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CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO E E S S T T U U D D O O S S I I S S T T E E M M A A T T I I Z Z A A D D O O D D A A S S O O B B R R A A S S B B Á Á S S I I C C A A S S O LIVRO DOS MÉDIUNS MÓDULO II PLANO ANUAL DE AULAS

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CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO

EESSTTUUDDOO SSIISSTTEEMMAATTIIZZAADDOO

DDAASS OOBBRRAASS BBÁÁSSIICCAASS

O LIVRO DOS MÉDIUNS

MÓDULO II

PLANO ANUAL DE AULAS

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1 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MÓDULO II PLANO ANUAL DE AULAS

ÍNDICE

Aula 01 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 03

Aula 02 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 06

Aula 03 –....... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 09

Aula 04 –....... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 12

Aula 05 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 17

Aula 06 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 22

Aula 07 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 25

Aula 08 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 32

Aula 09 –....... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 37

Aula 10 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 41

Aula 11 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 46

Aula 12 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 51

Aula 13 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 54

Aula 14 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 59

Aula 15 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 66

Aula 16 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 69

Aula 17 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 73

Aula 18 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 75

Aula 19 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 80

Aula 20 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ............ .. 83

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2 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MÓDULO II PLANO ANUAL DE AULAS

ÍNDICE

Aula 21 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ......... 86

Aula 22 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 91

Aula 23 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 93

Aula 24 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 97

Aula 25 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 101

Aula 26 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 103

Aula 27 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 108

Aula 28 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 113

Aula 29 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 120

Aula 30 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 124

Aula 31 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 128

Aula 32 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 135

Aula 33 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 139

Aula 34 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 144

Aula 35 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........ 149

Aula 36 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ......... 154

Aula 37 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ......... 159

Aula 38 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ......... 161

Aula 39 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........... 168

Aula 40 – ...... ....... ............ ........ ........ ............ ........ ........ ........... 170

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3 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 01

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI • ITEM 100

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS • Exegética • Painéis

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1º AULA –

• 1º Momento:

A Questão 100 possui 30 subitens, que serão subdivididos em dois grandes grupos. A seguir, distr ibuir entre eles as seguintes at ividades: ���� G1 – Leitura e discussão das sub Q. 01 a 15; ���� G2 – Leitura e discussão das sub Q. 16 a 30.

• 2º Momento:

Entregar a cada grupo, o roteiro (ANEXO I) com os 06 itens a serem observados durante o estudo das questões (recortar a página do Anexo I).

• 3º Momento:

Durante a leitura da questão 100: a) Destacar as seguintes subquestões: 8ª, 9ª, 19ª, 20ª a 27ª; b) Enfat izar as seguintes subquestões: 23ª e 26ª

• 4º Momento:

� Apresentação do Grupo 1 (primeiras 10 subquestões) em assembléia geral, através de um relator que apresentará o seu painel aos demais.

� Fixar os painéis na parede, após cada exposição. Ao f inal, ut i l izá- los no encerramento da aula

Subsídios para comentários finais – ANEXO I

TEMPO: MATERIAL

• 10 ’ – 1º Momº

• 05 ’ – 2º Momº

• 05 ’ – 3º Momº

• 25 ’ – 4º Momº

• Fo lhas de F l ip-char ter

• P incé is Atômicos

• O L ivro dos Médiuns

• Anexo I (fotocópias parte I)

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Allan O Livro dos Médiuns , FEB, ITEM 100 (SUBITENS 1 a 15)

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4 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 01

PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

CAPÍTULO VI DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

Noções sobre as aparições. Ensaio teórico sobre as aparições. - Espíritos glóbulos. - Teoria da alucinação.

(1ª) Podem os Espíritos tornar-se visíveis?

(2ª) Pertencem mais a uma categoria do que a outra os Espíritos que se manifestam fazendo-se visíveis?

(3ª) A todos os Espíritos é dado manifestarem-se visivelmente?

(4ª) Que fim objetivam os Espíritos que se manifestam visivelmente?

(5ª) Como lhes pode ser permitido manifestar-se, quando para mau fim?

(6ª) Qual pode ser o fim que tem em vista o Espírito que se torna visível com má intenção?

a. Que visam os que vêm com boa intenção?

(7ª) Que inconveniente haveria em ser permanente e geral entre os homens a possibilidade de verem os Espíritos? Não seria esse um meio de tirar a dúvida aos mais incrédulos?

(8ª) Uma vez que há inconveniente em vermos os Espíritos, por que, em certos casos, é isso permitido?

(9ª) Nos mundos mais adiantados que o nosso, os Espíritos são vistos com mais freqüência do que entre nós?

(10ª) Será racional assustarmo-nos com a aparição de um Espírito?

(11ª) Poderá aquele a quem um Espírito apareça travar com ele conversação?

a. Como pode o Espírito, nesse caso, responder?

(12ª) Os Espíritos que aparecem com asas têm-nas realmente, ou essas asas são apenas uma aparência simbólica?

(13ª) As pessoas que vemos em sonho são sempre as que parecem ser pelo seu aspecto?

(14ª) Não poderiam os Espíritos zombeteiros tomar as aparências das pessoas que nos são caras, para nos induzirem em erro?

(15ª) Compreende-se que, sendo uma espécie de evocação, o pensamento faça com que se apresente o Espírito em quem se pensa. Como é, entretanto, que muitas vezes as pessoas em quem mais pensamos, que ardentemente desejamos tornar a ver, jamais se nos apresentam em sonho, ao passo que vemos outras que nos são indiferentes e nas quais nunca pensamos?

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5 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 01

ANEXO I

O QUE DEVE SER OBSERVADO PELOS GRUPOS NA QUESTÃO 100:

I – AOS GRUPOS

1ª) PORQUE A VIDÊNCIA NÃO É PERMANENTE, ININTERRUPTA;

2ª) A FREQÜÊNCIA E/OU RARIDADE DAS APARIÇÕES

3ª) A FUNÇÃO DAS PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO;

4ª) A QUESTÃO DO PERISPÍRITO PARA A VIDÊNCIA;

5ª) O PAPEL DOS SONHOS E DAS APARIÇÕES;

6ª) A PREDISPOSIÇÃO FÍSICA NOS FENÔMENOS;

7ª) OS DIFERENTES GRAUS DE VIDÊNCIA;

- - - - - - - - reco r t a r e d i s t r i b u i r apenas a pa r t e supe r i o r d es t e anexo - - - - - - - - - - - -

I I – AOS MONITORES

1ª) PORQUE A VIDÊNCIA NÃO É PERMANENTE, ININTERRUPTA (7ª; 9ª)

2ª) A FREQÜÊNCIA E/OU RARIDADE DAS APARIÇÕES (16ª, 17ª e 18ª)

3ª) A FUNÇÃO DAS PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO (21ª)

4ª) A QUESTÃO DO PERISPÍRITO PARA A VIDÊNCIA � NÃO É

CONDENSAÇÃO, MAS COMBINAÇÃO DE FLUIDOS (21ª, 22ª E 23ª)

5ª) O PAPEL DOS SONHOS E DAS APARIÇÕES (13ª, 15ª, 19ª, 25ª)

6ª) A PREDISPOSIÇÃO FÍSICA NOS FENÔMENOS (26ª e 27ª)

7ª) OS DIFERENTES GRAUS DE VIDÊNCIA (30ª)

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COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 02

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI • ITEM 100

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS • Exegética • Painéis

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 2º AULA –

• LEMBRETE:

a) A Questão 100 possui 30 subitens, que foram subdivididos em dois grandes

grupos, com atividades de leitura e discussão: Grupo 01 (sub Q. 01 a 15) e

Grupo 02 (sub Q. 16 a 30).

b) Na aula anterior, o Grupo 01 iniciou sua apresentação, até a 10ª

c) O que observar durante a leitura comentada da Questão 100:

c.1 – Destacar as seguintes sub-questões: 8ª, 9ª, 19ª, 20ª a 27ª;

c.2 – Enfat izar as seguintes sub-questões: 23ª e 26ª

• 1º Momento:

� Apresentação das sub-questões restantes do G1 e de todas do G2 (16ª a

30ª) em assembléia geral, através de um relator que apresentará as

conclusões de seu grupo, em painel, aos demais.

� Fixar os painéis na parede, após cada exposição. Ao f inal, ut i l izá-los no

� encerramento da aula

• 2º Momento:

Apresentar as principais conclusões; comparar resultados; aferir erros e

acertos.

Subsídios para comentários finais – ANEXO I

TEMPO: MATERIAL

• 40 ’ – 1º Momento

• 15 ’ – 2º Momento

• Fo lhas de F l ip-char ter

• P incé is Atômicos

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan O Livro dos Médiuns , FEB, ITEM 100 (SUBITENS 16 a 30)

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COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 02

PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

(CONTINUAÇÃO QUESTÃO 100))

CAPÍTULO VI DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

Noções sobre as aparições. Ensaio teórico sobre as aparições. - Espíritos glóbulos. - Teoria da alucinação.

(16ª) Por que razão certas visões ocorrem com mais freqüência quando se está doente?

(17ª) As aparições espontâneas parecem mais freqüentes em certos países. Será que alguns povos

estão mais bem dotados do que outros para receberem esta espécie de manifestações?

(18ª) Por que é que as aparições se dão de preferência à noite? Não indica isso que elas são efeito do

silêncio e da obscuridade sobre a imaginação?

(19ª) A visão dos Espíritos se produz no estado normal, ou só estando o vidente num estado extático?

(20ª) Os que vêem os Espíritos vêem-nos com os olhos?

(21ª) Como pode o Espírito fazer-se visível?

(22ª) Pode o Espírito propriamente dito fazer-se visível, ou só o pode com o auxílio do perispírito?

(23ª) Poder-se-á dizer que é pela condensação do fluido do perispírito que o Espírito se torna visível?

(24ª) Os Espíritos que aparecem são sempre inapreensíveis e imperceptíveis ao tato?

(25ª) Toda gente tem aptidão para ver os Espíritos?

(26ª) De que depende, para o homem, a faculdade de ver os Espíritos, em estado de vigília?

Pode essa faculdade desenvolver-se pelo exercício?

(27ª) Pode-se provocar a aparição dos Espíritos?

(28ª) Podem os Espíritos tomar-se visíveis sob outra aparência que não a da forma humana?

a. Não podem manifestar-se sob a forma de chama?

(29ª) Que se deve pensar da crença que atribui os fogos-fátuos à presença de almas ou Espíritos?

a. A chama azul que, segundo dizem, apareceu sobre a cabeça de Sérvius Túlius, quando

menino, é uma fábula, ou foi real?

(30ª) Poderiam os Espíritos apresentar-se sob a forma de animais?

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8 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 02

ANEXO I

O QUE DEVE SER OBSERVADO PELOS GRUPOS NA QUESTÃO 100:

I – AOS GRUPOS

1ª) PORQUE A VIDÊNCIA NÃO É PERMANENTE, ININTERRUPTA;

2ª) A FREQÜÊNCIA E/OU RARIDADE DAS APARIÇÕES

3ª) A FUNÇÃO DAS PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO;

4ª) A QUESTÃO DO PERISPÍRITO PARA A VIDÊNCIA;

5ª) O PAPEL DOS SONHOS E DAS APARIÇÕES;

6ª) A PREDISPOSIÇÃO FÍSICA NOS FENÔMENOS;

7ª) OS DIFERENTES GRAUS DE VIDÊNCIA;

- - - - - - - - reco r t a r e d i s t r i b u i r apenas a pa r t e supe r i o r d es t e anexo - - - - - - - - - - - -

I I – AOS MONITORES

1ª) PORQUE A VIDÊNCIA NÃO É PERMANENTE, ININTERRUPTA (7ª; 9ª)

2ª) A FREQÜÊNCIA E/OU RARIDADE DAS APARIÇÕES (16ª, 17ª e 18ª)

3ª) A FUNÇÃO DAS PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO (21ª)

4ª) A QUESTÃO DO PERISPÍRITO PARA A VIDÊNCIA � NÃO É

CONDENSAÇÃO, MAS COMBINAÇÃO DE FLUIDOS (21ª, 22ª E 23ª)

5ª) O PAPEL DOS SONHOS E DAS APARIÇÕES (13ª, 15ª, 19ª, 25ª)

6ª) A PREDISPOSIÇÃO FÍSICA NOS FENÔMENOS (26ª e 27ª)

7ª) OS DIFERENTES GRAUS DE VIDÊNCIA (30ª)

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9 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA Nº 03

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI • ITENS 101 a 103

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS • Leitura Circular Comentada

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1ª AULA –

• 1º Momento:

Fazer leitura comentada de A Gênese – Capítulo XIV – Os Fluidos – Explicação de Alguns

Fenômenos Considerados Sobrenaturais – Vista Espiritual ou Psíquica; Vista Dupla,

Sonambulismo, Sonhos – Itens 22 a 28.

• 2º Momento:

Ler os casos relatados por Kardec na Revista Espír ita (bibl iograf ia 3) Tecer os comentár ios f inais abordando todos os aspectos da temática tratados

nas questões – Subsídios: Principais Tópicos Abordados

TEMPO: MATERIAL

• 40’ – 1º Momento • 15’ – 2º Momento

• O Livro dos Médiuns • A Gênese • Revue Spir ite : janei ro de 1858; novembro de

1858; ju l ho de 1861; novembro de 1865.

FONTES DE CONSULTAS:

(1) “KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns – I tens 101 a 103 (2) KARDEC, Al lan. A Gênese – Capítulo XIV, I tens 22 a 28. (3) KARDEC, Allan. Revue Spir ite : janei ro de 1858, pág. 25; novembro de 1858, pág. 313;

j u l ho de 1861, pág. 193; novembro de 1865, pág. 352 (4) KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír itos – Questões 447 a 455

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10 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 03

PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

A GÊNESE – CAPÍTULO XIV – OS FLUIDOS II – EXPLICAÇÃO DE ALGUNS FENÔMENOS CONSIDERADOS SOBRENATURAIS

Vista Espiritual ou Psíquica; Vista Dupla, Sonambulismo, Sonhos.

22. O perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação contínua com os desencarnados; é, em suma, por seu intermédio, que se operam no homem fenômenos especiais, cuja causa fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, parecem sobrenaturais.

É nas propriedades e nas irradiações do fluido perispirítico que se tem de procurar a causa da dupla vista, ou vista espiritual, a que também se pode chamar vista psíquica, da qual muitas pessoas são dotadas, freqüentemente a seu mau grado, assim como da vista sonambúlica.

O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos. Pelos órgãos do corpo, a visão, a audição e as diversas sensações são localizadas e limitadas à percepção das coisas materiais; pelo sentido espiritual, ou psíquico, elas se generalizam: o Espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispirítico.

No homem, tais fenômenos constituem a manifestação da vida espiritual; é a alma a atuar fora do organismo. Na dupla vista ou percepção pelo sentido psíquico, ele não vê com os olhos do corpo, embora, muitas vezes, por hábito, dirija o olhar para o ponto que lhe chama a atenção. Vê com os olhos da alma e a prova está em que vê perfeitamente bem com os olhos fechados e vê o que está muito além do alcance do raio visual. Lê o pensamento figurado no raio fluídico (nº. 15).[1]

23. Embora, durante a vida, o Espírito se encontre preso ao corpo pelo perispírito, não se lhe acha tão escravizado, que não possa alongar a cadeia que o prende e transportar-se a um ponto distante, quer sobre a Terra, quer do espaço. Repugna ao Espírito estar ligado ao corpo, porque a sua vida normal é a de liberdade e a vida corporal é a do servo preso à gleba.

Ele, por conseguinte, se sente feliz em deixar o corpo, como o pássaro em se encontrar fora da gaiola, pelo que aproveita todas as ocasiões que se lhe oferecem para dela se escapar, de todos os instantes em que a sua presença não é necessária à vida de relação. Tem-se então o fenômeno a que se dá o nome de emancipação da alma, fenômeno que se produz sempre durante o sono. De todas as vezes que o corpo repousa, que os sentidos ficam inativos, o Espírito se desprende. (O Livro dos Espíritos, Parte 2ª, cap. VIII.)

Nesses momentos ele vive da vida espiritual, enquanto que o corpo vive apenas da vida vegetativa; acha-se, em parte, no estado em que se achará após a morte: percorre o espaço, confabula com os amigos e outros Espíritos, livres ou encarnados também. O laço fluídico que o prende ao corpo só por ocasião da morte se rompe definitivamente; a separação completa somente se dá por efeito da extinção absoluta da atividade vital. Enquanto o corpo vive, o Espírito, a qualquer distância que esteja, é instantaneamente chamado à sua prisão, desde que a sua presença aí se torne necessária. Ele, então, retoma o curso da vida exterior de relação. Por vezes, ao despertar, conserva das suas peregrinações uma lembrança, uma imagem mais ou menos precisa, que constitui o sonho. Quando nada, traz delas intuições que lhe sugerem idéias e pensamentos novos e justificam o provérbio: A noite é boa conselheira.

Assim igualmente se explicam certos fenômenos característicos do sonambulismo natural e magnético, da catalepsia, da letargia, do êxtase, etc., e que mais não são do que manifestações da vida espiritual. [2]

24. Pois que a visão espiritual não se opera por meio dos olhos do corpo, segue-se que a percepção das coisas não se verifica mediante a luz ordinária: de fato, a luz material é feita para o mundo material; para o mundo espiritual, uma luz especial existe, cuja natureza desconhecemos, porém que é, sem dúvida, uma das propriedades do fluido etéreo, adequada às percepções visuais da alma. Há, portanto, luz material e luz espiritual. A primeira emana de focos circunscritos aos corpos luminosos; a segunda tem o seu foco em toda parte: tal a razão por que não há obstáculo para a visão espiritual, que não é embaraçada nem pela distância, nem pela opacidade da matéria, não existindo para ela a obscuridade. O mundo espiritual é, pois, iluminado pela luz espiritual, que tem seus efeitos próprios, como o mundo material é iluminado pela luz solar.

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11 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 03

PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

(continuação) A GÊNESE – CAPÍTULO XIV – OS FLUIDOS (Itens 22 a 28)

25. Assim, envolta no seu perispírito, a alma tem consigo o seu princípio luminoso. Penetrando a matéria por virtude da sua essência etérea, não há, para a sua visão, corpos opacos.

Entretanto, a vista espiritual não é idêntica, quer em extensão, quer em penetração, para todos os Espíritos. Somente os Espíritos puros a possuem em todo o seu poder. Nos inferiores ela se acha enfraquecida pela relativa grosseria do perispírito, que se lhe interpõe qual nevoeiro.

Manifesta-se em diferentes graus, nos Espíritos encarnados, pelo fenômeno da segunda vista, tanto no sonambulismo natural ou magnético, quanto no estado de vigília. Conforme o grau de poder da faculdade, diz-se que a lucidez é maior ou menor. Com o auxílio dessa faculdade é que certas pessoas vêem o interior do organismo humano e descrevem as causas das enfermidades.

26. A vista espiritual, portanto, faculta percepções especiais que, não tendo por sede os órgãos materiais, se operam em condições muito diversas das que decorrem da vida corporal. Efetuando-se fora do organismo, tem ela uma mobilidade que derrui todas as previsões. Indispensável se torna estudá-la em seus efeitos e em suas causas e não assimilando- a à vista ordinária, que ela não se destina a suprir, salvo casos excepcionais, que se não poderiam tomar como regra.

27. Necessariamente incompleta e imperfeita é a vista espiritual nos Espíritos encarnados e, por conseguinte, sujeita a aberrações. Tendo por sede a própria alma, o estado desta há de influir nas percepções que aquela vista faculte. Segundo o grau de desenvolvimento, as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, pode ela dar, quer durante o sono, quer no estado de vigília: 1º a percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de alguns que ocorram a grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as causas de uma enfermidade e os remédios convenientes; 2º a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos Espíritos; 3º imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações fluídicas do pensamento (veja-se, acima, o nº. 14). Estas criações se acham sempre em relação com as disposições morais do Espírito que as gera. É assim que o pensamento de pessoas fortemente imbuídas de certas crenças religiosas e com elas preocupadas lhes apresenta o inferno, suas fornalhas, suas torturas e seus demônios, tais quais essas pessoas os imaginam. Às vezes, é toda uma epopéia. Os pagãos viam o Olimpo e o Tártaro, como os cristãos vêem o inferno e o paraíso. Se, ao despertarem, ou ao saírem do êxtase, conservam lembrança exata de suas visões, os que as tiveram tomam-nas como realidades confirmativas de suas crenças, quando tudo não passa de produto de seus próprios pensamentos [3]. Cumpre, pois, se faça uma distinção muito rigorosa nas visões extáticas, antes que se lhes dê crédito. A tal propósito, o remédio para a excessiva credulidade é o estudo das leis que regem o mundo espiritual. [4]

28. Os sonhos propriamente ditos apresentam os três caracteres das visões acima descritas. Às duas primeiras categorias dessas visões pertencem os sonhos de previsões, pressentimentos e avisos[5]. Na terceira, isto é, nas criações fluídicas do pensamento, é que se pode deparar com a causa de certas imagens fantásticas, que nada têm de real, com relação à vida corpórea, mas que apresentam às vezes, para o Espírito, uma realidade tal, que o corpo lhe sente o contrachoque, havendo casos em que os cabelos embranquecem sob a impressão de um sonho. Podem essas criações ser provocadas: pela exaltação das crenças; por lembranças retrospectivas; por gostos, desejos, paixões, temor, remorsos; pelas preocupações habituais; pelas necessidades do corpo, ou por um embaraço nas funções do organismo; finalmente, por outros Espíritos, com objetivo benévolo ou maléfico, conforme a sua natureza. [6]

[1] Fatos de dupla vista e lucidez sonambúlica relatados na Revue Spirite: janeiro de 1858, pág. 25; novembro de 1858, pág. 313; julho de 1861, pág. 193; novembro de 1865, pág. 352.

[2] Casos de letargia e de catalepsia: Revue Spirite: “Senhora Schwabenhaus”, setembro de 1858, pág. 255; — “A jovem cataléptica da Suábia”, janeiro de 1866, pág. 18;

[3] Podem explicar-se assim as visões da irmã Elmerich que, reportando- se ao tempo da paixão do Cristo, diz ter visto coisas materiais, que nunca existiram, senão nos livros que ela leu; as da Sra. Cantanille (Revue Spirite, de agosto de 1866, pág. 240) e uma parte das de Swedenborg.

[4] NOTA ELEONORA: HÁ ENTÃO TRÊS CARACTERÍSTICAS DE VISÕES: 1ª) REAL E MATERIAL; 2ª) REAL E ESPIRITUAL; 3ª) IMAGINÁRIA.

[5] Veja-se, abaixo, o cap. XVI, “Teoria da presciência”, nos 1, 2 e 3. [6] Revue Spirite, junho de 1866, pág. 172; — setembro de 1866, pág. 284. — O Livro dos Espíritos, Parte 2ª, cap. VIII, nº. 400.

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MODULO II AULA Nº 04

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI • ITENS 101 a 103

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

• Revisão Teórica • Leitura Circular • Questionário • Painéis

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 2º AULA –

• 1º Momento:

Realizar uma revisão teórica , fazendo uma leitura circular, comentada, de O Livro dos Espír itos – Capítulo VIII – Da Emancipação da Alma – Dupla Vista – Questões 447 a 454 .

• 2º Momento:

Fazer leitura das questões 101 a 103, individualmente.

• 3º Momento:

Apresentar questionário para resposta em duplas de alunos sobre cada uma das questões estudadas.

• 4º Momento:

Em assembléia, cada dupla de estudantes deverá expor suas conclusões acerca das questões respondidas, selecionando uma questão para cada dois grupos. Correção do Quest ionário.

� Lembrete: se houver poucos alunos, selecionar uma questão para cada grupo; se houver mais alunos, uma questão para cada três grupos (por exemplo).

Tecer os comentár ios f inais abordando todos os aspectos da temática tratada

nas questões – Subsídios: Anexos + Principais Tópicos Abordados

TEMPO: MATERIAL

• 15 ’ – 1º Momento • 10 ’ – 2º Momento • 15’ – 3º Momento • 15’ – 4º Momento

• O Livro dos Espír itos

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) “KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns – I tens 101 a 103 (2) KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír i tos – Questões 447 a 454

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MODULO II AULA Nº 03

ANEXO I

O QUE DEVE SER OBSERVADO PELOS GRUPOS NAS QUESTÕES:

QUESTÃO 101

Definir a classif icação dos Sonhos;

QUESTÃO 102

Realizar a seguinte Identif icação:

(1º) as característ icas das Aparições; (2º) Como se apresentam;

(3º) Partes do corpo que se destacam; (4º) Como são os atributos

de sua condição espir itual;

QUESTÃO 103

Descrever de que modo se assemelham as apar ições.

MODULO II AULA Nº 04

PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, ALLAN. O LIVRO DOS MÉDIUNS – CAPÍTULO VI – DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS (Q. 101 – 103)

ITEM 101

• Durante o sono é que se dão as manifestações visuais mais comuns

através dos sonhos � são as visões.

• Classif icação dos Sonhos � No geral, os sonhos podem ser:

a) Uma visão atual das coisas presentes (ou ausentes);

b) Uma retrospectiva do passado;

c) Excepcionalmente, um pressentimento do futuro;

d) Às vezes, quadros alegóricos ut i l izados pelos Espír itos para nos dar

avisos – bons e úteis se forem bons Espír itos; mas se forem

Espír itos imperfeitos, nos l isonjearão as paixões.

• Interpretação de Sonhos� absurdo e r idículo

(*) a existência de l ivros de “ interpretação de Sonhos” para jogos de

azar, por exemplo, não são mais que uma exploração da credulidade

alheia, pois nada têm de verídico e são, na maior ia das vezes,

ut i l izados por Espír itos moralmente atrasados para manter sob seu jugo

os mais incautos.

ITEM 102

(1º) Caracter íst icas das Aparições:

� Se dão no estado de vigíl ia do vidente;

� No gozo da plena e inteira l iberdade de suas faculdades.

(2º) Como se apresentam:

� Geralmente sob forma vaporosa e diáfana, às vezes vaga e imprecisa.

� A princípio é, quase sempre, uma clar idade esbranquiçada, cujos contornos vão, pouco a pouco, se del ineando.

� Doutras vezes, as formas se mostram nit idamente acentuadas, dist inguindo-se os menores traços da f isionomia, podendo-se até fazer uma descr ição completa;

� Normalmente, o aspecto do Espír ito se assemelha ao que ele era quando encarnado;

� Pode assumir todas as aparências a que melhor o faça reconhecível;

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QUESTÃO 103

Descrever de que modo se assemelham as apar ições.

:

MODULO II AULA Nº 04

PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

ITEM 102 (cont.)

(3º) Partes do corpo que se destacam:

� Salvo exceções:

a) As Par tes mais acentuadas são � cabeça, tronco, braços e mãos;

b) As Par tes menos acentuadas são � membros infer iores.

(4º) Como são os atr ibutos de sua condição espir itual:

� Freqüentemente as apar ições revelam atr ibutos de sua condição

espir itual:

a) Mais elevado: auréola, asas, um fulgor.

b) Menos elevado: s inais indicat ivos de suas ocupações terrenas.

ITEM 103

• “As Aparições têm algo de vaporoso � assemelham-se a imagens

ref let idas em um espelho sem aço”.

• “Const ituem como que o ‘forro do mundo corpóreo’”;

• “Se o microscópio revelou o mundo dos inf initamente pequenos, o

Espir it ismo, com o auxíl io dos médiuns videntes, revelou o mundo dos

Espír itos”.

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MODULO II AULA N.º 04

PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – CAPÍTULO VIII – PARTE 2ª – DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA DUPLA VISTA (QUESTÕES 447 – 454)

QUESTÃO 447: O FENÔMENO A QUE SE DÁ A DESIGNAÇÃO DE DUPLA VISTA TEM ALGUMA RELAÇÃO COM O SONHO E O SONAMBULISMO?

Resposta: Tudo isso é uma só coisa. O que se chama dupla vista é ainda resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja adormecido. A dupla vista ou segunda vista é a vista da alma.

QUESTÃO 448: É PERMANENTE A SEGUNDA VISTA?

Resposta: “A faculdade é, o exercício não. Em os mundos menos materiais do que o vosso, os Espíritos se desprendem mais facilmente e se põem em comunicação apenas pelo pensamento, sem que, todavia, fique abolida a linguagem articulada. Por isso mesmo, em tais mundos, a dupla vista é faculdade permanente, para a maioria de seus habitantes, cujo estado normal se pode comparar ao dos vossos sonâmbulos lúcidos. Essa também a razão por que esses Espíritos se vos manifestam com maior facilidade do que os encarnados em corpos mais grosseiros.”

QUESTÃO 449: A SEGUNDA VISTA APARECE ESPONTANEAMENTE OU POR EFEITO DA VONTADE DE QUEM A POSSUI COMO FACULDADE?

Resposta: “As mais das vezes é espontânea, porém a vontade também desempenha com grande freqüência importante papel no seu aparecimento. Toma, para exemplo, de umas dessas pessoas a quem se dá o nome de ledoras da buena-dicha, algumas das quais dispõem desta faculdade, e verás que é com o auxílio da própria vontade que se colocam no estado de terem a dupla vista e o que chamas visão.”

QUESTÃO 450: A DUPLA VISTA É SUSCETÍVEL DE DESENVOLVER-SE PELO EXERCÍCIO?

Resposta: “Sim, do trabalho sempre resulta o progresso e a dissipação do véu que encobre as coisas.”

a) — Esta faculdade tem qualquer ligação com a organização física? “Incontestavelmente, o organismo influi para a sua existência. Há organismos que lhe são refratários.”

QUESTÃO 451: POR QUE É QUE A SEGUNDA VISTA PARECE HEREDITÁRIA EM ALGUMAS FAMÍLIAS?

Resposta: “Por semelhança da organização, que se transmite como as outras qualidades físicas. Depois, a faculdade se desenvolve por uma espécie de educação, que também se transmite de um a outro.”

QUESTÃO 452: É EXATO QUE CERTAS CIRCUNSTÂNCIAS DESENVOLVEM A SEGUNDA VISTA?

Resposta: “A moléstia, a proximidade do perigo, uma grande comoção podem desenvolvê-la. O corpo, às vezes, vem a achar-se num estado especial que faculta ao Espírito ver o que não podeis ver com os olhos carnais.”

Nas épocas de crises e de calamidades, as grandes emoções, todas as causas, enfim, de superexcitação do moral provocam não raro o desenvolvimento da dupla vista. Parece que a Providência, quando um perigo nos ameaça, nos dá o meio de conjurá-lo. Todas as seitas e partidos perseguidos oferecem múltiplos exemplos desse fato.

QUESTÃO 453: AS PESSOAS DOTADAS DE DUPLA VISTA SEMPRE TÊM CONSCIÊNCIA DE QUE A POSSUEM?

Resposta: “Nem sempre. Consideram isso coisa perfeitamente natural e muitos crêem que, se cada um observasse o que se passa consigo, todos verificariam que são como eles.”

QUESTÃO 454: PODER-SE-IA ATRIBUIR A UMA ESPÉCIE DE SEGUNDA VISTA A PERSPICÁCIA DE ALGUMAS PESSOAS QUE, SEM NADA APRESENTAREM DE EXTRAORDINÁRIO, APRECIAM AS COISAS COM MAIS PRECISÃO DO QUE OUTRAS?

Resposta: “É sempre a alma a irradiar mais livremente e a apreciar melhor do que sob o véu da matéria.” a) — Pode esta faculdade, em alguns casos, dar a presciência das coisas? “Pode. Também dá os pressentimentos, pois que muitos são os graus em que ela existe, sendo possível que num mesmo indivíduo exista em todos os graus, ou em alguns somente.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan.O Livro dos Médiuns – ques tões 101 a 103 – ENSAIO TEÓRICO SOBRE AS APARIÇÕES)

I – AOS GRUPOS

1º. Quando se dão as manifestações visuais mais comuns? Como se denominam e como se manifestam?

2º. Apresente a classif icação dos sonhos em seus quatro t ipos.

3º. O que representa a interpretação dos sonhos à luz da Doutr ina?

4º. Identif ique: (a) as caracter íst icas das aparições; (b) como estas se apresentam; (c) quais as partes do corpo que geralmente mais se destacam; (d) quais são os atr ibutos da condição espir itual de um Espír ito e como se apresentam?

5º. A que se assemelham as apar ições? E, alegoricamente, em que se constituem?

- - - - - - - - reco r t a r e d i s t r i b u i r apenas a pa r t e supe r i o r d es t e anexo - - - - - - - - - - - -

I I – AOS MONITORES

AS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO ENCONTRAM-SE NAS PÁGINAS DOS “PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS”

1º. ITEM 101

2º. ITEM 101

3º. ITEM 101

4º. ITEM 102

5º. ITEM 103

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI • ITENS 104 a 107

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

(PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO) • Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1ª AULA –

• 1º Momento:

Distr ibuir o Anexo I e solic itar que respondam, em duplas de alunos, ao questionário (Questões 104 a 107).

• 2º Momento:

As duplas devem apresentar as respostas em plenár ia. Comentar as respostas.

• 3º Momento:

Distr ibuir o Anexo II I para pesquisa bibl iográf ica – tarefa de revisão em tr io de alunos para entrega na próxima aula � a importância do tema just if ica a revisão.

Tecer os comentár ios f inais abordando todos os aspectos da temática tratados nas

questões – Subsídios: Anexos e Principais Tópicos Abordados

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 25 ’ – 2º Momento • 10 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • Per ispí r i to • Xerox Anexo I e I I .

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 104 a 107

(2) KARDEC, Al lan. Obras Póstumas – Parte I , cap. I I , § 2º , Questões 16 a 21.

(3) KARDEC, Al lan. Revista Espír ita – Fevereiro 1860. Rio de Janeiro : FEB.

(4) ZIMMERMANN, Zalmino. Perispírito . Campinas, SP: CEAK, 2000. Cap. I I

(5) FARIA, Nogueira de. O Trabalho dos Mortos . 5. ed. R io de Janeiro : FEB, 1990.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

O QUE DEVE SER OBSERVADO PELOS GRUPOS NAS QUESTÕES:

QUESTÃO 104 ���� TANGILIDADE (1ª PROPRIEDADE)

ITEM 105 ���� INVISIBILIDADE / VISIBILIDADE (2ª PROPRIEDADE)

MUTABILIDADE (3ª PROPRIEDADE)

ITEM 106 ���� PENETRABILIDADE (4ª PROPRIEDADE)

QUESTIONÁRIO ITEM 104

(1ª) Como procede o Espír i to que deseja ou pode fazer-se v is íve l?

(2ª) É possível tocar , sent ir uma apar ição? A que propr iedade do per ispír i to se dever ia o fenômeno?

(3ª) Qual a d iferença entre uma apar ição v isual e outra tangível (caracterís t icas)?

(4ª) Esse fenômeno contradiz as Leis da Natureza?

QUESTÃO 105

(5ª) O per ispír i to possui a propr iedade da invis ib i l idade. Há c ircunstânc ias em que se torna perceptíve l à v isão? De que modo?

(6ª) Há condensação de f lu idos no sent ido l i tera l do termo?

(7ª) É correto af irmar-se que os d iferentes estados do per ispír i to são determinados por causa f ís ica ex terna? E quais os quatro fatores necessár ios para isso?

(8ª) Qual o papel da combinação entre f lu idos para os fenômenos mediúnicos?

QUESTÃO 106 (9ª) Outra propr iedade do per ispír i to é a Penetrabi l idade. Quais suas

caracterís t icas?

QUESTÃO 107 (10ª) As apar ições const i tuem-se um fenômeno raro? A Histór ia regis tra sua

ocorrênc ia? Fale sobre isso.

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ANEXO II – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO (AO MONITOR)

ITEM 104 – Respostas

(1ª) Como procede o Espír i to que deseja ou pode fazer-se v is íve l? Reveste-se de uma forma “mais prec isa, com todas as aparências de um corpo sól ido, ao ponto de causar completa i lusão e dar a crer, aos que observam a aparição, que têm diante de s i um ser corpóreo” . Em alguns casos torna-se tão real a ponto de o observador poder tocar , palpar, sent i r nes ta aparição a mesma res is tência, o mesmo calor que em um corpo vivo, embora es ta possa se desvanecer rápida e instantaneamente.

(2ª) É possível tocar , sent i r uma apar ição? A que propr iedade do per ispír i to se dever ia o fenômeno?

Sim. À Tangibilidade.

(3ª) Qual a d iferença entre uma apar ição v isual e outra tangível (caracterís t icas)? Há 02 t ipos de aparição (Visual – que é vis to; Tangível – que é tocado):

a. A que só se most ra à visão geral � Aparição Visível ; b. A que, sob cer tas condições, se torna possível tocar , ou se ja, a

Mater ia l i zação per ispi r í t ica � Apar ição Tangível (devido à propr iedade do Perisp í r i to – de Tangibi l idade)

(4ª) Esse fenômeno contradiz as Leis da Natureza? Não contradiz as le is da natureza.

� Mostrar fotos nos livros referenciados .

ITEM 105

(5ª) O per ispír i to possui a propr iedade da invis ib i l idade. Há c ircunstânc ias em que se torna percept ível à v isão? De que modo?

Sim, pela combinação, pela a l te ração molecular. Daí aparece como forma vaporosa.

(6ª) Há condensação de f lu idos no sent ido l i tera l do termo? Não, po is Kardec enfat i za que o termo “condensação” dever ia se usado com reservas , embora fosse o melhor termo d isponíve l na época. Contudo, e le recomenda enfat icamente para que não o tomássemos em seu sent ido l i tera l . Nos d ias atua is , o termo que melhor se ap l ica ser ia o de AGREGAÇÃO DE MOLÉCULAS (para expl icar o processo pe lo qual se dá as a l terações nos d i fe rentes estados do per ispí r i to) .

(7ª) É cor reto af irmar-se que os d iferentes es tados do per ispí r i to são determinados por causa f ís ica ex terna? E quais os quatro fatores necessár ios para isso?

Não, posto que estes resu l tam da vontade do Espír i to . Porém, somam-se à vontade, mais out ros t rês fa to res: a combinação e af in idade entre os f lu idos do médium e do Espír i to , a emissão suf ic iente de f lu idos e a permissão para que o Espír i to faça-se v is íve l .

(8ª) Qual o papel da combinação entre f lu idos para os fenômenos mediúnicos? O Espí r i to só consegue co locar seu per ispí r i to em estado vis íve l , quando a l ia sua vontade com a von tade de um médium, de modo que, ent re ambos, se dê uma “af in ização f lu íd ica” e permissão super ior para que o fa to se opere. É impresc indíve l então que se dê a COMBINAÇÃO entre o f lu ido do Espír i to comunicante e o f lu ido pecul iar do médium.

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ANEXO II – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO (AO MONITOR)

ITEM 106 – Respostas (9ª) Outra propr iedade do per ispí r i to é a Penetrabi l idade. Quais suas caracterís t icas?

Devido à propr iedade da Penetrabi l idade, nenhum obstáculo mater ial , f ís ico se opõe à ação do per ispír i to – e le atravessa tudo ass im “como a luz atravessa os corpos transparentes”

ITEM 107

(10ª) As apar ições const i tuem-se um fenômeno raro? A His tór ia regis tra sua ocorrênc ia? Fale sobre isso.

As apar ições não const i tuem fenômeno raro – ao contrár io, em todas as épocas da humanidade encontram-se regis tros de sua ocorrênc ia. COMENTÁRIOS ADICIONAIS PESSOAIS.

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MODULO II AULA Nº 05

ANEXO III – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

[ZIMMERMANN, Zalmino. Perispírito. Campinas/SP: C. E. Allan Kardec, 2000 (p. 32; 40 a 59)]

PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO:

• PLASTICIDADE

• DENSIDADE

• PONDERABILIDADE

• LUMINOSIDADE

• PENETRABILIDADE

• VISIBILIDADE

• CORPORIEDADE

• TANGIBILIDADE

• SENSIBILIDADE GLOBAL

• SENSIBILIDADE MAGNÉTICA

• ESPANSIBILIDADE

• BICORPOREIDADE

• UNICIDADE

• PERENIDADE

• MUTABILIDADE

• CAPACIDADE REFLETORA

• ODOR

• TEMPERATURA

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MODULO II AULA N.º 06

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI • ITENS 104 a 107

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

(PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO)

• Pesquisa Bib l iográf ica

• Le i tura c ircu lar

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 2ª AULA –

• 1º Momento:

Entrega da pesquisa bibl iográf ica acerca das propr iedades do Per ispír ito. Não

real izar releitura, apenas sanar dúvidas que, por ventura, ainda persistam.

Conf irmar se todos reviram as propriedades e cobrar para que todos da sala o

façam.

• 2º Momento:

Distr ibuir o Anexo I – le itura circular comentada.

Tecer os comentár ios f inais abordando todos os aspectos da temática tratados nas

questões – Subsídios: Anexo e Principais Tópicos Abordados

TEMPO: MATERIAL

• 15 ’ – 1º Momento

• 40 ’ – 2º Momento

• O Livro dos Médiuns • Obras Póstumas • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Q. 104 a 107

(2) KARDEC, Al lan. Obras Póstumas – Parte I , cap. I I , § 2º , Questões 16 a 21.

(3) KARDEC, Al lan. Revista Espír ita – Fevereiro 1860. Rio de Janeiro : FEB.

(4) ZIMMERMANN, Zalmino. Perispírito . Campinas, SP: CEAK, 2000. Cap. I I

(5) FARIA, Nogueira de. O Trabalho dos Mortos . 5. ed. R io de Janeiro : FEB, 1990.

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MODULO II AULA Nº 06

ANEXO I

KARDEC, Al lan. OBRAS PÓSTUMAS (Questão 16 a 21, ITEM II)

§ II — MANIFESTAÇÕES VISUAIS

16. Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível, tendo isso de comum com uma imensidade de fluidos que sabemos existir, mas que nunca vimos. Pode também, como alguns fluidos, sofrer modificações que o tornam perceptível à vista, quer por uma espécie de condensação, quer por uma mudança na disposição molecular. Pode mesmo adquirir as propriedades de um corpo sólido e tangível e retomar instantaneamente seu estado etéreo e invisível. É possível fazer-se idéia desse efeito pelo que acontece com o vapor, que passa do estado de invisibilidade ao estado brumoso, depois ao líquido, em seguida ao sólido e vice-versa. Esses diferentes estados do perispírito resultam da vontade do Espírito e não de uma causa física exterior, como se dá com os gases. Quando um Espírito aparece, é que ele põe seu perispírito no estado próprio a torná-lo visível. Entretanto, nem sempre basta a vontade para fazê-lo visível: é preciso, para que se opere a modificação do perispírito, o concurso de umas tantas circunstâncias que dele independem. É, preciso, ao demais, que ao Espírito seja permitido fazer-se visível a tal pessoa, permissão que nem sempre lhe é concedida, ou somente o é em determinadas circunstâncias, por motivos que nos escapam. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, capítulo VI.)

Outra propriedade do perispírito, peculiar essa à sua natureza etérea, é a penetrabilidade. Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo; ele as atravessa todas, como a luz atravessa os corpos transparentes. Daí vem que não há como impedir que os Espíritos entrem num recinto inteiramente fechado. Eles visitam o preso no seu cárcere tão facilmente como visitam a um que está no campo a trabalhar.

17. As manifestações visuais ocorrem ordinariamente durante o sono, por meio dos sonhos: são as visões. As aparições propriamente ditas dão-se no estado de vigília, estando aqueles que as percebem no gozo pleno de suas faculdades e da liberdade de usar delas. Apresentam-se, em geral, sob forma vaporosa e diáfana, algumas vezes vaga e imprecisa. Freqüentemente, não passam, à primeira vista, de um clarão esbranquiçado, cujos contornos pouco a pouco se acentuam. Doutras vezes, as formas se apresentam nitidamente desenhadas, distinguindo-se os menores traços do rosto, ao ponto de poder-se descrevê-lo com precisão. Os ademanes e o aspecto assemelham-se aos que o Espírito tinha quando vivo.

18. Podendo assumir todas as aparências, o Espírito se apresenta debaixo daquela que mais reconhecível o possa tornar, se o quiser. É assim que, embora como Espírito nenhuma enfermidade corpórea lhe reste, ele se mostrará estropiado, coxo, ferido com cicatrizes, se isso for necessário a lhe comprovar a identidade. O mesmo se observa com relação ao traje. O dos Espíritos que nada conservam das fraquezas terrenas, aquele de ordinário consta de amplos panos flutuantes e de uma cabeleira ondulante e graciosa.

Amiúde os Espíritos se apresentam com os atributos característicos de sua elevação, como: uma auréola, asas os que podem ser considerados anjos, resplandecente aspecto luminoso, enquanto que outros trajam as que recordam suas ocupações terrestres. Assim, um guerreiro aparecerá com a sua armadura, um sábio com livros, um assassino com um punhal, etc. A figura dos Espíritos superiores é bela, nobre e serena; os mais inferiores têm qualquer coisa de feroz e bestial e, por vezes, ainda mostram vestígios dos crimes que cometeram ou dos suplícios por que passaram, sendo-lhes essas aparências uma realidade, isto é, julgam-se quais aparecem, o que é para eles um castigo.

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MODULO II AULA Nº 06

ANEXO I

KARDEC, Al lan. OBRAS PÓSTUMAS ( ITENS 16 a 21, SUBITEM I I )

§ II — MANIFESTAÇÕES VISUAIS

19. O Espírito que quer ou pode realizar uma aparição toma por vezes uma forma ainda mais precisa, de semelhança perfeita com um sólido corpo humano, de sorte a causar ilusão completa e dar a crer que está ali um ser corpóreo.

Nalguns casos e dadas certas circunstâncias, a tangibilidade pode tornar-se real, isto é, pode-se tocar, apalpar a aparição, senti-la resistente como um corpo vivo e com o calor que se observa neste, o que não impede que ela se desvaneça com a rapidez do relâmpago. Pode, pois, uma pessoa estar em presença de um Espírito, trocar com ele palavras e gestos ordinários e supor que se trata de um simples mortal, sem suspeitar sequer que tem diante de si um Espírito.

20. Qualquer que seja o aspecto sob que se apresente um Espírito, ainda que sob forma tangível, pode ele, no instante em que isso se dê, somente ser visível para algumas pessoas. Pode, pois, numa reunião, mostrar-se, apenas, a um ou a diversos dos que nela estejam. De dois indivíduos que se achem lado a lado, pode acontecer que um o veja e toque e o outro nem o veja, nem o sinta. O fenômeno da aparição a uma só pessoa, entre muitas que se encontrem reunidas, explica-se por ser necessária, para que ele se produza, uma combinação do fluido perispiritual do Espírito com o da pessoa. E, para que isso se dê, é preciso que haja entre esses fluidos uma espécie de afinidade que permita a combinação. Se o Espírito não encontra a necessária aptidão orgânica, o fenômeno da aparição não pode reproduzir-se; se existe a aptidão, o Espírito tem a liberdade de aproveitá-la ou não. Daí resulta que, se duas pessoas igualmente dotadas quanto a essa aptidão se encontram juntas, pode o Espírito operar a combinação fluídica apenas com aquela das duas a quem ele queira mostrar-se. Se não a operar com a outra, esta não o verá. É como se se tratasse de dois indivíduos cujos olhos estivessem vendados: se um terceiro quiser mostrar-se a um dos dois apenas, somente dos olhos desse retirará a venda. A um, porém, que fosse cego, nada adiantaria a retirada da venda: ele, por isso, não adquiriria a faculdade de ver.

21. São muito raras as aparições tangíveis, sendo, no entanto, freqüentes as vaporosas. São-no, sobretudo, no momento da morte. O Espírito que se libertou como que tem pressa de ir rever seus parentes e amigos, quiçá para avisá-los de que acaba de deixar a Terra e dizer-lhes que continua a viver. Recorra cada um às suas lembranças e verificará que muitos fatos autênticos desse gênero, aos quais não foi dada a devida atenção, ocorreram, não somente à noite, mas em pleno dia e em completo estado de vigília.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI ITENS 108 a 110

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

(PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO)

• Dinâmica Pedagógica

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Dividir a sala em quatro grupos de alunos e subdividi- los em dois, atribuindo-lhes a tarefa de ler e explicar à sala a questão 108 (dois subgrupos) e as questões 109 e 110 (para os outros dois subgrupos).

