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Centro BD de Educação em Diabetes - Ano XXIV - Nº 11

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Page 1: Centro BD de Educação em Diabetes - Ano XXIV - Nº 11 · Vida Saudável controle do diabetes D Vencer a preguiça, dar os primeiros passos e fugir da inércia pode ser o mais complicado,

Centro BD de Educação em Diabetes - Ano XXIV - Nº 11

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Publicação mensal do Centro BD de Educação em DiabetesCoodernação Geral: Márcia Camargo de Oliveira • Coordenação Técnica: Debora M. Camilo • Jornalista Responsável: Silvana Silva • Colaboradora:Iris Nunes • Projeto gráfico e DTP: [email protected] • Revisão Ortográfica: Solange Martinez • Capa: © Lunamarina - Dreamstime • Asmatérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Disque Centro BD de Educação em Diabetes - 0800 11 5097

Expediente

Editorial

- Década de 90 -antecipando o futuro a cada diaA década de 90 foi palco de inúmeros avanços no tratamento do diabetes. A educação em diabetes

consagrou-se como uma poderosa aliada ao tratamento e a BD contribuiu para introduzir esseconceito no Brasil, levando informações aos mais de cem mil leitores, através do Jornal BD Bom Dia.

Em setembro de 1990 foi implantado o Disque Bom Dia, hoje chamado Disque Centro BD deEducação em Diabetes – 0800 115097, um serviço de discagem gratuita, que permite aos usuários oesclarecimento de dúvidas, com atendimento feito por uma equipe de profissionais técnicosqualificados, sobre o diabetes e produtos BD utilizados no tratamento. Esse serviço, pioneiro no Brasil,rendeu à BD o prêmio ECO em Saúde, outorgado pela Câmara Americana do Comércio pelos serviçosprestados à comunidade e, principalmente, por chamar a atenção da sociedade para as necessidadesdos portadores de diabetes em todo o Brasil.

Um estudo clínico publicado no ano de 1993, The Diabetes Control and Complications Trial (DCCT),fez parte destes avanços. Ele demonstrou que o tratamento intensivo com insulina, por meio demúltiplas doses diárias ou através de sistema de infusão contínua, quando comparado ao tratamentoconvencional, proporciona redução significante na incidência e na progressão das complicaçõesmicrovasculares.

Nesta mesma década, firme na sua proposta de “ajudar as pessoas a viverem vidas saudáveis”, a BDlançou as seringas BD Ultra-Fine™ com capacidade para 50 e 30 unidades de insulina. Estas, graduadasde uma em uma unidade com agulhas mais curtas e finas, acompanharam as necessidades dosusuários de insulina de preparar doses menores e realizar mais aplicações por dia.

Ainda nos anos 90, a BD colocava no mercado brasileiro a última palavra em conforto para quemutiliza canetas de insulina: a BD Ultra-Fine™ III Mini, com apenas 5 mm de comprimento.

Durante toda a trajetória de evolução no tratamento do diabetes, a BD sempre esteve presente evocê fez parte de nosso dia a dia. É por este motivo que aproveitamos a oportunidade para renovar onosso convite: venha compartilhar conosco, relatando-nos de que maneira a Revista BD Bom Diaparticipa de sua vida. Envie o seu depoimento para o e-mail: [email protected]

Boa leitura,

Márcia C. Oliveira.Coordenadora do Centro BD de Educação em Diabetes

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O

Entrevista

O médico prescreveu insulinaE agora?

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betes Tipo 2 aumenta ano a ano, mesmo nas camadas maisjovens da população, graças aos maus hábitos alimentares,ao sedentarismo e à obesidade; cerca de 15% a 30% dospacientes já fazem uso da insulina. É preciso lembrar quepessoas com diabetes Tipo 2 produzem insulina, mas emquantidade inferior à necessária ou ainda, produzem a quan-tidade ideal mas, a insulina não atua de maneira correta.

