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UFBA – Universidade Federal da Bahia NPGA - Núcleo de Pós-graduação em Administração CPA - Programa de Capacitação Profissional Avançada CATARINA SANTOS CUNHA DEYNE MURICY INGRID AMY SILVEIRA E SOUZA MARLUS FIALHO PEREIRA NILSON NÓBREGA Quais as diferenças encontradas entre as atividades de planejamento tático realizadas pelos gerentes nível LL5 no setor de Criação e Desenvolvimento de Produtos da FORD - Bahia e as atividades de planejamento tático preconizadas pela teoria, a fim de medir o distanciamento entre elas . Salvador 2004

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Page 1: CATARINA SANTOS CUNHA DEYNE MURICY INGRID AMY … · Peter Drucker (1995, p. 63) assinala a importância fundamental das organizações no tempo atual, conferindo-lhes o papel de

UFBA – Universidade Federal da Bahia NPGA - Núcleo de Pós-graduação em Administração

CPA - Programa de Capacitação Profissional Avançada

CATARINA SANTOS CUNHA

DEYNE MURICY INGRID AMY SILVEIRA E SOUZA

MARLUS FIALHO PEREIRA NILSON NÓBREGA

Quais as diferenças encontradas entre as atividades de planejamento tático realizadas

pelos gerentes nível LL5 no setor de Criação e Desenvolvimento de Produtos da FORD -

Bahia e as atividades de planejamento tático preconizadas pela teoria, a fim de medir o

distanciamento entre elas.

Salvador 2004

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CATARINA SANTOS CUNHA DEYNE MURICY

INGRID AMY SILVEIRA E SOUZA MARLUS FIALHO PEREIRA

NILSON NÓBREGA

QUAIS AS DIFERENÇAS ENCONTRADAS ENTRE AS ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO TÁTICO REALIZADAS PELOS GERENTES NÍVEL LL5 NO SETOR DE CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE

PRODUTOS DA FORD – BAHIA E AS ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO TÁTICO PRECONIZADAS PELA TEORIA, A FIM

DE MEDIR O DISTANCIAMENTO ENTRE ELAS. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Administração, Universidade Federal da Bahia. Orientador: Prof. Robinson Tenório

Salvador 2004

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“ (...) para se chegar, aonde quer que seja , aprendi

que não é preciso dominar a força, mas a razão. È preciso, antes de mais nada, querer. ”

Amyr Klink, 1999

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RESUMO

Esta monografia consistiu em discutir a função gerencial na organização contemporânea, com vistas a reconhecer a tensão existente entre concepções prevalecentes e inovadoras sobre organização, gerência e planejamento. Baseado na abordagem teórica de diversos autores, pôde-se oportunizar um comparativo do planejamento tático que é realizado na teoria e o que é realizado na prática em pesquisa baseada numa análise qualitativa e interpretativa, desenvolvida com os gerentes regionais LL5 da Ford – Bahia. A pesquisa apontou um equilíbrio entre o planejamento e acompanhamento das atividades, existe uma preocupação maior quanto ao acompanhamento na prática, demonstrando a grande necessidade de estar junto com a execução para garantir que o plano seja executado conforme planejado. Palavras-chave: Planejamento; Planejamento Tático; Organização; Função Gerencial; Gerência Regional – Ford Bahia.

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ABSTRACT

This work consisted in arguing the managemental function in the organization contemporary, with sights to recognize the existing tension between predominant and innovative conceptions on organization, management and planing. Based on the theoretical boarding of diverse authors, can be done a comparative degree of the tactical planning that is carried through in practical in research based on a qualitative and interpretative analysis, developed with the regional LL5 controlling of the Ford Bahia. The research pointed a balance between the planning and accompaniment of the activities, exists a bigger concern how much to the accompaniment in the pratical one , demonstrating the great necessity to be together with the execution to guarantee that the plan is executed as planned. Keywords: Planning; Tactical Planning; Organization; Managemental function; Manages Regional – Ford Bahia.

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1. INTRODUÇÃO

No cenário produtivo atual assiste-se a uma multiplicação de

estratégias de organização do processo do trabalho. Dentro de cada um

dos modelos inovadores que se apresentam, a função gerencial adquire

determinadas características atribuindo maior ou menor centralidade à

figura do gerente.

O estudo da função gerencial não pode desprezar a compreensão de

sua trajetória histórica, visto que esse foi um dos grupos que mais

sofreram transformações ao longo do tempo. O primeiro golpe contra o

nível gerencial vem com o advento do taylorismo: suas atividades são

sistematizadas, centralizadas e redistribuídas de maneira fragmentada

entre uma série de técnicos e especialistas. No pós-guerra as empresas

cresceram significativamente, o que resultou numa multiplicação de níveis

e redução da informalidade no âmbito organizacional. As decisões

estratégicas passaram a se concentrar nas cúpulas diretivas, relegando

aos gerentes de linha uma autonomia restrita às rotinas diárias.

A figura do gerente, no início deste século, aparece na obra de Fayol

(1989) associada às funções de planejamento, organização, comando e

coordenação. Preocupado fundamentalmente com a estruturação

organizacional, o autor se volta para a questão da distribuição de

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autoridade e competência entre funções gerenciais no interior das

organizações. A partir daí, desenvolvem-se diferentes visões acerca do

papel gerencial, ora colocando em xeque as concepções teóricas, ora

procurando sintetizar o que ocorre na prática. A princípio, os gerentes

deveriam exercer uma atividade diferenciada dos demais, que seria de dicar

a maior parte de seu tempo em planejamento, desenvolvimento de novas

metas e treinamento. Mas o que impera é o envolvimento constante nas

atividades operacionais, participando muitas vezes de decisões oriundas

de problemas normalmente não esperados, que poderiam e/ou deveriam

ser delegadas.

As atividades gerenciais são fundamentais para as empresas se

organizarem e atingirem os seus objetivos, entretanto, observando-se a

maioria das organizações, nota-se que existem mitos e verdades em

relação a estas atividades. Podemos citar alguns exemplos:

MITOS VERDADES

Atuação baseada em ações

ordenadas e planejadas, num

processo decisório

acentuadamente racional e

impessoal.

Atuação baseada em ações

desordenadas e intermitentes,

marcado por decisões intuitivas

e influenciadas por lealdade

pessoais e comunicações verbais

face a face

Trabalho programado, com

algumas fases previsíveis

Trabalho não-programado e em

grande parte imprevisível.

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algumas fases previsíveis grande parte imprevisível.

Instrumento de trabalho:

objetivos, planos, programas,

metas, resultados e prazos

Instrumento de trabalho:

surpresas, sustos, contingências,

problemas.

Reúne-se para planejar e resolver

problemas

Reúne-se para discutir as

dificuldades das rotinas e

debater temas na presunção de

que poderá haver problemas

Fonte: Motta, 2002.

Este estudo visa descobrir quais as diferenças encontradas entre as

atividades de planejamento tático realizadas pelos gerentes nível LL5 no

setor de Criação e Desenvolvimento de Produtos da FORD - Bahia e as

atividades de planejamento tático preconizadas pela teoria, a fim de medir o

distanciamento entre elas.

Foi escolhida a área de planejamento, por ser a principal das atividades

gerenciais, influenciando diretamente todas as outras.

Segundo Chiavenato (1999, p. 8-16), o planejamento pode ser definido

como “o que uma organização pretende fazer no futuro e como fazê-lo”. É a

primeira função administrativa, definindo objetivos e decidindo sobre as

tarefas e os recursos necessários para alcançá-los.. O planejamento é

orientado para resultados, prioridades, vantagens e mudanças,

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melhorando o controle através da definição dos objetivos. Esta função

administrativa pode possuir três níveis: Institucional - do tipo estratégico,

ligado à direção de uma organização; Intermediário - do tipo tático, ligado

à gerência, que é o objeto desta pesquisa; e o Operacional - ligado à

supervisão. O Planejamento tático tem o conteúdo menos genérico e mais

detalhado, em médio prazo, abordando cada unidade operacional em

separado. Este planejamento deve traduzir e interpretar as decisões

estratégicas.