• 2º Momento:

Questão 108 – um grupo apresenta suas conclusões em plenária e o outro subgrupo comenta e complementa o que julgar oportuno.

Questões 109 e 110 – mesmo procedimento anterior.

• 3º Momento:

Indicar o Anexo I como leitura complementar (Revista Espírita) e mostrar o Anexo II com as imagens ilustrat ivas.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 15 ’ – 1º Momento

• 25 ’ – 2º Momento

• 15 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • O Livro dos Espír i tos • Revis ta Espír i ta – fevere i ro de 1860. • Xerox Anexo I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Q. 108 a 110 (2) KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír itos – Q. 447 a 454 (3) KARDEC, Al lan. Revista Espír ita – Fevereiro 1860. Brasí l ia-DF: FEB. (4) ZIMMERMANN, Zalmino. Perispírito . Campinas, SP: CEAK, 2000. Cap. I I (5) FARIA, Nogueira de. O Trabalho dos Mortos . 5.ed. Brasí l ia-DF: FEB, 1990.

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ANEXO I

Os Espíritos Glóbulos Revista Espírita, fevereiro de 1860

O desejo de ver os Espíritos é uma coisa muito natural, e conhecemos poucas pessoas que não desejam gozar desta faculdade; infelizmente é uma das mais raras, sobretudo quando é permanente. As aparições espontâneas são bastante freqüentes, mas são acidentais, e quase sempre motivadas por uma circunstância toda individual, baseada sobre as relações que puderam existir entre o vidente e o Espírito que lhe aparece; outra coisa é, pois, ver fortuitamente um Espírito ou vê-lo habitualmente, e nas condições normais mais comuns; ora, está aí o que constitui, propriamente falando, a faculdade dos médiuns videntes. Ela resulta de uma aptidão especial cuja causa é ainda desconhecida, e que pode se desenvolver, mas que se provocaria em vão quando não exista a predisposição natural. É necessário, pois, manter-se em guarda com outras ilusões que podem nascer no desejo de possuí-la, e que deram lugar a estranhos sistemas. Quanto mais combatamos as teorias duvidosas pelas quais se atacam as manifestações, sobretudo quando essas teorias acusam a ignorância dos fatos, mais devemos procurar, no interesse da verdade, destruir idéias que provam mais de entusiasmo que de reflexão, e que, por isso mesmo, fazem mais mal que bem, expondo-as ao ridículo.

A teoria das visões e das aparições é hoje perfeitamente conhecida; nós a desenvolvemos em vários artigos, e notadamente nos números de dezembro de 1858, fevereiro e agosto de 1859 e no nosso O Livro dos Médiuns, ou Espiritismo Experimental; não a repetiremos, portanto, aqui, mas somente lembraremos alguns pontos de fato, antes de chegar ao exame do sistema dos glóbulos.

Os Espíritos podem se produzir à visão sob diferentes aspectos: o mais freqüente é a forma humana. Sua aparição, geralmente, tem uma forma vaporosa e diáfana, algumas vezes vaga e indecisa. Freqüentemente, à primeira vista, é um clarão esbranquiçado, cujos contornos se determinam pouco a pouco. Outras vezes, as linhas são mais acentuadas, e os menores traços do rosto desenhados com uma precisão que permite dar-lhe a descrição mais exata. Um pintor, nestes momentos, poderia seguramente fazer-lhe o retrato com tanta facilidade como o faria para uma pessoa viva. As maneiras e o aspecto são os mesmos que durante a vida do Espírito. Podendo dar todas as aparências ao seu perispírito, que constitui seu corpo etéreo, apresenta-se sob aquela que melhor pode fazê-lo reconhecer; assim, se bem que, como Espírito, não tenha mais nenhuma das enfermidades corpóreas que poderia ter como homem, ele se mostrará estropiado, coxo ou corcunda, se julga oportuno para atestar sua identidade. Quanto à roupa, ela se compõe, o mais comumente, de uma roupagem que termina em longa túnica flutuante; pelo menos é a aparência dos Espíritos superiores que nada conservaram das coisas terrestres; mas os Espíritos vulgares, aqueles que se conheceram, quase sempre tem a roupa que tinham no último período de vida. Freqüentemente, têm atributos característicos de sua classe. Os Espíritos superiores têm sempre uma figura bela, nobre e serena; os Espíritos inferiores, ao contrário, têm uma fisionomia vulgar, espelho onde se pintam as paixões mais ou menos ignóbeis que os agitaram; algumas vezes ainda carregam os traços de crimes que cometeram ou dos suplícios que suportaram. Uma coisa notável é que, a menos de circunstâncias particulares, as partes menos desenhadas, geralmente, são os membros inferiores, ao passo que a cabeça, o peito e os braços são sempre nitidamente traçados.

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ANEXO I – CONTINUAÇÃO

Os Espíritos Glóbulos Revista Espírita, fevereiro de 1860

(CONTINUAÇÃO) Dissemos que as aparições têm alguma coisa de vaporosa, malgrado a sua clareza; poder-

se-ia, em certos casos, compará-la à imagem refletida num vidro sem estanho, que não impede ver os objetos que estão por detrás. Bastante ordinariamente, é assim que os distinguem os médiuns videntes; eles os vêm irem, virem, entrarem, saírem, circularem entre a multidão dos vivos, tendo o ar, para os Espíritos vulgares pelo menos, de tomarem parte ativa no que se passa ao redor deles, de se interessarem segundo o assunto, de escutarem o que se diz. São vistos, freqüentemente, aproximarem de pessoas, lhes soprarem idéias, influenciá-las, consolá-las, se mostrarem tristes ou contentes com os resultados que obtêm: em uma palavra, é o duplo ou o reflexo do mundo corporal, com suas paixões, seus vícios ou suas virtudes, mais virtudes do que a nossa natureza material nos permite dificilmente compreender. Tal é esse mundo oculto que povoa os espaços, que nos cerca, no meio do qual vivemos, sem disso desconfiar, como vivemos no meio de miríades do mundo microscópico.

Mas pode ocorrer que o Espírito revista uma forma ainda mais nítida e tome as aparências de um corpo sólido, ao ponto de produzir uma ilusão completa e de fazer crer a presença de um ser corpóreo. Enfim, a tangibilidade pode se tornar real, quer dizer, que se pode tocar, apalpar esse corpo, sentir a mesma resistência, o mesmo calor que da parte de um corpo animado, e isso quase pode se desvanecer com a rapidez do raio. Não somente a aparição desses seres, designados sob o nome de agêneres, é muito rara, ela é sempre acidental e de curta duração, e não poderiam tomar-se sob essa forma, os comensais habituais de uma casa.

Sabe-se que entre as faculdades excepcionais das quais o senhor Home deu provas irrecusáveis, é necessário colocar a de fazer aparecer mãos tangíveis que se podem apalpar, e que, por outro lado, podem agarrar apertar e deixar marcas sobre a pele. Os fatos de aparições tangíveis, dizemos, são bastante raros, mas aqueles que se passaram nestes últimos tempos confirmam e explicam aqueles que a história conta a respeito de pessoas que se mostraram, depois de sua morte, com todas as aparências corpóreas. De resto, por extraordinários que sejam semelhantes fenômenos, todo o sobrenatural desaparece quando se lhes conhece a explicação, e se compreende, então, que longe de ser uma derrogação das leis da Natureza não são senão uma sua aplicação.

Quando os Espíritos tomam a forma humana, não se poderia com isso enganar-se; mas assim não é quando tomam outras aparências. Não falaremos aqui de certas imagens terrestres refletidas pela atmosfera, e que puderam alimentar a superstição entre pessoas ignorantes, mas de alguns outros efeitos sobre os quais os homens, mesmos esclarecidos puderam se equivocar; é aí, sobretudo, que é necessário manter-se em guarda contra a ilusão para não expor-se a tomar por Espíritos fenômenos puramente físicos.

O ar não é sempre de uma limpidez perfeita, e há circunstâncias tais em que a agitação e as correntes das moléculas aeriformes produzidas pelo seu calor são perfeitamente visíveis. A aglomeração desses fragmentos forma pequenas massas transparentes que parecem flutuar no espaço, e que dão lugar ao singular sistema dos Espíritos sob a forma de glóbulos. A causa dessa aparência está, portanto, no próprio ar, mas pode estar também no olho. (continua)...

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QUESTÃO 103

Descrever de que modo se assemelham as apar ições.

:

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ANEXO I (continuação)

Os Espíritos Glóbulos Revista Espírita, fevereiro de 1860

(CONTINUAÇÃO)

O humor aquoso oferece pontos imperceptíveis que perderam sua transparência; esses pontos são como corpos semi-opacos em suspensão no liquido do qual seguem os movimentos e as ondulações. Eles produzem no ar ambiente e à distância, por efeito de um engrossamento e da refração, aparência de pequenos discos, algumas vezes irisados, variando de um a dez milímetros de diâmetro. Vimos certas pessoas tomarem esses discos por Espíritos familiares que as seguiam e as acompanhavam por toda parte, e, em seu entusiasmo, verem figuras nas nuanças da irisação. Uma simples observação, fornecidas por essas mesmas pessoas vai reconduzi-las ao terreno da realidade. Esses discos ou medalhões, dizem elas, não somente as acompanham, mas seguem em todos os seus movimentos; vão à direita, à esquerda, para cima, para baixo, ou se detêm segundo os movimentos da cabeça; essa coincidência prova por si só que a sede da aparência está em nós e não fora de nós, e o que o demonstra, por outro lado é que, em seus movimentos ondulatórios, esses discos não se separam jamais de um certo ângulo; mas como eles não seguem com precipitação o movimento da linha visual, parecem ter uma certa dependência. A causa desse efeito é muito simples. Os pontos opacos, ou semi-opacos, do humor aquoso, causa primeira do fenômeno são, dissemos, como estando em suspensão, mas têm sempre uma tendência a descerem; quando eles sobem, é que foram solicitados pelo movimento do olho de baixo para cima; chegados a uma certa altura, fixando-se o olho, vê-se o disco descer lentamente, depois deter-se; sua mobilidade é extrema, porque lhe basta um movimento imperceptível do olho para fazer percorrer ao raio visual toda amplitude do ângulo em sua abertura no espaço, onde a imagem se projeta.

Outro tanto dizemos das centelhas que se conduzem, algumas vezes, em maços ou feixes mais ou menos compactos, pela contração dos músculos do olho, e que se devem, provavelmente, à fluorescência ou à eletricidade naturais da íris, uma vez que são, geralmente, circunscritos na circunferência desse órgão.

De semelhantes ilusões não podem provir senão uma observação incompleta; quem haja estudado seriamente a natureza dos Espíritos por todos os meios que a ciência prática dá, compreenderá tudo o que elas têm de pueril. Se esses glóbulos aéreos fossem Espíritos, seria necessário convir que estariam constrangidos a um papel muito mecânico para seres inteligentes e livres; papel possivelmente fastidioso para Espíritos inferiores, com a mais forte razão incompatível com a idéia que fazemos dos Espíritos superiores.

Os únicos sinais que podem, verdadeiramente, atestar a presença dos Espíritos são os sinais inteligentes. Enquanto não se provar que as imagens das quais acabamos de falar, tivessem elas mesmo a forma humana, têm um movimento próprio, espontâneo, com caráter intencional evidente e acusando uma vontade livre, não veremos aí senão simples fenômenos fisiológicos ou de ótica. A mesma observação se aplica a todos os gêneros de manifestações, e, sobretudo, aos ruídos, às pancadas, aos movimentos insólitos de corpos inertes que milhares de causas físicas podem produzir. Nós o repetimos, tanto que um efeito não seja inteligente por si mesmo, e independente da inteligência dos homens, é necessário considerá-lo duas vezes antes de atribuí-lo aos Espíritos.

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ANEXO I – continuação

Os Espíritos Glóbulos Revista Espírita, fevereiro de 1860

(CONTINUAÇÃO)

Outro tanto dizemos das centelhas que se conduzem, algumas vezes, em maços ou feixes mais ou menos compactos, pela contração dos músculos do olho, e que se devem, provavelmente, à fluorescência ou à eletricidade, naturais da íris, uma vez que são, geralmente, circunscritos na circunferência desse órgão.

De semelhantes ilusões não podem provir senão uma observação incompleta; quem haja estudado seriamente a natureza dos Espíritos por todos os meios que a ciência prática dá, compreenderá tudo o que elas têm de pueril. Se esses glóbulos aéreos fossem Espíritos, seria necessário convir que estariam constrangidos a um papel muito mecânico para seres inteligentes e livres; papel possivelmente fastidioso para Espíritos inferiores, com a mais forte razão incompatível com a idéia que fazemos dos Espíritos superiores.

Os únicos sinais que podem, verdadeiramente, atestar a presença dos Espíritos são os sinais inteligentes. Enquanto não se provar que as imagens das quais acabamos de falar, tivessem elas mesmo a forma humana, têm um movimento próprio, espontâneo, com caráter intencional evidente e acusando uma vontade livre, não veremos aí senão simples fenômenos fisiológicos ou de ótica. A mesma observação se aplica a todos os gêneros de manifestações, e sobretudo aos ruídos, às pancadas, aos movimentos insólitos de corpos inertes que milhares de causas físicas podem produzir. Nós o repetimos, tanto que um efeito não seja inteligente por si mesmo, e independente da inteligência dos homens, é necessário considerá-lo duas vezes antes de atribuí-lo aos Espíritos.

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ANEXO II – FOTOS

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ANEXO II – FOTOS

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI ITENS 111 a 113

• DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

(TEORIA DA ALUCINAÇÃO)

• Dinâmica Pedagógica

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Dividir a sala em quatro grupos de alunos, atribuindo-lhes a tarefa de ler e explicar à sala os ITENS 111 à 113. A distr ibuição das questões assim se dará:

Grupo1 e 2: itens 111 e 112; Grupo 3 e 4: item 113.

• 2º Momento: ITENS 111 e 112 – um grupo apresenta suas conclusões em plenária e o outro subgrupo comenta e complementa o que julgar oportuno.

ITEM 113 – o mesmo procedimento anterior.

• 3º Momento:

Distr ibuir o Anexo I como leitura complementar (Revista Espírita).

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 30 ’ – 2º Momento • 05 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns + O L ivro dos Espír i tos • Revis ta Espír i ta – ju lho de 1861. • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 108 a 110 (2) KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír itos – Q. 447 a 454 (3) KARDEC, Al lan. Revista Espír ita – Ju lho de 1861. Rio de Janeiro: FEB.

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ANEXO I

ENSAIO SOBRE A TEORIA DA ALUCINAÇÃO Revista Espírita, julho de 1861

Aqueles que não admitem o mundo incorpóreo e invisível crêem tudo explicar pela palavra alucinação. A definição desta palavra é conhecida; é: Um erro, uma ilusão de uma pessoa que crê ter percepções que ela realmente não tem (Academia. Do latim hallucinari, erro; feito de ad lucem); mas os sábios dela não deram ainda, que saibamos, a razão fisiológica. A ótica e a fisiologia não parecem ter mais segredos para eles; como ocorre que não hajam ainda, de nenhum modo, explicado a fonte das imagens que se oferecem ao espírito em certas circunstâncias? Que seja real ou não, o alucinado vê alguma coisa; dir-se-á que ele crê ver, mas que não vê nada? Isto não é provável. Dizei, se quiserdes, que é uma imagem fantástica, seja; mas qual é a fonte dessa imagem, como se forma, como se reflete em seu cérebro? Eis o que não nos dizem. Seguramente, quando ele crê ver o diabo com seus cornos e suas garras, as chamas do inferno, animais fabulosos que não existem, a Lua e o Sol que se batem, é evidente que aí não há nenhuma realidade; mas se é um jogo de sua imaginação, como ocorre que descreve essas coisas como se estivessem presentes? Há, pois, diante dele um quadro, uma fantasmagoria qualquer; qual é, então, o espelho sobre o qual se pinta essa imagem? Qual é a causa que dá, a essa imagem, a forma, a cor e o movimento? É do que, em vão procuramos a solução na ciência. Uma vez que os sábios querem tudo explicar pelas leis da matéria, que dêem, pois, por essas mesmas leis, uma teoria da alucinação; boa ou má, isso será sempre uma explicação.

Os fatos provam que há verdadeiras aparições das quais a teoria espírita dá perfeitamente conta, e que só podem negar aqueles que não admitem nada fora do mundo visível; mas, ao lado dessas visões reais, há alucinações no sentido ligado a essa palavra? Isso não é duvidoso; o essencial é determinar os caracteres que podem fazê-las distinguir das aparições reais. Qual é a fonte dessas? São os Espíritos que vão nos colocar no caminho, porque a explicação nos parece inteiramente na resposta dada à pergunta seguinte:

Podem considerar-se, como aparições, as figuras e outras imagens que se apresentam, freqüentemente, no primeiro sono ou simplesmente quando se fecham os olhos?

"Desde que os sentidos se atordoam, o Espírito se desliga, e pode ver, ao longe ou perto, aquilo que não poderia ver com os seus olhos. Essas imagens são, algumas vezes, visões, mas podem ser também um efeito de impressões da visão de certos objetos deixadas no cérebro que delas conservam os traços, como conserva os dos sons. O Espírito desligado vê, então, em seu próprio cérebro essas impressões, que ali se fixaram como sobre uma placa de daguerreótipo. Sua variedade e sua mistura formam conjuntos bizarros e fugidios, que se apagam quase logo, apesar dos esforços que se faz para retê-los. É a uma causa semelhante que é necessário atribuir certas aparições fantásticas, que nada têm de real, e que se produzem, freqüentemente, no estado de enfermidade."

Está reconhecido que a memória é o resultado das impressões conservadas pelo cérebro. Por que singular fenômeno essas impressões, tão variadas, se multiplicam e não se confundem nunca? Está aí um mistério impenetrável, mas que não é mais estranho do que aquele das ondulações sonoras que se cruzam no ar e não se tornam, por isso, menos distintas. Num cérebro sadio e bem organizado, essas impressões são limpas e precisas; em condições menos favoráveis, elas se apagam ou se confundem, como fazem as impressões de um carimbo sobre uma substância muito sólida ou muito fluida; daí a perda da memória ou a confusão das idéias. Isso parece menos extraordinário, se se admite, como em frenologia, uma destinação especial para cada parte, e mesmo para cada fibra do cérebro. (continua a seguir)

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ANEXO I (continuação) ENSAIO SOBRE A TEORIA DA ALUCINAÇÃO

Revista Espírita, julho de 1861

Essas imagens chegadas ao cérebro pelos olhos, aí deixam, pois, uma impressão que faz que se lembre de um quadro como se o tivesse diante de si; ocorre o mesmo com a impressão dos sons, dos odores, dos sabores, das palavras, dos nomes, etc. Como as fibras, órgãos destinados à recepção e à transmissão dessas impressões, estão aptas a conservá-las, têm-se a memória das formas, das cores, da música, dos números, das línguas, etc. Quando se representa uma cena que se viu, isso não é senão um assunto de memória, porque, em realidade, não se vê; mas, num certo estado de emancipação, a alma vê no cérebro e aí reencontra essas imagens, sobretudo aquelas que a feriu mais segundo a natureza das preocupações ou das disposições do espírito; ela aí reencontra a impressão das cenas religiosas, diabólicas, dramáticas ou outras que viu em uma outra época em pintura, em ação, em leituras ou relatos, porque as narrações deixam também impressões. Assim, a alma vê realmente alguma coisa; é a imagem de alguma sorte daguerreotipada no cérebro. No estado normal, essas imagens são fugidias e efêmeras, porque todas as partes cerebrais funcionam livremente; mas no estado de enfermidade, o cérebro está sempre mais ou menos enfraquecido; o equilíbrio não existe mais entre todos os órgãos; alguns somente conservam a sua atividade, ao passo que outros estão de algum modo paralisados; daí a permanência de certas imagens que não estão mais apagadas, como no estado normal, pelas preocupações da vida exterior; daí a verdadeira alucinação, a fonte primeira das idéias fixas. A idéia fixa é a lembrança exclusiva de uma impressão, a alucinação é a visão retrospectiva, pela alma, de uma imagem impressa no cérebro.

Como se vê, nos demos conta dessa anomalia aparente por uma lei toda fisiológica bem conhecida, a das impressões cerebrais; mas para nós sempre foi preciso intervir a alma, com as suas faculdades distintas da matéria; ora, se os materialistas não puderam ainda dar uma solução racional a esse fenômeno, é porque não querem admitir a alma, e que com o materialismo puro ele é inexplicável; também dirão que nossa explicação é má, porque fazemos intervir um agente contestado; contestado por quem? Por eles, mas admitido pela imensa maioria desde que há homens sobre a Terra, e a negação de alguns não pode fazer lei.

Nossa explicação é boa? Damo-la por aquilo que ela pode valer, e querendo-se, a título de hipótese, na espera de melhor; ela tem pelo menos a vantagem de dar, à alucinação, uma base, um corpo, uma razão de ser; ao passo que, quando os fisiologistas pronunciaram suas palavras sacramentais de superexcitação, de exaltação, de efeitos da imaginação, nada disseram, ou não disseram tudo, porque observaram todas as fases do fenômeno.

A imaginação desempenha também um papel que é necessário distinguir da alucinação propriamente dita, embora essas duas causas estejam freqüentemente reunidas; ela empresta a certos objetos formas que eles não têm, como faz ver uma figura na Lua ou animais nas nuvens. Sabe-se que, na obscuridade, os objetos revestem aparências bizarras, na falta de poder distinguir-lhes todas as partes, e porque os contornos aí não estão nitidamente acusados; quantas vezes, à noite, num quarto, uma veste dependurada, um vago reflexo luminoso, não pareceram ter uma forma humana aos olhos de pessoas que estão de sangue frio? Se o medo a isso se junta, ou uma credulidade exagerada, a imaginação faz o resto. Compreende-se, segundo isso, que a imaginação possa alterar a realidade das imagens percebidas durante a alucinação e lhes dar formas fantásticas.

As verdadeiras aparições têm um caráter que, para um observador experimentado, não permite confundi-las com os efeitos que acabamos de citar. Como podem ocorrer em pleno dia, deve-se desconfiar daquelas que se crê ver à noite, com medo de ser vítima de uma ilusão ótica. Aliás, nas aparições como em todos os outros fenômenos espíritas, o caráter inteligente é a melhor prova de sua realidade. Toda aparição que não dá nenhum sinal inteligente pode ser temerariamente colocada na classe das ilusões. Os Senhores materialistas devem ver que lhes concedemos larga margem. (continua a seguir)

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ANEXO I (continuação) ENSAIO SOBRE A TEORIA DA ALUCINAÇÃO

Revista Espírita, julho de 1861

Tal qual é, a nossa explicação dá a razão de todos os casos de visão? Certamente que não, e colocamos a todos os fisiologistas o desafio de dar uma só, de seu ponto de vista exclusivo, que as resolve todas; portanto, se todas as teorias da alucinação são insuficientes para explicar todos os fatos, é que há outra coisa a mais do que a alucinação propriamente dita, e essa alguma coisa não tem a sua solução senão na teoria Espírita, que as encerra todas. Com efeito, examinando-se com cuidado certos casos de visões muito freqüentes, ver-se-á que é impossível atribuir-lhes a mesma origem da alucinação. Procurando dar desta uma explicação provável, quisemos mostrar em que ela difere da aparição. Num e noutro caso, é sempre a alma que vê e não os olhos; no primeiro ela vê uma imagem interior, e no segundo uma coisa exterior, podendo-se assim exprimir. Quando uma pessoa ausente, da qual não se pensa de nenhum modo, que se a crê em muito boa saúde, se apresenta espontaneamente, então quando se está perfeitamente desperto, e vem revelar as particularidades de sua morte, que ocorreu nesse momento mesmo, e da qual, conseqüentemente, não se podia ter conhecimento, não se pode atribuir o fato nem a uma lembrança, nem a uma preocupação do espírito. Supondo que se tenham tido apreensões sobre a vida dessa pessoa, restaria ainda para explicar a coincidência do momento da morte com a aparição, e sobretudo as circunstâncias da morte, coisas que não se pode nem conhecer nem prever. Podem, pois, classificar-se entre as alucinações as visões fantásticas que nada têm de real, mas não ocorre o mesmo com aquelas que revelam atualidades positivas, confirmadas pelos acontecimentos; explicá-las pelas mesmas causas seria absurdo, e seria mais absurdo ainda atribuí-las ao acaso, essa razão suprema daqueles que nada têm a dizer. Só o Espiritismo pode dar-lhes uma razão pela dupla teoria do perispírito e da emancipação da alma; mas como crer na ação da alma, quando não se admite a alma?

Não tendo nenhuma conta do elemento espiritual, a ciência se encontra na impossibilidade de resolver uma multidão de fenômenos, e cai no absurdo querendo tudo relacionar ao elemento material. É na medicina, sobretudo, que o elemento espiritual desempenha um papel importante; quando os médicos derem conta dele, se enganarão menos freqüentemente do que não o fazem; aí haurirão uma luz que os guiará, mais seguramente, no diagnóstico e no tratamento das enfermidades. É o que se pode constatar, desde o presente, na prática dos médicos espíritas, cujo número aumenta todos os dias. Tendo a alucinação uma causa fisiológica, encontrará, disso estamos certos, um meio de combatê-la. Conhecemos um deles que, graças ao Espiritismo, está no caminho de descobertas da mais alta importância, porque o fez conhecer a verdadeira causa de certas afecções rebeldes à medicina materialista.

O fenômeno da aparição pode se produzir de duas maneiras: ou é o Espírito que vem encontrar a pessoa que vê; ou é o Espírito desta que se transporta e vai encontrar o outro. Os dois exemplos seguintes nos parecem caracterizar perfeitamente os dois casos.

Um dos nossos colegas nos contou recentemente que um oficial, de seus amigos, estando na África, teve diante de si o quadro de um cortejo fúnebre: era o de um de seus tios, que morava na França, e que não via há muito tempo. Viu distintamente toda a cerimônia, desde a saída da casa mortuária, à igreja, e o transporte ao cemitério; notou mesmo diversas particularidades das quais não podia ter idéia. Nesse momento estava desperto, e, todavia, num certo estado de absorção do qual não saiu senão quando tudo desapareceu. Tocado por esta circunstância, escreveu para a França para ter notícias de seu tio, e soube que este, morrendo subitamente, fora enterrado no dia e hora em que a aparição ocorreu, e com as particularidades que ele vira. É evidente que, nesse caso não foi o enterro que veio procurá-lo, mas ele que foi procurar o enterro, do qual teve a percepção por um efeito de segunda vista.

(continua a seguir)

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ANEXO I

(continuação) ENSAIO SOBRE A TEORIA DA ALUCINAÇÃO Revista Espírita, julho de 1861

Um médico de nosso conhecimento, o Sr. Félix Mallo, havia cuidado de uma jovem; mas, achando que o ar de Paris lhe era contrário, aconselhou-a a ir passar algum tempo com sua família, na província, o que ela fez. Há seis meses dela não ouvira falar e nem pensava nela mais, quando uma noite, pelas dez horas, estando em seu quarto de dormir, ouviu bater à porta de seu gabinete de consulta. Crendo que vinha ser chamado por um enfermo, disse-lhe para entrar; mas ficou muito surpreso em ver, diante de si, a jovem mulher em questão, pálida, com a roupa que a conhecera, e que lhe disse com um muito grande sangue frio: "Senhor Mallo, vim dizer-lhe que morri;" depois ela desapareceu. O médico, tendo se assegurado de que estava bem desperto, e que ninguém entrara, fez tomar informações, e soube que esta jovem mulher morrera na mesma noite que lhe aparecera. Aqui, foi bem o Espírito da mulher que veio procurá-lo. Os incrédulos não faltarão de dizer que o médico poderia estar preocupado com a saúde da sua antiga enferma, e que não há nada de espantoso naquilo que previu a sua morte; seja; mas, que expliquem o fato da coincidência de sua aparição com o momento de sua morte, então que há vários meses o médico dela não ouvira falar. Supondo mesmo que haja acreditado na impossibilidade de uma cura, poderia prever que ela morreria em tal dia e a tal hora? Devemos acrescentar que ele não é um homem a se ferir a imaginação.

Eis um outro fato não menos característico e que não se poderia atribuir a uma previsão qualquer. Um dos nossos sócios, oficial de marinha, estava no mar, quando viu seu pai e seu irmão lançados debaixo de uma viatura; o pai morto e o irmão sem nenhum mal. Quinze dias depois, tendo desembarcado na França, seus amigos procuraram prepará-lo para receber uma triste novidade. - Não tomeis tantas precauções, disse-lhes, eu sei o que quereis me dizer: Meu pai está morto; há quinze dias que o sei. Com efeito, seu pai e seu irmão, estando em Paris, desciam os Campos Elíseos numa viatura, o cavalo se enfureceu, a viatura foi quebrada, o pai morto e o irmão dali foi tirado com algumas contusões. Estes fatos são positivos, atuais, e não dirão que são lendas da Idade Média. Que cada um recolha as suas lembranças, e ver-se-á que são mais freqüentes do que não se crê. Perguntamos se têm algum dos caracteres da alucinação. Pedimos igualmente aos materialistas para dar uma explicação do fato relatado no artigo seguinte.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI I ITENS 114 a 118

• DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO

• Le i tura comentada • Dramat ização

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento: Fazer leitura da I tem 114 .

• 2º Momento: Subdividir a turma em três grandes grupos.

� Cada grupo f icará com um item no qual é exposto um estudo de caso a ser dramatizado. Assim, caberá ao Grupo 1 a i tem 115 (Estudo de Caso I), ao Grupo 2, a i tem 116 (Estudo de Caso II) , e ao Grupo 3, a i tem 117 (Estudo de Caso II I) .

• 3º Momento: Preparação e ensaio dos grupos para a apresentação em sala

� Lembrando a todos que é um exerc íc io de descontração e confraternização educat iva, de modo que n inguém deverá f icar in t im idado (não é teste para atores de TV, s implesmente uma at iv idade lúdica pedagógica) e nem deixar que o orgulho (do perfecc ionismo) to lde a opor tunidade da convivênc ia f raterna entre os grupos em at iv idade tarefei ra de aprendizagem.

• 4º Momento:

Apresentação de cada grupo sobre a história preparada: Grupo 1 – Caso da Vendedora de Frutas; Grupo 2 – Caso da senhora enferma e o homem do rapé; Grupo 3 – Caso do solteirão e a noiva.

• 5º Momento:

Concluir com a leitura d item 118.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento • 05 ’ – 2º Momento

• 15 ’ – 3º Momento • 25 ’ – 4º Momento • 05 ’ – 5º Momento

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – ITENS 114 a 118

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – ITENS 114 e 118)

ITEM 114

Estes dois fenômenos são variedades do das manifestações v isuais e, por muito maravi lhosos que pareçam à pr imeira v is ta, fac i lmente se reconhecerá, pela expl icação que deles se pode dar , que não estão fora da ordem dos fenômenos natura is . Assentam ambos no pr inc íp io de que tudo o que f icou d ito , das propr iedades do per ispí r i to após a morte, se apl ica ao per ispí r i to dos vivos. Sabemos que durante o sono o Espír i to readquire par te da sua l iberdade, is to é, iso la-se do corpo e é nesse estado que, em muitas ocasiões, se tem ensejo de observá- lo. Mas, o Espír i to, quer o homem esteja v ivo, quer morto, t raz sempre o envol tór io semimater ia l que, pelas mesmas causas de que já tratamos, pode tornar-se vis ível e tangível . Há fatos mui to pos i t ivos, que nenhuma dúvida permite a tal respei to. Ci taremos apenas a lguns exemplos, de que temos conhec imento pessoal e cuja exat idão podemos garant ir , sendo que a todos é possível registrar outros análogos, consultando suas própr ias reminiscênc ias.

ITEM 118

Antes de irmos adiante, devemos responder imediatamente a uma questão que não deixará de ser formulada: como pode o corpo viver , enquanto es tá ausente o Espír i to? Poder íamos d izer que o corpo v ive a v ida orgânica, que independe do Espír i to , e a prova é que as p lantas v ivem e não têm Espír i to . Mas, prec isamos acrescentar que, durante a v ida, nunca o Espír i to se acha completamente separado do corpo. Do mesmo modo que a lguns médiuns v identes, os Espír i tos reconhecem o Espír i to de uma pessoa viva, por um rastro luminoso, que termina no corpo (*) , fenômeno que absolutamente não se dá quando este es tá morto, porque, então, a separação é completa. Por meio dessa comunicação, entre o Espír i to e o corpo, é que aquele recebe aviso, qualquer que seja a d is tânc ia a que se ache do segundo, da necess idade que este possa exper imentar da sua presença, caso em que volta ao seu invólucro com a rapidez do re lâmpago. Daí resul ta que o corpo não pode morrer durante a ausência do Espír i to e que não pode acontecer que este, ao regressar, encontre fechada a por ta, conforme hão d ito a lguns romanc istas, em histór ias compostas para recrear . (O Livro dos Espír i tos , nº 400 e seguintes .)

(*) NOTA CEC – Denominado pelo Espír i to André Luiz de “ f io de prata” .

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ANEXO I

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – ITENS 115 e 116)

ESTUDO DE CASO 1: CASO DA VENDEDORA DE FRUTAS

ITEM 115

A mulher de um dos nossos amigos viu repetidas vezes entrar no seu quarto, durante a noite, houvesse ou não luz, uma vendedora de frutas que ela conhecia de vista, residente nas cercanias, mas com quem jamais falara. Grande terror lhe causou essa aparição, não só porque, na época em que se deu, ela ainda nada conhecia do Espiritismo, como também porque se produzia com muita freqüência. Ora, a vendedora de frutas estava perfeitamente viva e, àquelas horas, provavelmente dormia. Assim, enquanto, na sua casa, seu corpo material repousava seu Espírito, com o respectivo corpo fluídico, ia à casa da senhora em questão. Por que motivo? É o que se não sabe. Diante de fato de tal natureza, um espírita, iniciado nessa espécie de fenômenos, ter-lho-ia perguntado; disso, porém, nenhuma idéia teve a senhora. De todas as vezes, a aparição se eclipsava, sem que ela soubesse como, e, de todas igualmente, após a desaparição, cuidou de se certificar de que as portas estavam bem fechadas, de modo a não poder ninguém penetrar-lhe no aposento. Esta precaução lhe deu a prova de estar sempre completamente acordada na ocasião e de não haver sido joguete de um sonho.

De outras vezes, viu, da mesma maneira, um homem que lhe era desconhecido e, certo dia, viu seu próprio irmão, que se achava na Califórnia. Este se lhe apresentou com a aparência tão perfeita de uma pessoa real, que, no primeiro momento, acreditou que ele houvesse regressado e quis dirigir-lhe a palavra. Logo, entretanto, o vulto desapareceu, sem lhe dar tempo a isso. Uma carta, que posteriormente lhe chegou, trouxe-lhe a prova de que o irmão, que ela vira, não morrera. Essa senhora era o que se pode chamar um médium vidente natural. Mas, então, como acima dissemos, ainda nunca ouvira falar em médiuns.

ESTUDO DE CASO 2: CASO DA SENHORA ENFERMA E O HOMEM DO RAPÉ

ITEM 116

Outra senhora, residente na província, estando gravemente enferma, viu certa noite, por volta das dez horas, um senhor idoso, que residia na mesma cidade e com quem ela se encontrava às vezes na sociedade, mas sem que existissem relações estreitas entre ambos. Viu-o perto de sua cama, sentado numa poltrona e a tomar, de quando em quando, uma pitada de rapé. Tinha ares de vigiá-la. Surpreendida com semelhante visita a tais horas, quis perguntar-lhe por que motivo ali estava, mas o senhor lhe fez sinal que não falasse e tratasse de dormir. De todas as vezes que ela intentou dirigir-lhe a palavra, o mesmo gesto a impediu de fazê-lo. A senhora acabou por adormecer. Passados alguns dias, tendo-se restabelecido, recebeu a visita do dito senhor, mas em hora mais própria, sendo que dessa vez era ele realmente quem lá estava. Trazia a mesma roupa, a mesma caixa de rapé e os modos eram os mesmos. Persuadida de que ele a visitara durante sua enfermidade, agradeceu-lhe o incômodo a que se dera. O homem, muito espantado, declarou que havia longo tempo não tinha a satisfação de vê-la. A senhora, conhecedora que era dos fenômenos espíritas, compreendeu o de que se tratava: mas, não querendo entrar em explicações, limitou-se a dizer que provavelmente fora um sonho. É o mais provável, dirão os incrédulos, os “espíritos fortes”, o que, para eles mesmos, é sinônimo de pessoas de espírito. O certo, entretanto, é que a senhora de quem falamos, do mesmo modo que a outra, não dormia. — Então, é que sonhara acordada, ou, por outra, tivera uma alucinação. — Aí está a palavra mágica, a explicação universal de tudo o que se não compreende. Como, porém, já rebatemos suficientemente essa explicação, prosseguiremos, dirigindo-nos aos que nos podem compreender.

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ANEXO I

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – ITEM 117)

ESTUDO DE CASO 3: CASO DO SOLTEIRÃO E DA NOIVA

ITEM117

Eis aqui agora outro fato a inda mais caracterís t ico e grande cur ios idade ter íamos de ver como poder iam expl icá- lo unicamente por meio da imaginação. Trata-se de um senhor provinc iano, que jamais quisera casar-se, malgrado às instânc ias de sua famíl ia, que muito ins ist ira notadamente a favor de uma moça res idente em cidade próx ima e que e le jamais v ira. Um dia, es tando no seu quar to, teve a enorme surpresa de se ver em presença de uma donzela vest ida de branco e com a cabeça ornada por uma coroa de f lores . Disse- lhe que era sua noiva, estendeu- lhe a mão, que e le tomou nas suas, vendo- lhe num dos dedos um anel. Ao cabo de a lguns instantes, desapareceu tudo. Surpreendido com aquela apar ição, depois de se haver cert i f icado de es tar perfe itamente acordado, inquir iu se alguém lá est ivera durante o d ia. Responderam-lhe que na casa pessoa a lguma fora v ista. Decorr ido um ano, cedendo a novas sol ic i tações de uma parenta, resolveu-se a ir ver a moça que lhe propunham. Chegou à c idade onde e la morava, no dia da fes ta de Corpus-Chr ist i . Vol taram todos da proc issão e uma das pr imeiras pessoas que lhe surg iram ante os o lhos, ao entrar e le na casa aonde ia, foi uma moça que lhe não custou reconhecer como a mesma que lhe aparecera. Trajava ta l qual a apar ição, porquanto es ta se ver i f icara também num dia de Corpus-Chr is t i . F icou atôni to e a mocinha, por seu lado, so l tou um gr i to e sent iu-se mal. Vol tando a s i , d isse já ter v isto aquele senhor, um ano antes, em dia igual ao em que estavam. Real izou-se o casamento. Isso ocorreu em 1835, época em que a inda se não cogitava de Espír i tos , acrescendo que ambos os protagonis tas do episódio são ext remamente posi t iv is tas e possuidores da imaginação menos exaltada que há no mundo.

Dirão ta lvez que ambos t inham o espír i to desper tado pela idé ia da união proposta e que essa preocupação determinou uma aluc inação. Impor ta, porém, não esquecer que o marido se conservara tão indiferente a isso, que deixou passar um ano sem ir ver a sua pretendida. Mesmo, todavia, que se admita es ta h ipótese, a inda f icar ia pendendo de expl icação a apar ição dupla, a coinc idênc ia do vestuár io com o do d ia de Corpus-Chr is t i e, por f im, o reconhecimento f ís ico, rec iprocamente ocorr ido entre pessoas que nunca se v iram, c i rcunstânc ias que não podem ser produto da imaginação.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI I ITENS 119 a 121

• DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO

• Le i tura comentada

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Realizar le itura comentada da Questão 119 (1º Fenômeno apresentado:

BICORPOREIDADE) � observando os questionamentos feitos por Kardec

a Santo Afonso de Liguor i , bem como suas notas expl icat ivas.

• 2º Momento:

Ler a narrat iva feita por Tácito (Q 120), qual a um “contador de histór ias”

• 3º Momento:

Fazer leitura da Questão 121 – com as expl icações teóricas acerca do fenômeno estudado.

• 4º Momento:

Fazer leitura si lenciosa do Anexo I (DESTACAR A PARTE INFERIOR DA PÁGINA 44)

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 15 ’ – 2º Momento • 15 ’ – 3º Momento • 10 ’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns • Obras Póstumas

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – ITENS. 119 a 121 (2) KARDEC, Al lan. Obras Póstumas – Parte I , cap. I I , § 5º , Questão 32

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – i tens 119 a 221)

���� 1º FENÔMENO: BICORPOREIDADE (Realizar leitura enfatizada do item 119);

���� Observar que Kardec apresenta três (03) Estudos de Caso:

o Santo Antônio de Pádua

o Santo Afonso de Liguori

o Imperador Vespasiano e o oráculo egípcio Basílide, em Alexandria.

���� Esclarecer que: a BICORPOREIDADE É UM FFEENNÔÔMMEENNOO AANNÍÍMMIICCOO, que se dá com um encarnado, cujo perispírito, desdobrado, se manifesta em outro local que não aquele em que o seu corpo físico está;

���� Enfatizar a nota feita por Kardec (Cap. VII, sub-questão 3ª da Questão 119): “A ALMA NÃO SE DIVIDE, MAS IRRADIA-SE PARA DIVERSOS LADOS (...)”

���� Assim, dos dois corpos que se apresentam visíveis a toda e qualquer pessoa, informa-nos Kardec, na questão 121, que: “desses dois corpos, um somente é real, o outro é simples aparência. Pode-se dizer que o primeiro tem a vida orgânica e que o segundo a vida da alma”.

���� E, em seguida, aponta: “ao despertar o indivíduo, os dois corpos se reúnem e a vida da alma vota ao corpo material”.

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – i tens 119 a 221)

ITEM 119

Voltemos ao nosso assunto. Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um morto, mostrar-se com todas as aparências da realidade. Demais, pelas mesmas causas que hemos exposto, pode adquirir momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido pelo nome de bicorporeidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar. Aqui vão dois exemplos, tirados, não das lendas populares, mas da história eclesiástica.

Santo Afonso de Liguori foi canonizado antes do tempo prescrito, por se haver mostrado simultaneamente em dois sítios diversos, o que passou por milagre. Santo Antônio de Pádua estava pregando na Itália (vide Nota Especial), quando seu pai, em Lisboa, ia ser supliciado, sob a acusação de haver cometido um assassínio. No momento da execução, Santo Antônio aparece e demonstra a inocência do acusado. Comprovou-se que, naquele instante, Santo Antônio pregava na Itália, na cidade de Pádua.

Nota especial da Editora (FEB) à 59ª edição, em 1991 – O fato histórico está correto no parágrafo inicial da página nº. 180 das edições febianas de O Livro dos Médiuns. No entanto, no original francês, foi ele narrado por Kardec sob a versão seguinte: “Santo Antônio de Pádua achava-se na Espanha e, no instante em que predicava, seu pai, que estava em Pádua, era levado ao suplício sob a acusação de homicídio. Nesse momento, Santo Antônio aparece, demonstra a inocência de seu pai e revela o verdadeiro criminoso, mais tarde punido. Comprovou-se que nesse momento Santo Antônio não havia deixado a Espanha.” Kardec louvou-se em compêndio de autor que evidentemente se equivocou, como a outros escritores, relativamente a esse fato, sucedeu à sua época. (O livro Antônio de Pádua — Sua Vida de Milagres e Prodígios, de Almerindo Martins de Castro, 7ª edição, FEB, 1987, esclarece devidamente o fenômeno referido no texto kardequiano).

Por nós evocado e interrogado, acerca do fato acima, Santo Afonso respondeu do seguinte modo:

11ªª PPooddeerriiaass eexxpplliiccaarr--nnooss eessssee ffeennôômmeennoo??

“Perfeitamente. Quando o homem, por suas virtudes, chegou a desmaterializar-se completamente; quando conseguiu elevar sua alma para Deus, pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo. Eis como: o Espírito encarnado, ao sentir que lhe vem o sono, pode pedir a Deus lhe seja permitido transportar-se a um lugar qualquer. Seu Espírito, ou sua alma, como quiseres, abandona então o corpo, acompanhado de uma parte do seu perispírito, e deixa a matéria imunda num estado próximo do da morte. Digo próximo do da morte, porque no corpo ficou um laço que liga o perispírito e a alma à matéria, laço este que não pode ser definido. O corpo aparece, então, no lugar desejado. Creio ser isto o que queres saber.”

22ªª IIssssoo nnããoo nnooss ddáá aa eexxpplliiccaaççããoo ddaa vviissiibbiilliiddaaddee ee ddaa ttaannggiibbiilliiddaaddee ddoo ppeerriissppíírriittoo.

“Achando-se desprendido da matéria, conformemente ao grau de sua elevação, pode o Espírito tornar-se tangível à matéria.”

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – questões 119 a 221)

ITEM119 (continuação)

33ªª SSeerráá iinnddiissppeennssáávveell oo ssoonnoo ddoo ccoorrppoo,, ppaarraa qquuee oo EEssppíírriittoo aappaarreeççaa nnoouuttrrooss lluuggaarreess??

“A alma pode dividir-se, quando se sinta atraída para lugar diferente daquele onde se acha seu corpo. Pode acontecer que o corpo não se ache adormecido, se bem seja isto muito raro; mas, em todo caso, não se encontrará num estado perfeitamente normal; será sempre um estado mais ou menos extático.”

Nota. A alma não se divide, no sentido literal do termo: irradia-se para diversos lados e pode assim manifestar-se em muitos pontos, sem se haver fracionado. Dá-se o que se dá com a luz, que pode refletir-se simultaneamente em muitos espelhos.

44ªª QQuuee ssuucceeddeerriiaa ssee,, eessttaannddoo oo hhoommeemm aa ddoorrmmiirr,, eennqquuaannttoo sseeuu EEssppíírriittoo ssee mmoossttrraa nnoouuttrraa ppaarrttee,, aallgguuéémm ddee ssúúbbiittoo oo ddeessppeerrttaassssee??

“Isso não se verificaria, porque, se alguém tivesse a intenção de despertá-lo, o Espírito retornaria ao corpo, prevendo a intenção, porquanto o Espírito lê os pensamentos.”

Nota. Explicação inteiramente idêntica nos deram, muitas vezes, Espíritos de pessoas mortas, ou vivas. Santo Afonso explica o fato da dupla presença, mas não a teoria da visibilidade e da tangibilidade.

ITEM 120

Voltemos ao nosso assunto. Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um morto, mostrar-se com todas as aparências da realidade. Demais, pelas mesmas causas que hemos exposto, pode adquirir momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido pelo nome de bicorporeidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar. Aqui vão dois exemplos, tirados, não das lendas populares, mas da história eclesiástica.

Tácito refere um fato análogo: Durante os meses que Vespasiano passou em Alexandria, aguardando a volta dos ventos estivais e da estação em que o mar oferece segurança, muitos prodígios ocorreram, pelos quais se manifestaram a proteção do céu e o interesse que os deuses tomavam por aquele príncipe...

Esses prodígios redobraram o desejo, que Vespasiano alimentava, de visitar a sagrada morada do deus, para consultá-lo sobre as coisas do império. Ordenou que o templo se conservasse fechado para quem quer que fosse e, tendo nele entrado, estava todo atento ao que ia dizer o oráculo, quando percebeu, por detrás de si, um dos mais eminentes Egípcios, chamado Basílide, que ele sabia estar doente, em lugar distante muitos dias de Alexandria. Inquiriu dos sacerdotes se Basílide viera naquele dia ao templo; inquiriu dos transeuntes se o tinham visto na cidade; por fim, despachou alguns homens a cavalo, para saberem de Basílide e veio a certificar-se de que, no momento em que este lhe aparecera, estava a oitenta milhas de distância. Desde então, não mais duvidou de que tivesse sido sobrenatural a visão e o nome de Basílide lhe ficou valendo por um oráculo. (Tácito: Histórias, liv. IV, caps. LXXXI e LXXXII. Tradução de Burnouf.)

