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A N O 6 Ensino Fundamental - Livro 1 96 o Perna de impulsão Perna de ataque Enquanto o tríceps está contraído o bíceps está distendido Livro do Professor

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ANO6

Ensino Fundamental - Livro 1

96o

Perna de impulsão

Perna de ataque

Enquanto o tríceps está contraído o bíceps

está distendido

Livro do Professor

A bandeira dos Jogos Olímpicos apresenta cinco

aros (ou anéis) entrelaçados em um fundo branco.

Ela foi criada em 1920. Cada aro representa um continente (azul: Europa,

amarelo: Ásia, preto: África, verde: Oceania e vermelho: América) e o fato de eles

estarem entrelaçados significa o respeito e a união

entre as nações.

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Sem título-9 1 18/09/2015 14:40:35

MATEMÁTICA | LIVRO DO PROFESSOR100 |

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Operações com

números naturais

UN

IDA

DE 2

2. Multiplicação e divisãoHá aproximadamente 4 mil anos, o homem começou a efetuar cálculos de adição e subtra-

ção. Com o passar do tempo, esses cálculos ficaram cada vez mais difíceis e longos, e somente a adição e a subtração já não eram suficientes.

Por exemplo, na troca de sacos de alimentos. Vamos supor que 2 sacos de arroz equivalem a 1 de feijão e que se deseja trocar 20 sacos de arroz por de feijão. Nesse caso, utilizava-se a adição ou a subtração para descobrir a quantidade de sacos de feijão. Na adição, adicionava-se de 2 em 2 até chegar ao número 20 e contava-se quantas vezes o 2 apareceu.

Utilizando a subtração, do número 20 retirava-se de 2 em 2 até chegar a zero. Depois, contavam-se quantas vezes o número 2 havia aparecido. Como esse valor é pequeno, é fácil calcular a adição e a subtração.

Agora vamos imaginar a seguinte troca: a cada 5 sacos de farinha, troca-se por 3 de milho. Como podemos descobrir a quantidade de sacos de milho na troca por 150 sacos de farinha utilizando outras operações?

| Grãos de diferentes substâncias repre-sentando quantidades distintas.

Kalc

utta

/Shu

tter

stoc

k

MATEMÁTICA MATEMÁTICA

Multiplicação com números naturaisUma das ideias ligadas à operação de multiplicação é a adição de parcelas iguais.

O símbolo da multiplicação é × ou ·

Considere que 1 caixa de bombons tem 6 unidades. Como descobrir quantos bombons há em 4 caixas?

Utilizando a adição, faremos 6 + 6 + 6 + 6. O número 6 é somado 4 vezes. Usando a multi-plicação, podemos escrever a situação de maneira mais prática, com o símbolo . Observe:

6 6 6 6 4 6 244

+ + + = ⋅ =vezes

Fator Fator

oduto

Pr

(Lê-se: quatro vezes seis)

Outras ideias relacionadas à multiplicação são a de contar elementos de uma organização retangular, a de combinação e a de proporcionalidade.

` Exemplos:

• Elementos de uma organização retangular – Vamos contar quantas bolinhas formam a figura.

Para não precisarmos contar uma a uma, podemos interpretar que há 10 colunas com 5 bolinhas cada, ou seja, o total é igual a:

5 · 10 = 10 + 10 + 10 + 10 + 10 = 50

• Combinação – Luana tem duas saias e três blusas e está confusa sobre qual saia combina mais com qual blusa. Ela vai experimentar todas as possibilidades para depois decidir qual combinação gostou mais. De quantas maneiras diferentes Luana pode trocar de roupa?

Para descobrir esse valor, vamos montar um esquema.

Tarz

hano

va/S

hutt

erst

ock

Para cada opção de saia, temos três opções de blusas, ou seja, um total de 3 · 2 = 6 opções.

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Objetivos do capítulo

• compreender os conceitos de multiplicação e divisão com os números naturais;

• explorar as ideias de adição em parcelas iguais, proporcionalidade, combina-ção e contagem;

• explorar a ideia de divisão em partes iguais;

• reconhecer os algoritmos da multiplicação e divisão;

• interpretar e resolver situações-problema.

Encaminhamento metodológico

Este capítulo tem foco nas operações de multiplica-ção e divisão com números naturais. Também são explo-radas as expressões numé-ricas envolvendo essas duas operações.

Na pergunta inicial, é possível identificar se os alu-nos lembram que a operação de multiplicação é uma adição em parcelas iguais.

Interações Para auxiliar no estudo

sobre “Multiplicação e divi-são”, pode-se indicar par aos alunos o vídeo “Multiplicação e divisão”, disponível em nosso portal:

<www.portalsae.com.br/ensinofundamental2/principal/videoaulas/>.

Depois, selecione:

• Ensino Fundamental II;

• Ensino Fundamental II – Matemática – 6.° ano;

• Multiplicação e divisão.

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Operações com

números naturais

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2. Multiplicação e divisãoHá aproximadamente 4 mil anos, o homem começou a efetuar cálculos de adição e subtra-

ção. Com o passar do tempo, esses cálculos ficaram cada vez mais difíceis e longos, e somente a adição e a subtração já não eram suficientes.

Por exemplo, na troca de sacos de alimentos. Vamos supor que 2 sacos de arroz equivalem a 1 de feijão e que se deseja trocar 20 sacos de arroz por de feijão. Nesse caso, utilizava-se a adição ou a subtração para descobrir a quantidade de sacos de feijão. Na adição, adicionava-se de 2 em 2 até chegar ao número 20 e contava-se quantas vezes o 2 apareceu.

Utilizando a subtração, do número 20 retirava-se de 2 em 2 até chegar a zero. Depois, contavam-se quantas vezes o número 2 havia aparecido. Como esse valor é pequeno, é fácil calcular a adição e a subtração.

Agora vamos imaginar a seguinte troca: a cada 5 sacos de farinha, troca-se por 3 de milho. Como podemos descobrir a quantidade de sacos de milho na troca por 150 sacos de farinha utilizando outras operações?

| Grãos de diferentes substâncias repre-sentando quantidades distintas.

Kalc

utta

/Shu

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MATEMÁTICA MATEMÁTICA

Multiplicação com números naturaisUma das ideias ligadas à operação de multiplicação é a adição de parcelas iguais.

O símbolo da multiplicação é × ou ·

Considere que 1 caixa de bombons tem 6 unidades. Como descobrir quantos bombons há em 4 caixas?

Utilizando a adição, faremos 6 + 6 + 6 + 6. O número 6 é somado 4 vezes. Usando a multi-plicação, podemos escrever a situação de maneira mais prática, com o símbolo . Observe:

6 6 6 6 4 6 244

+ + + = ⋅ =vezes

Fator Fator

oduto

Pr

(Lê-se: quatro vezes seis)

Outras ideias relacionadas à multiplicação são a de contar elementos de uma organização retangular, a de combinação e a de proporcionalidade.

` Exemplos:

• Elementos de uma organização retangular – Vamos contar quantas bolinhas formam a figura.

Para não precisarmos contar uma a uma, podemos interpretar que há 10 colunas com 5 bolinhas cada, ou seja, o total é igual a:

5 · 10 = 10 + 10 + 10 + 10 + 10 = 50

• Combinação – Luana tem duas saias e três blusas e está confusa sobre qual saia combina mais com qual blusa. Ela vai experimentar todas as possibilidades para depois decidir qual combinação gostou mais. De quantas maneiras diferentes Luana pode trocar de roupa?

Para descobrir esse valor, vamos montar um esquema.

Tarz

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Para cada opção de saia, temos três opções de blusas, ou seja, um total de 3 · 2 = 6 opções.

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Encaminhamento metodológicoApresente o conceito de multiplicação com números naturais e peça exemplos com

a ideia de adição em parcelas iguais. Exercite a tabuada com os alunos. Neste momento, é bastante importante que eles comecem a praticar o cálculo mental nas multiplicações.

Quando apresentar a combinação, faça um diagrama das possibilidades com eles também.

Sugestão de atividades1. Quantos há em cada figura? Escreva esse número em forma de multiplicação.

a) b) c)

` Solução:a) 2 ∙ 4b) 3 ∙ 8c) 4 ∙ 6

2. Um gerente de banco solicitou que o cliente cadastrasse sua senha do cartão com somente dois toques, isto é, ocupando duas casas, para as quais uma é algarismo e a outra, uma letra. Quantas combinações serão possíveis?

` Solução:

Caso o cliente insira na primeira casa um algarismo (de 0 a 9, ou seja, 10 algaris-mos), a segunda deverá ser letra (26 letras do alfabeto), temos 10 × 26 = 260.

No entanto, o cliente pode inserir primeiro uma letra e depois um algarismo, ou seja, 26 · 10 = 260.

Somando as duas possibilida-des, temos 260 + 260 = 520.

3. Nos pedidos de sanduíches de uma padaria, os clientes podem escolher entre 3 tipos de pão (pão de forma, pão francês ou pão italiano) e 4 tipos de recheio (salame, queijo, presunto ou mortadela). Quantos tipos de sanduíche a padaria oferece?

` Solução:

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MATEMÁTICA | LIVRO DO PROFESSOR102 |

MATEMÁTICA MATEMÁTICA

• Proporcionalidade – Maria usa 3 ovos para uma receita de bolo. Neste fim de semana ela recebeu 8 encomendas de bolo. De quantos ovos Maria vai precisar para fazer todos os pedidos?

O raciocínio envolvido nessa situação é o de proporcionalidade. Observe:

1 bolo = 3 ovos 2 bolos = 6 ovos 3 bolos = 9 ovos

Para não precisarmos contar de um em um, efetuamos a multiplicação 8 · 3, visto que são 8 bolos, e em cada um ela gasta 3 ovos.

8 · 3 = 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 24

Maria utilizará 24 ovos para fazer 8 bolos.