Segundo Vicente Falconi (2001, p. 54-59), o gerente deve guardar

seu tempo para três ações básicas: treinar seus colaboradores imediatos,

atuar nas anomalias relatadas pela supervisão buscando soluções

definitivas e planejar o futuro, conduzindo melhorias em sua área. Para

isto quanto melhor a equipe, para assimilar os treinamentos e

desempenhar de forma eficiente e eficaz as atividades operacionais, mais

sobrará tempo para o planejamento.

Na visão de Paulo Roberto Motta (2002, p. 121-140) que faz uma

análise da evolução da administração clássica até a administração atual, o

dilema que traduz o gerenciamento na prática e teoria advém de diversos

aspectos, dentre eles a incompreensão sobre as mudanças importantes

que não surgem de alterações iniciadas pela administração, mas sim de

um processo dialético que ocorre nas organizações de forma

absolutamente natural, quer a administração interfira ou não. Outra

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questão colocada por Motta é que existem habilidades gerenciais que têm

de ser conquistadas no dia-a-dia, enfrentando as contradições e mutações

da empresa moderna; outras habilidades são sistematizadas e podem ser

apreendidas por aqueles que se dedicam à gerência como profissão. Como

as organizações são diferentes, para cada uma delas exige-se um novo

aprendizado. É a compreensão da realidade e a sistematização dos

comportamentos típicos que envolvem os estudos de gestão no que

concerne ao alcance de eficácia na ação gerencial. Serão analisadas neste

trabalho as crenças e verdades mais comuns às atividades dos dirigentes e

que foram sutilmente classificados por Motta.

Fernando C. Prestes Mota (1986, p. 40-41) procura mostrar que por

trás do ´super-homem gerencial´ está a imagem de um indivíduo alicerçado

na realidade decisória, no planejamento sistemático e na eficiência da

supervisão e controle, o que se choca frontalmente com a realidade

contemporânea, marcada pela crescente complexidade e mutabilidade.

Além de considerar a mutabilidade e complexidade do cenário em que

estão inseridos os Novos Modelos Organizacionais, as técnicas de

gerenciamento estão longe de ser um produto ou objeto pronto a ser

usado e apresenta-se como um construto sempre inacabado. Nele, a

transposição de práticas tradicionais em direção a novas propostas de

produtividade se opera segundo uma tensão permanente entre as lógicas

da organização e da inovação.

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Peter Drucker (1995, p. 63) assinala a importância fundamental das

organizações no tempo atual, conferindo-lhes o papel de motor

desestabilizador para que se processe as mudanças necessárias à

evolução. Na sua concepção há uma grande descentralização de poder,

cabendo às organizações funcionarem como “centros descentralizados”,

catalisadores de transformações nas comunidades onde se inserem. No

cenário de drásticas mudanças previsto por Druker, a organização tem que

se preparar para o abandono daquilo que fazem e planejar

sistematicamente a inovação, num ciclo em que o processo sempre

recomeça. Esse processo requer forte descentralização para viabi lizar

decisões rápidas, consoantes com o mercado, mudanças tecnológicas,

sociais, ambientais, demográficas e no conhecimento. Funcionar em tal

ambiente requer nova forma de gerenciar, onde a criatividade e autonomia

são requisitos essenciais face ao reordenamento gerencial.

Segundo Michael Porter no texto “O que é estratégia”, não podemos

confundir efetividade operacional com estratégia, ambas são essenciais,

entretanto funcionam de formas diferentes. A efetividade operacional é a

realização das atividades iguais, melhor que os competidores; o

posicionamento estratégico é a realização das atividades diferentes

daquelas dos concorrentes ou a realização das mesmas tarefas porém de

forma diferente. Por diversas vezes encontramos empresas que não

conseguem ter uma estratégia e às vezes, mesmo tendo, acabam por não

segui-la corretamente. As ameaças à estratégia podem vir de fora

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(concorrentes, economia, tecnologia) ou de dentro (gerentes sem perfil,

funcionários desmotivados, falta de acompanhamento, dentre outros),

fazer a escolha certa é muito difícil e a decisão errada pode levar à perda

do foco por parte da empresa.

2. QUESTÕES DE REFERÊNCIA

As questões operacionais que serão utilizadas para a respostas da

pergunta problema são as seguintes:

2.1. Questões Teóricas

Para todas as questões teóricas utilizaremos como referência a

literatura contemporânea.

2.1.1. Como deve ser feita a definição dos objetivos?

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2.1.2. Como deve ser feita a análise da situação atual da empresa?

2.1.3. Como devem ser verificadas as premissas em relação ao futuro

da empresa e do segmento de mercado?

2.1.4. Como são montadas as alternativas de ação e como é o

processo de escolha da melhor alternativa?

2.1.5. Como é feita a implantação do plano escolhido e a avaliação

dos resultados?

2.2. Questões Operacionais

Para todas as questões utilizaremos como sujeito/informante os

gerentes nível LL5 do setor de Criação e Desenvolvimento da Ford - BAHIA.

2.2.1. Quais as etapas do planejamento desenvolvidas pelos gerentes

regionais?

2.2.2. Qual a compreensão dos gerentes regionais em relação ao

planejamento estratégico?

2.2.3. Como é verificada a situação atual da empresa pelos gerentes

regionais?

2.2.4. Como os gerentes regionais apuram as premissas em relação

ao futuro?

2.2.5. Como são levantadas e definidas as alternativas de ações pelos

gerentes regionais?

2.2.6. Como é realizado pelos gerentes regionais o acompanhamento

dos resultados entre o planejado e o realizado?

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2.2.7. Como é elaborado pelos gerentes regionais o programa de

treinamento operacional dos subordinados?

2.2.8. Qual o tempo médio dedicado dos gerentes regionais ao

planejamento mensalmente?

3. REVISÃO DA LITERATURA

Segundo Chiavenato (1999, p216-217), o planejamento deve seguir

alguns passos:

- definir objetivos;

- verificar a situação atual em relação aos objetivos;

- desenvolver premissas quanto às condições futuras;

- analisar as alternativas de ação;

- escolher o curso de ação entre as alternativas;

- implementar o plano e avaliar os resultados

Neste capítulo iremos detalhar cada passo, afim de verificar as

atividades preconizada pela teoria.

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3.1 A definição dos objetivos

Os objetivos, também chamados de metas, representam o ponto final

do planejamento; o fim em direção ao qual a organização como um todo

deve se caminhar. Eles são as coisas que queremos que aconteça. Eles

podem ser divididos em finais, que são os pontos finais de um plano e uma

vez atingido, encerra a execução do planejamento e em intermediários, que

são os pré-requisitos a serem atingidos para que seja possível atingir o

objetivo final. (Prado, 1998, p 44)

Para que os objetivos, tanto finais como intermediários, sejam

melhores entendidos, devem ser expressos de forma específica e em termos

numéricos. Objetivos vagos não dão condições aos administradores de

determinarem, por sua vez, os seus objetivos intermediários. Devem ser

estabelecidas as premissas, que consistem em dados de previsão baseados

em fatos, diretrizes básicas aplicáveis e planos existentes na empresa,

obtendo autorização para utilizá-la e divulgá-las. (Prado, 1998, p50)

Segundo Chiavenato, o estabelecimento dos objetivos que se

pretende alcançar é o primeiro passo do planejamento, que devem orientar

todos os principais planos, servindo de base aos objetivos departamentais

e a todos os objetivos das áreas subordinadas. Eles devem especificar os

resultados desejados e os pontos finais a que se pretende chegar, para se

conhecer quais os passos intermediários para chegar lá. (Chiavenatto,

1999, p216)

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Falar de planejamento é falar de futuro e falar de futuro é falar de

objetivos. Os objetivos constituem a mola mestra da administração, a

focalização para onde deve convergir todos os esforços da organização, o

ponto onde as coisas devem chegar. Os planos constituem meios para se

chegar até esse ponto. Porém, os objetivos fazem parte de um contexto

mais amplo: a missão e a visão das organizações. (Chiavenatto, 1999,

p247).

