castelo de vide informaÇÃo - janeiro 2013

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1 Boletim n.º 4 - janeiro 2013 AÇÃO Castelo de Vide InformAÇÃO Castelo de Vide ganha “Andanças”: o fesval internacional que nos projeta no mundo da música e da dança. pag. 4 e 5 2013: um ano cheio de eventos que não podem ser desperdiçados! pag. 26

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Castelo de Vide InformAÇÃO - Janeiro 2013

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Boletim n.º 4 - janeiro 2013

AÇÃOCastelo de Vide InformAÇÃO

Castelo de Vide ganha “Andanças”: o festival internacional que nos projeta no mundo

da música e da dança. pag. 4 e 5

2013: um ano cheio de eventos que não podem ser desperdiçados! pag. 26

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Tema central

Atualidades

Valores da nossa terra

Juntas de Freguesia

Desporto

Vidas ativas

Opinião técnica

pag. 24

pag. 27

pag. 26

pag. 26

pag. 25

pag. 20

pag. 21-23

pag. 18-19

pag. 4-5

pag. 6-13

pag. 14-15

pag. 16

pag. 17

Eventos 2013

Deliberações da câmara

Curiosidades alfarrábicas

Rostos do serviço público

Ficha Patrimónium

SumárioSumário

CASTELO DE VIDE EM NÚMEROS

ESTATÍSTICA DE ENTRADAS NA SINAGOGA - 2012

PORTUGUESES 14. 828 ESTRANGEIROS 11.255TOTAL 26.083

E do estrangeiro, quem mais nos visita vem de...

Espanha 3160França 1489Holanda 970Israel 773Alemanha 729E.U.A. 658Itália 553Bélgica 443Reino Unido 309Brasil 286 Canadá 120Dinamarca 145FICHA TÉCNICA

Propriedade: Câmara Municipal de Castelo de VideProjeto feito em parceria com as Juntas de Freguesia de São João Batista, São Tiago Maior e Santa Maria da Devesa.

Contactos: Rua Bartolomeu Álvares da Santa, 7320 Castelo de Vide e-mail: [email protected] Tel.: 245 908 220

NIPC: 506 796 035

Expedição: Eletrónica e papel

Diretor: Presidente da Câmara Municipal de Castelo de VideCoordenador: António Pita Redação: Ana Nunes, António Pita, Daniel Carreiras, João Magusto, Luís Pedro Cruz, Susana Serra

Composição e grafismo: António Manso

Colaboradores: Ana Raimundo, Antónia Borba, Maria Joaquim Grincho, Maria José MirandaTiragem: 1500 exemplares

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EDITORIALNÃO EXISTE VERDADEIRA MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA SEM UMA BOA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

Em harmonia com o seu estatuto editorial, este boletim, sublinha-se, não só pretende cumprir com as dis-posições legais que apontam para a divulgação da vida autárquica, dan-do-se assim maior conhecimento público das deliberações e das inicia-tivas de gestão do Executivo, como igualmente visa estimular e promo-ver a valorização do trabalho efetu-ado pelos trabalhadores, colabora-dores e serviços, os quais podem ver aqui projetados a insubstituível mis-são do serviço público que desem-penham. Quero, desde já, expressar o meu agradecimento a todos aque-les que queiram envolver-se neste projeto essencial que, certamente, ilustrará o dinamismo que carateriza a vida cultural e social do concelho.

Quero ainda sublinhar a participação das Juntas de Freguesia, as quais ao aderirem ativamente a este projeto não só transmitem aos munícipes as obras e ações que realizam (que, por vezes, de dimensão menor pas-sam despercebidas mas nem assim são de menor importância), como consolidam a importância da própria existência, no momento em que tan-to se questiona a sua continuidade

Por último, permito-me confessar o regozijo de alcançar este objetivo que há muito idealizei. Apesar de só ter nascido nesta fase final do meu último mandato, não deixa de ser um projeto, que, seguramente, se enrai-zará nos nossos órgãos autarquicos, promovendo a cooperação institu-cional e fomentando a comunicação com a comunidade e exterior.

