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TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE E PINTURA

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    TRATAMENTO DESUPERFCIE E PINTURA

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    Srie " Manual de Construo em Ao"

    Galpes para usos gerais

    Ligaes em estruturas metlicas

    Edifcios de pequeno porte estruturados em ao

    Painis de vedao

    Alvenarias

    Resistncia ao fogo das estruturas de ao

    Tratamento de superfcie e pintura

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    CELSO GNECCO

    ROBERTO MARIANOFERNANDO FERNANDES

    TRATAMENTO DESUPERFCIE E PINTURA

    INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIACENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUO EM AO

    RIO DE JANEIRO2003

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    Sobre os autoresCelso GneccoEngenheiro Qumico graduado pela Escola Superior de Qumica Oswaldo Cruz em So Paulo-SP em 1974.Gerente de Treinamento Tcnico da Sherwin Williams do Brasil Diviso Sumar, desde 1990.Cursos de ps-graduao na EPUSP em Corroso, Polmeros, Papel & Celulose e Refinao de Petrleo.Ex-chefe do Laboratrio de Pesquisas e Desenvolvimento de Tintas do IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas, onde atuou porvinte e um anos.Presidente da Comisso de Mtodos de Ensaios em tintas da ABNT.Professor em cursos das seguintes entidades: ABCEM, ABRACO, ABENDE, ABRAFATI, FDTE USP, FUPAM/FAU-USP.Membro do Conselho Consultivo e Deliberativo da ABRACO desde 1993.

    Roberto MarianoFsico graduado pelo Instituto de Fsica da Universidade de So Paulo USP, em 1980.Gerente de Servios Clientes, Assistncia Tcnica e Produtos da Linha Protective Coatings da Sherwin Williams do BrasilDiviso Sumar desde 1985.Ex-supervisor do Laboratrio de Pesquisas e Desenvolvimento de Tintas do IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas, ondeatuou por dez anos.Participou de acompanhamento tcnico de obras no exterior.Participou de diversos Seminrios, Congressos e Cursos Tcnicos como palestrante e instrutor no Brasil e na Amrica do sul,na rea de Pinturas e Tintas Anticorrrosivas desde 1978.

    Fernando FernandesCurso Superior (Engenharia Qumica) at o quinto ano, na Escola Superior de Qumica Oswaldo Cruz em So Paulo - SP.

    Trabalhou por onze anos no Instituto de Pesquisas Tecnolgicas IPT em So Paulo-SP, no Laboratrio de Tintas e Vernizes.Trabalhou por um ano na GRC - Com. de Pinturas e Revest. Ltda. como chefe do Dep. Tcnico do Controle da Qualidade.Est na Sherwin Williams do Brasil - Diviso Sumar desde 1995 no Departamento de Servios Clientes.Foi Presidente da Comisso de Terminologia em Tintas da ABNT.

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por quaisquer meio, sem a prvia autorizao desta Entidade.

    Ficha catalogrfica preparada pelo Centro de Informaes do IBS/CBCA

    2003 INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA/CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUO EM AO

    Instituto Brasileiro de Siderurgia / Centro Brasileiro da Construo em AoAv. Rio Branco, 181 / 28andar

    20040-007 - Rio de Janeiro - RJe-mail: [email protected]

    site: www.cbca-ibs.org.br

    Gnecco, Celso Tratamento de superfcie e pintura / Celso Gnecco, Roberto Mariano, Fernando Fernandes. -- Rio de Janeiro: IBS/SBCA, 2003. 94 p.; 29cm. -- (Srie Manual de Construo em Ao)

    Bibliografia : p. 94

    1. Pintura 2. Tratamento de superfcie I. Ttulos (srie)II. Mariano, Roberto III. Fernandes Fernando

    CDU 75.021 (035)

    ISBN 85-89829-01-4

    G571t

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    SUMRIO

    Captulo 1Preparao de superfcie do ao .......................................................................................................5

    Captulo 2Aplicao de tintas...........................................................................................................................23

    Captulo 3Tintas e vernizes..............................................................................................................................45

    Captulo 4Noes de Corroso ........................................................................................................................75

    Bibliografia...............................................................................................................................................94

    1.1 Preparao de superfcie do ao.............................................................................................6

    2.1 Aplicao de tintas ................................................................................................................24

    3.1 Tintas e vernizes ...................................................................................................................463.2 Posio da tinta no sistema de pintura..................................................................................553.3 Tipos de tintas, propriedades e usos.....................................................................................563.4 Sistemas de pintura...............................................................................................................623.5 Manuteno...........................................................................................................................71

    4.1 Noes de Corroso..............................................................................................................764.2 Proteo contra a corroso por pintura anticorrosiva............................................................824.3 Projeto x desempenho de pintura anticorrosiva ....................................................................854.4 Cuidados durante a execuo da pintura..............................................................................93

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    Apresentao

    O setor siderrgico, atravs do Centro Brasileiro da Construo em Ao - CBCA, tem a satisfaode tornar disponvel para o universo de profissionais envolvidos com o emprego do ao na construo civil,mais este manual, o stimo de uma srie relacionada Construo em Ao.

    Este Manual vem completar a literatura disponvel na rea de tratamento de superfcie e pintura dasconstrues em ao, com informaes e tabelas atualizadas, retiradas das principais fontes de referncia,

    como normas tcnicas brasileiras e internacionais e trabalhos de renomados especialistas brasileiros einternacionais nessa rea.

    Devido sua caracterstica didtica, o presente manual foi estruturado em captulos, nos quais seroabordados os seguintes tpicos: preparao da superfcie do ao, aplicao de tintas, tipos de tintas e verni-zes, sistemas de pintura, noes de corroso e sua proteo e cuidados durante a execuo da pintura.

    Como centro dinmico de servios, com foco exclusivamente tcnico e capacitado para conduzir umapoltica de promoo do uso do ao na construo, o CBCAest seguro de que este manual enquadra-se noobjetivo de contribuir para a difuso de competncia tcnica e empresarial no Pas.

    Espera-se que o trabalho seja til aos fabricantes de estruturas em ao, profissionais liberais, constru-toras, arquitetos, engenheiros, professores universitrios, estudantes e entidades de classe que se relacio-nam com a construo em ao.

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    Captulo 1

    Preparao desuperfcie do ao

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    Preparao de superfcie do ao

    1.1 Preparao de superfcie do ao

    Um dos fatores de maior importncia para o

    bom desempenho da pintura o preparo da superf-cie.

    As tintas aderem aos metais por ligaesfsicas, qumicas ou mecnicas. As duas primeirasocorrem atravs de grupos de molculas presentesnas resinas das tintas que interagem com gruposexistentes nos metais. A ligao mecnica se dsempre associada a uma das outras duas e implicana necessidade de uma certa rugosidade na super-

    fcie.Preparar a superfcie do ao significa execu-

    tar operaes que permitam obter limpeza e rugosi-dade. A limpeza elimina os materiais estranhos,como contaminantes, oxidaes e tintas mal aderi-das, que poderiam prejudicar a aderncia da novatinta. A rugosidade aumenta a superfcie de contatoe tambm ajuda a melhorar esta aderncia.

    O grau de preparao de superfcie depende

    de restries operacionais, do custo de prepara-o, do tempo e dos mtodos disponveis, do tipode superfcie e da seleo do esquema de tintas emfuno da agressividade do meio ambiente.

    1.1.1 Contaminantes

    O ao uma liga ferro-carbono contendooutros elementos tais como Mangans, Silcio,Fsforo e Enxofre, seja porque estes integravam asmatrias primas (minrios e coque) com que foram

    fabricados, seja porque lhes foram deliberadamen-te adicionados, para lhes conferirem determinadaspropriedades.

    Qualquer material diferente destes, mesmose tratando de xidos ou sais do Ferro sobre asuperfcie do ao considerado um contaminante.

    Os contaminantes so classificados de acor-do com a sua natureza, em:

    leos ou graxas - leos de usinagem, leosde prensagem ou leos protetivos temporrios,lubrificantes ou combustveis espalhados ou derra-mados sobre a superfcie ou levados pelas mos de

    operadores de mquinas. Qualquer gordura, oleo-sidade ou material estranho superfcie prejudica aaderncia das tintas.

    Suor - Lquido produzido pelas glndulassudorparas, com pH entre 4,5 e 7,5 eliminadoatravs dos poros da pele. Contm gua, gorduras,cidos e sais. O ser humano chega a perder algunslitros por hora de suor visvel e at 3 g por hora deCloreto de Sdio (NaCl) em condies de exercci-os fsicos intensos e sob calor. As gorduras e oleo-sidades so produzidas pelas glndulas sebceas.

    O toque das mos em superfcies a serempintadas produz manchas que causam bolhas nastintas e aceleram a corroso. O manuseio daspeas prontas para serem pintadas deve ser feitosempre com as mos protegidas por luvas limpas.Mesmo quando as peas j estiverem pintadas,aguardando aplicaes de demos subseqentes,no se deve toc-las com as mos desprotegidas,por que h o risco de contaminao entre as de-mos.

    O suor pode variar de pessoa para pessoa,mas basicamente sua composio a seguinte:

    Tabela 1.1 - Composio do suor

    Compostos gua

    Slidos Substncias orgnicas

    Glicose Fenis

    cido ltico cido rico cido ctrico

    Sais Cloretos Fosfatos

    Sulfatos

    Elementos

    Sdio

    Potssio

    Clcio

    Magnsio

    % em massa 99,2 a 99,60,44 a 0,8

    0,0060,0050,150

    0,00020,0002

    0,070 a 0,3460,025

    0,004 a 0,006

    0,075 a 0,2500,017

    0,007

    0,001

    Compostos solveis - Qualquer tinta, pormais moderna e de melhor desempenho que possater, nunca deve ser aplicada sobre superfciescontaminadas por compostos solveis, pois h um

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    grande risco de se formarem bolhas quando aspeas forem submetidas a ambientes midos oucorrosivos.

    As bolhas nas tintas se formam por causa daOSMOSE, que a passagem de gua na formade vapor atravs da pelcula de tinta, do lado demenor concentrao para o lado de maior concen-trao de compostos solveis. Neste caso, a conta-minao com sal est na superfcie metlica e ovapor atravessa a pelcula, se condensa e formauma soluo saturada de sais. Depois, por osmose,mais gua permeia e forma uma bolha. A rea onde

    ocorre a bolha um ponto em potencial de corro-so, por causa do destacamento, do estriamento dapelcula de tinta e por causa da presena da guasob esta pelcula.

    Geralmente as bolhas na pintura ocorrem emlocais midos ou em condies de imerso.Dependendo do meio ambiente, os produtos decorroso, podem conter os seguintes compostossolveis em gua:

    beira mar - cloreto de sdio e cloreto frri-

    co, Em ambiente industrial - nitratos, cloretos e

    sulfatos ferrosos

    Em ambiente rural - xidos e hidrxidosferrosos.

    Por isso que para situao de imerso ouexposio a ambientes muito midos, ou corrosi-vos, os compostos solveis devem ser completa-

    mente removidos antes da pintura. Por esta mesmarazo, no se deve utilizar areia ou granalhas con-taminadas com produtos gordurosos ou sais, nosservios de jateamento.

    Figura 1.1 - Formao de bolhas por osmose

    1.1.2 Carepa de laminao

    A carepa de laminao um contaminante

    muito especial, pois o ao j sai da siderrgica comuma camada de xidos de ferro formada na superf-cie do metal no processo de laminao a quente. Acarepa se forma em perfis, tubos, vergalhes echapas, na faixa de temperatura entre 1250 C e450 C. Basta aquecer qualquer pea de ao emtemperaturas dentro desta faixa que o oxignioreage com o ferro e forma-se a carepa. Na lamina-o o ao aquecido para torn-lo mais dctil epara que seja possvel passar as chapas entre os

    cilindros laminadores. Durante o resfriamento achapa se recobre de uma camada cinza azulada.

