centro de ensino superior do cearÁ faculdade … · estudo sobre a evoluÇÃo da carreira do...

98
1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO MICHELLE SAMPAIO MOURA ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA CARREIRA DO ESTUDANTE EM ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE EM FORTALEZA FORTALEZA 2012

Upload: lamnhi

Post on 11-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

MICHELLE SAMPAIO MOURA

ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA CARREIRA DO ESTUDANTE EM

ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE EM FORTALEZA

FORTALEZA

2012

2

MICHELLE SAMPAIO MOURA

ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA CARREIRA DO ESTUDANTE EM

ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE EM FORTALEZA

Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Bacharelado em Administração do Centro de Ensino Superior do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharela em Administração. Professor-Orientador: Ricardo Cesar de Oliveira Borges, Ms.

FORTALEZA

2012

3

MICHELLE SAMPAIO MOURA

ESTUDO SOBRE A EVOLUÇÃO DA CARREIRA DO ESTUDANTE EM

ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CEARENSE EM FORTALEZA

Monografia como pré-requisito para

obtenção do título de Bacharela em

Administração, outorgado pela Faculdade

Cearense – FaC, tendo sido aprovada

pela banca examinadora composta pelos

professores.

Data de aprovação: ____/ ____/____

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________

Professor Ms. .........................................

_________________________________________________

Professora Ms. .........................................

_________________________________________________

Professor Esp. ............................

4

Aos meus pais pela fé e confiança e ao

meu marido pelo companheirismo,

respeito e incentivo.

5

AGRADECIMENTOS

A Deus, fonte de luz e sabedoria, por me proporcionar paz e tranquilidade em todos

os momentos da minha vida.

A minha família, em especial meus pais, Domingos e Isabel, por seus ensinamentos,

carinho, incentivo e por acreditarem na minha vitória. A meus irmãos, Daniele e

Marcelo, pelo apoio e confiança.

Ao meu marido Dalmir Freitas, com o qual amo partilhar a vida, pelo carinho,

compreensão, paciência e incentivo de cada semestre. Seu apoio foi fundamental.

Ao meu orientador e mestre, Ricardo Cesar, pelo incentivo e imensurável apoio na

orientação dessa monografia.

Aos amigos dessa longa jornada, Elaine Cristine, Jarbas, Brenna, Walério, Milton

Cesar, em especial as minhas amigas Ana Paula e Marília Carvalho, pelo

companheirismo e cumplicidade ao longo dos semestres. Ao meu amigo Marcelo

Honório por sempre me fazer sorrir com sua alegria contagiante.

Por fim, mas não menos importantes, aos professores que compartilharam seu saber

e me ensinaram valiosas lições, em especial a Mônica Gurgel, Luiz Carlos, Eloisa

Bezerra e Carlos Werner, e a todos que fazem parte da Faculdade Cearense que

durante esses anos souberam me acolher.

A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a realização desse

trabalho. Muito obrigada!

6

“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para

que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas

Graças a Deus, não sou o que era antes.”

Marthin Luther King

7

RESUMO

Em meio a um mercado turbulento, é necessário, por parte dos profissionais, desenvolverem competências que promovam um diferencial competitivo, sobretudo para os Administradores. Para ascender profissionalmente, é necessário o desenvolvimento de habilidades, conhecimentos e atitudes, associado à formação acadêmica oferecida pelo ensino superior. O objetivo dessa pesquisa teve o intuito de analisar o processo de evolução da carreira do estudante em Administração da Faculdade Cearense (FaC). Para atender ao objetivo da pesquisa, a mesma utilizou-se da natureza quali-quantitativa, de tipologia bibliográfica e de campo com aplicação de questionários que foram tabulados através de planilha do Microsoft Excel Explorer®. Operacionalmente, como amostra, adotaram-se 108 alunos do primeiro e último ano da graduação em Administração da referida instituição que foram questionados sobre sua situação profissional atual e competências desenvolvidas durante o curso. Os resultados obtidos puderam identificar a evolução da carreira dos estudantes e comprovaram a contribuição da FaC na formação profissional dos estudantes.

Palavras Chaves: Ensino Superior. Competências Essenciais. Competências Individuais. Carreira.

8

ABSTRACT

Within a stormy market, it´s necessary to develop skills to improve a competitive differential, concerning the professionals, specially the Business Administrators. In order to rise up professionally it´s necessary to develop skills, knowledge and actions, associated to an academic background in a good educational institution. The goal of this research is analyzing the process of the career evolution of a Business Administration student at Faculdade Cearense (FaC). Doing so, the research was based on quality and quantity criteria, and also bibliography and field criteria, which regarded quizzes on Microsoft Excel Explorer® basis. In terms of operation, it was adopted, as sample, 108 Business Administration students, either first and last year ones at the same institution, which have been questioned about their current professional situation and the skills developed during the course. The results showed the students' career evolution and proved FaC´s contribution in the students' professional formation.

Key Words: Superior Education. Essential Skills. Individual Skills. Career.

9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Número de Instituições de Nível Superior – 2011 ................................. 19

Gráfico 2 Gênero .................................................................................................. 48

Gráfico 3 Estado civil ............................................................................................ 49

Gráfico 4 Faixa etária ........................................................................................... 50

Gráfico 5 Renda familiar ....................................................................................... 50

Gráfico 6 Trabalha atualmente ............................................................................. 51

Gráfico 7 Trabalha na área administrativa ........................................................... 52

Gráfico 8 Tempo de empresa ............................................................................... 53

Gráfico 9 Cargo ocupado ..................................................................................... 53

Gráfico 10 Principal motivo pela escolha do Curso de Administração ................. 54

Gráfico 11 Principal motivo pela escolha da Faculdade Cearense ...................... 55

Gráfico 12 Desenvolvimento de Competência: Liderança .................................... 56

Gráfico 13 Desenvolvimento de Competência: Comunicação.............................. 56

Gráfico 14 Desenvolvimento de Competência: Negociação................................. 57

Gráfico 15 Desenvolvimento de Competência: Autoconfiança ............................. 57

Gráfico 16 Desenvolvimento de Competência: Criatividade................................. 58

Gráfico 17 Desenvolvimento de Competência: Inovação ..................................... 59

Gráfico 18 Desenvolvimento de Competência: Proatividade................................ 59

Gráfico 19 Desenvolvimento de Competência: Ética nos

âmbito empresarial, social e acadêmico .............................................................. 60

Gráfico 20 Desenvolvimento de Competência: Visão estratégica ........................ 60

Gráfico 21 Desenvolvimento de Competência: Flexibilidade................................ 61

Gráfico 22 Ferramentas Conhecidas: Benchmarking ........................................... 62

Gráfico 23 Ferramentas Conhecidas: Fluxograma ............................................... 62

Gráfico 24 Ferramentas Conhecidas: Funcionograma ......................................... 63

Gráfico 25 Ferramentas Conhecidas: Seleção de pessoal .................................. 64

Gráfico 26 O curso de Administração da FaC propicia o estudo

dos riscos, da imprevisibilidade e da dinamicidade do mercado .......................... 64

Gráfico 27 O curso e Administração da FaC propicia o uso do

laboratório de informática quanto à ferramenta de formação ............................... 65

10

Gráfico 28 O curso de Administração da FaC propicia o uso do

laboratório de prática quanto à ferramenta de formação ...................................... 66

Gráfico 29 Motivo para escolha da carreira: Identifiquei-me com o curso ............ 67

Gráfico 30 Motivo para escolha da carreira: Possui familiares

com empresa ........................................................................................................ 68

Gráfico 31 Motivo para escolha da carreira: Aperfeiçoamento ............................. 69

Gráfico 32 Motivo para escolha da carreira: Trabalho na área ............................ 69

Gráfico 33 Motivo para escolha da carreira: Busca de melhoria

de cargo/salário .................................................................................................... 70

Gráfico 34 Motivo para escolha da carreira: Entre os cursos

oferecidos pela faculdade foi o que mais interessou ............................................ 71

Gráfico 35 Característica técnica: Habilidade ....................................................... 72

Gráfico 36 Característica técnica: Motivação ....................................................... 72

Gráfico 37 Característica técnica: Resultados ...................................................... 73

Gráfico 38 Característica essencial para promoção: Ter mérito ........................... 74

Gráfico 39 Característica essencial para promoção: Possuir longo

tempo de serviço .................................................................................................. 74

Gráfico 40 Característica essencial para promoção: Demonstrar potencial ......... 75

Gráfico 41 Característica essencial para promoção: Possuir

qualificação técnica (operacional) ........................................................................ 75

Gráfico 42 Característica essencial para promoção: Possuir

qualificação acadêmica (estratégica) ................................................................... 76

Gráfico 43 Característica essencial para promoção: Ser bem

quisto (amigo de todos) ........................................................................................ 77

Gráfico 44 Característica essencial para promoção: Conhecer o

produto/serviço ..................................................................................................... 77

Gráfico 45 Relação com sucesso da carreira: Reconhecimento

profissional da empresa ....................................................................................... 78

Gráfico 46 Relação com sucesso da carreira: Desenvolvimento

de competências na faculdade ............................................................................. 79

Gráfico 47 Relação com sucesso da carreira: Experiências

vivenciadas na faculdade ..................................................................................... 80

Gráfico 48 Relação com sucesso da carreira: Aprender como

realizar tarefas e operações dentro da faculdade ................................................ 81

11

Gráfico 49 Relação com sucesso da carreira: Ter sido estagiário

e hoje profissional ................................................................................................ 81

Gráfico 50 Relação com sucesso da carreira: Ter empreendido

em um negócio ..................................................................................................... 82

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Competências como Fonte de Valor para o Indivíduo

e para a Organização ........................................................................................... 30

Figura 2 Árvore das Competências ...................................................................... 31

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Instituições de Fortaleza/CE que ofertam o curso de

Administração ....................................................................................................... 20

Quadro 2 Competências para o profissional ........................................................ 33

Quadro 3 Competências necessárias para o gerenciamento da

Própria carreira ..................................................................................................... 38

Quadro 4 Populações Alvo da Pesquisa .............................................................. 42

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEFET ........ Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica

CEMPRE ..... Cadastro Central de Empresas

CFA ............. Conselho Federal de Administração

ENADE ........ Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes

ESAN .......... Escola Superior de Administração de Negócios

FaC ............. Faculdade Cearense

FGV ............. Fundação Getúlio Vargas

IBGE ............ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IFCE ............ Instituto Federal de Educação Tecnológica

IGC .............. Índice Geral de Curso

INEP ............ Instituto Nacional de Educação e Pesquisa

LDB ............. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC ............ Ministério de Educação e Cultura

PDI .............. Plano de Desenvolvimento Institucional

PPC ............. Plano Pedagógico de Curso

TCC ............. Trabalho de Conclusão de Curso

13

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................14

2 ENSINO SUPERIOR .........................................................................18

2.1 Educação e Ensino da Administração ............................................21

3 COMPETÊNCIAS E CARREIRA ......................................................24

3.1 Competências Essenciais ..............................................................26

3.2 Competências Individuais ...............................................................29

3.3 Carreira ..........................................................................................35

4 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA .....................................................41

4.1 Natureza da Pesquisa ....................................................................41

4.2 Tipologia da Pesquisa ....................................................................42

4.3 Universo Amostral e População Alvo .............................................43

4.4 Instrumento de Investigação ..........................................................44

4.5 Pré Teste ........................................................................................44

4.6 Procedimentos Operacionais da Pesquisa .....................................45

4.7 Tabulação dos Dados.....................................................................46

4.8 Objeto da Investigação ...................................................................46

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................48

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................88

ANEXO – Instrumento de Pesquisa .....................................................92

14

1 INTRODUÇÃO

Com as constantes mudanças no universo corporativo e as novas práticas

de gestão, a sociedade tem buscado desenvolver competências que a auxilie no

aprimoramento profissional. Como exemplo dessas mudanças, pode-se citar a

gestão flexível, as organizações virtuais, a gestão por resultado e a busca constante

pela excelência. Tais mudanças impactam sobre maneira no percurso profissional

que os funcionários têm na empresa. Esse caminhar, enquanto consecução de

etapas, permite o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo.

Por outro lado, é importante ressaltar que nem sempre competência é

sinônimo de experiência, fator relevante para todo e qualquer gestor organizacional.

Contudo, atualmente, a base para promoções está mais associada à competência

do que à experiência, embora algumas organizações ainda deem certa vantagem

aos funcionários com mais tempo de serviço (DESSLER, 2003).

Cada profissional realiza de forma distinta o seu processo de

desenvolvimento de carreira. Este envolve a efetiva realização de trabalhos e/ou

projetos dentro de uma empresa. Para Dessler (2003, p. 264), “uma carreira pode

ser definida como a série de posições ocupadas por uma pessoa no decorrer de

vários anos”.

Como parte fundamental no processo de desenvolvimento de carreiras

figuram os empregadores, por exemplo, pois cabe a eles o poder de julgar e avaliar

o trabalho desenvolvido na empresa. Além de instituírem processos formais para o

desenvolvimento, algumas empresas capacitam e ajudam a desenvolver melhor as

habilidades e interesses da carreira do funcionário, gerando a satisfação e o

consequente sucesso na realização das atividades.

O desenvolvimento de carreira é algo indelegável; cabe a cada indivíduo

traçar seus objetivos no mercado profissional e ir à busca de atingi-los. De modo

geral, o início de uma carreira profissional é caracterizado por habilidades técnicas

e, na medida em que o trabalho desenvolvido atende as expectativas, surgem as

promoções, e a vida profissional ganha complexidade. A empresa também pode

possuir atuação no processo de desenvolvimento na carreira profissional,

promovendo capacitação, oferecendo treinamento e desafiando seus funcionários,

por exemplo.

15

Em um mercado de trabalho cada vez mais seletivo e exigente é

importante que o profissional não espere apenas os treinamentos oferecidos pela

empresa. Sobretudo esteja, por conta própria, em busca constante de qualificação.

Essa busca é motivada porque nem todas as empresas possuem programas de

treinamento eficientes para o desenvolvimento de cada profissional.

Contudo, os indivíduos possuem capacidades diferentes de aprendizado,

assim como as escolhas realizadas ao longo da carreira. Enquanto uns possuem um

talento natural para absorver novas informações e traçar novas metas, outros

precisam desenvolver as competências com o auxílio de fontes externas, como por

exemplo, os cursos específicos. Segundo Bergamini e Beraldo (2010, p. 29):

As pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. Os motivos humanos variam de pessoa para pessoa, o que determina uma significativa diferença individual de comportamento, não somente em termos de metas e propósitos, como também na intensidade de comportamento característica de cada um em buscar atingir esses objetivos.

Conforme dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE, 2009)

divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles

representam 16,5% desse mercado e estão em franca expansão. O curso superior

que mais lança profissionais no mercado é o de bacharelado em Administração;

principalmente com a disseminação do ensino particular.

A partir dessa afirmação, a escolha do tema se deu pelo interesse da

pesquisadora em avaliar o grau de competência e evolução de carreira dos

ingressantes e acadêmicos do último semestre da graduação em Administração da

Faculdade Cearense. Além disso, a investigação se fez necessária para entender

melhor o grau de conhecimento apreendido pelos acadêmicos que estão concluindo

o curso e por aqueles que estão iniciando.

O trabalho também é motivado para identificar o perfil do egresso, sua

ocupação inicial e final no transcorrer do curso, bem como reconhecimento que o

curso e faculdade podem proporcionar na ascensão profissional. O trabalho também

se justifica para se estabelecer o grau de conhecimento que o curso proporciona em

relação às ferramentas gerenciais. Ademais, enquanto futura Administradora,

deseja-se saber sobre a carreira escolhida e competências adquiridas e/ou

desenvolvidas ao longo do curso; tema não muito recorrente nos Trabalhos de

Conclusão de Curso (TCC) de graduação.

16

Diante do exposto, este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem

como problema o seguinte questionamento: Como se dá o processo de evolução

de carreira do estudante em Administração da Faculdade Cearense?

Diante da supra pergunta de partida, surge como objetivo geral desta

pesquisa analisar o processo de evolução da carreira do estudante em

Administração da Faculdade Cearense, localizada em Fortaleza, estado do Ceará.

Para sustentar o objetivo geral, surgem dois objetivos específicos, a

citar:

- Detectar o motivo pela escolha do curso de Administração da Faculdade

Cearense (FaC); e

- Analisar a importância da graduação em Administração da FaC para a

ascensão profissional dos estudantes.

Para atender os objetivos mencionados, esta monografia está estruturada

em 5 (cinco) capítulos. No Capítulo 1, denominado Introdução, apresentará a

contextualização do tema, definição do problema, a pergunta de partida, a

justificativa e os objetivos gerais e específicos, assim como a estrutura da

monografia.

No Capítulo 2, intitulado Ensino Superior, enfoca-se o surgimento do

ensino superior no Brasil, bem como a classificação das IES e o crescimento do

ensino particular. Soma-se a esse capítulo o subitem educação e ensino da

Administração, com o objetivo de apresentar a história do curso de Administração e

sua atuação no país.

O Capítulo 3, denominado Competências e Carreira, aborda o tema que

é objeto deste estudo e está subdividido em três itens. Após tratar dos conceitos

iniciais, destacando seus principais autores e teóricos com suas respectivas

denominações, o primeiro item apresentará as competências essenciais, como são

também conhecidas as core competences, nas quais as empresas buscam

diferenciais que proporcionem vantagens organizacionais. O segundo subitem

apresentará as competências individuais, frisando que, em um mercado cada vez

mais competitivo, é necessário o desenvolvimento constante das habilidades, do

conhecimento e das atitudes para obter sucesso profissional. Por fim, no terceiro e

último subitem, aborda-se o estudo sobre a carreira, destacando seu conceito,

etapas para o desenvolvimento do plano de carreiras e fatores influenciadores para

a escolha da carreira.

17

No Capítulo 4, denominado Estratégia Metodológica, apresenta a

natureza da pesquisa enquanto qualitativa, a tipologia da investigação classificada

como descritiva, exploratória, bibliográfica e de campo e de caso, o instrumento do

estudo na modalidade de questionário, os procedimentos operacionais da pesquisa

e a tabulação dos dados por meio da planilha estatística o Microsoft Excel

Explorer®.

No Capitulo 5, encontra-se a Apresentação e Discussão dos

Resultados, onde tem como objetivo apresentar os dados colhidos pela pesquisa de

campo, bem como sua análise, tomando como base o curso de Administração da

FaC, localizada no bairro Damas, em Fortaleza, capital do Ceará. Tendo iniciado

suas atividades em 2002, essa Instituição de Ensino Superior (IES) teve seu

primeiro vestibular para o referido curso no ano de 2005.

Nas Considerações Finais, deseja-se apresentar os resultados

encontrados com as teorias abordadas. Posterior a essa, seguem as Referências

Bibliográficas, objetivando o registro das citações de apoio à elaboração e à

execução da presente investigação, em seguida o anexo.

