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CENTRO PAULA SOUZA ETEC DE MAIRINQUE - CLASSE DESCENTRALIZADA DE IBIÚNA TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO Daiane dos Santos Ferreira Fernando Shoiti Katayama Luana da Silva Tenório O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR SOB A ÓTICA DE MASLOW: UMA NOVA VISÃO PARA O CONSUMO IBIÚNA - SP 2017

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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC DE MAIRINQUE - CLASSE DESCENTRALIZADA DE IBIÚNA

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Daiane dos Santos Ferreira

Fernando Shoiti Katayama

Luana da Silva Tenório

O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR SOB A ÓTICA DE MASLOW: UMA NOVA VISÃO PARA O CONSUMO

IBIÚNA - SP

2017

Daiane dos Santos Ferreira

Fernando Shoiti Katayama

Luana da Silva Tenório

O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR SOB A ÓTICA DE MASLOW: UMA NOVA VISÃO PARA O CONSUMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Administração da Etec de Mairinque – Extensão de Ibiúna, orientado pelos Prof. Ricardo Conceição e Sebastião Rodrigues, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Administração.

IBIÚNA - SP

2017

Dedicatória

Dedicamos este trabalho aos nossos pais e familiares que nos apoiaram em todos os

momentos de nossas vidas e aos nossos sonhos, pois aqui damos o primeiro passo

para os tornar realidade.

Agradecimentos

Agradecemos ao nosso professor-orientador Ricardo Conceição por seu apoio e ajuda

durante todo o processo de construção deste estudo e todo o curso.

Ao nosso professor co-orientador Sebastião Rodrigues de Camargo por ter nos

ajudado a tornar este estudo o que é hoje apesar de todas as dificuldades.

A professora Natasha Young Buesa por toda ajuda e dicas que nos levaram a tornar

este trabalho o mais compreensível possível.

Ao professor Ricardo Mentone por suas dicas que nos ajudaram a aprimorar o

trabalho.

A professora Patrícia Andrade por sua contribuição no desenvolvimento do estudo e

feedbacks a respeito do mesmo.

A professora Shirley Garcia por feedback final a respeito do estudo que nos ajudar a

aprimorar as partes necessárias.

E por fim, a todos aqueles que nos ajudaram direta ou indiretamente com o

desenvolvimento, conclusão e aprimoramento deste estudo.

“O futuro pertence aqueles que acreditam na

beleza de seus sonhos. ”

ELEANOR ROOSEVELT

RESUMO Apesar do crescente conhecimento econômico, as nações continuam sofrendo com as consequências das crises enfrentadas, o que impacta negativamente o poder de compra das pessoas afetando de maneira direta seu consumo e, consequentemente, atingindo a rentabilidade das empresas e desacelerando a roda da economia. Como principal agente econômico participante desse cenário, a compreensão do consumidor se torna elemento fundamental para as organizações enfrentarem situações de crise. Esta percepção é auxiliada pelo marketing, o qual torna possível que ofereçam com precisão os produtos que seus clientes necessitam. Nesse ponto, adentra o objetivo deste estudo que é evidenciar a importância de se compreender o consumidor e com base nesses dados, satisfazer efetivamente as necessidades dos clientes. A metodologia utilizada para este fim conciliou pesquisas bibliográficas com uma pesquisa de campo realizada no município de Ibiúna-SP. Com isto, o estudo concluiu que a comunicação empresa e cliente é parte fundamental para se compreender plenamente os consumidores, onde vale ressaltar que as redes sociais se tornaram uma via importante a ser explorada ao oferecerem a possibilidade de estabelecer um contato mais próximo com seus clientes, e assim conseguir os dados necessários para se desenvolver estratégias que os atraía, fidelize e satisfaça de maneira completa. Palavras-chaves: Crise Econômica, Estudo do Comportamento do Consumidor, Pirâmide das Necessidades de Maslow, Marketing.

ABSTRACT

Despite growing economic knowledge, nations continue to suffer from the consequences of the crises they face, which negatively impacts people's purchasing power, directly affecting their consumption and, consequently, reaching corporate profitability and slowing the economy. As the main economic agent participating in this scenario, consumer understanding becomes a fundamental element for organizations facing crisis situations. This insight is aided by marketing, which makes it possible for them to accurately deliver the products their customers need. At this point, the purpose of this study is to highlight the importance of understanding the consumer and based on these data, effectively meet the needs of customers. The methodology used for this purpose reconciled bibliographical research with a field research carried out in the city of Ibiúna-SP. With this, the study concluded that the communication company and customer is a fundamental part to fully understand consumers, where it is worth mentioning that social networks have become an important way to be explored by offering the possibility of establishing closer contact with their customers , And thus to obtain the necessary data to develop strategies that attracted them, loyalty and complete fulfillment.

Keywords: Economic Crisis, Consumer Behavior Study, Maslow's Pyramid of Needs, Marketing.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

1.1JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 10 1.2 PROBLEMÁTICA ............................................................................................. 10

2. ECONOMIA ........................................................................................................ 10

2.1 RODA DA ECONOMIA ............................................................................................ 12 2.2 CRISE .............................................................................................................. 14 3. CONSUMIDOR .................................................................................................. 15 3.1 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .................................................... 17

4. A HIERARQUIA PROPOSTA POR MASLOW ................................................. 18

4.1 NECESSIDADE E DESEJO ..................................................................................... 21 4.2 FATORES DE DECISÃO DE COMPRA ....................................................................... 22

4.2.1 Fatores psicológicos proposta por Kotler ................................................... 25 4.3 PROCESSO DE COMPRA DO CONSUMIDOR ............................................................. 26

5. MARKETING ...................................................................................................... 28

5.1 PROFISSIONAL DE MARKETING ............................................................................. 31 5.2.PLANO DE MARKETING ......................................................................................... 32 5.3 PESQUISA DE MERCADO ...................................................................................... 33 5.4 FERRAMENTAS DE MARKETING ............................................................................. 36

6. OBJETIVO ......................................................................................................... 38

6.1.METODOLOGIA ................................................................................................... 38

7 ANÁLISE DE DADOS ........................................................................................ 39

7.1.RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 39

8. CONCLUSÃO .................................................................................................... 46

REFERENCIAS ......................................................................................................... 48

APÊNDICE A-QUESTIONÁRIO ELABORADO PARA PESQUISA ......................... 52

9

1. INTRODUÇÃO

Apesar da evolução do homem e de suas tecnologias, a escassez de recursos

ainda perdura mesmo que em níveis e formas diferentes, acentuando-se pelas

infinitas necessidades e desejos do ser humano. Neste cenário “escassez de recursos

VS necessidades infinitas” nasce a economia, a qual, de acordo com Rossetti (1997),

configurasse “na ciência que estuda os recursos escassos e as alternativas de

produção, para atender as necessidades ilimitadas dos indivíduos”. Estas

primordialidades humanas são supridas pelo consumo, estabelecendo um vínculo

direto entre ambos.

O consumo existe desde a antiguidade quando as matérias-primas passaram

a ser transformadas com o objetivo de satisfazer os desejos do ser humano, tanto em

seu contexto de sobrevivência quanto da simples aquisição de bens e serviços. De

acordo com Bauman (2008), o consumo, ao longo de toda a história, forneceu não

apenas uma forma de viver, mas também de estabelecer padrões nas relações sociais

das pessoas.

O aspecto social que o consumo adquiriu trouxe mudanças nos valores e no

comportamento da sociedade, onde, segundo Leal (2008) “[...] Só estão inseridos no

novo contexto mundial em evidência os que podem consumir, porque os produtos e a

sua consequente ostentação incluem o indivíduo na área de visibilidade e importância

social.”

Com o conhecimento destes aspectos, sabendo que as necessidades são

infinitas e o consumo sempre irá existir na humanidade, o marketing visa, como dito

por BOONE, KURTZ (2009), analisar as necessidades do consumidor, garantir

informações precisas para produzir e oferecer serviços que estão de acordo com as

expectativas e, como pode ser complementado por Churchill e Peter (2000), é o

processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção

e distribuição de ideias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas

individuais e organizacionais. LasCasas (2012) reforça a importância do ambiente de

atuação e os impactos neste tipo de relação do marketing, afirmando que engloba

todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação

dos desejos e necessidades dos consumidores visando alcançar determinados

objetivos de empresas ou indivíduos, considerando sempre o ambiente de atuação e

o impacto que essas relações causam no bem estar da sociedade.

10

1.1Justificativa

As pessoas em diferentes momentos de suas vidas encontram a insuficiência

de algo que estaria compondo o cotidiano, pois como foi apontado na teoria da

motivação proposta por Maslow, as necessidades humanas podem ser classificadas

de forma hierárquica onde quando se é suprida uma outra a sucederá.

Avaliando a situação a partir deste ponto, as empresas podem estar

enxergando diversas situações como uma oportunidade ou mesmo uma solução para

um problema. Segundo Kotler e Keller (2006) os grandes desafios que as empresas

enfrentam é que não basta simplesmente satisfazer os clientes, é preciso encantá-los,

pois o preço ou a qualidade não são mais os principais fatores que levam a se superar

o concorrente, precisa-se de um diferencial.

Neste âmbito, o estudo do comportamento do consumidor assume um papel

essencial, pois permite que a organização compreenda seus clientes, o que

necessitam e desejam permitindo que estratégias eficientes sejam criadas para os

atrair, fidelizar e satisfazer levando a um consequente aumento dos lucros e da

participação de mercado.

1.2 PROBLEMÁTICA

Este estudo se limitou em buscar informações que evidenciem a importância

do estudo do comportamento do consumidor, pois as pessoas se tornam

consumidoras a partir do momento que nascem, momento em que já se demonstra as

primeiras necessidades. A teoria da motivação proposta por Maslow, mostra que as

necessidades nunca deixarão de existir, em função disto, as empresas devem sempre

buscar compreender mais seus consumidores. O marketing entra na atuação de

avaliar tais estados de falta e os transformar em oportunidades, possibilitando a

construção de um caminho para levar o consumidor à satisfação.

2. ECONOMIA

O pensamento econômico e suas questões acompanham o homem desde a

Antiguidade. Na Grécia Antiga, os filósofos Aristóteles (384 a.C - 322 a.C) e Platão

(428/427 a.C - 348/347 a.C) dissertavam sobre os problemas relativos à riqueza, à

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propriedade e ao comércio. Para ambos os pensadores, em especial Platão, a

Economia fazia parte da Filosofia, como todas as demais áreas do conhecimento.

No período da Idade Média, época em que se predominava o teocentrismo e a

Igreja Católica possuía o controle sobre as áreas da sociedade, surgiu as primeiras

ideias sobre o mercantilismo e junto a ele, alguns fisiocratas começaram a formular o

conceito do que veria a se tornar um modelo econômico.