Em algumas situações, a adoção da insulina já está indicadacomo primeira opção de tratamento no diabetes Tipo 2. “Ainsulina é a melhor opção em pacientes com sintomas muitoacentuados, perda de peso significativa e glicemia elevada”,afirma o Dr. Leandro Diehl, médico endocrinologista e pro-fessor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Outras situações em que deve-se preferir o tratamento cominsulina, conforme o endocrinologista, são: durante a inter-nação do paciente por alguma doença aguda ou para algu-ma cirurgia; durante a gestação; e quando a medicação oralnão surte o resultado esperado ou seus efeitos colateraispodem oferecer riscos ao paciente. Em alguns desses casos,a necessidade da terapia com insulina poderá ser apenastemporária.

Alguns endocrinologistas defendem a introdução da insuli-na precocemente no curso do diabetes Tipo 2, o que poderiapreservar por mais tempo a capacidade do paciente produzirinsulina, facilitando a obtenção de bom controle glicêmicoalém de evitar os efeitos colaterais dos comprimidos. Dr. Lean-dro, defende a introdução da insulina no momento oportu-no: “não acho que a insulina precisa ser iniciada muito cedo,mas o médico também não pode demorar a prescrevê-la nomomento em que sua necessidade se torna aparente. Tantoo médico como o paciente devem ter em mente que o con-trole rápido e efetivo da glicemia, mantendo a hemoglobinaglicada abaixo de 7%, é a melhor forma de prevenir compli-cações do diabetes”, afirma o endocrinologista.

Vale dizer que a insulina é um dos tratamentos mais natu-rais do diabetes porque a substância injetada é praticamenteidêntica àquela produzida pelo nosso organismo. Além dis-so, os dispositivos para aplicação de insulina evoluíram mui-to. Hoje podemos contar com seringas de agulha fixa e agu-lhas para canetas de insulina com calibre e comprimentomenores, o que torna as aplicações menos desconfortáveis.

Postergar o tratamento por medo, desinformação e precon-ceito pode contribuir para o aparecimento de complicações,mas a medicação sozinha não basta. O controle do diabetesdepende também de uma alimentação saudável e equilibra-da combinada com a prática regular de exercícios físicos.

O medo de injeção não é coisa de criança. Na maioria dasvezes, até quem enfrenta agulhas sem dramas, se puder es-colher, prefere os comprimidos. Imagine então o que acon-tece com uma pessoa que passa a precisar de injeções diáriasde insulina.

Marco Antonio Silva Prato, funcionário público deUruguaiana, no Rio Grande do Sul, protelou o quanto podeessa substituição. Em 2003, quando tinha 24 anos, tevediabetes Tipo 2 diagnosticado e durante cinco anos usoucomprimidos, mas não conseguia controlar a glicemia. Hácerca de dois anos, aconselhado pelo médico, enfrentou omedo das injeções e iniciou o tratamento com insulina. Se-gundo Marcos, valeu a pena: “em primeiro lugar minha autoestima aumentou, estou em ótima forma física, minha ali-mentação também mudou, pois antes era bem limitada, hojecomo de tudo, utilizando como ferramenta a contagem decarboidratos. Hoje, meu resultado de hemoglobina glicadaestá em torno de 6%, meu médico está super satisfeito”.

Marco Antonio tambémadotou caminhadas e pe-daladas diárias. Já não

tem medo das inje-ções, diz que nem

se incomodamais com elas.Casos como o

de Marco Anto-nio não são ra-ros. Engana-sequem imaginaque as aplica-

ções de insulinaservem apenas

para aqueles quetêm diabetes Tipo

1. No passado, o dia-betes Tipo 2 chegou aser chamado de não in-sulinodependente oudiabetes do adulto.

Hoje as duas deno-minações caíram

em desuso. Onúmero de

pessoascom dia-

Da redação

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Vida Saudável

controle dodiabetes

D

Vencer a preguiça, dar os primeirospassos e fugir da inércia pode ser o

mais complicado, mas depois o corpoganha condicionamento e a caminhada

acaba se tornando tão prazerosa enecessária quanto o banho.

De acordo com o coordenador do Centro de Medicina doExercício e do Esporte, do Hospital 9 de julho, em São Paulo,Dr. Páblius Braga, até uma caminhada no shopping temseus benefícios, mas é a disciplina e a constância do treina-mento que garantem os melhores resultados. Hoje, segundoo médico, já não se defende mais a prática de exercícios trêsvezes por semana. O ideal passou a ser cinco vezes por se-mana de atividade de leve intensidade. No caso da caminha-da, as sessões devem ter, pelo menos, 30 minutos, mas senão for possível o tempo total, pelo menos etapas de 10minutos cada uma. Quem prefere pensar em passos, a metaideal é de 10 mil passos por dia.