18

2 ENSINO SUPERIOR

Hodiernamente, países da América Latina, sobretudo o Brasil, têm

investido cada vez mais em oportunidades para formação de cidadãos e aumento do

capital intelectual, bem como profissionais altamente qualificados. Para isso, as

políticas sociais do governo Lula, entre o período 2003 a 2008 e continuadas pela

Presidenta Dilma Rousseff, refletem o compromisso do Governo na busca de

oferecer melhoria no acesso ao mercado de trabalho, com vistas à geração de renda

e melhores condições de vida.

No entanto, as universidades brasileiras, se comparadas às instituições

de outros países, são relativamente jovens, pois são resultantes da demanda do

mercado que necessitava da formação de profissionais com qualificação. De início,

eram localizadas em grandes metrópoles, à época, consideradas economicamente

mais importantes para o Brasil. Dessa forma, no começo do Século XIX, surgiu a

universidade no Brasil, como resultado da formação de elites que buscaram a

educação principalmente em instituições europeias (STALLIVIERI, 2006).

Conforme registros do Ministério da Educação (MEC), as Instituições de

Ensino Superior (IES) são classificadas como públicas, onde envolvem as

instituições federais, estaduais e municipais, e como privadas, que englobam as

instituições comunitárias, confessionais, filantrópicas e particulares.

Para Stallivieri (2006), as IES classificadas como públicas se caracterizam

por serem mantidas pelo governo, seja federal, municipal ou estadual, onde o ensino

é gratuito, muitas vezes, considerado de melhor qualidade no país. Por sua vez, as

IES classificadas como privadas se caracterizam por serem, em sua maioria,

mantidas pela renda resultante de pagamento de mensalidade dos próprios alunos.

Nas últimas décadas, o acesso ao ensino superior praticamente dobrou e

continua a expandir-se. Com a aprovação da Lei nº 9.394/1996, de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB), foi desencadeada uma reestruturação da

educação no Brasil, sendo o impacto dessa lei mais evidente na educação superior,

pois, com a sanção desta lei, a expansão das IES privadas se acentuou, e milhares

de alunos passaram a ter acesso a uma IES. Para uns, o ensino foi democratizado,

possibilitando ascensão funcional, melhoria de renda, melhoria no nível de

escolaridade e pensamento crítico, por exemplo. Para outros, essa explosão de IES

particular propiciou a baixa qualidade nos cursos (FIGUEIREDO, 2012).

Gráfico 1 Número de Ins

Fonte: Portal Inep

O Gráfico 1 apresenta, conforme dados do

e Pesquisa (INEP) divulgados em outubro de 2012, que o Brasil possui 2.365

instituições de ensino superior

(88%) do total são privadas.

são faculdades e 40 institutos federais e

Tecnológica (CEFET), atual

total dos 2.365, 5.746.762 alunos

992.927, na educação a distância, que

5,6% nas matrículas para o ensino superior

Conforme dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulga

pelo MEC, o curso que obtém o maior número de estudant

o de Administração, com o total de 705.690 alunos.

atualmente 23 Instituições de Ensino Superio

públicas e as demais particulares.

Índice Geral de Curso (IGC)

que tiraram nota 4, numa escala de 1 a 5, sendo 1

melhor rendimento; a Universidade Federal do Ceará e a Faculdade Cearense.

Acrescenta-se que esta última

Estudante (2012) na última avaliação.

Gráfico 1 Número de Instituições de Ensino Superior – 2011

Inep (2012)

apresenta, conforme dados do Instituto Nacional de Educação

divulgados em outubro de 2012, que o Brasil possui 2.365

instituições de ensino superior. Destas, 284 (12%) do total são

privadas. Há 190 universidades, 131 centros universitários, 2.004

são faculdades e 40 institutos federais e Centro Federal de Educação Profissional e

, atual Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFCE)

5.746.762 alunos estão matriculados no ensino presencial e

cação a distância, que configura uma média de crescimento de

5,6% nas matrículas para o ensino superior com base no ano 2010

Conforme dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulga

MEC, o curso que obtém o maior número de estudantes matricul

dministração, com o total de 705.690 alunos. Em Fortaleza

atualmente 23 Instituições de Ensino Superior em Administração, entre elas

públicas e as demais particulares. Destacam-se, conforme avaliação

Geral de Curso (IGC), ano 2010, apenas dois cursos da área em Fortaleza

tiraram nota 4, numa escala de 1 a 5, sendo 1, o menor rendimento e 5

melhor rendimento; a Universidade Federal do Ceará e a Faculdade Cearense.

se que esta última foi agraciada com três estrelas pelo Guia do

Estudante (2012) na última avaliação. O Quadro 1 apresenta a lista das IES.

4%5%

3%

88%

19

Instituto Nacional de Educação

divulgados em outubro de 2012, que o Brasil possui 2.365

do total são públicas, e 2.081

190 universidades, 131 centros universitários, 2.004

Centro Federal de Educação Profissional e

Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFCE). No

matriculados no ensino presencial e

configura uma média de crescimento de

2010.

Conforme dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulgados

es matriculados no país é

Em Fortaleza, existem

r em Administração, entre elas, duas

avaliação trianual do

, apenas dois cursos da área em Fortaleza

o menor rendimento e 5, o

melhor rendimento; a Universidade Federal do Ceará e a Faculdade Cearense.

foi agraciada com três estrelas pelo Guia do

dro 1 apresenta a lista das IES.

Federal

Estadual

Municipal

Privada

20

Quadro 1 Instituições de Fortaleza/CE que ofertam o curso de Administração

1 Centro Universitário Christus – UNICHRISTUS

2 Centro Universitário Estácio do Ceará – FIC

3 Faculdade Ateneu – FATE

4 Faculdade Cearense – FAC

5 Faculdade de Ciências Humanas de Fortaleza – FCHFOR

6 Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará – FAECE

7 Faculdade de Fortaleza – FAFOR

8 Faculdade de Tecnologia CDL de Fortaleza

9 Faculdade de Tecnologia do Nordeste – FATENE

10 Faculdade Evolutivo – FACE

11 Faculdade Farias Brito – FFB

12 Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF

13 Faculdade Latino Americana de Educação – FLATED

14 Faculdade Lourenço Filho – FLF

15 Faculdade Mauricio de Nassau de Fortaleza – FMN Fortaleza

16 Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – FAMETRO

17 Faculdade Nordeste – FANOR

18 Faculdade Sete de Setembro – FA7

19 Faculdade Stella Maris – FSM

20 Instituto de Ensino Superior de Fortaleza – IESP

21 Universidade de Fortaleza – UNIFOR

22 Universidade Estadual do Ceará – UECE

23 Universidade Federal do Ceará – UFC

Fonte: Ministério da Educação – Sistema eMEC (2012)

Diante do exposto, faz-se necessário o entendimento histórico-conceitual

e análise da evolução do curso de Administração, que será apresentado no tópico a

seguir.

21

2.1 Educação e Ensino da Administração

Atualmente, para os administradores e estudantes da graduação, existem

inúmeros desafios resultantes de uma crescente competição global e uma contínua

demanda por qualidade por parte dos consumidores. Tais desafios fazem com que

as organizações antecipem-se e ajustem-se às mudanças no modo de agir,

obrigando os administradores a enfrentar um ambiente de negócios cada vez mais

turbulento. Para vencer esses desafios, é necessário haver flexibilidade,

proatividade e focar na qualidade da tarefa a desempenhar.

Segundo Silva (2004), historicamente há três abordagens para o estudo

da administração: a funcional, dos papéis e das habilidades. A abordagem funcional

foca que deve haver empenho nas funções ou atividades para levar adiante o

trabalho; de forma similar, a abordagem dos papéis focaliza um conjunto diferente

de ações administrativas; a abordagem das habilidades indica que o administrador

deve ser capaz de aplicar um conjunto particular de qualificações para obter sucesso

no cargo que desempenha.

Para Maximiano (2004, p. 33) “Administração é uma palavra antiga,

associada a outras que se relacionam com o processo de tomar decisões sobre

recursos e objetivos”. Desta forma, o estudo da Administração surge do interesse

em melhorar o modo que as organizações são gerenciadas. Silva (2005, p. 6) define

Administração como “um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e

eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas

organizacionais”.

Conforme Fagundes (2008), no Brasil, o ensino profissional em

Administração iniciou em 1941, através da fundação da Escola Superior de

Administração de Negócios (ESAN). Mais tarde, em 1954, a Fundação Getúlio

Vargas (FGV) criou, em São Paulo, a escola com nível superior em Administração

de Empresas, tornando-se um marco na história do país. Contudo, foi apenas em 9

de Setembro de 1965, através da promulgação da Lei nº 4.769, que a profissão de

Administrador foi regulamentada.

Para garantir maior qualidade ao ensino, as IES são constantemente

avaliadas através do INEP, com intuito de verificar e avaliar as condições de ensino,

corpo docente, estrutura física, organização didático-pedagógica e discentes. As

informações obtidas auxiliam o MEC na regulamentação dos cursos oferecidos pela

22

instituição, garantindo transparência e qualidade no ensino superior. Para isso, os

discentes fazem uma prova realizada pelo Exame Nacional de Desempenho de

Estudantes (ENADE) que avalia o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno.

Diante das constantes mudanças ocorridas nas organizações e no

mercado, tem-se exigido modernidade e inovações na forma de estruturar projetos

pedagógicos para enriquecimento no que diz respeito aos conhecimentos adquiridos

na vida acadêmica de Ensino Superior em Administração. Muitas empresas definem

que, para promover um funcionário, é preciso que o mesmo busque qualificação e

desenvolva competências necessárias para a realização das tarefas. Segundo

Maximiano (2004, p. 37) “as competências administrativas são importantes para

qualquer pessoa que tome decisões sobre a utilização de recursos para realizar

objetivos, ou que esteja em ambientes onde essas decisões são tomadas”.

Desta forma, faz-se necessário discorrer sobre as competências, sejam

elas essenciais ou individuais, necessárias para o desenvolvimento intelectual e

profissional do estudante em Administração, para atingir o sucesso na carreira. Este

assunto, portanto, será abordado no capítulo a seguir.

23

3 COMPETÊNCIAS E CARREIRA

Nas últimas três décadas, o tema competência vem ganhando impulso e,

a cada dia, entra nas pautas de discussões acadêmicas e empresariais. Ao

considerar que o processo de aprendizado organizacional está vinculado ao

desenvolvimento dos que fazem parte de uma organização, autores como Joel de

Sousa Dutra, Maria Tereza Fleury, Afonso Fleury, Moacir de Miranda Oliveira Jr.,

Lydia Maria Pinto Brito, C. K. Prahalad e Gary Hammel, buscam discutir essa

questão ao associar a capacidade das pessoas em agregar valor para a empresa

como competência, surgindo, assim, vários conceitos.

Segundo Fleury e Fleury (2000), a competência é definida como um saber

agir responsável e reconhecido, implicando a mobilização, integração, transferência

de conhecimentos, recursos e habilidades que agreguem valor econômico à

organização e valor social ao indivíduo. Em trabalho posterior, o tema foi

questionado:

Não obstante, Fleury e Fleury (2001, p. 185) acordam que a gestão por competência ‘é apenas um rótulo mais moderno para administrar uma realidade organizacional ainda fundada nos princípios do taylorismo-fordismo’. Portanto, para estes autores, tudo não passaria de mais um modismo e sempre se relacionando com tarefas e cargos (BORGES, 2007, p. 38).

Para Dutra (2008, apud PARRY, 1996) o conceito de competência se

resume como:

Um cluster de conhecimentos, skills e atitudes relacionadas que afetam a maior parte de um job (um papel ou responsabilidade), que se correlaciona com a performance do job, que possa ser medida contra parâmetros bem aceitos, e que pode ser melhorada através de treinamento e desenvolvimento.

No âmbito educacional, o termo competência ganhou relativa expressão

por meio do processo de avaliação. Portanto, “assim como na esfera da gestão, a

competência tem homologia na esfera educacional, na relação do homem com o

saber” (BORGES, 2007, p. 30). No entanto, para Alcântara (2002) enquanto na

academia o termo competência é tratado como conhecimento, na empresa, por sua

vez, competência é abordada com a noção de qualificação.

Para haver competência, é preciso por em ação um leque de recursos,

tais como conhecimentos, capacidades cognitivas, interativas e relacionais. Esses

recursos são colocados à prova em desafios oriundos da concepção de novos

24

projetos e de problemas complexos. Nessas situações, o indivíduo obtém a

oportunidade de experimentar e aprender diversas possibilidades desenvolvendo

sua própria competência (FLEURY; OLIVEIRA JUNIOR, 2008).

Segundo Dutra (2008, p. 131) “podemos identificar atualmente quatro

grandes fases do uso do conceito de competências. Essas fases foram classificadas

em função da abrangência e do impacto na gestão de pessoas”. A primeira fase,

definida competência como base para seleção e desenvolvimento de pessoas, é

gerada tendo como base a observação na competência diferenciadora que conduz

as pessoas à ascensão profissional. Esse procedimento é aplicado a todos que

compõem a organização, indistintamente. A segunda fase, intitulada competência

diferenciada por nível de complexidade cria escalas de diferenciação por diferentes

níveis de entrega da competência, o que gera desconforto em relação ao uso do

conceito de competência, tais como o vínculo da competência associado a

trajetórias de sucesso e a utilização do conceito para as demais políticas e práticas

de gestão de pessoas da empresa.

Esses desconfortos conduzem ao surgimento da terceira fase definida

competência como conceito integrador da gestão de pessoas e desta com os

objetivos estratégicos da empresa. Essa fase dá o início de uma nova forma de

gestão, não só em relação à integração com os objetivos estratégicos da empresa,

mas como de integração da gestão de pessoas. A questão mais importante dessa

fase é a remuneração. Na quarta e última fase, definida apropriação pelas pessoas

dos conceitos de competência, é possível verificar que as organizações que

conseguiram avanços na gestão de pessoas devem-se ao aprimoramento de seus

sistemas de gestão e por estimular as pessoas a construírem seus próprios projetos

de carreira e desenvolvimento profissional.

As pessoas desenvolvem-se através da mobilização dos seus pontos

fortes. Ao investir nesses pontos fortes, é possível obter melhores resultados de

desenvolvimento. Por outro lado, ao se investir nos pontos fracos, os indivíduos

investem em regiões de desconforto profissional e obtêm resultados com grandes

sacrifícios, normalmente resultados medíocres (DUTRA, 2008).

Alcântara (2002 apud LE BOTERF, 1994) situa a competência como um

conceito conciliador da história de vida do sujeito, pois é construída pela pessoa,

pela sua formação educacional e pela sua experiência profissional. Dessler (2003)

situa que a primeira experiência profissional pode ser fundamental para que um

25

indivíduo, em especial os recém-formados, desenvolva confiança e forme um quadro

realista das suas capacidades.

Ao longo da trajetória profissional, o indivíduo reconhece que, para traçar

uma carreira de sucesso, é necessária uma busca constante de conhecimentos e

não somente esperar que as organizações promovam treinamento para o

desenvolvimento dos funcionários. Calvosa (2009) afirma que a carreira está

diretamente relacionada à competência, às experiências de vida e busca pelo

conhecimento. Este assunto terá uma abordagem mais ampla no item 3.3.

No entanto, ao se tratar de competência, verificam-se diversas

classificações, entre elas, as individuais e essenciais. As competências individuais,

foco da presente monografia, referem-se à capacidade do indivíduo em seus vários

aspectos, sejam comportamentais, técnicos ou humanísticos (SILVA, 2005). Este

foco é motivado pela aproximação da pesquisadora com o objeto de estudo e pelas

unidades de pesquisa do presente trabalho de conclusão de curso. Além de estar

associada ao desenvolvimento da carreira, a motivação pela competência individual

igualmente se deu pela disponibilidade dos dados a serem trabalhados e a falta de

oportunidade para coletar dados organizacionais.

Antes de tratar das competências individuais, faz-se necessário saber

sobre as core competences. As competências essenciais, como também são

conhecidas, ao serem identificadas e validadas atendem às necessidades da

organização, tema que será tratado no próximo item.

3.1 Competência Essencial (Core Competence)

Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, as empresas

estão em busca constante de diferenciais que proporcionem vantagens

organizacionais. Para isso, faz-se necessário o desenvolvimento das chamadas

competências essenciais ou core competences.

Segundo Dutra (2008, p. 134), “as entregas esperadas das pessoas que

asseguram a continuidade e o crescimento da empresa ou do negócio são

chamadas de competências essenciais”. Para Brito (2005, p. 58) “As competências

essenciais (core competences) são as portas para as oportunidades futuras”.

Para Fleury e Oliveira Júnior (2008, p. 158):

26

Caracterizamos a competência essencial como um conjunto central de insights de definição e de solução de problemas que possibilita à empresa criar alternativas de crescimento estratégico potencialmente idiossincráticas e para lidar, ao menos parcialmente, com seu ambiente.

O processo de aprendizagem de uma empresa deve estar baseado em

suas experiências, além do acúmulo de conhecimentos e habilidades específicas

utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos e/ou serviços. Além disso, para

que as competências essenciais mantenham-se eficazes, estas devem estar em

constante evolução por meio de aprendizado organizacional constante (FLEURY;

OLIVEIRA JÚNIOR, 2008).

Para Brito (2005), as competências essenciais são formadas por um

conjunto de competências centrais, portanto, não periféricas. Estas são compostas

de habilidades pessoais, de promoção de uma unidade organizacional bem como

tecnologias de uma empresa, onde representam a soma do aprendizado construído

ao longo de sua trajetória e realização de negócios no mercado. Neste, seus

produtos e/ou serviços são reconhecidos pela concorrência e principalmente pelos

clientes, gerando significativa vantagem em relação a produtos e/ou serviços em

termos de qualidade e custo.

Segundo Fleury e Fleury (2001, p. 189), uma competência essencial não

precisa necessariamente “ser baseada em tecnologia stricto sensu: ela pode estar

associada ao domínio de qualquer estágio do ciclo de negócios, como por exemplo

um profundo conhecimento das condições de operação de mercados específicos”.

Contudo, para ser considerada uma competência essencial, tal conhecimento deve

ser associado a um sistemático processo de aprendizagem, que envolve

descobrimento/inovação e capacitação de recursos humanos.

As competências essenciais não podem permanecer estáticas. Para criar

novas alternativas de crescimento estratégico, as empresas precisam continuar a

investir e melhorar suas competências (FLEURY; OLIVEIRA JÚNIOR, 2008). Essas

competências auxiliam na redução das incertezas de uma empresa e resultam em

dependências de caminhos que têm resultados positivos ou negativos.