A importância quanto á definição dos objetivos de forma clara,

específica e em termos numéricos é muito importante para a elaboração do

plano e o sucesso de sua execução. O estabelecimento dos objetivos é o

primeiro passo visando o último passo que é o atingimento dos mesmos.

Quanto melhor forem definidos os objetivos, maiores o risco e a

incerteza sobre a possibilidade de alcançá-los. “se alguém não sabe aonde

vai, qualquer caminho o levará lá”. Esse tipo de repressão da incerteza cria

uma segurança aparentemente ao dirigente, pois qualquer alternativa

escolhida é facilmente justificável. Mas algum sentido de direção já é

imposto pela própria adaptação da empresa ao seu ambiente e o dirigente

pode não ter a consciência desse caminho em razão da falta de definição

de objetivos. O planejamento é a conseqüência futura da decisão presente

(Motta, 2002, P100-101).

Imaginar respostas adequadas para essas questões não é simples

nem honesto. Requer uma bagagem razoável de conhecimentos

embasados em situações reais e um grau de percepção acima do normal.

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A estratégia preocupa -se basicamente com a seleção de metas e objetivos.

Muitas pessoas, incluindo executivos mais experimentados, acreditam que

é mais fácil estabelecer ou tentar atingir objetivos do que avaliá-los. Em

parte, isso é conseqüência de treinamento na solução de problemas mais

do que na sua estruturação. Também é oriundo de uma tendência para

confundir valores, que são expressões fundamentais da personalidade

humana, com objetivos que são dispositivos para proporcionar coerência

às ações (Mintzberg, 2001, p. 66)

O estabelecimento dos objetivos de forma clara deixa o desafio

bastante evidente, podendo causar uma incerteza e uma insegurança por

parte dos gerentes nas tomadas de decisão e conseqüentemente os erros

que possam acontecer estarão também bem evidentes. É importante que a

organização saiba medir e controlar estas ações, afim de dar liberdade e

segurança para que os gerentes possam explorar a criatividade e quando

necessário, a ousadia.

O objetivo é também algo que se quer alcançar em determinado

período. Metas são partes de um objetivo, tanto em termos de tarefas em si

quanto do prazo de realização (Ambrósio, 1999, p.31).

È importante também, além da clareza dos objetivos, o período de

execução estar bem definido, para que possa orientar as ações a serem

tomadas.

Um planejamento de produção determina como, onde e a que custo

o produto desenvolvido pelo projeto deverá ser manufaturado, fornecendo

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portanto, os dados básicos para o estabelecimento da programação. O

trabalho do planejamento, direto ou indiretamente, afeta toda a

organização, por meio dos documentos de planejamento, ferramentas,

estimativas, etc. (Zaccarelli, 1986, p.73)

Um dos grandes dilemas da administração tem sido a congruência

entre os objetivos organizacionais e objetivos individuais. Para muitos

autores, eles nunca forma compatíveis. Quase sempre, a realização de um

é a conseguido às custas da realização do outro. Quando as pessoas

ingressam nas organizações, perseguem seus próprios objetivos

individuais que são situações desejadas que cada pessoa deseja alcançar,

como ocupar um cargo, ganhar um salário, receber benefícios sociais,

conquistar status, etc. Porém, as organizações exigem que cada pessoa

contribua para a realização dos seus objetivos organizacionais que é um

estado desejado que a organização pretende atingir e que orienta seu

comportamento em relação ao futuro, como produtividade, lucratividade,

redução de custos, qualidade e competitividade. Assim surge o dilema para

onde seguir, rumo aos objetivos individuais ou aos organizacionais. À

medida que cada objetivo individual vai sendo realizado, outros mais

sofisticados e avançados são formulados, em uma seqüência sem fim. No

caso do objetivo organizacional, quando é alcançado deixa de ser uma

imagem orientadora para se incorporar à organização como algo real e

atual (Chiavenatto, 1999, p256-257).

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As organizações somente existem quando ocorrem simultaneamente

três condições: Interação entre duas ou mais pessoas; Desejo e disposição

para cooperar e finalidade de alcançar objetivos comuns. Quando a

organização é composta de poucas pessoas, os objetivos organizacionais

confundem-se como os objetivos individuais de cada uma delas, mas à

medida que ela cresce e requer um volume maior de atividades e,

conseqüentemente de pessoas, tornam-se necessários uma maior divisão

do trabalho e um desdobramento da hierarquia. Assim, os objetivos

organizacionais permanecem próximos aos objetivos pessoais daqueles que

criaram a organização e estão na cúpula da hierarquia, mas se distanciam

gradativamente dos objetivos pessoais daqueles que estão nos níveis mais

baixos (Chiavenatto, 1999, p257).

A organização oferece uma variedade de incentivos para obter a

cooperação das pessoas em todos os níveis hierárquicos. Dentre desse

esquema, cada pessoa precisa alcançar simultaneamente os objetivos

organizacionais (para se manter ou crescer na organização) e seus

objetivos individuais (para obter satisfações pessoais)(Chiavenatto, 1999,

p258).

A fixação de objetivos organizacionais deve ser em função do

propósito, recursos, oportunidade, valores e ameaças colocadas na

ambiência; para tanto, é necessário melhorar sempre a compreensão sobre

a capacidade real (da empresa) de responder às demandas e de processar

os apoios que recebe; em conseqüência, buscar a coerência e a integração

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internas pela racionalidade dos objetivos, e não por qualquer racionalidade

antecedente imposta pela estrutura organizacional (Motta, 2002, p102-

103).

A sintonia entre os objetivos organizacionais e os individuais será

determinante para criar um o ambiente trabalho propício para atingir

objetivos mais desafiadores, favorecendo um diferencial fundamental para

vencer a concorrência.

Para serem úteis, os objetivos devem ser:

- Mensuráveis: capazes de definir quando são atingidos ou não;

- Realistas: que possam ser alcançados no período de tempo

estabelecido e com os recursos disponíveis;

- Desafiadores: que requeiram esforço das pessoas;

- Definidos no tempo: que exijam um lapso de tempo para sua

consecução;

- Relevantes: Que cubram as principais áreas de resultados da

organização;

- Motivadores: Que estejam legados a recompensas pessoais pelo seu

alcance. (Chiavenatto, 1999, p.263)

3.2 A análise da situação atual da empresa

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Simultaneamente à definição dos objetivos, deve-se avaliar a

situação atual em contraposição aos objetivos desejados, verificar onde se

está e o que precisa ser feito. (Chiavenatto, 1999, p.216)

Isto significa levantar os fatores críticos de sucesso que é

fundamental para a realização dos objetivos. Existem duas maneiras de

identificá-los: A primeira é dissecar os recursos organizacionais (análise

organizacional) e o mercado (análise ambiental) de maneira imaginativa

para identificar os segmentos que são mais importantes; a segunda é

descobrir o que distingue as organizações bem-sucedidas das mal-

sucedidas e analisar as diferenças entre elas, aplicando o benchmarking,

que é um processo contínuo e sistemático de pesquisa para avaliar

produtos, serviços e processos de trabalho de organizações que são

reconhecidas como líderes empresariais ou representantes das melhores

práticas, com o propósito de aprimoramento organizacional. Este último,

encoraja as organizações a pesquisar os fatores-chave que influenciam a

produtividade e a qualidade em qualquer função ou área de atividade. É

uma fonte inesgotável de idéias proporcionadas por outras organizações.

(Chiavenatto, 1999, p.219-220).

