castro fernandes reuniu a imprensa local ......abril, às 22 horas. bilhetes a 15 euros e 12,50 (com...

28
entre MARGENS 14 DE ABRIL DE 2011 N.º 455 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES PERIODICIDADE: BIMENSÁRIO. APARTADO 19-4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES 0,80 EUROS Mais perto de si Mais perto de si Mais perto de si Mais perto de si Mais perto de si 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 ‘Não serei candidato a deputado’ CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL PARA UMA ENTREVISTA CONJUNTA. O AUTARCA FALOU DAS OBRAS EM CURSO, DAS DIFICULDADES E DO SEU FUTURO POLÍTICO, DANDO GARANTIAS DE QUE ESTE NÃO PASSA PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. PÁG.S 6 E 7 A comissão administrativa do Des- portivo das Aves, presidida por Ar- mando Silva, apresentou na última terça-feira a sua demissão ao pre- sidente da assembleia-geral. Na base desta decisão, e de acordo com carta enviada ao presidente da AG, Narciso Oliveira, está a ne- cessidade de se proceder à eleição “o mais célere possível de uma di- reção que permita um antecipado planeamento da época desportiva”. Apesar de demissionária, a CA ga- rante a gestão do clube, que mili- ta na Liga de Honra de futebol, até ao final da época desportiva, ga- rantindo, de igual forma, “as con- dições de participação do clube nas competições da próxima época”. Uma vez aceite o pedido de de- missão, os sócios do clube deve- rão ser convocados até ao final do mês para uma reunião magna ten- do em vista a marcação de eleições. Comissão administrativa do Aves pediu a demissão A FECHAR: CA GARANTE GESTÃO DO CLUBE ATÉ AO FINAL DE MAIO Confap realiza encontro nacional em Vila das Aves Isabel Alçada, ministra da educação vai estar pre- sente no dia 30 de abril em Vila das Aves no âmbito do 36º Encontro Nacional de Associações de Pais subordinado ao tema ‘O estado da Educação - Ousar... pela diferença”. Em cima da mesa, os contratos de autonomia, em que a Escola da Ponte, de Vila das Aves, foi pioneira. Pág. 17 Empresários de destaque recebem Medalhas de Honra do Concelho Distinguidos pela Câmara Municipal, os presidentes da Intraplás (Alberto Machado Ferreira) e Casfil (Luís Ferreira Pinto) fala- ram ao Entre Margens das suas empresas e da situação política e económica do país. DESTAQUE | PÁGINAS 4 E 5 Maria Guimarães apresentou “Rasgos de Emoção” O Entre Margens tem três exem- plares para oferecer. Saiba como na página 14

Upload: others

Post on 06-Mar-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

entreMARGENS14 DE ABRIL DE 2011 N.º 455

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES PERIODICIDADE: BIMENSÁRIO..... APARTADO 19-4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES 0,80 EUROS

Mais perto de siMais perto de siMais perto de siMais perto de siMais perto de si365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30

‘Não serei candidato a deputado’CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL PARA UMA ENTREVISTA CONJUNTA.

O AUTARCA FALOU DAS OBRAS EM CURSO, DAS DIFICULDADES E DO SEU FUTUROPOLÍTICO, DANDO GARANTIAS DE QUE ESTE NÃO PASSA PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

PÁG.S 6 E 7

A comissão administrativa do Des-portivo das Aves, presidida por Ar-mando Silva, apresentou na últimaterça-feira a sua demissão ao pre-sidente da assembleia-geral. Nabase desta decisão, e de acordocom carta enviada ao presidenteda AG, Narciso Oliveira, está a ne-cessidade de se proceder à eleição“o mais célere possível de uma di-reção que permita um antecipadoplaneamento da época desportiva”.

Apesar de demissionária, a CA ga-rante a gestão do clube, que mili-ta na Liga de Honra de futebol, atéao final da época desportiva, ga-rantindo, de igual forma, “as con-dições de participação do clube nascompetições da próxima época”.Uma vez aceite o pedido de de-missão, os sócios do clube deve-rão ser convocados até ao final domês para uma reunião magna ten-do em vista a marcação de eleições.

Comissão administrativa doAves pediu a demissãoA FECHAR: CA GARANTE GESTÃO DO CLUBE ATÉ AO FINAL DE MAIO

Confap realizaencontronacional emVila das AvesIsabel Alçada, ministra da educação vai estar pre-sente no dia 30 de abril em Vila das Aves no âmbitodo 36º Encontro Nacional de Associações de Paissubordinado ao tema ‘O estado da Educação -Ousar... pela diferença”. Em cima da mesa, oscontratos de autonomia, em que a Escolada Ponte, de Vila das Aves, foi pioneira. Pág. 17

Empresários dedestaque recebemMedalhas de Honrado ConcelhoDistinguidos pela Câmara Municipal, ospresidentes da Intraplás (Alberto MachadoFerreira) e Casfil (Luís Ferreira Pinto) fala-ram ao Entre Margens das suas empresas eda situação política e económica do país.

DESTAQUE | PÁGINAS 4 E 5

Maria Guimarães apresentou“Rasgos de Emoção”

O Entre Margens tem três exem-plares para oferecer.

Saiba como na página 14

Page 2: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

FIM DE SEMANAFora de portas - Santo Tirso - Guimarães - Famalicão

Dentro de portas - “Control” de John St. Field

Às claraspara si|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Conheci-o por um mero acaso. Com-prei o disco às escuras, dado que nãoo conhecia e o próprio vendedor tam-bém não. Rapidamente verifiquei a sor-te de uma aventureira escolha, base-ada apenas numa grande empatiacom a capa. O escocês Jackie Leven,

outrora com o pseudónimo John St.Field, lançou, em 1975, este álbum,“Control”, pela editora MoviePlay, Espa-nha. O facto de ser editado apenasno país vizinho fez com que se tornas-se raro. Um exemplar original foi ven-dido acima de 400 euros em 2006.

São várias as músicas que lhe fica-rão, facilmente, no ouvido – a de aber-tura, “Soft Lowland Tongue”, rechea-da de momentos que o farão fecharos olhos; o início poderoso marcadopelo baixo de “Mansion Tension”; ou,entre outras, “The Problem”, com maisde 10 imponentes minutos. A quinta

faixa, “Raerona”, é fascinante e vician-te. Após um minuto de repetidos sonstribais, aparece um virtuosismo avas-salador, acompanhado por ritmos for-tes e seguros. É francamente dignada tecla “Repeat” de um leitor demúsica.

Imagino que em certos momentosnão saiba o que ouvir. Quando issoacontecer, aventure-se em algo queserá às claras, ou seja, saberá que iráencontrar, nesta sugestão, melodiassuaves, misturadas com um folk psica-délico completamente surpreendentee sedutor. |||||

Exposição de Arranjos FloraisLar Familiar da Tranquilidade, até 14de abril (hoje). Centro Cultural de Viladas Aves de 18 a 29 de abril.

Numa organização do Lar Famili-ar da Tranquilidade e com o apoioda Câmara de Santo Tirso, encon-tra-se patente até esta quinta-fei-ra (dia 14) a VIII Exposição de Ar-ranjos Florais. A exposição tran-sita depois para o Centro Culturalde Vila das Aves. A mostra reúnetrabalhos realizados pelos utentesdo Lar Familiar da Tranquilidadee de mais de uma dezena de ou-tras instituições congéneres, comrecurso aos mais variados mate-riais reciclados.

Exposição: “O Audaz Plano daPerna Esquerda”Trofa. Casa da Cultura. Até dia 30 deabril. De terça a sexta das 10h00 às 13h00e das 14h00 às 19h00 e aos sábados das10h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

Exposição de José A. Nunes (Por-to, 1980) cuja obra nos remetepara uma interpretação muito pes-soal, e segundo correntes sur-re-alistas, de histórias contadas atra-vés de textos, desenhos e pintu-ras que convidam o espetador aquestionar a realidade e a olharde forma diferente o mundo.

Conversas sem tabus, com Rui ZinkSanto Tirso, auditório da Biblioteca Mu-nicipal. Dia 16, às 21h30.

Conversa com Rui Zink sobre oerotismo na arte. Doutorado emEstudos Portugueses pela Facul-

entreMARGENSVISITE-NOS EM:http://www.jornal-entre-margens.blogspot.com/

ESCREVA-NOS:[email protected]

PRÓXIMA EDIÇÃO NAS BANCAS A 5 DE MAIO

Deste disco, são várias asmúsicas que ficam,facilmente, no ouvido

dade de Ciências Sociais e Huma-nas da Universidade Nova de Lis-boa, Rui Zink é, presentemente, pro-fessor e membro da ComissãoCientifica daquele departamentoe coordena a pós-graduação emEdição de Texto, na mesma facul-dade. Além de ficcionista é dra-maturgo, argumentista de BD e co-labora regularmente com a Comu-nicação Social. Com uma vastaobra publicada, destaque para “Dá-diva Divina”, com o qual ganhouem 2004 o Prémio do Pen Club.

Música: Flip GraterGuimarães, Centro Cultural Vila Flor(café-concerto). Dia 16 de abril, às24h00. Bilhetes a 3 euros.

Cantora neo-zelandesa, FlipGrater faz música há vários anos,somando já três discos bem rece-bidos pela imprensa especializa-da. É também uma veterana daestrada, tendo publicado um li-

ro do Centro de Cultura Musical,com o maestro Luís Machado eos solistas (soprano), Mónica Pais(contralto), Paulo Ferreira (tenor)e Job Tomé (baixo).

Cinema: “Outra Vida”Guimarães, Centro Cultural Vila Flor(grande auditório). Dia 17 de abril, às 21h45.

Filme de Clint Eastwood com MattDamon no principal papel. NosEUA, George vive atormentadopelas capacidades paranormaisque revela desde muito jovem. Dooutro lado do Atlântico, em Fran-ça, a jornalista Marie (Cécile deFrance) tenta lidar com o traumade ter sobrevivido ao tsunami de2004 no Sudeste asiático. Enquan-to isso, em Inglaterra, o pequenoMarcus (George e Frankie McLa-ren) não consegue lidar com a trá-gica morte do irmão gémeo. Ape-sar das suas vidas tão distantes, osseus caminhos vão cruzar-se. ||||||

vro sobre uma tournée que a le-vou a 11 países. Editou-o em2007 e chama-se “The Cook-book Tour”: um diário das viagensmisturado com receitas, humor ehistórias da estrada. No que dizrespeito à sua música, Flip temsido chamada, na Nova Zelândia,a “brunette Stevie Nicks”, referên-cia à vocalista dos Fleetwood Mac,cujo single “Careful” faz talvez lem-brar. Mas outras críticas tambémmencionam Feist, Cat Power, e ou-tros nomes. As suas canções des-crevem episódios das experiênci-as da sua vida. Sem dúvida ummundo que nos apetece visitar.

Concerto de PáscoaFamalicão, Casa das Artes. 17 de abril,às 18h00. Bilhetes a 5 euros.

Música Coral Sinfónica com a apre-sentação de “Lauda Sion” de FélixMendelssohn. Concerto de Páscoacom a Orquestra Artave, o Co-

A CANTORA FLIP GRATER, ESTE SÁBADO NO CAFÉ-CONCERTO DO CENTRO CULTURAL VILA FLOR

Quando hoje lemos os livros daBíblia, que livros estamos realmen-te a ler?

Não são certamente os textosescritos por contemporâneos deJesus, porque os originais hámuito se perderam no tempo.

São antes textos que durante1.500 anos – até ao advento da“Bíblia de Gutenberg” – foramescritos (e reescritos) por mongese copistas muitos dos quais, porestranho que pareça, analfabetos.

Bart D. Ehrman, um dos maio-res estudiosos mundiais do NovoTestamento, conta em “Os Mon-ges que traíram Jesus”, a fascinantehistória das mãos que ao longodos séculos reescreveram as sa-gradas escrituras.

Movidos por pressões políti-cas e religiosas, vítimas da igno-rância, da ortodoxia ou do espí-rito dos tempos, os copistas aolongo dos anos acrescentaram ouretiraram palavras, frases ou epi-sódios, adulterando de formadramática o sentido último do li-vro mais lido do mundo. |||||

Este espaço é seu. O Entre Mar-gens disponibiliza este espaçopara que o leitor faça um suges-tão cultural. Escreva-nos um tex-to com 1000 a 1500 carateres(contagem incluindo espaços)sobre um disco, um livro, um res-taurante, um museu... ou, por ou-tras palavras, que recomende aosdemais leitores deste jornal algoda sua preferência.Escreva-nos para o seguinte en-dereço eletrónico:[email protected]

Sugestão doleitor

LIVRO: “OS MONGES QUETRAIRAM JESUS

Page 3: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

SEXTA, DIA 15 SÁBADO, DIA 16 DOMINGO, DIA 17Céu com periodos de muito nubla-do. Vento fraco. Máx. 25º / min. 9º

Céu limpo. Ventomoderado. Máx. 23º / min. 11º

Céu limpo. Vento moderado.Máx. 23º / min. 12º

Quem em abril não varre a eirae em maio não rega a leira,anda todo o ano em canseira

O Teatro do Bolhão regressou, em2009, aos clássicos, com a revisitaçãode textos e de autores mais emble-máticos da dramaturgia universal. Éesse o caso de “Otelo”, de W. Shakes-peare, que chega agora a Famalicão(Casa das Artes, dia 16), que juntaem palco actores como AntónioCapelo, João Paulo Costa, Rita Lello eAntónio Júlio, entre outros.

“Cada geração tem necessidade dere-olhar e de tentar a sua leitura sem-pre incompleta dos clássicos”, diz-se, epara o fazer, o Teatro do Bolhão con-vocou o encenador Kuniaki Ida. Comtrabalho desenvolvido sobretudo emTóquio e Milão, Kuniaki Ida afirmou-

MÚSICA: PEDRO ABRUNHOSA - “CANÇÕES”Centro Cultural Vila Flor, Guimarães. Sábado, 16 deabril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (comdesconto).Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431Guimarães. Telefone: 253 424 700. www.ccvf.pt

Em formato quinteto e num registomais tranquilo, Pedro Abrunhosa apre-senta-se em Guimarães no próximosábado para um espectáculo intimistaao qual deu o nome “Canções”

Editado três anos depois de “Luz”,o álbum “Longe” correspondeu à suanecessidade de mudança e de quebrarrotinas e fórmulas resolventes, tendoatingido o primeiro lugar do top devendas na primeira semana de vida econtando já com o galardão de Dis-co de Ouro. Mudou muito, desde aequipa técnica (com a chamada deJoão Bessa ao posto-chave de co-pro-dutor) à banda de apoio, dando en-trada ao Comité Caviar (Cláudio Sou-to nos teclados e órgão, Marco Nunesna guitarra, Miguel Barros no baixo ePedro Martins na bateria) que, funda-mental na gravação do álbum, foi de-cisivo na passagem ao palco. Mudouainda mais no som, corresponden-do a um apelo interior de rumar à es-sência e de deixar emergir outras raízesimpolutas – aos seus amores no jazze no funky e aos seus mestres nacanção europeia, Pedro Abrunhosaacrescenta agora o valor do grandesom do rock de tónica americana. |||||

Música .Guimarães

Abrunhosaem registointimista

se profissionalmente, ao longo dosúltimos 30 anos, como diretor de te-atro e ópera sendo reconhecido peloseu percurso artístico pautado pelamultiplicidade de identidades e refe-rências. Não é, de resto, a primeiravez que o encenador trabalha com oTeatro do Bolhão: em 2003, porexemplo, dirigiu “A Resistível Ascen-são de Arturo Ui”, de B. Brecht.

Com “Otelo”, Kuniaki Ida transpor-ta-nos para o universo trágico de Sha-kespeare, num especáculo fortemen-te marcado pelo cosmopolitismo epela contemporaneidade das suas lin-guagens artísticas. Enquadrado poruma magnífica arquitectura plástica/cénica (onde é percetível a contami-nação do seu trabalho como directorde ópera) o espetáculo conjura ogenial jogo de equívocos engendra-do por Shakespeare, a comédia/tra-gédia tão profundamente humana queainda hoje nos abala. Kuniaki Ida ex-plora ainda o inesgotável potencialteatral deste texto evidenciando a suapertinência e atualidade. Em Otelotratam-se temas como o do precon-ceito racial e religioso, a desconfiançaface ao estrangeiro, ou as questõesda realidade e da aparência. |||||

O regresso aosclássicos com‘Otelo’ deShakespeareRESPONDENDO À NECESSIDADE CONSTANTE DE REVISITAROS TEXTOS CLÁSSICOS, O TEATRO DO BOLHÃO, DO PORTORECORREU AO ENCENADOR KUNIAKI IDA PARA UMREGRESSO A “OTELO” DE W. SHAKESPEARE. A PEÇA CHEGAAGORA À CASA DAS ARTES DE FAMALICÃO

Teatro . Famalicão

TEATRO - “OTELO”, DE W. SHAKESPEARECasa das Artes de Famalicão. Sábado, 16 de abril, às21h30. Bilhetes a 12 euros (M/ 12 anos, 150 minutos).Morada: avenida Dr. Carlos Bacelar. Parque de Sinçães.4760-103 Vila Nova de Famalicão.Telefone: 252 371 297. www.casadasartes.org

No âmbito da iniciativa “A PoesiaEstá na Rua”, o Coro Anima Meaapresenta-se no dia 30 de abrilem concerto no átrio da CâmaraMunicipal de Santo Tirso. O motepara este espetáculo é dado pe-los versos de Camões “Aquelacativa que me tem cativo”, inclu-indo o programa a apresentaçãode peças musicais que se compu-nham e tocavam no tempo dopoeta maior da língua portugue-sa, assim como musicas nossascontemporâneas sobre poemascamonianos. A execução musicalserá acompanhada pela leitura detextos literários que sublinham,comentam e dialogam com a po-esia musicada. O concerto, de res-to, está estruturado em cinco an-damentos, refletindo temas glosa-dos pelo poeta, como a paixão eo infortúnio.

Criado em 2004, o Coro Ani-ma Mea corporiza um projetomusical que pretende divulgar opatrimónio da música vocalpolifónica, em particular da músi-ca portuguesa e ibérica dos sécu-los XVI a XVIII.

Constituído por 18 elementosresidentes na área do Grande Por-to, o Coro Anima Mea integratambém intérpretes de órgão eflauta. Para os seus projetos o Coroconta ainda com instrumentistase cantores solistas convidados. |||||

Coro AnimaMea cantaCamões emSanto Tirso

+ tarde30 DE ABRIL

MÚSICA E POESIA - CORO ANIMA MEAÁtrio da Câmara Municipal de Santo Tirso. 30 deabril, às 21h30. Iniciativa integrada no programa“A Poesia Está na Rua”.Morada: Praça 25 de Abril. 4780-373 Santo Tirso.Telefone: 252 830 400

O Coro Anima Mea temcomo proposito a divulga-ção do património damúsica vocal polifónica

ANTÓNIO CAPELO, EM “OTELO”

Page 4: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESTAQUE 1

‘Os políticos têm que terbom senso’

Em conclusão: “mais de 40 anos de-pois continuamos pró-ativos”, afirmao presidente da Intraplás, Alberto Ma-chado Ferreira. Este texto podia termi-nar assim, e não precisaríamos de acres-centar nem mais uma frase para ex-plicar por que razão a Intraplás é umaempresa de sucesso.

Não seriam precisos mais motivospara explicar porque a Intraplás é,dentro do setor, a empresa melhorclassificada em termos de qualidadede produto e a segunda maior em-presa em dimensão da Europa. Mais,a proatividade da Intraplás reflete-senum volume de vendas no ano de2010, de 87 milhões de euros, e comuma perspetiva de atingir os 105 mi-

lhões de euros em 2011. Por ano pro-duzem 1.600 milhões de unidadesde embalagens e transformam 50 miltoneladas de material. Empregam 380funcionários e funcionam 24 horaspor dia. A estes números acrescemoutras variáveis no amplo conceito daproatividade; falamos de tecnologia,inovação e investigação. E estas sãoa verdadeiras linhas mestras de umaempresa de sucesso. “Temos vindo ainovar constantemente, sempre inves-timos os resultados em tecnologia einvestigação, e é inegável que essessão os pontos fundamentais numaempresa”, explica Machado Ferreiraque em 1968 começou a sua incur-são pelo mundo dos plásticos.

DA ALDEIA PARA O MUNDOAlberto Machado Ferreira é um dosempresários de maior sucesso emSanto Tirso, no Norte, em Portugal ena Europa. Em 1968 cria a Intraplásem clara contracorrente ao domíniotirânico do têxtil; mais tarde, e porque“não queria ter os ovos todos no mes-mo cesto”, abre o Hotel Cidnay. Hojeacumula com o lado empresarial asfunções sociais como provedor daSanta Casa da Misericórdia de SantoTirso. A súmula é um percurso feitosobretudo de “persistência e trabalho”,como nos confidência o Provedor.

Longe vai o tempo em que ven-deu a mercearia que tinha em Roriz edecidiu mudar literalmente de vida.

“Tem de haver uma luz que nos ilu-mine, é verdade, e se a minha esco-laridade é a instrução primária, sem-pre fui bastante curioso, sempre gos-tei de ler e viajar, e, parecendo quenão, viajar, visitar feiras, conhecer pa-íses é muito importante, porque abrehorizontes, e eu aconselho isso aquem tenha no horizonte o progres-so.” E foi assim que fez? Quisemossaber. A resposta surge em forma derecordação, como um flashback deum filme da década de sessenta. “Naaltura, quando decidi vender a mer-cearia, o que estava na berra eram ostêxteis, as confeções, as pocilgas, osgalináceos e isso tudo. Eu, sincera-

mente, nunca gostei de andar ao sa-bor das modas”, começa por clarifi-car. Rapidamente percebemos que jánessa altura Machado Ferreira tinhaa perceção do futuro inglório dostêxteis em Portugal: “a Indústria dosTêxteis andou sempre em busca depaíses pobres. Começou na Inglater-ra, França, Itália, Espanha, Portugal e hojejá está na África. Para ver isto basta teralguma perceção das coisas, e portantoquando vocacionei a empresa para aindústria de plásticos antevi a dimen-são que poderia ter, e que de facto teve.”

E a realidade demonstra que quan-do alguém sabe aquilo que não quer,cedo ou tarde encontra aquilo quequer. E assim foi. Enquanto visitavauma feira em Itália, Machado Ferreiraachou “piada” a umas máquinas deplástico e comprou-as. Começou porfabricar máscaras de Carnaval, massendo este um produto sazonal de-cidiu-se depois a fabricar painéis de-corativos para revestimento de tetose paredes, o que fez durante algumtempo. Mais tarde começou a produ-zir uma linha de utilidades domésti-cas Jobel, semelhante à Tupperware,mas quando se apercebeu que esseproduto começava a “perder interes-se” enveredou então pela produçãode embalagens de produtos alimen-tares. Mas nada acontece por acaso, eo presidente da Intraplás consegueapontar as suas motivações naquelaaltura. “Quando decidi enveredar

pela embalagem de produtos alimen-tares foi um pouco por faro, porquetodos nós comemos, todos nós con-sumimos e há 20 ou 30 anos eu játinha um bocadinho essa perceção.”

