais não madeireiras, de acordo com o resultado esperado – coleta controlada. Duas estratégias foram traçadas: estabelecimento de parcerias público-privadas (PPP) em algumas etapas do processo de análise e vistoria de licenciamentos ambientais e fortalecimento da economia extrativista na Terra do Meio, criando política de crédito para produtos extrativistas.
Figura 10 – Cadeia de resultados para o alvo de conservação Espécies florestais não madeireiras, região da Terra do Meio.
Metas e indicadores de monitoramentoDuas metas foram traçadas para o alvo Espécies florestais não madeireiras, conforme consta na tabela 7.
Tabela 7 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Espécies florestais não madeireiras
Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
Meta 1 Identificar e sistematizar 06 cadeias de produção do setor não madeireiro da região Terra do Meio para propor
Número de cadeias produtivas identificadas
Publicações ou relatório elaborados
WWF-Brasil, UFPA – Campus Altamira, FVPP, IPAM, ISA, CIFOR, IDEFLOR, GTZ, LAET, FUNAI, ICMBIO, IEB
25
Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
diretrizes\protocolo de Plano de Manejo até 2013
Meta 2 Até 2015 potencializar a rede de assistência técnica para capacitar as comunidades em manejar e agregar valor do PFNM (20 extensionistas capacitados em técnicas de manejo florestal de PFNM, todas as comunidades identificadas capacitadas)
Número de extensionistas capacitados em técnicas de manejo florestal de PFNM% de comunidades identificadas capacitadas
Kit de materiais didáticos produzidos
Relatórios das Oficinas
Programa de Capacitação estabelecido
WWF-Brasil, UFPA – Campus Altamira, FVPP, IPAM, ISA, CIFOR, IDEFLOR, GTZ, LAET, FUNAI, ICMBIO, ADAFAX, EMATER
4.1.5 Agrobiodiversidade e cultura tradicionalAgrobiodiversidade e cultura tradicional foi a terminologia acordada entre os participantes da II oficina de planejamento, em substituição ao alvo inicialmente proposto na oficina anterior – Produtos da agricultura tradicional. Dentre as principais ameaças ao alvo estão o fogo, o avanço do agronegócio e o desmatamento dentro e no entorno de unidades de conservação. Espera-se que tanto a agrobiodiversidade quanto a cultura tradicional sejam conservadas, até o ano de 2020.
Objetivo: Até 2020, conservar a agrobiodiversidade e a cultura tradicional na região da Terra Meio.
Modelo conceitual A figura 11 traz o modelo conceitual desenhado para o alvo de conservação Agrobiodiversidade e cultura tradicional. Observam-se vários fatores comuns às espécies florestais madeireiras e não madeireiras (constantes no grupo A do modelo conceitual).
26
Figura 11 – Modelo conceitual do alvo de conservação Agrobiodiversidade e cultura tradicional
Oportunidades e ameaças
As seguintes oportunidades ligadas à agrobiodiversidade e cultura tradicional foram traçadas:
Presença do Estado Fortalecimento das comunidades locais (= juventude mudando cabeças) Câmaras técnicas formadas de consórcios municipais Planos diretores municipais Conselhos municipais de meio ambiente Território com muita floresta Importância socioeconômica Planos de manejo em elaboração Conselhos das UC formados e em formação Arranjos Produtivos Locais (APL) ONGs com ações de desenvolvimento Formas de organização locais
27
Potencial produtivo Reservas legais, florestas existentes Áreas para recomposição de floresta (um bilhão de árvores) Agricultura familiar em potencial
A tabela 8 apresenta a análise do avanço do agronegócio e do fogo sobre a agrobiodiversidade e a cultura tradicional da região da Terra do Meio.
Tabela 8 – Análise de ameaças sobre o alvo de conservação Agrobiodiversidade e cultura tradicional
PARÂMETROS Avanço do agronegócio Fogo
ABRANGÊNCIA 2 2
IMPACTO 4 2
PERMANÊNCIA 3 2
TOTAL 9 6
Cadeia de resultadosA figura 12 apresenta a cadeia de resultados construída para o alvo de conservação Agrobiodiversidade e cultura tradicional, a partir dos seguintes resultados esperados: avanço controlado e planejado do agronegócio, e desmatamento e fogo do entorno e dentro de unidades de conservação controlados. Cinco estratégias foram traçadas:
Implantação e consolidação da agricultura familiar; Plano de Proteção e Combate ao Desmatamento; Conservação da diversidade genética ex situ e in situ; Construção de novas formas de extensão rural e difusão tecnológica; Implemantação de planos de bom manejo do uso do fogo.
28
Figura 12 – Cadeia de resultados para o alvo de conservação Agrobiodiversidade e cultura tradicional
Metas e indicadores de monitoramentoTrês metas foram traçadas para o alvo Agrobiodiversidade e cultura tradicional, conforme consta na tabela 9.
Tabela 9 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Agrobiodiversidade e cultura tradicional
Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
Meta1 Instalar 01 banco de germoplasma das principais culturas cultivados pelos agricultores da Terra do Meio in situ e ex situ até 2013
Banco instalado na UFPA – Campus Altamira
Número de etno- variedades mapeadas
Número de áreas de ocorrência
No Campus Altamira- UFPA
Cadastros dos agricultores que participam do programa
Feiras promovidas para troca de sementes
UFPA – Campus Altamira, WWF-Brasil, ICMBio, IDEFLOR, Embrapa, Emater, Articulação Nacional de Agroecologia (GTNA, FASE, APAC, RAMA)
Meta 2 Até 2015, reduzir a zero desmatamento ilegal dentro das UCs e 50% no entorno das UCs na região da Terra
% de desmatamento
Prodes, Sade, Em campo e outros sistemas de monitoramento, como SIPAM
ICMBIO, IBAMA, IMAZON, INPE, SEMA
29
Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
do MeioMeta 3 Consolidar
programas de incentivos por serviços ambientais mediante a certificação 200 famílias na região da Terra do Meio (expandida) até 2014
Número de famílias certificadas;
INCRA, EMATER, ITERPA
FVPP, EMATER, INCRA, IPAM, WWF-Brasil, UFPA-Altamira, ISA, TNC
4.1.6 Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricosO desmatamento de cabeceiras de rios e de outras áreas de preservação permanente, como de matas ciliares, vem comprometendo mananciais e outros recursos hídricos da região da Terra do Meio. Resíduos de garimpo são ameaças diretas aos recursos hídricos, assim como outros resíduos sólidos e líquidos provenientes de atividades de turismo, lazer e pesca esportiva. A contaminação por agrotóxicos devido ao avanço da fronteira agrícola também é preocupante, especialmente nas cabeceiras, no rio Xingu e na região da BR 163.
