centro estadual de educaÇÃo tecnolÓgica paula … · do título de técnico em contabilidade....

33
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA - ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA UMA EMPRESA DE CALÇADOS ADRIELE CRISTINA GUARSONI ANIQUETI ALVES DE SOUSA GRACY KELY DE OLIVEIRA LOUREIRO JANAINA ÉLITI DOS SANTOS CORTIZ Palmital 2013

Upload: haduong

Post on 09-Feb-2019

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA - ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA

CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE

SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO

VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA

UMA EMPRESA DE CALÇADOS

ADRIELE CRISTINA GUARSONI

ANIQUETI ALVES DE SOUSA

GRACY KELY DE OLIVEIRA LOUREIRO

JANAINA ÉLITI DOS SANTOS CORTIZ

Palmital

2013

Page 2: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

ADRIELE CRISTINA GUARSONI

ANIQUETI ALVES DE SOUSA

GRACY KELY DE OLIVEIRA LOUREIRO

JANAINA ÉLITI DOS SANTOS CORTIZ

SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO

VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA

UMA EMPRESA DE CALÇADOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ETEC Prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari

Palmital

2013

Page 3: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA - ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA

CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE

SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO

VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA

UMA EMPRESA DE CALÇADOS

ADRIELE CRISTINA GUARSONI

ANIQUETI ALVES DE SOUSA

GRACY KELY DE OLIVEIRA LOUREIRO

JANAINA ÉLITI DOS SANTOS CORTIZ

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

______________________________________________________ JOSÉ MARCELINO CALEGARI – ORIENTADOR

______________________________________________________ CLEISON FARIA COUTINHO – EXAMINADOR

Page 4: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho à Deus pelo esplendor da vida, presente em todas as atividades; Ao Professor José Marcelino Calegari, pela imensa paciência e atenção a todos os momentos que precisamos, por ter nos orientado com tamanha clareza. Às nossas famílias, e amigos de sala por não permitir que desistíssemos desta caminhada, agradecemos também pelo apoio, compreensão, carinho e paciência durante todo este curso.

Page 5: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

AGRADECIMENTOS

Agradecemos às manifestações de carinho e apreço, recebidas de todos

os colegas da ETEC Prof. Mário Antonio Verza, os quais foram nossa maior

fonte de luz inspiradora e de apoio para o sucesso deste trabalho.

Nosso muito obrigado também ao nosso orientador, o Professor José

Marcelino Calegari, pelo auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de

orientação deste trabalho, pois aliado à sua experiência profissional e

intelectual, todas as dicas e instruções e sua incrível e inigualável paciência

foram imprescindíveis para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

Também agradecemos aos professores Cleison Coutinho e Roberto

Gabriel Ronqui pelas dicas e orientação desde o Projeto do Trabalho de

Conclusão de Curso.

Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!

Page 6: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

EPÍGRAFE

Ninguém é tão grande que não possa aprender,

nem tão pequeno que não possa ensinar.

(Esopo)

Page 7: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

RESUMO Para melhor esclarecer o assunto, pretende-se colocar, neste tema, as vantagens e desvantagens entre os sistemas de arrecadação Simples Nacional e Lucro Presumido. Comparando os dois regimes tributários, onde estão sendo apresentados os conceitos, cálculos, formas de imposto, contribuições e apurações, com objetivo de mostrar as empresas de comercio varejista a importância de um planejamento tributário, visto que, qualquer empresa busca mais benefícios e a diminuição de gastos com tributos, para que assim possa apresentar seus produtos e serviços de forma compatível no mercado. A conclusão do estudo apresenta uma grande diferença entre os sistemas de arrecadação, mostrando que o Simples Nacional é a melhor opção para a empresa estudada em questão.

Palavras-chave: Simples Nacional, Lucro Presumido, Vantagens, Desvantagens, Comércio Varejista, Contabilidade.

Page 8: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO SOBRE A

RECEITA BRUTA

TABELA 2 – VALORES DE FATURAMENTO EM 2012

TABELA 3 – VALOR DO SIMPLES NACIONAL ANUAL

TABELA 4 – CALCULO DOS IMPOSTOS DO LUCRO PRESUMIDO - PIS E

COFINS

TABELA 5 – CÁLCULO DOS IMPOSTOS LUCRO PRESUMIDO – CSLL

TABELA 6 – CÁLCULO DOS IMPOSTOS LUCRO PRESUMIDO – IRPJ

TABELA 7 – VALORES REFERENCIAIS DE COMPRA

TABELA 8 – CÁLCULO DO ICMS

TABELA 9 – CÁLCULO GERAL DOS IMPOSTOS

TABELA 10 – DIFERENÇA ENTRE SIMPLES NACIONAL E LUCRO

PRESUMIDO

Page 9: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................... 9

1.1 OBJETIVOS........................................................................................ 9

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS............................................ 10

2. SIMPLES NACIONAL........................................................................... 11

2.1 UMA ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE O SURGIMENTO DO SIMPLES

NACIONAL...........................................................................................................

11

2.2 SIMPLES FEDERAL X LEI COMPLEMENTAR 9317/96............................ 13

2.3. SIMPLES NACIONAL............................................................................ 13

2.3.1. LEI COMPLEMENTAR 123/2006......................................................... 14

2.3.2. LEI COMPLEMENTAR 139/2011.............................................................. 15

3. LUCRO PRESUMIDO........................................................................... 18

3.1 LUCRO PRESUMIDO 18

3.2 PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA O IRPJ................. 19

3.3. PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA O CSLL............... 20

3.4 PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA O PIS E A

COFINS.....................................................................................................