DO FMI DE 1983 AO FMI DE 2011Depois de Portugal ter pedido ajudaexterna e em plena crise económicae política, Alberto Machado Ferreiramantém a serenidade, a calma e opragmatismo perante a iminente en-trada do FMI em Portugal. “Se me as-susta? Não. Porque mais penalizadosem impostos do que já estamos, nãome parece que possamos ficar, alémdisso, o dinheiro não tem pátria e sepenalizam mais as empresas, elas

transferem rapidamente as suas se-des para outro país sem problemaalgum. Os políticos têm que ter bomsenso”, explica, adivinhando um doscenários possíveis nos próximos tem-pos. Mas se agora não assusta a mãopesada do FMI, o mesmo não acon-teceu em 1983 quando a Intraplásteria pouco mais de 15 anos. “Lem-bro-me bem dessa altura, porque aIntraplás passou por sérias dificulda-des”, relembra com uma réstia de pe-sar. ”Nessa altura a empresa aindaera débil e tínhamos feito um investi-mento bastante considerável atravésde um empréstimo bancário, ou seja,esse empréstimo não era a fundo per-dido, mas o Estado facilitava o crédi-to às empresas”. Com a chegada doFMI complicou-se o caminho que aIntraplás percorria. “Os juros subirammuito, chegou-se a pagar 30 por centoe por muitos resultados que tivesse,eram todos para pagar juros. Foi umaaltura muito, muito difícil”, conclui.

Hoje o potencial económico da In-traplás permite-lhe, com FMI ou sem ele,funcionar normalmente e asseguraros 380 postos de trabalho. Aliás, ex-plica-nos Machado Ferreira, “até vamosadmitir mais algumas pessoas, porquefizemos um investimento muito com-plexo para fabricar um produto ino-vador e por isso estamos já a formarpessoas para trabalhar com esse equi-pamento”. O objetivo futuro é con-quistar o mercado alemão, os países

nórdicos e os países de leste, isto por-que a orientação da empresa assentana exportação, que representa hojejá oitenta e dois por cento daatividade da Intraplás onde se desta-cam países como o Canadá, França,Japão, Espanha, Suíça e Bélgica. “O go-verno devia agradecer muito à Intrapláse a empresas como a Intraplás porquegeramos muita riqueza, seja ela em im-postos, em postos de trabalho, em valoracrescentado que advem de resulta-dos do exterior”. Questões políticasnão cativam a atenção do empresá-rio. “Em política não sou um expert”,começa avisar com um sorriso tímidoassim que falamos de eleições. “O pro-blema político do país, a meu ver (mas

quem sou eu?) deveria ser resolvidovia Presidente da República criandoum governo de competência, compessoas competentes para resolver asituação do país, que é realmentedramática.” Isto evitaria, segundoMachado Ferreira, “que andássemospreocupados com os políticos A, B,ou C que pregam cada um à sua ma-neira, mas acabam por ser todos iguais.”Mas na ausência desta solução, as elei-ções de 5 junho afiguram-se, para oempresário, como “um mal necessário”.

Este é o perfil do empresário, mashá ainda um outro perfil, o social. En-quanto provedor da Santa Casa daMisericórdia de Santo Tirso a atuaçãode Machado Ferreira não é indisso-ciável do lado empresarial. “Na Mise-ricórdia é preciso ter algum senso degestão, porque a instituição tem 320funcionários.”

Por outro lado há ainda o HotelCidnay, que em 1994 Alberto Ma-chado Ferreira decide construir. Porlá passaram as equipas de futebol doReal Madrid, F.C. Barcelona, a seleçãode futebol francesa e muitas outrasfiguras de calibre mundial. Em suma,é por todos estes motivos que no dia25 de abril Machado Ferreira recebea Medalha de Honra. O título má-ximo do concelho de Santo Tirso érecebido pelo empresário com um mis-to de orgulho e humildade: “obvia-mente que é uma honra, mas não seise a mereço.” |||||

Texto e foto: Catarina Soutinho

ALBERTO MACHADO FERREIRA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DAINTRAPLÁS, DO HOTEL CIDNAY E PROVEDOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA RECEBEESTE ANO A MEDALHA DE HONRA DO CONCELHO. NUMA ENTREVISTA INTEMPORALPARTILHA-NOS O SEU PERCURSO, A MEMÓRIA DO FMI EM 1983 E A CONSTANTE APOSTANA “TECNOLOGIA E INVESTIGAÇÃO” QUE FAZEM DA INTRAPLÁS UMA EMPRESA LÍDER.

“Temos vindo a inovarconstantemente, sempreinvestimos os resultadosem tecnologia e investiga-ção, e é inegável que essessão os pontos fundamen-tais numa empresa”

“A minha escolaridade é ainstrução primária, massempre fui bastante cu-rioso, sempre gostei deler e viajar, e, parecendoque não, viajar, visitarfeiras, conhecer países émuito importante,porque abre horizontes”

“O problema político dopaís, a meu ver (masquem sou eu?) deveriaser resolvido via Presi-dente da República crian-do-se um governo decompetencia, com pessoascompetentes para resol-ver a situação do país, queé realmente dramática”

[Com a entrada do FMIem 1983] “os juros subi-ram muito, chegou-se apagar 30 por cento e pormuitos resultados quetivesse, eram todos parapagar juros. Foi uma altu-ra muito, muito difícil”

Page 5: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESTAQUE 1PAGINA 5 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

“Pessoalmente”, diz Luís Ferreira Pinto,“não estou muito para fazer festas, nemdeitar foguetes”, mais ainda quandonão vai assim há tanto tempo a cele-bração dos 25 anos de atividade. Masa data não passará em branco até por-que os últimos anos foram de impor-tância vital para a Casfil. Há cincoanos “a Casfil valia metade daquiloque vale hoje”. O percurso iniciadoem 1981 foi sempre em crescendo“degrau a degrau” mas, reconhece,nos últimos anos “a criação de valor,de postos de trabalho foi bastanteacentuada. E isto é digno de realce”.

De acordo com os dados avança-dos pelo administrador da Casfil, aempresa faturou no último ano mais

de 60 milhões de euros e permanecelíder no mercado ibérico. A isto, junta-se o facto de ser uma das maiores em-pregadoras do município, contandocom mais de 200 trabalhadores.

No próximo dia 25 de Abril a Câ-mara de Santo Tirso apresentará as ra-zões que a levaram a distinguir, este,ano Ferreira Pinto com a medalha deHonra do Concelho, mas tendo emconta a importância que a empresatem para a economia local, não serádifícil perceber o porquê desta distin-ção, ainda que o administrador daempresa a tenha recebido com surpre-sa. “As pessoas quando são galardoa-das com prémios desse tipo, têm jácarreiras muito longas e eu consideroque não atingi ainda a maturidade”.Os 30 anos à frente da Casfil não pa-recem traduzir um percurso propriamen-te curto, concorda Ferreira Pinto, mas tam-bém é verdade que quando se está for-temente focado em determinadosprojetos, isso, explica o mesmo res-ponsável “envolve-nos de tal modoque perdemos a noção do tempo”.

PROJEÇÃO INTERNACIONALTempo esse que, no entanto, não fazesquecer o início desta aventura em-presarial. Quando em 1981 é criada aCasfil, Ferreira Pinto contava já no cur-rículo com uma experiência de dezanos como sócio de uma empresada região. Em síntese, tinha “uma si-tuação confortável”, cómoda, mas não

a capacidade de gerir os rumos dessamesma empresa até porque não era osócio maioritário. Sentia-se limitado nasua “capacidade criativa” e a na sua“capacidade de realização”. Decide-se então pela criação da Casfil enca-rando-a como “um projeto de longoprazo”. Ou seja, concretiza, “um pro-jeto que tranquilizasse as pessoas quetrabalhassem connosco, fornecedores,clientes, empregados. Isto é, um pro-jeto para satisfazer toda a gente”.

Para além disso, um outro propó-sito muito claro: “a criação de umaempresa que tivesse projeção inter-nacional, que tivesse uma capacida-de de produzir e satisfazer clientesao mesmo nível com que naquele tem-

po eu me confrontava”. Movia-o a ne-cessidade de criar uma empresa quepudesse “corresponder aos padrõesinternacionais, ao nível da qualidadee capacidade competitiva”. Por isso,compreende-se que confinar a Casfilao mercado nacional nunca estevenos horizontes do seu administrador.

“Hoje as exportações já represen-tam 76 por cento. Todos os anos aum-entamos a nossa quota de mercadointernacional, agora não é tão visívelporque já estamos próximos de atingiros 100 por cento. Mas continuamosa penetrar nos mercados internacio-nais e fazêmo-lo desde 1992”. As ex-portações fazem-se, em particular, paraos países da União Europeu (onde aconcorrência é forte), mas chega aoscinco continentes “Já temos desde hámuito tempo relações comerciais como norte de África, o médio oriente,com países como o Canadá, os Esta-dos Unidos e o México”, concretiza.

O crescimento da empresa foi sen-do feito com “ciclos de investimentoque nunca vão além dos 3-5 anos”,pelo que, concretiza Ferreira Pinto pro-cessou-se de forma “sustentável”, dan-do-se passos “seguros” e “nunca nopântano”, fazendo com que a mesmativesse “a possibilidade de acompa-nhar os mercados, o crescimento dosclientes e, portanto, seguir as tendên-cias diversificando os produtos”. E seem Portugal a concorrência não tem“a capacidade” da Casfil, não consti-

tuindo, como tal, grande problema, jáo mesmo não acontece em relaçãoao exterior. Mas para esse “confron-to”, Ferreira Pinto fala num termo pou-co comum no meio empresarial: “har-monia”. “A Casfil não é fachada, oque se vê fora, vê-se dentro, há tran-quilidade nas pessoas que aqui tra-balham. É uma empresa que investe,que está no topo da tecnologia, queestá nos melhores mercados. Se fossetransplantada para centro da Europa,a Casfil tinha uma capacidade de re-sistir e de combater e de ter vantagensacrescidas nos concorrentes locaisporque, de facto, temos uma harmo-nia muito grande”.

Predicados que sublinham a sua

solidez, mesmo em períodos de crisecomo o atual. “Sinceramente, a Casfilnão tem tido dificuldades difíceis desuperar” e nem a condição periféricado país tem travado esse crescimen-to, ainda que, defende Ferreira Pinto,é nesse domínio que se espera mai-or atuação por parte dos governos.“O Estado deve desbravar caminho”,deve “incentivar” e não “penalizar”. “Asentidades estatais tem que fazer aquiloque lhes compete que é facilitar a vidaàs empresas que criam valor, que cri-am postos de trabalho, que criam ri-queza. É necessária uma atenção muitogrande a estes fatores. Não é por acasoque a maior parte da indústria, quetem debilidades, foi perdendo balan-ço e agora estamos no estado emque estamos, principalmente aqui noVale do Ave. Poucas aguentaram”.

O administrador da Casfil enten-de que nos últimos 10-15 anos apos-tou-se mais “no desenvolvimento deempresas de produtos não transacio-náveis em desfavor das empresas queproduzem bens transnacionais e quetem de pagar a energia mais cara ouo gás mais caro”. Acredita na capaci-dade das empresas portuguesas, maslamenta que “uma parte do país, quetem responsabilidades, não reme nomesmo sentido”. Ainda que tarde, su-blinha por outro lado o mesmo res-ponsável, “fala-se hoje muito em ex-portar e na capacidade produtiva debens que, em troca, nos possibilite as

divisas necessárias para fazer face àsimportações e não criarmos o mons-tro” com que hoje o país se confron-ta. Assim como tarde foi, no seu en-tender, o pedido de ajuda externaformulado pelo país.

O DÉFICE, A AJUDA E O FUTURO“Lamento que tenhamos chegado aesta situação. Manifesto há mais deum ano um desconforto muito gran-de relativamente ao rumo que temosseguido, nas ações relacionadas como problema do défice que nos atiroupara este descalabro. Como dirigentede uma empresa, para mim era tecni-camente obrigatório que se tomassemmedidas urgentes para estancar uma

situação que se vinha a desenhar ca-da vez mais problemática. Perdemosimenso dinheiro. Foram deitados parao rio jorros de dinheiro, em juros. Setivéssemos tomado uma atitude maiscedo, teríamos travado esta escalada”.

O pedido de ajuda externa estáfeito, mas segundo Ferreira Pinto faltaainda perceber “o real estado em quenos encontramos”, pois, acredita, ain-da não está tudo dito. “Absolutamen-te. De maneira nenhuma. Continua-se a dar paliativos ao doente quan-do sabemos que lhe tem de ser extir-pado o tumor. E isto não é maneirade atuar. Nós temos de ser sérios,transparentes, passar a informação, ex-plicar às pessoas que existem dificul-dades e que vai ser duro, mas quetemos de tomar essas medidas”.

Tempos difíceis mas que não deve-rão travar o crescimento da Casfil. “Fize-mos um grande investimento em 2007e um investimento intercalar o anopassado e estamos a estudar a possi-bilidade de continuar a investir”, po-dendo esse futuro passar tanto pelaconstrução de “uma nova fábrica”, “peloestabelecimento de parcerias” ou pela“entrada no capital de outras empre-sas”. Na altura certa, logo se verá, masde uma coisa o administrador da Casfilestá seguro, ou seja, que a empresa “jáatingiu massa crítica suficiente para seimpor por si própria, criar valor e sersustentável”. As oportunidades demercado ditarão o resto. |||||

‘O Estado deve desbravar caminho,incentivar e não penalizar’

Texto e foto: José Alves de Carvalho

“Esta empresa [Casfil]atingiu massa críticasuficiente para se imporpor si própria, criar valore ser sustentável”

“As pessoas quando sãogalardoadas com prémiosdesse tipo [medalha deHonra do Concelho], játêm uma carreira muitís-simo mais longa e euconsidero que não atingiainda a maturidade”

“A Casfil foi criada comoum projeto de longo prazo.Quis desenvolver umaempresa que pudesse cor-responder aos padrões in-ternacionais em qualidadee capacidade competitiva”

A 25 DE ABRIL, LUÍS FERREIRA PINTO RECEBE A MEDALHA DE HONRA DO CONCELHO.A DISTINÇÃO ACONTECE NUMA ALTURA EM QUE A CASFIL CELEBRA 30 ANOS.DESTACADO PRODUTOR DE FILMES FLÉXIVEIS PARA EMBALAGEM E LÍDER NO MERCADOIBÉRICO, A EMPRESA DE QUE É ADMINISTRADOR, COM SEDE EM VILA DAS AVES,REPRESENTA UMA APOSTA DE LONGO PRAZO DE FERREIRA PINTO

“Era tecnicamente obriga-tório que se tomassemmedidas urgentes paraestancar uma situaçãoque se vinha a desenharcada vez mais problemá-tica. Perdemos imensodinheiro”, diz FerreiraPinto sobre o pedidode ajuda externa do país.

“Continua-se a dar palia-tivos ao doente quandosabemos que lhe temde ser extirpado o tumor”

Para além de Alberto Machado Fer-reira e de Luís Ferreira Pinto, há maispersonalidades e instituições a dis-

tinguir no dia 25 de abril pela Câma-ra de Santo Tirso. Este ano, recebemMedalhas de Mérito Municipal: LuísPereira da Silva (administrador daAgência Abreu); Tiago Basto LinharesCarneiro (cientista e investigador);

Lereno de Sousa Ribeiro (comerci-ante e sócio nº 1 da Acist); RicardoDinis Oliveira (docente e investi-gador); Félix Dias Carvalho (profes-sor universitário); Manuel AugustoO. Rodrigues Barbosa (treinador de

voleibol); Alexandrino Machado(farmacéutico) e Álvaro Moreira (di-retor do departamento de cultura eturismo); e ainda a Liga dos Amigosdo Hospital de Santo Tirso e a Em-presa de Caldas da Saúde. |||||

MEDALHAS DE MÉRITOMUNICIPAL

Page 6: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESTAQUE 2“Desde 2009, início 2010 que co-mecei a trabalhar naquilo que na al-tura chamei de Plano Municipal deContenção de Despesas e que temsido levado à prática. Nós sabíamosque íamos ter reduções nas receitas.Já tivemos o PECI, PECII e PECIII, e noâmbito da estabilidade e crescimento,Santo Tirso já perdeu 10 por centodas verbas que recebia do Estado. Eupenso que o PEC IV, que não foi apro-vado, vai ser adaptado e transforma-do no novo pedido de ajuda exter-na, e então vai traduzir-se num gran-de corte para as autarquias. Aliás oexpetável de corte para as autarquiasé de mais 10 por cento, e isso signi-fica que num ano e meio, há um cor-te de quase 20 por cento de verbaspara as autarquias. Ora isso tem refle-xos nas câmaras, nas juntas, e nós va-mos ter problemas, ou seja vamos terque cortar mais do que já cortamos,nomeadamente na chamada despe-sa corrente. Mas há uma coisa queeu acho que devo evitar ao máximo,que é cortar o investimento público,pois se o fizer significa menos eco-nomia, menos trabalho, menos em-prego, menos qualificação da cidadee do concelho.”

PEC’S, FMI E OQUE IRÁACONTECER

“Tudo o que diga respeito à educa-ção não considero excessivo e no Par-que Escolar investimos fundamental-mente o dinheiro comunitário. Noâmbito da educação está a fazer-se emSanto Tirso um investimento de altís-simo nível. A Escola Secundária TomazPlayo, que está praticamente acabada,representa um investimento de 15milhões de euros; entretanto está-sea fazer a D. Dinis que são outros 15milhões, será que é excessivo? Eu achoque não. Sabemos que está a decres-cer o número de jovens, mas quemme diz que no futuro, como está acon-tecer na Europa toda, esse númeronão vai crescer? Por outro lado, eusei que o Centro Escolar de Negrelosincomoda muita gente, mas foi umdesiderato meu. Tudo foi feito paraque a Escola de Negrelos não fossefeita, e eu fiz tudo para que ela fosse,felizmente ganhei eu e a populaçãodo concelho. O Centro Escolar deNegrelos não é feito contra ninguém,é feito em favor do concelho. Faltaainda realizar um programa que é oda requalificação das escolas básicasdo 2º e 3º ciclos, nomeadamente ade S. Rosendo e a EB 2,3 de Vila dasAves, que está já incluída num pro-

EDUCAÇÃO,ESCOLAS EMENTESPERVERTIDAS

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

A entrevista dada por Castro Fernan-des em conjunto com quase todosos órgãos de comunicação social deSanto Tirso surge um dia antes dopresidente da câmara aparecer emgrande destaque no Congresso Na-cional do Partido Socialista, realiza-do no último fim de semana, emMatosinhos.

Embora comecem emergir vaticí-nios sobre o futuro de Castro Fer-nandes, agora que está a poucomais de dois anos de abandonar apasta de presidente da câmara, a ver-dade é que nesta entrevista Fernan-des é categórico: “enquanto estiver

‘Não serei candidato a deputado’CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL PARA UMA ENTREVISTA CONJUNTA. O RESULTADO FORAMDUAS HORAS A FALAR DOS INVESTIMENTOS, DAS OBRAS EM CURSO, DAS DIFICULDADES E DO FUTURO DO PRÓPRIOAUTARCA QUE TAL COMO NOS ASSEGURA NÃO PASSA PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

como autarca, não serei candidatoa deputado”. Não garante que vácumprir o mandato na totalidade,mas afirma que a sua vontade é de“ir até ao fim”.

Nesta entrevista foram revistos osinvestimentos em Santo Tirso, nome-adamente o Programa de Regenera-ção Urbana das Margens do Ave, arequalificação a Praça General Hum-berto Delgado, a aposta na saúde -com a construção dos centros de saú-de de Areias e S. Martinho do Cam-po-, e na educação - com o aumentoe requalificação do Parque Escolar -,entre outros. E se se deu algum ên-fase no que foi feito, houve no en-tanto tempo para explicar aquilo quenão foi feito. Em concreto falou-sedos parques de estacionamento deSanto Tirso, sobre os quais CastroFernandes reconheceu a urgência, maspara os quais não tem ainda garan-tias financeiras. O mesmo pareceacontecer com o projeto da Quintado Verdeal. Noutro âmbito, emborao problema seja ou mesmo - ou sejafalta de suporte financeiro - ficou expli-cado por que não arranca o Cine-teatro, e a eterna questão da grua.

Fora do âmbito das “obras”, nes-ta entrevista Castro Fernandes expli-ca por que razão a câmara não pedepareceres à Junta de Freguesia de Vila

das Aves. Ficamos a saber que afi-nal trata-se de um “caso de polícia”.Por outro lado, sobre o relaciona-mento com a oposição, Fernandesafirma que o processo de recusa daspropostas apresentadas pelo PSD éum assunto democrático: “são recu-sadas por maioria”.

Sobre o problema do desempre-go o autarca lembrou: “quer se quei-ra quer não, conseguimos atrair paraaqui o Call Center, e já se criou qua-se 900 postos de trabalho, o enge-nheiro Zeinal Bava prometeu-nos1200, e aguardo serenamente queisso seja feito”. Mas os negócios coma PT parecem não ficar por aqui, Cas-tro Fernandes assegurou que estáem negociações com a Portugal Tele-com, mas que para já nada pode serrevelado. Garantida parece estar ainstalação de duas novas empresasem Santo Tirso, mas sobre as quaiso presidente nada mais adiantou.

Já num registo mais ligeiro, Cas-tro Fernandes lembrou a importân-cia dos bares que se instalaram noLargo Coronel Batista para a vidanoturna da cidade. Por outro ladomostrou-se disponível para analisarpossíveis propostas dos gestores daFábrica da Rio Vizela. “Economica-mente não sei se há possibilidadede transformar a Rio Vizela num

Serralves, mas tomara eu que aque-le espaço tivesse uma revitalização”.

Nesta entrevista de mais de duashoras, e que seguramente duas pá-ginas não seriam suficientes paratranscrever todos os assuntos abor-dados, ficou um dado importante.O futuro das autarquias no períodopós-pedido da ajuda externa podepassar por um momento complica-do. “Vamos ter problemas com issoe vamos ter que cortar mais do quejá cortamos”, assegura o autarca.Mais difícil parece estar o pagamen-to da indemnização do Estado a San-to Tirso. Ainda assim nesta entrevis-ta ficamos a saber que o Estado nãoé o único devedor. Também a EDP ea INAG (Autoridade Nacional daÁgua) devem em conjunto mais de6 milhões de euros à autarquia. Emsuma há cerca de 13 milhões eurosque Santo Tirso tem o direito de re-ceber e ainda não recebeu. ||||||

“Realizo-me muito maiscomo presidente de câmarado que noutros lugares queaparentemente são muitoimportantes, mas onde anossa capacidade de decidirnão é nenhuma”

Page 7: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESTAQUE 2PAGINA 7 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

“Foi feito um concurso público no âm-bito de uma parceria público-privadae foi constituída uma empresa cha-mada INTirso. Essa empresa, que temcapitais de empresas privadas em 51%e capitais da câmara em 49 %, é quetem de o construir. Utilizamos estemodelo, porque sendo a empresa arecorrer à banca isso não conta paraa capacidade de endividamento dacâmara. A empresa foi ao mercadobancário, mas os bancos têm criadograndes problemas desde 2009 eainda não decidiram o seu emprésti-mo para esta obra. Logo que a CaixaGeral de Depósitos dê o agrément, aobra arranca no dia seguinte. Esta obranão custou nada à Câmara de San-to Tirso, porque no âmbito da parce-

“Tenho o processo todo organizadoe está em fase de adjudicação e pos-so fazê-lo de um momento para ooutro, mas quero ter garantias de fi-nanciamento para poder pagar asobras. Os parques não são uma par-ceria público-privada, são uma con-cessão da câmara que, portanto, temque pagar uma parte das obras. To-mara eu que arranquem as obras dosparques de estacionamento, mas re-cordo um fator de que as pessoas seesquecem, é que esses parques terãode ser pagos e toda a área de estaci-onamento de duração limitada emSanto Tirso vai ter que ser alargada,porque o contrato de concessão as-sim o obriga. Portanto no dia em quese fizer os parques de estacionamen-to subterrâneos estas áreas vão terde ser pagas. A Quinta do Verdeal

“O Estado português foi condenadoa pagar cinco milhões de euros maisjuros por causa da criação do conce-lho da Trofa. Quando eu esperava quehá um ano atrás o dinheiro fosse pa-go à câmara, fiquei surpreendido por-que o Ministério das Finanças (MF)mandou a dívida para a Assembleiada República (AR). E se foi a AR quefez esta lei, se foi a AR que fez estailegalidade tinha que ser a AR a pa-gar a indemnização. Mas a AR nãoaceitou, até porque a AR não tem umorçamento que lhe permita pagar estetipo de verbas. Por outro lado, na nos-sa opinião, quem representa o Estadopara receber é o MF, e para pagar tam-bém é MF. Na dúvida a Secretaria Ge-ral da AR, mandou o assunto para aProcuradoria Geral da República, paraque o concelho consultivo da Procu-radoria Geral da República resolves-se este assunto e por unanimidade dosseus membros, decidiram que quemtinha de pagar era mesmo o MF. En-tretanto gerou-se esta crise política eeconómica, e agora estou a fazer amáxima pressão sobre o Estado por-tuguês. Noto que isto não é contra opartido A nem B, isto é uma questãoEstado/Câmara. Mas há uma outraação, mas contra a EDP que tambémestá ganha no Supremo Tribunal e queainda não conseguimos executar. AEDP deve à Câmara de Santo Tirso cin-co milhões de euros. O Estado por-tuguês reteve na fonte, há muitos anos,10 por cento das verbas a transferirem virtude das dívidas da câmara àEDP de então. Fomos para tribunal eganhamos a questão e a EDP tem quenos devolver dinheiro. Quanto aoINAG, não tenho ação contra eles,mas deve-nos 1 milhão e 200 mileuros há mais de dois anos.”

