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Jornal Brasil Atual Catanduva - 33ª ediçãoTRANSCRIPT
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Catanduva no 33 | Dezembro de 2015jornal brasil atualdistribuio gratuita
@jorbrasilatual (11) 7757-7331
CidadaniaEstudantes de escola municipal protagonizam projeto de combate ao racismo
LiteraturaCasal homoafetivo lana verso revisada do livro sobre o primeiro caso de adoo LGBT no Brasil
Vinholi: InelegvelTRE considerou que Geraldo Vinholi uti-lizou campanhas publicitrias da Pre-feitura para favorecer seu filho, Marco Vinholi, e candidaturas tucanas nas elei-es de 2014; deciso, a que ainda cabe re-curso no TSE, fez prefeito, vice e suplente de deputado estadual perderem direitos polticos por oito anos
EducaoPesquisa mostra que brasileiro ainda segue com dificuldade para interpretar textos e ilustraes
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2Depois do cartel da CPTM e do Metr em 2013 (processos arquivados pelo Judicirio e abafados pela imprensa tradicional), da crise hdrica em 2014 (que segue com racionamen-tos em vrias regies), o escndalo da vez do governo Geraldo Alckmin (PSDB) o chama-do Plano de Reorganizao Escolar, que prev o fechamento de 94 escolas em 35 municpios do Estado de So Paulo (leia mais na pgina 5).
De imediato, este um caso que no envol-ve supostas manobras corruptas na mquina pblica, como os exemplos supracitados. En-tretanto, uma medida que abre um debate no campo da tica poltica. Quem, em pleno domnio de suas faculdades mentais, capaz de naturalizar o fechamento de instituies de ensino, seja por qual motivo for, em um momento da histria que vem sendo chama-do de A Era da Informao?
Parece que o governador e seu secretrio de Educao, o engenheiro mecnico Her-man Voorwald, escolheram um caminho grosseiro para tentar melhorar a educa-o no Estado, afetando toda a comunidade escolar: alunos, professores e pais.
Segundo a prpria Secretaria Estadual de Educao, 311 mil alunos, de um total de 3,8 milhes, devero mudar de escola em 2016,
gerando a superlotao das salas de aula. Cerca de 74 mil professores tambm devem ser atingidos pela reforma.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do En-sino Oficial do Estado de So Paulo) teme que muitos educadores fiquem desempregados. Pais j falam em se mudar caso seus filhos se-jam transferidos, exterminando dinmicas co-munitrias consolidadas, onde a escola geral-mente a extenso da vida social dos bairros.
Curiosamente, a imagem do governo pau-lista passa inclume pela opinio pblica. Os protestos e as ocupaes das escolas lembrando que, no incio do ano, o profes-sorado paulista protagonizou a maior greve da histria, com 92 dias de paralisao so mencionados discretamente pelos jornais. Afinal, apenas a educao de crianas e jo-vens das periferias que est em jogo, aqueles que j esto marginalizados desde sempre.
O fenmeno que tambm chama ateno que se voc anuncia essa notcia para uma pessoa que desconhece as atribuies do pacto federativo, possvel que ela responsabilize a presidenta Dilma (PT) ou o prefeito da cidade. O governo do Estado, s vezes, parece simples-mente inexistir. Imagina, ento, como ficar esse quadro com menos escolas abertas?
ExpEdiEntE REdE BRasil atual CatanduvaEditora Grfica atitude ltda. diretor de Redao Paulo Salvador Editor Enio Loureno Reprteres Giovanni Giocondo e Guilherme Gandini Editor de arte Adriano Kitani Revisora Malu Simes Foto capa Comunicao/Prefeitura telefone (11) 3295-2819 Endereo Rua So Bento, 365, 19o andar Centro, So Paulo, SP CEp 01011-100tiragem 12 mil exemplares distribuio Gratuita
Editorial
O desgoverno paulista na educao
FM102,7Em casa, no carro, no nibus:sintonize a rdio que fala a sua lngua.