A economia se configurou como ciência independente quando Adam Smith

(1723/1790) publicou em 1776, o livro “Uma investigação sobre a natureza e as

causas da riqueza das nações”, onde dizia que o mercado é a máxima expressão da

ordem social do capitalismo, substituindo a antiga noção de contrato defendida pelos

pensadores Hobbes, Rousseau e Locke.

A economia pode ser definida, de acordo com Rossetti, (1997, apud. Silva e

Martinelli) como sendo a ciência que estuda os recursos escassos e as alternativas

de produção, para atender as necessidades ilimitadas dos indivíduos. A economia se

ocupa, como ciência, em estudar o comportamento humano em relação ao consumo

e suas necessidades frente a escassez dos recursos disponíveis, este último

configurando-se dentro da economia como a falta de recursos suficientes para se

produzir os itens necessários para se atender o que os indivíduos precisam.

Neste contexto, as empresas assumem o papel de identificar as necessidades

das pessoas e, partindo deste ponto, produzir bens e serviços que atendam ao que é

procurado fazendo com que as pessoas se tornem consumidores.

As empresas, junto com os indivíduos e os órgãos públicos, constituem os

chamados Agentes Econômicos, que configuram-se em todos aqueles que possuem

uma relação de troca de bens e serviços. Esses agentes fazem parte da Macro e

Microeconomia, campos responsáveis por estudarem áreas de diferentes

abrangências na economia.

A Macroeconomia é a parte da teoria econômica responsável por estudar a

atividade econômica no Mercado de Trabalho, responsável por ditar as taxas salariais

e de emprego e desemprego; Mercado de Bens e Serviços, o qual determina o nível

de produção e os preços dos produtos comercializados; Mercado Monetário, este

considerando as relações tento de demanda quanto de oferta de moeda na economia;

Mercado de Títulos, o qual deve analisar o nível de renda e gastos dos agentes

econômicos; e Mercado de Divisas, responsável pela análise das exportações e

importação do país.

12

A função da Macroeconomia é gerar um cenário econômico geral estabilizado

garantindo não apenas uma taxa de crescimento, mas a oferta de empregos e o

equilíbrio da relação comercial em nível nacional e internacional.

Segundo Bacha (2004), a microeconomia estuda o comportamento de

consumo das pessoas, famílias e empresas e a produção de bens e serviços

relacionados a estes indivíduos. Portanto, a microeconomia está ligada a realidade do

cotidiano e os princípios relacionados aos hábitos de compra e venda de bens e

serviços, fazendo com que dentro desta relação surja a chamada Lei da Oferta e da

Procura. Segundo Rossetti (1997), a oferta de determinado produto dentro do

mercado é definida pelas quantidades que os produtores estão aptos e dispostos a

oferecer em função dos possíveis preços dentro de um período. Ainda segundo ele, a

procura de um produto é determinada pela quantidade que os consumidores estão

aptos e dispostos a adquirir em função do preço em dado período de tempo. Este

fenômeno econômico é responsável por ditar os preços dos produtos dentro do

mercado e a quantidade a ser produzida.

A Macro e Microeconomia estão profundamente relacionadas, pois os

comportamentos econômicos das pessoas, seu aumento ou diminuição de atividades

afeta de alguma forma as atividades econômicas do país. Em suma, cada cidadão

interfere de alguma forma para que a macroeconomia de um país se fortaleça ou se

enfraqueça a partir do modo que se comporta economicamente em sua

microeconomia relacionada ao cotidiano.

2.1 Roda da economia

Em uma sociedade economicamente organizada, a relação de compra e venda

entre os diversos agentes econômicos resulta em um ciclo auto suficiente conhecido

como roda da economia.

De maneira básica, inicia-se com o poder de compra de cada indivíduo que o

utiliza para consumir os mais variados produtos, este consumo gera lucro para as

empresas as quais investem em produção e alternativas frente a escassez de

recursos além de fornecerem vias empregatícias para a população, o que garante o

seu poder de compra assegurando que a roda da economia continue circulando.

Porém, com o grande avanço do desemprego e os altos índices de inflação, os

brasileiros viram seu poder de compra se esvair de suas mãos em 2015 sendo este

13

assinalado como um ano de grande recuo, obtendo um apontamento de 8%, segundo

a Tendências Consultorias, constituindo no primeiro em 12 no período.

No ano de 2014, houve uma queda alta no PIB equivalente a um número 22

vezes maior que a fortuna de Bil Gates, que era avaliada na época em 79,2 bilhões

de dólares. Mesmo com uma movimentação de valores altíssimos, o PIB per capita

atingiu o valor de R$ 5,521 trilhões e a economia brasileira teve uma forte recessão.

O alto índice afetou diretamente nas taxas de consumo, este sendo entendido,

segundo Marques (2012), como o ato de adquirir um determinado produto no intuito

de saciar a necessidade. É automaticamente ligado a economia onde cada

mercadoria obtida gera gastos e despesas, portanto, é uma forma de usufruir de bens

e serviços.

Como resultado, somente no ano de 2015 as famílias brasileiras sofreram uma

queda de 4% em seu consumo em comparação com 2014, de acordo com dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado da alta inflação e dos

juros, da queda de crédito em termos reais e a deterioração dos indicadores de renda

e emprego, segundo Rebeca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE.

Ante tais fatores, houve a redução dos lucros para as empresas em diversos

setores. Como ilustração deste cenário, as vendas no comércio de varejo registraram

uma baixa de 6,2% em 2015, segundo o (IBGE), panorama que se estenderá em 2017

em função da fragilidade do mercado de trabalho que possui peso relevante na

demanda, de acordo com a economista do instituto, Isabella Nunes.

Decorrente as quedas de consumo e lucratividade, a produção brasileira caiu

significativamente em 2015, com uma baixa de 8,3% na produção industrial,

resultando na pior série histórica da pesquisa do IBGE, derivado da perda de

confiança tanto das famílias brasileira como dos empresários na economia do país,

intensificando ainda mais os fatores agravantes do cenário da economia.

Em consequência destes fatores em recuo, até o final do trimestre terminado

em fevereiro de 2017, a taxa de desemprego atingiu 13,2% afetando 13,5 milhões de

brasileiros, segundo dados do IBGE, a maior taxa de desemprego alcançado desde

2012 quando se iniciaram a série do indicador.

Ante este panorama, a roda da economia desacelera drasticamente afetando

toda a macroeconomia do país, pois como dito por Ernesto João Reck, presidente da

Federação das Associações Empresariais (Facisc), a queda da oferta de empregos

leva a redução do consumo, que leva a diminuição da produção e à índices cada vez

14

menores de venda no comércio, o qual para existir precisa que empregos sejam

ofertados para seus consumidores.

2.2 CRISE

Em momentos de crise muitos setores acabam sendo defasados e o consumo

que provinham de lucros são drasticamente reduzidos. Segundo o dicionário Aurélio

(2016), a crise é a ausência de alguma coisa considerada importante. Um dos fatores

que mais afetam o comportamento da economia e do consumo no país,

consequentemente agravando os momentos de crise, é a chamada inflação.

De acordo com o Dicionário de Economia do Séc. XXI, inflação é definida como

o aumento persistente de produtos resultado da perda aquisitiva da moeda, o que

acarreta na elevação dos custos de produção tendo reflexo na precificação final de

um produto. Suas causas variam, como por exemplo, a monetária onde há circulação

descontrolada da moeda; demanda onde a procura por produtos é maior que a

capacidade produtiva, e os custos onde a produção se encontra com altos custos,

matéria prima, maquinário, dentre outros.

Com a alta inflação ocorrida em 2015 chegando a 10,672% calculado pelo

Índice de Preço do Consumidor (IPC), foi gerado um baixo rendimento nas famílias

brasileiras obrigando esses consumidores a restringir e administrar cautelosamente

as finanças domesticas.

Por meio desses acontecimentos, muitas empresas optaram por demitir

empregados ou declarar falência, principalmente em setores de engenharia civil (saldo

acumulado entre 2014 e 2015 foi de -435.268) e nos comércios varejistas (saldo

acumulado entre 2014 e 2015 de -74.986). Foi registrado no ano de 2016, o

fechamento liquido de 108,7 mil lojas varejistas brasileiras, sendo considerada o pior

marco da história desde 2005.

Segundo o economista da Confederação Nacional de Comercio de Bens,

Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes (2017, parag. 4) “Foi mais um ano ruim para

o setor. Foi ainda pior do que 2015 quando o número líquido de pontos de vendas

fechados atingiu 101,9, o pior resultado do setor”. Gigantes do setor como a Via

Varejo, detentora das Casas Bahia e do Ponto Frio, teve o fechamento de 31 lojas

(sendo 28 do Ponto Frio e 3 das Casas Bahia) sendo valido ressaltar que o Ponto Frio

teve drástica perda em sua margem de mercado em lojas físicas, as quais detinham

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5,8% da fatia em 2015 e em 2016 foram reduzidas para 4,3%, no e-commerce houve

uma queda de 8% para 7% no mesmo período, todos os dados foram levantados pelo

instituto Euromitor.

O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) tem o objetivo de analisar

perspectivas que são realizadas mensalmente pelo Núcleo de Estudos & Projeções

Econômicas (NE&PE), administrando passo a passo a evolução das vendas por meio

do Índice Antecedente de Vendas (IAV). Com essas metas e tomada de decisão pelos

próprios executivos do varejo, tende-se a recuperar esse comercio trazendo vendas a

partir de 2017.

A economista-chefe, Marcela Kawauti da SPC Brasil, diz que o varejo

continuará negativo. “Embora a economia como um todo deva começar a se

estabilizar no segundo semestre, as vendas devem continuar em queda. Só vão se

estabilizar quando o mercado de trabalho começar a contratar

3. CONSUMIDOR

O ato de consumir advém desde os tempos remotos do ser humano se

considerar que consumo, segundo Marques (2012), é o ato de adquirir um

determinado produto no intuito de saciar a necessidade. Dentro do cenário econômico

e social, segundo o Art. 2º do Código de Defesa do Consumidor e seu Parágrafo único,

consumidor “é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço

como destinatário final. [...] equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,

ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.”

No início da civilização humana, as pessoas em sua posição de consumidoras

centravam seu comportamento de consumo ao atendimento de suas necessitadas

básicas e, segundo Clastres, (2007, apud. Nunes e Sales), na distinção de alguns

indivíduos através de objetos, moradias, alimentação, etc. vinculada a função social

destes e muitas vezes a própria comunidade oferecia para seus dirigentes os objetos

simbólicos.

Na Idade Média, nota-se a diferenciação do consumidor e seu comportamento

através da classe social a qual pertenciam. Neste período onde a produção era

manufaturada, as famílias ricas consumiam o que de melhor era fabricado pelos

artesãos enquanto as demais famílias fabricavam elas próprias, ou trocavam, a

maioria dos itens que usavam, estabelecendo por milênios, segundo Huberman (1986,

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apud. Nunes e Sales), uma lógica de consumo em que uma minoria consumia em

pequena escala produtos sofisticadas em material e qualidade, enquanto a maioria

consumia produtos simples feitos a mão com pouco impacto ambiental.