A caminhada é uma das atividades físicas mais democráti-cas. Não exige grandes investimentos e traz bons resultadospara qualquer um, independentemente de idade, sexo oucondicionamento. Ela é adaptada individualmente e pode serpraticada em casa, na academia, na rua, num parque, ouonde a pessoa preferir.

Não é à toa que os médicos sempre recomendam a inclu-são da caminhada na rotina de seus pacientes, seja para pre-venir ou tratar problemas já instalados. Antes, porém, é im-portante fazer uma avaliação clínica para detectar possí-veis problemas que possam limitar a prática esportiva.

O exercício físico melhora o aproveitamento da insulina (sejaela produzida pelo organismo ou aplicada) e a captação deaçúcar pelo músculo. Mas os benefícios vão além disso. Alongo prazo, observa-se o aumento do chamado colesterolbom (HDL) e a redução do colesterol ruim (LDL). Outra vanta-gem é a possibilidade do controle da pressão arterial. Some-se a isso a perda de peso, uma grande melhora da autoestimae até do humor em muitos casos.

No caso do diabetes Tipo 1, onde não existe produção deinsulina, toda prática esportiva exige monitorização mais cri-teriosa (antes, durante e depois da atividade). Ajustes no con-sumo de carboidratos e na dosagem de insulina a fim deevitar episódios de hipoglicemia ou consumo excessivo daglicose do sangue levando a mal-estar e fraqueza. Com aprática frequente da caminhada, é possível, inclusive, umaredução na dosagem de insulina aplicada, claro que com aorientação rigorosa do médico que acompanha o tratamen-to do diabetes.

Entre os portadores de diabetes Tipo 2, os resultados po-dem ser observados mais rapidamente. Uma alimentaçãoequilibrada somada a um programa de caminhadas contri-

Da redação

Opasso apasso no

Opasso apasso no

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Vida Saudável

buirá para a redução da gordura corporal e uma eficiênciamaior da escassa quantidade de insulina disponível. Nos doistipos será possível obter melhoras da capacidade cardiorres-piratória e da circulação sanguínea, aumentando até a eficiên-cia dos medicamentos. Para o Dr. Páblius Braga, não adiantaimpor condições rígidas para o paciente adotar um progra-ma de caminhadas. Motivar para os ganhos obtidos com estehábito é uma das chaves para o sucesso.

Outros detalhes não devem ser esquecidos. A alimenta-ção leve antes de qualquer exercício físico é imprescindível,assim como a hidratação. O consumo de água deve ser fei-to antes, durante e depois do exercício, mas sem excessos.O consumo ideal gira em torno de 50 mL a 100 mL a cada40 minutos. Os exercícios de alongamento antes e após acaminhada também são aconselhados. Além de preparar ocorpo, reduzem as tensões musculares e melhoram a flexi-bilidade do corpo e a amplitude de movimento, evitandopossíveis lesões.

Caminhar ao ar livre é estimulante pela presença de paisa-gem e ambientes agradáveis. Lugares muito sujos ou poluí-dos como avenidas movimentadas devem ser evitados.

A escolha do calçado também é importante. Não é aconse-lhável usar chinelos ou sandálias. Use um tênis confortávelcom meias de algodão sem costuras para evitar ferimentos eroupas leves.

O médico alerta para outro problema bastante frequenteno outono-inverno: o tempo seco com baixa umidade do ar

e a poluição. Estes fatores contribuem para o ressecamentodas vias aéreas como nariz, garganta e traquéia que limitamo desempenho físico e podem desencadear asma, infecçõesvirais e maior desgaste do organismo. Nesses períodos, a ati-vidade é contra-indicada nos horários de maior concentra-ção de poluentes. O ideal é realizar as caminhadas bem noinício da manhã ou à noite, após a diminuição da movimen-tação de veículos ou fazer uso de esteiras ergométricas.

A experiência de quem adotou a caminhada

Esporte nunca foi a preferência da professora Fátima Ruizque, aos 40 anos, se sentia mais velha do que parecia. Aolongo do tempo foi ganhando peso e, mesmo nos períodosde regime, as perdas não eram significativas. Vivia cansada,irritada. A pressão subiu e o resultado dos exames periódicoseram cada vez piores.