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo VI I – DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO – i tens 119 a 221)

ITEM121

Tem, pois, dois corpos o indivíduo que se mostra simultaneamente em dois lugares diferentes. Mas, desses dois corpos, um somente é real, o outro é simples aparência. Pode-se dizer que o primeiro tem a vida orgânica e que o segundo tem a vida da alma. Ao despertar o indivíduo, os dois corpos se reúnem e a vida da alma volta ao corpo material. Não parece possível, pelo menos não conhecemos disso exemplo algum, e a razão, a nosso ver, o demonstra, que, no estado de separação, possam os dois corpos gozar, simultaneamente e no mesmo grau, da vida ativa e inteligente. Demais, do que acabamos de dizer ressalta que o corpo real não poderia morrer, enquanto o corpo aparente se conservasse visível, porquanto a aproximação da morte sempre atrai o Espírito para o corpo, ainda que apenas por um instante. Daí resulta igualmente que o corpo aparente não poderia ser matado, porque não é orgânico, não é formado de carne e osso. Desapareceria, no momento em que o quisessem matar (*)

(*) Ver na Revue Spirite, janeiro de 1859: O Duende de Baiona; fevereiro de 1859: Os agêneres; meu amigo Hermann; maio de 1859: O laço que prende o Espírito ao corpo; novembro de 1859: A alma errante; janeiro de 1860: O Espírito de um lado e o corpo do outro; março de 1860: Estudos sobre o Espírito de pessoas vivas; o doutor V. e a senhorita I.; abril de 1860: O fabricante de São Petersburgo; aparições tangíveis; novembro de 1860: História de Maria Agreda; julho de 1861: Uma aparição providencial.

- - - - - - - - xe r ocar , r ecor t a r e d i s t r i bu i r apenas a par te i n f e r io r des t a f o l ha - - - - - - - - - - - -

ANEXO I

KARDEC, Al lan. OBRAS PÓSTUMAS (Questão 32, ITEM V)

§ V — APARIÇÃO DE PESSOAS VIVAS. BICORPOREIDADE

32. A faculdade, que a alma possui, de emancipar-se e de desprender-se do corpo durante a vida pode dar lugar a fenômenos análogos aos que os Espíritos desencarnados produzem. Enquanto o corpo se acha mergulhado em sono, o Espírito, transportando-se a diversos lugares, pode tornar- se visível e aparecer sob forma vaporosa, quer em sonho, quer em estado de vigília. Pode igualmente apresentar- se sob forma tangível, ou, pelo menos, com uma aparência tão idêntica à realidade, que possível se torna a muitas pessoas estar com a verdade, ao afirmarem tê-lo visto ao mesmo tempo em dois pontos diversos. Ele, com efeito, estava em ambos, mas apenas num se achava o corpo verdadeiro, achando-se no outro o Espírito. Foi este fenômeno, aliás, muito raro, que deu origem à crença nos homens duplos e que se denomina de bi-corporeidade. Por muito extraordinário que seja, tal fenômeno, como todos os outros, se compreende na ordem dos fenômenos naturais, pois que decorre das propriedades de perispírito e de uma lei natural.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI I ITENS 122 a 125

• DA BICORPOREIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO

• Le i tura comentada

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Realizar le itura comentada do I tem 122 (2º Fenômeno apresentado:

TRANSFIGURAÇÃO) � observando o Estudo de Caso da mocinha com

cerca de quinze anos, apresentado por Kardec.

• 2º Momento:

Realizar leitura comentada dos I tens 123 e 124 , complementando os estudos acerca da Transf iguração.

• 3º Momento:

Fazer leitura comentada do I tem 125 (3º Fenômeno apresentado:

AGÊNERES).

• 4º Momento:

Leitura do Anexo I e I I .

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 15 ’ – 2º Momento • 20 ’ – 3º Momento • 05 ’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns • A Gênese • Obras Póstumas

• Xerox Anexo I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 122 a 125 (2) KARDEC, Al lan. Obras Póstumas – Par te I , Cap. I I , § 3º , Questões 22 e 23; Cap.

I I I , Nota da FEB à questão 09. (3) KARDEC, Al lan. A Gênese – Capí tu lo XIV, i tem 35 a 39.

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ANEXO I

FENÔMENOS DE TRANSFIGURAÇÃO PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA DO SER (Pesquisas em Laboratório)

Curso 4 – Parte II – Carlos Bernardo Loureiro

O primeiro caso que se conhece, na modernidade, sobre fenômenos de transfiguração, foi pesquisado por Allan Kardec. O fato ocorrido durante os anos de 1858 e 1859, aconteceu nos arredores de Saint-Etiène e vem narrado pelo próprio Kardec:

Uma jovem, de mais ou menos quinze anos, gozava da singular faculdade de se transfigurar, isto é, de tomar, em dados momentos, todas as aparências de certas pessoas mortas. Tão completo era o processo que os assistentes julgavam ter diante de si a própria pessoa cujo semblante ela produzia, tal a semelhança dos traços fisionômicos, do olhar, do som da voz e, até, da maneira peculiar de falar.

Este fenômeno renovou-se por centenas de vezes, sem que para isso a vontade da jovem contribuísse em coisa nenhuma.

Tomou, em várias ocasiões, a aparência de seu irmão, morto alguns anos antes. Reproduzia-lhe não somente o aspecto, mas também o porte e a opulência.

Um médico do lugar, que muitas vezes testemunhou esses extraordinários efeitos, querendo certificar-se de que não havia naquilo ilusionismo ou que não era joguete de uma mistificação, fez a experiência que vamos relatar. Conhecemos os detalhes, pelo que ele próprio nos revelou, mais o pai da jovem e diversas outras testemunhas oculares, muito honrados e dignas de crédito.

Veio a esse médico a idéia de pesar a moça no seu estado normal e de fazer-lhe o mesmo durante a transfiguração, quando apresentava a aparência do irmão, que contava, ao morrer, vinte e poucos anos, e era mais alto do que ela e de compleição mais forte. Pois bem! Verificou que o segundo estado o peso da jovem era quase duplo do seu peso normal. Concludente se torna a pesquisa, tornando impossível atribuir-lhe àquela a uma simples ilusão de ótica. (“O Livro dos Médiuns”).

Observe-se que essas transfigurações se produziam sem que para isso a vontade da jovem contribuísse em coisa alguma.

Quanto à mudança de peso, dever-se-ia pesar, também, os assistentes antes e depois das manifestações para verificar se eles não contribuíram com matéria suplementar, ou seja, matéria ectoplasmática, porque o Espírito quando se manifesta por uma dessas formas físicas, só os torna ponderáveis à custa de seu médium e das pessoas presentes.

Os cursistas interessados em aprofundar-se no conhecimento do fenômeno de transfiguração têm, á disposição, expressiva bibliografia. Eis algumas obras entre as mais importantes:

• “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec;

• “Les Apparitions Materialisées”, de Gabriel Delane;

• “Dei Fenomeni di Transfigurazione”, de Ernesto Bozzano;

• “Espiritismo Contemporâneo”, de A. Martins Velho;

• “Souveniers et Problèmes Spirites”, de Clara Galichou;

• “Proceedings of the S.P.R.”.

(1) Os cursistas que desejarem colher maiores subsídios sobre o ectoplasma, fluidos, vibrações, sintonia, poderão consultar as seguintes obras: “Dos Raps à Comunicação Instrumental”, de Carlos Bernardo Loureiro; “Ether and Reality”, de Oliver Lodge; “No Limiar do Etéreo”, de Arthur Eindley; “Análise das Coisas”, de Paul Gibier; “A Ciência Avança”, de Rogers D. Rusk; “The Dead Have Never Died” (Os Mortos Nunca Morreram), de Eduard C. Randall; “Au Revior, not Good Bye”, de Dr. Walter Appetard; “Northeleffer’s Return”, de Hannen Swffer.

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ANEXO II

KARDEC, Allan. A GÊNESE

[CAPÍTULO XIV – OS FLUIDOS: ITEM II – Explicação de alguns fenômenos considerados sobrenaturais: Vista espiritual ou psíquica; dupla vista; sonambulismo; sonhos. — Catalepsia; ressurreições. — Curas. — Aparições; transfigurações. — Manifestações físicas; mediunidade. — Obsessões e possessões.]

APARIÇÕES. TRANSFIGURAÇÕES

35. Para nós, o perispírito, no seu estado normal, é invisível; mas, como é formado de substância etérea, o Espírito, em certos casos, pode, por ato da sua vontade, fazê-lo passar por uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível. É assim que se produzem as aparições, que não se dão, do mesmo modo que os outros fenômenos, fora das leis da Natureza. Nada tem esse de mais extraordinário, do que o do vapor que, quando muito rarefeito, é invisível, mas que se torna visível, quando condensado.

Conforme o grau de condensação[1] do fluido perispirítico, a aparição é às vezes vaga e vaporosa; doutras vezes, mais nitidamente definida; doutras, enfim, com todas as aparências da matéria tangível. Pode, mesmo, chegar, até, à tangibilidade real, ao ponto de o observador se enganar com relação à natureza do ser que tem diante de si.

São freqüentes as aparições vaporosas, forma sob a qual muitos indivíduos, depois de terem morrido, se apresentam às pessoas que lhes são afeiçoadas. As aparições tangíveis são mais raras, se bem haja delas numerosíssimos casos, perfeitamente autenticados. Se o Espírito quer dar-se a conhecer, imprime ao seu envoltório todos os sinais exteriores que tinha quando vivo. [2]

36. É de notar-se que as aparições tangíveis só têm da matéria carnal as aparências; não poderiam ter dela as qualidades. Em virtude da sua natureza fluídica, não podem ter a coesão da matéria, porque, em realidade, não há nelas carne. Formam-se instantaneamente e instantaneamente desaparecem, ou se evaporam pela desagregação das moléculas fluídicas [3]. Os seres que se apresentam nessas condições não nascem, nem morrem como os outros homens. São vistos e deixam de ser vistos, sem que se saiba donde vêm, como vieram, nem para onde vão. Ninguém os poderia matar, nem prender, nem encarcerar, visto carecerem de corpo carnal. Atingiriam o vácuo os golpes que se lhes desferissem.

Tal o caráter dos agêneres, com os quais se pode confabular, sem suspeitar de que eles o sejam, mas que não demoram longo tempo entre os humanos e não podem tornar-se comensais de uma casa, nem figurar entre os membros de uma família. [4]

Ao demais, denotam sempre, em suas atitudes, qualquer coisa de estranho e de insólito que deriva ao mesmo tempo da materialidade e da espiritualidade: neles, o olhar é simultaneamente vaporoso e brilhante, carece da nitidez do olhar através dos olhos da carne; a linguagem, breve e quase sempre sentenciosa, nada tem do brilho e da volubilidade da linguagem humana; a aproximação deles causa uma sensação singular e indefinível de surpresa, que inspira uma espécie de temor; e quem com eles se põe em contacto, embora os tome por indivíduos quais todos os outros, é levado a dizer involuntariamente: Ali está uma criatura singular.[5]

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - [1] NNOOTTAA EELLEEOONNOORRAA:: KARDEC EXPLICA EM O LIVRO DOS MÉDIUNS (CAP. IV, Q. 105) QUE ESTE TERMO (CONDENSAÇÃO)

NÃO É O MELHOR – USA-SE NA FALTA DE OUTRO. ATUALMENTE PODE SER UTILIZADO O TERMO ““AAGGRREEGGAAÇÇÃÃOO”” E TAMBÉM ““DDEESSAAGGRREEGGAAÇÇÃÃOO”” DE MOLÉCULAS..

[2] O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, caps. VI e VII. [3] Nota da Editora: As materializações prolongadas, quais as verificadas por William Crookes, não eram, então, conhecidas.

[4] Nota da Editora: Segundo a Bíblia, este fato se deu na família de Tobias. (Ver O Livro de Tobias.) [5] Exemplos de aparições vaporosas ou tangíveis e de agêneres: Revue Spirite, janeiro de 1858, pág. 24; — outubro de 1858, pág.

291; — fevereiro de 1859, pág. 38; — março de 1859, pág. 80; — janeiro de 1859, pág. 11; — novembro de 1859, pág. 303; — agosto de 1859, pág. 210; — abril de 1860, pág. 117; — maio de 1860, pág. 150; — julho de 1861, pág. 199; — abril de 1866, pág. 120; — “O lavrador Martinho, apresentado a Luiz XVIII, detalhes completos”, dezembro de 1866, pág. 353.

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ANEXO II

KARDEC, Allan. A GÊNESE

[CAPÍTULO XIV – OS FLUIDOS: ITEM II – Explicação de alguns fenômenos considerados sobrenaturais: Vista espiritual ou psíquica; dupla vista; sonambulismo; sonhos. — Catalepsia; ressurreições. — Curas. — Aparições; transfigurações. — Manifestações físicas; mediunidade. — Obsessões e possessões.]

(continuação) APARIÇÕES. TRANSFIGURAÇÕES

37. Sendo o mesmo o perispírito, assim nos encarnados, como nos desencarnados, um Espírito encarnado, por efeito completamente idêntico, pode, num momento de liberdade, aparecer em ponto diverso do em que repousa seu corpo, com os traços que lhe são habituais e com todos os sinais de sua identidade. Foi esse fenômeno, do qual se conhecem muitos casos autênticos, que deu lugar à crença nos homens duplos.1 [6]

38. Um efeito peculiar aos fenômenos dessa espécie consiste em que as aparições vaporosas e, mesmo, tangíveis, não são perceptíveis a toda gente, indistintamente. Os Espíritos só se mostram quando o querem e a quem também o querem. Um Espírito, pois, poderia aparecer, numa assembléia, a um ou a muitos dos presentes e não ser visto pelos demais. Dá-se isso, porque as percepções desse gênero se efetuam por meio da vista espiritual, e não por intermédio da vista carnal; pois não só aquela não é dada a toda gente, como pode, se for conveniente, ser retirada, pela só vontade do Espírito, àquele a quem ele não queira mostrar-se, como pode dá-la, momentaneamente, se entender necessário.

À condensação1 [7] do fluido perispirítico nas aparições, indo mesmo até à tangibilidade, faltam as propriedades da matéria ordinária: se tal não se desse, as aparições seriam perceptíveis pelos olhos do corpo e, então, todas as pessoas presentes as perceberiam.1 [8]

39. Podendo o Espírito operar transformações na contextura do seu envoltório perispirítico e irradiando-se esse envoltório em torno do corpo qual atmosfera fluídica, pode produzir-se na superfície mesma

do corpo um fenômeno análogo ao das aparições. Pode a imagem real do corpo, apagar-se mais ou menos

completamente, sob a camada fluídica, e assumir outra aparência; ou, então, vistos através da camada fluídica modificada, os traços primitivos podem tomar outra expressão. Se, saindo do terra-a-terra, o Espírito encarnado se identifica com as coisas do mundo espiritual, pode a expressão de um semblante feio tornar-se bela, radiosa e até luminosa; se, ao contrário, o Espírito é presa de paixões más, um semblante belo pode tomar um aspecto horrendo.

Assim se operam as transfigurações, que refletem sempre qualidades e sentimentos predominantes no Espírito. O fenômeno resulta, portanto, de uma transformação fluídica; é uma espécie de aparição perispirítica, que se produz sobre o próprio corpo do vivo e, algumas vezes, no momento da morte, em lugar de se produzir ao longe, como nas aparições propriamente ditas. O que distingue as aparições desse gênero é o serem, geralmente, perceptíveis por todos os assistentes e com os olhos do corpo, precisamente por se basearem na matéria carnal visível, ao passo que, nas aparições puramente fluídicas, não há matéria tangível.1 [9]

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - [6] Exemplos de aparições de pessoas vivas: Revue Spirite, de dezembro de 1858, págs. 329 e 331; — fevereiro de 1859, pág. 41; —

agosto de 1859, pág. 197; — novembro de 1860, pág. 356.

[7] VIDE NOTA NO ITEM 36. [8] Devem acolher-se com extrema reserva as narrativas de aparições puramente individuais que, em certos casos, poderiam não

passar de efeito de uma imaginação sobreexcitada e, porventura, de uma invenção com fins interesseiros. Convém, pois, levar em conta, muito escrupulosamente, as circunstâncias, a honradez da pessoa, assim como o interesse que ela possa ter em abusar da credulidade de indivíduos excessivamente confiantes.

[9] Exemplo e teoria da transfiguração: Revue Spirite, março de 1859, pág. 62. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. VII.)

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PRINCIAIS TÓPICOS ABORDADOS

� A TRANSFIGURAÇÃO é também um FFEENNÔÔMMEENNOO AANNÍÍMMIICCOO, que se dá com um Espírito

encarnado, cujo perispírito se expande, irradia-se em volta do corpo, envolvendo-o numa

espécie de vapor – pode então o corpo ‘desaparecer’, tornar-se transparente, ficar invisível

(Questão 123). Aí então seu perispírito pode mudar de aspecto, fazer-se brilhante, se tal for a

vontade do Espírito e se este dispuser de poder para tanto � foi o caso da transfiguração de

Jesus no Monte Tabor. Observar, contudo, que apenas Jesus transfigurou-se, enquanto Moisés

e Elias tangibilizaram-se, materializaram-se (posto que desencarnados estivessem). Tal

fenômeno (de Moisés e Elias) deu-se, possivelmente, pela doação de fluidos ectoplasmáticos

fornecidos pelos apóstolos Pedro, João e Tiago, que sempre estiveram presentes durante a

realização de todos os fenômenos feitos pelo Senhor, os ditos “milagres";

� A questão do ‘corpo fluídico’ de Jesus (defendida por Roustaing, em seus “Os Quatro

Evangelhos”) que suscitou tanta divergência entre os espíritas, advoga a proposta de ter sido

Jesus um ‘agênere’, uma aparição tangível – hipótese, a nosso ver, absurda. Senão vejamos: o

Mestre jamais teria montado uma farsa na trajetória do Gólgota, por exemplo, pois se corpo

físico não houvesse, não haveria o martírio e não haveria sangue, nem sofrimento físico, e,

nesse caso, não teria permitido o sofrimento de sua Mãe, Maria, em sua hora extrema. Na

verdade, essa hipótese da virgindade de Maria (sendo então Jesus fruto de concepção

supranatural) foi enxertada no Cristianismo no século IV, durante o Concílio de Nicéia (325

d.C.) e se propunha a distorcer o cristianismo – subsidiando a idéia de Jesus não como homem

nascido da carne, filho de Deus, mas o próprio “Deus redivivo” – cuja existência na Terra foi

miraculosa desde a gestação. Assim, essa idéia dividiu os cristãos primitivos e permanece

ainda dividindo opiniões no meio espírita – talvez proposta das sombras para dividir mesmo o

movimento espírita cristão.

� É muito mais simples e racional aceitar que o Senhor haja renascido entre os homens da forma

mais natural possível, fruto da união marital de seus pais – Maria e José – pois nada há de

pecaminoso nas relações onde o respeito e o amor permeia. Sua mensagem redentora e

transformadora da humanidade é muito mais profunda e complexa do que as meras

conjecturas criadas pelos homens com o propósito apenas de tirar o foco de atenção do

conteúdo de seu Evangelho, para fixar-se em detalhes mundanos sem importância.

� Em suma, Jesus NÃO foi um agênere (vide questão 36, de “A Gênese”).

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI I I ITENS 126 a 128

• DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL

• Tempestade cerebra l • Le i tura c ircu lar

interpretat iva

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Lançar quest ionamentos concernentes a vestuário: “Como acham que os Espír itos se vestem?” “De que são feitas as vest imentas dos Espír itos?” “Quem faz suas roupas? – ouvir l ivremente as opiniões emit idas. Esclarecer por últ imo que é isso que será estudado neste capítulo.

• 2º Momento:

Ler os I tens 126 e a 127 , em rodízio dos parágrafos (06) entre os alunos.

• 3º Momento:

Fazer leitura circular do I tem 128 – com suas 18 subquestões (orientações do Espír ito São Luiz) � (a) um (a) aluno (a) representará Kardec, lendo as perguntas da 1ª à 9ª; enquanto outro (a) aluno (a) o representará nas demais perguntas (da 10ª à 18ª); (b) um (a) aluno (a) se responsabi l izará pela leitura de todas as ‘Notas’ (04) feitas por Kardec; (c) todas as respostas serão l idas, c ircularmente, pelos demais alunos.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 10 ’ – 1º Momento • 20 ’ – 2º Momento • 25 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – ITENS 126 a 128

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PRINCIAIS TÓPICOS ABORDADOS

� Enfatizar a 4ª, a 10ª, 13ª e a 17ª subquestões:

� A resposta fornecida à 13ª subquestão esclarece os episódios da multiplicação de

pães e peixes realizados por Jesus.

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo VI I I – DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL – questão 128 – 18 subquestões)

(4ª) Dar-se-á que a matéria inerte se desdobre? Ou que haja no mundo invisível uma matéria

essencial, capaz de tomar a forma dos objetos que vemos? Numa palavra, terão estes um duplo

etéreo no mundo invisível como os homens são nele representados pelos Espíritos?

“Não é assim que as coisas se passam. Sobre os elementos materiais disseminados por

todos os pontos do espaço, na vossa atmosfera, têm os Espíritos um poder que estais

longe de suspeitar. Podem, pois, eles concentrar à sua vontade esses elementos e dar-

lhes a forma aparente que corresponda à dos objetos materiais.”

Nota. Esta pergunta, como se pode ver, era a tradução do nosso pensamento, isto é, da idéia

que formávamos da natureza de tais objetos. Se as respostas, conforme alguns o pretendem,

fossem o reflexo do pensamento, houvéramos obtido a confirmação da nossa teoria e não uma

teoria contrária.

(10ª) Pode então o Espírito dar a um objeto, não só a forma, mas também propriedades

especiais?

“Se o quiser. Baseado neste princípio foi que respondi afirmativamente às perguntas

anteriores. Tereis provas da poderosa ação que os Espíritos exercem sobre a matéria,

ação que estais longe de suspeitar, como eu disse há pouco.”

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PRINCIAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo VI I I – DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL – I tem 128 – 18 subquestões)

� A resposta fornecida à 13ª subquestão esclarece os episódios da multiplicação de pães e

peixes realizados por Jesus.

(13ª) Então, poderia também fazer uma substância alimentar? Suponhamos que tenha feito uma

fruta, uma iguaria qualquer: se alguém pudesse comer a fruta ou a iguaria, ficaria saciado?

“Ficaria, sim; mas, não procures tanto para achar o que é tão fácil de compreender. Um raio de

sol basta para tornar perceptíveis aos vossos órgãos grosseiros essas partículas materiais que

enchem o espaço onde viveis. Não sabes que o ar contém vapores d’água? Condensa-os e os

farás voltar ao estado normal. Priva-as de calor e eis que essas moléculas impalpáveis e

invisíveis se tornarão um corpo sólido e bem sólido, e, assim, muitas outras substâncias de que

os químicos tirarão maravilhas ainda mais espantosas. Simplesmente, o Espírito dispõe de

instrumentos mais perfeitos do que os vossos: a vontade e a permissão de Deus.”

Nota. A questão da saciedade é aqui muito importante. Como pode produzir a saciedade uma substância cuja existência e propriedades são meramente temporárias e, de certo modo, convencionais? O que se dá é que essa substância, pelo seu contacto com o estômago, produz a sensação da saciedade, mas não a saciedade que resulta da plenitude. Desde que uma substância dessa natureza pode atuar sobre a economia e modificar um estado mórbido, também pode, perfeitamente, atuar sobre o estômago e produzir aí a impressão da saciedade. Rogamos, todavia, aos senhores farmacêuticos e inventores de reconstituintes que não se encham de zelos, nem creiam que os Espíritos lhes venham fazer concorrência. Esses casos são raros, excepcionais e nunca dependem da vontade. Doutro modo, toda a gente se alimentaria e curaria a preço baratíssimo.

(17ª) Uma vez que o Espírito pode extrair do elemento universal os materiais que lhe são

necessários à produção de todas essas coisas e dar-lhes uma realidade temporária, com as

propriedades que lhes são peculiares, também poderá tirar dali o que for preciso para escrever,

possibilidade que nos daria a explicação do fenômeno da escrita direta?

“Até que, afinal, chegaste ao ponto.”

Nota. Era, com efeito, aí que queríamos chegar com todas as nossas questões preliminares. A resposta prova que o Espírito lera o nosso pensamento.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO VI I I ITENS 129 a 131

• DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL

• Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Ler si lenciosa e individualmente as Questões 129 a 131

• 2º Momento:

Responder ás questões propostas no Anexo I.

• 3º Momento:

Solic itar aos alunos, alternada e aleator iamente, que forneçam as

respostas dadas. Corr igi- las, conforme o Anexo II .

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 10 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 25 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Q. 129 a 131

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo VI I I – DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL – i tens 129 a 131)

AS QUESTÕES A SEGUIR CONSTITUEM A SÍNTESE DESTE CAPÍTULO:

A) COMPLETE AS LACUNAS COM AS PALAVRAS ADEQUADAS:

1º) O Espírito atua sobre ______________.

2º) Da matéria ________ ______________ tira os elementos para formar, a seu ____ ____________,objetos que tenham a ____________ dos diversos corpos existentes na Terra.

B) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) Pela AÇÃO DA VONTADE pode o Espírito operar na matéria elementar uma transformação íntima que lhe confira dadas propriedades.

2º) V ( ) F ( ) A faculdade de operar na matéria é inerente à natureza do Espírito.

3º) V ( ) F ( ) O Espírito não pode operar na matéria instintivamente, sem mesmo disso se aperceber.

4º) V ( ) F ( ) Os objetos que o Espírito forma têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma necessidade que ele experimenta;

5º) V ( ) F ( ) O Espírito não pode fazer e desfazer objetos livremente;

6º) V ( ) F ( ) Ocasionalmente, os objetos criados pelos Espíritos podem apresentar-se com todas as aparências de realidade aos olhos de um encarnado – podem tornar-se visíveis e até tangíveis;

7º) V ( ) F ( ) Há formação, não criação, posto que do nada o Espírito nada pode tirar.

8º) V ( ) F ( ) Os Espíritos confirmam a existência de uma matéria elementar única, contudo a Ciência ainda não a confirmou.

9º) V ( ) F ( ) Todos os corpos da Natureza nascem da matéria elementar única, responsável também, a partir de suas transformações, pela produção das propriedades desses corpos;

10º) V ( ) F ( ) Devido ao fato da origem múltipla dos corpos, é que frente a uma simples modificação, uma substância pode passar de salutar a venenosa, ou vice-versa;

11º) V ( ) F ( ) Devido ao fato da origem única elementar dos corpos, é que frente a uma simples modificação, uma substância pode passar de salutar a venenosa, ou vice-versa;

12º) V ( ) F ( ) Já que ao Espírito é dada tão grande ação sobre a matéria elementar, concebe-se que lhe seja possível não só formar substâncias, mas também modificar-lhes as propriedades, bastando para isso a sua vontade para dar-se o efeito reativo.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo VI I I – DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL – questões 129 a 131)

AS QUESTÕES A SEGUIR CONSTITUEM A SÍNTESE DESTE CAPÍTULO:

C) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) É através da vontade que o Espírito, encarnado ou não, opera modificações, por meio do fluido magnético, nas propriedades da água, tornando-a curativa, por exemplo.

2º) V ( ) F ( ) Como os Espíritos podem operar transformações nas propriedades da água, e como o organismo humano possui composição de líquidos em torno de 70%, pode-se similarmente produzir fenômeno análogo sobre os fluidos do organismo;

3º) V ( ) F ( ) A vontade é atributo optativo do Espírito, dispensável para atuar sobre a matéria elementar e, assim, reagir sobre seus compostos;

4º) V ( ) F ( ) A vontade é atributo essencial do Espírito e é com seu auxílio que atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades vêm assim a ficar transformadas;

5º) V ( ) F ( ) A faculdade de cura pelo contato e pela imposição das mãos é explicada pela ação firme da vontade que é atributo tanto de um Espírito encarnado, quanto de um Espírito errante. Ambos podem atuar sobre a matéria elementar, transformando-lhe as propriedades;

6º) V ( ) F ( ) A faculdade de cura que algumas pessoas possuem não varia de intensidade, conforme seja sua força de vontade, pois todos a tem igual.

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ANEXO II – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo VI I I – DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL – i tens 129 a 131)

AS QUESTÕES A SEGUIR CONSTITUEM A SÍNTESE DESTE CAPÍTULO:

A) COMPLETE AS LACUNAS COM AS PALAVRAS ADEQUADAS:

1º) O Espírito atua sobre _______ a matéria ________.

2º) Da matéria ____ cósmica universal____ ______________ tira os elementos para formar, a seu ____ bel prazer ____________,objetos que tenham a _____aparência_______ dos diversos corpos existentes na Terra.

B) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) Pela AÇÃO DA VONTADE pode o Espírito operar na matéria elementar uma transformação íntima que lhe confira dadas propriedades.

2º) V ( ) F ( ) A faculdade de operar na matéria é inerente à natureza do Espírito.

3º) V ( ) F ( ) O Espírito não pode operar na matéria instintivamente, sem mesmo disso se aperceber.

4º) V ( ) F ( ) Os objetos que o Espírito forma, têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma necessidade que ele experimenta;

5º) V ( ) F ( ) O Espírito não pode fazer e desfazer objetos livremente;

6º) V ( ) F ( ) Ocasionalmente, os objetos criados pelos Espíritos podem apresentar-se com todas as aparências de realidade aos olhos de um encarnado – podem tornar-se visíveis e até tangíveis;

7º) V ( ) F ( ) Há formação, não criação, posto que do nada o Espírito nada pode tirar.

8º) V ( ) F ( ) Os Espíritos confirmam a existência de uma matéria elementar única, contudo a Ciência ainda não a confirmou.

9º) V ( ) F ( ) Todos os corpos da Natureza nascem da matéria elementar única, responsável também, a partir de suas transformações, pela produção das propriedades desses corpos;

10º) V ( ) F ( ) Devido ao fato da origem múltipla dos corpos, é que frente a uma simples modificação, uma substância pode passar de salutar a venenosa, ou vice-versa;

11º) V ( ) F ( ) Devido ao fato da origem única elementar dos corpos, é que frente a uma simples modificação, uma substância pode passar de salutar a venenosa, ou vice-versa;

12º) V ( ) F ( ) Já que ao Espírito é dada tão grande ação sobre a matéria elementar, concebe-se que lhe seja possível não só formar substâncias, mas também modificar-lhes as propriedades, bastando para isso a sua vontade para dar-se o efeito reativo.

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ANEXO II – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo VI I I – DO LABORATORIO DO MUNDO INVISÍVEL – i tens 129 a 131)

AS QUESTÕES A SEGUIR CONSTITUEM A SÍNTESE DESTE CAPÍTULO:

C) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

13º) V ( ) F ( ) É através da vontade que o Espírito, encarnado ou não, opera modificações, por meio do fluido magnético, nas propriedades da água, tornando-a curativa, por exemplo; V

14º) V ( ) F ( ) Como os Espíritos podem operar transformações nas propriedades da água, e como o organismo humano possui composição de líquidos em torno de 70%, pode-se similarmente produzir fenômeno análogo sobre os fluidos do organismo; V

15º) V ( ) F ( ) A vontade é atributo optativo do Espírito, dispensável para atuar sobre a matéria elementar e, assim, reagir sobre seus compostos; F

16º) V ( ) F ( ) A vontade é atributo essencial do Espírito e é com seu auxílio que atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades vêm assim a ficar transformadas; V

17º) V ( ) F ( ) A faculdade de cura pelo contato e pela imposição das mãos é explicada pela ação firme da vontade que é atributo tanto de um Espírito encarnado, quanto de um Espírito errante. Ambos podem atuar sobre a matéria elementar, transformando-lhe as propriedades; V

18º) V ( ) F ( ) A faculdade de cura que algumas pessoas possuem não varia de intensidade, conforme seja sua força de vontade, pois todos a tem igual. F

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO IX ITEM 132

• DOS LUGARES ASSOMBRADOS • Le i tura Circu lar Comentada

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

A Questão 132 possui 14 subitens, que serão l idos, seqüencial e

alternadamente, pelos alunos.

• 2º Momento:

Durante a leitura da Questão 132:

���� Destacar as seguintes subquestões: 8ª(al ínea ‘a’) e a 13ª

• 3º Momento:

Entregar o Anexo I e I I – realizar le itura dos casos/exemplos sobre a

temática estudada.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões. Subsídios nos Anexos.

TEMPO: MATERIAL

• 35 ’ – 1º Momento

• 05 ’ – 2º Momento

• 15 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tem 132 (com suas 14 subquestões)

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PRINCIAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo IX – DOS LUGARES ASSOMBRADOS I tem 132 – 14 subquestões)

ITE 132

(8ª) Preferem os Espíritos freqüentar os túmulos onde repousam seus corpos?

“O corpo era uma simples vestidura. Do mesmo modo que o prisioneiro nenhuma atração sente pelas correntes que o prendem, os Espíritos nenhuma experimentam pelo envoltório que os fez sofrer. A lembrança das pessoas que lhes são caras é a única coisa que para eles tem valor.”

a) São-lhes mais agradáveis, do que quaisquer outras, as preces que por eles se façam junto dos túmulos de seus corpos?

“A prece, bem o sabes, é uma evocação que atrai os Espíritos. Tanto maior ação terá, quanto mais fervorosa e sincera for. Ora, junto de um túmulo venerado, sempre se está em maior recolhimento, do que algures, e a conservação de estimadas relíquias é em testemunho de afeição dado ao Espírito e que nunca deixa de sensibilizá-lo. O que atua sobre o Espírito é sempre o pensamento e não os objetos materiais. Mais influência, do que sobre o Espírito, exercem esses objetos sobre aquele que ora, porque lhe fixam a atenção.”

(13ª) Haverá meios de os expulsar?

“Há; porém, as mais das vezes o que fazem, para isso, os atrai, em vez de os afastar. O melhor meio de expulsar os maus Espíritos consiste em atrair os bons. Atraí, pois, os bons Espíritos, praticando todo o bem que puderdes, e os maus desaparecerão, visto que o bem e o mal são incompatíveis. Sede sempre bons e somente bons Espíritos tereis junto de vós.”

a) Há, no entanto, pessoas muito bondosas que vivem às voltas com as tropelias dos maus Espíritos. Por quê?

“Se essas pessoas são realmente boas, isso acontece talvez como prova, para lhes exercitar a paciência e concitá-las a se tornarem ainda melhores. Fica certo, porém, de que não são os que continuamente falam das virtudes os que mais as possuem. Aquele que é possuidor de qualidades reais quase sempre o ignora, ou delas nunca fala.”

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PRINCIAIS TÓPICOS ABORDADOS

(SCHUBERT, Suely C. Dimensões Espirituais do Centro Espírita . 2.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Capítulo 7, pp. 97-103

TEMA FOCO: SOBRE OS RESGATADORES DE ESPÍRITOS ‘PRESOS’ AOS TÚMULOS.. .

Para ilustrar algumas facetas pertinentes à Questão 132 (subitem 8º) e o quanto ainda

temos o que aprender no tocante às nuances do Plano Espiritual, sobre a diversidade das condições

vibratórias que envolvem os Espíritos na Erraticidade, apresentamos alguns comentários feitos por

nossa confreira Suely Caldas Schubert nesta excelente obra de sua lavra.

Ao comentar as experiências de sua tarefa mediúnica, no capítulo 7, traz-nos o depoimento

do Espírito Joaquim (“O doloroso resgate de Joaquim”) acerca de seu trabalho no mundo espiritual e

que provocou no grupo grande surpresa, dado o inusitado dessa ‘tarefa’ – “o de entrar dentro dos

túmulos para ajudar no desligamento daqueles suicidas que se demoravam presos aos despojos.”

(SCHUBERT, 2008: 98).

Corroborando seus comentários sobre os tarefeiros encarregados do resgate de Espíritos

atrelados ao corpo material putrescível, Suely apresenta um trecho colhido junto à obra de Adelino

Silveira – “Chico, de Francisco (capítulo: “O Bêbado”) – que traz um “relato de Chico Xavier a

respeito de um espírito que cheirava a álcool e que lhe disse o seguinte:

– Quando desencarnam muito apegados ao corpo e não querem deixá-lo, eu entro

no túmulo e tenho que retirá-los à força. Então, para suportar o cheiro de carne

humana em decomposição e ter um pouco de coragem, eu tomo os meus goles.

Como pode se ver, a caridade socorrista possui tarefeiros de toda monta – dos Espíritos

mais elevados, angélicos, aos mais simples executores das tarefas mais penosas, anônimas,

aqueles que apenas possuem sua boa-vontade e desejo de ser útil, mesmo carregando suas

mazelas morais. Deus , nosso misericordioso Pai, vela para que todos possam servir, de algum

modo, em Sua seara magnânima. Há sempre uma tarefa para os que se dispõem ao trabalho...

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ANEXO I

PARTE A - LOCAIS ASSOMBRADOS

Fonte: http://www.comunidadeespirita.com.br/grupoestudos/aulas2006/200623.htm

Locais assombrados são locais onde se verificam as manifestações espontâneas de Espíritos, provocando barulhos e perturbações de toda ordem, e sempre foram objeto de muitas especulações.

Como acontece com fatos extraordinários que o senso comum desconhece, a ignorância viu sempre nos fenômenos espíritas uma causa sobrenatural, e a superstição completou o erro, juntando-lhes absurdas crendices. Provém daí uma multidão de lendas que, pela maior parte, são um amálgama de poucas verdades e muita imaginação.

O Espiritismo, ao demonstrar a existência do mundo espiritual e suas relações com o mundo material, abre o caminho à compreensão racional de uma infinidade de fenômenos ainda incompreendidos. Mesmo hoje, aquele que desconhece as leis que regem este intercâmbio (afinidade e sintonia) encara as manifestações dos Espíritos, quaisquer que sejam, como aparições do "diabo" ou dos "gênios do mal".

Segundo o Espiritismo, anjos e demônios não são entidades distintas e nem mesmo existem. Os seres inteligentes da criação são qualificados no Livro dos Espíritos conforme o seu grau de adiantamento moral e intelectual, segundo a posição em que se acham, na imensa escala do progresso. Em todos os graus existe, portanto, ignorância e saber, bondade e maldade, apego ou desapego das coisas do mundo matéria, ocupações edificantes e malfazejas cujas ações e modo de pensar serão proporcionais ao seu grau de evolução.

Portanto, segundo as respostas de Espíritos a Kardec no Cap, IX do Livro dos Médiuns, lugares assombrados não existem. Assinalaremos a sua presença, por efeitos sensíveis desde que haja simpatia entre o Espírito e as pessoas que freqüentam, os mesmos lugares ou quando existir o desejo de se comunicarem com elas. Poderá, também, estar ligado ao local por uma punição para expiar o ato que cometeu (Revista Espírita, de fevereiro de 1860: "História de um danado").

Se existirem manifestações, elas não se prenderão aos dias ou horários específicos porque para os Espíritos não há equivalência ao nosso controle do tempo. A escuridão, o silêncio, o aspecto lúgubre do local, não favorecerá a realização do fenômeno, mas somente excitará a imaginação da mentalidade supersticiosa.

São os pensamentos, as intenções que os atraem ou os repelem, não sendo, por isso, possível afastá-los pelo exorcismo. O melhor meio de expulsar os maus Espíritos é atrair os bons, o que acontece quando fazemos o maior bem possível, disseram os Espíritos a Kardec, e ainda: "sede sempre bons e só tereis bons Espíritos ao vosso lado."

A conclusão, portanto, é que "os Espíritos que se ligam a locais ou coisas materiais nunca são superiores, mas por não serem superiores não têm de ser maus ou de alimentar más intenções. São mesmo, algumas vezes, companheiros mais úteis do que prejudiciais, pois caso se interessem pelas pessoas, podem protegê-las."

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MODULO II AULA N.º 14

ANEXO I

Caso:

• As manifestações espontâneas que em todos os tempos se hão produzido, e a persistência de alguns Espír itos em darem mostras ostensivas de sua presença em certas local idades, const ituem a fonte de or igem da crença na existência de lugares mal-assombrados.

• As circunstâncias que induzem os Espír itos a buscar determinados lugares é a simpatia por algumas das pessoas que os f reqüentam, ou o desejo de com elas se comunicarem. Entretanto, nem sempre os animam intenções louváveis. Quando são Espír itos maus, podem pretender t i rar vingança de pessoas de quem guardam queixas. A permanência em determinado lugar também pode ser, para alguns, uma punição que lhes é inf l ig ida, sobretudo se ali cometeram um crime, a f im de que o tenham constantemente diante dos olhos.

• Também, os que se não apresentam com intenções malévolas podem manifestar sua presença por meio de arruídos e até tornando-se visíveis, mas nunca prat icam desordens, nem incômodos. São, f reqüentemente, Espír itos sofredores, cujos sofr imentos podeis aliviar orando por eles. Outras vezes, são mesmo Espír itos benfazejos, que vos querem provar estarem junto de vós, ou, então, Espír itos levianos que brincam. Como quase sempre os que perturbam o repouso, são Espír itos que se divertem. Então, o que de melhor têm a fazer, os que se vêem perseguidos, é r ir do que lhes sucede. Os perturbadores se cansam, verif icando que não conseguem meter medo, nem impacientar.

OO mmeellhhoorr mmeeiioo ddee eexxppuullssaarr ooss mmaauuss EEssppíírriittooss ccoonnssiissttee eemm aattrraaiirr ooss bboonnss,, pprraattiiccaannddoo oo

bbeemm,, vviissttoo qquuee oo bbeemm ee oo mmaall ssããoo iinnccoommppaattíívveeiiss.

���� A SEGUIR SERÃO APRESENTADOS CASOS QUE A CRENDICE POPULAR

DENOMINA DE “LUGARES ASSOMBRADOS” – FATO QUE, À LUZ DA DOUTRINA

ESPÍRITA, RECONHECEMOS SEREM ESPÍRITOS NECESSITADOS DE NOSSAS

PRECES. ENTÃO, O AR DE MISTÉRIO DESAPARECE E, EM SEU LUGAR, SURGE A

NOÇÃO DE NOSSA RESPONSABILIDADE E COMPAIXÃO PARA O AUXÍLIO AOS

IRMÃOS SOFREDORES.

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ANEXO II

O incêndio do Edifício Joelma, ocorrido na metade da década

de 70, ficou marcado como uma das maiores tragédias ocorridas na capital paulista. "Relatos nos fazem crer que as almas penadas das 188 pessoas que morreram lá ainda perambulam no local”...

Depois do incêndio, tornou-se um local considerado “o mais assombrado”, um ponto impactante, onde as pessoas que moravam ali perto se mudaram dali, pois viam pessoas pedindo ajuda na janela à noite, gritando: – “viram e ouviram espíritos demais”, dizem elas. Por isso, o lugar ganhou fama de ser assombrado e amaldiçoado.

Em 1978, um livro da psicografia de Chico Xavier, contou a história de uma garota que previu o incêndio. Foi levada ao teatro e o papel da protagonista foi interpretado pela atriz Beth Goulart.

A MANSÃO WINCHESTER

A Mansão Winchester foi construída para os fantasmas, mas fantasmas não convidados não eram

bem-vindos.

Tudo começou quando em 1862, Sarah Pardee casou-se com o empresário William Wirt

Winchester, filho do fabricante dos Rifles Winchester. William morreu em 1881, e um temor

incontrolável tomou conta de Sarah. Barulhos ocorriam dias e noites seguidamente.Sarah resolve

procurar ajuda em um centro espírita em Boston para descobrir o que estava acontecendo e a

médium diz que seu marido estava rodeado dos espíritos de pessoas que foram mortas pelos Rifles

Winchester. Assim, ela deveria construir quartos para que os espíritos de luz permanecessem na

casa, proporcionado a paz para que os barulhos cessassem. Mas nada disso aconteceu, os

barulhos continuavam a atormentar Sarah, que resolve construir a casa até o fim de sua vida, foram

mais de 38 anos construindo corredores tortuosos, um labirinto de escadas e portas levando a lugar

nenhum, que foram projetadas para confundir os fantasmas dos espíritos malignos. Sarah viveu

reclusa durante vinte e dois anos e morreu em 1922, aos 85 anos. (continua)

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MODULO II AULA N.º 14

ANEXO II (CONTINUAÇÃO)

A MANSÃO WINCHESTER

Atualmente a casa abrange quase 2,5 hectares de área paisagística, possui 160 quartos (inicialmente tinha

somente 8!), 47 lareiras, 13 banheiros, 52 clarabóias e quase 10.000 janelas! Apenas a morte de Sarah em

1922 interrompeu a construção. Ela gastou quase 5,5 milhões de dólares, e hoje, em valores atuais, é

equivalente a 53 milhões de dólares O aposento mais misterioso da casa é o quarto azul, que é aonde Sarah

conduzia as suas sessões espíritas particulares. Ninguém pôs os pés neste quarto enquanto ela era viva.

Alguns crêem que o quarto é uma passagem para os visitantes de outra dimensão Hoje, ninguém mora na

casa, mas ela esta aberta aos turistas que quiserem visitá-la. Ainda hoje, dizem ser comum ver aparições de

mortos. Algumas pessoas dizem que Sarah Winchester ainda caminha pelos corredores. Sarah Smith trabalha

na casa e a primeira vez que ficou sozinha, entrou em um dos quartos fechados. “A porta se fechou atrás de

mim e deu para sentir uma enorme pressão lá dentro, parecia que as paredes se aproximavam. Eu quis sair

de lá o mais depressa possível.” Diz Sarah Dois funcionários que trabalham hoje na casa, John e Jack

Sttubert, concordam que o quarto é uma passagem para o outro mundo. “Eu me virei, olhei para o corredor e

vi um homem parado lá. Então ele desapareceu e eu desci para ver se havia alguém na casa, mas não havia

ninguém lá. Nunca acreditei em espíritos, fantasmas ou qualquer coisa assim, mas agora eu acredito que aja

uma coisa nesta casa”. Para completar, existe uma porta que se abre para um vão cuja queda corresponderia

a dois andares.

CONSTATA-SE AQUI UM CASO CLARO DE ASSEDIO OBSESSIVO QUE, COMO RECOMENDAM OS

ESPÍRITOS CODIFICADORES, A AÇÃO DA PRECE E DO BEM AUXILIARIAM A ESPAIRECER A

AMBIÊNCIA CONTAMINADA PELO DESAJUSTE CONSCIENCIAL...

ENTÃO, CONSIDERAR O LOCAL COMO ‘MAL ASSOMBRADO’ É FRUTO APENAS DO

DESCONHECIMENTO, DA IGNORÂNCIA SOBRE O ASSUNTO.

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S

MODULO II AULA N.º 15

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO X ITENS 133 a 138

• DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES

• Le i tura Comentada • Grupos de tarefa • Painel

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS

– 1º AULA –

• 1º Momento:

Fazer a leitura da Questão 133

• 2º Momento:

Subdividir a sala em seis (06) grupos de tarefas, atr ibuindo- lhes as seguintes questões, as quais deverão apresentar em plenária:

Grupo1: Questão 134 (comunicações grosseiras)

Grupo 2: Questão 135 (comunicações f r ívolas)

Grupo3: Questão 136 (comunicações sérias)

Grupo 4: Questão 137 (comunicações instrut ivas)

Grupo 5: Questão 137 (comunicações apócrifas)

Grupo 6: Questão 138 (comunicações variadas)

• 3º Momento:

Apresentação dos Grupos em assembléia geral, através de um relator que apresentará o seu painel aos demais .

• 4º Momento:

Fazer a leitura do Anexo I (Orientações FEB).

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratada nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 10 ’ – 1º Momento • 20 ’ – 2º Momento • 20 ’ – 3º Momento • 05 ’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Cópia Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Q. 133 a 138

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MODULO II AULA N.º 15

PRINCIAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo X – DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES Questão 133 a 138)

ITEM 133

Dissemos que todo efeito, que revela, na sua causalidade, um ato, ainda que insignificantíssimo, de livre vontade, atesta, por essa circunstância, a existência de uma causa inteligente. Assim, um simples movimento de mesa, que responda ao nosso pensamento, ou manifeste caráter intencional, pode ser considerada uma manifestação inteligente. Se a isso houvesse de ficar circunscrito o resultado, só muito secundário interesse nos despertaria. Contudo, já seria alguma coisa o dar-nos a prova de que, em tais fenômenos, há mais do que uma ação puramente material. Nula, ou, pelo menos, muito restrita seria a utilidade prática que daí decorreria. O caso, porém, muda inteiramente de figura, quando essa inteligência ganha um desenvolvimento tal, que permite regular e contínua troca de idéias. Já não há então simples manifestações inteligentes, mas verdadeiras comunicações. Os meios de que hoje dispomos permitem que as obtenhamos tão extensas, tão explícitas e tão rápidas, como as que mantemos com os homens.