Com a revolução industrial, a qual permitiu a produção em massa e tornou mais

acessível para as pessoas adquirirem os mais variados produtos, proporcionou, de

acordo com Baudrillard (2007) “um consumo cada vez maior de objetos por um

número cada vez maior de pessoas e foi constituindo o que veio a se chamar de

‘sociedade de consumo’ ”, coincidindo com a ampliação da classe média, a aceleração

das inovações tecnológicas e o aumento do consumo, resultando em desigualdades

sociais cada vez mais notáveis e levando ecossistemas a exaustão com a exploração

de matéria-prima.

Ao longo da história, o consumidor e seu comportamento sofreram mudanças

acarretadas não somente pela evolução tecnológica, mas pelas transformações

socioeconômicas no mundo. Na década de 50 frente um cenário pós guerra, o

consumidor, sem muitas ofertas, não atribuía muitos critérios avaliativos sobre os

produtos que consumiam atribuindo aos preços elevados dos artigos um sinônimo de

qualidade. Dez anos mais tarde, já na década de 60 quando as marcas passaram a

ser mais valorizadas, seu comportamento de consumo era uma forma de mostrar

qualidade de vida. Durante esses 20 anos, os consumidores e a sociedade aceitavam,

sem pesquisar ou procurar concorrência, tudo o que lhes era oferecido.

Somente a partir da década de 70 que o consumidor realmente passou a se

importar com o valor, começando a avaliar preços, benefícios reais dos produtos e

fazer pesquisas pelo menor preço. O consumidor passa a ser mais exigente e a

realizar uma pré-avaliação antes de adquirir um artigo.

No período da década de 80, ele já se encontra bem consciente do mercado

comparando preços e pesquisando a qualidade do produto, estando mais criterioso e

com a ciência que a empresa precisa vender. Com o orçamento familiar sendo um

dos fatores de preocupação antes de sair para as compras, os descontos que

começaram a aparecer se tornaram alvo do interesse do comprador.

Durante as décadas de 90 e 2000, encontra-se um consumidor mais informado

que controla seus gastos e tem conhecimento de seus direitos. Seu comportamento

de consumo está focando na busca por produtos de qualidade e com custo baixo, a

marca passando a influenciar a decisão de compra, mas o preço configurando-se no

17

maior atrativo para o consumidor enquanto busca produtos que combinem com seu

perfil e tenham qualidade.

Desde então e com o fácil acesso à internet, oito fatores também passaram a

influenciar a decisão de compra dos consumidores, segundo pesquisas realizadas no

ano de 2014, pela empresa alemã GfK, responsável por realizar estudos de mercado:

78% experiência prévia com a marca/varejo; 70% amostras/demonstração dos

produtos; 66% informações nas prateleiras; 64% sites de compras gerais; 63% sites

de opiniões do consumidor; 63% comparação de preço; 59% site da marca e 57%

opinião de conhecidos.

A chamada “sociedade de consumo” que se instalou desde a revolução

industrial, encontra-se embutida em larga escala o simbolismo que o objeto de

consumo passou a ter, em especial a parti do século passado. Antes, o que era uma

atividade vinculada principalmente a necessidade, ganhou cada vez mais a conotação

simbólica chegando ao ponto em que a representatividade do objeto se tornou maior

que a função original do mesmo, fato que dá ao marketing um poder cada vez maior

estabelecendo estas atraentes ligações de simbolismo aos objetos que tanto

impulsionam o consumo.

3.1 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Conforme Solomon (2016), o campo do comportamento do consumidor

abrange uma ampla área: é o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou

grupos selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, ideias ou

experiências para satisfazer necessidades e desejos. Os consumidores assumem

muitas formas, desde uma criança de 8 anos pedindo jogos Pokémon para a mãe, até

um executivo em uma grande corporação decidindo sobre um sistema de computador

de vários milhões de dólares. As necessidades e desejos a serem satisfeitos vão de

fome e sede até amor, status ou ainda realização espiritual.

O estudo do comportamento do consumidor surgiu da mescla de diferentes

áreas de estudo dentro de disciplinas como psicologia, sociologia, antropologia e

economia. A necessidade de se criar algo que ajudasse a prever a reação dos

consumidores frente as estratégias promocionais e os levassem a entender as razões

que os motivam em seu processo de decisão de compra, levou ao aparecimento do

estudo do comportamento do consumidor como uma ciência.

18

A primeira etapa do desenvolvimento desta área de estudo ocorreu nos anos

de 1930 a 1950, onde iniciaram-se as primeiras pesquisas de natureza empírica

apoiadas em técnicas de investigação motivacional, realizadas por empresas privadas

que buscavam compreender os resultados de suas próprias decisões.

Na década de 50, a investigação começa a concentrar-se no indivíduo.

Intensificam-se os esforços para explicar o processo de escolha da marca e por

proporcionar explicações de comportamento a partir do contexto social do

consumidor.

No início de 60, o comportamento do consumidor começa a ser estudado em si

mesmo: é a etapa da identificação da disciplina. Surgem diversos estudos sobre vários

fatores presentes no processo de compra. A base teórica dos estudiosos daquela

década produziu na década de 70 uma preocupação em dotar a disciplina de uma

estrutura teórica global identificando os 4 principais fatores que influenciam

diretamente o processo de decisão de compra do consumidor.

4. A HIERARQUIA PROPOSTA POR MASLOW

Abraham Maslow (1908-1970) foi um psicólogo norte-americano criador da

renomada teoria da hierarquia das necessidades publicada entre a década de 30 a

início da década de 40, desenvolvendo-a para buscar compreender tanto o

crescimento pessoal quanto como as pessoas alcançam “experiências culminantes”.

A teoria nos diz que as necessidades humanas obedecem uma espécie de

hierarquia, em outras palavras, a partir do momento que uma pessoa satisfaz uma

necessidade outra irá surgir em seu lugar exigindo, assim como a anterior, que esta

seja satisfeita.

Em sua estrutura hierárquica, as necessidades humanas estão organizadas e

divididas em níveis de acordo com a importância e influência, encontrando se em sua

base as necessidades básicas (fisiológicas) e em seu topo as necessidades mais

elevadas (autorrealização) como se pode ver na seguinte imagem:

19

Figura 1- A Hierarquia das necessidades

Fonte: Livro O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo,

2016, pg. 22.

1) Fisiologia ou as necessidades mais básicas:

São todas as necessidades que estão ligadas ao nosso organismo de forma

rotineira, como um constante piloto automático, a exemplo de uma pessoa que sentirá

sede por água e buscará isto; fato que vale para tudo que está ligado à nossa

sobrevivência como comer e dormir. Neste nível, todas as motivações que lhe

ocorrerem farão o indivíduo buscar saciá-las de uma forma automática, podendo ser

vista como primeiro nível da pirâmide, como aponta a figura 1.

2) Segurança:

Satisfazendo-se das necessidades básicas, o indivíduo passará a buscar

formas de se sentir seguro. Essa sensação de segurança vem da forma onde a rotina

e a previsibilidade do cotidiano são constantes, visando um ambiente onde possa se

sentir bem consigo mesmo, impossibilitando-o então de sofrer alterações emocionais

como o stress. Para saciar a necessidade de segurança, a pessoa pode buscar uma

boa residência com uma boa localização, tendo nela seguros e planos pessoais como

o de saúde e o de vida.

3) Pertencimento ou necessidades sociais:

Quando o indivíduo tem a segurança física e emocional garantidas, ele agora

procura se relacionar com as pessoas, sejam elas em seu âmbito familiar, como

amigos, ou as pessoas de seu trabalho. A construção de vínculos é algo que pode

manter um meio saudável para o indivíduo e receber afeto de outra pessoa é algo que

se busca neste nível, onde tal necessidade pode ser saciadas através

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relacionamentos com amigos e familiares ou relacionamento de intimo pessoal como

um casamento.

4) Egocentrismo ou estima:

Saciadas as necessidades sociais, o indivíduo agora encontrará neste nível a

necessidade da autoestima, que é a forma onde ele pode ter a admiração das pessoas

a sua volta, o momento em que buscará se sentir bem com relação a os indivíduos de

seu meio, onde o mesmo pode sanar a seus desejos com a aquisição de objetos que

representem o luxo, como carros cartões dentre outros.

5) Autorrealização:

No topo mais alto da pirâmide se encontra a última necessidade, a auto

realização, onde o indivíduo buscará se satisfazer daquilo que mais lhe traga prazer

e talvez irá atingir paz consigo mesmo, onde está determinada atividade tem variação

de pessoa a pessoa. Para demonstrar a forma de saciar este último andar, pode-se

tomar como exemplo uma pessoa que busca uma viagem ou um diploma para

demonstrar o conhecimento.

Vale ressaltar que após criada a teoria, Maslow, depois de analises,

acrescentou mais duas necessidades:

1) Necessidade de conhecer e entender: Relaciona-se a um desejo do indivíduo

de buscar conhecimento e compreender o mundo a sua volta, esta

necessidade pode ser aplicada as crianças pequenas.

2) Necessidade de satisfação estética: Apresenta-se como a necessidade do ser

humano de simetria e beleza em geral.

Quando o indivíduo atinge o topo, mas decorrente a algum fator que abale as

bases da pirâmide, o mesmo poderá retornar a ela pelo fato de que de alguma forma

as suas necessidades básicas estão afetadas, assim atingindo o seu organismo que

buscará responder a isso. Maslow ainda apontou que nem todas as pessoas irão

atingir a auto realização, devido a certas circunstâncias em que elas podem se

acomodar na base de sustentação da pirâmide transformando-a em uma zona de

conforto, assim se estagnando.

Os profissionais de marketing adaptaram a teoria de Maslow em uma busca para

compreender as motivações dos consumidores, pois ela especifica, mesmo que de

maneira indireta, alguns tipos de benefícios que as pessoas podem buscar nos

produtos. No entanto uma resistência de se considerar a teoria da Hierarquia das

necessidades de Maslow em uma aplicação literal é que ela está vinculada a cultura,

21

pois as pessoas de diferentes culturas podem questionar a sequência das

necessidades, como ocorre em algumas culturas asiáticas em que se é valorizado

mais o bem-estar do grupo (necessidade de pertencer) do que as necessidades

individuais (necessidade de estima ou egocentrismo).

Em suma, apesar de ser amplamente aplicada ao marketing a teoria é útil

porque lembra que os consumidores podem possuir diferentes prioridades com

relação as suas necessidades em diferentes épocas e em diferentes situações.