Para identificar as competências essenciais da organização, é preciso

entender por que uma empresa alcança resultados superiores e quais são as

capacidades distintas que sustentam tais resultados. Borges (2007, apud

PRAHALAD; HAMMEL, 1990 e 1995) afirma que as core competences apresentam

27

três variáveis: a) vantagem competitiva; b) geram valor distintivo percebido pelos

clientes; e c) são difíceis de serem imitadas pela concorrência.

A primeira variável, relativa a uma competência em sistemas de som, por

exemplo, pode permitir a uma empresa participar dos mercados de computadores,

veículos, eventos e estações de rádio. A segunda está relacionada com a

contribuição significativa dos benefícios percebidos pelos clientes. Ao adquirir o bem

ou serviço, o cliente deve sentir e/ou compreender as nuances que aquele produto

irá agregar na sua vida. Por último, como as competências essenciais são processos

desenvolvidos ao longo do tempo, resultante da soma de recursos, habilidades,

tecnologias e conhecimentos, estes são baseados no método das tentativas ou pelo

processo de acertos e erros, dificultando a aquisição pelos concorrentes (BORGES,

2007 apud PRAHALAD; HAMMEL, 1990). O design de motores leves da Honda e a

capacidade de miniaturização da Sony são exemplos de competência citado pelos

autores.

Como principais características da competência essencial segundo Fleury

e Oliveira Júnior (2008), podem-se destacar quatro fatores. O primeiro deles refere-

se à abrangência corporativa. Esse elemento atesta que as competências essenciais

devem envolver todas as áreas e grupos de pessoas da organização, fornecendo

suporte a diversos produtos e/ou negócios da empresa.

Outro fator relaciona-se à estabilidade no tempo. Esse elemento apregoa

competências mais estáveis, que evoluem mais lentamente que os produtos,

dificultando sua imitação. O terceiro elemento refere-se à aprendizagem ao fazer.

Nesse quesito, as competências são adquiridas por meio do trabalho e esforço

cotidiano. Quanto mais investimento e desenvolvimento em uma competência, maior

a distinção em relação à concorrência. Por último, deve-se visualizar o locus

competitivo uma vez que a competição atual gira em torno de competências e não

mais de produtos ou serviços.

Para obter maior precisão em relação à caracterização das competências

essenciais, é necessária a utilização de uma combinação de diversas formas de

competências. Entre elas, podem-se citar as competências organizacionais ou do

negócio, em que os aspectos que diferenciam a empresa são sua excelência

técnica; os processos críticos para a organização ou negócio, em que a

caracterização desses processos críticos para a organização ajuda na identificação

das competências essenciais e na manutenção desses processos; bem como os

28

grupos profissionais ou carreiras profissionais que identificam os diferentes grupos

profissionais necessários para a organização e o processo de crescimento

profissional de cada grupo (DUTRA, 2008).

Tendo como base as mudanças do mercado, as organizações que

construírem competências fortes ganharão importantes vantagens competitivas e

que resultarão em grande poder de mercado. Essas organizações terão maior

controle sobre seus ambientes, dessa forma, reduzindo as incertezas. Por outro

lado, as organizações consideradas com competências fracas terão que adaptar-se

e fortalecer suas habilidades de aprender e transformá-las em competências

(FLEURY; OLIVEIRA JR, 2008).

Por competência forte, pode-se entender uma conversão de

aprendizagem em recursos e habilidades específicas, que representa um

comprometimento dos ativos que ajudam a moldar a estratégia de uma empresa. As

organizações que investirem em competências fortes ganharão vantagens

competitivas importantes que resultarão em significativo poder de mercado

(FLEURY; OLIVEIRA JR, 2008).

Por competência fraca, julgam-se as organizações mais vulneráveis às

mudanças ambientais e ações estratégicas dos concorrentes, menos competentes

em aprendizagem, vindo a tornar-se mais estáveis ou menos dinâmicas (FLEURY,

OLIVEIRA JR, 2008). Não obstante, o presente trabalho traz as competências

essenciais apenas como explanação da teoria de competência uma vez que o foco

desta pesquisa são as competências individuais apresentadas no item vindouro.

3.2 Competências Individuais

As organizações estão, a cada dia, mais preocupadas em direcionar seus

investimentos para o desenvolvimento humano, de modo que agreguem valor para

as pessoas (funcionários), bem como para a empresa. Uma vez dentro da

organização, as pessoas passam por um processo contínuo de troca de

competências, no qual a empresa transfere seu patrimônio de conhecimentos para

as pessoas, preparando-as para enfrentar novas situações profissionais e pessoais,

quer na organização, quer fora dela. Por outro lado, as pessoas, ao desenvolverem

capacidades individuais, transferem para a organização seu aprendizado,

capacitando a organização para enfrentar novos desafios (DUTRA, 2008).

29

Para Dutra (2008, p. 128 apud LE BORTEF, 2004), a competência não é

um estado ou conhecimento que se tem, e nem é resultado de treinamento.

Competência é colocar em prática o que se sabe diante de determinado contexto,

geralmente marcado pelas relações de trabalho, cultura da empresa, imprevistos,

limitações de tempo e recurso entre outros.

Contudo, é válido ressaltar que o mercado de trabalho exige que o

profissional demonstre o seu diferencial competitivo. Dessa forma, cabe destacar as

competências de cada indivíduo, como por exemplo, criatividade, flexibilidade, foco

em resultados, planejamento, liderança e competências técnicas (ALVILA, 2010).

O desenvolvimento profissional pode ser entendido como o aumento da capacidade da pessoa em agregar valor para a organização. A maior capacidade das pessoas em agregar valor está ligada à capacidade da pessoa em lidar com atribuições e responsabilidades de maior complexidade. (...) As pessoas entregam o que a organização espera ou necessita de diferentes formas, porque são diferentes na forma como articulam seus conhecimentos, habilidades e atitudes com o contexto ambiental (DUTRA, 2008, p. 130 e 131).

A competência não está limitada apenas a conhecimentos teóricos e

empíricos detidos pelo indivíduo. Para Fleury e Fleury (2008, p. 190), “a

competência do indivíduo não é um estado, não se reduz a um conhecimento ou

know-how específico”. Ainda segundo os autores, competência é formada por um

conjunto de aprendizagens sociais e comunicacionais resultante da aprendizagem,

da formação e pelos sistemas de avaliação.

Ao viver em uma sociedade, o indivíduo necessita de competências para

formação de ciclos pessoais bem como profissionais. É necessário não somente o

relacionamento com outras pessoas, mas com a sociedade de forma geral, seus

grupos de classe, as entidades público-privadas, além de propor e viabilizar

condições favoráveis à relação ensino-aprendizagem nos diversos níveis (BORGES,

2007).

Para Fleury e Fleury (2001), a noção de competência está associada a

verbos como: saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos e complexos,

saber aprender, saber engajar-se, assumir responsabilidades, ter visão estratégica.

Para a organização, as competências devem agregar valor econômico, já para o

indivíduo, devem ser associadas à agregação de valor social. Pode-se sugerir que

aspectos econômicos interfiram em aspectos sociais e que, portanto, o aumento das

competências que geram maior valor econômico propicie maior valor social.

30

Figura 1 Competências como Fonte de Valor para o Indivíduo e para a

Organização

Fonte: Fleury e Fleury (2001)

Alcântara (2002, p. 120 apud ZARIFIAN, 2001) situa o trabalho “como o

prolongamento direto da competência pessoal que um indivíduo mobiliza diante de

uma situação profissional”. Desta forma, corresponde-se a teoria apresentada por

Fleury e Fleury (2001) na qual a competência agrega valor econômico não somente

para a empresa, mas como valor social ao indivíduo, visto que amplia o

envolvimento do empregado com o seu trabalho e não apenas com a organização.

Neste sentido, seguindo a lógica da competência, Alcântara (2002)

aponta para alguns dos principais benefícios usufruídos pelo indivíduo como:

tomada de responsabilidade e aumento de confiança por parte da chefia; ganho de

recursos e apoio para o desenvolvimento das competências; reconhecimento

simbólico e/ou financeiro bem como transferência de competências para outras

situações, desta forma promovendo a empregabilidade do trabalhador.

Para Dutra (2008, p. 130), “as pessoas atuam como agentes de

transformação de conhecimentos, habilidades e atitudes em competência entregue

para a organização”. Ao ser caracterizada como agregação de valor o que uma

pessoa entrega à organização, a competência não é apenas atingir uma meta de

faturamento ou produção, mas é percebida como a melhoria de um processo ou a

introdução de uma nova tecnologia (DUTRA, 2008).

A competência individual encontra seus limites, mas não sua negação, no nível dos saberes alcançados pela sociedade, ou pela profissão do indivíduo, numa época determinada. As competências são sempre contextualizadas. Os conhecimentos e o know-how não adquirem status de competência a não ser que sejam comunicados e trocados. A rede de conhecimento em que se insere o indivíduo é fundamental para que a

31

comunicação seja eficiente e gere a competência (FLEURY; FLEURY, 2008, p. 190).

A aplicação daquilo que se aprende ou se conhece num contexto

específico, geralmente marcado por uma cultura institucional ou relações de

trabalho, é o que caracteriza a passagem da competência. Desse modo, para haver

competência, “é necessário colocar em ação um repertório de recursos –

conhecimentos, capacidades cognitivas, capacidades integrativas, capacidades

relacionais etc” (RUAS, 2008, p. 249). Esses recursos são colocados à prova em

desafios vindos da concepção de novos projetos e de problemas complexos que,

além de por em ação os recursos da competência, “se tem a oportunidade de

experimentar e aprender novas possibilidades de lidar com eles, e, portanto, de

desenvolver a própria competência” (RUAS, 2008, p. 249).

No que se refere à composição da competência, Ruas (2008) corrobora

que se faz necessário entender que a caracterização dos recursos de competências

não é tarefa fácil, devido à sua heterogeneidade, complexidade e dimensões

abstratas. Diante desse contexto, continuam a prevalecer os três grandes eixos:

conhecimentos, habilidades e atitudes. A abrangência, adaptabilidade e facilidade de

compreensão destes três elementos permite empregá-los adequadamente sob

qualquer circunstância, mesmo que sob uma forma mais genérica (RUAS, 2008).

Baseado na concepção do Conhecimento, Habilidade e Atitude (CHA)

mencionados por Ruas (2008), pode-se utilizar, para representar o conceito de

competências, a chamada Árvore de Competências, apresentada na Figura 2.

Figura 2 Árvore das Competências

Fonte: Adaptado de Gramigna (2002)

32

Esse modelo tem como objetivo ilustrar como as competências podem ser

estruturadas a partir desses elementos. Desta forma, pode-se compreender que a

“copa” corresponde às habilidades, nas quais se deve agir com talento, capacidade

e técnica para a resolução de problemas e obtenção de resultados positivos. O

“tronco e os galhos” correspondem ao conhecimento, em que o indivíduo deve

armazenar as informações e utilizar quando necessário. Por fim, a “raiz” corresponde

às atitudes, portanto, estão relacionados com o “querer ser e o querer agir” que

implicam o grau de envolvimento e comprometimento com o trabalho (MASIH, 2005).

Portanto, percebe-se que a raiz pode ser entendida como um conjunto de

valores, crenças e princípios formados ao longo da vida. Estes determinarão o grau

de envolvimento e comprometimento do indivíduo em busca de suas metas e

objetivos. A raiz, neste caso, representa o início de tudo, as atitudes que conduzirão

o curso da história e a construção das competências. O tronco e os galhos, por sua

vez, podem ser entendidos como um conjunto de informações armazenadas ao

longo da vida. Quanto maior o número de informações, maior será o conhecimento e

maior será o grau de competência adquirida, permitindo ao indivíduo enfrentar com

maior flexibilidade os desafios cotidianos.

A copa, portanto, permite demonstrar as habilidades adquiridas com as

informações obtidas ao longo da trajetória de vida ou profissional. Para se obter o

reconhecimento, seja pessoal ou profissional, é necessário demonstrar que sabe.

Não há reconhecimento sem que a pessoa demonstre suas habilidades. A copa

precisa oferecer as folhas, as flores e os frutos para ser julgada como produtiva.

Assim são as pessoas, que precisam demonstrar seu potencial e habilidades para

atingir o esperado reconhecimento de suas competências. Nesta fase de copa, o

maior número de experiências e vivências, bem como de conhecimentos e

aprendizagens, permitem um valor agregado maior na vida pessoal e profissional;

potencializando a ascensão profissional.

Para Dutra (2008, p. 102), “a competência da pessoa pode ser

compreendida como sua capacidade de entrega”. Desse modo, pode-se dizer que

uma pessoa torna-se competente quando, por meio de suas capacidades, consegue

atribuir e agregar valor para a empresa, para si próprio ou para o meio onde vive. Ao

se estabelecer diferentes níveis de complexidades dessa entrega, desenvolve-se

uma escala para mensurar e orientar o desenvolvimento. O Quadro 2 propõe

algumas definições para o profissional.

33

Quadro 2 Competências para o profissional

Saber agir Saber o que e por que faz.

Saber julgar, escolher, decidir.

Saber mobilizar

recursos Criar sinergia e mobilizar recursos e competências.

Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir informações,

conhecimentos.

Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever

modelos mentais; saber desenvolver-se.

Saber engajar-se e

comprometer-se

Saber empreender, assumir riscos.

Comprometer-se.

Saber assumir

responsabilidades

Ser responsável, assumindo os riscos e consequências

de suas ações e sendo por isso reconhecido.

Ter visão estratégica Conhecer e entender o negócio da organização, o seu

ambiente, identificando oportunidades e alternativas.

Fonte: Le Boterf (2003).

A noção de competência individual colabora no processo de

desenvolvimento global do homem. Em seu percurso de individuação, a

competência implica o reconhecimento da sua contribuição pessoal na empresa por

meio da utilização de sua inteligência no trabalho que corresponde à vertente

subjetiva. Ao mesmo tempo, a competência individual corrobora com a vertente

social, através do reconhecimento profissional que se dá através da coesão grupal,

do compartilhamento de valores e da cooperação na construção da inteligência

coletiva nas organizações quando o individuo utiliza suas competências para atingir

os resultados da empresa (ALCÂNTARA, 2002).

Contudo, dentro das empresas, os indivíduos possuem necessidades

distintas de entrega em função das áreas ocupacionais, tipos de carreira, negócios

entre outros (DUTRA, 2008). As necessidades também variam por porte de

empresa, enquanto micro, pequenas, médias e grandes. A variação também ocorre

em setores diferentes, uma vez que eles podem ser de serviços, indústrias e

comércio. Para definir quais as entregas necessárias para uma determinada

34

organização e quais os horizontes profissionais oferecidos, faz-se valer o conceito

de carreira, a ser apresentado no item a seguir.

3.3 Carreira

Etimologicamente, o termo carreira origina-se do latim carraria, que

significa estrada para carros, um caminho estruturado. Nesse caso, associa-se a

ideia de plano de carreira a de uma estrada plana e bem conservada, onde, ao ser

trilhada pelo indivíduo, o conduzirá ao sucesso, à riqueza e à satisfação profissional.

A partir do século XIX, com sentido inicial de “estrada”, passou então a ser utilizada

tal qual se conhece hoje: como trajetória da vida profissional, um ofício, uma

profissão que apresenta etapas, uma progressão (CALVOSA, 2009).

Para Dutra (2008, p. 103), “a carreira não deve ser entendida como um

caminho rígido a ser seguido pela pessoa, mas como uma sequência de posições e

de trabalhos realizados pela pessoa”. Ao ser articulada de forma a conciliar o

desenvolvimento das pessoas com o desenvolvimento da empresa, essa sequência

é chamada de carreira. Dessler (2003, p. 264) afirma que “uma carreira pode ser

definida como a série de posições ocupadas por uma pessoa no decorrer de vários

anos”. Portanto, a carreira é constituída de etapas no formato de uma trilha e não no

formato de um trilho, onde as etapas não necessariamente são pré-requisito umas

das outras, mas podem estar superpostas e, necessariamente, objetivar a ascensão

funcional. Tecnicamente, “a carreira é a linha de progressão do funcionário dentro de

sua atividade”. (RIBEIRO, 2005, p. 279)

A abordagem contemporânea de carreira surge em decorrência de mudanças sociais, tais como: a feminização do mercado de trabalho (a execução de trabalhos que antes só homens faziam); a elevação dos graus de instrução e a busca de conhecimento que, na época em que vivemos, não mostra impedimentos por sexo; a cosmopolização do “tecido social” que é o alto comprometimento com a carreira com baixo comprometimento com a organização (oportunidades profissionais não mais limitadas dentro da organização); a afirmação dos direitos dos indivíduos, a globalização da economia e a flexibilização do trabalho, entre outros fatores (CALVOSA, 2009, p. 4 apud EVANS, 1996).

Todas as pessoas possuem uma carreira, independente de sua escolha.

Robbins (2008, p. 459) explica que isso ocorre “porque a carreira é definida como

um padrão de experiências profissionais que se estende por toda a vida de um

indivíduo”. Para o autor, o termo não se aplica apenas ao trabalho remunerado ou

35

profissional, mas a qualquer trabalho, quer seja remunerado ou não, realizado

durante certo período de tempo. Dessa forma, além do emprego formal, a carreira

pode se referir aos estudos, a atividades autônomas, até mesmo a realização de

trabalhos voluntários.

Os principais agentes do sistema de administração de carreiras, conforme

Dutra (208, p. 106), “são as pessoas, a quem cabe gerir sua carreira, e a empresa, a

quem cabe estimular e apoiar as pessoas em seu processo de encarreiramento”.

Para gerenciar sua carreira, o indivíduo precisa se conhecer e ter consciência do

seu projeto profissional, além de reconhecer as oportunidades ofertadas pela

empresa e pelo mercado. No entanto, Dessler (2003, p. 264) afirma que “os

empregadores podem ter impacto significativo na carreira, e, portanto, na satisfação

e no sucesso de seus funcionários”.

Ainda segundo Dessler (2003), cada profissional realiza de forma distinta

o seu processo de desenvolvimento de carreira. Bohlander, Snell e Sherman (2005,

p. 179) afirmam que “cabe a cada indivíduo identificar seus conhecimentos,

habilidades, capacidades, interesses e valores e buscar informações sobre opções

de carreira para estabelecer metas e desenvolver planos de carreira”. Uma vez que

o potencial individual é identificado, é possível planejar a evolução na carreira. Pode-

se inferir que este conceito de carreira aproxima-se do conceito de competência

adotado por esta investigação.

Ao se tratar de planos de carreira, as pessoas têm, em mente, planos que

sejam absolutamente claros sobre as possibilidades de desenvolvimento profissional

e/ou que apontem com precisão o horizonte profissional (DUTRA, 2008). Por plano

de carreira, entende-se como o caminho por onde um funcionário pode crescer

dentro de uma empresa, passando por diversas áreas, cargos e funções. Conforme

Pontes (1998, p. 286), “Cabe à organização a responsabilidade pela definição de um

plano de carreiras, que, através de trajetórias diversas, possibilite o crescimento e

ascensão do empregado”. No entanto, vale ressaltar que a carreira é decisão do

funcionário, cabe somente a ele a escolha de sua trajetória profissional.

