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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE FAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E CONTROLADORIA JOSÉ BENTO ALEXANDRE NETO A EVOLUÇÃO DA CONTROLADORIA NA PREFEITURA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA FORTALEZA 2013

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE – FAC

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA E CONTROLADORIA

JOSÉ BENTO ALEXANDRE NETO

A EVOLUÇÃO DA CONTROLADORIA NA PREFEITURA NO MUNICÍPIO DE

FORTALEZA

FORTALEZA

2013

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JOSÉ BENTO ALEXANDRE NETO

A EVOLUÇÃO DA CONTROLADORIA NA PREFEITURA NO MUNICÍPIO DE

FORTALEZA

Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Especialista em Auditoria e Controladoria da Faculdade Cearense, sob a orientação metodológica da Professora Dra. Márcia Maria Machado Freitas.

Fortaleza – CE 2013

3

JOSÉ BENTO ALEXANDRE NETO

A EVOLUÇÃO DA CONTROLADORIANA PREFEITURA NO MUNICÍPIO DE

FORTALEZA

Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Especialista em Auditoria e Controladoria da Faculdade Cearense, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores.

Data da aprovação: ____/____/____

Banca Examinadora:

___________________________________________________ Profa. Dra. Márcia Maria Machado Freitas

Orientadora

___________________________________________________ Profa. Ms. Liana Marcia Costa Vieira Marinho

Membro 1

___________________________________________________ Prof. Esp. Humberto Correia Lima Filho

Membro 2

4

A minha MÃE (Edna Maria dos Santos Bento), que muito me ensinou com

seu exemplo, pois se hoje cheguei aqui, foi porque ela me ajudou a Caminhar. E a

Minha Namorada (Ana Kécia Paes da Silva) pelas palavras sábias de incentivo e

pela compreensão.

Disse-lhe Jesus: Eu sou o

Caminho a Verdade e a Vida;

ninguém vem ao Pai senão por

Mim.

João 14, 06

5

AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por estar presente em todos os momentos da minha vida e pelas

oportunidades que me foram dadas.

A minha Família, em especial minha Mãe, por tudo que fez e faz por mim e por todos

os seus ensinamentos de Vida Pessoal e Profissional, Minha Eterna Mestra.

A minha Namorada, pelo Amor, Apoio, Compreensão e Colaboração na minha Vida.

A minha orientadora ProfessoraDra. Márcia Maria Machado Freitas, pela paciência e

dedicação de me ajudar nesse trabalho.

A todos os professores pelos seus ensinamentos e meus colegas de sala, meu

muito obrigado.

6

RESUMO

A pesquisa procurou demonstrar como o Poder Executivo Municipal da Cidade de Fortaleza implantou a Controladoria Geral do Município (CGM) e suas alterações. Apontou como estão sendo desenvolvidas as atividades atualmente na área governamental de acordo com as leis e decretos Municipais, e que mudanças trouxeram para administração pública. Observou se este órgão tem autonomia para realizar o trabalho proposto de Controladoria Pública. O objetivo Geral do trabalho foi analisar a implementação da Controladoria no município de Fortaleza, podendo afirmar que o mesmo foi atingido e no que refere aos objetivos específicos, às perguntas também foram todas respondidas. A escassez dos recursos públicos obriga cada vez mais o gestor aplicar os recursos de uma forma eficiente e eficaz garantindo assim uma boa gestão. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas sobre a implantação da Controladoria e como está sua atuação. A pesquisa também relatou dois questionários respondidos pelos secretários da controladoria. Em uma entrevista feita com os mesmos foi possível adquirir mais conhecimentos sobre a CGM e a SECOT. Durante as entrevistas foram relatado às alterações sofridas no decorrer dos 12 anos de sua existência dentro do município de Fortaleza e como estão aproveitando seu trabalho para as tomadas de decisões, pois somente agora a Controladoria está assumindo realmente seu papel, executando seu trabalho e participando ativamente da administração, ajudando as demais secretarias/órgãos municipais. Palavras chave: Controladoria, Controladoria Pública, Transparência.

7

ABSTRACT

The research sought to demonstrate how the Municipal Executive of the City of

Fortaleza implemented the Comptroller General of the Municipality (CGM) and its

amendments. Highlighted how activities are currently being developed in the

government district in accordance with the Municipal laws and decrees, and that

changes brought to public administration. Observed this body is empowered to carry

out the proposed work Comptroller of Public. The general objective of this study was

to analyze the implementation of the Comptroller in Fortaleza and can say that it was

achieved and in what regards the specific objectives, all questions were also

answered. The scarcity of public resources requires increasing the manager to apply

resources in an efficient and effective manner ensuring good management. The

methodology used was a bibliographical, documentary and interviews about the

implementation of the Comptroller research and how is its performance. The survey

also reported two questionnaires answered by secretaries of controllership. In an

interview with them was possible to acquire more knowledge about the CGM and

SECOT. During the interviews were reported to the changes incurred during 12 years

of its existence in the city of Fortaleza and how they are enjoying their work to

decision making, as the Comptroller is only now really taking his role, performing his

work and actively participating management, helping other departments / municipal

agencies .

Key word: Comptroller, Comptroller Public, Transparency.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 -Principais diferenças entre a Auditoria Externa e Auditoria Interna........29

Quadro 02 - Nova estrutura da SECOT.....................................................................44

LISTA DE SIGLAS

SEPLA – Secretaria de Planejamento do Município.

PGM – Procuradoria Geral do Município.

CGM – Controladoria Geral do Município.

SDE – Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

SEINF – Secretaria de Infraestrutura.

SEMAM – Secretaria de Meio Ambiente.

SMS – Secretaria Municipal de Saúde.

SEDAS – Secretaria de Assistência Social.

SEFIN – Secretaria de Finanças.

SAM – Secretaria de Administração do Município.

SER – Secretaria Executiva Regional.

9

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................10

1.1 Temática e Problematização...........................................................................11

1.2 Objetivos..........................................................................................................11

1.2.1 Objetivos Gerais............................................................................................11

1.2.2 Objetivos Específicos....................................................................................11

1.3 Relevância do tema e justificativa...................................................................12

1.4 Metodologia.....................................................................................................13

2. A IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA.....................................................14

2.1 A Controladoria e o Processo de Gestão.......................................................16

2.2 Controladoria e o Planejamento.....................................................................16

2.3 A Importância do Controller nas organizações...............................................17

2.4 Controladoria Governamental..........................................................................19

2.5 Controladoria nas Organizações Públicas.....................................................20

2.6 Controle Interno..............................................................................................21

2.6.1 Objetivos do Controle Interno.....................................................................23

2.6.2 Objetivos macros do Controle Interno........................................................23

2.6.3 Formas de Controle Interno.......................................................................24

2.6.4 Princípios de Controle Interno.....................................................................25

2.7 Auditoria nas Organizações............................................................................26

2.7.1 Auditoria Externa.........................................................................................27

2.7.2 Auditoria Interna.........................................................................................28

2.7.3 Auditoria Governamental............................................................................30

2.8 Relaçãoentre Controladoria, Controle Interno e auditoria Interna.................33

3. METODOLOGIA .............................................................................................34

4. A CONTROLADORIA NA PREFEITURA DE FORTALEZA............................37

5. CONCLUSÃO ...................................................................................................46

6. REFERÊNCIAS................................................................................................48

Anexos

Anexo I.................................................................................................................53

Anexo II................................................................................................................55

10

1.INTRODUÇÃO

Com a escassez dos recursos, a Administração Pública procura gerenciar

de forma eficaz e eficiente seus recursos. Com isso a Prefeitura Municipal de

Fortaleza (PMF) na administração do Prefeito Juraci Vieira de Magalhães começou a

discutir um mecanismo que pudesse melhorar o controle das contas municipais, pois

só existia apenas uma equipe na Secretaria de Finanças (SEFIN) voltada a fazer

fluxogramas de caixa e os auditores analisavam os empenhos.

A controladoria Municipal começou a ser pensada em 1998, quando

surgiu a primeira necessidade de ter o controle das contas municipais, mas só em

26 de dezembro de 2001 com a lei nº 8.608 foi criada a Controladoria Geral do

Município de Fortaleza, sendo um órgão de assessoramento do Prefeito.

Esse órgão da administração direta, tem por finalidade a coordenação,

execução e avaliação de auditorias de gestão e de sistemas; dos controles

contábeis; do controle de preços; do controle e prestação de contas de convênios e

contratos e do sistema de informática, em consonância com as políticas e diretrizes

formuladas pela administração municipal.

Com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com os Tribunais de Contas

cada vez mais atuantes e o Poder Legislativo (Câmaras) fiscalizando os poderes

executivos, os gestores públicos começaram a ter mais cuidado com os gastos e a

se preocupar com transparências das contas públicas,a Controladoria Geral do

Município auxilia o gestor público na tomada de decisão.

O Prefeito Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra assumiu seu mandando

em 01 de janeiro de 2013 e seu primeiro ato foi organizar administrativamente a

Prefeitura Municipal de Fortaleza criando a Lei Complementar nº 0.137 de 08 de

janeiro de 2013 que relata essa organização, dentre elas a Controladoria Geral do

Município, que passa a ser denominadaSecretaria da Controladoria e Transparência

(SECOT).

A Controladoria veio para ser um órgão de controle e auxiliaro Prefeito na

tomada de decisão, ou seja, aplicando de uma forma adequada esses recursos.

Vale salientar também que atualmente a população de Fortaleza, o

Tribunal de Contas do Município (TCM) e a Câmara Municipal de Fortaleza

(CMFOR), acompanham as despesas da Prefeitura, através da mídia, do Portal da

11

Transparência e outros meios de comunicação. Com isso o gestor público passou a

se preocupar em como gastar esses recursos e maximizar os seus resultados.

1.1 TEMÁTICA E PROBLEMATIZAÇÃO

Com as dificuldades econômicas as organizações precisam se organizar

para alcançar seus objetivos, o mesmo acontece no setor público, pois os recursos

públicos estão cada vez mais escassos, então a Prefeitura de Fortaleza visando

melhorar e otimizar o resultado, para atender as necessidades da população

fortalezense criou a Controladoria Geral do Municipal (CGM).

A lei nº 8.608 de 26 de dezembro de 2001, que cria a Controladoria Geral

do Município de Fortaleza, relata como sendo um órgão de assessoramento do

Prefeito, ou seja, um órgão da administração direta que tem por finalidade a

coordenação, execução e avaliação de auditorias de gestão e de sistemas; dos

controles contábeis; do controle de preços; do controle e prestação de contas de

convênios e contratos e do sistema de informática, em consonância com as políticas

e diretrizes formuladas pela administração municipal. A Controladoria Geral do

Município foi criada visando ter um bom controle interno.

Diante do exposto tem-se o seguinte questionamento: Como a

Controladoria auxilia na gestão eficiente e eficaz dos recursos?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVOS GERAIS

O objetivo geral desse trabalho é analisar a implantação da Controladoria

no município de Fortaleza.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar o controle interno no processo de tomada de decisão;

Analisar a interveniência da Controladorianas secretarias municipais.

Analisar se os profissionais estão capacitados para execução do serviço;

Analisar a Controladoria do Município de Fortaleza.

12

1.3 RELEVÂNCIA DO TEMA E JUSTIFICATIVA

A escassez dos recursos públicos obriga cada vez mais o gestor aplicar

os recursos de uma forma eficiente e eficaz garantindo assim uma boa gestão.

Slomski (2003) define a controladoria no município como o órgão administrativo que

gerencia todo o sistema de informações econômico-físico-financeiras, a fim de

instrumentalizar os gestores das atividades-fim e das atividades-meio, para a correta

mensuração de resultados econômicos.