Quando se avaliada a sociedade do século XXI, pode-se encontrar a chamada

inversão de valores que, diferente dos consumidores do passado onde a pirâmide de

Maslow e os níveis estavam perfeitamente em seus lugares, em uma sociedade

consumista onde é frequente comprar mais do que se pode pagar, os desejos

insaciáveis ocorrem a qualquer hora e em qualquer lugar. Assim, o que foi proposto

por Maslow com o objetivo de se iniciar pela base da pirâmide, muitos exigiram que

se desse princípio pelo desejo de se construir a imagem pessoal perante aos outros

indivíduos que estabelecem alguma relação de convívio, a pessoa partira em busca

de meios que saciem suas vontades, podendo se avaliar a situação onde se realiza a

compra de um veículo, onde o indivíduo, não possui nem ao menos uma residência.

4.1 Necessidade e Desejo

Para compreender melhor as necessidades propostas por Maslow, é preciso

saber seu conceito e diferenciá-lo do desejo.

Necessidade é basicamente todos aos requisitos necessários para

sobrevivência humana. Kotler e Keller (2007), argumentam que a necessidade que de

fato é essencial para os indivíduos, sendo o que definitivamente estes precisam, ou

seja, saciar a sede, alimentar-se, respirar, dentre outros.

De acordo com Kotler e Keller (2007) as necessidades tornam-se desejos

quando direcionadas a objetos específicos que possam satisfazê-las. [...] os desejos

são moldados pela sociedade de cada um. [...]”. Desejo é querer, ter vontade de algo

que vá além das necessidades, sejam elas bens ou serviços, cuja a escolha é

influenciada pelos hábitos.

O consumismo traz consigo a economia de mercado, fazendo com que estimule

os consumidores não somente a satisfazer suas necessidades, mas também seus

desejos de consumo. Mesmo o consumidor adquirindo aquilo que lhe é necessário,

22

inevitavelmente desejará algo a mais, desde entrando em uma loja no intuito de

comprar um tênis básico e acabar desejando e levando de uma marca famosa, até

em comprar um carro simples apenas para se locomover ambicionando os carros de

luxo importados.

Portanto, essas necessidades podem levar o indivíduo a comprar certos

produtos, mas o que realmente o influencia caracteriza-se pela aprendizagem,

atitudes e crenças, motivação e percepção.

4.2 Fatores de decisão de compra

Existem 4 fatores que podem influenciar diretamente em uma determinada

decisão de compra sendo esses os fatores pessoais, culturais, sociais e psicológicos,

contendo elementos da psicologia, sociologia, antropologia e economia.

1) Fator Cultural

A cultura pode ser entendida como a identidade de uma sociedade, tendo nela

seus valores e comportamentos, como foi dito por Solomon (2002) que considera a

cultura como "a acumulação de significados, rituais, normas e tradições

compartilhadas entre os membros de uma organização [...] é a lente através das quais

as pessoas enxergam os produtos", tendo a cultura em si ampla influência sobre os

consumidores.

Dentro da cultura pode ser encontrado outros sub fatores como a subcultura

que são grupos menores de pessoas, tendo elas seus próprios hábitos e costumes,

se diferenciando dos padrões do todo da sociedade, um exemplo para se

compreender melhor seriam os grupos de pessoas que gostam de rock e usam este

mesmo estilo de roupa.

Há ainda dento da cultura as classes sociais, basicamente as classes sociais

podem ser vistas por suprimentos de bens, condições exteriores de vida, e

experiências pessoais, na medida em que essa oportunidade é determinada pelo

volume e tipo de poder, ou por sua ausência, de dispor de bens ou habilidades em

benefício de rendimentos em uma dada ordem econômica. O termo “classe” refere-se

a qualquer grupo de pessoas que se encontra na mesma situação de classe (Weber,

1971), pois pessoas de uma mesma classe social tendem a ter um tipo de consumo

semelhante.

23

2) Fatores Sociais

Todos temos um grupo de convívio social, seja ele o familiar, as amizades, o

profissional e outros vários outros grupos ao qual se tem alguma espécie de convivo

no cotidiano, sejam as ações destes grupo afetando as pessoas de forma direta ou

indireta. os grupos de referência servem como marco para atitudes ou

comportamentos específicos para indivíduos nas suas compras ou decisões de

compra, permitindo que pessoas ou grupos sirvam como ponto de comparação

(SHIFFMAN & KANUK, 2000). Dentro dos grupos de referência e na sociedade em

geral, o indivíduo assume um determinado papel dentro dela e ele pode adquirir

produtos que correspondam a este determinado papel.

Consumir por influencias de grupos sociais, pode-se levar em conta que há o

medo da perca do pertencimento a estes grupos, por este motivo consumir produtos

de forma igual ao grupo.

3) Fatores Pessoais

Nos fatores pessoais, os pontos se voltam totalmente ao indivíduo em si

levando em conta que se envolvem coisas como (necessidades pessoais e

particularidades pessoais) das pessoas, que elas desenvolvem ao longo dos anos,

como foi dito por Kotler (1998, apud Medeiros) que as necessidades e os desejos das

pessoas modificam-se ao longo de suas vidas.

Dentro do fator pessoal há ainda pontos a se observarem como a ocupação de

um indivíduo que seria, de forma mais simplificada, sua profissão, pois como foi dito

por Kotler (1998), um presidente de empresa comprará ternos caros, passagens

aéreas, títulos de clube, um grande veleiro, dentre outros, ou seja, a profissão a qual

o indivíduo exerce influência totalmente sobre suas compras.

Nisso é abordado um outro ponto que seriam o das condições econômicas.

Kotler alegou que a renda disponível, poupança e patrimônio, condições de crédito,

atitudes em relação às despesas versus poupança, todos estes pontos influem na

decisão de compra (1998).

O ser humano, conforme sua profissão e renda, tende a adotar um determinado

estilo de vida, para Kotler (1998), é possível que empresas se posicionem no mercado

através de associações entre seus produtos e o estilo de vida dos consumidores reais

e potenciais dos mesmos, sendo a adaptação aos estilos de vida uma oportunidade

as empresas.

24

Um ponto ainda a salientar seria a personalidade, pois como disse Kotler

(1998), a personalidade é uma variável importante para análise do comportamento do

consumidor, sendo está variável complexa e para de alguma forma deixar mais

compreensível seria classificando as personalidades das pessoas Jung (1974) com

este objetivo criou uma tabela classificando personalidades:

A) Sentimento – Pensamento

• racional ao tomar decisões;

• avalia fortemente considerações econômicas – muito sensível a preço;

• irá fazer um considerável esforço para obter informações para tomar decisões;

• evita riscos;

• o materialismo reflete motivo pessoal ou particular.

B) Sentimento – Emoção

• ponto de vista empírico;

• tomada decisões seguindo uma orientação “subjetiva”;

• tem possibilidade de considerar outros quando toma decisões;

• o materialismo reflete como os objetos irão impactar outros.

C) Intuição – Pensamento

• tem ou teria uma visão ampla da situação pessoal;

• pesa as opções mentalmente;

• pronto para assumir risco ou ser especulativo nas decisões.

D) Intuição – Emoção

• imagina uma ampla faixa de opções ao tomar as decisões;

• altamente “orientado para pessoas” – tem possibilidade de considerar a

opinião dos outros;

• toma as decisões seguindo uma orientação subjetiva;

• é o menos sensível a preço;

• busca o risco (quer aventura e novidade).

Como foi dito por Richers (1984), cada ser humano possui uma personalidade

distinta que influenciará seu comportamento de compra.

O último fator seria o psicológico:

25

4.2.1 Fatores psicológicos proposta por Kotler

Phillip Kotler é um professor universitário americano que elabora projetos

totalmente dedicados ao marketing, (em especifico a sua teoria de existir) quatro

fatores psicológicos importantes que influenciam as escolhas dos consumidores.

De acordo com Kotler (1998) “aprendizagem são todas as mudanças

ocasionadas no comportamento de um indivíduo em função de suas experiências”.

As atitudes e crenças baseiam-se em um indivíduo que possui uma razão e

personalidade única. Kotler (1998) diz que a crença é considerada um pensamento

descritivo que um indivíduo possui sobre algo e sobre as atitudes faz com que as

pessoas se coloquem em uma estrutura mental, gostando ou não de um determinado

objeto.

Motivação, segundo Kotler (1998) é um motivo ou impulso que leva a

necessidade pressionando suficientemente e levando a pessoa a agir. Junto a Keller

(2006) consideram-se três teorias da motivação:

A) Teoria da motivação de Maslow: As necessidades humanas são organizadas

em hierarquia, das mais urgentes ás menos urgentes, buscando entender o motivo

pelo qual as pessoas são influenciadas por certas necessidades em momentos

específicos.

B) A teoria de Freud: Assumiu que essas forças psicológicas reais que moldam

o comportamento das pessoas são os inconscientes.

C) Teoria da motivação de Herzberg: Elaborou a teoria através de dois fatores,

os insatisfatórios e satisfatórios, ou seja, é preciso evitar os fatores que causam

insatisfação depois identificar os que causam satisfação.

E por fim a percepção, que segundo Kotler, através da motivação está pronta

para agir. Assim, “percepção é a forma pela qual uma pessoa seleciona, organiza e

interpreta as informações para criar um quadro significativo do mundo”. Conforme

Kotler, existe três processos da percepção:

A) Atenção seletiva é percepção de estímulos relacionados a uma necessidade

atual.

B) Distorção seletiva diz respeito a pessoas que interpretam as informações de

acordo com suas intenções pessoais.

C) Retenção seletiva tem a ver com a retenção de informações que possam

reforçar as atitudes e crenças.

26

A partir desses impactos nos consumidores, o marketing estuda sobre essa e

outras teorias para analisar quais clientes se comportam dessa maneira e aplicar de

uma forma eficiente um método para atrair constantemente esses compradores.

4.3 Processo de compra do consumidor

O ato de consumir sempre partirá de um determinado problema, seja ele básico

como um fisiológico até o ponto de se realizar uma compra mais complexa como

mostra a pirâmide de Maslow com a hierarquia das necessidades, sendo que em

determinados momentos certas decisões de compras serão prioridades podendo

agregar mais esforços para determinada decisão do que para outra.

A partir do momento que se decide realizar determinada compra passa-se por

todo um processo existindo uma teoria que contém 5 etapas que separa as em cinco

distintos momentos as etapas de compra de um consumidor: reconhecimento do

problema, busca de informações, avaliação de alternativas, decisão de compra e

comportamento pós-compra (KOTLER, KELLER, 2006; SOLOMON, 2001; BOONE,

KURTZ, 2009; SHETH, MITTAL, NEWMAN, 2001).

Para compreender melhor estas 5 etapas pode-se avaliar a seguinte situação,

um indivíduo que busca pela compra de uma aparelho celular novo decorrente que o

seu próprio aparelho já não funcionar mais, partindo deste pressuposto vem a primeira

etapa.

