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CAUSALIDADE Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr. Disciplina de Atenção à Saúde da Coletividade GRUPO EDUCACIONAL UNIGRANRIO FATENP - Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça

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CAUSALIDADE

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.

Disciplina de Atenção à Saúde da Coletividade

GRUPO EDUCACIONAL UNIGRANRIO

FATENP - Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça

Etimologia: EPI = sobre; DEMOS = povo; LOGOS = estudo

Estudo de todas as ocorrências que podem afetar a população como um todo.

“O estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas

coletividades humanas.” (IEA, 1973)

Exemplo: estudo da leucemia em crianças c/ raio x na gestação

D i s t r i b u i ç ã o C a u s a s

EPIDEMIOLOGIA

É um evento, uma condição, uma característica ou uma combinação destes fatoresque desempenham um papel importante na sua determinação.

Hospedeiro

Suscetível

Fatores genéticos

Desnutrição

Aglomeramento

domiciliar

Pobreza

Infecção Tuberculose

Exposição a

bactériasInvasão do tecido

Causa de uma Doença

Determina se um micro-organismo vivo específico causa uma doença em particular.

POSTULADOS

O organismo deve estar presente em todos os casos da doença;

O organismo deve ser capaz de ser isolado e crescer em cultura pura;

O organismo deve, quando inoculado em animal suscetível, causar a doença específica;

O organismo deve então ser recuperado do animal e identificado.

Postulados de Koch

❖ Fatores predisponentes: idade, gênero e doenças prévias;

❖ Fatores facilitadores: baixa renda, nutrição insuficiente, más condições de moradia, cuidados médicos inadequados;

❖ Fatores precipitantes: exposição a um agente específico ou a um agente nocivo podem estar associados ao início de uma doença;

❖ Fatores reforçadores: exposição repetida e atividades inadequadas podem agravar uma doença ou estado já estabelecido.

Fatores na Causalidade

O efeito da ação de duas ou mais causas juntas é frequentemente maior do queseria esperado com base na soma de seus efeitos individuais.

Exemplo: Fumante e Exposto à poeira do asbesto

Exposição ao asbesto Hábito de fumar Mortes por câncer de pulmão/100000

Não Não 11

Sim Não 58

Não Sim 123

Sim Sim 602

Interação

500000 casos de AIDS

registrados em adultos

Estima-se que haja 1,2 milhão

de casos de AIDS não

registrados

Cerca de 8 a 10 milhões de

adultos contaminados que não

desenvolveram a doença

Epidemia Oculta

Epidemia Oculta

Segue as etapas do método científico:

- Observação;

- Formulação de hipóteses e Predição de fatos novos;

- Verificação das hipóteses e suas consequências.

Epidemiologia

Descritiva

Epidemiologia

Analítica

Método Epidemiológico

(Observação e Formulação de hipóteses)

O quê? Definição precisa do fenômeno sob investigação

Quem? Pessoas envolvidas na ocorrência do fenômeno.

Quando? Período de tempo da ocorrência do fenômeno.

Onde? Local de ocorrência do fenômeno.

Epidemiologia Descritiva

Análise Comparativa da

Expectativa de Vida no Mundo

ano 2000 e projeção para 2025

Faz a análise gráfica da mortalidade proporcional por grupos etários:

- menores de 1 ano

- de 1 a 4 anos completos;

- de 5 a 19 anos completos;

- de 20 a 49 anos completos;

- 50 ou mais anos de idade.

Permite uma visualização rápida do nível de saúde da população:

Forma de U menor desenvolvimento

Forma de J maior desenvolvimento

Curva Nelson de Moraes

(Formulação e Comprovação de hipóteses)

◆ Busca explicar um fenômeno novo.

◆ Aprofunda e/ou especifica um fenômeno estudado:

- permite predições mais precisas;

- explica maior número de observações prévias;

- explica com detalhes observações anteriores;

- sugere novas observações;

- relaciona fenômenos que antes não estavam conectados.

Epidemiologia Analítica

• EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA

Exame da distribuição de uma doença em uma população e observação dos

acontecimentos básicos de sua distribuição em termos de TEMPO, LUGAR

E PESSOAS.

• EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA

Provando uma hipótese específica acerca da relação de uma doença auma causa, conduzindo estudos epidemiológicos que se relacionem àexposição de interesse com a doença.

Epidemiologia Descritiva x Analítica

As três características essenciais das doenças que nós observamos na Epidemiologia Descritiva.

Tempo

LugarPessoa

Tríade da Epidemiologia Descritiva

TEMPO

MUTÁVEL OU ESTÁVEL?

VARIAÇÃO SAZONAL

AGRUPADO (EPIDÊMICO) OU UNIFORMEMENTE DISTRIBUIDO (ENDÊMICO).

.LUGAR

GEOGRAFICAMENTE RESTRITO OU DISPERSO (PANDÊMICO).

RELACIONADO À ÁGUA OU A ALIMENTOS.

GRUPOS MÚLTIPLOS OU SOMENTE UM?

PESSOA

IDADE, CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA, SEXO, ETNIA, COMPORTAMENTO

Tríade da Epidemiologia Descritiva

A EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA antecede a epidemiologia analítica

Para empreender um estudo epidemiológico analítico você deve primeiro:

• Saber onde observar.

• Saber o que devemos controlar

• Ser capaz de formular hipóteses compatíveis com as evidencias

laboratoriais.

As três características essenciais das doenças que nós observamos na Epidemiologia Analítica.

Hospedeiro

AmbienteAgente

Tríade da Epidemiologia Analítica

AGENTES

Nutrientes, Tóxicos e/ou venenos, Alérgenos, Radiação, Trauma físico, Micróbios,

Experiências psicológicas

.

FATORES DO HOSPEDEIRO

Carga genética, Estado imunológico, Idade, Conduta pessoal

.

MEIO AMBIENTE

Aglomeramento, Ar atmosférico,

Modo de comunicação do hospedeiro ao agente (vetor, reservatório)

.

Tríade da Epidemiologia Analítica

• SAÚDE PÚBLICA – devido a ênfase na prevenção de enfermidades.

• MEDICINA CLÍNICA – devido a ênfase na classificação das doenças e seus diagnósticos.

• FISIOPATOLOGIA – devido a necessidade de entender mecanismos biológicos básicos da

doença.

• ESTATÍSTICA – devido a necessidade de quantificar a frequência das doenças e sua relação com

os antecedentes.

• CIÊNCIAS SOCIAIS – devido a necessidade de entender o contexto social no qual a doença ocorre

e se apresenta.

Biologia Estatística Ciências Sociais

Conhecimento Multidisciplinar

• Classificar e caracterizar a doença.

• Saber qual o componente de um caso de uma doença.

• Encontrar uma fonte para busca de casos.

• Definir a população de risco da doença.

• Definir o período de tempo do risco da doença.

• Obter permissão para estudar a pessoa.

• Fazer medidas das frequências da doença.

• Relacionar casos à probabilidade na população e tempo de risco.

Mensurando a Frequencia das Doenças

1. Entender a história da doença

2. Diagnóstico comunitário – Prevalência da doença numa comunidade

3. Avaliação de risco para o individuo

4. Estudos da efetividade dos serviços de saúde

5. Completando o quadro clínico

6. Identificação dos sintomas

7. Identificação das causas

Propósitos da Epidemiologia

• Identificação da ÁGUA como o maior reservatório e veículo das

doenças comunicáveis, tais como: cólera e febre tifoide (1849 – 1856).

• Identificação de ARTROPODES vetores de muitas doenças – malária,

febre amarela, doença do sono, tifo (1895 – 1909).

• Identificação do portador assintomático como um importante vetor da

febre tifoide, difteria e poliomielite (1893 – 1905).

Conquistas da Epidemiologia

• TABAGISMO encontrado como a causa principal do câncer pulmonar,

enfisema e doença cardiovascular.

• Erradicação da VARÍOLA (1978).

• Infecção perinatal do HBV como causa de carcinoma hepatocelular

câncer comum na China e África Meridional (1970 – anos 80)

• Identificação da AIDS, prognóstico das causas por um vírus

transmitido via sexual (1981 – 1983), e desenvolvimento das medidas

preventivas ANTES da identificação do vírus.

Conquistas da Epidemiologia