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CENTRO INTEGRADO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO HOMEM - CIEPH
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA
GABRIELA VIEIRA PAIN
ESTUDO BIBLIOGRÁFICO: SOBRE AS CORRESPONDENTES ABORDAGENS
ENERGÉTICAS ENTRE PONTOS DE ACUPUNTURA E CHAKRAS PROPOSTAS
PELAS MEDICINAS CHINESA E AYURVEDA
Florianópolis
2009
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GABRIELA VIEIRA PAIN
ESTUDO BIBLIOGRÁFICO: SOBRE AS CORRESPONDENTES ABORDAGENS
ENERGÉTICAS ENTRE PONTOS DE ACUPUNTURA E CHAKRAS PROPOSTAS
PELAS MEDICINAS CHINESA E AYURVEDA
Monografia apresentada ao Centro Integrado de Estudos
e Pesquisas do Homem como requisito parcial para
obtenção do grau de Especialista em Acupuntura
Orientador: Prof.ª Tátila de Souza Barcala
Florianópolis
2009
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GABRIELA VIEIRA PAIN
ESTUDO BIBLIOGRÁFICO: SOBRE AS CORRESPONDENTES ABORDAGENS
ENERGÉTICAS ENTRE PONTOS DE ACUPUNTURA E CHAKRAS PROPOSTAS
PELAS MEDICINAS CHINESA E AYURVEDA
Esta monografia foi julgado (a) adequado
(a) obtenção do título de Pós-graduação
profissional em acupuntura e aprovada em
sua forma final pelo curso no Centro
Integrado de Estudos e Pesquisas do
Homem (CIEPH).
Florianópolis, abril de 2009
_______________________________________________________________
Orientador/ Presidente de Banca Tátila de Souza Barcala
_______________________________________________________________
Membro da banca/ Especialista em acupuntura Marcelo Fabián Oliva _______________________________________________________________ Membro de Banca/ Especialista em Acupuntura Emiliana Domingues Cunha da Silva
4
Dedico este trabalho a todas as pessoas
que me acompanharam neste processo de
faculdade e pós-graduação,
principalmente meus familiares que
sempre me apoiaram e aos meus mestres
5
que me proporcionaram lindos e
profundos conhecimentos.
AGRADECIMENTOS
Sou grata aos meus professores, colegas de aula, colegas de estágio e amigos.
Agradeço a cada um de coração pelo companheirismo, pelo apoio e ensinamentos
para mim concedidos e conquistados até os dias de hoje.
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RESUMO
A Medicina Chinesa explica a localização dos Pontos de Acupuntura situados sobre os meridianos, abaixo da superfície do corpo, em lugares anatômicos específicos e que representam os pontos nos quais o fluxo de energia dentro dos Canais podem ser ajustados a fim de se promover a harmonia. O fluxo equilibrado de Qi através desse sistema de meridianos é fundamental para se ter saúde. Além disso, segundo a teoria da Medicina Ayurveda, os Chakras são conhecidos como centros de energia sutil ou espiritual. O fluxo desta energia sutil (prana) ao longo dos chakras é fortemente influenciado pela estrutura da nossa personalidade e por nossas emoções, bem como pelo nosso estado de desenvolvimento espiritual, portanto através das relações existentes entre os Chakras e o Pontos de Acupuntura correspondentes poderá auxiliar no conhecimento destas medicinas, aumentando o poder terapêutico de forma que o profissional poderá obter maiores interpretações do caso. A referente monografia tem o objetivo de verificar as correspondentes abordagens energéticas entre os pontos de acupuntura e os chakras das Medicinas Chinesa e Ayurveda. Esta pesquisa classifica-se como Bibliográfica, e pesquisa Exploratória. O método utilizado para coleta de dados foi a observação teórica dos temas, com base em livros didáticos referentes ao tema. Após o desenvolvimento teórico puderam-se observar que a maioria das características dos centros energéticos correspondentes se assemelham. Constatou-se que os chakras abordam maiores detalhes e associações, já os pontos de acupuntura possuem suas funções especificas, relacionadas aos órgãos, meridianos e algumas emoções.
Palavras chave: Chakras. Pontos de Acupuntura.
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................... ........ 1
1.1 O Problema e sua Relevância ............................................................................... 3
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 3
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 3
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 3
1.3 Definição de Termos..............................................................................................3
2- REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................5
2.1 AYURVEDA............................................................................................................5
2.2 CHAKRAS..............................................................................................................6
2.3 MEDICINA CHINESA...........................................................................................16
2.4 PONTOS DE ACUPUNTURA..............................................................................17
3- METODOLOGIA DA PESQUISA..........................................................................22
4- CONCLUSÃO........................................................................................................23
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA........................................................................27
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1 INTRODUÇÃO
1.1 O Problema e sua Relevância
O princípio da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) vem de conceitos
milenares baseados numa observação minuciosa do comportamento da natureza. O
grande pensador chinês, Lao Tse, concebeu a filosofia Taoísta, que foi aplicado não
só a medicina como também à agricultura, à economia, à arquitetura e à vida prática
como um todo. O primeiro conceito, chamado “O Grande Princípio”, que surge no
taoísmo, é o de yin e yang, nomes escolhidos para representar o que os antigos
chineses observavam acontecer o tempo todo, na vida terrestre. Assim, verificaram
que a vida depende da presença dessas energias e que elas se comportam de
formas diferentes, têm expressões opostas e complementares. O conceito de yin e
yang é a base da MTC, e mostra o movimento energético que gera manifestações
distintas (PINHEIRO, 2005).
Os chineses denominam Qi a energia, a força vital, o princípio yin e yang
que existe em tudo o que tem vida. Nos ensinamentos da MTC existem os
chamados Jing Luo, que é frequentemente traduzido como Canais e Colaterais.
Estes formam uma rede de caminhos (Meridianos), os quais conectam todas as
partes do corpo, para que as energias, principalmente Qi e Xue sejam transportadas
para todos os Zang Fu e tecidos do corpo humano (ROSS, 1994).
Sobre os Canais situam-se os Pontos de Acupuntura, localizados abaixo
da superfície do corpo, em lugares anatômicos específicos e que representam os
pontos nos quais o fluxo de energia dentro dos Canais podem ser ajustados a fim de
se promover a harmonia. O fluxo equilibrado de Qi através desse sistema de
meridianos é fundamental para se ter saúde (ROSS, 2003).
A Medicina Ayurveda assim como a MTC compreendem que o homem é
um microcosmo. Sua existência individual é indivisível a partir da manifestação
cósmica global. Ambos vêem o Universo como uma rede infinita de fluxos de
energia entrelaçados (EDDE, 2006).
Ayurveda é um sistema holístico de medicina surgido na Índia e
largamente praticado em seu território por mais de cinco mil anos. A Palavra
Ayurveda é um termo sânscrito que significa “ciência de vida”. Ayu significa “vida” ou
“modo diário de vida”, e Veda “conhecimento”. Ayurveda foi primeiramente
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registrada em Vedas, a mais antiga literatura existente no mundo. Ayurveda abrange
não só a ciência como também a religião e a filosofia. (LAD, 2007)
Assim como os meridianos na MTC, a Medicina Ayurvédica mostra que o
corpo sutil como o corpo físico, é constituído de vários sistemas de canais chamados
nadis, que, literalmente, significam fluxos, nos quais circulam um tipo de energia
vital, conhecida como prana. Dentro da filosofia Indiana, a tradição Yogue da Índia
antiga foi a primeira a descrever, há muitas centenas de anos, a presença no corpo
de centros especializados de energia espiritual. Este sistema de sete grandes
centros de energia é conhecido como chakras. Esta palavra deriva de uma antiga
palavra em sânscrito significando “roda”. O fluxo desta energia sutil (prana) ao longo
dos chakras é fortemente influenciado pela estrutura da nossa personalidade e por
nossas emoções, bem como pelo nosso estado de desenvolvimento espiritual.