A Controladoria Geral do Município foi criada para executar um bom

Controle Interno, pois atualmente esse controle é fundamental, onde através dele

são aplicados os recursos de forma adequada e satisfatória para sociedade e para o

Prefeito.

A administração pública municipal vem convivendo com inúmeras

mudanças nos últimos anos, porém precisa adaptar-se para conciliar às estratégias

observadas no ambiente de atendimento a necessidade da população nos serviços

públicos.

Segundo Perez Junior e Silva (2007) a controladoria pode ser entendida

como o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implantação e

manutenção dos sistemas integrados de informações operacionais, financeiras e

contábeis de uma determinada entidade com ou sem finalidade lucrativa, sendo

considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da contabilidade.

A atuação da Controladoria na administração pública municipal está

atrelada: ao planejamento e ao orçamento com o intuito de verificar se o que foi

planejado inicialmente esta sendo executado, observando as discrepâncias; às

finanças e contabilidade no sentido de dispor de informações sobre o desempenho

econômico; à administração, uma vez que é função de controle auxiliar na formação

e organização das atividades; e ao chefe do Poder Executivo, principal usuário das

informações emitidas pela Controladoria. A correição representa que a controladoria

também e responsável por sugerir e recomendar medidas corretivas, quando

verificadas inconsistências na administração (PETER; MACHADO, 2009 ).

A presente pesquisa analisa se a Controladoria está apta a desenvolver

um bom gerenciamento dos recursos visando atender ao Prefeito e suprir as

necessidades da população de Fortaleza, pois através da sua implantação foram

verificadas diversas dificuldades, dentre elas: Antipatia; falta de espaço físico; e

13

problemas políticos. Logo a pesquisa pretende verificar se esses problemas foram

resolvidos e quais as dificuldades existem para um bom desempenho da

Controladoria.

1.4 METODOLOGIA

A metodologia adotada neste trabalho é uma pesquisa bibliográfica,

documental (consultas a leis, decretos e portarias), utilizando a técnica de

entrevistas sobre a implantação da Controladoria Geral do Município – CGM e como

está sua atuação.

Relata também um estudo de caso prático de como a Secretaria da

Controladoria e Transparência – SECOT (antiga CGM) está executando seus

trabalhos e se seus resultados estão sendo satisfatório para o Prefeito.

O trabalho está dividido em cinco capítulos, dos quais visam uma

orientação ao leitor sobre as informações necessárias para o seu entendimento. No

primeiro capítulo será abordada a introdução, definição temática e problematização,

objetivos gerais, justificativa e a metodologia. No segundo capítulo, está o referencial

teórico, que define os temas relativos à Controladoria e Controladoria

Governamental. No terceiro capítulo será abordada a metodologia utilizada para

desenvolver este trabalho. No quarto capítulo tratará do estudo de caso referente à

observação da evoluçãoda Controladoria Municipal. No quinto capítulo relata a

conclusão do trabalho.

14

2. A IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA

A controladoria surgiu no inicio do século XX nas grandes corporações

norte americanas com a finalidade de realizar um rígido controle de todos os

negócios das empresas relacionadas, subsidiarias e/ou filias, pois devido à

revolução industrial um número significativo de empresas concorrentes começaram

a se fundir no século XIX originado grandes empresas (Schmidit, 2002).

A controladoria pode ser vista de duas maneiras: primeiro como um órgão

administrativo que fornece a informação; segundo como a área que busca a

integração do processo de decisão de cada área de acordo com o objetivo da

empresa.

Segundo Mossimann e Fisch (2008), controladoria consiste em corpo de

doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica. Pode ser visualizada sob

dois enfoques:

a) Como órgão administrativo com uma missão, função e princípios norteadores definidos no modelo de gestão do sistema empresa; b) Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conhecimentos, princípios e métodos oriundos de outras ciências.

Oliveira (2009) o órgão administrativo controladoria tem por finalidade

garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os

gestores em seus esforços de obtenção da eficácia de suas áreas quanto aos

aspectos econômicos e assegurar a eficácia empresarial, do ponto de vista

econômico por meio da coordenação dos esforços do gestor da área.

De acordo com Figueiredo e Cagciano (2006) controladoria é um órgão

administrativo que tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo

decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial.

Os referidos autores relatam a controladoria com sendo um órgão

administrativo, que fornece a informação para a tomada das decisões.

Já para Oliveira, Perez Junior e Silva (2008) a controladoria pode ser

entendida como o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implantação

e manutenção dos sistemas integrados de informações operacionais, financeiras e

contábeis de uma determinada entidade com ou sem finalidade lucrativa, sendo

considerada por alguns autores como o atual estágio evolutivo da contabilidade.

15

Para Catelli (2001)

A controladoria não pode ser vista como um método, voltado ao como fazer. Para uma correta compreensão do todo, devemos cindi-la em dois vértices: o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informações.

Pode-se definir que a controladoria é um órgão administrativo que visa

uma gestão econômica, auxilia nas tomadas de decisão das organizações

otimizando o resultado através da informação e visa à continuidade da empresa.

Conforme Catelli (2001) a missão da controladoria será: assegurar a

otimização do resultado econômico da organização. Já para Oliveira (2011) é

otimizar os resultados econômico da empresa por meio de um modelo de

informações baseado no modelo de gestão, ou seja,conforme os autores acima

citados a controladoria visa a otimização dos resultados econômicos da empresa.

Figueiredo e Cagciano (2006) falam que a missão da Controladoria é

zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global.

Para Oliveira (2009) a controladoria tem como missão a otimizar o

resultado econômico de uma organização.

Segundo os autores citados, define-se que controladoria tem como

missão a otimização dos resultados econômicos da empresa ou organização.

Mossimann e Fisch (2008) a missão da controladoria é otimizar os

resultados econômicos da empresa, para garantir sua continuidade, por meio da

integração dos esforços das diversas áreas, ou seja, o autor relata que;

A controladoria, assim como todas as áreas de responsabilidade de uma empresa, deve esforçar-se para garantir o cumprimento da missão e a continuidade da organização. Seu papel fundamental nesse sentido consiste em coordenar os esforços para conseguir um resultado global sinérgico, isto é, superior à soma dos resultados de cada área.

A missão da controladoria é melhorar os resultados econômicos

garantindo assim a continuidade da empresa.

Como objetivo de atingir a missão, a controladoria definiu o modelo de

gestão para alcançar os resultados planejados onde esse modelo de gestão

determina o processo de gestão da empresa definindo a forma como deve ser

operacionalizado nas suas fases de Planejamento, Execução e Controle.

16

2.1 A CONTROLADORIA E O PROCESSO DE GESTÃO

Está estruturado de acordo com a missão, crença e valores da empresa,

podendo assumir diversos formatos dependendo da realidade de cada empresa. O

processo de gestão serve de suporte para o processo de tomada das decisões e

realiza-se a partir das fases de planejamento, execução e controle.

Segundo Oliveira (2009) o processo de gestão é um controle

organizacional que tem por objetivo garantir a eficácia da empresa. Nesse processo,

são tomados decisões em vários momentos. Trata-se de um processo organizado

de Planejamento, Execução e Controle.

Já Catelli (2001) rela que:

Na gestão das diversas atividades, os gestores devem planejar cuidadosamente suas ações, implementar planos adequados e proceder a uma avaliação sistemática do desempenho realizado ante os planos idealizado. Para tanto, o desempenho de suas funções será em conformidade com um processo de gestão estruturado, que analiticamente compõe-se das seguintes etapas: Planejamento estratégico, operacional e programação; Execução e Controle.

O processo de Gestão segundo Mossimann e Fisch (2008) é também

denominado processo decisório, definido como um processo de planejamento e

controle. Esse processo é influenciado pela filosofia da empresa, por seu modelo de

gestão e pelas variáveis ambientais que exercem influencia sobre ela, composta

pelas etapas: Planejamento, Execução e Controle.

Pode-se concluir que o processo de gestão serve de suporte para tomada

de decisão e se realiza a partir do Planejamento, execução e controle.

2.2 A CONTROLADORIAE O PLANEJAMENTO

Figueiredo e Cagciano (2006) discorre que o planejamento é a mais

básica de todas as funções gerencias e a habilidade com que esta função está

sendo desempenhada determina o sucesso de todas as operações e é no

planejamento que estabelece e mantém um plano integrado para as operações

consistente com os objetivos e metas da empresa a curto e longo prazo, que

devemser analisados e revisados constantemente.

17

Oliveira (2008) define o planejamento como o processo desenvolvido para

o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e

efetivo com a melhor concentração de esforços e recursos da empresa.

Planejar é decidir antecipadamente, é conhecer a realidade e agir de

acordo com o conhecimento para conseguir o que almeja, ou seja, é a mais básica

de todas as funções gerencias.

Mossimann e Fisch (2008) discorrem que a execução é a etapa do

processo de gestão na qual as coisas acontecem, as ações emergem e que essas

ações devem estar em consonância com o que foi planejado.

Catelli (2001) diz que é na execução que procura alcançar os objetivos e

metas estabelecidas no planejamento de forma a otimizar cada negocio ou evento.

A execução é a fase onde as ações são implementadas, os recursos são

consumidos e os produtos são gerados. Essa fase pode exigir algumas alterações e

ajustes no programa.

Controle é necessário para manter a empresa no caminho correto,

visando alcançar seus objetivos. O processo de controle compreende a comparação

entre os resultados realizados e os planejados.

Catelli (2001) o controle visa assegura por meio de correção de “rumos”,

que os resultados planejados sejam efetivamente realizados, apoiando-se na

avaliação de resultados e desempenhos.

Mossimann e Fisch (2008) relatam que o controle compara o que foi

planejado como que foi realizado, nos aspectos econômicos - financeiros de forma a

conduzir á eficácia empresarial.

Define-se que o controle mantém as operações da empresa dentro dos

padrões para que o mesmo alcance seus objetivos da melhor forma possível.

2.3 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLLER NAS ORGANIZAÇÕES

Para Oliveira, Perez Junior e Silva (2008) o controller deve ser um

profissional de alto nível da empresa e que no exercício de sua função deve ter uma

visão proativa permanentemente dirigida para o futuro.

Mossimann e Fisch (2008) relatam que Garrison define que o controller

faz parte da cúpula administrativa e participa ativamente nos processos de

planejamento e no controle empresarial.

18

Pode se afirmar que após o presidente da empesa o Controllertem a visão

mais generalista da empresa que trabalha, pois como gestor exercer o controle por

meio do relato e da interpretação dos dados necessários á tomada de decisões,

fornecidas pelos sistemas de informações.

Para Oliveira (2009) Controller é o executivo líder da controladoria que

tem como tarefas: controlar ou verificar as contas da empresa, desenvolver

atividades que envolvem planejamento, execução e controle do desempenho dos

gestores, e atendera demanda crescente de mais eficiência e na utilização do capital

investido.

Portanto o Controller é um profissional de alto nível, que faz parte da

cúpula da administrativa da empresa e está bastante envolvido no planejamento da

mesma.

Figueiredo (2008) define que o controller com sendo:

O gestor encarregado do departamento de controladoria; seu papel é, por meio do gerenciamento de um eficiente sistema de informação, zelar pela continuidade da empresa, visando às sinergias existentes, fazendo com que as atividades desenvolvidas conjuntamente alcancem resultados superiores aos que alcançariam se trabalhassem independentemente e que tem a função de ter um bom conhecimento do ramo de atividade ao qual a empresa faz parte, como problemas e vantagens que afetam ao setor; conhecimento da história da empresa e uma identificação com seus objetivos, metas e políticas, assim como problemas básicos e suas possibilidades estratégicas; habilidade para analisar dados contábeis e estratégicos que são a base direcionadora de sua ação e conhecimento de informática suficiente para propor modelos de aglutinação e simulação das diversas combinações de dados; habilidade de bem expressar-se oralmente e pro escrito e profundo conhecimento dos princípios contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado empresarial.