20

3.5 PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA O ICMS................ 20

4. HISTÓRIA DO COMÉRCIO VAREJISTA NO BRASIL........................ 21

4.1. HISTÓRIA DO COMÉRCIO ELETRÔNICO.................................................. 22

5. ESTUDO DE CASO.............................................................................. 24

5.1.SISTEMA DE ARRECADAÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL...................... 24

5.2.SISTEMA DE ARRECADAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO...................... 25

5.3. COMPARATIVO ENTRE O SIMPLES NACIONAL E O LUCRO

PRESUMIDO.......................................................................................................

27

Page 10: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 28

7. REFERÊNCIAS..................................................................................... 29

Page 11: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

9

1. INTRODUÇÃO

O tema aqui a ser discernido, irá abordar a melhor forma de tributação em

uma empresa criada pelo do grupo que opera no comércio varejista de calçados.

E tendo como escolha para este trabalho as duas sistemáticas de tributação,

sendo a primeira, o Simples Nacional e a segunda, o Lucro Presumido, que são

atualmente dois métodos muito usados pelos contabilistas e administradores de

empresas.

Cada uma dessas sistemáticas apresenta seus pontos negativos e positivos,

e dentro deste trabalho o grupo tentará apresentar entre eles o mais eficaz ou

lucrativo.

Para o desenvolvimento do trabalho, será utilizado um exemplo prático de

uma empresa fictícia criada pelas integrantes do grupo, com receitas e despesas

aproximadas da realidade de uma empresa do grupo varejista de calçados. Vale

ressaltar que, como o objetivo maior do grupo está focado apenas nas receitas e

despesas, não será abordado neste trabalho, o aspecto trabalhista das empresas,

com seus encargos e demais especificações.

É de extrema importância se saber distinguir qual a melhor forma de

tributação para as empresas, principalmente as que estão iniciando suas atividades,

pois desta forma, poderiam ser economizados e até, eventualmente evitados,

grandes problemas com o recolhimento de certos imposto indevidos, sejam junto à

Receita Federal do Brasil no âmbito federal, ou mesmo para a Secretaria da

Fazenda de São Paulo no âmbito estadual.

1.1 .OBJETIVOS

Constitui objetivo geral deste trabalho, demonstrar a melhor forma de

tributação para uma empresa do ramo varejista de calçados.

Constituem objetivos específicos:

a) Demonstrar os pontos negativos e positivos do Simples Nacional;

b) Demonstrar os pontos negativos e positivos do Lucro Presumido;

c) Utilizando os pontos, será feita uma comparação entre o Simples Nacional

com o Lucro Presumido, através de um exemplo prático composto de cálculos de

impostos com números criados com base no varejo.

Page 12: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

10

1.2 .PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a realização do trabalho, serão utilizados os procedimentos:

levantamento histórico de dados e legislação, comparativo entre as duas

sistemáticas de tributação e ainda, um estudo de caso a partir de uma empresa

criada pelas integrantes do grupo.

Os principais métodos de pesquisa serão a análise de conteúdo teórico,

bibliográfico e de normas legislativas e a pesquisa de mercado para se verificar a

situação e valores de empresas do ramo varejista de calçados no município de

Palmital-SP, com o foco principal em elucidar a melhor forma de opção tributária

para uma empresa deste ramo.

Page 13: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

11

2. SIMPLES NACIONAL

2.1. UMA ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE O SURGIMENTO DO SIMPLES

NACIONAL

As primeiras ideias sobre a criação de um sistema simplificado de tributação

surgiram durante o processo de elaboração da Constituição Federal em 1988 e, mais

especificamente, o Artigo 179, estabelece que:

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Este artigo visa a simplificação ou eliminação de algumas obrigações

administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, para as microempresas e

empresas de pequeno porte com o intuito de incentivar o desenvolvimento desses

tipos de empresas.

A Constituição Federal, ainda complementa no Artigo 146, Inciso III, Alínea d,

que a Lei Complementar definirá o tratamento diferenciado e favorecido para as

microempresas e empresas de pequeno porte, incluindo-se regimes especiais ou

simplificados no que se diz respeito ao ICMS (Artigo 155, Inciso II) e quanto ao INSS

(Artigo 195, Inciso I).

Em 1996 a Lei nº 9317, cria o Simples Federal, que foi um sistema

simplificado de recolhimento de tributos e contribuições federais, o qual os Estados

preferiram não se aderir, instituindo regimes próprios de tributação, que resultou em

28 tratamentos tributários diferentes no Brasil. Sendo assim, foram poucos municípios

que se aderiram ao Simples Federal.

Como não estava havendo o favorecimento e a simplificação dos tributos e

obrigações, o SEBRAE, junto a representantes de entidades ligadas às

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, iniciou um movimento para

uniformizar as normas e ampliar os benefícios,

O resultado deste movimento foi a aprovação, em 19 de dezembro de 2003, a

Emenda Constitucional 42, alterando o artigo 146 da Constituição Federal, exigindo lei

Page 14: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

12

complementar que estabelecesse normas nacionais uniformes sobre o tratamento

tributário dessas empresas e que estabelecesse um regime nacional único de

arrecadação para incorporar os tributos Federais, Estaduais e Municipais devidos por

ME’s e EPP’s. Assim, segundo o SEBRAE 2007, foram exigidas, assim, as seguintes

características:

Ser opcional para o contribuinte;

Permitir condições de enquadramento diferenciadas por Estado;

Unificar e centralizar o recolhimento dos tributos, com distribuição imediata

da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados, sem

qualquer retenção ou condicionamento;

Possibilitar o compartilhamento, pelos entes federados, da arrecadação, da

fiscalização e cobrança, quando adotado o cadastro único de contribuinte.