Na multiplicação também temos uma nomenclatura específica. Cada número envolvido na operação é chamado de fator e o resultado é o produto da operação.

a b cfator fator

p oduto

⋅ =r

Podemos efetuar as operações da seguinte forma:

51x 3

3+150

153

51x 3153

50 + 1x 3150 + 3

153

ou

Dispositivo prático

PropriedadesPara facilitar alguns cálculos, vamos estudar suas propriedades.

• Associativa: o produto de uma multiplicação não depende do modo como os fatores são associados: (a · b) · c = a · (b · c)

` Exemplo: (3 · 4) · 2 = 12 · 2 = 24 e 3 · (4 · 2) = 3 · 8 = 24. Logo, (3 · 4) · 2 = 3 · (4 · 2)

• Propriedade comutativa: a ordem dos fatores não altera o produto: a · b = b · a

` Exemplo: 3 · 2 = 6 e 2 · 3 = 6. Logo 3 · 2 = 2 · 3

• Elemento neutro: o número 1 é o elemento neutro da multiplicação, pois é o único que multiplicado por outro dá o outro número: 1 · a = a.

` Exemplo: 1 · 7 = 7 e 7 · 1 = 7

• Propriedade de elemento nulo: sempre que multiplicarmos qualquer número pelo elemento nulo, o resultado será zero. a · 0 = 0

` Exemplo: 256 · 0 = 0

• Distributiva: para multiplicar um número natural por uma soma de duas ou mais parce-las, somamos os produtos de cada parcela pelo número natural: a · (b + c) = a · b + a · c.

` Exemplo:

2 · (3 + 4) = 2 · 7 = 14 e 2 · (3 + 4) = (2 · 3) + (2 · 4) = 6 + 8 = 14. Logo, 2 · (3 + 4) = (2 · 3) + (2 · 4)

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MATEMÁTICA MATEMÁTICA

COLOCANDO EM PRÁTICA

Dona Ana comprou 3kg de queijo prato, a R$ 8,00 o quilograma e 2kg de presunto cozido, a R$ 11,00 o quilograma. Ela pagou a conta com uma nota de R$ 50,00 reais. Quanto ela recebeu de troco?

` Solução:

Primeiro devemos calcular o valor gasto com o queijo e o presunto. Veja:

83

24

x

112

22

x , daí:

2422

46

+ .

Para calcular o troco, usamos a subtração:

5046

4

Logo, dona Ana recebeu de troco R$ 4,00.

Complete o quadro para determinar as multiplicações.

a b c a · b a · c b · c

4 2 5

7 1 3

Expressões numéricas envolvendo adição, subtração e multiplicação

Ao incluir a multiplicação em expressões numéricas, algumas regras novas também apare-cem. A multiplicação deve ser efetuada antes das somas e subtrações. No entanto, se aparecerem os sinais de associação, eles devem ser resolvidos nesta ordem: primeiro a sentença que está entre os parênteses – ( ); depois colchetes – [ ]; e, por último, as chaves – { }.

` Exemplos:

12 3 4 5 2 4 13 4 9 2 4 14 2 6

12 12 5 6 9 11

+ ⋅ ⋅ + − ⋅ + ⋅ − ⋅

+ ⋅ ⋅

( ) ( ) ( ) ( )

4 14 12

24 30 99 4 2

8

⋅ −

( )

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Encaminhamento metodológico

O conceito de multiplica-ção necessário para a concep-ção da proporcionalidade é assimilado pelos alunos com base nas experiências, desde que começando por situações de fatores simples (dobro, metade, triplo etc.).

Quando estiver tra-balhando as propriedades, questione os alunos sobre a propriedade distributiva en-volvendo uma subtração. Peça que verifiquem se a proprieda-de também é válida. Oriente a atividade sugerindo exemplos. Veja alguns:2 · (4 – 1) = 2 · 3 = 6 e2 · (4 – 1) = (2 · 4) – (2 · 1) = 8 – 2 = 6

Dicas para ampliar o trabalho

O site abaixo disponibiliza textos sobre proporcionalida-de e atividades que ajudam no desenvolvimento dos alunos, trabalhando as dificuldades de aprendizado deste conteúdo.

<www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/funcoes_modela-gem/modulo_III/pdf/uso_pro-porcionalidade.pdf>.

Sugestão de tarefa

O aluno já consegue re-solver a atividade 1, da página 109.

Sugestão de atividade

Escreva os nomes das propriedades utilizadas nas duas primeiras passagens.(35 · 5 310) · 2 =1.ª passagem= (5 310 · 35) · 2 = 2.ª passagem= 5 310 · (35 · 2) = = 5 310 · 70 = = 371 700

` Solução:

1.ª passagem: comutativa2.ª passagem: associativa

MATEMÁTICA | LIVRO DO PROFESSOR | 103

MATEMÁTICA MATEMÁTICA

• Proporcionalidade – Maria usa 3 ovos para uma receita de bolo. Neste fim de semana ela recebeu 8 encomendas de bolo. De quantos ovos Maria vai precisar para fazer todos os pedidos?

O raciocínio envolvido nessa situação é o de proporcionalidade. Observe:

1 bolo = 3 ovos 2 bolos = 6 ovos 3 bolos = 9 ovos

Para não precisarmos contar de um em um, efetuamos a multiplicação 8 · 3, visto que são 8 bolos, e em cada um ela gasta 3 ovos.

8 · 3 = 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 24

Maria utilizará 24 ovos para fazer 8 bolos.

Na multiplicação também temos uma nomenclatura específica. Cada número envolvido na operação é chamado de fator e o resultado é o produto da operação.

a b cfator fator

p oduto

⋅ =r

Podemos efetuar as operações da seguinte forma:

51x 3

3+150

153

51x 3153

50 + 1x 3150 + 3

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ou

Dispositivo prático

PropriedadesPara facilitar alguns cálculos, vamos estudar suas propriedades.

• Associativa: o produto de uma multiplicação não depende do modo como os fatores são associados: (a · b) · c = a · (b · c)

` Exemplo: (3 · 4) · 2 = 12 · 2 = 24 e 3 · (4 · 2) = 3 · 8 = 24. Logo, (3 · 4) · 2 = 3 · (4 · 2)

• Propriedade comutativa: a ordem dos fatores não altera o produto: a · b = b · a

` Exemplo: 3 · 2 = 6 e 2 · 3 = 6. Logo 3 · 2 = 2 · 3

• Elemento neutro: o número 1 é o elemento neutro da multiplicação, pois é o único que multiplicado por outro dá o outro número: 1 · a = a.

` Exemplo: 1 · 7 = 7 e 7 · 1 = 7

• Propriedade de elemento nulo: sempre que multiplicarmos qualquer número pelo elemento nulo, o resultado será zero. a · 0 = 0

` Exemplo: 256 · 0 = 0

• Distributiva: para multiplicar um número natural por uma soma de duas ou mais parce-las, somamos os produtos de cada parcela pelo número natural: a · (b + c) = a · b + a · c.

` Exemplo:

2 · (3 + 4) = 2 · 7 = 14 e 2 · (3 + 4) = (2 · 3) + (2 · 4) = 6 + 8 = 14. Logo, 2 · (3 + 4) = (2 · 3) + (2 · 4)

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MATEMÁTICA MATEMÁTICA

COLOCANDO EM PRÁTICA

Dona Ana comprou 3kg de queijo prato, a R$ 8,00 o quilograma e 2kg de presunto cozido, a R$ 11,00 o quilograma. Ela pagou a conta com uma nota de R$ 50,00 reais. Quanto ela recebeu de troco?

` Solução:

Primeiro devemos calcular o valor gasto com o queijo e o presunto. Veja:

83

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x

112

22

x , daí:

2422

46

+ .

Para calcular o troco, usamos a subtração:

5046

4

Logo, dona Ana recebeu de troco R$ 4,00.

Complete o quadro para determinar as multiplicações.

a b c a · b a · c b · c

4 2 5

7 1 3

Expressões numéricas envolvendo adição, subtração e multiplicação

Ao incluir a multiplicação em expressões numéricas, algumas regras novas também apare-cem. A multiplicação deve ser efetuada antes das somas e subtrações. No entanto, se aparecerem os sinais de associação, eles devem ser resolvidos nesta ordem: primeiro a sentença que está entre os parênteses – ( ); depois colchetes – [ ]; e, por último, as chaves – { }.

` Exemplos:

12 3 4 5 2 4 13 4 9 2 4 14 2 6

12 12 5 6 9 11

+ ⋅ ⋅ + − ⋅ + ⋅ − ⋅

+ ⋅ ⋅

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Encaminhamento metodológico

Quando estiver tra-balhando o conteúdo “Expressões numéricas envolvendo adição, subtra-ção e multiplicação”, enfati-ze que, se não aparecerem parênteses, colchetes e chaves, devemos resolver a expressão respeitando a ordem: primeiro as multipli-cações, depois as adições e subtrações. Caso apareçam, devemos seguir a ordem:

1..º) parênteses – ( )

2..º) colchetes – [ ]

3.º) chaves – { }

Sugestão de tarefa

O aluno já consegue resolver as atividades 2 e 3, da página 110.

RespostasA resposta da tabela

está na mesma.

8 20 10

7 21 3

O quadríceps femuralé o músculo que envolve o fêmur,

maior osso do corpo humano

O salto com vara tornou-se um esporte olímpico em 1896 nas Olimpíadas de Atenas,

na Grécia

A vara é flexível e é

utilizada para o impulso

90o

O obstáculo é composto por dois suportes verticais

e uma barra horizontal ou

sarrafo

Ensino Fundamental - Livro 1

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Livro do Professor

A bandeira dos Jogos Olímpicos apresenta cinco

aros (ou anéis) entrelaçados em um fundo branco.

Ela foi criada em 1920. Cada aro representa um continente (azul: Europa,

amarelo: Ásia, preto: África, verde: Oceania e vermelho: América) e o fato de eles

estarem entrelaçados significa o respeito e a união

entre as nações.