Heckert e Willson (conforme Mossimann e Fisch 2008) o trabalho do

controller deve ser norteados pelos seguintes princípios: iniciativa, visão econômica,

comunicação racional, síntese, visão para futuro, oportunidade, persistência,

cooperação, imparcialidade, persuasão, consciência das limitações, cultura geral,

liderança e ética.

Pode-se definir quecontroller é o responsável pela controladoria, que

participa da alta administração e deve ser um profissional multifuncional, ou seja,

conhecedor das áreas administrativas, financeiras e contábeis, que busca alcançar o

resultado diante das metas estabelecidas.

19

2.4 CONTROLADORIA GOVERNAMENTAL

Devido à escassez dos recursos, a Administração Pública procura

gerenciar de forma eficaz e eficiente seus recursos, com isso a mesma utiliza a

Controladoria para alcançar seus resultados, pois a controladoria da informação

necessária para tomada de decisão para os gestores.

Slomski (2003) define a controladoria no município como o órgão

administrativo que gerencia todo o sistema de informações econômico-físico-

financeiras, a fim de instrumentalizar os gestores das atividades-fim e das

atividades-meio, para a correta mensuração de resultados econômicos.

Segundo Silva (2008) atribui para a Controladoria as seguintes funções:

comando único da Contabilidade e Auditoria; aperfeiçoar os sistemas de

planejamento e programação financeira; integrar o sistema de controle ao sistema

geral de informações para dar maior veracidade e fidedignidade aos dados e

registros dos relatórios e demonstrações contábeis; e atender aos princípios da Lei

de Responsabilidade Fiscal – LRF nos quatros eixos de sua sustentação:

Planejamento, transparência, controle e responsabilidade.

A controladoria é a busca pelo atingimento do ótimo, pode-se dizer que a

controladoria governamental é um órgão administrativo de assessoramento do

gestor que visa uma boa utilização do recurso público para atender a sociedade.

Oliveira (2010) discorre que a controladoria estará sempre voltada para os

aspectos relacionados ao controle econômico do negócio. Independentemente do

tipo de organização pública ou não, pois todas essas organizações precisam ser

eficientes e eficazes.

Segundo Santos, Pessoa e Maciel (2009) a controladoria no setor público

objetiva expandir caminhos em busca e alcançar o compromisso com a ética e a

total transparência dos gastos públicos; combate à corrupção e à improbidade

administrativa; combinação dos controles institucionais e controle social,

contribuindo para a efetiva participação do cidadão no controle da aplicação do

recursos públicos.

Pode-se afirmar que a Controladoria Governamental é um órgão de

assessoramento com a finalidade de fornecer informações para auxiliar o gestor na

tomada das decisões, ou seja, é responsável pela realização do controle interno.

20

Segundo Oliveira (2010) a controladoria possui o papel de contribuir para

otimização do resultado econômico, buscando otimizar a utilização dos recursos

para sociedade como um todo.

De acordo com a lei nº 8.608 Controladoria Geral do Município de

Fortaleza tem por finalidade a coordenação, execução e avaliação de auditorias de

gestão e de sistemas; dos controles contábeis; do controle de preços; do controle e

prestação de contas de convênios e contratos e do sistema de informática, em

consonância com as políticas e diretrizes formuladas pela administração municipal.

Conforme a lei nº 0.137 a Secretaria de Controladoria e Transparência -

SECOT é um órgão da administração direta cuja finalidade é ser um instrumento de

informação gerencial, controle da legalidade e transparência da administração,

visando à efetividade, controle interno e social das ações do município de Fortaleza.

A missão da controladoria governamental é a busca da otimização dos

resultados através das informações geradas pelos seus controles internos

alcançando assim seus objetivos. Vale salientar que o chefe da controladoria

governamental é o Controller, e o mesmo têm por finalidade zelar pela boa aplicação

dos recursos públicos.

2.5CONTROLLER NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS

Slomski (2007) relata que o controller, no ente público, deve ter em mente

que a administração pública é milenar e deste os primórdios os gestores vêm

buscando o ótimo em seus resultados, embora nem sempre voltados aoatendimento

das necessidades da sociedade, porém sempre buscando controlar, administrar e

registrar as receitas e as despesas do ente público.

Ainda segundo Slomski (2007) os recursos públicos compõem-se do tripé

recursos humanos, recursos financeiros e recursos físicos e o controller: não poderá

de maneira alguma fazer dissociação entre esses recursos ao avaliar a gestão da

coisa publica; esse mesmo controller estimule os gestores públicos a implementarem

sistemas de custos nas entidades publicas; melhorar o resultado econômico nas

entidades, pois não basta saber quanto arrecadou e como gastou, e necessário

evidenciar para o povo o resultado econômico produzido pelo gasto; elaborar o

contracheque econômico que evidencia a distribuição da renda econômica

produzida.

21

O Controller é aquele que visa a melhor aplicabilidade dos recursos

públicos através dos seus controles internos existente na controladoria

governamental, pois é através dessa melhor aplicação de recurso que o gestor

poderá atender melhor as necessidades da cidade e da população.

2.6 CONTROLE INTERNO

É o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da

administração para forneceram seguranças razoáveis quanto a realização dos

objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros,

efetividade e eficiência das operações e conformidade com a leis.

Oliveira, Perez Junior e Silva (2008) define o Controle interno como:

O controle interno é composto pelos planos de organização e pela coordenação dos métodos e medidas implantadas pela empresa para proteger seu patrimônio, seus recursos líquidos e operacionais, por meio de atividades de fiscalização e verificação da fidedignidade dos administradores e da exatidão dos processos de manipulação de dados contábeis, promovendo, desta forma, a eficiência operacional e adesão às políticas e estratégias traçadas pela alta gestão.

A lei nº 4.320/64 relata os fundamentos do controle interno, pois o Poder

Executivo exercerá seus controles sem prejuízo das atribuições do tribunal de

contas ou órgão equivalente. A Constituição Federal de 1998 reforçou de forma clara

o controle interno em seu artigo 74:

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da união; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da união; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. § 2º Qualquer cidadão, partido politico, associação ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Peter e Machado (2003) define que o controle interno é o conjunto de

atividades, planos, métodos e procedimentos interligados utilizando com vistas a

assegurar que os objetivos dos órgãos ou entidades da administração pública sejam

22

alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao da

gestão.

O controle interno é exercido pelo órgão integrante da administração

pública subordinado ao poder controlado, visando evitar o abuso de poder e cometer

erros, fraudes, e desperdícios.

Boynton, Johnson e Kell (2002) relatam que:

Os controles internos são um processo operado pelo conselho de administração, pela administração e outras pessoas, desenhado para fornecer segurança razoável quanto à consecução de objetivos nas seguintes categorias:

Confiabilidade de informação financeira;

Obediência às leis e regulamentos aplicáveis;

Eficácia e eficiência de operações.

O controle interno na administração pública verifica a conformidade da

atuação da administração pública a um padrão, possibilitando ao agente controlador

adoção de medida ou proposta em decorrência do juízo formado (Botelho, 2006).

Na esfera municipal os controles estão ligados diretamente a sua

atuação, pois o controle externo é exercido pelos órgãos auxiliares (como Tribunal

de Contas), enquanto que o controle interno é exercido pelos órgãos da própria

administração municipal.

No âmbito governamental o controle é um princípio constitucional, que é

exercido no âmbito de cada poder (interno) ou por instâncias externas ao poder sob

ação do controle (externo). A lei define que o poder executivo é responsável pelo

controle interno enquanto que o controle externo e de responsabilidade do poder

legislativo (Pinho, 2011), pode-se afirmar que o controle externo e o controle interno

atuam de forma integrada, mas não possuem subordinação hierárquica, ou seja,

considerando que não existe a obrigatoriedade de o Tribunal de Contas acatar o

relatório do sistema de controle interno do município (Botelho, 2006).

Vale ressaltar que o controle interno é exercido pelos órgãos integrantes

ao poder controlados (Sistema de controle interno, Controladoria municipal), são

orientados para realizarem auto avaliação, abrange preocupações de ordem

gerencial, programáticas e administrativas, ou seja, o controle interno é desenvolvido

para alcançar os objetivos, os fins da organização através da eficiência e eficácia.

Entretanto, no setor público existe a preocupação com o fortalecimento

dos controles internos, que vem se constituindo em permanente interesse dos

gestores, tendo assim seus objetivos alcançados.

23

2.6.1 OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO

O controle interno na Administração Pública possui atribuição de

acompanhamento, vigilância, verificação, orientação e correção dentro da sua

própria atuação.

Peter e Machado (2003) o objetivo geral do controle interno é assegurar

que não ocorram erros potenciais, através do controle de suas causas, destacando-

se entre os objetivos específicos, a serem atingidos, os seguintes:

Assegurar o cumprimento das leis, regimentos e diretrizes da organização;

Assegurar, nas informações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade;

Antecipar-se, preventivamente, ao cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes;

Propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter administrativo/operacional, sobre os resultados e efeitos atingidos;

Salvaguarda os ativos financeiros e físicos quanto a sua boa regular utilização e assegurar a legitimidade do passivo;

Permitir a implementação de programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando à eficácia, eficiência e economicidades dos recursos;

Assegurar aderência às diretrizes, planos, normas e procedimentos do órgão/entidade.

O objetivo geral do controle interno é assegurar a conformidade da

atividade a determinadas regras ou normas.

2.6.2 OBJETIVOS MACROS DO CONTROLE INTERNO

O objetivo específico está relacionado diretamente com as metas que se

quer alcançar num determinado intervalo de tempo, pois além do que já foi exposto,

faz necessário destacar que se encontram entre os objetivos macros do controle

interno:

Assegurar a legitimidade dos passivos: os passivos da entidade geralmente nunca são questionados, principalmente no que se refere à legalidade, gerando demonstrações contábeis irreais tendo em vista o período prescricional.

Preservar os ativos: destacado a atribuição de responsabilidade aos servidores pela guarda dos bens, disciplinando a apresentação periódica de relatórios indicando o uso e destino dos bens do ativo.

Eficiência operacional: é o acompanhamento da execução dos serviços, avaliando se os resultados obtidos encontram-se em conformidade com a norma do controle interno.

Politicas internas: a necessidade de instituição do controle interno deve ter a conscientização e ser de iniciativa dos administradores, e deverá agir de acordo com a lei. (Botelho,2006)

24

Observa-se que o controle interno possui como função o auxílio aos

gestores no cumprimento da missão de colocar os serviços públicos à disposição da

comunidade, tendo em vista a necessidade de conhecer a realidade do estado,

nãode forma empírica, baseada somente na experiência e sem nenhum conteúdo

científico, mas sim por meio de técnicas modernas de administração, em nível de

planejamento e gestão.

Os atos de gestão dos Agentes Públicos que receberam delegação para

tal cargo devem ser guiados pela legalidade, impessoalidade, moralidade, em

obediências as diretrizes traçadas e aprovadas nos instrumentos orçamentários,

bem como terem uma ampla publicidade, a fim de se tornarem transparentes aos

olhos da sociedade, que é a real proprietária dos recursos gerenciados por eles.