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3Catanduva
Geraldo e Marco Vinholi esto inelegveis por oito anosPoltica
TRE-SP considerou filho do prefeito beneficirio de publicidade da Prefeitura nas eleies de 2014; deciso cabe recurso
O Tribunal Regional Eleitoral de So Paulo (TRE-SP) decla-rou inelegveis por oito anos o prefeito de Catanduva, Ge-raldo Vinholi (PSDB), o vice-prefeito Carlos Roberto Tafuri (DEM) e o filho do prefeito, Marco Vinholi (PSDB), que tambm teve o diploma de suplente de deputado estadual cassado.
A condenao ocorreu no dia 19 de novembro. O processo partiu de uma ao de investigao judicial eleitoral ajuizada pelo Diretrio Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT). O advogado do partido, Othon Funchal Barros, mostrou documentos que comprovaram a utilizao da mqui-na pblica municipal por parte do prefeito para beneficiar candidatu-ras tucanas na regio.
A deciso unnime do TRE-SP apontou Marco Vinholi como bene-ficirio de publicidade oficial da Pre-feitura, que veiculou atos do gover-no municipal utilizando-se das cores amarelo e azul e do nmero 45, ou seja, elementos alusivos ao PSDB, em pleno perodo de eleies, aponta o despacho.
De acordo com o relator desem-bargador Mrio Devienne Ferraz, as propagandas institucionais da Prefeitura de Catanduva foram desvirtuadas para, com inequvoco carter eleitoreiro, beneficiar o can-didato a deputado estadual Marco Antonio Scarasati Vinholi.
O TRE-SP entendeu que, como o responsvel pelo abuso no figurou como candidato no pleito de 2014, no se determinaria a cassao de seu di-ploma, possibilitando a permanncia do prefeito e do vice em seus cargos.
Agora, haver retotalizao dos votos para deputado estadual, pois o tribunal tambm considerou nulos os 67.570 votos atribudos a Marco Vinho-li, que era quarto suplente do PSDB. deciso ainda cabe recurso no TSE.
Com
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ao
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feit
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Improbidade administrativa Alm da perda dos direitos polti-
cos, o prefeito Geraldo Vinholi ainda pode ter que devolver aos cofres p-blicos o dinheiro gasto com publici-dade. Uma ao popular, de autoria da presidente do PT municipal, Ana Paula Carnelossi, tramita no Frum de Catanduva com este objetivo.
A deputada estadual Beth Saho (PT) publicou nota nas redes sociais, afirmando que se empenhar para que as instncias superiores da Jus-tia mantenham a condenao. No podemos mais admitir que o dinhei-ro pblico seja torrado em promoo pessoal para fins eleitoreiros.
Prefeito diz que vai recorrerFoi mais uma ao do PT, em que
ganhamos em Catanduva, e por um descuido de defesa tivemos a deciso contrria no TRE. Vamos recorrer e, pelo absurdo da ao, temos convic-o de que a deciso ser revertida, disse o prefeito Geraldo Vinholi.
A deciso do TRE faz justia contra o mau uso do dinheiro pblico e con-tra o desvio do interesse pblico para o proveito individual, comentou o ve-reador Amarildo Davoli (PT), que afir-ma cumprir seu papel fiscalizador e, como consequncia, sofrer presso do prefeito por meio da lei da mordaa.
Denunciei na Tribuna e na mdia os abusos da administrao munici-pal e o prefeito j entrou com mais de 30 processos cveis e criminais contra mim. Acho que ele quer admi-nistrar a minha vida, mas, se eu ce-der, vou para o buraco, assim como Catanduva est indo, disse Davoli.
O vereador alerta que a Lei Orgni-ca do municpio prev que a Cmara aprove um plano anual de publicidade, alm de exigir a publicao e o envio ao Legislativo de relatrio trimestral dos gastos com publicidade. Essas duas prestaes de contas do Executivo, se-gundo o petista, nunca foram feitas.
A deciso do TRE faz justia contra o mau uso do dinheiro
pblico e contra o desvio do interesse pblico para o
proveito individual
Anseio para que a justia feita seja exemplo para que outros homens p-blicos, parlamentares, administradores ou servidores de quaisquer dos trs po-deres, ajam com tica e em favor da so-ciedade a que servem, completa Davoli.