“Eu sou acusado pela junta de nãocolher os pareceres de Vila das Aves.Primeiro a lei a isso não o obriga. Se-gundo: eu tinha sido eleito para pre-sidente de câmara há pouco tempo e

“O PSD faz propostas, são recusadas:é democrático. São propostas políti-cas feitas em reunião de câmara e sãorecusadas pela maioria. No outro diaapresentaram uma proposta de uma

cesso que visa a sua requalificação eque é muito necessário. Além disso,não há nenhum fundamento no ru-mor de que a EB 2,3 de Vila das Avespudesse estar de saída para S. Toméde Negrelos. Isso é a tal tradição dealguns de tentar arranjar problemasonde eles não existem, e então atiramcoisas para o ar, não concretizam, nãofundamentam e tentam é criar litígios.Eu não sou desse clube. Então com-preende-se que a câmara ande a inves-tir na E.B 2, 3 Vila das Aves, na requa-lificação do pavilhão desportivo, paradepois acabar!? Isso só lembra de factoa algumas mentes pervertidas.”

ria público-privada a empresa queganhou o concurso é que é respon-sável pela obra. Quanto à questão dagrua, é um falso problema, é o cha-mado fait-diver. A grua não incomo-da ninguém. E se daqui a 15 dias aCGD diz que já há dinheiro, de quevale eu mandar tirar de lá a grua paramontar outra vez? Aquilo é da res-ponsabilidade do empreiteiro, é umproblema dele, não é meu, não temcustos para mim.”

custa 750 mil euros, mas como nãotenho financiamento para ela, não afaço, como não fiz os parques de SantoTirso. Não tinha financiamento. Euparei com muitos investimentos por-que não sou louco, e não quero saircom a câmara hiperendividada.”

em 2002/2003 tive duas queixasanónimas. Uma delas de uma senho-ra Dra. Helena, advogada que se quei-xou contra mim, por causa de, segun-do ela, haver uma ilegalidade numprédio na Vila das Aves. Depois, maistarde, em 2003 fui acusado, soube-o mais tarde, pelo sr. presidente dejunta de Vila das Aves à Polícia Judi-ciária. Imaginem o que significa o sr.presidente da junta deslocar-se à sededa PJ, ao Porto, e apresentar uma quei-xa contra o presidente da câmara, so-bre obras particulares! Tem graça quemais tarde vim a descobrir, e tambémestá no processo, que a advogada queapresentou a primeira queixa e que osr. presidente da junta dizia que nãoconhecia de lado nenhum, era advo-gada do sr. presidente da junta noprocesso da queixa seguinte. É preci-so que se diga que foi tudo arquiva-do, não tive uma única acusação, pelocontrário, no final o procurador disseque não ficou nada provado contra opresidente da câmara de Santo Tirso.É lógico que a câmara municipal nãovai pedir pareceres para uma coisasobre a qual a junta de freguesia imi-te pareceres e depois vai apresentarqueixa à PJ. Eu não quero polémicase tenho resistido ao longo dos anosa todo este tipo de acusações. As quei-xas que foram feitas tinham interes-ses imobiliários por trás e sei perfei-tamente o que é que pretendiam. Aqui-lo que era dito em voz off, era que opresidente da câmara não tinha per-dido as eleições em 2001 no terre-no, mas ia perder na secretaria. Inde-pendentemente desses ataques eununca prejudiquei, nem nunca preju-dicarei a Vila das Aves. Aliás eu souacusado pelas outras autarquias debeneficiar a Vilas das Aves, por serde lá. Em Santo Tirso sou acusadopelos tirsenses de beneficiar as Aves,nas Aves sou acusado pelos avensesde beneficiar os tirsenses.”

PARA QUANDO OCINETEATRO?E O ESTRANHOCASO DA GRUA

PARQUES DEESTACIONAMENTOE QUINTA DOVERDEAL: NÃOHÁ DINHEIRO

QUEM VAI PAGAROS 13 MILHÕESQUE SE DEVEA SANTO TIRSO?

“Não há nenhuma decisão tomada,é muito cedo para decisões. Não hápossível sucessor, nem possível su-cessora, mas como é lógico em políti-ca fala-se de muitas pessoas. Posso jáesclarecer que não serei candidato adeputado. Enquanto estiver como au-tarca, não serei candidato a deputado.Já podia ter sido, e se quisesse agoratambém possivelmente o era, mas nãoserei deputado porque acho que é maisimportante para mim e para o conce-lho ser presidente de câmara nestemomento do que ser deputado. Euacho que me realizo muito mais poli-ticamente como presidente de câma-ra de Santo Tirso do que noutros lu-gares que aparentemente são muitoimportantes, mas onde a nossa capa-cidade de decidir não é nenhuma. Nãoestá garantido que vá cumprir o man-dato até ao fim, porque eu posso en-tender que por razões pessoais, políti-cas, estratégicas ou por interesse dopartido que será bom antecipar, masa minha vontade é ir até ao fim.” |||||

OPOSIÇÃO EAS PROPOSTASRECUSADAS

POR QUE NÃOSE PEDEMPARECERES ÀJUNTA DE VILADAS AVES?

demagogia total. Diziam que queriampropor que os idosos tivessem umaparelho de teleassistência que cus-tava 7,50 euros cada um. O que nãodisseram era quanto isso custava paratodos os idosos. Multiplica-se 7,50euros por 20 mil idosos e veja-sequanto custa, e vejam se há condi-ções financeiras para isso. Tal como ademagogia de propor que nós dés-semos livros gratuitos a todos os alu-nos das escolas primárias. Eu não con-cordo. Por que é que há os alunoscarenciados dos tipo B e do tipo A?Por que é que para as refeições unsrecebem parte da verba, outros nãopagam nada e outros pagam tudo? Porque é que a câmara haveria de pagarlivros a filhos de pessoas que são ri-cas e que têm muitas possibilidades?Porque nós às pessoas carenciadas jáajudamos. São estas propostas dema-gógicas com fins perfeitamente elei-toralistas que nós recusamos pormaioria. É política, e com razão, e quan-do recusamos dizemos porquê.”

FUTURO: “NÃOSEREICANDIDATO ADEPUTADO”

“A Quinta do Verdeal[Vila das Aves] custa 750mil euros, mas comonão tenho financiamentopara ela, não a faço”

“Parei com muitos inves-timentos porque não soulouco, e não quero saircom a câmarahiperendividada.”

“Tudo foi feito para queo Centro Escolar de S:Tomé de Negrelos nãofosse feita, e eu fiz tudopara que fosse, feliz-mente ganhei eu e apopulação do concelho”

Page 8: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

OPINIAO~Este jornal adotou oNovo Acordo Ortográfico

Dois exemplosempresariais quemuito nos honram

Escrevo esta crónica no “day after” (dia se-guinte) do pedido de ajuda que o Governoportuguês fez à Comissão Europeia para injetardinheiro vivo em Portugal. Chegamos, por isso,ao fim da linha (“dead-line”) e agora temospela frente um caminho duro - o caminhodas pedras.

Um caminho que nos levará à redençãoou ao inferno para sempre. Um ou outrodestino está nas mãos dos portugueses. Nãosei se com este pedido de ajuda começamosa ver a luz ao fundo do túnel.

O que sei de ciência certa é que os maisfracos vão ficar mais fracos. Desde o 25 deAbril de 74, os portugueses têm nas mãosuma arma muito poderosa para mostrar sequerem continuar nesta vida ou mudar de vida.

Como disse, escrevo esta crónica a 7 deabril. No dia anterior, foram muitos oscomentadores que classificaram o dia 6 de“dia histórico” ou “momento histórico”. Nãoestou de acordo. O dia histórico pode e deveser o próximo dia 5 de junho. Cabe aos por-tugueses decidir.

Aqui, no Vale do Ave, as coisas vão ficarmais negras. Mais desemprego, maiscriminalidade, mais falências. É preciso per-ceber que podemos estar perante uma explo-são social de consequências imprevisíveis.

É preciso que os responsáveis políticostenham a visão de perceber que é precisotomar as medidas certas, nos momentos cer-tos. Enterrar a cabeça na areia, assobiar parao lado, como fez durante muito tempo onosso Governo perante a evidência de umasituação insustentável, é tudo aquilo de quenão precisamos.

Lembro que escrevi aqui e em outros jor-nais do concelho, desde há mais de 2 anos,que a região em que Santo Tirso está inseri-do pode tornar-se num vale do desespero.Temos todos visto, lido e ouvido, a falênciade empresas um pouco por todo o lado.É preciso, por isso, um plano de emergênciasocial: rápido, eficaz e determinante. Temosque olhar para os mais pobres, para os de-sempregados e para os mais fracos. A priori-dade é essa: agora e já. Quem não perceberisso, não percebe nada. ||||||

O ‘day after’

Aproximando-se mais um Vinte Cinco de Abrilem circunstâncias tão drásticas na ainda jovemdemocracia portuguesa, ao ponto de se sentirum imenso vazio de governação “real”, no mo-mento em que mais preciso seria termos ao lemeda governação uma equipa de grande consensoe coerência para proporcionar a quem no-lopode garantir o auxílio financeiro de que neces-sitamos e a liquidez que nos salvaguarde da ban-carrota, as boas práticas e os bons exemplos,mais do que as palavras de ordem, os rituais doscravos e as cerimónias públicas, devem ser rele-vados. Em boa hora a Câmara de Santo Tirso, vaidistinguir, de entre as várias personalidades einstituições concelhias que se lhe impuseram co-mo merecedoras de condecoração e mérito, doisindustriais cuja consideração social é unanime-mente sentida como justa e digna, para além docritério quase sempre unilateral de um executi-vo camarário que tem a “faca e o queijo na mão”para deliberar como bem entende neste tipo dereconhecimento. Estamos a referir-nos a dois in-dustriais que souberam divergir no entendimen-to do ramo em que deveriam singrar e como sin-grar num terreno de especialização têxtil e quesão exemplos de expansão e internacionali-zação, justamente os srs. Luis Ferreira Pinto daCasfil e Alberto Machado Ferreira da Intraplás.

Não foi nada fácil garantir numa zona domi-nada pelo quase monopólio da indústria têxtil eque rapidamente foi entrando em declínio verti-ginoso em resultado da internacionalização daindústria asiática, a criação de empresas e pos-tos de trabalho alternativos, como os plásti-cos, fazê-las crescer e entrar em estratégias deexpan-são para o mercado europeu e internaci-onal, como foram o caso da Casfil e da Intraplás.Nesta nossa edição, atentos que estávamos àsjustas distinções que agora lhes vão ser outor-gadas, mas também ligados que estávamos umbi-lical-mente a todas as circunstâncias e eventos

Há cerca de dois anos foi inaugu-rado o Polidesportivo em SantoTirso. No ato da cerimónia, o atualpresidente da Câmara Municipalde Santo Tirso afirmou “tratar-se dainfra-estrutura que faltava ao com-plexo desportivo municipal”, adian-tando que “juntamente com o pa-vilhão e a piscina municipal – estesdois equipamentos com mais de2500 utilizadores por mês” vaipossibilitar aos munícipes “de umaforma sistematizada e organizadaou até de uma forma espontâneae informal” a prática da atividadedesportiva.

Mediante estas palavras, a Ju-ventude Popular decidiu ir ao en-contro do povo tirsense e pergun-tar-lhe o que acha desta grandio-sa obra, avaliada em 1.4 milhõesde euros. A resposta mais frequen-te que nos foi dada diz respeito aopreço de aluguer por hora. Fomosconfirmar estas opiniões junto dosfuncionários do Polidesportivo e defacto constatamos o veredito. Paraalugar o campo sintético durantea semana até às 18h fica por 20euros/h. A partir das 18h, acresce25 euros ao preço referido anteri-ormente. Será que num espaço deuma hora o preço que se gasta deluz é de 25 euros? Foi-nos dadaesta explicação devido a diferençade preços. A Juventude Popularpergunta então, se na altura doverão (onde os dias são mais lon-gos), há necessidade deste acrés-cimo de 25 euros.

Foi-nos comunicado também,que ao sábado, durante todo o dia,é taxado o preço de 45 euros.Neste dia já não há a tal diferençada luz. Certamente já viram carta-zes espalhados pela nossa cidadecom o slogan “Câmara apoia odesporto”. Com estes preços exa-cerbantes em que ponto é que exis-te esse apoio?! Santo Tirso nãoconVida ninguém à pratica despor-tiva, seja povo tirsense seja povovizinho. ||||| AAAAA JUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDE POPULARPOPULARPOPULARPOPULARPOPULAR

DEDEDEDEDE SSSSSANTANTANTANTANTOOOOO TIRSOTIRSOTIRSOTIRSOTIRSO

Santo Tirsonão conVida

que lhes deram visibilidade nacional, não pude-mos deixar de apostar e de ouvir de viva voz oque ambos os gestores destas empresas de su-cesso pensam do seu próprio percurso, das de-bilidades do país, do momento delicado com queesta-mos confrontados e do que, sendo para unsum “traumatismo” que se anunciava como inevi-tável, a tão falada ajuda internacional à Repú-blica, está a ser um “parêntesis dramático”, meioentalado e meio esquizofrénico, numa pré-cam-panha eleitoral para a qual já todos os partidosapontam baterias, sem que, no entanto, esteja-mos seguros das convergências que terão quefazer sobrepor às divergências que sabemos se-rem mais que muitas, para que até ao dia 5 deJunho, data das novas eleições, a economia dopaís não entre em colapso e a República nãodesça ao ponto mais calamitoso do seu défice.

Na semana que agora terminou, para além dedemonstrações assaz glorificantes e legitimado-ras de um exercício político feito à rebelia doque a consciência e a opinião pensante de técni-cos, investigadores e economistas de quase to-das as áreas (sem esquecer a voz esclarecida de47 personalidades de renome que vieram a pú-blico defender um “governo nacional” de com-promisso e de concórdia!) parece-nos que fazpleno sentido também destacar as palavras doadministrador da Casfil, sr. Luis Ferreira Pinto,todas elas resultantes não de um saber técnico eacadémico profundo mas de uma experiência desaber prático e empresarial já provado:

“Lamento que tenhamos chegado a esta situa-ção. No meu ciclo de contactos, manifesto há maisde um ano um desconforto muito grande relati-vamente ao rumo que temos seguido, nas açõesrelacionadas com o problema do défice que nosatirou para este descalabro. Como responsável edirigente de uma empresa, para mim era tecnica-mente obrigatório que tomassem medidas urgen-tes para estancar uma situação que se vinha adesenhar cada vez mais problemática. Perdemosimenso dinheiro. Foram deitadas para o rio jor-ros de dinheiro, em juros. Se tivéssemos tomadouma atitude mais cedo, teríamos travado esta es-calada e teríamos tido a possibilidade de nãopagar tantos juros e portanto o que tivéssemosde pagar seria para proveito do próprio país enão para pagar juros ao estrangeiro…” (ver en-trevista na página 5) |||||

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Pedro Fonseca

Cartas ao Diretor

Page 9: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ABÍLIO GODINHO - FUNERÁRIA - UNIPESSOAL, LDAAgência Funerária Abílio Godinho

Rua D. Nuno Álvares Pereira, nº 27(junto ao Largo da Mariana)Vila das AVila das AVila das AVila das AVila das AvvvvvesesesesesTelef. 252 941 316Escritório: Lugar da ArnozelaS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoTelef. 252 841 731Telm. 91 936 61 89Rua D. Laurinda F. Magalhães, nº 42Moreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosTelef. 253 563 250

Auto Fúnebres de luxo para todo o país e estrangeiro

~OPINIAOPAGINA 9 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

Vamos a ver...

Ter o 8 antes do 6, é apenasuma questão semântica?

1 José Sócrates, Teixeira dos Santos,Vieira da Silva, Pedro Silva Pereira, Jor-ge Lacão, extraordinários ministrosde um Governo que conseguiu co-locar Portugal num lugar aprazívelpara viver, mais o chefe do grupoque na Assembleia da República dásuporte e cobertura às suas medi-das, Francisco Assis, pediram a de-missão. A razão? Então andou ogoverno tão laboriosamente a tra-balhar numa solução com Bruxelaspara que Portugal continuasse nasenda do progresso, e ao apresen-tar na Assembleia da República esseprograma de estabilidade e cresci-mento que iria permitir continuar amaravilhosa ação deste governo, osmalvados e ingratos da oposição,votam contra? Vir dizer, a propósito,que o governo fez tudo sem dar co-nhecimento a ninguém? Então nãose vê, que tinha que ser assim mes-mo, por causa dos benditos merca-dos? O segredo já não é a alma denegócio? Virem dizer, ainda por cima

Muros por derrubar

Portugal já era uma das nações maisantigas da Europa quando a Europase formou, primeiro com uma ténueunião de interesses e depois com umapromissora união, que implicaria aunião económica, social e política, ouseja, uma verdadeira Federação deEstados/Nação, com um Governo Eu-ropeu. Infelizmente ou não, não che-garam a esse Estado de perfeição mo-derna onde a democracia, a liberda-de e a solidariedade seriam apanágio.

Quando em 1985 na assinatura doTratado de Adesão de Portugal, foi pro-metido que correria “o leite e o mel” nonosso país, como na Terra de Canaã,segundo a Bíblia, estávamos longe deimaginar que hoje estaríamos numasituação de pedintes perante Bruxelas.

O egoísmo e o maquiavelismo po-lítico dos países mais ricos, associa-do à falta de clarividência dos gover-nos portugueses de então, ditaram anossa sorte. A partir dessa altura ogoverno português decidiu desvalo-rizar a nossa agricultura, a nossa fro-ta pesqueira e afins e a nossa infra-estrutura produtiva.

Dinheiro, muito dinheiro, foi envi-ado para Portugal nessa metade finalda década de 80 e década de 90. Di-zia-se que eram setores para abater,porque os nossos empresários e tra-balhadores eram incapazes de compe-tir com os mercados exigentes e vo-razes na procura do lucro pelo lucro.

Lembram-se dos milhões chegadosa Portugal para formação profissionale apoio à recuperação de empresas?Lembram-se das fábricas falidas ven-didas a especuladores e oportunistas,quando outras recebiam chorudas aju-das do Estado? Lembram-se do abatede barcos pesqueiros, várias ve-zesabatidos, pagos com fundos europeuse do Estado? Lembram-se dos juroselevadíssimos, juros no final da décadade 80 que fizeram a delícia de muitosespeculadores? Pois bem, enquanto a

A solidariedadeda Europaou a falta dela

Europa financeira apoiava em Portugala falência de setores estratégicos danossa economia e da nossa sobe-rania,a tecnologia, a indústria de pon-ta emtodos os saberes, era incremen-tada naAlemanha e nos países mais ricos.

Criou-se assim uma Europa a duasvelocidades: a Europa central rica e do-minadora e os países do sul mais po-bres e dependentes das ajudas de Bru-xelas. Ajudas que não eram inocentes.

Dir-se-ia que os portugueses nãotiveram culpa. Não, não é verdade.Muitos políticos, economistas e politó-logos nacionais e internacionais fo-ram avisando, sobretudo no final doséculo passado, que esta Europa eeste Portugal, não teriam futuro se nãofosse aprofundada a União Política,se não fossem dados passos significa-tivos numa Europa solidária, no fun-do, se não fosse criada uma Federa-ção Europeia com Forças Armadaspróprias e Política Externa Autónoma.

De onde vêem os submarinos quePortugal comprou? De onde vêem osautomóveis, o material hospitalar, omaterial militar, os aviões, etc, etc? Deonde vêem os alimentos retirados daterra ou do mar? Houve alguém nopassado que disse com grande alcan-ce: “um país que não consegue ali-mentar-se, estará votado ao fracasso.”

É assim, provavelmente há mais deduzentos anos, mas os portuguesestiveram esperança no projecto Euro-peu. Os portugueses fizeram sacrifíci-os para que a Europa desse certo. Osportugueses, sobretudo os que lá tra-balham, ajudaram à construção daCasa Comum Europeia.

Agora, na hora da verdade, a de-silusão é grande. Quando Portugalesperava um gesto de magnanimida-de da União Europeia, responderam-nos com “uma pedra na mão” e obri-garam-nos a ceder aos especuladores,aos oportunistas financeiros. Quandoesperávamos solidariedade, respon-deram-nos com intervenção, não paraajudar a nossa economia, mas paragarantir o pagamento dos credores.

A Europa deixou de ser solidáriae pode estar a caminho de ser refémdo capitalismo selvagem. A Europadeu dois passos atrás a caminho doFederalismo e é dominada peloneoliberalismo Franco - Alemão. |||||

Joaquim Couto

agora, que o governo tinha prome-tido um défice que ficaria nos 6,8por cento quando afinal ficou nos8,6 por cento não percebendo queisto de ter o 8 antes do 6 ou de-pois, é apenas uma questão semân-tica? Por isso mesmo, o governo quepugna pela verdade e transparên-cia, se demitiu, para que o povo des-te país possa dizer a estes ingratos,que Portugal está onde está por ex-clusiva competência deste governo,e que no próximo dia 5 de junho opovo Português saberá dar a respostaa estes malvados que só trazem des-graça. O que eles, os malvados, que-riam, era que o governo desistisse.Mas desenganem-se, este governovoltará por vontade do povo, para, co-mo sempre, colocar os superiores in-teresses de Portugal em primeiro lugar.