Objetivo: garantir a integridade dos sistemas aquáticos e promover o uso sustentável dos recursos hídricos
Modelo conceitualA figura 13 apresenta o modelo conceitual traçado para o alvo de conservação aqui considerado, a partir de revisão realizada na segunda oficina de planejamento, uma vez que o alvo de conservação discutido na primeira oficina referia-se aos recursos hídricos, mas especialmente aos mananciais Iriri-Xingu-Curuá e Igarapés. Com a nova análise discutida e acordada na segunda oficina, a análise de ameaças original foi desconsiderada.
30
Figura 13 – Modelo conceitual do alvo de conservação Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos, região da Terra do Meio.
Oportunidades As seguintes oportunidades aos recursos hídricos e à integridade dos sistemas aquáticos foram enumeradas: Desocupação – parte dos grileirosProteção de nascentesQualidade da águaBeleza cênicaTrânsito de famíliasTurismo ecológico
Cadeia de resultados A cadeia de resultados para o alvo de conservação Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos é apresentada na figura 14, tendo sido traçada a partir dos seguintes resultados esperados: áreas de cabeceira/recarga e matas ciliares preservadas/recuperadas; águas livres de contaminação; pequenos barramentos licenciados e controlados; e rios de fluxo livre.
31
Figura 14 – Cadeia de resultados para o alvo de conservação Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos, região da Terra do Meio.
Metas e indicadores de monitoramentoQuatro metas foram traçadas para o alvo Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos, conforme consta na tabela 10.
Tabela 10 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Integridade dos sistemas aquáticos e recursos hídricos
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
Meta 1 Até 2020 ter recuperadas ou
Percentual de matas ciliares e
Mapas e bancos de dados
Pesquisadores e instituições parceiras potenciais (INPE, SIPAM,
32
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
inseridas em processos de recuperação um mínimo de 50% das áreas de cabeceiras e matas ciliares degradadas dos principais cursos de água da TdM
áreas de cabeceiras recuperadas
disponibilizados IMAZON...)
Meta 2 Até 2012 ter um diagnóstico concluído e disponibilizado sobre o estado de degradação dos formadores do Xingu e das nascentes do Iriri e do Curuá, fora da TdM (através de dados secundários)
Relatórios e mapas produzidos com a porcentagem de áreas degradadas
Relatório gerado e base de dados disponibilizados na internet
SIPAM, IMAZON, dentre outras instituições
Meta 3 Até 2015 ter implementado um sistema de monitoramento da qualidade da água ( biocidas e mercúrio) nas principais áreas de risco da TdM ( cabeceira do riozinho do Anfrisio, TI Cachoeira Seca, FLONA Trairão, garimpo Madalena, RESEX Xingu, ESEC e PARNA)
Número de pontos, freqüência de monitoramento e número de parâmetros
Relatório e banco de dados disponibilizados
ANA, CPRM, IPAM, Prefeituras, UFPA, IBAMA, Paratur, SEMA
Meta 4 Implementar, até 2013, o Fórum de Articulação e Gestão da Bacia Hidrográfica do Xingu
Estatuto de criação, número de instituições participantes, propostas encaminhadas, encontros realizados, documentos publicados
Documentos publicados (atas, relatórios, etc....)
A maior quantidade de instituições possíveis
33
4.1.7 Região noroeste do Mosaico Terra do MeioA região noroeste do Mosaico Terra do Meio apresenta áreas significativas de floresta ombrófila densa. No entanto, a região sofre impactos da exploração ilegal e insustentável de madeira, de desmatamentos em pequena escala, do garimpo ilegal e da especulação imobiliária. Até o momento não foi traçado um objetivo para o alvo de conservação.
Modelo conceitualA figura 15 traz o modelo conceitual traçado e revisado nas oficinas de planejamento, para o alvo de conservação Região noroeste do Mosaico Terra do Meio.
Figura 15 – Modelo conceitual para o alvo de conservação Região noroeste do Mosaico Terra do Meio.
34
Oportunidades e ameaças
As seguintes oportunidades para a região noroeste do Mosaico Terra do meio foram listadas:
Áreas de floresta ombrófila densa Processo de negociação Incra e assentados Informes comunitários sobre insegurança socioambiental Existência de formas organizativas locais Leis de populações tradicionais dando suporte aos direitos dessas populações
A tabela 11 apresenta a análise da exploração ilegal de madeira, dos pequenos desmatamentos, do garimpo e da especulação imobiliária, sobre a Região noroeste do Mosaico Terra do Meio.
Tabela 11 – Análise de ameaças ao alvo Região noroeste do Mosaico Terra do Meio.
Exploração ilegal e insustentável de
madeira
Pequenos desmatamentos
(agricultura familiar)
Garimpo ilegal Especulação imobiliária
ABRANGÊNCIA 3 1 1 4
IMPACTO 2 4 4 2
PERMANÊNCIA 3 3 4 2
TOTAL 8 8 9 8
Cadeia de resultadosA figura 16 apresenta a cadeia de resultados para a Região noroeste do Mosaico da Terra do Meio, traçada a partir dos seguintes resultados esperados: exploração legal e sustentável de madeira (em áreas onde tal exploração pode ocorrer), regularização fundiária concluída e garimpo em UC e TI regularizado.Quatro estratégias foram traçadas: implantação de projeto integrado de regularização fundiária; implantação de projeto de capacitação, formação e organização para comunidades; desenvolvimento de estudo da cadeia produtiva extrativista e da agricultura para a Terra do Meio; e capacitação de servidores e aparelhamento da fiscalização.
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Figura 16 – Cadeia de resultados para o alvo de conservação Região noroeste do Mosaico Terra do Meio.