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Povos do Sael O continente africano é marcado pela diversidade. Na prática, você sabe o que isso quer

dizer? Diversidade se refere àquilo que é diferente, diverso, múltiplo. No caso da África, essa diversidade se reflete nos diferentes povos, línguas, culturas e modos de vida que encontramos no continente – alguns dos quais você vai conhecer agora.

INTERAÇÃO

A África é um continente riquíssimo: cada povo que o habita tem uma história própria que precisa ser conhecida e valorizada. Justamente por isso ainda há muito para aprendermos sobre esse lugar e seus diversos povos. Converse, então, com seus colegas para saber:

• De maneira geral, o que vocês sabem sobre a África?

• Quando vocês pensam no continente africano, que imagens ou referências vêm à mente de vocês?

• Que povos vocês conseguem citar que são de origem africana?

A primeira região que vamos conhecer é a do Sael. Ela está localizada na parte ocidental do continente, ao sul do Deserto do Saara (o segundo maior do mundo), como você pode ver na mapa desta página. As rotas comerciais dessa região, sobretudo com as caravanas dos povos berberes, favoreceram o desenvolvimento de reinos como o de Gana, do Mali e de Songai. Além de praticar o comércio, dominando as rotas transaarianas (ou seja, rotas que atravessavam o Deserto do Saara) e as rotas pelos rios Níger e Senegal, esses três reinos produziam alimentos, criavam animais e faziam artesanato com cerâmica, couro e tecido.

Como você viu no capítulo anterior, uma grande característica dos povos dessa região (mais ao norte da África) é a forte presença da religião islâmica, como explica a historiadora Marina de Melo e Souza:

A partir do século VII o Islã se expandiu pelo norte da África, pelo vale do Rio Nilo, pelas rotas do Saara e também pela costa oriental, através do Mar Vermelho, do Golfo de Áden e do Oceano Índico. Seus ensinamentos foram levados por exércitos e pregadores, uns submetendo os povos, outros convencendo-os de suas ideias, seus valores e sua fé. Mas foram os mercadores os principais intermediários entre o que vinha de fora e o que já existia no continente. O co-mércio possibilitou que povos distantes tivessem contato, mesmo que indireto, e isso facilitou a transmissão de conhecimentos e de crenças.

[...] Os peregrinos que iam ou voltavam de Meca e Medina se juntavam às caravanas que também acolhiam os ulemás, transmissores dos conhecimentos religiosos que se estabelecia ora num lugar, ora em outro, sempre dirigindo a leitura do Alcorão e a discussão do seu conteúdo. Essa circulação de homens sábios garantia a fidelidade aos preceitos básicos da religião islâmica.

Se o norte da África se converteu ao Islã entre os séculos VII e IX, foi em torno do século XI que povos da região do atual Marrocos adotaram essa religião, levando-a para as zonas dos rios Senegal e Níger. [...] até o século XIV todo o Sahel entrou em contato com a religião islâmica e adotou em maior ou menor grau elementos das sociedades árabes.

(SOUZA, Marina de Melo e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 25-26.)

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Povos árabes

e africanos

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| Mesquita de Djenné, localizada na cidade de mesmo nome, construída no século XIII. Essa mesquita é uma das maiores obras arquitetônicas sob estrutura de adobe, um tipo de tijolo não cozido feito com terra, palha e água. A construção, ainda que característica da região, apre-senta também infl uência islâmica.

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3. Reinos africanosA história da África está integrada à história de diversos povos em diferentes períodos,

desde a Antiguidade até os dias atuais. • Você lembra de algum evento histórico em que os povos da África estão relacionados com outros povos?

• Será que o continente africano era um território totalmente desconhecido pelos europeus na Idade Média?

• Observe a imagem desta página, ela é uma mesquita. Qual o significado de uma mesquita no território africano?

da Europa conviveram com povos africanos, sobretudo, na região norte do continente e pelo Mar Mediterrâneo. Com a expansão islâmica, no século VII, os islâmicos partiram do norte da África e dominaram a Península Ibérica por séculos.

O fato de existir uma mesquita (construída no século XIII) no continente africano comprova que houve intercâmbio cultural entre os povos de diferentes continentes e pe-ríodos da história, pois a cultura islâmica surgiu na Península Arábica, no Oriente Médio. Comente que as rotas comerciais entre Oriente e Ocidente também foram responsáveis por esse intercâmbio.

Objetivos do capítulo • reconhecer a diversidade

dos povos africanos, bus-cando superar estereótipos em relação ao continente africano;

• perceber a África como um continente com uma história rica e diversa, que precisa ser conhecida;

• conhecer os povos do Sael, identificando aspectos políti-cos, econômicos e sociais que os caracterizam;

• reconhecer a importância das mulheres dentro das sociedades africanas, mesmo naquelas que não seguem a linhagem matrilinear;

• apontar a relação entre os povos da África Atlântica com a história europeia e brasileira.

Encaminhamento metodológico

Antes de mais nada, co-mente que a África é um vasto continente. É comum confun-direm com um país. Retome a ideia de que a África é conside-rada o “berço da humanidade”, pois nesse continente foram encontrados os vestígios hu-manos mais antigo, na região da Etiópia. Outro fato impor-tante, o Egito está localizado na África e foi uma importante civilização do mundo antigo. Comente também que, na Antiguidade, os mesopotâ-micos, os persas, os judeus, os gregos e os romanos são exemplos de alguns povos que conviveram com povos africa-nos e realizaram não só trocas comerciais como também de conhecimentos.

Aponte também que desde a Antiguidade, povos

HISTÓRIA | LIVRO DO PROFESSOR | 151

HISTÓRIA HISTÓRIA | 151

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Povos do Sael O continente africano é marcado pela diversidade. Na prática, você sabe o que isso quer

dizer? Diversidade se refere àquilo que é diferente, diverso, múltiplo. No caso da África, essa diversidade se reflete nos diferentes povos, línguas, culturas e modos de vida que encontramos no continente – alguns dos quais você vai conhecer agora.

INTERAÇÃO

A África é um continente riquíssimo: cada povo que o habita tem uma história própria que precisa ser conhecida e valorizada. Justamente por isso ainda há muito para aprendermos sobre esse lugar e seus diversos povos. Converse, então, com seus colegas para saber:

• De maneira geral, o que vocês sabem sobre a África?

• Quando vocês pensam no continente africano, que imagens ou referências vêm à mente de vocês?

• Que povos vocês conseguem citar que são de origem africana?

A primeira região que vamos conhecer é a do Sael. Ela está localizada na parte ocidental do continente, ao sul do Deserto do Saara (o segundo maior do mundo), como você pode ver na mapa desta página. As rotas comerciais dessa região, sobretudo com as caravanas dos povos berberes, favoreceram o desenvolvimento de reinos como o de Gana, do Mali e de Songai. Além de praticar o comércio, dominando as rotas transaarianas (ou seja, rotas que atravessavam o Deserto do Saara) e as rotas pelos rios Níger e Senegal, esses três reinos produziam alimentos, criavam animais e faziam artesanato com cerâmica, couro e tecido.

Como você viu no capítulo anterior, uma grande característica dos povos dessa região (mais ao norte da África) é a forte presença da religião islâmica, como explica a historiadora Marina de Melo e Souza:

A partir do século VII o Islã se expandiu pelo norte da África, pelo vale do Rio Nilo, pelas rotas do Saara e também pela costa oriental, através do Mar Vermelho, do Golfo de Áden e do Oceano Índico. Seus ensinamentos foram levados por exércitos e pregadores, uns submetendo os povos, outros convencendo-os de suas ideias, seus valores e sua fé. Mas foram os mercadores os principais intermediários entre o que vinha de fora e o que já existia no continente. O co-mércio possibilitou que povos distantes tivessem contato, mesmo que indireto, e isso facilitou a transmissão de conhecimentos e de crenças.

[...] Os peregrinos que iam ou voltavam de Meca e Medina se juntavam às caravanas que também acolhiam os ulemás, transmissores dos conhecimentos religiosos que se estabelecia ora num lugar, ora em outro, sempre dirigindo a leitura do Alcorão e a discussão do seu conteúdo. Essa circulação de homens sábios garantia a fidelidade aos preceitos básicos da religião islâmica.

Se o norte da África se converteu ao Islã entre os séculos VII e IX, foi em torno do século XI que povos da região do atual Marrocos adotaram essa religião, levando-a para as zonas dos rios Senegal e Níger. [...] até o século XIV todo o Sahel entrou em contato com a religião islâmica e adotou em maior ou menor grau elementos das sociedades árabes.

(SOUZA, Marina de Melo e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 25-26.)

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Povos árabes

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| Mesquita de Djenné, localizada na cidade de mesmo nome, construída no século XIII. Essa mesquita é uma das maiores obras arquitetônicas sob estrutura de adobe, um tipo de tijolo não cozido feito com terra, palha e água. A construção, ainda que característica da região, apre-senta também infl uência islâmica.

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3. Reinos africanosA história da África está integrada à história de diversos povos em diferentes períodos,

desde a Antiguidade até os dias atuais. • Você lembra de algum evento histórico em que os povos da África estão relacionados com outros povos?

• Será que o continente africano era um território totalmente desconhecido pelos europeus na Idade Média?

• Observe a imagem desta página, ela é uma mesquita. Qual o significado de uma mesquita no território africano?

não é que eles sejam mentira, mas que eles são incompletos. Eles fazem uma história tor-nar-se a única história. Claro, a África é um continente repleto de catástrofes. Há as enormes, como as terríveis violações no Congo. E há as depressivas, como o fato de 5 mil pessoas candidatarem-se para uma vaga de emprego na Nigéria. Mas há outras histórias que não são sobre catástrofes. E é muito importante, é igualmen-te importante, falar sobre elas”.