Em 14 de dezembro de 2006, foi instituída a Lei Complementar 123, que criou

o Estatuto Nacional de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e que

implantou o Sistema Integrado de Recolhimento de Impostos e Contribuições das

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL, sendo depois

alterada pela Lei Complementar 127 de 14 de agosto de 2007. Dentro dessa lei, os

benefícios não tributários vigoram desde 15 de dezembro de 2006 e o Simples

Nacional (enquadrado nos benefícios tributários) vigora desde 1º de julho de 2007.

A Lei Geral instituiu benefícios trabalhistas e administrativos, como estabelece

nos Artigos 51 e 70:

Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas: I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; IV - da posse do livro intitulado "Inspeção do Trabalho"; e V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas. Art. 70.As microempresas e empresas de pequeno porte são desobrigadas da realização de reuniões e assembleias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número inteiro superior à metade do capital social.

Conforme argumenta o SEBRAE/PR 2011, a Lei Geral vem, periodicamente,

tendo alterações com o objetivo de melhorá-la, o que é favorável às empresas.

Page 15: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

13

Sendo assim, em 10 de novembro de 2011, foi instituída a Lei Complementar 139,

incluindo novidades no empreendedorismo.

2.2. SIMPLES FEDERAL X LEI COMPLEMENTAR 9317/96

Com a Lei 9317/96, no período de 1º de janeiro de 1997 a 30 de junho de

2007, vigorou o chamado Simples Federal ou Simples, um sistema diferenciado e

simplificado, favorecendo as microempresas e as empresas de pequeno porte.

A tributação do Simples Federal durou dez anos, com sua forma simplificada

de apuração de impostos, sem nunca ter passado por nenhuma atualização.

Em 1º de julho de 2007, o Simples Federal, foi extinto, sendo substituído

pelo Simples Nacional ou “Super Simples” (Lei Complementar 123/2006), uma

norma mais ampla que a anterior, pois, a nova Lei, além de tratar da apuração de

tributos de forma simplificada, também trata de questões trabalhistas, civis,

empresariais, e de acesso ao crédito e ao mercado, que está no Estatuto Nacional

de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

2.3. SIMPLES NACIONAL

Em 14 de dezembro de 2006, foi instituída a Lei Geral, que se conhece por

Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (Lei

Complementar 123/2006), e esta já passou por quatro alterações (Leis

Complementares 127/2007, 128/2008, 133/2009 e 139/2011). A Lei Geral teve

sempre como objetivo principal o desenvolvimento e a competitividade das micro e

pequenas empresas brasileiras, para gerar empregos, melhor distribuição da renda,

inclusão social, diminuir a informalidade e fortalecer a economia.

A Lei Geral instituiu o Simples Nacional para reduzir a carga tributária,

simplificar os cálculos e recolhimentos, desburocratizar e incentivar a inovação.

Nos aspectos tributários da Lei Geral está o Simples Nacional, que permite a

apuração e o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação (o

DAS), dos tributos e contribuições elencados no Art. 13 da Lei Complementar

123/2006:

Page 16: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

14

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1º deste artigo; VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar; VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

Nos aspectos não tributários da Lei Geral estão a inscrição (ou abertura) e a

baixa das micro e pequenas empresas. Todas as informações para abertura de uma

empresa serão disponibilizadas de uma só vez, para que o empresário saiba como

formalizar seu negócio. O Microempreendedor Individual poderá fazer a inscrição,

alteração e baixa sem qualquer custo. As empresas inativas há mais de três anos

têm sua baixa feita automaticamente, e, assim, os débitos são assumidos pelos

sócios como pessoas físicas.

2.3.1. Lei Complementar 123/2006

A desigualdade existente entre as micro, pequenas e grandes empresas foi

por muito tempo desconsiderada, dificultando o crescimento das empresas menores,

que cumpriam as mesmas obrigações das grandes empresas. Mas, no Brasil, as

micro e pequenas empresas têm um grande potencial econômico, representando

99,2% do total, o que levou a gerar preocupação com este tipo de problema.

Este é um dos motivos que fez com que se criasse a Lei Geral da Micro e

Pequena Empresa, Lei Complementar nº 123/2006, que reconhece e faz a diferença

na desigualdade das grandes e médias empresas, dando amplas oportunidades de

crescimento.

Esta lei, como já foi citado anteriormente, é a que instituiu o Simples Nacional

e suas disposições constitucionais. Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2008, p. 06), essa lei “impulsiona o

Page 17: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

15

raciocínio empreendedor, remetendo-se ao conceito e necessidade de diminuição

dos entraves que possivelmente impactam negativamente no crescimento

econômico.”.

Esta lei cria oportunidades para as ME’s e EPP’s se organizarem melhor e

venderem mais, visando lucro e geração de empregos, estimula a desoneração e

desburocratização na abertura, no funcionamento e no fechamento de empresas,

para, assim, isentar e simplificar vários trâmites. No artigo 48, inc. II, desta lei diz que

é permitida a subcontratação de ME’s e EPP’s por empresas de maior porte.