    Figura 1.2- Fluxograma de produo dechapas laminadas a quente e a frio

    A carepa recentemente formada tem asseguintes caractersticas:

    aderente;

    impermevel;

    dura;

    Figura 1.3- A carepa se forma por reaodo oxignio do ar com o ferro do ao

    Vapor de gua

    BOLHA

    Compostossolveis

    TINTA

    Compostossolveis

    Cilindroslaminadores

    Fe

    O2 O2 O2 O2 O2

    O2 O2 O2 O2 O2

    1250 C a 450 C

    FeOFe O3 4

    Fe O2 3

    Fe O3 4Fe O2 3

    FeO

    ~1250 C

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    Fonte: Companhia Siderrgica Nacional - CSN

    Coqueria

    Bobinas eChapas

    a Quente

    Lm. Tirasa Quente

    Lm. Tirasa Frio

    Bobinas eChapas

    a Frio

    LingotamentoContnuo

    Aciaria

    Alto-Forno

    Sinterizao

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    ao

    Preparao de superfcie do ao

    lisa;

    Pode apresentar espessuras de 15 at v-

    rios milhares de micrometros (a espessura depen-de do tempo que o ao fica exposto a temperaturasda faixa; esta a razo do porque chapas grossastm carepas mais espessas: quanto maior a mas-sa, mais tempo demora a esfriar).

    Uma anlise rpida das caractersticas dacarepa poderia levar a concluso de que se trata deum timo revestimento anticorrosivo. Se compars-semos uma camada de carepa com uma camada

    de tinta, no mesmo ambiente pelo mesmo tempo, apintura apresentaria um desempenho superior. Aexplicao que a tinta apresenta flexibilidade sufi-ciente para acompanhar os movimentos da basesem se trincar ou fissurar. A carepa no possuiflexibilidade e no acompanha os movimentos doao sobre a qual foi formada. Por possuir coeficien-te de dilatao diferente do ao e com os movimen-tos dirios de dilatao por causa do calor do sol ecom a contrao devido a temperaturas serem maisfrias durante as noites, a carepa acaba se trincando

    e se destacando levando a tinta junto consigo.

    Figura 1.4 - Chapa de ao laminado a quente

    com presena da carepa

    Figura 1.5 - Chapa de ao laminado a quentecom presena da carepa e da ferrugem

    Outro problema da pintura sobre a carepa delaminao que por ser uma superfcie muito lisa,h dificuldade de aderncia da tinta.

    Pelos motivos acima expostos a carepa deveser removida completamente antes da pintura,inclusive a carepa dos cordes de solda, formadapelo intenso calor gerado na operao.

    Figura 1.6 - Desagregao da carepa de laminao

    Figura 1.7 - Desagregao da carepade laminao e da pintura

    Figura 1.8 - Pintura alqudica em gradil deao em ambiente corrosivo

    8

    ao

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    Figura 1.9 - Remoo da pintura, notando-sea presena da carepa de laminao

    1.1.3 Limpeza por ferramentas manuais

    1.1.3.1 Lixamento manual

    Deve ser feito com lixas prova de gua (queno se desmancham quando molhadas). Os movi-mentos de lixamento devem ser circulares, cobrirtoda a superfcie a ser limpa e a lixa trocada assimque se perceber que foi desgastada na operao.As folhas de lixas so normalmente de tamanho27,5 cm por 22,5 cm e trazem impressa no verso o

    tipo de lixa e a grana (o nmero que define a granu-lometria do abrasivo usado para fabricar a lixa). Aslixas mais usadas na pintura industrial so as denmero 40, 60, 80, 100, 120, 180, 220 e 400. As denmero mais baixo, como as 40 e 60, so lixasgrossas e servem para arrancar ferrugem e remo-ver carepas desde que o abrasivo seja de carburetode silcio ou de xido de alumnio. As de nmeromais altos, como 120 ou 180 servem para dar umaboa limpeza e produzem uma rugosidade ideal para

    a aderncia das tintas. J as de nmero 180 ou 220so usadas depois das 100 ou 120, para conseguirum acabamento perfeito, em que as marcas de lixano aparecem. As de nmero 400 servem parapossibilitar a aderncia entre as demos das tintas.

    No Brasil esto sendo utilizadas duas normasque definem a granulometria do abrasivo nas lixas:

    ANSI: norma americana tem como smbolo#. Ex.: #100 ou #220, etc.

    FEPA: (Federacion Europene de ProduitsAbrasifs), norma europia, que vem substituindogradativamente a norma ANSI, por ter uma classifi-cao de gros que permite melhor acabamento,maior consistncia e maior produtividade. Usacomo smbolo o P antes do nmero. Ex.: P100 ouP220, etc.

    Figura 1.10 - Lixas em folhas

    Seqncia das lixas:

    Para um bom acabamento em ao lixado,deve ser seguida uma seqncia ideal de uso decada nmero de lixa. A grana seguinte no deveexceder mais que 50% do gro usado anteriormen-te. Se voc iniciou o trabalho usando uma determi-nada grana, a prxima lixa dever ter 50% a maisdo que a inicial, para que o gro mais fino possaminimizar os riscos deixados pelo gro mais gros-so.

    Ex : Usou-se a grana 80, a prxima granadever ser a 100. Pulamos a prxima e teremosento a grana 120, como seqncia tima de aca-bamento. Exemplos de seqncias de lixamentoideais :

    (mais grossa) 80 + 120 + 180 + 240(mais fina) ou

    (mais grossa) 60 + 100 + 150 + 220(mais fina).

    Tabela 1.2 - Comparativo entre asnormas ANSI (Americana) e a FEPA (Europia)

    ANSI FEPA16 P1620 P2024 P2430 P3036 P3640 P4050 P5060 P6080 P80100 P100120 P120

    ANSI FEPA150 P150180 P180

    P220 P240

    220P280

    240P320

    P360280

    P400

    ANSI320

    360

    400

    500

    600

    FEPA

    P500

    P600P800P1000

    P1200

    P1500P2000

    Fonte: 3 M do Brasil

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    Preparao de superfcie do ao

    1.1.3.2 Escovamento manual

    H no mercado escovas de madeira com

    cerdas de ao. So ferramentas rsticas que ser-vem para retirar ferrugem e carepas soltas e noproporcionam uma limpeza muito rigorosa.

    1.1.3.3 Manta no tecida

    Atualmente as lixas e at escovas tm sidosubstitudas em alguns casos pelas mantas notecidas de fibras sintticas impregnadas com grosabrasivos do Tipo Scotch-brite. So apresentadasem diversos formatos, como folhas de lixas, tiras,

    correias ou discos.As letras A ou S indicam o material abrasivo

    que compe a manta. Assim, A significa xido dealumnio e S significa Carbureto ou Carbeto deSilcio. As mantas de cor vermelha so de xido dealumnio e as de cor cinza so de Carbeto e Silcio.A granulometria destes abrasivos so: Grosso,Mdio, Fino e Super fino. Este material tem poderabrasivo, porm mais brando que as lixas tradicio-nais. So resistentes aos solventes e a gua e

    podem ser empregados em atividades onde no sedeseja poeira no ambiente. Do um acabamentomais fino, no apresentando as marca tpicas delixas. So mais durveis do que as lixas.

    Figura 1.11 - Escovas manuais de madeira com cerdas de ao

    Letra Granulo-

    metria CorTipo de

    abrasivoA Grosso Vermelho xido de AlumnioA Mdio Vermelho xido de AlumnioA Fino Vermelho xido de Alumnio

    S Super fino Cinza Carbureto de SilcioTabela 1.3 - Identificao da manta em funo

    do tipo de abrasivo

    Figura 1.12 - Manta no tecida de fibras sintticas

    impregnadas com abrasivos

    1.1.4 Limpeza por ferramentas mecnicas

    1.1.4.1 Ferramentas mecnicas (eltricas ou

    a ar comprimido)

    As ferramentas mecnicas so equipamen-tos movidos a energia eltrica ou a ar comprimido(pneumticas), que por terem mais fora, proporci-onam melhor rendimento e melhor qualidade nalimpeza do que as manuais.

    1.1.4.2 Escovas rotativas

    So utilizadas sobre ao novo ou enferrujadoao grau C da norma sueca. No so recomendadaspara ao com carepa intacta, pois a carepa maisdura dos que as cerdas de ao das escovas.

    Fonte: 3 M do Brasil

    Fonte: Pincis Tigre S/A

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    1.1.4.3 Lixadeiras rotativas

    Promovem uma limpeza de superfcie razo-

    vel e conseguem remover carepa, porm este pro-cesso, antieconmico e invivel porque o seu ren-dimento muito baixo. No entanto, para a remoode ferrugem e tintas velhas e criar uma rugosidaderazovel, a lixa pode ser empregada e deve sermantida em um ngulo de 15 sobre a pea a sertrabalhada, pressionando ligeiramente. Uma pres-so excessiva provocar um rendimento baixo,alm de desgastar rapidamente o disco de lixa.

    1.1.4.4 Pistola de agulhas

    A pistola de agulhas, agulheira, ou desen-crustador uma ferramenta a ar comprimido quepercute agulhas de (carbeto de tungstnio) por

    meio de um martelete pneumtico. Remove ferru-gens, tintas velhas e at carepas, mas tem baixaeficincia. usada s onde outros mtodos soimpraticveis, pois produz muito rudo e vibrao.

    Fonte:Raiman & Cia Ltda

    Fonte:Puma Ferramentas Pneumticas

    Fonte:Makita

    Figura 1.13 - Lixadeira orbital reta eltrica

    Figura 1.14 - Lixadeira circular pneumtica

    Figura 1.15 - ngulo de operao da lixadeira circular

    Figura 1.16 - Pistola de agulhas, agulheira ou desencrustador

    Figura 1.17 - Limpeza de porcas e parafusos

    1.1.5 Limpeza por jateamento abrasivo

    A limpeza por jateamento abrasivo pode serfeita de duas maneiras: por ar comprimido ou porturbinas centrfugas.

    1.1.5.1 Abrasivos

    Os abrasivos mais usados em operaes dejateamento so: areia, granalhas de ao e xido dealumnio

    Areia

    A areia um abrasivo natural, proveniente derios ou de jazidas. de baixo custo. Seu uso s

    recomendado em campo aberto, onde no h res-tries, pois possui alto teor de slica livre, que podeprovocar problemas respiratrios e silicose. Oimpacto contra a superfcie provoca a quebra daspartculas produzindo poeira. Aps o jateamento,cerca de 70 % da areia resulta em p e a sua reci-clagem chega no mximo a dois ciclos. Depoisdisso a areia transformada em p e no possvelmais o seu aproveitamento. No caso de jateamentode tintas velhas e contendo metais pesados, o

    descarte do p um grande problema. Por estesmotivos de sade, a areia proibida em diversosEstados brasileiros. A poeira pode ser prejudicialtambm a equipamentos eltricos e mecnicos. A

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    Preparao de superfcie do ao

    Areia antes do jato

    Areia boa para o jato (30%)

    Areia boa para o jato (30%)

    Aps o 1o ciclo

    Aps o 2o ciclo

    P (70%)

    P (70%)

    100%

    areia para uso na preparao de superfcies porjateamento deve ser: isenta de sais, de umidade,de argila, de mica, de carvo e isenta de conchas.