(GERBER, 2007)
Existem no corpo sete principais chakras e muitos outros chakras
secundários. Os principais centros de energia estão ao longo do eixo vertical e
central do corpo. Cada um dos principais chakras está ligado diretamente a uma
diferente região do corpo, a determinadas glândulas endócrinas e ao sistema
nervoso. Os centros de energia, ou chakras, representam as áreas centrais para a
coordenação dos fluxos de energia dentro do corpo energético. Os chakras possuem
certa semelhança com os pontos de acupuntura. Assim como os pontos, os chakras
são centros especializados de energia situados ao longo do corpo, sendo através
deles que uma singular forma de energia sutil é absorvida e distribuída pelas células,
órgão e tecidos do corpo. (GERBER, 2007)
Os Pontos e os canais de acupuntura podem ser considerados a fronteira
entre o corpo físico e energético, possuindo características dos dois aspectos.
Dentre os meridianos de acupuntura, existem dois que são conhecidos como Vaso
Governador e Vaso Concepção os quais completam um circuito de fluxo de energia
através das linhas mediais anterior e posterior da cabeça e do corpo. Neles
encontra-se alguns acupontos que podem ser relacionados aos chakras. (ROSS,
2003)
As Medicinas Tradicionais Chinesa e Ayurveda, sendo ambas medicinas
consideradas energéticas possuem um complexo e diferente sistema de
informações e processos metabólicos, no qual alguns centros energéticos podem
ser relacionados. A utilização deste conhecimento aumenta o poder terapêutico de
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forma que o profissional poderá obter maiores interpretações do caso associando as
características físicas, emocionais e espirituais. Além disso, é possível utilizar formas
de educação em saúde, repassando algumas características deste conhecimento
milenar de chakras e pontos de acupuntura ao paciente, para que ele mesmo
aumente seu conhecimento pessoal e faça suas próprias interpretações.
O conhecimento das Medicinas Tradicionais Chinesa e Ayurveda são de
origem milenar e possuem informações confiantes e eficazes. É de essencial
importância que os terapeutas que utilizem qualquer uma dessas medicinas
energéticas, aumentem seu conhecimento sobre essas teorias, e compreendam as
semelhanças e diferenças entre elas, podendo assim utilizá-las em benefício de
seus pacientes. Contudo, faz-se necessário o referente estudo, para se conhecer
quais as relações entre os pontos de acupuntura e os chakras correspondentes?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Verificar as correspondentes abordagens energéticas entre os pontos de
acupuntura e os chakras das Medicinas Chinesa e Ayurveda.
1.2.2 Objetivos Específicos
Conhecer e descrever os principais chakras e os pontos de acupuntura
correspondentes;
Identificar e citar as semelhanças e diferenças entre os pontos de
acupuntura e os chakras correspondentes;
1.4 Definição de Termos
Acupuntura: consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo,
chamados de "Pontos de Acupuntura", para obter efeito terapêutico em diversas
condições. (PINHEIRO, 2005)
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MTC: Medicina Tradicional Chinesa (Ross, 1994)
Ponto Alarme: também é conhecido por Pontos Mu Frontais, são pontos nos quais
a energia dos órgão se concentra, podendo ser usada para diagnóstico ou
tratamento. (Ross, 2003).
Ponto Fonte: são pontos neutros, auto-reguladores e auto-estabilizadores. (Ross,
2003)
Vasos Maravilhosos: funcionam como reservatório de energia, e devem ser
utilizados principalmente nos casos em que há deficiências de energia nos canais
principais. Eles possuem ligação direta com a energia fonte (Jing). (Ross, 2003)
Yin Wei Mai: é um tipo de Vaso Maravilhoso, útil nos tratamentos de alterações
psicoemocional, distúrbios abdominais e circulares. (Ross, 2003)
Wei Qi: é o Qi da defesa, circula principalmente na pele e nos músculos. (Ross,
1994)
Karma: as conseqüências de nossas ações passadas, o qual advém de vidas
anteriores. (FRAWLEY, 2007)
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Ross, 2003, os centros de energia, os canais e pontos de
acupuntura fazem parte do sistema de circulação energética do corpo. Os pontos de
acupuntura situam-se perto da superfície, podendo afetar tanto níveis superficiais de
pele e músculos como órgãos internos. Os centros de energia, os Chakras,
localizam-se mais profundamente e não se relacionam com as camadas superficiais,
mas com o equilíbrio interno de energia.
As funções dos Chakras e dos pontos de acupuntura parecem ter uma
correspondência íntima com as funções dos nervos espinais, em cujos segmentos
são encontrados. Tendo influência sobre a pele, músculos, órgão, mente e emoções,
dependendo do segmento no qual estão localizados. Sabe-se segundo a Medicina
Ocidental, que o corpo humano está organizado numa base segmentar. Cada
segmento é constituído por uma vértebra, um par de nervos espinais, um
dermátomo e uma miótomo associado. (ROSS, 2003)
2.1 AYURVEDA
O mais antigo sistema de cura do mundo conhecido como Ayurveda,
possui suas base no entendimento do ser humano como um conjunto de corpo,
mente e espírito e o preceito de que só há saúde no equilíbrio desses elementos. A
vida bem vivida é naturalmente longeva e os princípios de Ayurveda indicam os
caminhos para cada ser humano entrar em harmonia consigo mesmo e, assim,
extrair o melhor de cada dia. Por isso Ayurveda também é traduzida como ciência da
longevidade. (FRAWLEY, 2007)
A psicologia faz parte da prática comum da medicina Ayurveda que
considera a doença física e mental. De acordo com o Ayurveda, as doenças físicas
ocorrem sobretudo devido a fatores externos como regime alimentar errado ou
exposição a agentes patogênicos. As doenças mentais afloram sobretudo em função
de fatores internos, como o uso equivocado dos sentidos e o acúmulo de emoções
negativas. Estas seguem o nosso karma, todavia, tanto as doenças físicas como as
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psicológicas comumente se combinam, e uma coisa raramente ocorre sem a outra.
(FRAWLEY, 2007)
2.1.2 CHAKRAS
Segundo Gerber (2007), os indivíduos com habilidades clarividentes e que
podem de fato enxergar os chakras dizem que eles se assemelham a rodas
giratórias de cor e luz. A quantidade e a qualidade de energia vital (prana) que
passa pelos sete principais chakras é um poderoso fator que influencia a saúde dos
tecidos de várias partes do corpo. Quando temos dificuldades em lidar com uma ou
mais destas questões psicoespirituais ligadas aos setes chakras, essas dificuldades
podem causar uma insuficiência ou um desequilíbrio de energia na região do corpo
associada ao chakra. Como os chakras estão ligados às nossas emoções e desejos,
eles desempenham um papel importante na conversão de problemas emocionais em
problemas físicos.
O primeiro chakra ou chakra raiz, localiza-se sobre a região anal, fornece
energia vital prânica para dar suporte ao reto, aos órgãos e tecidos da parte inferior
da pelve, ao sistema esquelético e à medula óssea. Como a medula óssea é o local
onde muitas células vermelhas e brancas do sangue são produzidas, uma disfunção
do chakra raiz pode contribuir para o surgimento de deficiências imunológicas, vários
tipos de anemias e estados de fadiga crônica associadas a perda geral de vitalidade.
(GERBER, 2007)
O primeiro chakra está associado às questões emocionais relativas à
sobrevivência física básica. Ele pode ficar desequilibrado em conseqüência de dores
forte, traumas importantes, violência e medo crônico. Com o tempo, temores de
longa duração podem comprometer o funcionamento do sistema imunológico
fazendo com que a pessoa se torne mais suscetível a doenças, incluindo infecções
crônicas, câncer e até mesmo, doenças auto-imunes. (OZANIEC, 1998)
Segundo Myss apud Gerber (2007), o primeiro chakra também está
associado a um tipo de consciência de grupo relacionada à sobrevivência da tribo e
do indivíduo. A estrutura de energia emocional deste chakra é tal que, sempre que
formos ao encontro às leis da nossa tribo (família, agrupamentos sociais, lugar onde
trabalha), podemos sofrer algum conflito neste chakra. Mesmo que o indivíduo
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acredite conscientemente que a decisão de ir contra os desejos tribais lhe “parece
correta”, o chakra raiz poderia reagir instintivamente à quebra do “código de ética”.