Por estarmos no primeiro mês do ano, aproveito a ocasião para expressar a

A Câmara Municipal, por diversas vezes e em distintos mandatos, ensaiou a edição de boletins

informativos com o objectivo de es-tabelecer um canal de comunicação direto, rigoroso e responsável com o exterior. Muito recentemente, a edi-ção da newsletter Castelo de Vide.Infor-mAção, em formato digital, foi a última experiência. Não obstante as solicita-ções de cidadãos para a sua emissão regular e a convição da urgência na sua realização, a prática evidenciou que a inexistência na estrutura muni-cipal de recursos técnicos e humanos especificamente afetos ao projeto de forma permanente inviabilizava tal desiderato.

No sentido de resolver esta lacuna e cumprir um objetivo estratégico no plano comunicacional da Instituição, e à luz da constante modernização que a Administração deve cuidar, a Câmara Municipal, em parceria com as Juntas de Freguesia do concelho, retoma a ideia da publicação de um Boletim, inspirado na referida news-letter. Desta vez com uma exigência maior, na medida em que para além da sua conceção em suporte digital faz agora a sua impressão em papel.Deseja-se que a comunicação possa ter um alcance mais universal e soli-dário com todos aqueles (ainda mui-tos!) que se sentem hoje “infoexcluí-dos” pelo facto de não terem acesso às novas tecnologias da informação.

Neste contexto, para corrigir e ultra-passar as debilidades de meios da Au-tarquia para tal fim, aprofundou-se a relação institucional com o Grupo de Amigos de Castelo de Vide, de modo a garantir com essa cooperação a continuidade e êxito do projeto.

todos os munícipes e leitores votos de um Feliz Ano de 2013.

Anunciado como mais um ano de dificuldades acrescidas face à con-juntura económica e social que tem vindo a afetar todos os portugueses e instituições, deixo uma mensagem de confiança e determinação.

O papel proativo e de dinamismo da Autarquia permitiu-nos previamente assegurar a captação de um conjunto interessante de eventos e realizações para o presente ano. Queremos acre-ditar que esse trabalho resultará num importante apoio ao nosso tecido empresarial predominante, o qual, não obstante o aumento da carga fiscal e a contração económica que o regime de austeridade impôs, tem resistido a estes tempos conturbados.

O pensamento do Executivo muni-cipal está, pois, solidário com todos os ativos residentes e toda a nossa capacidade e empenho para juntos ultrapassarmos as dificuldades do presente.

António RibeiroPresidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide

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TEMA CENTRAL por António Pita

Elegemos como tema central deste número o Festival de Mú-sica e Dança “Andanças”, por con-siderarmos que a sua realização poderá gerar amplas e diversifi-cadas dinâmicas. Com ele acredi-tamos obter positivas repercus-sões para a região, para além da óbvia requalificação do espaço da barragem de Póvoa e Meadas, a qual começa agora a ter as in-tervenções que há tanto se es-peravam. Aguarda-se, pois, com muita expetativa por este even-to, cuja continuidade entre nós dependerá em muito do afável acolhimento das nossas gentes.

O Festival “ANDANÇAS” é um grande evento de dimensão internacional. Une participantes de todas as gera-ções e estratos sociais, pessoas sem preconceitos ou tabus que, imbuí-dos de um espírito de franco conví-vio, alegria e fraternidade, partilham sete dias à volta da música e da dan-ça. Com uma intensa e variada pro-gramação ao estilo “no stop” mobiliza públicos dos quatro cantos do mun-do, com indefectíveis voluntários a reservarem presença obrigatória com muitos meses de antecedência.

Para além das atividades musicais e

da dança predominantes no alinha-mento do Festival, existem múltiplas iniciativas lúdicas, culturais, recreati-vas e desportivas, para vários gostos e resistências físicas. Os palcos, quer criativos ou naturais, contemplativos ou ativos, intimistas ou plurais, pro-porcionam ao participante momen-tos de felicidade e paz de espírito.