    A areia usada somente em locais abertosonde no h restrio ao p. Alm destes aspectos,o uso de areia em cabinas se torna antieconmicopois o seu custo final cerca de 6 vezes mais carodo que o das granalhas. As granalhas permitemreciclagens de at 350 vezes.

    Granalhas de ao

    Existem sistemas de recuperao automti-cos das granalhas, com piso gradeado, elevadoresde canecas e sistema de purificao das granalhas.O sistema mais simples, de recuperao manual, muito penoso para o operador, pois uma p degranalhas pesa quase 15 kg. As granalhas sofeitas com um tipo especial de ao, de alta dureza eso apresentadas em dois formatos, esfricas

    (shot) e angulares (grit).As shot tem dureza Rockwell C de 40 a 50 e

    as grit de 55 a 60.

    Figura 1.18 - Grfico de quebra da areia aps jateamento

    Sinterball

    Obtido da bauxita sinterizada, no contm

    slica (mais de 80 % de xido de alumnio). ummaterial duro, leve e no enferruja. apresentadonas formas esfrica e angular.

    Pode ser usada com presses mais baixas2(60 a 70 lb/pol ). Produz p preto quando usada

    com presses altas. Pequena poro do materialfica encrustada no ao o que torna a colorao dasuperfcie pouco mais escura do que em uma jatea-da com areia ou granalha. No entanto este material

    encrustado no prejudica a aderncia das tintasnem causa problemas de corroso por que no metlico e por isso no causa corroso galvnica.

    1.1.5.2 Presso do ar comprimido

    O abrasivo impulsionado por meio de ar2comprimido com presses ao redor de 7 kg/cm

    2(100 lb/pol ).

    Figura 1.19 - Perfil obtido com cada formato de granalha

    SHOT

    GRIT

    Perfil arredondado

    Perfil anguloso 1.1.5.3 Perfil de rugosidade

    No impacto das partculas do abrasivo contraa superfcie, a carepa de laminao arrancada eparte do metal tambm. Este impacto provoca umaaspereza na superfcie.

    1 - Compressor2 - Mangueira de ar

    comprimido3 - Mquina de jato4 - Mangueira de abrasivo5 - Bico de jato6 - Vlvulas de controle

    remoto7 - Filtro separador de

    gua e leo

    8 - Jato abrasivo9 - Abrasivo (areia,

    granalhas ou xidode alumnio)

    10 - Filtro de ar para ojatista e capacete desegurana

    11 - Roupa de couro(raspa) ou deborracha

    Figura 1.20 - Equipamento completo de jateamento abrasivo

    Fonte: Clemco Industries

    12

    1

    2

    10

    10

    11 58 4

    7 6 3

    9

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    Quando se executa o processo completo dejateamento da superfcie (incluindo a lavagem ini-cial com gua e detergente), consegue-se limpezae rugosidade.

    A rugosidade provocada pelo abrasivo nasuperfcie pode ser medida e chamada de perfilde rugosidade ou perfil de ancoragem.

    O perfil deve ser controlado, porque se formuito alto podem ficar picos fora da camada de tintae por este motivo, a corroso se iniciar a partirdestas reas e se for muito baixo a tinta pode no

    aderir satisfatoriamente.

    O perfil de rugosidade ideal aquele entre 1/4

    e 1/3 da espessura total da camada de tinta soma-das todas as demos. Por exemplo, se a espessura igual a 120 m, o perfil dever estar entre 30 e40 m.

    1.1.5.4 Medida da rugosidade

    Os aparelhos mais comuns e mais usadospara medies de rugosidade de superfcies jatea-das so: o rugosmetro (profile gauge) e os discoscomparadores.

    Rugosmetro

    Trata-se de um relgio comparador com umaagulha, uma base de seo circular plana e umcorte nesta base para visualizar a agulha.

    Quando apoiado sobre uma placa plana, depreferncia de cristal, a agulha toca o plano da basee o aparelho marca zero. Ao ser colocado sobre asuperfcie jateada, a base circular apoiada sobreos picos mais altos e a agulha desce ao fundo dosvales. A diferena entre o plano dos picos e osfundos dos vales indicada no relgio comparador

    Rugosidadeexcessiva

    Rugosidadeinsuficiente

    Rugosidadeideal

    Figura 1.21 - Comparao entre perfis de rugosidade

    em micrometros e representa a medida do perfil derugosidade em cada ponto onde feita a leitura.

    Deve-se tomar cuidado ao deslocar o apare-lho para no arrast-lo, danificando a agulha. Oaparelho deve ser levantado, mudado de posio enovamente colocado cuidadosamente sobre asuperfcie. Realizar vrias medidas para se obteruma mdia representativa do perfil da rugosidade.

    Deve-se evitar tambm que sejam feitasmedidas sobre superfcies curvas ou muito danifi-cadas, como no grau D (com pites) da norma Sueca

    SIS 05 5900-67, pois as leituras seriam afetadas degrandes erros.

    Discos Comparadores

    Estes discos, criados e produzidos pela KTA-Tator, Inc., chamados de Keane-Tator Surface

    Profile Comparator, de nquel de alta pureza, naverdade so compostos de 5 segmentos feitos apartir de duplicatas de superfcies com perfil derugosidade de 0,5 ; 1 ; 2 ; 3 e 4 mils (mils correspon-de a milsimos de polegada), ou seja, aproximada-mente 12,5 m ; 25 m ; 50 m ; 75 m e 100 m ( 1mil corresponde a 25,4 micrometros).

    Estas superfcies foram jateadas com areia ecom granalhas e medidas em microscpio com

    aumento de 250 vezes. Primeiro foram focalizadosos picos e depois os fundos dos vales adjacentes.As medidas foram convertidas para mils com preci-so de 0,01 mils.

    Fonte: Elcometer Instruments

    Figura 1.22 - Rugosmetro (relgio comparador)

    13

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    Preparao de superfcie do ao

    As duplicatas em nquel foram feitas comtolerncia de mais ou menos 50 microinches, ouseja 1,27 m

    (1.000 micro inches = 25,4 m)

    As 5 duplicatas, so verdadeiramente rpli-cas das superfcies originais medidas com precisopelo microscpio.

    Os 5 segmentos so dispostos em crculo,formando um disco com o orifcio central vazado, demaneira que colocando-o sobre a superfcie a sermedida e iluminando o seu centro com uma lanter-

    na especial, provida de uma lente de 5X de aumen-to, esta superfcie pode ser comparada com oscinco segmentos para se determinar qual delesmais se assemelha com a superfcie comparada. Oresultado ser igual a um dos segmentos ou inter-polaes entre eles.

    Existem trs tipos de discos, um para superf-cies jateadas com areia (sand), outro com grana-lhas shot (arredondadas) e o outro com granalhas

    grit (angulares).

    1.1.5.5 Granulometria do abrasivo

    O perfil de jateamento depende da presso

    do ar comprimido, da dureza da superfcie, doformato das partculas, e principalmente da granu-lometria do abrasivo (tamanho das partculas).

    2A presso ideal 7 kg/cm , a dureza do aono depende do jateador, portanto para obter operfil desejado, controla-se a granulometria doabrasivo. Partculas maiores produzem perfil maisalto e partculas menores, perfil mais baixo.

    Na tabela apresentada a seguir pode-seencontrar o perfil mdio de rugosidade em funoda granulometria dos abrasivos:

    1,52,0

    5,5

    3,04,5

    37 m

    50 m125m

    112m 75 m

    Figura 1.23 - Disco e esquemacomparador para shot ou grit

    0,51,0

    4,0

    2,03,0

    12,5m

    25m100m

    75m 50m

    Figura 1.24 - Disco e esquemacomparador para areia

    Os valores de perfil de rugosidade mdiamostrados na tabela acima so obtidos com pres-

    2so de 7 kg/cm , tanto para areia como para asgranalhas.

    No caso de areia importante usar sempreum par de peneiras para obter a granulometriacerta. Por exemplo, se o perfil especificado entre

    ABRASIVO

    AREIA

    Muito fina

    Fina

    Mdia

    Grossa

    GRANALHA DEAO (shot)

    S-110

    S-170

    S-230

    S-330

    S-390

    GRANALHA DEAO (grit)

    G-50G-40

    G-25

    G-16

    CLASSIFICAOPENEIRAS

    80 - 100

    40 - 80

    18 40

    12 50

    REDONDA

    30 20

    18

    16

    14

    ANGULAR

    25 18

    16

    12

    20

    30

    45

    55

    25

    35

    65

    70

    75

    70 75 80 150

    RUGOSIDADE MDIA (m)

    Tabela 1.4 - Perfil de rugosidade em funo dagranulometria do abrasivo

    14

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    30 e 40 m, a areia dever ser a fina. A poro daareia que interessa a que passa na peneira 40 efica retida na 80. J as granalhas so vendidas nasgranulometrias especificadas para cada tipo, S ouG. Ex.: A granalha G-40 classificada na peneirade nmero 18.

    1.1.5.6 Tempo entre o jateamento e a pintura

    O tempo em que a superfcie jateada pode

    ficar sem pintura, depende das condies de climae de localizao do ambiente onde a superfcieficar exposta.

    Entre 30% e 70%, o tempo de umidaderelativa do ar pode ser de 8 horas.

    Entre 70% e 85%, o tempo de umidaderelativa do ar no deve passar de 4 horas.

    Ambiente industrial agressivo ou beira

    mar, no deve passar de 2 horas. Se houver poeira no ar ou chuvisco de torres

    de resfriamento, dever ser providenciada a cober-tura do local com lonas e o tempo dever ser omnimo possvel.

    Se a umidade relativa do ar estiver acima de85%, no deve ser efetuado nem o servio de jatea-mento, nem o de pintura.

    Os tempos acima so apenas indicativos,pois cada situao particular deve ser avaliadaquanto aos contaminantes presentes na atmosfera.

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    Preparao de superfcie do ao

    1.1.6.1 Jateamento com areia a mido

    Este processo praticamente o mesmo do

    jateamento a seco, exceto que introduzida guana corrente de ar + areia. Existem vrios mtodos,todos baseados no molhamento da areia antes dobico, no bico, ou aps o bico.

    O processo em que a mistura da gua com aareia feita antes desta chegar ao bico mais difcilde executar, pois a areia molhada pode empelotar eentupir o bico ou a mangueira, mas tambm existeno mercado.

    O processo que mistura a gua aps o bico,no to eficiente e consome um volume muitogrande de gua, alm de ser muito pesado para o

    jatista. Por este motivo j deixou de ser utilizado.

    O processo que tem apresentado melhoresresultados o que molha a areia no meio do bico.

    Figura 1.26 - Desenho do Kit WET BLAST

    Figura 1.28 - Esquema de funcionamento do bico tipo WIN

    Figura 1.27 - Equipamento WET BLAST

    Figura 1.29 - Bico tipo WIN

    Fonte:Clemco Industries

    Fonte:Nortorf Mquinas e Equipamentos Ltda.

    Fonte:CMV

    Fonte:CMV

    Figura 1.30 - Proporo de Nitrito de sdio em gua: 0,5 %

    gua

    200 litros

    1 kg

    Nitritode

    sdio

    O jateamento com inibidor do tipo Nitrito deSdio necessita de muita ateno na execuo emvirtude de ser um sal solvel em gua. Se os resdu-os no forem completamente removidos podem

    causar bolhas e corroso, principalmente em fres-tas e superposies de chapas, quando estas soexpostas em ambientes midos. O Nitrito dissolvi-do em gua proporciona um pH alcalino.

    16

    Jateamento sem inibidor de corroso A gua deve ser limpa e ligeiramente alcali-

    nizada (pH acima de 8,5);

    O processo deve ser rpido e aps o jatea-mento, deve-se secar rapidamente a superfciecom ar comprimido limpo e seco.