2.6.3 FORMAS DE CONTROLE INTERNO

Segundo Botelho (2006) o controle interno pode se manifestar em

diversas formas: preventiva, sucessivo, corretivo, político e financeiro.

Controle político é aquele que aprecia as decisões administrativas

relacionadas à oportunidade e a conveniência do ato frente ao interesse público.

Controle financeiro examina as informações contábeis da administração

sobre as operações que produzem efeitos sobre o fluxo de caixa e sobre o

patrimônio municipal.

Prévio ou preventivo é quando antecede a conclusão ou operatividade do

ato é exercido pela projeção dos resultados que se quer alcançar (autorização da

saída do veículo oficial).

Concomitante ou sucessivo quando acompanha a realização do ato para

verificar a regularidade e evitar o cometimento de falha, desvios ou fraudes (conferir

a mercadoria com o empenho e a nota fiscal no ato que receber a mercadoria).

Subsequente ou corretivos é o controle que se efetiva após a conclusão

do ato controlado visando corrigir eventuais defeitos, declarar sua nulidade, dar-lhe

eficácia (conciliação bancária).

Justa (apostila de Controle Interno na administração pública, sem o

ano)relata que várias são as formas de controle interno e cada uma delas possuem

25

aspectos relevantes e específicos e que nenhuma delas pode ser entendida como

suficiente por si só e sim fazendo parte de um todo para poder entender. São elas:

Autorização é a ordem emanada da autoridade competente para que se possa executar determinado ato;

Comparação é a constatação de um determinado procedimento levando em consideração outro procedimento já praticado anteriormente devidamente controlado e tido com legitimado e legal;

Numeração sequencial é a maneira de precaver contra as perdas e desvios, ou seja, cuida da numeração sequencial das transações, garantindo a ordem cronológica das ocorrências.

Anotações são as lista de verificações dos requisitos legais ou contratuais, datas e outras informações possivelmente existentes no cumprimento das obrigações pactuadas;

Dupla verificação consiste na repetição da atividade de controle, deve ser verificada preferencialmente por outra pessoa diferente daquela que realizou o trabalho inicial;

Acesso restrito está ligado à salvaguarda de bens e valores por pessoas competentes;

Supervisão é a verificação do cumprimento das funções e deveres estabelecido para cada pessoa, garantindo assim o controle hierárquico;

Segregação de tarefas conhecida também como Controle Disciplinado é a observância do conjunto de regras estabelecidas para realização das atividades especificas de cada agente ou setor;

Controle de totais busca medir concomitantemente o processamento dos valore que envolvem as transações ocorridas, bem com a totalização segura das metas;

Operações pendentes elaborar uma relação das atividades planejadas, eliminando as já efetuadas e deixando em abertas aquelas por praticar, possibilitando assim um controle das ações praticadas;

Auditoria interna verifica e avalia os procedimentos adotados buscando sempre minimizar os erros ou desvios cometidos, sugerindo recomendações a alta direção de medidas que possam auxiliar nas tomadas de decisões.

Essas formas de controle interno envolvem uma imensa gama de

procedimentos e praticas que possibilitam controlar a empresa.

2.6.4 PRINCÍPIOS DE CONTROLE INTERNO

Na constituição federal em seu art. 37 relata os princípios constitucionais

que regem toda a administração pública que são: Legalidade, Impessoalidade,

Moralidade, Publicidade e Eficiência. Diante da nova realidade da administração

pública surgiram novos princípios que deverão ser considerados na atuação do

Controle Interno, são eles:

26

Princípio do interesse público: toda e qualquer despesa na administração deverá observa o interesse da coletividade, ou seja, ointeresse público deverá prevalecer sobre o interesse privado.

Princípio da economicidade: visa a redução de custos nos serviços públicos, é quando a administração pública adota procedimento para oferece serviços públicos de qualidade por menor custo.

Princípio da celeridade: reduzir o tempo nos procedimentos administrativos, tornando assim a administração pública mais ágil e eficiente no decorrer do tempo, evitando o travamento da máquina.

Principio da razoabilidade: visa as tomadas de decisões ponderadas, visando ao melhor resultado, buscando a razão, as compensações e benefícios para municipalidade (Botelho, 2006).

Princípio da proporcionalidade: as decisões devem ser tomadas de forma equilibrada e todos devem receber o mesmo tratamento, pois a administração pública deve manter a imparcialidade.

Principio da isonomia: estabelece a desigualdades entre os naturalmente desiguais, ou seja, busca obter a igualdade formal.

Princípio da probidade administrativa: está relacionado com a moralidade, pois impõe que o administrador seja honesto.

Esses princípios são um conjunto de regras básicas do controle interno que

busca atender a administração pública e correspondem a medidas que devem ser

adotas em termos políticos, sistemas e organização.

2.7 A AUDITORIA NAS ORGANIZAÇÕES

A auditoria surgiu da necessidade de se garantir a veracidade das

informações derivadas dos registros contábeis (Ribeiro, 2011), ou seja, auditoria

surgiu em decorrência da evolução da contabilidade, e sua origem se perde no

tempo, pois segundo alguns historiadores no Egito antigo autoridades

providenciavam verificações independentes nos registros de arrecadação de

impostos; na Grécia eram realizadas inspeções nas contas de funcionários públicos;

os Romanos comprovavam gastos com autorizações de pagamento; e os nobres de

castelos medievais ingleses indicavam auditores que revisavam os registros

contábeis e relatórios preparados pelos criados, (Boynton, Johnson e Kell, 2002).

Auditoria é o processo sistêmico de obtenção e avaliação objetiva de

evidencias sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para

aperfeiçoamento do grau de correspondência entre a afirmação e critérios

estabelecidos e de comunicação dos resultados a usuários interessados (Boynton,

Johnson e Kell, 2002).

Auditoria é uma técnica contábil que surgiu para garantir a veracidade das

informações derivadas dos registros contábeis, ou seja, surgiu da necessidade

social de proteção à posse.

27

A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e

eficácia do controle patrimonial como objetivo de expressar uma opinião sobre

determinado dado (Attie, 1998).

De acordo com Ribeiro (2011) define que:

Auditoria é uma técnica contábil que consiste na verificaçãoda exatidão e fidedignidade dos dados contidos nas demonstrações contábeis, por meio do exame minucioso dos registros de contabilidades e dos documentos que deram origens a eles.

O termo Auditor provém da palavra inglesa toAuditque quer dizer

examinar, ajustar, corrigir, certificar em português é de origem latina que quer dizer

aquele que ouve, o ouvinte (Franco e Marra, 2007), logo pode-se definir que o

auditor é aquele responsável por examinar ou certificar algo e que seja um bom

ouvinte. Vale lembrar que o termo auditor não é exclusivo do ramo contábil, pois

também existe em diferentes atividades o auditor.

O auditor deve possuir conhecimentos técnicos das diversas áreas

relacionadas com as atividades auditadas e atualizar-se quanto ao avanço das

normas técnicas e procedimentos aplicáveis a auditoria, deve ser absolutamente

independente e imparcial na interpretação de tudo que lhe for apresentado,

atestando a cada dado um pronunciamento conclusivo.

Nessa pesquisa venho relatar sobre a auditoria externa, auditoria interna

e auditoria governamental.

2.7.1 AUDITORIA EXTERNA

Conforme Almeida (2003) auditoria externa ou auditoria independente

surgiu na evolução do sistema capitalista, pois com a expansão do mercado e

oacirramento da concorrência surgiu à necessidade das empresas ampliarem suas

instalações fabris e administrativas, com isso era obrigada a investir no

desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos internos,

principalmente a redução dos custos tornando assim seus produtos mais

competitivos no mercado.

Para as empresas realizarem essas mudanças era necessário que as

captassem recursos junto a terceiros, com isso faziam empréstimos bancários ao

longo prazo e abria seu capital para novos acionistas, mas para que isso

acontecesse era necessário conhecer a situação patrimonial e financeira da

28

empresa, pois era necessário averiguara veracidade das informações, ou seja,

examinar as demonstrações contábeis da empresa.

As demonstrações contábeis passaram a ter mais importância, com isso

era necessário que um profissional verificasse se essas demonstrações foram feito

de maneira correra e se demonstrava realmente a realidade da empresa, pois

verificava a veracidade da informação. O profissional que realiza esse trabalho é o

contador, pois era o entendia de contabilidade e começaram a chamar de auditor

externo, ou seja, ele não ia elaborar as demonstrações ia somente verifica e emite

sua opinião sobre as mesmas.

Segundo Ribeiro (2011) a auditoria externa é uma técnica que consiste na

verificação da exatidão e fidedignidade dos dados contidos nas demonstrações

contábeis, através de exame minucioso dos registros contábeis e documentos que

deram origem a eles.

De acordo com Boynton, Johnson e Kell (2002) os auditores externos

devem ser aprovados em exames específicos, ter experiência prática em auditoria e

são remunerados com base no serviço prestado.

O auditor externo é um profissional que não possui nenhum vínculo

empregatício com a empresa auditada e tem com objetivo emitir um parecer sobre

as demonstrações contábeis, no sentido de verificar se estão refletindo a

adequadamente a realidade e se foram elaboradas obedecendo todos os princípios

contábeis.

2.7.2 AUDITORIA INTERNA

A auditoria interna surgiu com a necessidade de o administrador dar

maior ênfase aos procedimentos internos, pois o mesmo não poderia supervisionar

pessoalmente todas as atividades da empresa.

Almeida (2003) a auditoria interna verifica se as normas internas estão

sendo seguidas e avalia a necessidade de novas normas internas ou de modificação

das existentes, pois não adiante implantar um excelente sistema de controle interno

sem que verifique periodicamente se estão cumprindo o que foi determinado pelo

sistema.

Boynton, Johnson e Kell (2002) define auditoria interna como sendo:

29

Auditoria interna é uma atividade independente, de fornecimento de segurança objetiva e de consultoria que visa acrescentar valor a uma organização e melhorar suas operações. Trazendo para a organização uma abordagem sistêmica e disciplinada para avaliação e melhora da eficácia de seus processos de gerenciamento de riscos, controle e governança, ajuda-a a atingir seus objetivos.

A auditoria interna é uma atividade independente, tem como função a

avaliação e monitoramento da adequação e efetividade do controle interno, possui

caráter mais preventivo do que repressivo e está ligada a alta cúpula da empresa ou

organização.

Vale ressaltar que a independência da auditoria interna esta ligada em

relação à autonomia e objetivada do trabalho a ser realizado, pois o auditor interno e

um empregado da empresa.

O auditor interno surgiu como uma ramificação da profissão de auditor

externo (Almeida, 2003), pois o auditor externo não é funcionário da empresa,

passava um período de tempo curto na empresa e emitia relatórios no qual

apresentava sugestões para solucionar os problemas encontrados, então foi criado o

auditor interno que é um empregado da empresa que são subordinados a alta

administração, visto que eles precisam de autônima para realização do seu trabalho,

ou seja, o auditor interno é uma pessoa de confiança da alta administração, que está

vinculado à empresa por contrato trabalhista. Além disso, o auditor interno não deve

desenvolver atividades que possa futuramente examinar e sua principal função é

auxiliar a organização a alcançar seus objetivos.

QUADRO 1: Principais diferenças entre a Auditoria Externa e Auditoria Interna

Auditoria Externa Auditoria Interna

Profissional Um prestador de serviço. É um funcionário da empresa.

Ações e Objetivo Exame das Demonstrações

contábeis

Exame dos processos operacionais

contábeis e sistêmicos.

Finalidade Opinar sobre as demonstrações

contábeis.

Assegura a proteção do patrimonial

da empresa melhorando os controles.