A terra é o elemento relacionado a este chakra. Pode-se dizer que os
desequilíbrios no primeiro chakra tendem a ocorrer em pessoas que não estão
“ligadas com a Terra”. Uma desarmonia energética neste chakra pode desencadear
disfunções físicas nas regiões abdominal e pélvica do corpo, dores lombares
crônicas e ciáticas, varicosas, depressão, tumores no reto e mesmo distúrbios
imunológicos como as doenças relacionadas com o HIV. (OZANIEC, 1998)
O vermelho é a cor essencial ou fundamental para o chakra raiz. Essa cor
apresenta o mais baixo índice de vibração no espectro das cores. O marrom e a cor
de malva são também produzidos pelo chakra raiz e podem ser utilizados na cura
desse chakra e em quaisquer situações da vida que influenciem ou sejam
influenciadas pelas condições do chakra da raiz. (WHITE, 1999)
O olfato é o sentindo relacionado com o chakra raiz, é o primeiro sentido
experimentado pelo recém-nascido. Ele influencia e possibilita a capacidade da
criança em se ligar á mãe. O olfato leva o recém-nascido ao peito da mãe e desperta
o instinto de mamar. O sexo está relacionado com o chakra da raiz apenas na
medida em que é algo instintivo. Os aspectos da sexualidade de que se tem mais
consciência dizem respeito ao chakra sacral. (WHITE, 1999)
O chakra raiz é o primeiro nos ensinamentos do Oriente, e recebe o nome
de “Muladahara”, que significa raiz ou base. Ele é descrito como tendo quatro
pétalas. Cada chakra que a ele se segue apresenta um número cada vez maior de
pétalas. O número de pétalas atribuído pela tradição a um chakra reflete a sua taxa
de vibração. Este chakra apresenta a taxa de vibração mais baixa. Ele afeta o corpo
físico e é o mais afetado por ele. Essa relação em particular se relaciona com os
sistemas glandulares. Todo chakra afeta o corpo físico, sua saúde e seu
funcionamento. Cada chakra, à exceção do chakra da raiz, também está envolvido
com o corpo sútil. Ele está ligado principalmente aos ossos, à carne, aos músculos e
aos tendões, e também em doenças como reumatismo, osteoartrite e outras
doenças ósseas, além de câncer nos ossos, nos tecidos e na pele. (WHITE, 1999)
Quando o chakra raiz está ativo e equilibrado, existe uma sensação de
propósito, de pertencer ao mundo natural, e uma disposição de assumir a
responsabilidade pessoal pelas ações e empreendimentos. (OZANIEC, 1998)
O segundo chakra está localizado diretamente sobre os órgãos genitais e
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as gônadas (os ovários nas mulheres, e os testículos, nos homens). Ele é conhecido
também como chakra do sacro ou reprodutor. Em termos psicoenergéticos, o
segundo chakra é o centro da criatividade, procriação e das novas idéias, ele está
relacionado às questões emocionais concernentes aos nossos relacionamentos
individuais como; relacionamentos sexuais, profissionais, e até mesmo, simples
relações de amizade. A dinâmica da energia emocional do segundo chakra também
envolve aspectos de honra e ética, visto que a moral e a ética sempre estão
relacionados ao modo como lidamos com as outras pessoas. (GERBER, 2007)
“O chakra do sacro está fortemente ligado aos assuntos relativos tanto ao sexo como ao dinheiro. Experiências sexuais traumáticas muitas vezes deixam não apenas cicatrizes psicológicas profundas como também um registro energético do medo e do terror, o qual permanece armazenado nos bancos de memória do chakra sacral. O elo entre o segundo chakra e o dinheiro relaciona-se com o nosso sentimento de segurança financeira no mundo e com o sentimento de estarmos ou não recebendo a nossa justa recompensa monetária pelo trabalho que realizamos. Como a ansiedade causada por dificuldades financeiras pessoais às vezes pode prejudicar o fluxo de energia através do segundo chakra (que fornece energia para a lombar), não é incomum que as pessoas com dificuldades financeiras sofram com dores recorrentes nas costas, ciático, problemas de impotência sexual, no trato urinário, variando desde cistite crônica a tumores na bexiga.” (GERBER, 2007, p 71)
A cor laranja relacionada a este centro, nas suas formas mais vívidas é
sentida como enervante e conflituosa. Nesse caso o âmbar e o dourado deveriam
ser usados na cura do chakra do sacro. A água é o elemento relacionado a este
chakra e transmite certa sensação de movimento. A água se liga à lua.
Simbolicamente, ela é com freqüência interpretada como regente das emoções. O
elemento água no chakra sacro significa que ela se liga aos fluídos corporais tais
como a energia vital do sangue, a hidratação do corpo e os processos fluídicos de
purificação e eliminação. (WHITE, 1999)
O sentido do paladar está relacionado a este chakra e tem uma conotação
com a forma de experimentar o mundo, e o sentimento de prazer. As funções
fisiológicas relacionadas ao chakra sacro é o sistema geniturinário e sistema
linfático. E As glândulas endócrinas relacionadas são as células de leydig e as
gônadas. Os órgãos que possuem relação com este chakra são a bexiga, próstata,
útero, tubas uterinas, ovários, órgãos genitais, cólon e intestinos. (WHITE, 1999)
O chakra do sacro é mais complexo do que o chakra da raiz. Ele tem mais
pétalas e mais movimentos. A filosofia indiana clássica atribui a ele seis pétalas seu
nome em sânscrito é “Svadhisthana”, que significa doce ou agradável. Os atributos
do chakra do sacro provêem dos chakra raiz, dependendo dele e misturando-se com
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ele. Se as bases de segurança não foram instauradas no estágio do chakra raiz isso
causará desequilíbrios e bloqueios no chakra sacro. A sensibilidade em relação aos
outros advém naturalmente da segurança. A qualidade da sensibilidade em relação
aos outros em estágios iniciais afeta o nosso potencial para os relacionamentos na
maturidade. Quando este centro energético está equilibrado, ele produz uma
sensação de auto-confiança e de criatividade. A imaginação é usada de forma
construtiva e a energia sexual provoca uma sensação de plenitude e de integração.
