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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Jaguariúna 2018 V1.0

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CENTRO UNIVERSITÁRIO

DE JAGUARIÚNA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

ENGENHARIA DE

CONTROLE E AUTOMAÇÃO

Jaguariúna

2018 V1.0

1.ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

1.1 CONTEXTO EDUCACIONAL

1.1.1 IDENTIFICAÇÃO

Mantenedora: INSTITUTO EDUCACIONAL JAGUARY – LTDA

CNPJ: 03.211.847/0001-03

Mantida: Centro Universitário de Jaguariúna - UNIFAJ

Endereço:

Campus I: Rua Amazonas, 504, Jardim Dom Bosco, Jaguariúna/SP

Campus II: Rodovia Adhemar de Barros – SP 340, Km. 127 - Pista Sul, s/nº - Bairro

Tanquinho Velho – Jaguariúna/SP

1.1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Centro Universitário de Jaguariúna, credenciado pela Portaria Nº 588, de 03/05/17,

publicada no D.O.U. de 04/05/2017, apresenta-se através da transformação da Instituição de

Ensino Superior (IES) Faculdade de Jaguariúna - FAJ, credenciada através da Portaria

Ministerial Nº 583, de 03 de maio de 2000, publicada no D.O.U. de 05/05/00 e recredenciada

pela Portaria Nº 841, de 30/09/14, publicada no D.O.U. de 01/10/14, mantida pelo Instituto

Educacional Jaguary Ltda. – IEJ (CNPJ nº 03.211.847/0001-03), fundado em 04 de maio de

1999, conforme dispositivos legais pertinentes. O IEJ é uma entidade jurídica de direito

privado, de fins educacionais, constituída na forma do Código Civil Brasileiro, de seu estatuto

e pela legislação vigente que lhe for aplicável, e tem como sede e foro a cidade de

Jaguariúna, Estado de São Paulo.

O Centro Universitário de Jaguariúna está situado no endereço Rua Amazonas, 504,

Jardim Dom Bosco, credenciado pela Portaria 588, publicada no Diário Oficial da União (DOU)

de 04/05/17. O campus II foi credenciado por meio da Portaria Ministerial nº 1.066, de 29 de

abril de 2004, publicada no DOU de 03 de maio de 2004 e está localizado à Rodovia Adhemar

de Barros, Km 127, Pista Sul, SP 340, no município de Jaguariúna, no Estado de São Paulo.

Devido a sua posição geográfica, o mais importante acesso à Faculdade dá-se pela rodovia

Adhemar de Barros que liga Campinas à Casa Branca.

As atividades do Centro Universitário de Jaguariúna iniciaram-se no Campus I, no ano

de 2000 e, em virtude de seu crescimento, em 2004 entra em operação o Campus II e no ano

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seguinte, 2005, começam a funcionar o Hotel-Escola Matiz, o Hospital-Escola Veterinário e a

Interclínicas que abriga a Clínica de Fisioterapia e o Centro de Referência em Enfermagem.

O ano de 2006 marcou o lançamento dos cursos de pós-graduação Lato Sensu. Em 2014 tem

início o Centro de Pesquisa Ambiental e Agropecuário. O Centro Universitário de Jaguariúna

oferece 30 cursos de pós-graduação nas áreas de Engenharia e Tecnologia, Saúde, Medicina

Veterinária e Negócios. Atualmente o Centro Universitário está estruturado com os seguintes

cursos: Administração, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Curso Superior de

Tecnologia em Automação Industrial, Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial,

Curso Superior de Tecnologia em Logística, Direito, Educação Física (Bacharelado),

Educação Física (Licenciatura), Enfermagem, Engenharia Ambiental, Engenharia de

Alimentos, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção, Fisioterapia,

Medicina Veterinária, Nutrição, Psicologia, Turismo, Curso Superior de Tecnologia em

Gastronomia, Farmácia, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Curso Superior de

Tecnologia em Gestão Hospitalar, Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo e

Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos (modalidade EaD). A

Instituição é também credenciada para oferta de Cursos Superiores na modalidade a

distância, com polos no campus II e na cidade de Indaiatuba, na Avenida Nove de Dezembro,

460, Jardim Leonor.

Para a definição do local de implantação dos polos de apoio presencial o Centro

Universitário de Jaguariúna realizou estudos que consideraram, dentre outros, critérios como

a distribuição geográfica de cada unidade, a demanda por educação superior e a população

do ensino médio regional. Segue alguns dos indicadores estratégicos considerados mais

relevantes.

O total de alunos na educação superior brasileira chegou a 7,3 milhões em 2013,

quase 300 mil matrículas acima do registrado no ano anterior. No período 2012-2013, as

matrículas cresceram 3,8%, sendo 1,9% na rede pública e 4,5% na rede privada.

Os dados integram o Censo da Educação Superior, divulgado pelo Instituto de Estudos

e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em setembro de 2014.

Os universitários estão distribuídos em 32 mil cursos de graduação, oferecidos por 2,4

mil instituições de ensino superior – 301 públicas e 2 mil particulares. As universidades são

responsáveis por 53,4% das matrículas, enquanto as faculdades concentram 29,2%.

O total de alunos que ingressou no ensino superior em 2013 permaneceu estável em

relação ao ano anterior e chegou a 2,7 milhões. Considerando-se o período 2003-2013, o

número de ingressantes em cursos de graduação aumentou 76,4%.

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Os dez cursos com maior número de matrículas concentram mais da metade da rede

de educação superior no país. Administração (800 mil), Direito (769 mil) e Pedagogia (614 mil)

são os cursos que detêm o maior número de alunos.

O Centro Universitário de Jaguariúna contempla os melhores e mais modernos

recursos pedagógicos e tecnológicos, incluindo: laboratórios de informática, biblioteca com

variado acervo, estrutura curricular moderna e atualizada, com foco em conteúdos

interdisciplinares e atividades práticas – que incluem atendimento à população sob supervisão

de professores, visitas técnicas a empresas e outros empreendimentos, projetos

interdisciplinares com atualização constante dos alunos por meio de seminários, palestras e

workshops com convidados especiais, programa de estágios com empresas de ponta,

Programa de Orientação ao Estudante – PROE, com cursos de idiomas e outras ações, como

a oferta de cursos de nivelamento, durante todo o semestre letivo, de Matemática Básica,

Português, Cálculo, Física, Química, entre outros e é através do PROE que se percebe uma

sensível melhora no rendimento acadêmico dos alunos que frequentaram os cursos.

A atuação em projetos sociais da cidade também passou a ser uma das prioridades

da instituição pois é um fator fundamental para a formação holística de nossos alunos. Dessa

maneira, todos os anos, os alunos têm participado de projetos sociais visando a extensão

universitária e aproximação da comunidade local.

Desde a sua criação o Centro Universitário de Jaguariúna tem se destacado na

formação de profissionais, bem como nos altos conceitos obtidos nas avaliações realizadas

pelos órgãos governamentais.

1.1.3 MISSÃO

As bases filosóficas, sociológicas e pedagógicas sustentam e ajudam a definir a missão do

Centro Universitário de Jaguariúna:

“Promover a educação socialmente responsável, com alto grau de qualidade, propiciando o

desenvolvimento dos projetos de vida de seus alunos.”

Com base nessa missão, o PDI busca contribuir para o desenvolvimento

socioeconômico, ambiental, cultural e político da região, do Estado e do país, via produção

tecnológica e formação de profissionais aptos à solução de desafios pessoais e profissionais.

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1.1.4 OBJETIVOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO

Os OBJETIVOS do CENTRO UNIVERSITÁRIO estão concentrados em torno de

oferecer aos seus educandos uma sólida base de conhecimentos, conceitos, posturas e

práticas profissionais, para que possam capacitar-se para desenvolver suas habilidades e

competências com vistas à implementação dos seus projetos de vida.

A FILOSOFIA GERENCIAL prevê a Delegação de autoridade e responsabilidades aos

Diretores e, respectivamente, aos Coordenadores de Curso e Professores, nos termos do

Estatuto, para que possam cumprir a proposta educacional da instituição - alcançando seus

objetivos.

Campus I – UNIFAJ, Jaguariúna, 2018

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Campus II – UNIFAJ, Jaguariúna, 2018

Interclínicas UNIFAJ, Jaguariúna, 2018

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Hospital Escola Veterinário UNIFAJ, Jaguariúna, 2018

CPAA - Centro de Pesquisas Ambienteis e Agropecuárias UNIFAJ, Holambra, 2018

1.1.5 INSERÇÃO REGIONAL

A Região de Governo (RG) de Campinas é composta por 22 municípios, de um total

de 90 cidades que compõem a Região Administrativa (RA) de Campinas.