A análise ambiental refere-se ao exame das condições e variáveis

ambientais, suas perspectivas atuais e futuras, a coações e restrições, os

desafios e contingências, as oportunidades e brechas percebidas no

contexto ambiental que envolve a organização. Ela leva em conta o que

existe em termos de possibilidades viáveis e de riscos que cercam a

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organização e aponta como ela poderia servir melhor a sociedade em um

contexto altamente competitivo e mutável. Deve focalizar os componentes

do micro-ambiente, como clientes, fornecedores, concorrentes e agências

reguladoras, e os principais fatores do macro-ambiente, como as

econômicas, sociais, tecnológicas, culturais, legais, políticas, demográficas

e ecológicas. A análise organizacional examina as condições atuais, os

recursos disponíveis, potencialidades e habilidade, forças e fraquezas,

estrutura organizacional, capacidades e competências, levando em conta o

que a organização produz (produtos ou serviços), como ela produz

(qualidade, custo, produtividade), para quem ela produz (mercado de

clientes, concorrentes) com o que ela produz (tecnologia, pessoal, recursos

próprios ou de terceiros, fornecedores) para se ter uma idéia clara de suas

vantagens competitivas e de como utilizá-las melhor. (Chiavenatto, 1999,

p328-329).

O mundo atual está mais complexo, ambíguo e de mudanças

extremamente velozes, que desatualizam rapidamente conhecimentos,

tecnologias e análises antecipatórias. As dimensões racionais da gerência

tornaram-se tanto mais necessárias para enfrentar riscos e incertezas

quanto mais vulneráveis às mudanças impr evistas e incontroláveis.

(Motta, 2002, p95).

Nesta parte, deve-se localizar o leitor do plano no tempo e no espaço,

iniciando com uma informação fundamental: qual a razão de ser do plano.

Em seguida iniciar a descrição da situação a partir de um nível

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macroeconômico, isto é, com uma explicação acerca do clima econômico,

político e social do país, descrevendo por que este contexto oferece uma

oportunidade para a organização, iniciando pelos aspectos macro e

afunilar gradualmente para aspectos mais micro. O próximo passo é

apontar onde a organização está localizada em seus mercados estratégicos

e áreas de interesses explicando a posição da empresa com relação a seus

concorrentes. Deve-se conter também uma análise resumida da situação

do produto. (Ambrósio, 1999, p.29-30).

Segundo Oliveira (1997, p. 65-70) nesta fase, também chamada de

auditoria de posição, deve-se determinar “como se está”. Esta fase é

realizada através de pessoas representativas das várias informações, que

analisam e verificam todos os aspectos inerentes à sua realidade externa e

interna. A fase do diagnóstico estratégico pode ser dividida em quatro

etapas básicas, a saber:

- Identificação da visão: nesta etapa identificam-se quais são as

expectativas e os desejos dos acionistas, conselheiros e elementos da Alta

Administração da empresa, tendo em vista que esses “aspectos”

proporcionam o grande delineamento do planejamento estratégico a ser

desenvolvido e implementado. A visão por ser considerada como os limites

que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro

de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla.

Algumas vezes, a visão pode configurar-se em uma situação irrealista

quanto aos “destinos” da empresa. Entretanto, esta situação não é

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preocupante, pois ocorrerá posteriormente uma análise interativa da

empresa diante das oportunidades e ameaças ambientais.

- Análise externa: esta etapa verifica as ameaças e oportunidades

que estão no ambiente da empresa e as melhores maneiras de evitar ou

usufruir dessas situações. A empresa deve olhar para fora de si, para o

ambiente onde estão as oportunidades e ameaças. Esta análise deverá ser

efetuada pela empresa como um todo, considerando uma série de tópicos,

entre os quais se pode destacar: mercado nacional e regional, mercado

internacional, evolução tecnológica, fornecedores, aspectos econômicos e

financeiros, aspectos sócio-econômicos e culturais, aspectos políticos,

entidades de classe, órgãos governamentais, mercado de mão-de-obra e

concorrentes.

- Análise interna: esta etapa verifica os pontos fortes, fracos e

neutros da empresa. É fundamental para o sucesso da estratégia que a

área de atuação da empresa seja escolhida, considerando aquilo que ela

melhor pode fazer, ou seja, a empresa deve ser “puxada” pelas suas

principais capacidades. Alguns dos fatores a serem considerados na

análise interna são: produtos de linha, novos produtos, promoção,

comercialização, sistema de informações, estrutura organizacional,

tecnologia, suprimentos, parque industrial, recursos humanos, estilo de

administração, resultados empresariais, recursos financeiros/finanças,

controle, e imagem institucional.

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- Análise dos concorrentes: na realidade, esta etapa decompõe um

aspecto da etapa da análise externa. Entretanto, o seu tratamento deve ser

detalhado, pois o seu produto final irá proporcionar a identificação das

vantagens competitivas da própria empresa e dos concorrentes.

3.3 As premissas em relação ao futuro da empresa e do segmento

de mercado

Estas premissas constituem os ambientes esperados dos planos em

operação. Com a organização opera em ambientes complexos. Trata-se de

gerar cenários alternativos para os estados futuros das ações, analisando o

que pode ajudar o prejudicar o progresso em direção aos objetivos.

(Chiavenatto, 1999, p.216).

As mudanças no meio externo ocorrem com tal intensidade e

velocidade que o futuro se torna cada vez mais imprevisível. Já não se

fazem futuros como antigamente. Planejar o futuro é menos fruto das

projeções e inferências sobre o passado e mais resultado de provisões e

conjecturas. Hoje, o planejamento empresarial baseia-se, em grande parte,

em conhecimentos inéditos, oriundos de visões imaginativas, a respeito de

fenômenos sobre os quais inexistem dados, e que são estruturados em

forma de cenários ou futuros alternativos. (Motta, 2002, p.96).

O plano está voltado para o futuro e, portanto estas condições

também devem ser consideradas nesta realidade. Desta maneira devem ser

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analisadas e previstas, quais as condições que permanecerão inalteradas

durante todo o período abrangido pelo plano; quais as novas condições que

surgirão ou poderão surgir; quais as que deixarão de existir e as que

embora permanecendo, sofrerão mudanças. (Prado, 1997, p.50).

Em um plano de marketing, as projeções devem ser elaboradas

levando-se em conta hipóteses econômicas, bem como o crescimento da

economia (PIB), inflação, taxa cambial e outros fatores macroeconômicos

que afetam o mercado. (Ambrósio, 1999, p.40).

Um dos elementos básicos da competição estratégica é a capacidade

de prever riscos e lucros com exatidão e certeza suficientes para justificar

o investimento correspondente. (Montgomery e Porter, 1998, p7).

Um conselho diretor responsável e eficaz exige da sua gerência uma

estratégia corporativa única e durável, a revisa periodicamente para

avaliar sua validade, a utiliza como ponto de referência para todas as

demais decisões do conselho e ainda divide com a gerência os riscos

associados com adoção dessa estratégia.” (Montgomery e Porter, 1998, p.

470).

3.3 As alternativas de ação e o processo de escolha da melhor

alternativa

Das alternativas possíveis, deve haver necessidade de determiná-las,

visando aquelas que se mostram mais razoáveis. Para sua realização, em

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casos mais complexos, utilizam-se técnicas de análise matemática,

financeira, dentre outras. Dentre destas, podemos destacar a pesquisa

operacional, a teoria da probabilidade, dos jogos e das filas de esperas. É

importante buscar alternativas viáveis e estabelecer os objetivos

intermediários, suas premissas e condições, sempre compatíveis com o

objetivo final. (Prado, 1997 p.51)

Toda escolha envolve decisões e toda decisão envolve riscos. Desta

maneira, quando se quando se decide o curso de ação a ser adotado,

assume-se também os riscos que foram calculados inerentes ao curso

escolhido. (Prado, 1997 p.52)

A busca e análise do dos cursos alternativos de ação, trata-se de

relacionar e avaliar as ações que devem ser empreendidas, escolhendo

uma delas para perseguir um ou mais objetivos e fazer um plano para

alcançar os objetivos. O curso de ação mais adequado para alcançar os

objetivos propostos evidentemente é o que deve ser selecionado

(Chiavenato, 1999, p.217)

Para seguir um determinado curso de ação, deve-se abandonar

outros cursos que apresentam como alternativas. Esse processo de seleção

pode ser tanto uma simples ação reflexa ou condicionada ou um produto

de uma cadeia complexa de atividades chamada planejamento ou previsão.

