catalogo das peças de cronologia romana
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Época RomanaPeças Arqueológicas
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110. Conta de colar (Arq).C.14.258 - Tapada do Pombal (Moita)Época Romana
Minúsculo artefacto de pasta vítrea azul opaca, de morfologia
troncocónica e perfuração central de secção cilíndrica, usadocomo conta de colar.Diâmetro: 0,3 cmProspecção (2004)
111. Conta de colar (Arq).C.14.358 - Relengo (Aldeia de Santo António)Época Romana
Pequeno artefacto de pasta vítrea negra, opaca, de morfologiatubular e perfuração longitudinal de secção cilíndrica, decoradocom filamentos de cor branca, e usado como conta de colar.
Diâmetro: 1 cmEscavação (2005)
112. Fíbula anular (Arq).D.14.034 - Sabugal Velho (Aldeia Velha)Séculos I a.C. - II d.C.
Anel de bronze aberto, em forma de ómega, de secção circular,com fusilhão afiado e unido ao aro por uma argola. Rematesdecorados com dois sulcos anulares.
Diâmetro: 2 cm
Escavação (2002)OSÓRIO, 2005: 44 e 65, Est. 19-5
113. Estatueta4204 - E761 (Museu Nacional de Machado de Castro) - Chão doPombal (Moita)Séculos I-II d.C.
Figura feminina apoiada sobre o pé esquerdo com o joelhodireito ligeiramente flectido. Enverga longa túnica e chiton presona anca esquerda. Tem cabelos ondulados, presos à altura dos
ombros e cingidos por diadema. Não conserva os braços, ao níveldos cotovelos, que se destacavam do corpo à altura do colo.11 X 4,2 cmDepósito do Museu Nacional de Machado de CastroALARCÃO, 1988: 68, 4/346
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114. Capitel(Arq).A.12.245 - Igreja de S. Paulo (Ruivós)Época Romana
Elemento arquitectónico de granito de grão grosseiro, de cor
acinzentada, correspondente ao capitel de uma coluna. Apresentaábaco alto, liso e de moldura recta, que se sobrepõe a um equinoem forma de toro circular que se liga através de um pequenolistel, à zona do sumoscapo do fuste ou do possível hipotrachélio.Na base do ábaco observa-se ainda o orifício do encaixe (13X6X4cm) com restos de chumbo.
Diâmetro: 29 cmDepósito da Freguesia de Ruivós
115. Fuste de coluna
(Arq).A.12.098 - Igreja de S. Paulo (Ruivós)Época RomanaElemento arquitectónico de granito de grão grosseiro, de coracinzentada, correspondente ao fuste cilíndrico de uma pequenacoluna.
Diâmetro: 17 cmDepósito da Freguesia de Ruivós
116. Imbrex (Arq).B.11.396 - Relengo (Aldeia de Santo António)Época Romana
Peça de cerâmica de construção, truncada, de pasta compactade cor vermelha e desengordurante graúdo, com marcas de
vitrificação na superfície inferior. Tem forma de meia canabastante aberta e com grande espessura, para assentar nastegulae. Superfície exterior pouco alisada, com motivos digitadosprofundos e ondulados, que percorrem longitudinalmente atelha, rematando em duas fundas cavidades circulares, digitadas,
junto ao rebordo.[35] X 27-24 X 2 cmEscavação (2006)
117. Fragmento de tegula (Arq).B.11.265 - Vilares (Baraçal)Época Romana
Fragmento de uma peça de cerâmica de construção de pastacompacta de cor laranja-acastanhada e desengordurante degrande calibre. Tem forma de meia cana bastante aberta, nãoplana como é habitual, e com grande espessura. Apresentaum motivo digitado ondulado. Seria usada no capeamento dacobertura, apresentando ainda o rebordo saliente num dos lados.
Prospecção (2003)
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118. Fragmento de tegula(Arq).B.11.108a - Quinta de S. Domingos (Pousafoles do Bispo)Época Romana
Fragmento de cerâmica de construção usada na cobertura dos
edifícios, de pasta compacta e muito fina, de cor alaranjada. Temforma plana e grande espessura, apresentando ainda o rebordosaliente num dos lados, onde assentava o imbrex . Encontra-sedecorada na parte superior com uma espiral digitada.