Os 22 municípios da Região de Governo de Campinas são: Americana, Artur

Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia,

Indaiatuba, Itapira, Jaguariúna, Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia,

Pedreira, Santa Bárbara D’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos, e Vinhedo.

Através da Lei Complementar nº 870 de 19/07/2000 do Governo do Estado de São

Paulo, foi criada a Região Metropolitana de Campinas (RMC), sendo a 3ª região do Estado,

compreendendo 19 municípios assim distribuídos: Americana, Artur Nogueira, Campinas,

Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna,

Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D’Oeste, Santo Antônio de

Posse, Sumaré, Valinhos, e Vinhedo, conforme apresentado na Figura 1.

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Composição da Região Metropolitana de Campinas (RMC). FONTE: Secretaria de Economia e Planejamento e Secretaria dos Transportes, 2003.

A RMC abrange uma área de 3.816 Km², com uma população de 2.920.130

habitantes, sendo a nona maior região metropolitana do Brasil (2013).

O Produto Interno Bruto (PIB) estimado da Região é de R$ 78,2 bilhões (US$ 26,7

bilhões), representando cerca de 12,5% do PIB estadual e 5,6% do PIB nacional.

O município de Campinas representa 41,5% da região, seguido de Sumaré com

8,4%, Americana com 7,8%, Santa Bárbara D’Oeste 7,3%, Hortolândia 6,5% e Indaiatuba

6,3%, sendo que os restantes 13 municípios representam 22,2% de toda a RMC.

A RMC possui elevado nível de desenvolvimento econômico, sendo um dos polos de

maior desenvolvimento do país. Os setores de serviço, industrial e o comércio impulsionam a

sua economia, que, se comparada ás regiões metropolitanas do país, posiciona a RMC como

a sexta força econômica do país, em recente reportagem publicada no jornal “Correio

Popular”. Os setores de comércio e serviços prevêem com a abertura de novos

estabelecimentos e reformas dos já existentes.

Apesar do alto investimento efetuado junto ao setor industrial, observa-se que o setor

de serviços e comércio representam, aproximadamente, 55% do PIB da RMC.

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Isso representa um total aproximado de 92.000 estabelecimentos e 180.000

empregos. Só Campinas conta com 20.000 estabelecimentos e 60 mil empregos diretos. A

RMC apresenta um PIB estimado de US$ 26,7 bilhão, cerca de 5,9% do PIB nacional,

representando cerca de R$ 78 bilhões em geração de bens e serviços na região.

A localização estratégica de Campinas, a facilidade logística tanto para o consumidor

como para as empresas e o alto poder aquisitivo do consumidor, são importantes fatores para

a expansão dos dois segmentos.

Nos últimos anos, a região vem ocupando e consolidando uma importante posição

econômica nos níveis estadual e nacional. Situada nas proximidades da Região Metropolitana

de São Paulo, comporta um parque industrial abrangente, diversificado e composto por

segmentos de natureza complementar. Possui uma estrutura agrícola e agroindustrial

bastante significativa e desempenha atividades terciárias de expressiva especialização.

Destaca-se ainda pela presença de centros inovadores no campo das pesquisas

científica e tecnológica, bem como do Aeroporto de Viracopos – o segundo maior terminal

aéreo de cargas do País, localizado no município de Campinas.

A produção industrial diversificada – com ênfase em setores dinâmicos e de alto

inputcientífico/tecnológico, notadamente nos municípios de Campinas, Americana, Paulínia,

Sumaré, Indaiatuba, Santa Bárbara d'Oeste e Jaguariúna, vem resultando em crescentes

ganhos de competitividade nos mercados interno e externo.

A região exibe um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 77,7 bilhões/ano. Sua renda per

capita é bastante significativa se comparada à do estado de São Paulo ou Brasil (Região

Metropolitana de Campinas = R$ 19.822,97, Estado de São Paulo = R$ 17.977,00 e Brasil =

R$ 11.658,00).

1.1.6 SISTEMA VIÁRIO

A Região conta com amplo sistema viário, bastante ramificado, e que apresenta os

seguintes eixos principais: a Rodovia dos Bandeirantes e a Rodovia Anhanguera, que ligam a

cidade de São Paulo ao interior paulista, cortando RMC; a rodovia SP-304, rumo a Piracicaba,

a Rodovia Santos Dumont, rumo a Sorocaba e a Rodovia Dom Pedro I, que faz a ligação com

o Vale do Paraíba, entre outras. Entre as rodovias que servem de ligação entre as cidades da

RMC, se destacam:

1) Rodovia Professor Zeferino Vaz (Campinas/Paulínia/Cosmópolis/Artur

Nogueira/Conchal);

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2) Rodovia Jornalista Francisco Aguirra Proença (Campinas/Hortolândia/Capivari); 3)

Rodovia Prefeito José Lozano Araújo ou Rodovia 330-110

(Paulínia/Sumaré/Hortolândia);

4) Rodovia Adhemar de Barros (Campinas/Mogi Mirim/Mogi Guaçu);

5) Rodovia Doutor Roberto Moreira (Paulínia/Campinas);

6) Rodovia Miguel Melhado Campos (Vinhedo/Campinas);

7) Rodovia Miguel Noel Nascentes Burnier (Mogi-Mirim/Campinas);

8) Rodovia Santos Dumont (Indaiatuba/Campinas).

Sistema viário. FONTE: Secretaria de Desenvolvimento, 2013.

1.1.7 PANORAMA ECONÔMICO

A evolução socioeconômica e espacial da região transformou-a em um espaço

metropolitano com uma estrutura produtiva moderna, com alto grau de complexidade e grande

riqueza concentrada em seu território.

A infraestrutura de transportes, a proximidade do maior mercado consumidor do país,

que é a RMSP, o sofisticado sistema de ciência e tecnologia, a mão-de-obra altamente

qualificada, entre outros, deram à RMC vantagens para instalação de novas empresas e para

formação de arranjos produtivos nas áreas petroquímica, têxtil, cerâmica e flores, entre

outros.

A localização geográfica e o sistema viário foram fatores primordiais no

desenvolvimento da agroindústria, ao permitirem a ligação com regiões produtoras de

matérias primas e os grandes mercados consumidores e terminais de exportação.

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O setor agropecuário tornou-se moderno e diversificado, possuindo forte integração

com os complexos agroindustriais e elevada participação de produtos exportáveis ou

destinados ao mercado urbano de maior poder aquisitivo. Seus principais produtos são cana-

de-açúcar, laranja, suinocultura, avicultura, horticultura, fruticultura e floricultura.

A produção regional tem aumentado sua participação no total estadual com a

instalação de novas fábricas de setores intensivos em tecnologia, o que indica a posição

privilegiada da região para a localização industrial, transformando-a no terceiro maior parque

industrial do país, atrás apenas das Regiões Metropolitanas de São Paulo e do Rio de

Janeiro.

A indústria abriga setores modernos e plantas industriais articuladas em grandes e

complexas cadeias produtivas, com relevantes participações na produção estadual. Uma das

divisões mais representativas é a de alimentos e bebidas, que responde por cerca de um

quarto da produção estadual.

Sobressaem, ainda, os ramos mais complexos, como o de material de transporte,

químico e petroquímico, de material elétrico e de comunicações, mecânico, de produtos

farmacêuticos e perfumaria e de borracha.

A existência de instituições de ensino e pesquisa e de inúmeras escolas técnicas e a

consequente disponibilidade de pessoal qualificado foram fundamentais para a presença de

grande número de empresas de alta tecnologia, que atuam principalmente nos setores de

informática, microeletrônica, telecomunicações, eletrônica e química fina, além de um grande

número de empresas de pequeno e médio porte fornecedoras de insumos, componentes,

partes, peças e serviços.

O dinamismo regional assegura aos municípios da RMC escala para desenvolver um

conjunto de atividades tradicionalmente encontradas apenas nas grandes capitais do país:

grande rede de serviços educacionais e bancários; hospitais e serviços médicos

especializados; setor terciário moderno; comércio diversificado e de grande porte e estrutura

hoteleira de ótima qualidade.