Você pode assistir ao vídeo de Chimamanda Adichie, “O perigo de uma única histó-ria”, em: <www.youtube.com/watch?v=wQk17RPuhW8>. Acesso em: 3 maio 2015.

O presente capítulo visa justamente evitar a “única his-tória” ao apresentar aos alunos o surgimento e desenvolvi-mento de diferentes povos africanos e de suas tecnologias e formas de organização.

Aproveite o início dos trabalhos para averiguar, por meio das perguntas propostas, o que os alunos sabem sobre o continente africano até o momento. Eles podem suscitar informações sobre o Egito e a origem da própria humanida-de. Ou podem fazer referên-cias a algumas características comumente associadas a esse território. Sempre que possí-vel, expanda a visão dos seus alunos nesse aspecto.

Finalmente, vale salien-tar que o capítulo apresenta apenas alguns dos povos africanos. Isso não o impede de trabalhar com outros povos em sala, abordando, por exem-plo, os núbios ou o reino do Zimbábue, se houver tempo e disponibilidade.

Encaminhamento metodológicoO parágrafo que abre o capítulo suscita aos alunos, antes da abordagem direta ao

conteúdo, uma reflexão sobre a própria história da África e o conhecimento que temos dela. É importante que os alunos não generalizem a história do continente e de seus povos e que entendam a África como um lugar marcado pela diferença, o que garante justamente a riqueza de sua trajetória. É uma maneira também de desmistificar a imagem que temos da África, muitas vezes associada a animais selvagens e savanas, violência e po-breza. Como diz a autora Chimamanda Adichie, há um grande perigo quando contamos uma “única história”: “A única história cria estereótipos. E o problema com estereótipos

HISTÓRIA | LIVRO DO PROFESSOR152 |

HISTÓRIA HISTÓRIA | 153

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Império de Gana (séculos VIII – XIII)

O Império de Gana é um dos grandes reinos africanos: sua origem remonta ao século IV e é geralmente aceito que o Estado se organizou de fato por volta do século VIII. Localizado na África Ocidental, no vale do Rio Níger, teve várias capitais, sendo Koumbi Saleh a mais importante.

Gana era conhecido como “o país do ouro”, sendo o maior fornecedor desse metal para o Mediterrâneo. Ainda que o reino não tivesse minas de ouro diretamente em seu território, o rei de Gana controlava as minas próximas. De fato, Gana era um Estado essencialmente militar, com uma poderosa cavalaria. Os povos que eram submetidos ao seu poder ficavam ligados ao rei por vínculos espirituais, pelo dever militar e pelo pagamento de tributos.

O reino controlava também as rotas de comércio que atravessavam o Saara, comerciando ouro, sal e escravizados. A escravidão era uma prática comum, especialmente a escravidão do-méstica (ou linhageira), em que o cativo podia ser integrado à família que atendia (com certas restrições), podendo também ser alforriado. Com a expansão islâmica, o comércio de escravi-zados tornou-se prática consolidada.

A proximidade com os islâmicos criou um grupo especializado no comércio de longa dis-tância, os diula, que se islamizaram em contato com os clientes árabes-berberes. Ainda assim, é preciso salientar que o reino de Gana nunca se converteu ao islã.

Em 1076, os almorávidas (muçulmanos berberes) deslocaram-se do Magreb e saquearam a capital, Koumbi Saleh. A independência do reino foi conquistada pouco mais de dez anos depois, mas o poder do rei já estava fragilizado. As relações com os povos vassalos se enfraqueceram. As caravanas não buscavam mais o reino, mas o contornavam, indo em direção aos grandes centros que se desenvolviam mais ao Sul, como Timbuctu (ou Tombuctu), Gaô e Ualata. Entre 1203 e 1204, o território foi tomado militarmente pelos sossos.

Império do Mali (séculos XIII - XVII)Diferente de Gana, que se localizava na orla do deserto, o Império do Mali situava-se na re-

gião do Alto Níger, em terras agrícolas. Expandiu seu território incorporando, inclusive, o antigo reino de Gana. Vários grupos étnicos compunham a população do Mali, sendo os mandingo o principal povo do império.

O império, aliás, foi fundado na segunda metade do século XIII por Sundiata Keita, chefe guerreiro, filho de um rei mandinga. Combatendo o rei sosso, Sumanguru Kanté, conquistou um vasto território, controlando os pontos caravaneiros do Sael, as jazidas de ouro, de sal e de cobre – e, com isso, acumulando riquezas. Sundiata Keita é considerado um grande herói na tradição oral sobre o Império Mali.

O rei do Mali era chamado de Mansa e seu poder estava apoiado no controle das atividades comerciais, no recebimento de impostos pagos pelas províncias menores em sinal de fidelidade e pelo apoio da força militar muito bem organizado.

É importante perceber que muitos povos se fixaram às redondezas de rios. O Rio Níger possui cerca de 4 180 quilômetros de extensão e sua bacia hidrográfica possui aproximada-mente 2 milhões de quilômetros quadrados.

EM TEMPO

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0 1 320 km

Escala aproximadaProjeção Cilíndrica

1:132 000 000

ÁFRICA DO NORTE E SUBSAARIANA

30º

30º0º

23º27'30" Trópico de Câncer

23º27'30" Trópico de Capricórnio

0º Equador

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MAR MEDITERRÂNEO

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OCEANOÍNDICO

OCEANOATLÂNTICO

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África do NorteÁfrica subsaarianaRegião do Sahel

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Os berberes habitavam o norte do continente africano no Magreb. Atualmente essa região com-preende os territórios da Tunísia, do Marrocos e da Argélia. São áreas de deserto, o que explica o fato de serem nômades. Eles viviam em tendas e se dedicavam ao pastoreio e ao comércio nas caravanas. Existem povos berberes até hoje, com destaque para o grupo dos tuaregues.

Durante a expansão islâmica, os povos berberes se converteram ao islã. Contudo, há características muito importantes que os distinguem, sobretudo com relação às mulheres. As mulheres árabes usam véus para cobrir seu rosto, ao passo que as mulheres tuaregues, também islâmicas, não os cobrem. Isso porque a sociedade tuaregue é matrilinear, ou seja, elas são líderes da família e também definem a descendência e a herança.

Essa estrutura social é explicada pela tradição desse povo, que vivia em tribos nômades e cujos homens saíam em caravanas por longos períodos. Dessa forma, a mulher assumiu um papel de liderança na família.

Outra diferença dos tuaregues é a monogamia. Os islâ-micos permitem a poligamia, desde que o homem consiga sustentar suas famílias.

Interpretando o texto e resolvendo problemas • Indique a maior semelhança e a maior diferença entre

as mulheres dos povos árabes e as tuaregues.

• Os tuaregues não são os únicos povos africanos matrilineares. Pesquise mais sobre esses grupos e a forma como vivem.

CONEXÃO

| Estudos arqueológicos e sociológicos indicam que a mulher sempre ocupou uma posição de destaque na sociedade tuaregue. Inclusive as diversas tribos tuaregues foram unifi cadas, no século IV, pela rainha Tin Hinan, que é conside-rada por eles “mãe de todos nós”.

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Encaminhamento metodológico

Os berberes e a expan-são do islã no norte da África já foram abordados no ca-pítulo 2 desta unidade. No presente capítulo, porém, são apresentadas e aprofunda-das características dos povos berberes, especialmente em relação à organização social, desdobrando o conteúdo visto anteriormente.

Sugestão de respostaAmbas são seguidoras do

islã, contudo, as mulheres ára-bes são menos atuantes na so-ciedade, por ser uma estrutura patriarcal, e se cobrem com véus. Já a mulher tuaregue é a líder da família, uma vez que esse grupo é matrilinear.

Há diversos outros grupos matrilineares na África, poden-do ser usado como exemplo os macua, de Moçambique. Mais recuado no tempo, estudiosos apontam o que chamam de cinturão matrilinear na África central, em um espaço que iria da atual Namíbia até o Zambeze.

HISTÓRIA | LIVRO DO PROFESSOR | 153

Egito ao Marrocos. A partir do norte do Egito, os muçulmanos tentaram ir mais ao sul, mas esbarraram nos exércitos da Núbia cristã. [...] Mas, do norte, conseguiram expandir-se para o oeste (que, em árabe, quer dizer Magreb, nome pelo qual esta região da África ficou conhecida). Foram pouco a pouco, durante todo a segun-da metade do século VII.

[...]

Ao conquistarem o norte da África também estabe-lecem as bases da cultura islâmica, em especial as esco-las de ensinamento religioso. No entanto, não há maiores extensões do Islamismo ao sul das planícies costeiras antes do século XI. Existiram antes algumas conversões entre os nômades berberes, mas suas práticas religiosas estavam longe do que pregavam os ensinamentos do Alcorão [...]. Somente no século XI foi que a adesão de um chefe berbere iniciou uma série de mudanças e uma onda de conversões na direção sul, incluindo os povos do deserto e a região na franja do deserto na África Ocidental. Esta expansão fez com que o Islã chegasse não apenas aos povos e aldeias daquela região da África como ao poderoso reino de Gana, que se localiza-va na fronteira sul dos atuais países Mauritânia e Mali, entre os séculos V e XIII”.

(LIMA, Mônica. História da África. In: Cadernos Penesb: Periódico

do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira, n.

12. Rio de Janeiro/Niterói: 2010. p. 50-51. Disponível em: <www.uff.br/penesb/images/publicacoes/

LIVRO%20PENESB%2012.pdf>. Acesso em: 3 maio 2015. )

A leitura do texto de Mônica Lima é fortemente indi-cada para se trabalhar a história da África em sala de aula.