2 O Presidente dos Estados Uni-dos, Barack Obama, vai lançar a suarecandidatura para as presidenciaisde novembro de 2012. Agora como lema “Tudo começa connosco”.Exatamente. Nós, os americanos,somos quem determina tudo. Ondeestá a dúvida? Quando foi eleito,pouco tempo depois, foi laureadocom o Prémio Novel da Paz, por, di-zia-se, aquilo que iria fazer em rela-ção à guerra. Foi de facto, um êxitoextraordinário; a guerra no Iraque

acabou finalmente. Aquele povopode hoje, graças ao Prémio Nobel,Barack Obama respirar livremente eem paz. No Afeganistão retirou to-das as tropas que haviam sido man-dadas pelo seu antecessor, GeorgeW. Bush. O Afeganistão com o seugoverno competente e anticorrupto,pode cultivar as papoilas de ópio paraque os militares americanos, agoralivres da guerra, possam finalmentefumar umas passas de barriga paracima nas praias do Hawai. Guan-tanamo, o campo de concentraçãoda era Bush, foi encerrado finalmen-te, e devolvido (como não podia dei-xar de ser) ao seu legítimo dono, ogoverno de Cuba. Agora como es-tas frentes da guerra, pela mão doPrémio Nobel, Barack Obama, fina-ram, ele mesmo, enviou os seus brin-quedos, que antes eram do terror,semear milhares de pombas em ter-ritório da Líbia para que estas avessimpáticas, possam ali levar a con-córdia tão necessitada ao povo Líbio.Em conclusão, se o Prémio Nobelhavia sido atribuído para que BarackObama fizesse isto tudo, e como ele,de facto, o fez, é chegada a hora de,em agradecimento, laureá-lo denovo, com mais um Prémio Nobel,agora sim pelo trabalho feito e so-bretudo pela extraordinária compe-tência. Tenho dito. ||||||

Abel Rodrigues

Page 10: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADE

“Muitas pessoas da freguesia nãocontavam e algumas ainda nem sa-bem”, afirma Jorge Leal, presidente dajunta a propósito da elevação de Roriza vila. O assunto já era falado há mui-tos anos, mas havia poucos sinais deque o aval pudesse surgir agora. De-pois de no discurso de tomada deposse em 2009, Castro Fernandester anunciado que iria propor à As-sembleia da República a passagem deRoriz a vila, o veredito chegou. Nopassado dia 6 de abril, Roriz foi ele-vado oficialmente à categoria de vila.

Contactado pelo Entre Margens,Jorge Leal explicou que recebeu a no-tícia, por volta 18 horas do dia 6 deabril com “grande satisfação”. Contu-do a notícia não constituiu propriamenteuma surpresa. “É um prestígio de ele-vado sentido o facto de Roriz passar avila, mas já estava a contar com issohá alguns anos”. Para Jorge Leal “Rorizteve uma evolução com uma certalógica”, e que por isso conseguiu reunirtodas as condições necessárias paraesta promoção.

De acordo com comunicado da Câ-mara de Santo Tirso, os motivos pelosquais se justifica a elevação de Roriz,

A 6 DE ABRIL A ALDEIA DE RORIZ DEIXOU DE O SER. NO SEU LUGAR SURGE A VILA DE RORIZ. DEPOIS DE MUITOS ANOS DE ESPECULAÇÃO, RORIZTRANSFORMA-SE ASSIM NA SEXTA FREGUESIA DO CONCELHO DE SANTO TIRSO A TER HONRAS DE ELEVAÇÃO

Roriz passa de aldeia a vila

assentam nos seguintes parâmetros:enquadramento, razões históricas erazões geográficas, demográficas, so-ciais, culturais e económicas.

As regras para elevação de umalocalidade a vila, datam de há maisde quinze anos, e mesmo desatualiza-das, são elas que ditam se uma povo-ação tem ou não condições para servila. A Lei de 1982 estipula que umapovoação só pode ser elevada à ca-tegoria de vila quando conte com umnúmero de eleitores, em aglomeradopopulacional contínuo, superior a 3mil e possua pelo menos, metade dosseguintes equipamentos: posto deassistência médica; farmácia; Casa doPovo, dos pescadores, de espetáculos,centro cultural ou outras coletividades;transportes públicos coletivos; estaçãodos CTT; Estacionamentos comerciaise de hotelaria; Estabelecimento queministre escolaridade obrigatória; eagência bancária”.

Roriz insere-se no contínuo urba-no do Vale do Ave e o seu povoamen-to fez-se sobretudo ao longo da suadensa rede de caminhos e estradas.De acordo com a tipologia de áreasurbanas, definida pelo INE, Roriz é

uma APU, ou seja, área predominan-temente urbana. A freguesia tem umaárea de 671 hectares o que lhe permi-te ser uma das maiores freguesias deconcelho. Tem cerca de 3 724 habitan-tes, de acordo com os Censos de 2001,sendo que 3600 são eleitores. EmRoriz 33 por cento da população re-sidente não é natural da freguesia, ecerca de 27 por cento da populaçãoresidente, trabalha na própria fregue-sia. Da sua população residente em-pregada, 78 por cento está afeta aosetor secundário, e dentro deste, equase na sua totalidade, à indústriatêxtil. Quanto ao setor primário, a suaimportância tem vindo a diminuir aologo dos últimos anos e, segundo osCensos de 2001, apenas 1 por cen-to da população empregada estavaafeta a este setor.

A nível de equipamentos Roriz temfarmácia, Caixa Multibanco, transpor-tes coletivos e casa de espetáculos,mais concretamente as sedes dos ran-chos de São Pedro de Roriz e de San-ta Maria de Negrelos, além de pos-suir um salão paroquial que está tam-bém devidamente equipado para re-ceber espetáculos. Roriz possui ainda

diversos estabelecimentos comerciais(supermercados, mercearias, talhos,padarias, drogarias, ourivesaria, florista,loja de eletrodomésticos), bem comoestabelecimentos de hotelaria, uma vezque o Mosteiro de Singeverga e o Mos-teiro de Santa Escolástica funcionamcomo albergues. A freguesia possuiainda Lar, Centro de Dia, Creche ediferentes estabelecimentos escolares.

E com estes requisitos Roriz cum-pre o necessário para ser vila e JorgeLeal reafirma-os: “se Roriz não tivesseas capacidades evidentes para ser vila,não era, porque há muitas outras fre-guesias que não têm essas valências.”

Ainda assim, e embora tenha su-bido de escalão, Roriz não terá, porassim dizer, nenhum benefício de

ordem económica vinda do Estadoque não tivesse já como aldeia, a di-ferença poderá mesmo ser a nívellocal. “Eu, como muitos outros autar-cas, temos dito que no aspeto finan-ceiro, no âmbito nacional, no âmbitocentral, passar a vila não tem grandeeficácia, mas no aspeto concelhio eno aspeto local é óbvio que tem mui-ta importância.” De tal forma que Jor-ge Leal, explica: “não é o Estado quevai transferir para nós, nem para ne-nhuma outra vila, fundos financeirosdiferentes dos que transferiria se fôs-semos uma aldeia, mas Roriz irá usu-fruir de outras vantagens. Ou seja,estará em pé de igualdade com ou-tras vilas e não em igualdade comoutras aldeias para reivindicar”. Essasreivindicações podem fazer com quepara Roriz sejam conseguidas obrasde maior valor, e que portanto seenquadrem no novo estatuto.

A primeira cerimónia oficial de Rorizenquanto vila é já no dia 25 de abril,onde algumas personalidades e as-sociações rorizenses serão condeco-radas. Certo porém que a partir deagora todos os anos a 6 de abril, Rorizirá celebrar o novo estatuto. ||||||

“É um prestígio de eleva-do sentido o facto deRoriz passar a vila, masjá estava a contar comisso há alguns anos”,afirmou ao Entre MargensJorge Leal, o presidenteda Junta de Freguesia.

SENHORASENHORASENHORASENHORASENHORA

Com cursos de geriatriapretende arranjar empregopara cuidar de pessoa oucasal de idosos.De segunda a Sexta

Telemóvel 966 657 888

VALE 10% DE DESCONTORecorte este cupão e vá à Adega Quinta RioVizela, na Travessa de Paradela, nº 185, em Viladas Aves, e obtenha 10% de desconto na comprade vinho Ameno.O desconto mantêm-se até ao final do mês deAbril.Aproveite.

Page 11: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

Castro Fernandes, em visita de trabalho à fre-guesia de Santa Cristina do Couto, anuncioua cedência de um espaço para a Loja Social,na zona da Ermida, a exemplo do que já haviasucedido com a cedência de um outro espaçopara a Loja da Cultura. É neste novo espaçoque a junta de freguesia dará corpo ao projec-to “Terceira a Fundo”, apresentado em março,que tem como principal objetivo georeferenciara população idosa no sentido de prevenir si-tuações de isolamento e criar à sua volta re-des de apoio e acompanhamento.

Mas para Santa Cristina do Couto há obrasa levar a cabo nos próximos tempos, com des-taque para o Centro Escolar da Ermida, cuja apre-sentação do projeto está para breve, segundoreferiu o presidente da Câmara. Assim, e depoisda aposta na EB1/JI de Tarrio, com uma inter-venção de cerca de 61 mil euros, e das obras naEscola e no Parque Infantil da Escola de Merou-ços, é altura de apostar num Centro Escolar,num investimento de cerca de 908 mil euros.

Já no terreno, e entre os locais de visita, re-ferencia para o largo: Dr. António Miranda, cujarequalificação está em fase de projeto; e doGrilo, que será também alvo de uma requali-ficação na área do trânsito. A segunda fase darequalificação da avenida Abade Pedrosa éoutras das obras a levar a cabo na freguesia.

PERÍMETRO URBANONesta deslocação à freguesia, Castro Fernandeslembrou ainda a importância de Santa Cristinado Couto, assim como de outras freguesias daperiferia de Santo Tirso no processo de alar-

S. Cristina do Coutocom Loja Sociale Centro EscolarNA VISITA A S. CRISTINA DO COUTO, REALIZADA NO DIA 2 DE ABRIL,CASTRO FERNANDES ANUNCIOU A CEDÊNCIA DE ESPAÇO PARAA LOJA SOCIAL E DESTACOU O PROJETO DO CENTRO ESCOLAR DA ERMIDA

gamento do perímetro urbano da cidade. Umprocesso que já teve o aval da Câmara e daAssembleia Municipal, tendo sido posterior-mente enviado à Assembleia da República. Aser aprovada a cidade de Santo Tirso será com-posta pelas freguesias de Santa Cristina doCouto, São Miguel do Couto, Burgães, Sequei-rô, Lama, Areias e Palmeira, para além da fre-guesia-sede do município. De 20 mil habitan-tes, a cidade passará a englobar 40 mil – sen-do que os problemas destas freguesias até pelasua proximidade ao núcleo da cidade são co-muns. As obras realizadas numa delas interfe-rem com a qualidade de vida de todos, referea autarquia em comunicado de imprensa.

O presidente de câmara aproveitou aindaesta deslocação a S. Cristina do Couto paradar conta de que o concelho, fruto de um acor-do com as Águas do Noroeste, vai ver execu-tadas as redes de abastecimento de água,saneamento e rede de esgotos. Castro Fernan-des garantiu que há fortes probabilidades – eapesar das dificuldades financeiras surgidas –de se cumprir em Santo Tirso e até 2013 asmetas estabelecidas pelo Plano Estratégico deAbastecimento de Água e Saneamento deÁguas Residuais (PEAASAR).

O emprego foi outra temática abordada como autarca a reafirmar a sua firme aposta emtrazer investimento para o concelho e a fixá-lo deforma a encontrar-se alternativas à têxtil, dando,mais uma vez como exemplo, o Contact Centerda PT que emprega mais de 850 funcionáriose vai, garante a autarquia, chegar aos 1200, talcomo assegurou o presidente da empresa. |||||

O Parque Urbano da Rabada, em Burgães, vaibeneficiar da construção de dois parques in-fantis. A empreitada foi colocada a concursopúblico e contempla áreas de recreio e lazer alevar a cabo no referido parque.

Desta forma, e para além dos dois espaçosdestinados aos mais novos, em causa está tam-bém a construção de um circuito de manuten-ção, sanitários públicos, a implantação de novasinalética e o reforço da iluminação. O valorda intervenção ultrapassa os 550 mil euros,prologando-se as obras, depois de iniciadas,por 240 dias. O objetivo é o de potenciar ascaracterísticas naturais existentes no Parque Ur-bano da Rabada, criando infra-estruturas e equi-pamentos que permitam a fruição dum espaçoverde público inserido na Estrutura Verde Ur-bana da cidade de Santo Tirso e no plano deRecuperação das Margens do Rio Ave.

NAVE CULTURAL NA FÁBRICA DO TELESTambém a concurso público vai a construçãoda Nave Cultural da Fábrica do Teles, confor-

Dois parques infantispara o Parque da RabadaOBRA VAI IMPLICAR UM INVESTIMENTO NA ORDEM DOS 560 MIL EUROS

me adiantou o Entre Margens na edição ante-rior. Em causa está um valor de 2, 6 milhões deeuros. A Nave Cultural será um espaço desti-nado a acolher atividades como concertos,espetáculos de teatro, exposições, feiras, entremuitos outros eventos. Para que a execuçãodesta empreitada a Câmara de Santo Tirso apre-sentou uma candidatura, entretanto aprovada,ao concurso da ON2 para Parcerias para a Re-generação Urbana (PRU) - Revitalização e Qua-lificação das Frentes Ribeirinhas do rio Ave nacidade de Santo Tirso – PRU Margens do Ave.

O processo de qualificação e revitalizaçãoda área do núcleo produtivo da antiga Fábricado Teles, entendido sob esta perspetiva deQuarteirão Cultural configura-se em três pó-los ao qual estão agregados serviços comple-mentares: a Incubadora de Santo Tirso - Cen-tro de Incubação de Empresas de Base Tec-nológica de Santo Tirso, a funcionar desde ofinal de 2008; a Nave Cultural e a Incubado-ra de negócios criativos no âmbito do sectorda moda - Imod. |||||

ATUALIDADEPAGINA 11 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

Page 12: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 12

MÉDICO DOS OLHOSOFTALMOLOGISTA

MARCAÇÃO DE CONSULMARCAÇÃO DE CONSULMARCAÇÃO DE CONSULMARCAÇÃO DE CONSULMARCAÇÃO DE CONSULTTTTTASASASASASTELEFONE 252 872 021 | TELEMÓVEL 918 182 018 - 938 130 893

VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

A CONSTRUÇÃO DESTE PONTO DE ÁGUA FOI UM DOS ASSUNTOS EM DESTAQUE NAREUNIÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA, REALIZADA EM MARÇO

Na freguesia de Monte Córdova vaiarrancar brevemente a construção deum ponto de água para meios aére-os. Candidato ao Programa de De-senvolvimento Rural (Proder), esteponto de água insere-se na Rede Fun-damental de Pontos de Água, previs-tos no Plano Distrital e no Plano Mu-nicipal de Defesa da Floresta ContraIncêndios. A candidatura é co-finan-ciada pelo Fundo Europeu Agrícolado Desenvolvimento Rural em 70 porcento sendo os restantes 30 por cen-to suportados pela Câmara Municipal.A existência de pontos de água comboas condições de acesso, para mei-os aéreos, é um fator considerado decrucial importância para o sucesso das

Ponto de água para meios aéreos vaiser construído em Monte Córdova

operações de combate aos incêndios.A construção deste ponto de água

em Monte Córdova foi um dos as-suntos que esteve na ordem do diana reunião da Comissão Municipalde Defesa da Floresta, realizada emmarço. Reunião esta que teve comoprincipal objetivo debater assuntosrelacionados com a preparação daépoca de combate aos incêndios flo-restais 2011.

Nesse sentido, foi também apre-sentada a rede de caminhos flores-tais a beneficiar neste ano, para me-lhorar o acesso às forças de combateaos incêndios florestais. Cada cor-poração de bombeiros efetuou o tra-balho de campo e fez um levanta-

mento das prioridades para este ano.Por outro lado, e num trabalho con-

junto do Gabinete Técnico Florestal,da Polícia Municipal, da Associaçãode Silvicultores do Vale do Ave e dasjuntas de freguesia de Rebordões, S.Tomé de Negrelos, S. Miguel do Cou-to, Burgães, Monte Córdova e Sta Cris-tina do Couto vão ser identificados osproprietários dos terrenos inseridosem espaços florestais previamentedefinidos no Plano Municipal de Defe-sa da Floresta Contra Incêndios e con-finantes com aglomerados populacio-nais e habitações isoladas. Com estainiciativa pretende-se elaborar o cadas-tro destes proprietários em áreas iden-tificadas com risco de incêndio. |||||

Na semana passada, seis árvores doParque D. Maria II em Santo Tirso fo-ram abatidas. Esta operação resultoude um estudo pedido pela CâmaraMunicipal à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro no sentido deser avaliado o estado de conserva-ção dos espécimes mais antigos doreferido espaço verde da cidade. Fo-ram estudadas e monitorizadas 27árvores (das espécies de Liquidambar,Carvalho americano e Tília) e da ava-liação feita resultou um relatório, con-cluindo da necessidade de intervir emalguns dos seus exemplares.

O abate realizado nos dias 7 e 8de abril esteve a cargo de uma equi-

pa técnica especializada de arboricul-tores e é o principio de um interven-ção mais vasta que passará, num se-gundo momento, pela redução dadensidade das copas, nomeadamen-te com o corte de ramos doentes ouapodrecidos, com a limpeza e drena-gem de cavidades e com a retiradade fungos, térmitas e cancros. Apósestes trabalhos de requalificação arbó-rea, e segundo dá conta a CâmaraMunicipal em comunicado de impren-sa, esta “compromete-se a plantar, emseu devido tempo, outras árvores en-tre espécies autóctones”.

A autarquia refere ainda que “to-dos estes trabalhos de conservação e

Misericórdia reforça aspetospositivos da sua atuação

A Irmandade e Santa Casa da Mi-sericórdia de Santo Tirso teve aauditoria de acompanhamento daAPCER a 28 e 29 de março, evi-denciando, segundo a equipa audi-tora “um sistema de gestão da qua-lidade documentado de acordo comos requisitos da NP EN ISO 9001:2008. Apesar da sua juventude,dispõe de recursos humanos e ma-teriais adequados ao bom desen-volvimento das suas atividades, ten-do a constante preocupação com amelhoria contínua”.

A entidade congratula-se pelaausência de não conformidadesapontadas e pelo reforço de aspetospositivos evidenciados: “o empenha-mento e envolvimento por parte dosauditados, nomeadamente da dire-ção; a formalização do processo degestão administrativo-financeiro; aimplementação do sistema HACCPe o envolvimento na comunidade –abertura do Centro Comunitário deGeão em Agosto, receção de está-gios e voluntários…”

Mais se salienta que no ano pas-sado foi avaliada a satisfação de to-

EQUIPA AUDITORA DIZ QUE MISERICÓRDIA DISPÕE OSRECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ADEQUADOS

requalificação do património arbóreodo Parque D. Maria II compreendemoperações técnicas adequadas à revi-talização e gestão das árvores orna-mentais com o objetivo de manter vivoum espaço verde de fruição e convívio”.

Com árvores de “reconhecido ovalor paisagístico”, e, em grande par-te, “centenárias e de porte muito ele-vado”, o Parque D. Maria II tem vindo,desta forma, a beneficiar de uma in-tervenção persistente por parte daautarquia municipal, em particular noque ao seu património arbóreo dizrespeito, e de que são exemplo moni-torizações no sentido de analisar afitossanidade das referidas árvores. |||||

Reabilitação do património arbóreo do ParqueD. Maria II levou ao abate de seis árvores

das as partes envolvidas no SGQ,ou seja, clientes, colaboradores eparceiros - sendo estes últimos, vo-luntários, estagiários, entidades comrelações comerciais ou institucio-nais. Do questionário realizado aosparceiros conclui-se uma satisfaçãopositiva de 100 por cento, sendoque 48 por cento consideraram-se“totalmente satisfeitos”. A instituiçãoficou surpreendida com os resulta-dos, que no fundo demonstram quevale a pena o esforço de aberturaao exterior, comunicação e trans-parência nas relações estabelecidascom os outros, quer sejam pessoasindividuais ou entidades.

A acrescentar a este facto, regis-ta-se esmagadoramente positiva, asatisfação dos clientes, com 96 porcento e a satisfação dos colaborado-res, com 89 por cento. Tendo emconta o atual contexto sócio-políti-co, a Misericórdia continua a respon-der às necessidades diagnosticadasdos seus clientes, colaboradores eparceiros e à comunidade em ge-ral, cumprindo com os desígnios damissão a que se compromete. |||||

Brincadeiras de crianças,em Vilarinho, dão estragosNo passado dia 7 de abril, após asvitórias do F.C. Porto e do Benficana Liga Europa, algumas ‘crianças’já crescidinhas resolveram ‘brindar’os automobilistas que circulavam naVIM, junto à Igreja Nova de Vilari-nho, atingindo com pedra algunsveículos. Foi, de resto, o que suce-deu com Cláudio Lobo, que ficoucom o pára-brisas partido e com um

prejuízo já estimado em cerca de500 euros. A GNR teve conheci-mento do sucedido e foram feitasalgumas diligências no sentido dese encontrarem os meliantes, maspara já sem efeito. Contudo, há maisrelatos de outros vidros partidos eveículos danificados naquele lugarda freguesia de Vilarinho em virtu-de do arremesso de pedras. ||||||

Page 13: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADEPAGINA 13 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

VENDOVENDOVENDOVENDOVENDOJUNTJUNTJUNTJUNTJUNTO AO AO AO AO AO RIO VIZELO RIO VIZELO RIO VIZELO RIO VIZELO RIO VIZELAAAAALugar do EngenhoVila das Aves- Casa c/ terreno de 2.167m2, umsalão c/ 325m2

- Casa de caseiro c/ 89m2 e leira c/183m2

-Moagem, casa e assessoria demoagem c/ 65m2

Contatar: 252 942 487

ROBILAVES, Unipessoal Lda. // Rua 25 de Abril, Nº 272, 4795-023 Avese.mail: [email protected] // NIP: 509359043Tel./Fax: 252 874 024 // Tlm: 925 900 990

A praça 25 de Abril, em Santo Tirso,volta a acolher mais uma edição daFeira das Tasquinhas, a partir de 29de abril. O certame, organizado inin-terruptamente desde 1996 pela Câ-mara Municipal de Santo Tirso, pro-longa-se até dia 8 de Maio, com opropósito de “divulgar e promover agastronomia da região, os restauran-tes e os bons vinhos do concelho”.

A edição 2011 deste evento gas-tronómico volta a contar com a par-ticipação de oito tasquinhas selecio-nadas de entre os similares dos ho-teleiros do concelho e as associa-ções sem fins lucrativos do conce-lho (duas) que, cumprindo as re-gras de higiene e segurança exigidaspela autarquia, vão dar a conhecerdiariamente, das 12 às 24 horas,os seus pratos típicos e o bom vi-nho verde da região.

Importa realçar o facto deste cer-tame anual incluir algumas iniciati-vas complementares, das quais sedestaca o programa diário de ani-mação musical, a mostra de vinhosverdes do concelho, uma mostra deapicultura e, ainda, o concurso con-celhio de vinho verde engarrafadoe de produção (este a ter lugar pe-las 10 horas do dia 7 de maio), aber-to aos vitivinicultores do concelho.

Participam na edição de 2011 daFeira das Tasquinhas: a Adega doRodrigo (Lamelas); a Adega Regio-nal “O Escondidinho” (S. Mamedede Negrelos); o Restaurante Mindus

Feira das Tasquinhasa partir de 29 deabril em Santo TirsoA EDIÇÃO DE 2011 DESTE EVENTO PROLONGA-SE ATÉDIA 8 DE MAIO. O MELHOR DA GASTRONOMIAJUNTA-SE ÀS DANÇAS E CANTARES TRADICIONAIS

(S. Cristina do Couto); o Restauran-te da Mourinha (S. Tomé de Negre-los); o Restaurante Regional RuínasDo Cerrado (Vilarinho); e o Restau-rante Universal (Santo Tirso). A doça-ria estará representada pela Coope-rativa de Apoio à Integração doDeficiente e a Irmandade e SantaCasa da Misericórdia.

