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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Centro de Ciências Sociais Aplicadas CECIESA Gestão Curso de Administração Estágio Supervisionado Rafael Amaral TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO IMPLANTAR O PROGRAMA 5 SENSOS NA EMPRESA RAYFAN INDUSTRIA TÊXTIL LTDA. ITAJAÍ (SC) 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA –

Gestão Curso de Administração Estágio Supervisionado

Rafael Amaral

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

IMPLANTAR O PROGRAMA 5 SENSOS NA EMPRESA RAYFAN INDUSTRIA TÊXTIL

LTDA.

ITAJAÍ (SC)

2009

2

RAFAEL AMARAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

ESTÁGIO

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5 SENSOS NA EMPRESA RAYFAN

INDUSTRIA TÊXTIL LTDA.

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2009

3

Dedico esse trabalho a meu irmão Evanildo

Amaral Junior, (in memoriann), cuja

presença, força e fé, sempre me incentivaram

a concluir com dedicação este trabalho.

4

Agradeço pelo incentivo, ajuda e carinho oferecidos

pela minha mãe, meu pai, familiares e amigos.

Agradeço ao professor Raulino, pela oportunidade de

tê-lo como orientador tornando possível a

concretização deste trabalho de conclusão de estágio.

5

O empresário é como o pescador, que lança

no mar da vida suas redes de idéias

empreendedoras, audácia, fé e coragem,

buscando sempre o desfecho triunfante de

um sonho: o sucesso!

Helena Maria de Souza Amaral, 2009

6

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Rafael Amaral

b) Área do estágio

Administração Geral

c) Supervisor de campo

Evanildo Amaral

d) Orientador de estágio

Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm.

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, Msc.

7

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Rayfan Indústria Têxtil Comércio e Representação LTDA.

b) Endereço

Rua Almirante Barroso, n 52 Centro de Itajaí - SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Setor Administrativo

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Evanildo Amaral

f) Carimbo e visto da empresa

8

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 13 de setembro de 2009.

A Empresa RAYFAN INDÚSTRIA TÊXTIL COMERCIO E REPRESENTAÇÃO

LTDA-ME, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí -

UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio

executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico RAFAEL AMARAL.

__________________________________ EVANILDO AMARAL

9

RESUMO

O mercado global sofre com a instabilidade e a concorrência cada vez mais acirradas, obrigando as empresas a se organizarem e se aperfeiçoarem para que possam agregar valor aos seus produtos ou serviços. Para tal, conquista o programa cinco sensos é um conjunto de conceitos simples e completo, que quando aplicados proporcionam um ambiente agradável e produtivo. Este trabalho teve como finalidade organizar o setor de produção, administrativo e almoxarifado, proporcionando melhorias e visando a qualidade. O objetivo geral, teve como foco, a implantação do programa cinco sensos na empresa Rayfan Indústria têxtil Comercio e Representação Ltda-ME. E como objetivos específicos analisar o ambiente de trabalho da empresa, expor os procedimentos e principais benefícios dos 5 sensos, executar as etapas do programa, acompanhar o processo de implantação. Este trabalho de implantação dos cinco sensos é utilizado como recurso para educar pessoas nas sua próprias atividades, através do envolvimento e a colaboração de todos. A pesquisa realizada na empresa caracteriza-se por qualitativa e quantitativa. A população foi composta pelos 13 colaboradores, o proprietário e o acadêmico. Os dados foram coletados através de check-list, observação participante e entrevista e posteriormente foram analisados pelo acadêmico. Os resultados foram satisfatórios, pois foi possível perceber a melhoria dos setores. Porém alguns aspectos precisam ser aperfeiçoados, principalmente os sensos de saúde e de disciplina. O estágio foi importante para o acadêmico e para a empresa, pois estimulou o crescimento profissional e obteve junto aos colaboradores diversos benefícios, podendo afirmar que se deu o início ao primeiro passo para a qualidade total.

PALAVRAS CHAVE: Melhoria Contínua, Programa 5 Sensos e Qualidade.

10

Sumário

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 12

1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA / JUSTIFICATIVA ........................................................................... 13

1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO ....................................................................................................... 15

1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ................................................................................................... 16

1.3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO DE ESTÁGIO .................................................................... 16

1.3.2 CONTEXTO E PARTICIPANTES DA PESQUISA ........................................................................ 18

1.3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ............................................... 18

1.3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................... 19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................... 21

2.1 ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................................... 21

2.1.1 BREVE HISTÓRICO ................................................................................................................. 22

2.1.2 TEORIAS ................................................................................................................................. 23

2.1.3 ÁREAS .................................................................................................................................... 25

2.1.4 FUNÇÕES ............................................................................................................................... 27

2.2 EMPRESA FAMILIAR ................................................................................................................. 29

2.3 PEQUENAS EMPRESAS ............................................................................................................... 30

2.4 QUALIDADE ............................................................................................................................... 33

2.4.1 EVOLUÇÃO DO CONCEITO E FILOSOFIA DA QUALIDADE ....................................................... 35

2.4.1.1 Filosofia da Inspeção............................................................................................................ 36

2.4.1.2 Filosofia do Controle Estatístico da Produção ..................................................................... 36

2.4.1.3 Filosofia Garantia de Qualidade ........................................................................................... 36

2.4.1.4 Filosofia da Qualidade Total ................................................................................................ 37

2.4.2 FERRAMENTAS DA QUALIDADE ............................................................................................. 38

2.5 PROGRAMA 5 SENSOS ............................................................................................................... 38

2.5.1 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 39

2.5.2 SENSO DE UTILIZAÇÃO – SEIRI ............................................................................................. 40

2.5.3 SENSO DE ORDENAÇÃO – SEITON ........................................................................................ 40

11

2.5.4 SENSO DE LIMPEZA – SEISO ................................................................................................. 41

2.5.5 SENSO DE SAÚDE – SEIKETSU .............................................................................................. 41

2.5.6 SENSO DE AUTODISCIPLINA – SHITSUKE ............................................................................. 42

2.5.7 BENEFÍCIOS DOS 5 SENSOS ................................................................................................. 42

2.5.8 PLANO DE AÇÃO 5W 2H ........................................................................................................ 43

3 DESENVOVIMENTO DA PESQUISA .................................................................................... 45

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................................. 45

3.1.1 HISTÓRICO ............................................................................................................................. 45

3.1.2 ESTRUTURA ........................................................................................................................... 46

3.1.3 PROCESSOS ........................................................................................................................... 47

3.1.4 PRODUTOS ............................................................................................................................. 48

3.1.5 MERCADO .............................................................................................................................. 48

3.2 RESULTADOS DA PESQUISA ...................................................................................................... 49

3.2.1 ROTEIRO ................................................................................................................................ 49

3.2.2 DIAGNÓSTICO INICIAL ............................................................................................................ 52

3.2.3 REUNIÃO DE ABERTURA ........................................................................................................ 56

3.2.4 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA .............................................................................................. 57

3.2.4.1 Senso de Utilização .............................................................................................................. 57

3.2.4.2 Senso de Ordenação ............................................................................................................. 59

3.2.4.3 Senso de Limpeza ................................................................................................................ 60

3.2.4.4 Senso de Saúde ..................................................................................................................... 61

3.2.4.5 Senso de Disciplina .............................................................................................................. 62

3.2.5 AUDITORIA INTERNA .............................................................................................................. 63

3.3 SUGESTÕES ................................................................................................................................ 65

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 67

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................................................................70

APÊNDICES .......................................................................................................................................72

ANEXOS..............................................................................................................................................83

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS...............................................................................................91

12

1 INTRODUÇÃO

Em Santa Catarina encontra-se o segundo pólo têxtil e do vestuário do

Brasil, estando situada aqui a segunda maior fabricante de camisas de malha do

mundo. Considerado também o maior produtor de linhas para crochê e fitas

elásticas da América Latina. Destaca-se ainda a produção de artigos de cama,

mesa e banho. A região é o maior exportador do Brasil de roupas de

toucador/cozinha, de tecidos atoalhados de algodão e camisetas T-Shirts de malha,

sendo o terceiro setor que mais fatura no estado, perdendo apenas para o setor

cerâmico e de alimentos, segundo informações da Fiesc (2009). O setor garante

emprego para 155.529 pessoas segundo dados da revista Click Fashion (2009).

Possui grandes empresas, que atendem o mercado interno e externo, exportando

para maioria dos continentes. Como o caso da Hering, Colcci, Malwee, entre outras,

sendo assim, um incentivo para as empresas de pequeno porte situadas nas

proximidades.

Porém, o setor têxtil passou por um processo de globalização e de

desenvolvimento. Portanto, sofre com a vinda das mercadorias importadas da

China com preços competitivos causando algumas dificuldades para os que atuam

no mercado interno. Muitos desses produtos são iguais na qualidade. O consumidor

brasileiro deseja sempre o melhor custo-benefício, isto é, preço baixo e qualidade.

Percebe-se que o mercado está cada vez mais exigente em produtos e serviços.

No entanto, é necessário que as empresas se organizem e planejem seu futuro,

para melhor se adequarem as exigências eminentes.

Todas as mudanças que se fazem numa empresa têm por objetivo a

melhoria no funcionamento geral em um e/ou todos seus setores. Portanto, o

aprimoramento empresarial concretiza resultados positivos nas transações

comerciais. Resultados positivos podem advir de aumento na produtividade, melhor

uso dos recursos e qualidade no ambiente de trabalho. Assim esses ganhos se

revertem em lucro. O lucro é a conseqüência de um gerenciamento adequado e

adaptado as exigências atuais de um mercado cada vez mais seletivo.

Todo o processo de mudança é positivo e torna-se essencial para se

preservar o equilíbrio das empresas. Frente as disputas acirradas que se

manifestam nos mecanismos que gerenciam as atividades empresariais como

13

vendas, prestação de serviços, enfim todos os processos que envolvem o giro

financeiro mundial.

A empresa escolhida para a realização deste trabalho é a Rayfan Indústria

Têxtil Ltda., situada na cidade de Itajaí. Atua no ramo de confecção e comércio de

artigos têxteis há 15 anos. Pretende-se com a realização deste trabalho, melhorar a

qualidade do seu ambiente de trabalho e torná-la mais competitiva no mercado

onde atua.

A marca Rayfan constitui parceria de qualidade e fidelidade. Atende a uma

clientela exigente, que encontra nos produtos da empresa a qualidade desejada.

Têm por isso o compromisso de manter a imagem da empresa sempre positiva.

Preocupando-se em buscar recursos de implementação, capacitação através de

processos seletivos que envolvem desde a matéria prima ao processo final. Enfim,

um controle rígido em todos os procedimentos que precedem a criação ao

lançamento das peças que são comercializadas. Pois, a empresa entende que

qualidade é fundamental para sua permanência no mercado.

Os 5 sensos, modelo empresarial japonês, que traduz ao profissional

administrador um modo prático, funcional, objetivo e direto, de realizar um trabalho.

Os conceitos de organização, limpeza, saúde física, saúde mental e disciplina,

devem fazer parte do regulamento interno das empresas. Esse método atinge,

modifica, renova o íntimo das empresas, aliado a credibilidade da história do povo

japonês. Dizimado, destruído pela guerra num passado recente, venceu toda gama

de miséria e dor, mas hoje ocupa a posição de potência mundial.

O programa 5 sensos foi implantado, inicialmente, na sede da empresa,

onde funciona o setor administrativo, seu estoque e parte de bordados, com o

intuito de proporcionar um ambiente propício a atendimento de fornecedores,

clientes e colaboradores, que diariamente freqüentam o local.

1.1 Problemas de Pesquisa / Justificativa

Nesse tópico é exposto o problema de pesquisa, justificativa e a pergunta

de pesquisa, diagnosticada na apresentação do problema de pesquisa.

Qualidade foi um tema escolhido pelo proprietário junto com o acadêmico,

com o intuito de melhorar a organização nos setores da empresa. Verificando os

14

instrumentos de trabalho, a maneira com o qual é manuseado e, buscando a forma

correta e eficiente de executar o trabalho. Como enfatiza Juran (1995, p.11)

“qualidade é a ausência de deficiências”. Portanto, para sobreviver diante de tanta

concorrência, buscam-se técnicas para melhoria na qualidade, redução de custo e

eficiência no trabalho. Técnicas que segundo Luciano (1997, p.1) “possibilitam a

melhoria da performance empresarial para que se obtenha o desejado sucesso nos

negócios”. Assim, percebe-se a necessidade de um processo de qualidade bem

elaborado para que a empresa seja referência no setor em que atua.

A empresa não possui um processo de controle de qualidade específico, no

seu ambiente organizacional, ou seja: existe acúmulo de sujeira e lugares

estratégicos, acúmulo de materiais sem utilidades, caixas sem identificação e etc. O

programa 5 sensos ajuda a organização a impor objetivos, para que o ambiente nos

setores seja agradável, limpo e organizado.

Com isso tornam-se visíveis os benefícios que os 5 sensos proporcionam a

organização como: melhor qualidade de vida aos colaboradores; um ambiente

propício à atividade exercida; espaço físico organizado; e materiais necessários

para produzir. Buscando produtividade e economia. Silva (1996, p.23) afirma que:

“o 5S deve ser implantado com objetivo específico de melhorar as condições de

trabalho e criar o ambiente da qualidade”. Portanto, formula-se a pergunta da

pesquisa. Será que o programa 5 sensos poderá melhorar o ambiente e as

condições de trabalho no setor administrativo, estoque e produtivo?

Por parte do acadêmico há uma grande disposição de incorporar esse

processo junto à organização. Pois, o proprietário aposta no potencial da marca e o

possível crescimento e os benefícios que se pode obter com o programa 5 sensos,

contando assim com a oportunidade do estágio supervisionado para essas

melhorias. Não somente na organização, mas na própria sociedade, já que os

colaboradores podem expor suas idéias de qualidade de vida, para sua família. Que

por sua vez podem propor a implantação do mesmo na organização onde

trabalham.

A satisfação por parte dos colaboradores é manifestada na literatura sobre

5 sensos.

Gostaria de enfatizar a nossa satisfação em apoiar a implantação desse projeto. Vale ressaltar que o esforço se torna ainda mais compensador , à medida que se estabelece uma parceria efetiva

15

com a comunidade em busca de um mesmo objetivo. Isto nos faz acredita que, se outras empresas implantarem programa semelhante , com certeza obterão igualmente satisfatório.(SILVA, 1996, p. 205)

Com isso os benefícios para a organização e sociedade são percebíveis,

pois ajudará a mudar a cultura daquela sociedade, e assim futuros colaboradores,

são ensinados desde sua infância a conviver em um ambiente com qualidade de

vida.

Através de implantações realizadas em outras empresas, sabe-se que,

quando aplicado de forma correta, os 5 sensos, proporcionam um ambiente

organizado, ideal para que o colaborador realize seu trabalho corretamente. Pois

seu instrumento de trabalho se encontra no lugar designado; caixas e prateleiras

são devidamente identificados com etiquetas, proporcionando agilidade e qualidade

e seu serviço.

O custo inicial para a implantação dos 5 sensos, não é relativamente caro,

em relação aos benefícios proporcionados para a empresa. De início a empresa

terá que investir em etiquetas, caixas e prateleiras, com o intuito de separar e

organizar seu ambiente. Talvez o custo principal seja com a disponibilidade dos

colaboradores para a realização da pesquisa, reuniões e realizações de mudanças,

pois necessita de uma pausa na produção e realização de outras atividades.

1.2 Objetivos do trabalho

Como objetivo geral deste trabalho, o acadêmico pretende implantar o

programa 5 Sensos na empresa Rayfan Ind. Têxtil Comércio e Representação

LTDA.

Para que seja possível a realização do objetivo geral, o acadêmico precisa

desenvolver um estudo para a elaboração dos objetivos específicos a serem

realizados.