Há 3 anos recebeu o diagnóstico de diabetes Tipo 2. Pri-meiro tentou caminhar à noite, depois do trabalho, mas che-gava cansada e acabava desistindo. Resolveu mudar de ho-rário e hoje o relógio toca às cinco e meia. Fátima toma umlanchinho rápido e parte para a sua caminhada diária, feitano passeio construído no meio de uma avenida da zona nor-te de São Paulo. Começou aos poucos, com 15 minutos. Hoje,ela “investe” (como prefere dizer) uma hora do seu tempoentre a caminhada e os alongamentos. O resultado é visível.Além disso, ganhou amigos. Como faz sempre o mesmo cir-cuito fez amizades e já não caminha sozinha.

Dicas para uma boa caminhada

Lembre-se:

• antes de iniciar a prática dacaminhada é recomendável fazeruma avaliação médica;

• o alongamento, antes e após acaminhada, é fundamental parareduzir o risco de lesões e cãibras;

• na respiração, o ideal é puxar o ar(inspirar) pelo nariz e soltar(expirar) pela boca;

• evite roupas apertadas quepossam comprometer a respiraçãoe os movimentos e dê preferênciaa roupas leves e claras paracaminhar durante o dia;

• prefira tênis leves, de soladoflexível, com sistema deamortecimento no calcanhar ereforçados nas laterais, poisajudam a evitar possíveis torsõescaso você tropece;

• mantenha a hidratação adequadaantes, durante e após o exercíciofísico.

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Foque o olhar no horizonte emlinha reta. O queixo deve ser

mantido paralelo ao chão e acabeça deve acompanhar o olhar(nem para cima, nem para baixo).

Mantenha a cabeça elevadae centrada no ombro.

Mova os ombrosnaturalmente.

Mantenha a colunaereta e balance osbraços em movimentoleve e naturalenquanto caminha.

Mantenha os músculosda barriga contraídos.

Posicione os pés paraleloscom a distância aproximada

de um ombro entre si.

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Nutrição e Saúde

Por: Silvana Silva

Até o mais inexperiente dos cozinheiros consegue prepararuma gelatina. Não requer prática, nem habilidade. Não im-porta a estação do ano, uma porção de gelatina é semprebem-vinda. Além de ser refrescante sem ser hipergelada, eladificulta a absorção dos carboidratos e das gorduras e retar-da o esvaziamento do estômago, deixando a pessoa saciadae hidratada por mais tempo. É ideal para combater aquelavontade de comer doces e guloseimas.

A base da gelatina é o colágeno, composto por proteínasessenciais para a formação, manutenção e regeneração dostecidos, ossos e articulações, sendo muito útil na prevençãoe tratamento de artrite e osteoporose. A gelatina atua ain-da sobre o tônus muscular, deixando os músculos sempreprontos para atender aos comandos de movimento, dita-dos pelo cérebro.

Além de dar firmeza à pele, impedindo a deformação dostecidos, o colágeno é também um excelente agente cicatri-zante, o que explica a indicação da gelatina a pacientes quepassaram por cirurgias. Embora nosso organismo produza ocolágeno necessário, a partir dos 25 anos há uma queda nessaprodução. Acredita-se que aos 50 anos, o corpo produza emmédia 35% do necessário, daí a importância da reposiçãodo colágeno para garantir o fortalecimento dos ossos, unhas

e cabelos, e a hidratação e elasticidade da pele.

A nutricionista Andréia Gomes Martins João, de CampoGrande, Mato Grosso do Sul, destaca as diferenças entre asgelatinas normais e diet: as tradicionais tem adição de sacarose- açúcar para modular o sabor e a diet contém adoçante quepode ser aspartame, ciclamato, etc. É importante ficar deolho nas informações da embalagem.