(OZANIEC, 1998)
O terceiro chakra, conhecido como chakra do plexo solar, tem sido
tradicionalmente relacionado ao nosso senso de poder pessoal no mundo. Este é o
centro de energia associado ao nosso senso de poder de auto-estima, auto-imagem
e de amor-próprio. Este é também um local onde tendemos a sentir intensamente as
emoções de medo e da intimidação, e está relacionado fisiologicamente com o
estomago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rins, os intestinos e com as glândulas
adrenais. Como o terceiro chakra fornece energia sutil para o estomago e o trato
digestivo, as pessoas que se sentem cronicamente estressadas pela
responsabilidade costumam queixar-se de indigestão, azia ou dores abdominais
causadas por úlceras recorrentes, gastrite ou esofagites. (GERBER, 2007)
Trata-se das questões de responsabilidade, bem como está ligado às
energias psíquicas. O plexo solar liga-se ao sistema digestivo e à assimilação física
dos alimentos e dos nutrientes. A assimilação também deve ser considerada, aqui,
no sentido mais amplo, que inclui a assimilação mental e psicológica do
conhecimento e da experiência. (WHITE, 1999)
O elemento que se relaciona a esse centro é o fogo. O fogo é mais ativo
ou yang, consome, mas também da início aos processos, altera as coisas e
possibilita a assimilação. Quando o plexo solar apresenta um funcionamento
insatisfatório, tendemos a ficar presos numa rotina inapropriada e a ser incapazes de
perceber de que modo realizar as mudanças. O elemento fogo, ativo, energizado por
um plexo solar em bom funcionamento, transmite à pessoa a alegria e a paixão de
viver. Um plexo solar que apresenta atividade excessiva pode nos tornar agressivos,
grosseiros, nervosos, inconvenientes e irritadiços com relação a nós mesmo a aos
outros. No corpo, os alimentos tendem a se consumir muito rapidamente e os
nutrientes a ser assimilados imperfeitamente. (OZANIEC, 1998)
O amarelo-claro é a cor da mente e relaciona-se a este centro. Para se
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transmitir a energia de cura do plexo solar, o dourado e o rosa são as melhores
cores. O órgão do sentindo relacionado a este centro é a visão. A visão é estimulada
pela luz e, dessa forma, pertence ao elemento fogo. A palavra “visão” no plexo solar
se refere à visão criativa bem como a luz física. Um plexo solar saudável nos ajuda
a planejar a nossa vida de modo apropriado e sensato, e a saber quando os
momentos de mudança e oportunidade estão soprando ao nosso favor. (WHITE,
1999)
As glândulas adrenais ou supra-renais possuem relação com este centro
energético, elas são formadas pelo córtex e a medula, que se localizam no
abdômen, acima dos rins. A medula é ativada pelos impulsos nervosos, ao passo
que o córtex é uma glândula endócrina, ativada pelos hormônios gerados no
sangue, produzidos pela pituitária. (WHITE, 1999)
O quarto chakra situa-se diretamente sobre o coração e os pulmões. As
pesquisas feitas por clarividentes e a teoria yogue dos chakras associam o chakra
do coração às questões e expressões emocionais e aos relacionamentos que
envolvem amor. O amplo espectro das emoções amorosas ligadas ao chakra do
coração inclui o amor romântico (entre amantes), o amor familiar (entre pais e filhos)
e o amor-próprio. Sempre que sofremos alguma perda emocional ocorre uma
constrição de energia neste chakra. (GERBER, 2007)
No início da vida todos precisamos saber que somos amados pelos pais
para que isto nos ajude a fortalecer o nosso amor-próprio. O relacionamento
amoroso inadequado entre pais e filhos pode causar um bloqueio ou uma redução
de energia no chakra do coração. Além de estar relacionado com as questões
emocionais relativas ao amor, este chakra também é influenciado por ódio,
ressentimento e amargura em relação às outras pessoas, exatamente o oposto do
amor. Aprender a perdoar uma outra pessoa por aquilo que percebemos como “atos
injustos” cometidos contra nós pode frequentemente produzir mais benefícios ao
coração do que qualquer medicamento ou programa de dieta. (OZANIEC, 1998)
Pesquisas recentes mostraram uma significativa correlação entre solidão e
maiores taxas de mortalidade por ataques cardíacos. Os bloqueios energéticos no
chakra do coração podem manifestar-se como bronquite crônica, pneumonia, asma,
enfisema, câncer de pulmão, prolapso da válvula mitral, aumento do coração e
insuficiência cardíaca congestiva. Além de contribuir para o surgimento de doenças
cardíacas e pulmonares, os bloqueios no chakra do coração podem também
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produzir efeitos sobre todo o corpo por causa da conexão entre o centro do coração
e o sistema imunológico. Como este centro também fornece energia para o timo, a
principal glândula imunológica do corpo, um bloqueio no chakra do coração às vezes
pode resultar numa disfunção imunológica devido ao comprometimento do fluxo de
energia para o timo. (GERBER, 2007)
Segundo Gerber (2007), talvez a crescente incidência de câncer de
pulmão, câncer de mama, doenças cardíacas e problemas imunológicos em nossa
sociedade estejam relacionadas ao aumento da ocorrência de disfunções no chakra
do coração. Já sabemos que uma função imunológica anormal pode resultar numa
grande variedade de problemas de saúde, incluindo alergias, síndrome da fadiga
crônica, maior suscetibilidade a resfriados e a viroses, doenças auto-imunes como
lúpus, artrite reumatóide e, até mesmo, certas formas de câncer. As doenças auto-
imunes podem se manifestar porque o corpo literalmente ataca a si mesmo por meio
de anticorpos que têm como alvo diversos constituintes das células normais. Ainda
Gerber (2007, p78) cita “sugiro que, no nível de energia sutil, poderíam estar
ocorrendo alguns distúrbios auto-imunes em pessoas que – inconscientemente -
tivessem maior propensão para autocrítica do que para amarem e aceitarem a si
mesmas.”.
As lições que o quarto chakra nos ensina mostram que existe necessidade
de amor em nossa vida para podermos manter nossa saúde e bem estar. A
necessidade de amor é discutida abertamente em muitos dos grandes ensinamentos
espirituais. O amor é uma necessidade da existência humana e uma eficaz força
curativa tanto para nós mesmos como para as outras pessoas. (OZANIEC, 1998)
As cores verde e rosa possuem relação com o quarto chakra. O ar é o
elemento relacionado a este chakra. E o sentido que demonstra a representação do
amor é o tato, que pode ser compreendido como ternura e vulnerabilidade. Somos
tocados pelos sentimentos e pelas emoções. O nome sânscrito para este chakra é
“Anahata”, e ele apresenta doze pétalas. (WHITE, 1999)
O quinto chakra ou chakra da garganta está localizado diretamente sobre
a glândula tireóide e a laringe. As questões emocionais que influenciam o chakra da
garganta envolvem o modo como optamos por exercer a nossa vontade pessoal. A
força de nossa vontade pessoal é medida não pela dureza com que impomos nossa
vontade aos outros, mas sim pela nossa eficácia em dominar a nossa força de
vontade para podermos controlar e disciplinar a nós mesmos. Esta é talvez uma das
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principais lições deste chakra. (OZANIEC, 1998)
A auto-disciplina é de fato o verdadeiro teste de vontade do indivíduo. O
auto-controle é uma disciplina que se estende à mente, ao corpo e ao espírito. A
nossa necessidade de autodisciplina e de pensamento introspectivo torna-se ainda
mais importante quando procuramos conscientemente curar a nós mesmos de uma
doença. As doenças físicas relacionadas a este chakra afetam a glândula tireóide,
tais como hipotireoidismo e tireoidite auto-imune. Curiosamente, uma das principais
características do hipotireoidismo é a fadiga e a falta de motivação (exatamente o
oposto da autodisciplina). Outras doenças físicas incluem herpes labial, infecções
recorrentes das amídalas, laringite, doenças na gengiva, e até mesmo, síndrome da
articulação temporomandibular, a qual pode produzir dor na mandíbula e dores de
cabeça recorrentes. (GERBER, 2007)
O chakra da garganta é também o centro a partir do qual falamos a nossa
“verdade”, aquilo em que acreditamos ou consideramos verdadeiro em relação a nós
mesmos e ao mundo à nossa volta. Como este centro é o centro da vontade, uma
“falta de força de vontade” pode levar a vários tipos de problemas relacionados com
abuso de substâncias, incluindo diversas drogas, álcool ou alimentos e, até mesmo,
a prática compulsiva em jogos de azar. A chave para equilibrar as energias no
centro da garganta consiste em aprendermos a fazer escolhas mais conscientes na
vida e a vivermos em conformidade com o uso correto da vontade. (GERBER, 2007)
Toda a gama do azul, desde o mais fraco ao mais escuro, afeta o chakra
da garganta. A cor prateada também fortalece este chakra. O elemento relacionado
a este centro é éter. O éter é o elemento do corpo etérico e do plano etérico, embora
estes sejam sobretudo acessíveis por meio do chakra do sacro, que apresenta
ligações muito fortes com o chakra da garganta. O plano etérico é o que está mais
próximo do plano físico ou material. O chakra da garganta liga-se parcialmente ao
intelecto e ao pensamento abstrato, aos projetos conceituais e aos arquétipos
(WHITE, 1999)
“Com as freqüências de som como parte do plano etérico, e com a conceituação e o ato de nomear como características importantes no chakra da garganta, a audição é obviamente o sentido ligado a esse chakra. Ele não está ligado apenas a audição, mas ao ato de falar, ao de ser ouvido e à qualidade da voz..” (WHITE, 1999, 100)
O chakra do coração é um lugar de encontro e de fusão das energias que
20
fluem descendo do chakra da coroa e das energias que sobem do chakra raiz, ao
passo que o chakra da garganta funciona como uma passagem. O sistema dos sete
chakras é subdividido em dois grupos que apresentam ação recíproca, e o chakra da
garganta faz parte dos dois grupos. Ele é mais complexo do pode parece, seus dois
níveis de funcionamento sempre devem ser levados em consideração. Seu nome
em sânscrito é “Visuddha”, que quer dizer “purificar” e na doutrina clássica da Índia é
descrito como apresentando dezesseis pétalas. (OZANIEC, 1998)
Acredita-se que o sexto chakra ou terceiro olho seja o centro de energia
onde processamos principalmente as questões relacionadas à mente. O chakra da
fronte, como também é chamado, é a sede do intelecto. O desafio do sexto chakra
consiste em percebermos o poder da própria consciência e da realidade que criamos
para nós mesmos através dos nossos pensamentos e sistemas de crenças.