Segundo Richardson (2007, p. 64).

O objetivo deve referir-se apenas à pesquisa que se pretende realizar. Não são objetivos de uma pesquisa, propriamente, discussões reflexões ou debates em torno a resultados do trabalho.

16

Essas ações são uma exigência de todo trabalho científico: a revisão dos modelos utilizados.

Ou seja, pretende-se sempre comparar os resultados obtidos com os

modelos aplicados anteriormente, para se obter informações precisas sobre a

evolução pós-aplicação.

Para concretizar o objetivo geral, sugerem-se os seguintes objetivos

específicos:

avaliar o ambiente de trabalho da empresa;

expor aos colaboradores os procedimentos e principais benefícios dos

5 Sensos;

executar as etapas do programa 5 sensos;

acompanhar o processo de implantação; e

relatar os resultados obtidos.

1.3 Aspectos metodológicos

Neste tópico é exposta a metodologia que foi adotada neste trabalho de

estágio. Descrevendo a finalidade, os métodos e procedimentos que definiram a

pesquisa realizada.

A metodologia consiste em informar os procedimentos e métodos utilizados

na realização deste trabalho. Para Roesch (1996, p. 117) “a metodologia descreve

como o projeto será realizado, partindo dos objetivos do projeto para definir que tipo

de projeto é mais apropriado”. Ou seja, analisar qual a maneira adequada para

alcançar os objetivos pré definidos.

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

A partir deste trabalho pretende-se descobrir e solucionar problemas

detectados na organização. Para tal, a pesquisa realizada foi de caráter qualitativo

e quantitativo.

17

Ambas possuem o objetivo de solucionar os problemas diagnosticados.

Segundo Oliveira (2002, p. 116) a pesquisa qualitativa difere-se de uma pesquisa

quantitativa “[...] pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do

processo de análise de um problema”.

Para Godoi (2007, p. 91) “pesquisa qualitativa é um conceito guarda-chuva,

que abrange várias formas de pesquisa e nos ajuda a compreender e explicar o

fenômeno social com o menor afastamento possível do ambiente natural”. Ou seja,

a pesquisa qualitativa é basicamente aquela que busca entender um fenômeno

específico em profundidade. Ao invés de estatística, regras e outras

generalizações, a qualitativa trabalha com descrições, comparações e

interpretações.

A diferença está no fato de que o método qualitativo não tem a pretensão

de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. No entanto a pesquisa

qualitativa tem como objetivo apenas avaliar as respostas sem agregar valores a

elas.

A pesquisa quantitativa para Richardson (2007, p. 70) “caracteriza-se pelo

emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informação, quanto

no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”. Esse método foi eficiente na

análise dos check-list aplicados, já que o mesmo necessita de resultado por meio

de valores, para que possa ser feito as comparações finais.

A pesquisa também foi caracterizada como estudo de caso.

O estudo de caso como uma estratégia de pesquisa pode ser utilizada de modo exploratório (visando levantar questões e hipóteses para futuros estudos por meio de dados qualitativos), descritivo (buscando associações entre variáveis, normalmente com evidência de caráter qualitativo), e, mesmo, exploratório. (ROESCH, 1996 p. 156)

No estudo de caso procura-se verificar um determinado assunto e nele

examinar o que é verdadeiro, além de colocar sua opinião própria, explicar de forma

simplificada. Yin (1981 apud Roesch, 1996) afirma que “o estudo de caso é uma

estratégia de pesquisa que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro

de seu contexto”. Ou seja, analisar um fato, que foi diagnosticado e se encaixa no

caso da empresa.

18

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Os participantes desta pesquisa foram os próprios colaboradores que

trabalham diretamente na organização e o próprio empresário. Por se tratar de uma

empresa de pequeno porte, conta com uma gama de 13 colaboradores diretos.

Os participantes podem ser vistos como uma população para o contexto da

pesquisa. Por isso foi utilizado o método censitário onde toda a população da

empresa foi envolvida na pesquisa. No entanto, segundo Richardson (1999, p. 157),

”a população é um conjunto de elementos que possuem determinadas

características, já em termos estatísticos, população pode ser o conjunto de

indivíduos que trabalham em um mesmo lugar, ou alunos matriculados em uma

universidade”. Entende-se que a população, no caso da empresa Rayfan Indústria

Têxtil Ltda ME, são pessoas ligadas diretamente à empresa por vínculo

empregatício.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Os procedimentos e os instrumentos que fizeram parte da coleta de dados

são relatados e explicados neste tópico, permitindo, assim, uma definição mais

clara de como foi realizada a coleta de dados.

Na elaboração do trabalho foi necessário realizar o levantamento dos

problemas a serem resolvidos. Para isso o pesquisador pode valer-se de check-list,

entrevistas e observações. Com esses instrumentos, o acadêmico buscará métodos

de implantação que atendam as necessidades da organização.

A coleta de dados que foi aplicada na organização foi de fontes primárias, já

que a mesma não possui nenhum relato de outros dados coletados para possíveis

análises. Para Mattar (1997, p. 161) “dados primários são aqueles que não foram

antes coletados, estando em posse dos pesquisados, e que são coletados com

propósitos de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento”.

Ou seja, através de um levantamento de dados realizados pioneiramente na

organização, pode-se analisar, e dar continuidade aos objetivos prepostos.

19

A coleta de dados primários foi realizada através de entrevista que para

Richardson (1999, p. 191) significa:

A entrevista é uma técnica importante que permite o desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas. É um modo de comunicação no qual determinada informações é transmitida de uma pessoa A a uma pessoa B, a primeira pessoa representa o emissor e a segunda o receptor.

A entrevista ocorreu de modo informal entre o acadêmico e o proprietário,

onde se tornou possível o levantamento de alguns dados relevantes para a

pesquisa de dados, como: o ponto de vista do proprietário com relação ao

programa e setores onde gostaria de implantar inicialmente.

Além da entrevista, foram aplicados check-list com os colaboradores que

por sua vez, se reuniram em duplas para responder.O conteúdo deste check-list é

relacionado aos sensos.

A observação para Richardson (1999, p. 259) “é o exame minucioso ou a

mirada atenta sobre um fenômeno no seu todo ou em algumas de suas partes; é a

captação precisa do objeto examinado”. A observação foi realizada pelo acadêmico

durante suas visitas à organização, apontando pontos fortes e fracos a serem

aperfeiçoados, através do instrumento check-list (lista de verificação) que se trata

de um formulário que demonstra o nível de satisfação, cabendo aos entrevistados

avaliar seu ambiente de trabalho. O acadêmico optou por estes instrumentos de

pesquisa, pois as aplicações foram realizadas com a companhia do acadêmico

proporcionando assim uma visão mais ampla dos principais problemas.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Este tópico é destinado à análise dos dados, segundo Roesch (1996, p.

168) “na pesquisa de caráter quantitativo, o pesquisador, ao encerrar sua coleta de

dados, se depara com uma quantidade imensa de notas de pesquisa ou

depoimentos, que se materializam na forma de texto, que terá de organizar e

interpretar”. No entanto, após coletar os dados necessários para a realização do

projeto, cabe ao pesquisador, classificar as respostas, e interpretá-las.

20

A análise dos dados foi tratada de forma qualitativa, onde foram

diagnosticados os problemas que foram ressaltados pelo acadêmico através das

anotações realizadas durante suas visitas a empresa. Posteriormente, foi elaborada

pelo acadêmico uma planilha com a tabulação dos resultados obtidos, para que

possa realizar uma análise quantitativa, para expor ao proprietário as notas obtidas

nos check-list e a média foi calculado com base no diagnóstico realizado pelo

acadêmico.

21

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo é destinado a apresentar a revisão da literatura. Trata-se mais

especificamente da administração, dando uma ênfase maior à Administração Geral.

Demonstrará um breve resumo sobre empresa de pequeno porte, empresa familiar,

planejamento, qualidade e 5 sensos, aspectos referentes a área têxtil, setor

industrial onde foi realizado o trabalho de estágio. Em seguida é relatado sobre a

área específica do projeto, que é qualidade e implantação dos 5 sensos

2.1 Administração

É importante comentar sobre a ciência de administração, àrea na qual foi

realizado o trabalho de estágio. O ato de administrar é realizado desde a pré-

história, quando simples grupos de caçadores se reuniam e possuíam um líder do

grupo, que era responsável pela tomada de decisões e pelo bem-estar do grupo.

Com a globalização e a evolução das sociedades a necessidade de

administradores tornou-se mais necessária.

O processo de administrar é fundamental em qualquer lugar. Seja em

empresas, pessoas ou membros de família, pois a todo o momento estamos

tomando decisões e as vezes nem percebemos que essa decisão é de conteúdo

administrativo.

A administração tem como objetivo nos auxiliar a compreender os processos

fundamentais das organizações e dos colaboradores que nelas estão inseridos.

Para Maximiano (2000, p.25) “Administração significa, em primeiro lugar, ação. A

administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que

compreendem quatro processos principais interligados: planejamento, organização,

execução e controle”. Esses processos podem ser chamados de funções

administrativas, onde outros processos ou funções, como coordenação, direção,

comunicação e participação, contribuem para a realização dos quatro principais

processos citados anteriormente.

22

A tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas por meio da pessoas. Seja nas industrias, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais, nas universidades, instituições militares ou em qualquer outra forma de empreendimento humano, a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que exercem função administrativa. (CHIAVENATO, 1987, p . 5)

Sendo assim, as habilidades administrativas são importantes para qualquer

pessoa que tome decisões para a realização de seus objetivos. Ou seja,

administração nada mais é que condução racional das atividades de uma

organização.

2.1.1 Breve Histórico

A administração surgiu com independência de conhecimentos na Europa do

século XVII, durante a Revolução Industrial, onde as primeiras fábricas modernas

iniciaram a prática de diversos conceitos que no século seguinte se tornariam

universais, (MAXIMIANO, 2000). Para que as fábricas dessem continuidade as

suas atividades e sobreviver a uma revolução, medidas e conceitos foram

adotados.

Posteriormente, surge administração científica no início do século XX no

Estados Unidos. Procurando satisfazer a necessidade de aumentar a produtividade,

ocasionada pela falta de mão-de-obra especializada. Problema vivenciado até hoje

em alguns setores.

Segundo Chiavenato (1987, p.64) “o nome Administração Científica é

devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas de

administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial”. Ou seja, aplicar

teorias relatadas e testadas pela ciência. No entanto percebe-se que a

administração já é utilizada, de forma legal pelo menos durante três séculos.

23

2.1.2 Teorias da Administração

O engenheiro americano Frederick Winslow Taylor, que teve inúmeros

seguidores, foi quem revolucionou o pensamento administrativo e o mundo

industrial. Criou o conjunto de princípios conhecido como Administração Científica,

e são deles os principais métodos utilizados nessa escola.

Taylor tinha como objetivo tentar eliminar o fantasma do desperdício e as

perdas nas industriais americanas, elevando, assim, os níveis de produtividade

através da aplicação de métodos e técnicas de engenharia industrial

(CHIAVENATO, 1987). Uma revolução para a época, mas que até hoje são

utilizadas por muitas empresas.

A Administração Científica compreende quatro princípios apontados por

Taylor:

1.O desenvolvimento de uma verdadeira ciência da administração, de modo que pudesse ser determinado o melhor método para realizar cada tarefa. 2. A seleção científica dos trabalhadores, de modo que cada um deles ficasse responsável pela tarefa para qual fosse mais bem habilitado. 3. A educação e o desenvolvimento científico do trabalhador. 4. A cooperação íntima e amigável entre a administração e os trabalhadores. (STONER, 1996, p. 25)

Taylor defendia a teoria da padronização dos serviços, com o intuito de

melhorar a produção, agregando qualidade nos produtos, satisfação dos

colaboradores e com isso evitar desperdícios. Porém o autor Chiavenato (1987,

p.103), destaca que:

Se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Na realidade, o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo a Administração Científica, essa eficiência era alcançada através da racionalização do trabalho do operário e na somatória da eficiência individual.

Um dos contribuintes mais importantes do desenvolvimento administrativo

moderno, não só por ter sido o primeiro a analisar o comportamento dos

administradores, mas também por ter sistematizá-lo, foi Fayol. Segundo Maximiano

(2000, p.60)

24

“[...] Fayol foi o pioneiro no reconhecimento de que a administração deveria ser vista como função separada da empresa. O maior impacto dessa idéia está na identificação do trabalho dos gerentes como distinto das operações técnicas da empresa”.

Fayol por intermédio de suas experiências como administrador, classificou

as operações empresariais em seis atividades inter-relacionadas: comercial –

compra de matéria-prima e venda de produtos; técnica – produção e fabricação de

produtos; financeira – aquisição e uso de capital; segurança – proteção dos

colaboradores e a propriedade.

Sendo assim, percebe-se que tanto a teoria da administração científica

quanto a teoria clássica, buscam a eficiência do trabalho. Uma com o racionamento

do trabalho do operário e outra com somatório da eficiência individual.

Henry Gantt, Franck e Lílian Gilbreth, Henry Ford e vários outros autores

seguiram a mesma linha de Taylor. Baseavam-se no princípio de que os operários,

sendo pouco instruídos, deveriam fazer sempre a mesma coisa, de modo a

viabilizar seu treinamento na execução de tarefas simples, conseguindo, assim,

produzir melhor e mais depressa. Em seguida as teorias foram surgindo, reforçando

ainda mais a importância da administração nas empresas.

A teoria das relações humanas surgiu na década de 1930, por Elton Mayon,

psicólogo australiano que percebeu a importância de dar ênfase aos aspectos

humanos das organizações. Essa teoria, após ser aperfeiçoada, passou a se

chamar teoria comportamental. Para Heiborn ( 2006, p. 41 ) “ enfatiza as pessoas,

como integrar seus objetos com os da organização, quais as melhores formas de

motivá-las e de administrar e liderar considerando que são as pessoas que

constituem a organização.” Ou seja, fazer com que o profissional valorize o seu

emprego com se fosse parte dele.

Nesta mesma década, surgiu a teoria dos sistemas, idealizada pelo biólogo

Ludwig von Bertalanffy. Foi um esforço para criar princípios gerais aplicáveis a

todos os ramos do conhecimento. Segundo Heiborn ( 2006, p. 41) “vê a

organização como um todo integrado, constituída de partes que interagem entre si,

e inserida num ambiente com o qual interage permanentemente.” O foco dessa

teoria é a interação da organização com o ambiente.

25

A teoria da contingência está intimamente ligada a abordagem sistêmica,

segundo Heiborn ( 2006, p. 41 ) “ o melhor estilo gerencial e as melhores decisões

dependem, em casa caso, de muitos fatores: do ambiente em que se encontra a

empresa, do seu pessoal e da sua situação especifica.” Ela estimula os

administradores a diagnosticar a situação cuidadosamente antes das decisões.

Neste tópico foi possível expor algumas das teorias que são fundamentais

para uma empresa se estruturar, teorias que ao passar dos anos continuam sendo

utilizadas e aperfeiçoadas, com o intuído de melhorar ainda mais o ambiente

organizacional, e sua produtividade.

2.1.3 Áreas da Administração

A administração era uma habilidade como outra qualquer, e que poderia ser

ensinada, desde que fosse compreendida corretamente.

A administração é composta por seis tipos de áreas que são classificadas

em: Administração Financeira, Administração de Recursos Humanos,

Administração de Marketing e a Administração de Produção, Administração de

Materiais e Organização Sistemas e Métodos.

A administração financeira na empresa depende do seu tamanho, ou seja,

uma empresa de pequeno porte, não precisa ter um setor destinado a ela, devido

ao custo de manutenção e pouco serviço, portanto, cabe ao proprietário e a

contabilidade exercer o cargo. Porém, se a empresa for de um porte superior, é

necessário designar um setor específico para a área, para que gerencie o financeiro

da empresa.