Porém, a estrutura para o desenvolvimento da carreira pode ser iniciada

com a criação de um plano de desenvolvimento individual. Por exemplo, começar

com um cargo simples como auxiliar ou assistente e ir à busca de melhorar suas

competências, habilidades e capacidades, para conquistar cargos de gerente, até

36

mesmo diretor da área. Nas organizações de hoje, a carreira de um indivíduo evolui

seguindo trajetórias distintas, tais como transferências e promoções.

Normalmente, a promoção para um novo cargo propicia a elevação do

status, da remuneração, bem como o aumento de competências exigidas,

implicando mais responsabilidade (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2005).

Geralmente, as empresas consideram o mérito, tempo de serviço e potencial para

determinar as promoções. Já a transferência consiste em mudança de um cargo

para outro, geralmente sem interferência no salário ou na faixa salarial (DESSLER,

2003), portanto, uma ascensão horizontal. Desta forma, compreende-se que os

funcionários podem almejar transferências não somente em busca de um avanço na

carreira, mas como também por motivos não ligados a ela, tais como melhor horário

ou local de trabalho.

No caso específico do estudo, na Instituição de Ensino Superior (IES), há

outras justificativas para ascensão funcional. Além do tempo de serviço, mérito e

potencial, um docente ascende em funções quando possui publicação científica,

aumenta sua titulação, participa de apresentações de TCCs e/ou os orienta (PDI,

2009).

Entretanto, para muitas pessoas, fatores como o cargo e salário são

considerados fundamentais na escolha de uma carreira profissional. Para Ribeiro

(2005, p. 278), entende-se por cargo “o conjunto de funções substancialmente

idênticas, quanto à natureza do trabalho e quanto ao nível de dificuldade e

responsabilidade”. O salário, por sua vez, é o dinheiro recebido por uma tarefa

realizada durante certo período de tempo (RIBEIRO, 2005).

Conforme Paschoal (1998, p. 5), “para uma grande parte dos

trabalhadores, o salário significa a própria subsistência (...)”. No entanto, o salário se

origina da representatividade do cargo, do seu valor para a organização, dentro de

um sistema tradicional de remuneração, tudo está voltado para o cargo. Ainda

segundo Paschoal (1998, p. 11), “o valor do cargo é determinado basicamente pelos

seus requisitos, os quais por sua vez são determinados pelas suas

responsabilidades, complexidades, etc”.

Contudo, salário não é fator exclusivo de motivação para a escolha da

carreira, visto que tudo o que é concedido ao funcionário como forma de benefício

acaba tendo valor salarial, tais como remuneração variável, políticas de incentivo,

vale transporte e alimentação, plano de saúde, entre outros. Na prática, esses

37

benefícios são incorporados ao cotidiano do funcionário e perdem o efeito motivador

que possuíam anteriormente (RIBEIRO, 2005). Dentro desse contexto, os requisitos

para a ocupação de um cargo e planejamento de uma carreira de sucesso envolvem

a escolaridade, experiência, conhecimentos especializados entre outros.

Bohlander, Snell e Sherman (2005, p. 191), afirmam que:

Para ajudar os indivíduos a planejar suas carreiras, é importante as empresas reconhecerem que os funcionários mais jovens estão hoje em busca de treinamento significativo, que sejam interessantes e envolvam desafios, responsabilidades e uma noção de delegação de poder. Eles também preocupam-se mais com a contribuição que seu trabalho na empresa oferecerá à sociedade.

À medida que a pessoa amadurece, mudam seus conhecimentos,

habilidades, capacidades e aptidões, assim como aspirações de carreira. Embora a

realização do trabalho, em diferentes ocupações, varie significativamente, os

desafios e frustrações enfrentados no mesmo estágio de suas carreiras são bastante

semelhantes. Bohlander, Snell e Sherman (2005) apresentam esses estágios da

seguinte forma:

• Estágio 1 – Preparação para o Trabalho: Envolve as idades de 0 a

25 anos, em que o indivíduo desenvolve a autoimagem

ocupacional, a escolha da ocupação inicial e busca a educação

necessária. Trata-se de um período onde se devem adquirir

conhecimentos, capacidades e habilidades específicas para

concorrer no mercado.

• Estágio 2 – Ingresso na Empresa: Envolve as idades de 18 a 25

anos, em que, nesse período, se busca a oferta de empregos para

selecionar o mais adequado.

• Estágio 3 – Início de Carreira: Inclui os indivíduos de 25 a 40 anos,

em que, através de seu trabalho, aprendem as regras e normas da

empresa, desenvolvem competências e perseguem metas.

• Estágio 4 – Meio de Carreira: Os indivíduos com idade de 40 a 55

anos reavaliam a carreira e as metas, reafirmando-as ou

modificando-as, continuando produtivos.

• Estágio 5 – Final de Carreira: A partir dos 55 anos, os indivíduos

continuam produtivos no trabalho, mantêm a autoestima e se

preparam para a aposentadoria.

38

Segundo Pontes (1998, p. 304), “em cada estágio (grau) da carreira são

definidos padrões de qualificação profissional que servirão de base para a avaliação

de potencial”. Ainda conforme o supra autor, esse padrão de qualificação

profissional segue exigências compatíveis ao processo de maturidade profissional.

Desta forma, percebe-se que quanto maior a qualificação profissional, maior

contribuição o indivíduo poderá oferecer para a organização.

No Brasil, as pessoas são naturalmente resistentes ao planejamento da

vida profissional, isso ocorre por não haver nenhum estímulo para isso ao longo da

vida. Além disso, evidencia uma realidade na qual o indivíduo tende a direcionar sua

carreira mais por apelos externos, tais como oportunidade de ocupação,

remuneração, status, prestígio, do que as preferências pessoais (CALVOSA, 2009

apud DA MATTA, 1980).

Nesse sentido, o processo de escolha profissional e a inserção no

mercado de trabalho estão cada vez mais intrincados e geram dilemas, o que

significa que as possibilidades de escolha profissional não estão relacionadas

apenas às características individuais, mas principalmente ao contexto histórico e ao

ambiente sociocultural em que o jovem está inserido. Em decorrência, observa-se a

crescente procura por carreiras do serviço público nas quais, uma vez o candidato

admitido por concurso, surge a estabilidade nesse serviço garantida por lei

(TARTUCE; NUNES; ALMEIDA, 2009).

Todavia, para a construção e o gerenciamento da própria carreira, é

necessário que o indivíduo desenvolva competências que deem subsídios para o

alcance das metas, como é apresentado no quadro a seguir:

Quadro 3 Competências necessárias para o gerenciamento da própria carreira

Conhecimento Requisitos

Do por que... Valores, atitudes, necessidades internas, identidade e estilo de vida.

Do como... Competências, habilidades, capacidades, experiência e conhecimento.

De quem... Rede de contatos, relacionamentos e como encontrar a pessoa certa.

Do que... Oportunidades, ameaças e requisitos.

De quando... Sensibilidade em relação ao tempo das escolhas e atividades.

Fonte: Arthur, Claman e De Pillippi (1995) e Jones e De Fillippi (1996) adaptado.

39

Essas qualidades são mais bem desenvolvidas quando o indivíduo possui

o controle de sua própria carreira, tem diversas oportunidades de escolhas e não

quando se está confinado a um único emprego (CALVOSA, 2009).

Pontes (1998) aponta, como principais vantagens do planejamento de

carreiras, a contribuição que os funcionários agregam à empresa, mediante

crescimento profissional, alcançando níveis mais elevados de qualidade e

produtividade no trabalho que desempenha, bem como a motivação pela busca de

maior competência técnica e o encorajamento na exploração de suas capacidades

potenciais.

Alvila (2010) afirma que o investimento em educação é uma ferramenta

que contribui para o sucesso da carreira profissional, visto que o novo milênio impõe

aos profissionais um mundo economicamente mudado e um regime capitalista

excludente para os que não o compreendem nem estão preparados para exercer as

atividades profissionais do novo tempo. Contudo, ao planejar e manter uma carreira,

é necessário que o indivíduo busque constantemente a qualificação, além de

adquirir conhecimentos e habilidades específicas para o desenvolvimento do

trabalho, bem como querer realizar o trabalho.

Após a explanação teórica acerca do assunto, urge a necessidade de

apresentar os caminhos da presente investigação; elementos que serão expostos no

capítulo a seguir.

40

4 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Este capítulo aborda a metodologia utilizada para a realização e

delineamento da pesquisa, bem como apresenta como foi realizada a coleta e

análise dos dados.

Ruiz (2008, p. 48) aborda que a pesquisa científica “é a realização

concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as

normas da metodologia consagradas pela ciência”. Portanto, o método de

abordagem de um problema em estudo é que caracteriza o aspecto científico de

uma pesquisa.

Neste sentido, Lakatos e Marconi (2003, p. 83) corroboram que “método é

o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e

economia, permite alcançar o objetivo”. Desta forma, faz-se necessário traçar o

caminho a ser seguido e desenvolver ações voltadas à resolução da

problematização da pesquisa com veracidade para atender aos objetivos e

resultados desejados.

Para obter os resultados esperados, desenvolveu-se um projeto com o

objetivo de atender a pergunta de partida e os objetivos da presente investigação, o

qual se realizou durante o semestre 2012.2 com os discentes, destacando os

ingressantes do primeiro ano e concluintes do último ano do curso de Administração

da Faculdade Cearense.

4.1 Natureza da Pesquisa

O presente trabalho adotou como natureza da pesquisa o modelo quali-

quantitativo. Honorato (2004, p. 97) esclarece que “a pesquisa qualitativa

proporciona melhor visão e compreensão do contexto do problema”. Portanto, não

se busca somente quantificar o objetivo; deseja-se entender e compreender o que

os dados apresentam. A pesquisa qualitativa aprofunda a informação para além da

estatística; dados frios, motivo pelo qual foi escolhida.

Para melhor compreensão, faz-se necessária a obtenção desses dados.

Malhotra (2001, p. 155), por sua vez, considera que “a pesquisa quantitativa procura

quantificar os dados e aplicar alguma forma de análise estatística”.

41

4.2 Tipologia da Pesquisa

Ao se utilizar a classificação de pesquisa de Vergara (2009), esta pode

ser classificada em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos

fins, esta pesquisa teve caráter exploratório descritivo, fato que se enquadra entre as

pesquisas que expõem características de uma determinada população ou fenômeno.

Gil (2002, p. 42) afirma que as “pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a

descrição das características de determinada população ou fenômenos ou, então, o

estabelecimento de relações entre variáveis”.

Quanto aos meios, a pesquisa utilizada foi bibliográfica e de campo.

Lakatos e Marconi (2003) esclarecem que a primeira abrange toda a bibliografia já

publicada; portanto, secundária, tais como, revistas, livros, pesquisas, monografias,

dissertação, teses entre outras, as quais abordam o assunto pesquisado, que

permitem ao pesquisador um contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou

filmado.

Lakatos e Marconi (2003, p. 186) definem pesquisa de campo como

“aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos

acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta”. Contudo, a pesquisa

de campo não deve ser confundida com a simples coleta de dados, pois se refere a

algo mais que isso; ela exige contar com controles adequados e com objetivos

preestabelecidos que descriminam suficientemente o que deve ser coletado

(LAKATOS; MARCONI, 2003 apud TRUJILLO, 1982).

Ruiz (2008, p. 50) destaca que a “pesquisa de campo consiste na

observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no

registro de variáveis presumivelmente relevantes para ulteriores análises”. A

pesquisa de campo, portanto, foi realizada por meio de estudo de caso, aplicada

com os acadêmicos do curso de Administração da FaC, alunos ingressantes do 1º e

2º semestres e com os concluintes do 7º e 8º semestres, visto atender o objetivo da

pesquisa.

Por estudo de caso, entende-se como “uma metodologia de estudo que

se volta à coleta de informações sobre um caso ou vários casos particularizados”

(LIMA, 2012 p. 82 apud BARROS; LEHFELD, 1990, p. 84). Nesse sentido, foram

utilizados os alunos do primeiro e do último ano do curso de Administração da FaC.

42

4.3 Universo Amostral e População Alvo

“A amostra é uma parcela conveniente selecionada do universo

(população); é um subconjunto do universo” (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 163).

Neste sentido, o “universo amostral da pesquisa é a unidade básica que contém os

elementos da população a ser submetida à amostragem” (MALHOTRA, 2001, p.

302).

O universo deste estudo é constituído por aproximadamente 700 alunos

do Curso de Administração da FaC, conforme informações obtidas no mês de

Novembro de 2012 na coordenação do curso. Para tanto, a população alvo desta

pesquisa são os alunos do 1º, 2º, 7º e 8º semestres regularmente matriculados no

segundo semestre do ano de 2012, num total de 220 alunos.

Com o intuito de atender aos objetivos definidos para o trabalho, foi

realizada a pesquisa com 108 alunos do referido curso, portanto com índice de

retorno de 49% da população. Destaca-se que o curso, objeto de estudo, possui

quase 700, não obstante objetivava-se analisar o processo de evolução da carreira

do estudante em Administração da Faculdade Cearense. Esse fato limita a amostra,

enquanto “um subgrupo dos elementos da população selecionado para participação

no estudo” (MALHOTRA, 2001, p. 301), uma vez que os alunos pesquisados são

apenas os do primeiro e do último ano da graduação.

Para melhor ilustração das populações-alvo atingidas, faz-se necessário

apresentar o índice de retorno dos instrumentos de pesquisa respondidos pelos

alunos. Esse índice de retorno é considerado satisfatório no ambiente acadêmico

consoante às pesquisas e com este quantitativo foi possível propor os resultados

esperados.

Quadro 4 Populações Alvo da Pesquisa

Semestre Quantidade de

Alunos da Turma* Quantidade de Respondentes

Percentual de Retorno

1º 61 36 59% 2º 61 24 39% 7º 50 25 50% 8º 48 23 48%

TOTAL 220 108 49% *Considerado a disciplina com o maior número de alunos matriculados Fonte: Pesquisa da autora

43

4.4 Instrumento de Investigação

Como instrumento de pesquisa, foi utilizado um questionário junto aos

acadêmicos do primeiro e último ano da graduação do curso de bacharelado em

Administração da Faculdade Cearense. Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 201),

“questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série

ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença

do entrevistador”.

Nesta pesquisa, foi utilizado como instrumento de investigação perguntas

de múltipla escolha, dicotômicas e a escala Likert1 de 2 e 3 itens, instrumento

previamente usado, testado e validado por Borges (2007).

Para Lima (2012 apud NEVES et al, 2005)

A escala Likert foi utilizada para coleta das informações primarias. Esse tipo de escala somatória é mais comum que as demais, pois além de manifestar a concordância ou não com determinada assertiva, indica o grau da resposta.

O questionário está estruturado em duas etapas. A primeira, denominada

Caracterização do Respondente, visa a identificar o perfil do aluno através de oito

variáveis (gênero, estado civil, faixa etária, renda familiar e condições de trabalho). A

etapa seguinte, denominada como Caracterização do Objetivo da Investigação, está

estruturada em vinte e uma variáveis relacionadas ao curso de Administração da

FaC. Como, por exemplo, as competências desenvolvidas durante a graduação e ao

processo de evolução de carreira, estas foram mescladas e submetidas à avaliação

do pesquisado numa escala de concordância ou discordância de 2 (dois) e 3 (três)

pontos, além de múltipla escolha e fechadas.

4.5 Pré Teste

Ainda que validado por estudo anterior, foi realizado um pré-teste com 36

(trinta e seis) alunos do terceiro e sexto semestres do curso de Administração da

FaC. A aplicação foi nos dias 1º e 05 de novembro de 2012, no horário noturno, com 1 O indivíduo constrói níveis de aceitação e aprovação conforme suas experiências e influências sociais. Rensis Likert, em 1932, elaborou uma escala para medir esses níveis. As escalas de Likert, ou escalas Somadas, requerem que os entrevistados (avaliadores) indiquem seu grau de concordância (aprovação) ou discordância (reprovação) com as declarações (informações) que estão sendo medidas (avaliadas). Borges (2007, p. 51)

44

a autorização da coordenação do curso e permissão dos docentes em sala de aula.

Neste momento, a pesquisadora realizou uma intervenção na sala de aula para

explicar o instrumento de pesquisa, distribuiu o questionário e, após quinze minutos

em média, recebeu-os de volta.

Percebeu-se que, para algumas questões, os pesquisados respondiam

mais de uma alternativa como resposta. Portanto, uma estratégia emergiu no

processo de orientação para que o respondente pudesse assinalar mais de uma

alternativa, bem como foram acrescentadas novas alternativas para cada quesito.

Para Gil (2002, p. 116), “a elaboração de um questionário consiste basicamente em

traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem redigidos”.

Não obstante, as perguntas foram formuladas de maneira clara, objetiva,

precisa, em linguagem acessível e usual do informante, para serem entendidas com

facilidade (LAKATOS; MARCONI, 2003). Tal procedimento está de acordo com a

afirmação de Borges (2007, p. 51 apud RICHARDSON, 1999) de que “o pré-teste

deverá ser realizado com um número reduzido de elementos que possuem as

mesmas características dos respondentes, sem que façam parte deles”.

4.6 Procedimentos operacionais da pesquisa

A coleta de dados foi realizada na Unidade II da FaC, na segunda e

terceira semana do mês de novembro de 2012. Entre os dias 07 e 13 de novembro

de 2012, foram aplicados 36 (trinta e seis) questionários na turma do 1º semestre; 24

(vinte e quatro) no 2º semestre; no 7º semestre, foram aplicados 25 (vinte e cinco)

questionários, e por fim, no 8º semestre, foram aplicados 23 (vinte e três)

questionários aplicados, totalizando 108 (cento e oito) alunos respondentes.

O critério utilizado para a escolha da faculdade foi a acessibilidade de

forma não aleatória, pois, enquanto aluna da instituição, a acessibilidade da

pesquisadora permitiu o contato direto com os estudantes do curso, desta forma,

todas as dúvidas que surgissem foram retiradas in loco. Lakatos e Marconi (2003)

afirmam que a forma não aleatória explica-se por não fazer uso de seleção

O contato com os alunos ocorreu exclusivamente em sala de aula. Antes

da aplicação dos questionários, foram feitas observações acerca dos mesmos,

solicitando aos estudantes que lhes respondessem, e caso o aluno já tivesse

45

respondido em outra turma, foi orientado a não responder novamente, visto que o

aluno pode cursar disciplinas em semestres diferentes. Todas as observações foram

feitas visando aos resultados confiáveis para alcançar o número máximo de alunos

por turma, com o apoio dos docentes e ciência da coordenação do curso.