Metas e indicadores de monitoramentoDez metas foram traçadas para o alvo Região noroeste do Mosaico Terra do Meio, conforme consta na tabela 12.
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Tabela 12 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Região noroeste do Mosaico Terra do Meio.
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
Meta 1 Completar a regularização fundiária na RESEX Riozinho do Anfrisio, FLONA Altamira e Trairão e ESEC Terra do Meio e PARNA Serra do Pardo, APA Triunfo do Xingu e TI Cachoeira Seca em um prazo de 10 anos.
Número de imóveis cadastrados;Número de imóveis georreferenciadosNúmero de ocupantes retirados
Iterpa, INCRA, SEMA, ADAFAX, ICMBio, FUNAI
Iterpa, INCRA, SEMA, ADAFAX, ICMBio, TNC, FUNAI
Meta 2 Cadastrar e georreferenciar 100% dos Imóveis no prazo de 4 anos
Número de imóveis cadastrados;Número de imóveis georreferenciados
Iterpa, INCRA, SEMA, ADAFAX, ICMBio, FUNAI
Iterpa, INCRA, SEMA, ADAFAX, ICMBio, TNC, FUNAI
Meta 3 Retirar os ocupantes ilegais das UC e TI num prazo de 6 anos
Número de ocupantes retirados
ICMBIO, IBAMA, SEMA, FUNAI, INCRA e ITERPA
MPF, SEMA, ICMBio, IBAMA, FUNAI, INCRA, ITERPA, PF.
Meta 4 Sinalizar e instalar marcos físicos as UCs e TI num prazo de 10 anos
Quantos Km sinalizados;Quantos Km demarcados;Número de UCs ou TI com demarcação concluídas;Número de UCs ou TI sinalizados.
FUNAI e ICMBIO.
WWF-Brasil, FUNAI, ICMBio, GTZ, ISA, INCRA, Exército.
Meta 5 Realocar e indenizar as famílias ribeirinhas na ESEC Terra do Meio e PARNA Serra do Pardo num prazo de 10 anos;Realocar ribeirinhos da TI (sem consenso);Realocar os assentados que estão dentro da RESEX num prazo
Número de famílias realocadas;
INCRA, ITERPA, ICMBIO, FUNAI
WWF-Brasil, FUNAI, ICMBio, GTZ, ISA, INCRA, Exército, ITERPA
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Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
Meta 1 Completar a regularização fundiária na RESEX Riozinho do Anfrisio, FLONA Altamira e Trairão e ESEC Terra do Meio e PARNA Serra do Pardo, APA Triunfo do Xingu e TI Cachoeira Seca em um prazo de 10 anos.
Número de imóveis cadastrados;Número de imóveis georreferenciadosNúmero de ocupantes retirados
Iterpa, INCRA, SEMA, ADAFAX, ICMBio, FUNAI
Iterpa, INCRA, SEMA, ADAFAX, ICMBio, TNC, FUNAI
4 anos.Meta 6 Paralisação de
todas as atividades garimpeiras no prazo de 5 anos.
Meta 7 Construção e implementação de postos policias, posto de vigilância e base de proteção e pesquisas num prazo de num prazo de 2 anos
Número de infraestruturas construídas;
ICMBIO, IBAMA, FUNAI, Policia
ICMBIO, IBAMA, FUNAI, Policias federal, militar e civil, Exército, Programa ARPA, MPF (conversão de multas para a construção), universidades
Meta 8 Operações específicas de fiscalização para os garimpos Madalena, Canopus e Fortaleza num prazo de 5 anos
Números de garimpo paralisados;
IBAMA, ICMBIO, FUNAI
PF, ICMBIO, IBAMA, MPF, Exército FUNAI, etc
Meta 9 Estudo completo das alternativas econômicas produtivas da região em um prazo de 2 anos
Número de produtos trabalhados;
ICMBIO, Universidade e ONGs
ADAFAX, NEAF, ICMBIO, ISA, IPAM, UFPA, UEPA, SEMA, LAET-NEAF, WWF-Brasil, Associações e Sindicatos etc.
Meta 10
Capacitação das famílias ribeirinhas; indígenas e de pequenos mineradores em novas alternativas econômicas no prazo de 5 anos
Número de alternativas econômicas implementadas;
ADAFAX; NEAF, ICMBIO; FUNAI,
ADAFAX, NEAF, ICMBIO, ISA, IPAM, UFPA, UEPA, SEMA, LAET-NEAF, WWF-Brasil, Associações e Sindicatos etc. FUNAI, SEPAq
38
4.1.8 Sul da Estação Ecológica Terra do MeioA região Sul da Estação Ecológica Terra do Meio também apresenta áreas significativas de floresta ombrófila densa, mas, assim como a região noroeste, sofre impactos da exploração ilegal e insustentável de madeira e da especulação imobiliária. Incentivos governamentais e não governamentais contribuem para a degradação ambiental e conseqüentemente, prejudicam a manutenção dos processos ecológicos. Até o momento não foi traçado um objetivo para o alvo de conservação.
Modelo conceitual
A figura 17 apresenta o modelo conceitual construído para a Região Sul da Estação Ecológica Terra do Meio.
Figura 17 – Modelo conceitual para o alvo de conservação Sul da Estação Ecológica Terra do Meio.
Oportunidades e ameaças
As seguintes oportunidades foram listadas para a região: Áreas de floresta ombrófila densa Operação “Boi Pirata I
A tabela 13 traz a análise dos processos de degradação ambiental, da exploração ilegal e insustentável de madeira e da especulação imobiliária sobre a Região Sul da Estação Ecológica Terra do Meio.
39
Tabela 13 – Análise de ameaças para a Região Sul da Estação Ecológica Terra do Meio.
Degradação ambiental Exploração ilegal e insustentável de
madeira
Especulação imobiliária
ABRANGÊNCIA 1 4 3
IMPACTO 4 2 3
PERMANÊNCIA 3 3 2
TOTAL 8 9 8
Cadeia de resultadosA figura 18 apresenta a cadeia de resultados para a Região Sul da Estação Ecológica Terra do Meio, construída a partir dos seguintes resultados esperados: exploração legal e sustentável de madeira, em áreas onde a atividade possa ocorrer, regularização fundiária das UC concluída e prática de degradação ambiental desestimulada. Cinco estratégias foram traçadas, algumas delas semelhantes ao alvo anteriormente discutido (região noroeste), tendo em vista a semelhança de ameaças e resultados esperados. São elas: implantação de projeto integrado de regularização fundiária; implantação de projeto de capacitação, formação e organização para comunidades; desenvolvimento de estudo da cadeia produtiva extrativista e da agricultura para a Terra do Meio; campanha de conscientização do poder judiciário; e desenvolvimento de projetos de incentivos econômicos.