Além da versão diet com sabores, é possível preparar re-ceitas salgadas, inclusive com as gelatinas neutras, em fo-lhas ou pó, sem perda dos nutrientes. Ela destaca que agelatina é uma excelente alternativa de sobremesa ou lan-che para quem tem diabetes. A versão diet é composta porcerca de 84% a 90% de proteína, 1% a 2% de sais mine-rais e 8% a 15% de água e isenta de gordura, colesterol ecarboidratos. Para finalizar, a nutricionista faz alguns aler-tas: o consumo de gelatinas por crianças é recomendadoapenas após um ano de idade, em função dos corantes,responsáveis por inúmeros casos de alergias. O amarelo cre-púsculo é o que mais provoca reações desse tipo. Para osque buscam resultados estéticos ou controle da glicemia,Andréia lembra que a gelatina só produz resultados quan-do associada a uma alimentação equilibrada e à prática deexercícios físicos. Sozinha ela não faz milagres.

GelatinaGelatinaUma deliciosa aliada para o bem-estarUma deliciosa aliada para o bem-estar

Ingredientes:• 1 mamão (Formosa) grande e firme (1 kg)• 4 cravos• ½ envelope de gelatina em pó sem sabor• 2 colheres de sopa de adoçante em pó (forno e fogão)

Modo de preparo:Descarte a casca e as sementes e, com a ajuda de umacolher, retire a polpa do mamão em formato de bolinhas.Leve ao fogo com água suficiente para cobrir o mamão.Junte os cravos e o adoçante. Quando o mamão estivermacio, desligue o fogo e acrescente a gelatina previa-mente misturada com um pouco de água fria e dissolvidaem banho-maria. Leve para gelar e sirva no dia seguinte.

Rendimento: 20 porções.

Compota de mamão

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Valor nutricional/porção de 50 g:Calorias: 29,2 kcalProteínas: 0,8 gCarboidratos: 0,2 g

Cálculo nutricional efetuado pelas nutricionistas:Aline Valente Barbosa - CRN3 - 19638Erika Brambilla CRN3 - 11922

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Gente

pante da Comunidade Diabetes Brasil, seu processo nãodemorou: “recorri à justiça para retirar insulinas Levemir eHumalog, mais fitas e seringas. Em menos de um mês tiveautorização para retirar o que precisava”, assinala Sonia.

Nelson e Telma também recorreram à justiça para obter in-sumos para a bomba de insulina do filho. O processo exigiu arealização de uma perícia e a entrega de todos os examesfeitos pelo garoto desde o diagnóstico do diabetes. Preventi-vamente, depois de seis meses, entraram com uma medidacautelar e conseguiram antecipar o recebimento do benefí-cio. A decisão final, entretanto, só chegou no ínicio de maio.A família ganhou o direito de receber do estado todos osinsumos que o filho precisa, definitivamente.

Para a advogada Dra. Ione Taiar Fucs, sempre que a pessoativer um tratamento de saúde negado deve ingressar comuma ação judicial. Dependendo do tipo de ação proposta, adecisão pode demorar de 2 a 4 anos. Para isso, o mais indica-do é procurar um advogado especializado na área de saúdeque terá mais experiência para tratar desses casos.

Por: Silvana Silva

Saiba quais sãoSaiba quais são

@

Quem tem diabetestem direitos

Quem tem diabetestem direitos

Como obter a defesa gratuita para casos de saúde

A assistência judiciária gratuita é garantida pela Consti-tuição. Por isso, na maioria dos estados, o cidadão contacom a Defensoria Pública, que além de gratuita, orientae promove ações judiciais quando há necessidade. O ser-viço é destinado às famílias com renda de até três saláriosmínimos, mas os casos são analisados individualmente.

A Defensoria Pública, contudo, não está instalada em to-dos os municípios. Nesses casos, o interessado deve pro-curar o fórum ou a comarca da cidade para obter informa-ções. Em geral, nesses locais há um convênio com a Or-dem dos Advogados-OAB para o atendimento gratuito.

Documentos geralmente exigidos:

laudo médico atestando a necessidade do pacientede dispor de insumos para seu tratamento;

receituário médico;

documento com foto;

comprovante de endereço;

comprovante de renda familiar.

O sucesso do tratamento dodiabetes depende de informação

e conscientização, mas tambémdo acesso à medicação e aos insu-

mos necessários para o controle da gli-cemia. Por isso, a lei federal 11.347, promul-

gada em 2006, foi mais que bem-vinda. Elagarantiu os medicamentos e insumos necessários

ao controle do diabetes, que por serem de uso contínuo,pesam no orçamento de boa parte das famílias.