Dicas para ampliar o trabalhoSobre a conversão ao islã e sua chegada à região do Rio Níger, vale observar o texto

a seguir:

“A expansão islâmica não se dava inicialmente pela força, a tarefa dos muçulmanos (nome dado aos fiéis do Islã) era a de convencer os descrentes que deveriam voluntaria-mente aceitar a nova fé. Mas, na medida em que os fiéis ao Islã dominaram politicamente o norte da África, seus sistemas de justiça e de governo colocavam na religião suas bases. E muitos dos governados, por convencimento real ou por considerarem estrategicamen-te mais interessante, se converteram. Pouco a pouco a religião muçulmana dominou do

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Império de Gana (séculos VIII – XIII)

O Império de Gana é um dos grandes reinos africanos: sua origem remonta ao século IV e é geralmente aceito que o Estado se organizou de fato por volta do século VIII. Localizado na África Ocidental, no vale do Rio Níger, teve várias capitais, sendo Koumbi Saleh a mais importante.

Gana era conhecido como “o país do ouro”, sendo o maior fornecedor desse metal para o Mediterrâneo. Ainda que o reino não tivesse minas de ouro diretamente em seu território, o rei de Gana controlava as minas próximas. De fato, Gana era um Estado essencialmente militar, com uma poderosa cavalaria. Os povos que eram submetidos ao seu poder ficavam ligados ao rei por vínculos espirituais, pelo dever militar e pelo pagamento de tributos.

O reino controlava também as rotas de comércio que atravessavam o Saara, comerciando ouro, sal e escravizados. A escravidão era uma prática comum, especialmente a escravidão do-méstica (ou linhageira), em que o cativo podia ser integrado à família que atendia (com certas restrições), podendo também ser alforriado. Com a expansão islâmica, o comércio de escravi-zados tornou-se prática consolidada.

A proximidade com os islâmicos criou um grupo especializado no comércio de longa dis-tância, os diula, que se islamizaram em contato com os clientes árabes-berberes. Ainda assim, é preciso salientar que o reino de Gana nunca se converteu ao islã.

Em 1076, os almorávidas (muçulmanos berberes) deslocaram-se do Magreb e saquearam a capital, Koumbi Saleh. A independência do reino foi conquistada pouco mais de dez anos depois, mas o poder do rei já estava fragilizado. As relações com os povos vassalos se enfraqueceram. As caravanas não buscavam mais o reino, mas o contornavam, indo em direção aos grandes centros que se desenvolviam mais ao Sul, como Timbuctu (ou Tombuctu), Gaô e Ualata. Entre 1203 e 1204, o território foi tomado militarmente pelos sossos.

Império do Mali (séculos XIII - XVII)Diferente de Gana, que se localizava na orla do deserto, o Império do Mali situava-se na re-

gião do Alto Níger, em terras agrícolas. Expandiu seu território incorporando, inclusive, o antigo reino de Gana. Vários grupos étnicos compunham a população do Mali, sendo os mandingo o principal povo do império.

O império, aliás, foi fundado na segunda metade do século XIII por Sundiata Keita, chefe guerreiro, filho de um rei mandinga. Combatendo o rei sosso, Sumanguru Kanté, conquistou um vasto território, controlando os pontos caravaneiros do Sael, as jazidas de ouro, de sal e de cobre – e, com isso, acumulando riquezas. Sundiata Keita é considerado um grande herói na tradição oral sobre o Império Mali.

O rei do Mali era chamado de Mansa e seu poder estava apoiado no controle das atividades comerciais, no recebimento de impostos pagos pelas províncias menores em sinal de fidelidade e pelo apoio da força militar muito bem organizado.

É importante perceber que muitos povos se fixaram às redondezas de rios. O Rio Níger possui cerca de 4 180 quilômetros de extensão e sua bacia hidrográfica possui aproximada-mente 2 milhões de quilômetros quadrados.

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0 1 320 km

Escala aproximadaProjeção Cilíndrica

1:132 000 000

ÁFRICA DO NORTE E SUBSAARIANA

30º

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23º27'30" Trópico de Câncer

23º27'30" Trópico de Capricórnio

0º Equador

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MAR MEDITERRÂNEO

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OCEANOATLÂNTICO

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África do NorteÁfrica subsaarianaRegião do Sahel

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Os berberes habitavam o norte do continente africano no Magreb. Atualmente essa região com-preende os territórios da Tunísia, do Marrocos e da Argélia. São áreas de deserto, o que explica o fato de serem nômades. Eles viviam em tendas e se dedicavam ao pastoreio e ao comércio nas caravanas. Existem povos berberes até hoje, com destaque para o grupo dos tuaregues.

Durante a expansão islâmica, os povos berberes se converteram ao islã. Contudo, há características muito importantes que os distinguem, sobretudo com relação às mulheres. As mulheres árabes usam véus para cobrir seu rosto, ao passo que as mulheres tuaregues, também islâmicas, não os cobrem. Isso porque a sociedade tuaregue é matrilinear, ou seja, elas são líderes da família e também definem a descendência e a herança.

Essa estrutura social é explicada pela tradição desse povo, que vivia em tribos nômades e cujos homens saíam em caravanas por longos períodos. Dessa forma, a mulher assumiu um papel de liderança na família.

Outra diferença dos tuaregues é a monogamia. Os islâ-micos permitem a poligamia, desde que o homem consiga sustentar suas famílias.

Interpretando o texto e resolvendo problemas • Indique a maior semelhança e a maior diferença entre

as mulheres dos povos árabes e as tuaregues.

• Os tuaregues não são os únicos povos africanos matrilineares. Pesquise mais sobre esses grupos e a forma como vivem.

CONEXÃO

| Estudos arqueológicos e sociológicos indicam que a mulher sempre ocupou uma posição de destaque na sociedade tuaregue. Inclusive as diversas tribos tuaregues foram unifi cadas, no século IV, pela rainha Tin Hinan, que é conside-rada por eles “mãe de todos nós”.

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A pista é oval e é chamada de velódromo

O ciclismo de pista tornou-se um

esporte olímpico em 1896 nas Olimpíadas de

Atenas, na Grécia

As bicicletas são leves, possuem somente uma marcha e não

têm freio

A coluna vertebralse curva dando

assim uma maior aerodinâmica ao

ciclista

ANO8

Ensino Fundamental - Livro 1

Livro do Professor

A bandeira dos Jogos Olímpicos apresenta cinco

aros (ou anéis) entrelaçados em um fundo branco.

Ela foi criada em 1920. Cada aro representa um continente (azul: Europa,

amarelo: Ásia, preto: África, verde: Oceania e vermelho: América) e o fato de eles

estarem entrelaçados significa o respeito e a união

entre as nações.

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Sem título-11 1 18/09/2015 14:41:26

LÍNGUA PORTUGUESA | LIVRO DO PROFESSOR54 |

Ai, que preguiçaDrauzio Varella

O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimentoÉ dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto

em qualquer direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e siste-mas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a temperatura interna constante.

Em seis milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de ca-racterísticas genéticas que dificultavam a movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.

Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se é só para ir de um assento a outro, elas poderiam ter metade do compri-mento. Se os braços servem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebra-ços? Seríamos anões de membros atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.

A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A dispo-nibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais, mais recente ainda. A mesa farta e as comodidades em que viviam os nobres da Antiguidade estão ao alcance da classe média, em condições de higiene bem superiores.

Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com vacinas, saneamento básico, antibióticos, alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. Em boa parte dos países, a expectativa de vida atingiu 70 anos, privilégio de poucos no tempo de nossos avós.

Ant

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Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedenta-rismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações cardiovasculares, diabetes, câncer, dege-nerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.

Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?

LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESA | 55

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Em busca da

perfeição

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3. Máquina humanaO corpo humano é uma máquina... e das mais potentes!Independentemente da nossa vontade, o nosso corpo funciona sozinho, pois ele regula sua

própria temperatura, pressão sanguínea, digestão de alimentos e muitas outras funções. Tudo isso comandado pelo cérebro, para garantir nosso bem-estar. Nosso cérebro, que comanda todas essas atividades, não deve ser comparado nem ao mais sofisticado dos computadores, já que nosso corpo é uma máquina muito mais complexa.

Objetivos do capítulo • reconhecer algumas limi-

tações e possibilidades do corpo humano;

• aprender informações im-portantes do corpo humano por meio de curiosidades;

• interpretar os elementos explícitos e implícitos do texto;

• compreender a estrutura, o contexto de produção e as estratégias dos gêneros argumentativos;

• produzir um artigo de opinião;

• entender o uso da crase em diferentes contextos;

• praticar o uso da crase por meio de atividades diversificadas.

Encaminhamento metodológico

Depois de ler com os alunos o texto de abertura, pergunte por que eles acham que o corpo humano foi comparado a uma máquina. Peça que falem os atributos de uma máquina e depois do corpo humano, na sequência faça a relação das qualidades de ambos.

LÍNGUA PORTUGUESA | LIVRO DO PROFESSOR | 55

Encaminhamento metodológico

O texto abordado é do paulista Drauzio Varella, que além de médico oncologista é, também, cientista e escritor. Formado pela Universidade de São Paulo, na qual foi aprova-do em 2.° lugar, conhecido por popularizar a medicina em seu país, por meio de programas de rádio e TV. Além das cam-panhas de prevenção, Drauzio também é um premiado escritor, tanto de ficção para adultos quanto para crian-ças. Lançado em 1999, o livro “Estação Carandiru”, que conta sobre seu trabalho com os presidiários do Carandiru, virou best-seller e recebeu o Prêmio Jabuti na categoria “não fic-ção”. Em 2003, a obra ganhou as telas do cinema num filme do diretor Hector Babenco.

Ai, que preguiçaDrauzio Varella

O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimentoÉ dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto

em qualquer direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e siste-mas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a temperatura interna constante.

Em seis milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de ca-racterísticas genéticas que dificultavam a movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.

Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se é só para ir de um assento a outro, elas poderiam ter metade do compri-mento. Se os braços servem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebra-ços? Seríamos anões de membros atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.

A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A dispo-nibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais, mais recente ainda. A mesa farta e as comodidades em que viviam os nobres da Antiguidade estão ao alcance da classe média, em condições de higiene bem superiores.

Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com vacinas, saneamento básico, antibióticos, alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. Em boa parte dos países, a expectativa de vida atingiu 70 anos, privilégio de poucos no tempo de nossos avós.

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Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedenta-rismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações cardiovasculares, diabetes, câncer, dege-nerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.

Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?

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3. Máquina humanaO corpo humano é uma máquina... e das mais potentes!Independentemente da nossa vontade, o nosso corpo funciona sozinho, pois ele regula sua

própria temperatura, pressão sanguínea, digestão de alimentos e muitas outras funções. Tudo isso comandado pelo cérebro, para garantir nosso bem-estar. Nosso cérebro, que comanda todas essas atividades, não deve ser comparado nem ao mais sofisticado dos computadores, já que nosso corpo é uma máquina muito mais complexa.

LÍNGUA PORTUGUESA | LIVRO DO PROFESSOR56 |

TEXTO E CONTEXTO

1. Pode-se afirmar que o texto defende o sedentarismo? Por quê?

2. O texto permite inferir um motivo para o nosso corpo ser moldado para o movimento? Explique.

3. Que argumento o autor usa para justificar a falta de disposição para praticar atividades físicas?

4. O subtítulo diz que o corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento, no entanto, temos uma tendência cada vez maior de ficarmos parados. Como isso se explica?

5. Que benefícios as comodidades da vida moderna trouxeram aos seres humanos?

6. Houve prejuízo com essas conquistas? Quais?

O artigo de opinião, tal como os editoriais que você estudou no capítulo anterior, trata de temas variados que estejam em evidência na mídia, apresenta um posicionamento em relação a eles e faz referência constante a eventos de interesse social e a personalidades que se destaquem na política, arte, esportes, cultura, ciência. A diferença principal aqui é que as ideias e opiniões são pessoais, como nas crônicas argumentativas estudadas no início do bimestre. A tese é daquele que assina o texto. O texto deve ser mais objetivo do que na crônica e apresenta uma estrutura básica, embora os dados, citações e exemplos utilizados nos argumentos sejam variáveis e de escolha do autor.

EM TEMPO

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Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, nenhum animal desperdiça energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso até que uma delas volte a ser premente.

[...]É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza

humana. Os planos para andar, correr ou ir à academia naufragam no dia seguinte sob o peso dos 6 milhões de anos de evolução, que desaba sobre nossos ombros.

Quando você ouvir alguém dizendo que pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.

Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Tenho tanta confiança na integridade de meu caráter que fiz um trato comigo mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis.

Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.

Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.

Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial, um barato igual ao de drogas que nunca experimentei.

Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da ocio-sidade, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com regularidade exige disciplina militar [...]

Memo Angeles/Shutterstock

(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2014/01/1396329-ai-que-preguica.shtml>. Acesso em: 5 maio 2015.)

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Respostas1. Não, embora explique o sedentarismo, aponta os problemas decorrentes dele e exalta a importância da prática de atividade física.

2. Somos uma espécie que evoluiu para ter a movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.

3. Explica que desperdiçar energia vai contra a natureza humana.

4. Os seres humanos evoluíram e tiveram acesso a comodidades que facilitaram a sua vida e permitiram que não precisasse gastar tanta energia.

5. Ganharmos a vida sem ter que andar muito, ter alimentos nutritivos e de qualidade, vacinas, saneamento básico, antibióticos e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos.

6. Sim. Sedentarismo, obesidade, complicações cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas.

TEXTO E CONTEXTO

1. Pode-se afirmar que o texto defende o sedentarismo? Por quê?

2. O texto permite inferir um motivo para o nosso corpo ser moldado para o movimento? Explique.

3. Que argumento o autor usa para justificar a falta de disposição para praticar atividades físicas?

4. O subtítulo diz que o corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento, no entanto, temos uma tendência cada vez maior de ficarmos parados. Como isso se explica?

5. Que benefícios as comodidades da vida moderna trouxeram aos seres humanos?

6. Houve prejuízo com essas conquistas? Quais?

O artigo de opinião, tal como os editoriais que você estudou no capítulo anterior, trata de temas variados que estejam em evidência na mídia, apresenta um posicionamento em relação a eles e faz referência constante a eventos de interesse social e a personalidades que se destaquem na política, arte, esportes, cultura, ciência. A diferença principal aqui é que as ideias e opiniões são pessoais, como nas crônicas argumentativas estudadas no início do bimestre. A tese é daquele que assina o texto. O texto deve ser mais objetivo do que na crônica e apresenta uma estrutura básica, embora os dados, citações e exemplos utilizados nos argumentos sejam variáveis e de escolha do autor.

EM TEMPO

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Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, nenhum animal desperdiça energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso até que uma delas volte a ser premente.

[...]É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza

humana. Os planos para andar, correr ou ir à academia naufragam no dia seguinte sob o peso dos 6 milhões de anos de evolução, que desaba sobre nossos ombros.

Quando você ouvir alguém dizendo que pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.

Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Tenho tanta confiança na integridade de meu caráter que fiz um trato comigo mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis.

Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.

Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.

Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial, um barato igual ao de drogas que nunca experimentei.

Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da ocio-sidade, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com regularidade exige disciplina militar [...]

Memo Angeles/Shutterstock

(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2014/01/1396329-ai-que-preguica.shtml>. Acesso em: 5 maio 2015.)

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O circuito pode ter entre 8 e 12 obstáculos

O hipismo de salto tornou-se

um esporte olímpico em 1900, nas

Olimpíadas de Paris, na França

Pela 1.ª lei de Newton, o cavalo e o cavaleiro estão

na mesma velocidade

As rédeas são utilizadas para

controlar o cavalo

ANO9

Ensino Fundamental - Livro 1

Livro do Professor

A bandeira dos Jogos Olímpicos apresenta cinco

aros (ou anéis) entrelaçados em um fundo branco.

Ela foi criada em 1920. Cada aro representa um continente (azul: Europa,

amarelo: Ásia, preto: África, verde: Oceania e vermelho: América) e o fato de eles

estarem entrelaçados significa o respeito e a união

entre as nações.

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Sem título-12 1 18/09/2015 14:41:53

GEOGRAFIA | LIVRO DO PROFESSOR212 |

GEOGRAFIA GEOGRAFIA | 213

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Dinâmica da populaçãoO continente europeu apresenta, atualmente, cerca de 743 milhões de habitantes. O relevo

da Europa e os tipos climáticos, aliados às condições históricas, contribuíram para a distribuição e fixação da população europeia. A maioria está concentrada na porção central e centro-oci-dental, que correspondem:

• às áreas mais industrializadas;

• às regiões portuárias mais movimentadas;

• aos vales dos grandes rios;

• às planícies férteis.

Nessas regiões, a densi-dade demográfica (número de habitantes por km2) pode ser superior a 200 hab/km2, chegando, em lugares es-pecíficos como Mônaco, a impressionantes 19 099 hab/km2. Observe o mapa ao lado:

Cerca de 80% da população europeia vive nas cidades, o que indica a importância das ati-vidades industriais, comerciais e financeiras nesse continente.

O elevado número da população urbana mostra que a Europa já completou seu processo de urbanização, que foi lento. Ele teve início nos burgos e se estendeu por aproximadamente 400 anos, até alcançar seu ápice no século XX – diferentemente do Brasil, que teve sua urbani-zação feita de maneira muito rápida, em 30 anos! Isso explica muito das diferenças entre nosso país e os países europeus.

Os países mais urbanizados da Europa estão localizados na porção centro-ocidental do continente, como a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Bélgica, os Países Baixos e a Itália, mais precisamente, sua região norte. As áreas menos povoadas, cujas densidades demográficas dificil-mente ultrapassam 2 hab/km2, estão situadas ao norte do continente, onde os invernos são muito rigorosos e prolongados, atuando como fator de repulsão populacional.

1

GEOGRAFIA E AÇÃO

Após analisar o mapa da densidade demográfica do continente europeu, pesquise um pouco mais para responder às seguintes questões:1. Quais países apresentam maior densidade demográfica? Cite ao menos cinco e seus res-

pectivos números.

2. Cite alguns motivos que influenciam nessa grande concentração populacional.

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60°

66° 32' 30" Círculo Polar Ártico

OCEANOATLÂNTICO

MAR NEGRO

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30°30°60° 60° 90°

EUROPA – DENSIDADE DEMOGRÁFICA

0 628 1 256 km

Escala aproximadaProjeção Cônica

de Lambert

1 : 62 800 000Densidade demográfica (hab./km²)

Menos de 10

De 10 a 50

De 50 a 75

De 75 a 100

De 100 a 150

De 150 a 400

Mais de 400 ¬N

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1:62 800 0001 256 km

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Europa:

aspectos

socioeconômicos

2UNIDADE Tony

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| Família muçulmana caminhando pela Praça Dam, Amesterdã, Holanda.

1. PopulaçãoUma mistura cultural. Essa seria uma das maneiras como poderíamos caracterizar a popula-

ção europeia. São muitos povos, culturas, etnias e tradições vivendo em um mesmo continente.Cada vez mais essa mistura aumenta, mas quais seriam os números populacionais da

Europa hoje? Quantos são seus habitantes? Quantos são imigrantes? As pessoas que vivem na Europa estão em harmonia?

Objetivos do capítulo • analisar a densidade

demográfica do con-tinente europeu;

• entender como a po-pulação está distribuí-da pelo continente;

• analisar a urbanização;

• analisar o processo mi-gratório no continente;

• analisar a estrutura da população e seu IDH.

Encaminhamento metodológico

Introduza para a turma al-guns questionamentos sobre a população europeia. Comente com os alunos que o conti-nente é o berço da civilização ocidental e que até hoje as ten-dências que lá se desenvolvem são espalhadas para o resto do mundo, e que a Europa sem-pre atraiu pessoas de outros continentes, assim como de lá saíram muitos habitantes, sendo base para a colonização das Américas e da Oceania.