Figura 18 – Cadeia de resultados para a Região Sul da Estação Ecológica Terra do Meio.
40
Metas e indicadores de monitoramentoSeis metas relacionadas ao desestímulo à prática de degradação ambiental no Sul da Estação Ecológica da Terra do Meio constam na tabela 14. Metas relativas à regularização fundiária nas unidades de conservação são as mesmas estabelecidas para o alvo anterior, e constam na tabela 12.
Tabela 14 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Sul da Estação Ecológica Terra do Meio
Descrição Indicador Atores-chave recomendados
Meta 1 Prática de degradação ambiental desestimulada no prazo de 10 anos
Meta 2 Criação de um Comitê para sensibilização do judiciário num prazo de 1 ano.
Comitê criado
Meta 3 Curso de capacitação em direito ambiental realizado no prazo de 3 anos
Número de pessoas do judiciário atendidas;Número de cursos oferecidos para a região.
Público alvo acadêmicos de direito,juízes, advogados e publico em geral. OAB, universidades
Meta 4 Criação de varas ambientais nos municípios Itaituba, São Félix e Altamira no prazo de 10 anos.
Número de varas criadas
OAB,poder judiciário, MPF
Meta 5 Divulgar as importâncias das UCs e seus limites às principais fontes de créditos da região no prazo de 2 anos
Número de diretores e gerentes contatos
Instituições financeiras
Meta 6 Liberação de créditos dentro e no entorno das UC monitorada
Número de créditos liberados
Instituições financeiras
4.1.9 Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira
As regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira possuem elevada biodiversidade por, dentre outros fatores, apresentarem ecótonos. Apresentam sítios arqueológicos e grande beleza cênica. A existência de um Projeto de Lei que visa a redução da área do Parque Nacional e da Estação Ecológica da Serra do Pardo é preocupante, assim como os impactos advindos de atividades de garimpo de topázio e cassiterita. Até o momento não foi traçado um objetivo para o alvo de conservação.
41
Modelo conceitual A figura 19 apresenta o modelo conceitual traçado para esse alvo.
Figura 19 – Modelo conceitual para o alvo de conservação Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira.
Oportunidades e ameaçasAs seguintes oportunidades para as Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira foram enumeradas.
Beleza cênica Ecótonos Desafetação / mineração Descobertas científicas Sítios arqueológicos (estudos)
A tabela 15 apresenta a análise dos impactos da redução prevista para as unidades de conservação da Serra do Pardo (Projeto de Lei) e do garimpo de topázio e cassiteria.
Tabela 15 – Análise de ameaças sobre as Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira
Projeto lei de redução da Serra do Pardo (UC)
Garimpo de topázio e cassiterita
ABRANGÊNCIA 3 1
IMPACTO 4 4
PERMANÊNCIA 4 4
TOTAL 11 9
Cadeia de resultados
42
A figura 20 apresenta a cadeia de resultados desenhada para as Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira. As estratégias estabelecidas são as mesmas daquelas delineadas para a Região noroeste do Mosaico da Terra do Meio.
Figura 20 – Cadeia de resultados para as Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira.
Metas e indicadores de monitoramentoCinco metas relacionadas ao projeto de lei para redefinição dos limites do Parque Nacional e da Estação Ecológica Serra do Pardo constam na tabela 16. Metas relativas ao garimpo na região são as mesmas estabelecidas para a Região Noroeste do Mosaico da Terra do Meio e são apresentadas na tabela 12.
Tabela 16 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Regiões Morro do Pelado, Serra do Pardo e Platô da Floresta Nacional de Altamira
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação
Atores-chave recomendados
Meta 1 Retirar a PL de redefinição de limites da ESEC e do PN do Congresso em um prazo de 1 ano
Meta 2 Criar uma comitiva para atuar no Congresso no prazo de 3 meses
Comitê criado Rede TM Rede TM
Meta 3 Realizar audiências públicas no Congresso num prazo de 7 meses
Número de audiências públicas marcadas
Rede TM Rede TM
Meta 4 Criar espaço na mídia para Número de Rede TM Rede TM
43
divulgar sobre as inverdades do PL. no prazo de 5 meses
acesso a mídia
Meta 5 Gerar um relatório contra prova ao PL. no prazo de 4 meses.
Projeto elaborado
Rede TM Rede TM, MPF
4.1.10 Espécies recém descobertas e endêmicasA conservação das novas espécies encontradas na Terra do Meio depende da conservação de seus habitats. Sua modificação por diferentes atividades, especialmente pelo avanço da fronteira agropecuária, a exploração madeireira e o garimpo são as maiores preocupações.
Modelo conceitualA figura 21 apresenta o modelo conceitual construído para as espécies recém descobertas e endêmicas.
Figura 21 – Modelo conceitual do alvo Espécies recém descobertas e endêmicas, região da Terra do Meio.
Oportunidades e Ameaças A conservação do habitat e os estudos e pesquisas existentes são oportunidades para a conservação das espécies novas e endêmicas da Terra do Meio. A tabela 17 apresenta a avaliação da modificação de habitat, da exploração madeireira e do garimpo sobre essas espécies.
Tabela 17 – Análise de ameaças ao alvo Espécies recém descobertas e endêmicas, região da Terra do Meio.
Modificação de habitat Exploração madeireira
Garimpo
ABRANGÊNCIA 2 3 1
IMPACTO 4 4 4
PERMANÊNCIA 3 3 4
TOTAL 9 10 9
44
Cadeia de resultadosA figura 22 apresenta a cadeia de resultados para o alvo Espécies recém descobertas e endêmicas, traçada a partir dos seguintes resultados esperados: exploração legal e sustentável de madeira, em áreas onde a atividade é possível, garimpo paralisado e habitats estratégicos para a conservação íntegros. As estratégias ligadas aos dois primeiros resultados (exploração legal de madeira e garimpo paralisado) são as mesmas dos modelos anteriores (ver cadeia de resultados da Região noroeste do Mosaico Terra do Meio). Visando manter a integridade de habitats estratégicos para a conservação dessas espécies almeja-se a implementação de mecanismos de gestão das unidades de conservação onde elas se distribuem.