22 X 20,5 X 4,6 cmProspecção (1999)
119. Fragmento de tegula(Arq).B.11.108b - Folha da Torre (Rendo)Época Romana
Fragmento de cerâmica de construção plana e grande espessura,de pasta compacta e fina, de cor creme-alaranjada, onde seidentificam pegadas de animal.
22,5 X 17,5 X 2,5 cmProspecção (1999)
120. Fragmento de tijolo (later )(Arq).B.11.247 - Quinta do Espírito Santo (Casteleiro)Época Romana
Fragmento do canto de uma peça de cerâmica de construçãousada como tijolo, de pasta grosseira, com abundante
desengordurante, de cor vermelho-alaranjado e superfíciesrugosas. Na face superior apresenta uma pegada de ovino oucaprino.
[14,5] X [14] X 4 cmProspecção (1988). Depósito de José Cristóvão.CRISTÓVÃO, 1991: 25
121. Pequeno tijolo(Arq).B.11.248 - Quinta de Santo Amaro (Casteleiro)Época Romana
Pequeno bloco paralelepipédico de cerâmica de construção, depasta fina alaranjada, inteiro e de faces perfeitamente alisadas,usado em aparelho construtivo mais cuidado.
9 X 5,3 X 2,7 cmProspecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
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122. Pesos de prumoTO 997 e TO 998 (MNMC) - Casas Velhas (Moita)Época Romana
Dois utensílios de chumbo de pequenas dimensões, de
morfologias troncocónica invertida e discóide. Apresentamsuperfícies irregulares e uma anilha de suspensão no topo, deferro, e eram empregues na construção civil como prumos.
Depósito do Museu Nacional de Machado de Castro
123. Peso de prumo(Arq).D.27.367 - DesconhecidoÉpoca Romana
Utensílio de chumbo de pequenas dimensões, de morfologiadiscóide, de superfície irregular, com uma anilha de suspensãono topo, feita de ferro. Ostenta lateralmente uma inscrição de 4caracteres latinos, que ocupa metade da pança da peça: «ME XI».As letras são feitas com traços semi-rectos e não curvos, de 3 mmde profundidade, incisos por meio de um estilete.
Peça doada pelos herdeiros do Padre José Miguel do Soito
124. Opus Signinum(Arq).B.11.249 - Santo EstêvãoÉpoca Romana
Bloco de argamassa grosseira, alisado no topo, constituídopor duas camadas sobrepostas, feitas de pedra e cerâmica
de construção moída, unidas com cal e areia, empregue norevestimento de pavimentos que podiam estar em contacto coma água.
[27] X [29] X 10 cmProspecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
125. Cossoiro(Arq).B.06.119 - Folha da Torre (Rendo)Época Romana
Pequeno utensílio empregue na fiação, feito de cerâmica de pasta
grosseira, de cor castanha, de ligeira configuração troncocónica,com perfuração central de secção cilíndrica.Diâmetro: 3,8 cmProspecção (1999)
126. Cossoiro(Arq).B.06.218 - Aldeia da PonteÉpoca Romana
Pequeno utensílio empregue na fiação, feito de cerâmica de pastagrosseira, de cor cinzenta-avermelhada, de ligeira configuraçãobitroncocónica. Possui perfuração central de secção cilíndrica.Encontra-se danificado num dos lados.
Diâmetro: 3,6 cmProspecção (1999)
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127. Cossoiro(Arq).A.06.403 - Relengo (Aldeia de Santo António)Época Romana
Pequeno utensílio de xisto, de cor cinzenta clara e de
configuração discoidal, empregue na fiação. A peça não éexactamente arredondada, apenas talhada, apresentando rebordoe faces superior e inferior, imperfeitas e irregulares. Possuiperfuração central polida, de secção bicónica.
Diâmetro: 3,4 - 3,8 cmEscavação (2006)
128. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.195 - RebolosaÉpoca Romana
Utensílio de cerâmica de média dimensão, de pastamedianamente fina, de cor creme-acastanhada e superfíciealisada. Apresenta forma paralelepipédica e secçãosubrectangular, com orifício de suspensão de secção cilíndrica.
13,5 X 7, 5 X 13,9 cmDoação de Manuel Paulos
129. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.243 - Quinta de Santo Amaro (Casteleiro)Época Romana
Utensílio de cerâmica de média dimensão, de pasta grosseira
de cor alaranjada, com abundante desengordurante, superfícierugosa e desgastada, e danificado no topo e na base. Apresentaforma paralelepipédica e secção subrectangular, com orifício desuspensão de secção cilíndrica.