Além dos benefícios, a Lei Complementar 123/2006, confere ao poder

público, municipal ou estadual, a faculdade de favorecer as Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte por meio de legislação própria, editando normas que

demonstrem tratamento diferenciado e simplificado (artigo 47).

Mas em 2011, a Lei Complementar 139/2011 fez mudanças nesta anterior,

sendo algumas delas: alterações importantes para o Microempreendedor Individual

(MEI); mudança no prazo de efetuar baixas de microempresas e empresas de

pequeno porte; aumento da possibilidade de exclusão do Simples Nacional;

alterações na análise de omissões de receita; aumento de receita bruta para maior

possibilidade de enquadramento no Simples; mudança dos cálculos da tabela

constante no Anexo V da LC 123/2006; entre outras.

2.3.2. Lei Complementar 139/2011

O Simples Nacional é uma forma de arrecadação unificada, opcional às

empresas que se enquadram ao regime. E, com esta lei, continua da mesma

maneira, pagando-se seis tributos do governo federal, o ICMS dos Estados e o ISS

dos Municípios em uma única guia de recolhimento, o DAS (Documento de

Arrecadação Simples).

No início de 2012, vigoraram mudanças para as empresas enquadradas ao

Simples Nacional, tanto nas burocracias quanto nos valores.

Segundo o SEBRAE/PR 2011, a partir de 1º de janeiro de 2012, entraram em

funcionamento os novos limites de receita bruta anual, que são:

ME: até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

Page 18: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

16

EPP: superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou

inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);

MEI: até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Vale ressaltar que, para o MEI, os valores devidos para a Previdência Social,

ICMS e ISS, continuam sem alterações, pois são calculados por valores fixos, não

passando pela variação do faturamento mensal.

As Empresas de Pequeno Porte que exportam mercadorias poderão obter

receita com exportação até o valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos

mil reais), sem risco de prejuízo à sua opção pelo Simples Nacional e seu

enquadramento como EPP.

As EPP’s que excederem o limite de receita bruta superior a 20%, serão

excluídas a partir do próximo mês subsequente, mas se excederem inferior a 20%,

poderão ser excluídas no próximo ano-calendário.

Quando uma empresa vai iniciar atividade é preciso calcular o valor do limite

da receita bruta anual, tanto para o mercado interno quanto para exportação de

mercadorias, devendo ser proporcionais, e funciona da seguinte forma:

Pega-se o valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) e

divide por 12, que é igual a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), depois multiplica-se

pelo número de meses entre o início da atividade e o final do respectivo ano-

calendário.

Por exemplo, se uma empresa inicia sua atividade em 15/08/2012, ficaria

assim: R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) X 5 meses (agosto a dezembro) = R$

1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais). Então, esta empresa terá limites

proporcionais de receita bruta anual, em 2012, de R$ 1.500.000,00 (um milhão e

quinhentos mil reais), no mercado interno e de exportação.

Mas, se acontecer de ultrapassar qualquer um dos limites proporcionais, ela

estará excluída do Simples Nacional a partir do início da atividade (15/08/2012), no

caso de exceder os limites proporcionais acima de 20%, ou a partir do próximo ano-

calendário (01/01/2013), no caso de exceder os limites proporcionais iguais ou

abaixo de 20% [Neste caso, seria baseado no valor de R$ 1.800.000,00 (um milhão

e oitocentos mil reais)].

Portanto, empresários que estão iniciando sua atividade empresarial, devem

ficar atentos aos limites proporcionais de receita bruta anual, pois se houver

Page 19: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

17

possibilidade de ultrapassar mais de 20% dos limites, o melhor a fazer é escolher

outro regime para pagar seus impostos (Lucro Presumido ou Lucro Real).

Quanto às alíquotas, houve alterações impostas pela Lei 139/2011, então,

como as faixas de receitas foram reajustadas em 50%, o efeito será de diminuição

na carga tributária. E também há mais uma nova vantagem, sendo permitido o

parcelamento dos débitos apurados no Simples Nacional em até 60 meses.

E em termos finais, quanto às alterações da Lei Complementar 139/2011, em

relação ao Simples Nacional, destaca-se:

INTIMAÇÃO ELETRÔNICA: Que implica na aceitação de sistema de

comunicação eletrônica, disponibilizado no Portal do Simples Nacional, sendo para

cientificar o sujeito de avisos em geral. E este não se aplica ao MEI.

COMPENSAÇÃO: A Lei conferiu ao CGSN a regulamentação para

compensar e restituir valores do Simples Nacional, recolhidos indevidamente ou em

montante superior ao devido, com juros obtidos pela aplicação do SELIC.

LIVRO CAIXA: Esta alteração consta na Resolução CGSN nº 94/2011,

mostrando que o Livro Caixa deve conter termos de abertura e encerramento, ser

assinado pelo representante legal da empresa e pelo responsável contábil

legalmente habilitado.

E, em relação ao MEI, destaca-se:

INADIMPLÊNCIA: A inadimplência da Contribuição para a Seguridade Social

referente à pessoa do empresário, sendo contribuinte individual, não dá direito a

receber benefícios previdenciários respectivos a competências em atraso.