Figura 22 – Cadeia de resultados para o alvo Espécies recém descobertas e endêmicas, região da Terra do Meio.
45
Metas e indicadores de monitoramentoQuatro metas relacionadas à integridade de habitats estratégicos para a conservação das espécies recém descobertas e endêmicas constam na tabela 18. Metas relativas ao garimpo e à exploração de madeira são as mesmas estabelecidas para a Região Noroeste do Mosaico da Terra do Meio e são apresentadas na tabela 12.
Tabela 18 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para o alvo Espécies recém descobertas e endêmicas
Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
Meta 1 Habitat estratégicos 100% definidos e delimitados no prazo de 10 anos.
Meta 2 Fazer estudos cientifico e etno-científico que subsidiem o zoneamento (Plano de manejo) das UC(s) num prazo de 3 anos.
% do território inventariado
Relatórios de pesquisa, publicações científicos e no plano de manejo.
Universidades, Institutos de Pesquisa, ICMBio
Meta 3 Implementação de PM num prazo de 5 anos e monitoramento total das áreas no prazo de 4 anos
Número de programas e ou projetos de pesquisa realizados nas UC(s)- Planejamento de pesquisa;Número de ilícitos ambientais em habitat estratégico – Planejamento de proteçãoNúmero de áreas preservadas
SISBIONas notificações e auto de infrações – SICAFIApresentação de relatórios de nos Conselhos.Imagens de satélites atualizadas das UC
Universidades, Institutos de Pesquisa, ICMBio
IBAMA, ICMBio, SEMA e Secretarias municiais de Meio AmbienteINPE
Meta 4 Mapeamento das áreas de espécies endêmicas no prazo de 10 anos
Percentual de áreas mapeadas
Banco de dados das Universidades e do ICMBio
Universidades, Institutos de Pesquisa, ICMBio
46
4.1.11Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia; e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca
Como foi visto anteriormente, modelos e análises individuais dos alvos de conservação foram apresentados, até o momento. Para os próximos alvos - região da APA Triunfo, estrada Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo, e regiões das BR 230 e 163 – será feita uma exceção. Apesar de serem regiões distintas, a maioria das ameaças é semelhante e a cadeia de resultados praticamente a mesma. Assim, é apresentado um único modelo conceitual (figura 23), uma cadeia de resultados (figura 24) e metas que contemplam as três regiões (tabela 19).No entanto, para cada um desses alvos foram traçados objetivos diferentes, com indicadores, fontes de verificação, atores sociais recomendados e oportunidades (para a APA Triunfo) também diferentes, que são apresentados a seguir.
Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo
Objetivo: Até 2020 a integridade dos remanescentes florestais garantida e 35% das áreas degradadas recuperadas.
Indicadores: Número de novos desmatamentos e tamanho total das áreas degradadas.
Fonte de verificação: Imagens de LandSat e CIBERS (Inpe, Imazon, Ibama, Sema, Sipam), Diagnóstico Socioambiental e Econômico ADAFAX e GRET.
Projeto “Fronteiras Florestais” (Adafax, Gret, Imazon, IEB, PA), relatórios e censos (IBGE, Incra, Iterpa, Prefeituras)
Atores chave recomendados: ICMBio, IBAMA, INCRA, IBGE, SEMA, ITERPA, ADEPARÁ, EMATER, PREFEITURAS ALTAMIRA / SÃO FELIX DO XINGU, ADAFAX, STTR, SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS, GRET, IMAZON, IPAM, IEB, TNC, UFPA, EMBRAPA
Oportunidades Fortalecimento da agricultura familiar Presença da SEMA Consolidação da Rede Terra do Meio Existência das unidades de conservação Existência de conselhos Fundo Amazônia Presença de ONG e OTR Existência de formas organizativas locais Presença do Estado
47
Região da BR 163 – ramal CuruaiaObjetivo: Até 2020 50% das ações do Plano de Desenvolvimento Sustentável da BR 163 implementados Indicadores: Ações previstas no Plano
Fonte de verificação: Relatórios técnicos e de atividades. (Consórcio da BR 163)
Atores chave recomendados: Atores do Consórcio da BR 163
Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca Objetivo: Até 2020 cessar a ocupação irregular em TIs e UCs, e garantir a manutenção de 50% das famílias nos PAs dos ramais entre Rurópolis e Ramal da Maribel.Indicadores: Número de famílias que se mantém assentadas; Número de não indígenas ocupando TI; número de ocupações irregulares nas UC.Fonte de verificação: Registro de benificiários atualizados do INCRA.Verificação “in loco”, CAR; Dados da FUNAI Atores chave recomendados: ICMBio, INCRA, FUNAI, Associações de moradores (PAs e RESEX),Associação dos Povos Indígenas, Sindicatos da Agricultura Familiar
48
Modelo conceitual integrado para os alvos Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca
Figura 23 - Modelo conceitual integrado para os alvos Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca
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Cadeia de resultados integrada para os alvos Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca
A figura 24 apresenta a cadeira de resultados integrada para os alvos Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca. A partir dos resultados esperados: expansão pecuária minimizada, atividades de garimpo extintas e ordenamento da ocupação humana feito, foram traçadas as seguintes estratégias para os três alvos de conservação:
Fortalecimento e valorização de alternativas produtivas sustentáveis; Apoio na consolidação do sistema de produção pecuária; Consolidação das unidades de conservação; Incentivo à adoção de boas práticas na pecuária; Fortalecimento das instituições locais; Extinção da atividade ilegal de garimpo; Regularização fundiária – APA; BR 163 e BR 230.
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Figura 24 - Cadeia de resultados integrada para os alvos Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca
Metas e indicadores de monitoramentoOnze metas relacionadas aos três alvos de conservação são apresentadas na tabela 19.