Etapa 1: reconhecimento de um problema

O indivíduo que perdeu seu aparelho celular encontra-se na seguinte situação:

dificuldade de comunicação com os seus colegas de trabalho e de escola, e não

conseguindo se atualizar sobre as informações do dia a dia de forma eficaz, ele

reconhece que isso o prejudica, como salientou Kotler (1998), o processo de compra

começa quando o consumidor identifica um problema ou necessidade. Ele percebe a

diferença entre sua situação real e uma situação desejada. Desta necessidade

encontrada, também pode se tornar uma oportunidade para se adquirir um aparelho

mais novo e mais moderno sem os mesmos problemas de seu antecessor.

Isso agora abre caminho para a segunda etapa, onde se constitui o ponto de

avaliação.

27

Etapa 2: Busca de informações

Após ter reconhecido a necessidade de se adquirir um produto, se inicia a

avaliação das melhores opções buscando informações sobre o produto para assim

estar tomando a decisão mais sensata futuramente. Todos os consumidores,

independente do grau de conhecimento por determinados produtos, sempre

armazenamos informações independente quais sejam, por exemplo, as fontes

internas são as informações armazenadas na memória da pessoa, tendo também

grupos pessoais sendo que os consumidores podem consultar outras pessoas como

seus amigos e familiares, ao procurar informações para compras

No marketing e comerciais os consumidores também obtêm informações

contidas nas ações de marketing por meio de embalagens, vendedores,

revendedores, propaganda, mostruário de produtos. Os meios públicos são fontes

independentes dos profissionais de marketing e outros consumidores, que incluem

artigos na mídia sobre produtos ou classificações feitas por organizações

independentes como disseram Churchill e Peter, (2000); Kotler, (1998).

Apontando agora para próxima etapa onde é possível já se ter opções para

uma possível compra.

Etapa 3: Avaliação das alternativas.

A terceira etapa, categorizada como a que mais demanda esforços e a que

mais se encontre, pois tendo por base as informações coletadas, os consumidores

identificam e avaliam maneiras de satisfazer suas necessidades e desejos. Os

consumidores tentam identificar a compra que lhes trará maior valor (Churchill e Peter,

2000) dificuldades, pois é nela onde se deve ser feita a escolha do produto, um

momento ao qual é difícil para todos devido a vasta variedade de opções que é

possível encontrar hoje no mercado.

Tendo o indivíduo um critério de avaliação próprio para escolher um produto,

sendo assim possível que ele foque em um ou mais produtos no momento da escolha,

os critérios de avaliação são meios de se julgar os méritos de opções concorrentes

podendo ser julgados também fatores aos quais os produtos se diferem uns dos

outros.

Seguindo o processo de compra até aqui, o indivíduo se reparou com 2

aparelhos diferentes que o atraíram que são eles o Samsung Galaxy S7 Edge e o

Apple IPhone 7 Plus tendo ambos características muito parecidas, fazendo com que

o indivíduo ficasse na dúvida por qual aparelho optar na hora da compra, mas após

28

espanar sobre ambos os produtos, tanto pelos pontos bons e ruins, é possível se

chegar a uma decisão final de acordo com as características a quais o indivíduo está

buscando.

Chegando finalmente onde o momento que o indivíduo faz sua decisão final da

escolha do produto.

Etapa 4: Escolha do Produto

Após todo estudo e avaliação podemos nos deparar com a seguinte situação,

como foi dito por Churchill e Peter, (2000), após considerar as opções possíveis, os

consumidores podem ou não fazer uma compra. No primeiro caso, o que, onde,

quando comprar e como pagar, pois tendo em vista as lojas, preços, e marcas sabe-

se como e onde poderá ser executada determinada compra.

O indivíduo optou pelo IPhone mesmo sabendo que seria uma opção

financeiramente mais cara, ele se adequava mais ao que ele estava buscando tendo

feito a compra em uma grande rede varejista próximo a sua casa.

Já finalizada a compra se depara agora com a última etapa onde irá ser feita a

avaliação do produto.

Etapa 5: Avaliação pós compra

Esta é a última etapa do caminho onde se é testado o produto final e onde irá

se considerar se terá a satisfação com a experiência da compra e com o bem ou

serviço que adquiriram. É um ponto muito importante para os consumidores, pois, se

o histórico positivo em relação a uma determinada marca pode-se desenvolver

lealdade a ela, além do que pode influenciar familiares, amigos e conhecidos sobre

suas experiências de compra e uso de produtos (Churchill e Peter, 2000). Vendo que

nossas relações com produtos o que os consumidores chamam de

satisfação/insatisfação do consumidor (SIC.)

5.MARKETING

O marketing é um dos aspectos mais importantes do mundo empresarial.

Responsável por identificar as necessidade dos consumidores e a partir disso os

atrair, conquistar e fidelizar de formas criativas, uma empresa com um marketing

efetivo, seja ela de pequeno ou grande porte independente de seu seguimento, não

será esquecida por seus cliente, porque marketing, dentre tantas coisas, “[...] é criar

uma marca e fixa-la na mente dos possíveis clientes.” Al Ries(2002)

29

Segundo KOTLER (2004), o marketing “não é a arte de vender o que você faz,

mas saber fazer. É a arte de identificar e compreender as necessidades dos

consumidores e criar soluções que tragam satisfação aos consumidores, lucros aos

produtores e benéficos aos acionistas.”

Reconhecida a necessidade do cliente, inicia-se um processo que pode ser

considerado infinito, pois “Marketing não é um evento, mas um processo. Ele tem um

começo, um meio, mas nunca um final, pois ele é um processo. Você melhora,

aperfeiçoa, e até interrompe, mas nunca para o processo completamente.” (Jay

Conrad Levinson, 1989).

De acordo com Boone e Kurtz (2009), a evolução do marketing ao longo da

história pode ser dividida em quatro eras: A Era da Produção (que se estendeu até

1925) com foco direcionado ao produto; A Era das Vendas (de 1925 até 1950), A Era

do Marketing (1950 à 1990); e por fim A Era do Relacionamento com início em 1990,

a qual ainda perdura. Tais mudanças, segundo Gracioso (1997), são consequências

das três revoluções industriais vividas pelas sociedades: a revolução industrial, a

revolução industrial tecnológica e a revolução da informação, cada uma influenciando

diretamente no modo que as empresas realizam seu marketing.

Na Era da Produção, também conhecida como Marketing 1.0, segundo Boone

e Kurtz (2009), os fabricantes buscavam fazer produtos de qualidade sem se

preocupar, em primeira instância, quem seriam as pessoas que os comprariam, pois

acreditavam que o produto se venderia sozinho. Centrando-se no produto, o objetivo

do marketing era vender a todos que quisessem compra-los.

Nesse período, a comunicação era feita da empresa para o cliente sem haver

uma troca de informações e objetivava a padronização, a produção em escala e

redução de custos e preços. Um exemplo dessa lógica é a frase de Henry Ford: ““O

carro pode ser de qualquer cor, desde que seja preto” (KOTLER, KARTAJAYA e

SETIAWAN, 2010). Segundo Gracioso (1997), o comportamento com relação ao

marketing dessa época era guiado pela teoria de oferta e procura, sem se lavar em

conta que a demanda deveria ser criada. Esse pensamento era resultado, em grande

parte, ao padrão de vida das pessoas nesta época em que a maioria não possuía boas

condições financeiras.

A era seguinte, A Era das Vendas ou Marketing 2.0, inicia-se de maneira mais

“oficial” em 1925, impulsionado pelas mudanças ocorridas ao redor do mundo a partir

da década de 1920 por uma elite em evolução que passa a exigir mais qualidade dos

30

produtos e dos serviços. Desde então, o que antes era produzidos segundo uma

necessidade, passou a existir com uma produção de produtos e serviços não

essenciais, seguindo assim uma maior valorização no marketing para a venda de

porta em porta e da propaganda. Entretanto, nessa época o conceito de marketing

ainda era confundido com vendas. (BOONE; KURTZ, 2009).

Ainda dentro da fase 2.0 do marketing, surge a terceira era, A Era do Marketing,

que teve seu período de ocorrência desde 1950 até 1990. Nesse período, o foco no

consumidor passou a ser ainda maior, pois com a “Grande Depressão” decorrente a

Queda da Bolsa de Nova Iorque, a renda e exigências do consumidor por produtos e

serviços caíram rapidamente, situando ao marketing um papel importante focando na

satisfação e necessidades do consumidor. Foi nessa época que apareceu pela

primeira vez o conceito de Marketing (BONNE; KURTZ, 2009).

Nesse período, empresas passaram a perceber que existem mais fatores que

influenciam na decisão de compra, como impulsos e motivações psicológicas, que vão

além da lei de oferta e procura (GRACIOSO, 1997). As campanhas de marketing

começam a apresentar um lado mais emotivo, buscando atingir o coração e mente

dos consumidores e assim criar o desejo de compra, mesmo que a necessidade não

exista.

Na chamada fase de marketing 2.0 por Kotler, Kartajaya e Setiawn (2010),

encontra-se um cliente bem informado e uma concorrência maior, trazendo ao

consumidor um leque mais abrangente de escolhas, acarretando na inversão da

comunicação: o consumidor é quem passa estipular como deseja que o produto seja

e quanto quer pagar por ele, aumentando a interação entre cliente e empresa e uma

necessidade cada vez maior de se conhecer seu público-alvo.

Na quarta era, A Era do Relacionamento (Marketing 3.0), iniciada em 1990, “as

organizações agora crescem na orientação voltada ao consumidor da era do

marketing, focando o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos com

consumidores e fornecedores.” Ou seja, surgiu o marketing de relacionamento,

valorizando e desenvolvendo relacionamentos a longo prazo tanto com clientes,

fornecedores e os steakholders, onde acredita-se que alianças estratégicas

beneficiaram todas as partes, chegando a um estimativa de crescimento de 25% das

vendas desses relacionamentos corporativos. (BONNE; KURTZ, 2009).

Gracioso, 1997, trata essa nova fase como “a era do indivíduo”, dando maior

importância para a captação e interpretação de dados. Com isso, nota-se que o

31

processo de produção e venda sofre uma transformação, passando a sentir a

necessidade de retornar algo para a sociedade, pois “a lucratividade tem como

contrapeso a responsabilidade corporativa”. (KOTLER, KARTAJAYA, SETIAWAN,

2010, s/p). Portanto, com o acesso dos clientes aos dados da empresa e as

informações, é demonstrado que uma organização que comete deslizes sociais terá

tais deslizes divulgados, o que pode afetar negativamente a imagem da corporação.

Com a centralização das atenções nos clientes, Boone e Kurtz (2011),

enfatizam que, nessa nova era, o objetivo das empresas passar a ser que esses

consumidores se tornem fixos, pois se percebeu que conquistar novos clientes acaba

sendo mais caro para a organização do que manter os mesmos.