13,9 X 7, 8 X 3,5 cmProspecção (2003)
130. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.251 - Paraíso (Moita)Época Romana
Utensílio de cerâmica de média dimensão, de pastamedianamente grosseira, de cor castanho-acinzentada esuperfície desgastada, truncado num dos cantos inferiores.Apresenta forma subparalelepipédica e secção subquadrangular,com orifício de suspensão de secção cilíndrica.
12,5 X 5, 5 X 4,3 cmProspecção (1993). Depósito de José Cristóvão.CRISTÓVÃO, 1991:18
131. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.250 - Quinta do Espírito Santo (Casteleiro)Época Romana
Utensílio de cerâmica de média dimensão, de pasta grosseira,de cor alaranjada, superfície rugosa e desgastada, e danificadonum dos cantos inferiores. Apresenta forma subparalelepipédicae secção subrectangular, com orifício de suspensão de secçãocilíndrica.
14,5 X 7, 5 X 4 cmProspecção (1988). Depósito de José Cristóvão.CRISTÓVÃO, 1991: 25
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132. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.242 - Quinta da Serra do Porco (Bendada)Época Romana
Utensílio de cerâmica de média dimensão, de pasta grosseira, decor castanha e superfície muito rugosa e gasta. Apresenta formaparalelepipédica, com duas faces maiores que as laterais e desecção rectangular, com grande orifício de suspensão de secçãocilíndrica.
12,5 X 5, 5 X 4,3 cmProspecção (2003)
133. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.109 - Folha da Torre (Rendo)Época Romana
Grande utensílio de cerâmica, de pasta medianamente grosseira,de cor creme-alaranjada e superfície gasta, com escoriações nabase. Apresenta forma paralelepipédica e secção subrectangular,com orifício de suspensão de secção cilíndrica. Ostenta uma cruzincisa.
18,5 X 6, 5 X 11 cmProspecção (2000)
134. Peso de tear ( pondus )(Arq).B.05.246 - Quinta de Santo Amaro (Casteleiro)
Época Romana Utensílio de cerâmica de média dimensão, de pasta grosseira,de cor creme-acinzentada, superfície alisada, com ligeirasescoriações. Apresenta forma troncopiramidal e secçãosubquadrangular, com grande orifício de suspensão de secçãocilíndrica.
14,5 X 7,8-9,4 X 5,2-7,9 cmProspecção (1988). Depósito de José Cristóvão.
135. Mó circular(Arq).A.08.116 - QuadrazaisÉpoca Romana
Bloco de granito grosseiro de cor cinzenta escura, bastantedanificado, de configuração cónica. Possui uma cavidade circularcentral, no ponto mais elevado da peça, pouco profunda e desecção cilíndrica. Era usado como dormente de um moinhomanual rotativo.
Diâmetro: 40 cmProspecção (2000)
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141. Gargalo de garrafa(Arq).C.26.255 - Quinta de Santo Amaro (Casteleiro)Meados do séc. I – 1ª metade séc. III d.C.
Fragmento de vidro transparente, de cor verde-gelo,
correspondente a parte do gargalo de uma garrafa de tipoIsings 50 ou 51. Bordo extrovertido em aba, plano e com lábioengrossado.
Prospecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
142. Gargalo de garrafa(Arq).C.26.341 - Santo EstêvãoMeados do séc. I – 1ª metade séc. III d.C.
Fragmento de vidro transparente, de cor verde-gelo,correspondente a parte do gargalo de uma garrafa de tipo Isings50 ou 51. Bordo extrovertido, revirado sobre si mesmo e plano,com lábio boleado.
Prospecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
143. Cálice(Arq).C.26.401 - Relengo (Aldeia de Santo António)Séc. III - IV d. C.
Fragmentos de um pequeno cálice de vidro verde-gelo, deparedes muito finas, correspondentes ao pé cilíndrico maciço eao arranque inferior da copa, de tipo Isings 111.
Escavação (2006)
144. Terra sigillata hispânica(Arq).B.21.340 - Quinta do Espírito Santo (Casteleiro)Finais do séc. I – meados do séc. II d.C.