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Tabela 19 - Metas, indicadores de monitoramento, fontes de verificação e atores-chave recomendados para os alvos Região da APA Triunfo (remanescentes florestais), final da estrada da Canopus e Parque Nacional da Serra do Pardo; Região da BR 163 – ramal Curuaia e Região da BR 230 e Ramal Maribel/Região da Cachoeira Seca
Metas Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
Meta 1 Até 2012 Cadeia da atividade garimpeira mapeada.
Número de garimpos identificados.
Mapeamento pronto.
O relatório de mapeamento.
ICMBio.SEMA.FUNAI.Polícia Federal.Receita Federal.MPF.DNPM.Imazon.ISA.UFPA.NAEA.CPT do Alto Xingu
Meta 2 Até 2020 um Programa de Combate a atividade de Garimpo implementado.
Número de garimpos fechados.
Quantidade de maquinário e minério apreendido.
Número de autorizações de pesquisas e lavras canceladas junto ao DNPM.
Dados do DNPM.DOU.
Relatórios da Policia Federal, ICMBio, IBAMA e FUNAI.
ICMBio.SEMA.FUNAI.Polícia Federal.Receita Federal.MPF.DNPM.Imazon.ISA.UFPA.NAEA.
Meta 3 Até 2015, levantamento fundiário preliminar (in loco + cartorial atual) de 100% da área dos alvos realizado.
Tamanho da área analisada.
Relatórios produzidos.
Registro do INCRA.
CAR.
Registros do Interpa.
ICMBioIBAMAINCRAIBGESEMAITERPAADEPARÁEMATERPREFEITURAS ALTAMIRA / SÃO FELIX DO XINGÚADAFAXSTTRSINDICATO DOS PRODUTORES RURAISGRETIMAZONIPAMIEBTNCUFPAEMBRAPASecretaria de Assuntos Estratégicos
Meta 4 Até 2020, 20% das áreas da BR 230 e APA regularizadas.
Número de escrituras definitivas emitidas.
Dados do INCRA e ITERPA.
ICMBioIBAMAINCRA
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Metas Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
IBGESEMAITERPAADEPARÁEMATERPREFEITURAS ALTAMIRA / SÃO FELIX DO XINGÚADAFAXSTTRSINDICATO DOS PRODUTORES RURAISGRETIMAZONIPAMIEBTNCUFPAEMBRAPACENTRAN DNIT
Meta 5 Observar Metas do Plano da BR 163
Consórcio da 163
Meta 6 Até 2020, expansão da atividade pecuária minimizada em 30%, por meio da implantação de estratégias de fortalecimento da agricultura familiar, implantação de boas práticas produtivas e ações de comando e controle.
Área de pastagem.Número de APL´s implantadas.Taxa de lotação do gado.Número de projetos piloto de boas práticas implantados.
Relatórios da Embrapa, ADEPARA, IMAZON, IPAM, EMATER.Secretarias Municipais de Agricultura.Delegacia Federal da Agricultura.
ICMBioIBAMAINCRAIBGEDelegacia Federal da Agricultura (MAPA).SAGRISEMAITERPAADEPARÁEMATERPREFEITURAS ALTAMIRA / SÃO FELIX DO XINGÚADAFAXSTTRSINDICATO DOS PRODUTORES RURAISAssociações de Pecuaristas.GRETIMAZONIPAMIEBTNCInstituto Ethos.Instituto Akatu.IDEC.UFPAEMBRAPABASABanco do BrasilIFCBNDESCNA.
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Metas Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
FAEPAFrigoríficosGrupos Varejistas (Wal Mart; Grupo CBD Pão de açúcar; Carrefour; etc...)
Meta 7 Até 2011, alternativas produtivas sustentáveis mapeadas e análises de mercado realizadas.
Alternativas mapeadas e análises de mercado concluídas.
Relatórios de consultores.Relatórios de Projetos da ADAFAX.Relatórios de GTNA, FASE e Fórum Brasileiro da Economia Solidária
MDASAGRISEMAGRIEMATERGTNAFASEFórum Brasileiro da Economia SolidáriaFVPPADAFAXSTTRGRETIMAZONIPAMIEBTNCUFPAEMBRAPASEBRAESENARSEPAq
Meta 8 Até 2020, dez APLs (Arranjos Produtivos Locais) implementados.
Número de APLs implementados.
Verificação “in loco”SEDECT
MDACEPLACSAGRISEMAGRIEMATERGTNAFASEFórum Brasileiro da Economia SolidáriaFVPPADAFAXCAPPRU (Cooperativa Alternativa de Produtores Rurais e Urbanos)Casas Familiares Rurais (CFR)STTRGRETIMAZONIPAMIEBTNCUFPAEMBRAPAICRAF – Iniciativa AmazônicaSEDECTIDESP
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Metas Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
Meta 9 Até 2015, todas as UCs com os Planos de Manejo concluídos e implementados.
Publicações dos planos de manejo.Relatórios periódicos dos programas e projetos previstos nos PMs.
ICMBioSEMA
ICMBioIBGESEMAADAFAXGRETIMAZONIPAMIEBTNCUFPAISAWWF BrasilMuseu Emílio GoeldiINPAServiço Florestal BrasileiroIDEFLORPARATUR
Meta 10 Até 2015, um Sistema de Comando e Controle eficaz da Cadeia Produtiva da Pecuária consolidado.
Estimativa do número do rebanho irregular nos alvos de conservaçãoNúmero de propriedades com ERAS / SISBOV.(Empresa Rural Aprovada SISBOV)
MAPA.ICMBioIBAMAADEPARASAGRIVigilância Sanitária dos Municípios
ICMBioIBAMAINCRAPolicia FederalMPFDelegacia Federal da Agricultura (MAPA).SEMAITERPAADEPARÁEMATERPREFEITURAS ALTAMIRA / SÃO FELIX DO XINGÚADAFAXSTTRSINDICATO DOS PRODUTORES RURAISAssociações de Pecuaristas.GRETIMAZONIPAMIEBTNCWWF BrasilInstituto Ethos.Instituto Akatu.IDEC.UFPAEMBRAPABASABanco do BrasilIFCBNDESCNA.FAEPAFrigoríficosGrupos Varejistas (Wal Mart; Grupo CBD Pão de
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Metas Descrição Indicador Fonte de verificação Atores-chave recomendados
açúcar; Carrefour; etc...)Casa Civil do Governo do Estado
Meta 11 Até 2020, Boas Práticas Produtivas Socioambientais para pecuária identificadas, disseminadas e implementadas.