A área financeira é responsável pela melhor e eficiente aquisição e uso do

capital da empresa, ou seja, cabe a ela definir quais despesas são importantes e

onde buscar recursos para pagamento das mesmas.

O administrador do financeiro tem a responsabilidade de estar sempre

atento a todos os aspectos financeiros, e na tomada de decisões. Os resultados

futuros da organização estão diretamente relacionados a essas decisões, ou seja,

uma boa administração financeira pode garantir a permanência da organização

perante concorrentes, ou sua extinção caso ocorra o contrário.

26

A administração de recursos humanos é uma área nova de estudo, onde o

profissional desta área é um executivo encontrado com mais freqüência nas

grandes e médias organizações. Todavia, pode se aplicada em qualquer tipo ou

tamanho de organização. (CHIAVENATO, 1987). Ter um setor de recursos

humanos, era privilegio de empresas de auto padrão. Hoje é recomendado que

qualquer empresa selecione um colaborador através dos critérios adotado por um

profissional da área, seja ela, micro, pequena, médio ou de grande porte.

A administração de recursos humanos é responsável por manter e

conquistar os colaboradores na organização, fazendo com que eles deem o

máximo de si, com atitudes e pensamentos positivos e favoráveis.

Para Chiavenato (1987, p.179):

1.Criar, manter e desenvolver um contingente de recursos humanos com habilidades e motivação para realizar os objetivos da organização; 2.Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de aplicação, desenvolvimento e satisfação plena dos recursos humanos, e alcance dos objetivos individuais; e 3.Alcançar eficiência e eficácia através dos recursos humanos disponíveis.

Com base nos conceitos de marketing, percebemos que possui um aspecto

diferente dos demais, pois atua de fora para dentro da organização. Observando o

mercado que pretende atingir, busca-se a necessidade de seus consumidores,

coordenando todas as atividades que afetarão os mesmos. Com isso se beneficiar

com lucros obtidos pela satisfação destes consumidores, como define Kotler (2000,

p. 30) administração de marketing “é o processo de planejar e executar a

concepção, determinação de preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e

serviços para criar negociações que satisfaçam metas individuais e

organizacionais”. Através do marketing, as organizações expõem suas idéias,

divulgam preços e promoções, com o objetivo de atender metas definidas.

A administração de marketing ocorre quando pelo menos uma das partes

envolvidas em uma negociação, analisa os meios de se obter as respostas das

demais partes. A administração de marketing pode ser vista como arte e a ciência

da escolha de mercados-alvo e captação, manutenção e fidelização de clientes por

meio da criação, da entrega e da comunicação com clientes (KOTLER, 2000). A

administração de marketing define o perfil do cliente que determinado produto ou

27

serviço pretende atender. É desenvolvida toda uma estrutura de captação e

fidelização de clientes.

A área de produção é executada desde a origem do homem. Com o passar

dos tempos podemos perceber que o ser humano é extremamente habilidoso e

criativo, na produção de bens, serviços e desenvolver produtos e serviços à

terceiros. A modernização é um aliado importante nas organizações. Elas

proporcionam produtos e serviços com o máximo de qualidade, rapidez, eficiência e

eficácia, para atender as exigências dos consumidores.

Pode-se afirmar que as atividades desenvolvidas por uma empresa, visam

atender seus objetivos a curto, médio e longo prazo, se relacionando de forma

complexa. Tais atividades, na tentativa de transformar matéria-prima, em produto

acabado, consomem recursos que nem sempre agregam valor ao produto final, o

objetivo da administração de produtos é a gestão eficaz dessas atividades

(MARTINS, LAUGENI, 1996). Muitas vezes utiliza-se algo na produção de um

produto ou na prestação de um serviço, que não agregamos ao valor do produto

oferecido. E com isso num montante, não percebemos a despesa que sofre a

empresa.

Para Slack (1996, p. 43) “a função de produção é central para a

organização, por que produz os bens e serviços que são a razão de sua existência,

mas não é única, todas as empresas possuem outros setores com

responsabilidades específicas.” Muitas empresas classificam o setor de produção

como principal, quando na verdade possui outros setores tão importantes quanto.

No entanto, administração de produção nada mais é que a forma na qual uma

organização produz seus produtos ou serviços, rigorosamente fiscalizados pelos

gerentes de produção, que organizam seu setor.

2.1.4 Funções da Administração

Planejamento pode ser considerado como uma forma de tomada de

decisões futuras, com uma certa insegurança devido a instabilidade do mercado.

Para Ackoff (1999, p. 48):

Planejamento é a definição de um futuro almejado e dos meios e alternativas mais eficazes de alcançá-lo, ou seja, planejamento

28

pode ser interpretado com um futuro desejado, onde se buscam meios adequados para que os objetivos sejam alcançados, porém a margem de erros não deve ser descartado, pois o mercado é extremamente variável.

As empresas de pequeno e médio porte, por falta de informação não

possuem o hábito de planejar seu futuro formalmente. Ou seja, de forma

estruturada planejado no papel com metas e objetivos. Na sua maioria se

concentram na rotina do dia-a-dia e com a sua sobrevivência em curto prazo. Ou

seja, esses empresários não cultivam a ato de planejar.

O planejamento pode ser formal ou informal. Não possui uma definição

exata, mas as duas formas devem ser levadas em consideração, para que o foco

principal do planejamento não se perca.

O grau de formalidade e forma de planejamento não podem explicar isoladamente o limite do sucesso. De nada adianta estabelecer um planejamento formal se não estão equilibrados os fatores típicos do estágio evolutivo da empresa, do modelo de negócio em que se está inserido, a cultura da empresa e a determinação na ação e na realidade. (BERNARDI, 1999, p. 104)

Se duas empresas estiverem no mesmo estágio e possuírem

características semelhantes, suas prioridades podem necessitar de diferentes

encaminhamentos, pois há variação de empresa para empresa. A formalização do

planejamento está diretamente ligada à característica de cada empreendimento.

Pode variar de acordo com o estágio evolutivo da empresa, o estilo e habilidades

do empresário, a complexidade do modelo e o grau de incerteza.

Com isso há uma facilidade para controlar seus objetivos, compreensão da

situação do ramo de atuação e possíveis readaptações, para que no fim, seus

objetivos sejam alcançados.

Para Bernardi (1999, p. 105) um planejamento feito de forma correta

propicia:

a) melhor entendimento do negócio; b) determinação e compreensão das variáveis vitais e críticas; c) clareza quanto ao que fazer e ao que não fazer; d) visão de oportunidade; e) abordagens criativas e inovadoras; f) definição de objetivos e observação da congruência dos elementos do modelo; g) observação de alternativa e possibilidade futuras; h) integração e motivação aos envolvidos na empresa; i) direção e rumo; j) disciplina e motivação.

29

Porém deve-se ter uma atenção maior tendo que repensar ou evitar quanto

ao planejamento:

a) a complexidade inibe a ação; b) paralisa a empresa; c) a forma prevalece sobre a essência; d) o que é criativo e vital torna-se secundário ou implícito; e) direciona-se somente a oportunidade em detrimento do foco; f) é utilizado para solucionar problemas do quotidiano; g) inicia um engessamento da empresa. (BERNARDI

1999, p. 110)

Levando em consideração esses fatores o planejamento torna-se um forte

aliado ao desenvolvimento da empresa, caso contrário todo esforço aplicado será

inútil para empresa.

Após o conhecimento resumido, porém de perfeita compreensão das

teorias, áreas e funções da administração, parte-se para o conceito de empresa de

pequeno porte, empresa familiar, planejamento, qualidade e aspectos referentes a

área têxtil.

2.2 Empresa Familiar

A empresa familiar caracteriza-se por sua origem. Possui em sua raiz a

história de uma vinculação entre família e empresa, que na maioria das vezes,

possui em sua administração membros da mesma família. Para termos uma noção

mais específica cabe avaliar alguns fatores importantes. Segundo Bernhoeft (1987,

p. 29) “uma das características mais relevantes refere-se à importância que

desempenha a confiança mútua entre os membros da empresa”. Como base nesse

dado, percebeu-se que a visão que se tem de uma empresa familiar, precisa ser

revista, pois indiferente se ela é administrada por um membro da família ou não, é

possível que haja uma confiança mútua.

Existem muitas organizações tidas como profissionais (não familiares),

onde a confiança tem uma grande importância, tanto nas relações entre pessoas

com ênfase de obtenção de resultados, seleção de pessoas, promoção, etc.

30

Para caracterizar uma empresa familiar apenas porque possui membros de

uma família é pouco para classificá-la assim. Segundo Bernhoeft (1987, p. 30),

classificaram-se como empresa familiar, os seguintes aspectos:

Uma companhia é considerada empresa familiar, quando está perfeitamente identificada como família há pelo menos duas gerações, e quando essa ligação resulta numa influencia recíproca na política gerencial da firma e nos interesses e objetivos da família.

Portanto, uma empresa que é fundada sem herdeiros ou aquela empresa

que a família põe dinheiro somente para investir, não se enquadra no perfil de

empresa familiar para Bernhoeft.

Lodi (1987, p. 6) diz que a empresa familiar pode ser conceituada da

seguinte forma:

A empresa familiar é aquela que a consideração da sucessão da diretoria esta ligada ao fato hereditário e onde os valores institucionais da firma identificam-se com um sobrenome da família de um fundador.

Sendo assim, no caso de uma possível sucessão do cargo de direção de

uma empresa familiar cabe ao próximo indivíduo que possua algum vínculo com o

anterior assumir, exemplo: filho, esposa e etc.

2.3 Pequenas empresas

Para uma empresa ser considerada de pequeno porte, são utilizadas

diversas maneiras para definir seu tamanho. Utilizam-se padrões diferentes para

cada propósito. Uma empresa pode ser considerada pequena comparada a uma

empresa maior, ou vice-versa. Para definir melhor essa questão são utilizados

alguns critérios, que variam de acordo com o ramo das empresas. Uns podem ser

utilizados em toda área industrial e outros apenas para certos tipos de negócio.

Porem os critérios mais usados são: número de empregados, volume de vendas,

valor dos ativos, seguro da força do trabalho e volume de depósito. O primeiro

critério citado é o mais usado, pode variar de acordo com os interesses do usuário.

(LONGENECKER, MOORE, PETTY, 1997)

31

O critério números de empregados, que é um dos métodos utilizados para

classificação do porte da empresa, utiliza-se dos dados do quadro 01 a seguir:

Porte da Empresa Industria Comércio e Serviços

Micro Até 19 empregados Até 9 empregados

Pequena De 20 a 99 empregados De 10 a 49 empregados

Média De 100 a 499 empregados De 50 a 99 empregados

Grande Mais de 500 empregados Mais de 100 empregados

Quadro 01 – Classificação do porte da empresa por números de empregados

Fonte: SEBRAE (2004)

O quadro 01 demonstra o número de colaboradores que definem o porte de

uma organização, sendo ela uma indústria ou comércio e serviços.

As empresas de pequeno porte correspondem a uma fatia significante do

mercado nacional. Portanto, contribuem para a economia da nação. A sua

contribuição pode ser considerada similar a empresas de grande porte, porém as

empresas de pequeno porte possuem algumas qualidades que as tornam mais que

miniaturas de grandes empresas.

Segundo os autores Longenekcer, Moore e Petty (1997, p.34) “as empresas

de pequeno porte oferecem contribuições excepcionais, na medida em que

oferecem novos empregos, introduzem inovações, estimulam a competição,

auxiliam as grandes empresas e produzem bens e serviços com eficiência”. Ou

seja, as empresas de pequeno porte possuem um papel fundamental, pois

oferecem novos empregos a cada dia, e com isso as empresas consideradas de

grande porte se sentem ameaçadas e se obrigam a produzir e prestar serviços com

qualidade.

A seguir mostra-se o quadro 02 de classificação do porte da empresa,

através de seu faturamento:

Porte da Empresa Nível Estadual

Microempresa Receita bruta anual até 240.000,00

Pequeno Porte Receita bruta anual acima de

R$ 240.000,00 até 2.400.000,0

Médio / Grande Porte

A legislação não fixa enquadramento.

Quadro 02 – Classificação do porte da empresa por faturamento Fonte: SEBRAE (2009)

32

O quadro 02 informa os valores que as empresas tendem a faturar, para

serem classificadas entre, micro, pequena, médio e grande porte, com base nas leis

estaduais.

Embora as funções gerenciais, das grandes e pequenas empresas sejam

similares, o trabalho da gerencia é de modo diferente. As pequenas empresas são

afetadas com constantes mudanças gerenciais e organizacionais. As mesmas são

muito vulneráveis as fraquezas, tornando-as não-lucrativas e vivenciando uma

constate luta diária para sua sobrevivência.

A flexibilidade e a agilidade, são variáveis importantíssima para a

permanência da empresa no mercado de trabalho, o que implica na sua capacidade

adaptativa. Hoje não basta uma empresa possuir apenas qualidades e preços

competitivos de bens e serviços, mas sim flexibilidade e agilidade, para se adaptar

as constantes mudanças no mercado.

De acordo com (BERNARDI, 1999, p. 21) a flexibilidade e agilidade na

pequena e média empresa (PME) persistem em:

Em sentido amplo, significa habilidade para se antecipar, adaptar e implementar mudanças rapidamente, o que na PME é vantagem estratégica. Embora se fale muito em flexibilidade e agilidade, na prática, poucas empresas têm um conceito claro sobre o que isso representa, sua importância, ou se suposta flexibilidade é efetiva.

Para determinados ramos de atividades, flexibilidade e agilidade significam

diversidade de produtos e serviços, rapidez na entrega e produção, que podem se

acarretados devido a mudanças no processo, configuração de equipamento e entre

outros. Em outros ramos, a flexibilidade é fundamental na comercialização e

distribuição, ou seja, não adianta a empresa ser flexível e ágil nos aspectos fúteis

se deixa a desejar nos principais para sua sobrevivência.

Posicionamento e flexibilidade da empresa, resume-se em buscar a

liderança em produtos, ou a excelência nas operações, ou ainda a intimidade com o

cliente.

Ao planejar, a empresa deve visar um desempenho eficiente em todos os

seus segmentos. Portanto, o planejamento deve-se basear na busca da

flexibilidade, levando em consideração alguns critérios: posicionamento de

liderança e excelência com o cliente; distinção da flexibilidade adequada para a

33

empresa e desenvolvimento de técnicas apropriadas para que todo o planejamento

seja alcançado.

2.4 Qualidade

Com a vinda dos produtos manufaturados, percebeu-se a necessidade da

produção em grande escala. Posteriormente surge a era industrial, que iniciou no

começo do ano de 1860, incorporado a ela surgiram novos problemas para a

sociedade, a necessidade de novos produtos, com baixo custo e de boa qualidade.

Na busca da satisfação dessa deficiência, surgiram máquinas e ferramentas de

grande tecnologia, e também a ampliação das ferramentas aplicadas à

administração de negócios, ambas são aperfeiçoadas a cada ano.

Mesmo com as mudanças constantes na teoria de qualidade e as formas de

obtê-las o autor Buldacov, (2003 p. 57) afirma que:

Estas mudanças ocorrem principalmente em função do aumento do número de empresas competindo num mesmo mercado, da permanente insatisfação do homem com o nível que alcança de cada atendimento a sua necessidade e da própria evolução do conhecimento e das tecnologias em geral, que permitem a criação de produtos, serviços e processos cada vez mais perfeitos.

Porém, esses conceitos nem sempre podem ser aplicados às diversas

situações que surgem, já que devemos levar em consideração os diferentes povos,

grupos e pessoas, cada qual possui sua definição para qualidade.