    Jateamento com inibidor de corroso

    O inibidor mais usado o Nitrito de Sdio

    (Na NO );2

    Concentrao mais usada: 0,5% (1 kg denitrito para cada 200 de gua);

    Aps o jateamento mido, deve se lavarcom gua limpa e secar rapidamente com ar com-primido limpo e seco. O grau mximo conseguido Sa 2 1/2.

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    Se o tempo entre o jateamento a mido e apintura for longo e a superfcie comear a amarelartendendo o marrom-alaranjado, deve-se esfregaruma escova de ao para remover a ferrugem forma-da. recomendvel que sejam utilizadas tintas dotipo epoximastic (surface tolerant) para este tipo depreparao de superfcie, j que dificilmente seconsegue evitar a ferrugem instantnea (flash rust).

    1.1.6.2 Hidrojateamento

    Neste processo empregada somente guasob alta presso. O impacto do jato de gua contra

    2

    a superfcie com presso ao redor de 40.000 lb/polconsegue remover ferrugens, tintas velhas e atcarepa de laminao. Mas por no conter partculasslidas, a gua no produz rugosidade suficientena superfcie. O hidrojateamento indicado parasuperfcies que j foram jateadas uma vez, por queremovendo a tinta velha, expe a rugosidade do

    jateamento original.

    1.1.6.3 Hidrojateamento com areia

    Este processo semelhante ao hidrojatea-mento, porm h a introduo da areia na correntede gua. As presses so menores do que no hidro-

    2jateamento, da ordem de 6.500 lb/pol . Consegue-se rugosidade suficiente para a aderncia dastintas.

    1.1.7 Limpeza por turbinas centrfugas

    Outra forma de limpeza de superfcies comabrasivos, porm sem jato de ar, feito por mqui-

    nas equipadas com turbinas centrfugas (Wheelblasting). A turbina um rotor centrfugo com palhe-tas que ao girar em alta velocidade arremessa aspartculas de ao (granalhas) contra as peas. Estemtodo muito eficiente, no produz poeira e servepara perfis, tubos, chapas e vigas e tambm parapeas com geometria complicada. No primeirocaso, as peas passam pelos rotores que ficam emposies fixas. As peas com geometria complica-da entram na cmara e giram na frente das turbinas

    centrfugas que tambm so fixas.

    Em algumas linhas h at 8 rotores dispostosem vrias posies, para que o abrasivo atinja as

    peas sob muitos ngulos diferentes. O abrasivo recolhido no fundo da cmara, separado dos res-duos e retorna para as turbinas. A recuperaoautomtica do abrasivo, permite grande nmero dereciclagens, o que torna o processo econmico.

    Se a cabina de pintura situada logo emseguida cmara com turbinas centrfugas nalinha, a pea sai levemente aquecida, evitando acondensao de umidade e consegue-se umamelhor qualidade de pintura.

    Existem mquinas com turbinas centrfugas

    com gancheiras mveis onde as peas passampela cmara entrando por uma porta e saindo pelaoutra ou so colocadas dentro por uma nica portae mquinas maiores com mesa giratria onde aspeas realizam movimento orbital.

    As turbinas podem operar com diversos tiposde abrasivos, mas os equipamentos mais comunscostumam operar com granalhas esfricas de aocarbono ou inox.

    As turbinas so construdas em ao fundidode alta liga de cromo com grande resistncia abraso, balanceadas esttica e dinamicamente,para garantirem maior produtividade. As turbinaspossuem vlvulas que permitem regular com preci-so a quantidade de abrasivo a ser lanada pelaspalhetas.

    17

    Elevadordo tipo

    cinta e balde(canecas)

    Rolotransportador

    Para ocoletorde p

    Transportador

    Helicoidalde abrasivos

    Unidadesde TurbinasCentrfugas

    Separadorde abrasivos

    Figura 1.31 - Equipamento de jateamentopor turbinas centrfugas

    Fonte:Charles Munger

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    Preparao de superfcie do ao

    B- Superfcie com carepa de laminao sedestacando e com presena de ferrugem.

    C- Superfcie com corroso generalizada esem carepa.

    D- Superfcie com corroso generalizada ecom pontos profundos de corroso, chamadospites ou alvolos, em virtude de corroso localiza-da.

    Antes do preparo de superfcie, todas ascamadas espessas de ferrugem devero ser remo-vidas por martelagem. Do mesmo modo, as oleosi-

    dades, gorduras e sujidades visveis, devem tam-bm ser removidas com solventes ou soluo dedetergentes em gua. Os sais so dissolvidos eremovidos somente com gua.

    Graus de limpeza

    Os padres de graus de limpeza tambm sodefinidos atravs de fotografias do estado em queas superfcies ficam aps o tratamento de limpeza eremoo da poeira e partculas soltas. Os 20 pa-

    dres visuais fotogrficos que so comparadosimediatamente antes da aplicao da tinta, so osseguintes:

    St 2- Limpeza manual - executada manual-mente com ferramentas, como escovas, raspado-res e lixas;

    St 3- Limpeza mecnica - executada comferramentas como escovas rotativas pneumticasou eltricas;

    Tabela 1.4 - Correlao entre as normas

    Tipos de preparao PETROBRSFerramentas mecnicasLimpeza manual St 2 SP 2 7346 St 2 N 6

    Limpeza motorizada St 3

    SP 3

    7347 St 3 N 7Jato abrasivo N 9

    Ligeiro (brush) Sa 1

    SP 7 NACE 4 7348 Sa 1 Brush-off Sa 1Comercial Sa 2

    SP 6 NACE 3 7348 Sa 2 3rdquality Sa 2Metal quase branco Sa 2 1/2 SP 10

    NACE 2 7348 Sa 2 2ndquality Sa 2

    Metal branco Sa 3

    SP 5

    NACE 1 7348 Sa 3 1stquality Sa 3Outros tiposLimpeza com solventes SP 1 N 5

    Limpeza a fogo SP 4 Decapagem qumica SP 8

    Intemperismo e jato abrasivo SP 9

    N 11

    SIS 05 59 00 VIS 1 SSPC NACE 01 70 NBR ISO 8501-1 BS 4232

    18

    Figura 1.32 - Turbina centrfuga

    1.1.8 Padres de limpeza de superfcie

    A norma Sueca SIS 05 5900 define os seguin-tes padres:

    Graus de corroso (enferrujamento)

    Os padres de grau de corroso so defini-dos atravs de fotografias do estado de intemperis-mo em que a superfcie de ao carbono laminado aquente, se encontra para a pintura, antes da limpe-za. Os padres visuais fotogrficos so 4:

    A - Superfcie com carepa de laminaointacta.

    Fonte:Charles Munger

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    1.1.9 Processos de fosfatizao

    A fosfatizao cria na superfcie metlica,cristais de fosfato do metal, convertendo-a de met-lica a no metlica. A finalidade da fosfatizao melhorar a aderncia de tintas e tornar a superfciemais resistente corroso. Somente a fosfatiza-

    o, aumenta a resistncia corroso em torno de5 vezes, porm com fosfatizao mais pintura(2 demos de tinta sinttica), o aumento de cercade 700 vezes. A fosfatizao consiste na reao de

    19

    Sa 1- Jato ligeiro brush off - executado deforma rpida, quase uma escovada com o jato. Orendimento aproximado desta operao, conside-

    2rando o grau C de corroso entre 30 a 45 m /h porbico;

    Sa 2- Jato comercial - executado de formaum pouco mais minuciosa do que no Jato ligeiro.Cerca de 65% das carepas e ferrugem so elimina-

    2das. O rendimento aproximado de 15 a 20 m /hpor bico;

    Sa 2- Jato ao metal quase branco - maisminucioso que o anterior, sendo 95% de carepas e

    ferrugens removidas. A colorao da superfcie cinza clara, sendo toleradas pequenas manchas. O

    2rendimento aproximado de 10 a 15 m /h por bico;

    Sa 3 - Jato ao metal branco - 100% dascarepas e ferrugens removidas. o grau mximode limpeza. A colorao da superfcie cinza clarae uniforme. O rendimento aproximado de 6 a

    212 m /h por bico.

    Determinado o estado inicial da superfcie

    (A, B, C ou D), definido o tipo de limpeza (designadapelas letras: St ou Sa) e o grau de limpeza (designa-do por nmeros) ento estabelecida a notaoalfanumrica que define a especificao da limpezade superfcie, por exemplo: B Sa 2 1/2.

    Obs.: possvel obter o grau St 2 de limpezacom ferramentas mecnicas basta para isto gastarmenos tempo na operao e tambm possvelobter St 3 com ferramentas manuais. Logicamenteeste ltimo grau mais difcil de se conseguir porenvolver maior tempo do operador na limpeza, mas possvel.

    Figura 1.33 - Processo de fosfatizao (simplificado)

    Pea semtratamento

    Tratamentoalcalino

    (desengraxe)

    Tratamentocido

    (decapagem)

    Fosfatizao Selagem Pea fosfatizada

    Ferrugem (xidos)

    leo

    CromatoPoros

    Cristais

    cido fosfrico diludo e outras substncias qumi-cas formando uma camada de fosfato cristalinoinsolvel.

    A fosfatizao pode ser efetuada de 3 manei-ras: Fosfato 3 em 1, Fosfato por imerso, Fosfatopor spray.

    Fosfato 3 em 1

    um fosfato simples com relativa resistnciaanticorrosiva, onde os componentes (desengra-xante, decapante e fosfatizante) so formulados eembalados juntos. Esse processo empregado porspray com alta presso, tendo bom resultado quan-do aplicado em 2 passes e a quente.

    Fosfato por imerso ou spray

    So os melhores mtodos de limpeza e pre-parao de superfcie em processo industrial.

    Esse mtodo realizado segundo os seguin-tes estgios:

    1 - Desengraxe alcalino / lavagem

    2 - Decapagem cida / lavagem

    3 - Refinador

    4 - Fosfatizao / lavagem

    5 - Passivao / lavagem com gua deionizada

    6 - Secagem

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    Preparao de superfcie do ao

    alcalinos, como por exemplo soda custica. Aspeas neste caso, so imersas em um banho alcali-no que dissolve as gorduras e depois so lavadascom gua limpa. J os leos minerais no sosaponificveis e por isso exigem limpeza comsolventes orgnicos apropriados, ou com soluesde tensoativos (detergentes), que so mais eficien-tes na limpeza, pois alm das oleosidades, remo-vem tambm sais e xidos solveis em gua. necessrio, enxaguar bem as peas com gualimpa para retirar os resduos do tensoativo.

    1.1.9.2 Decapagem cida

    A decapagem, como o prprio nome indica operao que tem por finalidade a remoo dacapa de xidos que pode ter sido formada quandoa chapa foi laminada a quente ou a ferrugem surgi-da durante o transporte e o armazenamento.

    Para que a operao seja eficiente neces-srio que o desengraxe tenha sido bem feito, poisgorduras e oleosidades podem dificultar a ao dosdecapantes.

    Os decapantes geralmente so cidos, comoo clordrico (tambm conhecido como muritico) e osulfrico, que reagem com os xidos produzindosais solveis, fceis de serem removidos em meioaquoso por lavagem. Os cidos removem inclusivecarepas. O cido fosfrico tambm pode removeras carepas, porm demandam muito tempo e re-querem aquecimento do banho. O ataque cido,alm de remover os xidos proporciona uma certarugosidade superfcie. Para ajudar a ao doscidos so adicionados aditivos tensoativos aosbanhos, que melhoram a penetrao do cido naspeas e facilitam a lavagem ao final do processo.