Depois de dezasseis edições realiza-das com sucesso crescente em São Pedro do Sul, o “ANDANÇAS” é hoje uma mega-organização da ativa As-sociação PédeXumbo que tem sede em Évora. Reconhecido como um festival singular e exemplar em vir-tude dos valores em que se alicerça, desde logo assume especial des-taque a grande consciência cívica e ecológica na relação com o local onde decorre, respeitando os valores patrimoniais que o mesmo possui. Este facto faz com que não obstante ser um evento de elevada participa-ção, superando os 20.000 participan-tes, os efeitos da “pegada humana” são praticamente inexistentes após o último dia do evento.

É precisamente este o grande virtuo-sismo do Festival! Reune milhares de pessoas unidas pela paixão das mú-sicas e danças do mundo e, simulta-neamente, não só garante a susten-tabilidade dos recursos patrimoniais como fomenta a valorização do pró-prio espaço envolvente, gerando be-

nefícios diretos e indiretos.

Por tudo isto, a Autarquia sente-se na-turalmente orgulhosa pela Barragem de Póvoa e Meadas ter sido o local escolhido pela Organização, a qual recebeu inúmeras propostas de aco-lhimento, de norte a sul do país. Mas a Câmara Municipal está igualmente ciente do enorme desafio e respon-sabilidade que assumiu, na medida em que “ANDANÇAS” poderá vir a ser o evento que na história do concelho mais público trouxe até nós.

As vantagens económicas, sociais e culturais que se antevêem com a re-alização desta iniciativa serão certa-mente múltiplas. Acreditamos que a povoação de Póvoa e Meadas poderá ser economicamente a principal ga-nhadora, na medida em que preside ao espírito da organização do festival a regra do abastecimento logístico ser na comunidade mais próxima. Mas abrir a população povoense às dinâmicas interactivas e cooperantes dos agentes envolvidos, quiçá, pode-rá ser o proveito maior.

O sucesso da iniciativa será obvia-mente determinante para que nos próximos anos este evento possa continuar entre nós. A Câmara Mu-nicipal está confiante que a tradi-cional capacidade de acolhimento do nosso povo, a resposta eficaz e competente dos nossos serviços, o empenhamento das diversas ins-tituições que vão estar envolvidas, darão total garantia para que através desse esforço coletivo o Festival “AN-DANÇAS” possa criar raízes e crescer nesse palco natural e deslumbrante

“ANDANÇAS” poderá vir a ser o evento que na história do concelho mais público algum dia trouxe até nós.

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que é a Barragem de Póvoa e Medas.

Este recurso, durante tantas décadas abandonado e moribundo, começa agora a ter uma nova oportunida-de. Explorando-se as suas potencia-lidades por forma a que possa vir a afirmar-se como território natural de excelência, poderá ter inequivo-camente um papel estruturante na qualificação e ampliação da oferta turística da região.

Assim, importa pois perceber que este projeto “ANDANÇAS” pode ser determinante para o arranque defi-nitivo desse processo, na medida em que proporciona a divulgação, valori-

zação e promoção da região em des-tinos longínquos.

Cumprida que está - com sucesso ini-maginável até há vários meses atrás! - a fase mais difícil, ou seja, trazer este evento de tão grande envergadura para a região, é agora necessário tra-balharmos por forma a agarrarmos com as duas mãos a oportunidade única de conquistarmos o futuro ide-al da Barragem de Póvoa e Meadas.

Andanças, um festival para todos!Contamos também contigo!

http://andancas.net

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SOCIEDADE

ATUALIDADES

ESPÍRITO NATALÍCIO COM MUITA JUVENTUDE

O Natal, uma das épocas tam-bém de tradição em Castelo de Vide, foi cheio de iniciativas

que deram mais luz, magia e solidarie-dade à nossa Comunidade.