Vereador enaltece deciso do TRE
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4EsporteCidadania
Os 150 atletas de Catanduva clas-sificados para os Jogos Abertos do Interior de 2015 viveram um clima de incerteza e frustrao nas ltimas semanas de novembro. Isso porque a Prefeitura no fez a inscrio da dele-gao que participaria do torneio.
Para a maioria dos competidores, foi um sonho que se despedaou. o caso do enxadrista Alexandre Lima Zecca, de apenas 16 anos, que garantiu uma vaga junto equipe da cidade, aps participar do grupo que arrema-tou o 3 lugar nos Jogos Regionais.
Este ano marcaria a estreia do atleta, que pratica o esporte de ta-buleiro desde os 8 anos na escola, na Olimpada Caipira. O jovem, que j coleciona algumas meda-lhas e trofus, disputa competies
estaduais e nacionais h trs anos. Fiquei bastante frustrado quando soube que a nossa inscrio no havia sido feita no prazo. Treinei duro para me sair bem na competi-o, lamentou Zecca.
Alheia tristeza dos atletas, a Pre-feitura no respondeu aos questiona-mentos do Brasil Atual. A Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Esta-do de So Paulo tambm no comen-tou o caso. Em entrevista a uma rdio local, ainda em novembro, o secret-rio de Esportes Jean Bertozzi disse que buscava reverter a situao.
A 79 edio dos Jogos Abertos re-ne este ano cerca de 10 mil atletas de 145 cidades, e acontece entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, na cidade de Barretos.
Aps aprofundarem seus conheci-mentos em sala de aula sobre racis-mo, os alunos da Escola Municipal Prof. Darci Helena Delgado Janurio, no bairro Bom Pastor, foram a campo para reconhecer as situaes de pre-conceito que a comunidade negra en-frenta na sociedade brasileira.
O Projeto Educativo Todos Contra o Racismo, idealizado pela professo-ra Ana Vanessa Barbieri e desenvol-vido nas aulas de Lngua Portugue-sa, envolveu 120 estudantes do 6o, 7o e 8o anos em atividades de leitura, pesquisas em jornais e revistas, an-lises de msicas e propagandas pu-blicitrias e entrevistas.
O objetivo desmistificar o pre-conceito contra o negro e a sua cultura, trazendo para a sala de aula a reflexo a respeito do persistente racismo que insiste em existir em nossa sociedade. Queremos apresentar as diversas facetas sociais, ampliando a viso que o aluno possa ter da realidade e demonstrando possveis solues, frisou a educadora.
As crianas aprenderam a evitar piadas de cunho preconceituoso e ra-cista. Por meio do humor, o precon-ceito se propaga, causando sequelas e uma realidade alarmante: o alto ndice de homicdios por conta do ra-cismo, explicou Barbieri.
A abordagem ainda permitiu a
Professora de escola municipal promoveu atividades com pesquisas e entrevistas para desmistificar o preconceito Catanduvenses esto fora dos Jogos Abertos do Interior 2015
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Estudantes do aula contra o racismo no Bom Pastor
Prefeitura esquece inscrio de 150 atletas
discusso complementar sobre as dificuldades que as pessoas com de-ficincia vivem diariamente.
Ao comunitriaO trabalho de campo baseou-se
no Teste do Pescoo, em que cada aluno observou estabelecimentos comerciais e escolas do bairro para contar quantos negros e deficientes trabalham nos locais. Eles constata-ram que existiam menos de 20%.
Os jovens tambm realizaram 163 entrevistas e detectaram que 66% dos pesquisados sofreram ou sofrem discriminao. A manei-ra mais consciente de erradicar o preconceito reconhecer o pro-blema para depois atac-lo, anali-sou a professora.
MobilizadosA escola levou 29 alunos Cmara
Municipal para apresentar um pro-jeto de iniciativa popular, a fim de tornar reconhecido no calendrio da cidade o Dia da Conscincia Negra, celebrado em 20 de novembro.
O projeto foi encerrado com a 2 Pas-seata Contra o Racismo e o Preconcei-to, realizada pelas ruas do bairro Bom Pastor, no dia 20. Os jovens exibiram cartazes produzidos em aulas com fra-ses contra o racismo.