O conceito de qualidade possui dois significados:

Um dos significados da qualidade é desempenho do produto. Esse desempenho resulta das características do produto que proporcionam a satisfação com o produto que leva os clientes a comprá-lo. Outro significado de qualidade é a ausência de deficiência. As deficiências de um produto criam a insatisfação com o produto, e isso leva os clientes a reclamarem. (JURAN, 1995, p. 11)

A qualidade é indispensável em qualquer empresa, seja de pequeno, médio

ou grande porte, atuantes nos diversos ramos. Pois, é ela a responsável pela

sustentabilidade, desempenho e o sucesso da empresa. Com a abertura das portas

34

do comércio internacional, a necessidade de se enquadrarem a padrões de

qualidades internacionais tornou-se uma obrigação para essas empresas. São

inúmeros os cursos e programas de qualidade que oferecem as empresas

certificados que garantam o reconhecimento exigido aos padrões internacionais de

qualidade e outros desdobramentos.

A qualidade tem uma abrangência generalizada dentro de uma empresa,

desde a aquisição de matéria prima até o produto acabado, o mesmo ocorre para

empresas prestadoras de serviços.

A necessidade de planejar é uns dos requisitos para que haja o certificado

de qualidade na gestão de uma empresa. As empresas expõem seu papel no

sistema, quando possuem seus objetivos, combinando visão, cultura, recursos,

estruturas, estratégias, atividades e pessoas, definidos.

Segundo Paladini (1997, p.35)

O planejamento é a fase fundamental da implantação de todo o processo da Qualidade, sendo vista como a etapa que desenvolve a interface entre a estrutura conceitual da qualidade e os objetivos da empresa, de um lado, e as ações práticas destinadas à aplicação de conceitos e viabilização do alcance dos objetivos, de outro. Pode-se garantir que da correta estruturação do planejamento depende o sucesso de todo o processo de implantação da Qualidade Total.

Assim Juran (1995, p. 12) enfatiza que “o propósito do planejamento da

qualidade é de fornecer aos meios de produção a capacidade de fazer produtos

que atendam as necessidades dos clientes”. Ou seja, busca a maneira mais

eficiente de a tender as necessidades dos seus clientes.

Muitos se enganam quando afirmam que para ter qualidade precisam de

um gasto superior. Estudos comprovam que a qualidade reduz custo, melhora a

produtividade e, quando aplicada em um ambiente favorável, é um poderoso fator

motivacional.

Nas empresas ainda existe uma pequena minoria, que falta se conscientizar

de que a qualidade é uma arma poderosa para ser usada contra a concorrência, já

que a qualidade interfere no aspectos de desempenho em confiabilidade, entrega e

preço.

De uma forma mais ampla, a qualidade pode ser interpretada de forma

sistêmica.

35

“[...] qualidade significa qualidade de trabalho, qualidade de serviço, qualidade de informação, qualidade de processo, qualidade de divisão, qualidade de pessoal, incluindo operários, engenheiros, gerentes e executivos, qualidade de sistema, qualidade de empresa, qualidade de objetivo etc. o enfoque básico é controlar a qualidade me todas as suas manifestações”. (ISHIKAWA, 1993, p. 44)

Os termos usados para definir a qualidade, depende de quem o avalia. Na

opinião de um operário, a qualidade é poder se orgulhar do seu trabalho. Já para

um administrador, qualidade significa produzir a qualidade planejada e atender as

especificações. A qualidade de um produto ou serviço pode ser dividida em

diversas escalas. No entanto, um produto pode obter uma boa nota na opinião do

consumidor, em uma escala, e uma nota baixa em outra (DEMING, 1990).

Dependendo do ponto de vista e o fator a ser avaliado, um produto pode obter nota

alta e ao mesmo tempo em outro critério, pode receber uma nota baixa.

2.4.1 Evolução do conceito e filosofia da qualidade

Com o desejo de satisfazer ao máximo a necessidade do homem, estipula-

se que o limitador dessa satisfação esta ligada à disponibilidade de recursos e

conhecimentos tecnológicos. Esses recursos fazem com que à medida que são

descobertas novas tecnologias, também evoluem as possibilidades de satisfação

das necessidades humanas, conseqüentemente a evolução da filosofia e técnicas

para o alcance destes objetivos.

Cada autor denomina um conceito para qualidade. Segundo Bulgacov

(2003, p. 107) “o conceito de qualidade é operacionalizado mediante a definição do

objetivo a ser avaliado, do avaliador seus motivos e de seu método de avaliação”.

Com as diversas maneiras decorrentes dos avaliadores e a complexidade de

resultados, tornam a avaliação de qualidade um processo que varia extremamente

do quantitativo para o qualitativo.

As principais filosofias que surgiram dividem-se em quatro tipos, que podem

ser vistas a seguir.

36

2.4.1.1 Filosofia da Inspeção

Em 1920, inicio da industrialização, as empresas tinham como problema de

qualidade a capacidade de produzir grandes quantidades de produtos, mas poucos

podiam comprá-los. Para entregar produtos com alta qualidade usava-se a filosofia

de inspeção. Onde havia um responsável no final da linha de produção, com o

propósito de inspecionar tudo que era produzido, classificando por suas

características a qualidade dos produtos. (BULGACOV, 2003). A filosofia de

qualidade não evita perdas, apenas corrige os erros cometidos.

2.4.1.2 Filosofia do Controle Estatístico da Produção

Já em 1940, em decorrência, principalmente, da segunda guerra mundial, a

produção de máquinas, equipamentos e armas passou a ser mais sofisticada,

seguindo padrões de qualidade, tornando assim a simples inspeção ineficaz. Então

surgiu o controle Estatístico da Produção (CEP). Tinha como objetivo evitar as

variações nos indicadores da qualidade do produto, controlando o desperdício de

matéria-prima, defeitos e outros aspectos relacionados qualidade do produto.

(BULGACOV, 2003). Ou seja, com a produção seguindo um padrão pra a produção

de seus produtos, as empresas conseguiam eliminar custos com desperdícios e

defeitos.

2.4.1.3 Filosofia Garantia de Qualidade

Por volta de 1950, com a reconstrução da Europa e Japão, iniciou-se um

grande intercâmbio de máquinas, suprimentos, alimentos entre outros. Para

viabilizar o uso desses produtos em diferentes países, tornou-se necessário

padrões técnicos de produtos.

Segundo Bulgacov (2003, p.112) “mais somente a especificação técnica

dos produtos era insuficiente, pois havia necessidade de garantia de que os

fornecedores efetivamente entregassem produtos conforme esses padrões”. Ou

seja os produtos que fossem entregue deveriam ser conforme a amostra produzida.

37

Não somente conforme a amostra, mas sim entregar no prazo, fazer instalação e

manutenção, informações técnicas e garantia.

Por isso, a garantia da qualidade requer uma ação coordenada de todo o sistema produtivo da empresa, do fornecedor de insumos de produção, passando pelo projeto do produto, engenharia, produção, distribuição, assistência técnica aos clientes. (BULGACOV, 2003)

Portanto, a garantia é muito importante na tomada de decisão de um

consumidor.

2.4.1.4 Filosofia da Qualidade Total

Com a facilidade de troca de informações acentuou-se a competição nos

mercados. Para enfrentar essa competição as empresas necessitam de mais

rapidez, para responder as demandas do mercado, atendendo os desejos dos

clientes, captando, recursos financeiros e humanos, melhores fornecedores e assim

por diante.

Para que esses objetivos sejam alcançados é preciso que a empresa

mobilize todos os setores.

Esta mobilização total só é possível com o envolvimento diário e total das lideranças da empresa para o objetivo estratégico da qualidade. Esta mobilização visa agir preventivamente aos problemas e atingir a “excelência” da empresa. O resultado é não apenas produtos de qualidades e sim qualidade da empresa ou Excelência Empresarial. (BULGACOV, 2003)

Para que a qualidade total aconteça é preciso que todos os colaboradores

da organização se dediquem, se esforcem, busquem o máximo de si, para tornar

realidade os resultados esperados.

38

2.4.2 Ferramentas da Qualidade

Atualmente o aprimoramento da qualidade de produtos e serviços é uma

conseqüência do uso correto e eficiente das ferramentas disponíveis para que a

qualidade acompanhe a evolução eminente de um mercado cada vez mais

competitivo e exigente.

No entanto, são inúmeras as ferramentas que auxiliam e podem ser

utilizadas para a implantação da qualidade nas empresas. As mais conhecidas

podem ser apresentadas como ferramentas tradicionais, segundo Paladini (1997, p.

66) “as ferramentas tradicionais são aquelas derivadas de várias estruturas dos

sistemas produtivos e as novas ferramentas da qualidade, de desenvolvimento

mais recente”. São ferramentas que surgem conforme as necessidades e os

aprimoramentos. As ferramentas tradicionais podem ser aplicadas de sete formas

segundo Paladini (1997, p. 69) “diagrama de causa-efeito; histograma; gráfico de

controle; folhas de Checagem; gráfico de Pareto; fluxograma; ideograma de

dispersão.”

Estas ferramentas tem como prioridade organizar o processo produtivo e os

objetivos, produzindo qualidade continuamente.

2.5 Programa 5 Sensos

Neste tópico é apresentado o histórico dos cinco sensos, com a abordagem

de sua origem, objetivo, significados e os benefícios que o 5 sensos proporcionam.

Segundo Ribeiro (1994, P. 15) “5 S é uma prática desenvolvida no Japão,

onde os pais ensinam a seus filhos princípios educacionais que os acompanham

até a fase adulta. Depois de ocidentalizado, ficou conhecida com housekeeping”.

São princípios, que passam de pai pra filho, comum na Japão.

Após a guerra o Japão ficou desestruturado em todos seus setores, como:

industria, comercio, etc. Para se reestruturar social e economicamente, acreditava

que seu crescimento deveria ser de forma organizada e disciplinar, buscando

sempre a eficiência.

39

De 1950 em diante o professor Deming esteve no Japão para expor

algumas idéias sobre controle de qualidade, e com isso sensibilizou os principais

executivos japoneses para a implantação do controle estatístico de qualidade. Se

baseando nessa iniciativa a equipe do Dr. Kaoru Ishikawa, criou um modelo prático

para o combate as perdas e desperdícios, que foi denominado como Regras dos 5

Sensos.

Para Silva (1996, p. 34):

Os 5S é profundo, pois sua prática pode resultar em mudanças na maneira de se perceber o trabalho e realçar a responsabilidade de cada um na criação de qualidade de vida. Ele é fácil de começar, difícil de manter, mas, sobretudo, é altamente organizado, mobilizador e trensformador do potencial humano latente nas organizações.

Ou seja, os 5 sensos é uma prática acessível para as organizações, porém

muitos não conseguem dar continuidade ao programa, por não exigir uma certa

colaboração por parte de seus colaboradores, mesmo sabendo dos benefícios para

a organização.

2.5.1 Objetivos

Os 5 sensos são utilização, ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina.

Estes demonstram que a qualidade de vida de cada um, melhora pela pratica dos

mesmos nas organizações.

Esse crescimento implica em constante ampliação da zona de conforto no exercício das faculdades humanas fundamentais: pensar, sentir e agir. Pensar criatividade, sentir prazer no trabalho e agir visando a alcançar sempre melhores desempenhos em Qualidade, Custos, Moral, Atendimento e Segurança são as únicas formas de garantir a sobrevivência com dignidade. (SILVA, 1996 p. 20)

A filosofia de 5 sensos, treina os componentes de qualquer entidade para

vida e o trabalho regrado, objetivando alcançar as metas estabelecidas para o

desempenho positivo e continuo das mesmas.

40

Em seguida será exposto o significado de cada senso e os benefícios

proporcionados ao ambiente onde é aplicado.

2.5.2 Senso de utilização – Seiri

Esse senso reza na sua essência, uma triagem objetiva e prática,

relacionada as coisas necessárias ou não, dentro de qualquer empresa. Isso

engloba decisões, maquinário, enfim, toda a organização. Para Silva (1996, p. 35)

“Em sentido amplo refere-se à eliminação de tarefas desnecessárias, excesso de

burocracia, desperdícios de recursos em geral. Inclui, também a correta utilização

dos equipamentos visando a aumentar a sua vida útil”.

O senso de utilização proporciona os benefícios segundo Silva (1996, p.

36): Liberação de espaços, reaproveitamento de recursos, realocação de excessos

de pessoal, combate a burocracia e diminuição de custos.

Percebem-se claramente os benefícios que o senso de utilização

proporciona para uma empresa que o adota. Pois muitas empresas possuem um

ambiente tomando por materiais desnecessários, que não se desfazem por receio

de não saber um destino certo para muitos.

2.5.3 Senso de ordenação – Seiton

É a organização das coisas na empresa, como materiais, informações, em

agrupamentos específicos que facilitem o acesso e a tomada de decisões, tornando

o ambiente de trabalho prático e agradável.

O senso de ordenação proporciona os seguintes benefícios segundo Silva

(1996, p. 31):

Economia de tempo, diminuição do cansaço físico por movimentação

desnecessária, maior segurança, facilidade de comunicação e otimizações de

recursos.

O quadro 03 a seguir apresenta um detalhamento da utilização deste

senso.

41

FREQUÊNCIA DE USO ONDE GUARDAR

TODA HORA NO LOCAL DE TRABALHO

TODO DIA PRÓXIMO AO LOCAL DE TRABALHO

TODA SEMANA ALMOXARIFADO

SEM USO PREVISÍVEL COLOCAR À DISPOSIÇÃO

Quadro 03 – Detalhamento do senso de ordenação Fonte: Silva (1996, p. 32)

Com base nas informações obtidas no quadro 03, é possível elaborar um

roteiro de ordenação, descriminando local e a freqüência de realização.

2.5.4 Senso de limpeza – Seiso

Este senso prioriza a higiene, o asseio no local de trabalho. Um ambiente

limpo proporciona equilíbrio físico e mental necessário ao desempenho positivo dos

colaboradores em suas tarefas. De acordo com Ribeiro (1994, p. 17) “a limpeza

deve ser encarada como uma oportunidade de inspeção e reconhecimento do

ambiente”. Sendo assim, o senso de limpeza proporciona os benefícios definidos

pelo autor. Prevenção de acidentes, bem estar pessoal, manutenção de

equipamentos, ambiente mais saudável e causa boa impressão aos clientes.

No entanto, fica claro os benefícios proporcionados pelo senso de limpeza,

na organização. É um hábito essencial e não se deve utilizá-lo apenas na empresas

e sim no dia-a-dia.

2.5.5 Senso de saúde – Seiketsu

O Senso de saúde tem como diretriz a conservação da higiene para que as

fases anteriores não diminuam ou deixem de ser executadas.

Ela funciona através de adoção de hábitos, normas e procedimentos que

mantenham os 5 sensos presentes na instituição, tendo a prevenção como medida

que evite a correção.

Segundo Silva (1996, p. 16) “muitas empresas brasileiras já estão dando

importância à prevenção em vez de tomar medidas apenas corretivas em termos de

saúde de seus empregados”. Buscam alternativas, que possam se adequar para

42

solucionar o problema, com isso o senso de saúde proporciona os benefícios

abaixo: Local de trabalho agradável, redução de riscos de acidentes, economia na

prevenção de doenças e profissionais saudáveis e bem dispostos.

Este senso esta interligado com os três sensos anteriores, qualificando-se o

ambiente de trabalho com segurança e elementos informativos que foquem a saúde

e dissipem as fontes geradoras de insatisfação.