Grau de independência Mais amplo

Menos amplo

Interessados no trabalho A empresa e público A empresa

Numero de áreas cobertas pelo

exame durante um período

Maior Menor

Intensidade dos trabalhos em

cada áreas

Menor

Maior

Continuidade do trabalho Periódico Contínuo

Fonte: Adaptado Ribeiro,2011

30

Depois de demonstrar as principais diferenças da auditoria interna e

auditoria externa iremos agora estudar sobre a auditoria governamental.

2.7.3 AUDITORIA GOVERNAMENTAL

A auditoria governamental está voltada para Administração Pública,

compreende a auditoria interna e externa envolvendo o patrimônio e o interesse

público.

Peter e Machado (2003) relatam que a existe duas vertentes da auditoria

governamental:

Auditoria Tributaria/fiscal: realizada pelo governo sobre o patrimônio privado com finalidade de identificar e corrigir as atividades contributivas, principalmente nas áreas dos imposto, taxas e contribuições (INSS, FGTS IR e etc); Auditoria de gestão publica: realizada pelo estado visando ao controle da gestão, observando, além dos princípios de auditoria geral, aqueles que norteiam a Administração Pública: moralidade, publicidade, impessoalidade, economicidade e eficiência.

A Auditoria Governamental tem como objetivo analisar a regularidade e

avaliar a eficiência da gestão e dos resultados alcançados, apresentar subsídios

para aprimoramento dos procedimentos administrativos e controle interno das

unidades da administração.

A finalidade da Auditoria governamental é comprovar a legalidade,

legitimidade e avaliar os resultados, quanto à economicidade, eficiência e eficácia da

gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da administração.

Conforme Peter e Machado (2003) os tipos de auditoria governamental

são: Auditoria de Gestão; auditoria de programas; auditoria operacional, auditoria

contábil, auditoria de sistemas, auditoria especial, auditoria de qualidade e auditoria

integral.

Peter e Machado (2003) relata que Auditoria de Gestão tem como objetivo

emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução

de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros

públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens, compreendendo,

entre outros, os seguintes aspectos:

exame das peças que instruem os processos de tornada ou prestação de

contas;

exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos;

31

verificação da existência física de bens e outros valores;

verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábi1;

verificação do cumprimento da legislação pertinente.

Ainda segundo Peter e Machado (2003) a auditoria de Programas

acompanha, examina e avalia a execução de programas e projetos governamentais

específicos, como também a aplicação de recursos descentralizados,

compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos:

análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas

estabelecidos;

análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento produzidos

com vistas à avaliação dos resultados alcançados e à eficiência gerencial;

verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto à

propriedade dos gastos realizados;

análise da adequação dos instrumentos de gestão - contratos, convênios,

acordos, ajustes e outros congêneres - para consecução dos planos,

programas, projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive quanto

à legalidade e diretrizes estabelecidas.

Para Peter e Machado (2003) a auditoria contábil é a técnica que utiliza

no exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações,

mediante procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um

órgão ou entidade, tem como objetivo de obter elementos comprobatórios suficientes

que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os

princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias

refletem a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período

administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.

Auditoria operacional avalia as ações gerenciais e os procedimentos

relacionados ao processo operacional, dos Órgãos ou Entidades da Administração

Pública, programas de governo, atividades, com a finalidade de emitir opinião sobre

a gestão (Peter e Machado, 2003).

Atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia

de seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos

disponíveis, bem como a economicidade, eficiência, efetividade e qualidade dos

controles internos existentes para gestão dos recursos públicos. Aborda os fatos é

32

de apoio, procura auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de

recomendações que visem aprimorar procedimentos, melhorar os controles e

aumentar a responsabilidade gerencial.

Principais objetivos da Auditoria operacional segundo Peter e Machado

(2003).

comprovar a conformidade às diretrizes, políticas, estratégias e ao universo normativo;

avaliar os controles internos;

identificar procedimentos desnecessários ou em duplicidade e recomendar sua correção;

identificar as áreas críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para sua eliminação ou redução;

melhorar o desempenho e aumentar o êxito das organizações por meio de recomendações oportunas e factíveis;

avaliar as medidas adota das para a preservação dos ativos e do patrimônio para evitar o desperdício de recursos;

aferir a confiabilidade, segurança, fidedignidade e consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de informação;

avaliar o alcance dos objetivos e metas identificando as causas dos desvios, quando houver;

identificar áreas que concorrem para aumento e/ou diminuição de custos e/ou receitas;

recomendar e assessorar a implantação de mudanças

Auditoria de sistemas objetiva assegurar a adequação, privacidade dos

dados e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de

dados, observando as diretrizes estabelecidas e a legislação específica.

Auditoria especial visa examinar os fatos ou situações consideradas

relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender a

determinação do Presidente da República, Ministros de Estado ou por solicitação de

outras autoridades.

Auditoria da qualidade busca permitir a formação de uma opinião mais

concreta sobre o desempenho gerencial dos administradores públicos, servindo

como estímulo a adoção de uma cultura gerencial voltada para conquista de

resultados dentro dos princípios da qualidade, identificando os pontos fortes e fracos

da organização.

Utiliza-se de alguns critérios sob a ótica dos quais busca avaliar a

organização, quais sejam: liderança, planejamento estratégico, foco no cliente e no

cidadão, informações e análise, gestão e desenvolvimento de pessoas, gestão de

processo e resultados institucionais.

Peter e Machado (2003) auditoria integral envolve o exame dos controles,

processos e sistemas utilizados para gerenciar os recursos da organização, quais

33

sejam: dinheiro, pessoas, ativos físicos e informações, fundamentando-se em dois

princípios de gestão pública.

O primeiro a gestão deve ser conduzida de forma que as decisões

resultem no melhor uso dos recursos públicos, consequentemente em serviços

públicos econômicos, eficientes e efetivos. O segundo as pessoas que conduzem a

gestão devem ser responsabilizadas pelo gerenciamento prudente e efetivo dos

recursos delegados.

A auditoria governamental comprova a legalidade e legitimidade, avalia os

resultados quanto à economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária,

financeira e patrimonial nas unidades da administração direta e entidades

supervisionadas da administração, bem como a aplicação de recursos públicos por

entidades de direito privado (Peter e Machado, 2003).

2.8 RELAÇÃO ENTRE CONTROLADORIA, CONTROLE INTERNO E AUDITORIA

INTERNA.

No âmbito da administração pública a Controladoria é o órgão da

administração que é responsável pela realização e acompanhamento do Controle

Interno, visando dar mais transparência aos gastos públicos, ou seja, age de uma

forma continua, sempre com caráter de antecipação do controle externo na

verificação de falhas e recomendando soluções para sua correção quando

necessário.

Controle Interno é o conjunto de atividades, métodos, procedimentos e

planos interligados que visa assegurar de uma forma confiável e concreta os

objetivos do órgão e entidades da administração pública sejam alcançados,

evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão.

A auditoria interna consiste em comprovar a legalidade e legitimidade e

avalia os resultados, quanto à eficiência, eficácia e economicidade da gestão

orçamentaria, financeira e patrimonial da administração, normalmente agem em

cima de atos e fatos que já ocorreram, ou seja, do passado, salvo em caso de

auditoria preventiva.

Depois se estudar os conceitos de controladoria e controladoria

governamental, controle interno e auditoria, se verá no próximo capítulo a

metodologia utilizada para realizar a pesquisa.

34

3. METODOLOGIA

Os autores Marconi e Lakatos (2008) relatam em seu livro várias

definições de diversos autores sobre métodos, dentre elas as seguintes:

Método é o caminho pelo qual se chega a um determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado (Hegenberg, 1976). Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado (...) é o caminho a seguir para chegar a verdade nas ciências (Jolivet,1979).

Segundo Oliveira (2002) Metodologia vem do grego Método, Meta = ao

longo de: hodósvia, caminho, organização do pensamento, ou seja, estuda os meios

ou métodos de investigação do pensamento correto e do pensamento verdadeiro

que visa delimitar um determinado problema, analisar e desenvolver observações

criticá-los e interpretá-los a partir das relações de causa e efeito.

Pode se definir então que o método deriva da metodologia e trata do

conjunto de processo pelos quais se torna possível conhecer uma determinada

realidade, ou seja, é a forma de se pensar para chegar a um determinado problema,

para explicá-lo ou para estuda-lo.

A metodologia adotada é uma pesquisa bibliográfica, documental

(consultas a leis e decretos municipais) e entrevistas sobre a implantação da

Controladoria Geral do Município (CGM) e como está sua atuação.

Tendo em vista que o objetivo proposto da pesquisa foi analisar a

implantação da Controladoria no município de Fortaleza, este trabalho se caracteriza

como uma pesquisa exploratória, visando conhecer as atividades da Controladoria

no município de Fortaleza evidenciando o papel da mesma (no período de 2001 a

2012) / Secretaria da Controladoria e Transparência (a partir de janeiro de 2013)

para a efetividade da gestão administrativa do município. Segundo Gil (2002) a

pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o

problema, tornando mais explicito.

A opção pelo estudo do tema se dá devido a Secretaria de Controladoria

e Transparência ser uma secretaria (de quase 12 anos) possui um papel

fundamental na gestão pública do município de Fortaleza, pois tem a finalidade de

ser um instrumento de informação gerencial, controle da legalidade e transparência

da administração, visando à efetividade, controle interno e social das ações do

município.

35

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já

elaborado, constituído principalmente de livros e artigos. As pesquisas exploratórias

podem ser definidas como pesquisas bibliográficas (Gil, 2002).

Quanto aos procedimentos utilizados esse trabalho pode ser classificado

como pesquisa bibliográfica, pois para atingir o objetivo geral utiliza-se nesse

trabalho a pesquisa a partir de material já elaborado, constituído principalmente de

livros, artigos científicos e monografias.

Segundo Cervo, Bervian e Da Silva (2007),

A pesquisa documental é a investigação dos documentos com propósito de descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características. As bases documentais permitem estudar a realidade presente como o passado com a pesquisa histórica.

Com relação aos meios, a pesquisa pode ser enquadrada nas seguintes

classificações:

Documental, pois foram utilizadas de documentos oficiais (as leis

municipais, os decretos municipais e portarias) sobre a criação da secretaria,

a competência e sua finalidade.

Pesquisa de Campo / entrevista, informações coletadas

diretamente na secretaria, com o Controlador, servidores e eis servidores.

Vale salientar que a pesquisa documental se assemelha muito com a

pesquisa bibliográfica, pois a única diferença entre elas está na natureza das fontes.

Enquanto que a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições

dos diversos autores sobre um determinado assunto, a pesquisa documental vale-se

de materiais que não receberam ainda tratamento analítico, portanto ainda podem

ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. (GIL, 2002)

Com relação à coleta dos dados, ou à aquisição das informações

necessárias ao respectivo estudo, adotou-se como instrumentos de coleta de dados

a entrevista, pois a entrevista é uma conversa orientada para um determinado

objetivo, ou seja, por meio de um interrogatório do informante recolhe dados para

pesquisa (CERVO, BERVIAN E DA SILVA, 2007).

Primeiramente em marco de 2004 fez-se contato com o controlador chefe

da Controladoria Geral do Munícipio de Fortaleza, solicitando uma entrevista para

explicar sobre a criação e implementação da Controladoria Municipal de Fortaleza,

explicando assim a origem, os objetivos e o método de trabalho, através da

legislação vigente da controladoria municipal.

36

Em julho de 2013 fez-se contado com o Secretário da Controladoria,

solicitando uma entrevista para explicar a atuação da controladoria e os métodos de

trabalho utilizado para executar seus objetivos.