O setor terciário é dinâmico e avançado, apresentando interação com os demais

setores da economia. Abriga modernos equipamentos de comércio, empreendimentos de

grande porte em alimentação, entretenimento e hotelaria, além de uma variada gama de

serviços, como os profissionais e os voltados para empresas. Na área da saúde, a RMC

dispõe de importantes equipamentos públicos e privados, com destaque para o Hospital das

Clínicas da Unicamp.

A região possui, também, a maior concentração de instituições de P&D do interior

brasileiro, com a presença do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD), com papel

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estratégico no setor de telecomunicações, da Fundação Centro Tecnológico para a

Informática (CTI), da Companhia de Desenvolvimento Tecnológico (Codetec), do Instituto

Agronômico de Campinas (IAC), do Instituto Tecnológico de Alimentos (ITAL) e do Laboratório

Nacional de Luz Sincroton (LNLS).

1.1.8 ASPECTOS URBANOS

A malha viária permitiu uma densa ocupação urbana, organizada em torno de

algumas cidades de portes médio e grande, revelando processos de conurbação já

consolidados ou emergente sendo que as especificidades dos processos de urbanização e

industrialização ocorridos na Região provocaram mudanças muito visíveis na vida das

cidades.

A Região Metropolitana de Campinas possui o melhor Índice de Desenvolvimento

Humano entre as regiões metropolitanas do Brasil, segundo dados do Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

1.1.9 CONHECENDO UM POUCO DA HISTÓRIA DE JAGUARIÚNA

A UNIFAJ está inserida no município de Jaguariúna, criado em 30 de dezembro de

1953, pela Lei 2456, situado no interior do Estado de São Paulo, no Circuito das Águas

Paulistas e, faz parte da Região Metropolitana de Campinas (RMC) – Figura 2. Jaguariúna é

considerada a 3ª cidade do Brasil em qualidade de vida, segundo o Índice Firjan de

Desenvolvimento Municipal (IFDM), possui cerca de 40 mil habitantes e uma renda per capita

anual de cerca de R$ 84 mil e um PIB de R$ 3 milhões. O seu parque industrial abarca vários

setores da economia: bebidas, informática, comunicações, medicamentos, cerâmica,

metalurgia, autopeças, avicultura.

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Inserção do município de Jaguariúna na RMC.

Atualmente, Jaguariúna é um dos municípios que comporta importantes

núcleos residenciais, devido principalmente à sua proximidade do eixo São Paulo - Campinas.

Graças ao grande índice de industrialização, a região continua atraindo um

crescente número de indústrias e, consequentemente, fornecedora de mão-de-obra

qualificada para todos os segmentos da economia. As instituições e órgãos públicos têm

apresentado uma alta procura por esses profissionais do ramo, em especial, no próprio

município de Jaguariúna.

A proximidade entre os municípios que integram a Região Metropolitana de

Campinas faz com que a população se desloque entre eles para realizar seus estudos em

nível universitário. Atualmente a UNIFAJ recebe alunos de 65 municípios dos Estados de São

Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Do ponto de vista da oferta de postos de trabalho para o profissional graduado,

a Região Metropolitana de Campinas apresenta um grande potencial para Cursos de

graduação. Somente o Município de Jaguariúna possui cerca de 150 indústrias instaladas,

620 estabelecimentos comerciais e 600 empresas de prestação de serviço. Dentre as

indústrias de grande porte instaladas em Jaguariúna estão a Motorola do Brasil, LaelcInducon

Indústria de Capacitores, Companhia Brasileira de Bebidas AMBEV, Fresenius – Ind.

Farmacêutica, Takeda Indústria Farmacêutica, Delphi Automotive, entre outras. (fonte:

Secretaria da Indústria e Comércio do Município de Jaguariúna).

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Vista aérea de Jaguariúna

1.1.10 A CIDADE EM NÚMEROS – SÍNTESE

População estimada 2014 (1) 50.719

População 2010 44.311

Área da unidade territorial (km²) 141,391

Densidade demográfica (hab/km²) 313,37

Código do Município 3524709

Estabelecimentos de Saúde SUS 15 estabelecimentos

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 2010) 0,784

Matrícula - Ensino fundamental - 2012 6.327 matrículas

Matrícula - Ensino médio - 2012 1.947 matrículas

Número de unidades locais 1.997 unidades

Pessoal ocupado total 31.143 pessoas

PIB per capita a preços correntes - 2012 81.040,40 reais

População residente 44.311 pessoas

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População residente - Homens 22.004 pessoas

População residente - Mulheres 22.307 pessoas

População residente alfabetizada 39.257 pessoas

População residente que frequentava creche ou escola 12.995 pessoas

População residente, religião católica apostólica romana 28.845 pessoas

População residente, religião espírita 1.358 pessoas

População residente, religião evangélicas 10.099 pessoas

Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios

particulares permanentes - Rural 580,00 reais

Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios

particulares permanentes - Urbana 740,00 reais

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares

permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio - Rural 2.261,19 reais

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares

permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio -

Urbana

3.421,54 reais

Fonte:IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Produto Interno Bruto –Jaguariúna. Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013

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Evolução Populacional – Jaguariúna. Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013.

Matrículas por série – Jaguariúna. Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013.

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Número de escolas por série– Jaguariúna. Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013.

Estabelecimentos de Saúde – Jaguariúna. Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013.

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1.1.11 JUSTIFICATIVA DA OFERTA DO CURSO

O recente crescimento, desenvolvimento econômico e desenvolvimento industrial do

país, iniciado principalmente a partir da década de 1990, fez com que as áreas da

Engenharia brasileira alcançasse gradativa importância, em especial a área de Controle de

Máquinas e Equipamentos e Automação Industrial.

A cidade de Jaguariúna está inserida na Região Metropolitana de Campinas – RMC,

que possui elevado nível de desenvolvimento econômico nos setores de serviço, industrial e

comercial, que impulsionam a sua economia. A indústria abriga setores modernos e plantas

industriais articuladas em grandes e complexas cadeias produtivas, com relevantes

participações na produção estadual. Uma das divisões mais representativas é a de alimentos

e bebidas, que responde por cerca de um quarto da produção estadual. Sobressaem, ainda,

os ramos mais complexos, como o de material de transporte, químico e petroquímico, de

material elétrico e de comunicações, mecânico, automotivo, de produtos farmacêuticos e

perfumaria e de borracha. A indústria regional é bastante diversificada, podendo-se destacar:

em Paulínia, o Pólo Petroquímico composto pela Refinaria do Planalto - Replan, da Petrobrás,

e por outras empresas do setor químico e petroquímico; em Americana, Nova Odessa e Santa

Bárbara d´Oeste, o parque têxtil; em Campinas e Hortolândia, o pólo de alta tecnologia,

formado por empresas ligadas à nova tecnologia de informação e automobilística, etc. A

existência das instituições de ensino e pesquisa e de inúmeras escolas técnicas e a

conseqüente disponibilidade de pessoal qualificado foram fundamentais para a presença de

grande número de empresas de alta tecnologia, que atuam principalmente nos setores de

informática, automação, microeletrônica, telecomunicações, eletrônica e química fina, além de

um grande número de empresas de pequeno e médio porte fornecedoras de insumos,

componentes, partes, peças e serviços.

O dinamismo regional assegura ao município de Jaguariúna escala para desenvolver

um conjunto de atividades tradicionalmente encontradas apenas nas grandes capitais do país:

grande rede de serviços educacionais e bancários; hospitais e serviços médicos

especializados; setor terciário moderno; comércio diversificado e de grande porte e estrutura

hoteleira de ótima qualidade. A região Metropolitana de Campinas possui a maior

concentração de instituições de P&D do interior brasileiro, com a presença do Centro de

Pesquisa e Desenvolvimento-CPqD, com papel estratégico no setor de telecomunicações, da

Fundação Centro Tecnológico para a Informática-CTI, da Companhia de Desenvolvimento

Tecnológico-Codetec, do Instituto Agronômico de Campinas-IAC, do Instituto Tecnológico de

Alimentos-ITAL e do Laboratório Nacional de Luz Sincroton-LNLS.

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FONTE: Síntese das informações » PIB PER CAPITA a preços correntes - 2012 » Comparação entre municípios escolhidos – IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Dentre os municípios que compões a região Metropolitana de Campinas (RMC), JAGUARIÚNA apresenta o terceiro maior PIB per capita.