Quem estiver bem compenetrado, segundo a escala espírita (O Livro dos Espíritos, no 100), da variedade infinita que apresentam os Espíritos, sob o duplo aspecto da inteligência e da moralidade, facilmente se convencerá de que há de haver diferença entre as suas comunicações; que estas hão de refletir a elevação, ou a baixeza de suas idéias, o saber e a ignorância deles, seus vícios e suas virtudes; que, numa palavra, elas não se hão de assemelhar mais do que as dos homens, desde os selvagens até o mais ilustrado europeu. Em quatro categorias principais se podem grupar os matizes que apresentam. Segundo seus caracteres mais acentuados, elas se dividem em: grosseiras, frívolas, sérias e instrutivas.

ITEM 137

Instrutivas são as comunicações sérias cujo principal objeto consiste num ensinamento qualquer, dado pelos Espíritos, sobre as ciências, a moral, a filosofia, etc. São mais ou menos profundas, conforme o grau de elevação e de desmaterialização do Espírito. Para se retirarem frutos reais dessas comunicações, preciso é que elas sejam regulares e continuadas com perseverança. Os Espíritos sérios se ligam aos que desejam instruir-se e lhes secundam os esforços, deixando aos Espíritos levianos a tarefa de divertirem os que em tais manifestações só vêem passageira distração. Unicamente pela regularidade e freqüência daquelas comunicações se pode apreciar o valor moral e intelectual dos Espíritos que as dão e a confiança que eles merecem. Se, para julgar os homens, se necessita de experiência, muito mais ainda é esta necessária, para se julgarem os Espíritos.

Qualificando de instrutivas as comunicações, supomo-las verdadeiras, pois o que não for verdadeiro não pode ser instrutivo, ainda que dito na mais imponente linguagem.

Nessa categoria, não podemos, conseguintemente, incluir certos ensinos que, de sério,apenas têm a forma, muitas vezes empolada e enfática, com que os Espíritos que os ditam, mais presunçosos do que instruídos, contam iludir os que os recebem. Mas, não podendo suprir a substância que lhes falta, são incapazes de sustentar por muito tempo o papel que procuram desempenhar. A breve trecho, traem-se, pondo a nu a sua fraqueza, desde que alguma seqüência tenham os seus ditados, ou que eles sejam levados aos seus últimos redutos.

COMUNICAÇÕES

APÓCRIFAS

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MODULO II AULA N.º 15

ANEXO I

ORIENTAÇÕES FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA:

CARACTERÍSTICAS DE UMA MENSAGEM MEDIÚNICA DE UM ESPÍRITO SUPERIOR

� RECOMENDAÇÃO AO MONITOR ���� HÁ VERSÃO EM POWER POINT PARA MOSTRAR AOS ALUNOS ���� SALA APOIO PEDAGÓGICO ���� BUSCAR ARQUIVO CDE – O L IVRO DOS MÉDIUNS, MÓDULO I I .

1) A abordagem do tema visa sempre o esclarecimento geral;

2) Não desce a particularidades irrelevantes;

3) Não exalta personalidades e, muito menos, o médium que a recebe;

4) Numa controvérsia, não diz quem tem razão. Apenas recorre aos princípios doutrinários

que devem nortear o relacionamento humano. Os ouvintes que tirem suas conclusões;

5) Trata-se de assuntos sérios e objetivos. Não perde tempo em palavras bonitas mas

vazias de conteúdo;

6) Não discursa, ensina;

7) Não repete ensinamentos que são sobejamente conhecidos;

8) Apresenta ângulos novos, sim, de velhos ensinamentos;

9) Não toma a palavra para repetir, na mesma reunião, o que outros Espíritos já disseram

10. Revela sempre paciência, concisão e coerência na sua mensagem. Não usa subterfúgios

e nem esconde, em “meias palavras”, intenções não claramente expressas na

mensagem. Nada escreve em “entrelinhas”. É claro, direto e incisivo, não obstante

fraterno e caridoso.

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MODULO II AULA N.º 16

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO X ITENS 133 a 138

• DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES

• Le i tura Circular

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS

– 2º AULA –

• 1º Momento:

Fazer a leitura circular do Anexo II (Revista Espír ita, maio de 1863, ano

VI) para estudo complementar.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da

temática tratada no texto.

TEMPO: MATERIAL

• 55 ’ – 1º Momento • O Livro dos Médiuns

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. Revista Espíri ta. Maio de 1863, Ano V I , p. 217.221 – “Exame das

Comunicações Mediúnicas que nos são enviadas” .

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MODULO II AULA N.º 16

ANEXO II – LEITURA COMPLEMENTAR

EXAME DAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS QUE NOS SÃO ENVIADAS

ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – nº 5 – ANO 6 – 05 MAIO 1863 – ANO V I – pp. 153 a 156.

Muitas das comunicações nos foram dirigidas de diferentes grupos, seja para nos pedir a nossa opinião e nos colocar no estado de julgar suas tendências, seja, da parte de alguns, com esperança de vê-las aparecer na Revista; todas nos foram remetidas com a faculdade de dispormos delas como entendêssemos, para o bem da coisa. Delas fizemos o exame a classificação, e não se admirará da impossibilidade que temos de inseri-las todas, quando souber-se que além daquelas que publicamos, há mais de três mil e seiscentas que, somente elas, teriam absorvido cinco anos completos da Revista, sem contar um certo número de manuscritos, mais ou menos volumosos, dos quais falaremos dentro em pouco. O relatório desse exame nos fornecerá o assunto de algumas reflexões das quais cada um poderá tirar seu proveito.

Entre elas, encontramos as notoriamente más pelo fundo e pela forma, produtos evidentes de Espíritos ignorantes, obsessores ou mistificadores, e que juram com os nomes mais ou menos pomposos com os quais se revestem; publicá-las, teria sido dar armas fundadas à crítica. Uma circunstância digna de nota é que a totalidade das comunicações dessa categoria emana de indivíduos isolados e não de grupos. Soa fascinação poderia fazê-los tomar a sério e impedi-los de ver nelas o lado ridículo. O isolamento, como se sabe, favorece a fascinação, ao passo que as reuniões encontram um controle na pluralidade das opiniões.

No entanto, reconhecemos com prazer que as comunicações dessa natureza formam, na massa, uma pequena minoria; a maioria das outras encerram bons pensamentos e excelentes conselhos, mas não se segue que sejam todas boas para serem publicadas, e isto pelos motivos que vamos expor.

Os bons Espíritos ensinam quase a mesma coisa por toda a parte, porque por toda parte há os mesmos vícios a reformar e as mesmas virtudes a pregar; está aí um dos caracteres distintivos do Espiritismo; freqüentemente, a diferença não está senão na maior ou menor correção e elegância do estilo. Para apreciar as comunicações, com relação à publicidade, não é preciso vê-las de seu ponto de vista, mas no do público. Concebemos a satisfação que se sente em obter alguma coisa de bom, sobretudo em começando, mas, além de que certas pessoas possam se iludir sobre o mérito intrínseco, não se pensa que em cem outros lugares obtêm-se coisas semelhantes, e o que é de um grande interesse individual pode ser a banalidade para a massa.

É preciso considerar, além disso, que há algum tempo as comunicações adquiriram, sob todos os aspectos, proporções e qualidades que deixam bem longe para trás aquelas que se obtinham há alguns anos; o que se admirava então parece pálido e mesquinho junto do que se obtém hoje. Na maioria dos centros verdadeiramente sérios, o ensino dos Espíritos aumentou com a compreensão do Espiritismo. Uma vez que por toda parte recebem-se instruções quase idênticas, sua publicação não pode interessar senão com a condição de apresentar qualidades salientes, como forma ou como importância instrutiva, seria, pois, iludir-se crendo que toda coletânea deve achar leitores numerosos e entusiastas.

(Continua)

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ANEXO II – LEITURA COMPLEMENTAR

EXAME DAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS QUE NOS SÃO ENVIADAS

ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – nº 5 – ANO 6 – 05 MAIO 1863 – ANO V I – pp. 153 a 156.

(cont.)

Outrora, a menor conversa espírita era uma novidade que atraía a atenção; hoje, que os Espíritas e os médiuns não se contam mais, o que era uma raridade é um fato quase banal tornado hábito e que ficou distanciado pela amplitude e importância das comunicações atuais, como os deveres do escolar o são para o trabalho do adulto.

Temos sob os olhos a coleção de um jornal publicado no princípio das manifestações, sob o título de a Mesa falante, título característico da época; esse jornal teve, diz-se, de quinze a dezoito centenas de assinantes, cifra enorme para a época; ele continha uma multidão de pequenas conversas familiares e de fatos medianímicos que eram então um poderoso atrativo de curiosidade. Nele inutilmente procuramos alguma coisa para reproduzir em nossa Revista; tudo o que ali teríamos haurido seria hoje pueril e sem interesse.

Se esse jornal não tivesse cessado de aparecer, por circunstâncias independentes do assunto, não teria podido viver senão com a condição de se colocar no nível do progresso da ciência, e, se ele reaparecesse agora nas mesmas condições, não teria cinqüenta assinantes. Os Espíritas são imensamente mais numerosos do que então, é verdade; mas são mais esclarecidos e querem um ensinamento mais substancial.

Se as comunicações não emanassem senão de um único centro, ninguém duvida de que os leitores se multiplicariam em razão do número de adeptos; mas não é preciso perder de vista que os focos que os produzem se contam por milhares, e que por toda a parte onde se obtêm coisas superiores, não se pode se interessar por aquilo que é fraco ou medíocre.

O que dizemos não é para desencorajar de fazer publicações, longe disso, mas para mostrar a necessidade de uma escolha rigorosa, condição sine qua non de sucesso; os Espíritos, elevando os seus ensinos, tornaram-nos difíceis e mesmo exigentes. As publicações locais podem ter uma imensa utilidade sob um duplo aspecto, o de difundir nas massas o ensino dado na intimidade, depois o de mostrar a concordância que existe nesse ensinamento sobre diferentes pontos; as aplaudiremos sempre e as encorajaremos todas as vezes que sejam feitas em boas condições.

Convém de início descartar tudo o que, sendo de um interesse privado, não interessa senão àquele que lhe concerne; depois, tudo o que é vulgar pelo estilo e pelos pensamentos, ou pueril pelo assunto; uma coisa pode ser excelente em si mesma, muito boa para dela fazer sua instrução pessoal, mas o que deve ser entregue ao público exige condições especiais; infelizmente o homem está inclinado a pensar que tudo o que lhe apraz deve aprazer aos outros; o mais hábil pode se enganar, e tudo é se enganar o menos possível. Há Espíritos que se divertem em entreter essa ilusão em alguns médiuns; é porque não saberíamos muito recomendar a estes últimos de não relacioná-las ao seu próprio julgamento, e é nisso que os grupos são úteis, pela multiplicidade das opiniões que permitem recolher; aquele que, nesse caso, recusasse a opinião da maioria, se crendo mais iluminado que todos, provaria super abundantemente a má influência sob a qual se acha.

(Continua)

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ANEXO II – LEITURA COMPLEMENTAR

EXAME DAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS QUE NOS SÃO ENVIADAS

ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – nº 5 – ANO 6 – 05 MAIO 1863 – ANO V I – pp. 153 a 156.

(cont.)

Fazendo aplicação destes princípios de ecletismo às comunicações que nos são dirigidas, diremos que, sobre três mil e seiscentas, há mais de três mil de uma moralidade irrepreensível e excelentes como fundo, mas que sobre esse número não há senão trezentas para a publicidade, e apenas cem de um mérito sem paralelo. Essas comunicações nos tendo vindo de um grande numero de pontos diferentes, disso inferimos que essa proporção deve ser quase real. Pode-se julgar por aí da necessidade de não publicar inconsideradamente tudo o que vem dos Espíritos, querendo-se atingir o objetivo que se propõe, tanto sob o aspecto material quanto o do efeito moral e "da opinião que os indiferentes podem se fazer do Espiritismo.

Resta-nos a dizer algumas palavras dos manuscritos ou trabalhos de grande fôlego que nos são dirigidos, entre os quais, sobre trinta deles não encontramos senão cinco ou seis tendo um valor real. No mundo invisível, como sobre a Terra, os escritores não faltam, mas os bons escritores são raros; tal Espírito está apto a ditar uma boa comunicação isolada, a dar um excelente conselho particular, que é incapaz de produzir um trabalho de conjunto completo podendo suportar o exame, quaisquer que sejam, aliás, as suas pretensões e o nome do qual lhe apraz se vestir, não é uma garantia; quanto mais esse nome é elevado, mais obriga; ora, é mais fácil tomar um nome do que justificá-lo; por isso, ao lado de alguns bons pensamentos, freqüentemente, encontram-se idéias as mais excêntricas e os traços, os menos equivocados, da mais profunda ignorância. Foram nessas espécies de trabalhos medianímicos que notamos o mais de sinais de obsessão, dos quais um dos mais freqüentes é a injunção da parte do Espírito de fazê-los imprimir, e mais de um pensa erradamente que essa recomendação basta para encontrar um editor empenhado de se encarregar disso.

É sobretudo em semelhante caso que um exame escrupuloso é necessário, não querendo se expor a fazer escola às suas custas; além disso, é o melhor meio de afastar os Espíritos presunçosos e pseudo-sábios que se retiram forçosamente quando não acham instrumentos dóceis que possam fazer suas palavras serem aceitas como artigos de fé. A intromissão desses Espíritos nas comunicações é , é um fato conhecido, o maior escolho do Espiritismo. Não se saberia, pois, cercar-se muito de precauções para evitar as publicações lamentáveis; mais vale, em semelhante caso, pecar por excesso de prudência, no interesse da causa.

Em resumo, publicando-se as comunicações dignas de interesse, faz-se uma coisa útil; publicando aquelas que são fracas, insignificantes ou más, faz-se mais mal do que bem. Uma consideração não menos importante é a da oportunidade; umas há das quais a publicação seria intempestiva, e por isso mesmo nociva: cada coisa deve vir a seu tempo; várias daquelas que nos são dirigidas estão neste caso, e embora muito boas, devem ser adiadas; quanto às outras, acharão seu lugar segundo as circunstâncias e seu objeto.

A K

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XI ITENS 139 a 145

• DA SEMATOLOGIA E DA TIPTOLOGIA

• Resumo em grupo

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Subdividir a sala em sete grupos. Cada grupo encarregar-se-á de pelo

menos uma das sete questões do Capítulo X (Nº 139 a 145), sobre a qual

elaborará um resumo – para entrega e leitura.

���� Caso não haja condições para a formação de 7 grupos, cr iar pelo menos 4 deles, em que alguns f icarão com 2 das questões. Essa subdivisão deve ocorrer mesmo que cada ‘grupo’ conte com apenas um componente.

• 2º Momento:

Alternada e consecutivamente, o relator de cada grupo fará a leitura do

resumo elaborado sobre a questão que lhe foi atr ibuída.

• 3º Momento:

Após as apresentações, cada grupo entregará uma cópia de seu resumo,

de modo a compor um painel com a síntese de todas as questões.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 25 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 10 ’ – 3º Momento • O Livro dos Médiuns

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – ITENS 139 a 145

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MODULO II AULA N.º 17

ANEXO I – SUGESTÃO DE RESUMO

O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓLULO II

CAPÍTULO XI – DA SEMATOLOGIA E DA TIPTOLOGIA

RESUMO (*)

139 - Tiptologia: É a comunicação por meio de pancada, tiptologia por meio de básculo consiste no movimento da mesa.

140 - Sematologia: É a linguagem dos sinais, assim como a tiptologia é a linguagem das pancadas. Ela exprime a energia da afirmação ou da negação e a natureza dos sentimentos, como per exemplo a violência, a impaciência e a delicadeza.

141 - Tiptologia Alfabética: Consiste na indicação das letras do alfabeto através de pancadas, podendo-se obter então, palavras, frases e até mesmo discursos.

142 - Todos os efeitos que acabamos de indicar podem obter-se de maneira mais simples, por meio de pancadas produzidas na própria madeira da mesa sem nenhuma espécie de movimento (Tiptologia Interior). Porém, nem todos os médiuns são igualmente aptos às manifestações deste último gênero, muitos só obtêm as pancadas pelo movimento basculatório da mesa. Apesar de todos os aperfeiçoamentos que se possam introduzir nessa maneira de proceder, jamais se conseguirá alcança

143 - Com o intento de melhor garantir a independência ao pensamento do médium, imaginaram-se diversos instrumentos em forma de quadrantes, sobre os quais de traçam as letras, num mecanismo semelhante ao telégrafo elétrico. Uma agulha móvel posta em movimento indica as letras mediante a influência do médium, esses instrumentos são conhecidos apenas por desenhos e descrições que têm sido publicados na América.

144 - Um aparelho mais simples, porém, do qual a má-fé pode abusar facilmente é a “Mesa-Girardin”. Consiste o instrumento num tampo móvel de mesa com o diâmetro de trinta a quarenta centímetros, girando livre e facilmente em torno de um eixo como uma roleta. Sobre sua superfície, se acham traçados, como sobre um quadrante, as letras do alfabeto, os algarismos e as palavras sim e não. Ao centro existe uma agulha fixa. Pousando o médium os dedos na borda do disco móvel, este gira e pára, quando a letra desejada está sob a agulha. Escrevem-se, as letras indicadas e formam-se assim, muito rapidamente, as palavras e as frases.

145 – É necessário destruir um erro bastante difundido: o de confundirem-se com os Espíritos batedores todos os Espíritos que se comunicam por meio de pancadas. A tiptologia constitui um meio de comunicação com qualquer outro, sendo assim, tanto Espíritos, bons e maus, podem servir-se dele. O que caracteriza os Espíritos superiores é a elevação das idéias e não o instrumento de que se utilizem para exprimi-las. Sem sombra de dúvida, eles preferem os meios mais cômodos e rápidos; mas, em falta de lápis e papel, não deixarão de valer-se da vulgar mesa falante e a prova é que, por esse meio, se obtém os mais sublimes ditados.

(*) Elaborado por Natalina da Silva Geriminiano (CEC, 2003)

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MODULO II AULA N.º 18

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XI I ITENS 146 a 151

• DA PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA

• DA PNEUMATOFONIA

• Le i tura Circular Comentada

• Painel

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS

– 1º AULA –

• 1º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular das Questões 146 a

151 .

• 2º Momento:

Subdividir a sala em dois (02) grandes grupos e a cada um atr ibuir um dos

Anexos ( I ou I I). Os alunos deverão ler e preparar um resumo geral das

principais id+éias ali contidas.

• 3º Momento:

Apresentar, resumidamente, as histór ias e relatos al i contidos, em grupão.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratada nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 25 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 10 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Revis ta Espír i ta – Outubro/1859

• Xerox dos Anexos I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – ITENS 146 a 151

(2) KARDEC, Al lan. Revista Espír ita – outubro de 1859.

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ANEXO I

FENÔMENOS DE ESCRITA DIRETA ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – OUTUBRO DE 1859

Sob o título de ‘Um Milagre’, o senhor Mathieu, antigo farmacêutico do Exército, acaba de publicar uma relação de vários fatos de escrita direta, dos quais foi testemunha. Tendo esses fatos se produzido em circunstâncias quase idênticas às dos fatos que reportamos em nosso número de agosto, e nada apresentando de mais caracterizado, não os relataremos, unicamente os mencionaremos para mostrar que os fenômenos espíritas não são um privilégio exclusivo, e para aproveitar esta ocasião para felicitar o senhor Mathieu pelo zelo que coloca em propagá-los. Várias outras pequenas brochuras, e artigos do mesmo autor, em diversos jornais, são a prova disso. P senhor Mathieu é um homem de ciência, que passou, como tantos outros, e como nós próprio, pela fileira da incredulidade; mas teve que ceder à evidência, porque, contra os fatos, é preciso, necessariamente, abaixar as armas. Permitimo-nos somente criticar o titulo que ele deu à sua última publicação, e não se trata aqui de um sofisma de nomes, cremos que a coisa tem uma certa importância e merece um exame sério.

Na sua acepção primitiva, e pela sua etimologia, a palavra milagre significa coisa extraordinária, coisa admirável de ver; mas essa palavra, como tantas outras, desviou-se de seu sentido original e, hoje, se diz (segundo a Academia) de um ato do poder divino, contrário às leis comuns da Natureza. Tal é, com efeito, a sua acepção usual, e não é senão por comparação e por metáfora que se aplica às coisas vulgares, que nos surpreendem, e cuja causa é desconhecida.

O fenômeno narrado pelo senhor Mathieu tem o caráter de um milagre, no verdadeiro sentido dessa palavra? Seguramente que não. O milagre, dissemos, é uma derrogação das leis da Natureza. De modo algum temos em vista examinar se Deus julgou útil, em certas circunstâncias, derrogar as leis estabelecidas por ele mesmo; nosso objetivo é unicamente demonstrar que o fato da escrita direta, por extraordinário que ele seja, não derrogando de nenhum modo essas leis, não tem nenhum caráter miraculoso. O milagre não se explica; a escrita direta, ao contrário, se explica de modo mais racional, como se pode ver pelo nosso artigo sobre esse assunto. Não é, pois, um milagre, mas um simples fenômeno que tem a sua razão de ser nas leis gerais. O milagre tem, ainda, um outro caráter: é o de ser insólito e isolado. Ora, desde o momento em que um fato se reproduz, por assim dizer, à vontade, e por diversas pessoas, isso não pode ser um milagre.

A ciência faz, todos os dias, milagres aos olhos dos ignorantes; eis porque, outrora, aqueles que sabiam mais do que o vulgo passavam por feiticeiros; e, como acreditavam que toda ciência vinha do diabo, eram queimados. Hoje, quando já se está mais civilizado, contenta-se mandá-los às Petites Maisons; aliás, quando se deixou os inventores morrerem de fome, erguem-lhes estatuas, e são proclamados benfeitores da Humanidade. Mas deixemos essas tristes páginas de nossa história, e voltemos ao nosso assunto. Que um homem, realmente morto, seja chamado à vida por uma intervenção divina, aí está um verdadeiro milagre, porque é contrário às leis da Natureza. Mas se esse homem não tem senão as aparências de morte, se ainda nele resta vitalidade latente, e que a ciência ou uma ação magnética venha reanimá-lo, para as pessoas esclarecidas, é um simples fenômeno natural; mas, aos olhos do vulgo ignorante, o fato passará como miraculoso, e o autor será perseguido a pedradas ou venerado, segundo o caráter dos indivíduos. Se no meio de certos campos um físico lançar um papagaio elétrico e fizer cair o raio sobre uma árvore, esse novo Prometeu será, certamente, considerado como armado de um poder diabólico; e, seja dito de passagem. Prometeu nos parece singularmente haver precedido a Franklin. Voltando à escrita direta, é um dos fenômenos que demonstram, de modo mais patente, a ação de inteligências ocultas; mas, do fato do fenômeno ser produzido por seres ocultos, ele não é mais miraculoso do que todos os outros fenômenos que se devem a agentes invisíveis, porque esses seres ocultos que po0voam os espaços são uma das forças da Natureza, força cuja ação é incessante sobre o mundo material, tanto quanto sobre o mundo moral. O Espiritismo, esclarecendo-nos sobre essa força, nos dá a chave de uma multidão de coisas inexplicadas ou inexplicáveis por qualquer outro meio, e que puderam, nos tempos recuados, passar por prodígios; ele revelou, do mesmo modo que o magnetismo, uma lei, senão desconhecida, pelo menos mal compreendida; ou, dizendo melhor, conheciam-se os efeitos, porque se produziram em todos os tempos, mas não se conhecia a lei, e foi a ignorância dessa lei que engendrou a superstição. Conhecida essa lei, o maravilhoso cessa, e os fenômenos entram na ordem das coisas naturais. Eis porque os Espíritas não fazem mais milagres, fazendo girar uma mesa ou os mortos escreverem, que o médico em fazendo um moribundo reviver, ou o físico fazendo cair o raio.

(CONTINUA)

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ANEXO I

(CONTINUAÇÃO) FENÔMENOS DE ESCRITA DIRETA ALLAN KARDEC – REVISTA ESPÍRITA – OUTUBRO DE 1859

Eis porque também repetimos, com todas as nossas forças, a qualificação empregada pelo senhor Mathieu, embora bem persuadidos de que ele não quis dar nenhum sentido místico a essa palavra; mas porque as pessoas que não vão ao fundo das coisas, e são em maior número, poderiam se enganar, e crerem que os adeptos do Espiritismo se atribuem uma força sobrenatural. Aquele que pretendesse, com a ajuda dessa ciência, fazer milagres, seria ou um ignorante da coisa, ou um fabricante de tolos. É inútil dar armas àqueles que riem de tudo, mesmo do que não conhecem, e seria dar-se benevolentemente ao ridículo.

Os fenômenos espíritas, do mesmo modo que os fenômenos magnéticos, antes que se lhes conhecesse a causa, puderam, pois, passar por prodígios; ora, como os céticos, os espíritos fortes, quer dizer, aqueles que, segundo eles, têm o privilégio exclusivo da razão e do bom senso, não crêem que uma coisa seja possível desde que não a compreendam, eis porque todos os fatos prodigiosos são objeto de suas zombarias; e como a religião contém um grande número de fatos desse gênero, eles não crêem na religião, e daí à incredulidade absoluta não há senão um passo. O Espiritismo, explicando a maioria desses fatos, dá-lhes uma razão de ser. Ele vem, pois, em auxílio da religião, demonstrando a possibilidade de certos fatos que, por não terem mais o caráter de miraculosos, não são menos extraordinários, e Deus, por isso, não é nem menor, nem menos poderoso, por não ter derrogado suas leis. De quantas graçolas as elevações de São Cupertino foram objeto? Ora, a suspensão etérea dos corpos pesados é um fato demonstrado e explicado pelo Espiritismo; dela fomos pessoalmente testemunha ocular, e o senhor Home, assim como outras pessoas do nosso conhecimento, renovaram, em várias vezes, o fenômeno produzido por São Cupertino. Portanto, esse fenômeno entra na ordem das coisas naturais. Ao número de fatos desse gênero, é preciso colocar na primeira linha as aparições, porque são as mais freqüentes. A de Salette, que divide mesmo o clero, para nós nada tem de insólita. Seguramente, não podemos afirmar que o fato ocorreu, porque dele não temos a prova material; mas, para nós, é possível, tendo em vista que milhares de fatos análogos recentes nos são conhecidos; cremos neles, não somente porque sua realidade foi averiguada por nós, mas, sobretudo, porque nos damos perfeitamente conta da maneira pela qual se produzem. Querendo-se reportar à teoria que demos das aparições, ver-se-á que esse fenômeno torna-se tão simples e tão plausível quanto uma multidão de fenômenos físicos que não são prodigiosos senão pela falta de ter-lhes a chave. Quanto ao personagem que se apresentou à Salette, é uma outra questão; sua identidade não nos foi, de modo algum, demonstrada; constatamos somente que uma aparição pode ter ocorrido; o resto não é da nossa competência. Nosso objetivo não é examinar se Deus pode derrogar suas leis fazendo milagres, no verdadeiro sentido da palavra; é uma questão de teologia que não entra no nosso quadro; que cada um guarde, pois, suas convicções a esse respeito, o Espiritismo disso não tem que se ocupar; dizemos somente que os fatos produzidos pelo Espiritismo nos revelam leis novas, e nos dão a chave de uma multidão de coisas que pareciam sobrenaturais; se alguns daqueles que passaram por miraculosos neles encontram uma explicação lógica e uma razão de ser, é um motivo para não mais apressar-se em negar o que não se compreende.

Certas pessoas nos criticam por darmos as teorias espíritas, que consideram como prematuras. Elas esquecem que os fatos do Espiritismo são contestados por muitos precisamente porque parecem sair da lei comum, e porque dele não se dão conta. Dai-lhes uma base racional, e a dúvida cessa. Dizei a qualquer um, pura e simplesmente, que ides transmitir um despacho de Paris para a América, e dele receber a resposta em alguns minutos, e caçoará de vós; explicai o mecanismo do procedimento, e nisso ele crerá sem ter visto operar. A explicação, nesse século em que não se é crédulo demais, é, pois, um poderoso motivo de convicção; vemos também, todos os dias, pessoas que não foram testemunhas de nenhum fato, que não viram uma mesa girar, nem um médium escrever, e que estão tão convencidas quanto nós, unicamente porque leram e compreenderam. Se não se devesse crer senão naquilo que se viu com os olhos, nossas convicções se reduziriam a bem pouca coisa.

Allan Kardec

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ANEXO II

FENÔMENOS DE VOZ DIRETA

PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA DO SER (Pesquisas em Laboratório) Curso 4 – Parte II – Carlos Bernardo Loureiro

FENÔMENOS DE VOZ DIRETA (PNEUMATOFONIA)

O fenômeno de voz direta que se classifica como VOZ DIRETA realiza-se da seguinte maneira: em presença do médium, vozes independentes, que absolutamente não provêm dele e que elas próprias dizem ser de pessoas falecidas, falam e, contraditadas, respondem esclarecendo e mostrando que ali não está, por detrás da voz, apenas uma memória, mas uma inteligência apta para ouvir, tanto quanto falar.

Certamente – os mortos comunicantes, além de se exprimirem correntemente, quando o fazem em línguas ou dialetos desconhecidos do médium, dão voz o timbre característico, a construção fraseológica peculiar, a expressão familiar que em vida tinham, bem como, patenteiam as tendências e a intelectualidade que lhes eram próprias. Não se lhes escapam também a recordação de qualquer detalhe, por mais insignificante, da existência terrena sua e de amigos seus, mesmo os já esquecidos, relatando quase sempre, pormenores ignorados de todos os assistentes e cuja exatidão se acaba, afinal por corroborar.

As provas, provas cumulativas, vaticina o pesquisador Pedro Granja – ainda acabarão um dia por persuadir. Com essa arma ofensiva, as muralhas da ignorância, da descrença e do antagonismo serão postas abaixo e não há instrumento mais forte e eficaz para lhes completar a destruição, do que a prova da sobrevivência, obtida através da fenomenologia espírita.

Efetivamente – nada há de mais impressionante do que ouvir, outra vez, a voz querida de alguém falecido. Um pai, uma mãe, um irmão, um amigo que retorna do além e mantém conosco uma conversa prolongada, revelando assuntos íntimos e desconhecidos do médium e dos assistentes. Esta é, sem dúvida, uma prova esmagadora da sobrevivência do ser.

Acresce, ainda, e este é um dado importantíssimo, a entonação da voz. Quem, por mais habilidoso que seja, poderá imitar vozes de pessoas que jamais conheceu? E como seria possível alguém expressar-se, em diversas línguas, com vozes identificadas por parentes e amigos presentes à sessão, portando-se com absoluta correção semântica e com todas as modulações peculiares a cada idioma? É inteiramente impossível.

Se alguém levantar a hipótese de ventriloquismo, adverte H. Denis Bradley (vide Towards the Stars, 1924) terá de admitir que o médium é o maior mímico e o maior ator falante que o mundo jamais viu, e possuidor de uma inteligência extraordinária e de uma memória fantástica, visto que lhe é fácil recordar-se de inúmeros tipos de vozes, com suas peculiaridades, cadência, sonoridade e inflexões. Essa hipótese do ventriloquismo desaparece diante do fato de duas, três ou mais vozes do Além se corresponderem simultaneamente, quer sobre o assunto de que falam, quer recordando algum fato, como acontece numa reunião social ou familiar.

(...) Quando os Espíritos querem se comunicar conosco, materializando somente a voz, vêem ao nosso

plano e sintonizam suas vibrações em harmonia com o ambiente, reunindo em torno de seus órgãos vocais o ectoplasma, tomando-o ao médium e aos assistentes, e, desse modo, forma o órgão adequado para emitir o som (1).

Um dos maiores pesquisadores modernos do fenômeno de Voz Direta, realizando notáveis experimentos com a médium norte-americana Emilly S. French, conclui: Tenho plena e firme convicção de que a vida continua; que nada se perde; que é possível, e já se tem conseguido, de vários modos, a comunicação com os que se acham na vida do além. Empreguei esforços para realizar uma condição em que se tornasse possível aos Espíritos revestirem de uma substância física seus órgãos de respiração, a fim de poderem falar, como quando na Terra.

(CONTINUA)

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ANEXO II

(CONTINUAÇÃO) FENÔMENOS DE VOZ DIRETA

PROVAS DA SOBREVIVÊNCIA DO SER (Pesquisas em Laboratório) Curso 4 – Parte II – Carlos Bernardo Loureiro

E prossegue: Tive a ventura de lhes ouvir as vozes, pelo melhor de todos os métodos,

milhares de vezes. Centenas de individualidades falaram servindo-se de seus próprios órgãos vocais, e eu lhes respondi. Dessa procedência, grande ensinamentos advêm, assim como o conhecimento de fatos acima do saber pretensioso dos homens e que em nenhum livro se encontram.

Concluindo as referências sobre o fenômeno de Voz Direta, cumpre levar ao conhecimento dos cursistas, o caso seguinte, que se enquadra, perfeitamente, no contexto da sobrevivência da alma.

H. Deis Bradley, notável pesquisador britânico, autor da obra “Rumo às Estrelas”, momento antes de desencarnar, estava lendo o livro de William Gerhardi “Ressurrection” e, de quando em quando, transmitia em voz alta trechos à mulher, sentada à cabeceira. Eis que inesperadamente ele caiu sobre os travesseiros desfalecido. A mulher, no auge da consternação e desespero, chamou-o, sacudiu-o, sem conseguir reanimá-lo. Correu, então, ao telefone, a providenciar assistência médica.

Mas, poucos instantes depois, Bradley se reanimou, ergueu-se e sentou na cama. Parecia transfigurado e rejuvenescido. Seu rosto irradiava uma expressão de estática exultação que já não era terrestre. Em seguida exclamou:

Estive lá em cima. Vi a morada espiritual. Que maravilha! Tudo é sublime! Assim dizendo, afastou os cobertores, estendeu os braços para o alto e exclamou: Deixai-me ir!

Deixai-me ir! E caiu para trás. Estava morto... Alguns meses após, William Gerhardi, autor do livro que Bradley estava lendo momento antes de

morrer, assistia a uma sessão de Voz Direta que se realizava no “Instituto Internacional de Investigação Psíquica”. A ele se manifestou o recém-falecido amigo, ao qual perguntou, à guisa de identificação:

Bradley, poderá dizer-me que livro estavas lendo, quando ocorreu a sua desencarnação? Resurrection. William Gerhardi considerou esta resposta como de alto valor probante, pois, além da viúva que

referira o fato a Gerhardi, ninguém conhecia tal particularidade. Acrescente-se, ademais, que Gerhardi reconheceu o amigo falecido pelo timbre de sua voz e pelo seu modo característico de se exprimir. (2)

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XI I ITENS 146 a 151

• DA PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA

• DA PNEUMATOFONIA

• Apl icação e Correção de Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS

– 2º AULA –

• 1º Momento:

Entregar o Questionário para o Estudo Dirigido (Anexo I)

• 2º Momento:

Correção do quest ionário (Anexo II)

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 25 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 10 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox dos Anexos I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – ITENS 146 a 151

(2) KARDEC, Al lan. Revista Espír ita – outubro de 1859.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

I – AOS ALUNOS

CAPÍTULO XII – ESCRITA DIRETA- (item 146-149)

1º) No que a pneumatografia ou escrita direta difere da psicografia?

2º) Em princípio, o que é necessário para se obter a escrita direta?

3º) De que modo o Espírito produz o efeito denominado escrita direta?

4º) Quais as conseqüências derivadas do estudo das relações de causa e efeito,

no fenômeno estudado no item 149?

5º) Identifique a principal desvantagem da escrita direta sobre a psicografia.

CAPÍTULO XII – PNEUMATOFONIA (item 150-151)

6º) Qual a relação existente entre os ruídos e pancadas, que o Espírito pode

produzir, e a pneumatofonia?

7º) Que diferenciação pode ser estabelecida entre os sons fisiológicos (ecos,

zunidos, alucinações) daqueles produzidos pela pneumatofonia?

8º) Os sons espíritas – os pneumatofônicos – se produzem de duas maneiras

distintas. Explique-as.

9º) Quais as principais características do fenômeno da pneumatofonia às quais

devemos ficar atentos para não nos enganarmos?

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ANEXO II – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

I I – AOS MONITORES

1º) No que a pneumatografia ou escrita direta difere da psicografia? Resposta: Na pneumatografia não há o concurso físico do médium como na psicografia, onde o Espírito utiliza braço e a mão do médium para escrever. "A pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem intermediário algum; difere da psicografia, por ser esta a transmissão do pensamento do Espírito, mediante a escrita feita com a mão do médium".

2º) Em princípio, o que é necessário para se obter a escrita direta? Resposta: "A escrita direta se obtém, como, em geral, a maior parte das manifestações espíritas não espontâneas, por meio da concentração, da prece e da evocação", mas é necessário que "os que desejam obtê-lo se achem nas devidas condições morais e que entre esses se encontre quem possua a necessária faculdade mediúnica".

3º) De que modo o Espírito produz o efeito denominado escrita direta? Resposta: "Para escrever dessa maneira, o Espírito não se serve das nossas substâncias, nem dos nossos instrumentos. – Ele próprio fabrica a matéria e os instrumentos de que há mister, tirando, para isso, os materiais necessários à produção do efeito desejado".

4º) Quais as conseqüências derivadas do estudo das relações de causa e efeito, no fenômeno estudado no item 149? Resposta: O estudo de causa e efeito neste fenômeno, assim como nos demais, traça uma divisão entre superstição e realidade, tirando o caráter de maravilhoso dos fenômenos mediúnicos que, entendidos e justificados, passam a ser compreendidos e aceitos como naturais.

5º) Identifique a principal desvantagem da escrita direta sobre a psicografia. Resposta: Em geral espontâneas, as comunicações pela escrita direta se reduzem a algumas palavras ou proposições e, às vezes, a sinais ininteligíveis. Mas ainda não se presta às dissertações seguidas e rápidas, como permite a psicografia (escrita pela mão do médium).

6º) Qual a relação existente entre os ruídos e pancadas, que o Espírito pode produzir, e a pneumatofonia? Resposta: Todos estes fenômenos se assemelham na sua origem. "Dado que podem produzir ruídos e pancadas, os Espíritos podem igualmente fazer se ouçam gritos de toda espécie e sons vocais que imitam a voz humana, assim ao nosso lado, como nos ares".

7º) Que diferenciação pode ser estabelecida entre os sons fisiológicos (ecos, zunidos, alucinações) daqueles produzidos pela pneumatofonia? Resposta: A pneumatofonia é uma resposta inteligente, ou seja, exprime pensamentos independentemente de quem os ouve como, aliás, são todos os fenômenos produzidos por Espíritos. Os ruídos fisiológicos não têm significado algum.

8º) Os sons espíritas – os pneumatofônicos – se produzem de duas maneiras distintas. Explique-as. Resposta: (a) às vezes é uma voz interior que repercute no nosso foro íntimo, nada tendo, porém, de material as palavras, conquanto sejam claramente perceptíveis; (b) outras vezes, são exteriores e nitidamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que nos estivesse ao lado.

9º) Quais as principais características do fenômeno da pneumatofonia às quais devemos ficar atentos para não nos enganarmos? Resposta: Além das razões citadas acima, devemos atentar para o fato de que este fenômeno é quase sempre espontâneo e é muito raro

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XI I I ITENS 152 a 158 • DA PSICOGRAFIA

• Pesquisa b ib l iográf ica • Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 03 AULAS

– 1º AULA –

• 1º Momento: Passar a tarefa para a próxima (2ª) aula �

a) Análise com ver if icação em textos psicografados: a.1 Identif icar diferenças entre a psicograf ia de um Espír ito sob diferentes

médiuns (ex.: Dr. Bezerra – pela psicograf ia de Chico, de Divaldo e de D. Ivone Pereira) – entregar cópia sugestão bibl iográf ica (Anexo I).

b) Solic itar sucinto relatório, onde se deve anotar nome dos médiuns escolhidos, de suas obras de psicograf ia, editora e ano;

• 2º Momento:

Entregar o Questionário para o Estudo Dirigido da 1ª Aula (Anexo II)

• 3º Momento:

Correção do quest ionário.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratada nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 25 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 10 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Obras Complementares d iversas

• Anexos I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XI I I , ITENS 152 a 158.

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ANEXO I – SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA

AOS ALUNOS E MONITORES:

Sugestão de Leitura:

Mensagens de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

A) MÉDIUM: FRANCISCO C. XAVIER

(1ª) CAMINHOS DE VOLTA – 5ª LIÇÃO (HERDEIROS DA LUZ, p. 13) E 33ª LIÇÃO

(INTERAÇÃO, p. 101)

(2ª) O ESPÍRITO DA VERDADE - 3ª LIÇÃO (LEGENDA ESPÍRITA, p. 19)

(3ª) INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS – RENÚNCIA (1º capítulo, p. 19-22)

B) MÉDIUM: IVONE DO AMARAL PEREIRA

(4ª) A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA

(5ª) NAS TELAS DO INFINITO – 1ª PARTE

C) MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

(6ª) COMPROMISSOS ILUMINATIVOS

(7ª) OBRAS DE MANUEL P. DE MIRANDA SOB A ORIENTAÇÃO DE DR. BEZERRA

D) MÉDIUM: DIVERSOS REGISTROS

(8ª) BEZERRA DE MENEZES – ONTEM E HOJE.

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ANEXO II

I – AOS ALUNOS

1º - Porque já há condições de se comunicar com os Espíritos tão fácil e

rapidamente?

2º - Estabeleça a correlação entre a comunicação espiritual escrita e a falada.

3º - O que é Psicografia Indireta? Por quais meios ela se manifesta? Dê exemplos.

4º - Explique o que é Psicografia Direta ou Manual.

5º - Qual o processo em que se dá a Psicografia Direta?

6º - Qual o mais importante: conhecer a natureza do instrumento de comunicação

OU o modo de sua obtenção?

7º - Resuma: O que é Psicografia e o que é Tiptologia?

- - - - - - - - r ec o r t a r e d i s t r i b u i r a penas a pa r t e s upe r i o r d es te anexo - - - - - - - - - - - -

I I – AOS MONITORES

1º - Porque já há condições de se comunicar com os Espíritos tão fácil e rapidamente?

2º - Estabeleça a correlação entre a comunicação espiritual escrita e a falada. Resposta: Q 153 a 156.

3º - O que é Psicografia Indireta? Por quais meios ela se manifesta? Dê exemplos. Resposta: Q. 157.

4º - Explique o que é Psicografia Direta ou Manual. Resposta: Q. 157.

5º - Qual o processo em que se dá a Psicografia Direta? Resposta: Q. 158 (último parágrafo).

6º - Qual o mais importante: conhecer a natureza do instrumento de comunicação OU o modo de sua obtenção? Resposta: Q. 158.

7º - Resuma: O que é Psicografia e o que é Tiptologia? Resposta: Q. 158 � "Se a comunicação vem por meio da escrita, qualquer que seja o aparelho que sustente o lápis (...) é Psicografia”; E se vem por meio de pancadas, é Tiptologia.

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MODULO II AULA N.º 21

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XI I I ITENS 152 a 158 • DA PSICOGRAFIA

• Exercíc ios Anal í t icos • Pesquisa Bib l iográf ica • Espaço de opin iões

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 03 AULAS

– 2º AULA –

• 1º Momento: CORRIGIR a tarefa designada na aula anter ior �

• Recolher os relatórios, ver if icando se todos f izeram a anál ise dos textos para identif icar diferenças entre a psicograf ia de um mesmo Espír ito sob diferentes médiuns (exemplo: Dr. Bezerra – pela psicograf ia de Chico, de Divaldo e de D. Ivone Pereira); com anotação do nome dos médiuns, de suas obras de psicograf ia, editora e ano;

• 2º Momento:

• Aplicar o exercício do Anexo I (pode ser real izado em dupla de alunos)

• 3º Momento: Aplicar o exercício do Anexo II (pode ser real izado em dupla de alunos)

• 4º Momento:

• Observar os Principais Tópicos Abordados

• Espaço de opiniões � perguntar sobre as principais conclusões que obtiveram com sua pesquisa, o que aprenderam e quais as sugestões que apresentam.

• OPCIONAL : Passar tarefa para a próxima (3ª) aula � SOLICITAR QUE TRAGAM OBRAS: (1º) MÉDIUM: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER �ESPÍRITOS: EMMANUEL E ANDRÉ LUIZ; E (2º) MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO � ESPÍRITOS: JOANNA DE ANGELIS E AMÉLIA RODRIGUES. PROPÓSITO: OBSERVAR DIFERENTES ESPÍRITOS, ATRAVÉS DE UM MESMO MÉDIUM.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratada nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 15 ’ – 1º Momento

• 15 ’ – 2º Momento • 10 ’ – 3º Momento

• 10’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns • Obras Complementares d iversas • Anexos I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XI I I , ITENS 152 a 158.

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COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA N.º 21

ANEXO I – EXERCÍCIO ANALÍTICO

1º) SELECIONAR PELO MENOS UMA DAS OBRAS ESTUDADAS DE CADA UM DOS MÉDIUNS SUGERIDOS E RESPONDER AO EXERCÍCIO ANALÍTICO PROPOSTO:

Mensagens de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

A) MÉDIUM: FRANCISCO C. XAVIER

� OBRA SELECIONADA: ______________________________________________

B) MÉDIUM: IVONE DO AMARAL PEREIRA

� OBRA SELECIONADA: ______________________________________________

C) MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

� OBRA SELECIONADA: ______________________________________________

1. FRENTE AO EXERCÍCIO DE ANÁLISE DAS OBRAS DE AUTORIA DE UM SÓ ESPÍRITO (NA SUGESTÃO DA AULA, DR. BEZERRA DE MENEZES), SOB A PSICOGRAFIA DE DIFERENTES MÉDIUNS, VERIFICA-SE QUE, MUITO EMBORA O CONTEÚDO SEJA DE ELEVAÇÃO INSTRUTIVA E AFETUOSIDADE, SÃO OBSERVADAS SUTIS DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE CADA UM DOS MÉDIUNS SUGERIDOS. VERIFICAR SE OS ALUNOS CONSEGUEM EXPRESSAR ESSAS DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE ELES:

a. Características principais sob o médium Francisco C. Xavier:

DIFERENÇAS: ________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

SEMELHANÇAS: ______________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

b. Características principais sob o médium Divaldo Pereira Franco:

DIFERENÇAS: ________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

SEMELHANÇAS: ______________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

c. Características principais sob a médium Ivone do Amaral Pereira:

DIFERENÇAS: ________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

SEMELHANÇAS: ______________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

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ANEXO II – AVERIGUAÇÃO QUALIDADE MEDIÚNICA

1º) LEITURA SILENCIOSA:

“O inventor, personagem desta história, foi um destes Ícaros modernos que, escondendo por trás de sua compleição mirrada e frágil uma alma altaneira e audaz, aspirou à maior das glórias humanas ao desafiar as leis da gravidade. Desejou um dia tornar-se uma grande personalidade e inscrever seu nome nos anais da história, como aquele que realizou o maior sonho do homem: voar como os pássaros. Justo imaginarmos que tal encargo, feito, sobretudo de soberba, poderia terminar em tragédia.

O Ícaro de nossa narração, por estar envolvido em elevada atmosfera espiritual, julgou ter a genialidade dos grandes sábios, enquanto que, na verdade, apenas copiava lhe ditavam à intuição, nobres entidades do invisível, desejosas de auxiliar o progresso humano. Acreditando que unicamente a sua inteligência sustinha suas frágeis máquinas, imaginou-se incapaz de falir, enquanto que o mundo espiritual trabalhava ativamente para instruí-lo e orientá-lo, a fim de que seus arriscados projetos não se precipitassem em graves fracassos. Os jornais o focalizavam como o herói do novo século e, apesar de sua minguada aparência, era tido como um grande homem, aquele que competia com as águias e ousava desafiar as grandes altitudes. O mundo espiritual, ao programar a tarefa necessária ao progresso humano, sabia dos riscos que tal missão acarretaria para aqueles que se empenhassem em sua execução. Era preciso uma alma muito humilde para realizá-la com a resistência precisa, a ponto de não se deixar abrasar pelas ostentações humanas. Ao mesmo tempo, o malfadado desejo de glórias precisava ser utilizado como um pretexto para o bom êxito da incumbência, pois a alma que ainda não atingiu a maioridade, não sabe se mover sem que a jactância lhe dirija o personalismo rumo ao enaltecimento doentio. A empreitada era delicada e difícil, mas era preciso correr os seus riscos em prol das necessidades do progresso. Para os escolhidos que iriam voar tão alto e experimentar o sabor das maiores vaidades humanas, o perigo da queda moral era uma ameaça altamente provável, superando certamente a possibilidade de precipitarem-se no solo.