Pode-se ressaltar que consideram os sujeitos da entrevista o antigo

secretário da Controladoria Geral do Município e o secretário da Secretaria de

Controladoria e Transparência, vale ressaltar que o quadro da secretaria atualmente

é formado por 01 (um) Secretário e 53 (cinquenta e três) comissionados, pois na

controladoria não possui nenhum servidor de carreira, ou seja, não existem

servidores de carreira na Grade da Controladoria, porem existe servidores de outros

órgãos na mesma.

37

4. A CONTROLADORIA NA PREFEITURA DE FORTALEZA

Em 1998 a Prefeitura de Fortaleza começou a discutir a necessidade de

criar a Controladoria Municipal, pois precisava melhorar o controle das contas

municipais. Pode-se afirmar que antes da controladoria, o que existia era uma

equipe na Secretaria de Finanças do Município (SEFIN) voltada para fazer

fluxogramas de caixas. E já os auditores estavam voltados para analisar empenhos.

Foi perguntado ao senhor Mayrink, Chefe da Controladoria Geral do

Município de Fortaleza conforme consta no questionário no anexo I: O que motivou a

criação da Controladoria, como resposta o secretário relata que a motivação da

controladoria se deu devido à necessidade do município ter um controle interno.

Então em 26 de dezembro de 2001 o Prefeito Juraci Vieira de Magalhães

instituiu a Controladoria Geral do Município (CGM), através da lei nº 8.608. O

organograma da Prefeitura Municipal de Fortaleza demonstra estrutura da criação

da CGM.

Organograma da Prefeitura de Fortaleza

Fonte: Lei 8.608 de 26 de dezembro de 2001

Pode-se verificar no organograma que a Controladoria Geral está bem

próxima do Prefeito, e por ela ser um órgão de assessoramento passou a funcionar

no mesmo local do Gabinete do Prefeito, facilitando assim a interação para a tomada

de decisão.

PREFEITO

VICE- PREFEITO

SEPLA

PGM

GABINETE

CGM

SDE

SEINF

SEMAM

SMS

SEDAS

SEFIN

SAM

SER I

SER II

SER III

SER IV

SER V

SER VI

38

O art.20 da lei nº 8.608 relata que:

A controladoria Geral do Município – CGM, órgão de assessoramento do prefeito, tem por finalidade a coordenação, execução e avaliação de auditorias de gestão e de sistemas; dos controles contábeis; do Controle de Preço; do controle e prestação de contas de convênios e contratos e do sistema de informática, em consonância com as políticas e diretrizes formuladas pela administração municipal.

A criação da Controladoria Geral do Município (CGM) foi bastante

significativa para o município de Fortaleza, pois passou a ter um controle interno

municipal, e deu uma transparência dos recursos e dos bens públicos para a

sociedade.

Dentre as perguntas contidas no questionário, foi perguntado também ao

senhor Mayrink quais as dificuldades encontradas no processo de implementação da

Controladoria Geral do Município, como resposta o secretário relata que não foi fácil

implantar a Controladoria, pois tiveram bastante dificuldade, dentre elas as principais

foram: a falta de espaço físico, antipatias e problemas políticos.

Conforme a lei 8.608 a Controladoria Geral do Município é um órgão

integrante da administração direta do município de Fortaleza, que assessora o

Prefeito, dando-lhe informações que possibilitam mensurar os resultados

econômicos e financeiros, ajudando a gerir os recursos públicos para obter os

resultados.

Vale salientar que a CGM não objetiva controlar os órgãos públicos

municipais, pois cada secretário tem autonomia para gerir sua secretaria, visto que,

os mesmos são ordenadores de despesas. Mas a Controladoria Geral do Município

presta assessoria no controle interno de cada órgão auxiliando cada gestor na

tomada de decisão. Com isso, busca evitar que os gestores causem desperdícios

e/ou desvios do erário, promovendo o interesse comum.

O art. 21 relata sobre a competência da CGM. São elas:

I - elaborar normas e instruções e definir procedimentos necessários à execução, acompanhamento e controle das atividades referentes aos sistemas de responsabilidade da CGM; II - realizar auditoria em projetos de investimentos do município; III - emitir relatórios conclusivos de auditorias e controladoria para o gestor maior do município, secretarias e órgãos interessados; IV - elaborar, em coordenação com a Secretaria de Planejamento do Município (SEPLA), a proposta orçamentaria e coordenar a aplicação dos recursos inerentes aos sistemas de responsabilidades da CGM, constantes do Plano Plurianual e do Orçamento Anual do Município; V - contratar, quando julgar necessário, estudos e pesquisas para subsidiar as atividades referentes aos sistemas administrativos pela CGM; VI - instituir convênios e contratos com empresas prestadoras de serviços e consultorias relacionadas com as atividades cometidas à CGM;

39

VII - coordenar, executar e avaliar as atividades de auditorias de sistemas nos diversos softwares do município; VIII - acompanhar e controlar a qualidade das informações constantes do site da prefeitura, oferecendo o necessário suporte à Secretaria de Planejamento e Orçamento-SEPLA, para atualização; IX - Avaliar sistematicamente os resultados obtidos pela implementação de politicas nos sistemas a cargo da CGM; X - participar do planejamento em articulação com a Secretaria de Planejamento-SEPLA; XI - apoiar tecnicamente e orientar as Secretarias Executivas Regionais em assuntos da alçada da CGM; XII - estabelecer controles e promover o acompanhamento necessário ao cumprimento da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000, que dispõe sobre a responsabilidade de auditorias nos órgãos da administração pública municipal; XIII - Subsidiar o Conselho de Orientação Politico-Administrativo do Município de Fortaleza (COPAM) no desempenho das atividades cometidas à Controladoria Geral do Município; XIV - desempenhar outras atividades correlatas.

Ainda na gestão do prefeito Juraci Magalhães, o decreto nº 11.271 de 24

de outubro de 2002, vem dispor sobre a finalidade, estrutura-organizacional e

distribuição de cargos comissionados da Controladoria Geral do Município e das

providências, ou seja, vem efetivar a ação do governo em manter os sistemas de

auditoria e de controle interno do município de forma centralizada em uma única

unidade administrativa.

O Art. 1º define a Controladoria Geral do Município como um órgão

integrante da administração direta do município e sua finalidade, já o Art. 2º relata

sobre a competência e no Art. 3º vem relatar a estrutura da controladoria que são:

01 assessor Chefe; 01 Coordenador de auditoria; 01 gerente da célula de auditoria

de gestão; 07 auditores administrativos; 01 gerente da célula de contratos e

convênios; 01 chefe da unidade administrativa financeira, conforme demonstrado no

Organograma da Controladoria Geral do Município.

Através dessa estrutura na Controladoria Geral do Município, passou a

existir em cada Secretaria Executiva Regional (SER) um auditor que assessora o

secretário, e esses auditores ficam em um período (meses) em cada secretaria,

depois a Controladoria faz um rodízio para que os mesmos não se acomodem e

minimizem as oportunidades de corrupção dentro das regionais.

40

Fonte: Decreto nº 11.271 de 24 de outubro de 2002.

Semanalmente ocorrem reuniões na CGM com os auditores onde serão

discutidos os problemas e soluções, gerando assim uma interação entre os órgãos e

os próprios auditores.

Foi perguntado ao Secretário da CGM se já existem resultados

alcançados com a implementação da controladoria e o mesmo respondeu que esta

tendo mais respeito pelo controle financeiro e melhorou a aplicação dos recursos.

Em 29 de dezembro de 2010 a Prefeita Luizianne de Oliveira Lins

sanciona a Lei Complementar de nº 0.082, que relata algumas alterações na

Controladoria Geral do Município, dentre elas o aumento dos cargos na

competência.

art.6º relata sobre as criação de cargos para compor a nova estrutura organizacional da controladoria: I – 1 (um) secretario executivo; II – 1 (um) corrdenador; III – 4 (quatro) assessores técnicos; IV – 4 (quatro) assistente técnicos; V – 14 (quatorze) auditores; VI – 3 (três) auxiliares técnicos; VII – 3 (três) encarregados de atividades técnicas.

Com isso a controladoria passa ter a seguinte estrutura:01 Controlador

Geral do Município;01 Assessor Especial;02 Assessores Técnico I;02 Assessores

Técnico II;22 Assessores Técnico III;04 Assessores Administrativo I;04

Gabinete do

Assessor-Chefe

Unidade Administrativo

Financeiro (UAF)

Coordenadoria de Auditoria (COAUD)

Célula de Auditoria de

Gestão

Célula de Contratos e Convênios

Assessoria

Técnica (ASTEC)

41

AssessoresAdministrativo II;03 Assessores Administrativo III;03 Apoios

Administrativos I, totalizando assim 42 (quarenta e dois) cargos.

Ainda na gestão da prefeita Luizianne, foram criados esses cargos para a

controladoria desenvolver seus trabalhos. Após uma conversa com alguns auditores

da CGM foi possível perceber que os mesmos estavam voltados para melhoraria do

controle interno com técnicos qualificados e capacitados.

Eles participaram de bastantes cursos de capacitação, mas mesmo assim

na maioria das vezes esses servidores não conseguiam realizar seus trabalhos, pois

devidos a problemas políticos a CGM era impedida de realiza-los em determinados

órgãos.

Não era aceita a “interferência” da Controladoria, isto é, para eles a CGM

estava presente para atrapalhar os seus trabalhos, e não para melhorar, mas

existiam alguns órgãos em que a CGM fazia auditoria preventiva, auditoria de

Gestão e apuração de denuncias.

Foram implantados dentro da Prefeitura alguns sistemas de Controle

como: Sistema de Controle Físico e Financeiro (SAFF) onde se faz o desdobramento

dos projetos e a programação financeira; Sistema de Protocolo Único-SPU que é o

acompanhamento dos processos por todas as secretarias da prefeitura; E-Compras

que gerencia as aquisições e processos licitatórios da Prefeitura Municipal de

Fortaleza. Vale salientar que esses programas não são integrados e a Controladoria

não opinava nesses sistemas.

O Prefeito Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra assumiu seu mandando

em 01 de janeiro de 2013 e organiza administrativamente a Prefeitura Municipal de

Fortaleza, ou seja, a Lei Complementar nº 0.137 de 08 de janeiro de 2013 relata

toda essa organização dentre elas a Controladoria Geral do Município passa a ser

Secretaria Municipal da Controladoria e Transparência (SECOT).

O Art. 12 da lei Complementar nº 0.137, relata que:

À Secretaria Municipal da Controladoria e transparência compete: Elaborar normas e instruções e definir procedimentos necessários à execução de suas responsabilidades; realizar auditoria em projetos de investimentos amparados por contratos e convênios, onde o Município seja parte; emitir relatórios conclusivos de auditoria e controladoria para o gestor maior do município, secretarias e órgãos interessados; acompanhar e controlar a qualidade das informações constantes do portal da transparência da Prefeitura Municipal de Fortaleza; apoiar tecnicamente e orientar os órgãos da administração direta e indireta em assuntos de sua alçada; estabelecer controles e promover o acompanhamento necessário ao cumprimento da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000.

42

Na entrevista com o Secretário da Secretaria da Controladoria e

Transparência (SECOT) Marlon Cambraia conforme consta no questionário no

anexo II, foi perguntado: que a CGM foi criada em 2001 visando ter um bom controle

interno e podemos realmente afirmar que se tem esse controle? Segundo o

secretário Marlon o controle interno e o controle social são muito precários então a

nova secretaria da controladoria tem o papel de reverter essa situação. Existia uma

barreia para controladoria realizar seu trabalho e atualmente essa barreira está

acabando, pois os atuais secretários e ordenadores de despesas estão indo buscar

a ajuda da SECOT.