O segmento industrial apresentou uma evolução positiva nos últimos anos. Observa-

se no município de Jaguariúna que 16,3% dos estabelecimentos de atividades econômicas se

alocam no segmento Industrial, sendo que aproximadamente 70% dos estabelecimentos

encontram-se no segmento terciário da economia. A região é rica em indústrias de pequeno,

médio e grande porte, e sua atividade comercial e de serviços (agências bancárias, agências

contábeis, sindicatos, entidades assistenciais, clubes de serviços, etc.) é intensa, o que

proporciona aos municípios componentes um desenvolvimento sócio-econômico significativo.

Dentre as indústrias de grande porte instaladas em Jaguariúna estão a Solectron do Brasil

Indústria e Comércio, Motorola do Brasil, Schering do Brasil, Laboratórios BYK, Laelc Inducon

Indústria de Capacitores, Metalcabo Indústria e Comércio Ltda, Metalsix Comércio e Indústria

de Conexões, Companhia Brasileira de Bebidas – AMBEV, Fresenius – Ind. Farmacêutica e

Commscope, entre outras.

Em decorrência deste dinamismo econômico, a região está bem servida dos

equipamentos sociais, já que possui números suficientes de hospitais, prontos-socorros,

consultórios médicos, odontológicos e entidades de atenção à saúde em geral; apresenta

também grande número de unidades escolares nos diversos níveis e graus de ensino, o que

garante um suficiente atendimento às necessidades do ensino fundamental, médio e superior,

embora o 3º grau comporte muito maior número de estabelecimentos do que o existente. Os

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equipamentos de infra-estrutura e saneamento básico são suficientes, onde destaca-se um

enorme número de ligações de água e esgoto, e telefônicas, que abrangem cerca de 85% das

localidades e de suas respectivas edificações, terminando 2004 com 95% de saneamento de

água e esgoto. Os meios de transporte têm grande importância no desenvolvimento nacional,

onde a Rodovia Anhanguera, a ferrovia – FEPASA e o Aeroporto Internacional de Viracopos

(Campinas/SP) têm papel vital nesse desenvolvimento.

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. A contribuição do setor industrial para o PIB da cidade segue a tendência da contribuição do setor industrial no PIB do estado e do Brasil, reflexo do número de indústrias instaladas na cidade.

A região tem grande projeção no Estado de São Paulo, em termos de equipamentos

sócio-culturais, onde se destaca apresentando grande número de museus, cinemas, teatros,

grandes parques para lazer, famosos restaurantes, moderníssimos shopping-centers, como o

maior shopping da América Latina, o Shopping Parque D. Pedro, entre outros. Os meios de

comunicação disponíveis apresentam números suficientes à realidade regional, onde cada

município componente contribui com seus jornais diários, suas modernas emissoras de rádio

AM-FM, além de canais de TV e outros.

O município de Jaguariúna, especificamente, tem atraído grandes indústrias

multinacionais, em função de sua boa infra-estrutura social e de mão-de-obra e pela sua

proximidade (município contíguo) do grande centro urbano de Campinas. É um município com

características de grande potencial de desenvolvimento industrial, com um setor comercial

bastante sólido, e atualmente é um dos municípios que comporta os maiores núcleos

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residenciais de chácaras de recreio e moradia, devido principalmente à sua proximidade do

eixo São Paulo-Campinas e do complexo rodoviário - Via Anhanguera/Via Bandeirantes.

1.1.12 POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO (ARTICULAÇÃO DO

PPC COM O PDI)

A UNIFAJ entende que tanto o PDI quanto o PPC são frutos de uma reflexão

consciente de todos os atores envolvidos na sua implementação. Acredita que esta

concepção oferece unidade, singularidade e especificidade aos Cursos que possui. Assim

assume o compromisso de promover a contínua construção, avaliação e re-elaboração de

ambos visando torná-lo uma expressão atualizada da visão que adquire sobre educação

superior, sobre universidade e sua função social, sobre o curso, sobre o ensino, sobre a

pesquisa e sua relação com o ensino, sobre a extensão e sua relação com o currículo, sobre

a relação teoria e prática. Compromete-se a abrir espaços institucionalizados para a

discussão e troca de informações visando a promoção do acompanhamento da articulação

entre PPI e PPC. Compromete-se também a gerar instrumentos que efetivamente sinalizem a

necessidade de alteração das concepções e ações inseridas no PPI e PPC. Estes

compromissos de acompanhamento das ações consignadas em ambos os documentos e sua

articulação entre si e com os demais instrumentos é percebido como uma ação de grande

relevância à medida que pode revelar as características da instituição, nos cursos e entre os

cursos, do sistema educacional superior e do contexto social do qual faz parte. A elaboração

de um Projeto Pedagógico para a UNIFAJ implica em analisar o contexto real e o escolar

definindo ações, estabelecendo o que alcançar, criando percursos e fases para o trabalho,

definindo tarefas para os atores envolvidos e acompanhando e avaliando a trajetória

percorrida e os resultados parciais e finais. Esta função não pode ser assumida, na visão da

UNIFAJ sem que haja uma efetiva articulação com outros instrumentos que sinalizam a

direção institucional para o alcance de compromissos sociais. Assim torna-se imprescindível a

implementação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) que junto com o Projeto

Pedagógico dos Cursos (PPC) sustentam o cumprimento da missão institucional e social do

Centro Universitário.

O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI é um instrumento que mapeia a

organização e o planejamento institucional da UNIFAJ, bem como indica um conjunto de

objetivos, estratégias e ações básicas para viabilizar sua reestruturação. O PDI contribui

efetivamente para tornar os Projetos Pedagógicos dos Cursos da UNIFAJ um instrumento de

condução do presente e do futuro. O PDI no Centro Universitário de Jaguariúna é um

instrumento que serve de guia para a prática pedagógica dos cursos e promove a unidade

pedagógica que expressa a sua filosofia educacional. A Diretoria é o principal agente

P á g i n a | 22

articulador dos Projetos tanto Institucional quanto Pedagógico. É a partir da atuação destes

atores que se está permanentemente ligando e articulando as ações de ambos os projetos

visando a potencialização das suas relações e a composição da teia curricular que

circunscreve cada um dos Projetos Pedagógicos dos Cursos. A implementação do Plano de

Desenvolvimento Institucional da UNIFAJ norteia a ação transformadora da realidade e

viabiliza as ideias inseridas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos. A articulação entre o Plano

de Desenvolvimento Institucional e o Projeto Pedagógico se dá a partir de várias dimensões.

De um lado os responsáveis principais da UNIFAJ articulam ações para promover as relações

entre ambos e de outro o compromisso e envolvimento dos Coordenadores dos Cursos e do

corpo docente no sentido de tornar concretas as ações consignadas no Projeto Pedagógico

dos Cursos. A reflexão permanente e o exercício das ações traçadas em ambos os

documentos vão delineando a construção e a reconstrução das diretrizes curriculares. O

Curso de Engenharia de Controle e Automação da UNIFAJ se insere nas concepções do PDI

e PPC e atende suas exigências de altos padrões de qualidade de ensino. Isto garante

sucesso de seus egressos, tanto no campo pessoal quanto no profissional.

Conceitos como autonomia, flexibilidade, capacidade de análise, pró-atividade, visão

sistêmica, visão estratégica extrapolam o discurso acadêmico e servem de guias que orientam

a prática do seu corpo docente e a qualificação dos discentes, ultrapassando os limites da

retórica escolar para construir conhecimento útil ao profissional de Engenharia de Automação

e Controle.

O Curso foi concebido respeitando os valores de mercado, humanísticos e éticos envolvidos

no ensino e no aprendizado crítico, participativo e criativo, tendo a efetiva valorização do

profissional e seu meio ambiente como meta máxima.

O Projeto Pedagógico Institucional serve de alicerce para a conformação da grade

curricular e dos correspondentes conteúdos programáticos, na medida em que se contempla a

realidade das relações humanas no mercado de trabalho e as formas de distribuição física de

bens tangíveis e intangíveis, através dos canais de distribuição e as suas multirelações

intrínsecas e extrínsecas, num contexto globalizado, visando atender as necessidades

organizacionais no desenvolvimento local, regional, nacional e internacional.