4.7 Tabulação dos Dados

Os alunos pesquisados assinalavam um único item nas assertivas de

múltipla escolha e dicotômicas, além das opções disponibilizadas em escala tipo

Likert de dois e três níveis, na qual foi realizada uma análise e interpretação dos

dados colhidos. Nas questões de escala de dois níveis, os estudantes especificavam

se conheciam ou não conheciam as teorias abordadas, e nas questões de três

níveis assinalavam se concordam plenamente, concordam parcialmente ou não

concordam, acerca das assertivas sobre competências e desenvolvimento de

carreira.

O concordo plenamente significa que os estudantes concordavam

completamente em relação à assertiva correspondente; enquanto o concordo

parcialmente significa que os alunos concordavam em partes da afirmativa; por fim,

os que escolhiam a opção não concordo significava que eles não concordavam com

a assertiva sobre o tema em questão.

Posterior à pesquisa de campo, os dados coletados foram submetidos a

um tratamento estatístico, com a utilização do software Microsoft Excel Explorer®.

As afirmativas foram ordenadas com objetivo de obter os resultados estatísticos

referentes ao grau de concordância-discordância. Após a tabulação dos dados,

foram elaborados tabelas e gráficos que, por sua vez, geraram os resultados para o

universo da pesquisa.

4.8 Objeto da Investigação

Para esta presente investigação, o estudo de caso baseia-se na

Faculdade Cearense (FaC) notadamente no Curso de Bacharelado em

Administração. Esta Instituição de Ensino Superior (IES) localiza-se no bairro

Damas, na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, região nordeste do País. A FaC

46

desenvolve suas atividades há 10 anos, por meio de cursos de Graduação,

Extensão e Pós-Graduação.

Com a missão de contribuir para o desenvolvimento do Brasil,

especialmente do Ceará, por meio da alta qualidade do ensino ministrado, com

base, principalmente, na qualificação de seu corpo docente, nas condições de

trabalho e na infraestrutura física, material e econômica oferecidas à comunidade

acadêmica, a IES vem conquistando, cada vez mais, a confiança e credibilidade no

âmbito educacional (PPC, 2009).

Fundada no ano de 2002, a FaC iniciou suas atividades em 2004, com o

primeiro vestibular para o curso de Direito e Pedagogia. No ano seguinte, foram

ofertados outros cursos, tais como o de Administração, Ciências Contábeis,

Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, Comunicação Social com

habilitação em Publicidade e Propaganda, Turismo e Licenciatura Plena em

Pedagogia. Em 2008, foram ofertadas vagas para o curso de Bacharelado em

Serviço Social.

O curso de Administração da FaC teve início no primeiro semestre de

2005, tendo formado a primeira turma no primeiro semestre de 2009, com o total de

16 (dezesseis) profissionais. No semestre seguinte, formou mais cinco profissionais

e outros cinco em 2010.1. Atualmente, o curso é o mais procurado da Instituição, e o

aluno formado pelo curso deve possuir um total 3.340 horas de sala de aula

curricular, a serem cumpridas em, no mínimo, oito semestres, e outras 100 horas de

atividades complementares durante o período acadêmico.

Atualmente, o curso conta com 33 (trinta e três) professores, sendo 70%

deles com titulação Strictu Sensu, dos quais 60% possuem regime de trabalho

caracterizado como parcial ou integral, com o objetivo de destinar maior tempo à

instituição, aos alunos e às atividades acadêmicas, como orientação aos Trabalhos

de Conclusão de Curso (TCC), monitoria, pesquisa e extensão.

O curso ainda dispõe de um laboratório de práticas gerenciais, integra o

Núcleo de Empregabilidade, e corresponde a pouco mais de 30% dos estágios

promovidos pela IES em média por semestre. Entre as competências que o curso de

Bacharelado em Administração se propõe a desenvolver nos alunos, divulgadas no

Plano Pedagógico do Curso (PPC), destacam-se o estímulo à cooperação, ao

espírito de equipe e à liderança, desenvolvimento do empreendedorismo,

pensamento estratégico e visão holística, comunicação e controle emocional, bem

47

como atuar de forma crítica, criativa, ética, socialmente responsável e capaz de

adaptar-se às novas situações.

Com base no exposto, neste momento, faz-se necessária a apresentação

e discussão dos resultados encontrados sobre a evolução de carreira do estudante

em Administração da Faculdade Cearense.

48

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo, serão apresentadas a análise e discussão dos resultados

extraídos da pesquisa de campo realizada com os acadêmicos do primeiro e último

ano do curso de Administração da FaC. O instrumento de pesquisa está composto

por duas seções dos questionários tabulados: caracterização do respondente e

caracterização do objetivo de investigação.

Na seção caracterização do respondente, apresenta-se o perfil dos

respondentes. Esta seção está dividida em gênero, estado civil, faixa etária, renda

familiar e situação profissional dos acadêmicos. Já na seção caracterização do

objetivo de investigação, busca-se apresentar as competências desenvolvidas

durante a graduação e sua contribuição para a ascensão da carreira.

O Gráfico 2, primeiro item da caracterização do respondente, apresenta o

gênero (sexo) dos alunos. Percebe-se que a maioria é do sexo feminino, exceto para

a turma do 8º semestre. A pesquisa representa o crescimento da busca pelo ensino

superior e uma melhor capacitação por parte das mulheres, que buscam melhores

cargos e remuneração. Pode-se sugerir também que as mulheres, motivadas pela

gravidez, pela inserção no ambiente de trabalho e por questões ainda domésticas,

dentro do atual modelo de sociedade, não são maioria no 8º semestre; fato esse que

pode variar para outro curso e que representa o recorte atual do objeto de estudo.

Gráfico 2 Gênero

Fonte: Pesquisa da autora

42%

25%

32%

57%58%

75%68%

43%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

Masculino

Feminino

49

No Gráfico 3, apresenta-se o estado civil dos acadêmicos. Percebe-se

que, nos 1º e 2º semestres, há uma predominância de estudantes solteiros. No 7º

semestre, existe uma queda nesse percentual, representando 56% de estudantes

solteiros e um crescente número de estudantes casados e separados/divorciados.

No 8º semestre, o percentual de alunos solteiros e casados é o mesmo, 48%, o que

representa o amadurecimento e o compromisso em assumir responsabilidades por

parte dos estudantes. Pode-se inferir que o acadêmico, no início da sua vida escolar,

encontra-se em uma faixa etária inferior aos trinta anos e motivado pela busca

profissional, tende a casar-se mais tarde. Contudo, não se pode afirmar que o

casamento deu-se no transcorrer do curso. Esse pensamento é corroborado pelo

Gráfico 4.

Gráfico 3 Estado Civil

Fonte: Pesquisa da autora

Através do Gráfico 4, percebe-se que o 1º semestre tem um grande

número de alunos com até os 30 anos completos, dos quais 39% possuem até 20

anos. Isso demonstra que os jovens estão buscando a qualificação ainda mesmo

quando não há carreira definida ou antes de entrar para o mercado de trabalho.

Desta forma, percebe-se que a qualificação obtida no ensino superior pode ser

considerada um fator de elevada importância na formação das competências dos

estudantes. No último ano de graduação, um percentual bem elevado de jovens está

concluindo o referido curso, ainda que haja mais da metade do 8º semestre acima

de 30 anos.

80%

92%

56%48%

17%

4%

32%

48%

3% 4%12%

4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1º 2º 7º 8º

Solteiro

Casado

Separado/Divorciado

50

Gráfico 4 Faixa etária

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 5, abaixo, apresenta a renda familiar dos respondentes.

Verifica-se que há um elevado número na renda até quatro salários mínimos dos

estudantes do 7º semestre, representando 72%. Isso ocorre porque, como já

mencionado no gráfico 3, há um crescente número de estudantes casados, que

estão em período de definição de carreira e somam a renda com uma única pessoa

(cônjuge). Contudo, verifica-se uma melhoria na remuneração dos discentes do 8º

semestre, cuja carreira já está em fase final de definição, na qual 44% já recebem

entre 6 e acima de 8 salários mínimos.

Gráfico 5 Renda familiar

Fonte: Pesquisa da autora

39%

4%0% 0%

50%

92%88%

48%

8% 4% 8%

43%

3% 0% 4%9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1º 2º 7º 8º

Até 20 anos completos

Entre 21 e 30 anos completos

Entre 31 e 40 anos completos

Acima de 41 anos

56%

29%

72%

35%

22%

29%

20%

13%13%

38%

8%

22%

3% 0% 0%

22%

6% 4%0%

8%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

Até 4 salários mínimos (até R$ 2.488,00)

Entre 4 e 6 salários mínimos (entre R$ 2.488,00 e 3.732,00)

Entre 6 e 8 salários mínimos (entre R$ 3.732,00 e R$ 4.976,00)

Acima de 8 salários mínimos (acima de R$ 4.976,00)

Não responderam

51

Ao longo dos semestres, existe um aumento no percentual de alunos

empregados, como mostra o Gráfico 6. No 1º semestre, início da graduação, 28%

dos alunos não estão trabalhando, enquanto no 8º semestre, final do curso, apenas

9% não trabalham. Isso representa a importância do ensino superior na vida

profissional do estudante, bem como uma melhor qualificação gerando

empregabilidade, e porque não dizer, do curso de Administração da FaC na vida

profissional e empregabilidade dos acadêmicos. Os dados do Gráfico 6 são

corroborados com as informações da coordenação do curso, uma vez que, no último

ingresso de estudantes, 5 alunos, dos 60 matriculados, não estavam trabalhando.

Gráfico 6 Trabalha atualmente

Fonte: Pesquisa da autora

Com o Gráfico 7, é possível perceber o crescente aumento no percentual

de estudantes que trabalham na área administrativa. Isso confirma a importância da

graduação no direcionamento da carreira para a área que se almeja. Ao longo dos

semestres, os alunos que ainda não estão na área administrativa, vão ganhando

espaço no mercado para trabalharem em suas áreas. Reconhece-se que a área

administrativa propicia um maior número de estágios e emprego no mercado. Não

obstante, não basta ter a vaga para apenas ocupá-la; faz-se necessária a

qualificação. O percentual elevado dos que não responderam no 1º semestre pode

ser atribuído ao reconhecimento da área, ao início recente no ambiente de trabalho

e/ou propriamente aos que não trabalham conforme Gráfico 6.

72%

92%88% 91%

28%

8% 12% 9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1º 2º 7º 8º

Sim

Não

52

Gráfico 7 Trabalha na área administrativa

Fonte: Pesquisa da autora

Os estudantes do primeiro ano de graduação, em sua maioria, possuem

até 3 anos de serviço na empresa em que trabalham. Esse percentual é maior para

os alunos do 2º semestre, em que 63% possuem entre 1 e 3 anos, como mostra o

Gráfico 8. Para os alunos do último ano da graduação, apesar de, no 7º semestre,

68% dos acadêmicos possuir até 1 ano de empresa, o percentual de alunos que

possuem de 3 a 5 anos de tempo de serviço na organização em que atua é

considerado satisfatório, sobretudo para os estudantes do 8º semestre, no qual 35%

possuem acima de 5 anos e, se somados aos alunos que estão na empresa acima

de 3 anos, esse percentual ultrapassa a metade dos pesquisados para aquele

semestre. Desta forma, sendo possível verificar a estabilidade mantida ao longo da

graduação.

O resultado do 7º semestre foi uma surpresa, uma vez que se esperava

que o percentual para o primeiro ano de trabalho não fosse tão elevado. Contudo,

pode-se pensar que o aluno com o maior cabedal de conhecimentos defina-se por

determinada área, necessariamente mudando de emprego. Soma-se a isso a

possibilidade de o mesmo ter alterado o ambiente de trabalho no último ano por

melhores propostas de negócio. Pode-se inclusive pensar que o acadêmico do 7º

semestre está há 1 ano no trabalho por ter empreendido no próprio negócio.

42%

50%

76% 74%

30%

42%

12% 13%

28%

8%12% 13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

Sim

Não

Não responderam

53

Gráfico 8 Tempo de empresa

Fonte: Pesquisa da autora

O último item da caracterização do respondente apresenta o cargo

ocupado pelos estudantes nas empresas em que trabalham, representado pelo

Gráfico 9. No 1º e 2º semestres, existe grande número no percentual de estudantes

estagiários e auxiliares ou assistentes. Essas funções ou cargos são importantes na

trajetória de vida profissional dos acadêmicos, pois elas são a base do aprendizado

organizacional que proporcionarão a ascensão profissional. Como percebido no

gráfico, já existe um aumento no percentual dos estudantes dos 7º e 8º semestres,

que são analistas, supervisores, gerentes ou diretores de empresas, ascensão

resultantes da capacitação oferecida através do ensino superior.

Gráfico 9 Cargo ocupado

Fonte: Pesquisa da autora

31%

17%

68%

9%

22%

63%

4%

26%

8%4% 4%

17%11%

8% 8%

35%28%

8%

16%13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

Até 1 ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Acima de 5 anos

Não responderam

19%

4%

28%

4%

28%

71%

32%

18%11%

4%

24%

35%

3%8%

0%

22%

6%0%

4% 4%

33%

13% 12%17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

Estagiário

Auxiliar ou Assistente

Analista ou Supervisor

Gerente ou Diretor

Proprietário ou Principal Acionista

Não responderam

54

Outro fator, ainda referente ao 7º semestre que causou estranheza, foi a

inexistência de alunos com cargos em gerência e diretoria. Contudo, pode-se

imaginar que o aluno do último ano com a gama de conhecimentos que adquiriu

e/ou desenvolveu durante o curso, possa estar no percentual dos alunos que estão

com apenas 1 ano de trabalho; motivo pelo qual não estão detendo o cargo para o

qual são formados.

O primeiro item da caracterização do objetivo de investigação,

apresentado no Gráfico 10, refere-se ao motivo pela escolha do Curso de

Administração. Esse item detectou que a busca pelo aperfeiçoamento do

conhecimento representa o maior índice de resposta entre os alunos, seguido pela

busca pela melhoria de cargo/salário, respondendo, assim, a um dos objetivos

específicos desta investigação.

Gráfico 10 Principal motivo pela escolha do curso de Administração

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 11 mostra o principal motivo pela escolha da Faculdade

Cearense. Predomina, entre os respondentes, a localização e o preço, porém, cabe

ressaltar que a qualidade do curso obteve bons índices entre os acadêmicos do 1º,

2º e 7º semestres, não sendo pontuado pelos alunos do 8º semestre. Para 16% dos

alunos do 1º semestre, a escolha pela Faculdade Cearense se deu pelo fato de ser

uma instituição de formação profissional reconhecida, já entre os acadêmicos do 2º,

7º e 8º semestres, outros fatores determinaram a opção pela instituição.

11%

0% 0% 0%

11%8%

16% 17%

34%

50%

20%

44%

36%38%

56%

35%

8%4%

8%4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

Alcançar o primeiro emprego

Busca de recolocação no mercado

Melhoria de cargo/salário

Aperfeiçoamento do conhecimento

Outros

55

Gráfico 11 Principal motivo pela escolha da Faculdade Cearense

Fonte: Pesquisa da autora

Ao considerar os alunos do primeiro ao último ano da graduação, 69%

são empregados de empresas privadas, 11% trabalham em empresas públicas,

apenas 1% é profissional liberal ao autônomo, 5% são micro ou pequenos

empresários e 14% do total de alunos pesquisados não estão trabalhando.

Entre os alunos pesquisados, 93% acreditam que o Curso de

Administração da FaC proporciona ascensão profissional, enquanto apenas 1%

negaram o questionamento e 6% são indiferentes quanto à resposta. Este resultado

é considerado bastante satisfatório, visto que os acadêmicos creditam sua confiança

na instituição visando a melhores condições no âmbito profissional.

Para o item “Indique qual a competência que você mais desenvolveu

durante o Curso de Administração da FaC”, foram obtidas as respostas

apresentadas nos gráficos 12 ao 21. Quanto à competência liderança, representada

no Gráfico 12, entre os alunos do primeiro ano da graduação, o índice desenvolvido

é maior do que os encontrados nos alunos do último ano. Em contrapartida, o

quesito bastante desenvolvido é maior entre os acadêmicos do 7º e 8º semestres.

Quanto ao quesito não desenvolvido, a média dos índices é menor entre

os respondentes do último ano em relação ao primeiro ano de graduação. O

resultado comprova que o curso de Administração da Faculdade Cearense

proporciona a seus acadêmicos o desenvolvimento desta competência,

proporcionando aos alunos um diferencial competitivo ou aperfeiçoamento desta

habilidade aos que já a possuem.

22%

17%

36%

44%

31%

50%

40%

52%

31%29%

20%

0%

16%

0% 0%0%

0%4% 4% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

Preço

Localização

Qualidade do curso

Instituição de formação profissional reconhecida

Outros

56

Gráfico 12 Desenvolvimento de Competência: Liderança

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 13 representa o desenvolvimento da competência

comunicação. Os alunos do 1º e 2º semestres, em sua maioria, consideram essa

competência como desenvolvida, enquanto nos 7º e 8º semestres, há um equilíbrio

entre bastante desenvolvida e desenvolvida. Mais uma vez, o resultado comprova a

importância do curso para o desenvolvimento dessa habilidade entre seus

acadêmicos.

Gráfico 13 Desenvolvimento de Competência: Comunicação

Fonte: Pesquisa da autora

Quanto ao desenvolvimento da negociação, o percentual de alunos que

ainda não desenvolveu essa habilidade nos 1º e 2º semestres foi reduzido ao longo

da graduação, como mostra o Gráfico 14. Como consequência, percebe-se um

crescimento do quesito bastante desenvolvido entre os alunos do último ano, em

que o percentual de alunos que o consideram como desenvolvido permaneceu

equilibrado.

17%

4%

28%35%

69% 67%

56%61%

14%

29%

16%

4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

17%13%

40% 44%

69%

87%

52%44%

14%

0%8% 12%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

57

Gráfico 14 Desenvolvimento de Competência: Negociação

Fonte: Pesquisa da autora

O desenvolvimento da autoconfiança pode ser considerado bastante

satisfatório entre os acadêmicos de Administração da FaC. O Gráfico 15 mostra que

o percentual do quesito bastante desenvolvido encontra-se em constante evolução

entre os estudantes, sendo que o quesito não desenvolvido, apesar de ainda ser alto

entre os alunos do 2º semestre, para os do 7º, esse quesito não chegou a pontuar.

Isso reflete a importância do curso e da faculdade na vida profissional e

até mesmo pessoal dos estudantes, estimulando no aumento da confiança em si

próprio. Uma vez que o aluno tem a confiança de seu potencial e de sua

capacidade, a disputa por melhores cargos e remuneração no mercado de trabalho

bem como o desempenho de suas atividades na empresa deixam de ganhar o

aspecto de complexidade e passam a ser uma rotina natural na vida profissional.