O inventor não estava livre dessas ameaças. Conquistou glórias momentâneas no seio dos povos, mas se viu um invencioneiro ao se dar conta de que outros homens, em outras terras, também ouviram e responderam aos apelos do mundo espiritual, que tinha pressa na execução de seus projetos, e semeava idéias em qualquer campo em que pudessem florescer. E estes irmãos disputavam-lhe os mesmos méritos pela primazia do fabuloso invento, como patrimônio exclusivo de suas vaidades. Alimentara a falsa ilusão de ter possuído a maior das genialidades e ter sido o único mortal a vencer as alturas. Mas suas glórias eram falsas assim como falsos eram seus inventos. Com desespero, descobriu-se tão falível quanto qualquer outro mortal. Viu seu nome ser preterido na galeria da história por outros que lhe requisitaram o primado do eloqüente feito. Medalhas, títulos, monumentos e honras caíram desfeitos, de um dia para o outro, como castelos construídos nas movediças areias das ilusões egóicas. Não bastaram seus feitos por demais insignes para uma alma em curso na Terra. Ele precisava dessa primazia para alimentar o seu orgulho, que já experimentara o sabor dos louros humanos. Depois a guerra, sim, a guerra com toda a sua crueldade, insistia no uso da máquina que julgava sua, para protagonizar a destruição, contrariando as suas mais sinceras pretensões de paz. O aeroplano, aquele que teimava em considerar seu filho dileto, não podia prestar-se a objetivos tão vis e sua consciência, martirizada pelo passado de culpas, feria-lhe ainda mais a alma dorida, aprofundando-o no charco a que se atirara.

(CONTINUA...)

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ANEXO II – AVERIGUAÇÃO QUALIDADE MEDIÚNICA

(CONTINUAÇÃO)

Seu coração vazio de espiritualismo não encontrou consolo no respeito e no carinho que o seu próprio povo lhe dedicava. Este não se importou com o fato de que outros lhe houvessem desqualificado do título histórico de pai da maior invenção de todos os tempos, fingiu não ouvir e teimou em assim considerá-lo, alçando-o aos píncaros da merecida glória. Seu nome foi enaltecido e seus feitos valorizados acima de seus reais méritos. Mas não bastou. O louvor que lhe consagrava sua singela gente, distante das realidades do mundo de então, não lhe era galardão suficiente.

(...) Que o Senhor nos ampare sempre,

Bezerra de Menezes Belo Horizonte, setembro de 2000

FREIRE, Gilson T (psicografia). In Ícaro Redimido: a vida de Santos Dumont no Plano Espiritual (obra mediúnica). Belo Horizonte – MG: INEDE, 2003.

EXERCÍCIO:

• NO TEXTO APRESENTADO, VERIFIQUE SE PODEM SER ENCONTRADAS AS CARACTERÍSTICAS (DE DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS) ENTRE ESTA E AS OBRAS PSICOGRÁFICAS ANALISADAS ANTERIORMENTE:

a) Características principais sob o médium Gilson T. Freire:

DIFERENÇAS ENTRE ESTA OBRA E AS ANTERIORMENTE ESTUDAS:

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

SEMELHANÇAS ENTRE ESTA OBRA E AS ANTERIORMENTE ESTUDAS:

_____________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

b) Como você avaliaria esta psicografia estudada?

( ) autêntica. Por que: ____________________________________________

( ) apócrifa. Por que: _____________________________________________

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XI I I – DOS MÉDIUNS – I tens 152 a 158)

A. SOLICITAR, DE CADA ALUNO, UM SUCINTO RELATÓRIO, CONTENDO SUAS OBSERVAÇÕES

ACERCA DAS DIFERENÇAS OBSERVADAS

a) Entre os diferentes médiuns, através das mensagens de um mesmo Espírito – no caso

estudado, o Espírito Dr. Bezerra de Menezes;

B. FRENTE AO EXERCÍCIO DE ANÁLISE DAS OBRAS DE AUTORIA DE UM SÓ ESPÍRITO (NA

SUGESTÃO DA AULA, DR. BEZERRA DE MENEZES), SOB A PSICOGRAFIA DE DIFERENTES

MÉDIUNS, VERIFICAR SE OS ALUNOS CONSEGUEM EXPRESSAR ESSAS DIFERENÇAS,

ANOTANDO-AS.

C. PERGUNTAR AOS ALUNOS SE ESTES CONSEGUEM IDENTIFICAR QUAL O TEMA-FOCO

PREFERENCIAL, ABORDADO REITERADAMENTE POR DR. BEZERRA DE MENEZES EM SUAS

OBRAS � O DA OBSESSÃO / DESOBSESSÃO – PRINCIPALMENTE NAS OBRAS PSICOGRAFADAS

PELA MÉDIUM IVONE DO AMARAL PEREIRA E PELO MÉDIUM DIVALDO P. FRANCO, NAS

ORIENTAÇÕES TRANSMITIDAS AO ESPÍRITO MANUEL PHILOMENO DE MIRANDA.

D. AO FORNECER A PSICOGRAFIA COM MENSAGEM APÓCRIFA ATRIBUÍDA A DR. BEZERRA

(ANEXO II), VERIFICAR SE OS ALUNOS SÃO CAPAZES DE PERCEBER QUE É DE UM ESPÍRITO

PSEUDO-SÁBIO. PEDIR QUE SEJAM TECNICAMENTE FUNDAMENTADAS AS OPINIÕES EMITIDAS.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XI I I ITENS 152 a 158 • DA PSICOGRAFIA

• Anál ise b ib l iográf ica • Espaço de opin iões

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 03 AULAS

– 3º AULA –

• 1º Momento: Dividir a sala em dois grandes grupos, sol ic itando que elejam um representante do grupo. Sol ic itar aos dois representantes que vão à bibl ioteca e tragam obras de mensagens psicografadas pelos médiuns Francisco C. Xavier (Emmanuel e André Luiz) e Divaldo Pereira Franco (Joanna de Angel is e Amélia Rodr igues).

• 2º Momento: Delegar, para cada grupo, um dos médiuns, a f im de que se

real ize uma anál ise nas mensagens selecionadas.

a) Identif icar diferenças e semelhanças entre as psicograf ias de um mesmo médium sob diferentes Espír itos.

b) Anotar nome do médium, a obra de psicograf ia estudada, editora e ano;

• 3º Momento:

• Observar os Principais Tópicos Abordados

• Espaço de opiniões � inquir ir sobre as principais conclusões que todos obtiveram com esta pesquisa, o que aprenderam e quais as sugestões que apresentam.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 25 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 10 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Obras Complementares d iversas

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XI I I , I tens 152 a 158.

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ANEXO I – EXERCÍCIO ANALÍTICO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XI I I – DOS MÉDIUNS – ITENS 152 a 158)

A. SOLICITAR, DE CADA GRUPO, UM SUCINTO RELATÓRIO, CONTENDO SUAS OBSERVAÇÕES

ACERCA DAS PSICOGRAFIAS ESTUDADAS:

1 Entre os diferentes Espíritos, através de um mesmo médium:

a) Francisco Cândido Xavier (Emmanuel, André Luiz) e

b) Divaldo Pereira Franco (Joanna de Angelis, Amélia Rodrigues).

B. FRENTE AO EXERCÍCIO DE ANÁLISE DAS OBRAS DE AUTORIA DE DIFERENTES ESPÍRITOS,

SOB A PSICOGRAFIA DE UM SÓ MÉDIUM, DEVE-SE OBSERVAR:

1º) Se e possível observar nuances distintas de linguagem, abordagens, temas-focos;

2º) Quais as principais contribuições que uma análise desta pôde lhe proporcionar em termos de

criticidade sobre obras espíritas.

C. FRENTE AO EXERCÍCIO DE ANÁLISE DAS OBRAS DE AUTORIA DE VÁRIOS ESPÍRITOS SOB

A PSICOGRAFIA DE UM SÓ MÉDIUM, VERIFICA-SE QUE, MUITO EMBORA O CONTEÚDO

SEJA DE ELEVAÇÃO INSTRUTIVA E AFETUOSIDADE, SÃO OBSERVADAS SUTIS

DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE CADA UM DOS ESPÍRITOS COMUNICANTES.

VERIFICAR SE OS ALUNOS CONSEGUEM EXPRESSAR ESSAS DIFERENÇAS E

SEMELHANÇAS ENTRE ELES PARA CADA UM DOS MÉDIUNS ESTUDADOS:

1. Características principais entre Emmanuel e André Luiz (médium Francisco C. Xavier):

DIFERENÇAS: ________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

SEMELHANÇAS: ______________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

2. Características principais entre Joanna de Angelis e Amélia Rodrigues (médium Divaldo P. Franco):

DIFERENÇAS: ________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________

SEMELHANÇAS: ______________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 159 a 163

• DOS MÉDIUNS

• Médiuns de Efe itos Fís icos

• Pesquisa b ib l iográf ica • Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1º AULA –

• 1º Momento:

Passar pesquisa bibliográf ica para entregar na próxima (2ª) aula �

a) Análise, com ver if icação em um dos l ivros sugeridos (Anexo I) ;

b) Buscar exemplos de mediunidade de Efeitos Físicos nas obras consultadas � marcar capítulo e página(s);

c) Anotar nome do médium, da obra psicografada, a editora e ano;

• 2º Momento:

Entrega do Quest ionário para o Estudo Dir igido da 1ª Aula (Anexo II) , para

ser respondido individualmente (correção nesta aula até sua 4ª questão)

• 3º Momento:

Correção das quatro primeiras questões do questionár io.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 25 ’ – 1º Momento

• 20 ’ – 2º Momento

• 10 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Obras Complementares d iversas

• Xerox Anexo I (A) e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XI I I , I tens 159 a 163. (2) Sér ie André Luiz (Francisco C. Xavier) (3) Obras de Ivone do Amaral Pere ira

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ANEXO I – SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA

A – AOS ALUNOS:

Pesquisar exemplos da mediunidade de efeitos físicos tratados na literatura espírita complementar às Obras Básicas. Leitura indicada:

(selecionar uma obra para cada aluno (a) ou dupla e anotar- lhe(s) o nome)

A) SÉRIE ANDRÉ LUIZ – MÉDIUM: FRANCISCO C. XAVIER

(1ª) OBREIROS DE VIDA ETERNA

(2ª) MISSONÁRIOS DA LUZ

(3ª) LIBERTAÇÃO

(4ª) NOSSO LAR

(5ª) NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

B) MÉDIUM: IVONE DO AMARAL PEREIRA

(6ª) RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE

(7ª) DEVASSANDO O INVISÍVEL

- - - - - - - - r ec o r t a r e d i s t r i b u i r a penas a pa r t e s upe r i o r d es te anexo - - - - - - - - - - - -

B – AOS MONITORES

A) SÉRIE ANDRÉ LUIZ – MÉDIUM: FRANCISCO C. XAVIER

(1ª) OBREIROS DE VIDA ETERNA � cap. 21, p. 21;

(2ª) MISSONÁRIOS DA LUZ � cap. X, p. 107

(3ª) LIBERTAÇÃO � cap. 3, p. 40 e 41 (fenômenos de materialização nos planos físico e

espiritual)

(4ª) NOSSO LAR � não tem � mas na obra: Vivência Mediúnica há alusão ao fenômeno.

(5ª) NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE � cap. 28

B) MÉDIUM: IVONE DO AMARAL PEREIRA

(6ª) RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE �cap. V, p. 81 (FEB, edição 1968) ou p.95 (FEB,

edição 2004)

(7ª) DEVASSANDO O INVISÍVEL � cap. I e II, (FEB)

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ANEXO II – QUESTIONÁRIO

A. COMPLETE AS FRASES, CONSULTANDO O TEXTO:

(1ª) Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, .................................

(2ª) Essa ....................................... é inerente ao homem; não constitui, portanto, um ..................................... exclusivo. Por isso mesmo, ....................... são as pessoas que dela não possuam alguns ................................. Pode, pois, dizer-se que

...............................................................................

B. COMPLETE A FRASE, SELECIONANDO AS PALAVRAS:

(3ª) Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade ....................................... se mostra bem ...................................... e se traduz por ..................................................................., de certa ......................................., o que então depende de uma organização mais ou menos ...................................... (caracterizada; mediúnica; efeitos patentes; intensidade; sensitiva)

(4ª) ASSINALAR VERDADEIRO (V) OU FALSO (F):

(a) (V) (F) A mediunidade é uma faculdade que se revela igualmente, da mesma maneira, em todos;

(b) (V) (F) Geralmente os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações;

(c) (V) (F) Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos imateriais;

(d) (V) (F) Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais;

(e) (V) (F) Os médiuns de efeitos físicos podem ser subdivididos em médiuns facultativos e médiuns voluntários;

(f) (V) (F) Os médiuns involuntários ou naturais são os que, mesmo contra sua vontade, sofrem influência e não possuem nenhuma consciência do que lhe sucede

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ANEXO III – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

I I – AOS MONITORES

A. COMPLETE AS FRASES, CONSULTANDO O TEXTO:

(1ª) Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, ................................ médium.

(2ª) Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.

B. COMPLETE A FRASE, SELECIONANDO AS PALAVRAS:

(3ª) Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade.mediúnica se mostra bem .caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. (caracterizada; mediúnica; efeitos patentes; intensidade; sensitiva)

(4ª) ASSINALAR VERDADEIRO (V) OU FALSO (F):

(a) (V) (F) A mediunidade é uma faculdade que se revela igualmente, da mesma maneira, em todos; F

(b) (V) (F) Geralmente os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações; V

(c) (V) (F) Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos imateriais; F

(d) (V) (F) Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais; V

(e) (V) (F) Os médiuns de efeitos físicos podem ser subdivididos em médiuns facultativos e médiuns voluntários; F

(f) (V) (F) Os médiuns involuntários ou naturais são os que, mesmo contra sua vontade, sofrem influência e não possuem nenhuma consciência do que lhe sucede. V

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 159 a 163

• DOS MÉDIUNS

• Médiuns de Efe itos Fís icos

• Pesquisa b ib l iográf ica • Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 2º AULA –

• 1º Momento:

Recolher a pesquisa b ibl iográf ica sol ic i tada na aula anter ior �

a) Anál ise, com ver i f icação em um dos l ivros suger idos ;

b) Exemplos de mediunidade de Efe itos Fís icos nas obras consultadas � marcar capítulo e página(s);

c) Anotação nome do médium, da obra ps icografada, a ed itora e ano;

• 2º Momento:

Entrega do res tante do Quest ionár io para o Estudo Dir ig ido da 2ª Aula (Anexo I) , para ser respondido individualmente

• 3º Momento:

Conclusão e Correção das demais questões dos exercícios.

• 4º Momento:

Passar pesquisa b ib l iográf ica para entregar na próxima aula� ANEXO II I -A

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 15 ’ – 1º Momento

• 05 ’ – 2º Momento

• 30 ’ – 3º Momento

• 05 ’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Obras Complementares d iversas

• Xerox Anexo I e I I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XI I I , I tens 159 a 163. (2) Sér ie André Luiz (Francisco C. Xavier) (3) Obras de Ivone do Amaral Pere ira

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ANEXO I – EXERCÍCIOS

C. COMPLETE AS FRASES, CONSULTANDO O TEXTO

(5ª) Os médiuns................................... são os que tem consciência do seu poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Os efeitos mais simples são: ..................................; ........................................ produzidas mediante o levantamento ................................. ou na sua própria ..................................

(6ª) Os médiuns ................................. são aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado. ................................. consciência têm do poder que possuem. Tal faculdade não constitui, em si mesma, indício de um estado .................................. As experimentações científicas a que tais médiuns são submetidos, são sempre ................................. às organizações sensitivas, podendo mesmo dar lugar a graves desordens na economia orgânica. Já que tais fenômenos são mais de ordem moral, deve-se evitar com escrupuloso cuidado tudo o que possa ................................. a imaginação –incitando medos e pavores que podem levar até mesmo a casos de loucura e epilepsia. Os que espelham semelhantes idéias (as de que os agentes de tais fenômenos são lobisomens, papões ou o diabo) não sabem a responsabilidade que assumem: ................... ...................! Essa crença ................................ é que foi causa de tantos atos de ................................ nos tempos de ignorância. Esclarecendo-nos sobre a verdadeira ............................... de todos esses fenômenos, a ............................. ............................ lhe dá o golpe de misericórdia.

(7ª) Quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve ................................ num indivíduo, o que se há de fazer é ......................... que o fenômeno siga o seu ........................... ....................... curso natural: a ................................ é mais ......................... prudente que os homens.

(8ª) Os seres .............................., que revelam sua presença por efeitos .............................., são, em geral, Espíritos de ordem ............................ e que podem ser ............................ pelo ascendente moral. A aquisição deste ............................ é o que se deve procurar. Para alcançá-lo, preciso é que o indivíduo passe do estado de médium ............................ ao de médium .............................

(9ª) Uma criança tem tanta e, por vezes, mais .......................... que um adulto. (...) o Espírito só é criança pelo corpo; que tem por si mesmo um desenvolvimento necessariamente ......................... à sua encarnação atual, desenvolvimento que lhe pode dar ......................... sobre Espíritos que lhe são ..........................

(10ª) A moralização de um Espírito, pelos conselhos de uma .......................... pessoa influente e .........................., não estando o médium em estado de o fazer, constitui freqüentemente ........................ muito .......................... Nessa categoria, aparentemente se deviam incluir as pessoas dotadas de certa dose de ......................... natural, verdadeiros torpedos humanos, a produzirem, por simples ........................., todos os efeitos de ....................... e .......................... Contudo, é errado considerá-las ........................., porquanto aí deveria haver a intervenção direta de um .......................... Ora, no caso em que falamos, concludentes experiências hão provado que a eletricidade é o agente único desses fenômenos. Esta ......................... faculdade (...) pode às vezes estar aliada à ......................... (...). Porém, as mais das vezes, de todo ......................... de ......................... faculdade ..........................

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MODULO II AULA N.º 24

ANEXO II – RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS

I I – AOS MONITORES

C. COMPLETE AS FRASES, CONSULTANDO O TEXTO:

(5ª) Os médiuns facultativos são os que tem consciência do seu poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Os efeitos mais simples são: rotação de um objeto; pancadas produzidas mediante o levantamento desse objeto ou na sua própria substância.

(6ª) Os médiuns involuntários são aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado.nenhuma consciência têm do poder que possuem. Tal faculdade não constitui, em si mesma, indício de um estado patológico. As experimentações científicas a que tais médiuns são submetidos, são sempre prejudiciais às organizações sensitivas, podendo mesmo dar lugar a graves desordens na economia orgânica. Já que tais fenômenos são mais de ordem moral, deve-se evitar com escrupuloso cuidado tudo o que possa sobreexcitar a imaginação –incitando medos e pavores que podem levar até mesmo a casos de loucura e epilepsia. Os que espelham semelhantes idéias (as de que os agentes de tais fenômenos são lobisomens, papões ou o diabo) não sabem a responsabilidade que assumem: podem matar! Essa crença funesta é que foi causa de tantos atos de atrocidade nos tempos de ignorância. Esclarecendo-nos sobre a verdadeira causa de todos esses fenômenos, a Doutrina Espírita lhe dá o golpe de misericórdia.

(7ª) Quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, o que se há de fazer é deixar que o fenômeno siga o seu curso natural: a Natureza é mais prudente que os homens.

(8ª) Os seres invisíveis, que revelam sua presença por efeitos sensíveis, são, em geral, Espíritos de ordem inferior e que podem ser dominados pelo ascendente moral. A aquisição deste ascendente é o que se deve procurar. Para alcançá-lo, preciso é que o indivíduo passe do estado de médium.natural ao de médium.voluntário.

(9ª) Uma criança tem tanta e, por vezes, mais autoridade que um adulto. (...) o Espírito só é criança pelo corpo; que tem por si mesmo um desenvolvimento necessariamente anterior à sua encarnação atual, desenvolvimento que lhe pode dar ascendente sobre Espíritos que lhe são inferiores.

(10ª) A moralização de um Espírito, pelos conselhos de uma terceira pessoa influente e experiente, não estando o médium em estado de o fazer, constitui freqüentemente meio muito eficaz. Nessa categoria, aparentemente se deviam incluir as pessoas dotadas de certa dose de eletricidade natural, verdadeiros torpedos humanos, a produzirem, por simples contato, todos os efeitos de.atração e repulsão. Contudo, é errado considerá-las médiuns, porquanto aí deveria haver a intervenção direta de um Espírito. Ora, no caso em que falamos, concludentes experiências hão provado que a eletricidade é o agente único desses fenômenos. Esta estranha faculdade (...) pode às vezes estar aliada à mediunidade (...). Porém, as mais das vezes, de todo independe de qualquer faculdade mediúnica.

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ANEXO III – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A – AOS ALUNOS:

Pesquisar exemplos da mediunidade de AUDIÊNCIA, PSICOFONIA E VIDÊNCIA tratados na literatura espírita complementar às Obras Básicas. Anotar nome do médium, da obra psicografada, a editora e ano; marcar

capítulo e página(s) ���� ENTREGA NA PRÓXIMA AULA

LEITURA INDICADA:

(selecionar uma obra para cada dupla ou tr io de alunos e anotar- lhes o nome)

A) SÉRIE ANDRÉ LUIZ – MÉDIUM: FRANCISCO C. XAVIER

(1ª) NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

(2ª) MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

B) MÉDIUM: IVONE DO AMARAL PEREIRA

(3ª) RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE

(4ª) DEVASSANDO O INVISÍVEL

- - - - - - - - r ec o r t a r e d i s t r i b u i r a penas a pa r t e s upe r i o r d es te anexo - - - - - - - - - - - -

B – AOS MONITORES

A) SÉRIE ANDRÉ LUIZ – MÉDIUM: FRANCISCO C. XAVIER

(1ª) NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE � cap. 6 e 12

(2ª) MECANISMOS DA MEDIUNIDADE �

B) MÉDIUM: IVONE DO AMARAL PEREIRA

(3ª) RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE �cap. V, p. 81 (FEB, edição 1968) ou p.95 (FEB,

edição 2004)

(4ª) DEVASSANDO O INVISÍVEL � cap. I e II, (FEB)

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 164 a 168

• DOS MÉDIUNS • Médiuns Sens i t i vos ou

Impress ionáveis ; Audien tes; Fa lantes; Videntes.

• Pesquisa b ib l iográf ica

• Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Recolher a pesquisa bibl iográf ica sol icitada na aula anterior �

a) Análise, com ver if icação em todos os l ivros sugeridos;

b) Exemplos de mediunidade de AUDIÊNCIA, PSICOFONIA E VIDÊNCIA nas obras consultadas � marcar capítulo e página(s);

c) Anotação nome do médium, da obra psicografada, a editora e ano e o t ipo de mediunidade identif icada;

d) Verif icar se apreciaram o exercício, se acertaram na pesquisa.

• 2º Momento:

Entrega do Quest ionário para o Estudo Dir igido da Aula (Anexo I) , para ser respondido em duplas de alunos (ou individualmente, como preferir) .

• 3º Momento:

Deixar a Conclusão e Correção das questões do quest ionár io para a próxima aula.

Tecer os comentários finais, abordando os aspectos da temática pesquisada.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 35 ’ – 2º Momento • 05 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • Obras Complementares Sér ie André

Luiz E Yvonne Pereira

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 164 a 168. (2) Sér ie André Luiz (Francisco C. Xavier) (3) PEREIRA, Yvonne do Amaral . Recordações da Mediunidade e Devassando o

Invisível. Rio de Janeiro: FEB

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – I tens 164 a 168)

A. COMPLETE AS FRASES, SEM CONSULTAR O TEXTO:

(1ª) Médiuns sensitivos, ou................................. – Chamam-se assim às pessoas suscetíveis de............................ A presença dos Espíritos por uma impressão vaga.

(2ª) Médiuns................... Estes ouvem a voz dos Espíritos.

(3ª) ...................................... - Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos escreventes.

(4ª) Os médiuns videntes são dotados da faculdade de........................ os Espíritos.

B – RESPONDA ÀS QUESTÕES A SEGUIR (CONSULTANDO O TEXTO):

(5ª) QUAL É A FACULDADE RUDIMENTAR INDISPENSÁVEL AO DESENVOLVIMENTO DE TODAS AS OUTRAS, NÃO SENDO, PORTANTO UMA QUALIDADE ESPECIAL, MAS COMUM?

(6ª) HÁ DIFERENÇA ENTRE A IMPRESSIONABILIDADE FÍSICA E A PSÍQUICA, ESPIRITUAL? EXPLIQUE.

(7ª) QUAIS AS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA MEDIUNIDADE SENSITIVA OU IMPRESSIONÁVEL?

(8ª) COMO SE DÁ A AUDIÊNCIA?

(9ª) COMO SE DÁ A PSICOFONIA?

(10ª) COMO SE DÁ A VIDÊNCIA?

(11ª) NESSA CATEGORIA, PODE SE INCLUIR A DUPLA VISTA?

(12ª) HÁ DISTINÇÃO ENTRE APARIÇÕES ACIDENTAIS E A VIDÊNCIA?

(13ª) HÁ DIFERENÇAS NA VIDÊNCIA? QUAIS?

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 169 a 171

• DOS MÉDIUNS

• Médiuns Videntes

• Correção Quest ionár io • Dramat ização

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1ª AULA –

• 1º Momento:

Correção das questões do questionár io da aula anter ior (ANEXO I).

• 2º Momento:

Dividir a sala em três grandes grupos para preparar dramat ização de casos

relatados por Kardec: CASO 1 – na representação da Ópera Oberon (Item

169) ; CASO 2 – outra representação teatral (tem 170) ; CASO 3 – com a

senhora viúva (Item 171 – dois últ imos §) .

• 3º Momento:

Apresentação dos 03 casos preparados.

• Caso os alunos o permitam, pode-se convidar outra turma para assist i-

los � momento de integração e compart i lhamento do conhecimento �

Lembremo-nos que este é um momento de descontração, de contato

prát ico com os exemplos colhidos por Kardec sobre os quais

apresentava a explicação teór ica.

Tecer comentários finais abordando os aspectos da temática

pesquisada.

TEMPO: MATERIAL

• 10 ’ – 1º Momento • 25 ’ – 2º Momento • 20 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 164 a 168. (2) KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír itos – cap. IX , I tens 456 a 472

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ANEXO I – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO (AULA ANTERIOR)

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – i tens 164 a 168)

A. COMPLETE AS FRASES, SEM CONSULTAR O TEXTO:

(1ª) Médiuns sensitivos, ou IMPRESSIONÁVEIS – Chamam-se assim às pessoas suscetíveis de.SENTIR a presença dos Espíritos por uma impressão vaga.

(2ª) Médiuns AUDIENTES Estes ouvem a voz dos Espíritos.

(3ª) MÉDIUNS FALANTES (PSICOFÔNICOS) - Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos escreventes.

(4ª) Os médiuns videntes são dotados da faculdade de VER os Espíritos.

B – RESPONDA ÀS QUESTÕES A SEGUIR (CONSULTANDO O TEXTO):

(5ª) ITEM 164 – É a impressionabilidade, a mediunidade sensitiva ou impressionável.

(6ª) ITEM 164 – Sim, posto que há “pessoas que não têm nervos delicados e que sentem mais ou menos o efeito da presença dos Espíritos, do mesmo modo que outras absolutamente não os pressentem”.

(7ª) ITEM 164 – “Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui a reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas até a sua individualidade (...)”

(8ª) ITEM 165 – (a) através de uma voz interior, no foro íntimo; (b) por uma voz exterior, clara e distinta; e (c) podem travar diálogo com os Espíritos.

(9ª) QUESTÃO 166 – os Espíritos atuam sobre os órgãos da palavra, como atuam sobre a mão dos psicógrafos. O médium psicofônico “geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e, muitas vezes, diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência”.

(10ª) ITEM 167 – Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, acordados, conservando lembrança precisa do que viram. Outros, só em estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo. Raro é que se mostre permanente – quase sempre é passageira.

(11ª) ITEM 167 – DUPLA VISTA – fenômeno anímico (não propriamente mediúnico), eles vêm com os olhos físicos; VIDÊNCIA – fenômeno mediúnico (vêem com os olhos da alma).

(12ª) ITEM 168 – Sim. As aparições são mais comuns (avisos sobre desencarne + visões durante o sono). Já a faculdade consiste na possibilidade (mesmo que não permanente) de ver qualquer Espírito que se apresente mesmo sendo desconhecido ao médium. A posse dessa faculdade constitui o médium vidente.

(13ª) ITEM 168 – Sim. Há os que só vêem os Espíritos evocados, outros há em quem a faculdade é mais ampla – que vêem toda a população espírita ambiente, movendo-se e cuidando de seus afazeres.

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ANEXO I ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA A DRAMATIZAÇÃO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – i tens 169 a 171)

TEMA FOCO – INFLUÊNCIA QUE OS ESPÍRITOS EXERCEM SOBRE OS HOMENS

ITEM 169 – CASO 1

A presença de um médium vidente ao lado de Kardec para assistir à representação da peça da ópera Oberon. O que foi observado: (A) NO AUDITÓRIO: que havia grande nº de lugares vazios na sala e que muitos deles estavam ocupados por Espíritos que pareciam interessados pelo espetáculo; alguns destes Espíritos colocavam-se próximos aos espectadores encarnados como a escutar-lhes a conversação; (B) NO PALCO: por trás dos atores muitos Espíritos se divertiam arremedava-os; imitando-lhes os gestos de modo grotesco; outros, mais sérios, pareciam inspirar os atores e fazer esforços por lhes dar energia, sendo que um deles se conservava sempre junto de uma das principais cantoras – a este Kardec julgou-o animado de intenções levianas e, tendo-o evocado após a terminação do ato, ele acudiu ao chamado e com severidade, reprochou o temerário juízo feito pelo codificador, dizendo: “Não sou o que julgas; sou o seu guia e seu Espírito protetor; sou encarregado de dirigi-la”. E depois de alguns minutos de uma palestra muito séria, deixou-os (a Kardec e ao vidente), dizendo: “Adeus; ela está em seu camarim; é preciso que vá vigiá-la”. (C) OUTRA EVOCAÇÃO: em seguida, a dupla evocou o Espírito Weber, autor da ópera, e lhe perguntou o que pensava da execução da sua obra. “Não de todo má; porém, frouxa; os atores cantam, eis tudo. Não há inspiração. Espera, acrescentou, vou tentar dar-lhes um pouco do fogo sagrado”. Foi visto então, daí a nada, pairando acima dos atores. Partindo dele, um como eflúvio se derramava sobre os intérpretes. Houve, então, nestes, visível recrudescência de energia.

PERSONAGENS: KARDEC, MÉDIUM VIDENTE, WEBER, ESPÍRITOS DIVERSOS.

ITEM 170 – CASO 2

Presença de outro médium vidente médium ao lado de Kardec para assistir à representação de peça teatral. Aqui ambos dialogam com um Espírito espectador que desejava brincar para atestar “seu poder” de influenciar comportamentos alheios, no caso, de encarnados.Travando conversação com o ESPÍRITO ESPECTADOR: “Vês aquelas duas damas a sós, naquele camarote da primeira ordem? Pois bem, estou esforçando-me por fazer que deixem a sala”. Dizendo isso, o médium o viu ir colocar-se no camarote em questão e falar às duas. Subitamente, estas, que se mostravam muito atentas ao espetáculo, se entreolharam, parecendo consultar-se mutuamente. Depois, vão-se e não mais voltam. O Espírtito nos fez então um gesto cômico, querendo significar que cumprira o que dissera. Não o tornamos a ver, para pedir-lhe explicações mais amplas.

Kardec ainda acrescenta: “observamo-los (os Espíritos) em diversos lugares de reunião, em bailes, concertos, sermões, funerais, casamentos, etc., e, por toda parte os encontramos atiçando paixões más, soprando discórdias provocando rixas e rejubilando-se com suas proezas. Outros, ao contrário, combatiam essas influências perniciosas, porém, raramente eram atendidos”.

PERSONAGENS: KARDEC, MÉDIUM VIDENTE, ESPÍRITO ESPECTADOR, ESPÍRITOS DIVERSOS.

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ANEXO I ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA A DRAMATIZAÇÃO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – i tens 169 a 171)

TEMA FOCO – INFLUÊNCIA QUE OS ESPÍRITOS EXERCEM SOBRE OS HOMENS

ITEM 171 (4º e 5º §) – CASO 3

Presença de uma senhora viúva, cujo marido desencarnado freqüentemente comunica-se com ela que, um dia, encontra-se na companhia de um médium vidente que não a conhecia anteriormente, nem tampouco sua família. Disse-lhe o médium, em dado momento: — Vejo um Espírito perto da senhora. — Ah! Disse esta por sua vez: É com certeza meu marido, que quase nunca me deixa. — Não, respondeu o médium, é uma mulher de certa idade; está penteada de modo singular; traz um bandó branco sobre a fronte. KARDEC EXPLICA: Por essa particularidade e outros detalhes descritos, a senhora reconheceu, sem haver possibilidade de engano, sua avó, em quem naquele instante absolutamente não pensava. Se o médium houvesse querido simular a faculdade, fácil lhe fora acompanhar o pensamento da dama. Entretanto, em vez do marido, com quem ela se achava preocupada, ele vê uma mulher, com uma particularidade no penteado, da qual coisa alguma lhe podia dar idéia. Este fato prova também que a vidência, no médium, não era reflexo de qualquer pensamento estranho. (Veja-se o no 102.)

PERSONAGENS: KARDEC; SENHORA VIÚVA; MÉDIUM VIDENTE; ESPÍRITO DE MULHER DE CERTA IDADE, USANDO UM BANDÓ BRANCO NA FRONTE .

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – i tens 169 a 171)

TEMA FOCO – INFLUÊNCIA QUE OS ESPÍRITOS EXERCEM SOBRE OS HOMENS

ITEM 169 – CASO 1

A presença de um médium vidente ao lado de Kardec para assistir à representação da peça da ópera Oberon. Que o Codificador entabulava diálogos com os Espíritos aos quais evocava e deles obtinha os esclarecimentos sobre as ocorrências ali observadas.

CUIDADOS – a evocação não é um procedimento recomendável a qualquer pessoa. Lembremo-nos da autoridade moral do Codificador e da missão a ele confiada, que carecia de tais detalhamentos, além da assessoria espiritual que lhe era ministrada por parte dos Espíritos Codificadores, da Legião do Espírito Verdade – verdadeira plêiade de Benfeitores da mais alta envergadura espiritual. Assim, ccuuiiddeemmooss ppaarraa nnããoo pprraattiiccaarrmmooss ttaaiiss eevvooccaaççõõeess – prática esta atualmente não mais utilizada no movimento espírita, a não ser em casos especialíssimos, revestidos da mais alta seriedade e apoio espiritual benfeitor.

ITEM 170 – CASO 2

Presença de outro médium vidente médium ao lado de Kardec para assistir à representação de peça teatral. Aqui ambos dialogam com um Espírito espectador que desejava brincar para atestar “seu poder” de influenciar comportamentos alheios, no caso, de encarnados.

ITEM 171 – CASO 3

Uma senhora viúva, com a qual o marido freqüentemente se comunica, estava na presença de um médium vidente, que não a conhecia, nem à sua família. As identificações dos Espíritos presentes feitas pelo vidente foram confirmadas pela senhora, destacando-se que, naquele momento, ela estava preocupada com seu marido, mas foi a figura da avó quem o médium presenciou ali, descrevendo em detalhes certas particularidades. Este fato, explica Kardec, é a prova que a vidência no médium não era um reflexo de qualquer pensamento estranho (projetado pela senhora, por exemplo).

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 169 a 171

• DOS MÉDIUNS

• Médiuns Videntes

• Quest ionár io • Le i tura Circu lar

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS

– 2ª AULA –

• 1º Momento:

Entrega do Quest ionário para o Estudo Dir igido da aula (ANEXO I), para ser respondido em duplas de alunos (ou individualmente, como preferir) � sobre conclusões apresentadas no I tem 171 .

• 2º Momento:

Correção das questões do questionár io (ANEXO II)

• 3º Momento:

Fazer a leitura circular das questões 456 a 462 de O Livro dos Espír itos (ANEXO II I).

• 4º Momento:

Fazer a leitura circular do texto de OBRAS PÓSTUMAS (ANEXO IV).

Tecer os comentários finais abordando os aspectos da temática pesquisada.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 15 ’ – 2º Momento • 20 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • O Livro dos Espír i tos – cap. IX • Obras Póstumas – 1ª Par te , Tomo 6. • Xerox Anexo I , I I I e IV

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 164 a 168. (2) KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír itos – cap. IX , Questões 456 a 462; (3) KARDEC, Al lan. Obras Póstumas – 1ª parte, Tomo 6 – A Segunda Vis ta ( . . . ) .

28.ed.RJ: FEB, 1998, pp. 99-106.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – i tem 171)

A – RESPONDA ÀS QUESTÕES A SEGUIR (CONSULTANDO O TEXTO):

(1ª) A FACULDADE DA VIDÊNCIA DEVE DESENVOLVER-SE NATURALMENTE OU SER ESTIMULADO O SEU DESENVOLVIMENTO? EXPLIQUE POR QUÊ.

(2ª) AO AFIRMAR QUE OS CASOS DE APARIÇÕES ESPONTÂNEAS SÃO FREQÜENTES QUIS KARDEC AFIRMAR QUE SÃO MUITO COMUNS? E QUANTO AOS CASOS DE VIDÊNCIA?

(3ª) O QUE SE DEVE LEVAR EM CONTA PARA AFERIR-SE A VERACIDADE DA FACULDADE DE VIDÊNCIA?

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ANEXO II – RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO

B – AOS MONITORES

(1ª) ITEM 171 – A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver- se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.

(2ª) ITEM 171 – (...) Quando dissemos serem freqüentes os casos de aparições espontâneas (nº 107), não quisemos dizer que são muito comuns. Quanto aos médiuns videntes, propriamente ditos, ainda são mais raros e há muito que desconfiar dos que se inculcam possuidores dessa faculdade. É prudente não se lhes dar crédito, senão diante de provas positivas.

(3ª) ITEM 171 – (...) É fora de dúvida que algumas pessoas podem enganar-se de boa-fé, porém, outras podem também simular esta faculdade por amor-próprio, ou por interesse. Neste caso, é preciso, muito especialmente, levarem conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais;

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ANEXO III

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Espír i tos – Capítulo IX – DA INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPORAL – questões 456 a 462)

TEMA FOCO – INFLUÊNCIA QUE OS ESPÍRITOS EXERCEM SOBRE OS HOMENS

FACULDADE, QUE TÊM OS ESPÍRITOS, DE PENETRAR OS NOSSOS PENSAMENTOS

456. Vêem os Espíritos tudo o que fazemos?

“Podem ver, pois que constantemente vos rodeiam. Cada um, porém, só vê aquilo a que dá atenção. Não se ocupam com o que lhes é indiferente.”

457. Podem os Espíritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos?

“Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríeis ocultar de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos se lhes podem dissimular.”

— Assim, mais fácil nos seria ocultar de uma pessoa viva qualquer coisa, do que a esconder dessa mesma pessoa depois de morta?

“Certamente. Quando vos julgais muito ocultos, é comum terdes ao vosso lado uma multidão de Espíritos que vos observam.”

458. Que pensam de nós os Espíritos que nos cercam e observam?

“Depende. Os levianos riem das pequenas partidas que vos pregam e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios se condoem dos vossos reveses e procuram ajudar-vos.”

INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS

459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

460. De par com os pensamentos que nos são próprios, outros haverá que nos sejam sugeridos?

“Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que, freqüentemente, muitos pensamentos vos acodem a um tempo sobre o mesmo assunto e, não raro, contrários uns aos outros. Pois bem! No conjunto deles, estão sempre de mistura os vossos com os nossos. Daí a incerteza em que vos vedes. É que tendes em vós duas idéias a se combaterem.”

461. Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos?

“Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade.”

462. É sempre de dentro de si mesmos que os homens inteligentes e de gênio tiram suas idéias?

“Algumas vezes, elas lhes vêm do seu próprio Espírito, porém, de outras muitas, lhes são sugeridas por Espíritos que os julgam capazes de compreendê-las e dignos de vulgarizá-las. Quando tais homens não as acham em si mesmos, apelam para a inspiração. Fazem assim, sem o suspeitarem, uma verdadeira evocação.” Se fora útil que pudéssemos distinguir claramente os nossos pensamentos próprios dos que nos são sugeridos, Deus nos houvera proporcionado os meios de o conseguirmos, como nos concedeu o de diferençarmos o dia da noite. Quando uma coisa se conserva imprecisa, é que convém assim aconteça.

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MODULO II AULA N.º 27

ANEXO IV

(KARDEC, Allan. Obras Póstumas –1ª parte, Tomo 6 – A Segunda Vista: Conhecimento do Futuro. Previsões)

TEMA FOCO – SEGUNDA VISTA – FACULDADE ANÍMICA, NÃO MEDIÚNICA

Desde que no estado sonambúlico as manifestações da alma se tornam, de certo modo, ostensivas, fora absurdo supor que no estado normal ela se ache confinada, de modo absoluto, em seu envoltório, como o caramujo em sua concha. Não é de maneira alguma a influência magnética que a desenvolve; essa influência nada mais faz do que a tornar patente pela ação que exerce sobre os órgãos corporais. Ora, nem sempre o estado sonambúlico é condição indispensável a essa manifestação. As faculdades que se revelam nesse estado desenvolvem-se algumas vezes espontaneamente, no estado normal, em certos indivíduos. Resulta- lhes daí a faculdade de verem as coisas distantes, por onde quer que a alma estenda sua ação; vêem, se podemos servir-nos desta expressão, através da vista ordinária; e os quadros que descrevem, os fatos que narram se lhes apresentam como efeitos de uma miragem. É o fenômeno a que se dá o nome de segunda vista. No sonambulismo, a clarividência deriva da mesma causa; a diferença está em que, nesse estado, ela é isolada, independe da vista corporal, ao passo que é simultânea nos que dessa faculdade são dotados em estado de vigília.

Quase nunca é permanente a segunda vista. Em geral, o fenômeno se produz espontaneamente, em dados momentos, sem ser por efeito da vontade, e provoca uma espécie de crise que, algumas vezes, modifica sensivelmente o estado físico. O indivíduo parece olhar sem ver; toda a sua fisionomia reflete uma como exaltação.

É de notar-se que as pessoas dotadas dessa faculdade não suspeitam possuí-la. Ela se lhes afigura natural, como a de ver com os olhos. Consideram-na um atributo de seu ser e nunca uma coisa excepcional. Cumpre acrescentar que muito amiúde o esquecimento se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, cada vez mais imprecisa, acaba por desvanecer-se como a de um sonho.

Há infinitos graus na potencialidade da segunda vista, desde a sensação confusa, até a percepção tão nítida quanto no sonambulismo. Há carência de um termo para designar- se esse estado especial e, sobretudo, os indivíduos suscetíveis de experimentá-lo. Tem-se empregado a palavra vidente, que, embora não exprima com exatidão a idéia, adotaremos até nova ordem, em falta de outra melhor.

Se agora confrontarmos os fenômenos de segunda vista com os da clarividência sonambúlica, compreenderemos que o vidente possa perceber coisas que lhe estejam fora do alcance da visão ordinária, do mesmo modo que o sonâmbulo vê, a distância, acompanha o curso dos acontecimentos, aprecia-lhes a tendência e, em certos casos, lhes prevê o desenlace.

Esse dom da segunda vista é que, em estado rudimentar, dá a certas pessoas o tato, a perspicácia, uma espécie de segurança aos atos, o que se pode com justeza denominar: golpe de vista moral. Mais desenvolvido, ele acorda os pressentimentos, ainda mais desenvolvido, faz ver acontecimentos que já se realizaram, ou que estão prestes a realizar-se; finalmente, quando chega ao apogeu, é o êxtase vígil.

Como já dissemos, o fenômeno da segunda vista é quase sempre natural e espontâneo; parece, entretanto, que se produz com mais freqüência sob o império de determinadas circunstâncias. Os tempos de crise, de calamidades, de grandes emoções, tudo, enfim, que sobre excita o moral, que provoca o desenvolvimento. Dir-se-ia que a Providência, diante de perigos iminentes, multiplica em torno das criaturas a faculdade de prevê-los

Videntes sempre os houve em todos os tempos e em todas as nações, parecendo, no entanto, que alguns povos são mais naturalmente predispostos a tê-los. Dizem que na Escócia é muito comum o dom da segunda vista. Não se lhe nota a existência entre a gente do campo e os que habitam nas montanhas.

(continua)

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ANEXO IV

(KARDEC, Allan. Obras Póstumas –1ª parte, Tomo 6 – A Segunda Vista: Conhecimento do Futuro. Previsões)

CONTINUAÇÃO

Os videntes têm sido diversamente considerados, conforme os tempos, os costumes e o grau de civilização. Para os cépticos, eles não passam de cérebros desarranjados, de alucinados; as seitas religiosas os arvoraram em profetas, sibilas, oráculos; nos séculos de superstição e ignorância, eram feiticeiros e acabavam nas fogueiras. Para o homem sensato, que acredita no poder infinito da Natureza e na bondade inesgotável do Criador, a dupla vista é uma faculdade inerente à espécie humana, por meio da qual Deus nos revela a existência da nossa essência espiritual. Quem não reconheceria um dom dessa natureza em Joana d’Arc e em toda uma multidão de outras personagens que a história qualifica de inspiradas?

Muito se tem falado de pessoas que, deitando as cartas, disseram coisas de surpreendente verdade. De modo nenhum pretendemos fazer-nos apologista dos ledores da “buena-dicha” que exploram a credulidade dos espíritos fracos e cuja linguagem ambígua se presta a todas as combinações de uma imaginação abalada; mas, não é de todo impossível que certas pessoas, fazendo disso um ofício, tenham o dom da segunda vista, mesmo mau grado seu. Sendo assim, as cartas, entre as suas mãos, não passam de um meio, de um pretexto, de uma base de conversação. Elas falam de acordo com o que vêem e não com o que indicam as cartas para as quais apenas olham.

O mesmo se dá com outros meios de adivinhação, tais como as linhas da mão, a clara de ovo e outros símbolos místicos. Os sinais das mãos talvez tenham mais valor do que todos os outros meios, não por si mesmos, mas porque, tomando e palpando a mão do consultante, o pretenso adivinho, se é dotado de dupla vista, estabelece relação mais direta com aquele, como se verifica nas consultas sonambúlicas.

Podem incluir-se os médiuns videntes na categoria das pessoas que possuem a dupla vista. Com efeito, do mesmo modo que estas últimas, aqueles julgam ver com os olhos, mas, na realidade, a alma é que vê e por essa razão é que eles vêem tão bem com os olhos abertos como com os olhos fechados. Segue-se, necessariamente, que um cego poderia ser médium vidente, tanto quanto um que tenha perfeita a vista. Constituiria estudo interessante indagar se essa faculdade é mais freqüente nos cegos. Somos levado a crê-lo, dado que, como se pode verificar experimentalmente, a privação de comunicar-se com o meio exterior, por falta de certos sentidos, confere em geral poder maior à faculdade de abstração da alma e, conseqüentemente, maior desenvolvimento ao sentido íntimo pelo qual ela se põe em relação com o mundo espiritual.

Podem, pois, os médiuns videntes ser identificados às pessoas que gozam da vista espiritual; mas, seria porventura demasiado considerar essas pessoas como médiuns, porquanto a mediunidade se caracteriza unicamente pela intervenção dos Espíritos, não se podendo ter como ato mediúnico o que alguém faz por si mesmo. Aquele que possui a vista espiritual vê pelo seu próprio Espírito, não sendo de necessidade, para o surto da sua faculdade, o concurso de um Espírito estranho.