O Projeto pedagógico, em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, é

acompanhado pela Coordenação de Curso, Direção e Professores num compromisso

conjunto pela qualidade. A Coordenação de Curso terá como uma das principais atribuições

acadêmicas, o acompanhamento e a análise do andamento do projeto pedagógico. Contudo,

a Direção e os Professores também serão responsáveis pela consolidação e pela qualidade

do mesmo. A Direção sobretudo, na logística institucional administrativa para o

desenvolvimento de cada projeto de curso do Centro Universitário e os professores

P á g i n a | 23

especificamente, encaminhando a parte voltada para a dimensão didático-pedagógica do

curso. Todos com a consciência coletiva de responsabilidade de avaliar constantemente os

trabalhos desenvolvidos e a qualidade dos cursos oferecidos. Tal avaliação é formalizada

através do Programa de Avaliação Institucional onde todos terão a oportunidade de registrar

suas críticas e sugestões.

As Atividades Acadêmicas permanentes de ensino, pesquisa e extensão estão

integradas de forma a se reforçarem mutuamente. O compromisso maior do Centro

Universitário de Jaguariúna é com o Ensino de qualidade. Assim, a pesquisa na Instituição

terá característica empírica de aplicação prática. Contarão como pesquisa: as pesquisas de

iniciação científica - PIC e as atividades desenvolvidas nas disciplinas de PAC - Pesquisa e

Atividades Complementares. A extensão é incentivada pelas semanas de estudos e jornadas

que são organizadas anualmente sob a responsabilidade de cada coordenadoria de curso, as

visitas técnicas desenvolvidas por professores fora e dentro do Campus. A natureza da

pesquisa possível nesta realidade educacional será voltada quase que inteiramente para as

questões do Ensino, estando aí a integração legítima entre Pesquisa e Ensino.

Observando a política de desenvolvimento institucional apresentada pela UNIFAJ,

percebe-se a articulação entre os cursos de graduação efetuada por meio de uma proposta

de desenvolvimento comum das experiências de inovação metodológica, dos projetos de

produção de pesquisa e publicação e de um rico trânsito docente e discente entre os diversos

projetos institucionais. Isso demonstra como a política de desenvolvimento institucional

responde às reflexões do projeto pedagógico do curso, que valoriza essa integração no

processo de construção de sua qualidade acadêmica. Por outro lado, a política de acervo, o

plano de carreira, os projetos de qualificação docente, as atividades de extensão, os

incentivos institucionais e as práticas avaliativas presentes no Projeto de Desenvolvimento

Institucional (PDI) confirmam uma compreensão de complementaridade entre as experiências

acadêmicas institucionais e um compromisso de que os investimentos institucionais atendam

às demandas pedagógicas que sustentam o Projeto de Curso da UNIFAJ.

A construção da estrutura curricular da proposta pedagógica do Curso de Engenharia

de Controle e Automação da UNIFAJ constitui-se de um conjunto encadeado de disciplinas

teóricas e práticas cuja carga horária perfaz um total de 4.300 horas, distribuídas em 10

semestres. Todas estas ações e outras complementares visam atender as especificações

contidas no PDI.

P á g i n a | 24

1.1.13 COMPROMISSO SOCIAL

O Centro Universitário de Jaguariúna, em razão da sua herança institucional e das

suas opções como IES, está diretamente engajada no processo de desenvolvimento da

sociedade. Assim, é possível identificar os compromissos sociais nos ambientes local,

nacional e internacional.

No seu compromisso social, a UNIFAJ se caracteriza pela oferta de um ensino de

excelência, pela criação de um ambiente para discussão de temas relevantes para a

sociedade, pela busca de soluções criativas para a melhora na qualidade do ensino, pela

formação de agentes qualificados para atuação no mercado de trabalho, pela formação de

profissionais competentes e aptos para atuar na Engenharia de Controle e Automação e pelas

parcerias com instituições e/ou entidades sem fins lucrativos.

O compromisso social assumido, e que vem sendo realizado, pela UNIFAJ, espelha

sua responsabilidade institucional. A UNIFAJ tem consciência de seu compromisso com a

promoção do desenvolvimento e o bem-estar da sociedade e prioriza, na formação

profissional, a excelência, a ética e o desenvolvimento de competências, habilidades e

atitudes.

1.2 CONCEPÇÃO DO CURSO

1.2.1 OBJETIVOS GERAIS

A educação nacional, concebida como fator de transformação social para formar

cidadãos com competências e habilidades para a participação ativa no processo de

desenvolvimento da sociedade, deve promover o desenvolvimento das dimensões técnico-

científica (saber conceber e fazer), social (saber conviver), moral (saber ser), política (saber

agir) e estratégica(saber pensar e agir prospectivamente). Consubstanciada na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, a educação

tem, entre suas finalidades, o pleno desenvolvimento do ser humano e seu aperfeiçoamento

e, o preparo do cidadão para a compreensão e o exercício do trabalho, mediante acesso ao

conhecimento científico e tecnológico, conhecimentos fundamentais que capacitam o homem

para o exercício de uma profissão, para a reflexão crítica e participação na produção de novas

tecnologias.

Sendo assim, o Curso de Engenharia de Controle e Automação do Centro Universitário

de Jaguariúna tem por objetivo geral “Formar profissionais na área da Engenharia de

Controle e Automação, tecnicamente qualificados, que sejam capazes de entender e

P á g i n a | 25

intervir, de uma forma crítica e criativa na complexidade que envolve as subáreas de

conhecimento que identificam o Engenheiro de Controle e Automação, de modo a

promover, preservar e participar ativamente dos segmentos de Automação Industrial,

de maneira significativa para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.”

1.2.2 ESPECÍFICOS

Formar um profissional com foco no humano e no social com sólida formação científica

e tecnológica, objetivando que os conhecimentos, habilidades e competências desenvolvidos

no curso lhe possibilitem a análise, projeto, instalação, operação e manutenção de todo um

sistema ou processo produtivo, de forma automatizada obedecendo a uma programação,

controle e supervisão integrados. Considerando as dimensões do conhecimento, das

habilidades e das atitudes, os objetivos específicos do referido curso de Engenharia de

Controle e Automação são os seguintes:

1.2.2.1 NA DIMENSÃO DO CONHECIMENTO

• Formar profissionais de Engenharia conscientes da importância de seu papel na

sociedade atual;

• Compreender as bases conceituais dos princípios humanísticos, éticos; das relações

interpessoais; da comunicação e informação, dos princípios e métodos da ciência,

tecnologia e do processo de trabalho;

• Formar profissionais aptos para a inserção no mercado de trabalho em geral e de

todos os seus segmentos da área de Controle e Automação;

• Formar profissionais com pensamento criador, crítico e empreendedor;

• Favorecer, no estudante, o desenvolvimento de seu potencial criativo, do raciocínio e

de sua visão crítica do mundo;

• Formar profissionais conscientes de seu auto-aprimoramento contínuo;

• Incentivar a criação cultural e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e

do meio em que se vive;

• Incentivar a pesquisa, extensão e a investigação científica, visando o desenvolvimento

da ciência e da tecnologia, a nível local e regional.

P á g i n a | 26

1.2.2.2 NA DIMENSÃO DAS HABILIDADES INTELECTUAIS

• Utilizar e manejar apropriadamente as técnicas, os instrumentos, procedimentos e

outros recursos tecnológicos aplicados na prática profissional;

• Utilizar de forma adequada os meios de comunicação verbal e não verbal nas relações

de trabalho e no atendimento ao indivíduo e/ou coletividade;

• Utilizar a metodologia científica na aquisição e produção de conhecimentos;

• Buscar, selecionar e manejar informações;

• Desenvolver habilidades para o uso da informática como ferramenta usual e rotineira

• Identificar, analisar e interpretar os problemas em Gestão, Planejamento e

Ordenamento de recursos na Engenharia de Controle e Automação, assim como na

prática profissional;

• Acessar, selecionar e integrar os conhecimentos necessários para as soluções de

problemas;

• Utilizar o raciocínio investigativo para a compreensão dos problemas e tomada de

decisões;

• Gerenciar, organizar, coordenar, liderar e capacitar equipes de trabalho da sua área de

competência.

• Desenvolver a habilidade de trabalho em equipes multidisciplinares.