Dois fragmentos do bordo e do fundo com pé, de um prato deprodução hispânica de tipo Drag. 15/17. Tem paredes espessas,pasta fina de cor vermelha e verniz de cor castanha.Prospecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
CRISTÓVÃO, 1991: 25
145. Terra sigillata sudgálica(Arq).B.21.339 - Quinta de Santo Amaro (Casteleiro)Meados do séc. I d.C.
Fragmento da copa de uma taça de produção sudgálica de tipoDrag. 24/25. Paredes pouco espessas, pasta fina rosada, com
vestígios apenas residuais do verniz, de cor avinhada.Prospecção (1992). Depósito de José Cristóvão.
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146. Terra sigillata hispânica(Arq).B.21.338 - Gralhais (Casteleiro)Segunda metade do séc. I d.C.
Fragmento cerâmico do fundo de uma taça com pé, de produção
hispânica de tipo indeterminável. Tem paredes espessas, pastade cor vermelha e verniz castanho, apenas conservado na parteexterna.
Prospecção (1988). Depósito de José Cristóvão.CRISTÓVÃO, 1991: 25
147. Terra sigillata hispânica(Arq).B.21.253 - Tapada do Pombal (Moita)Época Romana
Pequeno fragmento do bojo de um recipiente de produçãohispânica, decorado por guilhochê de traços verticais paralelosincisos. Tem paredes finas, pasta de cor alaranjada e verniz de cor
vermelha. Desconhece-se a forma e a cronologia da peça.Prospecção (2004)
148. Denário(Arq).D.13.404 - Relengo (Aldeia de Santo António)74-75 d.C.
Moeda de prata, alto-imperial, do Imperador Vespasiano (69-79d.C). No anverso possui a legenda «TR P CC PON MAX», em
torno de um caduceu com asas, e no reverso «IMP CAESARVESPASIANVS AVG», à volta da cabeça do Imperador laureadae à direita.
Módulo: 2 cm; Eixo: 12 hEscavação (2006)
149. Follis(Arq).D.13.334 - Santo Estêvão312-313 d.C.
Moeda de bronze, baixo-imperial, do Imperador Constantino
I (306-337 d.C), do tipo Soli Invicto. No anverso apresenta alengenda «IMP CONSTANTINUS PF AVG» em torno de bustolaureado, drapeado e couraçado à direita; e no reverso possuia legenda «SOLI INVICTO COMITI», à volta de sol radiadoà esquerda, segurando globo. Marca «PLN» no exergo e nocampo, à esquerda, uma estrela. Moeda emitida em Londinium(Londres).
Módulo: 2,1 cm; Eixo: 7 hProspecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
150. Follis(Arq).D.13.257 - Paraíso (Moita)337 d.C.
Pequena moeda de bronze, baixo-imperial, do tipo GloriaExercitus, com as legendas ilegíveis. Apresenta no anverso bustocom diadema, à direita e no reverso, dois soldados armados delança e escudo, entre eles um estandarte. Moeda emitida emArles (França).
Módulo: 1,3 cm; Eixo: 12 hProspecção (1993). Depósito de José Cristóvão.CRISTÓVÃO, 1991:18
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151. Asse (AE2)(Arq).D.13.107 - Vilar Maior383-387 d.C.
Moeda de bronze, baixo-imperial, do Imperador Magno
Clemente Máximo (382-388 d.C), do tipo «REIPARATIOREIPUB». Tem no anverso um busto com couraça e diademade pérolas e no reverso um Imperador em pé tendo na mãoesquerda um pano, sobre o qual está uma pequena vitóriacoroando-o com um diadema. Com a mão direita está a receberum ceptro que o rei inimigo vencido lhe entrega de joelhos.
Módulo: 2 cm; Eixo: 12 hDepósito de Delfina Magalhães
152. Follis(Arq).D.13.256 - Santo Estêvão393-395 d.C.
Moeda de bronze, baixo-imperial, do Imperador Honório(395-423 d.C), do Tipo Gloria Romanorum. No anversoapresenta a legenda «[D]N HONORIVS PF AVG» em torno deum busto com diadema de pérolas, couraça e paludamento àdireita, e no reverso possui «[GLORI]A ROMANORV[M]» à
volta de imperador com estandarte e globo à direita. Marca noexergo ilegível. Moeda emitida nas províncias orientais.
Módulo: 2,2 cm; Eixo: 11 hProspecção (1993). Depósito de José Cristóvão.
153. Árula votiva(Arq).A.15.112 - Quinta de S. Domingos (Pousafoles do Bispo)Séc. II d.C.