    Peas que trabalham sob tenso, trao outoro, no devem ser decapadas com cidos seno houver possibilidade de coloc-las em umforno para minimizar os efeitos corrosivos do hidro-gnio gerado no processo e que penetra no interiordas peas podendo provocar corroso intergranu-

    lar. O processo de aquecimento ajuda a eliminar ohidrognio e por isso chamado de desidrogena-o.

    20

    Figura 1.34 - Processo de fosfatizao:Seqncia dos banhos

    4 5 6

    FOSFATIZAO

    LAVAGEM

    PASSIVAO

    LAVAGEM COMGUA DEIONIZADA

    SECAGEM

    FINAL

    DESENGRAXEALCALINO

    INCIO

    DECAPAGEMCIDA

    1 2 3

    LAVAGEM LAVAGEM

    REFINADOR

    1.1.9.1 Desengraxe

    a operao efetuada para remover graxas,leos, solveis, lubrificantes, leos de prensagense leos protetivos que restam na superfcie aps asoperaes mecnicas de usinagem, oleosidadesdeixadas pelo manuseio, bem como material aderi-do a estes como poeiras, cavacos, resduos deabrasivos, etc.

    Se o banho de desengraxe aquoso, tam-bm so removidos: sais, xidos, hidrxidos eoutros compostos solveis em gua.

    O desengraxe pode ser efetuados por disso-luo, saponificao, emulsificao e por aomecnica.

    Antes de iniciar o desengraxe necessrioconhecer o tipo de contaminante a ser removido. Asgraxas podem ser de origem animal, vegetal ou

    mineral. A maioria das graxas e leos insolvelem gua, o que torna difcil a sua remoo porsimples lavagem. Existem graxas saponificveis,isto , passveis de serem removidas com produtos

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    23/96

    Segundo o Prof. Vicente Gentil, em seu livro"Corroso", os processos de fosfatizao se classi-ficam quanto a:

    Composio do banho:

    fosfatizao a quente - acima de 80 C

    fosfatizao tpida - entre 50 e 80 C

    fosfatizao a frio - abaixo de 50 C

    Tempo de permanncia no banho:

    fosfatizao normal - acima de 30 minutos

    fosfatizao acelerada - abaixo de 30 minutos fosfatizao rpida - abaixo de 5 minutos

    Mtodo de aplicao:

    Imerso - A pea cumpre uma seqnciade banhos em tanques, com controle de tempo,temperatura, concentrao de produtos qumicos econtrole de contaminao destes banhos. Nostanques so colocadas quantidades considerveisde produtos qumicos.

    Pulverizao - Processo que atualmentetem mostrado melhores resultados. As peas atra-vessam cabinas compartimentadas onde os produ-tos qumicos so pulverizados atravs de bicosinjetores. A quantidade de produto qumico menore por causa do impacto do jato sobre as peas,eles podem atuar com mais eficincia do que estti-cos dentro de tanques. A troca do produto feitamuito mais rapidamente e a economia muito

    grande. Sem contar com o fato da linha poder sercontnua com velocidade controlada atravs damonovia onde as peas so penduradas. Durante oprocesso de fosfatizao ocorrem as seguintesreaes do cido fosfrico com o ferro do ao:

    21

    O cido remove os xidos mas tambm podeatacar severamente o metal, por isso necessrioadicionar um inibidor de corroso ao banho, paraque o cido se restrinja somente capa de xidos.Estes inibidores podem ser aminas, aldedos, pro-tenas ou mercaptanas.

    1.1.9.3 Refinador

    Esta etapa do processo que antecede a fosfa-tizao, tem por finalidade criar pontos de nuclea-o na superfcie metlica que induzam a formaode cristais pequenos e fortemente aderidos. O

    tamanho dos cristais importante para desempe-nho da fosfatizao. A boa eficincia do refinador,que constitudo de sais de titnio, depende deuma boa operao prvia de desengraxe e decapa-gem.

    O refinador por ser um banho levementealcalino funciona tambm como uma decapagemalcalina com banho bem controlado, que alm deremover os xidos leves e as oleosidades, condici-ona a superfcie, pois um pH residual alto, promove

    a precipitao dos fosfatos, formando cristais pe-quenos. Se a decapagem cida for muito longa e asuperfcie no for bem lavada aps este banho,podero resultar cristais longos, o que tambm no interessante.

    1.1.9.4 Fosfatizao

    O objetivo da fosfatizao depositar umacamada de cristais pequenos e insolveis sobre asuperfcie.

    A fosfatizao sozinha no tem muito valorprotetivo contra a corroso nas superfcies metli-cas, mas, quando associada a pintura, ela assumeuma importncia muito grande, pois alm de melho-rar a aderncia da tinta, converte a superfcie met-lica que corrosvel, em uma superfcie no metli-ca, de fosfatos do metal e por isso mais resistente corroso.

    Os cristais se formam por reao qumica, o

    que lhes confere tima ligao com o metal e prati-camente cobrem toda a superfcie, isolando-a doseletrlitos que venham a permear a camada detinta. Figura 1.35- Reaes que ocorrem durante a fosfatizao

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    Preparao de superfcie do ao

    22

    1.1.9.5 Passivao

    Trata-se de uma etapa posterior fosfatiza-

    o que tem por finalidade selar os poros deixadosna camada de fosfato. As solues apassivantes,constituidas por cido crmico ou cido crmi-co/fosfrico, geralmente a 60 C, completam asfalhas na camada de fosfato, melhorando a prote-o anticorrosiva.

    Esta etapa final de passivao tambm chamada de selagem com cromo . Hoje em dia, ocromo hexavalente (Cromo VI) sofre restries e

    em seu lugar usado taninato para selar ou apassi-var.

    1.1.9.6 Secagem

    Aps a passivao, realizada a operaode secagem das peas, que seguem para a pintura.Geralmente as peas passam por fornos ou soprosde ar quente a temperaturas entre 100 e 150 C, etoda a umidade da superfcie que poderia formarbolhas e prejudicar a pintura eliminada.

    1.1.9.7 Tipos de fosfatos

    Atualmente so utilizados os seguintes fosfa-tos:

    1.1.9.8 Banhos Intermedirios

    Entre cada etapa mencionada existem ba-

    nhos intermedirios necessrios:

    Aps o desengraxe alcalino - remove odesengraxante residual que por ter carter alcalinoreagiria com o banho seguinte que cido, exigindomaior consumo de decapante.

    Aps a decapagem cida - remove os res-duos de sais formados e o excesso de decapanteque prejudicariam o refinador. Se os cidos noforem completamente removidos, os cristais nucle-

    ados podem ficar grandes, o que inconveniente.

    Aps a fosfatizao - removem os resduose os excessos de fosfatos e cromatos que prejudi-cariam a aderncia e o comportamento da pintura.

    Aps a passivao - a lavagem deve sercom gua deionizada para eliminar completamenteos sais solveis.

    Tabela 1.5 - Tipos de fosfatos e propriedades

    Tipo defosfatoFosfatode ferro

    Fosfatode zinco

    Fosfatode zinco,

    manganse nquel

    Processo

    Pulverizao

    Imerso ouPulverizao

    Imerso

    Colorao

    Cinza claro ouCinza escuro

    Azulada

    Cinza escuro

    Marrom escuro

    Propriedades

    Melhor aderncia

    Melhor resistnciaanticorrosiva

    So chamados de fos-fatos tricationicos,com excelente resis-tncia anticorrosiva eaderncia. So fosfa-tos de ltima gerao.

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    Captulo 2

    Aplicao de tintas

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    Aplicao de tintas

    2.1 Aplicao de tintas

    Como as tintas usadas na pintura de estrutu-

    ras de ao so lquidas, h necessidade de setomar cuidado com o armazenamento das embala-gens para evitar perda de material e a ocorrncia deacidentes.

    2.1.1 Armazenamento de tintas

    Com exceo das tintas base de gua, amaioria das tintas utilizadas na indstria contmsolventes orgnicos inflamveis. Defeitos na emba-lagem, danificaes sofridas durante o transporte,

    manuseio incorreto na estocagem ou ainda, aque-cimento excessivo, podem causar vazamentos desolventes e acmulo de seus vapores no ambiente.Se houver uma fasca eltrica ou uma chama aber-ta, poder ocorrer um acidente.

    A utilizao de locais improvisados para oarmazenamento de embalagens contendo tintas oudiluentes, pode resultar em perdas na qualidade ena quantidade dos materiais.

    2.1.1.1 Local de armazenamento

    Caractersticas construtivas: Almoxarifados,depsito, ou salas de armazenamento situadosdentro de prdios devem ser construdos comparedes, pisos e tetos de material no combustvel.A sala deve ter pelo menos uma parede externacom porta. Aberturas ou passagens para outrassalas devem ser providas de soleira ou rampas prova de passagem de lquidos, feitas de material

    no combustvel com no mnimo 15 cm de altura.No lugar das soleiras podem ser utilizadas valetascobertas com grades de ferro com escoamentopara local seguro. As portas devem ser do tipocorta-fogo. O ideal que o local de armazenamentofique em prdio separado, a pelo menos 15 metrosde distncia dos prdios principais.

    Piso: O piso do local deve ser preferencial-mente de concreto ou de cermica, para que nohaja saturao do ambiente por umidade emanadado solo. A umidade provoca o enferrujamento dasembalagens metlicas que com o tempo podemapresentar perfuraes.

    Prateleiras: As prateleiras e estantes devemser firmes e construdas preferivelmente em ao edevem suportar o peso das latas armazenadas.

    Circulao em torno das prateleiras: Deve serdeixado espao suficiente em torno das prateleiras,para facilitar a colocao e retirada das embala-gens. As vias de circulao devem permanecerlivres para evitar que a movimentao cause danoss embalagens e que latas caiam no vo formadoentre as prateleiras e a parede.

    Acesso: O local de armazenamento deve, de

    preferncia, ser situado em andar trreo, de fcilacesso e com as vias mantidas sempre livres edesimpedidas. O local deve se comunicar com oexterior por meio de uma porta de emergncia, quepossibilite a fuga em caso de incndio.

    Vizinhana com salas aquecidas: O local dearmazenamento de tintas e diluentes no deve terparedes comuns com reas aquecidas, como salasde fornos ou estufas, a menos que haja perfeitoisolamento trmico.

    Local apropriado: Tintas e diluentes nodevem ser armazenados sob escadas ou nas proxi-midades de reas usadas para a sada ou passa-gem de pessoas, para evitar confinamento em casode incndio.

    Devem ser evitados, nestes locais, aparelhosou equipamentos com escovas ou carves que pro-duzam fascas ao funcionarem. Tambm devemser evitados os que trabalham aquecidos, para no

    aumentarem a temperatura do ambiente.

    Local exclusivo: As tintas e diluentes nodevem ser armazenados juntos com outros tipos demateriais, principalmente os slidos.

    As caixas de papelo devem ser retiradas,ficando estocadas somente as latas.

    Estopas, caixas de madeira, papis ou rou-pas devem ser removidos do local de armazena-

    mento.

    Extintores de incndio: A rea dever sersinalizada intensivamente com cartazes ou sinais

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    bem visveis de: " PROIBIDO FUMAR" O fogo emtintas e diluentes classificado como CLASSE B. Oextintor mais apropriado o de p qumico seco,que eficiente tanto em locais fechados quanto emlocais abertos. J os extintores com carga de CO 2so eficientes apenas em locais fechados.

    importante que existam extintores tambmdo lado de fora do local, para que no caso de incn-dio no estoque, possam ser utilizados os extintoresexternos por pessoas que venham a ajudar na suaextino.