Portanto, o papel da empresa passa incluir o ato de oferecer sempre um

diferencial aos seus clientes, diferencial este que não é encontrado em seus

concorrentes estando fortemente ligada a percepção que os consumidores têm do

valor deste produto.

As empresas que se tornaram referencias em marketing focam seus esforços

e objetivos em manter a satisfação de seus clientes, pois clientes satisfeitos tendem

a repetir a compra e contar aos outros suas experiências positivas com o produto.

Empresas inteligentes focam seu objetivo em maravilhar o cliente, prometendo o que

podem oferecer e entregando mais do que prometem. Nesta era, “o foco sempre deve

ser a satisfação total do cliente”. (KOTLER, 2006).

5.1 Profissional de marketing

O marketing muitas vezes é confundido com propaganda, consequentemente

marqueteiro é responsável pela divulgação da marca de sua empresa. Pode

considerar parcialmente correto, pois o marqueteiro (profissional na área de

marketing) precisa entender muito mais e não apenas propalar a marca.

De acordo com o Mestre do Marketing (2012), um profissional de marketing se

adentra em diversas funções em uma empresa estando sempre antenado no que

acontece à sua volta tanto na parte econômica, se preocupando com as novas

tendências quanto desenvolver produtos que possam atender as necessidades dos

consumidores através de analises e criações de campanhas promovendo esse

produto. O profissional precisa se conectar de “corpo e alma” na empresa, estando

32

ligado nas novidades nos meios de comunicação e mídias, nas pesquisas e

estatísticas, pois elas que dirão o rumo que os marqueteiros seguirão.

Em suma, um marqueteiro não é responsabilizado apenas pela propaganda,

para um ideal profissional de marketing é necessário que ele possua um

conhecimento sobre várias áreas na instituição para assim ter consciência do que está

criando e como divulgará o produto ou serviço que a empresa concebe.

5.2.Plano de marketing

O plano de marketing é um meio que pode identificar as oportunidades que

venham a gerar bons resultados nas empresas. Segundo Churchill e Peter (2000,

apud Gentil), os planos de marketing proporcionam vários benefícios. Um bom plano

ajuda os membros do departamento na área de marketing a identificar e reconhecer

onde seus esforços devem se concentrar, observar e tirar o melhor proveito das

oportunidades propostas no mercado, além de também proporcionar um meio de

medir o desempenho do departamento de marketing pela comparação dos resultados

com os objetivos.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) avalia

o plano de marketing como uma forma estruturada de como a empresa oferta produtos

e serviços, sendo que sempre deve comtemplar a descrição, qualidade, utilidade,

diferenciação da concorrência e a inovação frequente do produto que a organização

disponibiliza no mercado.

Para executar um plano de marketing, é plausível uma análise interna

(microambiente) onde avalia as operações, variáveis controláveis e fazer um

comparativo com os concorrentes, observando as vantagens e desvantagens na

instituição ligado automaticamente no famoso método dos 4P’s ou mix de marketing,

que são definições fundamentais para a empresa atingir seu público-alvo.

1) Produto: são as características do produto ou serviço que a empresa está

oferecendo. É onde decide o tamanho do produto, a cor e qual é o seu

diferencial.

2) Preço: é quanto o consumidor será cobrado pelo produto, seja barato ou de

luxo, à vista ou mensalmente.

3) Promoção: é uma forma estratégica de divulgação que a empresa utiliza, de

forma on-line ou off-line.

33

4) Praça: é basicamente o local onde o produto será disponibilizado, de forma

on-line ou em lojas físicas, seja em prazos de entrega ou de atendimento.

No ambiente externo (macroambiente) que são as variáveis incontroláveis em

questões demográficas, politicas, tecnológicas, culturais, legais, econômicas,

ambientais, sociais, consumidores e concorrentes. A partir deste que a matriz SWOT

acaba fortalecendo, pois assim como o plano de marketing, essa análise também é

uma estratégia focando em todas essas variáveis e assim consequentemente

elaborando planos para o crescimento da empresa.

5.3 Pesquisa de mercado

Apontar necessidades e desejos para que possam ser possíveis oportunidades,

como foi apontado por PAIVA JUNIOR; LEÃO; MELO, 2003, na pesquisa de mercado

é possível identificar as oportunidades, ameaças ou risco para o empreendimento. A

organização, ao pesquisar o mercado, pode identificar as oportunidades que poderá

ser possível explorar e expandir o empreendimento e deverá criar estratégias para

aproveitar tais oportunidades. Também deverá identificar as ameaças externas e

riscos para o negócio, procurar formas de se proteger ou atenuar esses riscos e para

tudo isso é preciso realizar pesquisa de mercado.

Identificando se determinados tipos de produtos poderão satisfazer ou não os

potenciais clientes, está é a base para uma pesquisa de mercado, ela é a porta onde

a comunicação da empresa e do cliente permite que a empresa identifique e possa

compreender onde e como estão suas reais oportunidades e quais seriam seus

obstáculos que impediriam isso.

Existem dois tipos de pesquisa: a primária onde é realizada a coleta de dados

feitas exclusivamente para seu negócio. A secundária onde são informações já

coletadas por uma outra empresa.

Uma pergunta que deve ser definida de ante mão é o que quer definir com a

pesquisa de mercado? Quais são os objetivos com ela? Os objetivos devem ser algo

mensurável de se conseguir com a pesquisa, por exemplo, uma loja varejista pretende

lançar um seguro de assistências para geladeiras e outros eletrodomésticos com

relação a cozinha e pretende averiguar se há existência deste mesmo seguro no

mercado.

34

Seguindo para um ponto muito importante que seria se as pessoas estão

dispostas a pagar por este seguro? É algo que terá mercado?

Com os objetivos já listados, é possível fazer a elaboração de um questionário

em que se encontrarão as perguntas formuladas com base nos objetivos pré-

determinados e onde se situarão duas opções podendo ser optado pela pesquisa

primária, onde são feitas todas as coletas de dados do zero, ou a optativa pela

secundária, onde pode ser feito o reaproveitamento de dados já coletados.

As pesquisas primárias têm resultados específicos que podem ter total

diferença sobre um produto ou serviço novo no mercado, sendo atualizados e de

grande relevância a empresa. Mas, encontrando grandes dificuldades em sua

realização tanto na coleta de suas informações quanto em seu custo podendo ser

realizados questionários, entrevistas, ou grupos focais.

Já as pesquisas secundarias podem ser de fácil acesso e há um custo baixo,

pois geralmente são encontradas na internet. Tendo seus pontos negativos que as

informações não são atuais e que não suprem totalmente as necessidades da

empresa.

Partindo deste ponto de avaliação, um empreendedor deve primordialmente

entender o tamanho do setor ao qual ele se encontra, onde averígua-se o tamanho

dele, o potencial de crescimento, lucratividade, as tendências e os canais de

distribuição, ainda no setor, encontram-se os concorrentes tanto os diretos como os

indiretos.

Por fim, há os consumidores onde se vê quem escolhe, quem paga e quem

será seu foco como Business to Business, o B2B, que significa empresa para

consumidor onde o foco das vendas são empresa para empresa, há também Business

to Cosumer, B2C, que é a empresa focando no consumidor final.

Mercado, como foi definido por Kotler e Fox (1994), é o conjunto de

consumidores reais e potenciais de uma oferta, para mensurar o tamanho do mercado

devem ser levados em conta três conceitos que são eles:

Mercado total: se encontra aqui a forma mais abrangente do seu mercado, por

exemplo, uma rede varejista com redes por uma região que está vendendo eletrônicos

para determinado segmento do mercado.

Mercado potencial: são aqueles consumidores que apresentam determinado

interesse e dispõe de renda para aquisição do produto, por exemplo, os varejistas que

ofertam a jovens de classe média que pretendem adquirir um novo aparelho celular.

35

Mercado disponível: são todos os consumidores que tem acesso, renda e o

acesso a oferta especifica do mercado, um exemplo a ser citado poderia ser da

varejista que oferta seus celulares ao jovens de classe média se enquadrando com a

mesada que eles recebem.

Podendo agora ser calculado seu potencial de crescimento do setor, a forma

de verificar isso é estar sempre informado sobre as notícias do setor em si e as suas

tendências, assim podendo viabilizar possíveis oportunidades ou futuros problemas.

Um outro ponto que deve ser viabilizado com o estudo da pesquisa de mercado são

os canais de distribuição, o processo ao qual o produto passará antes de chegar ao

consumidor final e onde se encontram as pessoas e os processos neste caminho,

para isto, há algumas perguntas que podem ser feitas para melhor planeja este

processo:

Que tipo de serviço ou produto você quer vender?

Para que tipo de cliente você quer vender?

Como os clientes esperam encontrar seus produtos ou serviços?

Quais os processos de distribuição disponíveis?

Como pretende comunicar seus serviços?

Exemplificando essas perguntas, pode-se ter a seguinte situação: uma loja

varejista vende seus celulares para um público jovem de classe média, estes jovens

pretendem encontrar estes aparelhos tanto em lojas físicas como por meios digitais

podendo estes produtos ser comprados diretamente na loja assim como entregue na

residência, tendo uma comunicação direta na loja ou por meios digitais.

Sendo feitas estas identificações, devem ser voltadas as atenções dos estudos

para os concorrentes, pois deles podem ser vistas as novas oportunidades e ameaças

a empresa.

O primeiro passo seria identificar quem seriam esses concorrentes, seja eles

diretos ou indiretos, para isso é necessária muita comunicação com os clientes,

fornecedores, advogados, contadores, entre outros.

Os concorrentes diretos seriam todos aqueles que vendem produtos ou

serviços de forma similar. Já os indiretos ofertam produtos ou serviços diferentes, mas

o resultado final satisfaz as necessidades dos clientes.

Tendo feitas estas diversas avaliações anteriores, pode ser feita uma avaliação

muito importante: o preço de seu produto ou serviço, pois existem três fatores que

influenciam diretamente sobre o seu preço que são os custos, a concorrência e os

36

clientes, pois o menor preço dependerá de seus custos, o maior preço depende de

seus concorrentes e da posição de mercado, tendo no final a decisão do cliente se o

preço corresponde ao produto ou serviço.

Com base nas análises, é possível criar uma estratégia que ajude a entender a

posição de seus concorrentes e como são as tomadas de decisões dele, assim como

pode ser seu posicionamento de mercado com uma boa estratégia de precificação em

um intervalo aceitável para o mercado

5.4 Ferramentas de marketing

O marketing permite uma visão analítica e criteriosa do mercado onde os

grupos em processos diversificados obtêm o que necessitam. Como foi dito por

Mccarthy e Perreault (1997). O marketing interage diariamente uma centena de vezes

com milhares de marcas, mesmo que não se perceba, e afeta definitivamente de forma

direta a vida das pessoas, pois ele fornece bens e serviços para satisfazer

necessidades.