2.5.6 Senso de autodisciplina – Shitsuke

É a exigência austera e taxativa do cumprimento das propostas aceitas pelo

grupo. É a prática de respeito ao próximo. Segundo Silva (1996, p. 57) “espera-se

que uma pessoa em avançado estágio de autodisciplina esteja sempre tomando

iniciativas para o auto desenvolvimento, o desenvolvimento do seu grupo e da

organização a que pertence”.

O senso de autodisciplina proporciona os benefícios: Auto-inspeção e

autocontrole, previsibilidade de resultados, melhoria contínua a nível pessoal e

organizacional e satisfação pessoal.

O senso de autodisciplina dispõe metas que sejam alcançadas, discutindo-

se as visões e valores a serem conquistados. A igualdade entre os colaboradores

deve ser estabelecida crendo-se que todos são de importância fundamental, na

função que exercem.

2.5.7 Benefícios dos 5 Sensos

Os benefícios obtidos com a aplicação dos 5 sensos podem ser percebidos

no quadro 04 a seguir. Porém, Ribeiro (1994, p. 19) afirma que: “o 5 S é um

processo educacional, é difícil determinar os seus benefícios”. Porém alguns de

seus resultados podem ser observados facilmente no quadro 04 a seguir:

43

Benefícios Seiri Seiton Seiso Seiketsu Shitsuke

Eliminação do desperdício X X X X X

Otimização do espaço X X O O O

Racionalização do tempo O X O X X

Redução de stress das pessoas O X O X X

Redução de condições inseguras O O X O X

Prevenção de quebras O O X O X

Aumento da vida útil O O X O X

Padronização O X O

Prevenção da poluição X O X

Melhoria da qualidade O X X

Melhoria de relações humanas O O X O X

Incremento da eficiência X X X X X

Confiabilidade dos dados O O X

Redução de acidentes O O X O X

Incentivo a criatividades X X X X X

Autodisciplina O O X

Dignificação do ser humano O O O X X

Base para qualidade total O O O X X

O - Boa Contribuição X - Ótima Contribuição

Quadro 04 – Benefícios dos 5 Sensos Fonte: Ribeiro, (1994, p. 23)

Conforme as informações do quadro de benefícios, percebe-se que o

programa quando aplicado corretamente proporciona benefícios a empresa.

2.5.8 Plano de ação 5W 2H

Para um gerenciamento equilibrado de qualquer empresa, é fundamental o

planejamento de atitudes que influenciem no desempenho da mesma.

Os itens abordados num planejamento inteligente são:

estabelecer com clareza onde se quer chegar, observar os resultados e

efeitos utilizando seu item de controle;

levar todas as informações possíveis sobre os temas em questão;

verificar as causas que estão impedindo a solução do problema; e

por ações ou contra medida contra cada causa importante, passa a ser

um plano.

De acordo com Campos (1998, p. 27) “é importante manter um plano de

ação, colocar em um lugar visível e executar com firmeza, pois significa todo o

conhecimento que foi adquirido para solucionar o problema”, ou seja, não se deve

44

manter um conhecimento adquirido apenas em sua posse, e sim transmiti-lo para

outros colaboradores.

O plano de ação chamado de 5W2H é uma tabela dividida em sete colunas.

O primeiro WHAT significa contra medidas, o que deve ser feito, melhorado,

arrumado. O segundo WHO, quem é o responsável por determinada tarefa. Em

seguida o WHEN, significa o prazo, a data em que determinada medida vai ser

tomada. O WHERE significa o local. O WHY significa a justificativa, por que deve

ser feita determinada mudança. O HOW que significa procedimentos e finalmente o

HOW MUCH que significa o quanto essa ações vão custar. ( CAMPOS, 1998).

45

3 DESENVOVIMENTO DA PESQUISA

No desenvolvimento de pesquisa, apresenta-se as características da

organização como: histórico; estrutura; processos; produtos e mercado. Além das

características, é exposta a resposta da pergunta problema e se todos os objetivos

propostos anteriormente foram alcançados.

3.1 Caracterização da Empresa

A característica da empresa consiste na apresentação de dados e

informações sobre a organização. Nela são apresentados: a origem da empresa; o

histórico, explorando os principais aspectos vivenciados desde a sua fundação até

os dias atuais; a sua estrutura organizacional; seus produtos e serviços; processo

produtivo; principais clientes e fornecedores.

3.1.1 Histórico

No ano de 1990, após um acordo feito entre empresa e colaborador, o

fundador da empresa Rayfan Indústria Têxtil Com. e Repr. Ltda-ME, o Sr. Evanildo

Amaral, se despedia do cargo de tesoureiro no Unibanco, cargo que exerceu

durante 12 anos.

Seu primeiro emprego após sair do banco, foi de representante comercial,

revendendo artigos para comércios varejistas de armarinhos e utilidades em geral,

como: fraldas, algodão, detergente e etc. Por volta de 1991, a empresa para o qual

representava, encerra suas atividades. Com isso o Sr. Evanildo Amaral, buscou

alternativas através de seus contatos e amigos que conquistou durante seus 12

anos como bancário. Um desses amigos lhe ofereceu um emprego de

representante de artigos têxteis e uniformes em geral, onde se estabeleceu durante

2 anos. No inicio de 1993, a empresa apresentava sinais de crise no seu setor

administrativo, e decidiu encerrar suas atividades.

46

Com isso, percebendo uma possível oportunidade de abrir seu próprio

empreendimento, decidiu investir boa parte de suas economias em equipamentos e

matéria prima. Pois, um dos itens vitais para a sobrevivência de uma organização

ele já possuía, que são os contatos comerciais, ou seja, clientes. Desde então a

empresa se tornou competitiva no mercado onde atua. Com uma carteira de 45

escolas particulares fiéis a seus serviços, e participação em licitação para a

confecção de uniformes industriais e escolares para prefeituras e empresas da

região. Após alguns anos adquiriu máquinas de bordado, e passou a oferecer seus

serviços a empresas do ramo instaladas na região. Além de utilizar a mesma

estrutura e máquinas para confecção de seus produtos.

Em 2005, entrou para o ramo de comércio varejista com a aquisição da

marca Squadra, que oferece artigos de vestuário, masculino e feminino, buscando

agregar em seus produtos as cores náuticas. Inicialmente eram 3 lojas, situadas na

cidade de Balneário Camboriú, Itapema e Bombinhas. Em 2007 foram inauguradas

2 novas lojas uma na cidade de Curitiba, e outra na cidade de Itajaí. A empresa

prevendo a necessidade de expansão, planeja abrir 2 novas filiais até meados de

2010. Uma em Joinville e outra em Florianópolis.

3.1.2 Estrutura

Neste tópico é apresentada a estrutura da empresa, seus setores e um

organograma com suas divisões.

Atualmente a empresa vem se aperfeiçoando em estrutura, maquinários e

treinamentos para aprimorar a mão de obra de seus colaboradores. Hoje a empresa

conta com 13 colaboradores, e é classificada como micro-empresa, seus setores

são divididos em: direção geral, financeiro, vendas, almoxarifado e produção.

Segue a figura 01 representando o organograma da empresa Rayfan

Indústria Têxtil Comércio e Representação Ltda – ME.

47

Figura 01 – Organograma da empresa

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Por se tratar de uma empresa de pequeno porte e familiar, seu

organograma possui uma estrutura menor. Porém cada função possui um

responsável, ambas são supervisionadas pelo Diretor Geral. Na direção a

responsabilidade é do proprietário, o setor financeiro é administrado pelo estagiário,

e as demais funções possuem um colaborador.

3.1.3 Processos

Esse tópico fala sobre os processos realizados pela empresa, o

funcionamento da produção e a realização das vendas.

A elaboração dos produtos é feita por um especialista em modas, que

através de estudos busca desenvolver produtos que se enquadrem aos padrões

propostos pela empresa, e que seja coerente com o público e ao segmento que a

mesma possui.

Após a elaboração da peça piloto, a mesma é avaliada e testada, para que

os possíveis defeitos sejam corrigidos. Após a realização deste processo, buscam-

48

se fornecedores que possam produzir os modelos desejados, com os mesmos

padrões de qualidade, especificados na ficha técnica do produto. Esse trabalho

chama-se private-label. A fábrica da empresa produz apenas artigos básicos como

camisetas de meia malha e camisetas pólos.

As vendas são realizadas em lojas próprias totalizando 5 lojas, sendo 4

(quatro) delas localizadas no estado de Santa Catarina e 1 (uma) localizada no

estado do Paraná.

3.1.4 Produtos

Nesse tópico trata-se dos produtos oferecidos pela empresa Rayfan. A

empresa Rayfan, possui um nome fantasia que se chama Squadra, que por sua vez

busca oferecer aos seus clientes produtos para vestuário, buscando sempre o

conforto a qualidade e melhor preço.

A empresa possui em seu sistema, cerca de 1200 itens cadastrados, numa

somatória de peças de coleções anteriores. No entanto, hoje as lojas possuem 50

itens, divididos em 4 segmentos: acessórios, abrigos, camisetas e shorts, ambos

para o publico feminino e masculino.

Com o intuito de produzir produtos voltados para linha náutica, a Rayfan

agrega nos seus produtos cores que são características das bandeiras náuticas,

com listrados fortes e atraentes.

3.1.5 Mercado

A marca Squadra, atende clientes de ambos os sexos, que possuem uma

faixa etária de 28 a 60 anos, segundo pesquisas realizadas com as gerentes das

lojas. Muitos desses clientes são fieis à marca, e visitam as lojas mensalmente e

outros por motivos de distância, a cada temporada de férias.

Para que a empresa possa oferecer produtos de qualidade, necessita de

matéria prima que atenda às especificações. No entanto, a empresa possui vários

fornecedores na qual mantém uma relação comercial amigável. Alguns desses

49

fornecedores estão envolvidos com a empresa desde seu surgimento, oferecendo

produtos e serviços específicos para o seu consumo.

No setor de vestuário existem vários empresas atuando, com diversos

produtos e marcas, no entanto a Rayfan possui concorrentes diretos no segmento

onde atua, ou seja, publico entre 28 e 60 anos. Porém, com produtos destinados a

linha náutica, a empresa não possui um concorrente direto, pelo menos no locais

onde possui lojas .

3.2 Resultados da Pesquisa

Este tópico expõem aos resultados da pesquisa realizada da Rayfan

Indústria Têxtil Ltda-ME. Antes da execução do programa foi efetuado um

planejamento e o roteiro do trabalho. O plano de ação encontra-se em apêndice A,

B, C, D, E, F, G, H e I.

3.2.1 Roteiro

Esse tópico é destinado ao roteiro de implantação, onde foram designadas

as etapas de implantação. Para auxiliar no planejamento foi utilizada a ferramenta

5W2H, onde constam as etapas da implantação, o mesmo se encontra como

apêndice. Abaixo segue um breve roteiro das principais etapas a serem seguida.

Criação da equipe de apoio: Foi escolhida uma pessoa que ajudou a

compor a equipe do programa 5 sensos. Porém, em razão da empresa

possuir poucos colaboradores que fazem parte dos setores onde

ocorreu a implantação, essa equipe é composta pelo acadêmico,

auxiliado pelo proprietário da empresa.

Reunião com a equipe de apoio: Ocorreu após ser apresentado para

o proprietário o programa e qual foi seu papel para que a implantação

seja um sucesso. Já que a implantação depende da aprovação do

proprietário para as várias mudanças e aperfeiçoamentos que ocorreram

nos setores. Com isso iniciou-se a validação junto ao proprietário do

50

cronograma de implantação. Qual foi o plano de lançamento e fixação

de cartazes e distribuição de panfletos de orientação.

Reunião de sensibilização: A equipe de apoio se reuniu com os

colaboradores para expor o programa de um modo geral. A reunião foi

realizada na própria empresa, onde o acadêmico junto com o

proprietário buscou sensibilizar os colaboradores da importância do

programa 5 sensos para a organização. As ferramentas utilizadas para

expor aos colaboradores foram: cartazes e vídeos sobre o assunto.

Desenvolvimento do plano de descarte: Na reunião foi criado um

plano de descarte, junto ao proprietário, onde os métodos e critérios a

serem utilizados para um descarte foi criado, neste caso, trata-se de

resíduos e materiais desnecessários ao setor.

Lançamento do plano de descarte: Lançamento do descarte, foi

exposto o cartaz e as condutas a serem cumpridas, os itens que

deverão ser descartados do setor, eliminando assim os materiais inúteis

existentes, proporcionando um ambiente mais agradável. Após a

reunião, os cartazes de sensibilização dos 5 sensos, foram substituídos

por cartazes de descartes e os locais previamente definidos pela equipe

de apoio .

Elaboração do plano de ação do senso de ordenação: Na reunião foi

criado um plano de ordenação, junto ao proprietário, onde os métodos e

critérios a serem utilizados para organizar a empresa. Neste caso,

tratou-se de colocar os objetos nos seus devidos lugares, etiquetar as

caixas e arquivos e elaboração de uniforme para os colaboradores. Com

isso torna o ambiente de trabalho mais agradável e prático, além da

economia de tempo e demais benefícios.

Lançamento do senso de ordenação: Primeiramente os

colaboradores foram questionados com relação aos resultados dos

descartes. Em seguida puderam expor sugestões e reclamações, onde

será avaliado e, se necessário, aperfeiçoado pela equipe de apoio. A

seguir ocorreu o lançamento do senso de ordenação, e a sensibilização

aos colaboradores, expondo métodos e locais de implantação em cada

setor, e fixação de cartazes em locais definidos pela equipe técnica.

51

Desenvolvimento plano de ação do senso de limpeza: Na reunião

determinou-se como objetivo principal a elaboração de um plano de

lançamento do senso de limpeza. Essa reunião foi composta pelo

acadêmico junto com proprietário. Esse senso determina a eficiência na

limpeza, buscando lugares de difícil acesso, paredes sujas e pisos

desgastados. Para isso foram determinados os locais de fixação de

cartazes e esclarecimento de dúvidas por parte dos colaboradores.

Implantação do senso de Limpeza: Na reunião os colaboradores

foram questionados sobre o senso de ordenação, como foi sua

implantação e critérios a serem melhorados. Os colaboradores foram

informados sobre o lançamento do senso de limpeza na empresa e

foram questionados sobre sugestões de lugares com deficiência deste

senso conforme orientados.Após a reunião foram retirados os cartazes

do senso anterior e fixados os cartazes do senso de limpeza.

Elaboração do plano de ação do senso de saúde: Foi realizada uma

reunião com a equipe de apoio com o objetivo de elaborar um plano de

lançamento do senso de saúde, que tem como diretriz conservar a

higiene no ambiente. Essa reunião foi composta pelo acadêmico junto

com proprietário.Um dos objetivos é a definição dos locais de fixação

dos cartazes, pois o mesmos devem se localizar em um local

estratégico.

Implantação do senso de saúde: Foi realizada uma avaliação do

senso de limpeza, identificar os pontos a serem aperfeiçoados e coletar

informações com os colaboradores. Em seguida foi lançado o senso de

saúde. Houve a sensibilização de todos os colaboradores envolvidos. O

acadêmico esteve à disposição para quaisquer dúvidas a serem

esclarecidas. Posteriormente, após o termino da reunião, foram fixados

os cartazes com o conteúdo do senso de saúde.

Desenvolvimento do plano de ação do senso de disciplina: Ocorreu

uma reunião com a equipe de apoio, com objetivo de desenvolver um

plano de lançamento do senso de disciplina, que tem como

característica dar continuidade ao programa. Essa reunião ocorreu com

o acadêmico e junto ao proprietário da empresa. Os objetivos definidos

52

foram as posições dos cartazes e total esclarecimento de possíveis

dúvidas por parte dos colaboradores.

Implantação do senso de saúde: Nessa reunião foi realizada uma

avaliação do senso de saúde, para que o acadêmico possa aperfeiçoar

o processo de implantação caso o mesmo encontre dificuldades para

atender o objetivo. Após a reunião foram retirados os cartazes dos

“Sensos” anteriores, para a fixação do cartaz de disciplina, nos locais

definidos com a equipe de apoio.