Gráfico 15 Desenvolvimento de Competência: Autoconfiança

Fonte: Pesquisa da autora

11% 13%

24%30%

56%

62% 60% 61%

33%

25%

16%9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

25%29%

40% 39%

67%

50%

60%

48%

8%

21%

0%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

58

Na criatividade, representada no Gráfico 16 abaixo, quanto ao quesito

desenvolvido, percebe-se que houve pouca alteração entre os acadêmicos, contudo,

percebe-se ainda uma redução no percentual dos que não haviam desenvolvido

essa competência nos primeiros anos da graduação, se comparados aos alunos do

último ano do curso.

O gráfico 16 mostra ainda o crescente aumento no índice dos alunos que

consideram essa competência bastante desenvolvida.

Gráfico 16 Desenvolvimento de Competência: Criatividade

Fonte: Pesquisa da autora

Assim como as competências anteriores, o Gráfico 17 mostra que a

inovação possui um crescente desenvolvimento entre os acadêmicos. O percentual

referente ao quesito bastante desenvolvido é maior entre os alunos dos 7º e 8º

semestres, assim como o percentual do quesito desenvolvido é relativamente maior

entre os alunos dos 1º e 2º semestres.

O percentual do quesito não desenvolvido permaneceu praticamente

estável ao longo da graduação. Isso ocorre devido a algumas pessoas possuírem

capacidades distintas para o desenvolvimento de certas habilidades.

22% 20%

36%39%

50%

63%

56%52%

28%

17%

8% 9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

59

Gráfico 17 Desenvolvimento de Competência: Inovação

Fonte: Pesquisa da autora

Ao longo dos semestres, percebe-se uma evolução da competência

proatividade, como mostra o Gráfico 18. Esse crescimento representa quase 30% se

comparado entre os estudantes do 1º e 8º semestres. No ambiente empresarial

como um todo, é preciso que os estudantes demonstrem sua proatividade, e não

esperem simplesmente desempenhar somente as atividades pertinentes a seu cargo

ou a delegação de tarefas. É preciso ir além. Devido aos resultados apresentados, é

possível compreender que o curso de Administração tem despertado e/ou

estimulado a proatividade entre seus graduandos.

Gráfico 18 Desenvolvimento de Competência: Proatividade

Fonte: Pesquisa da autora

Conforme apresentado no Gráfico 19 abaixo, houve uma evolução no

desenvolvimento da competência ética nos âmbitos empresarial, acadêmico e social,

representando um índice de 61% entre os alunos do 8º semestre. Com um

19%13%

28% 30%

64%70%

56% 57%

17% 17% 16% 13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

19%

29%36%

48%

67%

46%52%

35%

14%

25%

12%17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

60

percentual de 36% para esse quesito entre os acadêmicos do 7º semestre, ainda

pode ser considerado satisfatório, enquanto para os ingressantes do primeiro ano,

há certo equilíbrio quanto aos quesitos bastante desenvolvido e desenvolvido,

contudo, ainda considerado um excelente grau de desenvolvimento para esta

competência.

Gráfico 19 Desenvolvimento de Competência: Ética nos âmbitos empresarial,

acadêmico e social

Fonte: Pesquisa da autora

Quanto à competência visão estratégica, percebe-se que houve pouca

alteração e/ou interferência no desenvolvimento desta competência entre os

estudantes, visto que os percentuais encontrados são muito próximos, havendo uma

pequena evolução no quesito bastante desenvolvido entre os alunos dos 7º e 8º

semestres, como mostra o Gráfico 20.

Gráfico 20 Desenvolvimento de Competência: Visão estratégica

Fonte: Pesquisa da autora

47%41%

36%

61%

42%46%

56%

22%

11% 13%8%

17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

31%

25%

36% 35%

50%

58%56%

48%

19% 17%

8%

17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

61

O último item referente às competências desenvolvidas refere-se à

flexibilidade, mostrada no Gráfico 21. Para os acadêmicos do último ano, o índice

bastante desenvolvido foi o de maior identificação pelos respondentes, seguido pelo

quesito desenvolvido. Essa observação dá-se de forma inversa entre os estudantes

do primeiro ano da graduação, sendo considerado o quesito desenvolvido o de

maior representatividade entre os respondentes.

Gráfico 21 Desenvolvimento de Competência: Flexibilidade

Fonte: Pesquisa da autora

Com a apresentação desses resultados foi possível identificar a

importância do curso de Administração da Faculdade Cearense para o

desenvolvimento das competências de seus acadêmicos, preparando-os para o

mercado de trabalho, sobretudo entre o próprio meio acadêmico.

Para o item “Quais ferramentas você conheceu durante o curso de

Administração da FaC”, foram disponibilizadas 15 ferramentas para serem julgadas.

Para todas, as respostas se mantiveram bastante parecidas, pois enquanto a

maioria dos alunos dos 1º e 2º semestres ainda não conheceram as ferramentas, os

alunos dos 7º e 8º semestres já conheceram praticamente todas. Os gráficos 22 ao

25 mostram alguns desses resultados.

Para a ferramenta benchmarking, o Gráfico 22 mostra o diferencial no

conhecimento desta ferramenta entre os alunos do primeiro e o último ano do curso.

Enquanto para o primeiro ano o percentual para a opção não conheci fica acima dos

90%, chegando até mesmo a 100% no segundo semestre, esse percentual é o

22%

37%

52%

44%

59%

50%

36%39%

19%13% 12%

17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Bastante desenvolvido

2 - Desenvolvido

3 - Não desenvolvido

62

inverso entre os estudantes do último ano do curso. Isso representa que a FaC

proporciona o conhecimento da ferramenta durante a graduação.

Gráfico 22 Ferramentas conhecidas: Benchmarking

Fonte: Pesquisa da autora

Outra ferramenta trabalhada no curso de Administração da FaC é o

fluxograma. O Gráfico 23 mostra que, apesar de um bom percentual dos alunos dos

1º e 2º semestres conhecerem a ferramenta, ainda prevalece um grande número

dos que ainda não conheceram. Isso pode ocorrer visto que alguns alunos podem

cursar outras disciplinas em semestres distintos, proporcionando o conhecimento da

ferramenta antecipadamente. Contudo, o percentual de alunos dos 7º e 8º

semestres que já conheceram a ferramenta supera os 95%, chegando a 100% entre

os alunos do último semestre do curso.

Gráfico 23 Ferramentas conhecidas: Fluxograma

Fonte: Pesquisa da autora

6%0%

92% 96%94%100%

8% 4%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1º 2º 7º 8º

1 - Conheci

2 - Não conheci

25% 29%

96% 100%

75% 71%

4% 0%0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1º 2º 7º 8º

1 - Conheci

2 - Não conheci

63

O Gráfico 24 mostra que a ferramenta funcionograma foi a que teve o

menor índice de conhecimento entre os acadêmicos do 7º e 8º semestres. O

percentual de alunos do último ano que ainda não conhecem a ferramenta é

considerado bastante alto, contudo, ainda é superior frente aos alunos ingressantes

no curso.

Essa ferramenta, talvez, deva ser melhor trabalhada pelo curso, visto o

alto percentual dos concluintes que ainda não a conhecem.

Gráfico 24 Ferramentas conhecidas: Funcionograma

Fonte: Pesquisa da autora

Enquanto a ferramenta anterior foi a que teve o menor índice de

conhecimento entre os estudantes do último ano da graduação, a ferramenta

seleção de pessoal, apresentada no Gráfico 25, foi a que obteve o maior percentual

de conhecimento entre esses alunos, chegando a totalidade de 100% para os dois

últimos semestres.

O percentual de alunos do primeiro ano que já conheceram a ferramenta

também pode ser considerado satisfatório, porém ainda predominam os que ainda

não conheceram a ferramenta, visto que a cadeira que trabalha essa ferramenta

ainda não estudada pelos alunos.

11% 13%

64% 61%

89% 87%

36% 39%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1º 2º 7º 8º

1 - Conheci

2 - Não conheci

64

Gráfico 25 Ferramentas conhecidas: Seleção de pessoal

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 26 mostra o questionamento sobre o estudo dos riscos, da

imprevisibilidade e dinamicidade do mercado. Para os alunos do 1º e 2º semestres,

a faculdade propicia o estudo do tema, sendo que a média de 27% desses alunos foi

indiferente quanto à resposta. Já entre os alunos do 7º e 8º semestres, uma média

de 70% confirma que a FaC propicia esse conhecimento, enquanto uma média de

14% afirma que a faculdade não disponibiliza o ensino sobre o assunto e 15% são

indiferentes quanto ao questionamento.

Gráfico 26 Estudo dos riscos, da imprevisibilidade e da dinamicidade do

mercado

Fonte: Pesquisa da autora

Quanto ao estudo sobre os recursos organizacionais e limitação dos

mesmos, os alunos mantiveram um percentual de resposta equilibrado ao longo dos

39%33%

100% 100%

61%67%

0% 0%0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1º 2º 7º 8º

1 - Conheci

2 - Não conheci

83%

63%

76%

65%

0% 0%

20%

9%17%

37%

4%

26%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

Sim

Não

Indiferente

65

semestres. Obteve-se uma média de 86% entre os alunos que confirmaram que a

faculdade proporciona o conhecimento sobre o assunto, apenas 4% negaram o

questionamento ,e 11% consideram indiferente.

O Gráfico 27 mostra o percentual de respostas obtidas quanto ao

questionamento sobre o uso do laboratório de informática quanto à ferramenta de

formação. Para 64% dos alunos do 1º semestre, a FaC não disponibiliza essa

ferramenta como agregação para a formação do estudante. Esse percentual é

menor entre os alunos do 7º semestre, com um total de 24%. Por outro lado, 54%

dos acadêmicos do 2º semestre e 43% do 8º semestre confirmaram que a instituição

proporciona o uso do laboratório quanto à ferramenta de formação. O nível de

percentual entre os estudantes que se mantiveram indiferentes quanto o

questionamento teve pouca alteração entre o primeiro e último ano da graduação.

Gráfico 27 Uso do laboratório de informática quanto à ferramenta de formação

Fonte: Pesquisa da autora

Para os ingressantes do primeiro ano da graduação, em sua maioria,

responderam que o curso de Administração da FaC não propicia o uso do

laboratório de prática quanto à ferramenta de formação. Esse percentual pode ser

justificado pelo pouco conhecimento do laboratório de prática por esses estudantes.

Isso pode ser percebido no Gráfico 28, visto que entre os acadêmicos do último ano,

48% dos alunos confirmaram o uso do laboratório. Porém, como um todo, o

percentual de respondentes que afirmaram que a instituição não propicia o uso do

laboratório de prática quanto à ferramenta de formação é considerado alto,

sobretudo se somado ao percentual que se mantiveram indiferentes.

22%

54% 56%

43%

64%

37%

24%

35%

14%9%

20% 22%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

Sim

Não

Indiferente

66

Gráfico 28 Uso do laboratório de prática quanto à ferramenta de formação

Fonte: Pesquisa da autora

Contudo, uma média de 85% dos alunos pesquisados responderam que o

curso de Administração da faculdade propicia o interrelacionamento pessoal, bem

como 94% dos graduandos, em média, confirmaram que a instituição promove o

desenvolvimento da habilidade comunicação. Quanto ao desenvolvimento da

automotivação, o percentual de 96% foi obtido entre os alunos do 8º semestre que

afirmaram que a IES propicia a motivação entre os alunos. Em contrapartida, esse

percentual manteve uma média de 66% entre os acadêmicos do 1º ao 7º semestre.

Em relação ao conhecimento obtido sobre as teorias científicas, 94% dos

estudantes do primeiro e último ano do curso confirmaram que a FaC propicia esse

conhecimento, bem como 88%, em média, afirmaram que a faculdade propicia o

conhecimento dos conceitos atuais da profissão. Esses resultados são considerados

importantes, visto que um dos motivos pela escolha do curso pelos estudantes foi a

busca pela ascensão profissional.

O curso de Administração da FaC também propicia o conhecimento para

o processo decisório. Tendo atingido um percentual de 61% de confirmação entre os

estudantes do 1º semestre, 71% entre os alunos do 2º semestre, 88% no 7º

semestre e alcançando o percentual de 91% entre os acadêmicos do 8º semestre.

Como pode ser percebido, para esse questionamento, houve uma crescente

evolução no percentual de confirmação ao longo dos semestres.

Para o questionamento sobre qual o fator de maior influência na escolha

da carreira, foram disponibilizados 10 itens a serem avaliados no grau de

8%

29%

48% 48%50%46%

32%

39%42%

25%20%

13%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

Sim

Não

Indiferente

67

concordância-discordância como concordo plenamente, concordo parcialmente e

não concordo, sendo obtidos os resultados apresentados seguir.

Para os graduandos em Administração da FaC, objeto de estudo da

presente investigação, a identificação com o curso é importante fator de influência

na escolha da carreira. O Gráfico 29 apresenta que a maioria dos estudantes

concordam plenamente com esse quesito, seguido pelos que concordam

parcialmente e um percentual bastante reduzido entre os alunos do primeiro ano da

graduação não concordam com o item.

Gráfico 29 Motivo para escolha da carreira: Identifiquei-me com o curso

Fonte: Pesquisa da autora

Entre os estudantes respondentes, ter familiares com empresa não é fator

de influência para definir a carreira a seguir. O Gráfico 30 mostra que o 2º semestre

foi o que obteve o maior percentual de concordância, isso se deve pelo fato de, entre

os alunos da graduação, ser o semestre que possui o maior número de estudantes

com familiares com empresa.

Porém, para os concluintes do 8º semestre, o grau de discordância atingiu

92% para esse quesito. No geral, para os acadêmicos de Administração da FaC, a

influência familiar não define a escolha da carreira.

75%71% 68%

91%

22%25%

32%

9%3% 4% 0% 0%

0%10%

20%30%

40%50%

60%70%

80%90%

100%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

68

Gráfico 30 Motivo para escolha da carreira: Possui familiares com empresa

Fonte: Pesquisa da autora

Uma média de 58% dos alunos do 1º e 2º semestres concordam

parcialmente que a influência pela escolha da carreira administrativa se dá por ser

um curso que dá dinheiro. Para os alunos do primeiro ano da graduação, uma média

de 22% concordam plenamente e 20% não concordam com esse quesito. Já no

último ano da graduação, a média de discordância chega a 42% contra 8% dos que

concordam plenamente. Para os que concordam plenamente, a média encontrada

entre os alunos do 7º e 8º semestres foi de 50%.

Para o quesito “é um curso de elite”, a média de 41% dos alunos

pesquisados concordam parcialmente que esse fator influencia na escolha da

carreira, enquanto 56%, em média, não concordam que esse fator seja influenciador

na escolha da carreira. Apenas 12% dos estudantes do primeiro semestre

concordam plenamente com a afirmação.

O percentual de discordância chegou a 77%, em média, entre os

respondentes para o quesito “é um curso que está na moda”. Entre os graduandos

do último ano, 26% concordam parcialmente que o curso da moda influencia na

escolha da carreira e entre os estudantes do primeiro ano, 8% concordam

plenamente que a moda é fator influente na escolha da trajetória profissional.

O Gráfico 31 apresenta que, entre os alunos pesquisados, a procura pelo

aperfeiçoamento influencia diretamente na escolha da carreira. O crescente

aumento no percentual dos alunos que concordam plenamente pode ser facilmente

percebido no gráfico acima. Entre os que concordam parcialmente, o percentual

25%

58%

16%

4%11%

17%12%

4%

64%

25%

72%

92%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

69

diminuiu na mesma proporção e o percentual dos alunos que não concordam

permaneceram equilibrados.

Gráfico 31 Motivo para escolha da carreira: Aperfeiçoamento

Fonte: Pesquisa da autora

No Gráfico 32 a seguir, é possível perceber que o fato de já trabalhar na

área é considerado fator influente na escolha da carreira. Entre os alunos do 1º e 2º

semestres, há certo equilíbrio no percentual dos que concordam plenamente, os que

concordam parcialmente, e inclusive no percentual dos que não concordam. Para

esses alunos, o percentual se manteve bastante equilibrado. Já entre os alunos do

7º e 8º semestres, enquanto 32% dos alunos do sétimo concordam plenamente,

esse percentual chega a 87% no oitavo semestre. Esse contraste também é

percebido entre os que concordam parcialmente, porém o percentual de

discordância se assemelha nesses semestres.

Gráfico 32 Motivo para escolha da carreira: Trabalho na área

Fonte: Pesquisa da autora

72%79% 80% 83%

25%17% 20%

13%

3% 4% 0% 4%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

47%41%

32%

87%

14%21%

68%

9%

39% 38%

0% 4%0%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

70

Outro item pesquisado entre os alunos se refere a “queria fazer outro

curso e não consegui passar”. O percentual de discordância para esse

questionamento teve uma média de 86% entre os acadêmicos pesquisados. Um

percentual de 24% dos alunos do 7º semestre concordaram parcialmente, enquanto

nos demais semestres, manteve-se uma média de 9%. Entre os que concordam

plenamente, apenas 8% dos alunos do 2º semestre responderam esse quesito, os

demais semestres não chegaram a pontuar essa opção. No geral, para os

estudantes pesquisados, a frustração de querer fazer outro curso e não conseguir

passar, não influencia a escolha da carreira.

É notório entre os estudantes de Administração da FaC, que a busca pela

melhoria de cargo/salário é fator de influência na escolha da carreira. O Gráfico 33

mostra que há predominância entre os que concordam plenamente, seguido pelos

que concordam parcialmente. O percentual de discordância não foi obtido no 2º

semestre e atingiu apenas 4% no 8º semestre. Para o 1º e o 7º semestre, o

percentual de discordância teve resultado bastante parecido, com média de 15%.

Gráfico 33 Motivo para escolha da carreira: Busca de melhoria de cargo/salário

Fonte: Pesquisa da autora

O último item entre os fatores que influenciam a escolha da carreira, o

Gráfico 34 apresenta o percentual de resposta da opção “entre os cursos oferecidos

pela faculdade foi o que mais me interessou”. Entre os ingressantes do curso, o

percentual dos que concordam plenamente manteve-se o mesmo, 58%. Já entre os

concluintes, esse percentual atingiu uma média de 64,5%. Por outro lado, o

69%75%

60%

78%

17%25% 24%

18%14%

0%

16%

4%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

71

percentual de discordância chegou a 34% no 2º semestre e 30%, no 8º. Entre os

que concordam parcialmente, o maior percentual encontrado foi no 1º semestre, com

25%, seguido por 24% dos alunos do 7º semestre.