Espicaçado pelas dinâmicas “manas” Esteves, um conjunto de voluntários de diferentes idades criou um Presé-pio Vivo onde os animais (também ao vivo) emprestaram o ambiente perfei-to do típico estábulo onde o Menino recebeu os Reis Magos.

Um vasto número de “meninos e me-ninas Natal” cantaram ao “Salvador”

canções de espírito natalício para de-leite da muita assistência que ocorreu ao local.

Também o Fim-de-Ano trouxe pri-meiramente a Castelo de Vide e, pos-teriormente, a Póvoa e Meadas o Coro da Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Rodão, numa iniciativa esti-mulada pela povoense Graça Rabaça, líder do grupo. O 1.º andar do Museu de Póvoa e Meadas encheu-se para ouvir um excelente reportório de mú-sicas tradicionais portuguesas.

Num momento em que as dificul-

dades grassam na sociedade portu-guesa sobressai o exemplo da união das coletividades castelo-videnses. A Banda União Artística e o Rancho Fol-clórico N.ª Sr.ª da Alegria, reforçando o espírito cooperativo e solidário, e dando um sinal importante de coe-são social, num só grupo, saíram à rua para cantar as “Janeiras” num ato sem precedentes.

Depois de expressos os votos de Bom Ano Novo entregues à Câmara Muni-cipal e Juntas de Freguesia, o grupo lá foi aquecendo a noite fria seguindo o roteiro habitual das IPSS.

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PÓVOA E MEADAS MODERNIZA-SE, WIRELESS JÁ ESTÁ DISPONÍVEL

Desde o início de Dezembro último que os habitantes e forasteiros que passam por Póvoa e Meadas têm à disposição uma rede Wireless que faculta Internet gratuitamente na zona do Largo do Rossio, num projeto desenvolvido pela Câmara Municipal de Castelo de Vide.

A antena está atualmente instala-da no interior do Museu de Póvoa e Meadas, mas futuramente será colocada no exterior de modo a que o raio de ação possa vir a ser maior.

Este equipamento permite a quem esteja no espaço público do cen-tro da povoação ligar-se ao mundo da informação sem fios, através de um computador portátil ou de um simples telemóvel.

Para os interessados, fica a infor-mação que o acesso à rede é: Po-voae Meadas_Digital.

CÂMARA GANHA “PRENDA” DE ARTESÃO

António de Alegria Matela, nascido em 1947, há vários anos que se dedica ao artesanato.

O castelo-vidense, que divide a mora-da entre Castelo de Vide e São João da Talha, ofereceu recentemente à Câma-ra Municipal uma carruagem puxada pelo respetivo cavalo, peça feita total-mente à mão com madeira e cortiça.

António Matela, presença habitual nas nossas feiras de verão, demonstra um talento natural para executar os seus trabalhos com um rigor e uma minú-cia invejáveis. Apesar de já possuir um acervo notável de peças, promete que ainda tem na sua mente vários mode-los para reproduzir.

Este trabalho encontra-se no Posto de Turismo, onde pode ser apreciado.

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CULTURA

No ano em que se celebram os 450 anos da publicação do livro “Colóquios dos Simples”

(10 de Abril de 1563), de Garcia de Orta, a Imprensa Nacional–Casa da Moeda decidiu assinalar a data acei-tando a proposta que oportunamen-te a Autarquia formulou de estabele-cer uma parceria para a conceção de uma agenda institucional dedicada ao médico castelo-vidense.

Uma agenda que faz história no pano-rama bibliográfico do concelho, visto tratar-se de uma publicação especial, de uma beleza ímpar, que represen-ta para o Município um claro orgu-lho. Nas palavras de António Ribeiro, presidente da Autarquia, esta edição “constitui um reforço de Identidade da cultura castelo-vidense”, pode ler-se no texto introdutório da agenda.

A seleção de textos literários e intro-dução ficou a cargo de Susana Bicho / N Planos e a ilustração foi da res-ponsabilidade de Ana Boavida / FBA. Um projeto que contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide que foi apadrinhado desde a primeira hora pelo anterior presiden-te do Conselho de Administração do

INCM, dr. Estevão de Moura.