(OZANIEC, 1998)
O poder dos nossos pensamentos e crenças pode ser também um poderoso gatilho para colocar em ação vários sistemas de autocura do corpo. A capacidade de usar o pensamento para mudar a realidade física é demonstrada pelo poder de cura do assim chamado efeito placebo. Infelizmente a maioria de nós tem sistemas de crenças que de certa forma, limitam a nossa percepção. (GERBER, 2007, 83)
Os nossos sistemas de crença atuam como um filtro para nossa
consciência e nos permitem perceber apenas aquelas coisas que se encaixam na
limitada gama daquilo que acreditamos serem fenômenos possíveis e aceitáveis no
mundo externo. Situações de confronto às vezes nos forçam a verificar se as nossas
crenças precisam ser modificadas ou atualizadas para se acomodarem a novas
informações e experiências. Na realidade, é a energia da alma e as ações do Eu
superior que nos colocam em situações difíceis para estimular o nosso crescimento
e desenvolvimento espiritual. O sexto chakra pode ficar bloqueado quando
carecemos de um senso de “visão” ou quando deixamos de enxergar determinados
aspectos da nossa vida. (GERBER, 2007)
Uma questão fundamental do sexto chakra é a nossa capacidade para
analisar com sinceridade a nossa vida, avaliar nossos erros e fracassos e
reconhecer nossos pontos fortes e realizações. A cegueira espiritual para as
conseqüências dos próprios atos é uma das causas importantes de bloqueios de
energia no sexto chakra. Qualquer coisa que nos impeça de examinar a nossa vida
com verdadeira introspecção pode produzir disfunção neste chakra. Acredita-se que
o sexto chakra tenha conexão energética com os olhos e os ouvidos. Podendo levar
21
a doenças oculares ou então surdez. Como este centro também fornece energia
para o cérebro e para o sistema nervoso central, uma disfunção energética neste
centro pode contribuir para o surgimento de lesões neurológicas. (GERBER, 2007)
O sexto chakra pode ser prejudicado quando nos relacionamos com as
outras pessoas e com o mundo à nossa volta apenas por meio das emoções,
ignorando por completo o que a mente tem a dizer. Diz-se que quando este chakra
estiver totalmente aberto, finalmente os nossos olhos poderão enxergar as auras, as
energias sutis e o mundo espiritual invisível que envolve e interpenetra o nosso
mundo físico. Ele é considerado a sede da intuição, da visão interior e da
clarividência. (OZANIEC, 1998)
Em sânscrito, o nome para o chakra da fronte é “Ajna”, que, literalmente
significa “comando”. Despertando esse centro podemos conseguir maior domínio da
nossa vida, e reagir, com mais percepção e sensibilidade, ao “comando” do nosso
espírito. O índigo é a cor deste chakra, cuja percepção e descrição nos é difícil
descrever. Trata-se de uma cor intensa, às vezes quase negra, mas sempre
apresentando uma tonalidade avermelhada. A cor turquesa também pode ser usada
nesse chakra para tratar a lucidez e o malva para ajudar no sistema hormonal. O
rádio é um elemento relacionado a este centro, ele é um elemento metálico e ativo
utilizado nos raios X. O rádio transmite a força e luminosidade. (WHITE, 1999)
Este centro se relaciona com a glândula pineal, ela é ligeiramente
sensitiva e controla o nosso “relógio” interior que marca o dia e a noite. Há vias
nervosas entre a glândula pineal e a retina (no olho). A pesquisa contemporânea
esta explorando a relação entre a glândula pineal, seu abastecimento de luz e o
controle dos níveis de cálcio no corpo. Independentemente de a glândula pineal ser
ou não parte do sistema endócrino, sua relação com a luz afeta os níveis hormonais.
As pessoas cegas por vezes sofrem de algum desequilíbrio hormonal, porém
quando a visão é recuperada, os níveis hormonais normais comumente voltam.
(WHITE, 1999)
Por fim, o sétimo chakra ou chakra da coroa tem sido associado
esotericamente a questões relativas á nossa fé, ao nosso senso de espiritualidade e
à nossa busca de significado pessoal no universo. A teoria dos chakras afirma que o
sétimo chakra surge a partir do topo da cabeça. Ele é o centro de energia que nos
conecta com a busca pela essência divina em cada um de nós e com a exploração
pessoal do nosso relacionamento com Deus. Todos os seres humanos precisam
22
vivenciar momentos sagrados durante os quais eles podem conectar-se diretamente
com as energias divinas da criação, quer essa conexão seja expressa através de
cerimônias religiosas ou, simplesmente, em preces pessoais. Quando começamos a
fazer perguntas a respeito de porque nascemos e qual o significado da vida, o nosso
sétimo chakra começa a ativar a conexão com o nosso Eu superior ou alma.
(GERBER, 2007)
O sétimo chakra é considerado também a sede da nossa consciência
espiritual. Em outras palavras, é aqui que encontramos aquela voz interior que,
muito frequentemente, é ignorada. Se bloquearmos totalmente nossos pensamentos
acerca do significado da vida, intensos sentimentos de ansiedade e depressão, bem
como opressão sensação de peso e de fadiga, podem às vezes se manifestar. Nos
indivíduos nos quais o sétimo chakra encontra-se bloqueado, parece haver uma
cisão entre o ego (a personalidade consciente) e a verdadeira essência da alma que
procura comunicar-se com ele. Uma outra forma moderada de desequilíbrio do
sétimo chakra faz com que as pessoas vivenciem uma forma daquilo que é
conhecido como “insatisfação divina”. Elas poderão sentir que a profissão que
escolheram não lhes proporciona mais satisfação ou desafios, não faz mais com que
suas “almas se alegrem”. (GERBER, 2007)
O sétimo chakra está também conectado com as questões emocionais e
espirituais do fornecimento de ajuda às outras pessoas, do humanitarismo, da
coragem, fé e devoção, bem como às questões relacionadas com a ética pessoal. O
Eu superior muitas vezes trabalha através da sincronicidade de estranhas
coincidências que nos colocam no lugar certo na hora certa. Quando damos amor e
ajuda às outras pessoas, respeitamos os princípios morais e agindo de maneira
ética, honesta e honrada em nossos relacionamentos pessoais e profissionais,
aumentamos a produção de energia da graça positiva que é armazenada no sétimo
chakra. (OZANIEC, 1998)
Quando ocorrem níveis significativos de depleção de energia no sétimo
chakra, as reservas de energia espiritual e biológica necessárias para manter as
células do corpo podem cair para níveis críticos, tendo como resultado uma
variedade de problemas físicos e emocionais. Conquanto os bloqueios dos chakras
inferiores costumem causar problemas localizados em órgão específicos, os
problemas de energia do sétimo chakra frequentemente afetam o corpo todo. Os
bloqueios deste centro às vezes podem ser de natureza puramente energética e,
23
assim, não acarretar desequilíbrios fisiológicos específicos. Às vezes, porém, uma
disfunção no sétimo chakra pode produzir uma forma de exaustão crônica e extrema
fadiga que parece não ter qualquer base física. Determinados casos de fibromialgia
e de síndrome de fadiga crônica pode de fato ser devido a problemas deste chakra.