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Dinâmica da populaçãoO continente europeu apresenta, atualmente, cerca de 743 milhões de habitantes. O relevo

da Europa e os tipos climáticos, aliados às condições históricas, contribuíram para a distribuição e fixação da população europeia. A maioria está concentrada na porção central e centro-oci-dental, que correspondem:

• às áreas mais industrializadas;

• às regiões portuárias mais movimentadas;

• aos vales dos grandes rios;

• às planícies férteis.

Nessas regiões, a densi-dade demográfica (número de habitantes por km2) pode ser superior a 200 hab/km2, chegando, em lugares es-pecíficos como Mônaco, a impressionantes 19 099 hab/km2. Observe o mapa ao lado:

Cerca de 80% da população europeia vive nas cidades, o que indica a importância das ati-vidades industriais, comerciais e financeiras nesse continente.

O elevado número da população urbana mostra que a Europa já completou seu processo de urbanização, que foi lento. Ele teve início nos burgos e se estendeu por aproximadamente 400 anos, até alcançar seu ápice no século XX – diferentemente do Brasil, que teve sua urbani-zação feita de maneira muito rápida, em 30 anos! Isso explica muito das diferenças entre nosso país e os países europeus.

Os países mais urbanizados da Europa estão localizados na porção centro-ocidental do continente, como a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Bélgica, os Países Baixos e a Itália, mais precisamente, sua região norte. As áreas menos povoadas, cujas densidades demográficas dificil-mente ultrapassam 2 hab/km2, estão situadas ao norte do continente, onde os invernos são muito rigorosos e prolongados, atuando como fator de repulsão populacional.

1

GEOGRAFIA E AÇÃO

Após analisar o mapa da densidade demográfica do continente europeu, pesquise um pouco mais para responder às seguintes questões:1. Quais países apresentam maior densidade demográfica? Cite ao menos cinco e seus res-

pectivos números.

2. Cite alguns motivos que influenciam nessa grande concentração populacional.

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EUROPA – DENSIDADE DEMOGRÁFICA

0 628 1 256 km

Escala aproximadaProjeção Cônica

de Lambert

1 : 62 800 000Densidade demográfica (hab./km²)

Menos de 10

De 10 a 50

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Europa:

aspectos

socioeconômicos

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| Família muçulmana caminhando pela Praça Dam, Amesterdã, Holanda.

1. PopulaçãoUma mistura cultural. Essa seria uma das maneiras como poderíamos caracterizar a popula-

ção europeia. São muitos povos, culturas, etnias e tradições vivendo em um mesmo continente.Cada vez mais essa mistura aumenta, mas quais seriam os números populacionais da

Europa hoje? Quantos são seus habitantes? Quantos são imigrantes? As pessoas que vivem na Europa estão em harmonia?

Encaminhamento metodológicoProfessor, faça uma comparação entre os dados de urbanização europeia e

os do Brasil. Utilizar um mapa para comparar os territórios seria interessante.

Sugestão de resposta1. Mônaco (19.099 hab/km2), Malta (1.344 hab/km2), San Marino (527 hab/km2), Holanda (404 hab/km2), Bélgica (365 hab/km2), Reino Unido (261 hab/km2), Liechtenstein (232 hab/km2), Alemanha (231 hab/km2), Luxemburgo (207 hab/km2), Itália (203 hab/km2), Suíça (198 hab/km2).

2. Os alunos podem citar como motivos a grande industrialização do continente, o alto grau de urbanização, elevados índices de qualidade de vida, e também o território possuir grandes planícies férteis, o que facilita a ocupação humana.

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Embora seja detentora de grande população absoluta, a Europa possui, nos dias atuais, um ritmo de crescimento populacional bastante lento. Alguns países apresentam o número de nas-cimentos igual ao de mortes, ou seja, o crescimento da população é zero. Outros países acusam até mesmo regressão populacional, isto é, há uma diminuição do número de habitantes. Os principais efeitos dessa regressão são o aumento do número de idosos na população total e a

diminuição da população ativa, o que gera carência de mão de obra. Note isso no mapa ao lado.

Agora compare esse mapa com o de densidade. Em desta-que, podemos ver os países em azul, que estão perdendo popu-lação, ou seja, a taxa de reposi-ção é inferior a de falecimentos. Note que os três países mais atingidos pela crise econômica – Espanha, Itália e Grécia – são os que mais perdem população. Isso ocorre, porque há grande falta de esperança no futuro e grandes dificuldades no pre-sente para essas populações.

INTERAÇÃO

Junte-se com alguns colegas e selecionem algum país da Europa. Depois, entrem no seguin-te endereço da internet: <http://populationpyramid.net/pt/>. Nele é possível ver as pirâmides etárias de todos os países do mundo, além de fazer projeções para o futuro.

Analisem a pirâmide etária do país escolhido nos seguintes anos: 1950, 1970, 1990, 2010 e 2015 e façam uma projeção para 2030. Respondam às seguintes perguntas no caderno e depois apresentem suas conclusões para o restante da sala.1. O que se pode notar?

2. Pesquisando a história do país escolhido por cada grupo, é possível explicar grandes perdas populacionais e grandes ganhos? Quais os motivos?

Desde a metade do século XlX até o início do século XX, algumas adversidades históricas, como períodos de pobreza, falta de terras, guerras e fome levaram milhões de europeus a emigrar.

Hoje, porém, o cenário nos países da Europa é bem diferente, caracterizado pela riqueza econômica e por um elevado padrão de vida. Essa mesma riqueza econômica, no entanto, tem gerado grandes dificuldades para as nações europeias, influenciando direta ou indiretamente na diminuição do índice de crescimento natural e no envelhecimento de suas populações.

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0 628 1 256 km

Escala aproximadaProjeção Cônica

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1 : 62 800 000

Crescimento do PIB (percentual de crescimento médio anual entre 2003 – 2013)

6 a 7-2 a -1 2 a 3

-1 a 0 3 a 4

0 a 1 4 a 5

1 a 2 5 a 6

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Existem poucas crianças em relação à po-pulação adulta na Europa, pois grande parte dos casais não deseja ter filhos devido aos encargos que reduzem o padrão de consumo, bem como ao alto custo da educação das crianças e ao en-volvimento da mulher no mercado de trabalho.

Muitos países, para promoverem o cres-cimento econômico após a Segunda Guerra Mundial, incentivaram a imigração, pois dessa forma obteriam mão de obra barata. Embora sem qualificação, essa mão de obra foi muito importante para reconstrução do continente europeu.

Alguns destaques merecem ser feitos. Você deve ter acompanhado a Copa do Mundo que aconteceu no Brasil em 2014, certo? As sele-ções, principalmente as europeias, contaram com vários filhos de imigrantes e imigrantes. Foi possível notar a grande presença de ar-gelinos e negros na França, turcos e eslavos na Alemanha, alguns ibéricos e negros na Itália, além de vários negros nas seleções da Inglaterra e da Holanda. Tudo isso é reflexo da sociedade nesses países.

PARA SABER MAIS

Copa de raça: os “quase brancos” brasileiros e os “negros” europeus

[...]Com mais ou menos “estrangeiros” em campo, várias seleções europeias como Alemanha, Bélgica,

Inglaterra e Suíça começam a refletir uma diversidade étnica digna de países mestiços como o Brasil. Um anfitrião que forjou seu “futebol-arte” no caldeirão de raças e culturas que produziu talentos entre negros, como Pelé, e descendentes de europeus, como Zico.

A goleada de 5 a 2 da França sobre a Suíça na sexta-feira passada dá bem a medida da constatação do taxista. Três dos gols franceses foram marcados por filhos de imigrantes: Blaise Matuidi (Angola), Moussa Sissoko (Mali) e Karim Benzema (Argélia), uma das estrelas dos “Les Bleus”, que honra a tradição de Zinedine Zidane, outro craque de origem argelina, que garantiu à França o título mundial em 1998.

Aquela seleção “negra, branca e azul”, como ficou conhecida, já traduzia em campo há 16 anos uma nação multiétnica. Um novo perfil que suscitou reações de líderes políticos, como Jean-Marie Le Pen, da xenófoba Frente Nacional. A chiadeira era de que “havia negros demais” e falou-se até em criar cota limite para “estrangeiros” na seleção nacional.

[...](Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/colunas/redesocial/2014/06/1475285-copa-de-raca-os-

quase-brancos-brasileiros-e-os-negros-europeus.shtml>. Acesso em: 20 maio 2015.)

| Cada vez mais as famílias europeias são formadas somente pelo casal, sem a presença de fi lhos.

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| Karim Benzema, de origem argelina, é atacante da seleção

francesa.

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Embora seja detentora de grande população absoluta, a Europa possui, nos dias atuais, um ritmo de crescimento populacional bastante lento. Alguns países apresentam o número de nas-cimentos igual ao de mortes, ou seja, o crescimento da população é zero. Outros países acusam até mesmo regressão populacional, isto é, há uma diminuição do número de habitantes. Os principais efeitos dessa regressão são o aumento do número de idosos na população total e a

diminuição da população ativa, o que gera carência de mão de obra. Note isso no mapa ao lado.

Agora compare esse mapa com o de densidade. Em desta-que, podemos ver os países em azul, que estão perdendo popu-lação, ou seja, a taxa de reposi-ção é inferior a de falecimentos. Note que os três países mais atingidos pela crise econômica – Espanha, Itália e Grécia – são os que mais perdem população. Isso ocorre, porque há grande falta de esperança no futuro e grandes dificuldades no pre-sente para essas populações.

INTERAÇÃO

Junte-se com alguns colegas e selecionem algum país da Europa. Depois, entrem no seguin-te endereço da internet: <http://populationpyramid.net/pt/>. Nele é possível ver as pirâmides etárias de todos os países do mundo, além de fazer projeções para o futuro.