Pequena ara votiva de granito de grão fino, de cor esbranquiçada.A base e o capitel estão pouco evidenciados, mas tem fóculocircular entre dois toros. Apresenta um texto votivo simples, emquatro linhas, com uma paginação sem eixo de simetria, e comcaracteres irregulares. A inscrição refere a formulação de um
voto à divindade indígena Laepus, por um indivíduo de nome
Tanginus, filho de Lucius Bovtivs. A antroponímia é vulgar naregião e a divindade seria reverenciada no local talvez por meiode algum santuário regional.
26 X 16 X 13 cmInscrição:TANGINV/S. L(ucii) BOVT(i) ( filius)/ LAEPO. A(nimo)/L(ibens). V(otum) . S(olvit ).«Tangino, filho de Lúcio Búcio, cumpriu de boa vontade o seu
voto a Lepo»Doação de Manuel Andrade Piçarra (1984)CURADO, 1984.
154. Ara Votiva(Arq).A.15.124 - Igreja da Senhora das Neves (Sortelha)Séc. I d.C.
Ara de granito grosseiro de cor cinzenta, rudemente afeiçoada,cuja reutilização contribuiu para a sua deterioração. Do capitelrestam apenas os vestígios de um toro, não se observandoquaisquer traços de fóculo. A moldura que separa o capitel dofuste é constituída por uma gola encurtada. O fuste apresenta
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ambas as faces alisadas. A base, bem diferenciada, é separada dofuste por um ressalto pronunciado. O texto ocupa a totalidade daface principal, distribuído por cinco linhas e alinhado à esquerda,lendo-se com facilidade, excepto a última linha. Os caracteres
são regulares, alguns do tipo capital quadrada.40 X 24 X 18 cmInscrição:VORD[I]/O TALAC/ONIO / M(arcus) C(ornelius) O(?)/Q(ui) L(ibens). F(ieri) I(ussit )«A Vordio Talaconico, Marco C(ornelio?) O(?), que livrementemandou fazer»
Acompanhamento arqueológico (1997)OSÓRIO, 1999.
155. Ara Votiva(Arq).A.15.104 - SabugalSéc. I d.C.
Ara votiva de granito de grão grosseiro, bastante danificadadevido à sua reutilização. O capitel apresenta fóculo central. Temuma moldura que separa o capitel do fuste, constituída por duplofilete. O fuste está pouco alisado e é mais estreito na base do queno topo. Apresenta um texto votivo, dedicado por um Valente àdivindade indígena Aetius.
59 X 28 X 30 cmInscrição:
VALENS. / AETI(o) / L.V.S.«Valente cumpriu o voto de livre vontade a Écio»
Acompanhamento arqueológico (2001)OSÓRIO, 2002
156. Fragmento de ara(Arq).A.15.122 - Mosteiros (Santo Estêvão)Séc. III
Fragmento de ara de granito fino esbranquiçado, bastantedanificada, conservando apenas a metade direita, reutilizada
posteriormente como cipo, agora com o texto epigrafado na facelateral direita. Apresenta forma paralelipipédica e revela ainda vestígios de um toro na parte superior. As duas inscrições queexibe no mesmo suporte são de épocas diferentes. A inscriçãofrontal provavelmente será votiva e a lateral tem um carácterimpreciso, talvez honorífico. Em ambos textos adivinham-seindivíduos estranhos a esta região, um proveniente do territóriomeridional português e o outro do noroeste peninsular.
102 X [28] X 52 cmInscrição na face anterior:[...]S . DAE / [...]CIVS / [...]SALAC(iensis?) . / [...]S(olvit ) .
Inscrição na face lateral direita:CVMIILIVS / COROBVLTI / F(ilius) . CVLA/RNI / FECIT /DE . / BALAT/VCELO / NAT(ione)«Cumélio, filho de Corobulto, Colarno, originário deBalatucelo, fez...»
Achado ocasional (1984). Depósito de Fernando Patrício CuradoCURADO 1984b.
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157. AraSabugalSéc. I
Ara de granito, partida na base, com uma inscrição de natureza
religiosa, incompleta e ilegível, onde se identifica o nome dequem terá erigido a ara e a sua filiação: «Crispino, filho deCrispo». Apresenta decoração em baixo-relevo nas faces laterais.À esquerda um malleus, uma espécie de moca para atordoar osgrandes animais destinados ao sacrifício; e um aspergillum que éum objecto ritual utilizado para aspergir água sobre os animaisdos sacrifícios. À direita, apresenta um simpulum, como umapequena concha munida de uma pega vertical, para derramar
vinho sobre os altares e as vítimas; e um touro, vítima sacrificialmáxima dos cultos romanos.