É possível relatar que está havendo um grande avanço para a

controladoria no município de Fortaleza, entretanto no dia 05 de março de 2013 o

prefeito de Fortaleza publicou o decreto 13.087 que dispõe sobre a criação do

Comitê Municipal de Gestão por Resultado e Gestão Fiscal de Fortaleza

(COGERFFOR).

Art.1º Fica criado o Comitê Municipal de Gestão por Resultados e Gestão

Fiscal de Fortaleza (COGERFFOR) com o propósito de assessorar o Prefeito

Municipal de Fortaleza, definir as diretrizes e estabelecer medidas a serem seguidas

pelos órgãos que integram a administração municipal visando:

I – garantir o equilíbrio financeiro sustentável do Tesouro Municipal, o cumprimento de metas fiscais de resultado primário e compromissos legais e constitucionais; II – implantar um modelo de gestão baseado em resultados; III – elevar a eficiência, a eficácia e a efetividade da administração municipal; IV – contribuir para a preservação dos interesses contidos nas políticas públicas do Município de Fortaleza.

O COGERFFOR reúne-se de forma ordinária semanalmente,

preferencialmente às terças-feiras, onde planeja, coordena, supervisiona, executa,

controla e avalia as atividades financeiras do município, por meio da politica fiscal

nas suas vertentes tributárias e orçamentarias.

Fazem parte do COGEFOR 06 (seis) secretarias. Dentre elas, está o

secretário da Secretaria de Controladoria e Transparência, pois é um dos membros

do comitê, ou seja, a controladoria passa a ser uma secretaria que participa

ativamente da gestão, ajudando assim nas tomada das decisões.

Foi verificado que o prefeito está bastante preocupado em ter um bom

controle interno, com isso estão integrando os sistemas existentes SAFF, E-compras

e SIOF. O SIOF é um Sistema Integrado de Orçamento e Finanças que tem por

43

objetivo, administrar a receita do município, bem como controlar e acompanhar suas

despesas desde o seu compromisso (empenho) até sua efetiva liquidação, gerando

automaticamente os lançamentos contábeis necessários para atualizações do Plano

de Contas e emissão dos balancetes e relatórios afins.

Foi criado o sistema de Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários-

MAPPFFOR que é um sistema de programação e monitoramento dos projetos da

prefeitura, em que prioriza os investimentos e se realiza o monitoramento estratégico

dos mesmos, detalhando operacionalmente programas e ações do Plano Plurianual

(PPA) e esse sistema também está sendo integrado com o SIOF.

Atualmente a controladoria acompanha a integração dos sistemas tendo

acesso para acompanhamento dos controles e auxiliando ao COGEFOR.

Em 29 de abril de 2013, o decerto nº 13.117, vem dispor sobre a estrutura

organizacional, a distribuição e a denominação dos cargos em comissão da

Secretaria da Controladoria e Transparência – SECOT, e dá outras providências.

Art. 1º Fica aprovado à estrutura organizacional da Secretaria da Controladoria e Transparência, definida em seus níveis de hierarquia, que será a seguinte: I – Direção Superior – Secretário da Controladoria e Transparência e Secretário executivo da Controladoria e Transparência. II – Órgãos de assessoramento: 1. Assessoria jurídica. 2. Assessoria de planejamento e desenvolvimento institucional. III – Órgão de execução programática: 3. Coordenadoria de controladoria. 3.1. Célula de gestão de regularidade. 3.2. Célula de gestão de estatística e desempenho. 3.3. Célula de gestão de ações preventivas. 3.4. Célula de gestão de contratos e convênios. 3.5. Célula de gestão de auditorias especiais. 4. Coordenadoria de transparência. 4.1. Célula de gestão de atendimento a resposta. 4.2. Célula de gestão de desenvolvimento e acompanhamento de informações. IV – Órgão de execução instrumental: 5.Coordenadoria administrativa-financeira. 5.1. Célula de gestão administrativa. 5.2. Célula de gestão financeira. 6. Célula de gestão de tecnologia da informação. Art. 2º Ficam distribuídos e inseridos na estrutura organizacional da Secretaria de controladoria e Transparência 54 (cinquenta e quatro) cargos, sendo 01(um) símbolo de S-1, 01 (um) símbolo S-2, 01 (um) símbolo DG-1, 04 (quatro) símbolos DNS-1, 11 (onze) símbolos DNS-2, 24 (vinte e quatro) símbolos DNS-3, 03 (três) símbolos DAS-1, 06 (seis) símbolos DAS-2 e 03 (três ) símbolos DNI-1, sem prejuízo da criação de novos cargos que se fizerem necessários. Art. 3º Obedecida a legislação própria e os parâmetros estabelecidos neste decreto, as competências das unidades orgânicas integrantes da estrutura da Secretaria de Controladoria e Transparência serão fixadas em regulamentos a ser aprovado por decreto do Poder Executivo no prazo de até 90 (noventa) dias a partir da publicação deste decreto. Art.4º Os cargos constante deste decreto são o Anexo I, com símbolos, denominações e qualificações ali previstas. Art.5º O organograma representativo da estrutura organizacional da Secretaria de Controladoria e Transparência é o constante do anexo II deste decreto. Art. 6º Este decreto entra em vigor a partir de 01 de maio de 2013.

44

Com a lei complementar nº 137 foram criados novos cargos e, contudo a

SECOT além de ser responsável pelo controle interno se responsabilizara pela

transparência havendo a necessidade de mais cargos.

Vale ressaltar também que a Secretaria de Controladoria e Transparência

esta tendo mais autonomia para executar seus trabalhos em todos os órgãos da

administração.

No Quadro 02 pode-se observar a estrutura de todos os cargos da secretaria.

Quadro 02: Nova estrutura da SECOT

DENOMINAÇÃO DOS CARGOS SÍMBOLO QUANTIDADE

Secretário S-1 01

Secretário Executivo S-2 01

Assessor Especial I / Coordenador Especial DG-1 01

Assessor Especial II / Coordenador DNS-1 04

Assessor Técnico / Gerente DNS-2 11

Articulador / Assistente Técnico – Administrativo I DNS-3 24

Assistente Técnico – Administrativo II DAS-1 03

Assistente Técnico – Administrativo III DAS-2 06

Suporte de atividades técnicas DNI-1 03

TOTAL 54

Fonte: Dereto Nº 13.117/2013

Com a reorganização e o aumento dos cargos foi necessária uma

mudança estrutural, onde antes a secretaria funcionava em uma casa “precária”,

então foi necessário ir para um local maior e mais bem aparelhado.

Dentre as perguntas contidas no questionário tem-se: o que gerou a

necessidade de aumentar o quadro de cargos da SECOT? Conforme o secretário da

SECOT o aumento dos cargos ocorreu devido à controladoria assumir a

coordenadoria de transparência da prefeitura e ainda no ano de 2013 irá assumir

também a ouvidoria municipal.

Foi publicado no diário oficial do município do dia 08 de agosto de 2013

duas Portarias da SECOT.A primeira portaria 008/2013 em que o Secretário da

Secretaria da Controladoria e Transparência do Município normatiza a

documentação necessária para exercer os cargos na secretaria e a segunda portaria

009/2013 regulamenta a carga horária dos servidores da SECOT.

Diante dessas portarias vale ressaltar a preocupação que o secretário da

SECOT Marlon Cambraia está tendo em formar uma equipe de servidores

45

qualificados, de bom caráter, e com ficha limpa, para que possam executar um bom

trabalho na secretaria.

Durante a entrevista com o secretário da SECOT, foi relatado sua

preocupação em ter profissionais qualificados. O mesmo vai adotar uma postura de

incentivar os servidores a fazerem cursos, e quem sabe até serem reconhecidos

dentro do órgão pelo seu trabalho, como poderemos ver no questionário em anexo

II.

Vale salientar também que o secretario da SECOT não está só

preocupado com o número de auditorias que será feita pela secretaria, mas também

na qualidade e no retorno dessas auditorias, para ser avaliado se o trabalho da

secretaria esta gerando um bom resultado.

46

5. CONCLUSÃO

O estudo realizado buscou analisar a implantação da Controladoria no

município de Fortaleza, e constatou que a controladoria começou a ser discutida em

1998, mas somente em 2001 foi criada através da lei nº 8.608.

Verificou-se que a estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de

Fortaleza está bem dividida, pois a antiga Controladoria Geral do Município - CGM

foi criada para ser um órgão de assessoramento do Prefeito, ou seja, ligado

diretamente ao gestor municipal.

A CGM não possuía autonomia para realizar seu trabalho para o qual foi

criada, devido aos problemas políticos, e somente com a mudança de Gestão, que a

Secretaria de Controladoria e Transparência – SECOT passou a ter autonomia e

reconhecimento. A SECOT está sendo procuradapelos demais órgãos para realizar

auditorias e auxiliar na tomada de decisão.

No que refere à pergunta de partida, a mesma foi respondida, pois foi

observado que o controle interno era muito precário, e com isso, não tinha uma boa

informação para ajudar ao Prefeito de Fortaleza a aplicar os recursos de uma

maneira eficiente e eficaz.

O atual secretário visando melhorar esse controle em seis meses quebrou

as barreias politicas existentes na CGM, dando assim autonomia para a SECOT.

Além disso, melhorou a estrutura física, aumentando o quadro de pessoal e está

implantando tecnologia para ajudar a realizar os trabalhos com mais efetividade.

Em relação ao objetivo Geral deste trabalho que foi analisar a

implementação da Controladoria no município de Fortaleza, pode-se afirmar que foi

atingido à medida que foi apresentando as lei de criação e suas alterações, assim

como os objetivos foram alcançados.

De acordo com o decreto nº 11.271 /2002 a Controladoria tinha apenas 12

(doze) cargos. Já com a lei nº 0.082 de 2012 a controladoria passa a ter 42

(quarenta e dois) cargos, ou seja, tem um acréscimo de 250% (duzentos e cinquenta

por cento). Com o decreto nº 13.117 de 2013 a controladoria passa a ter em seu

quadro 54 (cinquenta e quatro) cargos e com isso tem um aumento de 28,57% (vinte

e oito e cinquenta e sete por cento).

47

Foi possível notar que o Secretário Marlon Cambraia após assumir a

Controladoria se preocupou em ter uma equipe capacitada, onde manteve os

Funcionários da Prefeitura e criou mais alguns cargos devido à demanda e ao

objetivo da Secretaria da Controladoria e Transparência. Além de ser responsável

pelo controle interno e pela Transparência em breve a SECOT assumirá também a

Ouvidoria Municipal.

A controladoria no município de Fortaleza existe há doze anos, mas

somente agora ela está assumindo realmente seu papel, executando seu trabalho

sem interferência política, participando ativamente da administração, ajudando as

demais secretarias/órgãos, e está realmente buscando administrar de uma melhor

forma os recursos públicos.

48

6. REFERÊNCIAS

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Paulo,2003.

ATTIE, William. Auditoria conceitos e aplicações 3ª ed. São Paulo, 1998.

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pública municipal. 1ª ed. Curitiba: Afiliada, 2006.

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2ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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6ª ed. São Paulo, 2007.

______. Decreto nº 11.271 de 24 de outubro de 2002. Dispõe sobre a finalidade,

estrutura organizacional e distribuição dos cargos comissionados da Controladoria

Geral do Município –CGM, e dá outras providências.