Isto posto, examinemos até que ponto a faculdade da dupla vista pode permitir se descubram coisas ocultas e se penetre no futuro.

(...)

No fenômeno da dupla vista, por se achar a alma parcialmente liberta do envoltório material, que lhe limita as faculdades, não há duração, nem distância; visto que lhe é dado abranger o espaço e o tempo, tudo se lhe confunde no presente. Livre dos entraves da carne, ela julga dos efeitos e das causas melhor do que nós, que não podemos fazer outro tanto; vê as conseqüências das coisas presentes e pode levar-nos a pressenti-las. É neste sentido que se deve entender o dom de presciência atribuído aos videntes. Suas previsões resultam de ter a alma consciência mais nítida do que existe e não de uma predição de coisas fortuitas, sem ligação com o presente. É por dedução lógica do conhecido que ela chega ao desconhecido, dependente muitas vezes da nossa maneira de proceder. Quando um perigo nos ameaça, se somos avisados, ficamos em condições de tentar tudo o que seja preciso para evitá-lo, cabendo-nos a liberdade de fazê-lo ou não.

Em tal caso, o vidente tem diante de si um perigo que se nos acha oculto; ele o assinala, indica o meio de afastá-lo, pois de outro modo o acontecimento segue o seu curso.

(...)

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 172 a 174

• DOS MÉDIUNS

• Médiuns sonambúl icos • Apl icação Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Entrega do Quest ionár io para o Estudo Dir igido (ANEXO I), para ser

respondido individualmente (ou em duplas, como preferir) – Questões 172

a 174.

• 2º Momento:

Correção das questões do questionár io (ANEXO II)

• 3º Momento:

Fazer a leitura circular do Tomo 5 (Obras Póstumas, 1ª Parte) – Causa e

Natureza da Clar iv idência Sonambúlica – expl icação do fenômeno da

lucidez sonambúlica (pp.93 a 97).

Tecer comentários finais abordando os aspectos da temática

pesquisada.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 15 ’ – 2º Momento • 20 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • Obras Póstumas • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 172 a 174. RJ: FEB. (2) KARDEC, Al lan. Obras Póstumas – 1ª parte, Tomo 5 – Causa e Natureza da

c lar iv idênc ia sonambúl ica ( . . . ) . RJ: FEB, pp. 93-97.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

A. COMPLETE AS FRASES, CONSULTANDO O TEXTO:

(1ª) .................................. é uma variedade da faculdade mediúnica.

(2ª) O sonâmbulo age sob a influência do...............................................,. Constitui-se um fenômeno de................................ da ....................... e é nessa condição que ele vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos.

(3ª) Muitos..................................... vêem perfeitamente os ....................... e os descrevem com tanta precisão, como os.................................. Podem confabular com eles e transmitir-lhes

seus.................................................

B. COMPLETE A FRASE, SELECIONANDO AS PALAVRAS:

(4ª) A............................................................. é uma faculdade que se ...................................... no organismo e que independe, em absoluto, da .........................................., do ......................................., e mesmo do ...................................... da criatura.

(adiantamento; lucidez sonambúlica; elevação; estado moral; radica)

C. ASSINALAR VERDADEIRO (V) OU FALSO (F):

(a) (V) (F) O sonambulismo, por ser uma variedade da faculdade mediúnica, envolve duas ordens de fenômenos que, freqüentemente, acham-se reunidos;

(b) (V) (F) As duas ordens de fenômenos que envolvem o sonambulismo são: quando o sonâmbulo age sob a influência de seu próprio Espírito e quando atua como médium, sendo instrumento de um outro Espírito;

(c) (V) (F) O que o médium externa tira-o de si mesmo, suas idéias são mais justas e seus conhecimentos mais dilatados porque tem livre a alma, vive antecipadamente a vida dos Espíritos;

(d) (V) (F) O Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo;

(e) (V) (F) Um sonâmbulo, tanto como os médiuns, pode ser assistido por um Espírito leviano, mentiroso ou mesmo mau. Por isso é que não é importante observar as qualidades morais de ambos; C

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ANEXO II – RESPOSTAS QUESTIONÁRIO

A. COMPLETE AS FRASES, CONSULTANDO O TEXTO:

(1ª) .................................. Sonambulismo é uma variedade da faculdade mediúnica.

(2ª) O sonâmbulo age sob a influência do..............................................., seu próprio Espírito. Constitui-se um fenômeno de................................emancipação da .......................alma e é nessa condição que ele vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos.

(3ª) Muitos ..................................... Sonâmbulos vêem perfeitamente os ....................... Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os................................. médiuns videntes. Podem confabular

com eles e transmitir-lhes seus.................................................pensamentos.

B. COMPLETE A FRASE, SELECIONANDO AS PALAVRAS:

(4ª) A............................................................. lucidez sonambúlica é uma faculdade que se ...................................... radica no organismo e que independe, em absoluto, da ..........................................elevação, do .......................................adiantamento, e mesmo do ......................................estado moral da criatura.

(adiantamento; lucidez sonambúlica; elevação; estado moral; radica)

C. ASSINALAR VERDADEIRO (V) OU FALSO (F): ASSINALAR VERDADEIRO (V) OU FALSO (F):

(a) (V) (F) O sonambulismo, por ser uma variedade da faculdade mediúnica, envolve duas ordens de fenômenos que, freqüentemente, acham-se reunidos;

(b) (V) (F) As duas ordens de fenômenos que envolvem o sonambulismo são: quando o sonâmbulo age sob a influência de seu próprio Espírito e quando atua como médium, sendo instrumento de um outro Espírito;

(c) (V) (F) O que o médium externa tira-o de si mesmo, suas idéias são mais justas e seus conhecimentos mais dilatados porque tem livre a alma, vive antecipadamente a vida dos Espíritos; ......................................F

(d) (V) (F) O Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo;

(e) (V) (F) Um sonâmbulo, tanto como os médiuns, pode ser assistido por um Espírito leviano, mentiroso ou mesmo mau. Por isso é que não é importante observar as qualidades morais de ambos; F

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

� Observar que o sonambulismo – enquanto um estado de emancipação da alma – constitui-se um

estado alterado da consciência do próprio indivíduo, portanto possui característica ANÍMICA. Ao

contrário, a mediunidade, por si só, possui característica essencialmente MEDIÚNICA. Porém tais

fenômenos (anímico e mediúnico) podem ocorrer simultaneamente, de tal modo que haverá um

estado SONAMBÚLICO-MEDIÚNICO (tal como o exemplo apresentado por Kardec na questão

173).

� O SONÂMBULO é mais ATIVO, interage com a realidade espiritual e material. Já o MÉDIUM é mais

PASSIVO, é apenas instrumento de um outro Espírito. Contudo, no fenômeno misto, há ocorrência

das duas modalidades conjunta, mas distintamente observáveis.

� A questão da LUCIDEZ SONAMBÚLICA como faculdade que ocorre independentemente da

qualidade moral do indivíduo, pois que está radicada no organismo da criatura que a possui �

portanto, por sua NATUREZA ORGÂNICA, prescinde da elevação moral, do adiantamento

intelectual de seu portador.

� A explicação do fenômeno da lucidez é dada em Obras Póstumas (pp. 93-97) – Anexo III.

� “O fluido magnético, disseminado por toda a Natureza e cujos focos principais parece que

são os corpos animados, é o veículo da clarividência sonambúlica”.

� “Há, pois, uma certa porção do ser que se lhe separa do corpo e se transporta

instantaneamente através do espaço, conduzida pelo pensamento e pela vontade”;

� “O sonâmbulo vê o objeto exatamente como se este se achasse a seu lado; vê-se a si

mesmo no lugar que ele observa; numa palavra: transporta-se para esse lugar. (...) Sendo a

alma o princípio básico das faculdades do sonâmbulo, necessariamente nela é que reside a

clarividência e não nesta ou naquela parte circunscrita do corpo material”;

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ANEXO II

(KARDEC, Al lan. Obras Póstumas –1ª par te, Tomo 5 – Causa e Natureza da Clar iv idênc ia Sonambúl ica – expl icação do fenômeno da lucidez sonambúl ica)

TEMA FOCO – SONAMBULISMO COMO UM ESTADO DE EMANCIPAÇÃO DA ALMA, UM ESTADO

ALTERADO DA CONSCIÊNCIA; A LUCIDEZ SONAMBÚLICA

CAUSA E NATUREZA DA CLARIVIDÊNCIA SONAMBÚLICA – EXPLICAÇÃO DO FENÔMENO DA LUCIDEZ SONAMBÚLICA

Sendo de natureza diversa das que ocorrem no estado de vigília, as percepções que se verificam no estado sonambúlico não podem ser transmitidas pelos mesmos órgãos. É sabido que neste caso a visão não se efetua por meio dos olhos que, aliás, se conservam, em geral, fechados e que até podem ser abrigados dos raios luminosos, de maneira a afastar todo motivo de suspeita. Ao demais, a visão a distância e através dos corpos opacos exclui a possibilidade do uso dos órgãos ordinários da vista. Forçoso é, pois, se admita que no estado de sonambulismo um sentido novo se desenvolve, como sede de faculdades e de percepções novas, que desconhecemos e das quais não nos podemos aperceber, senão por analogia e pelo raciocínio. Bem se vê que nada de impossível há nisso; mas, qual a sede desse novo sentido? Não é fácil determiná-la com exatidão. Nem mesmo os sonâmbulos fornecem a tal respeito qualquer indicação precisa. Uns há que, para verem melhor, aplicam os objetos sobre o epigastro, outros sobre a fronte, outros no occipital. O sentido de que se trata não parece, portanto, circunscrito a um lugar determinado; é, todavia, certo que a sua maior atividade reside nos centros nervosos. O que é positivo é que o sonâmbulo vê. Por onde e como? É o que nem ele mesmo pode explicar.

Notemos, porém, que, no estado sonambúlico, os fenômenos da visão e as sensações que o acompanham, são essencialmente diferentes do que se passa no estado ordinário, pelo que não nos serviremos do termo ver, senão por comparação e por nos faltar naturalmente um com que designemos uma coisa desconhecida. Um povo composto de cegos de nascença certo careceria de uma palavra para designar a luz e referiria as sensações que ela produz a alguma das que lhe fossem familiares por lhes estar ele sujeito.

Alguém procurava explicar a um cego a impressão viva e deslumbrante da luz sobre os olhos. Compreendo, disse ele, é como o som de uma trombeta. Outro, um pouco mais prosaico sem dúvida, ao qual queriam fazer que compreendesse a emissão dos raios luminosos em feixes ou cores, respondeu: Ah! sim, é como um pão de açúcar. Estamos nas mesmas condições, relativamente à lucidez sonambúlica: somos verdadeiros cegos e, do mesmo modo que estes últimos com relação à luz, comparamo-la ao que tem mais analogia com a nossa faculdade visual. Mas, se quisermos estabelecer uma analogia absoluta entre essas duas faculdades e julgar de uma pela outra, forçosamente nos enganaremos, como os dois cegos que acabamos de citar. É esse o erro de quase todos os que procuram pretensamente convencer-se pela experiência: intentam submeter a clarividência sonambúlica às mesmas provas que a vista ordinária, sem ponderarem que entre elas a única relação existente é a do nome que lhes damos. Daí, como os resultados nem sempre lhes correspondem à expectativa, acham mais simples negar.

(continua)

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ANEXO II

(KARDEC, Al lan. Obras Póstumas –1ª par te, Tomo 5 – Causa e Natureza da Clar iv idênc ia Sonambúl ica – expl icação do fenômeno da lucidez sonambúl ica)

(Continuação) CAUSA E NATUREZA DA CLARIVIDÊNCIA SONAMBÚLICA – EXPLICAÇÃO DO FENÔMENO DA LUCIDEZ SONAMBÚLICA

Se procedermos por analogia, diremos que o fluido magnético, disseminado por toda a Natureza e cujos focos principais parece que são os corpos animados, é o veículo da clarividência sonambúlica, como o fluido luminoso é o veículo das imagens que a nossa faculdade visual percebe. Ora, assim como o fluido luminoso torna transparentes corpos que ele atravessa livremente, o fluido magnético, penetrando todos os corpos sem exceção, torna inexistentes os corpos opacos para os sonâmbulos. Tal a explicação mais simples e mais material da lucidez, falando do nosso ponto de vista. Temo-la como certa, porquanto o fluido magnético incontestavelmente desempenha importante papel nesse fenômeno; ela, entretanto, não poderia elucidar todos os fatos. Há outra que os abrange todos; mas, para expô-la, fazem-se indispensáveis algumas explicações preliminares.

Na visão à distância, o sonâmbulo não distingue um objeto ao longe, como o faríamos nós com o auxílio de uma luneta. Não é que o objeto, por uma ilusão de ótica, se aproxime dele, ELE É QUE SE APROXIMA DO OBJETO. O sonâmbulo vê o objeto exatamente como se este se achasse a seu lado; vê-se a si mesmo no lugar que ele observa; numa palavra: transporta-se para esse lugar. Seu corpo, no momento, parece extinto, a palavra lhe sai mais surda, o som da sua voz apresenta qualquer coisa de singular; a vida animal também parece que se lhe extingue; a vida espiritual está toda no lugar aonde o transporta o seu próprio pensamento: somente a matéria permanece onde estava. Há, pois, uma certa porção do ser que se lhe separa do corpo e se transporta instantaneamente através do espaço, conduzida pelo pensamento e pela vontade. Evidentemente, é imaterial essa porção; a não ser assim, produziria alguns dos efeitos que a matéria produz. É a essa parcela de nós mesmos que chamamos: a alma.

É a alma que confere ao sonâmbulo as maravilhosas faculdades de que ele goza. A alma é quem, dadas certas circunstâncias, se manifesta, isolando-se em parte e temporariamente do seu invólucro corpóreo. Para quem quer que haja observado com atenção os fenômenos do sonambulismo em toda a sua pureza, é patente a existência da alma, tornando-se-lhe uma insensatez demonstrada até à evidência a idéia de que tudo em nós acaba com a vida animal. Pode-se, pois, dizer com alguma razão que o magnetismo e o materialismo são incompatíveis. Se alguns magnetizadores se afastam desta regra e professam as doutrinas materialistas, é sem dúvida que se hão cingido a um estudo muito superficial dos fenômenos físicos do Magnetismo e não procuram seriamente a solução do problema da visão a distância. Como quer que seja, nunca vimos um único sonâmbulo que não se mostrasse penetrado de profundo sentimento religioso, fossem quais fossem suas opiniões no estado vígil.

Voltemos à teoria da lucidez. Sendo a alma o princípio básico das faculdades do sonâmbulo, necessariamente nela é que reside a clarividência e não nesta ou naquela parte circunscrita do corpo material. Essa a razão por que o sonâmbulo não pode indicar o órgão dessa faculdade, como designaria os olhos, se se tratasse da visão exterior. Ele vê por todo o seu ser moral, isto é, por toda a sua alma, visto que a clarividência é um dos atributos de todas as partes da alma, como a luz é um dos atributos de todas as partes do fósforo. Onde quer, pois, que a alma possa penetrar, há clarividência; essa a causa da lucidez dos sonâmbulos através de todos os corpos, sob os mais espessos envoltórios e a todas as distâncias.

(continua)

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ANEXO II

(KARDEC, Al lan. Obras Póstumas –1ª par te, Tomo 5 – Causa e Natureza da Clar iv idênc ia Sonambúl ica – expl icação do fenômeno da lucidez sonambúl ica)

(Continuação) CAUSA E NATUREZA DA CLARIVIDÊNCIA SONAMBÚLICA – EXPLICAÇÃO DO FENÔMENO DA LUCIDEZ SONAMBÚLICA

Uma objeção, como é natural, se apresenta a esse sistema e apressamo-nos a responder a ela. Se as faculdades sonambúlicas são as mesmas da alma desprendida da matéria, por que não são constantes essas faculdades? Por que alguns sonâmbulos são mais lúcidos do que outros? Por que, num mesmo indivíduo, a lucidez é variável? Concebe-se a imperfeição física de um órgão; mas não se concebe a da alma.

Esta se acha presa ao corpo por laços misteriosos que não nos fora dado conhecer antes que o Espiritismo houvesse demonstrado a existência e o papel do perispírito. Tendo sido esta questão tratada de modo especial na Revista Espírita e nas obras fundamentais da doutrina, não nos estenderemos aqui sobre ela, limitando-nos a dizer que é pelos nossos órgãos materiais que a alma se manifesta ao exterior. Em nosso estado normal, essas manifestações ficam naturalmente subordinadas à imperfeição do instrumento, do mesmo modo que o melhor artífice não pode fazer obra perfeita com utensílios ruins. Assim, por muito admirável que seja a estrutura do nosso corpo, qualquer que tenha sido a providência da Natureza, com relação ao nosso organismo, para o exercício das funções vitais, acima desses órgãos sujeitos a todas as perturbações da matéria, há a sutileza da nossa alma. Enquanto, pois, ela se conserva presa ao corpo, sofre-lhe os entraves e as vicissitudes.

O fluido magnético não é a alma; é um liame, um intermediário entre a alma e o corpo. Atuando mais ou menos sobre a matéria é que ele torna mais ou menos livre a alma, donde a diversidade das faculdades sonambúlicas. O sonâmbulo é o homem despojado apenas de uma parte das suas vestiduras e cujos movimentos são embaraçados pelo que lhe resta dessas vestiduras.

Somente quando tem alijado de si os últimos restos da ganga terrena, como a borboleta que abandona a sua crisálida, encontra-se a alma na plenitude de si mesma e goza de liberdade completa no uso de suas faculdades. Se houvesse um magnetizador bastante poderoso para dar liberdade absoluta à alma, romper-se-ia o liame terrestre e a morte imediata se seguiria. O sonambulismo, portanto, fez que puséssemos o pé na vida futura; ergueu uma ponta do véu sob que se ocultam as verdades que o Espiritismo nos faz hoje entrever. Não na conheceremos, todavia, em sua essência, senão quando nos houvermos desembaraçado por completo da cobertura material que neste mundo a obscurece.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XIV ITENS 175 a 177

• DOS MÉDIUNS

• Médiuns curadores; médiuns pneumatógrafos

• Le i tura Circu lar • Apl icação Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, comentada,

das Questões 175 e 176 – com suas nove (09) subquestões.

• 2º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, das Questões

31 a 34 do Anexo I (A Gênese).

• 3º Momento:

Ler silenciosa e individualmente a Questão 177 .

• 4º Momento:

Responder ao questionário (Anexo I I) e corrigir as respostas (Anexo I I I) Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratada nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 20 ’ – 1º Momento • 15 ’ – 2º Momento • 05 ’ – 3º Momento • 15 ’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns • A Gênese • Xerox Anexo I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 172 a 174. RJ: FEB. (2) KARDEC, Al lan. A Gênese – Capí tu lo XIV, i tens 31 a 34.

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ANEXO I

(KARDEC, Al lan. A Gênese –Capítulo XIV – Os Fluidos – Itens 31 a 34: Curas)

31. Como se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é o agente propulsor que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância do seu envoltório fluídico. A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas.

32. São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder, que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos, ou, até, exclusivamente por ato da vontade. Entre os dois pólos extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas desse gênero são variedades do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente terapêutico e cujo efeito se acha subordinado à sua qualidade e a circunstâncias especiais.

33. A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras: 1º pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano,

cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido; 2º pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o

curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito;(1)

3º pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.

34. É muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do

exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional. No entanto, em épocas diversas e no seio de quase todos os povos, surgiram indivíduos que a possuíam em grau eminente. Nestes últimos tempos, apareceram muitos exemplos notáveis, cuja autenticidade não sofre contestação. Uma vez que as curas desse gênero assentam-se num princípio natural e que o poder de operá-las não constitui privilégio, o que se segue é que elas não se operam fora da

Natureza e que só são miraculosas na aparência. (2) _______________ 1 Exemplos: Revue Spirite, fevereiro de 1863, pág. 64; — abril de 1865, pág. 113; — setembro de 1865, pág. 264. 2 Casos de curas instantâneas relatados na Revue Spirite: “O príncipe de Hohenlohe”, dezembro de 1866, pág. 368; — “Jacob”, outubro e novembro de 1866, págs. 312 e 345; outubro e novembro de 1867, págs. 306 e 339; — “Simonet”, agosto de 1867, página 232; — “Caid Hassan”, outubro de 1867, pág. 303; — “O cura Gassner”, novembro de 1867, pág. 331.

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ANEXO II – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – I tens 175 a 177)

A) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) O médium de cura atua apenas sob a ação do fluido magnético;

2º) V ( ) F ( ) Nos médiuns curadores a faculdade é espontânea, ao contrário dos magnetizadores que se preparam, recebem formação para tal e, assim, são todos mais ou menos aptos a curar;

3º) V ( ) F ( ) Os magnetizadores possuem melhor condição para promoverem curas;

4º) V ( ) F ( ) A ação espiritual potencializa a força magnética própria do encarnado que, voltada ao bem, resulta no benefício da cura;

5º) V ( ) F ( ) Os bons Espíritos auxiliam somente os que neles crêem;

6º) V ( ) F ( ) Há pessoas que possuem o dom de curar pelo simples contato ou olhar, sem necessidade de aplicar passes magnéticos;

7º) V ( ) F ( ) Apenas com o recurso da prece é possível obter-se a cura, se Deus o quiser.

8º) V ( ) F ( ) Preces e fórmulas místicas são bastante eficazes para a obtenção de curas.

B) COMPLETE A FRASE:

1º) O gênero de mediunidade que certas pessoas possuem de _________ com um simples toque, olhar, gesto, sem o concurso de qualquer outra coisa material, é o da ___________________.

2º) Além do fluido magnético, o médium de _________sofre a intervenção de uma potência oculta, potencializada pela prece. Nisso constitui a distinção entre magnetizadores e ___________ de __________.

3º) As condições essenciais para obter-se o fenômeno mediúnico sério, particularmente o dos médiuns de efeitos anímicos, quais os pneumatógrafos, são __________ e o ___________________.

C) HÁ TRÊS QUESTÕES FUNDAMENTAIS PARA AFERIR-SE A QUALIDADE DE UM FENÔMENO MEDIÚNICO:

1º) ELE POSSUI UTILIDADE PRÁTICA? 2º) PARA QUE SE PRESTA? 3º) ADOTA AS CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA SE DAR O FENÔMENO?

ATIVIDADE: (a) selecionar uma faculdade mediúnica ostensiva, de maior apelo público – por exemplo: de cura, pictográfica (pintura), psicografia de cartas de parentes desencarnados, etc. (b) solicitar que os alunos apliquem as três questões fundamentais propostas; (c) discutir as conclusões.

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ANEXO III – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capítulo XIV – DOS MÉDIUNS – I tens 175 a 177)

A) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) O médium de cura atua apenas sob a ação do fluido magnético; F

2º) V ( ) F ( ) Nos médiuns curadores a faculdade é espontânea, ao contrário dos magnetizadores que se preparam, recebem formação para tal e, assim, são todos mais ou menos aptos a curar;

3º) V ( ) F ( ) Os magnetizadores possuem melhor condição para promoverem curas; F

4º) V ( ) F ( ) A ação espiritual potencializa a força magnética própria do encarnado que, voltada ao bem, resulta no benefício da cura;

5º) V ( ) F ( ) Os bons Espíritos auxiliam somente os que neles crêem; F

6º) V ( ) F ( ) Há pessoas que possuem o dom de curar pelo simples contato ou olhar, sem necessidade de aplicar passes magnéticos;

7º) V ( ) F ( ) Apenas com o recurso da prece é possível obter-se a cura, se Deus o quiser.

8º) V ( ) F ( ) Preces e fórmulas místicas são bastante eficazes para a obtenção de curas. F

B) COMPLETE A FRASE:

1º) O gênero de mediunidade que certas pessoas possuem de __curar__ com um simples toque, olhar, gesto, sem o concurso de qualquer outra coisa material, é o da _____________mediunidade de cura.

2º) Além do fluido magnético, o médium de _______cura sofre a intervenção de uma potência oculta, potencializada pela prece. Nisso constitui a distinção entre magnetizadores e ________médiuns de _______cura.

3º) As condições essenciais para obter-se o fenômeno mediúnico sério, particularmente o dos médiuns de efeitos anímicos, quais os pneumatógrafos, são ____a prece ___ e o _________________o recolhimento.

C) HÁ TRÊS QUESTÕES FUNDAMENTAIS PARA AFERIR-SE A QUALIDADE DE UM FENÔMENO MEDIÚNICO:

1º) ELE POSSUI UTILIDADE PRÁTICA? 2º) PARA QUE SE PRESTA? 3º) ADOTA AS CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA SE DAR O FENÔMENO?

ATIVIDADE: (a) selecionar uma faculdade mediúnica ostensiva, de maior apelo público – por exemplo: de cura, pictográfica (pintura), psicografia de cartas de parentes desencarnados, etc. (b) solicitar que os alunos apliquem as três questões fundamentais propostas; (c) discutir as conclusões.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XV ITENS 178 a 184

• DOS MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS

• Médiuns mecânicos, in tu i t ivos , semimecânicos, inspirados ou

involuntár ios , de pressent imentos

• Le i tura Circular • Apl icação

Quest ionár io

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS

– 1ª AULA – • 1º Momento:

Distr ibuir o Anexo I, solicitando que todos prestem atenção, posto que esta esquematização faci l itará a compreensão da sistematização proposta por Kardec sobre a mediunidade da psicograf ia, nas questões a seguir..

• 2º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, comentada, das Questões 178 e 184 .

• 3º Momento:

Responder ao questionário (Anexo I I) e corrigir as respostas (Anexo I I I)

• 4º Momento:

Solicitar que os alunos façam a pesquisa proposta no Anexo I.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratada nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento • 20 ’ – 2º Momento • 25 ’ – 3º Momento • 05 ’ – 4º Momento

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I e I I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 178 a 184. RJ: FEB.

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ANEXO I

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XV – DOS MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS – I tens 178 a 184)

OBEDECENDO ÀS ORIENTAÇÕES APRESENTADAS PELO CODIFICADOR NOS ITENS 178 A

184, ELABORAMOS O SEGUINTE ESQUEMA SOBRE A SUBDIVISÃO DA MEDIUNIDADE DE

PSICOGRAFIA, NO TOCANTE AOS TIPOS DE MÉDIUNS AÍ ENCONTRADOS.

1. MEDIUNIDADE DE PSICOGRAFIA

1.1. MÉDIUNS MECÂNICOS – movimento da mão independe da vontade;

1.2. MÉDIUNS SEMIMECÂNICOS – movimento da mão sofre impulsão, mau grado seu, mas

ao mesmo tempo, têm consciência do que escreve à

medida que as palavras se formam.

1.3. MÉDIUNS INTUITIVOS – movimento da mão é voluntário e facultativo

1.3.1. MÉDIUM INTUITIVO COMO INTÉRPRETE CONSCIENTE DOS ESPÍRITOS

1.3.2. MÉDIUNS INSPIRADOS (MEDIUNIDADE INTUITIVA MAIS SUTIL)

1.3.2.1. MÉDIUNS INSPIRADOS SEM O SABEREM

1.3.2.2. MÉDIUNS DE PRESSENTIMENTOS

OBSERVAÇÃO: DISTINÇÃO ENTRE PRESSENTIMENTO E PREMONIÇÃO:

• PRESSENTIMENTO � de intuição mais vaga do que vai acontecer; difíceis de analisar sob a ótica

científica

• PREMONIÇÃO � intuição de maior certeza, comprovável, que se presta à Pesquisa Científica

TAREFA PARA CASA � PESQUISAR EXEMPLOS DE INSPIRAÇÃO OCORRIDOS NAS CIÊNCIAS E NAS

ARTES (ARTISTAS E CIENTISTAS DANDO TESTEMUNHOS DE QUE SEGUIRAM

INSPIRAÇÃO – EM VIGÍLIA OU DURANTE SONHOS)

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ANEXO II –QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XV – DOS MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS – I tens 178 a 184)

A) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) Pela psicografia é que os Espíritos menos revelam sua natureza e seu grau de aperfeiçoamento;

2º) V ( ) F ( ) É pelo exercício que a faculdade de psicografia é a mais suscetível de desenvolver-se;

3º) V ( ) F ( ) Nos movimentos da mesa, cesta ou da prancheta que escreve dificilmente há uma ação exercida diretamente por um Espírito sobre estes objetos;

4º) V ( ) F ( ) Na psicografia mecânica o Espírito atua diretamente sobre a mão, dando-lhe impulsão, independentemente da vontade do médium;

5º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium passivo ou mecânico é que ele tem total consciência do que escreve;

6º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium passivo ou mecânico é que ele tem inconsciência absoluta do que escreve;

7º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium intuitivo de psicografia é que o Espírito não atua diretamente sobre sua mão, mas sobre sua alma que, sob esse impulso, dirige sua mão e esta dirige o lápis.

8º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium intuitivo de psicografia é que ele tem total consciência do que escreve, mesmo que sua escrita não exprima o seu próprio pensamento.

9º) V ( ) F ( ) O médium semimecânico tem seu pensamento antecedendo o ato da escrita.

10º) V ( ) F ( ) Os médiuns semimecânicos são os mais comuns e numerosos na psicografia.

B) RESPONDA:

1º) PORQUE KARDEC ALERTA QUE PARA A FACULDADE DA PSICOGRAFIA DEVEM TENDER TODOS OS ESFORÇOS?

2º) PORQUE KARDEC AFIRMA QUE, SOB O ASPECTO DA INSPIRAÇÃO, TODOS SÃO MÉDIUNS?

3º) .QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA INSPIRAÇÃO?

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ANEXO III – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XV – DOS MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS – I tens 178 a 184)

A) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) Pela psicografia é que os Espíritos menos revelam sua natureza e seu grau de aperfeiçoamento; F

2º) V ( ) F ( ) É pelo exercício que a faculdade de psicografia é a mais suscetível de desenvolver-se;

3º) V ( ) F ( ) Nos movimentos da mesa, cesta ou da prancheta que escreve dificilmente há uma ação exercida diretamente por um Espírito sobre estes objetos; F

4º) V ( ) F ( ) Na psicografia mecânica o Espírito atua diretamente sobre a mão, dando-lhe impulsão, independentemente da vontade do médium;

5º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium passivo ou mecânico é que ele tem total consciência do que escreve; F

6º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium passivo ou mecânico é que ele tem inconsciência absoluta do que escreve;

7º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium intuitivo de psicografia é que o Espírito não atua diretamente sobre sua mão, mas sobre sua alma que, sob esse impulso, dirige sua mão e esta dirige o lápis.

8º) V ( ) F ( ) O que caracteriza o médium intuitivo de psicografia é que ele tem total consciência do que escreve, mesmo que sua escrita não exprima o seu próprio pensamento.

9º) V ( ) F ( ) O médium semimecânico tem seu pensamento antecedendo o ato da escrita. F

10º) V ( ) F ( ) Os médiuns semimecânicos são os mais comuns e numerosos na psicografia.

B) RESPONDA:

1º) PORQUE KARDEC ALERTA QUE PARA A FACULDADE DA PSICOGRAFIA DEVEM TENDER TODOS OS ESFORÇOS? QUESTÃO 178: De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós.

2º) PORQUE KARDEC AFIRMA QUE SOB O ASPECTO DA INSPIRAÇÃO, TODOS SÃO MÉDIUNS? QUESTÃO 182: Porque não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares, a se esforçarem por sugerir aos protegidos salutares idéias. Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com freqüência à inspiração do seu anjo de guarda, nos momentos em que se não sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, o invoque com fervor e confiança, em caso de necessidade, e muito freqüentemente se admirará das idéias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma idéia surge, é que é preciso esperar.

3º) .QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA INSPIRAÇÃO? É espontânea; todos possuem seus Espíritos protetores e familiares; a comunicação é feita pelo pensamento; se verifica em relação às coisas mais comuns da vida (“quando queremos ir a alguma parte e uma voz secreta nos avisa do perigo”); sob a inspiração a alma se torna mais livre e desprendida da matéria, recebendo mais facilmente as comunicações dos Espíritos que a inspiram.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XV ITENS 178 a 184

• DOS MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS

• Médiuns mecânicos, in tu i t ivos , semimecânicos, inspirados ou

involuntár ios , de pressent imentos

• Estudos de Caso • Jogra l ou

Dramat ização

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 2ª AULA –

• 1º Momento:

Dividir a sala em grupos, atribuindo um (01) caso a cada um deles, de modo a que eles apresentem (em jogral ou dramatização), resumidamente se possível, os casos de Premonição e Pressentimentos : CASO 1 – AUTOPREMONIÇÃO ; CASO 2 – PREMONIÇÃO

SONAMBÚLICA ; CASO 3 – PREMONIÇÃO ESPIRÍTICA ; CASO 4 – PREMONIÇÃO ACIDENTAL E DE ACONTECIMENTOS FORTUITOS; CASO 5 – PRESSENTIMENTOS.

• 2º Momento:

Distr ibuir o Anexo I, para os estudos de casos de Premonição e Pressentimentos. Auxil iar os grupos a escolher sua opção de apresentação.

• 3º Momento:

Realizar as apresentações dos Estudos de Caso.

Tecer os comentários f inais abordando todos os aspectos da temática t ratada.

TEMPO: MATERIAL

• 10 ’ – 1º Momento • 20 ’ – 2º Momento • 25 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 178 a 184. RJ: FEB. (2) LOUREIRO, Car los Bernardo. Das Profecias à Premonição: passado, presente e

futuro se fundem para constituir a eternidade . 2 .ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Pp. 103 a 139.

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MODULO II AULA N.º 31

ANEXO I

PREMONIÇÃO E PRESSENTIMENTO LOUREIRO, Carlos Bernardo. Das Profecias à Premonição: passado, presente e futuro se fundem para constituir a eternidade. 2.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. Pp. 103 a 139

Dr. Charles Richet dividiu a Premonição em quatro grandes classes (vide: "Revista de Metapsíquica",

número 01, 1951):

1. AUTOPREMONIÇÃO (é a premonição que o paciente fez com relação a si próprio) 2. PREMONIÇÃO SONAMBÚLICA

3. PREMONIÇÃO ESPIRÍTICA

4.PREMONIÇÃO ACIDENTAL E DE ACONTECIMENTOS FORTUITOS

1. CASO DE AUTOPREMONIÇÃO:

Um dos mais célebres casos de autopremonição aconteceu com o Presidente norte-americano Abraão

Lincoln (1809-1865).

Lincoln e sua esposa Mary entretinham alguns amigos na Casa Branca, pouco depois das 22 horas, de

uma quarta-feira, quando os visitantes se despediram, com exceção de Ward Will Lamon, do Senador Harlan e

sua filha, e do Secretário do Interior, Usher. Para reinício de conversa, Mary Lincoln observou que a face do seu

marido parecia solene. O Presidente replicou que tinha um peso na consciência.

Diante dos rostos imediatamente sérios de seus amigos, Lincoln pronunciou as seguintes palavras:

"parece que há 16 capítulos no Velho Testamento, e 4 ou 5 no Novo, referentes a sonhos. Existem numerosas

outras passagens na Bíblia, onde se mencionam visões. Se acreditamos na Bíblia devemos aceitar que, em

tempos remotos, os Espíritos vinham ter com os homens durante o sono e se faziam conhecer através dos

sonhos".

Com gestos medidos, Lincoln prosseguiu: "Hoje em dia os sonhos são considerados asneiras e, com

exceção das velhas e donzelas apaixonadas, ninguém os conta." Sua esposa, preocupada com o tom grave de

Lincoln e ela própria vítima de pesadelos, perguntou-lhe: "Você acredita em sonhos?"

"Não posso dizer que sim", respondeu ele, "mas tive um, há noites, que me persegue desde então.

Depois que me aconteceu, pode parecer estranho, a primeira vez que abri a Bíblia, foi no Capítulo 28 do Livro da

Gênese, que relata o maravilhoso sonho de Jacó. Folheei o velho livro e, onde quer que eu o abrisse, meus olhos

tombavam sobre passagens que condiziam com meus pensamentos - visitas sobrenaturais, sonhos, visões etc."

Mary comentou: "Você me assusta. Que acontece?" O Presidente tratou de desviar o assunto, mas a

primeira-dama insistiu em conhecer o sonho do marido. Com melancolia, ele cedeu:

"Há dez dias, fui dormir muito tarde. Demorei-me à espera de importantes despachos. Assim que deitei, adormeci de cansado. Imediatamente, comecei a sonhar. Parecia haver uma quietude de morte ao meu redor. Então, soluços reprimidos como se diversas pessoas estivesse chorando. Pensei que havia deixado a minha cama e que perambulava no andar inferior. Neste, o silêncio era quebrado pelo menos piedoso soluço de invisíveis pessoas enlutadas. Andei de sala em sala; havia luz em todas elas; todos os objetos me eram familiares. Nenhuma pessoa viva ali estava, mas os mesmos sons dolorosos me acolhiam ao prosseguir a caminhada. Onde estavam as pessoas que soluçavam? Eu me sentia intrigado e alarmado. Qual seria o significado daquilo tudo?... Cheguei à sala Oriental, onde entrei... ali deparei com uma surpresa que me provocou mal-estar. Ante mim havia um cadafalso no qual jazia um cadáver em roupas de funeral. À sua volta, estacionavam soldados montando guarda; e havia uma multidão de gente olhando lamentosamente para o cadáver, cuja face estava coberta. – 'Quem morreu na Casa Branca? ', perguntei a um dos soldados. 'O Presidente... um assassino o matou! ' Levantou-se um rumor de pesar da multidão, que me acordou ... "

(Continua)

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MODULO II AULA N.º 31

ANEXO I

(Continuação) PREMONIÇÃO E PRESSENTIMENTO (Carlos B. Loureiro)

Segundo o depoimento de Ward Will Lamon, testemunha histórica da autopremonição de Lincoln, o

Presidente concluiu seu relato do sonho com estas palavras reveladoras: "Não mais dormi naquela noite, e o

sonho me causa estranho aborrecimento desde então." Em 14 de abril de 1865, quando da capitulação dos estados sulistas, após a sangrenta Guerra de

Secessão, Abraão Lincoln era assassinado no "Ford's Theatre", de Washington, por John Wikes Booth, membro de uma famosa família de atores e simpatizantes da causa dos sulistas. Booth avançou calmamente até o camarote presidencial que não tinha guarda, e disparou um único tiro, fatal, na nuca de Lincoln. Embora tivesse quebrado uma perna ao saltar para o palco, Booth conseguiu fugir num cavalo que o aguardava. Duas semanas depois, encontrado escondido num celeiro na Virgínia, foi morto a tiros – ou matou-se – enquanto o celeiro era incendiado pelos agentes do Governo.

Nove outros homens foram implicados na conspiração de Booth; quatro foram enforcados, guatro cumpriram longas penas e um absolvido do crime.

Cumpriu-se, integralmente, a autopremonição de Lincoln.

2. CASO DE PREMONIÇÃO SONAMBÚLICA

A vidente de Prévost, Frederica Hauffe é autora de inúmeras e autênticas profecias, narradas pelo Or.

Justinus Kerner (18 de setembro de 1786, Ludwigsburg - 22 de fevereiro de 1862, Weinsberg)13

Eis alguns casos:

Frederica Hauffe predisse que a Sra. L ... , que jamais havia visto, vinha a ela chorando com uma criança morta nos braços. Seis semanas depois, esta senhora paria e perdia o filho.

Numa outra circunstância a vidente viu um indivíduo seu conhecido, que acabara de morrer; estava preocupado por lhe falar da filha, ameaçada por um acontecimento grave. Quatro semanas mais tarde, esta jovem sofria sério acidente, quase levando-a à morte.

O Dr. A. Rostan afirma que a vidente, adormecida predisse que uma amiga sua, que não estava muito doente, ia morrer de hemorragia em exatamente seis dias, o que foi verdade, tanto para a hemorragia quanto para a data.

3. CASO DE PREMONIÇÃO ESPIRÍTICA

As premonições espiríticas obedecem a características específicas. O paciente, em vez de ficar passivo e ser, durante a sua vida normal de vigília ou de sonho, invadido pelo fenômeno metapsíquico (expressão de Richet), conhece o futuro por via mediúnica, seja pela escrita automática, seja pela prancheta e por manifestações psicofônicas, incluindo, aí, o fenômeno de voz direta.

E.M .... , secretária de William Stead, era de saúde delicada e humor desagradável. Stead pensou em dispensá-Ia. Júlia, o Espírito guia, escreveu, automaticamente, pela mão do ilustre publicista britânico - "Seja paciente, ela virá reunir-se a nós no fim do ano." Em julho, E.M .... esteve muito doente. Júlia escreveu: "Ficará boa, mas sucumbirá antes do fim do ano." Em dezembro E.M .... teve uma recaída; Júlia escreveu: "Ela não virá aqui de um modo natural, mas será antes do fim do ano." No dia 10 de janeiro, E. M .... estava extremamente doente e Júlia escreveu: "Enganei-me por alguns dias, mas tudo o que eu disse é verdade: dê-lhe os seus adeuses." No dia 12 de janeiro, num acesso de loucura, E. M .... atirou-se pela janela.

(Continua)

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ANEXO I

(Continuação) PREMONIÇÃO E PRESSENTIMENTO (Carlos B. Loureiro)

Vejamos, agora, um caso de Premonição Espirítica, por VOZ DIRETA.

Pascal Forthuny (1872-1962), famoso paragnóstico francês, ao longo de uma conferência realizada no Instituto de Metapsíquica de Paris, França revelou:

"Mencionarei uma trágica profecia feita por mim em 1924, com três meses de antecedência. Disponho de documentos comprobatórios. Se, como eu, todos os sensitivos tivessem o cuidado de datar e guardar os trâmites de suas predições, depositando-os em lugar seguro; e, se mais tarde, comparassem os pormenores dos acontecimentos verificados com seu registro prévio, todos seriam testemunhas de que as pré-cognições não são uma hipótese, mas uma realidade indiscutível, porque sucedem centenas de vezes.

"Certo dia, no silêncio e na solidão da zona rural, em minha propriedade campestre, eu estava sentado à minha mesa de trabalho, absorto numa composição poética, quando, subitamente, uma voz autoritária soou em meus ouvidos, ordenando-me que fosse sem demora a Paris, ao Instituto de Metapsíquica; e procurasse pelo Dr. Gustave Geley, seu diretor, a fim de preveni-Io da morte próxima de um médico francês na Polônia, vítima de acidente aéreo. Obedeci, viajando apressadamente à "Cidade Luz". O Dr. Geley vivia com a família no Instituto. Eles me receberam com a bondade de sempre, depois do jantar, quando todos ainda se achavam juntos.

"Expliquei o motivo de minha visita. Ouviram-me descrever a voz que me ordenara a viagem a Paris e o anúncio da morte de um médico francês pela queda do avião que o transportaria à Polônia. Cabe-me salientar que, naquela ocasião o Dr. Geley não tinha planos de viagem. Ele me perguntou, bruscamente: "-A quem se refere esse aviso de morte?'

"Disseram-me, posteriormente, e empalideci. Contudo na ocasião, eu não sabia a quem a premonição se referia, pois a voz não mencionara o nome da vítima; a pergunta, porém, me deixou confuso. Tentei forçar minha capacidade de intuição e cheguei a dizer o nome de um médico famoso, mas foi um erro. A voz não quis revelar a totalidade de seu segredo.

"Três meses depois, o Dr. Geley encontrava-se em Varsóvia, capital da Polônia, para uma representação científica, ao término da qual o convidaram a fazer, de avião, a viagem de regresso, e ele aceitou. Após um quarto de hora de vôo, o aparelho perdeu altura e se espatifou no solo. Os dois passageiros e os aviadores morreram, todos, instantaneamente. Era o dia 14 de julho de 1924.

"O Dr. Geley havia tomado nota da infeliz e verídica premonição. Entre os papéis de nosso infortunado amigo, e consagrado autor de 'O Ser Subconsciente', encontrou-se o documento comprobante dessa premonição espirítica."

4. CASO DE PREMONIÇÃO ACIDENTAL

O Prof. Charles Richet denomina acidentais as premonições que sobrevêm nas pessoas normais, sem

que haja qualquer experimentação. É a premonição que as encontra imprevisível e surpreendentemente. Essas

inopinadas premonições são também as mais interessantes e mais numerosas que as premonições

experimentais.

Tanto Richet como Ernesto Bozzano classificam essas premonições em:

a - Premonição de doenças ou de mortes devidas a causas naturais.

b - Premonições de mortes acidentais.

c - Premonições de acontecimentos fortuitos. (Continua)

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MODULO II AULA N.º 31

ANEXO I

(Continuação) PREMONIÇÃO E PRESSENTIMENTO (Carlos B. Loureiro)

(a) Premonição de doenças ou de mortes devidas a causas naturais

São inúmeros os casos de premonições dessa espécie. Citaremos, apenas, os que nos parecem mais

ilustrativos. (...)

O Prof. Ernesto Bozzano conseguiu registrar um caso de premonição a longo prazo.

J. Edinburg, estudante de Medicina, em 1930, teve um sonho do qual não se lembra senão uma data: 9 de junho de 1935. Conta ao cirurgião assistente e lhe diz: "É a data da minha morte ou de uma grande desgraça para mim", e escreve no porta-chapéus do hospital: 9 de junho de 1935 - J.F.E. •

Passaram-se cinco anos. O Dr. Edinburg casa-se e sua esposa morre no dia 9 de junho de 1935. Voltando ao hospital o Dr. Edinburg faz constatar a dois de seus amigos o que escrevera, há cinco anos, no porta-chapéus - "9 de junho de 1935".

Este magnífico caso de premonição, se se desejar aplicar o cálculo das probabilidades, poder-se-ia dar, em cinco anos, uma probabilidade 1/365x5 seja mais ou menos 1/1800 (como se na roleta o vermelho saísse onze vezes seguidas). Porém, raciocinar assim seria um grande erro contra o bom senso, pois, então, não se levaria em conta a causa que apresentou, ao pensamento do Dr. Edinburg, esse número exato. Retomando à comparação da roleta, nada mais é do que dizer: "Sei que o vermelho vai sair onze vezes seguidas!?,. "

O que constituiu a premonição é que o número foi indicado uma única vez e sem engano. Se 1800 estudantes indicassem, em cinco anos futuros, uma data fatal cada um, seguramente, encontrar-se-iam coincidências, mas não houve senão um que fez esta previsão, e a previsão foi justa. Não se pode falar do acaso, pois houve uma causa que pôs esse número exato diante dos olhos do Dr. Edinburg.

(b) Premonições de mortes acidentais

Tenta-se invocar para explicar as premonições de mortes naturais - pelo menos quando são próximas -uma espécie de conhecimento sobre o estado orgânico das pessoas cuja morte (ou enfermidade) seja prevista. Sobre a premonição de mortes acidentais, pela sua imprevisibilidade, torna- se impossível fazer-se qualquer tipo de insinuação ou levantar-se suspeição quanto a sua validade.

Em "La Mort et Son Mystere", o ilustre astrônomo francês Camille Flammarion relata o seguinte e histórico fato:

O Capitão de Montluc narra em seus "Commentaires" que previu, em sonho, a morte do Rei Henrique 11,

mortalmente ferido num torneio, em 1559. "Na noite anterior ao dia do torneio sonhei que via o Rei sentado em

uma cadeira, tendo o rosto todo coberto de gotas de sangue e não podia descobrir seu mal, senão o sangue no

rosto, Ouvia dizer: 'Ele está morto'; outros: 'Ainda não', Via os médicos e cirurgiões entrar e sair do quarto... e, o

despertar, encontrei-me em lágrimas; não pude deixar de chorar durante muito tempo! Minha mulher procurou

confortar-me; porém, não posso tomar outra interpretação a não ser de sua morte. Diversos amigos a quem

contei o sonho não me levaram a sério. Entretanto, quatro dias depois, um mensageiro chegou de Nérac

avisando que o Rei Henrique II sofrera fatal acidente em um torneio, em Navarra (Espanha).”