Em qualquer caso, todo o curso de ação é orientado para um objetivo a ser

alcançado. A racionalidade está implícita nesta atividade de escolha. A

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alternativa é escolhida com os meios apropriados para alcançar um

determinado fim. È uma decisão racional. (Chiavenato, 1999, p.286).

Dos inúmeros testes que poderiam ser legitimamente aplicados a

uma estratégia de negócios, a maioria se encaixa nos seguintes critérios

gerais:

- Consistência: a estratégia não deve apresentar metas de políticas

mutuamente inconsistentes;

- Consonância: a estratégia precisa representar uma reação

adaptável ao ambiente externo e às mudanças críticas que nele ocorrem;

- Vantagem: a estratégia precisa proporcionar e/ou manter uma

vantagem competitiva na área de atividades selecionada.

- Viabilidade: a estratégia não pode sobrecarregar os recursos

disponíveis nem criar subproblemas insolúveis. (Mintzberg, 2001, p. 66).

3.4 A implantação do plano escolhido e a avaliação dos

resultados

Para a avaliação, são empregadas técnicas especiais que orientam a

tomada de decisão, que é a essência do planejamento. Deve ser analisado,

considerando suas vantagens e desvantagens, tanto para se conseguir o

objetivo, quanto em relação ao seu custo. (Prado, 1997 p.51).

O objetivo final somente terá garantia de ser alcançado se os

objetivos intermediários forem alcançados. Desta maneira, todos os planos

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derivados também devem ter seu controle planejado e executado. (Prado,

1997 p.52).

Em sua obra princípios de Administração, Koontz & O’Donnell

estabeleceram dez requisitos para controles eficientes e adequados: Devem

refletir a natureza e as necessidades das atividades; devem acusar

imediatamente os desvios; devem estar voltados para o futuro; devem

apontar as exceções em pontos estratégicos; devem ser objetivos; devem

ser flexíveis; devem refletir o padrão da organização; devem se econômicos;

devem ser compreensíveis; deve indicar as ações corretivas. O controle

resume-se na comparação dos planos com os resultados obtidos com base

em padrões de avaliação pré-estabelecidos, enquanto registrar implica

somente no relato dos fatos ocorridos. A maior dificuldade para a criação

de controles está em estabelecer padrões e parâmetros de avaliação, que

proporcionem uma visão clara e objetiva dos resultados a serem

alcançados. Um bom controle deve estar compatível com o planejamento,

permitir ação imediata e avaliação das exceções, refletir a estrutura e

compensar custos. Existem os mais variados tipos de controles, mas os de

importância fundamental são: Orçamentos; análise de operações e análise

de ponto de equilíbrio. (Prado, 1997 p136-140).

Executar o que o plano determina e avaliar cuidadosamente os

resultados para assegurar o alcance dos objetivos, seguir através do que

foi planejado e empreender as ações corretivas à medida que se tornarem

necessárias. (Chiavenato, 1999, p.217).

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O controle administrativo envolve a avaliação dos resultados, do

desempenho e a tomada de ação corretiva para melhorar o processo

quando necessário. Se os resultados estiverem abaixo do esperado, os

objetivos ou os planos de ação, ou ambos, devem ser ajustados ao

processo de controle. (Chiavenato, 1999, p.223).

Para se avaliar o desempenho, deve-se conhecer algo a respeito dele

e do seu passado. Todo sistema de controle depende da informação

imediata a respeito do desempenho, bem como da unidade de mensuração

a ser utilizada. Esta deve ser expressa de maneira a facilitar uma

comparação entre o desempenho e o objetivo ou padrão previamente

estabelecido. O propósito é verificar se os resultados estão sento obtidos e

quais as correções necessárias a serem feitas. (Chiavenato, 1999, p.641).

Os controles táticos são feitos no nível intermediário e referem-se a

cada uma das unidades organizacionais, orientados para o médio prazo.

Os mais importantes são:

- Controle orçamentário, que é um plano de resultados esperados

em termos numéricos, que monitora e controla as despesas programadas;

- Contabilidade de custos, que são classificadas em custos fixos, que

são os que independem do volume de produção ou o nível de atividade da

organização e em custos variáveis, que são os custos que estão

diretamente relacionadas com o volume de produção ou com o nível de

atividade da organização;

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Com base nos custos fixos e variáveis, pode-se calcular o ponto de

equilíbrio, também chamado de ponto de paridade. É possível traçar um

gráfico que permite mostrar a relação entre a renda total de vendas e os

custos de produção. (Chiavenato, 1999, p.657);

A decisão será facilitada pela demonstração dos resultados

financeiros e pela análise de equilíbrio. A implementação será facilitada

pela programação, enquanto o controle será orientado pelo resultado

financeiro e também pela programação. (Ambrósio, 1999, p.56).

A avaliação da estratégia pode se dar como uma tarefa analítica

abstrata desempenhada, talvez por consultores. Mas, na maioria das

vezes, é uma parte integral de um processo organizacional de

planejamento, revisão e controle. Em algumas organizações, a avaliação é

informal, apenas ocasional, breve e apressada. Outras organizações

criaram sistemas aprimorados com sessões periódicas formais de revisão.

Em ambos os casos, a qualidade da avaliação da estratégia e, em última

análise, a qualidade do desempenho empresarial serão determinados mais

pela capacidade da organização na auto-avaliação e aprendizado do que

pela técnica analítica particular empregada. (Mintzberg, 2001, p. 71)

Na maioria das empresas, a avaliação abrangente da estratégia é

infrequente e, quando isso ocorre, é normalmente desencadeada por uma

mudança na liderança ou por desempenho financeiro. O fato de a

avaliação da estratégia não ser um evento regular nem fazer parte de um

sistema formal tende a ser deplorado por alguns teóricos, mas existem

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várias boas razões pra esse estado de coisas. De forma mais óbvia,

qualquer atividade que se torna um procedimento anual, tende a se tornar

mais automática. Conquanto a avaliação da estratégia em uma base anual

possa levar a um tipo possa levar a um tipo de eficiência na coleta de

dados e análise, há a tendência de canalizar o tipo de perguntas que são

feitas e inibir a reflexão mais generalizada. (Mintzberg, 2001, p. 71)

A avaliação da estratégia é a análise de planos e resultados de

planos que se ocupam basicamente da missão precípua do

empreendimento. Em destaque especial, está a diferença entre resultados

operacionais correntes óbvios e os fatores que embasam o sucesso ou o

fracasso no domínio escolhido de atividade. Seus resultados são a rejeição,

a modificação ou a ratificação de estratégias existentes e planos. Na

maioria das empresas de médio e grande porte, a avaliação da estratégia

não é uma tarefa puramente intelectual. As questões envolvidas são

importantes demais e demasiadamente associadas entre si com a

distribuição de poder e autoridade para que a formulação ou a avaliação

da estratégia aconteça em uma torre de marfim. Com efeito, a maioria da

empresas raramente se engaja na avaliação explícita e formal da

estratégia. Pelo contrário, a avaliação da estratégia corrente é um processo

contínuo e difícil de separar do planejamento normal, dos relatórios, do

controle e do sistema de premiação da empresa. A partir deste ponto de

vista, a avaliação da estratégia não é tanto uma tarefa intelectual como

trata-se de um processo organizacional. (Mintzberg, 2001, p. 72)

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A gestão na mensuração de basear nas seguintes condições:

- Retirar a mensuração da contabilidade e torne-a parte do trabalho

de todos os gerentes.

- Abandonar os indicadores herdados do passado;

- Desenvolva um modelo de sua empresa que ligue seus objetivos

gerais às coisas específicas sob seu controle.

- Desenhar indicadores objetivos, oportunos, fáceis de calcular, e

fáceis de compreender.

- Tornar inevitável a melhoria contínua do desempenho,

incorporando-a num processo disciplinado e medido.

- Permitir que os fatos e medições triunfem sobre a intuição e as

opiniões. (Hammer, 2002, p. 157)

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4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada na pesquisa, foi baseada nos seguintes

aspectos.