Na mostra de vinhos participama Adega Cooperativa de Santo Tirso(S. Cristina do Couto), a Escola Pro-fissional Agrícola Conde de S. Ben-to (Santo Tirso), a Quinta de Covas(S. Tomé de Negrelos) e a Quintade Gomariz (Sequeirô). O IEFP deSanto Tirso com gastronomia varia-da e Maria Júlia Machado, com api-cultura, são outros dos participan-tes da feira.

Do programa de animação, des-taque para as atuações, no dia deabertura, da Tocata do Rancho Fol-clórico de Santa Eulália de Lamelas(18h30) e do Rancho Folclórico deSanta Eulália de Lamelas (21h30). Nosábado, dia 30, será a vez das Con-certinas e Cavaquinhos de S. Miguel(16h00) e do Grupo de Cantaresdo Sanguinhedo (21h30). No do-mingo, Augusto Canário e Amigosapresentam-se no certame às 16 ho-ras e às 21h30 será a vez do GrupoFolclórico de S. Marinho do Campo.A animação musical será uma cons-tante nos dias de feira, despedindo-se a 8 de maio com o Grupo de Fa-dos de Coimbra (21h30). |||||

PSD de Santo Tirso manifesta-secontra a contratação de assessorias

Sobre a contratação de assessorias oPSD, explicou que na “última reuniãode câmara, a 6 de abril, o PS apresen-tou mais uma proposta para celebra-ção de um contrato de prestação deserviços, em regime de avença, tendopor objeto assessoria técnica na áreadas obras municipais.” Esta propostaapesar de aprovada, não contou comos votos favoráveis do maior partidoda oposição pois, entende o PSD estecontrato é “supérfluo, desnecessárioe totalmente dispensável”, uma vez quea câmara tem no departamento de obrasmunicipais “os recursos técnicos e

EM NOTA DE IMPRENSA O PSD DE SANTO TIRSO FEZ SABER QUE VOTOU CONTRA ÀCONTRATAÇÃO DE ASSESSORIAS POR PARTE DA CÂMARA MUNICIPAL, E MANIFESTOU O SEUTOTAL DESACORDO COM A NOVA LEI DE AJUSTES DIRETOS.

humanos, em quantidade e qualida-de suficientes para dar resposta cabalao trabalho que lhe está adstrito”.

Na mesma linha os sociais-demo-cratas questionaram na reunião decâmara de 23 de março “a propósitoda contratação de uma assessoria deimprensa, no valor de 20.400 euros,com duração de 365 dias”. O PSD,afirma que “questionou a necessida-de e pertinência desta assessoria, bemcomo a sua justificação,” uma vez queno seu entender a câmara municipal“já dispõe dos necessários recursos(dois Técnicos Superiores e um Téc-

nico Administrativo) afetos a esta área.”Sobre a nova lei dos ajustes diretos

que permite que se façam aquisiçõessem concurso público, o PSD manifes-ta o seu desacordo, e em comunica-do de imprensa explica os seus moti-vos. “A lei dos ajustes diretos distor-cem o mercado e as regras da concor-rência e impedem uma política de pre-ços mais ajustados aos custos.” E acres-centam que no “no caso das câmarasmunicipais, o governo socialista au-mentou o valor dos ajustes diretos emmais de 600 por cento, passando de150 mil para 900 mil euros.” ||||||

Honório Novo esteve no Centro deEmprego de Santo Tirso, na passadasegunda-feira, dia 11 de abril. A visi-ta a Santo Tirso estava incluída na ron-da que o PCP levou a cabo por qua-tro centros de emprego que apresen-tam o maior rácio de desempregadosinscritos por funcionários do Institu-to de Emprego e Formação Profissio-nal do país, mais concretamente emSanto Tirso, Amarante, Penafiel e Gaia.

Em Santo Tirso, o deputado daAssembleia da República defendeu anecessidade do Governo melhoraras instalações e aumentar os recursoshumanos nos centros de emprego dodistrito do Porto, onde se diagnosti-caram os casos “mais graves” do país.

Honório Novo alertou para o fac-to dos centros de emprego citadosserem “os piores a nível nacional no

Deputado do PCPalerta para falta detécnicos noscentros de empregoDURANTE A VISITA AO CENTRO DE EMPREGO DE SANTOTIRSO, HONÓRIO NOVO, DEPUTADO DA ASSEMBLEIA DA RE-PÚBLICA, PELO PCP, ALERTOU PARA A FALTA DE TÉCNICOSPARA ATENDER O ELEVADO NÚMEROS DE DESEMPREGADOS

que diz respeito ao rácio desempre-gados/técnicos, uma vez que têm maisdo dobro da média nacional, e nocaso de Santo Tirso tem o triplo”. Aqui,o rácio é de “3300 desempregadospor técnico”, referiu o deputado.

Segundo o dirigente comunista, osrecursos humanos nestes municípiossão “manifestamente insuficientes” ten-do em conta que, em Santo Tirso, bemcomo nos outros três centros visita-dos, a taxa de desemprego é 13 porcento superior à média nacional. Ape-sar de estar no horizonte mudançasnas instalações do centro de empre-go tirsense, Honório Novo conside-ra que “a urgência das situações exi-gia da parte do Governo uma res-posta mais breve”

Nestas visitas incluídas no chama-do “Mandato aberto sobre o desem-prego no distrito do Porto”, o PCP fa-lou ainda da ajuda externa e dasmedidas de austeridade, lembrandoque com “com o PEC 4 e o FMI, o quetemos é a continuação de políticasrecessivas, portanto o resultado seráo agravamento do desemprego”. ||||||

Para Honório Novo, osrecursos humanos emcentros como o de SantoTirso são “manifestamen-te insuficientes”

Page 14: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 14

Manuel AntónioPina nas tertúliasda associação‘Amar Santo Tirso’

Na próxima segunda-feira (18 deabril) será apresentado publica-mente o livro “Santo Tirso de Ribad’Ave” em cerimónia que terá lugarno salão Nobre dos Paços doConcelho, a partir as 21 horas ena presença dos dois investiga-dores/historiadores que atualiza-ram o livro original: Francisco Car-valho Correia e Álvaro de BritoMoreira.

Trata-se na verdade de umareedição do livro “Santo Thyrsode Riba d´Ave” da autoria de Al-berto Pimentel (publicado em1902) mas no qual Álvaro Mo-reira e Carvalho Correia introdu-ziram apontamentos biográficos,notas e comentários de atualiza-ção e revisão histórica que per-mitem ao leitor apreender o ver-dadeiro alcance da história en-quanto elemento matricial daidentidade coletiva da comunida-de tirsense. Pela importância his-tórica deste “novo” livro, a Câma-ra Municipal de Santo Tirso deci-diu editar a mesma com o lança-mento de 500 exemplares. ||||||

O jornalista e escritor Manuel Antó-nio Pina é o orador convidado deuma conferência organizada pela as-sociação cívica “AMAR SANTOTIRSO”, que terá lugar na sede daJunta de Freguesia de Vila das Avesna próxima sexta-feira (dia 15) às21.30 horas.

Personalidade cimeira da nossacultura, cuja obra já mereceu diver-sas distinções e prémios, ManuelAntónio Pina continua com umaenorme atividade literária, não só aonível das crónicas, que publica emdiversos jornais e revistas, com parti-cular destaque para a que assina no“Jornal de Notícias”, como ao níveldos livros de prosa e poesia.

O cronista, poeta, jornalista e es-critor, homem multifacetado da cultu-

ra contemporânea, irá dissertar sobrevários temas da atualidade, sobre Por-tugal e o Mundo, sobre a vida e aspessoas – enfim sobre tudo aquilo quefaz parte das suas crónicas quotidia-nas e que faz de Manuel AntónioPina um enorme contador de históri-as, um comunicador invulgar, ou, nodizer de José Carlos Vasconcelos,diretor do “Jornal de Letras”, “o maiorcronista português vivo”.

Esta é a quarta tertúlia que a asso-ciação “AMAR SANTO TIRSO” orga-niza. As anteriores tiveram como ora-dores convidados, Mário Dorminsky,diretor do Fantasporto, António Sou-za-Cardoso, empresário, e Alberto San-tos, escritor. A “AMAR SANTO TIRSO”,com um ano de existência, é uma as-sociação de cariz cultural e social. ||||||

INICIATIVA TERÁ LUGAR NA JUNTA DE FREGUESIA DESANTO TIRSO NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA À NOITE

Câmara reedita“Santo Thyrsode Riba d´Ave”

A Comunidade de Leitores doCentro Cultural reúne-se estanoite para mais uma sessão co-ordenada pelo professor AntónioOliveira. O tema proposto parahoje (dia 14) é “Adolescência: oconflito de gerações”. Como ha-bitualmente, a sessão começa às21h00 e prolonga-se até às22h30. Esta iniciativa é de parti-cipação livre, sendo apresentadas,por cada sessão diferentes pro-postas de leitura relacionadas como tema. Mas cada participante, éigualmente convidado a partilharas suas lescolhas pessoais. ||||||

Comunidade deLeitura

Teve lugar no dia 11 de março de2011 pelas 21 horas no salão No-bre da Junta de Freguesia de Viladas Aves, a apresentação do livro“Rasgos de Emoção” (poesias) deMaria Guimarães. A apresentaçãoesteve a cargo de Maria CristinaMonteiro, professora da Escola Se-cundária D. Afonso Henriques.Natural do Porto, a autora é licenci-ada em Ensino de Português e Fran-cês pela Universidade de Aveiro.Maria Guimarães é ainda terapeutade Reiki e realiza estudos no âmbi-to das crinaças Índigo.

O ato de apresentaçao do seulivro, publicado pela editora “mosai-co das palavras” foi abrilhantado commestria,por um grupo de flautas che-fiado pelo professor João Valente.Depois da apresentadora ter dito al-

guns dos melhores poemas do li-vro, a autora fez questão de, tam-bém ela, manifestar a sua escolhadizendo dois poemas do seu livro.No final achou por bem dizer tam-bém ali um poema do livro “PoemasEscolhidos” de Fernandes ValenteSobrinho, ali presente |||||

O Entre Margens tem três exem-plares de “Rasgos de Emoção”de Maria Guimarães para ofe-recer. Para se habilitar, bastaque nos diga o nome da cidadede onde é natural a autora. Ostrês primeiros a respondercorretamente à pergunta for-mulada, ganham um exemplar.Respostas para o mail: [email protected]

PASSATEMPO

Maria Guimarães apresentou“Rasgos de Emoção”

Page 15: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADEPAGINA 15 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

Festas da Vila e o reencontro com a memória

||||| TEXTO E FOTOS: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

O tempo ajudou e se algumas pes-soas podiam desconfiar do facto dasFestas da Vila se realizarem no espa-ço da Fábrica do Rio Vizela, muitosforam os que no final deram a mão àpalmatória. O cenário, a organizaçãoe os festejos recolheram fortes elogi-os pelas festividades de 2011.

As festas realizaram-se num doslocais mais simbólicos da freguesiaonde muitas famílias avenses traba-lharam nos tempos áureos do têxtil,pelo que a edição de 2011 foi ummisto de recordação, celebração e dememória dos tempos joviais.

Centenas de pessoas deslocaram-

se ao recinto das festas para celebra-rem os 56 anos de elevação a vilade S. Miguel das Aves, e não faltouquase nada: dos carrosséis à música,passando pelas barraquinhas das as-sociações locais que este ano partici-param em força.

Mas se excluirmos o anunciado ejá previsto no programa das festas háfactos e sinais que não devem ser ig-norados e que por mais discretos quesejam, são pistas de que a populaçãoavense está recetiva a novidades e arealidades que rompem com o insti-tuído. Surgido do nada e sem queninguém esperasse, o Homem Está-tua conseguiu, sem mexer um dedo,literalmente, atrair a atenção e o inte-

resse das pessoas. Este tipo de “ani-mação”, se assim lhe podermos cha-mar, abre um precedente que deveser tido em conta pela organização.As Festas da Vila podem, com umpouco de imaginação, reinventar-see atenuar os clichés inerentes às fes-tas populares. Seria original rentabilizara mística inerente ao espaço da RioVizela com acrobatas, palhaços,marionetas, ilusionistas, homens es-tátua, stand-up comedy, cartomantese até substituir o tradicional palco porcoretos à moda antiga.

Por outro lado tentar uma articu-lação com o Centro Cultural de Viladas Aves que não anulasse as opçõesmusicais habituais, mas que as com-

pletasse, poderia ser uma estratégiapara responder e atrair outros públi-cos, ou melhor, todos os públicos. Se-ria pertinente conseguir que os jovensse deslocassem dos bares até ao re-cinto das festas. E por que não duran-te o fim de semana das comemora-ções os bares da vila terem uma bar-raca a funcionar no recinto? Os tem-pos são de crise, já o sabemos, masnada é impossível se houver algum

“engenho e arte”, e através de parceriasconseguir que todos possam ter bene-fícios com uma comemoração comum.

Um dos momentos mais significa-tivos das festas foi o cortejo, que ape-sar de consideravelmente mais pobreque nos anos anteriores, ainda as-sim conseguiu fazer com que as ruasde Vila das Aves se pintassem de de-zenas de pessoas curiosas para o ve-rem. Este ano o percurso fez-se nosentido da baixa da Vila, começandona sede da Junta de Freguesia e ter-minando no recinto da Rio Vizela.

No final de tudo resta perguntar:valerá a pena as festas regressarem àQuinta dos Pinheiros ou a qualqueroutro lugar? ||||||

As Festas da Vila podem,com um pouco de imagi-nação, reinventar-se eatenuar os clichés ineren-tes às festas populares.

RESTAM POUCAS DÚVIDAS SE O LOCAL SERÁ OU NÃO O IDEAL PARA AS FESTAS MAIS IMPORTANTES DE VILA DAS AVES. NUM LOCAL EMBLEMÁTICO,COM UM TEMPO FABULOSO E COM TODAS AS POSSIBILIDADES EM ABERTO, RESTA PERGUNTAR: E AGORA?

Page 16: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 16

A ESCOLA SECUNDÁRIA D. DINIS DE SANTO TIRSO, ATRAVÉS DO SEU GABINETE DE COMUNICAÇÃO, INOVAÇÃO QUE A IMPRENSA NÃO PODE DEIXAR DEELOGIAR, APRESENTOU NO DIA 29 DE MARÇO O PROGRAMA DAS ATIVIDADES A QUE DERAM CORPO ENTRE 1 E 8 DE ABRIL À SEMANA DA ESCOLA

||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Esta programação decorreu naturalmen-te da concretização das atividades doPlano Anual em coerência com os con-teúdos programáticos dos diferentescursos e disciplinas ministrados nes-ta escola que tem uma incidência par-ticular na formação nas áreas da saú-de, desporto, artes e turismo. O “envol-vimento da comunidade educativa”,a colaboração das instituições docontexto social, sobretudo as que,sendo mais próximas, estabeleceramcom a escola parcerias educativas eprotocolares significativas, a dos en-carregados de educação e antigosalunos que se especializaram nas ver-tentes formativas mais relevantes daprogramação escolar prestada pela es-cola, permitiram a concretização deuma vasta rede de exposições, work-schops, conferências, feira do livro edas profissões, orientação escolar,atividades desportivas e o já habitual“Jantar Queirosiano”.

Se no dia, 1 de Abril, a “Festa dosAnos 60”, iniciativa do 12º ano edos alunos inscritos em inglês, abriuem beleza a programação à comuni-

dade, o Jantar Queirosiano, enquan-to espaço onde se misturam figura-ções, recreações e artes culinárias ins-piradas na leitura paradigmática daobra de Eça de Queirós encerra comchave de oiro no dia 8 de Abril, pro-longando-se noite dentro.

No dia 4 de Abril, foram relevan-tes as palestras e conferências quetiveram lugar nas várias instituiçõesvizinhas: no Auditório Eurico de Melo,uma palestra sobre Proteção Ambien-tal para os alunos do 11º ano, noauditório da Biblioteca Municipal umaconferência sobre Nanotecnologiapara os alunos do 10º, proferida poruma antiga aluna, Eliana Souto; e ain-da, para os alunos do 9º, uma ses-são sobre Prevenção Rodoviária moni-torizada pela GNR local. Decorreramainda durante a manhã visitas de estu-do ao Museu Internacional de Escul-tura Contemporânea de Santo Tirsocom circunstanciadas explicações acargo de artistas e investigadores queao mesmo se encontram ligados e,ao longo de todo o dia, houve “for-mação sobre Suporte Básico de Vida”.

No dia 5 de Abril, enquanto osalunos do 7º visitaram a Exposição

“A Evolução de Darwin” e o JardimBotânico do Porto e os do 8º a Casada Música e o Parque Biológico deGaia, os alunos do 11º ano inscritosem Filosofia puderam aprender e de-bater com Manuel Mirra e Pinto daCosta aspetos problemáticos sobre aEutanásia. Ao longo do mesmo dia,“O Dia do Desporto e da Saúde” tevedesenvolvimentos vários no espaçopolivalente da escola.

O dia 6 de Abril foi destinado aaspetos significativos da orientaçãovocacional para percursos académicose profissionais de futuro com “A Fei-ra das Profissões”: em vários standsdo polivalente estiveram representan-tes do Exército, da GNR, da Polícia,dos bombeiros e de diversas facul-dades e instituições do Ensino Supe-rior prestando informações sobre ascondições de acesso aos respetivoscursos e carreiras. Ao longo do dia, oslaboratórios de física e química, bio-logia e geologia abriram as suas por-tas a alunos das escolas primárias epreparatórias da zona, enquanto osalunos de 10º e 12º da área de tu-rismo tentavam atrair os alunos do 9ºano para esta área de estudos atra-

Semana da Escola Secundária D. Dinis mobilizacomunidade educativa em diferentes atividades

vés de um “Jogo didático “Quem querser Técnico de Turismo?”. Decorreuainda uma mostra gastronómica e umwoorkshop de guardanapos a cargodos alunos do Curso ProfissionalTécnico de Restauração. Entretanto, osalunos de artes do 12º ano surpre-enderam com algo que não estava naprogramação, um evento a que cha-maram “Flash Moob”, uma exibiçãodo ambiente do cubismo parisiensecom autênticos figurinos vivos, con-forme a foto documenta, onde pela“pose” e pela ostentação se pretendia,como naqueles tempos se dizia, “épaterles bourgeois”, ou seja provocar e cau-sar escândalo através da arte.

A 7 de Abril, enquanto decorriamalgumas conferências direcionadasaos cursos profissionais e os alunosvocacionados para o desporto reali-zavam demonstrações de atividades

desportivas com grande apoio do tam-bém vizinho Ginásio Clube de SantoTirso, decorreu também uma confe-rência sobre “Drogas de Violação” mi-nistrada pelo Félix Carvalho, tambémex-aluno desta escola. Durante a tar-de, se os alunos inscritos em filosofiapuderam participar num woorkschopsobre “Filosofia do Cinema” orientadopor Miguel Coimbra, outros foramsurpreendidos com uma aula abertae exótica de ChiKung/Tai Chi.

Para concluir, no dia 8, a matemá-tica esteve em destaque com o Cam-peonato de jogos de matemática paraalunos do 3º ciclo. Por sua vez, os alu-nos do 12º F andaram ativos a pro-moverem as suas demonstrações de“Arte de Rua/ Arte de Galeria”. Há querelevar, uma vez mais, o Jantar Queiro-siano, organizado pelos alunos do11º ano e, sobretudo, a prestação dosalunos do Curso Profissional de Tu-rismo e de Restauração que, aliás, du-rante toda a semana, se esmeraram naarte da gastronomia, de bem servir ede fazer crescer água na boca, certa-mente também na educação para asaúde e numa boa dietética que con-trarie a tendência para a obesidade. |||||

Os alunos de artes do 12ºsurpreenderam com arealização de um “FlashMoob”, na tentativa deprovocar e causarescândalo através da arte

entreMARGENSVISITE-NOS EM:http://www.jornal-entre-margens.blogspot.com/

ESCREVA-NOS:[email protected]

PRÓXIMA EDIÇÃO NAS BANCAS A 5 DE MAIO

Page 17: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADEPAGINA 17 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

AUTO ELÉCTRICA AVENSE, LDª

Telefone/Fax - 252942195 - Rua 25 de Abril, 53 - 4795-023 A4795-023 A4795-023 A4795-023 A4795-023 AVESVESVESVESVES

Instalações de: Autorádios /Alarmes / Ar Concidionado

Reparações Eléctricas em Automóveis

Confap realiza encontronacional em Vila dasAves para aprofundarprocesso de autonomiadas escolas

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A Confederação Nacional das Asso-ciações de Pais (Confap) quer fazer do36º Encontro Nacional, que se reali-za no dia 30 de abril, “um marco” noprocesso de autonomia das escolas.A primeira escola pública a assinarcom o governo um contrato destanatureza foi a Escola da Ponte, com-preendendo-se, por isso, a escolhade Vila das Aves para a realização doreferido encontro por parte da Confap.

Em declarações ao Entre Margens,Albino Almeida diz que é chegado otempo de avaliar o que correu bem eo que correu menos bem neste pro-cesso. “A Ponte foi, de facto, a primei-ra escola pública portuguesa que teveum contrato de autonomia e está nahora de o avaliarmos, de perceber oque ele tem de bom e de menos bom.É o confronto das coisas boas e dasmenos boas que interessa para o fu-turo para darmos passos seguros nasoutras escolas do país”, até porque,acredita o presidente da Confap, ocaminho a seguir vai no sentido detodas as escolas assinarem contratosda mesma natureza. “Este é não só obom caminho mas o caminho acon-selhado por todos os estudos e umcaminho que a última tensão que exis-tiu no país entre o ensino público e oensino privado veio tornar evidente”.

O 36º Encontro Nacional daConfap, que terá lugar no Pavilhãodos Bombeiros Voluntários de Vila dasAves, conta na sessão de abertura comas presenças de Castro Fernandes,presidente da Câmara de Santo Tirso,mas também da ministra da Educa-

ISABEL ALÇADA, MINISTRA DA EDUCAÇÃO VAI ESTAR PRESENTE NO DIA 30 DEABRIL EM VILA DAS AVES NO ÂMBITO DO 36º ENCONTRO NACIONALDE ASSOCIAÇÕES DE PAIS SUBORDINADO AO TEMA ‘O ESTADO DAEDUCAÇÃO - OUSAR... PELA DIFERENÇA”. EM CIMA DA MESA, OSCONTRATOS DE AUTONOMIA, EM QUE A ESCOLA DA PONTE FOI PIONEIRA

ção, Isabel Alçada. Embora esteja desaída, “é bom perceber o que foi feitoe o que ficou por fazer”, entende Al-bino Almeida até porque, diz o mes-mo responsável, “o ministério da edu-cação estava a prosseguir uma politicaeducativa que, se não fosse interrom-pida, previa que todas as escolas as-sinassem um contrato de confiançacom o governo”.

No período da manhã, e ainda noâmbito desta iniciativa, a presidentedo Conselho Nacional de Educação,Ana Maria Bettencourt apresentará “deforma detalhada o estudo sobre o Es-tado da Educação”, abordando igual-mente a temática do encontro, “““““Ou-sar... pela diferença”.