• Capacitar o educando a identificar, formular e resolver problemas de engenharia,

considerando as questões de viabilidade técnica e econômica e os impactos

ambientais;

• Capacitar o estudante a utilizar a tecnologia atual e a absorver e gerar novas

tecnologias;

• Preparar o futuro profissional nas tarefas que lhe permitam planejar, organizar,

desenvolver e controlar sistemas de acordo com as exigências e necessidades da

região, atento às legislações do país e às exigências do mercado mundial

P á g i n a | 27

1.2.2.3 NA DIMENSÃO DAS ATITUDES

• Buscar constante aprimoramento profissional através da educação continuada e

reconhecer os limites e as possibilidades da sua prática profissional;

• Apropriar-se de novas formas de aprender, conectadas com a realidade concreta,

aprimorando a independência intelectual, o exercício da crítica e a autonomia no

aprender;

• Compreender o papel do exercício profissional como instrumento de promoção de

transformações sociais;

• Valorizar a produção e utilização do conhecimento científico-tecnológico,

aprimorando o rigor científico e intelectual em suas ações sociais e profissionais;

• Ter espírito empreendedor e exercer a profissão, pautado em valores éticos e

humanísticos tais como a solidariedade, respeito à vida humana e ao meio ambiente,

convivência com a pluralidade e diversidade de ideias e pensamentos.

1.2.3 METAS

As metas principais do Curso de Engenharia de Controle e Automação para o egresso,

conduzem a uma orientação formativa tecnológica e multidisciplinar, cujas competências e

habilidades condizem com as estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e a

Câmara de Educação Superior (CES) em sua Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de

2002.

1.2.4 DADOS DO CURSO

Nome do Curso: ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Modalidade: Bacharelado - Presencial - 10 semestres Carga Horária: 4320 Horas

TEORIA PRESENCIAL = 1980 Horas

PRÁTICA PRESENCIAL = 2340 Horas

TCC TEÓRICO = 40 Horas

TCC PRÁTICA = 320 Horas

TOTAL PRESENCIAL = 4200 Horas

TOTAL EAD = 120 Horas

ATIVIDADES

COMPLEMENTARES = 300 Horas

ESTÁGIO

SUPERVISIONADO = 200 Horas

TOTAL GERAL = 4320 Horas

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1.2.4.1 ATOS LEGAIS AUTORIZAÇÃO: Portaria Ministerial nº 3565, publicada no Diário Oficial da União em 18/10/05 RECONHECIMENTO: Portaria nº 13, de 02/03/12, publicada no Diário Oficial da União. de 06/03/2012 RENOVAÇÃO: Portaria nº 286, de 21/12/2012, publicada no Diário Oficial da União de 27/12/2012 Turnos de funcionamento e vagas: Noturno - 200 Regime de Matrícula: Semestral Forma de Ingresso: Vestibular Unificado com aproveitamento do ENEM Endereço de funcionamento do Curso: UNIFAJ - Centro Universitário de Jaguariúna - Campus II Jaguariúna - São Paulo - Brasil Rodovia Adhemar de Barros - Km 127 - Pista Sul Bairro Tanquinho Velho CEP 13.820 - 000

1.2.5 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

Seguindo a orientação da proposta pedagógica para o curso de Engenharia de

Controle e Automação e de acordo com o que dispõem os órgãos oficiais Conselho Federal

de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Lei nº 5.194/66) e CREA (Res. nº 218/73), são

características da profissão de engenheiro as seguintes atividades:

Supervisão, coordenação e orientação técnica;

Estudo, planejamento, projeto e especificação;

Estudo de viabilidade técnico-econômica;

Assistência, assessoria e consultoria;

Direção de obra e serviço técnico;

Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;

Desempenho de cargo e função técnica;

Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica,

extensão;

Elaboração de orçamento;

Padronização, mensuração e controle de qualidade;

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Execução de obra e serviço técnico;

Fiscalização de obra e serviço técnico;

Produção técnica e especializada;

Condução de trabalho técnico;

Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou

manutenção;

Execução de instalação, montagem e reparo;

Operação e manutenção de equipamento e instalação;

Execução de desenho técnico.

Mesmo esta Resolução ter sido elaborada em 1973, a maioria das atividades

relacionadas à Engenharia podem ainda ser consideradas atuais. A Resolução 427/1999

discrimina as atividades do Engenheiro de Controle e Automação “... no que se refere ao

controle e automação de equipamentos, processos, unidades e sistemas de produção, seus

serviços afins e correlatos”.

Em linhas gerais, se quer formar profissionais dotados de competências e habilidades

visando atender principalmente a demanda regional, sem desprezar a demanda nacional e

internacional pelos serviços em Engenharia de Controle e Automação, sendo capaz de

exercer com ética, justiça e responsabilidade as atribuições e prerrogativas compatíveis à

profissão.

1.2.5. 1 PERFIL DO EGRESSO – HABILIDADES/COMPETÊNCIAS - GERAIS

Pretende-se que o egresso da carreira profissional de Engenharia de Controle e

Automação apresente as seguintes habilidades e competências:

Projetar, construir, programar, montar e operar controles automatizados da

indústria de processos contínuos e discretos, aplicando seus conhecimentos de

controle de sistemas, computação, eletrônica e eletricidade;

Supervisionar processos de produção e de controle de qualidade dos insumos,

processos intermediários e produto final;

Inovar tecnologias existentes; participar na transferência de tecnologias

emergentes e atuar como agente na transferência das mesmas;

P á g i n a | 30

Estar capacitado para trabalhar em equipes multidisciplinares, propondo sistemas

cujo projeto faça uso ótimo de tecnologias desde o ponto de vista de operação bem

como de recursos econômicos;

Diagnosticar falhas, propor e executar planos de manutenção preventiva dos

diferentes sistemas de processos automatizados;

Interpretar e aplicar as normas de segurança e higiene industrial e conservação do

meio ambiente;

Capacitar e instruir tecnicamente o pessoal da equipe sob sua supervisão;

Compreender a incidência da tecnologia nas atividades de gestão empresarial e,

Promover e realizar pesquisa tecnológica no nível de sua competência com a

finalidade de corrigir e/ou melhorar os processos produtivos.

Pretende-se que o egresso apresente formação adequada às necessidades

profissionais exigidas para o exercício da profissão de Engenheiro, sendo que para tanto o

currículo conta com disciplinas de formação básica (matemática, física, química, informática,

expressão gráfica, eletricidade, mecânica e tecnologia dos materiais), de formação geral

(ciências humanas, sociais, ambientais, administração e economia) e de formação profissional

humanos, éticos e morais.

Ao final do curso, o egresso do programa de Engenharia de Controle e Automação

será um profissional íntegro com competências, habilidades e atitudes que lhe permita:

preparar o profissional para projetar, planejar, supervisionar, elaborar, executar

e implementar projetos e serviços em Controle e Automação.

preparar o profissional para atuar no controle e automatização de máquinas,

equipamentos, manufatura e processos industriais

Automatizar sistemas e processos industriais, buscando soluções alternativas e

inovadoras

preparar o profissional para efetuar no projeto e integração de sistemas eletro-

pneumático-hidráulico utilizando Controladores Lógicos programáveis,

Microcontroladores e Comandos Numéricos Computadorizados

preparar o profissional para desenvolver Interface Homem Máquina e sistemas

supervisórios

P á g i n a | 31

preparar o profissional para aplicar técnicas de manufatura e processos de

fabricação, para Identificar, selecionar e especificar componentes de sistemas

para Controle e Automação

preparar o profissional para aplicar técnicas para a instrumentação,

sensoriamento, monitoramento e aquisição de dados aplicados ao Controle e

Automação

prepara o profissional para atuar eticamente em equipes multidisciplinares e de

forma empreendedora

Constituir e administrar empresas de base tecnológica

Participar ativamente de processos de ensino e pesquisa buscando a

atualização profissional e a difusão do conhecimento tecnológico e científico

Fomentar o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre a universidade,

a indústria e instituições que realizam pesquisa e desenvolvimento de novos

produtos e processos

formar profissionais capazes de atuar eticamente de forma empreendedora no

planejamento, supervisão, elaboração, coordenação de projetos e serviços de

automação industrial e na gestão de processos de produção e unidades

automatizadas

É importante ressaltar que este conjunto de habilidades e competências pode ser

atendido através de disciplinas específicas presentes na grade curricular. No entanto, outros

devem ser entendidos como objetivos presentes na formação para o adequado exercício

profissional. Portanto, são trabalhados através das metodologias, recursos e práticas de

ensino que são adotadas como formas de operacionalização das disciplinas previstas na

grade curricular.

As capacidades de se adaptar ao trabalho em equipes multidisciplinares, de utilizar

metodologias nas diversas áreas da Engenharia de Controle e Automação e de acompanhar

as evoluções tecnológicas são adquiridas com aulas expositivas, aulas laboratoriais, projetos

temáticos, seminários, programa de atividades complementares, visitas técnicas e trabalhos

desenvolvidos individualmente ou em equipe.