4.2. Abordagem

A abordagem será baseada numa análise qualitativa e interpretativa,

inicialmente será utilizado estudo bibliográfico com os autores de

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planejamento mais atuais para que se possam encontrar respostas para as

perguntas teóricas.

A partir da amostra será desenvolvida uma enquete, sendo o objetivo

da pesquisa comparar as informações e descobrir o distanciamento entre a

teoria e a prática.

4.3. Local Geográfico

Esta pesquisa será desenvolvida no setor de Criação e

Desenvolvimento de Produto da FORD - Bahia por se tratar de uma

empresa situada em mercado competitivo e um setor que trabalha

basicamente com projetos, exigindo uma grande necessidade de

planejamento, e onde conseqüentemente, teremos melhores condições de

verificar estes efeitos. Sua sede situa-se à Av. Henry Ford, s/n, no Pólo

Petroquímico da cidade de Camaçari-BA.

4.4. População

A população desta pesquisa foi constituída de todos os gerentes nível

LL5 do setor de Criação e Desenvolvimento da Ford - BA. Farão também

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parte da população o superior e os subordinados imediatos conforme

tabela a seguir.

População

Diretor 1

Gerentes LL5 9

Subordinados 22

4.5. Amostra

Pretendeu-se utilizar a amostra censitária com todos os gerentes

nível LL5 do setor de Criação e Desenvolvimento da Ford - BA, mas por

motivos de adequação da agenda destes gerentes a amostra foi constituída

por 7 gerentes e o superior e os subordinados imediatos conforme tabela a

seguir.

População Amostra

Diretor 1 1

Gerentes LL5 9 7

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Subordinados 22 22

4.6. Instrumentos de Coleta

Foram utilizados dois instrumentos para a coleta dos dados. Para o

diretor e os gerentes LL5 foram aplicadas entrevistas estruturadas

contendo perguntas abertas e fechadas, de acordo com os a nexos A e B,

respectivamente.

Na população dos subordinados, em virtude do grande número de

pessoas, forma aplicados questionários fechados, conforme anexo C.

O anexo D, mostra uma tabela de relacionamento entre os

questionários e as questões operacionais.

A entrevista e o questionário foram construídos após a pesquisa

bibliográfica para que se possam identificar as recomendações teóricas

para os questionamentos.

4.7. Procedimentos

Para os gerentes LL5 e o diretor houve o agendamento prévio de

entrevistas individuais, que teve a duração média de trinta minutos cada

uma, sendo realizadas no local de trabalho.

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Os questionários foram enviados por e-mail para os subordinados e

sua devolução foi em 7 dias, entregue pessoalmente.

4.8. Tratamento

As questões fechadas foram tabuladas e confrontadas inicialmente

entre os cargos para que seja identificada a realidade e em seguida

confrontadas com as respostas preconizadas pela teoria.

As questões abertas serão categorizadas pela similaridade, para

facilitar a compreensão e análise, em seguida serão confrontadas com as

respostas preconizadas pela teoria.

5. RESULTADOS PESQUISAS

Apresentamos os comentários e os resultados das respostas dos

questionários.

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5.1 As etapas do planejamento desenvolvidas pelos gerentes LL5

Quanto às etapas do planejamento, houve uma grande similaridade

na descrição do levantamento das informações e ações necessárias para a

execução do projeto e a técnica 4 W / 1 H. Desta forma, as duas etapas

que mais foram citadas foi o levantamento das informações e ações

necessárias para a execução do projeto e a análise de viabilidade

financeira do projeto, utilizando como fonte principal o FPDS, que é o

documento interno padrão que orienta todos os passos para a elaboração

do planejamento e a execução do projeto.

Os resultados dos questionários para esta questão operacional foram

os seguintes:

5.1.1 Quanto à citação das etapas do planejamento desenvolvida por

cada um:

- G1: Realiza o levantamento das informações e ações necessárias

para a execução do projeto a ser planejado, estabelecimento do tempo,

dos objetivos e análise de viabilidade financeira do projeto;

- G2: Utiliza a técnica 4W / 1H;

- G3: Utiliza a técnica 4W / 1H, faz uma análise de viabilidade

financeira do projeto e uma análise de logística;

- G4: Realiza o levantamento das informações e ações necessárias

para a execução do projeto a ser planejado, análise de viabilidade

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financeira do projeto e a análise da estrutura física e dos recursos

humanos que irão executar o projeto;

- G5: Realiza o levantamento das informações e ações necessárias

para a execução do projeto a ser planejado, a análise de viabilidade

financeira do projeto, a identificação de fatores de desistências de compra,

o levantamento de um estudo para a definição do produto ideal e a

segmentação do atendimento;

- G6: Utiliza a técnica 4W / 1H, a análise de viabilidade financeira

do projeto e uma análise de logística;

- G7: Realiza o levantamento das informações e ações necessárias

para a execução do projeto a ser planejado, a análise do mercado

consumidor e elaboração de mais de uma proposta.

5.1.2 Fontes utilizadas

Quanto às fontes utilizadas, as respostas foram em sua maioria o

FPDS. Apenas dois gerentes que incluíram outras fontes, como pesquisas

específicas, cliente fantasma, pesquisas coorporativas, legislação,

benchmarking e análise da concorrência.

5.2 Compreensão dos gerentes LL5, em relação ao planejamento

estratégico.

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A principal fonte mencionada como fonte inicial foi o Cycle Plan, que

é o nome do planejamento estratégico utilizado na empresa. O Business

Plan que também foi citado, é uma fragmentação em forma de “cascata”,

termo utilizado internamente, do Cylce Plan. A interpretação do

planejamento estratégico é realizada de forma direta e objetiva, pois assim

elas são expostas no Cycle Plan. Os objetivos, metas e o prazo são as

informações mais citadas que são extraídas do Cycle Plan, para que seja

iniciada a elaboração do planejamento. A participação na no planejamento

estratégico é considerada que são através de “inputs” (termo utilizado

internamente na empresa), que são sugestões, críticas e informações

adicionais fornecida em reuniões com a diretoria afim de acompanhar o

andamento do realizado com o planejamento estratégico e realizar as

possíveis correções que sejam necessárias. Na elaboração do plano não há

nenhuma participação dos gerentes LL5. Desta forma, para esta questão

operacional, a fonte baseada para desenvolver o planejamento tático é o

planejamento estratégico, Cycle Plan, considerando os objetivos e prazos

que estão claramente explicitados nele, não havendo nenhuma

participação na elaboração do mesmo.

Os resultados dos questionários para esta questão operacional foram

os seguintes:

5.2.1 Fonte inicial para a elaboração do planejamento

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Seis gerentes citaram como fonte principal o Cycle Plan. Houveram

também, três citações referentes ao Business Plan.

5.2.2 A interpretação das metas definidas para o nível LL5.

- G1: Os objetivos são definidos pelo planejamento estratégico de

forma clara e direta e o tempo para o início do projeto, também são

definidos de forma clara e direta;

- G2: O tempo para o início do projeto são definidos de forma clara e

direta e a verificação dos recursos humanos para a realização do projeto;

- G3: Os objetivos o tempo para o início do projeto são definidos pelo

planejamento estratégico de forma clara e direta;

- G4: Através de elaboração de proposta juntamente com o

departamento de produtos;

- G5: Os objetivos são definidos pelo planejamento estratégico de

forma clara e direta;

- G6: Fazendo uma análise do mercado e utilizando a técnica do

benchmarking;

- G7: Os objetivos são definidos pelo planejamento estratégico de

forma clara e direta e realizando uma análise do mercado e utilizando a

técnica do benchmarking;

5.2.3 Qual a sua participação no planejamento estratégico?

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Houveram cinco citações de que as participações são através de

inputs e duas que não há nenhuma participação.

5.3 Situação atual da empresa

A análise da situação atual da empresa é realizada basicamente

através de pesquisas coorporativas realizadas pelo setor de planejamento

estratégico, que fornece informações sobre o mercado, concorrência e

economia, posicionando a empresa nestes cenários. Estas informações são

discutidas em reuniões com os integrantes dos setores envolvidos no

projeto, às vezes com o apoio do setor responsável pela elaboração e

interpretação das pesquisas. Metade dos Gerentes utilizam neste

momento, o benchmarking como ferramenta auxiliar a interpretação da

situação da empresa.