CONTRATAÇÃO DE EMPREGADO: Poderá ser contratado outro empregado

para casos de afastamento legal do único empregado do MEI, por prazo

determinado, até que terminem as condições do afastamento.

RELAÇÃO DE EMPREGADO: Quem utiliza serviços do MEI, precisa agir com

cuidado, pois poderá ficar sujeito a todas as obrigações trabalhistas, tributárias e

previdenciárias, e, também, se for empregador doméstico, não poderá contratar o

MEI.

Page 20: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

18

3. LUCRO PRESUMIDO

3.1. LUCRO PRESUMIDO

O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para a

determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda (IRPJ) e da contribuição

social sobre o lucro líquido (CSLL) das pessoas jurídicas.

O lucro presumido é utilizado para “presumir”, a partir do valor das receitas

em cada atividade, o lucro da pessoa jurídica. Em termos gerais o lucro presumido é

um lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a receita operacional

bruta. Para se obter o resultado da base de cálculo, somam-se todas as receitas

auxiliares (receitas financeiras, alugueis, entre outros valores). Por não se tratar de

um lucro contábil efetivo, mas sim uma aproximação fiscal onde se determina um

“lucro presumido”.

Embora não seja um regime obrigatório, o Lucro Presumido é bastante

difundido devido a sua simplicidade e, principalmente, por questões de estratégia

tributária, pois pode representar economia tributária, sobretudo nas empresas

altamente lucrativas. Portanto, se não houver impedimento, pode ser uma boa

ferramenta de planejamento tributário.

A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será

manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido

correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. A saída

do sistema de tributação pelo lucro presumido pode ocorrer anualmente por opção

ou, obrigatoriamente, quando a pessoa jurídica deixar de se enquadrar nas

condições para permanecer no sistema.

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota

única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de

apuração. À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três

quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses

subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder.

É importante ressaltar que, caso a pessoa jurídica opte por recolher o IRPJ e

a CSLL de forma parcelada em três vezes, haverá a incidência da Taxa SELIC

(Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) na segunda e na terceira parcelas.

Page 21: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

19

3.2.PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA O IRPJ

Para exemplificar e demonstrar como se calcula a base do calculo do Imposto

de Renda há uma tabela prática, a qual será reproduzida abaixo:

TABELA 1 - PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO

SOBRE A RECEITA BRUTA

Espécies de atividades Percentuais sobre a receita

Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,6%

· Venda de mercadorias ou produtos · Transporte de cargas · Atividades imobiliárias · Serviços hospitalares · Atividade Rural · Industrialização com materiais fornecidos pela pessoa que encomendou · Outras atividades não especificadas (exceto prestação de serviços)

8 %

· Serviços de transporte (exceto o de cargas) · Serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano

16%

· Serviços profissionais (médicos, dentistas, advogados, contadores, auditores, engenheiros, consultores, economistas). · Intermediação de negócios · Administração, locação ou cessão de bens móveis e imóveis ou de direito; · Serviços de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra · Serviços em geral, para os quais não haja previsão de percentual específico;

32%

No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectiva percentual.

1,6 a 32%

FONTE: http://www.portaltributario.com.br/guia/lucro_presumido_irpj.html. Acesso em 02-04-2013.

A tabela acima demonstra os percentuais a serem aplicados para se obter a

base do calculo do Imposto de Renda.

É conveniente ressaltar que, caso a base de cálculo trimestral do IRPJ seja

superior a R$60.000,00 (sessenta mil reais) haverá a incidência de um adicional de

10% (dez por cento) sobre o valor excedido, sendo o resultante dos 10% adicionado

ao IRPJ devido.

Page 22: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

20

3.3. PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA A CSLL

Para se calcular a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), deve-se

aplicar o percentual correspondente a 12% da receita bruta nas atividades do

comércio, indústria, serviços hospitalares para se obter a base de cálculo. Já para as

atividades de prestação de serviços em geral, o percentual será de 32% para se

obter a base de cálculo. No tópico 5.2 deste trabalho serão exemplificados com

valores estes cálculos. Após a aplicação destes percentuais, deverão ser somados

os valores para se obter a base de cálculo, caso a entidade tenha mais de um tipo

de atividade, e do total da base de cálculo será aplicado o percentual de 9% que é a

alíquota da CSLL para o lucro presumido.

3.4. PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA O PIS E A COFINS

Para a obtenção desses valores devidos é preciso apurar e recolher as

contribuições mensalmente, pois se trata de um regime cumulativo, sendo suas

receitas aplicadas sobre o percentual de 0,65% que é a alíquota para PIS e 3% que

é a alíquota para COFINS, onde no tópico 5.2 será apresentado o calculo desse

imposto.

3.5. PERCENTUAIS DO LUCRO PRESUMIDO PARA A ICMS.

Para o calculo de ICMS neste trabalho, foi usada a alíquota de 18%. Alíquota

base usada no estado de São Paulo, prevista no Artigo 51, Inciso I do RICMS-SP

para uma empresa comercial varejista de calçados.

Page 23: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

21

4. HISTÓRIA DO COMÉRCIO VAREJISTA NO BRASIL

A história do comércio varejista no Brasil acompanha os principais momentos

da formação econômica e social do país. O comércio propriamente dito nasce com

as formações populacionais nas primeiras vilas litorâneas, orientada quase que

totalmente para a exportação, tendo como principal mercadoria o açúcar.