Com uma tiragem de 2000 exempla-res, a agenda está à venda em vários pontos do país pelo valor de 17 euros, sendo que em Castelo de Vide pode ser adquirida no Posto de Turismo.

Considerando a importância do tema, o InformAção dará o devido destaque a este assunto em próxi-mas edições.

MUSEU DE PÓVOA E MEADAS ABERTO AO PÚBICO

O Museu de Póvoa e Meadas, apre-sentado ao público em agosto de 2012, está desde o início de janeiro parcialmente aberto. Apesar de o primeiro andar do edifício estar ain-da em preparação, no rés-do-chão é possível aos visitantes apreciar inú-meras peças de arqueologia, objetos e fotografias referentes às remotas origens de Póvoa e Meadas, que atestam a presença humana desde os tempos do paleolítico.

O espaço presta homenagem a José Pedro Martins Barata - dando-lhe o seu nome -, povoense que ao longo

da vida reuniu apontamentos e ob-jetos da história do seu povo, e cuja família entregou o seu espólio para usufruto do museu.

Não será demais lembrar que o pro-jeto deste espaço surge no âmbito do programa de musealização que a Câmara Municipal de Castelo de Vide vem desenvolvendo desde há uma década, e que conta já com o Centro de Interpretação do Megali-tismo (Castelo), o Núcleo de História e Arquitetura Militares (Castelo), a Si-nagoga Medieval, o Museu de Arte Sacra (Igreja de Santa Maria) e ainda a Oficina/Museu Mestre Carolino.

O Museu de Póvoa e Meadas pode ser visitado de quarta a sábado das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00. Nos domingos apenas du-rante o período da manhã (10h00 às 13h00) e nas terças somente durante a tarde (15h00 às 18h00). Às segun-das o espaço está encerrado.

Agenda-se para breve a abertura in-tegral do Museu, respetivamente o acervo dos objetos etnográficos e da história mais recente da Freguesia.

IMPRENSA NACIONAL E AUTARQUIA COMEMORAM A HISTÓRIA FAZENDO HISTÓRIA

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EXPOSIÇÃO NA SINAGOGA RELEMBRA O TERROR DO HOLOCAUSTO

Está patente e aberta ao público na sala polivalente do Museu da Si-nagoga, desde 27 de Janeiro, uma exposição referente ao Holocausto. Uma exemplar iniciativa das funcio-nárias afetas àquele espaço, Ana Bela Santos e Emília Dias, para assinalar o Dia do Holocausto.

Testemunhos reais de sobreviven-tes do Holocausto, referências ci-nematográficas e literárias relacio-nadas com o tema e fotografias, muitas e impressionantes, que con-tam a horrenda história.

27 de Janeiro foi a data instituída, em 2005, pela Organização das Na-ções Unidas (ONU) para manter viva a memória do enorme massacre do

regime nazi que, entre 1939 e 1945 exterminou milhões de pessoas, entre as quais 6 milhões de judeus. A data escolhida assinala o dia em que as tropas soviéticas, em 1945, libertaram os prisioneiros do campo de concentração e de extermínio de Auschwitz, na Polónia, então ocupa-da por tropas nazis.

Em Portugal, a data foi aprovada pela Assembleia da República em 2010, designando-se este dia como o Dia de Memória do Holocausto.

A exposição pode ser visitada até março, durante o horário de funcio-namento do Museu da Sinagoga, das 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. IMPERDÍVEL!A palavra Holocausto tem origem

No grego antigo e, traduzido à letra, significava “Sacrifício pelo Fogo”. A partir do século XIX, passou a desig-nar grandes catástrofes e massacres, sendo que após a Segunda Guerra Mundial, o termo foi utilizado espe-cificamente para fazer referência ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politi-camente indesejados pelo então re-gime nazi, fundado por Adolf Hitler. Atualmente, e cada vez mais, a pa-lavra Holocausto tem sido adotada somente para se referir ao massacre dos judeus pelas mãos do regime nazi, apesar de terem sido mortas tantas outras pessoas, não judias.