De um município ou estado para outro, o atendimento podeser diferente, mas a lei permite inclusive que o portador dediabetes recorra à justiça quando não tiver suas necessida-des atendidas.

De acordo com a advogada Dra.Ione Taiar Fucs, coorde-nadora da comissão jurídica da Associação de Diabetes Ju-venil - ADJ JUR, “todos os portadores de diabetes têm direi-to a medicamentos e insumos. Para isso, basta procurar aUnidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência ese cadastrar como usuário no Sistema Único de Saúde (SUS).Um documento de identificação e um comprovante de resi-dência bastam para a inscrição do portador de diabetes noHiperdia (Sistema de Cadastramento e Acompanhamentode Hipertensos e Diabéticos). Após a inscrição, a pessoa re-ceberá dois cartões: um do posto e outro do SUS. Para aretirada do medicamento será preciso apresentar a prescri-ção do médico. Mesmo quem faz tratamento com médicoparticular ou de convênio tem direito a receber o que preci-sa gratuitamente”.

Quem tem diabetes Tipo 1, tem direito à insulina humanaNPH e insulina humana regular. No caso dos portadores dediabetes Tipo 2, usuários de medicação oral, a lei garantesomente o fornecimento de glibenclaminda (5 mg),cloridrato de metformina (500 mg e 800 mg) e glicazida(80 mg). Caso faça uso de insulina também, o portador dediabetes terá direito a receber o glicosímetro, insulina, fi-tas, seringas e agulhas da rede pública de saúde.

A evolução do diabetes, entretanto, pode exigir um trata-mento diferenciado como por exemplo, a bomba de insuli-na e, nesse caso, para conseguir o que a lei não prevê sómesmo recorrendo a um processo judicial. Alguns são rápi-dos. No Orkut não faltam relatos. Segundo Sonia, partici-

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Autoaplicação

A escola e o diabetes:

Por: Márcia Camargo de Oliveira - Coordenadora do Centro BD de Educação em Diabetes (CBDED)

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o que a escola e os pais precisam sabersobre a adaptação dos pequenos

Ir para a escola é uma destas etapas. Faça uma visita comantecedência à escola e converse com os profissionais queestarão mais próximos do seu filho. Mas não é suficienteque os professores, coordenadores e até mesmo o diretorsaibam que seu filho tem diabetes, eles precisam saber mais.Você precisa informá-los sobre:

o que é diabetes;

quais as principais características do tipo de diabetes queseu filho tem e quais os principais ítens que compõem otratamento. Apresente tudo que ele terá na mochila eque faz parte do tratamento;

quais as possíveis necessidades da criança durante o perío-do em que estará na escola (testes de glicemia e aplicaçãode insulina);

o que é hipoglicemia e hiperglicemia. Como seu filhoreage quando uma destas complicações agudas se insta-la e principalmente o que deve ser feito nestes casos;

a possibilidade de que, mesmo seguindo uma rotina ri-gorosa de tratamento, a criança poderá apresentar hipo-glicemia e necessitará lanchar fora do horário estipuladoou no caso de hiperglicemia irá ao banheiro mais vezesdo que o normal;

o nível de conhecimento e o grau de independência deseu filho.

O diabetes não impedirá que seu filho participe de todasas atividades que a escola promoverá, tais como: horáriodo lanche, exercício físico, passeios, festinhas temáticas,etc, porém é indispensável que os responsáveis sejam in-formados, com antecedência, sobre as atividades extras.Assim você poderá planejar o que for necessário paraque seu filho usufrua dos benefícios de participar junto

com os colegas das diversas atividades escolares.

Prepare o seu filho para compartilhar com os amigos maispróximos que ele tem diabetes e como realiza o tratamento.Isso o deixará mais seguro e ele poderá contar com os ami-gos para ajudá-lo caso seja necessário.

Quanto a você, prepare-se para as próximas etapas,elas chegarão logo...

Neste momento, o melhor a fazer é compartilhar com aescola parte do dia a dia do seu filho. Tudo será mais fácil seos preparativos para os desafios já começarem a partir donascimento. Isso mesmo! Independente de seu filho ter dia-betes é importante um olhar para o futuro, pois as criançascrescem e com elas várias etapas surgirão. Escola, faculdade,namoro, balada, viagens...

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