Com o crescimento das comunidades e diante de novas necessidades houve

uma adequação do comércio que, entre tantas mudanças, incorporou novas formas

de efetuar o atendimento à clientela.

Com a Revolução Industrial, a partir do século XIX, e o crescimento das

cidades, as diferentes necessidades da população, a adequação das indústrias para

a produção de produtos mais específicos e os diferentes tipos de lojas ampliando a

disputa pelo consumidor estabeleceram um ciclo que possibilitou ao comércio

exercer suas funções de equalização e distribuição dos bens de consumo.

No inicio do século XX, se destacavam alguns imigrantes que aplicavam seu

pequeno capital na fabricação de produtos que antes eram importados.

O processo de modernização foi acompanhado pela crescente urbanização.

Em função do grande aumento da população e da carência de alimentos que ainda

eram em sua grande maioria, importados, foram instaladas as primeiras feiras livres,

estruturas de distribuição que permitiam o acesso mais barato aos gêneros de

primeira necessidade.

Foi nessa época o surgimento do Mappin, a primeira grande loja de

departamentos de São Paulo, e o processo de expansão das Casas

Pernambucanas, que era especializada na venda de tecidos, fundada no ano de

1908 e contando, no final da década de 1920, com mais de 200 lojas espalhadas

pelo Brasil.

Na virada da década de 1940 aconteceu a sofisticação do comércio varejista,

com surgimento em São Paulo da Sears, loja de departamentos que dispunha de

lanchonete e estacionamento; e em meados desta década surgem lojas

especializadas em roupas que começam a se utilizar de vitrines para exposição de

seus produtos.

O primeiro Shopping Center do Brasil foi o Iguatemi instalado em São Paulo

no ano de 1966. Após o primeiro shopping ser construído, esse setor teve um

Page 24: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

22

aumento que equivalia a o dobro de seu tamanho a cada cinco anos. No inicio

existiam muitas dificuldades como o baixo volume de vendas na época onde muitos

de seus investidores desistiam de seus empreendimentos, pois não havia um

retorno tão rápido e vendiam suas cotas a valores baixíssimos.

Atualmente o comércio varejista tem uma importância muito grande no

cenário econômico brasileiro, pois cada vez vem sendo mais destacada e

reconhecida. É o maior gerador de empregos formais no País, assim exibe um

numero expressivo de crescimento e constante modernização.

4.1. HISTÓRIA DO COMÉRCIO ELETRÔNICO

Começaram a aparecer produtos eletrônicos no Brasil a partir do século XX,

através de um projeto chamado Arpanet dos Estados Unidos em 1969, durante a

Guerra Fria, que gerou a rede mundial de computadores, ou mais conhecida por

Internet. Com o termino da Guerra não era mais segredo esse projeto e assim com o

advento do World Wide Web, a rede foi enriquecida, pois o conteúdo ganhou cores,

imagens, sons e vídeos.

O comércio eletrônico surgiu com intuito de complementar o processo de

vendas e eliminar intermediários da cadeia de suprimento, com objetivo de auxiliar

na globalização da economia.

A tendência desse comércio é crescer a cada dia, pois a Internet nunca

deixara de evoluir, o comércio em geral, atualmente está na rede.

Os tipos mais comuns são de comércio eletrônico são:

1) B2B – BUSSINES-TO-BUSSINES: É a negociação eletrônica entre

empresas. Muito comum, é a modalidade que mais movimenta importâncias

monetárias. Em 2005, segundo a Revista InfoEXAME, foram movimentados 67

bilhões de dólares no mercado eletrônico brasileiro.

2) B2C – BUSSINES-TO-CONSUMERS: Negociação Eletrônica entre

empresas e consumidores. Esta modalidade representa a virtualização da compra e

venda. A diferença é que as pessoas escolhem e pagam os produtos pela internet.

Page 25: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

23

Podemos citar exemplos de B2C com o site www.americanas.com,

www.submarino.com.br, etc.

3) C2B – CONSUMERS-TO-BUSSINES: Negociação eletrônica entre

consumidores e empresas. É o reverso do B2C, também chamado de leilão reverso.

Acontece quando consumidores vendem para empresas. Esta modalidade começa a

crescer no mercado eletrônico, pois uma empresa que deseja adquirir um produto

anuncia na rede a intenção de compra. Os consumidores, que por sua vez, possuem

o que a empresa quer, disponibilizam os produtos e as empresas fazem a oferta, até

o momento onde a negociação é efetivada.

4) C2C – CONSUMER-TO-CONSUMER: Negociação eletrônica entre

consumidores. Esta modalidade é muito comum, efetua muitas negociações, mas de

valores pequenos. O exemplo mais conhecido no Brasil desta modalidade é o site

www.mercadolivre.com.br.

Page 26: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

24

5. ESTUDO DE CASO

Com o objetivo de analisar e interpretar as formas de realização de tributação

que melhor se adequam a uma empresa de comercio varejista, visto que uma

mesma empresa terá suas informações aplicadas no Sistema Simples Nacional e

pelo Sistema do Lucro Presumido.

Vale lembrar que a empresa apresentada como comercio varejista de

calçados, é uma Instituição fictícia, criada apenas para a elaboração deste trabalho.

A fim de obter maiores informações sobre o caso, foi criado em base de empresas

reais deste mesmo segmento, uma receita anual bruta de R$ 251.120,00 (Duzentos

e cinquenta e um mil e cento e vinte reais), e com ano base em 2012, onde os

tributos e cálculos incidentes sobre a folha de pagamento não estão sendo

considerados.