O prof. Ernesto Bozzano, em “Le Phénoménes Prémonitoires”, edição francesa, relata o seguinte:

O dr. Haye, em Norwalk (EUA), sonha que três jovens colegiais de seu instituto se afogaram. Ele, por isso,

recomenda aos seus alunos grande prudência. No dia seguinte, no momento da partida das crianças para um

passeio, renova suas recomendações. No entanto, o acidente realizou-se e três crianças se afogaram. (Continua)

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ANEXO I

(Continuação) PREMONIÇÃO E PRESSENTIMENTO (Carlos B. Loureiro)

(c) Premonição de acontecimentos fortuitos (...) Charles Dickens, célebre romancista inglês (Landport, Portsmouth, 1812 - Gad's Hill, Rochester, 1870) certa

vez sonhou estar recebendo a visita de uma mulher que usava um xale vermelho e que se apresentou como Miss

Napier.

"Por que Miss Napier?", ele se perguntou ao acordar. "Não conheço Miss Napier alguma...", mas, poucas

horas depois, dois amigos do autor de "David Copperfield" bateram à sua porta, acompanhadas de uma estranha

que desejavam apresentar-lhe. Seu nome era Napier. Era a Miss Napier do sonho de Dickens, e estava usando

um xale vermelho...

O pesquisador inglês H. F. Salt marsh, autor da obra "Foreknowledge" (Londres, G. Sell & Sons, 1938), com

base nos extraordinários "proceedings" da Sociedade para Pesquisas Psíquicas, de Londres, registra inúmeros

casos de sonhos premonitórios de natureza fortuita: uma certa Sra. Mackenzie sonhou estar sentada na sala de

visitas de sua casa com vários convidados, incluindo um certo Sr. J. Ela desculpou-se por um momento para ir

inspecionar o jantar e, ao voltar, notou muitas manchas escuras em seu tapete novo. O Sr. J sugeriu que as

manchas provavelmente fossem tinta; mas a Sra. Mackenzie replicou: "Eu sei que foi queimado e contei cinco

furos." Neste momento, acordou, intrigada.

Na manhã seguinte, um domingo, a Sra. Mackenzie contou o sonho à família na hora do café da

manhã. Em seguida, foram todos ao culto anglicano. Ao sair do templo, o Sr. J reuniu-se à família Mackenzie e

voltou com eles para casa, para o almoço, algo que ele nunca fizera antes. Enquanto a família conversava com o

Sr. J na sala de visitas, a Sra. Mackenzie foi à cozinha inspecionar o almoço e, ao voltar à sala notou uma

mancha no tapete. O Sr. J achou que as manchas eram possivelmente de tinta e apontou outras manchas iguais.

Nesse instante, a Sra. Mackenzie exclamou: "Meu sonho! Meu tapete novo está queimado!"

O tapete realmente havia sido queimado, como se verificou posteriormente, em cinco lugares, por uma

empregada que, por descuido, deixara cair algumas brasas ao acender a lareira da sala de visitas...

(Continua)

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ANEXO I

(Continuação) PREMONIÇÃO E PRESSENTIMENTO (Carlos B. Loureiro)

5. PRESSENTIMENTO

Afirma Léon Denis que o pressentimento é a vaga intuição do que vai acontecer!

Os pressentimentos – é ainda o filósofo de Tours quem afirma – são difíceis de analisar-se sob o

ponto de vista científico. Não são explicáveis, senão em certos casos, quando o acontecimento pressentido

tem precedentes subjetivos ou objetivos.

Conta-se, a propósito o seguinte e intrigante caso: O navio "Titanian" transportava carvão de Tyne

para o Canadá, e o marinheiro William Reeves, que estava de vigia numa noite de abril de 1935, começou a

sentir estranho (e inelutável pressentimento). Quando o navio atingiu o ponto onde os navios “Titan" e

"Titanic" haviam naufragado, a sensação atingiu o máximo. Poderia Reeves parar o navio por causa de um

pressentimento? Mas o fato o fez tomar a decisão: ele havia nascido no dia do acidente do "Titanic...”.

“Perigo à frente!”, avisou à ponte de comando; logo em seguida, um imenso iceberg surgiu ameaçador da

escuridão, e a embarcação pôde evitá-Io a tempo.

No "Bulletin de Ia Société d'Études Psychiques de Nancy" (fevereiro de 1902), citado por Léon

Denis, o Coronel Collet conta que seu sogro, o Sr. Vigneron, emérito caçador e pescador, saía quase todos

os dias para se entregar a seus prazeres favoritos, sem que por esse motivo sua mulher de modo algum se

inquietasse. Um dia, porém, ela o quis impedir de ir à pesca. Ele não fez caso da advertência, e, ao

regressar à noite, pôs-se a gracejar da puerilidade dos temores da esposa. No dia seguinte, entretanto,

confessava em particular ao seu genro que, tendo o seu barco soçobrado, ele só conseguira sair das águas

lodosas, em que se ia afundando, graças a um ramo de salgueiro a que desesperadamente se agarrara a

tempo.

Narra Antônio Cardoso, que fora talentoso redator da Revista "Estudos Psíquicos", de Lisboa, o

seguinte episódio:

O ensaísta e poeta colombiano Jorge Gaitán Duram partiu em abril de 1962 em viagem à Europa.

No entanto, pouco tempo antes fora invadido por um estranho pressentimento segundo o qual não

regressaria à sua terra natal, pois a morte estava próxima.

Crendo absolutamente na veracidade de tal presságio, preparou os seus negócios de forma a

deixar tudo em ordem. Empacotou ·diversos objetos com etiquetas e a indicação dos amigos a quem

deveriam ser entregues. Igualmente chamou a sua primeira esposa, da qual vivia separado, pedindo-lhe

que estivesse no aeroporto no dia da partida, com o filho que tivera desse matrimônio.

O avião partiu, chegando à Europa sem novidade. Mas, no regresso, o pressentimento se tornou

em fatídica realidade: em Guadalupe, na rota entre Paris e a América Latina, o avião que levava Jorge

Gaitán Duram caiu, causando-lhe a morte...

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVI ITENS 185 a 187

• DOS MÉDIUNS ESPECIAIS

• Apt idões especia is dos médiuns. Quadro s inópt ico das d iferentes espéc ies de

médiuns

• Le i tura Circular

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, comentada,

das Questões 185 a 187.

• 2º Momento:

Usar f l ip-chart para destacar a subdivisão apresentada por Kardec.

• 3º Momento:

Distr ibuir, ao f inal da aula, o Anexo I, contendo as idéias principais

aqui abordadas.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratada – ver Principais Tópicos Abordados

TEMPO: MATERIAL

• 40 ’ – 1º Momento • 10 ’ – 2º Momento • 05 ’ – 3º Momento

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 185 a 187. RJ: FEB.

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

ITEM 185:

• ATÉ AQUI, KARDEC ELENCOU NOVE (09) CATEGORIAS GERAIS DE MÉDIUNS:

1ª) MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

2ª) MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS

3ª) MÉDIUNS AUDIENTES

4ª) MÉDIUNS FALANTES (PSICOFÔNICOS)

5ª) MÉDIUNS VIDENTES

6ª) MÉDIUNS SONAMBÚLICOS

7ª) MÉDIUNS CURADORES

8ª) MÉDIUNS PNEUMATÓGRAFOS

9ª) MÉDIUNS ESCREVENTES (PSICÓGRAFOS) – mecânicos, semi-mecânicos e inspirados ( inspirados sem o saberem e inspirados de pressent imentos).

• ALÉM DESTAS 09 CATEGORIAS MAIS GERAIS ENUMERADAS, KARDEC ELUCIDA QUE “A MEDIUNIDADE APRESENTA UMA VARIEDADE INFINITA DE MATIZES, QUE CONSTITUEM OS CHAMADOS MÉDIUNS ESPECIAIS – DOTADOS DE APTIDÕES PARTICULARES, AINDA NÃO DEFINIDAS, ABSTRAÇÃO FEITA DAS QUALIDADES E CONHECIMENTOS DO ESPÍRITO QUE SE MANIFESTA.”

• ALÉM DA APTIDÃO DO ESPÍRITO (PRÓPRIAS DE ESPÍRITOS INFERIORES, OU DOS DE MEDIANA CATEGORIA, OU AINDA DOS DE CATEGORIA SUPERIOR) HÁ AINDA AS APTIDÕES DO MÉDIUM – ESTAS O FAZEM CARACTERIZAR-SE COMO INSTRUMENTO MAIS OU MENOS CÔMODO, MAIS OU MENOS FLEXÍVEL E NO QUAL O ESPÍRITO IDENTIFICA QUALIDADES PARTICULARES QUE SÓ ELE SABE APRECIAR.

• ASSIM, CONFORME O GÊNERO DE COMUNICAÇÃO QUE O ESPÍRITO PRETENDA TRANSMITIR, ELE ESCOLHERÁ O MÉDIUM CUJAS APTIDÕES SE PRESTEM A TAL. POR EXEMPLO: mesmo que o médium de si mesmo não possua conhecimento art íst ico ou cient íf ico, tendo ele maleabil idade – aptidão para receber comunicações de cunho art íst ico ou erudito – ele servirá de intérprete para estas, e os Espír itos o escolherão.

• ALÉM DAS CAUSAS DE APTIDÃO, OS ESPÍRITOS TAMBÉM COMUNICAM-SE PREFERENCIALMENTE POR TAL OU QUAL MÉDIUM, CONFORME AS SUAS SIMPATIAS.

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PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS

ITEM 186:

• KARDEC ALERTA QUE SERIA UM ERRO CONSIDERAR QUE, APENAS POR HAVER DISPONÍVEL UM BOM MÉDIUM, DESEJAR OBTER POR ELE BOAS COMUNICAÇÕES DE TODOS OS GÊNEROS.

• APONTA TRES (03) CONDIÇÕES PARA QUE UMA COMUNICAÇÃO SEJA CONSIDERADA BOA:

1ª) CERTIFICAR-SE DA FONTE DONDE ELAS PROMANAM – ISTO É, DAS QUALIDADES DO ESPÍRITO QUE AS TRANSMITE;

2ª) TER EM VISTA AS QUALIDADES DO INSTRUMENTO OFERTADO AO ESPÍRITO;

3ª) COM PAPEL IGUALMENTE IMPORTANTE, A INTENÇÃO, O SENTIMENTO MAIS OU MENOS LOUVÁVEL DE QUEM INTERROGA.

•OU SEJA: “PARA QUE UMA COMUNICAÇÃO SEJA BOA, PRECISO É QUE PROCEDA DE UM ESPÍRITO BOM; PARA QUE ESSE BOM ESPÍRITO A POSSA TRANSMITIR, INDISPENSÁVEL LHE É UM BOM INSTRUMENTO; PARA QUE QUEIRA TRANSMITI-LA, NECESSÁRIO SE FAZ QUE O FIM VISADO LHE CONVENHA . ”

•E COMPLETA: “O ESPÍRITO, QUE LÊ O PENSAMENTO, JULGA SE A QUESTÃO QUE LHE PROPÕEM MERECE RESPOSTA SÉRIA E SE A PESSOA QUE LHA DIRIGE É DIGNA DE RECEBÊ-LA. A NÃO SER ASSIM, NÃO PERDE SEU TEMPO EM LANÇAR BOAS SEMENTES EM CIMA DE PEDRAS E É QUANDO OS ESPÍRITOS LEVIANOS E ZOMBETEIROS ENTRAM EM AÇÃO, PORQUE, POUCO LHE IMPORTANDO A VERDADE, NÃO A ENCARAM DE MUITO PERTO E SE MOSTRAM GERALMENTE POUCO ESCRUPULOSOS, QUER QUANTO AOS FINS, QUER QUANTO AOS MEIOS . ”

•ESCLARECE QUE FARÁ UM QUADRO SINÓPTICO DAS DIFERENTES ESPÉCIES DE MÉDIUNS, GRUPADAS POR ANALOGIA DE CAUSAS E EFEITOS – ALERTANDO QUE NESTA CLASSIFICAÇÃO NADA HÁ DE ABSOLUTO. E QUE FORAM, EM SUA MAIORIA, FORAM PROPOSIÇÕES FEITAS PELOS ESPÍRITOS ERASTO E SÓCRATES.

ITEM 187:

• OS MÉDIUNS PODEM SER SUBDIVIDIDOS EM DUAS (02) GRANDES CATEGORIAS:

1ª) MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS – aqueles que têm o poder de provocar efe itos mater ia is , OU manifes tações ostensivas; (q. 160)

2ª) MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS – aqueles que são mais aptos a receber e transmit ir comunicações inte l igentes. (q. 65 e seguintes) .

3ª) TODAS AS OUTRAS ESPÉCIES SE PRENDEM MAIS OU MENOS DIRETAMENTE A UMA OU A OUTRA DESSAS DUAS CATEGORIAS – ALGUMAS PARTICIPAM DE AMBAS – se anal isarmos os diferentes fenômenos produzidos sob a inf luênc ia mediúnica, veremos que, em todos, há um efei to f ís ico e que aos efe itos f ís icos, se a l ia quase sempre um efe ito in te l igente. Dif íc i l é muitas vezes determinar o l im i te entre os dois.

• SOB A DENOMINAÇÃO DE EFEITOS INTELECTUAIS SERÁ ABRANGIDO OS QUE PODEM, MAIS PARTICULARMENTE, SERVIR DE INTERMEDÍÁRIOS PARA AS COMUNICAÇÕES REGULARES E INTEGRAIS (FLUENTES).

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ANEXO I

• ATÉ AQUI, KARDEC ELENCOU NOVE (09) CATEGORIAS GERAIS DE MÉDIUNS:

1ª) MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

2ª) MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS

3ª) MÉDIUNS AUDIENTES

4ª) MÉDIUNS FALANTES (PSICOFÔNICOS)

5ª) MÉDIUNS VIDENTES

6ª) MÉDIUNS SONAMBÚLICOS

7ª) MÉDIUNS CURADORES

8ª) MÉDIUNS PNEUMATÓGRAFOS

9ª) MÉDIUNS ESCREVENTES (PSICÓGRAFOS) – mecânicos, semi-mecânicos e insp i rados ( insp i rados sem o saberem e insp i rados de pressent imentos) .

• ALÉM DESTAS 09 CATEGORIAS MAIS GERAIS ENUMERADAS, KARDEC ELUCIDA QUE “A MEDIUNIDADE APRESENTA UMA VARIEDADE INFINITA DE MATIZES, QUE CONSTITUEM OS CHAMADOS MÉDIUNS ESPECIAIS – DOTADOS DE APTIDÕES PARTICULARES, AINDA NÃO DEFINIDAS, ABSTRAÇÃO FEITA DAS QUALIDADES E CONHECIMENTOS DO ESPÍRITO QUE SE MANIFESTA. ”

• ALÉM DA APTIDÃO DO ESPÍRITO (PRÓPRIAS DE ESPÍRITOS INFERIORES, OU DOS DE MEDIANA CATEGORIA, OU AINDA DOS DE CATEGORIA SUPERIOR) HÁ AINDA AS APTIDÕES DO MÉDIUM – ESTAS O FAZEM CARACTERIZAR-SE COMO INSTRUMENTO MAIS OU MENOS CÔMODO, MAIS OU MENOS FLEXÍVEL E NO QUAL O ESPÍRITO IDENTIF ICA QUALIDADES PARTICULARES QUE SÓ ELE SABE APRECIAR.

• ALÉM DAS CAUSAS DE APTIDÃO, OS ESPÍRITOS TAMBÉM SE COMUNICAM PREFERENCIALMENTE POR TAL OU QUAL MÉDIUM, CONFORME AS SUAS SIMPATIAS.

• “PARA QUE UMA COMUNICAÇÃO SEJA BOA, PRECISO É QUE PROCEDA DE UM ESPÍRITO BOM; PARA QUE ESSE BOM ESPÍRITO A POSSA TRANSMITIR, INDISPENSÁVEL LHE É UM BOM INSTRUMENTO; PARA QUE QUEIRA TRANSMITI-LA, NECESSÁRIO SE FAZ QUE O FIM VISADO LHE CONVENHA . ”

• E COMPLETA: “O ESPÍRITO, QUE LÊ O PENSAMENTO, JULGA SE A QUESTÃO QUE LHE PROPÕEM MERECE RESPOSTA SÉRIA E SE A PESSOA QUE LHA DIRIGE É DIGNA DE RECEBÊ-LA. A NÃO SER ASSIM, NÃO PERDE SEU TEMPO EM LANÇAR BOAS SEMENTES EM CIMA DE PEDRAS E É QUANDO OS ESPÍRITOS LEVIANOS E ZOMBETEIROS ENTRAM EM AÇÃO, PORQUE, POUCO LHE IMPORTANDO A VERDADE, NÃO A ENCARAM DE MUITO PERTO E SE MOSTRAM GERALMENTE POUCO ESCRUPULOSOS, QUER QUANTO AOS FINS, QUER QUANTO AOS MEIOS . ”

• OS MÉDIUNS PODEM SER SUBDIVIDIDOS EM DUAS (02) GRANDES CATEGORIAS:

1ª) MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS – aqueles que têm o poder de provocar e fe i tos mater ia is , OU mani fes tações ostens ivas; (q . 160)

2ª) MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS – aqueles que são mais aptos a receber e t ransmi t i r comunicações in te l igentes. (q . 65 e seguintes) .

3ª) TODAS AS OUTRAS ESPÉCIES SE PRENDEM MAIS OU MENOS DIRETAMENTE A UMA OU A OUTRA DESSAS DUAS CATEGORIAS – ALGUMAS PARTICIPAM DE AMBAS – se anal isarmos os d i ferentes fenômenos produzidos sob a in f luênc ia mediún ica, ve remos que, em todos, há um efe i to f ís ico e que aos efe i tos f ís icos, se a l ia quase sempre um

efe i to in te l igente. Di f íc i l é mui tas vezes de terminar o l imi te ent re os do is .

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVI ITENS 188 a 190

• DOS MÉDIUNS ESPECIAIS

• Apt idões especia is dos médiuns. Quadro s inópt ico das d iferentes espéc ies de

médiuns

• Esquemat ização • Le i tura Circular

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• 1º Momento:

Distr ibuir o Anexo I, contendo a esquematização das aptidões.

• 2º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, comentada,

das Questões 188 a 190, atendendo as subdivisões propostas na

esquematização do Anexo entregue aos alunos.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratada – ver Principais Tópicos Abordados

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento

• 50 ’ – 2º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens188 a 190. RJ: FEB..

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140 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

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ANEXO I

• NOS ITENS Nº 188 A 190, SUBSTITUIREMOS O TERMO ‘ESPÉCIE’ – DA TRADUÇÃO – PELO TERMO PROPOSTO PELO CODIFICADOR NO INTRÓITO DO CAPÍTULO, ISTO É: APTIDÃO .

• SERÃO APRESENTADOS TRÊS TIPOS DE APTIDÕES PERTINENTES AOS

MÉDIUNS:

1ª) APTIDÕES COMUNS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS E AOS DE EFEITOS INTELECTUAIS (COMUNS A TODOS OS GÊNEROS DE MEDIUNIDADES) – ITEM 188:

2ª) APTIDÕES ESPECIAIS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS – ITEM 189:

3ª) APTIDÕES ESPECIAIS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS – APTIDÕES DIVERSAS – ITEM 190:

• AS APTIDÕES SERÃO APONTADAS POR TIPO DE MÉDIUM, PARA CADA UM DESTA CLASSIFICAÇÃO.

(1ª) APTIDÕES COMUNS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS E AOS DE EFEITOS INTELECTUAIS (COMUNS A TODOS OS GÊNEROS DE MEDIUNIDADES) – ITEM 188:

MÉDIUNS APTIDÕES ITEM

CORRESPONDENTE

SENSITIVOS

Pessoas suscetíve is de sent ir a presença dos Espír i tos , por uma impressão gera l ou local, vaga ou mater ia l . A maior ia dessas pessoas d ist ingue os Espír i tos bons dos maus, pela natureza da impressão.

“Os médiuns del icados e muito sens it ivos devem abster- se das comunicações com os Espír i tos v io lentos , ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resul ta.”

Nº 164

NATURAIS OU INCONSCIENTES

Os que produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade e, as mais das vezes, à sua revelia. Nº 161

FACULTATIVOS OU VOLUNTÁRIOS

Os que têm o poder de provocar os fenômenos por ato da própria vontade.

“Qualquer que seja essa vontade, eles nada podem, se os Espíritos se recusam; o que prova a intervenção de uma força estranha.”

Nº 160

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ANEXO I

(2ª) APTIDÕES ESPECIAIS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS – ITEM 189:

MÉDIUNS APTIDÕES ITEM

CORRESPONDENTE

TIPTÓLOGOS aqueles pela inf luência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Var iedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.

-

MOTORES: Os que produzem o movimento dos corpos inertes. Muito comuns. Nº 61

DE TRANSLAÇÕES E DE SUSPENSÕES

Os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do fenômeno; muito raros, no último caso. .

Nº 75 e seguintes;

nº 80

DE EFEITOS MUSICAIS

Provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música, sem contacto com estes. Muito raros.

Nº 74, pergunta 24

DE APARIÇÕES Os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito excepcionais.

Nº 100, perg. 27; nº

104

DE TRANSPORTE Os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translações. Excepcionais.

Nº 96

NOTURNOS

Os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos. É a seguinte a resposta que nos deu um Espírito à pergunta que fizemos sobre se se podem considerar esses médiuns como constituindo uma variedade:

“Certamente se pode fazer disso uma especialidade, mas esse fenômeno é devido mais às condições ambientes do que à natureza do médium, ou dos Espíritos. Devo acrescentar que alguns escapam a essa influência do meio e que os médiuns noturnos, em sua maioria, poderiam chegar, pelo exercício, a operar tão bem no claro, quanto na obscuridade. É pouco numerosa esta espécie de médiuns. E, cumpre dizê-lo, graças a essa condição, que oferece plena liberdade ao emprego dos truques da ventriloquia e dos tubos acústicos, é que os charlatães hão abusado muito da credulidade, fazendo-se passar por médiuns, a fim de ganharem dinheiro. Mas, que importa? Os trampolineiros de gabinete, como os da praça pública, serão cruelmente desmascarados e os Espíritos lhes provarão que andam mal, imiscuindo-se na obra deles. Repito: alguns charlatães receberão, de modo bastante rude, o castigo que os desgostará do oficio de falsos médiuns. Aliás, tudo isso pouco durará.” — ERASTO.

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ANEXO I

(2ª) APTIDÕES ESPECIAIS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS – ITEM 189:

MÉDIUNS APTIDÕES I TEM

CORRESPONDENTE

PNEUMATÓGRAFOS

Os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros.

Nota. Os Espíritos insistiram, contra a nossa opinião, em incluir a escrita direta entre os fenômenos de ordem física, pela razão, disseram eles, de que: “Os efeitos inteligentes são aqueles para cuja produção o Espírito se serve dos materiais existentes no cérebro do médium, o que não se dá na escrita direta. A ação do médium é aqui toda material, ao passo que no médium escrevente, ainda que completamente mecânico, o cérebro desempenha sempre um papel ativo.”

Nº 177

CURADORES :

Os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.

“Esta faculdade não é essencialmente mediúnica; possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons Espíritos.”

-

EXCITADORES

Pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas outras a faculdade de escrever.

“Aí há antes um efeito magnético do que um caso de mediunidade propriamente dita, porquanto nada prova a intervenção de um Espírito. Como quer que seja, pertence à categoria dos efeitos físicos.” (Veja-se o capítulo Da formação dos médiuns.)

Nº 75 e seguintes;

nº 80

(3ª) APTIDÕES ESPECIAIS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS – APTIDÕES DIVERSAS– QUESTÃO 190:

AUDIENTES: Os que ouvem os Espíritos. Muito comuns. “Muitos há que imaginam ouvir o que apenas lhes está na imaginação.”

Nº 165

FALANTES Os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns. Nº 166

VIDENTES

Os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional.

“É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos.”

Nº 167

INSPIRADOS: Aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos sugerem idéias, quer relativas aos atos ordinários da vida, quer com relação aos grandes trabalhos da inteligência.

Nº 182

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ANEXO I

(3ª) APTIDÕES ESPECIAIS AOS MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS – APTIDÕES DIVERSAS– ITEM 190:

MÉDIUNS APTIDÕES ITEM

CORRESPONDENTE

DE PRESSENTIMENTOS

pessoas que, em dadas c ircunstânc ias , têm uma intu ição vaga de coisas vulgares que ocorrerão no futuro.

Nº 184

PROFÉTICOS

Variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.

“Se há profetas verdadeiros, mais ainda os há falsos, que consideram revelações os devaneios da própria imaginação, quando não são embusteiros que, por ambição, se apresentam como tais.” (Veja-se, em O Livro dos Espíritos, o nº 624 — “Características do verdadeiro profeta”.

-

SONÂMBULOS Os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos. Nº 172

EXTÁTICOS

Os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos.

“Muitos extáticos são joguetes da própria imaginação e de Espíritos zombeteiros que se aproveitam da exaltação deles. São raríssimos os que mereçam inteira confiança.”

-

PINTORES OU DESENHISTAS

Os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante. Os Espíritos levianos se comprazem em imitar. Na época em que apareceram os notáveis desenhos de Júpiter, surgiu grande número de pretensos médiuns desenhistas, que Espíritos levianos induziram a fazer as coisas mais ridículas. Um deles, entre outros, querendo eclipsar os desenhos de Júpiter, ao menos nas dimensões, quando não fosse na qualidade, fez que um médium desenhasse um monumento que ocupava muitas folhas de papel para chegar à altura de dois andares. Muitos outros se divertiram fazendo que os médiuns pintassem supostos retratos, que eram verdadeiras caricaturas. (Revue Spirite, agosto de 1858.)

-

MÚSICOS

Os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações literárias. (Veja-se — Médiuns para efeitos musicais.)

-

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVI ITENS 191 a 194

• DOS MÉDIUNS ESPECIAIS

• Apt idões especia is dos médiuns. Quadro s inópt ico das d iferentes espéc ies de

médiuns

• Esquemat ização • Le i tura Circular

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1ª AULA –

• 1º Momento:

Distr ibuir o Anexo I, contendo a esquematização das aptidões,

segundo as cinco (05) variedades de médiuns escreventes:

a 1. Segundo o modo de execução;

a 2. Segundo o desenvolvimento da faculdade;

a 3. Segundo o gênero e a especial idade das comunicações;

a 4. Segundo as qual idades f ís icas do médium;

a 5. Segundo as qual idades morais do médium;

• 2º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, comentada,

dos Itens 191 a 194, atendendo as subdivisões propostas na

esquematização do Anexo I � observar que nesta aula serão

tratadas as quatro primeiras variedades de médiuns escreventes.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratada

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento

• 50 ’ – 2º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, i tens 191 a 194. RJ: FEB.

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ANEXO I

APTIDÕES ESPECIAIS DOS MÉDIUNS. QUADRO SINÓPTICO

VVAARRIIEEDDAADDEESS DDOOSS MMÉÉDDIIUUNNSS EESSCCRREEVVEENNTTEESS

KARDDEC, Allan. O Livro dos Médiuns – CAPÍTULO XVI

II.. ITEM 191 – SEGUNDO O MODO DE EXECUÇÃO

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS IITTEEMM

CCOORRRREESSPPOONNDDEENNTTEE

ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS

Os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos.

--

ESCREVENTES MECÂNICOS

Aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. Muito raros.

--

SEMIMECÂNICOS

Aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamente, consciência das palavras ou das frases, à medida que escrevem. São os mais comuns.

(Nº 181.)

INTUITIVOS

Aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. Diferem dos médiuns inspirados em que estes últimos não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado. (Nº 180.)

“São muito comuns, mas também muito sujeitos a erro, por não poderem, muitas vezes, discernir o que provém dos Espíritos do que deles próprios emana.”

(Nº 180.)

POLÍGRAFOS

Aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou são aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro

(Nº 219.)

POLIGLOTAS Os que têm a faculdade de falar, ou escrever, em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros.

--

ILETRADOS

Os que escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem escrever, no estado ordinário.

“Mais raros do que os precedentes; há maior dificuldade material a vencer.”

--

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ANEXO I

II. ITEM 192 – SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

NOVATOS Aqueles cujas faculdades não estão ainda completamente desenvolvidas e que carecem da necessária experiência. As comunicações são lentas e difíceis.

IMPRODUTIVOS Os que não chegam a obter mais do que coisas insignificantes, monossílabos, traços ou letras sem conexão. (Veja-se o capítulo “Da formação dos médiuns”.)

FEITOS OU FORMADOS

Aqueles cujas faculdades mediúnicas estão completamente desenvolvidas, que transmitem as comunicações com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este resultado só pelo hábito pode ser conseguido, porquanto nos médiuns novatos as comunicações são lentas e difíceis.

LACÔNICOS Aqueles cujas comunicações, embora recebidas com facilidade, são breves e sem desenvolvimento.

EXPLÍCITOS

As comunicações que recebem têm toda a amplitude e toda a extensão que se podem esperar de um escritor consumado. “Esta aptidão resulta da expansão e da facilidade de combinação dos fluidos. Os Espíritos os procuram para tratar de assuntos que comportam grandes desenvolvimentos.”

EXPERIMENTADOS

A facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto que a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, para lhes apreciar as qualidades boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos Espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade. Facilmente se compreende a importância desta qualidade, sem a qual todas as outras ficam destituídas de real utilidade. O mal é que muitos médiuns confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os conselhos e se tornam presas de Espíritos mentirosos e hipócritas, que os captam, lisonjeando-lhes o orgulho. (Veja-se, adiante, o capítulo “Da obsessão”.)

MALEÁVEIS

(FLEXÍVEIS):

Aqueles cuja faculdade se presta mais facilmente aos diversos gêneros de comunicações e pelos quais todos os Espíritos, ou quase todos, podem manifestar- se, espontaneamente, ou por evocação.

“Esta espécie de médiuns se aproxima muito da dos médiuns sensitivos.”

EXCLUSIVOS

Aqueles pelos quais se manifesta de preferência um Espírito, até com exclusão de todos os demais, o qual responde pelos outros que são chamados. “Isto resulta sempre de falta de maleabilidade. Quando o Espírito é bom, pode ligar-se ao médium, por simpatia, ou com um intento louvável; quando mau, é sempre objetivando pôr o médium na sua dependência. É mais um defeito do que uma qualidade e muito próximo

da obsessão.” (Veja-se o capítulo “Da obsessão”.)

DE EVOCAÇÕES

Os médiuns maleáveis são naturalmente os mais próprios para este gênero de comunicação e para as questões de minudências que se podem propor aos Espíritos. Sob este aspecto, há médiuns inteiramente especiais.

“As respostas que dão não saem quase nunca de um quadro restrito, incompatível com o desenvolvimento dos assuntos gerais.”

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ANEXO I

II. ITEM 192 – SEGUNDO O DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE (continuação)

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

DE DITADOS ESPONTÂNEOS

Recebem comunicações espontâneas de Espíritos que se apresentam sem ser chamados. Quando esta faculdade é especial num médium, torna-se difícil, às vezes impossível mesmo, fazer-se por ele uma evocação.

“Entretanto, são mais bem aparelhados que os da classe precedente. Atenta em que o aparelhamento de que aqui se trata é o de materiais do cérebro, pois mister se faz, freqüentemente, direi mesmo — sempre, maior soma de inteligência para os ditados espontâneos, do que para as evocações. Entende por ditados espontâneos os que verdadeiramente merecem essa denominação e não algumas frases incompletas ou algumas idéias corriqueiras, que se deparam em todos os escritos humanos.”

III. ITEM 193 – SEGUNDO O GÊNERO E A ESPECIALIDADE DAS COMUNICAÇÕES

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

VERSEJADORES Obtêm, mais facilmente do que outros, comunicações em verso. Muito comuns, para maus versos; muito raros, para versos bons.

POÉTICOS:

Sem serem versificadas, as comunicações que recebem têm qualquer coisa de vaporoso, de sentimental; nada que mostre rudeza. São, mais do que os outros, próprios para a expressão de sentimentos ternos e afetuosos. Tudo, nas suas comunicações, é vago; fora inútil pedir-lhes idéias precisas. Muito comuns.

POSITIVOS Suas comunicações têm, geralmente, um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta às minúcias circunstanciadas, aos informes exatos. Muito raros.

LITERÁRIOS

Não apresentam nem o que há de impreciso nos médiuns poéticos, nem o terra-a-terra dos médiuns positivos; porém, dissertam com sagacidade. Têm o estilo correto, elegante e, freqüentemente, de notável eloqüência.

INCORRETOS

Podem obter excelentes coisas, pensamentos de inatacável moralidade, mas num estilo prolixo, incorreto, sobrecarregado de repetições e de termos impróprios.

“A incorreção material do estilo decorre geralmente de falta de cultura intelectual do médium que, então, não é, sob esse aspecto, um bom instrumento para o Espírito, que a isso, aliás, pouca importância liga. Tendo como essencial o pensamento, ele vos deixa a liberdade de dar-lhe a forma que convenha. Já assim não é com relação às idéias falsas e ilógicas que uma comunicação possa conter, as quais constituem sempre um índice da inferioridade do Espírito que se manifesta.”

HISTORIADORES

Os que revelam aptidão especial para as explanações históricas. Esta faculdade, como todas as demais, independe dos conhecimentos do médium, porquanto não é raro verem-se pessoas sem instrução e até crianças tratar de assuntos que lhes

não estão ao alcance. Variedade rara dos médiuns positivos.

CIENTÍFICOS Não dizemos sábios, porque podem ser muito ignorantes e, apesar disso, se mostram especialmente aptos para comunicações relativas às ciências.

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ANEXO I

III. ITEM 193 – SEGUNDO O GÊNERO E A ESPECIALIDADE DAS COMUNICAÇÕES (continuação)

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

RECEITISTAS

Têm a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os médiuns curadores, visto que absolutamente não fazem mais do que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma. Muito comuns.

RELIGIOSOS Recebem especialmente comunicações de caráter religioso, ou que tratam de questões religiosas, sem embargo de suas crenças, ou hábitos.

FILÓSOFOS E MORALISTAS

As comunicações que recebem têm geralmente por objeto as questões de moral e de alta filosofia. Muito comuns, quanto à moral.

“Todos estes matizes constituem variedades de aptidões dos médiuns bons. Quanto aos que têm uma aptidão especial para comunicações científicas, históricas, médicas e outras, fora do alcance de suas especialidades atuais, fica certo de que possuíram, em anterior existência, esses conhecimentos, que permaneceram neles em estado latente, fazendo parte dos materiais cerebrais de que necessita o Espírito que se manifesta; são os elementos que a este abrem caminho para a transmissão de idéias que lhe são próprias, porquanto, em tais médiuns encontra ele instrumentos mais inteligentes e mais maleáveis do que num ignaro.” (Erasto.)

DE COMUNICAÇÕES

TRIVIAIS E OBSCENAS

Estas palavras indicam o gênero de comunicações que alguns médiuns recebem habitualmente e a natureza dos Espíritos que as dão. Quem haja estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que Espíritos há cuja perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos mais grosseiros termos. Outros, menos abjetos, se contentam com expressões triviais. É natural que esses médiuns sintam o desejo de se verem livres da preferência de que são objeto por parte de semelhantes Espíritos e que devem invejar os que, nas comunicações que recebem, jamais escreveram uma palavra inconveniente. Fora necessário uma estranha aberração de idéias e estar divorciado do bom-senso, para acreditar que semelhante linguagem possa ser usada por Espíritos bons.

IV. QUESTÃO 194 – SEGUNDO AS QUALIDADES FÍSICAS DO MÉDIUM

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

CALMOS Escrevem sempre com certa lentidão e sem experimentar a mais ligeira agitação.

VELOZES

Escrevem com rapidez maior do que poderiam voluntariamente, no estado ordinário. Os Espíritos se comunicam por meio deles com a rapidez do relâmpago. Dir-se-ia haver neles uma superabundância de fluido, que lhes permite identificarem-se instantaneamente com o Espírito. Esta qualidade apresenta às vezes seu inconveniente: o de que a rapidez da escrita a torna muito difícil de ser lida, por quem quer que não seja o médium.

“É mesmo muito fatigante, porque desprende muito fluido inutilmente.”

CONVULSIVOS

Ficam num estado de sobreexcitação quase febril. A mão e algumas vezes todo o corpo se lhes agitam num tremor que é impossível dominar. A causa primária desse fato está sem dúvida na organização, mas também depende muito da natureza dos Espíritos que por eles se comunicam. Os bons e benévolos produzem sempre uma impressão suave e agradável; os maus, ao contrário, produzem-na penosa.

“É preciso que esses médiuns só raramente se sirvam de sua faculdade mediúnica, cujo uso freqüente lhes poderia afetar o sistema nervoso.” (Capítulo “Da identidade dos Espíritos”, diferenciação dos bons e maus Espíritos.)

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVI ITENS 195 a 199

• DOS MÉDIUNS ESPECIAIS

• Apt idões especia is dos médiuns. Quadro s inópt ico das d iferentes espéc ies de

médiuns

• Esquemat ização • Le i tura Circular

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 2ª AULA –

• 1º Momento:

Distr ibuir o Anexo I, contendo a últ ima esquematização das aptidões,

(segundo as cinco (05) variedades de médiuns escreventes):

a 5. Segundo as qualidades morais do médium – médiuns imperfeitos e bons médiuns.

• 2º Momento:

Alternada e consecutivamente, fazer a leitura circular, comentada, da Itens nº 195 a 197, concluindo as subdivisões propostas na esquematização do Anexo I entregue aos alunos � observar que nesta aula será tratada a últ ima dentre as cinco variedades de médiuns escreventes, bem como as considerações feitas pelos Espíritos Codif icadores acerca desta abordagem ( Questões 198 e 199).

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática

tratada

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento

• 50 ’ – 2º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – cap. XIV, I tens 195 a 199. RJ: FEB.

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MODULO II AULA N.º 35

ANEXO I

VV.. ITEM 195 – SEGUNDO AS QUALIDADES MORAIS DO MÉDIUM

SUBDIVIDEM-SE EM MÉDIUNS IMPERFEITOS E BONS MÉDIUNS.

V1. ITEM 196 – MÉDIUNS IMPERFEITOS

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

OOBBSSEEDDIIAADDOOSS:: AAqquueelleess qquuee nnããoo ppooddeemm ssee ddeesseemmbbaarraaççaarr ddooss EEssppíírriittooss iimmppoorrttuunnooss ee eennggaannaaddoorreess,, mmaass nnããoo ssee iilluuddeemm..

FFAASSCCIINNAADDOOSS OOss qquuee ssããoo iilluuddiiddooss ppoorr EEssppíírriittooss eennggaannaaddoorreess ee ssee iilluuddeemm ssoobbrree aa nnaattuurreezzaa ddaass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee rreecceebbeemm..

SSUUBBJJUUGGAADDOOSS OOss qquuee ssooffrreemm uummaa ddoommiinnaaççããoo mmoorraall ee,, mmuuiittaass vveezzeess,, mmaatteerriiaall ddaa ppaarrttee ddee mmaauuss EEssppíírriittooss..

LLEEVVIIAANNOOSS OOss qquuee nnããoo ttoommaamm aa sséérriioo ssuuaass ffaaccuullddaaddeess ee ddeellaass ssóó ssee sseerrvveemm ppoorr ddiivveerrttiimmeennttoo,, oouu ppaarraa ffuuttiilliiddaaddeess..

IINNDDIIFFEERREENNTTEESS OOss qquuee nnããoo ttiirraamm nneennhhuumm pprroovveeiittoo mmoorraall ddaass iinnssttrruuççõõeess qquuee rreecceebbeemm,, ee nnããoo mmooddiiffiiccaamm eemm nnaaddaa ssuuaa ccoonndduuttaa ee sseeuuss hháábbiittooss..

PPRREESSUUNNÇÇOOSSOOSS OOss qquuee ttêêmm aa pprreetteennssããoo ddee ssee aacchhaarreemm eemm rreellaaççããoo ssoommeennttee ccoomm EEssppíírriittooss ssuuppeerriioorreess.. CCrrêêeemm--ssee iinnffaallíívveeiiss ee ccoonnssiiddeerraamm iinnffeerriioorr ee eerrrrôônneeoo ttuuddoo oo qquuee ddeelleess nnããoo pprroovveennhhaa..

OORRGGUULLHHOOSSOOSS

OOss qquuee ssee eennvvaaiiddeecceemm ddaass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee llhheess ssããoo ddaaddaass;; jjuullggaamm qquuee nnaaddaa mmaaiiss ttêêmm qquuee aapprreennddeerr nnoo EEssppiirriittiissmmoo ee nnããoo ttoommaamm ppaarraa ssii aass lliiççõõeess qquuee rreecceebbeemm ffrreeqqüüeenntteemmeennttee ddooss EEssppíírriittooss.. NNããoo ssee ccoonntteennttaamm ccoomm aass ffaaccuullddaaddeess qquuee ppoossssuueemm,, qquueerreemm ttêê--llaass ttooddaass..

SSUUSSCCEETTÍÍVVEEIISS

VVaarriieeddaaddee ddooss mmééddiiuunnss oorrgguullhhoossooss.. SSuusscceettiibbiilliizzaamm--ssee ccoomm aass ccrrííttiiccaass ddee qquuee sseejjaamm oobbjjeettoo ssuuaass ccoommuunniiccaaççõõeess;; zzaannggaamm--ssee ccoomm aa mmeennoorr ccoonnttrraaddiiççããoo ee,, ssee mmoossttrraamm oo qquuee oobbttêêmm,, éé ppaarraa qquuee sseejjaa aaddmmiirraaddoo ee nnããoo ppaarraa qquuee ssee llhheess ddêê uumm ppaarreecceerr.. GGeerraallmmeennttee,, ttoommaamm aavveerrssããoo ààss ppeessssooaass qquuee ooss nnããoo aappllaauuddeemm sseemm rreessttrriiççõõeess ee ffooggeemm ddaass rreeuunniiõõeess oonnddee nnããoo ppoossssaamm iimmppoorr--ssee ee ddoommiinnaarr..

““DDeeiixxaaii qquuee ssee vvããoo ppaavvoonneeaarr aallgguurreess ee pprrooccuurraarr oouuvviiddooss mmaaiiss ccoommppllaacceenntteess,, oouu qquuee ssee iissoolleemm;; nnaaddaa ppeerrddeemm aass rreeuunniiõõeess qquuee ddaa pprreesseennççaa ddeelleess ffiiccaamm pprriivvaaddaass..”” —— EERRAASSTTOO..

MMEERRCCEENNÁÁRRIIOOSS OOss qquuee eexxpplloorraamm ssuuaass ffaaccuullddaaddeess..

AAMMBBIICCIIOOSSOOSS OOss qquuee,, eemmbboorraa nnããoo mmeerrccaaddeejjeemm ccoomm aass ffaaccuullddaaddeess qquuee ppoossssuueemm,, eessppeerraamm ttiirraarr ddeellaass qquuaaiissqquueerr vvaannttaaggeennss..

DDEE MMÁÁ--FFÉÉ

OOss qquuee,, ppoossssuuiinnddoo ffaaccuullddaaddeess rreeaaiiss,, ssiimmuullaamm aass ddee qquuee ccaarreecceemm ppaarraa ssee ddaarreemm iimmppoorrttâânncciiaa.. NNããoo ssee ppooddeemm ddeessiiggnnaarr ppeelloo nnoommee ddee mmééddiiuumm aass ppeessssooaass qquuee,, nneennhhuummaa ffaaccuullddaaddee mmeeddiiúúnniiccaa ppoossssuuiinnddoo,, ssóó pprroodduuzzeemm cceerrttooss eeffeeiittooss ppoorr mmeeiioo ddaa cchhaarrllaattaanneeaarriiaa..

EEGGOOÍÍSSTTAASS OOss qquuee ssoommeennttee nnoo sseeuu iinntteerreessssee ppeessssooaall ssee sseerrvveemm ddee ssuuaass ffaaccuullddaaddeess ee gguuaarrddaamm ppaarraa ssii aass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee rreecceebbeemm..

IINNVVEEJJOOSSOOSS OOss qquuee ssee mmoossttrraamm ddeessppeeiittaaddooss ccoomm oo mmaaiioorr aapprreeççoo ddiissppeennssaaddoo aa oouuttrrooss mmééddiiuunnss,, qquuee llhheess ssããoo ssuuppeerriioorreess.. TTooddaass eessttaass mmááss qquuaalliiddaaddeess ttêêmm nneecceessssaarriiaammeennttee sseeuu ooppoossttoo nnoo bbeemm..

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ANEXO I

VV..ITEM 195 – SEGUNDO AS QUALIDADES MORAIS DO MÉDIUM

SUBDIVIDEM-SE EM MÉDIUNS IMPERFEITOS E BONS MÉDIUNS.

V2. ITEM 197 – BONS MÉDIUNS

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

SSÉÉRRIIOOSS OOss qquuee uunniiccaammeennttee ppaarraa oo bbeemm ssee sseerrvveemm ddee ssuuaass ffaaccuullddaaddeess ee ppaarraa ffiinnss vveerrddaaddeeiirraammeennttee úútteeiiss.. AAccrreeddiittaamm pprrooffaannáá--llaass,, uuttiilliizzaannddoo--ssee ddeellaass ppaarraa ssaattiissffaaççããoo ddee ccuurriioossooss ee ddee iinnddiiffeerreenntteess,, oouu ppaarraa ffuuttiilliiddaaddeess..

MMOODDEESSTTOOSS OOss qquuee nneennhhuumm rreeccllaammoo ffaazzeemm ddaass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee rreecceebbeemm,, ppoorr mmaaiiss bbeellaass qquuee sseejjaamm.. CCoonnssiiddeerraamm--ssee eessttrraannhhooss aa eellaass ee nnããoo ssee jjuullggaamm aaoo aabbrriiggoo ddaass mmiissttiiffiiccaaççõõeess.. LLoonnggee ddee eevviittaarreemm aass ooppiinniiõõeess ddeessiinntteerreessssaaddaass,, ssoolliicciittaamm--nnaass..

DDEEVVOOTTAADDOOSS OOss qquuee ccoommpprreeeennddeemm qquuee oo vveerrddaaddeeiirroo mmééddiiuumm tteemm uummaa mmiissssããoo aa ccuummpprriirr ee ddeevvee,, qquuaannddoo nneecceessssáárriioo,, ssaaccrriiffiiccaarr ggoossttooss,, hháábbiittooss,, pprraazzeerreess,, tteemmppoo ee mmeessmmoo iinntteerreesssseess mmaatteerriiaaiiss aaoo bbeemm ddooss oouuttrrooss..

MMÉÉDDIIUUNNSS SSEEGGUURROOSS OOss qquuee,, aalléémm ddaa ffaacciilliiddaaddee ddee eexxeeccuuççããoo,, mmeerreecceemm ttooddaa aa ccoonnffiiaannççaa,, ppeelloo pprróópprriioo ccaarráátteerr,, ppeellaa nnaattuurreezzaa eelleevvaaddaa ddooss EEssppíírriittooss qquuee ooss aassssiisstteemm;; ooss qquuee,, ppoorrttaannttoo,, mmeennooss eexxppoossttooss ssee aacchhaamm aa sseerr iilluuddiiddooss.. VVeerreemmooss mmaaiiss ttaarrddee qquuee eessttaa sseegguurraannççaa ddee mmooddoo aallgguumm ddeeppeennddee ddooss nnoommeess mmaaiiss oouu mmeennooss rreessppeeiittáávveeiiss ccoomm qquuee ooss EEssppíírriittooss ssee mmaanniiffeesstteemm..

“É incontestável, bem o sentis, que, epilogando assim as qualidades e os defeitos dos médiuns, isto suscitará contrariedades e até a animosidade de alguns; mas, que importa? A mediunidade se espalha cada vez mais e o médium que levasse a mal estas reflexões, apenas uma coisa provaria: que não é bom médium, isto é, que tem a assisti-lo Espíritos maus. Ao demais, como já eu disse, tudo isto será passageiro e os maus médiuns, os que abusam, ou usam mal de suas faculdades, experimentarão tristes conseqüências, conforme já se tem dado com alguns. Aprenderão à sua custa o que resulta de aplicarem, no interesse de suas paixões terrenas, um dom que Deus lhes outorgara unicamente para o adiantamento moral deles. Se os não puderdes reconduzir ao bom caminho, lamentai-os, porquanto, posso dizê-lo, Deus os reprova.” (ERASTO.)