Os resultados dos questionários para esta questão operacional foram

os seguintes:

5.3.1 Análise do cenário atual onde a empresa está atuando

Houve cinco citações que a análise é realizada através de pesquisas

coorporativas (mercado, concorrência, econômica, etc.) que são fornecidas

pelo setor de planejamento estratégico da empresa. O G 2 citou também

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que é realizada uma pesquisa técnica sobre o assunto e uma análise de

materiais alternativos, afim de contribuir com a preservação da ecologia.

Houve uma citação em que a situação é comparada diretamente com a

concorrência.

5.3.2 Existem ferramentas gerenciais que ajudem esta análise?

Houve três citações que a ferramenta utilizada são reuniões ou

fóruns, entre os componentes do grupo do próprio setor e de outros setores

envolvidos no projeto e mais três citações em que se utiliza o

benchmarking. Fora citados uma vez cada uma, a utilização de controle e

ciclo de vida da concorrência.

5.4 Apuração das premissas em relação ao futuro pelos Gerentes

LL5

As premissas em relação ao futuro são apuradas utilizando também,

as pesquisas coorporativas.

5.4.1 A análise do cenário futuro onde a empresa está atuando

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A análise por intermédio das pesquisas coorporativas foi citada seis

vezes. Outras citações foram a verificação de aspectos técnicos,

necessidades do mercado e legislação, a verificação de novas tecnologias e

análise das exportações.

5.5 Levantamento e definição das alternativas de ações pelos

gerentes LL5

Considerado que as citações custo x tempo x adequação do produto

e custo x Recurso disponível x tecnologia sejam similares a um estudo de

viabilidade financeira (por envolver custos), podemos dizer que os gerentes

montam mais de um cenário e as alternativas são decididas baseadas na

viabilidade financeira e no menor tempo de conclusão para o projeto.

Todos os subordinados participam deste processo.

5.5.1 Como são levantadas alternativas:

A montagem de mais de um cenário foi citada seis vezes. Para a

decisão da melhor alternativa, a viabilidade financeira foi citada duas

vezes, o tempo de implementação, também duas vezes e os outros fatores

a seguir, foram citados apenas uma vez: Através de pesquisa técnica; de

análise logística; análise entre custo x tempo x adequação do produto;

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custo x Recurso disponível x tecnologia; impacto ao consumidor; ações da

concorrência; necessidades do mercado; previsibilidade.

5.5.2 Participação dos subordinados neste processo:

Os sete gerentes citaram que os subordinados participam do

levantamento e da definição das melhores alternativas de ações, com a

ressalva de um, que citou que a participação é com restrições.

5.6 Acompanhamento dos resultados pelos gerentes LL5

A maior preocupação em relação ao acompanhamento dos

resultados é em relação ao tempo de execução do projeto (prazo). Os

custos vêem em segundo lugar, sendo citado três vezes. Todos os

subordinados são avisados dos resultados e o principal meio é através de

reuniões diárias. As cobranças são através de processo coorporativo,

semestral e da análise do timing.

5.6.1 Realização do acompanhamento dos resultados:

- G1: Através do auxílio do setor denominado timing, que é

responsável pelo acompanhamento dos prazos;

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- G2: Através de reuniões semanais, avaliando a performance

individual acompanhando os prazos;

- G3: Através do auxílio do setor denominado timing, que é

responsável pelo acompanhamento dos prazos e do controle dos custos;

- G4: Através de reuniões semanais, revisando os processos

intermitente, fóruns com temas específicos e das metas de prazo e custo;

- G5: Através de reuniões semanais, coletivas e diárias, individual.

Acompanhamento de prazo e custos;

- G6: Fazendo Através de reuniões semanais, avaliando a

performance individual acompanhando os prazos;

- G7: Através de controle por planilhas;

5.6.2 Seus subordinados são avisados dos resultados? Como?

Todos os subordinados são avisados sobre os resultados. Houve

quatro citações dizendo que são diariamente, através de reuniões. As

outras citações foram, Semanalmente através de reuniões, Ao final do

projeto, através da própria conclusão, com perspectivas diárias e Através

sistema operativo da qualidade (QOS).

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5.6.3 A cobrança dos resultados esperados e os meios:

Todos citaram que existe a cobrança do resultado pretendido. Três

gerentes citaram que são através de avaliações semestrais (processo

coorporativo), dois através da análise do timing, um através de reuniões

semanais e outro através das respostas das mensagens eletrônicas.

5.7 Programa de treinamento dos subordinados

O programa de treinamento dos subordinados são elaborados

anualmente, juntamente com o setor de Recurso Humanos em sua

maioria. Treinamentos extras são solicitados, mas nem sempre atendido,

dependendo da avaliação da real necessidade do mesmo para o

aprimoramento das habilidades necessárias para ao desempenho das

funções.

5.7.1 Existe cronograma de treinamento dos seus subordinados?

Quatro gerentes citaram que existe cronograma de treinamento,

elaborado anualmente junto com o setor de Recursos Humanos da

empresa. Dois citaram apenas que existe e um que existe, mas não é

satisfatório.

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5.7.2 Como é feita a análise das necessidades de treinamento?

Cinco gerentes citaram que a análise das necessidades de

treinamento é realizada levando em consideração, complementar as

habilidades necessárias para o desempenho da função e dois citaram que

são analisadas conforme as solicitações dos subordinados.

5.7.3 Eles solicitam cursos fora nas necessidades identificadas por

você?

Quatro gerentes citaram que as solicitações são realizadas, mas nem

sempre elas são atendidas. Dois gerentes citaram que as solicitações são

realizadas quando o cronograma está sendo elaborado e um citou

simplesmente que sim.

5.8 Tempo dedicado ao planejamento pelos Gerentes LL5

As respostas sobre a relação ao tempo destinado pelos gerentes para

as atividades de planejamento foram bastante equilibradas. Apesar de

estar claro da existência do incentivo da diretoria para as atividades de

planejamento, o tempo destinado para mesmo, varia em torno de 27 %,

referente à média dos tempos que foram estimados. Isto reforça as

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respostas em relação à atividade que mais executa, entre planejamento e

acompanhamento, o qual o acompanhamento destacou com mais de 50 %

e em relação às atividades delegadas, que apesar existir uma confiança

nas delegações, as atividades são acompanhadas de perto, verificando

sempre a execução e os resultados.

5.8.1 Qual o tempo médio mensal que você utiliza para desenvolver

ou acompanhar o seu planejamento?

Dois gerentes estimaram que o tempo destinado para fazer o

planejamento é em torno de 20 %. Dois gerentes não mensuraram, pois o

tempo é muito variável, de acordo com as necessidades. Um gerente

estimou um tempo em torno de 40 % e o outro estimou em 30 % destinado

para as atividades de planejamento.

5.8.2 Ao que você se dedica mais: Planejamento ou

Acompanhamento das atividades? Qual sua preferência?

As respostas dos gerentes foram as seguintes:

- G1: Sem resposta;

- G2: Dedica mais ao planejamento e a preferência é o planejamento;

- G3: Dedica mais ao planejamento e a preferência é o planejamento;

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- G4: Dedica mais ao acompanhamento e a preferência é o

acompanhamento;

- G5: Dedica mais ao acompanhamento e a preferência é o

acompanhamento;

- G6: Dedica mais ao acompanhamento e a preferência é ambos;

- G7: Dedica-se mais aos dois e não tem preferência, opinando que

os tem importâncias iguais;

5.8.3 Existe incentivo à atividade de planejamento?

A maioria dos gerentes citaram que existem incentivo para a

dedicação em atividades de planejamento, com exceção de um que citou

que o incentivo ocorre de vez enquanto.

5.8.4 Como é o seu acompanhamento nas atividades delegadas?

Porquê?