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5Catanduva
Em uma dcada (2001-2011), o Brasil evoluiu quando o assunto alfabetizao fun-cional de seus cidados. O percentual de pessoas com capaci-dade bsica de leitura, escrita e de compreenso matemtica saltou de 61% para 73% da populao que est na faixa etria dos 15 aos 64 anos.
O levantamento integra o ndice de Analfabetismo Funcional (Inaf), feito em parceria pelo Instituto Pau-lo Montenegro e a ONG Ao Educa-tiva, em 2012, que, porm, mostrou um dado preocupante. Nesse perodo no houve melhoria significativa no nmero de brasileiros que detm es-sas habilidades de forma plena.
Segundo a pesquisa, somente 26% dos brasileiros tinham completo do-
mnio dos trs quesitos e se encon-travam plenamente alfabetizados, ou seja, com habilidades que no impem restries para compreen-der e interpretar textos usuais, j que leem contedos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informaes, distinguem fato de opinio, e reali-zam inferncias e snteses.
A falta de domnio das letras identificada mais claramente por especialistas em provas de vesti-bulares, concursos pblicos e nas redes sociais, em que artigos, cita-es, ilustraes utilizam propo-sitalmente figuras de linguagem, como ironias e metforas, que di-ficilmente so compreendidas por uma parcela da sociedade.
Pesquisa aponta que brasileiro mantm baixa capacidade de interpretao de textos e ilustraes
Educao
Dificuldade est relacionada com a falta de cultura de leitura e de interesse por temas sociais, diz professor
Aprendizado ineficaz Charge do Brasil Atual gera polmica nas redes sociais
USP
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Paulo Ramos, professor do Depar-tamento de Letras da Universidade Fe-deral de So Paulo (Unifesp), acredita que parte dessa deficincia est asso-ciada ao aprendizado da cultura geral e da lngua portuguesa, que no aten-de aos requisitos mais bsicos.
Os documentos oficiais relaciona-dos ao ensino registram a necessidade de leitura e compreenso de textos de todas as ordens, inclusive dos que mesclam palavra e imagem. Mas os poucos indicadores sinalizam que tan-to alunos quanto professores demons-tram dificuldade no uso e na compre-enso de produes assim, explicou.
Um caso de interpretao equivo-cada envolveu o jornal Brasil Atual neste ano. Na edio de outubro, que circulou no Estado de So Paulo e na Internet, foi publicada uma charge de autoria do cartunista Adriano Kitani, que, ironicamente, discutia o preconceito de alguns brasileiros com a chegada de novos fluxos de imigrantes ao pas.
Um nmero significativo de inter-nautas, porm, leu o desenho de ma-neira divergente da proposta origi-nal do autor. Alguns ainda tentaram se utilizar da produo para invocar a intolerncia contra os estrangei-ros, evidenciando o entendimento errneo da linguagem empregada.
J vi situaes assim acontecerem com outras charges minhas e mesmo com desenhos de outros cartunistas. Eu vejo um grande nmero de pessoas
que no compreende mensagens ir-nicas nos comentrios e compartilha-mentos do Facebook, disse Kitani.
Brasil Atual publicou uma nota de esclarecimento do contedo para atenuar os nimos do debate, que ultrapassava o campo fraterno, e, so-bretudo, para reafirmar a linha edi-torial do veculo, que repudia todo e qualquer tipo de discriminao.
Para o professor Paulo Ramos, coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Quadrinhos (Grupesq) na Uni-fesp, episdios como os da charge ex-pem falta de cultura de leitura e de interesse por temas sociais. Acredi-to que quanto menos informao se tem, menor o volume de referncias e de inferncias que se faz no processo de compreenso, da a dificuldade de interpretao das informaes conti-das nas ilustraes, reitera.
ParadoxoContemporneo
Os documentos oficiais relacionados
ao ensino registram a necessidade de leitura e compreenso de textos
de todas as ordens
Por Giovanni Giocondo
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6antena atual o que acontece no mundo voc confere aqui
viralizouUma onda de ocupaes de escolas estaduais tomou conta do Estado de So Paulo. Estudantes, geralmente do ensino mdio, utilizaram a ttica para protestar contra o projeto de Reorganizao do Ensino do governador Geraldo Alckmin, que pretende separar os alunos dos trs ciclos e fechar 94 escolas. Os jovens utilizam as redes sociais para propagar informes das manifestaes .