Número de Projetos Pilotos implantados.Taxa de lotação de gado.Manuais de boas práticas publicados.Número de produtores envolvidos.Número de capacitações realizadas.Número de propriedades certificadas.Números de produtores que adotaram boas práticas.
“in loco”.Relatórios de pesquisa.Relatórios de consultores.Relatórios de Entidades Certificadoras
ICMBioIBAMAINCRAPolicia FederalMPFDelegacia Federal da Agricultura (MAPA)SEMAITERPAADEPARÁEMATERPREFEITURAS ALTAMIRA / SÃO FELIX DO XINGÚADAFAXSTTRSINDICATO DOS PRODUTORES RURAISAssociações de Pecuaristas.GRETIMAZONIPAMIEBTNCWWF BrasilInstituto Ethos.Instituto Akatu.IDEC.UFPAEMBRAPABASABanco do BrasilIFCBNDESCNA.FAEPAFrigoríficosGrupos Varejistas (Wal Mart; Grupo CBD Pão de açúcar; Carrefour etc.)
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4.2 Estratégias gerais para a região da Terra do MeioQuestões relacionadas às comunidades tradicionais mereceram destaque por sua transversalidade e abrangência em toda a região da Terra do Meio. Assim, duas estratégias foram estabelecidas na segunda oficina de planejamento, conforme apresentado abaixo.
A) Construir estratégias gerais para trabalhar com comunidades tradicionaisResultados esperados:
Comunidades esclarecidas em seus direitos e deveres Legislação referente a povos tradicionais apropriada pelos grupos locais da Terra do
Meio – Medida Provisória 2186-16, Decreto 6.040, dentre outras. B) Consolidar espaços para diálogo/debate das comunidades tradicionais
Resultado esperado: Garantir espaços para debater conceitos de tradicionalidade
As estratégias abaixo relacionadas foram estabelecidas na primeira oficina de planejamento. Algumas delas referem-se ao tema comunidades, outras se relacionam a processos e espaços mais amplos de comunicação e à implantação da hidrelétrica de Belo Monte.
Estabelecer elos de comunicação entre conhecimentos tradicional e científico para identificação de conhecimentos
Construção e manutenção de um mecanismo democrático de comunicação para a Terra do Meio
Fazer análise detalhada do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) de Belo Monte e acompanhar processo
Realizar campanhas de mobilização da sociedade (foco regional)
4.3 Ameaças da UHE Belo Monte As ameaças da construção da UHE Belo Monte mereceu destaque especial em ambas as oficinas de planejamento. A tabela 20 apresenta a análise das ameaças dessa infra-estrutura sobre as regiões noroeste do Mosaico Terra do Meio, Sul da ESEC Terra do Meio, Platô da FloNa Altamira, Serra do Pardo e Morro do Pelado e espécies endêmicas e recém descobertas da Terra do Meio.
Tabela 20 – Análise de ameaças da construção da UHE Belo Monte sobre regiões e espécies recém descobertas e endêmicas da Terra do Meio
PARÂMETROS Região noroeste do Mosaico Terra
do Meio
Sul da ESEC Terra do Meio
Platô da FloNa Altamira, Serra do Pardo, Morro do Pelado
Espécies endêmicas ou recém descobertas
ABRANGÊNCIA 1 4 1 4
IMPACTO 1 4 1 4
PERMANÊNCIA 4 4 4 4
TOTAL 6 12 6 12
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4.4 Visão de futuroAbaixo se relaciona o que os participantes da II Oficina de planejamento desejam para o futuro da região da Terra do Meio:
Uma T.M. protegida, estudada, com suas comunidades tradic. e indígenas com qualidade de vida, um entorno sensibilizado da importância de uma natureza preservada.
“Meninos da Floresta”: reconhecer, valorizar, apoiar, tutorar por pelo menos 1 geração as crianças que nascerem na TdM.
Integração de culturas e pacificação de territórios.Conservação da etnovariedade.
Exploração Racional e conservação do Ambiente. Uma Referência no que se refere a gestão de UCs. Que ela seja referência mundial de proteção e conservação da natureza. Um exemplo de sucesso na conciliação da produção sustentável com a preservação
da natureza. Desenvolvimento de exploração amigável dos recursos naturais. Território conservado onde homem e natureza possam conviver harmonicamente. Uma região onde o ser humano convive harmoniosamente com a natureza em modo
digno-humano e economicamente viável! Um exemplo para o mundo de um ambiente complexo e harmônico com o meio
sócio-econômico e cultural na sua transversalidade. Gente feliz na natureza conservada. Que seja também uma região de gente sustentável. (Caetano) Uma região referencia em sustentabilidade. Conservação da biodiversidade - Sócio biodiversidade. “Agrobiodiversidade” Preservada. ‘Um grande experimento de conservação da natureza que possa servir como modelo
para o planeta’ Conservação dos recursos naturais por si e para o uso sustentável. A Terra do Meio será uma ilha de conservação e biodiversidade no oeste do Pará. Otimização do uso sustentável dos recursos com a conservação.
5 Referências bibliográficasWWF, 2007. WWF Standards of Conservation Project and Programme Management. 35 pp.
WWF, 2007a. Resources for implementing the WWF Project & Programme Standards. Step 1.4. Define: Threat ranking. 9p.