Sensibilização e avaliação: Foi feito uma reunião com os colabores,

para avaliação do senso de disciplina, considerado uns dos principais

para dar continuidade ao programa. Outro objetivo da reunião foi a

formação de um pacto de continuidade ao programa, e fixar um cartaz

contendo a evolução da empresa.

3.2.2 Diagnóstico Inicial

Neste tópico é exposto o resultado da aplicação do check-list e do

diagnóstico inicial.

Este ocorreu entre os dias 5 e 8 de agosto, como designado no

cronograma 5W2H que se encontra em apêndice A. Segundo Ribeiro (1994, p. 49)

“o diagnóstico é uma auditoria informal que pode ser feita por pessoas que

conheçam relativamente bem os conceitos de ordem, limpeza, arrumação, asseio e

disciplina”. Ou seja, o acadêmico está estruturado para relacionar, avaliar e orientar

os funcionários os conceitos citados acima, em caso de dúvidas e o proprietário

está próximo, para tomar as decisões cabíveis.

Os resultados foram obtidos após a aplicação de um formulário no dia 17 de

agosto, como previsto no cronograma 5W2H, que se encontra em apêndice B. Os

mesmos foram aplicados em duplas para os colaboradores. O proprietário e o

acadêmico, participaram ativamente da pesquisa, onde cada um respondeu seu

questionário.

As médias encontradas referentes a cada senso seguem no quadro 05.

53

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS 5S

Local Avaliado Estoque/

Administrativo

Resp. pelo Local

Avaliador Média

Colaboradores

Assinatura Data

5s Objeto da Avaliação Como Verificar Nota (1a5)

Colaboradores

Nota (1a5)

Acadêmico e

Proprietário

Se

ns

o d

e U

tiliza

çã

o

Materiais necessários e desnecessários se confundem.

Acúmulo de materiais nas mesas e em superfícies horizontais.

2 1

Recursos são tratados sem a devida importância.

Materiais largados em cantos de parede, em cima de armários ou em outras superfícies horizontais.

1 1

Não há otimização no uso de recursos.

Objetos similares em um mesmo local.

3 2

Os recursos disponíveis não são utilizados.

Materiais sem Utilização 1 1

TOTAL 7 5

Se

ns

o d

e O

rde

na

çã

o

Guarda de materiais dificulta acesso e promove permanentemente a desordem.

Empilhamento de materiais sobre outros.

2 1

Guarda materiais aumenta o tempo de acesso

Falta de identificação de matérias.

1 1

Localização com dificuldade

Falta de sinalização a distância.

2 1

Disposição de compartimentos e objetos prejudica o acesso a eles.

Lay-out inadequado 1 1

TOTAL 6 4

Se

ns

o d

e L

imp

eza

Relaxamento com a higiene.

Sujeira acumulada. 2 2

Baixa preocupação com a saúde.

Níveis de poluição elevados

2 3

Ambiente Físico desagradável.

Paredes e pisos sujos. 2 2

Falta de limpeza sistemática.

Depósitos de descartes cheios e/ou em quantidade insuficiente.

2 2

TOTAL 8 9

54

Se

ns

o d

e S

de

Prática Sistemática de 5S.

Elaboração de rotinas do 5S e sistemática de reconhecimento.

ÑA Ñ

Preocupação com a saúde física e mental.

Realização de campanhas, reuniões e outros eventos.

3 3

Eliminação de fontes de sujeiras.

Elaboração de planos e listas de pendências e de locais de difícil acesso.

ÑA ÑA

Ambiente agradável. Locais ventilados, iluminados e sem poluição.

3 3

TOTAL 6 6

Se

ns

o d

e

Au

tod

iscip

lin

a

Cumprimento do que foi estabelecido.

Cumprimento de Rotinas do 5S.

ÑA ÑA

Pontualidade. 4 4

Guarda de objetos em locais definidos.

4 3

Redução de recursos para manutenção da limpeza (pessoas e tempo de limpeza).

3 2

Roupas limpas e pessoas asseadas

4 4

TOTAL 15 13

Padrão atual (%) Média Colaborador (%) Média Acadêmico (%)

52,67% 56,00% 49,33%

Quadro 05: Resultado do diagnóstico inicial 5 sensos Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Os critérios de avaliação, do formulário encontram-se em anexo B, C, D, E

e F.

No diagnóstico inicial, após a tabulação dos resultados o acadêmico junto

com o proprietário elaborou um quadro com os principais itens a serem

aperfeiçoados. Pois, foi possível perceber uma desordem nos setores onde o

programa seria implantado, conforme o quadro 05 e as fotos a seguir.

55

TABULAÇÃO DO RESULTADO DO DIAGNÓTICO

ITENS DISCRIÇÕES NOTA SENSO

Prateleira estoque

Acúmulo de sujeira e de materiais desnecessário, não contendo identificação dos objetos portados.

1 Utilização, Ordem e Limpeza.

Refeitório Desordem, e materiais desnecessários. 2 Ordem e Utilização

Paredes Com manchas e lugares sem reboco. 2 Limpeza

Estante escritório Com acúmulo de materiais desnecessário, falta de identificação e superfície com resíduos.

2 Utilização, Ordem e Limpeza.

Prateleira Setor de produção

Materiais desnecessário, acumulo de sujeira e falta identificação de materiais e locais.

2 Utilização, Limpeza e Ordem.

Matéria prima produção

Sem identificação. 1 Ordem.

Mesa escritório Acúmulo de materiais desnecessários, e sem identificação.

2 Utilização e Ordem.

Mesa de Estoque Acúmulo de materiais desnecessários, e sem identificação.

2 Utilização e Ordem.

Colaboradores Sem identificação e uniformes 3 Ordem.

Almoxarifado Acúmulos de sujeiras e lugares de difícil acesso.

2 Limpeza.

Produção Acúmulo de sujeiras e resíduos e lugares de difícil acesso.

3 Limpeza

Quadro 05: Resumo do Diagnóstico Inicial Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Com esses dados foi possível iniciar a implantação para cada senso. Após

analisar as reais necessidades, percebeu-se quais sensos necessitam mais

atenção e uma dedicação mais agressiva na implantação. O quadro 05 demonstra

os itens, a sua descrição, sua nota e o senso que seve ser utilizado. Percebeu-se

que um senso destacou-se em relação aos outros, que é o caso do senso de

ordenação, que apareceu em 8 dos 11 itens destacados pelo acadêmico. Os outros

2 sensos apareceram 6 vezes cada, que são os sensos de limpeza e utilização. A

seguir algumas imagens dos itens citados anteriormente:

56

Figura 1: Imagens da empresa Fonte: Elaborada pelo acadêmico

A figura 01 demonstra quatro fotos de locais diferentes da empresa. Nota-

se na foto 01, materiais sem utilidade na parte debaixo da mesa, paredes sujas e

falta de ordenação. Na foto 02 é possível analisar a falta de ordenação, acúmulos

de materiais sem utilidades. Na foto 03 os materiais do escritório se encontram fora

de ordem e não são identificados. A parede da recepção, na foto 04 apresenta

mancha na pintura e buracos. Sabe-se que nesse caso o senso de limpeza é

adequado para esse ambiente. Com as imagens fica fácil avaliar o nível de

organização na empresa, pois a mesma não possuía uma fiscalização, com relação

a esses fatores como: utilização, ordenação, limpeza, asseio e disciplina.

3.2.3 Reunião de Abertura

Neste tópico mostra-se a reunião de lançamento do programa 5 sensos na

empresa Rayfan Indústria Têxtil Comércio e Representação Ltda-ME.

57

A reunião ocorreu no dia 15 de agosto, como previsto no cronograma 5W2H

que se encontra em apêndice C, após o horário de expediente. Foi realizada na

própria empresa com a presença dos colaboradores e a equipe de apoio que

trabalha nos setores onde o programa foi implantado.

O proprietário deu início à reunião informando aos colaboradores sobre as

mudanças que ocorreram em alguns setores da empresa. Após, pediu para que o

acadêmico desse continuidade, expondo o porquê das mudanças, explicando o que

são os 5 sensos, quais os benefícios e esclarecendo dúvidas a respeito do

programa.

Em seguida foram distribuídos os panfletos educativos, e colado o cartaz do

primeiro senso a ser implantado. O senso de utilização foi o primeiro e foram dadas

as primeiras orientações e condutas a serem realizadas.

3.2.4 Implantação do Programa

Neste tópico é exposta a implantação do programa 5 sensos. A

sensibilização dos colaboradores ocorreu no dia 15 de agosto, onde foi realizada a

primeira etapa do programa. Foi dado início a implantação do senso de utilidade,

abaixo segue o andamento da implantação.

3.2.4.1 Senso de Utilização

Iniciou-se sua implantação no dia 15 de agosto conforme o cronograma

5W2H que se encontra em apêndice D, após a reunião de sensibilização. Neste dia,

após visualizar os resultados do diagnóstico e perceber a necessidade do senso em

seis pontos definidos foi elaborada a lista de inventários, com os itens a serem

descartados. A seguir, encontra-se o quadro 06, com a lista de inventário.

58

QUANTIDADE DESCRIÇÃO DESTINO SETOR

05 Monitores de computador Parque Dom Bosco

Estoque

03 Teclados de computador Parque Dom Bosco

Estoque

05 Gabinetes de computador Parque Dom Bosco

Estoque

02 Leitores de Código de Barra Parque Dom Bosco

Estoque

01 Prateleira Aterro Sanitário

Estoque

01 Mesa Aterro Sanitário

Refeitório

x Objetos antigos: catálogos e caixas

Coleta Seletiva

Admin./ Produção

9 Lâmpadas Florescentes Famai Estoque

Quadro 6: Lista de inventário Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Observa-se no quadro vários objetos que ocupavam um espaço importante

na empresa, que por sua vez, não representava nenhuma vantagem. Muito pelo

contrário, apenas prejudicavam a empresa. O “x” na tabela indica diversos objetos

que não foram contados, pois se trata de pequenos objetos que foram colocados

em caixas e destinados a coleta de lixos recicláveis.

Segue abaixo figura 02 de alguns itens citados na lista de inventário, após o

início da implantação do senso de utilização:

Figura 02: Itens a seres descartados Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

59

Na figura 02, pode-se identificar alguns itens citados no quadro 06 como,

monitores, gabinetes, teclados e algumas caixas de papelão. Pelo acúmulo de

objetos, percebe-se o quanto prejudicava a empresa, tanto pelo espaço, quanto

para o aspecto visual.

Neste momento a equipe de apoio estava encaminhando os resíduos de

informática para o Parque Dom Bosco, onde serão utilizadas para aulas com os

alunos da região. Além de melhorar a qualidade no ambiente de trabalho, está

ajudando a sociedade doando os equipamentos.

3.2.4.2 Senso de Ordenação

O senso de ordenação foi aplicado no dia 24 de agosto, assim definido no

cronograma 5W2H que se encontra em apêndice E, após realizar uma avaliação

com os colaboradores a respeito do senso de utilização. Foram esclarecidas

dúvidas e sugeridas melhorias em alguns setores.

Em seguida foi lançado o senso de ordenação e as modificações

começaram a surgir. O senso de ordenação apareceu em 8 pontos no diagnóstico

inicial, pois muitos itens não possuíam um lugar definido. As caixas não eram

identificadas corretamente com etiquetas e havia muitos materiais empilhados.

Segue abaixo a figura 03, onde mostra o ambiente após a implantação do

programa.

Figura 03: Arquivos antigos e Blocos de Notas Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

60

Apesar do senso de limpeza não ter sido lançado oficialmente pela equipe

de apoio, o mesmo teve um papel fundamental durante a implantação do senso de

ordenação no setor de almoxarifado. Sendo assim percebe-se claramente o

benefícios dos sensos. A figura 03 demonstra os itens separados e etiquetados,

facilitando o acesso e promovendo um ambiente visualmente agradável.

Na figura 04 nota-se que os objetos estão etiquetados, ou seja, que o senso

de ordenação foi aplicado. A identificação dos objetos facilita o a acesso e

proporciona um ambiente organizado e agradável. Segue abaixo figura 04.

Figura 04: Depósito Materiais para uso no escritório Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Além da organização dos objetos, os colaboradores receberam uniformes e

crachás, que proporcionam um ambiente organizado, limpo e padronizado. Os

crachás facilitam na identificação por parte dos clientes, já que neles consta a

identificação do colaborador.

Este senso obteve um bom resultado, tanto para na empresa quanto para

os colaboradores, pois os resultados são visíveis e satisfatórios, com a necessidade

de aperfeiçoamento em poucos setores.

3.2.4.3 Senso de Limpeza

Foi implantado oficialmente no dia 26 de agosto conforme estabelecido no

cronograma 5W2H que se encontra em apêndice F. Porém, o senso de limpeza

61

ocorreu em conjunto com o senso de utilização e ordenação, na medida em que

ambos fossem necessitando de suas práticas. Posteriormente, foi realizada uma

avaliação com os colaboradores a respeito do senso de ordenação. Foram

esclarecidas dúvidas e sugerido melhorias em alguns setores.

O senso de limpeza apareceu em 6 pontos no diagnóstico inicial, esse

senso tem como objetivo eliminar sujeiras acumuladas e que se encontram em

lugares de difícil acesso.

Segue abaixo figura 05 após a implantação do senso de limpeza.

Figura 05: Refeitório Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

A figura 05 é o mesmo ambiente exposto na foto 01 da figura 01. Percebe-

se que o acumulo de materiais e sujeira na parede na parte inferior a mesa foram

eliminados e os móveis substituídos. Os resultados obtidos foram satisfatórios,

porém precauções e condutas devem ser adquiridas para que não se obtenha o

cenário anterior.

3.2.4.4 Senso de Saúde

O senso de saúde foi aplicado no dia 28 de agosto após, a implantação do

senso de utilização, ordenação e de limpeza conforme previsto no cronograma

5H2H, que se encontra em apêndice G.

62

Com o objetivo de manter a higiene para que os sensos anteriores não

diminuam ou deixem de ser executados.

Este senso proporciona condições favoráveis à saúde física e mental,

garantindo um ambiente saudável e mantendo boas condições sanitárias na área

de banheiros e higiene pessoal.

Exigir cautela com informações e com a comunicação entre dirigentes e

colaboradores, para que sejam claras e de fácil compreensão, e com toda empresa

em geral, para que propicie um ambiente limpo e agradável.

Nesta fase de implantação, as atenções são voltadas para as partes

comuns da empresa como banheiros, refeitórios e o pátio. Com isso, pode-se evitar

possíveis doenças com o hábito da higiene, e essas informações podem ser

utilizado para o contínuo desenvolvimento do programa.

Este senso obteve uma boa aceitação por parte dos colaboradores. Porém,

muitos ainda encontram dificuldades para manter algum lugar limpo e organizado,

principalmente nas áreas comuns da empresa. Percebe-se que esses

colaboradores demonstram a falta de vontade na execução do senso. Mas podem

melhorar este comportamento com o decorrer da implantação.

3.2.4.5 Senso de Disciplina

O senso de disciplina foi aplicado no dia 08 de setembro, como previsto no

cronograma 5W2H que se encontra em apêndice H, em uma reunião com os

colaboradores. Após esclarecimentos de dúvidas a respeito dos sensos anteriores,

o acadêmico deu início à implantação do senso de disciplina.

Considerado por alguns autores como o mais importante e difícil dos

sensos, pois depende dele dar continuidade ao programa com a disciplina

desejada. Para comparar resultados e avaliar os sensos, é necessário que o

formulário de avaliação que se encontra em anexos A, seja aplicado mensalmente

a partir de 15 de dezembro, durante os 3 primeiros meses do programa, pois a

mudanças de hábitos e culturas é algo relativamente difícil de ser alterada de um

forma radical, e sim aos poucos. Posteriormente, essa aplicação pode ser realizada

a cada 3 meses.