“Este quadro é de grande importância, não só para os médiuns sinceros que, lendo-o, procurarem de boa-fé preservar-se dos escolhos a que estão expostos, mas também para todos os que se servem dos médiuns, porque lhes dará a medida do que podem racionalmente esperar. Ele deverá estar constantemente sob as vistas de todo aquele que se ocupa de manifestações, do mesmo modo que a escala espírita, a que serve de complemento. Esses dois quadros reúnem todos os princípios da Doutrina e contribuirão, mais do que o supondes, para trazer o Espiritismo ao verdadeiro caminho.” (SÓCRATES.)

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ANEXO I

VVII.. ITEM 195 – SEGUNDO AS QUALIDADES MORAIS DO MÉDIUM

SUBDIVIDEM-SE EM MÉDIUNS IMPERFEITOS E BONS MÉDIUNS.

V1. ITEM 196 – MÉDIUNS IMPERFEITOS

MMÉÉDDIIUUNNSS ((TTIIPPOO)) AAPPTTIIDDÕÕEESS

OOBBSSEEDDIIAADDOOSS:: AAqquueelleess qquuee nnããoo ppooddeemm ssee ddeesseemmbbaarraaççaarr ddooss EEssppíírriittooss iimmppoorrttuunnooss ee eennggaannaaddoorreess,, mmaass nnããoo ssee iilluuddeemm..

FFAASSCCIINNAADDOOSS OOss qquuee ssããoo iilluuddiiddooss ppoorr EEssppíírriittooss eennggaannaaddoorreess ee ssee iilluuddeemm ssoobbrree aa nnaattuurreezzaa ddaass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee rreecceebbeemm..

SSUUBBJJUUGGAADDOOSS OOss qquuee ssooffrreemm uummaa ddoommiinnaaççããoo mmoorraall ee,, mmuuiittaass vveezzeess,, mmaatteerriiaall ddaa ppaarrttee ddee mmaauuss EEssppíírriittooss..

LLEEVVIIAANNOOSS OOss qquuee nnããoo ttoommaamm aa sséérriioo ssuuaass ffaaccuullddaaddeess ee ddeellaass ssóó ssee sseerrvveemm ppoorr ddiivveerrttiimmeennttoo,, oouu ppaarraa ffuuttiilliiddaaddeess..

IINNDDIIFFEERREENNTTEESS OOss qquuee nnããoo ttiirraamm nneennhhuumm pprroovveeiittoo mmoorraall ddaass iinnssttrruuççõõeess qquuee rreecceebbeemm,, ee nnããoo mmooddiiffiiccaamm eemm nnaaddaa ssuuaa ccoonndduuttaa ee sseeuuss hháábbiittooss..

PPRREESSUUNNÇÇOOSSOOSS OOss qquuee ttêêmm aa pprreetteennssããoo ddee ssee aacchhaarreemm eemm rreellaaççããoo ssoommeennttee ccoomm EEssppíírriittooss ssuuppeerriioorreess.. CCrrêêeemm--ssee iinnffaallíívveeiiss ee ccoonnssiiddeerraamm iinnffeerriioorr ee eerrrrôônneeoo ttuuddoo oo qquuee ddeelleess nnããoo pprroovveennhhaa..

OORRGGUULLHHOOSSOOSS

OOss qquuee ssee eennvvaaiiddeecceemm ddaass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee llhheess ssããoo ddaaddaass;; jjuullggaamm qquuee nnaaddaa mmaaiiss ttêêmm qquuee aapprreennddeerr nnoo EEssppiirriittiissmmoo ee nnããoo ttoommaamm ppaarraa ssii aass lliiççõõeess qquuee rreecceebbeemm ffrreeqqüüeenntteemmeennttee ddooss EEssppíírriittooss.. NNããoo ssee ccoonntteennttaamm ccoomm aass ffaaccuullddaaddeess qquuee ppoossssuueemm,, qquueerreemm ttêê--llaass ttooddaass..

SSUUSSCCEETTÍÍVVEEIISS

VVaarriieeddaaddee ddooss mmééddiiuunnss oorrgguullhhoossooss.. SSuusscceettiibbiilliizzaamm--ssee ccoomm aass ccrrííttiiccaass ddee qquuee sseejjaamm oobbjjeettoo ssuuaass ccoommuunniiccaaççõõeess;; zzaannggaamm--ssee ccoomm aa mmeennoorr ccoonnttrraaddiiççããoo ee,, ssee mmoossttrraamm oo qquuee oobbttêêmm,, éé ppaarraa qquuee sseejjaa aaddmmiirraaddoo ee nnããoo ppaarraa qquuee ssee llhheess ddêê uumm ppaarreecceerr.. GGeerraallmmeennttee,, ttoommaamm aavveerrssããoo ààss ppeessssooaass qquuee ooss nnããoo aappllaauuddeemm sseemm rreessttrriiççõõeess ee ffooggeemm ddaass rreeuunniiõõeess oonnddee nnããoo ppoossssaamm iimmppoorr--ssee ee ddoommiinnaarr..

““DDeeiixxaaii qquuee ssee vvããoo ppaavvoonneeaarr aallgguurreess ee pprrooccuurraarr oouuvviiddooss mmaaiiss ccoommppllaacceenntteess,, oouu qquuee ssee iissoolleemm;; nnaaddaa ppeerrddeemm aass rreeuunniiõõeess qquuee ddaa pprreesseennççaa ddeelleess ffiiccaamm pprriivvaaddaass..”” —— EERRAASSTTOO..

MMEERRCCEENNÁÁRRIIOOSS OOss qquuee eexxpplloorraamm ssuuaass ffaaccuullddaaddeess..

AAMMBBIICCIIOOSSOOSS OOss qquuee,, eemmbboorraa nnããoo mmeerrccaaddeejjeemm ccoomm aass ffaaccuullddaaddeess qquuee ppoossssuueemm,, eessppeerraamm ttiirraarr ddeellaass qquuaaiissqquueerr vvaannttaaggeennss..

DDEE MMÁÁ--FFÉÉ

OOss qquuee,, ppoossssuuiinnddoo ffaaccuullddaaddeess rreeaaiiss,, ssiimmuullaamm aass ddee qquuee ccaarreecceemm ppaarraa ssee ddaarreemm iimmppoorrttâânncciiaa.. NNããoo ssee ppooddeemm ddeessiiggnnaarr ppeelloo nnoommee ddee mmééddiiuumm aass ppeessssooaass qquuee,, nneennhhuummaa ffaaccuullddaaddee mmeeddiiúúnniiccaa ppoossssuuiinnddoo,, ssóó pprroodduuzzeemm cceerrttooss eeffeeiittooss ppoorr mmeeiioo ddaa cchhaarrllaattaanneeaarriiaa..

EEGGOOÍÍSSTTAASS OOss qquuee ssoommeennttee nnoo sseeuu iinntteerreessssee ppeessssooaall ssee sseerrvveemm ddee ssuuaass ffaaccuullddaaddeess ee gguuaarrddaamm ppaarraa ssii aass ccoommuunniiccaaççõõeess qquuee rreecceebbeemm..

IINNVVEEJJOOSSOOSS OOss qquuee ssee mmoossttrraamm ddeessppeeiittaaddooss ccoomm oo mmaaiioorr aapprreeççoo ddiissppeennssaaddoo aa oouuttrrooss mmééddiiuunnss,, qquuee llhheess ssããoo ssuuppeerriioorreess.. TTooddaass eessttaass mmááss qquuaalliiddaaddeess ttêêmm nneecceessssaarriiaammeennttee sseeuu ooppoossttoo nnoo bbeemm..

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ANEXO I ITEM 198: Todas estas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em sua

intensidade. Muitas há que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que, nem por isso, deixam

de ser efeito de aptidões especiais. Concebe-se que há de ser muito raro esteja a faculdade de um

médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas

aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-

se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo modo o desenvolvimento de uma faculdade que

não possua. Deve a pessoa cultivar todas aquelas de que reconheça possuir os germens. Procurar ter

as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza,

as de que seja dotado.

“Quando existe o princípio, o gérmen de uma faculdade, esta se manifesta sempre por sinais

inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes

e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá. Notai, de passagem, que o desejo de

ampliar indefinidamente o âmbito de suas faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos

nunca deixam impune. Os bons abandonam o presunçoso, que se torna então joguete dos

mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns que, não contentes com os dons que

receberam, aspiram, por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais, capazes de

os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros.”

(SÓCRATES.)

ITEM 199: O estudo da especialidade dos médiuns não só lhes é necessário, como também ao

evocador. Conforme a natureza do Espírito que se deseja chamar e as perguntas que se lhe quer

dirigir, convém se escolha o médium mais apto ao que se tem em vista. Interrogar o primeiro que

apareça é expor-se a receber respostas incompletas, ou errôneas. Tomemos aos fatos comuns um

exemplo. Ninguém confiará a redação de qualquer trabalho, nem mesmo uma simples cópia, ao

primeiro que encontre, apenas porque saiba escrever. Suponhamos um músico, que queira seja

executado um trecho de canto por ele composto. Muitos cantores, hábeis todos, se acham à sua

disposição. Ele, entretanto, não os tomará ao acaso: escolherá, para seu intérprete, aquele cuja voz,

cuja expressão, cujas qualidades todas, numa palavra, digam melhor com a natureza do trecho

musical. O mesmo fazem os Espíritos, com relação aos médiuns, e nós devemos fazer como os

Espíritos. Cumpre, além disso, notar que os matizes que a mediunidade apresenta e aos quais outros

mais se poderiam acrescentar, nem sempre guardam relação com o caráter do médium. Assim, por

exemplo, um médium naturalmente alegre, jovial, pode obter comumente comunicações graves,

mesmo severas e vice-versa. É ainda uma prova evidente de que ele age sob a impulsão de uma

influência estranha. Voltaremos ao assunto, no capítulo que trata da influência moral do médium.

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVII I tens 200 a 203

• DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

• Desenvolvimento da Mediunidade

• Momento Fraterno • Quest ionár io • Duplas em Plenár ia

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM SERÁ MONITORADO EM 02 AULAS – 1ª AULA –

• 1º Momento:

Subdividir a sala em duplas (ou tr io de alunos, conforme o nº de alunos em

sala). Distr ibuir o Anexo I (questionár io), as para que os alunos possam

respondê- lo.

• 2º Momento:

Solic itar que cada equipe de tarefa responda as seis (06) primeiras

questões.

• 3º Momento:

Em plenár ia, o monitor sol ic itará que (01) uma dupla (ou tr io) por vez

apresente sua resposta; inquir ir aos demais se há alguma outra resposta

complementar, dist inta da apresentada. Referendar a resposta correta

(Anexo II).

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento

• 25 ’ – 2º Momento

• 25 ’– 2º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 200 a 203.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS –TÓPICO: ’DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE’ – I tens 200 a 203)

A) RESPONDA:

1º) PORQUE KARDEC OCUPAR-SE-Á ESPECIALMENTE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES (PSICÓGRAFOS) PARA TRATAR DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS EM GERAL?

2º) HÁ ALGUM DIAGNÓSTICO QUE POSSA CONFIRMAR QUE UMA PESSOA POSSUI EFETIVAMENTE ESTA FACULDADE MEDIÚNICA? E HÁ SINAIS FÍSICOS QUE SERVEM DE INDÍCIOS? E AMBOS – O DIAGNÓSTICO E OS SINAIS FÍSICOS – SÃO INFALÍVEIS?

3º) HÁ UM PERÍODO ESPECÍFICO EM QUE A FACULDADE SE MANIFESTA? E HÁ UM MEIO DE CONFIRMAR SUA EXISTÊNCIA? QUAL A RECOMENDAÇÃO DE KARDEC?

4º) O PROCESSO DE OBTER-SE A PSICOGRAFIA, SEGUNDO KARDEC, É SIMPLES. CONTUDO, ELE FAZ ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUE, NA VERDADE, CONSTITUEM-SE EM PRELIMINARES PARA O APRENDIZ – QUAIS SÃO ESTAS RECOMENDAÇÕES?

5º) HÁ DIFERENÇA ENTRE USAR LÁPIS, CANETA OU, MAIS CONTEMPORANEAMENTE, A DIGITAÇÃO? POR QUÊ?

6º) EMBORA KARDEC RECONHEÇA QUE TODO ASPIRANTE A MÉDIUM POSSUI UM DESEJO NATURAL DE PODER CONFABULAR COM OS ESPÍRITOS, ELE AFIRMA QUE ESTE DEVE MODERAR SUA IMPACIÊNCIA. POR QUÊ?

7º) QUAL A CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA QUE UM ESPÍRITO POSSA COMUNICAR-SE? E DE QUE MODO SE DÁ ESSE PROCESSO?

8º) QUAIS AS DUAS CONDIÇÕES PASSÍVEIS DE OCORREREM NO TOCANTE À COMUNICAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E MÉDIUM? FRENTE A ISTO, QUAL O MAIS INDICADO PROCEDIMENTO PARA O MÉDIUM QUE KARDEC RECOMENDA?

9º) ASSIM, ANTES DE PENSAR EM OBTER COMUNICAÇÕES DE TAL OU QUAL ESPÍRITO, O QUE É IMPORTANTE AO ASPIRANTE A MÉDIUM FAZER?

10º) É ACONSELHÁVEL FAZER EVOCAÇÕES ESPECÍFICAS OU FORMULAR UMA SÚPLICA A DEUS? O QUE O CODIFICADOR RECOMENDA?

11º) NO TOCANTE À QUESTÃO DA IDENTIDADE, KARDEC RESSALTA OS RISCOS A QUE OS PRINCIPIANTES SE EXPÔEM. EM QUE CONSITEM TAIS RISCOS E QUAIS AS RECOMENDAÇÕES SUGERIDAS?

12º) QUAIS AS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS QUE AS PERGUNTAS AOS ESPÍRITOS DEVEM CONTER?

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ANEXO II – RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS –TÓPICO: ’DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE’ – I tens 200 a 203)

1º) PORQUE KARDEC OCUPAR-SE-Á ESPECIALMENTE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES (PSICÓGRAFOS) PARA TRATAR DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS EM GERAL?

� Ocupar-nos-emos aqui, especialmente, com os médiuns escreventes, por ser o gênero de mediunidade mais espalhado e, além disso, porque é, ao mesmo tempo, o mais simples, o mais cômodo, o que dá resultados mais satisfatórios e completos. E também o que toda gente ambiciona possuir. (ITEM 200)

2º) HÁ ALGUM DIAGNÓSTICO QUE POSSA CONFIRMAR QUE UMA PESSOA POSSUI EFETIVAMENTE ESTA FACULDADE MEDIÚNICA? E HÁ SINAIS FÍSICOS QUE SERVEM DE INDÍCIOS? E AMBOS – O DIAGNÓSTICO E OS SINAIS FÍSICOS – SÃO INFALÍVEIS?

� Infelizmente, até hoje, por nenhum diagnóstico se pode inferir, ainda que aproximadamente, que alguém possua essa faculdade. Os sinais físicos, em os quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada têm de infalíveis. (ITEM 200)

3º) HÁ UM PERÍODO ESPECÍFICO EM QUE A FACULDADE SE MANIFESTA? E HÁ UM MEIO DE CONFIRMAR SUA EXISTÊNCIA? QUAL A RECOMENDAÇÃO DE KARDEC?

� Ela se manifesta nas crianças e nos velhos, em homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Só existe um meio de se lhe comprovar a existência. É experimentar. (ITEM 200)

4º) O PROCESSO DE OBTER-SE A PSICOGRAFIA, SEGUNDO KARDEC, É SIMPLES. CONTUDO, ELE FAZ ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUE, NA VERDADE, CONSTITUEM-SE EM PRELIMINARES PARA O APRENDIZ – QUAIS SÃO ESTAS RECOMENDAÇÕES?

� Como disposição material, recomendamos se evite tudo o que possa embaraçar o movimento da mão. E mesmo preferível que esta não descanse no papel. A ponta do lápis deve encostar neste o bastante para traçar alguma coisa, mas não tanto que ofereça resistência. Todas essas precauções se tomam inúteis, desde que se tenha chegado a escrever correntemente, porque então nenhum obstáculo detém mais a mão. São meras preliminares para o aprendiz. (ITEM 201)

5º) HÁ DIFERENÇA ENTRE USAR LÁPIS, CANETA OU, MAIS CONTEMPORANEAMENTE, A DIGITAÇÃO? POR QUÊ?

� É indiferente que se use da pena ou do lápis. (ITEM 202) i. Contemporaneamente, também o uso do computador dependerá da

disponibilidade do médium (caso psicografe um livro, por exemplo)...

6º) EMBORA KARDEC RECONHEÇA QUE TODO ASPIRANTE A MÉDIUM POSSUI UM DESEJO NATURAL DE PODER CONFABULAR COM OS ESPÍRITOS, ELE AFIRMA QUE ESTE DEVE MODERAR SUA IMPACIÊNCIA. POR QUÊ?

� Por que: deve, porém, moderar a sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. (ITEM 203)

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MODULO II AULA N.º 36

PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS –TÓPICO: ’DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE’ – I tens 200 a 203)

A. OS ITENS 200 A 203 SÃO APRESENTADOS ATRAVÉS DE UM QUESTIONÁRIO COM

12 QUESTÕES QUE, NA VERDADE, CONSTITUEM-SE UM ROTEIRO DE ESTUDO.

� OBSERVA-SE A QUESTÃO DA SIMPLICIDADE E A MAIS AMPLA DISPONIBILIDADE

DA MEDIUNIDADE ESCREVENTE;

� QUE É A EXPERIMENTAÇÃO DA FACULDADE QUE, REALMENTE, APONTA SUA

EXISTÊNCIA;

� .QUE O MÉDIUM DEVE PROCURAR CONTER SUA IMPACIÊNCIA E AGUARDAR

QUE A EXPERIÊNCIA LHE PERMITA ESTABELECER AS RELAÇÕES FLUÍDICAS

QUE FLUEM SOMENTE À MEDIDA QUE A FACULDADE SE DESENVOLVE;

� QUE SE DEVE EVITAR PROCEDER A EVOCAÇÕES PARTICULARES, E SIM QUE

TUDO SE FAÇA EM NOME DE DEUS � EXERCÍCIO, PORTANTO, DA CONFIANÇA

NOS DESÍGNIOS DIVINOS E NA ASSISTÊNCIA DOS BONS ESPÍRITOS;

� QUE SE TOME CUIDADO COM A QUESTÃO DA IDENTIDADE DO ESPÍRITO

COMUNICANTE, RECONHECENDO-SE QUE APENAS A EXPERIÊNCIA

CONFERIRÁ MAIOR SEGURANÇA AO MÉDIUM, EVITANDO-SE QUE SEJA

ENGANADO � COM ISSO, EVITANDO-SE SUCUMBIR À FASCINAÇÃO, AO

ENGODO, À MISTIFICAÇÃO, AOS PSEUDO-SÁBIOS...

� E QUE NÃO SE DEVE INQUIRIR SOBRE ASSUNTOS FÚTEIS, PARTICULARISTAS,

MAS SIM EXPRESSANDO SENTIMENTOS DE BENEVOLÊNCIA E SIMPATIA PARA

COM O ESPÍRITO COMUNICANTE...

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MODULO II AULA N.º 37

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVII I tens 200 a 203

• DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

• Desenvolvimento da Mediunidade

• Quest ionár io • Duplas em Plenár ia

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM É MONITORADO EM 02 AULAS – 2ª AULA –

• 1º Momento:

Subdividir a sala com as mesmas duplas (ou tr io de alunos, conforme o nº

de alunos em sala) do exercício da aula anterior.

• 2º Momento:

Solic itar que cada equipe de tarefa responda as seis (06) últ imas questões

contidas no Anexo I (entregue na aula anterior), ou seja, as questões 7ª a

12ª.

• 3º Momento:

Em plenária, o monitor sol ic itará que (01) uma dupla (ou tr io) por vez

apresente sua resposta; inquir ir aos demais se há alguma outra resposta

complementar, dist inta da apresentada. Referendar a resposta correta

(Anexo II).

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 05 ’ – 1º Momento

• 25 ’ – 2º Momento

• 25 ’– 2º Momento

• O Livro dos Médiuns

• Xerox Anexo I

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 200 a 203.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS –TÓPICO: ’DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE’ – I tens 200 a 203)

A) RESPONDA:

1º) PORQUE KARDEC OCUPAR-SE-Á ESPECIALMENTE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES (PSICÓGRAFOS) PARA TRATAR DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS EM GERAL?

2º) HÁ ALGUM DIAGNÓSTICO QUE POSSA CONFIRMAR QUE UMA PESSOA POSSUI EFETIVAMENTE ESTA FACULDADE MEDIÚNICA? E HÁ SINAIS FÍSICOS QUE SERVEM DE INDÍCIOS? E AMBOS – O DIAGNÓSTICO E OS SINAIS FÍSICOS – SÃO INFALÍVEIS?

3º) HÁ UM PERÍODO ESPECÍFICO EM QUE A FACULDADE SE MANIFESTA? E HÁ UM MEIO DE CONFIRMAR SUA EXISTÊNCIA? QUAL A RECOMENDAÇÃO DE KARDEC?

4º) O PROCESSO DE OBTER-SE A PSICOGRAFIA, SEGUNDO KARDEC, É SIMPLES. CONTUDO, ELE FAZ ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUE, NA VERDADE, CONSTITUEM-SE EM PRELIMINARES PARA O APRENDIZ – QUAIS SÃO ESTAS RECOMENDAÇÕES?

5º) HÁ DIFERENÇA ENTRE USAR LÁPIS, CANETA OU, MAIS CONTEMPORANEAMENTE, A DIGITAÇÃO? POR QUÊ?

6º) EMBORA KARDEC RECONHEÇA QUE TODO ASPIRANTE A MÉDIUM POSSUI UM DESEJO NATURAL DE PODER CONFABULAR COM OS ESPÍRITOS, ELE AFIRMA QUE ESTE DEVE MODERAR SUA IMPACIÊNCIA. POR QUÊ?

7º) QUAL A CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA QUE UM ESPÍRITO POSSA COMUNICAR-SE? E DE QUE MODO SE DÁ ESSE PROCESSO?

8º) QUAIS AS DUAS CONDIÇÕES PASSÍVEIS DE OCORREREM NO TOCANTE À COMUNICAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E MÉDIUM? FRENTE A ISTO, QUAL O MAIS INDICADO PROCEDIMENTO PARA O MÉDIUM QUE KARDEC RECOMENDA?

9º) ASSIM, ANTES DE PENSAR EM OBTER COMUNICAÇÕES DE TAL OU QUAL ESPÍRITO, O QUE É IMPORTANTE AO ASPIRANTE A MÉDIUM FAZER?

10º) É ACONSELHÁVEL FAZER EVOCAÇÕES ESPECÍFICAS OU FORMULAR UMA SÚPLICA A DEUS? O QUE O CODIFICADOR RECOMENDA?

11º) NO TOCANTE À QUESTÃO DA IDENTIDADE, KARDEC RESSALTA OS RISCOS A QUE OS PRINCIPIANTES SE EXPÔEM. EM QUE CONSITEM TAIS RISCOS E QUAIS AS RECOMENDAÇÕES SUGERIDAS?

12º) QUAIS AS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS QUE AS PERGUNTAS AOS ESPÍRITOS DEVEM CONTER?

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ANEXO II – RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. OLM –Cap. XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS – I tens 200 a 203)

7º) QUAL A CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA QUE UM ESPÍRITO POSSA COMUNICAR-SE? E DE QUE MODO SE DÁ ESSE PROCESSO?

� Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só à medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente.

8º) QUAIS AS DUAS CONDIÇÕES PASSÍVEIS DE OCORREREM NO TOCANTE À COMUNICAÇÃO ENTRE ESPÍRITO E MÉDIUM?

� Pode dar-se, pois, (1º) que aquele com quem o médium deseje comunicar-se, não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também (2º) pode acontecer que não tenha possibilidade, nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido. (ITEM 203)

9º) ASSIM, ANTES DE PENSAR EM OBTER COMUNICAÇÕES DE TAL OU QUAL ESPÍRITO, O QUE É IMPORTANTE AO ASPIRANTE A MÉDIUM FAZER?

� Convém, por isso, que no começo ninguém se obstine em chamar determinado Espírito, com exclusão de qualquer outro, pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente, por maior que seja a simpatia que lhe vote o encarnado.

� Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tal ou tal Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento da sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu anjo guardião. (ITEM 203)

10º) É ACONSELHÁVEL FAZER EVOCAÇÕES ESPECÍFICAS OU FORMULAR UMA SÚPLICA A DEUS? O QUE O CODIFICADOR RECOMENDA?

� Não há, para esse fim, nenhuma fórmula sacramental. Quem quer que pretenda indicar alguma pode ser tachado, sem receio, de impostor, visto que para os Espíritos a forma nada vale. Contudo, a evocação deve sempre ser feita em nome de Deus. (ITEM 203)

11º) NO TOCANTE À QUESTÃO DA IDENTIDADE, KARDEC RESSALTA OS RISCOS A QUE OS PRINCIPIANTES SE EXPÔEM. EM QUE CONSITEM TAIS RISCOS E QUAIS AS RECOMENDAÇÕES SUGERIDAS?

� A questão da identidade, uma das que requerem mais experiência, por isso que poucos principiantes haverá que não estejam expostos a ser enganados. (ITEM 203)

i. Aqui se encontram riscos de fascinação, de embuste, de obsessão...

12º) QUAIS AS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS QUE AS PERGUNTAS AOS ESPÍRITOS DEVEM CONTER?

� Quando queira chamar determinados Espíritos, é essencial que o médium comece por se dirigir somente aos que ele sabe serem bons e simpáticos e que podem ter motivo para acudir ao apelo, como parentes, ou amigos. Neste caso, a evocação pode ser formulada assim: Em nome de Deus Todo-Poderoso peço que tal Espírito se comunique comigo, ou então: Peço a Deus Todo-Poderoso permita que tal Espírito se comunique comigo; ou qualquer outra fórmula que corresponda ao mesmo pensamento. (ITEM 203)

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVII I tens 204 a 207

• DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

• Desenvolv imento da Mediunidade

• Grupos de tarefa • Apresentação em

Plenár ia

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

1º Momento:

Dividir a sala em quatro grupos de alunos, atribuindo-lhes a tarefa de ler e explicar os I tens: 204 a 207 ���� acerca dos procedimentos (meios) para desenvolver-se a psicograf ia. Cada grupo responsabil izar-se-á por uma das questões elencadas.

Item 204 – tentativa de desenvolvimento da faculdade mediante isolamento, recolhimento individual.

Item 205 – tentativa de desenvolvimento da faculdade, mediante consulta a um Espírito sábio, adiantado;

Item 206 – tentativa de desenvolvimento da faculdade, mediante cooperação direta de um médium magnetizador;

Item 207 – tentativa de desenvolvimento da faculdade, mediante formação de grupo de tarefa mediúnica.

2º Momento:

Cada grupo apresentará suas conclusões em plenária.

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

30 ’ – 1º Momento 20’ – 2º Momento O Livro dos Médiuns

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Itens 204 a 207.

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PRINCIPAIS TÓPICOS OBSERVADOS

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns –Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS – ITEM: ’DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE’ – I tens 204 a 207)

� KARDEC APRESENTA ALGUNS PROCEDIMENTOS (QUATRO) PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE PSICOGRÁFICA:

o O PRIMEIRO, APRESENTADO NA ITEM 204, APONTA O RECOLHIMENTO, A SOLIDÃO, O SILÊNCIO, O AFASTAMENTO DE TUDO O QUE POSSA REPRESENTAR DISTRAÇÃO, PARA QUE SE DÊ A TENTATIVA DE SE RENOVAR PERIODICAMENTE O EXERCICIO DE ESCRITA MEDIÚNICA (TENTATIVA ISOLADA) � (ITEM 204)

o O SEGUNDO, APRESENTADO NA ITEM 205, SÓ SE APLICA CASO QUEIRA-SE EVITAR TENTATIVAS INFRUTÍFERAS. NESTE CASO, RECORRE-SE A OUTRO MÉDIUM MAIS EXPERIMENTADO PARA FAZER-SE UMA CONSULTA A UM ESPÍRITO SÉRIO E ADIANTADO – PARA QUEM SE ELABORA UMA QUESTÃO OBJETIVA. (TENTATIVA COM O AUXÍLIO DE OUTRO MÉDIUM P/ CONSULTA A UM ESPÍRITO SÉRIO E ADIANTADO). � (ITEM 205)

o O TERCEIRO CONSISTE EM RECORRER-SE A UM MÉDIUM EXPERIMENTADO, MALEÁVEL, JÁ FORMADO, CUJAS POSSIBILIDADES MAGNÉTICAS AUXILIARÃO O MÉDIUM PRINCIPIANTE – O MÉDIM DECIDIDAMENTE, COM CONFIANÇA E SEGURANÇA, DEVE MAGNETIZAR A MÃO E O BRAÇO DAQUELE QUE QUER ESCREVER; (TENTATIVA COM O AUXÍLIO DE UM MÉDIUM MAGNETIZADOR A LHE MAGNETIZAR MÃO E BRAÇOS, A LHE SERVIR COMO UM GUIA EXPERIMENTADO, NUMA FRANCA RELAÇÃO DE PROFESSOR x ALUNO) � (ITEM 206)

o O QUARTO MEIO QUE TAMBÉM PODE CONTRIBUIR FORTEMENTE PARA DESENVOLVER A FACULDADE, CONSISTE EM REUNIR-SE “certo número de pessoas, todas animadas do mesmo desejo e comungando na mesma intenção. Feito isso, todas simultaneamente, guardando absoluto silêncio e num recolhimento religioso, tentem escrever, apelando cada um para o seu anjo de guarda, ou para qualquer Espírito simpático. Ou, então, uma delas poderá dirigir, sem designação especial e por todos os presentes, um apelo aos bons Espíritos em geral, dizendo, por exemplo: Em nome de

Deus Todo-Poderoso, pedimos aos bons Espíritos que se dignem de comunicar-se por

intermédio das pessoas aqui presentes. E raro que entre estas não haja algumas que dêem prontos sinais de mediunidade, ou que até escrevam correntemente em pouco tempo.” “Compreende-se o que em tal caso ocorre. Os que se reúnem com um intento comum formam um todo coletivo, cuja força e sensibilidade se encontram acrescidas por uma espécie de influência magnética, que auxilia o desenvolvimento da faculdade. Entre os Espíritos atraídos por esse concurso de vontades estarão, provavelmente, alguns que descobrirão nos assistentes o instrumento que lhes convenha. “Se não for este, será outro e eles se aproveitarão desse.” � (TENTATIVA VIA REUNIÕES SÉRIAS – A SER EMPREGADO

NOS GRUPOS ESPÍRITAS). (ITEM 207)

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QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVII I tens 208 a 211

• DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

• Desenvolv imento da Mediunidade

• Quest ionár io • Correção em

Plenár ia – “Pinga-fogo”

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM É MONITORADO EM 02 AULAS – 1ª AULA –

• 1º Momento:

Distr ibuir o Questionário (Anexo I) para que seja respondido em dupla de alunos.

• 2º Momento:

Cada dupla, alternadamente, apresentará suas respostas em plenária, em sistema tipo “pinga-fogo”. O monitor conferirá com o gabarito (Anexo II).

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 30 ’ – 1º Momento • 25 ’ – 2º Momento

• O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I e I I I .

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 208 a 211.

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ANEXO I – QUESTIONÁRIO

(KARDEC, A l l an . O L iv ro dos Médiuns – Cap í tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS – I tens 208 a 211)

QUESTIONÁRIO

A. Para Kardec, a lém dos quatros procedimentos por e le copi lados para se dar a formação dos médiuns, há outros processos para que isso se dê? Expl ique e também denomine os quatro procedimentos já es tudados nos i tens 204 a 207.

B. Ainda nesta abordagem, caso não haja rudimentos da faculdade, o que Kardec preconiza?

C. Quais as condições fundamentais para que se a mediunidade ec loda?

D. Qual a caracterís t ica fundamental da faculdade mediúnica?

E. ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR:

1º) V ( ) F ( ) O primeiro indício de disposição para a psicografia é uma espécie de frêmito na nuca e nos olhos.

2º) V ( ) F ( ) A disposição da psicografia provoca paulatinamente uma impulsão na mão do médium que não logra dominá-la.

3º) V ( ) F ( ) O processo de desenvolvimento da faculdade psicográfica dá-se inicialmente com riscos insignificantes, depois com caracteres mais nítidos, até que a escrita ocorra com mais rapidez.

4º) V ( ) F ( ) Alguns médiuns desenvolvem a psicografia de modo paulatino; outros, desde o início, escrevem correntemente, com facilidade; outros, muito demoradamente, fazendo verdadeiros exercícios caligráficos.

5º) V ( ) F ( ) Os exercícios de psicografia se prestam a ‘soltar a mão’ do médium. Todavia, caso estes se prolonguem demasiadamente, o médium sofre ação obsessiva e deve parar;

6º) V ( ) F ( ) Quando os exercícios de psicografia se prolonguem demasiadamente, o médium roga assistência aos bons Espíritos e nada se altera, só então deve parar;

7º) V ( ) F ( ) Médiuns improdutivos são os que, depois de reiteradas tentativas, nada de significativo obtém além de sinais.

8º) V ( ) F ( ) As primeiras comunicações devem ser consideradas meros exercícios cuja consecução é dada a Espíritos secundários, considerados mestres de escrita, e a elas não se deve dar muita importância.

9º) V ( ) F ( ) Cabe ao médium o compromisso de captar a simpatia dos Espíritos verdadeiramente superiores.

F. Qual o pr inc ipal escolho com que se defronta a maior ia dos médiuns pr inc ipiantes? Quais os cuidados que para isso devem ser tomados? Expl ique.

G. Quais as duas condições fundamentais para os médiuns inic iantes?

H. Para que estas condições sejam atendidas, Kardec aponta um requis i to fundamental para se evi tar os inconvenientes própr ios da exper iência. Qual é?

I . Além da L inguagem, quais são as PROVAS INFALÍVES para ident i f icar-se a infer ior idade dos Espír i tos?

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ANEXO II – RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS – I tens 208 a 211)

QUESTIONÁRIO

A) NÃO . KARDEC AFIRMA NÃO CONHECER NENHUM MAIS EFICAZ QUE OS QUATRO PROCEDIMENTOS: TENTATIVA COM ISOLAMENTO DO MÉDIUM; TENTATIVA COM O AUXÍLIO DE OUTRO MÉDIUM P/ CONSULTA A UM ESPÍRITO SÉRIO E ADIANTADO ; TENTATIVA COM O AUXÍLIO DE UM MÉDIUM MAGNETIZADOR; TENTATIVA VIA REUNIÕES SÉRIAS . ( ITEM 208)

B) QUE “SE NÃO EXISTIREM RUDIMENTOS DA FACULDADE, NADA PODERÁ PRODUZI-LOS, NEM MESMO A ELETRIZAÇÃO, QUE JÁ FOI EMPREGADA, SEM ÊXITO, COM O MESMO OBJETIVO ” . ( ITEM 208)

C) “NO MÉDIUM APRENDIZ, A FÉ NÃO É A CONDIÇÃO RIGOROSA; SEM DÚVIDA LHE SECUNDA OS ESFORÇOS, MAS NÃO É INDISPENSÁVEL; A PUREZA DE INTENÇÃO, O DESEJO E A BOA-VONTADE BASTAM.” ( ITEM 209)

D) “QUE ESTA FACULDADE SE PRENDE A UMA DISPOSIÇÃO ORGÂNICA ” . ( I . 209)

E) ASSINALE VERDADEIRO (V) OU FALSO (F) NAS QUESTÕES A SEGUIR: ( I . 210)

1º) V ( ) F ( ) O primeiro indício de disposição para a psicografia é uma espécie de frêmito na nuca e nos olhos. F

2º) V ( ) F ( ) A disposição da psicografia provoca paulatinamente uma impulsão na mão do médium que não logra dominá-la. V

3º) V ( ) F ( ) O processo de desenvolvimento da faculdade psicográfica dá-se inicialmente com riscos insignificantes, depois com caracteres mais nítidos, até que a escrita ocorra com mais rapidez. V

4º) V ( ) F ( ) Alguns médiuns desenvolvem a psicografia de modo paulatino; outros, desde o início, escrevem correntemente, com facilidade; outros, muito demoradamente, fazendo verdadeiros exercícios caligráficos. V

5º) V ( ) F ( ) Os exercícios de psicografia se prestam a ‘soltar a mão’ do médium. Todavia, caso estes se prolonguem demasiadamente, o médium sofre ação obsessiva e deve parar; F

6º) V ( ) F ( ) Quando os exercícios de psicografia se prolonguem demasiadamente, o médium roga assistência aos bons Espíritos e nada se altera, só então deve parar; V

7º) V ( ) F ( ) Médiuns improdutivos são os que, depois de reiteradas tentativas, nada de significativo obtém além de sinais. V

8º) V ( ) F ( ) As primeiras comunicações devem ser consideradas meros exercícios cuja consecução é dada a Espíritos secundários, considerados mestres de escrita, e a elas não se deve dar muita importância. V

9º) V ( ) F ( ) Cabe ao médium o compromisso de captar a simpatia dos Espíritos verdadeiramente superiores. V

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ANEXO II – RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO (cont.)

(KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – Capí tu lo XVI I – DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS – I tens 208 a 211)

QUESTIONÁRIO

F) ( ITEM 211) : “O escolho com que topa a maior ia dos médiuns principiantes é

o de terem de haver-se com Espír itos inferiores e devem dar-se por fel izes

quando são apenas Espír itos levianos . ” “Toda atenção precisam pôr em que

tais Espíritos não assumam predomínio , porquanto, em acontecendo isso,

nem sempre lhes será fáci l desembaraçar-se deles. É ponto este de tal modo

capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas as precauções

necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.”

G) (ITEM 211) : “A primeira condição é colocar-se o médium, com fé sincera,

sob a proteção de Deus e solic itar a assistência do seu anjo de guarda, que é

sempre bom, ao passo que os espír itos famil iares, por s impatizarem com as

suas boas ou más qualidades, podem ser levianos ou mesmo maus. A

segunda condição é apl icar-se, com meticuloso cuidado, a reconhecer, por

todos os indícios que a experiência faculta, de que natureza são os primeiros

Espír itos que se comunicam e dos quais manda a prudência sempre se

desconfie. Se forem suspeitos esses indícios, dir ig ir fervoroso apelo ao seu

anjo de guarda e repel ir , com todas as forças, o mau Espír i to, provando- lhe

que não conseguirá enganar, a f im de que ele desanime . ”

H) (ITEM 211) : Que se faça o estudo prévio da teoria.

I ) ( ITEM 211) : Além da Linguagem, são provas infalíveis da inferior idade dos

Espír itos:” todos os sinais, f iguras, emblemas inúteis, ou pueris; toda escr ita

extravagante, irregular, intencionalmente torturada, de exageradas

dimensões, apresentando formas r idículas e desusadas. A escrita pode ser

muito má, mesmo pouco legível, sem que isso tenha o que quer que seja de

insól ito, porquanto é mais questão do médium que do Espír ito. Temos visto

médiuns de tal maneira enganados, que medem a super ioridade dos Espír itos

pelas dimensões das letras e que l igam grande importância às letras bem

talhadas, como se foram letras de imprensa, pueri l idade evidentemente

incompatível com uma super ioridade real. ”

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MODULO II AULA N.º 40

QUESTÕES TEMAS METODOLOGIA

CAPÍTULO XVII I tens 208 a 211

• DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

• Desenvolv imento da Mediunidade

• Quest ionár io • Correção em

Plenár ia • Le i tura Circular

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATENÇÃO – ESTE ITEM É MONITORADO EM 02 AULAS – 2ª AULA –

• 1º Momento:

Distr ibuir Anexo III e promover leitura circular comentada sobre o texto

(MENSAGEM de Manoel P. de Miranda, psicograf ia Divaldo Pereira

Franco: “Complexidades do Fenômeno Mediúnico”)

ESTE TEXTO DEVE TER SUA LEITURA INICIADA NESTA AULA, REPRESENTANDO O

FECHAMENTO DO ESTUDO DO MÓDULO I I I DE ‘O LIVRO DOS MÉDIUNS ’

Tecer os comentários finais abordando todos os aspectos da temática tratados nas questões.

TEMPO: MATERIAL

• 55 ’ – 1º Momento • O Livro dos Médiuns • Xerox Anexo I e I I I .

FONTES DE CONSULTAS:

(1) KARDEC, Al lan. O Livro dos Médiuns – I tens 208 a 211.

(2) NEVES, J. , AZEVEDO, G. , CALAZANS, N. e FERRAZ, J . Vivência Mediúnica – Projeto Manoel Phi lomeno de Miranda. Salvador-BA: LEAL, 1995. L ição 8.

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ANEXO III

Complexidades do Fenômeno Mediúnico Manoel Philomeno de Miranda

À primeira vista, o intercâmbio seguro entre os Espíritos desencarnados e os homens parece revestir-se de muita simplicidade.

Considerando-se que, após a morte do corpo, o ser apresenta-se com todos os atributos que lhe caracterizavam a existência física, é de crer-se que o processo da comunicação mediúnica torna-se natural e rápido, fácil e simples.

Como em qualquer procedimento técnico, no entanto, vários requisitos são-lhe exigíveis, o que torna a sua qualidade difícil de ser conseguida, ao mesmo tempo complexa para a sua realização.

O processo de comunicação dá-se somente através da identificação do Espírito com o médium, perispírito a perispírito, cujas propriedades de expansibilidade e sensibilidade, entre outras, permitem a captação do pensamento, das sensações e das emoções, que se transmitem de uma para outra mente através do veiculo sutil.

O médium é sempre um instrumento passivo, cuja educação moral e psíquica lhe concederá recursos hábeis para um intercâmbio correto. Nesse mister, inúmeros impedimentos se apresentam durante o fenômeno, que somente o exercício prolongado e bem dirigido consegue eliminar.

Dentre outros, vale citar as fixações mentais, os conflitos e os hábitos psicológicos do sensitivo, que ressumam do seu inconsciente e, durante o transe, assumem com vigor os controles da faculdade mediúnica, dando origem às ocorrências anímicas.

Em si mesmo, o animismo é ponte para o mediunismo, que a prática do intercâmbio termina por superar. Todavia, vale a pena ressaltar que no fenômeno anímico ocorrem os de natureza mediúnica, assim como nos mediúnicos sucedem aqueles de caráter anímico.

Qualquer artista, ao expressar-se, na música, sempre dependerá do instrumento de que se utilize. O som provirá do mecanismo utilizado, embora o virtuosismo proceda de quem o acione.

O fenômeno puro e absoluto ainda não existe no mundo orgânico relativo ... Os valores intelectuais e morais do médium têm preponderância na ocorrência fenomênica,

porquanto serão os seus conhecimentos, atuais ou passados, que vestirão as idéias transmitidas pelos desencarnados.

Desse modo, a qualidade da comunicação mediúnica está sempre a depender dos valores evolutivos do seu intermediário.

I

Não há dois médiuns iguais, qual ocorre em outras áreas das atividades humanas, nas quais cada pessoa apresenta-se com os seus próprios recursos, assinalada pelas suas particulares características.

Quando se tratar de médium com excelentes registros e grande fidelidade no conteúdo da mensagem recebida, eis que defrontamos alguém que repete experiências transatas, havendo sido instrumento mediúnico anteriormente.

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169 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

MODULO II AULA Nº 40

ANEXO III (cont.)

Na variada gama das faculdades, as conquistas pessoais armazenadas contribuem para que o fenômeno ocorra com o sucesso desejado.

Seja no campo das comunicações intelectuais, seja naqueles de natureza física, o contributo do médium é relevante.

Não seja, portanto, de estranhar que um médium psicógrafo ou psicofônico tenha maior facilidade para o registro de mensagens de um tipo literário ao invés de outro, logrando, por exemplo, admiráveis romances e deploráveis poemas, belas pinturas e más esculturas, facilidade para expressar-se em idiomas que não apenas aquele que hoje lhe é familiar, em razão de experiências vivenciadas em reencarnações anteriores.

Também há médiuns com aptidão para receber Espíritos sofredores, o que lhes deve constituir uma bênção, facilitando-lhes a aquisição de títulos de enobrecimento, pela ação caridosa que desempenhem. Não obstante, haverá, igualmente, a mesma predisposição para sintonizar com as Entidades Nobres, delas haurindo e transmitindo a inspiração, a sabedoria e a paz.

A idéia, o impulso procedem sempre do Espírito desencarnado, porém o revestimento, a execução vêm dos cabedais arquivados no inconsciente do médium.

A luz do Sol ou outra qualquer, ao ser coada por uma lâmina transparente, reaparecerá no tom que lhe é conferido pelo filtro.

No fenômeno mediúnico sucede da mesma forma.

II Tendo em vista que a faculdade é orgânica, os recursos da aparelhagem exercem grande

influência na ocorrência do fenômeno. Assim considerando, o exercício, que educa os impulsos e comanda a passividade, é de

capital importância. À medida que vão sendo eliminados os conflitos e as fixações pessoais, mais

transparentes e fiéis se farão as mensagens, caracterizando os seus autores pelo conteúdo, estilo, elaboração da idéia e, nas manifestações artísticas, pelas expressões de beleza que apresentam.

A educação mediúnica, à semelhança do desenvolvimento de qualquer aptidão, impõe tempo, paciência, perseverança, estudo, interesse.

O investimento de cuidados específicos, na mediunidade, será compensado pelos resultados comprovadores da sua legitimidade, como também pelos ensinamentos e consolos recebidos.

III

Faculdade neutra, do ponto de vista moral, pode o indivíduo ser portador de conduta irregular com largo campo de registro, em razão do seu pretérito, enquanto outros, moralizados, não possuem as mesmas possibilidades, o que não os deve desanimar.

A moral, no entanto, é exigível, em razão dos mecanismos de sintonia que a conduta proporciona.

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170 CENTRO ESPÍRITA CUIABÁ

COORDENADORIA DE DOUTRINA E ESTUDO O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÓDULO II

FIM DO MÓDULO II – OLM/ESOB-CEC

MODULO II AULA Nº 40

ANEXO III (cont.)

Uma existência assinalada pela leviandade, por abusos de comportamento, por atitudes vulgares, atrai Espíritos igualmente irresponsáveis, perversos, perturbadores e zombeteiros.

A convivência psíquica com essas mentes e seres, costuma por afetar as faculdades mentais do indivíduo, que termina vitimado por lamentáveis processos de obsessão, na sua variada catalogação.

As comunicações sérias e nobres somente têm lugar por instrumentos dignos e equilibrados.

IV

Na sua condição de instrumento e na sua postura de passividade, o médium não pode provocar determinadas comunicações, mas sim, criar as condições e aguardar que ocorram.

Cabe-lhe estar vigilante para atender as chamadas que se originam no mundo espiritual, fazendo-se maleável e fiel portador da responsabilidade que lhe diz respeito.

V

O fenômeno mediúnico, para suceder em condições corretas, necessita que o organismo do instrumento se encontre sem altas cargas tóxicas de qualquer natureza, porquanto as emoções em desalinho, o cansaço, as toxinas resultantes dos excessos alimentares bloqueiam os núcleos de transformação do pensamento captado nas mensagens, o que equivale a semelhantes acontecimentos em outras atividades intelectuais, artísticas e comportamentais.

Atitude física, emocional e mental saudável, são a condição ideal para que o fenômeno mediúnico suceda com equilíbrio e rentabilidade.

Quando acontece, à violência, sem a observância dos requisitos essenciais exigíveis, alguns dos quais aqui exarados, já que outros ainda existem e merecem estudos, estamos diante de manifestações obsessivas, de episódios mediúnicos perturbadores, nunca, porém, de fenômenos que se expressem com a condição espírita para uma vivência mediúnica dignificadora.

Manoel Philomeno de MirandaManoel Philomeno de MirandaManoel Philomeno de MirandaManoel Philomeno de Miranda

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 01.11.93, no Centro Espírita Caminho da

Redenção - Salvador-BA.)

PUBLICAÇÃO:

NEVES, J., AZEVEDO, G., CALAZANS, N. e FERRAZ, J. Vivência Mediúnica – Projeto Manoel Philomeno de Miranda. Salvador-BA: LEAL, 1955.