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TRAGDIA AMBIENTAL No dia 5 de novembro, a barragem de rejeitos da mineradora Samarco se rompeu, matando 13 pessoas em Mariana (MG). A lama txica invadiu as guas do Rio Doce, que abastece dezenas de cidades.
FEITIO DE NATALA Vila do Papai Noel vai encantar crianas e adultos na Rua Cuiab, entre as Praas Monsenhor Albino e Nove de Julho, num espao decorado para exaltar a magia do Natal. O bom velhinho atender a populao a partir do dia 4 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 20h s 22h, e aos sbados, das 10h s 12h e das 14h s 16h. Tambm haver um palco com atraes natalinas todas as noites at o dia 23.
Lira Itabirana
IO Rio? doce.A Vale? Amarga.Ai, antes fosseMais leve a carga.IIEntre estataisE multinacionais,Quantos ais!IIIA dvida interna.A dvida externaA dvida eterna.IVQuantas toneladas exportamosDe ferro?Quantas lgrimas disfaramosSem berro?
Aps o desastre ambiental em Mariana (MG), internautas redescobriram este poema do escritor Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987), publicado no jornal Cometa Itabirano, em 1984, que faz referncia Vale do Rio Doce, uma das companhias acionistas da Samarco.
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7CatanduvaPALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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Vogal te-mtica daterceira
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Vtimas deseques-tradores
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Parceirode Gua-rabyra(MPB)
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cionadores
Conquista da Seleoem 1970
(red.)
Precede onome damdica(abrev.)
Media-dora derelaes
amorosas
Esportepraticadonos Alpes
Suos
O "com-bustvel"do artista
Papagaio,pelicanoou beija-
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argentina
Agente decalor em churras-queiras
(?) Magos:Belchior,Baltazare Gaspar
A face daLua com
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Pea queune asaduelasno barril
Dia dos(?): 26de julho
(?) de casamento: feito namorada
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Juliana(?), atrizPintura eEscultura
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Tobago, Aruba eBarbados (Geog.)
Atividades que bene-ficiam a convivncia
entre crianasDante Alighieri, poeta
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3/aro lcd. 4/bare. 5/alves. 7/aplauso ovalada. 9/colorante. 11/chapecoense.
Os que pensam e os que ignoramPor Enio Loureno
Entrelinhas
A grita motivada pelo teor das pro-vas do Exame Nacional do Ensino M-dio (Enem), ao final do ms de outubro, mostrou no apenas o nvel intelectual de algumas figuras pblicas do pas e de seus soldados annimos nas redes sociais , como tambm trouxe tona o atual estgio civilizatrio brasileiro.
Nas questes, citaes a Paulo Freire (educador brasileiro traduzi-do em dezenas de pases), a Slavoj Zi-zek (filsofo esloveno, um dos prin-cipais pensadores contemporneos) e a David Harvey (gegrafo britni-co, professor da City University of New York) foram coadjuvantes para aqueles que acusaram o exame de doutrinao ideolgica.
Ningum nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biolgico, psquico, econmico, define a for-ma que a fmea humana assume no seio da sociedade; o conjunto da civilizao que elabora esse produto intermedirio entre o macho e o cas-trado que qualificam de feminino.
Este trecho de O Segundo Sexo, da francesa Simone de Beauvoir fe-minista e importante intelectual do sculo XX , em uma questo, no entanto, escancarou o primitivismo em que nos encontramos e, para pio-rar, reafirmou o enunciado da prova de redao, que tinha como tema A persistncia da violncia contra a mulher na sociedade brasileira.
Os basties da ignorncia (fal-ta de saber; ausncia de conheci-
mentos; estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, no tem conhecimento dela, segundo o Di-cionrio Aurlio) atendem pelos no-mes de Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ), dois deputa-dos que parecem viver os tempos da inquisio na Idade Mdia. Ambos tentaram desqualificar Beauvoir e o Ministrio da Educao (MEC), responsvel pelo Enem, com argu-mentos baseados em uma suposta tradio familiar conservadora, que subjuga as mulheres.