63

Essa avaliação do programa deve ser feita para manter os padrões dos 5

sensos, caso haja necessidade e aprimorar algum dos sensos. Porém, as

expectativas iniciais são boas, aparentemente, bons resultados estão surgindo e,

possivelmente, os itens a serem melhorados estão próximos de serem os ideais.

3.2.5 Auditoria Interna

Esse tópico é destinado para a auditoria interna, que ocorreu entre o dia 10

e 15 de outubro, como previsto no cronograma 5W2H, que se encontra em

apêndice I, onde o acadêmico compara os resultados antes e após a implantação

dos 5 sensos. Demonstra a evolução da empresa e os benefícios proporcionados

pelo programa.

Foi elaborado um painel de resultado da auditoria, contendo o progresso

dos sensos em cada setor. Foi fixada uma cópia em cada setor, para que os

colaboradores tenham conhecimento da evolução da empresa e onde necessitam

progredir. O mesmo encontra-se completo em apêndice J. Os critérios escolhidos

para destacar o grau de evolução foram através de conceitos assimilados a cores,

que foram estabelecidas através de escalas de porcentagem. Segue abaixo tabela

com a identificação e valores de cada cor.

0% à 20% PÉSSIMO

21% à 40% REGULAR

41% à 60% SATISFATÓRIO

61% à 80% BOM

81% à 100% ÓTIMO

Quadro 07: Critérios de avaliação

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

O quadro 07 demonstra os critérios para enquadramento das áreas

analisadas segundo o resultado obtido. Através dele foi possível avaliar o grau de

evolução de forma clara e objetiva.

64

Segue abaixo quadro 08 contendo o resultado da auditoria interna antes e

após a implantação do programa 5 sensos:

Quadro 08: Resultado da Auditoria Interna

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico

Segue resultado do check-list aplicado aos colaboradores após a

implantação do programa. Os resultados obtidos com o programa foram

satisfatórios. Apresentou uma evolução nos setores onde foi implantado. De uma

forma geral a empresa obteve os seguintes resultados: senso de utilização obteve

uma evolução de 25% para 80% do resultado esperado em relação aos dados

obtidos antes da implantação do programa. Porém em alguns setores o senso não

obteve o resultado ideal, mas sabe-se que está a caminho.

O senso de ordenação obteve uma melhora de 20% para 65% do resultado

esperado com relação a nota obtida antes da implantação do programa. O

resultado é positivo, porém, não é satisfatório, pois o setor de estoque ainda possui

desordem, problema que pode se justificado pela falta de espaço no ambiente, mais

sabe-se que o colaborador responsável pelo setor esta se empenhando para que o

resultado ideal seja alcançado.

O senso de limpeza evoluiu de 45% para 75% do resultado esperado, em

comparação aos resultados dos dados obtidos inicialmente. O senso de limpeza

está próximo do resultado ideal, porém alguns setores da empresa possuem

acumulo de poeira em lugares estratégicos, porém, estão sendo solucionados.

65

O senso de saúde progrediu de 30% para 82% do resultado esperado, em

comparação com os dados obtidos na pesquisa inicial. O senso de saúde está

evoluindo na medida em que os colaboradores vão se adaptando a rotina do

programa 5 sensos.

Um dos sensos mais importantes para o sucesso e continuidade do

programa é o senso de autodisciplina, que felizmente é o senso que apresentou o

maior índice e está próximo do ideal, com uma evolução de 52% para 95% do

resultado esperado, comparado ao resultado obtido na pesquisa inicial. Essa

evolução é ocasionada devido ao empenho dos colaboradores para que os

objetivos do programa sejam alcançados, pois sabem da importância que é o

sucesso do programa.

O quadro ainda apresenta uma média geral da empresa antes e após a

implantação de cada senso, facilitando assim na interpretação, oferecendo uma

visão ampla da evolução.

Com base nos dados da auditoria realizada após a implantação do

programa, o acadêmico pode notar o potencial dos colaboradores, e o quanto os

mesmos estão empenhados para que o sucesso da implantação seja alcançado.

Com isso o acadêmico identificou e sugeriu ao proprietário e aos colaboradores,

onde se encontram as falhas e como podem ser solucionadas.

Sabe-se que após as correções o resultado da próxima auditoria que irá

acontecer no dia 15 de janeiro de 2009, demonstrara resultados mais próximos do

ideal.

3.3 Sugestões

O conteúdo deste tópico é destinado às sugestões feitas pelo acadêmico

para o aprimoramento do programa.

Com a análise da tabela, pode-se identificar que o setor de estoque e de

produção não se classificou como sendo ótimo nos seguintes sensos:

Utilização: Tanto no setor de estoque quanto no de produção, ainda

são encontrados materiais e matéria prima sobre a mesa e em

determinados locais. Porém em quantidade inferior ao encontrado

antes da implantação do programa. No entanto, esse problema pode

66

ser solucionado com a criação de um local apropriado para esses

objetos, de forma a buscá-los apenas quando necessário.

Ordenação: No setor de produção, as peças não são identificadas com

o nome do cliente. Problema que pode ser resolvido com a criação de

uma etiqueta de identificação. No setor de estoque ainda foi

diagnosticado a falta de etiquetas em algumas prateleiras. Pode-se

resolver esse problema com a elaboração de uma etiqueta que atenda

a essa necessidade.

Limpeza: Tanto no setor de produção quanto no setor de estoque, foi

identificado acúmulos de poeira em locais estratégicos. Para solucionar

esse problema pode-se elaborar um mapa estratégico, contendo os

pontos onde a poeira se acumula, e destinar um tempo de 30 minutos

antes de encerrar o expediente na sexta-feira para que esses locais

sejam limpos.

Acredita-se que essas sugestões sejam atendidas pelo proprietário, pois as

modificações e melhorias na empresa são visíveis e gratificantes.

67

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse tópico é reservado às considerações finais sobre o trabalho de estágio

realizado na empresa Rayfan Indústria Têxtil Comércio e Representação Ltda-ME.

O trabalho teve como propósito a melhoria do ambiente e as condições de trabalho

da empresa.

Para o alcance do propósito deste trabalho foi definido como objetivo geral

a implantação do programa 5 Sensos, elencados na seção 1.2 deste trabalho. O

acadêmico concluiu com êxito todos os objetivos específicos previstos inicialmente

sem que houvesse algo que prejudicasse o andamento do trabalho. Assim,

considera que o objetivo geral foi conquistado com sucesso.

A conclusão com êxito foi possível por que os ambientes da empresa foram

analisados pelo acadêmico. Os procedimentos e benefícios foram expostos e

esclarecidos aos participantes da implantação, as etapas de implantação ocorreram

nas datas previstas e corretamente realizadas. O acadêmico acompanhou cada

etapa da implantação para se certificar da qualidade do processo e posteriormente

relatou os resultados obtidos. A colaboração dos funcionários foi essencial para o

sucesso do programa, pois todos aderiram e vestiram a camisa do programa

vigorosamente.

A pergunta ao problema de pesquisa que havia sido formulada foi: como o

programa 5 sensos poderia melhorar o ambiente e as condições de trabalho no

setor administrativo, estoque e produtivo? A Rayfan se preocupa em valorizar a

qualidade de seus produtos e a qualidade de trabalho de seus colaboradores,

assim como a satisfação de seus clientes. Portanto, devemos destacar que a

implantação do programa cinco sensos foi de extrema importância. Pois, o

resultado foi de melhoria no ambiente de trabalho e estimulo aos seus

colaboradores para desenvolver sua função com dedicação. Assim trarão

benefícios a eles próprios e, conseqüentemente, melhores resultados para a

empresa.

Quanto ao senso de utilização fez-se uma triagem nos setores e classificou-

se os materiais que teriam utilidade ou não, descartando-se os desnecessários e

selecionando, identificando os demais, aplicando assim o senso de ordenação.

68

O senso de limpeza foi implantado paralelamente aos sensos anteriores

eliminando-se resíduos, tornando o ambiente limpo e arejado.

Os cinco sensos são medidas que dão resultados plenamente positivos,

quando aplicados em conjunto. Dessa maneira, o senso de saúde mereceu

destaque na sua aplicação, por que foca o ingrediente principal para que o

colaborador tenha condições de executar suas funções. Aliado a ele encontra-se o

senso de disciplina que nos torna vigilantes no sentido de não relaxarmos no

cumprimento dos demais.

Para a realização do trabalho, foi necessário buscar informação sobre a

empresa, essas informações foram coletadas atrás de aplicações de check-list,

observação e diálogo informais. Com os dados coletados, iniciou-se a análise para

que o plano de ação 5W2H fosse elaborado de forma a se adequar ao perfil da

organização, cumprindo seu cronograma fielmente. Posteriormente, o programa

cinco sensos foi aplicado, nos setores avaliados.

Para o acadêmico os conhecimentos e experiências adquiridos com a

convivência no ambiente organizacional foi de grande importância para a sua

formação, pois pode expor na prática o conteúdo adquirido em sala, atendendo

suas expectativas. O proprietário da empresa ficou gratificado com os resultados

obtidos e pretende dispor a organização para novos trabalhos acadêmicos quando

necessário.

Que esse trabalho de conclusão de curso auxilie novos acadêmicos em sua

formação, pois seu conteúdo é consistente e de fácil compreensão.

69

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio RAYFAN IND. TÊXTIL COM. E REPR.

LTDA-ME declara, para os devidos fins, que o estagiário RAFAEL AMARAL, aluno

do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas –

CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 16 de março de

2009 a 15 de outubro de 2009, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o

período, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e

respeitounossas normas internas.

Itajaí, 15 de outubro de 2009.

___________________________________

Evanildo Amaral

70

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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71

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72

APÊNDICES

73

APÊNDICE A

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Diagnóstico RESPONSÁVEL (quem?) Acadêmico. VALOR A SER INVESTIDO (quanto

custa?) O valor é de R$ 4,00 que será

usado para as cópias dos

questionários.

QUANDO? Entre os dias 5 e 8 de agosto de 09 ONDE? Será realizado na própria empresa.

POR QUÊ? Para obter informação atuais sobre a conduta da empresa antes do programa 5 sensos. Que setor necessita de uma

atenção maior com relação ao programa.

COMO? A coleta de dados será feito através de:

Aplicar check-list, no setor administrativo e no setor de produção;

Efetuar registro fotográfico; e

Tabular os dados.

As notas do questionário variam de 1 a 5 e será feita por senso, no final será feito um calculo para obter a média alcançada antes

da implantação.

74

APÊNDICE B

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Diagnostico por parte dos

funcionários.

RESPONSÁVEL (quem?) Os

colaboradores da empresa.

VALOR A SER INVESTIDO

(quanto custa?) R$ 10,00.

QUANDO? 17 de agosto de 09 ONDE? Na empresa.

POR QUÊ? Para saber o resultado pela percepção dos funcionários e comparar com a avaliação feita pelo acadêmico. E tomar

as devidas providências.

COMO? Será elaborado um questionário, com critérios de avaliação desenvolvidos, onde os funcionários deverão responder.

As notas variam de 1 a 5 e será feita por senso, no final será feito um calculo para obter a média alcançada antes da

implantação.

Será respondido em duplas, pois facilitará para os colaboradores na avaliação; e

Antes da entrega dos questionários, os colaboradores serão orientados sobre a forma de aplicação.

75

APÊNDICE C

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Sensibilização do Programa. RESPONSÁVEL (quem?) Acadêmico

com auxilio do proprietário.

VALOR A SER

INVESTIDO (quanto

custa?)

Algo entre 100 e 200

reais

QUANDO? 15 de agosto de 2009 ONDE? Na própria empresa.

POR QUÊ? Para formalizar e sensibilizar os colaboradores da realização da implantação do programa 5 sensos e expor sua

importância para organização. Pois muitos dos colaboradores não possuem conhecimento do programa.

COMO? Será realizado uma reunião com os colaboradores no sábado dia 15 de agosto de 2009 no final do expediente onde

será distribuído os

panfletos, os cartazes sobre o programa será colodo no dia anterior ao lançamento, o proprietário irá relatar sobre o assunto e

o acadêmico ficará,

responsável por explicar os sensos, os setores onde será implantado e quais serão as primeiras condutas para a implantação.

No dia da sensibilização será apresentado um vídeo sobre o tema.

76

APÊNDICE D

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Senso de utilização (SEIRI) RESPONSÁVEL (quem?) Acadêmico e

o Funcionários responsáveis pelo setor.

VALOR A SER INVESTIDO

(quanto custa?)

Não a custo.

QUANDO? 20 de agosto de 09 ONDE? Nos setores definidos: Setor administrativo, almoxarifado e

produção de bordado.

POR QUÊ? Para proporcionar um ambiente mas limpo de objetos desnecessários, facilitando assim a utilização de outros

materiais.

COMO?

Fichar cartazes sobre os sensos;

Reunir o grupo;

Explicar como podem proceder;

Identificar local para descarte;

Avaliar o que foi descartado;

Efetuar a lista de inventário; e

Definir o destino final dos itens.

77

APÊNDICE E

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Sendo de Ordenação ( SEITON) RESPONSÁVEL (quem?)

Acadêmico e os colaboradores do

Setor

VALOR A SER INVESTIDO (quanto

custa?)

Não a custo.

QUANDO? 24 de agosto de 09 ONDE? Nos setores definidos: Setor administrativo, almoxarifado e

produção de bordado.

POR QUÊ? Para facilitar o acesso, levando em conta a freqüência praticado ou que seja de fácil assimilação.

COMO?

Fichar cartazes sobre os sensos;

Reunir o grupo;

Explicar como podem proceder; e

Executar as ações que nesse caso se refere a etiquetação das prateleiras, gavetas e armários com o intuito de facilitar a identificação dos matérias.

78

APÊNDICE F

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Sendo de Limpeza ( SEISO) RESPONSÁVEL (quem?) Acadêmico e

os colaboradores do Setor

VALOR A SER INVESTIDO

(quanto custa?)

Não a custo.

QUANDO? 26 de agosto de 09 ONDE? Nos setores definidos: Setor administrativo, almoxarifado e

produção de bordado.

POR QUÊ? Para eliminar a sujeira e acumulo de resíduos e determinados locais, muitos deles e locais de difícil acesso.

COMO?

Fichar cartazes sobre os sensos;

Reunir o grupo;

Explicar como podem proceder;

Identificar materiais que será necessário para a execução;

Distribuir materiais para uso. ( EPIS, materiais de limpeza e etc...);

79

APÊNDICE G

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Senso de Saúde (SEIKETSU) RESPONSÁVEL (quem?) Acadêmico e

os colaboradores do Setores

VALOR A SER

INVESTIDO (quanto

custa?) `

Não a custo.

QUANDO? Após a implantação do senso de

organização, ordem e limpeza.

ONDE? Nos setores definidos: Setor administrativo, almoxarifado e

produção de bordado.

POR QUÊ? Para que conserve a higiene, tendo o cuidado para que os estágios de organização, ordem e limpeza, já

alcançados, não retrocedam.

COMO?

Fichar cartazes sobre os sensos;

Reunir o grupo;

Explicar como podem proceder;

Exibir vídeo sobre o assunto;

A empresa irá reforçar sobre os cuidados com a apresentação, normas e etc.; e

Será distribuído uniformes para todos os colaboradores.

80

APÊNDICE H

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Senso de Disciplina (SHITSUIKE) RESPONSÁVEL (quem?) Todos os

colaboradores envolvidos.

VALOR A SER INVESTIDO

(quanto custa?)