5.1.SISTEMA DE ARRECADAÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL.

Nesta sistemática o recolhimento mensal é centralizado por um documento

único de arrecadação (DAS) dos tributos. Para se obter o cálculo do Simples

Nacional, será a somatória da Receita Anual Bruta da Empresa dos últimos 12

(doze) meses.

A tabela 2 abaixo demonstra o valor de faturamento mensal e anual para uma

empresa fictícia a ser utilizada como modelo-base.

Tabela 2 – Valores de faturamento em 2012

Faturamento Mensal – Ano 2012

Mês Rendimento

Janeiro R$ 23.000,00

Fevereiro R$ 14.590,00

Março R$ 18.900,00

Abril R$ 22.000,00

Maio R$ 19.350,00

Junho R$ 18.000,00

Julho R$ 24.510,00

Agosto R$ 22.600,00

Setembro R$ 19.870,00

Outubro R$ 25.000,00

Novembro R$ 17.300,00

Dezembro R$ 26.000,00

Total Faturamento Anual R$ 251.120,00

FONTE: Elaborada pelas autoras

Page 27: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

25

No período de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2012, a receita bruta foi de

R$ 251.120,00 (Duzentos e cinquenta e um mil, cento e vinte reais) e a alíquota do

DAS de acordo com a tabela de Arrecadação dos tributos do Anexo I da Lei

Complementar Nº 123 de 14 de Dezembro de 2006, atualizada pela Lei

Complementar Nº 139/2011 será de 5,47% da Receita Bruta, sendo o total de

Simples Nacional de R$ 13.736,26 (treze mil, setecentos e trinta e seis reais e vinte

e seis centavos).

Tabela 3 – Valor do Simples Nacional Anual

IMPOSTO PELO SIMPLES NACIONAL

Faturamento anual Bruto Alíquota Simples Nacional

R$ 251.120,00 5.47% R$ 13.736,26

FONTE: Elaborada pelas autoras, tendo como base o Anexo I da Lei 139/2011. 5.2.SISTEMA DE ARRECADAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO

Para calculo do Lucro Presumido usam-se os seguintes impostos e

respectivas alíquotas: PIS (0,65), COFINS (3%), IRPJ (8% e 15%), CSLL (12% e

9%) e ICMS (18%).

Tendo como base a tabela 1 do tópico anterior, serão realizados os cálculos

do PIS, da COFINS, da CSLL e do IRPJ para o ano de 2012.

Tabela 4 - Calculo dos Impostos do Lucro Presumido - PIS e COFINS

Imposto Alíquota Valor Bruto Anual Valor Imposto

PIS 0,65% R$ 251.120,00 R$ 1.632,28

COFINS 3% R$ 251.120,00 R$ 7.533,60

FONTE: Elaborada pelas autoras

Tabela 5 - Calculo dos Impostos do Lucro Presumido CSLL Imposto Calculo do Imposto

CSLL

R$ 251.120,00 x 12% = R$ 30.134,40 x9% R$ 2.712,09

FONTE: Elaborada pelas autoras

Page 28: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

26

Tabela 6 - Calculo dos Impostos do Lucro Presumido IRPJ Imposto Calculo do Imposto

IRPJ

R$ 251.120,00 x 8% = R$ 20.089,60 x15% R$ 3.013,44

FONTE: Elaborada pelas autoras

Para que se possa calcular o ICMS, é imprescindível a criação também de

uma tabela com valores referenciais de compra, no intuito de se calcular os créditos

do ICMS sobre as compras.

Tabela 7 – Valores referenciais de compra

Valor de Compra – Ano 2012

Mês Valor

Janeiro R$ 12.000,00

Fevereiro R$ 9.000,00

Março R$ 7.500,00

Abril R$ 12.000,00

Maio R$ 8.490,00

Junho R$ 10.000,00

Julho R$ 15.510,00

Agosto R$ 11.400,00

Setembro R$ 9.870,00

Outubro R$ 5.000,00

Novembro R$ 7.300,00

Dezembro R$ 6.000,00

Total Faturamento Anual R$ 114.070,00

FONTE: Elaborada pelas autoras

Tabela 8 – Cálculo do ICMS

Calculo do ICMS

Descrição Valor Alíquota/ICMS Total

Valor da Receita R$ 251.120,00 18% R$ 45.201,60

Valor da Compra R$ 114.070,00 18% R$ 20.532,60

Valor do ICMS: R$ 24.669,00

FONTE: Elaborada pelas autoras

Page 29: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

27

Tabela 9 – Calculo Geral dos Impostos Imposto Alíquota Valor Bruto Anual Valor Imposto

PIS 0,65% R$ 251.120,00 R$ 1.632,28

COFINS 3% R$ 251.120,00 R$ 7.533,60

CSLL 12 % e 9% R$ 251.120,00 R$ 2.712,09

IRPJ 8% e 15% R$ 251.120,00 R$ 3.013,44

ICMS 18% R$ 24.669,00

TOTAL ANUAL R$ 39.560,41

FONTE: Elaborada pelas autoras 5.3. COMPARATIVO ENTRE O SIMPLES NACIONAL E O LUCRO PRESUMIDO

O total de imposto pelo sistema de arrecadação Simples Nacional

corresponde R$ 13.736,26 (Treze mil setecentos e trinta e seis reais e vinte e seis

centavos), e pelo sistema de arrecadação Lucro Presumido corresponde a R$

39.560,41 (Trinta e nove mil, quinhentos e sessenta reais e quarenta e um

centavos). Analisando-se, a diferença entre o total dos dois sistemas é de R$

25.824,15 (Vinte e cinco mil, oitocentos e vinte e quatro reais e quinze centavos).