(OZANIEC, 1998)
O violeta apresenta a mais alta taxa de vibração no espectro de sete
cores. É a cor da purificação, e ajuda a purificar o campo energético deste chakra. O
branco e o dourado ajudam a estimular o contato com o Eu superior e com seus
guias espirituais. Seu nome em sânscrito é “Sahasrara” que significa “mil vezes
maior”. O elemento relacionado é o magneto, que não é encontrado em nenhuma
lista padrão de elementos. No sentido da física, o magneto está para ser descoberto,
mas Gildas upud White (1999) não é o único guia que o identificou como um
elemento para o chakra da coroa. Sua qualidade simbólica é a unificação. Ele
significa a completude que é vivenciada quando o corpo, a mente e as emoções,
além do espírito, estão em harmonia. (WHITE, 1999)
A glândula pituitária ou hipófise regula o sistema endócrino e é chamada
de glândula-mestra do sistema nervoso. O vínculo entre o chakra da coroa e a
glândula pituitária abre os canais físicos através dos chakras dos quais os propósitos
do Eu superior podem ser refletidos nos padrões corporais e comportamentais.
(WHITE, 1999)
2.3 MEDICINA CHINESA
A Medicina Tradicional Chinesa acredita que a harmonia deve estar dentro
do indivíduo, entre o indivíduo e a natureza, e entre o indivíduo e a sociedade. A
doença é vista como a desarmonia; como um estado de desequilíbrio na interação
entre o corpo e o meio ambiente. A MTC considera o clima a mais importante fonte
externa como originador de fatores de doença. O clima é composto de seis
fenômenos climáticos básicos ou de fatores ambientais: Vento, Frio, Calor, Umidade,
Secura e Calor de Verão. As oscilações destes fatores dentro de limites moderados
é natural dentro de uma vida saudável. Quando estes fatores estão em Excesso, e o
Yin e Yang estiverem em desequilíbrio no corpo, pode aparecer a doença. (ROSS,
1994)
24
Nos ensinamentos da MTC existe um arranjo funcional constituído por
quatro categorias que estão inter-relacionadas; Energias, Canais e Colaterais (Jing
Luo), Órgãos e Vísceras (Zang Fu), e Tecidos. Pela ação dos Órgãos e das
Vísceras, as energias são transformadas, principalmente pela via dos Canais e
Colaterais, para todos os tecidos do corpo. (ROSS, 1994)
Nas matérias básicas existentes no corpo humano estão o Qi (Energia), o
Xue (Sangue), o Jing (Essência Vital), o Shen (Espírito) e o Jin Ye (Líquidos
Orgânicos). O Jing Luo é frequentemente traduzido como Canais e Colaterais, que
forma uma rede de caminhos (Meridianos), os quais conectam todas as partes do
corpo, para que as energias, principalmente Qi e Xue sejam transportadas para
todos Zang Fu e tecidos. (ROSS, 1994)
Os Zang Fu podem ser descritos como os Sistemas de órgãos e vísceras
da MTC, eles são considerados sistemas de órgão em termos das inter-relações
funcionais, mais do que de estruturas especificas, e neste aspecto não têm
correspondência com os sistemas de órgão da Medicina Ocidental. Os tecidos
segundo a MTC são os Ossos, os Tendões, a Carne, os Vasos Sanguíneos e a
Pele. (MACIOCIA, 1996)
2.4 PONTOS DE ACUPUNTURA RELACIONADOS AOS CHAKRAS
Os pontos de acupuntura situam-se perto da superfície, podendo afetar tanto
níveis superficiais de pele e músculos como órgãos internos. O fluxo de Qi num
centro de energia (ponto de acupuntura) pode estar deficiente, excessivo, estagnado
ou irregular e, além disso, os centros podem não estar em equilíbrio entre si. A
acupuntura pode ser usada para regular os centros individuais e harmonizar o
equilíbrio entre eles. (ROSS, 2003)
O ponto VC-1 relaciona-se com o primeiro chakra e é também chamado em
chinês de HUIYIN REN, que significa reunião do yin, promove a ressuscitação, nutre
o yin, beneficia a essência (Jing). É usado para incontinência urinária, enurese, bem
como emissões noturnas decorrentes da deficiência do yin. Este ponto resolve a
Umidade-Calor na área genital e pode ser utilizado para secreção vaginal. Prurido
vulvar ou escrotal. É um ponto empírico para promover a ressuscitação após
afogamento. (MACIOCIA, 1996)
25
O ponto VC-2 relaciona-se com o segundo chakra e é também chamado de
QUGU que significa osso curvado, nele reúne o canal do fígado, ponto de reunião
dos 3 canais Tendinomusculares Yin do Pé. O VC-2 pode ser usado como o VC-1
para problemas locais urogenitais decorrentes de Umidade e Calor. Possui funções
energéticas que harmonizam o Qi da bexiga, induz a enurese, regula a menstruação
e pode ser também indicado para o tratamento da impotência sexual,
espermatorréia, emissão noturna, ejaculação precoce, retenção urinária, cistite entre
outros. (MARTINS, 2003)
O ponto VC-3 relaciona-se com o segundo chakra e é conhecido como
ZHINGJI, que significa posição do meio, é o ponto MO ou Alarme das afecções
energéticas da Bexiga, recebe energia de um colateral da bexiga. Nele se reúne o
canal do fígado, baço e rins. Este é um ponto muito importante para alterações
genitais e urinárias. É o ponto principal para afetar a bexiga e sua função de
transformar o Qi. Pode, portanto, ser utilizada para qualquer alteração urinária,
principalmente as agudas. É mais frequentemente utilizado com método de sedação
nos padrões de excesso. Todavia, pode também ser utilizado com método de
tonificação para fortalecer a bexiga. Tradicionalmente indicado no tratamento de
menstruação irregular, amenorréia, corrimento vaginal, ejaculação precoce,
impotência e nefrite. (MARTINS, 2003 e ROSS, 2003)
O ponto VC-14 relaciona-se com o terceiro chakra e é conhecido como
JUQUE, que significa palácio grande, ele é o ponto MO do coração, ponto de Alarme
nas afecções energéticas do coração. Este ponto age sobre o estômago e sobre o
coração. Domina a rebelião de Qi do estomago, principalmente de origem
emocional, assim trata tanto o estômago como o coração. Elimina o fogo do coração
e acalma a mente, sendo frequentemente utilizados para padrão de fleuma-calor
obscurecendo o coração e conduzindo a sintomas mentais. É utilizado em casos de
palpitação em razão de medo, vômitos após ingestão de alimentos, ansiedade,
regurgitação ácida, insônia, doenças mentais, alegria excessiva, distúrbios de
memória, esquizofrenia e depressão. (MARTINS, 2003 e ROSS, 2003)
O ponto VC-15 relaciona-se com o terceiro chakra e é conhecido como
JIUWEI, que quer dizer cauda do pássaro, ele é o ponto MO do Vaso Concepção.
Este é um ponto muito importante para acalmar a mente, é o ponto Fonte de todos
os sistemas yin. Apresenta uma ação calmante poderosa na ansiedade severa,
preocupações, aborrecimentos emocionais, medo ou obsessões. Relaxa o tórax,
26
regula a circulação de Qi, suaviza a opressão torácica para aliviar dor no diafragma.
É usado no tratamento de transtornos mentais, convulsão, epilepsia, dores
cardíacas, pulmonares e torácicas de causa óssea. (FOCKS, 2005 e MACIOCIA,
2003)
O ponto VC-17 relaciona-se com o quarto chakra e é conhecido como
SHAZHONG, que significa meio do tórax. Este é o ponto MO do pericárdio, ponto de
reunião do QI e ponto Mar do Qi superior. É um ponto muito importante para tonificar
o Qi do tórax que está relacionado ao coração e ao pulmão, dissipa a plenitude do
tórax e auxilia na respiração, alivia a tosse, beneficia as mamas e promove a
lactação, acalma o coração. É utilizado tradicionalmente no tratamento de asma
brônquica, pneumonia, angina pectoris, ansiedade, depressão, esquizofrenia e
coma. (MARTINS, 2003 e ROSS, 2003)
O ponto VC-22 relaciona-se com o quinto chakra e é chamado de TIANTU,
que quer dizer projeção celestial. Nele se reúne o Yin Wei Mai. Este ponto torna o Qi
contracorrente do pulmão mais profundo, elimina a mucosidade enrijecida da laringe
e do tórax, alivia e elimina o calor da garganta e fortalece a voz, acalma a tosse. É
utilizado para infecções de garganta, doenças das vias respiratórias, asma
brônquica, tosse, bronquite, bócio, soluços, roncos súbitos, voz rouca e respiração
ofegante. (MARTINS, 2003)
O ponto VC-23 relaciona-se com o quinto chakra e é conhecido como
LIANQUAN, que significa nascente pura, nele se reúne o Yin Wei Mai. Dispersa o
vento interior, resolve a fleuma, promove a fala, regula a garganta, dispersa a
rouquidão. Indicações: afasia ou fala indistinta seguida de acidente vascular
cerebral, dificuldade para falar e engolir, mudez, edema de faringe, parestesia
lingual, salivação excessiva, nódulos nas cordas vocais e roncos súbitos.