_______. Decreto nº 13.087 de 05 de março de 2013. Dispõe sobre a criação do

Comitê Municipal de Gestão por Resultados e Gestão Fiscal de Fortaleza –

COGERFFOR, e dá outras providências.

_______. Decreto nº 13.117 de 29 de abril de 2013. Dispõe sobre a estrutura

organizacional, a distribuição e a denominação dos cargos em comissão da

Secretaria da Controladoria e Transparência – SECOT e da outras providencias.

49

_______. JUSTA, Fernando Antonioda. Apostila de Controle Interno na

Administração Pública. Ministrado no Conselho Regional de Contabilidade do Ceará

em maio de 2013.

_______. Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964. Estabelece normas de finanças

públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

_______. Lei nº 8.608 de 26 de dezembro de 2001. Dispõe sobre a organização

administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, e dá outras providencias.

_______. Lei Complementar nº 0.082 de 29 de dezembro de 2010. Altera as

competências instituídas pela lei municipal nº 8.608 de 26 de dezembro de 2001, e

dispõe sobre a estrutura organizacional, a distribuição dos cargos da Controladoria

Geral do Município e dá outras providências.

_______. Lei Complementar nº 0.137 de 08 de janeiro de 2013. Dispõe sobre a

organização administrativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza e dá outras

providências.

_______. Portaria SECOT 008/2013 de 06 de agosto de 2013.

_______. Portaria SECOT 009/2013 de 06 de agosto de 2013

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil Normas de auditoria

procedimentos e papeis de trabalho programa de auditoria relatoria de auditoria.4ª

ed. São Paulo, 2007.

FIGUEIREDO, Sandra; CACGIANO, Paulo Cesar. Controladoria Teoria e prática.

3ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo, 2002.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS Eva Maria. Metodologia Científica. 5ª ed.

São Paulo: Atlas, 2008.

50

MOSIMANN, Clara Pellegrinello; FISCH, Sílvio. Controladoria: Seu papel na

administração de empresas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. Controladoria Fundamentos do Controle

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_______. Controladoria Governamental: Governança e controle econômico na

implementação das politicas publicas. São Paulo: Atlas, 2010.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho R. Planejamento Estratégico. 25ª. ed. São Paulo: Atlas.

2008

OLIVEIRA, Luís Martins; PEREZ JÚNIOR, José Hernandez; SILVA, Carlos Alberto

dos Santos. Controladoria Estratégica textos e casos práticos com soluções. 8ª ed.

São Paulo: Atlas, 2011.

OLIVEIRA, Silva Luiz. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira

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PETER, Maria da Glória Arrais; MACHADO, Marcus Vinícius Veras Organização do

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RIBEIRO, Osni Moura; RIBEIRO, Juliana Moura. Auditoria Fácil. São Paulo: Saraiva,

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SANTOS, Sandra Maria dos; PESSOA, Maria Naiula Monteiro; MACIEL, Terezinha

de Jesus Pinheiro. Controladoria Múltiplos Enfoques. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

51

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7ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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Atlas, 2007

_______ . Manual da Contabilidade Pública. São Paulo: Atlas,2003.

SCHIMIDT, Paulo. Controladoria: Agregando valor para empresa. Porto Alegre:

Bookman, 2002.

52

ANEXOS

53

ANEXO I

Entrevista com José Martins Mayrink Secretário Chefe da Controladoria Geral do

Município de Fortaleza em Março de 2004.

1ª O que motivou a criação da Controladoria Geral do Município?

A necessidade de um controle Interno.

2ª A lei de responsabilidade fiscal influenciou de que maneira a criação da

CGM?

Não influenciou, pois a instalação da Controladoria foi precedida a lei de responsabilidade fiscal, antes da lei de responsabilidade fiscal já estava sendo organizada a controladoria do Município.

3ª Quais eram os controles antes da CGM?

A secretária de Finanças estava voltada para fazer os fluxogramas de caixa e os auditores estavam voltados para analisar os empenhos.

4ª Os controles existentes não eram suficientes?

Não, pois pode se dizer que quase não existia controle, daí a necessidade da Controladoria Geral do Município.

5ª Quando começou o processo de discussão para implantação da CGM?

Em 1998, pois foi identificada a primeira necessidade de ter uma controladoria, ou seja, um melhor controle das contas do município.

6ª Existe um cronograma planejado das atividades para implementação da

CGM?

Tem um projeto original, mais ainda não foi totalmente implantado, por falta de recurso e verba orçamentária.

7ª Qual o modelo de gestão adotado para CGM?

O Modelo é circunstancial, vai modificando direto, pois o modelo que era adotado a

dois anos atrás é diferente de hoje e os profissionais estão sempre se atualizando.

54

8ª Quais as dificuldades encontradas no processo de implementação da CGM?

Varias dificuldades, entre elas falta de espaço físico, antipatias, problemas políticos,

entre outros.

9ª Quais os resultados esperados com a implementação da CGM?

Um bom controle interno.

10ª Já existem resultados esperados com a implementação da CGM? Quais?

Maior respeito pelo controle financeiro e melhor aplicação dos recursos.

11ª Qual o custo estimado de implementação da CGM?

Não da pra informar porque ainda estamos implantando.

55

ANEXO II

Entrevista com Marlon Carvalho Cambraia Secretário da Secretaria da

Controladoria e Transparência em junho de 2013.

1ª O senhor quando foi vice-prefeito no período de 1997 a 2000 participou de

algum debate para criação da controladoria?

Não foi me dado nenhum trabalho executivo, pois o meu papel de vice-prefeito na

época era para se dedicar as questões política dentro da prefeitura e substituir o

prefeito em eventuais ausências.

2ª A Controladoria Geral do Município foi criada em 2001 visando ter um bom

controle interno e hoje podemos realmente afirmar que se tem esse controle?

O controle interno e controle social no âmbito da administração pública municipal

são precários, mas tem melhorado muito no curto espaço de tempo que dispomos, a

estrutura física está sendo melhorada, a parte de pessoal incrementando de 42

(quarenta e dois) para 54 (cinquenta e quatro) e vamos aumentar ainda mais esse

quantitativo através do concurso, pois não pode fazer um bom controle se não tiver

gente especializa para atender a demanda.

3ª Qual o modelo de gestão adotado pela SECOT?

Com a nova restruturação, não vamos ter auditores específicos para trabalhar na

educação ou na saúde, todos os auditores vão poder desenvolver o trabalho

independente do órgão ou secretaria, ou seja, auditores que trabalham com

educação pode trabalhar na saúde ou nas regionais, obvio que vai haver algumas

particularidades nomeei um Engenheiro Civil que é Funcionário Público do Município

para acompanhar e fiscalizar as obras da prefeitura. E vamos acompanhar se a

auditoria teve resultado ou não, ou seja, se essa auditoria teve produtividade para

administração.

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4ª Ainda existe barreira para CONTROLADORIA realizar seu trabalho com as

demais secretarias? Como está sendo visto esse trabalho (interferência) da

SECOT pelas outras secretarias?

Não temos o papel de puxar a orelha de ninguém e às vezes de uma forma até

pejorativa a controladoria é tida e havida como um órgão policialesco e não é nosso

papel e eu afasto com toda veemência essa função, agora de fato como temos uma

função fiscalizatória, as auditorias acontecem independentemente da vontade do

gestor e devem acontecer, quando destinamos um grupo de auditor para realizar

uma determina fiscalização encaminhamos um ofício informando ao gestor do órgão

e comunicando que o grupo está indo para desenvolver um trabalho e pedimos

apoio e total disponibilização de informações, dados e dos documentos. E posso

assegurar que nessa gestão não existiu nenhuma oposição, pois os gestores estão

nos procurando para que possamos auditar os contratos existentes da gestão

passada, e as auditorias que partiram direto da Secretaria de Controladoria e

Transparência-SECOT não teve oposição pelo contrario foi bastante aceita pelos

secretários, isso quem estão falando são os próprios auditores.

5ª A SECOT tem como finalidade ser um instrumento de informação gerencial,

controle da legalidade e transparência da administração, visando à efetividade,

controle interno e social das ações do município: como ela pretende alcançar

esse objetivo e em quanto tempo levar para isso acontecer?

O controle da legalidade tem que ser observado por todos os gestores, pois eles

respondem perante as cortes de contas, respondem junto ao Ministério Público por

eventuais desvios então o controle da legalidade da administração ele é feito e

precisa ser feito por todos aqueles que são ordenadores de despesas/gestores, nós

como controle interno e controle social precisamos estar atento e próximo desses

gestores para que não haja desvio de conduta precisamos maximizar os recursos

que já são escassos.

6ª Como está à estrutura física da SECOT?

Antes funcionava numa casa precária e pequena, que não comportava nem o 42

(quarentas e dois) funcionários existente, em seis meses de gestão conseguimos

praticamente triplicar o espaço físico e as condições de trabalho, estamos

melhorando e muito a infraestrutura reaparelhando inclusive buscando a tecnologia

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de informação para dar uma dinâmica maior a controladoria, até porque hoje não é

só a controladoria, tem a transparência e em breve estarem trazendo a ouvidoria, ou

seja, será incorporada a Controladoria.

7ª Tem alguns incentivos para funcionários da SECOT (como curso ou

capacitações)?

Foi detectado que no quadro da CGM os auditores eram oriundos de cargos

comissionados, não foram escolhido através de concurso, pois o cargo de auditor de

controle interno é fundamental e tem que ter estabilidades para que o órgão tenha

uma memória, não fique acéfalo, diante dessa deficiência provavelmente até

meados de 2014 terá concurso público para auditor e analista de controle interno.

Entrevistei os que aqui estavam e selecionei de preferências os servidores de

carreira da prefeitura que já tinham cursos junto a Controladoria Geral da União-

CGU, curso de controladoria junto aos órgãos da própria prefeitura como o Instituto

Municipal de Pesquisa Administração e Recursos Humanos-IMPHAR, ou seja,

pessoas com alguma formação para ser útil. De acordo com acompanhamento da

auditoria, vamos adotar uma politica de resultados e de produtividade e que essa

produtividade seja contemplada com alguns benéficos da administração, ou seja, a

equipe que trabalhou de uma forma mais produtiva ela tenha um reconhecimento da

administração, vou tentar implantar para que os nossos servidores possam ser

estimulados no seu trabalho. Será criada uma Biblioteca Física e virtual para

atualizar os servidores.

8ª A controladoria como um órgão de assessoramento ela realmente participa

das decisões da administração do prefeito Roberto Claudio?

Eu asseguro que sim, pois de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal todas as

contas de todos os gestores precisam passar pelo crivo da controladoria, a

participação é direta a lei determina que o Controlador/Secretário aponha sua

rubrica e chancele as contas de gestão de todos os órgãos da administração e eu

não vou assinar nada se entes submeter ao um estudo técnico e contábil para saber

se está tudo em ordem. Foi criado em Maio de 2013 o COGERFFOR – Comitê

Municipal de Gestão por Resultados e Gestão Fiscal de Fortaleza esse comitê é

formado por seis secretarias: Secretaria de Finanças; Procuradoria Geral do

Município; Secretaria de Governo; Secretaria de Planejamento e Gestão; Secretaria

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de Controladoria e Transparência e Instituto de Planejamento de Fortaleza e através

desse comitê que todas as contas financeiras da administração são aprovadas e

destinadas.

9ª O que gerou a necessidade de aumentar o quadro de cargos da SECOT.

Primeiro porque foi criada uma coordenadoria de transparência, em breve estaremos

assumindo a Ouvidoria.

10ª Existe algum regimento interno da SECOT?

Existe um antigo regimento da antiga Controladoria Geral do Município, mas

estaremos criando um novo regimento que será adaptado da SECOT.