As respostas dos gerentes foram as seguintes:

- G1: Sem resposta;

- G2: Diariamente e constante;

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- G3: Verifica a execução e os resultados, confiando nas delegações

realizadas;

- G4: Verifica a execução e os resultados, confiando nas delegações

realizadas;

- G5: Verifica a execução e os resultados, confiando nas delegações

realizadas;

- G6: Verifica prioritariamente as atividades com prazos de execução

urgentes;

- G7: O acompanhamento é compartilhado por todos da equipe e a

delegação é com restrições, dependendo da importância ou urgência da

atividade;

5.9 Diretor

5.9.1 A compreensão dos gerentes LL5 em relação ao planejamento

estratégico.

Os objetivos são estabelecidos conforme exposto no cycle plan e

business plan e em acordo com os objetivos dos superiores. O plano é

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divulgado através de reuniões, no qual não há participação dos gerentes

LL5 na elaboração do mesmo.

5.9.2 Como são definidas as metas para os gerentes LL5?

Através dos objetivos estabelecidos no cycle plan e business plan e

de uma combinação dos objetivos de seus superiores e as iniciativas

(proposta) dos gerentes LL5

5.9.3 Como são desenvolvidas as novas propostas/projetos oriundos

dos gerentes LL5?

Através da avaliação de viabilidade das propostas e em reuniões

mensais pra verificação e do da execução do plano.

5.9.4 Como é realizada a divulgação dos planos estratégicos para os

gerentes LL5?

Através dos objetivos, de reuniões com os Stafs e das reuniões com

toda a população dos departamento chamada de “all hands”.

5.9.5 Qual a participação do gerentes LL5 no planejamento

estratégico?

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Não há praticamente nenhuma participação dos gerentes LL5 na

elaboração do planejamento estratégico (Cycle plan).

5.10 Pesquisa Subordinados

Os resultados da pesquisa com os subordinados foram os seguintes:

5.10.1 Você participa diretamente da análise do cenário atual

do planejamento tático? Assinale quais itens são discutidos:

5%

26%

23%

23%

18%

5%Política Econômica eSocial; Concorrência;

Sintonia c/ Visão eMissão;Posição no Mercado;

Saúde Financeira;

5.10.2 Você sabe como são definidas as ações a serem tomadas

para o atingimento das metas dos Gerentes LL5?

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48%

10%

43%SimNão

Às vezes

5.10.3 Você participa deste processo?

24%

14%62%

Sim

Não

Às vezes

5.10.4 Suas opiniões são levadas em consideração?

43%

14%

43% Sim

Não

Às vezes

5.10.5 Você sabe como é feito o acompanhamento dos

resultados das metas dos Gerentes LL5?

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33%

52%

14%

Sim

Não

Às vezes

5.10.6 Qual a periodicidade em que são avaliados?

35%

25%

30%

10%Diário

Semanal

Mensal

Trimestral

Semestral

Outro _________.

5.10.7 Você é avisados dos resultados?

84%

0%

16%

Sim

Não

Às vezes

5.10.8 Como?

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47%

30%

13%

10% 0%

Reunião

E-mail

Relatório

Informalmente

Outros ________.

5.10.9 Você é cobrado pelo resultado obtido?

67%

14%

19%

SimNãoÀs vezes

5.10.10 Existe possibilidade de questionamento do resultado?

43%

38%

19%

Sim

NãoÀs vezes

5.10.11 Você conhece o cronograma de treinamento feito para

você?

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71%

14%

14%

Sim

Não

Às vezes

5.10.12 As necessidades de treinamento são individuais ou

coletivas?

24%

14%62%

IndividuaisColetivasAmbas.

5.10.13 Você foi consultado quando foram identificadas as

necessidades de treinamento?

52%

29%

19%

Sim

Não

Às vezes

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5.10.14 Você tem liberdade para solicitar cursos fora nas

necessidades identificadas para você?

6 CONCLUSÃO

O FPDS é um exemplo de planejamento estratégico por formulação

estratégica, iniciado a partir de 1950. Depois desta, a elaboração do

planejamento estratégico evolui 2 vezes (Do tipo planejamento estratégico e

Gerência Estratégica) (MOTTA, 2002, p94). Apesar de sua freqüência de

utilização, existe uma pressão para que os prazos contidos neles sejam

encurtados. Isto aponta uma necessidade de evolução da forma de realizar

o planejamento estratégico dentro da empresa.

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Apesar de haver o incentivo às atividades de planejamento e a

pesquisa ter demonstrado um equilíbrio entre as atividades de

acompanhamento e planejamento, existe uma preocupação maior quanto

ao acompanhamento, demonstrando a grande necessidade de estar junto

com a execução para garantir que o plano seja executado conforme

planejado. Os gerentes gastam mais tempo acompanhando as atividades

dos subordinados do que planejamento e prevendo futuras necessidades e

falhas.

O processo decisorial desenvolve-se ao longo de seis etapas:

- Identificação da situação: qual a essência do problema ou da

oportunidade; quais os sob-problemas ou aspectos da oportunidade;

verificar a situação global e não apenas uma parte dela.

- Obter a informação: buscar dados, fatos e informações a respeito;

buscar informação interna ou externa; envolver o cliente ou usuário.

- Gerar soluções alternativas: desenvolver várias alternativas de

solução; Usar a criatividade e inovação; Avaliar a relação de

custo/benefício de cada alternativa;

- Avaliar e escolher a melhor alternativa: avalie as alternativas

geradas, como custos, tempo e eficácia; utilizar escala de pontos para

avaliar as alternativas; escolher a alternativa mais adequada.

- Transformar a solução em ação: implementar a solução escolhida;

pensar no global e não apenas no detalhe; ser prático para colocar a

solução em ação;

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- Avaliar os resultados: monitorar o andamento da execução; verificar

se a solução do problema foi efetivada. Avaliar os resultados e

conseqüências. (Chiavenato, 1999, p 288).

Cada uma destas etapas influência as demais e todo o conjunto de

processo e nem sempre estas etapas são seguidas à risca em sua

sequência. Se a pressão for muito forte para uma solução imediata, as

etapas 2 e 3 podem ser abreviadas ou mesmo suprimidas e dependendo da

situação, algumas etapas podem ser ampliadas ou estendidas. A tomada

de decisão é um processo contínuo e ininterrupto e, sobretudo, um

constante desafio para o administrador lidar com as pessoas e com o

tempo, no sentido de utilizar os recursos organizacionais de maneira

eficiente e eficaz. (Chiavenato, 1999, p 290).

Comparando este processo com as etapas necessária para o

desenvolvimento do planejamento, encontra-se uma similaridade muito

grande. Podemos concluir que o processo de planejamento faz parte da

natureza do ser humano, precisando apenas ser trabalhado para que seja

utilizado de forma natural e mais eficiente.

Companhias com um histórico de superação de dificuldades em

períodos alternados de sua longa existência, o caso da Ford, já possuem

processos solidificados que garantem uma importância maior ao

planejamento de suas atividades econômicas.

Os números demonstram que uma grande parte de seus gestores

está intrinsicamente ligada à formulação de sua estratégia, principalmente

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a alta gerência, que representa a média gerência, também com um elevado

nível de participação no processo estratégico.

A distância entre o planejado e o realizado na organização

apresenta-se em uma medida respeitável, embasado, de forma principal,

pelos elevado nível de acompanhamento do resultado, o que denota um

valor importante na organização: o de melhoria contínua.

Os professores Collins e Porras estudaram a estória da Ford desde a

sua fundação e fizeram considerações louváveis ao seu espírito e valores

essenciais. Vislumbramos tais valores da organização presentes na

subsidiária brasileira em Camaçari o que reforça ainda mais a existência

de valores essenciais desenvolvidos na Companhia Ford.

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HAMMER, Michael. Agenda: o que as empresas devem fazer para dominar esta década. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

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PRADO, Jonas Reginaldo. Iniciação à Administração; Preceitos Básicos. 5ª. Edição – São Paulo: Global, 1998.

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ZACCARELLI, Sérgio Baptista. Programação e Controle da Produção. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1986.