(MACIOCIA, 1996)
O ponto VG-1 relaciona-se com o primeiro chakra e é conhecido pelo nome
chinês CHANGQIANG, que quer dizer o forte e longo. Este é o ponto de início e de
conexão do vaso Governador. Ponto de intersecção do canal do rim e vesícula biliar.
Conecta com o vaso Concepção. Pode portanto ser utilizado para eliminar as
obstruções de ambos os Vasos. É muito utilizado como ponto local para tratar o
prolapso anal. Também resolve a Umidade-Calor do ânus sendo portanto, usado
para hemorróidas. Por possuir a terminação mais inferior do Vaso Governador, o
VC-1 pode ser utilizado para afetar o corpo, ou o cérebro. É utilizado para acalmar a
27
mente nas patologias mentais caracterizadas por agitação e hipomania. Indicado
também no tratamento da diarréia, constipação, indução ao trabalho de parto,
convulsões infantis, demência e dor na região lombar e costas, dor na coluna
vertebral e região renal. (MACIOCIA, 1996 e MARTINS, 2003)
O ponto VG-9 relaciona-se com o terceiro chakra e é também chamado de
ZHIYANG que quer dizer atingindo o yang. Este ponto regulariza o fígado e a
bexiga, move o Qi, abre o tórax e o diafragma, resolve a Umidade-Calor. É usado
para dor e distensão no hipocôndrio. Resolve a estagnação e Qi no tórax e
diafragma que origina uma sensação de distensão ou opressão, soluço e suspiro.
Resolve a umidade e calor da bexiga e no fígado, sendo usado para tratar icterícia.
Reduz a febre, é utilizado nos casos de tosse, plenitude torácica e hepatite.
(MACIOCIA, 1996)
O ponto VG-11 relaciona-se com o quarto chakra e é também chamado de
SHENDAO, que quer dizer caminho da mente. Regulariza o coração e acalma a
mente. Ponto de transporte posterior do coração, sua ação estende-se
principalmente para este órgão. Elimina o fogo do coração e acalma a mente, sendo
normalmente indicado nos padrões de excesso do coração. Reduz a febre controla o
vento, elimina o vento e a mucosidade. É utilizado para ansiedade, memória fraca,
amnésia, palpitação, tosse, tristeza, doença mental, depressão, preocupação
excessiva, histeria, patologias cardíacas e cefaléia. (MARTINS, 2003)
O VG-14 relaciona-se com o quinto chakra e é conhecido em chinês como
DAZHUI que significa grande vértebra. Ponto que recebe a energia de todos os
colaterais provenientes dos três canais yang (estômago, vesícula biliar e bexiga).
Possui função de tonificação geral, fortalece o Wei Qi, regula o QI Defensivo e o Qi
Nutritivo, acalma a mente, restaura a consciência, libera o calor patogênico de todos
os canais. Utilizado para doenças febris, malária, asma, tosse, bronquite, epilepsia,
rigidez no pescoço, garganta inflamada, irritabilidade, esquizofrenia e psicose.
(MARTINS, 2003)
O VG-15 relaciona-se com o quinto chakra e é é conhecido também como
YAMEN, que quer dizer portão para curar a mudez. A principal função deste ponto é
estimular a fala. É utilizado para promover a faculdade da fala em crianças que
apresentam dislalia ou nos adultos após o Acidente Vascular Cerebral. Utilizado com
método de tonificação, também nutre o cérebro e desobstrui a mente. Clareia a
tranqüiliza a mente, acalma os espasmos e convulsões. Utilizado no tratamento de
28
cefaléia occipital, pescoço rígido, língua dura inibindo a fala, apoplexia, insanidade e
tontura. (MACIOCIA, 1996 e MARTINS, 2003)
O ponto VG-20 relaciona-se com o sétimo chakra e é conhecido como
BAIHUI, que quer dizer cem encontros. Ponto de encontro de todos os meridianos
Yang. Ponto Mar da medula. Este ponto transporta o yang puro para a cabeça,
portanto apresenta um efeito poderoso para estimular a ascendência do yang e
desobstruir a mente. Também tem um bom efeito para elevar o espírito quando a
pessoa está deprimida. Quando utilizado com moxa direta, tonifica o yang e fortalece
a função ascendente do baço, sendo, portanto utilizado no prolapso dos órgãos
internos, tais como estômago, útero, bexiga, ânus ou vagina. Pode ser utilizado no
tratamento de vertigem. Promove a ressuscitação quando a pessoa está
inconsciente. Indicado para cefaléia, tontura, surdez, congestão nasal, desordens
mentais, palpitação, desejo de chorar, visão turva, insônia, ansiedade, depressão e
memória fraca. (MACIOCIA, 1996 e MARTINS, 2003)
O ponto YINTANG é um ponto Extra chamado palácio da fonte, relaciona-se
com o sexto chakra. Localizado na linha média do corpo entre as sobrancelhas. Este
ponto elimina o Vento interior e suas manifestação particularmente às convulsões. É,
portanto usado para tratar os estágios tardios das patologias febris infantis.
Geralmente o YINTANG é usado para acalmar a mente e aliviar a ansiedade. Abre o
nariz, interrompe a dor. Utilizado para cefaléias, hipertensão arterial, insônia,
conjuntivite, rinite, sinusite, agitação psíquica, perturbação mental, pesadelos e
sensação de peso na cabeça. (MACIOCIA, 1996)
29
3- METODOLOGIA DA PESQUISA
Esta pesquisa classifica-se segundo Gil (2002) como Bibliográfica, pois é
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos. Classifica-se ainda como pesquisa Exploratória, porque
tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a
torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Tendo como finalidade o
aprimoramento de idéias.
As características observadas para a pesquisa foram as filosofias Chinesa
e Ayurveda. E a explicação teórica dos tópicos abordados “Chakras e Pontos de
Acupuntura”. Bem como suas associações.
O método utilizado para coleta de dados foi a observação teórica dos
temas, com base em alguns livros didáticos em língua portuguesa referentes ao
tema, editados no período de 1993 à 2007 e apostilas. Inicialmente, foram expostos
os dados referentes às Medicinas Ayurveda e Chinesa, e em seguida os significados
e associações dos chakras e pontos de acupuntura.
30
5-CONCLUSÃO
Após o desenvolvimento teórico pode-se observar que a maioria das
características dos centros energéticos correspondentes assemelham-se em alguns
aspectos, porém possuírem algumas diferenças. Constatou-se que os chakras
abordam maiores detalhes e associações, relacionando cada centro energético com
suas características físicas, emocionais, espirituais, com suas cores, órgãos dos
sentidos e elementos da natureza. Já os pontos de acupuntura possuem suas
funções específicas, relacionadas aos órgãos e meridianos, atuando principalmente
nos desequilíbrios físicos e em algumas emoções.
O primeiro chakra ou chakra raiz, relaciona-se conforme sua localização
com os pontos de acupuntura VC1 e VG1. Ambos fornecem energia vital prânica
para dar suporte ao reto, aos órgãos e tecidos das regiões abdominal, pélvica e
urogenital do corpo, ao sistema esquelético e à medula óssea, relacionados a dores
lombares crônicas e ciáticas e tumores no reto.