No período da tarde, estarão emdestaque a Escola da Ponte e a EB 1,2,3de Gondifelos (Famalicão), ambas comcontratos de autonomia, bem comoo Colégio Moderno, de Lisboa. Pelomeio, referência também para a pre-sença de Rodrigo Queiroz e Melo. Pro-fessor da Universidade Católica, Quei-roz e Melo foi chefe de gabinete daentão ministra da educação Maria doCarmo Félix da Costa Seabra, do gover-no de Pedro Santa Lopes, e com o quala Escola da Ponte assinou o seu contra-

to de autonomia, em 2005. A fecharo encontro, a Confap conta ainda coma presença de João Trocado da Mata,secretário de Estado da Educação.

“Com este enquadramento iremostirar conclusões no sentido de apre-sentar aos partidos políticos aquiloque nós entendemos que são os ca-minhos que devem levar à celebra-ção, primeiro, de contratos de confi-ança com todas as escolas públicas e,depois, que esses contratos sejamaprofundados no sentido de termosescolas com verdadeira autonomia”,adiantou ao Entre Margens o presi-dente da Confap. Albino Almeidaaponta, de resto, que “todos os estu-dos internacionais têm evidenciadoa necessidade das escolas responde-rem em concreto aos alunos que temnas suas instalações, às famílias des-ses alunos, à comunidade de ondeesses alunos são oriundos e, comodiz o lema do encontro, vamos pro-curar construir pela diferença, pela di-ferenciação dos projetos educativos,que no fundo é o que esperamos queos contratos de autonomia venhama concretizar. Queremos tornar a es-colas mais autónomas, o mesmo édizer, com mais recursos, mais meiosmas serem elas a terem uma palavrasobre a gestão desses recursos e des-ses meios de forma a melhor alcan-çarem o objetivo que é o da qualifi-cação dos jovens”, conclui o presi-dente da Confap. |||||

Albino Almeida defendeque se deve caminhar nosentido de todas as esco-las assinarem contratosde autonomia. “Este é nãosó o bom caminho mas ocaminho aconselhado portodos os estudos”.

NA IMAGEM, PORMENOR DE DESENHOFEITO PELO AFONSO, ALUNO DA ESCOLADA PONTE (INICIAÇÃO) PARA OCARTAZ DO 36º ENCONTRO NACIONALDE ASSOCIAÇÃO DE PAIS

Nos próximos dias 9 e 10 de maiovai decorrer na Universidade Ca-tólica Portuguesa (UCP), em Lisboa,o primeiro Congresso de Auto-Avaliação de Organizações deEducação e Formação. O encon-tro é organizado pela Faculdadede Ciências Humanas da UCP deLisboa. O principal objetivo doevento, que irá contar com a pre-sença de diversos especialistasnacionais e internacionais na áreado ensino e da formação, é o de-bate e a troca de experiências so-bre a aplicação de modelos deavaliação do desempenho organi-zacional desenvolvidos especifi-camente para entidades deste setor.

Ao longo dos dois dias de con-gresso irão ser apresentados eanalisados diversos casos de es-tudo a nível nacional tendo a Tor-re dos Pequeninos sido convida-da, na pessoa do seu diretor Exe-cutivo Amílcar Sousa, a participarno painel dedicado às escolas doensino básico e secundário. Se-gundo aquele responsável, “trata-se de um inequívoco reconheci-mento público do trabalho quetem vindo a ser desenvolvido naTorre dos Pequeninos ao longodos seus dez anos de vida. Efetiva-mente, desde a sua génese, o colé-gio tem pautado a sua atuação poruma constante procura da exce-lência, através da implementaçãode um rigoroso sistema de ges-tão baseado na qualidade e credi-bilidade, elementos facilmenteidentificáveis pelos seus clientes.

Para Amílcar Sousa é “uma hon-ra para toda a equipa e um orgu-lho para pais e alunos ser objetodesta distinção em tão importan-te evento”. O acolhimento por par-te das famílias às propostas docolégio há muito que é uma rea-lidade, mas, acrescenta o mesmoresponsável diretivo “não deixa deser relevante ver o nosso projetoser reconhecido muito para alémda nossa área geográfica de in-fluência e apontado como umcaso de estudo a nível nacionalperante os melhores especialistasnacionais e internacionais na áreada avaliação das organizaçõeseducativas”, conclui. |||||

Colégio a ‘Torredos Pequeninos’é caso de estudoem congressointernacional

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

Page 18: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 18

Tel /Fax : 252875 605r a f a e l g o m e s @ r g s e g u r o s . n e tw w w. r g s e g u r o s . n e tRua João Bento Padilha . Loja P

Esta viagem por entre os interstícios da vidaÉ uma caixinha de chocolatesOnde o meu olhar são os teus olhosAcordes de vidaPorque há sempre uma razãoPara brincar com a morteEsta solidão perpétuaSomente disponível para amarDoce e triste vertigem

Perdi-me nos teus braçosNo ultimo abraço que demos antes de partirNo dia em que renunciaste amar-meNo dia em que disseste que o amor não chegaNo dia em que disseste que me amavas mas que não meConsegues amar.

No dia em que me desfiz em lágrimas e tu mantiveste essaPostura, fria, apática,Como se as memórias comigo fossem banais, como se nãoFôssemos nadaComo se não valêssemos nadaNo dia em que desististe de mim e deixei de valer a pena.

Como se o nosso amor fosse um crime.

Tenho as mãos feridas da queda,Mas muitos são os famintos com fome!Tenho as mãos feridas da quedaMas muitos me pedem socorroTenho as mãos feridas da quedaMas são os que me ajudamTeho as mãos feridas da quedaMas não sei pedir socorroTenho as mãos feridas da quedaE muitos me choram nos braçosTenho as mãos feridas da quedaMesmo assim dou consolação.

(Colagem de títulos e versos de Hugo Rajão numa síntese de AntónioOliveira, lida na apresentação de Nunca o Leve foi tão pesado.)

APRESENTAÇÃO, EM VILA DAS AVES, DE “NUNCA O LEVEFOI TÃO PESADO”, LIVRO DO JOVEM AUTOR HUGO RAJÃO

||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Integrado no evento a “Poesia estána Rua”, conforme a vereadora JúliaGodinho com a sua presença eapresentação do autor bem justifi-cou e, de certa maneira, na Comu-nidade de Leitura que vem ocor-rendo no Centro Cultural de Viladas Aves tendo tido como apre-sentador o professor António Oli-veira, mentor da Comunidade a queHugo Rajão também pertence, esteprimeiro livrinho de poemas do au-tor foi apresentado ao público nopassado sábado, 10 de Abril.

Foi a presença de muitos jovens,colegas e amigos do autor (algunsdos quais deram voz e expressão apoemas seus) e a densidade exis-tencialista da escrita juvenil do Hu-go que, de certa forma, fizeram di-zer ao apresentador que “nuncauma apresentação foi para ele tãoleve e tão pesada”. A apresentação

Pequenos extratos dealma de Hugo Rajão

de António Oliveira teve o encantode, no essencial, resumir, aproveitan-do títulos e versos do autor, a sínte-se da alma contida no livro e, comotal, houvemos por bem publicar.

Quanto ao autor, jovem de vin-te anos, fez questão em vincar queé o resultado da compilação de es-critas e vivências datadas que pro-duziu entre os 16 e os 19 anos,com um título fortemente marcadopela leitura de “A Imponderável le-veza do Ser” de Millan Kundera,como está de ver em “Nunca o levefoi tão pesado”. A capa está leve aoremeter-nos para aquelas plantascampestres, dentes de leão, que mallhes sopramos perdem a penugembranca que as enfeita, no entanto, aedição em si merecia outro esmerona revisão e correção gráfica e gra-matical em diversos pontos. Mastambém por aí passará o amadure-cimento futuro de um poeta quemerece desde já pública atenção. |||||

|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

O bar Carpe Diem de Santo Tirso aco-lheu no passado dia 8 de Abril, OneMan Hand, um projeto “one-manband”. Tal como Paulo Furtado estápara Legendary Tiger Man, Steve RegoFrança está para One Man Band. Acomparação é inevitável, tal comoconfirmou ao Entre Margens no finalda atuação.

O concerto serviu para promovero álbum de estreia, “Mafia Trip”, lan-çado no início deste ano. Perante umpúblico restrito, o músico de Esmoriz(não confundir com Esmeriz, uma fre-guesia do município de Vila Nova deFamalicão), seguiu o alinhamento ini-cialmente previsto. Começou bem,com “One Reason (Honey)”, mostran-do elevada segurança e terminou tam-bém bem, com “We Are All In TheSame Boat”, curiosamente a faixa de

ONE MAN HAND – CARPE DIEM, SANTO TIRSO

VOZ, GUITARRA, KAZOO OU HARMÓNICA E INSTRUMENTOSDE PERCUSSÃO: QUATRO MÚSICOS? NÃO, SÓ UM.LEGENDARY TIGER MAN? NÃO, ONE MAN HAND.

“One Man Hand”merecia mais público

abertura do CD. A casa estava aco-lhedora e, tanto esta como o espectá-culo, mereciam mais – essencialmen-te mais público. Incompreensível paramim e algo doloroso ou desolador,imagino eu, para quem está direta-mente envolvido em todo este pro-cesso cultural. Em relação ao públicopresente, interagiu e vibrou com o som,“enchendo” a sala a maior parte dotempo. Neste caso, destacaram-se“Stop (I Want To Get High)” com de-dicatória política e “Red Light House”,esta atualmente disponível na páginado MySpace de One Man Hand e pre-sente na compilação “Novos Talen-tos FNAC 2010”. Pelo meio, uma mú-sica incluída na lista das 500 melho-res de todos os tempos da conceitua-da revista Rolling Stone: “Heroin” dabanda nova-iorquina The Velvet Under-ground. Aqui não esteve com a segu-rança apresentada no início do concer-to, mas também não comprometeu.

A digressão irá continuar pelo país.De momento, na página do Facebookdo músico, 132 pessoas “gostam dis-to”. Quantas serão no final do “MafiaTrip Tour”? ||||||

Realiza-se no próximo dia 30 deabril, a quarta sessão do Projectode História e Memória Local su-bordinada ao tema “A estrutura-ção do território: dinâmicas delonga duração no Noroeste por-tuguês”. Esta iniciativa terá lugar,como habitualmente, no CentroCultural de Vila das Aves, no ho-rário compreendido entre as 10h30e as 13 horas e contará com as in-tervenções dos investigadores Ál-varo Moreira (diretor do Departa-mento de Cultura da Câmara deSanto Tirso) e de Paolo Marcolin(da Faculdade de Arquitetura daUniversidade do Porto).

Álvaro Moreira vai deter-se naestrutura do território da área me-ridional do noroeste português,do ponto de vista cronológico, ten-do como referência inicial a fasefinal da II Idade do Ferro, momen-to em que se documenta o apogeucivilizacional da cultura castreja, noqual se desenvolveu um proces-so de reestruturação do territórioprotagonizado pela emergência degrandes povoados, vulgarmentedesignados como lugares centrais.

Por sua vez, Paolo Marcolin vaiapresentar um “estudo da génesee evolução do povoamento dis-perso no Vale do Sousa”. “A abor-dagem para a descodificação des-te modelo primordial assenta nu-ma leitura diacrónica, mas centra-da na identificação e caracteriza-ção de etapas que procuram des-crever a transformação das fisio-nomias da paisagem, na compre-ensão das características endóge-nas fruto das condições históri-co-geográficas”. ||||||

“A estruturaçãodo território” emdebate no Projetode História eMemória Local

Page 19: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359e-mail: [email protected]

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Rua 25 de Abril, nº 3374795-023 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105 - TLM: 919 696 844E-mail: [email protected]

www.cinaves.com

ATUALIDADEPAGINA 19 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Não ficou explícito, mas pode bem fi-car desde já implícito que o FestivalInternacional de Guitarra poderá es-tar um passo de fazer soar o últimoacorde. “Com estes cortes orçamentais,não sei se vamos aguentar muito maistempo”, começou por dizer Castro Fer-nandes, presidente da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, na apresentação

HÁ JÁ VÁRIAS EDIÇÕES QUE OUVIMOS FALAR DECONTENÇÃO ORÇAMENTAL, NOMEADAMENTE NO QUE AESTE FESTIVAL EM PARTICULAR DIZ RESPEITO, MAS NUNCACOMO ESTE ANO O FESTIVAL INTERNACIONAL DE GUITARRAPARECEU TÃO ENVOLTO NO PRENÚNCIO DE UMA “MORTEANUNCIADA”. A 28ª EDIÇÃO DESTE FESTIVAL COMEÇA A 7MAIO, E TERMINA QUASE UM MÊS DEPOIS, A 3 DE JUNHO

Edição de 2011do Festival deGuitarra pode sera última

senta o evento: “este festival é muitoimportante do ponto de vista cultural,social e a câmara municipal de SantoTirso só revela que tem uma visão dofuturo, porque a crise vai passar e osjovens não vão ficar sem cultura.” MasCastro Fernandes minutos antes játinha deixado no ar a ideia de que ofuturo podia estar condicionado, prin-cipalmente por falta de apoios. “Al-guns perguntam-se porque se conti-nua a realizar este evento”, lembrouCastro Fernandes, e a resposta é re-petida, ano após ano: “porque estefestival é já uma imagem de marca dacultura portuguesa”. Contudo, a faltade apoios e os cortes orçamentais nasautarquias pode relegar esta “imagemde marca” para a memória do quefoi. “O Ministério da Cultura esque-ceu-se que há o Festival Internacionalde Guitarra, e desde 2002 que nãorecebemos nenhum subsídio”.

Mas, ainda assim, procuram-se so-luções. “Quando não há dinheiro, épreciso enriquecer a imaginação”, lem-brou Alexandre Reis. Com menos vin-te por cento de orçamento que no anopassado, o diretor artístico do eventoexplica que “este ano programação émais exequível, ainda assim mantêm-se artistas de elevado nível”.

PROGRAMAÇÃOE sobre os artistas que este ano figu-ram no festival, Oscar Flecha, um dosprincipais promotores da guitarra emPortugal, professor e intérprete, pas-sou em revista os concertos que dodia 7 de maio a 3 de junho passam

por várias salas do concelho. A abrirJoe Shase & Ute Kropinski, da Ale-manha, tocam no Auditório Padre An-tónio Vieira, nas Caldas da Saúde; a14 de Maio, no mesmo local, irá im-perar a guitarra clássica, dos únicosmúsicos portugueses a figurar nestecertame. Paulo Peres & Maria PaulaMarques são considerados “uma re-ferência na sua especialidade”.

A 20 de maio, da Suécia chega aguitarra também clássica de JohannesMöller, o primeiro guitarrista de sem-pre a ganhar a “Ljunggrenska Compe-tition”, e que sobe ao palco do audi-tório da Biblioteca Municipal de San-to Tirso. No dia seguinte, a 21 de maio,o norte-americano, Andrew York, vaiao Centro Cultural de Vila das Avesprovar porque ganhou um grammy.A 27 de maio, Pavel Steidl, da Repú-blica Checa, apresenta no auditórioda Biblioteca Municipal de Santo Tirso,composições raras, para guitarra, doséculo XIX. E a fechar o festival, nomesmo local, mas a 3 de junho, ofrancês Pierre Bensusan apresenta-seno estilo fingerpicking fusão, numespetáculo tido como um percursoentre o clássico, jazz, tradicional, folk.

Garantido está a realização deuma masterclass de guitarra clássica,a cargo de Andrew York, no MuseuMunicipal Abade Pedrosa, no dia 21de maio da parte da manhã. Este ano,de resto, sai reforçada a ação peda-gógica com o “Festival nas Escolas”subordinado ao tema “Guitarristascompositores”.

De resto, se esta será a derradeiraedição do Festival Internacional deGuitarra não sabemos, mas, CastroFernandes deixa no ar uma possívelsolução. “Se não houver quem toque,tocam os alunos da orquestra daARTAVE, que não ficam nada a deveraos grandes artistas”.

Como aconteceu em anos anterio-res os espectáculos são pagos. Osbilhetes de abertura e encerramentocustam 10 euros e os restantes 7,50euros. Já a masterclass tem o valor de80 euros para executantes e 20euros para assistentes. ||||||

do XVIII Festival Internacional de Gui-tarra. Este festival que há quase trêsdécadas marca a actividade culturalde Santo Tirso, e que em 2001 ganhouo prémio de “melhor evento do ano”,pode ser mais uma vítima da crise.

Alexandre Reis, da direção artísti-ca do festival e também diretor doCentro de Cultura Musical e da Arta-ve - Escola Profissional Artística doVale do Ave, relembrou o que repre-

“Com estes cortes orçamen-tais, não sei se vamos aguen-tar muito mais tempo”,começou por dizer CastroFernandes, presidente daCâmara Municipal de SantoTirso, sobre aquele que é jáuma imagem de marca domunicípio, o Festival Inter-nacional de Guitarra que serealiza este ano entre osdias 7 de maio e 3 de junho.

A Câmara Municipal de SantoTirso, em parceria com o GinásioOAMIS, vai assinalar o Dia Inter-nacional da Dança (que se cele-bra a 29 de abril), com um con-junto de atividades dirigidas à co-munidade local e escolar. O pro-grama terá lugar no Centro Cul-tural de Vila das Aves nos dias28, 29 e 30 de abril e inclui arealização de um espetáculo dedança e de um workshop de Dan-ças Latinas.

Nos dias 28 e 29 de abril, enum vasto programa formativo di-rigido aos alunos dos 1º, 2º e3º ciclos, serão abordados dife-rentes estilos de dança, nomea-damente: Dança Jazz, Hip-Hop,Capoeira, New School, DançaModerna Break Dance e Ragga.Este programa de formação reali-za-se em sessões de uma hora,no período compreendido entreas 9h00 e as 17 horas.

Ainda no dia 29, realiza-se apartir das 21h30 (e com entradalivre) um espetáculo em que par-ticipam os diferentes grupos dedança do Ginásio OAMIS. Parasábado, dia 30, está agendada arealização de um Workshop deDanças Latinas, no horário com-preendido entre as 15 e as 17horas e cuja inscrição tem o va-lor de 5 euros. |||||

Centro Culturalassinala DiaInternacionalda Dança

Entretanto, um “espetáculo audio-visual” é o que se anuncia para odia 27 no mesmo Centro Cultu-ral. Integrado no programa “APoesia Está Na Rua”, dedicado esteano ao romantismo e ao erotis-mo, a referida iniciativa, agendadapara as 21 horas, é organizadapela Escola Secundária D. Afon-so Henriques, de Vila das Aves. |||||

Secundária D. AfonsoHenriques na‘Poesia Está na Rua’

GRUPOS DE DANÇA DOGINÁSIO OAMISAPRESENTAM-SE NOCENTRO CULTURAL NANOITE DE 29 DE ABRIL

JOHANNES MÖLLER, ATUA DIA 20 DE MAIO, NOAUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL

Page 20: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 20

Vá para fora cádentro. MesmoGuia para um fim de semana prolongadosem sair do concelho de Santo TirsoILUSTRAÇÃO: CATARINA SOUTUNHO E JOSÉ ALVES DE CARVALHO

Page 21: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

Licenciada em violoncelo pela EscolaSuperior de Música e Artes do Espe-táculo (ESMAE), na classe do Profes-sor Jed Barahal, Carina Vieira, naturalde Monte Córdova, foi Violoncelista daOrquestra do Norte, durante os anosde 2003 a 2006, nos quais partici-pou em numerosos concertos, com mú-sicos tão consagrados como o tenorPlácido Domingo e os maestros Krzysz-tof Penderecki e Benjamin Zander.

Ao longo do seu percurso profis-sional tem colaborado com a Orques-tra do Norte, Orquestra Filarmónia dasBeiras, Orquestra do Algarve, Orques-tra Sine Nomine, entre outras. Noconcerto “Promenade” (2004), diri-gido pelo maestro Ferreira Lobo, foisolista com a Orquestra do Norte.

A convite da RDP Antena2, foitransmitido em direto, da sala Árabedo Palácio da Bolsa, um recital querealizou, em conjunto, com o PianistaPedro Cunha. Atualmente é profes-sora de violoncelo no ConservatórioRegional, Centro de Cultura Musical.

Santo Tirso é um bom municípiopara se viver? Porquê?Sim, Santo Tirso é um excelente mu-nicípio para se viver, porque tem umabeleza natural impar, principalmenteMonte Córdova, com boa gente, boacomida e perto do Porto. Recomenda-se a quem tiver dinheiro, porque ahabitação é bastante cara.

Uma universidade no concelho deSanto Tirso é: imperativo, desne-

cessário ou indiferente?Uma universidade permite a criação depostos de trabalho, a vinda de jovensde outros municípios e inúmeras pos-sibilidades para o comércio. Não meparece imperativo, mas era óptimo. Qual o compositor/músico contem-porâneo que recomendaria a todosos tirsenses?Rodrigo Leão.

Se eu fosse Vereador da cultura aprimeira coisa que faria era...Ver todas as propostas que ao longodestes anos foram engavetadas semterem sido devidamente analisadas.De certeza que na “gaveta” existem inú-meras ideias interessantes, com baixocusto e vindas da sociedade civil.

A quem oferecia uns óculos?A quem ainda vê o Sócrates a cor-de-rosa.

Quantas vezes já fez trocadilhos como nome “Parque da Rabada”?Até ao momento nenhuma vez, maspensando bem.....

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De ouvir o canudo da Fábrica do RioVizela. Era sinónimo de emprego.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…...podia ir sozinha para a escola e faziatraquinices pelo caminho. Chegava acasa, bebia gasosa e laranjada cheiasde corantes e conservantes. Bons tem-pos....

A Casa de Chá, no Parque D. Maria II,dá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Nenhum dos dois. Só compro pro-dutos portugueses. “Queria um Portopor favor.” Eu faria um abaixo-assinado para…Não fecharem as nossas escolas pri-márias. Por mais necessário que pos-sa ser, é triste vê-las fechar. Mais tristeainda é ver as crianças todas amonto-adas nos grandes centros escolares. Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?O início talvez seja antes das próxi-mas eleições autárquicas, a conclusãonão me passa pela cabeça. Esperoestar viva para poder desfrutar e atétocar no nosso cineteatro. Que nome lhe ocorre para suceder aCastro Fernandes?Com as voltas que isto dá, nunca sesabe. Quem levava a banhos nas Termas dasCaldas e no Rio Ave?Nas Termas das Caldas levava a mi-nha mãe, que anda com problemasna coluna. No Rio Ave, levava o Cas-tro Fernandes para me ajudar a pes-car uma carpa real.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Um recital para violoncelo e piano,com Carina Vieira. Parece-me bem...

Santo Tirso gosta de música ou gostade ‘dar música’? No tempo em que estamos ninguémdá nada a ninguém, nem música.

A quem oferecia uma medalha demérito cultural?Ao Doutor José Alexandre Reis,diretor do Centro de Cultura Musi-cal e da Artave. ||||||

‘Sinto falta de ouvir ocanudo da Fábrica doRio Vizela. Erasinónimo de emprego’INQUÉRITO COM A VIOLONCELISTA CARINA VIEIRA, PROFESSORA NOCENTRO DE CULTURA MUSICAL REGULAR COM A ORQUESTRA DO NORTEE ORQUESTRA FILARMÓNICA DAS BEIRAS, ENTRE OUTRAS

Carina Vieira: “Levava abanhos nas Termas das Caldasda Saúde a minha mãe, queanda com problemas na coluna.No Rio Ave, levava o CastroFernandes para me aju-dar a pescar uma carpa real”.

´́́́́INQUERITO

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

TECTOS FALSOS | DIVISÓRIAS |APLICAÇÕES EM GESSO |

DECORAÇÕES

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Page 22: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESPORTO Este jornal adotou o NovoAcordo Ortográfico

PUB.