Gráfico 34 Motivo para escolha da carreira: Entre os cursos oferecidos pela

faculdade foi o que mais interessou

Fonte: Pesquisa da autora

O item “qual característica técnica tem maior contribuição para a evolução

da carreira”, foram apresentadas cinco características, que foram avaliadas da

seguinte forma pelos acadêmicos:

A primeira característica apresentada refere-se ao conhecimento, que

obteve uma média de 98% quanto ao quesito concordo plenamente, chegando a

100% entre os alunos pesquisados do 2º e 7º semestres. Para os alunos, o

conhecimento é a principal característica técnica que um profissional pode

apresentar para ascender profissionalmente.

O Gráfico 35 mostra que a habilidade também teve excelente resultado

entre os que concordam plenamente. Esse percentual é ainda maior entre os alunos

do 2º semestre. No 7º semestre, 16% dos estudantes concordam parcialmente que

esta característica técnica contribui para a ascensão de carreira.

58% 58%

68%61%

25%

8%

24%

9%17%

34%

8%

30%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

72

Gráfico 35 Característica técnica: Habilidade

Fonte: Pesquisa da autora

Outra característica técnica avaliada pelos estudantes foi a atitude. Para

eles, para o quesito concordo plenamente, foi obtido com uma média percentual de

90%. Entre os que concordam parcialmente, 7% são do primeiro ano da graduação

e 10% são do último ano. Entre os que discordam da importância da característica

para a evolução da carreira, apenas 4% dos alunos dos 2º e 8º semestres optaram

por esse quesito.

Assim como as demais características técnicas apresentadas, na opinião

dos acadêmicos, a motivação é uma característica de real importância na ascensão

de carreira. O Gráfico 36 apresenta os percentuais obtidos na tabulação dos dados

dos respondentes, que, em sua maioria, concordam plenamente com o quesito.

Gráfico 36 Característica técnica: Motivação

Fonte: Pesquisa da autora

89%96%

84%92%

11%0%

16%4%0% 4% 0% 4%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

94%

83%

68%

92%

6%13%

32%

4%0%

4% 0% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

73

O último item a respeito da característica técnica que tem maior

contribuição para a evolução da carreira trata-se dos resultados, conforme é

representado no Gráfico 37. Para o quesito concordo plenamente, os alunos do 1º

semestre foram unânimes quanto à resposta. Esse percentual teve redução entre os

alunos do 2º e 7º semestres, contudo volta a ter representatividade entre os alunos

do 8º semestre, apresentando um percentual de 92%. 20% dos alunos do 7º

semestre concordam parcialmente com a contribuição dessa característica para a

evolução da carreira e 4% dos alunos do 2º, 7º e 8º semestre não concordam.

Gráfico 37 Característica técnica: Resultados

Fonte: Pesquisa da autora

Foi questionada aos alunos a opinião sobre o que as empresas

consideram essencial para a promoção de um funcionário. Nos gráficos abaixo,

segue o percentual de respostas obtidas.

O Gráfico 38 mostra que 74% dos alunos do último ano do curso

concordam plenamente que, para promover um funcionário, as empresas avaliam o

mérito do colaborador. Já para os ingressantes do 1º semestre, esse percentual cai

para 53%. Também existe um grande percentual de alunos que concordam

plenamente com esse quesito, registrando 40% no 7º semestre e um percentual de

discordância de 13% entre os estudantes do 2º semestre de Administração da FaC.

100%

88%

76%

92%

0%8%

20%

4%0% 4% 4% 4%0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

74

Gráfico 38 Característica essencial para promoção: Ter mérito

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 39 mostra que 56% dos alunos do 1º semestre e 42% do 2º

semestre concordam parcialmente que possuir longo tempo de serviço é essencial

para a promoção de um funcionário. O percentual de discordância entre esses

alunos para esse quesito chega a 30%. Por outro lado, para os alunos do 7º e 8º

semestres, o percentual para concordo parcialmente e não concordo obtiveram

percentuais muito próximos, sendo 44% de discordância para os alunos do último

semestre do curso.

Gráfico 39 Característica essencial para promoção: Possuir longo tempo de

serviço

Fonte: Pesquisa da autora

A maioria dos alunos pesquisados concorda plenamente que demonstrar

potencial é considerado essencial pelas empresas para promover um funcionário. O

53%58%

56%

74%

44%

29%

40%

22%

3%

13%

4% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

14%

29%

16% 17%

56%

42% 44%39%

30% 29%

40%44%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

75

Gráfico 40 mostra que esse percentual se manteve acima de 80% das respostas,

seguido pelos que concordam parcialmente. Apenas 4% dos estudantes do último

ano não concordaram com esse quesito.

Gráfico 40 Característica essencial para promoção: Demonstrar potencial

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 41 mostra que possuir qualificação técnica (operacional)

também é relevante fator considerado para a promoção de um funcionário. Os

percentuais para os alunos que concordam plenamente se mantiveram equilibrados

ao longo dos semestres, com um desnível no 7º semestre, em que 64% concordam

plenamente e 36% concordam parcialmente. Não houve discordância para esse

quesito entre os alunos do 1º ao 7º semestre, e um percentual de apenas 4% dos

que não concordaram no 8º semestre.

Gráfico 41 Característica essencial para promoção: Possuir qualificação

técnica (operacional)

Fonte: Pesquisa da autora

83%

96%

80% 83%

17%

4%

16% 13%0% 0%

4% 4%0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

72%79%

64%

79%

28%21%

36%

17%

0% 0% 0% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

76

Para os alunos do primeiro ano da graduação, há um maior percentual

dos que concordam plenamente que possuir qualificação acadêmica (estratégica),

obtida no âmbito escolar, sobretudo no ensino superior, é considerado essencial

para que as empresas promovam um funcionário. O percentual entre esses alunos

chegou a 83% no 2º semestre e não houve discordância quanto a esse item, como é

apresentado no Gráfico 42. Já entre os acadêmicos do último ano, houve redução

entre os que concordam plenamente, chegando a 68% para os alunos do 7º

semestre e 48% para os alunos do 8º semestre, mesmo percentual obtido entre os

que concordam parcialmente. Para esses alunos, o percentual de discordância foi de

4% nos dois semestres.

Gráfico 42 Característica essencial para promoção: Possuir qualificação

acadêmica (estratégica)

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 43 aponta o percentual dos que acreditam que ser benquisto

(amigo de todos) é relevante na hora da promoção para um novo cargo dentro da

empresa. Para os que concordam parcialmente, o percentual chegou a 67% no 1º

semestre e 72% no 7º semestre. Entre os que não concordam, o percentual obteve

39% de respostas no 8º semestre e 37% no 2º semestre. Entre os que concordam

plenamente, obteve-se uma média de 17,5% entre os iniciantes do primeiro ano e

12,5% entre os concluintes do último ano.

72%

83%

68%

48%

28%

17%

28%

48%

0% 0% 4% 4%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

77

Gráfico 43 Característica essencial para promoção: Ser bem quisto (amigo de todos)

Fonte: Pesquisa da autora

Entre os que concordam plenamente que conhecer o produto/serviço é

essencial para promover um funcionário, o percentual se manteve em 67% entre os

alunos do primeiro ano da graduação e uma média de 79,5% entre os alunos do

último ano. Esse equilíbrio também foi verificado entre os que concordam

parcialmente e os que não concordaram. Essa ilustração pode ser melhor verificada

no Gráfico 44 abaixo.

Gráfico 44 Característica essencial para promoção: Conhecer o

produto/serviço

Fonte: Pesquisa da autora

Quanto aos quesitos “ser amigo do chefe”, “ser do ‘grupo’ do chefe” e

“tem que ‘bajular’ o chefe”, últimos itens sobre o que os alunos acham que as

14%21%

12% 13%

67%

42%

72%

48%

19%

37%

16%

39%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

67% 67%

80% 79%

28%33%

16% 17%

5%0%

4% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

78

empresas consideram essencial para a promoção de um funcionário, houve uma

predominância dos que não concordam com os itens propostos, tendo o percentual

de discordância acima dos 58% para os três itens.

O último item tratado na pesquisa refere-se a obter a opinião dos alunos

sobre que fatores estão relacionados ao sucesso da carreira. O primeiro quesito

tratado foi a satisfação pessoal, que prevaleceu com um percentual acima dos 81%

entre os alunos que concordam plenamente e chegando até 19% entre os que

concordam parcialmente. Já para os alunos que acreditam que o sucesso da

carreira está relacionado à independência financeira, entre os alunos iniciantes do

primeiro ano de graduação, obteve-se uma média de 78% entre os que concordam

plenamente e 65% entre os concluintes do último ano.

O Gráfico 45 aponta os resultados obtidos sobre os fatores relacionados

ao sucesso da carreira. Há uma predominância dos que acreditam que o

reconhecimento profissional da empresa está diretamente ligado ao sucesso da

carreira. Entre os que concordam plenamente, o percentual manteve-se acima dos

60%, chegando a 83% entre os alunos do 2º semestre.

Gráfico 45 Relação com sucesso da carreira: Reconhecimento profissional da

empresa

Fonte: Pesquisa da autora

Da mesma forma, foram obtidos resultados muito próximos entre os

alunos que acham que o sucesso da carreira está relacionado ao reconhecimento

profissional do mercado. Entre os alunos do 1º e 2º semestres, obteve-se uma

75%

83%

60%

79%

25%17%

40%

17%

0% 0% 0% 4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

79

média de 87% entre os que concordam plenamente e uma média de 75% entre os

alunos do 7º e 8º semestres. Para esses últimos, há uma média de 23% entre os

acadêmicos que concordam parcialmente com esse quesito.

O Gráfico 46 mostra que o desenvolvimento de competências na

faculdade é considerado um fator importante no sucesso da carreira. Para os

acadêmicos do primeiro e último ano de graduação de Administração da FaC, há um

equilíbrio de opiniões entre os que concordam plenamente e os que concordam

parcialmente que desenvolver competências na faculdade contribui para o sucesso

da carreira. Entre os que discordam, apenas 8% dos alunos do 2º semestre e 9%

dos estudantes do 8º semestre não concordaram com esse quesito.

Gráfico 46 Relação com sucesso da carreira: Desenvolvimento de

competências na faculdade

Fonte: Pesquisa da autora

Entre os alunos que acreditam que o sucesso da carreira está relacionado

ao desenvolvimento de competências fora da faculdade, 75% dos alunos do 1º

semestre concordam plenamente contra 65% dos alunos do 8º semestre que

responderam esse quesito. Já entre os que concordam parcialmente, obteve-se um

percentual de 54% entre os alunos do 2º semestre e 40%, no 7º semestre.

O Gráfico 47 mostra que uma média de 48,5% dos alunos do primeiro ano

da graduação concordam parcialmente que as experiências vivenciadas na

faculdade estão relacionadas ao sucesso da carreira. Para os alunos do 8º

semestre, o percentual dos que concordam plenamente chega a 56%.

53%

46% 48%

56%

47% 46%

52%

35%

0%

8%

0%

9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

80

Gráfico 47 Relação com sucesso da carreira: Experiências vivenciadas na

faculdade

Fonte: Pesquisa da autora

Já entre os que acreditam que o sucesso da carreira está relacionado a

experiências vivenciadas fora da faculdade, no 1º semestre, 55% dos respondentes

concordam plenamente, contra 74% dos alunos matriculados no 8º semestre que

responderam esse quesito. Já entre os alunos do 2º semestre, foi obtido o

percentual de 46% entre os que concordam plenamente e concordam parcialmente,

com apenas 8% de discordância. Já no 7º semestre, 56% dos alunos concordam

plenamente e 44% concordam parcialmente, sem ter havido discordância.

O Gráfico 48 aponta os percentuais obtidos entre os que consideram que

aprender como realizar tarefas e operações dentro da faculdade está relacionado ao

sucesso profissional. 55% dos alunos do 1º semestre e 60% dos alunos do 7º

semestre concordam plenamente que o que se aprende durante o curso de

Administração da FaC está relacionado ao sucesso da carreira.

Já entre os que concordam plenamente que o sucesso da carreira está

relacionado a aprender como realizar tarefas e operações fora da faculdade, obteve-

se um percentual de 75% no 1º semestre e 69% no 8º.

53%

33%

24%

56%47% 50%

64%

35%

0%

17%

12% 9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

81

Gráfico 48 Relação com sucesso da carreira: Aprender como realizar tarefas e

operações dentro da faculdade

Fonte: Pesquisa da autora

O Gráfico 49 aponta que 56% do percentual de alunos do 1º e 7º

semestres concordam parcialmente que o sucesso da carreira esteja relacionado a

ter sido estagiário e ,hoje, profissional. Entre esses alunos se manteve uma média

de 32% entre os que concordam plenamente e 12% entre os que discordam. Já para

os alunos do último semestre, a maioria não concorda com esta opção.

Gráfico 49 Relação com sucesso da carreira: Ter sido estagiário e hoje

profissional

Fonte: Pesquisa da autora

55%

33%

60%

44%39%

54%

28%

44%

6%

13% 12% 12%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

33%38%

32%

26%

56%

37%

56%

35%

11%

25%

12%

39%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

82

Seguindo o mesmo raciocínio, entre os alunos que acreditam que o

sucesso da carreira está relacionado a ter sido assistente e ,hoje, chefe, 42% dos

alunos do 1º semestre concordam plenamente, mesmo percentual obtido entre os

que concordam parcialmente. Já para os alunos do 8º semestre, 39% concordam

plenamente, 35% concordam parcialmente, e 26% discordam.

O último item do questionário aplicado entre os alunos, objeto de

investigação, está representado no Gráfico 50. Para os alunos do primeiro ano da

graduação, prevalece o percentual dos que concordam plenamente que o sucesso

da carreira está relacionado a ter empreendido em um negócio. Já entre os

acadêmicos do último ano, o maior percentual obtido foi entre os que concordam

parcialmente com esse quesito.

Gráfico 50 Relação com sucesso da carreira: Ter empreendido em um negócio

Fonte: Pesquisa da autora

Com base na apresentação e discussão dos resultados, foi possível

verificar que, ao longo da graduação, os acadêmicos passam por diversas

transformações quanto ao desenvolvimento das competências, proporcionados pelo

ensino oferecido pela Faculdade Cearense.

É possível também identificar o compromisso e a importância dados pelos

acadêmicos com o curso de Administração da FaC. Cabe ressaltar a persistência e

determinação dos alunos, pois maioria deles são pessoas que trabalham e que

estudam à noite, visto que o curso só oferta vagas no período noturno.

Na seção posterior, seguem as considerações finais acerca da presente

investigação.

44%38%

28% 30%

42%

33%

56% 53%

14%

29%

16% 17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1º 2º 7º 8º

1 - Concordo Plenamente

2 - Concordo Parcialmente

3 - Não Concordo

83

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no estudo de caso, foi possível demonstrar que as

competências estão presentes na formação destes futuros profissionais e são as

principais influenciadoras na ascensão profissional dos estudantes. De um modo

geral, os alunos do primeiro ano do curso estão em processo de desenvolvimento de

conhecimentos, habilidades e atitudes, já para os concluintes do último ano, é

possível perceber que estes desenvolveram as competências que o mercado está

exigindo.

Notou-se um grande percentual de jovens até 30 anos cursando o

primeiro ano da graduação. Desta forma, pode-se concluir que os jovens, mesmo

que ainda não façam parte do mundo dos negócios, estão buscando a educação

oferecida pelo ensino superior como forma de capacitação e ,porque não dizer,

buscando uma melhor visão sobre o mundo corporativo.

Ao longo da graduação, é possível ainda identificar o aumento do

percentual de alunos que estão trabalhando, bem como os que conseguiram ser

alocados em suas áreas, visto que, no primeiro ano do curso, o percentual dos

alunos que não trabalham na área administrativa é bastante inferior aos concluintes

do último ano que já estão trabalhando na área. Quanto à renda salarial, mesmo que

o resultado dos pesquisados do 7º semestre tenha surpreendido, nota-se ainda um

crescente aumento na renda dos estudantes, já que, uma vez que um funcionário

ascende de um cargo para outro, além de receber um salário mais alto, deverá

desempenhar, obrigatoriamente, responsabilidades mais elevadas (RIBEIRO, 2005).

Isso pode ser percebido na melhoria dos cargos ocupados pelos acadêmicos do

último ano, onde, em sua maioria são analistas, supervisores, gerentes ou diretores

de empresas.

Ainda quanto à primeira seção da pesquisa, notou-se um elevado

percentual entre os alunos do 7º semestre que possuem até um ano de empresa.

Quanto a este fato, pode-se inferir a possibilidade de mudança de emprego devido a

melhores ofertas de trabalho, ou até mesmo o engajamento em sua área, visto que o

percentual entre aqueles que trabalham na área administrativa é bastante elevado.

Pode-se ainda pensar que esse aluno tenha empreendido em um negócio, porém,

não houve uma pesquisa detalhada quanto a este resultado visto que não se trata

do objetivo da investigação.

84

Na segunda seção do instrumento de pesquisa, buscou-se identificar as

competências desenvolvidas ao longo da graduação, as quais são necessárias para

a ascensão profissional. Nesta seção, foi possível ainda identificar o que determinou

a escolha pelo curso de Administração da FaC, segundo a maioria dos estudantes,

foi a busca pelo aperfeiçoamento do conhecimento, seguido pela busca de melhoria

de cargo/salário. Este resultado atende a um dos objetivos específicos deste estudo,

já que se buscava identificar o motivo pela escolha do curso. Nota-se que, antes de

ascender profissionalmente, é preciso ir à busca de qualificação, sobretudo o

desenvolvimento de competências, por meio da educação oferecida pelo ensino

superior, entre elas a Faculdade Cearense (FaC).

Conforme resultados obtidos, é possível concluir que o curso de

Administração da FaC propicia aos alunos o desenvolvimento de competências tais

como liderança, comunicação, negociação, autoconfiança, criatividade, inovação,

proatividade, desenvolvimento de ética nos âmbitos empresarial, social e

acadêmico, visão estratégica e flexibilidade. O desenvolvimento dessas

competências proporcionado pelo curso é essencial para aqueles que visam à

evolução da carreira.

O curso propicia ainda aos alunos o conhecimento das ferramentas da

Administração. Enquanto os iniciantes do primeiro ano pouco conheceram as

ferramentas, os concluintes do último ano já conheceram praticamente todas, o que

se pode concluir que, além das competências, a faculdade proporciona o

conhecimento necessário para um melhor desempenho das tarefas, associado ao

conhecimento já obtido na própria empresa em que trabalha.

Quanto à disponibilização de recursos que auxiliam o processo de

formação profissional, observou-se ainda que os alunos, de um modo geral,

responderam de forma bastante satisfatória quanto às ferramentas apresentadas,

como o uso do laboratório de informática e o laboratório de práticas. Também se

pode observar que o curso de Administração da FaC propicia a seus acadêmicos o

estudo sobre os recursos organizacionais e suas limitações, o estudo dos riscos, da

imprevisibilidade e dinamicidade do mercado, preparando os alunos quanto aos

desafios do mercado.