A formação humanista é obtida sobretudo pelas disciplinas: Comunicação e

Relacionamento Interpessoal, Economia, Projeto de Pesquisa, Trabalho de Curso, Legislação

e Ética Profissional, Engenharia do Trabalho, Estágio Supervisionado Obrigatório e das

P á g i n a | 32

Atividades Complementares que são desenvolvidas extraclasses e convalidadas através de

Relatórios e apresentações de Seminários.

A educação das relações étnico-raciais e indígenas tem por alvo a formação de

cidadãos, mulheres e homens empenhados em promover condições de igualdade no

exercício de direitos sociais, políticos, econômicos, dos direitos de ser, viver e pensar,

próprios aos diferentes pertencimentos étnico-raciais, indígenas e sociais. Em outras palavras,

persegue o objetivo precípuo de desencadear aprendizagens e ensinos em que se efetive

participação no espaço público, isto é, em que se formem homens e mulheres comprometidos

com e na discussão de questões de interesse geral, sendo capazes de valorizar questões de

mundo, experiências históricas, contribuições de diferentes povos que têm formado a nação.

As questões relativas ao multiculturalismo; fenômenos culturais, étnicos, indígenas,

raciais e linguísticos; Preconceitos; Relações etnoraciais na sociedade e nas empresas;

Desigualdade racial no Brasil e tratamento da diversidade etnocultural são abordados nas

disciplinas Eletiva I e Eletiva II.

A concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência

entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade são

abordados na seguinte disciplina: Engenharia da Sustentabilidade, estando, ainda,

contemplados de forma integrada nas disciplinas do curso que abordam a área humanística.

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é oferecida como disciplina optativa e ainda

entre os conteúdos de extensão e integração profissional do curso. O Centro Universitário de

Jaguariúna, através do PROE (Programa de Orientação ao Estudante) oferece regularmente

cursos de LIBRAS abertos a todos os estudantes interessados, em atendimento ao disposto

no §2º do artigo 3º do Decreto nº 5.626/2005.

Atualmente, estão ocorrendo grandes transformações econômicas e sociais em todo o

mundo, principalmente, pela introdução de novas tecnologias e o estabelecimento de uma

nova ordem nos mercados mundiais, a chamada “globalização dos mercados”. Essas

transformações mundiais exigem novos padrões de qualidade que, naturalmente, exigem

maior qualificação do pessoal produtivo e gerencial. O Brasil deverá investir maciçamente na

modernização do parque industrial, visando manter a competitividade de seus produtos e

serviços no cenário mundial.

Inserida e atuante nestas mudanças, a Engenharia de Controle e Automação, tem a

finalidade de buscar e integrar as novas tecnologias com o homem e seus ambientes sócio -

econômicos, vislumbrando-se assim um mercado bastante promissor. No País, os

Engenheiros de Controle e Automação vêm, sobretudo, realizando a implantação de novos

P á g i n a | 33

sistemas visando atender aos cada vez mais exigentes padrões da qualidade e produtividade,

atuando em todas as atividades industriais, agrícolas e comerciais, além de governamentais.

Neste contexto, o Engenheiro de Controle e Automação é componente fundamental no

desenvolvimento de novos sistemas em todos os ramos da atividade econômica e

empresarial, assegurando posição de destaque nas organizações.

1.2.5.2 CAMPO DE ATUAÇÃO

De um modo geral, o mercado profissional da Engenharia de Controle e Automação

tem crescido até mesmo quando ocorrem crises em alguns setores da indústria nacional.

Os campos de atuação do Engenheiro de Controle e Automação são as empresas

automobilísticas, indústria de transformação, siderúrgicas, de mecânica fina, de conformação

mecânica, transformação, agro-industriais, químicas, de desenvolvimento de softwares para

automação e controle, ou seja, mais notadamente as empresas que fazem uso da tecnologia

para melhorar seus processos e produtos. Além dessas, atua também em serviços públicos,

em instituições financeiras e de ensino e pesquisa. Cabe ainda ao profissional, realizar

pesquisas de mercado e identificar novos campos e nichos de mercado que favoreçam a ação

empreendedora.

Nestas empresas o Engenheiro de Controle e Automação poderá trabalhar em

diversas atividades, entre as quais projetos assistidos por computador, robótica, supervisão, e

manutenção. Com os conhecimentos adquiridos no curso, o profissional poderá propor

soluções inovadoras para os problemas que constantemente surgem em um mercado em

progressiva transformação.

Este profissional estará em perfeitas condições para ser absorvido pelo crescente e

diversificado parque industrial e produtivo, da maioria das regiões brasileiras, empresas estas

que exigem cada vez mais a formação do engenheiro com maior direcionamento e

especialização, que se adapte com rapidez, através de sua formação ao modelo de

crescimento da indústria nacional.

P á g i n a | 34

1.2.6 ESTRUTURA CURRICULAR

A construção da estrutura curricular materializadora da proposta pedagógica do Curso

de Engenharia de Controle e Automação do Centro Universitário de Jaguariúna constitui-se de

um conjunto encadeado de disciplinas e atividades educacionais distribuídas em 10

semestres.

1.2.6.1 NOTAS EXPLICATIVAS

A área de Engenharia de Controle e Automação é uma das áreas do conhecimento

humano cuja evolução se mostra especialmente rápida. Neste sentido, torna-se

imprescindível que o Corpo Docente, fundamentado pelo seu Núcleo Docente Estruturante –

NDE realize constantes atualizações no Projeto Pedagógico do curso, particularmente em sua

estrutura curricular. Leva-se em consideração a velocidade significativa com que novas

tecnologias e metodologias de ensino que suplantam outras que até há pouco se mostravam

absolutas.

A estas características, agrega-se a avaliação dos docentes do Curso, cuja maioria

está inserida no mercado profissional de trabalho. Esta avaliação indica as necessidades

específicas do mercado de trabalho atual na Região Metropolitana de Campinas - Jaguariúna.

Essa realidade aponta para uma crescente demanda de profissionais com

conhecimentos e prática na área de Engenharia de Controle e Automação e com bons

conhecimentos na área de gestão.

Considerando-se estas premissas, foi realizada uma reestruturação no currículo de

Engenharia de Controle e Automação, que busca, além de seus objetivos já existentes, as

seguintes características:

Integrar as diversas disciplinas curriculares pela sua aplicação em projetos temáticos,

possibilitando que os formandos desenvolvam uma visão sistêmica nas organizações

e relacionem todo↔partes↔todo de forma a proporem soluções adequadas à

realidade;

Propiciar que o aluno vivencie os aspectos inerentes à Engenharia de Controle e

Automação dentro de um ambiente controlado e sob a orientação de profissionais

capacitados;

Alinhar um conjunto de conteúdos que permitam uma melhor formação e

interdisciplinaridade;

P á g i n a | 35

Desenvolver habilidades e competências interpessoais pela convivência em equipes

de trabalho;

Permitir a sistematização do conhecimento desenvolvido pelos alunos, de forma

formal, além de capacitar os alunos a integrarem os conceitos, teorias, dados, fatos,

procedimentos, técnicas, metodologias e rotinas que aprendem no decorrer do curso

para estruturarem estratégias de intervenção na sua área de atuação, orientados para

a prática do Engenheiro de Controle e Automação.

1.2.6.2 COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM OS OBJETIVOS DO CURSO E COM

AS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS

Desde o início do seu projeto, a UNIFAJ estabeleceu um perfil profissional a ser

buscado. A UNIFAJ objetiva formar um bacharel com certas habilidades e competências

dentro de um determinado espaço profissional. A estrutura curricular foi concebida de forma a

atender aos objetivos gerais e específicos do curso e, consequentemente, possibilitar a

consecução dos objetivos do PDI.

1.2.6.2.1 COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DO EGRESSO

A filosofia que embasa a construção da estrutura curricular identifica-se com a

proposta educacional da UNIFAJ de desenvolver as atividades de ensino de forma a atender

as necessidades de formação fundamental, sociopolítica, técnica e prática do engenheiro de

Controle e Automação.