    Hidrantes: O combate a incndios em tintas ediluentes por meio de jatos de gua no aconse-lhvel por causa do transbordamento e espalha-mento do lquido inflamado. No incio de incndios, recomendvel a utilizao de extintores portteisde p qumico seco, porm se o fogo j est avan-ado, necessrio ter disponvel hidrantes nasimediaes, pois a gua indispensvel para oresfriamento do local para permitir o acesso dopessoal de combate ao incndio. A gua deve seraspergida na forma de neblina sobre o materialincendiado, evitando-se jatos que poderiam espa-lhar o fogo. Os sistemas de hidrantes devem possu-ir reservatrios apropriados e bem dimensionados,bombas de recalque potentes e mangueiras perma-nentemente revisadas e conservadas.

    Treinamento da brigada de incndio: O pes-soal da brigada de incndio que treinado para oprimeiro combate ao foco de incndio deve recebernoes sobre o que tinta, diluente e como comba-

    ter incndios nestes materiais.

    Sistema eltrico: As tomadas e interruptoresdevem ser blindados e prova de exploso. Os fiosdevem ser instalados dentro de condutes apropria-dos e corretamente dimensionados.

    Iluminao: O local deve ser provido de boailuminao, se possvel natural, atravs de janelascom vidros aramados. No caso de iluminao artifi-cial, as luminrias devem ser blindadas, pois o

    "estouro" de uma lmpada pode incendiar os vapo-res de solventes se estes estiverem acumulados noambiente.

    Ventilao: O local deve ser coberto, pormbem ventilado, sendo necessrio que as paredessejam construdas em parte ou totalmente comelementos vazados, ou com telas, ou com grades. prefervel ventilao natural. No caso de ventila-o forada, ou mecnica, os motores utilizadosnos exaustores devem ser blindados e prova deexploso.

    Pra-raios: O local de armazenamento deveestar protegido por pra-raios do tipo Franklin ougaiola de Faraday. As ligaes e o isolamento docabo de aterramento devem ser verificados e estar

    em ordem.

    Temperatura do local de armazenamento: Atemperatura ambiente no dever exceder a 40 C.

    2.1.1.2 Cuidados no Armazenamento

    Recipientes fechados: As embalagens detintas e diluentes devem ficar fechadas enquantono forem utilizadas. Ao abrir uma lata de tinta,deve-se tomar cuidado para no danificar a tampa

    e no derramar tinta nas suas bordas, que poderimpedir uma perfeita vedao ao fechar a lata parauso posterior.

    conveniente que se coloque o contedo deembalagens de tintas consumidas parcialmente emoutras embalagens menores, de maneira que elasfiquem armazenadas cheias. A presena de ar eumidade no interior das embalagens prejudicaespecialmente os primers e esmaltes sintticos ealguns poliuretanos por causa da formao de nata

    irreversvel na superfcie da tinta. No adianta batervigorosamente a tinta, pois no h possibilidadedela ser redissolvida e pedaos podero entupirpistolas e prejudicar a pintura.

    Rotatividade na prateleira: O armazenamen-to deve ser feito de tal forma que possibilite a retira-da em primeiro lugar das latas de lotes mais anti-gos. Este procedimento evita que tintas recebidasmais recentemente sejam colocadas na frente e as

    mais antigas permaneam no fundo da prateleira,ultrapassando o prazo de validade do lote.

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    Inverso de embalagens: conveniente queas latas de 1 galo ou menores do que 1 galo,sejam colocadas inicialmente com a tampa parabaixo nas prateleiras e a cada trs meses sejaminvertidas. A inverso traz duas vantagens: melhorvedao da tampa pelo lado interno e diminuio desedimentos duros e compactos no fundo da emba-lagem. Com isto prolonga-se a vida til de prateleira(shelf life) das tintas.

    Empilhamento: Empilhamento de embala-gens em nmero superior ao recomendado poderdanificar as embalagens de baixo. Com o amassa-

    mento das embalagens podero ocorrer vazamen-tos, principalmente se as tintas possurem massaespecfica alta, como as com pigmentos de zinco oude zarco. O empilhamento mximo das embala-gens no local de armazenamento deve ser o se-guinte:

    Tipo deembalagem Capacidade

    Empilhamentomximo

    Galo (lata n 1) 10 (dez)

    Balde (5 gales) 5 (cinco)

    Tambor 3 (trs)Tabela 2.1 - Empilhamento mximo de embalagens

    Tintas Bicomponentes: O armazenamento detintas bicomponentes deve ser feito aos pares, ouseja, juntando lado a lado os componentes A e B deuma determinada tinta. Esta providncia simplesevita desperdcios de material e prejuzos. As emba-lagens devem ser retiradas das caixas de papelo,logo aps a chegada dos materiais ao almoxarifadoe unidas aos pares com uma fita adesiva ou um

    arame, o que evita erros de mistura de componen-tes. Os erros mais comuns so: utilizao da basede uma tinta com "catalisador" de outra, ou esqueci-mento de que a tinta bicomponente e aplicaosomente da base. De um jeito ou de outro, a tintano ir curar satisfatoriamente e ter que ser total-mente removida da superfcie.

    Rtulos das tintas: As embalagens das tintasnormalmente so litografadas, isto , a impresso

    feita na prpria lata, com dados que so comuns atodos os produtos de uma linha e com as precau-es de manuseio das tintas. O que diferenciadopara cada tinta o rtulo ou tambm conhecido

    como etiqueta ou Peel off. Estes trazem as infor-maes especficas de cada produto.

    O rtulo contm muitas informaes teispara o pintor, como o nome do produto, o cdigo doproduto, o nmero do lote, a data de fabricao e oprazo de validade, a proporo de mistura e odiluente a ser utilizado.

    Toda vez que o pintor for retirar a tinta da latadeve entornar a embalagem no lado contrrio ao dortulo, para evitar que se houver escorrimento, atinta suje ou impea a leitura dos rtulos.

    2.1.2 Homogeneizao das tintas

    A homogeneizao das tintas antes do seuuso fundamental, pois as tintas so constitudasde produtos em suspenso e que pela fora dagravidade se sedimentam formando duas fasesdistintas. Uma parte lquida superior com o veculo(solvente + resina + aditivos lquidos) e a outrainferior, a sedimentao, (pigmento sedimentado +cargas e aditivos slidos). Os pigmentos das tintas

    so partculas muito pequenas, da ordem de 0,1 a1,0 micrometros, mas possuem massa e acabamse depositando no fundo da lata. Por isso, neces-srio mexer bem a tinta, com cuidado para que todoo pigmento seja redisperso. A homogeneizao fundamental para que a tinta fique em condies deuso.

    PARTE LQUIDA

    SEDIMENTAO

    ANTES DAHOMOGENEIZAO

    APS AHOMOGENEIZAO

    PIGMENTOSEDIMENTADO

    PIGMENTODISPERSADO

    Figura 2.1 - Homogeneizao de uma tinta

    Aplicao de tintas

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    2.1.2.1 Tintas monocomponentes

    Monocomponente significa tinta fornecida em

    uma nica embalagem e est pronta para o uso. Nocaso de aplicao pistola, pode haver necessida-de de diluio.

    Devem-se dedicar alguns minutos para reali-zar a homogeneizao por que se a tinta no estiverperfeitamente uniforme, ela no ter o desempe-nho que se espera dela.

    Quando a tinta est no estoque por muito

    tempo e os pigmentos esto sedimentados nofundo da lata e h uma certa dificuldade de redis-pers-los, o procedimento o seguinte:

    Abrir a lata (1) e verificar com uma esptulase h presena de sedimentao

    Caso positivo, transferir a parte lquida parauma segunda lata limpa (2)

    Mexer a sedimentao com esptula na lata

    (1) e retornar lentamente a parte lquida que estseparada na outra lata (2)

    Continuar mexendo a sedimentao na lata(1) at que toda a parte lquida que estava na outralata (2) seja reincorporada e bem homogeneizada.

    2.1.2.2 Tintas bicomponentes

    Bicomponente significa tinta fornecida emduas embalagens, cujos contedos devem ser

    misturados momentos antes do uso, para que asreaes entre os componentes se processem.

    1

    2

    1

    1

    2

    1 1

    Figura 2.2 - Procedimentos de homogeneizaode tintas monocomponentes

    A seqncia a ser seguida a seguinte;

    Homogeneizar o componente A;

    Homogeneizar o componente B;

    Adicionar o componente B ao ComponenteA respeitando a relao de mistura;

    Homogeneizar a mistura com agitao vigo-rosa. A tinta estar pronta para o uso.

    A homogeneizao da mistura de funda-mental importncia para a obteno de uma tinta

    uniforme. Durante a adio do componente B, opintor deve verificar se a consistncia e a cor damistura resultante est homognea em toda tinta.

    A homogeneizao deve ser feita com agita-dores mecnicos, como por exemplo, furadeiraseltricas adaptadas, com motor blindado prova deexploso. Durante a agitao a tampa deve ficarfechada. Para isto pode-se confeccionar umatampa de madeira com uma abertura para a hastede agitao entrar.

    A A

    B A

    B

    Tintapronta

    Componente Base Catalisador Mistura ehomogeneizao

    B

    Figura 2.3 - Procedimento de homogeneizaode tintas bicomponentes

    Figura 2.4 - Tampa de madeira para fechar alata durante a homogeneizao

    2.1.2.2.1 Proporo de mistura

    Cada componente contm resinas reativasem propores que devem ser respeitadas pelopintor na hora da mistura, pois a falta ou excesso deum dos reagentes pode produzir uma tinta com

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    Aplicao de tintas

    Figura 2.5 - Proporo de mistura mais comuns (1:1 e 4:1)

    A proporo em peso tambm fornecidapelos fabricantes e facilita a preparao das tintas,por que pode ser usada uma balana. Uma latavazia pesada (tarada). Coloca-se o componenteA e anota-se a massa. Calcula-se a quantidade decomponente B que deve ser adicionada em funoda proporo de mistura em peso e com uma colhercoloca-se o componente B sobre o A, at atingir opeso calculado. A mistura em peso mais prtica emais precisa, no entanto exige uma balana eletr-

    nica.Quando o pintor vai utilizar a tinta toda, no

    deve se preocupar com a proporo de mistura,pois o fabricante j coloca a quantidade exata nasduas embalagens e assim a mistura j estar naproporo correta. Porm, quando vai usar apenaspequenas quantidades de tinta, necessrio seguira proporo de mistura indicada na ficha tcnica ouno rtulo das embalagens.

    A mistura fora da proporo ou a aplicao desomente um dos componentes acarreta prejuzos,pois a pelcula pode ficar mole e grudenta ou endu-recer demais e ficar toda rachada e quebradia.Uma vez que foi aplicada errada no h como recu-perar uma tinta fora de proporo. S resta removertoda a tinta e aplicar novamente, s que desta vezna proporo correta.

    2.1.2.2.2 Vida til da mistura

    Vida til da mistura ou "pot life" o tempo queo pintor tem para usar a tinta bicomponente depoisque as duas partes, A e B foram misturadas.

    28

    propriedades diferentes da que foi idealizada. Aspropores mais comuns so 1:1 (3,6 : 3,6 ), 2:1,4:1 (2,7 : 0,9 ) em volume.

    3,6

    1:1

    A B

    3,6 2,7

    4:1

    A

    B

    0,9

    7,2 3,6

    Feita a mistura, as resinas dos dois compo-nentes comeam a reagir e aps este tempo tintagelatiniza ou endurece e no mais possvel a suautilizao.

    As tintas epoxdicas e as poliuretnicas soexemplos de tintas bicomponentes, nas quais oscomponentes A e B reagem entre si. Por isso, necessrio observar o tempo de vida til que asfichas tcnicas destas tintas indicam, para no terprejuzo.