Para essa interação entre pessoas, marcas e empresas existem diversas

ferramentas que podem ser utilizadas, ressaltando que o marketing e as ferramentas

não serão limitadas a grandes corporações com orçamentos milionários para praticar

o marketing.

Uma destas ferramentas que qualquer empresa pode utilizar é a analise SWOT

popularmente conhecida no Brasil como FOFA, que permite a empresa analisar suas

forças, fraquezas, oportunidades, e ameaças com uma avaliação interna e externa,

sendo as forças e fraquezas pontos internos encontrados dentro da própria empresa

e oportunidades e ameaças pontos externos, tendo o envolvimento de fatores como

cultura, política, meio ambiente, clientes, fornecedores, concorrentes, dentre outros

fatores.

Uma outra forma seria a fidelização dos clientes existentes, o qual seria o

programa de relacionamento onde a empresa cria um espaço de aproximação entre

ela e o cliente, podendo demonstrar seus produtos ou serviços com o fim de haver a

conquista de sua simpatia, processo por onde o cliente pode vir a se tornar fã da

empresa, além de diminuir a distância entre os potencias clientes e a empresa.

O primeiro passo para empresa desenvolver este programa de relacionamento

é definir como sua empresa, com seus produtos ou serviços, beneficiam a sociedade

37

no geral, um exemplo para estar seguindo seria o de um supermercado que fornece

produtos de primeira mão que são de necessidades para as famílias.

O segundo passo seria nomear esse programa, seguindo o exemplo do

mercado, ele criaria um nome, como por exemplo, dia no mercado.

No terceiro passo deverá ser definido como o programa irá funcionar,

continuando com o exemplo do mercado, pode ser feito um dia em que há

determinada explicação sobre o processo que certos produtos passaram para chegar

até o mercado, os alimentícios verduras, legumes, frutas, carnes, dentre outros.

Para o quarto passo, deve ser estabelecida a comunicação com seu público, a

exemplo anterior, o mercado pode utilizar tanto das mídias sociais como da

comunicação presencial.

O quinto e último passo seria como irão avaliar os resultados deste programa,

no caso anterior, o mercado pode avaliar pela satisfação de seus clientes com relação

ao seus produtos e os novos que vieram decorrente desta ação.

Uma outra oportunidade que pode parecer simples, mas faz total diferença está

no layout que, como foi dito por CURY (2000), o arranjo físico corresponde ao arranjo

dos diversos pontos nos espaços existentes da organização envolvendo além da

preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente. Sendo mais do que uma

simples forma de decoração, mas um grande indutor de vendas com uma distribuição

correta e estratégica da disposição física do ambiente, como afirmou LASCASAS,

layout é o arranjo interior da mercadoria das lojas, móveis e equipamentos para

maximizar a conveniência do cliente a um custo mais reduzido para o varejista (2006).

Vendo com o intuito de que deva ser algo chamativo, a entrada deve ser de

fácil acesso para todos os tipos de pessoas sendo o ambiente de fácil circulação pelas

pessoas, onde deve haver um estudo para averiguar estes pontos para melhor se

adequar aos consumidores e o seu comportamento de compra. Vale ressaltar que

uma boa iluminação é responsável por clarear o ambiente, destacar mercadorias,

decorar espaços especiais, segundo BLESSA (2008), também acompanhando o estilo

e personalidade da loja. Além de transmitir uma sensação de limpeza, ambientes bem

iluminados tornam-se agradáveis consequentemente atraindo o consumidor. A

iluminação destaca partes atrativas da loja e disfarça partes visualmente

desagradáveis que não podem ser mudadas.

As cores devem atrair o público-alvo ou destacar mercadorias especificas,

como foi dito por BLESSA, ressaltando ainda que crianças são atraídas por cores

38

fortes e quentes; os esportistas, por cores radicais e vivas; as compradoras de lingerie,

por tons pastéis (suaves); os homens executivos, por cores apagadas (cinzas, azul-

marinho), e assim por diante (2008).

Como foi citado por Peter Drucker (1992), a meta do marketing é tornar a venda

supérflua, é conhecer e entender tão bem o consumidor que o produto ou o serviço

se adapte a ele e se venda sozinho.

6.OBJETIVO

Este estudo teve por objetivo evidenciar a importância de se compreender o

consumidor e suas necessidades buscando aplicar uma ótica baseada na Pirâmide

de Maslow, e demonstrar alguns dos meios mais acessíveis e efetivos para se

alcançar este entendimento para que deste modo as empresas possam satisfazer os

desejos de seus clientes.

6.1.Metodologia

A pesquisa bibliográfica foi realizada de agosto de 2016 à maio de 2017, sendo

realizada uma pesquisa de campo no mês de março de 2017 para embasamento,

confirmação e associação com os dados teóricos coletados, realizada tanto na

Estância Turística de Ibiúna-SP questionando aleatoriamente 50 pessoas, quanto

através de questionário eletrônico propagado através da rede social Facebook,

também de maneira aleatória com pessoas de diversas regiões do país, reunindo um

total de 81 respondentes através desta via, somando em sua totalidade 131 pessoas.

A pesquisa foi realizada em quatro etapas. A primeira foi a realização do

fundamento teórico-bibliográfico, o qual tomou por base a obra de Michael R.

Solomon, o livro O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo,

lançado em 2016, para a elaboração estrutural da parte teórica do estudo. Esta etapa

foi separada em três partes textuais, com a primeira focada na sociedade de maneira

econômica, onde informações sobre taxas de desemprego e consumo foram

evidenciadas tomando por base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) para demonstrar como tais fatores da macroeconomia afeta a

própria roda econômica; a segunda teve por foco o consumidor, principal

movimentador da economia, buscando evidenciar a importância de seu estudo e

39

compreensão sob uma ótica baseada na Hierarquia das Necessidades de Maslow. A

terceira e última parte focou-se no marketing, a qual visou explicar como o mesmo

funciona na identificação das necessidades dos clientes e na efetivação do

relacionamento dos mesmos com a empresa.

No âmbito da pesquisa de campo, as perguntas eram voltadas aos hábitos de

consumo relacionados ao comércio varejista e à informações consideradas relevantes

para este setor, tomando como parâmetros faixas etárias que variavam dos 14 aos 80

anos de idade.

A segunda fase da pesquisa se destinou na elaboração e aplicação da pesquisa

de campo, a qual foi efetuada em três etapas. A primeira dedicou-se à escolha dos

instrumentos de coleta de dados, que foram um questionário físico e um eletrônico

criados com base na metodologia de construção de persona de Vitor Peçanha e

Bárbara Legnani (2015) adaptada para esta pesquisa.

Ambos questionários eram compostos pelas mesmas 15 questões fechadas,

dotadas de linguagem coloquial em virtude dos variados graus de escolaridade dos

respondentes, optando por deixa-lo o mais simples possível. Foi optado por perguntas

fechadas devido a facilidade tanto da aplicação quanto de análise, porém tornando

sua elaboração consideravelmente mais complexa.

A terceira fase se dedicou em fundamentar a pesquisa com bases teóricas para

posterior relação com a pesquisa bibliográfica como confirmação ou negação da tese

defendida, valendo ressaltar que nenhuma das perguntas realizadas possuía uma

resposta considerada certa ou errada.

A quarta e última fase se objetivou a aplicação do questionário de modo a não

influenciar as respostas dos entrevistados para gerar sua real credibilidade e valor

cientifico, e a posterior tabulação dos resultados obtidos.

7 ANÁLISE DE DADOS

7.1.Resultados e Discussão

Avaliando que as necessidades dos consumidores são constantes, observa-se

que a hierarquia das necessidades pode ser alocada de forma universal ressaltando

que tudo que é comprado ou feito sempre terá uma motivação básica inicial.

40

Baseando-se nisto, o objetivo desta análise é de apresentar um consumidor de lojas

varejistas sob a Hierarquia das Necessidades de Maslow.

Com base nos estudos realizados, constatou-se que a categoria de produtos

mais procurados pelos consumidores varejistas são os eletroeletrônicos, dentro desta

categoria de produtos foi escolhido o aparelho celular para estar demonstrando os

resultados obtidos.(Tabela 1)

Tabela 1 Preferência por produtos

Fonte: Dos Autores

A base da pirâmide onde se encontra as necessidades básicas:

Mas, quais seriam as necessidades básicas que um consumidor varejista

poderia ter? Tudo tem um começo e este início viria da falta deste produto, com isto

pode-se então colocar o seguinte questionamento:

O que não ter um celular hoje em dia pode acarretar para uma pessoa? Pode

a impossibilitar de se comunicar com facilidade com as outras, mantê-la desatualizada

de informações que poderiam ser obtidas com fácil acesso.

Estes seriam alguns dos problemas que uma pessoa encontraria por não ter

um celular e como eles afetam o seu cotidiano, o indivíduo buscará de alguma forma

sanar estas adversidades, tendo o fator comunicação como o maior influenciador para

estar buscando um novo aparelho.

Neste ponto, como pode ser notado na tabela 1, começa a ser evidenciado os

indícios da relação dos dados com a Hierarquia das Necessidades de Maslow ao

notar-se que, como citado anteriormente, a compra parte de uma motivação básica

inicial: a necessidade, como demonstrado pelas 73 pessoas que apontaram este fator

como a motivação da compra (Tabela 2).

41

Tabela 2 Motivação da compra do consumidor

Fonte: Dos autores

Com o principal fator da busca pelo aparelho sendo sanado, automaticamente

a pessoa terá uma nova motivação de procura que resultaria no segundo nível da

pirâmide.

O nível da segurança:

Mas, o que um aparelho celular pode trazer de segurança para uma pessoa?

Partindo do ponto que este indivíduo não tinha o aparelho e neste momento se

encontra com o mesmo atendendo as suas necessidades básicas, ele tem o

sentimento interno de que poderá realizar todas as atividades principais que buscou

no aparelho sem demais problemas, ou seja, uma segurança psicológica de que o

celular atende os requisitos necessários que antes não conseguia executar.

Construída a chamada base de sustentação da pirâmide, a pessoa poderá ir

em busca de outras necessidades, seguindo para a social, a qual que se encontra no

centro da pirâmide.

Necessidades Sociais:

Com as diversas redes sociais existentes, a exemplo do Wathsapp, Facebook,

Instagram, dentre outras, a vontade de se incluir nas de interesse do indivíduo é algo

que irá aparecer, assim como busca pelo sentimento de inclusão que é muito forte

nos jovens, grupo que constata-se como a maioria dos entrevistados na pesquisa e é

demonstrado na tabela 2, totalizando 67 pessoas das 131 entrevistadas com idades

entre 14 a 20 anos.(Tabela 3)

42

Tabela 3 Idade do consumidor

Fonte: Dos autores

O desejo de pertencimento aos grupos, de estar conhecendo novas pessoas e

desta forma estabelecendo um relacionamento com elas, é garantida com uma

conectividade pública ao mundo das mídias sociais e possibilitando a participação

sobre as famosas modas e febres.