A UNIFAJ tem acompanhado as mudanças nas relações sociais no espaço local,

nacional e internacional. Ainda, tem percebido a necessidade de contar com uma estrutura

curricular suficiente ao atendimento da realidade das exigências de um mercado de trabalho

especializado. Ademais, a estrutura curricular pela preocupação de selecionar conteúdos

estruturantes que, amarrada a uma metodologia de ensino com destaque na formação de

habilidades e competências, possa garantir o perfil de um profissional de qualidade,

intelectualmente autônomo e empreendedor, apto a construir novas soluções para um mundo

internacionalizado que se modifica constante e rapidamente.

.

P á g i n a | 36

1.2.6.2.2 COERÊNCIA DO CURRÍCULO FACE ÁS DIRETRIZES CURRICULARES

NACIONAIS

A UNIFAJ organiza sua estrutura curricular com base na Resolução CNE/CES n.º 11,

de 11 de março de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de

Engenharia.

1.2.6.2.3 ADEQUAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE EMENTAS, PROGRAMAS DE

ENSINO E BIBLIOGRAFIA

O ementário, os programas de ensino e a bibliografia estão em permanente processo

de atualização na UNIFAJ - atualização contínua; Sempre que necessário, o Colegiado de

Curso e o NDE sugerem e produzem modificações e atualizações.

Outra medida importante, que assegura melhores ações no que tange à atualização, é

a discussão setorizada entre docentes de áreas com alguma conexão temática ou algum

vínculo importante com as ementas objeto de interesse.

A bibliografia utilizada na UNIFAJ é atualizada e adequada em função do seu Projeto

Pedagógico de Curso. A biblioteca atende à normativa educacional e adota uma política de

atualização de periódicos e livros.

1.2.6.2.4 FLEXIBILIDADE CURRICULAR E INTERDISCIPLINARIDADE

O Centro Universitário de Jaguariúna adota como princípios didático-pedagógicos a

flexibilidade curricular e a interdisciplinaridade. O primeiro é entendido como a qualidade do

percurso acadêmico livre, embora orientado pelo curso, á escolha do aluno. Para tanto, o

Centro Universitário oferece ao aluno uma matriz curricular sequenciada que já é por si

mesma um modo de orientação para as matriculas de disciplinas. Se o aluno quiser cursar

uma disciplina mais adiantada porque lhe é conveniente, contará com a Coordenação de

Curso e com os docentes para orientá-lo nessa decisão, analisando com o aluno qual a

melhor via acadêmica a ser percorrida. Finalmente, o aluno percebe, ainda, as características

da flexibilidade do seu curso ao realizar as atividades complementares.

O segundo princípio, a interdisciplinaridade, resulta dos projetos de estudo

envolvendo várias disciplinas ou campos de saber aos quais o aluno se dedicará ao longo do

curso, em situações especificas, como: projetos integrados, visitas técnicas, redação de

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artigos para publicação, relatórios de estágios, palestras, preparação de material para a

participação nos encontros científicos internos e externos, etc.

Tal organização visa à articulação entre a teoria e a prática e, portanto, a

aproximação do estudante com diferentes cenários de atuação profissional. Os semestres se

organizam em unidades as quais, por sua vez, são constituídas por disciplinas optativas e

obrigatórias, bem como outras atividades que irão possibilitar a integralização hora/aula.

Ressalta-se que as disciplinas que integram o currículo se interrelacionam possibilitando ao

conhecimento circular de forma dinâmica nas diferentes unidades.

As disciplinas optativas são complementares ao Curso de Engenharia de Controle e

Automação, com carga horária de 60 h, destinadas a agregar um maior conhecimento ao

aluno em áreas de menor grau específico, entretanto, de extrema importância para a

formação de um futuro profissional com visão multidisciplinar, diferencial cada vez mais

necessário para o mercado de trabalho.

1.2.6.2.5 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Muito embora educação ambiental perpasse as disciplinas do curso, em atendimento à

Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho de 2002, que

regulamenta as políticas de educação ambiental, a disciplina "Engenharia da

Sustentabilidade" é incorporada à grade curricular do Curso de Engenharia de Controle e

Automação.

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1.2.7 MATRIZ CURRICULAR

O curso proposto foi organizado de forma a propiciar ao aluno recursos e práticas pedagógicas

adequadas e orientadas a atingir o perfil desejado, conforme exposto a seguir.

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE

CONTROLE E AUTOMAÇÃO

DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA

1º Semestre Teoria Prática Total

Cálculo 60 60

Física - Mecânica 40 20 60

Algoritmos e Lógica de Programação 40 40 80

Desenho Técnico 30 30 60

Circuitos Elétricos 20 20 40

Fundamentos de Engenharia de Controle e Automação 20 20 40

TOTAL 210 130 340

2º Semestre Teoria Prática Total

Cálculo Diferencial 60 60

Física - Térmica e Óptica 40 20 60

Programação de Computares 20 20 40

Circuitos Lógicos 20 20 40

Desenho Técnico Auxiliado por Computador 20 40 60

Mecânica Geral 40 40

Projeto Temático I 40 40

TOTAL 200 140 340

3º Semestre Teoria Prática Total

Cálculo Integral 60 60

Física - Elétrica 40 20 60

Química Tecnológica 20 20 40

Circuitos Digitais 40 40 80

Resistência dos Materiais 60 60

Projeto Temático II 40 40

TOTAL 220 120 340

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4º Semestre Teoria Prática Total

Cálculo Avançado 60 60

ELETIVA I 30 30 60

Eletrônica I 30 30 60

Cálculo Numérico 20 20 40

OPTATIVA 20 20 40

Materiais para Engenharia 20 20 40

Metodologia da Pesquisa Científica (EAD) 40 40

Projeto Temático III 40 40

TOTAL 220 160 380

5º Semestre Teoria Prática Total

Eletrônica II 30 30 60

Mecânica dos Fluidos 20 20 40

Processos de Produção 20 20 40

Economia 40 40

Fundamentos de Dinâmica 40 40

Elementos de Máquinas 30 30 60

INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS 40

40

Inglês (EAD) 80

80

Projeto Temático IV 40 40

TOTAL 300 140 440

6º Semestre Teoria Prática Total

Sistemas Digitais 30 30 60

Instrumentação I 30 30 60

Controle Hidráulico e Pneumático 30 30 60

Eletrônica III 20 20 40

Modelagem Matemática de Sistemas Dinâmicos 40 40

Projeto Auxiliado por Computador 40 40

Projeto Temático V 40 40

TOTAL 150 190 340

7º Semestre Teoria Prática Total

Automação Industrial 30 30 60

Termodinâmica e Transferência de Calor e Massa 40 40

ELETIVA II 30 30 60

Instrumentação II 30 30 60

Dinâmica Aplicada ao Controle de Equipamentos 20 20 40

Engenharia da Sustentabilidade 20 20 40

Projeto Temático VI 40 40

TOTAL 170 170 340

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8º Semestre Teoria Prática Total

Microcontroladores 30 30 60

Sistemas de Controle I 30 30 60

Manufatura Auxiliada por Computador 30 30 60

Engenharia do Trabalho 20 20 40

Sistemas Fluidomecânicos 20 20 40

Projeto de Pesquisa 20 20 40

Projeto Temático -Engenharia Integrada I 20 20 40

TOTAL 170 170 340

9º Semestre Teoria Prática Total

Estágio Supervisionado 200 200

Máquinas Elétricas e Acionamentos 30 30 60

Sistemas de Controle II 40 40 80

Trabalho de Conclusão de Curso I

40 40

Análise e Processamento de Sinais 20 20 40

Tópicos Especiais I 30 30 60

Projeto Temático - Engenharia Integrada II 30 30 60

TOTAL 150 390 540

10º Semestre Teoria Prática Total

Controle de Processos 30 30 60

Introdução à Robótica Industrial 30 30 60

Redes de Comunicação Industrial 20 20 40

Manufatura Integrada por Computador 20 20 40

Legislação e Ética Profissional 20 20 40

Tópicos Especiais II 30 30 60

Trabalho de Conclusão de Curso II 40 260 300

Atividades Complementares 300 300

TOTAL 190 710 900

TOTAL GERAL 1980 2320 4300

TOTAL PRESENCIAL = 1860 2320 4180

TOTAL EAD = 120 0 120

TCC TEÓRICO = 0 40 40

TCC PRÁTICA = 40 260 300

TCC TOTAL = 40 300 340

ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 0 300 300

ESTÁGIO SUPERVISIONADO = 0 200 200

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1.2.8 - DISCIPLINAS OPTATIVAS:

1. Ética, Responsabilidade Social e Meio Ambiente 2. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena 3. Libras 4. Direitos Humanos