Analisem a pirâmide etária do país escolhido nos seguintes anos: 1950, 1970, 1990, 2010 e 2015 e façam uma projeção para 2030. Respondam às seguintes perguntas no caderno e depois apresentem suas conclusões para o restante da sala.1. O que se pode notar?

2. Pesquisando a história do país escolhido por cada grupo, é possível explicar grandes perdas populacionais e grandes ganhos? Quais os motivos?

Desde a metade do século XlX até o início do século XX, algumas adversidades históricas, como períodos de pobreza, falta de terras, guerras e fome levaram milhões de europeus a emigrar.

Hoje, porém, o cenário nos países da Europa é bem diferente, caracterizado pela riqueza econômica e por um elevado padrão de vida. Essa mesma riqueza econômica, no entanto, tem gerado grandes dificuldades para as nações europeias, influenciando direta ou indiretamente na diminuição do índice de crescimento natural e no envelhecimento de suas populações.

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Escala aproximadaProjeção Cônica

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1 : 62 800 000

Crescimento do PIB (percentual de crescimento médio anual entre 2003 – 2013)

6 a 7-2 a -1 2 a 3

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Encaminhamento metodológicoNa seção “Interação” as repostas vão variar de acordo com o país escolhido. O

importante é que os alunos consigam visualizar as variações nas pirâmides etárias nos anos solicitados e que em praticamente todos os países europeus passaram por proces-so de envelhecimento de sua população.

Notar também que em alguns casos, como a Alemanha, existirá uma drástica re-dução da população por volta dos 30 anos de idade, devido à Segunda Guerra Mundial.

Encaminhamento metodológico

Aqui é importante que os alunos notem como a geração pós-Segunda Guerra tem uma perda de população significa-tiva, além de desaceleração do crescimento econômico. Na projeção, todos os países europeus têm decréscimo de população. É interessan-te trabalhar com a ideia de como isso vai afetar a Europa.

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Embora seja detentora de grande população absoluta, a Europa possui, nos dias atuais, um ritmo de crescimento populacional bastante lento. Alguns países apresentam o número de nas-cimentos igual ao de mortes, ou seja, o crescimento da população é zero. Outros países acusam até mesmo regressão populacional, isto é, há uma diminuição do número de habitantes. Os principais efeitos dessa regressão são o aumento do número de idosos na população total e a

diminuição da população ativa, o que gera carência de mão de obra. Note isso no mapa ao lado.

Agora compare esse mapa com o de densidade. Em desta-que, podemos ver os países em azul, que estão perdendo popu-lação, ou seja, a taxa de reposi-ção é inferior a de falecimentos. Note que os três países mais atingidos pela crise econômica – Espanha, Itália e Grécia – são os que mais perdem população. Isso ocorre, porque há grande falta de esperança no futuro e grandes dificuldades no pre-sente para essas populações.

INTERAÇÃO

Junte-se com alguns colegas e selecionem algum país da Europa. Depois, entrem no seguin-te endereço da internet: <http://populationpyramid.net/pt/>. Nele é possível ver as pirâmides etárias de todos os países do mundo, além de fazer projeções para o futuro.

Analisem a pirâmide etária do país escolhido nos seguintes anos: 1950, 1970, 1990, 2010 e 2015 e façam uma projeção para 2030. Respondam às seguintes perguntas no caderno e depois apresentem suas conclusões para o restante da sala.1. O que se pode notar?

2. Pesquisando a história do país escolhido por cada grupo, é possível explicar grandes perdas populacionais e grandes ganhos? Quais os motivos?

Desde a metade do século XlX até o início do século XX, algumas adversidades históricas, como períodos de pobreza, falta de terras, guerras e fome levaram milhões de europeus a emigrar.

Hoje, porém, o cenário nos países da Europa é bem diferente, caracterizado pela riqueza econômica e por um elevado padrão de vida. Essa mesma riqueza econômica, no entanto, tem gerado grandes dificuldades para as nações europeias, influenciando direta ou indiretamente na diminuição do índice de crescimento natural e no envelhecimento de suas populações.

60°

66° 32' 30" Círculo Polar Ártico

OCEANOATLÂNTICO

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Escala aproximadaProjeção Cônica

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1 : 62 800 000

Crescimento do PIB (percentual de crescimento médio anual entre 2003 – 2013)

6 a 7-2 a -1 2 a 3

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Existem poucas crianças em relação à po-pulação adulta na Europa, pois grande parte dos casais não deseja ter filhos devido aos encargos que reduzem o padrão de consumo, bem como ao alto custo da educação das crian-ças e ao envolvimento da mulher no mercado de trabalho.

Muitos países, para promoverem o cres-cimento econômico após a Segunda Guerra Mundial, incentivaram a imigração, pois dessa forma obteriam mão de obra barata. Embora sem qualificação, essa mão de obra foi muito importante para reconstrução do continente europeu.

Alguns destaques merecem ser feitos. Você deve ter acompanhado a Copa do Mundo que aconteceu no Brasil em 2014, certo? As se-leções, principalmente as europeias, contaram com vários filhos de imigrantes e imigrantes. Foi possível notar a grande presença de ar-gelinos e negros na França, turcos e eslavos na Alemanha, alguns ibéricos e negros na Itália, além de vários negros nas seleções da Inglaterra e da Holanda. Tudo isso é reflexo da sociedade nesses países.

PARA SABER MAIS

Copa de raça: os “quase brancos” brasileiros e os “negros” europeus

[...]Com mais ou menos “estrangeiros” em campo, várias seleções europeias como Alemanha, Bélgica,

Inglaterra e Suíça começam a refletir uma diversidade étnica digna de países mestiços como o Brasil. Um anfitrião que forjou seu “futebol-arte” no caldeirão de raças e culturas que produziu talentos entre negros, como Pelé, e descendentes de europeus, como Zico.

A goleada de 5 a 2 da França sobre a Suíça na sexta-feira passada dá bem a medida da constatação do taxista. Três dos gols franceses foram marcados por filhos de imigrantes: Blaise Matuidi (Angola), Moussa Sissoko (Mali) e Karim Benzema (Argélia), uma das estrelas dos “Les Bleus”, que honra a tradição de Zinedine Zidane, outro craque de origem argelina, que garantiu à França o título mundial em 1998.

Aquela seleção “negra, branca e azul”, como ficou conhecida, já traduzia em campo há 16 anos uma nação multiétnica. Um novo perfil que suscitou reações de líderes políticos, como Jean-Marie Le Pen, da xenófoba Frente Nacional. A chiadeira era de que “havia negros demais” e falou-se até em criar cota limite para “estrangeiros” na seleção nacional.

[...](Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/colunas/redesocial/2014/06/1475285-copa-de-raca-os-

quase-brancos-brasileiros-e-os-negros-europeus.shtml>. Acesso em: 20 maio 2015.)

| Cada vez mais as famílias europeias são formadas somente pelo casal, sem a presença de fi lhos.

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| Karim Benzema, de origem argelina, é atacante da seleção francesa.

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Embora seja detentora de grande população absoluta, a Europa possui, nos dias atuais, um ritmo de crescimento populacional bastante lento. Alguns países apresentam o número de nas-cimentos igual ao de mortes, ou seja, o crescimento da população é zero. Outros países acusam até mesmo regressão populacional, isto é, há uma diminuição do número de habitantes. Os principais efeitos dessa regressão são o aumento do número de idosos na população total e a

diminuição da população ativa, o que gera carência de mão de obra. Note isso no mapa ao lado.

Agora compare esse mapa com o de densidade. Em desta-que, podemos ver os países em azul, que estão perdendo popu-lação, ou seja, a taxa de reposi-ção é inferior a de falecimentos. Note que os três países mais atingidos pela crise econômica – Espanha, Itália e Grécia – são os que mais perdem população. Isso ocorre, porque há grande falta de esperança no futuro e grandes dificuldades no pre-sente para essas populações.

INTERAÇÃO

Junte-se com alguns colegas e selecionem algum país da Europa. Depois, entrem no seguin-te endereço da internet: <http://populationpyramid.net/pt/>. Nele é possível ver as pirâmides etárias de todos os países do mundo, além de fazer projeções para o futuro.

Analisem a pirâmide etária do país escolhido nos seguintes anos: 1950, 1970, 1990, 2010 e 2015 e façam uma projeção para 2030. Respondam às seguintes perguntas no caderno e depois apresentem suas conclusões para o restante da sala.1. O que se pode notar?

2. Pesquisando a história do país escolhido por cada grupo, é possível explicar grandes perdas populacionais e grandes ganhos? Quais os motivos?

Desde a metade do século XlX até o início do século XX, algumas adversidades históricas, como períodos de pobreza, falta de terras, guerras e fome levaram milhões de europeus a emigrar.

Hoje, porém, o cenário nos países da Europa é bem diferente, caracterizado pela riqueza econômica e por um elevado padrão de vida. Essa mesma riqueza econômica, no entanto, tem gerado grandes dificuldades para as nações europeias, influenciando direta ou indiretamente na diminuição do índice de crescimento natural e no envelhecimento de suas populações.

60°

66° 32' 30" Círculo Polar Ártico

OCEANOATLÂNTICO

MAR NEGRO

MARCÁSPIO

MARDO

NORTE

MAR DANORUEGA

MAR DEBARENTS

Gre

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30°30°60° 60° 90°

EUROPA – DEMOGRAFIA

0 628 1 256 km

Escala aproximadaProjeção Cônica

de Lambert

1 : 62 800 000

Crescimento do PIB (percentual de crescimento médio anual entre 2003 – 2013)

6 a 7-2 a -1 2 a 3

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Encaminhamento metodológicoMuitas das seleções de futebol que participaram da Copa do Mundo realizada no

Brasil, principalmente as europeias, apresentavam imigrantes ou filhos de imigrantes em seus times.

Isso é um reflexo da sociedade atual, que geralmente migra em busca de uma vida melhor. Os problemas de imigração que acontecem na Europa refletem-se também nas seleções de futebol desse continente.