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Com 32 pontos somados, a 10 doslíderes – Feirense e Oliveirense – ecom seis jogos por disputar (18 pon-tos em discussão), o Aves continuanuma fase descendente da época,tendo averbado uma derrota, no pas-sado domingo, na deslocação à Trofa.

O Trofense foi a melhor equipaem campo – apesar de ter sido umadesafio pautado pelo equilíbro – es-tando bem lançado para discutir asubida de divisão, estando apenas aum ponto de Feirense e Oliveirense.Logo aos sete minutos, Serginho, avi-sou a equipa avense rematando ao

Cada vez mais longe do topoO AVES AFASTA-SE CADA VEZ MAIS DOS LUGARES CIMEIROS DA TABELA DEPOIS DE PERDER NA DESLOCAÇÃO À TROFA POR 2-0E DEPOIS DE NA JORNADA ANTERIOR NÃO TER IDO ALÉM DE UM EMPATE SEM GOLOS EM PENAFIEL.

O defesa-esquerdo Vítor Vinha,atualmente no Aves, comprome-teu-se recentemente por duasépocas com o Olhanense. O defe-sa termina o congtrato com osavenses no final da temporada eruma assim à I Liga a custo zeropara o seu novo clube. Formadona Académica, o jogador passounas últimas épocas pelo Estrelada Amadora e pelos cipriotas doNea Salamis, estando a ser segui-do desde há algum tempo pelosresponsáveis do Olhanense.Vítor Vinha tem dado nas vistase tem feito uma excelente épocano Aves. Pautado pela regulari-dade, sobe bem no terreno emarca golos. Só nesta tempora-da já marcou quatro golos. |||||||||||||||||||||||||

VÍTOR VINHA VAI PARAO OLHANENSE

JUNIORESNa fase da manutenção na II Divisão,os Juniores do Aves registaram nosúltimos dois jogos uma derrota ca-seira e uma vitória forasteira. Primeiro,na receção ao barroselas perdeu por2-1, mas no passado fim de semana foia Ponte de Lima vencer pela margemmínima a equipa do Limianos, com golode João Dias. O Aves é terceiro com23 pontos e na próxima jornada re-cebe o Abrambes, último classificado.

JUVENISCom uma jornada por disputar paraos Juvenis avenses, a equipa conseguiuum empate uma vitória nas duas últi-mas jornadas. Primeiro foi a Rebordosaempatar a uma bola, com o golo aven-

A equipa principal deInfantis do Aves disputou4 jogos nas 2 últimassemanas e conquistou 3vitórias e um empate.

Camadas jovens do Desportivo das Aves

quando, na conversão de um livredireto rematou forte para uma gran-de defesa, em soco, de Marco, evi-tando o golo avense.

Caicó (78’) rematou ao lado, masReguila não, conseguindo o golo datranquilidade trofense a seis minutosdos 90, rematando rente à relva parao fundo das redes, num lance emque Hélder Godinho aparece já bati-do após passe de Nildo.

NULO EM PENAFIELNa jornada anterior, o Aves não foialém de um empate a zero na visita aPenafiel. A equipa da casa precisa depontos para fugir aos lugares de des-cida e foi a equipa mais ofensiva, mas

sem conseguir ultrapassar a defensi-va avense. O Aves esteve perto demarcar no segundo tempo por Lou-renço que de livre obrigou a umagrande defesa de Márcio Ramos, mastambém Hélder Godinho negou ogolo a Wesllem.

A meio da tabela, o Aves recebe nopróximo fim de semana o Freamunde,atual 10º classificado com 30 pon-tos, menos dois que os avenses. ||||||

se a ser marcado por Joel. No passa-do fim de semana, em nova desloca-ção, ao AC Felgueiras conquistaramuma vitória com três golos sem respos-ta, marcados por Fábio Dias, Mirandae Rafael Silva. O Aves é 4º com 63pontos e na derradeira jornada recebeo Vila Meã, 13º, com 22 pontos.

INICIADOSNo escalão de Iniciados, o Aves, na29ª jornada, voltou a golear, nos doisjogos em casa disputados. A primei-ra vítima foi o Sandinenses, derrota-do por 8-0, e depois o vizinho Tirsen-se que perdeu por 4-1. Com estas vi-tórias – são cinco concecutivas – o Avesé segundo com 66 pontos e partepara a derradeira jornada com menos

dois pontos que o líder Freamunde.O Aves termina a temporada em Pa-ços de Ferreira, clube que está logo atrásdos avenses, com menos um ponto.O líder desloca-se ao Aliados de Lor-delo, último classificado, sendo porisso claramente favorita para a vitóriana prova a equipa de Freamunde.

INFANTIS AA equipa principal de Infantis do Avesdisputou quatro jogos nas duas últi-mas semanas e conquistou três vitó-rias e um empate. Venceu em Felguei-ras por 1-0, depois empatou a zerona receção ao Pedrouços, somandode seguida vitórias: 2-1 na visita aoTirsense e 3-1 na receção ao DuasIgrejas. Com esta sequência de resul-

tados, e já na segunda fase da prova,o Aves divide a liderança com oAmarante, com 8 pontos somados.Na próxima jornada desloca-se aoMaia Lidador que soma 6 pontos.

BENJAMINSNeste escalão, o Aves continua a se-gunda fase, conseguindo nos últimosjogos uma vitória e um empate. Aigualdade a zero foi consentida nareceção ao Rio Tinto, conquistandona última jornada uma vitória caseirafrente ao Cête por 1-0, com o golo aser marcado por João Monteiro. Des-ta forma, o Aves é terceiro com 23pontos somados. Na próxima jornadadesloca-se ao Carvalhosa, clube queestá no 9º lugar com 11 pontos. |||||

lado. Mais acutilante e mais rematador,o Trofense foi ameaçando o últimoreduto do Aves e Nildo (13’) e Varela(32’), ambos na conversão de ponta-pés livre remataram com a bola a ras-par ao poste e à barra da baliza de-fendida por Hélder Godinho.

O golo surgiria perto do intervalo(39’), quando Bahin, à entrada daárea, faz um chapéu perfeito ao guar-dião avense marcando num golo debelo efeito. O Aves acusou o golo etentou reagir e aumentar a pressão nosegundo tempo, no entanto, o Trofen-se soube gerir o jogo. Só a meio dosegundo tempo é que Vasco Matos –que começou o jogo no banco – criouperigo junto da baliza de Marco,

II LIGA: DERROTA NA TROFA POR 2-0

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - OLIVEIRENSES 24 42

2 - FEIRENSE 24 42

3 - TROFENSE 24 41

4 - GIL VICENTE 24 395 - AROUCA 24 36

7 - LEIXÕES 24 33

9 - SANTA CLARA 24 31

10 - FREAMUNDE 24 30

11 - MOREIRENSE 24 29

6 - ESTORIL 24 33

24

13 - PENAFIEL 24 26

16 - FÁTIMA

24 2514 - SP COVILHÃ

24 2215 - VARZIM

24 22

12 - BELENENSES 24 27

328 - CD AVES

LEIXÕES 1 - ESTORIL 1

TROFENSE 2 - CD AVES 0

GIL VICENTE 2 - MOREIRENSE 1

FEIRENSE 2 - VARZIM 1AROUCA 6 - PENAFIEL 3

SP COVILHÃ 2 - BELENENSES 0

BELENENSES - TROFENSEVARZIM - AROUCA

FREAMUNDE 2 - FÁTIMA 1

MOREIRENSE - FEIRENSEPENAFIEL - SP COVILHÃOLIVEIRENSE - GIL VICENTECD AVES - FREAMUNDE

ESTORIL - SANTA CLARA

JORNADA 24- RESULTADOS

JORN

ADA

25 -

16 D

E AB

RIL

FÁTIMA - LEIXÕES

SANTA CLARA 1 - OLIVEIRENSE 2

Page 23: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESPORTOPAGINA 23 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

||||| TEXTO E FOTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

A primeira parte foi jogada a ritmolento – também o calor que se faziasentir pode ter contribuído para isso– e o jogo só espevitou quando sur-giu o autogolo de Vilaça à passagemda meia hora. Depois o Tirsense foi embusca do prejuízo e conseguiu anu-lar a vantagem por Marco Louçano.Na segunda parte o Tirsense trans-fi-gurou-se e conseguiu golear com umhat-trick de Roberto.

Apesar da toada morna, o Cama-cha foi quem entrou melhor em jogo,com maior posse de bola e benefici-ando do desacerto do passe dos ho-mens do Tirsense, mas sem grandesocasiões de golo.

Nuno Silva esteve em foco e foramdele que sairam as melhores ocasi-ões de golo do Tirsense. Aos 10’ rema-tou perigosamente à entrada da áreapara boa defesa de Botelho e aos 25protagonizou uma boa jogada dolado esquerdo, servindo Carlos Pintoque encheu o pé para nova boa de-fesa do guardião madeirense a des-viar o esférico para canto.

Com o Tirsense a assentar o jogo,foi o Camacha a adiantar-se no mar-cador (33’) quando Vinicius cruza deforma tensa do lado esquerdo e NunoSilva apertado por um adversário aca-ba por introduzir a bola na sua baliza.

O EMPATE DO TIRSENSE COM O UNIÃO DA MADEIRA NA 26ª JORNADA DEITOU POR TERRA ASESPERANÇAS DE CONSEGUIR CHEGAR À LIDERANÇA, MAS NO ÚLTIMO DOMINGO,CONSEGUIU MOSTRAR QUE AINDA QUER MAIS VITÓRIAS, GOLEANDO (4-1) O CAMACHA.

Tirsense goleia Camacha

A equipa de Santo Tirso reagiu efoi em busca do golo, encostando oCamacha ao seu terreno. Beneficioude uma série de pontapés de canto efoi num desses lance que Marco Lou-çano (39’), junto ao segundo poste sóteve encostar para o fundo das redes.

A segunda parte começou com oTirsense a causar perigo por intermé-dio de Silvério e continuou na móde cima com Roberto a ameaçar comum remate às malhas laterais (48’).

O Camacha reagiu e criou duassituações de perigo. Aos 51’ Maurí-cio remata forte, ainda fora da área,com a bola a rasar a trave da balizade Albergaria e aos 62’ Amar, tam-bém ainda fora da área, remata como esférico, desta vez, a embater es-trondosamente no ferro.

Logo no minuto seguinte, o Tir-sense devolveu com a mesma moe-da, quando Nuno Silva remata aoposte da baliza de Botelho. Nos dezminutos seguintes, a equipa da casaarrumou a contenda com Roberto afazer um hat-trick. Já com Vitor Hugoem campo, Roberto (65’) combinacom o avançado e este devolve à pro-cedência e com um bom controlo dabola e no miolo da área remata parao fundo das redes.

Aos 74’, Roberto beneficia de umaperda de bola da defensiva insular ecom grande mestria, apenas com

Botelho pela frente, faz um chapéuirrepreensível. Ainda no rescaldo doterceiro golo e dois minutos depois,o goleador do Tirsense consegue iso-lar-se e faz um golo a papel químicodo anterior e sentencia a partida.

Até final da partida, o Camachatentou ainda reduzir, mas sem con-seguir argumentos para contrariar atranquilidade dos Jesuístas.

No final, Dinis Rodrigues reconhe-ceu que a equipa entrou de forma“amorfa” e permitiu um ascendentedo Camacha. O golo da equipa ma-deirense tornou-se num “tónico parao Tirsense” que chegou ao empate ain-da na primeira parte. “Ao intervalo retif-icamos, lançamos Vitor Hugo e passa-mos a jogar com três defesas, conse-guindo uma boa exibição e um gran-de resultado”, evidenciou o técnicoque, reitera, apesar das poucas espe-ranças de lutar pela subida, “deve-mos sempre lutar pela vitória até aoúltimo jogo”.

EMPATE NO UNIÃONuma partida decisiva para o Tirsense,que vencendo a partida reduziria paracinco pontos a diferença para o líder, oUnião conseguiu um empate que pra-ticamente o coloca na poule final deacesso à Liga de Honra. O jogo foimuito equilibrado, mas na segunda parteo Tirsense poderia ter ganho o jogonão fosse a boa atua-ção do guardiãodo União. Na próxima jornada des-loca-se novamente à Madeira paradefrontar o Marítimo B. ||||||

PUB.

II DIVISÃO: DEPOIS DE EMPATAR COM O LÍDER

Realizou-se no passado dia 2 deabril o 5º dia GDVA, evento orga-nizado pelo Grupo Desportivo doVale do Ave, que levou o futsal aosalunos de dez escolas do Agrupa-mento de Escolas do Ave: BomNome, Quintão 1, Cense, Giestal 1e 2, Santo António, Mourinha,Pombinhas, Jardim de Infância dasFontainhas e aos alunos do 5º anoda Escola Eb 2-3 de Vila das Aves.

Este ano foi batido o recorde departicipação com 57 alunos das es-colas a juntarem-se aos 16 jovensatletas da escola de futsal GDVAque, durante essa manhã, proporci-onaram bons momentos de práticadesportiva e confraternização.

Cerca de uma centena de pes-soas passou pelo pavilhão da Es-cola Secundária D. Afonso Henri-

ques para assistir aos jogos pres-tando outro colorido ao evento etestemunhando a animação de to-dos os atletas que, ao longo da ma-nhã, foram repondo as energias comum lanche e, no final da manhã,foram distribuídas as lembrançaspor todos os participantes.

Para o sucesso desta atividadefoi fundamental o empenho de di-rigentes, treinadores e jogadores doclube, bem como o apoio dos seuspatrocinadores e parceiros.

O GDVA aproveitou o momen-to para divulgar a escola de futsalGDVA junto de potenciais atletasdo clube. Os treinos desenrolam-se todos os sábados de manhã,entre as 10 e as 12 horas no pavi-lhão da Escola Secundária D. Afon-so Henriques em Vila das Aves. ||||||

GDVA seduz criançaspara o futsal

Minis e Pré-Escolasvencem Liga Zon KidsAs equipas de Minis e Pré-Escolas(na foto, ao centro do pódio) dosPinheirinhos de Ringe venceram noúltimo domingo a etapa de Gui-marães da Liga Zon Kids e vão, porisso, estar em Lisboa, no próximodia 26 de junho, no estádio doRestelo, para jogarem as finais na-cionais. Participação fantástica, levan-do de vencida vários adversáriosaté à final, onde venceram Frea-munde e Fair-Play respetivamente.

Saliente-se ainda que a equipade Pré-Escolas conseguiu venceresta etapa sem sofrer qualquer goloem seis jogos. Uma excelente de-monstração do bom trabalho quetem sido feito e só mostra que seestá no bom caminho. Quanto aosEscolas, com a equipa A de folga,

PINHEIRINHO DE RINGE

jogou apenas a B, deslocando-se aBougado, sendo goleada por 0-6.Excelente vitória teve a equipa deInfantis, que se deslocou ao líderLeça e venceu por um esclarecedor3-0, cimentando assim a excelenteépoca que têm vindo a fazer.

Jogo disputadíssimo tiveram os Ini-ciados, que receberam a equipa daVandoma e acabaram derrotados por4-5, num jogo em que faltou aquelapontinha de sorte. Em relação aos maiscrescidos, duas derrotas. Os Senio-res masculinos deslocaram-se a Rorize perderam por um tangencial 0-1,enquanto as meninas, bastante des-falcadas devido à onda de lesõesque tem atacado a equipa, se deslo-caram a Freamunde e foram golea-das por 0-5. ||||| ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

Aves derrota líderO Desportivo das Aves continua afazer uma excelente temporada nes-ta sua primeira presença nos naci-onais de Futsal. No passado dia 2recebeu e venceu a equipa do con-tacto por 6-3.

O campeonato só regressa a 23de abril, com o Aves a deslocar-sea Paredes, numa desafio agendadopara as 18 horas.

Com esta vitória, o Aves ascen-

deu ao segundo lugar com 42 pon-tos estando a dois pontos do Mace-dense que lidera.

VALE DO AVE SOMA 2 VITÓRIASNa 2ª Divisão Distrital - Série 1, oGrupo Desportivo do Vale do Ave(GDVA) venceu o Atlética daTelheira por 2-0 e na última jorna-da conquistou nova vitória fora deportas, em S. Fins por 4-2. |||||

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - U. MADEIRA 27 58

2 - TIRSENSE 27 51

3 - CHAVES 27 44

4 - FAFE 27 435 - CAMACHA 27 41

7 - M. CAVALEIROS 27 39

9 - MARITIMO B 27 37

10 - AD OLIVEIRENSE 27 37

11 - RIBEIRÃO 27 35

6 - LOUSADA 27 40

27

13 - CANIÇAL 27 30

16 - PONTASSOLENSE

27 2714 - ANDORINHA

27 1715 - BRAGANÇA27 14

12 - MERELINENSE 27 33

388 - VIZELA

ANDORINHA 0 - AD FAFE 1

MERELINENSE 0 - U. MADEIRA 1

TIRSENSE 4 - CAMACHA 1AD OLIVEIRENSE 1 - MARITIMO BBRAGANÇA 3 - M. CAVALEIROS 2

PONTASSOLENSE 0 - VIZELA 0

U. MADEIRA - FAFECAMACHA - MERELINENSE

RIBEIRÃO 2 - CANIÇAL 0

M. CAVALEIROS - AD OLIVEIRENSECANIÇAL - BRAGANÇAVIZELA - RIBEIRÃOLOUSADA - PONTASSOLENSE

MARITIMO B - TIRSENSE

JORNADA 27 - RESULTADOS

JORN

ADA

28

- 16

ABRI

L

CHAVES - ANDORINHA

CHAVES 0 - LOUSADA 1

Page 24: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

DESPORTO ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 24

|||| ENTREVISTA: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

Jorge Machado tornou-se, recente-mente, bi-campeão nacional deKaraté. É o corolário da sua carrei-ra ou os exitos internacionais sãosuperiores a estes?O ponto alto da minha carreira foio recente terceiro lugar conquista-do em Itália, numa prova da LigaDourada. O bi-campeonato é impor-tante, mas já tenho oito títulos a ní-vel interno desde o percurso juvenil.

E como foi conquistar esse terceirolugar?O ano passado fiquei em quinto, per-dendo com o campeão do mundoe da europa da altura. Este ano per-di o acesso à final com o vice-cam-peão europeu e lutei para conse-guir a medalha de bronze.

E como foi ver a bandeira portugue-sa subir na entrega das medalhas?Foi como imaginei. É uma sensaçãoque apenas pode ser suplantada porouvir o hino o que equivale à meda-lha de ouro. É algo ainda mais dig-no de registo quando sabemos queestamos a lutar contra atletas profis-sionais e nós somos amadores. Osnossos adversários fazem do karatéprofissão e beneficiam de inúmerosapoios. Nós não temos nada, nóssomos amadores. Por isso o sabor desteterceiro lugar é ainda mais especial.

Atendendo a essa limitações acre-dita ser possível obter melhoresclassificações?Sei que é dificil. Tenho andado láperto. Tenho um título no mundial,no europeu fui sétimo, o ano pas-sado em Itália fui quinto, agora ter-ceiro. É muito complicado lutar porum pódio internacional, mas tenho

‘Quero competir lá fora’DEPOIS DE CONSEGUIR SER O MELHOR EM PORTUGAL, O AVENSE JORGE MACHADO QUER IR MAIS ALÉM.CONQUISTOU RECENTEMENTE O TERCEIRO LUGAR NUMA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL, O PONTO ALTO DACARREIRA, MAS O PROBLEMA É A FALTA DE APOIOS E COM ISSO VÊ CONDICIONADA A POSSIBILIDADE DE PROGREDIRNA CARREIRA E DE LEVAR MAIS LONGE O NOME DE PORTUGAL, DE SANTO TIRSO E DE VILA DAS AVES.

Jorge Machado tem 24 anos, énatural de Vizela, mas reside emVila das Aves desde os 9 anos,por isso sente-se avense de cor-po inteiro. Fez o curso de direi-to e neste momento é advogadoestagiário. Simultaneamente dáaulas de karaté, sobretudo paraangariar verbas para custear asdespesas para poder competirinternacionalmente. ||||||

PERFIL: JORGE MACHADO

de pensar que é possível. Agora nãoluto por títulos nacionais, não é pre-sunção minha mas cheguei a umpatamar que quero mais. A minharealidade é diferente, pois tenho detentar arranjar patrocinios, verbas,para continuar a competir internaci-onalmente e sentir o que é competirlá fora e tentar melhorar as classifi-cações. É dificil, mas não é impossí-vel. Os grandes também perdem.

Foi por sentir essa necessidade querecentemente envergou publica-mente uma t-shirt com a mensagem“preciso de patrocínios”?Quis alertar as pessoas que pode-rão patrocinar-me para a realidadeque temos e com a qual sofremos.Há atletas que têm apoios ou a aju-da da famáilia. Eu não tenho nadadisso. Tenho de dar aulas para ar-ranjar algum dinheiro para podercompetir lá fora. Para conseguir com-petir lá fora e viajando nas compa-nhias aéreas baratas para fazer doisou três torneios internacionais pre-ciso de cerca de mil euros. Para mui-tos empresários este valor, num ano,não significa nada, mas para mimrepresenta muito. É que nem o clu-be (Associação Karaté Shotokan deVila das Aves) tem condições parame apoiar, nem a nossa federação con-segue apoiar estas representações.

E resultado dessa ação pública?Nenhum.

Nem daqui da região?Muitos dizem-me que já apoiam oclube e quanto a isso nada a dizer,pois o clube também me ajuda em-bora indiretamente. E mais ninguémse dispõe a ajudar, desculpam-secom a crise, e outros ainda não va-lorizam a modalidade.

E quanto ao município?A Câmara patrocina o clube e a títu-lo individual não dá qualquer apoio.

Mas apoia, por exemplo, o ArmindoAraújo?O que me foi dito foi que não haviapatrocínio para o Armindo, pois seassim fosse teriam que apoiar mui-tos outros atletas individualmente.

Como surgiu o Karaté na sua vida?Joguei futebol e atletismo, mas a certaaltura o meu pai levou-me para okaraté. Viu que tinha jeito para darpontapés. É claro que os filmes daépoca sobre o karaté, nomeadamen-te do Bruce Lee e do Van Dammetambém influenciaram.

Quem foi o seu mentor?Sem dúvida o mestre Joaquim Fer-nandes que me ajudou a evoluircomo karateca e como homem.

Desde cedo os resultados traduzemuma grande paixão pela modalida-de?O meu primeiro troféu foi com 11/12anos, mas nessa altura combatia pordivertimento. Só a partir dos 16 anosé que a competição tornou-se impo-rtante com o desejo de vencer.

Sempre esteve no Karaté Shotokande Vila das Aves? É um clube que lhe

dá todas as condições para evoluir?Sim, aqui não há contratações mili-onárias entre clubes como no fute-bol. Mas o clube dá-me todas as con-dições que pode. Faz falta termos umtatami, que a Câmara até poderia ce-der ao clube, mas o clube tambémnão tem um espaço fisico própriopara o instalar. Treinamos em várioslocais, nomeadamente em escolas.

Em termos de percurso sempre sedestacou no seu percurso escolar,como melhor aluno, como presiden-te da associação de estudantes...Desde cedo que em casa me foi in-cutido o gosto pelos estudos e nostreinos o mestre sempre se preocu-pou com isso. Em relação à asociaçãode estudantes começou como umabrincadeira, mas acabamos por ga-nhar as eleições e a partir daí a fun-ção foi encarada com seriedade epenso que fizemos um bom traba-lho na altura.