Atendendo a mais um objetivo específico, esses fatos comprovam a

importância da graduação em Administração da FaC para a ascensão profissional

dos estudantes, visto que se pôde observar, na primeira seção do instrumento, a

85

melhoria de cargo e situação financeira dos estudantes ao longo do curso. Além

disso, o curso propicia toda a assistência necessária para a formação do profissional

como a disponibilidade de recursos, o ensino das teorias e ferramentas, bem como

os alunos podem contar com todo o suporte dos profissionais da instituição.

A pesquisa revelou que, no que tange a contribuir para a evolução da

carreira, características como conhecimento, habilidades e atitudes são essenciais

para o processo de ascensão funcional. Essas características técnicas, trabalhadas

no curso de Administração da FaC, são buscadas pelas empresas, principalmente

se associadas a profissionais que defendam os interesses da organização e

assumam compromissos como o de atingir os objetivos da empresa.

Quanto a fatores de maior influência na escolha da carreira, os

estudantes consideraram que a identificação com o curso, o aperfeiçoamento e a

busca pela melhoria de cargo/salário são os que possuem maior influência na hora

de definir a trajetória profissional. Já entre os que possuem menor influência, pode-

se considerar que, mesmo que haja familiares com empresa ou o fato de o curso ser

considerado “da moda”, estes fatores pouco influenciam na vida profissional.

Considerando a opinião dos acadêmicos, foi possível verificar o que os

mesmos acreditam ser considerado essencial para a ascensão profissional nas

empresas. Entre os que houve o maior percentual de concordância, estão fatores

como o mérito, demonstrar potencial, possuir qualificação (técnica e acadêmica) e

conhecer bem o produto/serviço. Entre fatores de menor relevância foram

considerados a relação de amizade entre chefe e funcionário, ser do grupo do chefe

e ter que bajular o chefe para conseguir a promoção.

Para Dutra (2008, p. 108), “as pessoas tendem a concentrar em uma área

seus investimentos em desenvolvimento, porque, ao fazê-lo, sentem-se bem consigo

mesmas, felizes em utilizar seus pontos fortes e gratificadas com os resultados”. Isso

é corroborado pelos resultados apresentados, visto que a satisfação pessoal foi

apontada pela maioria dos estudantes pesquisados como fator relacionado ao

sucesso da carreira. Entre estes fatores, foi considerado ainda o reconhecimento

profissional da empresa e do mercado, o desenvolvimento de competências dentro e

fora da faculdade, bem como as experiências vivenciadas no cotidiano acadêmico e

empresarial.

Através deste estudo, foi possível identificar que o processo de evolução

de carreira do estudante em Administração da FaC se dá por meio do

86

desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes propiciadas ao longo da

graduação, bem como o aprendizado das teorias e ferramentas necessárias à

formação do profissional, fator que responde ao objetivo geral da pesquisa. Esse

conhecimento, associado à capacidade do estudante em gerir sua carreira e ir à

busca constante de aperfeiçoamento despertam o reconhecimento profissional da

empresa.

Atualmente, o mercado dá preferência aos profissionais que, ao mesmo

tempo, são especialistas, pois conhecem com profundidade sua área de atuação, e

aos generalistas, que são os que sabem um pouco de tudo, visto que estes

conhecem o contexto em que atuam e assim conseguem aplicar a ele seus

conhecimentos (DUTRA, 2008).

Portanto, a pesquisa revelou que os acadêmicos do último ano de

Administração da FaC desenvolveram as competências que o mercado está

exigindo dos profissionais, bem como os estudantes do primeiro ano ainda estão em

processo de desenvolvimento das competências. Estas, que foram apresentadas no

referencial teórico e corroboradas na apresentação e discussão dos resultados, são

um “conjunto de qualificações que a pessoa tem para executar um trabalho, com

nível superior de performance” (DUTRA, 2008 p. 127) em que estas qualificações se

complementam, tornando o acadêmico em um Administrador com ampla gama de

conhecimentos, visto a exigibilidade da profissão por capacitação multidisciplinar.

Contudo, esta investigação apresentou limitação quanto à dificuldade de

retorno dos respondentes, reduzindo assim a amostra e dificultando a análise dos

dados, visto que foram avaliados apenas os acadêmicos do primeiro e último ano do

curso. Além disso, um dos desafios na elaboração deste trabalho respaldava-se na

orientação realizada pelo docente que coordena o curso de Administração da FaC.

Imaginava-se que a orientação poderia atuar como intervenção, uma vez que o

professor utilizasse da sua parcialidade como pesquisador.

No entanto, isso não aconteceu. O professor orientador não realizou

direcionamento nos resultados da pesquisa, uma vez que os mesmos foram única e

exclusivamente tratados e coletados pela pesquisadora. Destaca-se ainda a

surpresa do professor orientador com alguns resultados que, em conversas

informais, ele atesta que irá realizar ações em sua gestão.

Cabe, contudo, refletir sobre pesquisas futuras que venham a

complementar este estudo. Como sugestão, pode-se citar o estudo sobre as

87

competências necessárias para o planejamento da carreira de gestor, bem como a

importância do ensino superior na empregabilidade dos estudantes. De qualquer

forma, em um país de elevada desigualdade social como o Brasil, o investimento em

educação ainda é considerado o melhor investimento para o futuro de qualquer

cidadão.

88

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALCÂNTARA, Mariana de Aguiar. Aprendizagem e Diagnóstico de Competências na

Média Hotelaria de Fortaleza. Dissertação de Mestrado. Curso de Mestrado em

Administração do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Estadual do

Ceará. 108 p.

ALVILA, Simone de Araújo. A competência dos acadêmicos em administração da

FAC para o mercado de trabalho em Fortaleza. Trabalho de Conclusão de Curso.

Curso de Bacharelado em Administração do Centro de Ensino Superior do Ceará. 96

p.

BERGAMINI, Cecília Whitaker; BERALDO, Deobel Garcia Ramos. Avaliação de

desempenho humano na empresa. São Paulo: Atlas, 2008.

BOHLANDER, George; SNELL, Scott; SHERMAN, Arthur. Administração de

Recursos Humanos. Trad. Maria Lucia G. Leite Rosa. São Paulo: Pioneira

Thomson Learning, 2005.

BORGES, Ricardo Cesar de Oliveira. As Competências dos Gestores de Micro e

Pequenas empresas Varejistas de Moda em Fortaleza – Ceará. Dissertação de

Mestrado. Curso de Mestrado em Administração de Empresas do Centro de

Estudos Sociais Aplicados da Universidade Estadual do Ceará. 103 p.

BRITO, Lydia Maria Pinto. Gestão de Competências, Gestão do conhecimento e

Organizações de aprendizagem: instrumentos de apropriação pelo capital do

saber do trabalhador. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2005.

CALVOSA, Marcelo; ARAÚJO, Leila de. Relações de Trabalho: Planejamento e

Novas Oportunidades de Carreira para o Trabalhador. IX Simpósio de Excelência

em Gestão e Tecnologia. São Paulo, 2009.

89

DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. Trad. Cecília Leão

Oderich. 2 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, Processos, Tendências e

Perspectivas. São Paulo: Atlas, 2008.

FAGUNDES, Carlos Eduardo Uchôa. Em Consonância com o Mundo Moderno.

Revista do Administrador Profissional. Ano XXI, nº 267. São Paulo: 2008.

FIGUEIREDO, Hermes Ferreira. Um desvio preocupante. O Estado de São Paulo.

São Paulo: 2012.

FLEURY, Afonso; FLEURY, Maria Tereza Leme. Construindo o conceito de

competência. Revista de Administração Contemporânea. Edição Especial. Rio de

Janeiro: Anpad, 2001.

FLEURY, Afonso; FLEURY, Maria Tereza Leme. Estratégias Empresariais e

Formação de Competências: Um quebra-cabeça Caleidoscópio da Indústria

Brasileira. São Paulo: Atlas, 2001.

FLEURY, Maria Tereza Leme; OLIVEIRA JÚNIOR, M.M. (orgs). Gestão estratégica

do conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São

Paulo: Atlas, 2008.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,

2002.

HONORATO, Gilson. Conhecendo o marketing. São Paulo: Manole, 2004.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da

Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LIMA, Rosângela Leite dos Santos. Consciência Mercadológica Ambiental e o

Processo de Decisão de Compra dos Discentes de Administração da Faculdade

90

Cearense. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em

Administração de Empresas do Centro de Ensino Superior do Ceará. 128 p.

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 3 ed.

Porto Alegre: Bookman, 2001.

MÂSIH, Rogério Teixeira. Um método para modelagem das competências

individuais vinculadas à estratégia empresarial por meio do Balanced Scorecard.

Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da

Universidade Federal de Santa Catarina.

MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao

estratégico. São Paulo: Saraiva, 2009.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São Paulo:

Atlas, 2004.

PASCHOAL, Luiz. Administração de cargos e salários: manual prático e novas

metodologias. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998.

PDI. Plano de Desenvolvimento Institucional. Faculdade Cearense, Fortaleza,

2009.

PONTES, B. R. Administração de Cargos e Salários. 7 ed. São Paulo: Ltr, 1998.

PPC. Plano Pedagógico de Curso. Curso de Bacharelado em Administração da

Faculdade Cearense. Fortaleza, 2009.

RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de Pessoas. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. Trad. Reynaldo

Cavalheiro Marcondes. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

91

RUAS, Roberto. Desenvolvimento de Competências Gerenciais e Contribuição da

Aprendizagem Organizacional IN FLEURY, Maria Tereza Leme; OLIVEIRA JR,

Moacir de Miranda (Org.). Gestão Estratégica do Conhecimento. São Paulo: Atlas,

2008.

RUIZ, João Alvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 6 ed.

São Paulo: Atlas, 2008.

SILVA, Mateus de Oliveira. Gestão de pessoas através do sistema de

competências: estratégias, processos, desempenho e remuneração. Rio de

Janeiro: Qualitymark, 2005.

STALLIVIERI, Luciane. O Sistema de Ensino Superior do Brasil: Características,

tendências e perspectivas. Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul: UCS,

2006.

TARTUCE, Gisela Lobo B. P.; NUNES, Marina Muniz Rossa; ALMEIDA, Patrícia

Cristina Albieri (coords.). Atratividade da Carreira Docente no Brasil. Fundação

Carlos Chagas. São Paulo: FCC, 2009.

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=18

82&id_pagina=1 (Acessado em 02/09/2012)

92

ANEXO

Instrumento de Pesquisa

93

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

Este questionário, instrumento de pesquisa, tem a finalidade de levantar informações

que subsidiem a elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de

Administração da Faculdade Cearense.

De natureza confidencial, este instrumento objetiva obter informações sobre a

evolução de carreira dos estudantes em Administração da Faculdade Cearense. Desde já,

agradecemos pelo valoroso tempo destinado a responder os questionamentos abaixo e pela

inestimável colaboração.

� Identifique o semestre onde você cursa o maior número de disciplinas: _______

CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE (Assinale uma única resposta)

1) GÊNERO 2) ESTADO CIVIL

a. Masculino a. Solteiro

b. Feminino b. Casado

c. Separado / Divorciado

3) FAIXA ETÁRIA 4) RENDA FAMILIAR

a. Até 20 anos completos a. Até 4 salários mínimos

b. Entre 21 e 30 anos completos b. Entre 4 e 6 salários mínimos

c. Entre 31 e 40 anos completos c. Entre 6 e 8 salários mínimos

d. Acima de 41 anos d. Acima de 8 salários mínimos

5) TRABALHA ATUALMENTE 6) TRABALHA NA ÁREA ADMINISTRATIVA

a. Sim a. Sim

b. Não b. Não *Caso responda "Não" desconsiderar as alternativas 6, 7 e 8

7) TEMPO DE EMPRESA 8) CARGO OCUPADO

a. Até 1 ano a. Estagiário

b. Entre 1 e 3 anos b. Auxiliar ou Assistente

c. Entre 3 e 5 anos c. Analista ou Supervisor

d. Acima de 5 anos d. Gerente ou Diretor

e. Proprietário ou Principal Acionista

94

CARACTERIZAÇÃO DO OBJETIVO DE INVESTIGAÇÃO

1) Qual o principal motivo pela escolha do curso de Administração da Faculdade Cearense (FaC)? a. Alcançar o primeiro emprego b. Busca de recolocação no mercado c. Melhoria de cargo/salário d. Aperfeiçoamento dos conhecimentos e. Outros: ___________________________________________________________ 2) Qual o principal motivo pela escolha da Faculdade Cearense (FaC)? a. Preço b. Localização c. Qualidade do curso d. Instituição de formação profissional reconhecida e. Outros: ___________________________________________________________ 3) Das opções abaixo, qual a que melhor define seu trabalho atual ou atividade que exerce? a. Empregado de empresa privada b. Empregado de empresa pública c. Profissional Liberal ou Autônomo d. Micro ou pequeno empresário e. Não estou trabalhando 4) Você considera que o curso de Administração da FaC proporciona ascensão profissional? a. Sim b. Não c. Indiferente

5) Você considera que o curso de Administração da FaC proporcionará ascensão profissional? a. Sim b. Não c. Indiferente 6) Indique qual a competência que você mais desenvolveu durante o curso de Administração da FaC.

Gentileza, em cada uma das opções abaixo, assinale com o número à direita associado ao grau de concordância–discordância em relação à assertiva correspondente, de acordo com a seguinte escala de valores:

1 = Bastante desenvolvido 2 = Desenvolvido 3 = Não desenvolvido

Liderança 1 2 3 Comunicação 1 2 3 Negociação 1 2 3 Autoconfiança 1 2 3 Criatividade 1 2 3 Inovação 1 2 3 Proatividade 1 2 3

95

Ética nos âmbitos empresarial, acadêmico e social 1 2 3 Visão Estratégica 1 2 3 Flexibilidade 1 2 3

7) Quais ferramentas você conheceu durante o curso de Administração da FaC? Gentileza, em cada uma das opções abaixo, assinale com o número à direita associado ao grau de concordância–discordância em relação à assertiva correspondente, de acordo com a seguinte escala de valores:

1 = Conheci 2 = Não conheci

Benchmarking 1 2 Qualidade total 1 2 Fluxograma 1 2 Organograma 1 2 PDCA 1 2 Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe) 1 2 Teoria das Restrições 1 2 HP 12C 1 2 Funcionograma 1 2 Brainstorming 1 2 Seleção de pessoal 1 2 Curva ABC 1 2 Seleção de estoques por média ponderada 1 2 PEPS / UEPS 1 2 Pesquisa de mercado 1 2 8) O curso de Administração da FaC propicia o estudo dos riscos, da imprevisibilidade e da dinamicidade do mercado? a. Sim b. Não c. Indiferente

9) O curso de Administração da FaC propicia o estudo sobre os recursos organizacionais e limitação dos mesmos? a. Sim b. Não c. Indiferente

10) O curso de Administração da FaC propicia o uso do laboratório de informática quanto à ferramenta de formação? a. Sim b. Não c. Indiferente 11) O curso de Administração da FaC propicia o uso do laboratório de prática enquanto ferramenta de formação? a. Sim b. Não c. Indiferente

96

12) O curso de Administração da FaC propicia interrelacionamento pessoal? a. Sim b. Não c. Indiferente

13) O curso de Administração da FaC propicia o desenvolvimento da habilidade de comunicação? a. Sim b. Não c. Indiferente

14) O curso de Administração da FaC propicia a automotivação? a. Sim b. Não c. Indiferente 15) O curso de Administração da FaC propicia conhecimento sobre as teorias científicas? a. Sim b. Não c. Indiferente 16) O curso de Administração da FaC propicia conhecimento dos conceitos atuais da profissão? a. Sim b. Não c. Indiferente 17) O curso de Administração da FaC propicia conhecimento para o processo decisório? a. Sim b. Não c. Indiferente 18) O que lhe influenciou para a escolha do curso de Administração? Gentileza, em cada uma das opções abaixo, assinale com o número à direita associado ao grau de concordância–discordância em relação à assertiva correspondente, de acordo com a seguinte escala de valores:

1 = Concordo plenamente 2 = Concordo parcialmente 3 = Não concordo

Me identifiquei com o curso 1 2 3 Tenho familiares com empresa 1 2 3 É um curso que dá dinheiro 1 2 3 É um curso de elite 1 2 3 É um curso que está na moda 1 2 3 Para me aperfeiçoar 1 2 3 Trabalho na área 1 2 3 Queria fazer outro curso e não consegui passar 1 2 3 Busco melhoria de cargo / salário 1 2 3 Entre os cursos oferecidos pela faculdade foi o que mais me interessou

1 2 3

97

19) Para você, qual característica técnica tem maior contribuição para a evolução da carreira? Gentileza, em cada uma das opções abaixo, assinale com o número à direita associado ao grau de concordância–discordância em relação à assertiva correspondente, de acordo com a seguinte escala de valores:

1 = Concordo plenamente 2 = Concordo parcialmente 3 = Não concordo

Conhecimento 1 2 3 Habilidade 1 2 3 Atitude 1 2 3 Motivação 1 2 3 Resultados 1 2 3 20) Na sua opinião, o que as organizações consideram essencial para promoção de um funcionário? Gentileza, em cada uma das opções abaixo, assinale com o número à direita associado ao grau de concordância–discordância em relação à assertiva correspondente, de acordo com a seguinte escala de valores:

1 = Concordo plenamente 2 = Concordo parcialmente 3 = Não concordo

Ter mérito 1 2 3 Possuir longo tempo de serviço 1 2 3 Demonstrar potencial 1 2 3 Possuir qualificação técnica (operacional) 1 2 3 Possuir qualificação acadêmica (estratégica) 1 2 3 Ser bem quisto (amigo de todos) 1 2 3 Conhecer o produto / serviço 1 2 3 Ser amigo do chefe 1 2 3 Ser do “grupo” do chefe 1 2 3 Tem que “bajular” o chefe 1 2 3 21) Para você, o sucesso da carreira está relacionado a que fator? Gentileza, em cada uma das opções abaixo, assinale com o número à direita associado ao grau de concordância–discordância em relação à assertiva correspondente, de acordo com a seguinte escala de valores:

1 = Concordo plenamente 2 = Concordo parcialmente 3 = Não concordo

Satisfação pessoal 1 2 3 Independência financeira 1 2 3 Reconhecimento profissional da empresa 1 2 3 Reconhecimento profissional do mercado 1 2 3 Desenvolvimento de competências na faculdade 1 2 3 Desenvolvimento de competências fora da faculdade 1 2 3 Experiências vivenciadas na faculdade 1 2 3 Experiências vivenciadas fora da faculdade 1 2 3

98

Aprender como realizar tarefas e operações dentro da faculdade 1 2 3 Aprender como realizar tarefas e operações fora da faculdade 1 2 3 Ter sido estagiário e hoje profissional 1 2 3 Ter sido assistente e hoje chefe 1 2 3 Ter empreendido em um negócio 1 2 3