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6 Equipe técnica
WWF-BrasilMarisete Inês Santin CatapanMaximiliano RoncolettaAntonio OviedoFrancisco José BarbosaJosé Maria de Freitas FernandesJuliana Fontes
Consultora / moderadoraMaria Auxiliadora Drumond
Relatoria Cláudia Blair
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Anexo I - Participantes da I oficina de planejamento do bloco de conservaçãoTerra do Meio
Nome Instituição Telefone Email
Alessandra Lima MouraPrefeitura Altamira
(93) 3515-2714 (91) 9125-4786 [email protected]
Alexandre Lunelli IDEFLOR (91) 3226-4215 [email protected]
Ana Paula Souza FVPP(93) 9139-8913 / 3515-3013 [email protected]
André Costa Nunes(91) 3255-1882 9116-2121 [email protected]
Celma Gomes de Oliveira ADAFAX(94) 3435-4548 8124-7446 [email protected]
Cláudia Leitão SEMA-Pará (91) 3184-3345 [email protected]
Constantino Pedro Alcântara Neto SEPAq
(91) 3241-2545 / 9112-8735 [email protected]
Dr. Cristiano Fontoura
Prefeitura de Novo Progresso
(93) 3528-1151 8121-6435 [email protected]
Edson Cruz IDEFLOR(91) 3226-4215 / 8883-1046 [email protected]
James Richard Silva Perote ADAFAX(94) 3435-4548 8124-7446 [email protected]
João Batista SAGRI
(93) 3515-3149 / 9171-5031 9100-7917 [email protected]
José Santos Nascimento Filho Prefeitura de Itaituba
(93) 3518-1185 9182-2997 [email protected]
Juarez PezzutiConsultor WWF-BR (91) 3255-0124 [email protected]
Lino Fernando Santos de Viveiros
ICMBIO-Altamira
(93) 3515-1798 8117-9044 (91) 8191-5129 [email protected]
Marcelo Salazar ISA (93) 8119-0809 [email protected]
Marcos Rocha IPAM (93) 9973-4211 [email protected]
Maria Angélica Toniolo TNC (91) 4008-6219 [email protected]
Maria das Graças Pires NEAF / UFPA3201-8010
Marisete Catapan WWF-Brasil (61) 3364-7458 [email protected]
Mauricio SantaMariaIcmbio-Santarém
(93) 3523-2847 9122-6151 [email protected]
Maximilaino Roncoletta WWF-Brasil(91) 3242-5106 / 8207-9192 [email protected]
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Anexo I - Participantes da I oficina de planejamento do bloco de conservaçãoTerra do Meio
Nome Instituição Telefone Email
Mayson Peterson Umbuzeiro.Prefeitura Altamira (93) 3515-2714 [email protected]
Naiana MenezesICMBIO-Santarém
(93) 3523-2847 8115-6888 [email protected]
Nerci Caetano Ventura FUNAI(93) 3515-4026 9145-2272
[email protected] [email protected]
Noemi Porro NEAF / UFPA3201-7995
Patricia GreccoICMBIO-Altamira
(93) 3515-1798 99730792 [email protected]
Pedro Baia Jr SEMA-Pará (91) 3184-3345 / 9977-4600
[email protected] [email protected]
Philippe Sablayrolles GRET(91) 3241 7018 8886-3912
[email protected] [email protected] [email protected]
Professor Msc Flávio Berreza UFPA/LAET(91) 9135-6736
Rainério Silva
UFPA- Campus Altamira
(93) 9952-0299
Reinaldo José Barcellos ADAFAX (94) 3435-4548 [email protected]
Roberto ScarpariIBAMA- Altamira (93) 3515-1798
[email protected] [email protected]
Rosária Sena ICMBio-Itaituba
(93) 3523-2798 9952-1314
[email protected] [email protected]
Rosely Alves Dias ADAFAX (94) 3435-4548 [email protected]
Rubens Mendonça
Serviço Florestal Brasileiro
(61) 33077249 3307-7291 81378662
Soraya Carvalho UFPA/LAET(93) 9126-3058
Tarcisio Feitosa LAET(93) 3515-2111 / 93 9137 2219 [email protected]
Valdemir Gonçavel da SilvaPrefeitura São Félix Xingu
(94) 3435-1435 8148-9709 [email protected]
Walber FeijóIBAMA- Altamira
(93) 3515 1798 3515-3453 8115 2373 [email protected]
61
Anexo II - Participantes da II oficina de planejamento do bloco de conservação Terra do Meio
Nome Instituição Telefone Email
Aldrin Benjamin Sema-Pará (91) 3184-3345 [email protected]
Alessandra Lima MouraPrefeitura Altamira
(93) 3515-2714 9125-4786 [email protected]
Celma Gomes de Oliveira ADAFAX
(94) 3435-4548 81170553 [email protected]
Constantino Pedro Alcântara Neto SEPAC
(91) 3241-2545 / 9112-8735 [email protected]
Danilo Lago ADAFAX(94) 3435-4548 [email protected]
Darlenys Munoz (93) 9973-4211 [email protected]
Flávio Bezerra UFPA [email protected]
Hermes Medeiros UFPA - Altamira (093)35150264 [email protected]
Ivens Domingos WWF Brasil 67- 8121-5404 [email protected]
José Santos Nascimento Filho
Prefeitura de Itaituba
(93) 3518-1185 / 9141-1432 [email protected]
Juarez PezzutiConsultor WWF-BR
(91) 3255-0124 [email protected]
Leonardo BrasilIcmbio - Altamira [email protected]
Manoelle PaivaIcmbio - Altamira
(093) 9121-3366 / 3515-1798 / 1748 [email protected]
Marcos Rocha IPAM (93) 9973-4211 [email protected]
Marisete Catapan WWF-Brasil(61) 3364-7458 [email protected]
Maximiliano Roncoletta WWF-Brasil
(91) 3242-5106 / 8207-9192 [email protected]
Mayson Peterson Umbuzeiro.
Prefeitura Altamira 94 3515-2714 [email protected]
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Anexo II - Participantes da II oficina de planejamento do bloco de conservação Terra do Meio
Nome Instituição Telefone Email
Nerci Caetano Ventura Funai
(93) 3515-4026 9145-2272
[email protected] [email protected]
Noemi Porro NEAF-UFPA 091 [email protected] / [email protected]
Rainério SilvaUFPA- Campus Altamira
(93) 9952-0299
Roberto Scarpari IBAMA- Altamira(93) 3515-1798
[email protected] [email protected]
Suiane BrasilIcmbio - Altamira
(093) 8111-0665 / 3515-1798 / 1748 [email protected]
Tarcisio Feitosa LAET
(93) 3515-2111 / 93 9137 2219 [email protected]
Valdemir Gonçavel da SilvaPrefeitura São Félix Xingu
(94) 3435-1435 8148-9709 [email protected]
Walber Feijó IBAMA- Altamira
(93) 3515 1798 3515-3453 8115 2373 [email protected]
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