E o curso de Direito. Terminou em2008. Temos advogado? Exerce?Estou a terminar o estágio de 3 anos.Penso que ficará concluído em maio.O futuro deverá passar pela advo-cacia, espero eu, a não ser que algode extraordinário aconteça. ||||||

“A minha realidade é di-ferente, pois tenho detentar arranjar patroci-nios, verbas, para conti-nuar a competir interna-cionalmente. É difícil,mas não é impossível”

ENTREVISTA A JORGE MACHADO, BI-CAMPEÃO NACIONAL DE KARATÉ

Negrelense comextensa comitivaem provas juvenisA Associação Negrelense de Karaté par-ticipou recentemente, com uma vastadelegação, em duas provas juvenis.Primeiro foi a Taça Nacional do Cen-tro Português de Karaté, a 26 de mar-ço, em Amarante e a 2 de abril, naPóvoa de Varzim, com o CampeonatoRegional Norte de karaté.

Este último integrou os escalõesde infantil, iniciado e juvenil e a Ne-grelense esteve presente com 11 atle-tas. Ana Pinto, Mariana Faria, Cláu-dio Ribeiro, Maria Lavadores, Rute Bar-bosa, Bruno Fernandes, Bruno Silva,Hélder Monteiro, Ana Aradas, DuartePinto e João Ferreira integraram a pro-va de kata e apenas Duarte Pinto eJoão Ferreira participaram também naprova de kumite.

Destaque para o pódio alcançadopor Bruno Fernandes, em kata inicia-do. João Ferreira e Duarte Pinto fica-ram também apurados para o Campe-onato Nacional, sendo que João qua-se alcançava o 3º lugar, quer em katas,quer em kumite (-50kg) e Duarte Pin-to, em kumite (-45kg), também ficoua um lugar de alcançar o pódio.

Dias antes, em Amarante, a Negre-lense levou 16 atletas, ou seja, AnaRibeiro, Ana Cláudia, Rute Barbosa,Ana Pinto, Mariana Faria, Ana Aradas,Bruno Silva, Ricardo Pacheco, MariaLavadores, Cláudio Ribeiro, Manuel, JoãoFerreira, Hélder Monteiro, Bruno Fer-nandes, Rafael Martins e Duarte Pin-to. Sendo um grupo muito elevadoacabaram por se destacar três atletas,Cláudio Ribeiro alcançando o 3º lu-gar em katas infantis, Bruno Fernandesvice-campeão em katas iniciados e,João Ferreira que foi o grande vence-dor em kumite juvenil (-50kg). ||||||

KARATÉ

Jovens avensesem bom planoNa prova realizada na Póvoa deVarzim, a 2 de abril, os karatecas aven-ses obtiveram os seguintes resultadosno escalão de juvenis: José Fonseca,3º lugar, katas; Tiago Ferreira, 3º lu-gar, kumite menos de 45kg; AnaGuimarães, campeã regional kumite,menos de 50kg; Alexandra Fonseca,vice-campeã regional kumite, mais de55kg; e Manuel Ribeiro, 3º lugarkumite, mais de 60kg.

Não subiram ao pódio mas ficaramapurados para o campeonato nacio-nal, Diogo Rodrigues, Patricia Brandão,Érica Machado e Leandro Costa. ||||||

Page 25: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

Electricidade AutoMecânica geral

TacógrafosLimitadores de velocidade

AlarmesAuto-rádios

negrelcar - centro de assistência auto, lda.Av. 27 de Maio, 817 | 4795-545 Vila de Negrelos

Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]

CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE TACÓGRAFOS Nº 101.25.04.6.052CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE LIMITADORES DE VELOCIDADE Nº 101.99.04.6.053

Vila das Aves

Telefone 252 871 960

Fax 252 871 947

[email protected]

CONSULTA FARMACÊUTICA

E NOVOS SERVIÇOS NA FARMÁCIA:- ENTREGAS AO DOMICILIO

- NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

- PODOLOGIA

- PRIMEIRO SOCORROS

(serviço prestado por enfermeiros)

- APOIO DOMICILIÁRIO

- VACINAÇÃO

(ao abrigo do artº 36 do DL nº 307/2007 de 31 de Agosto)

ABERTA 365 DIAS - ATÉ ÀS 22H30

DESPORTOPAGINA 25 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

Armindo Araújo foi um dos mem-bros do TMN Dream Team que apa-drinhou a entrega de computado-res portáteis, com ligação Wi-Fi, aoInstituto Português de Oncologia(IPO) de Lisboa. A iniciativa levadaa cabo pela Fundação PT permite que,a partir de agora, as crianças e jovensinternados no Serviço de Pediatriae Unidade de Transplantes de Me-dula, tenham uma maior diversifica-ção de atividades e vejam facilitadaa sua comunicação com o exterior.

Durante a visita ao IPO, o bicam-peão do Mundo de Ralis Produçãoteve oportunidade de conversar comalguns jovens e mostrar-lhes váriossites relacionados com a sua ativi-dade desportiva. Sempre disponívelpara apoiar boas causas, ArmindoAraújo não escondia a satisfação

A equipa Daro estreou-se, no iníciode abril, na edição 2011 do TroféuTransit Trophy com uma nova equipa– Rui Azevedo e Jorge Areia – noAutódromo do Estoril. Foi um arran-que a meio gás segundo nota à im-prensa da equipa.

A equipa Daro Sports não benefi-ciou ainda de todas as novidades técni-cas previstas para a evolução da viatu-ra, o que limitou as performances e asambições na prova de estreia, compa-rativamente com as restantes equipas.

A equipa Daro conseguiu o sexto

Daro com estreia auspiciosa no Transit Trophy

O Ginásio Clube de Santo Tirso(GCST) alcançou diversos títulos noCampeonato Regional da I Divisãode Ginástica Rítmica da Associaçãode Ginástica do Norte, realizado nopassado dia 26 de março, no Pavi-lhão Municipal de Santo Tirso.

Além do GCST participaram nocampeonato a Associação Académi-ca de Espinho e o Boavista FutebolClube. No escalão sénior, o GCSTarreca-dou os titulos de Campeã eVice-Campeã Regional através dasginastas Adriana Castro e VanessaRoriz, respe-tivamente. Ambas as gi-nastas apresentaram-se “em grandenível, apesar de algumas pequenasfalhas, deixando as suas adversáriasa grande distância”, refere o clubeem nota à imprensa. Vanessa Roriz

SOLIDARIEDADE

Armindo Araújo visitouo IPO de Lisboa

por ter tido a possibilidade de pro-porcionar um dia diferente a estesjovens. “É muito importante poderdar um pouco de ânimo a todosestes miúdos aqui internados. Estainiciativa é sem dúvida uma mais-valia para o Serviço de Pediatria eestes jovens merecem o apoio detodos nós”, disse o piloto tirsense.

Entretanto, aproveitando o perío-do disponível até ao inicio dos tra-balhos de preparação para o Rali daSardenha, a disputar em maio, Armin-do Araújo voltou a alinhar numaprova em território nacional, para de-sempenhar as funções de «carro 0».Desta feita, o MINI Countryman per-correu as classifi-cativas do Rali Vi-dreiro, no passado fim de semana,que decorreu nos concelhos de Leiria,Ourém e Marinha Grande. |||||

Ginásio alcança títulosem campeonato regional

sagrou-se campeã em Arco e Adrianaalcançou o primeiro lugar em Bola,Maças e Fita, conseguindo assim jáo apuramento direto para o campe-onato nacional.

As juvenis, Juliana Amaral e AnaRaquel Maia, “traídas pelos seus ner-vos, apresentaram os esquemas comalgumas falhas e ficaram aquém da-quilo que são capazes de executar,mas tais falhas serão facilmente col-matadas com o trabalho de prepa-ração para a prova Qualificativa quese aproxima e na qual participarão”.

A esperança Inês Pacheco, comuma prova considerada boa no seuglobal, alcançou o título de Vice-Cam-peã Regional, tendo mesmo sido avencedora em Bola do seu escalão eterceiro lugar em Corda. |||||

GINÁSTICA RÍTMICA

posto na primeira sessão de treinos.Rui Azevedo ainda rodou no tercei-ro lugar, mas rapidamente percebeuque não teria capacidade de lutar pe-los lugares cimeiros e adotou um rit-mo mais regular. “Sentimo-nos com-petitivos e sabemos que temos traba-lho de casa a fazer e com as evolu-ções estaremos de novo com toda acerteza na linha da frente.

Na segunda corrida foi Rui Areiaque se sentou ao volante, conseguin-do, na corrida de estreia para estepiloto um brilhante sexto lugar. “Esta-

va expectante para saber como iria sera estreia e na corrida foi bastanteemocionante a disputa com o carroda FIAAL e senti que logo que pos-samos ter a nossa Transit mais com-petitiva poderei conquistar ainda me-lhores posições”, afirmou Rui Areia.

Depois desta prova, a equipa DaroSports vai trabalhar no camino cdeevoluifr a sua viatura de modo a po-der estar ao seu melhor nível na pró-xima prova da temporada, na RampaInternacional da Falperra, a ter lugara 21 e 22 de maio. |||||

Apresentado em conferência de im-prensa no Hotel Rural Azenha (nafreguesia de Bairro), que embora ain-da esteja em fase de construção, jáse associa a este evento, a edição de2011 do Rali de Famalicão conta commenos participantes do que no anopassado. A diminuição de participan-tes justifica-se perante a crise econó-mica que atravessa o país. “A câmaraMunicipal de Famalicão entende queeste é um grande evento do despor-to e mesmo havendo dificuldadesvamos continuar a fazer esta aposta”,afirmou o vereador do deposto deFamalicão, Leonel Rocha.

O Rali de Famalicão é organizadopela Demoporto – Clube de Despor-tos Motorizados do Porto, pela asso-ciação de desporto motorizado de

Adruzilio Lopes na 25ª ediçãodo Rali de FamalicãoAPESAR DA CRISE, E DO NÚMERO DE PARTICIPANTES TER DESCIDO PARA CERCA DETRINTA, O RALI DE FAMALICÃO ARRANCA NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 16 DE ABRIL, NA PRAÇACUPERTINO MIRANDA, EM FAMALICÃO.

Famalicão, Válvulas & Cilindros e pelaCâmara Municipal. Leonel Rocha, lem-brou que o desporto automóvel é “mui-to querido” e que este rali casa “a be-leza com a dificuldade dos troços”, eé por isso que Famalicão está aposta-do em transformar este evento “numareferências do desporto automóvel”.

O Rali de Famalicão será disputadonos dias 16 e 17 abril com um percur-so superior a 100 quilómetros. A 1ªEspecial começa às 15h06 - Fradelos/Transfradelos1-, a 2ª Especial, às 15h49- Telhado 1-, a 3ª Especial, às 16h47 –Fradelos/Transfra-delos 2-, e a 4ª Es-pecial, às 17h30 - Telhado 2.

Este ano o Hotel Rural da Aze-nha, a primeira unidade hoteleira decinco estrelas de Famalicão ainda emconstrução, irá patrocinar o carro con-

duzido pelo piloto Adruzilio Lopesassumindo-se como um dos patroci-nadores deste Rali. Este evento temum orçamento de 25 mil euros e épatrocinado em 10 mil pela câmara.Carlos Cruz, da Demoporto, explicaque “é cada vez mais difícil arranjarpatrocínios” mas, ainda assim, vãocontando com “algumas ajudas re-novadas e outras agora iniciadas,como o Hotel Rural Azenha”.

O Hotel Rural da Azenha seráinaugurado no final do ano, mas noverão já terá o restaurante a funcio-nar. João Monteiro, responsável dohotel, lembrou que este empreendi-mento irá contribuir para o “engrande-cimento da região, e que terá por mis-são “dar a conhecer tudo o há na nos-sa região”. ||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

AUTOMOBILISMO

Page 26: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

ENTRE MARGENSFICHA DE ASSINATURA

Nome: .................................................................................................................Morada: ...............................................................................................................Código Postal: ................... / ............... Localidade: ............................Telefone: ......................... Número de Contribuinte .........................................Data de Nascimento: ....... / ........ / ........Forma de pagamento: (Riscar o que não interessa) Cheque número:.......................................................................................... ou por transferênciabancaria para o NIB: 0035 0860 00002947030 05

Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ...............................................................

Desejo tornar-me assinante doJornal Entre Margensa partir de ...... / ...... / ......

PREÇO ASSINATURA ANUAL NACIONAL:14,50 EUROS

Seja “zero ponto um” ou “zero pon-to nove”, é sempre menos que “um”de qualquer coisa. Não chega a ser“um”, vive sob o estigma do zero àesquerda, mesmo mascarado peloponto. O mesmo ponto que masca-ra o investimento do Governo e damaioria das autarquias na Cultura.Até se pode dizer que não foi sóeste; até se pode argumentar que,apesar da crise, o algarismo à direi-ta do “zero ponto” não baixou faceao ano anterior; até se pode justifi-car com a trágica ideia de que asartes não enchem a barriga do po-bre. Esquecemo-nos é que enchema alma de todos, a mesma que pre-cisa de “alimento” para que possa-mos fazer um País melhor.

Claro que o dinheiro não estica.E a cultura tem que ser muito bemestruturada para não ser confundi-da com as práticas da “mão esten-dida” que tão mau resultado deramnos últimos anos. É fundamentalreavaliar critérios e, sobretudo, in-tensificar os apoios aos privados –financeiros ou outros – às práticasculturais, sobretudo a Norte.

É que se há região que não pre-cisa de apoios para as Artes é pre-cisamente a da capital. Lisboa temdois vectores essenciais à equaçãode sucesso de uma qualquer activi-dade cultural: enorme concentraçãode pessoas (habitantes) e de órgãosde comunicação (promoção). EmLisboa basta estar no cartaz e saberpromover a tempo e horas e tudopode acontecer até porque a ne-cessidade de promover turistica-mente a Capital obriga a garantir“conteúdos”.

A penúria acontece pelo restodo país. É assim em Santo Tirso ouBraga que precisam de lógicas dife-rentes para activar culturalmente ascidades. É assim Bragança, Guima-rães (porque não… apesar de ser

em 2012 Capital Europeia da Cul-tura…), Castelo Branco, Viseu, Beja,Covilhã, e claro, o Grande Porto. Enão de dinheiro vivo para investirdirectamente na cultura. Falo de po-líticas sustentadas e viradas para asrealidades sociais de cada cidadeou região. Falo de estruturas, ideiase, naturalmente, promotores. Falotambém de formatação cuidada doturismo patrimonial e até religioso(um parceiro que não se deve ig-norar), sempre tão apagado naque-la que é a nação com a identidademais antiga da Europa. Falo do ób-vio. Do saber que encontra semprepela frente a ignorância, o facilitismo,para “nada” continuarem a fazer…

Com a indústria tradicional con-denada por estratégias “comuns”,sem pescas nem agricultura, poucoresta a um País que até deveria serfácil de gerir. Ficámos com o Sol ecom essa interminável capacidadede criar, de actuar, de fazer música,de pintar, de esculpir, de escrever...No fundo, tudo aquilo que são ostraços de carácter e identidade deum povo.

No fundo, talvez até não seja pre-ciso mais dinheiro (fará sempre fal-ta), talvez falte apenas iniciativa, fal-ta vontade política e criatividade paratransformar as cidades em centrosde cultura, de lazer e logicamentede turismo.

Mário DorminskyFundador do Fantasporto

Esta é a primeira página que o jornal EntreMargens disponibiliza à Associação “AMARSANTO TIRSO”, no âmbito de um protocoloassinado entre as duas instituições.Trata-se de uma enorme responsabilidadeque a nossa associação assume, com vista apoder, assim, divulgar os seus eventos e dara conhecer as suas iniciativas e propostas.Mas pretendemos ir muito mais além. Pre-tendemos que este seja um espaço ocupadocom informação digna e criteriosa. Vamossolicitar aos sócios da associação que con-tribuam com os seus textos - que serãosempre devidamente identificados. Vamostambém pedir a personalidades do conce-lho, e não só, que possam contribuir comas suas crónicas. Sabemos, por isso, queaquilo que aqui vier publicado responsabi-liza a associação e os seus membros.Queremos ser dignos da carta de intençõesque no início desta caminhada elaboramose nos comprometemos a cumprir.O jornal Entre Margens não é um jornalqualquer. É um órgão de comunicação soci-al regional e local que granjeou ao longodas quase 3 décadas de existência umaenorme respeitabilidade e credibilidade:pelo seu rigor, pela sua imparcialidade,pela sua qualidade.Queremos, também por isso, estar à alturadeste enorme desafio. Por isso, este espaçoserá disponibilizado a quem quiser contri-buir com as suas ideias, opiniões e propos-tas. Queremos abrir um grande debate deideias em Santo Tirso. Este protocolo, iné-dito, inovador e estimulante, não é umponto de chegada mas sim um ponto departida. Pedro FonsecaPresidente da Direcção da “AMAR SANTOTIRSO”

Pont

o de

par

tida

ADMISSÃO DE NOVOSCOOPERANTESAinda na sequência de deliberaçõesda última assembleia-geral destaCooperativa e do interesse manifes-tado pela Associação Amar SantoTirso em vir a pertencer à Coopera-tiva Cultural de Entre-os-Aves, cele-brou-se no passado dia 18 de Mar-ço um protocolo entre ambas as ins-tituições por forma a alavancar aexpansão do jornal Entre Margensna área do concelho de Santo Tirsoe a valorizar também a cidadania, aacção e a reflexão e o movimentoassociativo na respectiva área. A fotodocumenta a reunião entre elemen-tos de ambas as instituições. |||||

Sair do marasmoapostandona cultura...

Os textos publicados nesta página nãorespeitam o novo acordo ortográfico por

vontade expressa da Amar Santo Tirso

Page 27: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

entreMARGENSINSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS:

PORTUGAL: 14,50 EUROS

EUROPA: 26,00 EUROS;

RESTO DO MUNDO: 29,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 0,80 EUROS

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE

ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIRECÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: JOSÉ MANUEL

MACHADO; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA; SECRE-

TÁRIO: JOSÉ CARVALHO. DIRECÇÃO, ADMI-

NISTRAÇÃO E REDACÇÃO: RUA DOS CORREIOS -

ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES - APARTADO 19

- 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES.

CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ MANUEL MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO.

REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ

CARVALHO (C.P. N.º 4354), CATARINA SOUTINHO (C.P.Nº

1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA.

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA

MACHADO, JOSÉ PACHECO, JOAQUIM COUTO, ABEL

RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO

LEAL, REGINA LIMA, ALBERTO GOUVEIA, VITOR

MARTINS, SILVIA MENDES.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMERCIAL: ANTÓNIO SILVA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE

MARGENS

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL

GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA |

TEL.: 253 303 170 FAX.: 253 609 465

Nº 455 - 14 DE ABRIL DE 2011

Os premiados no Sobreiro devem identificar-sejunto do restaurante; os premiados no Estrela

do Monte devem contactar esta redacção.

No SOBREIRO SOBREIRO SOBREIRO SOBREIRO SOBREIRO a feliz contemplada nesta1ª saída de abril foi a nossa estimada assi-nante, Maria E. Silva Castro, residente narua de Salgueirinhos, em Delães.

No ESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTE o feliz contem-plado nesta 1ª saída de abril foi o nosso esti-mado assinante, António José da Costa Alves,residente na Praceta da Ponte, nº 37, emVila das Aves.

Restaurante Estrela do MonteLugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Restaurante SobreiroAvª Silva Pereira - 4765 Bairro

Telf.s: 252 905 910

DEVEM OS PREMIADOS RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO).

GANHE UM ALMOÇOPARA DUAS PESSOAS

DIVERSOSPAGINA 27 ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011

1º ANIVERSÁRIOFALECIMENTO

Manuel José Pereira de Bessa18-04-2011

Esposa, filhos e nestos vêm nesta datalembrar, com profunda saudade, a pas-sagem do primeiro aniversário de faleci-mento do seu ente muito querido.Agradece, desde já, a todos os que dealguma forma manifestem o seu pesarem memória do seu familiar querido.

Abriu ao público no passado sába-do, dia 9, na rua de S. Miguel, nestafreguesia, uma nova empresa comer-cial designada por “Jogos Florais” quese dedica à comercialização de todoo tipo de flores e plantas vindas decentro de produção própria, da Soci-edade Agrícola Villa Paulinhos, comsede em Avidos, Famalicão.

Num espaço interior, requalificadoe sobriamente decorado, este novocomércio que apresenta o aspeto quea foto documenta promete ser umamais-valia na animação do pequeno

Antigas instalações doSupermercado Valentereabrem com novas valências

Cumpriu no passado domingo, dia 3de Abril, a bonita soma de cem anosa srª D. Ana Andrade Ferreira, mora-dora na Rua José Moreira de Araújo.Rodeada da sua filha e do genro,Alcino Pereira da Silva, nosso assinan-te, e de uma neta com quem reside,dos seus dois outros filhos, noras, dosnetos e bisnetos, e de outros familia-res e amigos, a aniversariante teve afeliz presença do pároco, pe. FernandoAbreu, que, pelas 15 horas celebrouuma Eucaristia doméstica já que a

Centenário da D. AnaAndrade Ferreira

PUBLIREPORTAGEM

aniversariante, há já cinco anos se en-contra acamada. Teve também a pre-sença do rev º pe. Fernando Marquesde Oliveira com quem privou desdetenra idade. A srª D. Ana, natural de S.Fins de Ferreira, veio com 10 anos ser-vir para casa da srª Rosa Cruz de Pare-des e mais tarde trabalhou anos a fiona fábrica Sampaio Ferreira em Riba d’Ave.

Parabéns à aniversariante, que con-tinue abençoada em anos e que osseus familiares continuem a gozar dasua companhia. |||||

comércio local. Executam-se também,a pedido, quaisquer serviços de flo-rista para o que conta com uma exce-lente equipa de profissionais.

Está para breve, também, e compar-tilhando a parte norte do espaço dis-ponível da loja, como também já é visí-vel do exterior, a inauguração de umanova agência funerária que se designa-rá por agência Funerária São Miguel dasAves, Lda, que por meras razões buro-cráticas não conseguiu inaugurar nomesmo dia estando a ultimar diligên-cias para o fazer muito em breve. |||||

RESPOSTA DE

ABEL BIZARRO DE FIGUEIREDO

OS NEGÓCIOS SÃO NULOS

1.O gerente das 04 sociedades agora quase falidasnão representam essas 04 sociedades lucrativas queeu criei.Tem feito inúmeras fraudes!

2.O gerente Lisboeta disse que me ia assassinar naAmérica e mandar matar a minha filha Anabela. Estasameaças foram denunciadas à Justiça Americana e àPolícia Judiciária.Ele roubou-lhe um terreno, mas a Justiça embargou!

3.Ele burlou um empreiteiro da Trofa em 150.000 Eur!!O gerente trapaceiro diz que é Eng. Civil, mas isso éfalso!!Ele faz tudo ilegal. É um insucesso total. As obras des-te super falido foram embargadas pela Câmara.Seu único objetivo é sacar $ dos bancos!!

América 25/03/2011

PUB.

Reconhecer em Portaleza

Av. Abel Alves de Figueiredo - Tarrio

Criminosamente estão a delapidar o património domeu pai e da nossa família

Botaram as nossas sociedades em estado de cala-midade!!

Cometeram furtos, corrupções, falsificações, etc.

É o maior escândalo!!

Deus não dorme!

América 13/03/2011Por Christine Figueiredo

PUB.

Page 28: CASTRO FERNANDES REUNIU A IMPRENSA LOCAL ......abril, às 22 horas. Bilhetes a 15 euros e 12,50 (com desconto). Morada: avenida D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães. Telefone:

PUBLICIDADE ENTRE MARGENS | 14 DE ABRIL DE 2011 PAGINA 28