    O pintor deve verificar a rea a ser pintada,

    para no preparar quantidade de tinta a mais doque capaz de aplicar dentro do perodo de vida tilda mistura. Deve verificar tambm, se a rea j estlimpa e pronta para receber a tinta e se todo o equi-pamento a ser utilizado est em ordem.

    A temperatura influi no tempo de vida til damistura. Assim, quando a temperatura do ambiente mais alta, o tempo de vida til diminui e quando atemperatura mais baixa, o tempo que o pintor tempara us-la aumenta. Se o pintor colocar a mistura

    na geladeira, o tempo ser aumentado, mas istono aconselhado, pois a tinta muito fria no mo-mento da aplicao provocar a condensao daumidade e prejudicar o seu desempenho.

    A quantidade de tinta misturada tambm influina vida til. Quantidade maior tm vida til menor.Por exemplo, a vida til da mistura do contedo dedois baldes de 18 menor do que a de duas latasde 1 galo (3,6 ).

    A adio do diluente, se necessria, deve serfeita aps a mistura dos dois componentes. Nocaso de tintas com proporo 1:1, necessrioprovidenciar uma terceira lata com capacidademaior.

    2.1.2.2.3 Tempo de induo ou espera

    Aps a mistura, e diluio, o pintor devefechar a lata onde a mistura foi feita e aguardar de10 a 15 minutos. Este tempo chama-se induo ouespera, e serve para que as resinas comecem areagir e quando forem aplicadas estejam maishomogneas e prontas para aderirem superfcie.

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    2.1.2.2.4 Intervalo entre as demos

    Uma das perguntas mais freqentes que opintor faz: Qual o intervalo entre as demos? ouQual o tempo para a aplicao da demo subse-quente? ou ainda, Qual o tempo para repinturadesta tinta?

    Esta informao importante para estesprofissionais, por que depois de aplicada a primeirademo, o solvente da tinta comea a evaporar e hum tempo certo para aplicar a prxima demo. As

    fichas tcnicas informam qual esse tempo e tam-bm a temperatura, j que o tempo de secagemdepende diretamente da temperatura do ambiente.Para o projetista a informao permite calcular otempo para liberar a obra. O pintor no deve aplicaroutra demo fora do prazo, pois poder haver pro-blema.

    Por exemplo, na ficha tcnica h a seguinteinformao sobre o tempo entre as demos:

    A 25 C mnimo 4 h e mximo 48 h

    Antes do intervalo: Nunca deve ser aplicadaantes do intervalo mnimo especificado, pois osolvente da demo anterior no evaporou totalmen-te ainda e aplicando outra demo, a tinta fica comose estivesse com espessura exagerada. Poderhaver escorrimentos em superfcies verticais, de-mora para secar, enrugamento ou at fissuras outrincas durante a secagem da tinta.

    Durante o intervalo: Haver tempo suficientepara a evaporao do solvente da demo anterior ea secagem ser adequada. A aderncia ser mxi-

    AA

    AA AB

    BB

    B B+

    Componente B

    sobre o A comagitao constante

    B

    AB

    A

    B

    A

    B A

    BA

    Incio da reao

    AB

    AB

    AB

    AB

    AB

    Reao uniforme

    A+B+A+B+A+B+A+B+A+B

    Cura uniforme,com boa formao do filme

    A+A+A+A+B+A+B+B+B +B

    Cura irregular,formao de filme no uniforme

    Aps o tempo

    de induo

    Figura 2.6 - Tempo de induo

    ma, pois ocorre a interpenetrao das camadas(uma demo se funde com a outra).

    Figura 2.7 - Aplicao no prazo recomendado:aderncia perfeita

    Aps o intervalo: Nem sempre possvelevitar a aplicao fora do prazo, mas se isto ocorrere nenhuma providencia for tomada, a fuso das

    camadas pode no ocorrer. Neste caso, a adern-cia prejudicada e poder haver destacamentosentre as demos.

    Aps o intervalo, mas com lixamento: Olixamento superficial da camada suficiente paraproduzir sulcos cuja rugosidade, possibilita maiorsuperfcie de contato entre as demos. O pintorchama este lixamento de "quebra de brilho" . Hnecessidade de remover o p do lixamento com umpano seco ou embebido em diluente para que a

    aderncia seja satisfatria.

    Figura 2.8 - Aderncia prejudicada por quenenhuma providncia foi tomada

    Somente as tintas que secam por evapora-o dos solventes, as lacas, podem ser aplicadassem o lixamento, pois o solvente da nova demodissolve superficialmente a demo anterior ou amais antiga. Mesmo assim, h necessidade delimpar a superfcie removendo poeiras e oleosida-des.

    Figura 2.9 - Lixamento entre demos: aderncia melhorada

    29

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    Aplicao de tintas

    2.1.3 Diluio

    As tintas em geral so fornecidas mais gros-

    sas (alta viscosidade) e devem ser diludas ouafinadas no momento do uso. A viscosidade maisalta serve para manter os pigmentos em suspen-so. Quando a tinta muito rala (diluda), os pig-mentos se sedimentam rapidamente formando umbolo duro e compacto no fundo da lata. Para a dis-perso desta sedimentao necessrio um agita-dor mecnico, nem sempre disponvel na obra ouna oficina. A ficha tcnica indica a proporo dediluio em volume e informa qual o diluente que

    deve ser usado para afinar a tinta. A proporo dediluio depende das condies e do tipo de aplica-o. Muitas tintas podem ser aplicadas a pincel ou arolo sem necessidade de diluio. J a pistola noconsegue pulverizar a tinta se ela estiver muitogrossa. A diluio afina a tinta permitindo que o arcomprimido transforme o lquido em micro gotas(spray) que so jogadas contra a superfcie.

    O diluente encontrado com outros nomes,como redutor, tner (thinner), dissolvente, etc. Os

    nomes so diferentes, mas a finalidade a mesma,pois o diluente serve para diluir a tinta, ou seja,afinar; o redutor serve para reduzir a viscosidade datinta, ou seja, afinar a tinta e o thinner, como o nomeindica em ingls, quer dizer afinador, ou seja, servepara afinar.

    O uso de diluente diferente do recomendadona ficha tcnica pode causar defeitos na tinta e napintura. conveniente que o diluente seja o indica-

    do e fornecido pelo mesmo fabricante da tinta, paraevitar incompatibilidades com os solventes da tintaou com a sua resina. Podem ocorrer os seguintesproblemas":

    Se o diluente contiver solventes muito leves:

    Fervura (aparecem bolhas como se a tintaestivesse fervendo. Algumas no chegam a seromper e outras se transformam em crateras oufuros);

    Casca de laranja (no d tempo da tintaalastrar e se uniformizar, ficando a superfcie comose fosse a casca de uma laranja);

    Empoamento (over spray) ou pulverizaoseca (a tinta perde parte do solvente no meio docaminho entre a pistola e o objeto, por ser muitovoltil e chega quase seca como se fosse um p,tirando o brilho da superfcie).

    Se o diluente contiver solventes pesados:

    Demora a secar;

    Escorrimento em superfcies verticais.

    Se o diluente contiver solventes com baixopoder de solvncia:

    Coagulao (h separao entre o solventee o restante da tinta);

    Falta de alastramento (h dificuldade deespalhamento e nivelamento da tinta).

    Se o diluente contiver solventes com altopoder de solvncia:

    Sedimentao excessiva (os pigmentos

    rapidamente descem para o fundo da embalagem eh necessidade constante de manter a tinta sobagitao).

    Para a diluio na proporo correta, o pintordeve usar sempre um copo graduado, que pode serde plstico resistente a solventes (por exemplo, depolipropileno).

    Na tabela abaixo podem ser encontradas asquantidades de diluente que devem ser adiciona-

    das s quantidades de tinta nas propores dediluio de 10, 15, 20 e 25 % em volume.

    Tabela 2.2 - Quantidade de diluente em funoda proporo de diluio

    30

    Quantidade

    Tinta diluente (ml)gales ( )

    1/32 0,1121/16 0,2251/8 0,3751/4 0,9001 3,600

    5 18,000 1.80036090382211

    10% 15%173456

    135540

    2.700

    20%224575180720

    3.600

    25%

    4.500900225945628

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    2.1.4 Condies de aplicao das tintas

    As condies que podem influir no desempe-

    nho das tintas e, portanto devem ser respeitadaspelo pintor so:

    2.1.4.1 Temperatura da tinta

    A temperatura da tinta, medida na lata, se formonocomponente ou na mistura se for bicompo-nente, dever estar entre 16 e 30 C. Lembrar quena mistura de A com B das tintas bicomponentes, atemperatura aumenta.

    A temperatura da tinta pode ser medida comum termmetro comum.

    2.1.4.2 Temperatura do ambiente

    A temperatura do ar no ambiente onde apintura ser executada dever estar entre 16 C e30 C. Em temperaturas abaixo de 16 C, at nomnimo 10 C e acima de 30 C, at no mximo40 C, podero ser necessrias tcnicas especiaisde diluio e de aplicao.

    A temperatura do ambiente poder ser medi-da com um termmetro comum.

    2.1.4.3 Temperatura da superfcie

    A temperatura da superfcie a ser pintadadever estar entre 16 C e 30 C. Em temperaturasabaixo de 16 C at no mnimo 10 C e acima de 30,at no mximo 55 C, podero ser necessriastcnicas especiais de diluio e aplicao.

    A temperatura da superfcie pode ser medidacom um termmetro de contato.

    2.1.4.4 Umidade relativa do ar (UR)

    A gua quando se evapora fica no ar na formade vapor.

    Esta gua, mesmo no sendo notada, est noar atmosfrico e chamada de umidade relativa do

    ar. Quando colocamos gua gelada em um copo,em poucos minutos suas paredes comeam a"suar". Aquelas gotas que escorrem a umidade doar que estava no ambiente e se condensou. Quanto

    mais umidade houver no ar e quanto mais baixa fora temperatura da superfcie, maior ser a conden-sao. Quando um lquido se evapora, ele provocaum abaixamento da temperatura da superfcie.Exemplo disto a moringa de barro, que por serporosa fica sempre mida. A gua se evapora dolado de fora, abaixa a temperatura da superfcie epor isso a gua do interior fica "fresquinha". Damesma maneira, quando o solvente da tinta seevapora, abaixa a temperatura da superfcie e possvel que a umidade do ar se condense prejudi-cando o desempenho da tinta. Por isso, os limitesnormais para a umidade do ar (UR) de 30% a

    60 %, para evitar a condensao. Deve-se evitar apreparao de superfcie e a aplicao de tintasquando a umidade relativa do ar estiver maior doque 85%.

    A umidade do ar pode ser medida com umhigrmetro ou com um psicrmetro (termmetrosde bulbos seco e mido)

    2.1.4.5 Ponto de orvalho

    a temperatura na qual a umidade do ar queest na forma de vapor de gua, se condensa,passando para o estado lquido.

    De manh so notadas gotas, chamadas deorvalho, nas plantas. O que aconteceu na madru-gada foi a condensao do vapor de gua da at-mosfera (umidade relativa do ar - UR) na superfciedas folhas. Durante a madrugada, a umidade do arcostuma ser mais alta do que em outros perodosdo dia e como as folhas perdem calor mais rapida-mente do que o ar e ficam com temperatura abaixoda do ambiente, ocorre a condensao.

    Podemos determinar o ponto de orvalhousando a tabela a seguir:

    Exemplo: para UR de 70 % e temperaturaambiente 25 C, o ponto de orvalho 18,6 C.