Sabe-se que o ponto VC-1, beneficia a essência (Jing) e reforça o yang do
rim. Segundo Maciocia (1996), na filosofia da MTC cada órgão está relacionado a
uma emoção, estando o rim relacionado ao medo, esta característica coincide com o
primeiro chakra. A essência Jing é uma espécie de fluido vital armazenado nos rins
e de primordial importância à vida, possui muitas funções, uma delas é a que
determina nossa força constitucional básica e resiste aos fatores patogênicos
externos. Esta característica pode ser comparada ao chakra raiz, pela influência que
ele exerce sobre os distúrbios imunológicos.
Como visto o desequilíbrio do primeiro chakra pode afetar alguns aspectos
mentais. O ponto VG1 também pode ser utilizado para tratar o cérebro, acalmando a
mente nas patologias mentais caracterizadas por agitação.
O segundo chakra relaciona-se conforme sua localização com os pontos
VC2 e VC3. Ambos os centros energéticos possuem ligação com o sistema
geniturinário, podendo estar relacionados aos mais diversos desequilíbrios relativos
à sexualidade e ao trato urinário.
Os pontos de acupuntura correspondentes a este chakra possuem clara
associação com os processos físicos locais como as dores nas costas, assim como
os desequilíbrios geniturinários. Como estes pontos possuem relação com
desequilíbrios nos órgãos genitais, pode-se associá-los ao sentido do prazer
31
referente ao segundo chakra.
O terceiro chakra, conhecido como chakra do plexo solar, relaciona-se
conforme sua localização com os pontos de acupuntura VC14, VC15 e VG9. Em
termos gerais ambos os centros energéticos possuem influência nos aspectos
mentais e afetam os órgãos locais do diafragma, como estômago, fígado e coração.
Cada ponto possui uma função especifica que pode ser relacionada ao terceiro
chakra.
Este chakra tem sido tradicionalmente relacionado ao nosso senso de
poder pessoal no mundo, associado a auto-estima, auto-imagem e amor-próprio..
Quando o plexo solar apresenta um funcionamento insatisfatório, pode-se
apresentar atividade excessiva, nos tornando agressivos, grosseiros, nervosos,
inconvenientes e irritadiços com relação a nós mesmos a aos outros. (GERBER,
2007)
O ponto VC-14 age sobre o estômago e sobre o coração. Domina a
rebelião de Qi do estomago, principalmente de origem emocional. Já o ponto VC-15
é um ponto muito importante para acalmar a mente, apresenta uma ação calmante
poderosa na ansiedade severa, preocupações, aborrecimentos emocionais ou
obsessões. O ponto VG-9 regulariza o fígado e a bexiga. O fígado segundo Maciocia
(1996) está relacionado a emoção de raiva e agressividade, como já mencionado,
características que se assemelham com o chakra do plexo solar.
O quarto chakra ou chakra do coração relaciona-se conforme sua
localização com os pontos VC17 e VG11. Ambos os centros energéticos possuem
ligação com o coração e pulmão, afetando fisicamente esses órgãos.
O chakra do coração é influenciado pelas questões de relacionamento que
envolve o amor. Sempre que sofremos alguma perda emocional ocorre uma
constrição de energia neste chakra. Além de estar relacionado com as questões
emocionais relativas ao amor, este chakra também é influenciado por ódio,
ressentimento e amargura em relação às outras pessoas, exatamente o oposto do
amor. Os bloqueios energéticos no chakra do coração podem manifestar-se como
doenças cardíacas e pulmonares.
O ponto VC-17 é um ponto muito importante para tonificar o Qi do tórax
que está relacionado ao coração e ao pulmão, dissipa a plenitude do tórax e auxilia
na respiração, acalma o coração. O ponto VG-11 regulariza o coração e acalma a
mente. É utilizado para ansiedade, tristeza, doença mental, depressão, preocupação
32
excessiva, histeria e patologias cardíacas. Segundo Ross (1994) na filosofia da MTC
o pulmão se relaciona com a dor de perda, angústia, solidão, ansiedade e tristeza.
Já conforme Claudino, a alegria consome e dispersa o Qi, prejudicando o Coração,
gerando inquietude, insônia, distúrbios bipolares, labilidade emocional e emotividade
descontrolada.
O quinto chakra ou chakra da garganta relaciona-se conforme sua
localização com os pontos VC22, VC23, VG14 e VG15. Ambos os centros
energéticos possuem ação local na garganta e pescoço, influenciando na fala.
As questões emocionais que influenciam o chakra da garganta envolvem o
modo como optamos por exercer a nossa vontade pessoal, a auto-disciplina e o
auto-controle. Este centro é também o centro a partir do qual falamos a nossa
“verdade”, aquilo em que acreditamos ou consideramos verdadeiro em relação a nós
mesmos e ao mundo à nossa volta. As doenças físicas relacionadas a este chakra
afetam a glândula tireóide e outras doenças físicas que incluem herpes labial,
infecções recorrentes das amídalas, laringite, problemas na fala e doenças na
gengiva.
O ponto VC-22 elimina o calor da garganta e fortalece a voz, acalma a
tosse. É utilizado também para doenças das vias respiratórias. O ponto VC-23 é
indicado para afasia ou fala indistinta seguida de acidente vascular cerebral,
dificuldade para falar e engolir, mudez e edema de faringe. O VG-14 possui função
de tonificação geral, acalma a mente, restaura a consciência, utilizado para doenças
febris, asma, tosse, bronquite, epilepsia, rigidez no pescoço, garganta inflamada,
irritabilidade, esquizofrenia e psicose. O ponto VG-15 possui função principal de
estimular a fala. Também nutre o cérebro e desobstrui a mente. Em termos gerais,
estes pontos atuam nos aspectos físicos correspondentes ao quinto chakra.
O sexto chakra ou terceiro olho relaciona-se conforme sua localização
com o ponto YINTANG, ambos possuem relação com o sistema nervoso, afetando a
mente e os olhos. O sexto chakra é a sede do intelecto e também o centro da
energia que tem maior relação com a mente. Possui conexão energética com os
olhos e os ouvidos. Como este centro também fornece energia para o cérebro e para
o sistema nervoso central, uma disfunção energética neste centro pode contribuir
para o surgimento de lesões neurológicas. Ele se relaciona com a glândula pituitária
e é considerado a sede da intuição, da visão interior e da clarividência.
O ponto YINTANG geralmente é usado para acalmar a mente, perturbação
33
mental e aliviar a ansiedade, características comuns ao sexto chakra. Além de
possuir características distantes de tratamento como sua utilização no tratamento de
cefaléias, hipertensão arterial, insônia, conjuntivite, rinite, sinusite, Abre o nariz e
sensação de peso na cabeça.
O sétimo chakra ou chakra da coroa relaciona-se conforme sua
localização com o ponto VG20, ambos possuem relação com o sistema nervoso. O
sétimo chakra é o centro de energia que nos conecta com a busca pela essência
divina em cada um de nós e com a exploração pessoal do nosso relacionamento
com Deus. Se bloquearmos totalmente nossos pensamentos acerca do significado
da vida, intensos sentimentos de ansiedade e depressão, bem como opressão
sensação de peso e de fadiga, podem às vezes se manifestar. Uma disfunção no
sétimo chakra pode produzir uma forma de exaustão crônica e extrema fadiga que
parece não ter qualquer base física.
O ponto VG-20 apresenta um efeito poderoso para estimular desobstruir a
mente. Também tem um bom efeito para elevar o espírito quando a pessoa está
deprimida. Pode ser utilizado no tratamento de vertigem. Promove a ressuscitação
quando a pessoa está inconsciente. Indicado para desordens mentais, desejo de
chorar, ansiedade e depressão, sintomas semelhantes aos desencadeados no
desequilíbrio do sétimo chakra. Além dessas funções este ponto possui outros
benefícios descritos acima, mas que não possuem relação direta com este chakra.
É importante esclarecer aqui, que o objetivo do referente trabalho é
verificar as correspondentes abordagens energéticas entre os pontos de acupuntura
e os chakras das Medicinas Chinesa e Ayurveda. Relacionando as caracteristicas
comuns e diferenças entre eles. Os tipos de energias sutis abordados por estas
medicinas Qi e prana não foram avaliados.
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