Não a custo.

QUANDO? Após a implantação dos outros sensos

08/09/09

ONDE? Em todos os setores envolvidos.

POR QUÊ? Para cumprir rigorosamente as normas e tudo o que for estabelecido pelo grupo.

COMO?

Fichar cartazes sobre os sensos;

Reunir o grupo;

Explicar como podem proceder; e

Explicar sobre o painel de resultados.

81

APÊNDICE I

PLANO DE AÇÃO

AÇÃO (o que?) Auditoria Interna RESPONSÁVEL (quem?) O acadêmico

junto ao proprietário.

VALOR A SER INVESTIDO

(quanto custa?) Não a custo.

QUANDO? Entre 10 e 15 de outubro de 09 ONDE? Nos setores onde o programa foi implantado.

POR QUÊ? Para avaliar o grau de evolução e comparar com os dados obtidos no diagnostico inicial. E onde precisa melhorar.

COMO? A coleta de dados será feito através de:

Aplicar check-list, no setor administrativo e no setor de produção;

Efetuar registro fotográfico; e

Tabular os dados.

Será elaborado 3 painéis de resultados, 1 para o setor de produção, 1 para o setor administrativo e 1 contendo os resultados gerais.

As notas do questionário variam de 1 a 5 e será feita por senso, no final será feito um calculo para obter a média alcançada

antes

da implantação.

82

APÊNDICE J

PAINEL DE RESULTADO DA AUDITORIA

SENSOS

ÁREAS UTILIZAÇÃO ORDENAÇÃO LIMPEZA SAÚDE DISCIPLINA

ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

ADMINISTRATIVO 30% 90% 25% 90% 80% 95% 45% 98% 85% 98%

PRODUÇÃO 25% 80% 25% 60% 25% 75% 20% 68% 36% 97%

ESTOQUE 20% 70% 10% 45% 20% 55% 25% 80% 35% 90%

EMPRESA 25% 80% 20% 65% 45% 75% 30% 82% 52% 95%

DATA: 15 / 10 / 2009 PRÓXIMA AUDITORIA: 15 / 01 / 2010

0 à 20% 21% à 40% 41% à 60% 61% à 80% 81% à 100%

83

ANEXOS

84

ANEXO A FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS 5S

Local Avaliado Resp. pelo Local Avaliador Assinatura Data

5s Objeto da Avaliação Como Verificar Nota

(1a5)

Obs.

Sen

so

de U

tilizaç

ão

Materiais necessários e desnecessários se confundem.

Acúmulo de materiais nas mesas e em superfícies horizontais.

Recursos são tratados sem a devida importância.

Materiais largados em cantos de parede, em cima de armários ou em outras superfícies horizontais.

Não há otimização no uso de recursos.

Objetos similares em um mesmo local.

Os recursos disponíveis não são utilizados.

Materiais sem Utilização

TOTAL

Sen

so

de O

rden

ação

Guarda de materiais dificulta acesso e promove permanentemente a desordem.

Empilhamento de materiais sobre outros.

Guarda materiais aumenta o tempo de acesso

Falta de identificação de matérias.

Localização com dificuldade Falta de sinalização a distância.

Disposição de compartimentos e objetos prejudica o acesso a eles.

Lay-out inadequado

TOTAL

Sen

so

de L

imp

eza

Relaxamento com a higiene. Sujeira acumulada.

Baixa preocupação com a saúde.

Níveis de poluição elevados

Ambiente Físico desagradável.

Paredes e pisos sujos.

Falta de limpeza sistemática.

Depósitos de descartes cheios e/ou em quantidade insuficiente.

TOTAL

Sen

so

de S

de

Prática Sistemática de 5S. Elaboração de rotinas do 5S e sistemática de reconhecimento.

Preocupação com a saúde física e mental.

Realização de campanhas, reuniões e outros eventos

Eliminação de fontes de sujeiras.

Elaboração de planos e listas de pendências e de locais de difícil acesso.

Ambiente agradável. Locais ventilados, iluminados e sem poluição.

85

TOTAL S

en

so

de A

uto

dis

cip

lin

a

Cumprimento do que foi estabelecido.

Cumprimento de Rotinas do 5S.

Pontualidade.

Guarda de objetos em locais definidos.

Redução de recursos para manutenção da limpeza (pessoas e tempo de limpeza).

Roupas limpas e pessoas asseadas

TOTAL

Padrão atual (%) Padrão Anterior (%) Evolução (%)

86

ANEXO B

CRIÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEIRI (Utilização)

ITEM NOTAS

1 2 3 4 5

Acúmulo de materiais nas mesas e superfícies horizontais.

Não há evidências de preocupação em não deixar acumular materiais.

Mesmo com a justificativa de que o acúmulo de materiais é temporário; ainda há bastante quantidade.

Há materiais sobre mesas e superfície horizontais, porem sem causar má impressão.

Há poucos materiais, porém alguns sem identificação.

Os poucos materiais existentes encontram-se identificados.

Materiais largados em cantos de parede, em cima de armários ou em outras superfícies horizontais.

Observa-se despreocupação em definir destino de vários materiais.

Há justificativa de que os materiais largados serão descartados, mas não estão identificados.

Há poucos materiais largados, porém não causam transtornos.

Há alguns materiais largados, porém com identificação.

Não há materiais largados.

Materiais similares em um mesmo local.

Observam-se vários materiais similares muito próximos, e às vezes sob responsabilidade de uma mesma pessoa, com pouco nível de utilização.

Apesar das justificativas, ainda é evidente a não-otimização de recursos.

Algumas pessoas ainda mantêm materiais similares.

Há poucos materiais similares em um mesmo ambiente.

Não há materiais similares em um mesmo ambiente. Os que existem têm um alto grau de utilização.

Materiais sem utilização.

Muitos materiais que não têm mais utilização são mantidos, sem plano evidente de descarte.

Muitos materiais sem utilização são mantidos, porém há um plano para descarte.

São mantidos materiais utilizados com baixa freqüência.

Algumas pessoas ainda mantêm poucos materiais sem utilização, ou materiais usados com baixa freqüência.

Todos os materiais mantidos são utilizados com freqüência.

87

ANEXO C

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEIKETSU (Asseio)

ITEM NOTA

1 2 3 4 5

Elaboração da rotina do 5S, e sistemática de reconhecimento.

Não há rotina do 5S. A pratica é aleatória.

Algumas rotinas são estabelecidas, mesmo assim só para algumas equipes.

São estabelecidas rotinas para toda a equipe. Não há sistemática de reconhecimento.

A sistemática de reconhecimento não é oficializada. Se for, não satisfaz o ego da equipe.

Há uma sistemática de reconhecimento oficial e que satisfaz o ego da equipe.

Realização de campanhas, reuniões e outros eventos.

Após o lançamento do 5S, nenhuma campanha ou evento de 5s foi realizado.

Alguns eventos de 5S foram realizados, mas sem promover ganhos.

Foram realizadas algumas campanhas e/ou eventos relacionados ao 5S. Alguns ganhos foram evidenciados.

Há uma programação de eventos e/ou campanhas relacionadas ao 5S. Algumas não estão sendo cumpridas.

Há uma programação de eventos, campanhas e reuniões relacionadas ao 5S. Todas estão sendo cumpridas e com ganhos significativos.

Elaboração de planos, listas de pendências e de locais de difícil acesso.

Não a planos para eliminação das anormalidades.

Há algumas listas de pendências, porém não há definições de prazos e responsabilidade.

A lista de pendências com definições de prazos e responsabilidade. Porém, estão desatualizadas.

As listas de pendências estão atualizadas. Há também listas de locais de difícil acesso, porém sem freqüências estabelecidas.

As listas de locais de difícil acesso t^dm freqüência de limpeza estabelecidas, com os seus responsáveis. Há um plano para eliminar esses locais ou desenvolver dispositivos que facilitem a limpeza.

Locais Ventilados, iluminados e sem poluição.

As condições dos locais de trabalho provocam desgastes físicos anormais, degradando um ou mais dos cinco sentidos do homem.

Há algumas anormalidades nas condições dos locais de trabalho que prejudicam um ou mais dos cincos sentidos do homem.

As condições de trabalho são boas, necessitando de algumas melhorias.

O local de trabalho é isento de poluição. Pequenos ruídos ou algumas lâmpadas queimadas ainda existem.

O local de trabalho oferece conforto e segurança. Os cincos sentidos do homem podem desenvolver com plenitude as suas funções.

Exploração de controle visual.

Não há evidências de controle visual. Há dificuldades para detectar o controle das coisas.

Há algumas formas de promover visualmente o controle das coisas. Porém, são esporádicas e oriundas de iniciativas isoladas.

O Controle visual está presente em boa parte do local de trabalho, embora não seja muito operacional.

Muitas pessoas já desenvolvem seus controles visuais. Porém, não há padronização nem utilização de cores.

Há controle visual em todos os ambientes e compartimentos. A utilização de cores.

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ANEXO D

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEISO (Limpeza)

ITEM NOTA

1 2 3 4 5

Sujeira acumulada Não há preocupação com a limpeza em todo o ambiente.

Os locais de pouco uso estão com sujeira acumulada.

Há sujeiras acumuladas apenas em locais de difícil acesso.

Há pouca sujeira apenas em locais de difícil acesso.

Não há sujeira acumulada em nenhum local do ambiente.

Níveis de poluição elevados

Há evidência de pouca preocupação com o meio ambiente, inclusiva com a saúde das pessoas.

Apesar de o ambiente apresentar nível elevado de poluição, já estão sendo executadas medidas para reduzi-los.

O ambiente apresenta algum tipo de poluição, porém em nível baixo.

A pouca poluição existente está sendo monitorada. Há planos para bloqueá-la e/ou eliminá-la.

Não existe qualquer tipo de poluição. Há uma preocupação evidente com a natureza.

Paredes e pisos sujos Os pisos e paredes encontram-se sujos e desgastados, podendo provocar acidentes.

Alguns pontos do piso e das paredes encontram-se sujos e/ou desgastados.

Poucos pontos de sujeira nos pisos e paredes. Não há desgastes.

Há poucas sujeiras em locais de circulações.

Os pisos e paredes estão totalmente limpos. Não há nenhum ponto de sujeira.

Depósitos de descartes chios e/ou em quantidade insuficiente

Há pouco locais para descartes de materiais; os que existem estão cheios.

Os depósitos não estão cheios, porém não há uma distribuição adequada.

Há uma pouca distribuição de depósitos de descartes, mas não há preocupação na separação de matérias.

Os depósitos de descarte estão distribuídos adequadamente, estimulando a separação de materiais. Há uma deficiência na freqüência de retirada e /ou nas condições de higiene ao seu redor.

Os depósitos de descarte estão distribuídos, sinalizados, classificados, conservados e facilitam o seu esvaziamento. Os seus arredores não sofrem nenhum tipo de influência negativa pela sua presença.

89

ANEXO E

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEITON (Ordenação)

ITEM NOTA

1 2 3 4 5

Empilhamento de materiais.

Há bastante materiais empilhados.

Há poucos materiais sobre outros, porem alguns já estão sendo devidamente ordenados.

Há poucos materiais sobre os outros. Em locais fechados a ordenação ainda é deficiente.

Em locais abertos não há empilhamentos de materiais. Nos locais fechados há poucos materiais empilhados.

Todos os materiais são ordenados de forma que o acesso a um deles não desordena os demais.

Falta de identificação de materiais.

A grande maioria dos materiais não esta identificados. A identificação não é funcional para os que aí estão colocados.

Apesar de muitos materiais terem identificação, a mesma não é funcional.

A grande maioria dos materiais está identificada. Mas não existe uma padronização.

Só não estão identificados com padronização alguns materiais de uso individual.(mas são de propriedade da organização)

Todos os materiais estão identificados obedecendo a um padrão estabelecido.

Falta de sinalização à distância.

Não há sinalização que facilite acesso ao que está sendo procurado.

Há pouca sinalização para facilitar o acesso.

Há sinalização para o acesso ao que está sendo procurado. Mas ainda não funcional.

Há uma sinalização padronizada, mas ainda exige alguns esforços para o acesso, principalmente por pessoas que não pertencem ao ambiente.

Há uma sinalização que permite o acesso imediato ao que está sendo procurado. Através de cores e símbolos.

Lay-out inadequado A forma de distribuição dos recursos promove o desperdício de tempo e a falta de contato entre as pessoas.

Há uma preocupação em otimizar os recursos, mas a sua forma de distribuição ainda é deficiente.

O ambiente como um todo tem uma boa distribuição de recursos. Porém, ainda é dificultado o relacionamento entre pessoas de nível e ambiente diferentes.

Dentro de móveis e utensílios a distribuição dos recursos está sendo executada.

A distribuição de recursos facilita o acesso rápido, sem desgaste, e promove uma aproximação entre pessoas de níveis e ambientes diferentes.

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ANEXO F

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SHITSUKE (Disciplina)

ITEM NOTA

1 2 3 4 5

Cumprimento de rotina 5S Nenhuma rotina do 5S é cumprida Apenas algumas rotinas são cumpridas, mesmo assim só por algumas pessoas da equipes

As rotinas do 5S são cumpridas. Porém ainda há necessidade da participação da liderança oficial para que aconteçam

Todas as rotinas do 5S são cumpridas, sem necessitar de imposições. Porém, alterações nas rotinas não são sugeridas pelas pessoas de todos os níveis.

As pessoas de todos os níveis cumprem rigorosamente as rotinas estabelecidas e participam ativamente para a sua criação ou revisão.

Pontualidade Há uma acomodação generalizada com relação a impontualidade

Apesar de haver uma preocupação, a impontualidade ainda é alta

A maioria dos compromissos assumidos é cumprida. As reuniões e encontros ainda se iniciam com um “tempinho de tolerância”

Todos os compromissos assumidos são cumpridos pontualmente. Poucas pessoas continuam impontuais

Todas as pessoas têm um forte compromisso com a pontualidade. Todos os relógios estão acertados, e as reuniões são iniciadas pontualmente.

Guarda de objetos em locais definidos

Muitos objetos ainda são guardados ou largados em locais inadequados

Alguns objetos são guardados inadequadamente. Muitos não são recolocados na posição prevista e em boas condições físicas

A maioria dos objetos é guardados adequadamente. Alguns que não estão em boas condições físicas são segregados dos demais

Nos locais fechados não são guardados inadequadamente os objetos. Porém , são guardadas quantidades acima do estritamente necessário

Todos os materiais são guardados adequadamente. Há uma evidência em todos os lugares, de que os materiais ali mantidos são os estritamente necessários .

Redução de recursos para manutenção da limpeza

Ainda é alta a quantidade de pessoas que cuidam estritamente da limpeza

Apesar da equipe de limpeza ser reduzida, os usuários ainda dedicam muito tempo à limpeza

A equipe de limpeza restringe-se a recolher materiais descartados nos depósitos e fazer uma faxina eventual

O local de trabalho é mantido limpo pelos usuários. É necessário pouco tempo para limpeza. Os locais de uso coletivo ainda não têm o padrão desejado

Muitas ações foram tomadas para eliminar a geração de sujeira. Há sistemas que induzem usuários a descartar materiais. no local adequado

Roupas limpas e pessoas asseadas

Ainda roupa das pessoas estão sujas

A maioria das pessoas encontra-se com roupas limpas

As roupas estão limpas. Ainda há pessoas com roupas apresentando sujeira. Verificam-se pessoas sem uma postura adequada

Todas as pessoas encontram-se com roupas limpas. A grande maioria tem uma postura adequada

Todas as pessoas apresentam-se limpas e com uma postura adquada

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

_____________________________ Rafael Amaral

_____________________________ Evanildo Amaral

_____________________________ Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm

_____________________________ Prof. Eduardo Krieger da Silva