    Ponto de orvalho + 3 C

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    Aplicao de tintas

    As tcnicas de boa pintura recomendam queas tintas no devem ser aplicadas se a temperaturada superfcie no estiver no mnimo 3 C acima doponto de orvalho. No exemplo acima, se a tempera-tura da superfcie no estiver acima de 21,6 C(18,6 C + 3 C), a pintura no dever ser executa-da. Estes 3,0 C so considerados margem desegurana, pois os solventes ao se evaporarem

    resfriam a superfcie da tinta e poder haver con-densao da umidade do ar ambiente. Se for poss-vel aquecer a superfcie a ser pintada, dentro doslimites normais de aplicao, esta regra (ponto deorvalho + 3), prevalece sobre outras, inclusivesobre a restrio de no mximo 85 % para a umida-de relativa do ar.

    U R%

    Temperatura ambiente C10 15 20 25 30 35 40

    90 8,2 13,3 18,3 23,2 28,0 33,0 38,2

    85 7,3 12,5 17,4 22,1 27,0 32,0 37,180 6,5 11,6 16,5 21,0 25,9 31,0 36,275 5,6 10,4 15,4 19,9 24,7 29,6 35,070 4,5 9,1 14,2 18,6 23,3 28,1 33,565 3,3 8,0 13,0 17,4 22,0 26,8 32,060 2,3 6,7 11,9 16,2 20,6 25,3 30,555 1,0 5,6 10,4 14,8 19,1 23,9 28,950 -0,3 4,1 8,6 13,3 17,5 22,2 27,145 -1,5 2,6 7,0 11,7 16,0 20,2 25,240 -3,1 0,9 5,4 9,5 14,0 18,2 23,035 -4,7 -0,8 3,4 7,4 12,0 16,1 20,630 -6,9 -2,9 1,3 5,2 9,2 13,7 18,0

    Tabela 2.3 - Determinao do ponto de orvalho

    2.1.5 Mtodos de aplicao

    2.1.5.1 Pintura a pincel

    Os melhores pincis para a pintura industrialcom tintas anticorrosivas so feitos geralmentecom plos de porco ou de orelha deboi. Os de plos sintticos como osde polipropileno e nylon soindicados para tintas base degua. A escolha do tipo depincel depende do traba-lho a ser executado.

    2.1.5.1.1 Tcnicas de aplicao a pincel

    Mergulhar cerca de 2/3 do comprimento dosplos na tinta e levar o pincel superfcie, viradopara baixo, meio inclinado.

    As pinceladas iniciais devem ser curtas,procurando espalhar uma quantidade uniforme detinta, esfregando os plos na superfcie para cobrirtodas as irregularidades. O nivelamento e o alisa-mento das camadas se faz com longas pinceladascruzadas sobre as iniciais, sem apertar muito paraevitar marcas profundas.

    As pinceladas devem ser dadas com uma

    pequena inclinao no pincel, para facilitar o desli-zamento. A inclinao deve ser ao contrrio navolta.

    Ao terminar o trabalho dirio, o pintor develavar o pincel com solvente e em seguida com guae sabo. Esta simples providncia faz com que ospincis durem mais.

    Fonte: Pincis Tigre S.A.Figura 2.10 - Trincha

    Trincha de 75 a100 mm

    (3 a 4 polegadas)Trincha de 25 a50 mm(1 a 2 polegadas)

    Pincel redondo outrincha de 25 a38 mm(1 a 1 polegadas)

    Tipo de pincel

    superfcies grandes eplanas

    superfcies pequenase planas

    parafusos, porcas,cordes de solda,frestas e arestas

    Tipo de trabalho

    carrega mais tinta erende mais

    evita desperdcio detinta

    para bater a tinta efazer penetrar nasfrestas e salincias

    Observaes

    Tabela 2.4 - Escolha do pincel em funo do tipo de trabalho

    Trincha o pincel de formato chato.

    camada de plos

    camada de plos

    Figura 2.11 - Trincha dupla

    Figura 2.12Tcnica de aplicao

    a pincel

    Camada de tintaDireo da pincelada

    superfcie

    pin

    cel

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    O grande uso dos pincis na pintura de estru-turas metlicas para reforar cordes de solda,arestas vivas, quinas, cantos e frestas. No entanto,o reforo nestas reas deve ser feito com a tintadiluda. A diluio necessria para possibilitar apenetrao da tinta e evitar camadas muito espes-sas, que acabam sofrendo retrao e destacamen-to. importante fazer o reforo nestas reas queso consideradas crticas e isto deve ser feito antesde cada demo normal.

    2.1.5.2 Pintura a rolo

    Os rolos podem ser fabricados com pele decarneiro ou l sinttica (acrlica) para tintas a basede gua ou de solventes e de espuma de poliureta-no somente para tintas a base de gua (incham ese desmancham quando usados com tintas basede solventes orgnicos).

    Os rolos so fornecidos com comprimento deplos de 6 mm at 23 mm. Os de plos longos car-regam mais tinta e so adequados para superfciesirregulares, porm deixam marcas em relevo como

    casca de laranja.

    Os de plos curtos evitam formao de espu-ma e do acabamento mais liso e uniforme, porma espessura da camada de tinta fica mais baixa. Seno for possvel comprar rolos com plos maiscurtos, pode-se queimar "sapecando-os" em umachama. O miolo dos rolos pode ser um tubo deresina fenlica ou de polipropileno, ambos resisten-tes aos solventes. As larguras dos rolos variam de75 mm at 230 mm. Para pintura cantoneiras eperfs estreitos, so usados os de 100 mm.

    2.1.5.2.1 Tcnicas de aplicao a rolo

    No se mergulha o rolo todo na lata de tinta.

    Usa-se uma bandeja rasa com uma rampa onde ele rolado para tirar o excesso.

    Figura 2.13 - Rolos de pele de carneiro ede l sinttica (acrlica)

    Fonte: Pincis Tigre S.A.

    Figura 2.14 - Bandejas plsticas para pintura a rolo

    Fonte: Pincis Tigre S.A.

    Pode-se usar tambm uma caamba paraquantidades maiores de tintas ou uma tela de ara-me com cabo, chamada de difusor, que colocadodentro do balde para tirar o excesso de tinta do rolo.

    O pintor deve aprender a carregar o rolo coma quantidade correta de tinta para evitar escorri-mentos e desperdcios. A presso do rolo na super-fcie deve ser controlada para deixar espessurauniforme.

    Em superfcies muito rugosas o rolo deve serpassado em vrias direes indo e voltanto parafazer a tinta penetrar nas irregularidades.

    No incio, o rolo deixa muita tinta e no final domovimento est quase sem tinta. Por isso impor-tante que o repasse seja feito em sentido contrrioao primeiro movimento, para uniformizar a espes-sura da tinta.

    Ao terminar o trabalho dirio, o pintor develavar o rolo com solvente e em seguida com gua esabo para que ele possa durar mais. No caso detintas a base de gua, s lavar com gua e sabo.

    1 2 3

    Role o rolo fazendoum N como

    mostrado

    Repasse cruzadopara espalhar a tinta

    Termine com passadassuaves do rolo em uma

    nica direo

    Figura 2.15 - Tcnicas de aplicao de tinta a rolo

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    Aplicao de tintas

    2.1.5.3 Pintura por pistola

    2.1.5.3.1 Pistola convencional

    o mtodo de aplicao mais tradicionalutilizado na indstria. Pode ser empregado comcaneca de suco ou tanque de presso.

    Para se obter melhor desempenho com apistola convencional necessrio que o operadorseja treinado e conscientizado para regular a pres-so, e a abertura do leque, de acordo com a pea aser pintada. Dependendo do tipo de pea, podeocorrer perda de at 60% de tinta.

    Tipos de pistola convencionalAlimentao Observao

    SucoCaneca: A tinta puxada por sucopara a pistola

    PressoTanque: A tinta empurrada para a pistoladevido presso no tanque

    Tabela 2.4 - Tipos de pistola convencional

    Caneca:

    Este tipo de pintura mais usado em oficinas

    de repintura de automveis ou em indstrias emque a pintura uma operao de pequena montaou para retoques. sem dvida o acabamento maisfino que se pode obter nas pinturas a pistola.

    Tanque com presso:

    o mais usado em indstrias onde o acaba-mento importante, mas a produtividade neces-sria. O tanque permite que volume maior de tintaseja preparado de cada vez e com isso evita-se

    paradas mais freqentes para abastecimento dacaneca. A caneca quando cheia, pesa mais de umquilo, fazendo com que o pintor fique mais cansadoao final de cada jornada de trabalho. As mangueiraspesam menos e permitem que a pistola tenha maiormobilidade durante a operao de pintura.

    Os tanques tm capacidade de 2 a 15 gales,tm agitador com motor pneumtico para homoge-neizar a tinta, evitando a sedimentao dos pig-

    mentos mais pesados. O motor pneumtico evita orisco de incndio.

    A presso mxima no tanque varia de acordocom a sua capacidade. Para tanque de 2 gales, a

    2mxima de 50 lb/pol e para os de 5, 10 e 15 ga-2les, a presso mxima de 110 lb/pol .

    A linha de ar comprimido para pistola:

    O ar comprimido deve chegar limpo, seco

    pistola, em volume e presso suficientes. Para istoso necessrios: um compressor, tubulaes comdimetro suficiente, reguladores de presso commanmetro em bom estado de conservao, filtrosseparadores de gua e leo e mangueiras comcomprimento e dimetro adequados.

    Compressor:

    O compressor e seu reservatrio so o cora-o da instalao. Se eles no tiverem capacidade

    suficiente, no conseguiro manter a pressodurante a pulverizao. A capacidade do compres-sor medida em PCM - Ps Cbicos por Minuto.1 HP = ~ 4 PCM. Se por exemplo o consumo de ar

    Figura 2.16 - Caneca (suco)

    Fonte:De Vilbiss Equipamentos para Pintura Ltda.

    Figura 2.17 - Tanque com presso

    Fonte:De Vilbiss Equipa-

    mentos paraPintura Ltda.

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    Figura 2.19 - Partes importantes de uma pistola convencional

    na pistola for de cerca de 15 PCM, o compressordever ter no mnimo 4 HP.

    O local de sua instalao deve ser: Limpo -evita que a poeira venha a entupir o filtro de entradado ar; Seco - evita o acmulo de gua no reservat-rio, causado pela umidade do ar; Ventilado - melho-ra o resfriamento do cabeote.

    O compressor deve estar nivelado e em localde fcil acesso para trabalhar melhor e facilitar asua manuteno. As polias com suas ps devemestar voltadas para a parede, a uma distncia mni-

    ma de 40 cm desta para permitir a circulao do arnecessria ao resfriamento. O leo de lubrificaodeve ser verificado diariamente e a gua acumula-da no reservatrio drenada sempre.

    Tubulao:

    A tubulao de ar deve ser a mais diretapossvel para evitar perda de presso e instaladacom inclinao no sentido do compressor, para quea gua e o leo retornem facilmente ao reservat-

    rio. A tubulao deve ser em ao galvanizado, combitolas entre e polegada, dependendo dovolume de ar necessrio. As sadas de ar devemser por cima do tubo principal da linha a uma distn-cia mnima de 7,5 metros do compressor para que oar no seja contaminado com gua, leo e detritosde ferrugem.

    Figura 2.18 - Compressor, tubulao,tomado do ar e filtro regulador

    Fonte:De Vilbiss Equipamentos para Pintura Ltda.

    Pistola:

    As partes mais importantes das pistolas

    convencionais so:

    Funcionamento da pistola:

    Na pistola de pintura convencional, ou seja,na pistola comum a ar comprimido, a tinta sopra-da por jatos de ar formando um "spray". A tinta,reduzida a go