Usando um exemplo sobre uma febre que moveu milhares de pessoas pelas

ruas de diversos países, pode-se citar o Pokémon Go, jogo eletrônico para celulares

que se tornou “moda”, principalmente entre os jovens que não só saíam às ruas em

busca dos monstrinhos como também os mantinham conectados ao mundo. Esta

mobilização possibilitou a interação de diversas pessoas que residiam na mesma

cidade, as quais nem ao menos se conheciam, além de estarem interagindo como

consequência do que foi proporcionado pelo jogo.

A pessoa compõe o seu ciclo de relacionamento com base em muitos

princípios. Jovens nesta faixa etária ainda se encontram completando seus estudos

ou decidindo o caminho que seguirão em sua vida profissional, os quais,

maioritariamente, residem na área urbana (67 de 131 respondentes) e são em sua

proeminência do sexo feminino (90 de 131), possuindo a escolaridade até o Ensino

Médio (80 pessoas das 131) onde a maioria reside no município de Ibiúna (125 do

total).

Podemos interligar os dados da tabela 2 com os da tabela 3. Como pode ser

observado, grande parte dos respondentes (87 dos 131 totais) são solteiros, o que

lhes dá certa liberdade para comprar aquilo que desejarem ou participarem de

interesses que os levem a despender valores econômicos.

43

Tabela 4 Estado civil do consumidor

Fonte: Dos autores.

Estes são alguns de muitos fatores que influenciam diretamente em nosso ciclo

de relacionamento ao longo da vida, o que impulsiona a busca por melhorar a imagem

perante a o ciclo de relacionamento e nos leva agora ao próximo andar da pirâmide

As necessidades de egocentrismo:

Os grupos com que se convive, seja a família, os amigos, os colegas de

trabalho, dentre outros, influenciam sobre o que se irá comprar, pois se busca, mesmo

que de maneira inconsciente, construir uma boa imagem perante eles

Mas, como se construiria isto com um aparelho celular?

Através do status da marca do celular ao qual a pessoa adquiriu. Um aparelho

com nome e simbolização de poder trará isso automaticamente tanto para o pessoal

como para as pessoas que iram estar observando-a.

Para observar melhor este andar da pirâmide, pode-se colocar a seguinte

situação ainda se valendo da mesma pessoa que realizou a compra do aparelho

celular: na primeira situação ela comprou um celular mais modesto que não causou

“alarde” nas pessoas, onde não houve muitos comentários com relação ao aparelho.

Já na segunda situação a pessoa foi em busca de um celular mais caro onde teria um

status maior, como um IPhone por exemplo, onde a mesma se sentiria bem com o

aparelho e as pessoas ao seu redor a admirariam por ele.

O que possibilita a pessoa a partir para o ponto mais alto da pirâmide, que seria

a busca pelo sentimento de auto realização.

A auto realização:

Mas, como conquistar tais desejos com um aparelho celular?

Com o aparelho celular pode-se citar o sentimento de conquista por sanar tal

necessidade, pois ele teve o poder de obter o aparelho, como o exemplo citado

anteriormente, conseguiu comprar um IPhone, jogar Pokémon Go na rua e seus

amigos lhe admiraram por ter este novo celular.

44

Este é todo o processo que o indivíduo passou para chegar no nível onde

podemos ver sua auto realização por possuir este aparelho. Aqui ela se auto realiza

por todos os ocorridos nos andares anteriores ou por algo a mais como, por exemplo,

tirar uma selfie (foto) em um determinado lugar, valendo ressaltar que a auto

realização pode vir de muitas formas sempre variando de pessoa para pessoa,

incluindo a possibilidade de vir da realização de uma atividade que a pessoa se sinta

bem com ela mesma, com esta perspectiva, um dos dados levantados aponta que os

interesses em lazer e cultura foi citado por 42 pessoas entrevistadas (tabela 5).

Seguindo esta linha, pode-se construir a seguinte situação: a pessoa tem como seu

lazer tirar fotos em diversos lugares culturais do mundo, atividade que lhe dá prazer

ao ser executada e o IPhone que foi comprado possibilita que ela realize isto. (Tabela

5)

Tabela 5 - Atividades que proporcionam prazer

Fonte: Dos autores.

Estes seriam os níveis que um consumidor de varejo passaria com base na

hierarquia das necessidades de Maslow, onde o marketing pode enxergar caminhos

para atingir o consumidor.

Com base nos respondentes, o quais, em sua maioria, se localiza no município

de Ibiúna, ao buscarem o que necessitam e querendo o melhor, os mesmo sempre

irão se deparar com os preços que não lhes agradam e, tendo a prevalência analítica

em seu perfil, avalia-se na tabela 6 que o preço e qualidade do produto são os fatores

que mais interferem no momento em que vão escolher uma loja para se realizar uma

compra. Com a vasta opção de varejos e com as mudanças em seu comportamento

de consumidor ao longo das décadas, é natural que as pessoas busquem alternativas

mais econômicas que conservem a qualidade dos itens, além de procurarem locais

que lhes disponibilizem uma facilidade em questão de parcelamento da compra.

45

Tabela 6 - fator para compra em um concorrente

Fonte: Dos autores

Mas como trazer seus clientes de volta?

Sabendo-se do princípio que o fator de maior influência a perca de clientes é,

o preço, aponta-se que é necessária uma melhor avaliação da quantia a qual o seu

público está disposto a pagar por determinado produto. Estas informações são de

grande valor estratégico e podem ser obtidas com uma pesquisa de mercado eficiente.

Outro ponto que se observa com os resultados obtidos, seria a comunicação

onde 72 pessoas alegaram que tem a preferência em estar se comunicando com a

loja de forma presencial (tabela 7), valendo ressaltar ainda que os clientes em geral

são uma grande fonte de informações tanto para um feedback para a própria empresa

quanto para seus concorrentes

Tabela 7 - preferência dos consumidores em comunicação com a loja

Fonte: Dos autores

Evidenciado estes pontos, pode-se dizer que ao ter uma maior eficiência na

comunicação possibilita a construção de um laço mais próximo entre empresa e

cliente, o que permite uma fidelização, um aumento no número de vendas, a chegada

de novos clientes e a satisfação plena dos cientes.

46

8.CONCLUSÃO

Estudar o comportamento do consumidor é essencial para as empresas

entenderem seus cliente e elaborar formas estratégicas para os atrair e fidelizar de

maneira efetiva mesmo em momentos de crise econômica no pais.

Vinculando esta compreensão com a Hierarquia das Necessidades de Maslow,

nota-se, de acordo com os dados coletados, que a motivação básica inicial que leva

uma pessoa a realizar uma compra é a necessidade, como apontado pelos 73

respondentes que indicaram esse quesito como principal motivador, seguido do

desejo o qual foi citado por 55 pessoas ao longo da pesquisa, assim observando a

teoria da motivação a qual aponta a existência de um pressuposto básico

(necessidade) para algo que pode vir a se tornar algo maior no futuro (necessidades

cada vez mais exigentes).

No entanto, os fatores econômicos, principalmente em momentos de crise, são

os principais influenciadores no processo de decisão das pessoas referente a forma

que irão satisfazê-las. Esses fatores podem causar a sensação de insegurança no

consumidor o que os leva a diminuir o seu consumo e a movimentação da economia,

mas, sabendo que as necessidades continuam sendo infinitas e a busca por supri-las

é existente, os indivíduos buscarão alternativas mais econômica para satisfazer o que

precisam, seja procurando produtos mais baratos ou comércios que os ofereçam por

um preço mais baixo. Seguindo esta linha, constata-se através da pesquisa que o

preço do produto é um fator de influência na escolha do estabelecimento no qual irão

realizar a compra, como alegado por 66 indivíduos.

Com este fator de impacto, o marketing é uma ferramenta que as empresas

podem utilizar para avaliar o mercado e a disposição de seus consumidores em

despender determinado valor para adquirir certo produto, além de poder identificar as

necessidades dos consumidores para atendê-los de maneira que os satisfaça

plenamente, assim possibilitando as respostas para novas oportunidades e soluções

para o empreendimento.

Neste ponto, a comunicação é um fator primordial para compreensão dos

consumidores e manutenção do relacionamento empresa e cliente, a qual quando

realizada de maneira eficaz pode atrair novos clientes e aumentar a lucratividade das

organizações. De acordo com os dados coletados, o canal preferido de comunicação

47

pelos indivíduos é o presencial o qual foi citado 72 vezes, o que indica a grande

preferência em estar visitando a loja.

Vale ressaltar que o número crescente de redes sociais utilizadas pelas

pessoas abre portas para uma nova forma de contato com os clientes, a qual permite

que a empresa se torne mais próxima e o relacionamento com eles mais estreito,

possibilitando um entendimento de seus consumidores de uma maneira mais profunda

e que, quando usado de maneira aliada ao marketing, pode levar a organização a se

destacar de uma maneira única para seus clientes e os tornar fieis a organização.

48

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51

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Apêndice A-questionário elaborado para pesquisa

Você reside em Ibiúna?

Sim( ) Não( )

Idade

14 a 20 ( ) 21 a 40 ( ) 41 a 60 ( ) 61 a 80( )

Gênero

Masculino ( ) Feminino ( )

Estado civil

Casado (a) ( ) Solteiro ( ) Viúvo(a)( ) Divorciado(a) ( ) Outro(a)( )

Área onde reside

Urbana ( ) Rural( )

Escolaridade

Superior ( ) Médio ( ) Fundamental ( ) Incompleto ( )

Interesses as horas vagas

Lazer/cultura ( ) Hobbies ( ) Compras ( ) Outros ( )

Como se sente com seus hábitos atuais de consumo?

Satisfeito (a) ( ) Insatisfeito(a) ( ) Consumista( ) Consciente ( )

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Quais fatores levam a comprar um produto?

Necessidade ( ) Desejo ( ) Não sabe responder ( )

Qual tipo de produto você mais costuma comprar em uma loja de varejo?

Eletroeletrônicos ( ) Moveis ( ) Eletrodomésticos ( )

Quais mídias sociais mais utiliza?

Facebook ( ) Twiter ( ) Instagran ( ) Outras ( ) Nenhuma( )

Você Costuma comprar de acordo com a moda?

Sim ( ) Não ( )

Como você prefere se comunicar com a loja?

Presencial ( ) Telefone ( ) Email ( ) Wathsapp ( )

Quais fatores levam você a comprar em uma outra loja ao invés de outra?

Preço ( ) Demanda de produtos ( ) Qualidade ( ) Outros ( )