63 X 34 X 24 cm.Inscrição:CRISPIN/ VS
.
CRIS / (...)Crispino, (filho de) Cris(po?) (...)
Acompanhamento arqueológico (2006)OSÓRIO, 2007 (no prelo).
158. Placa funerária(Arq).A.15.104 - Santo EstêvãoSéc. I d.C.
Bloco paralelepipédico de granito com campo epigráfico
rebaixado, delimitado por moldura de listel simples. Apresentatexto com paginação razoável, em quatro linhas alinhadasà esquerda. Refere-se a um texto funerário de uma família,nomeadamente, da sepultura dos dois filhos de 25 e 13 anos. Aantroponímia é indígena e latina.
44,5 X 98 X 20 cmInscrição:QVINTVS MODIISTI F( filius) A(nnorum) XXV (vigintiquinque) / PLACIDA MODIISTI F(ilia) A(nnorum) XIII(tredecim) / BOVDICA FLACCI F(ilia) MODIISTVS /
CIILTIATIS F(ilius) LIBIIRIS VXORI SIBI FECI[T].«Quinto, filho de Modesto, de vinte e cinco anos; Plácida, filhade Modesto, de treze anos; Boudica, filha de Flaco. Modesto,filho de Celtiato, fez para os filhos, para a mulher, para si»
Doação de Maria Emília Teixeira (1987)CIL II 455; ILER 4888; CURADO, 1987a.
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159. Estela funerária(Arq).A.15.106 - Vila BoaSéc. II d.C.
Estela funerária de granito de grão médio, com a cabeceira
arredondada. O campo epigráfico inscreve-se numa cartelarebaixada, de cabeceira semicircular. O texto apresenta-se emquatro linhas, onde se refere a dedicação deste monumentopor um escravo liberto, ao seu amo defunto, por disposiçãotestamentária deste.
175 X 40 X 20 cmInscrição:TALACEO / CORPORICI ( filio) / CILIVS . LIB(ertus) /EX . TESTAM/ENT(o)«A Talácio, filho de Corpórico, Cílio, liberto, por disposiçãotestamentária (mandou fazer este monumento)»
Depósito de António Joaquim Dinis.CURADO 1988b.
160. Miliário(Arq).A.15.114 - Santo Estêvão275 – 276 d.C.
Coluna cilíndrica de granito fino, onde se inscrevem nove linhasde texto, relativamente bem legíveis, de carácter honorífico ede marcação de distância miliária. Trata-se de um marco decronologia baixo-imperial, que marcava sete milhas de distância
até determinado ponto da via, que talvez fosse uma capital ou umlimite administrativo romano.
Altura: 164; Diâmetro: 28 - 35 cmInscrição:IMP(eratori) CAE/SARI MARCO / CLA(u)DIO TACITO /PIO FELICI INVICTO A/VG(usto) PONTIFICI MAXI/MOTRIBVNICIE [sic] POT/ESTATIS [sic] PATRI PATRIE [sic] /PROCONSVLI / (milia passuum) IIIX (septem)«Ao imperador César Marco Cláudio Tácito, Pio, Feliz,Invicto, Augusto, Sumo Pontífice, com o poder tribunício, Pai
da Pátria, Procônsul. Sete milhas (a…?)»Doação de António Nunes (1987).CIL II 4638; ILER 1928; CURADO, 1987;
161. Miliário(Arq).D.13.174 - Alagoas (Aldeia de Santo António)275 – 276 d.C.
Coluna cilíndrica de granito fino, onde se inscrevem diversaslinhas de texto extremamente gastas e ilegíveis, de carácterhonorífico e de marcação de distância miliária. Foi reutilizadacomo base de cruzeiro e afiadora, estando, por isso, erodida e
partida. Pode tratar-se de mais um marco miliário de cronologiabaixo-imperial, que marcava as milhas de distância atédeterminado ponto da via, que talvez fosse uma capital ou umlimite administrativo romano.
Altura: 132 cm; Diâmetro: 35-38 cmAchado ocasional (1980). Depósito de Fernando Patrício CuradoCURADO, 1987b.
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