Os dois parlamentares so defen-sores do PL 5069/2013, em trmite na Cmara dos Deputados, que obriga mu-lheres que foram estupradas a se sub-meterem a um exame de corpo de delito e a comunicarem autoridade policial antes de interromper a gravidez pro-duzindo mais um ciclo de violncia. So verdadeiros sdicos em um pas onde 50 mil mulheres morreram vtimas de fe-minicdio (bito provocado por homens devido ao gnero) entre 2001 e 2011.
A verdadeira polarizao que te-mos no Brasil existe entre aqueles que pensam e aqueles que ignoram. O MEC fez um timo trabalho nas provas do Enem 2015, fomentando de-bates crticos. Aos fundamentalistas do Congresso, que pretendem levar o Brasil para a Era das Trevas, recomen-do cuidado. Cada vez mais pessoas ingressam nas universidades, e como dizia aquela velha frase: livros so pe-rigosos, eles fazem pensar.
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8Dois pais, sim! Por que no?Literatura
Catanduvenses publicam verso revisada do livro sobre o primeiro
caso de adoo por um casal homoafetivo
no Brasil
O s cabeleireiros catandu-venses Vasco da Gama e Jnior de Carvalho lana-ram o livro Dois Pais, Sim!, em novembro, durante as ativida-des da 8 Semana da Diversidade de Catanduva e Regio.
A segunda publicao dos auto-res consiste numa verso revisada da histria da primeira adoo com dupla paternidade do Brasil, alm de relatos do dia a dia do casal na edu-cao das filhas Theodora, 14, e Hele-na, 4 (a nova integrante da famlia).
O primeira edio teve edio esgotada, tornando-se referncia e marco na questo das adoes homoafetivas no Pas. O segundo trabalho foi lanado pela Livre Ex-presso, mantendo-se o apoio do
Programa de Ao Cultural (ProAC) 2014, da Secretaria Estadual de Cul-tura. A designer Karina Avazi assina a arte de capa.
A nova verso teve alterao no ttulo, que passou a ser uma frase afirmativa, Dois Pais, Sim! (antes era apenas Dois Pais), e a incluso de histrias surgidas a partir da ado-o da filha caula, Helena, irm biolgica de Theodora inclusive esto presentes as laudas de deferi-mento das aes.
Para o advogado Heveraldo Galvo, que representou o casal na primeira adoo,os autores narram como um processo judicial se transformou em um procedimento de carinho, respei-to e doao de amor, que venceu ba-talhas e mudou paradigmas. O amor
e o respeito triunfaram e abriram as portas da cidadania emocional para inmeras famlias brasileiras, ava-liou o autor do prefcio.
Responsvel na poca por deferir a primeira adoo homoafetiva do Brasil em outubro de 2006 , a juza Sueli Juarez Alonso considerou sli-da a relao de Vasco e Jnior. Eles esto juntos publicamente, constru-ram um patrimnio em parceria, tm o desejo comum de estabelecer uma famlia, exps. Os casais homosse-xuais no esto ali para obter resulta-dos econmicos da relao, mas, sim, para trocar afeto, complementou.
Ela bateu o martelo, mostran-do que a minoria homossexual no pode ser tratada como pecaminosa ou doentia a ponto de o Estado fazer
discriminaes gritantes na aquisi-o de direitos, disse Vasco. Com a deciso, a juza fez histria no movi-mento LGBT.
A minha viso do texto de ad-mirao, que se manifesta no cam-po do discurso amoroso e exige um olhar terno. Este livro vai alm da concepo comum sobre a adoo e mostra aquilo que para muitos pode no ser natural, mas para o autor poesia,contou Jnior.
Quem conhece a histria do casal catanduvense, que teve suas vidas apresentadas em diversos progra-mas de televiso, ir encontrar nas pginas do novo livro muito mais do que simples relatos. Em Catanduva, a obra est venda na Livraria Santa Rita e na Papelaria Crivepel.
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