Em razão disto, o planejamento tributário mostra de forma clara que entre os

dois sistemas de arrecadação o Simples Nacional torna-se mais lucrativo e

vantajoso para a empresa aqui estudada.

Tabela 10 – Diferença entre Simples Nacional e Lucro Presumido

DIFERENÇA SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO

REGIME DE APURAÇÃO TOTAL APURADO

LUCRO PRESUMIDO R$ 39.560,41

SIMPLES NACIONAL R$ 13.736,26

ECONOMIA R$ 25.824,15

FONTE: Elaborada pelas autoras

Page 30: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

28

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ideia aqui disposta neste trabalho foi à importância da melhor forma de

tributação para uma empresa independente de seu ramo.

A forma de tributação deve ser escolhida e levar como ponto chave a sua

escolha: a lucratividade, a eficácia, possíveis problemas em seus cálculos, também

devem ser avaliados; muitas vezes, verifica-se que o método mesmo sendo o mais

fácil nem sempre é o melhor.

O Simples Nacional vem como uma forte opção, pois no estudo de caso com

os exemplos práticos, após uma comparação, consegue-se averiguar que sua

lucratividade comparada com o total de tributos calculados na forma Lucro

Presumido obtém-se uma grande diferença financeiramente analisando.

A economia em valores, não pode ser a única a ser considerada, pois trata-se

de um trabalho e o estudo de caso aqui demostrado e seus valores são fictícios e

por isso, em um caso real, as variáveis relativas à folha de pagamento também

devem ser consideradas. Em um caso verídico devem ser estudadas todas as

possibilidades de recolhimento de tributos e observado o histórico e os balanços

patrimoniais da empresa em questão.

O objetivo deste trabalho, acredita-se que foi alcançado com aptidão e êxito,

pois conseguiu-se demonstrar aqui as diferenças práticas e teóricas dos dois modos

de tributação.

Obtendo cada um sua particularidade, foram descritos seus pontos fortes e

fracos, suas alíquotas e porcentagens, estudando-se o comércio varejista e como se

encontra atualmente no mercado e em nossa região.

O trabalho vem de grande ajuda para empresas do comercio varejista que

estão se iniciando ou pretendem mudar a sua forma de tributação, servindo como

embasamento teórico e prático de futuros estudos ou complementos acerca dos

temas Simples Nacional e Lucro Presumido.

Page 31: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

29

REFERÊNCIAS

Alíquotas do ICMS no Estado de São Paulo. Disponível em: http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_tributaria:vtribut. Acesso em 26/03/2013. BRAGA, Edilane Bello Gripp. FREITAS, Lucieni Bello. MOURA, Rafael Matos. ALMEIDA, Fernanda Matos de Moura. Análise da Aplicabilidade da Lei Complementar 123/2006 nas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte da Região do Caparaó-ES. Trabalho apresentado no VIII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia em Caparaó-ES. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos11/34414375.pdf. Acesso em 24/03/2013. DUARTE, Roberto Dias.Simples Nacional – Alterações da Lei Complementar nº 139/2011. Publicado em 30/03/2012. Disponível em http://www.robertodiasduarte.com.br/index.php/simples-nacional-alteracoes-da-lei-complementar-no-1392011/. Acesso em 21/03/2013. FIGUEIREDO, Iria Luppi. Histórico do Comércio Eletrônico. Disponível em: http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1718/historico_do_comercio_eletronico, acesso em 26/03/2013. Lei Complementar Nº 123 de 14 de dezembro de 2006. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm, acesso em 16/04/2013. Lei Complementar Nº 139 de 10 de novembro de 2011.Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2011/leicp139.htm,acesso em 16/04/2013. Observatório da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Disponível em:http://www.leigeral.com.br/portal/main.jsp?lumPageId=FF8081812658D379012665B59AC01CE8, acesso em 23/03/2013. SANTOS, Edinalva Oliveira dos. Histórico do Comércio Eletrônico. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA9iEAK/comercio-eletronico, acesso em 26/03/2013.

Page 32: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

30

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE. Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas – FENACON. SIMPLES NACIONAL. Publicado em 21/01/2008. Disponível em: http://www.apet.org.br/simplesnacional/ApostilaFenacon.pdf, acesso em 21/03/2013. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná – SEBRAE/PR. SIMPLES NACIONAL. O que muda a partir de 2012, alterações da Lei Complementar 139/2011. Disponível em: http://www.fazenda.df.gov.br/arquivos/pdf/pmf_alteracoes_2012.pdf. Acesso em 21/03/2013. VAROTTO, Luís Fernando. Ponto de Vista História do Varejo. Disponível em: http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/4224.pdf, acesso em 10/03/2013.

Page 33: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · do título de Técnico em Contabilidade. Orientador: José Marcelino Calegari Palmital 2013 . ... todas as dicas e instruções

31

ANEXO A - ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR Nº123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (vigência: 01/01/2012)

(Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23 % 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32 % 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42 % 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51 % 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61 % 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%