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CASTELO DE VIDE EM DESTAQUE NUM CANTO DO MUNDO

A revista Neozelandesa Life and Leisu-re publicou recentemente um artigo dedicado a Portugal. Na edição de ja-neiro/fevereiro da referida publicação, Castelo de Vide aparece como um destino imperdível no nosso país, ao lado de Lisboa, Évora e Marvão.

Entre o castelo de S. Jorge, os pastéis de Belém ou a Catedral de Évora, a re-vista deu ênfase à herança judaica em Castelo de Vide, às ruas da Judiaria, bem como à afamada Fonte da Vila.

Os interessados podem fazer o do-wnload da revista e ler o artigo dedi-cado a Portugal, através do endereço http://magazinesdownload.com/category/NZ-Life-Leisure.aspx

TURISMO

recuperar as memórias do patrimó-nio, das ruas, da vivência, memórias sociais e religiosas desta componente da história portuguesa”.

O projeto que envolveu filmagens em Castelo de Vide “vai conduzir a um banco de dados nacional, uma organi-zação de produto cultural que se trans-formará também em produto turístico e que vai ajudar a credibilizar Portugal”, como explicou Jorge Patrão.

No entanto, será um trabalho moroso e do qual grande parte ainda está por fazer. O Secretário da Rede lembrou que “o Estado não tem nenhuma or-ganização em base de dados do que

é património português. As memó-rias não são apenas as pedras em si, é também a memória das pessoas”. E é precisamente aí que entra a impor-tância deste projeto que, com entre-vistas iniciais em Vila Nova de Paiva, Castelo de Vide e Trancoso, começa “a gravar memórias das pessoas, dos habitantes, dos autarcas, do trabalho e daquilo que é a imagem desta te-mática de forma a que a mesma não se perca”, adiantou Jorge Patrão.

Um trabalho vastíssimo por todo o país que permitirá, nos próximos seis ou oito anos, “ter um Portugal diferen-te nesta componente judaica da his-tória portuguesa”, terminou.

No dia 12 de janeiro, o Museu da Sinagoga foi o cenário para algumas entrevistas, no âmbi-

to de um projeto da Rede de Judiarias de Portugal que pretende reunir o maior espólio possível, a nível nacio-nal, no que diz respeito à herança ju-daica nacional.Na ocasião, foram entrevistados Antó-nio Pita, Vice-Presidente da autarquia, e Ana Bela Santos, autora do livro Fala Yael, Castelo de Vide – Os Judeus e a In-quisição.

Jorge Patrão, secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal, acompa-nhou as filmagens e, quando questio-nado, adiantou que “quando vemos casos como o de Castelo de Vide, per-cebemos que Portugal tem despre-zado ao longo dos séculos muito da História de Portugal no que diz respei-to a esta vertente. E esta vertente não é falar dos outros, é falar de nós pró-prios porque esta é a nossa história.” Referindo-se à Rede, o responsável frisou que “aquilo que nós fizemos foi criar uma associação cujo objetivo é

REDE DE JUDIARIAS DE PORTUGAL FILMA EM CASTELO DE VIDE PARA FUTURO ESPÓLIO NACIONAL DA HERANÇA JUDAICA

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O Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Ribei-ro, irá visitar a Feira de Turismo (In-ternational Mediterranean Tourism Market) de Telavive, em Israel, de 3 a 8 de Fevereiro. O autarca foi convida-do a integrar a delegação da Rede de Judiarias de Portugal, numa viagem que pretende promover a identida-de judaica sefardita portuguesa e o Plano de Ação da Rede de Judiarias.

Importa recordar que a Rede de Ju-diarias, fundada em Março de 2011, surgiu com o intuito de defender o património urbanístico, arquitetó-nico, ambiental, histórico e cultural, relacionado com a herança judaica em Portugal. Castelo de Vide, que tem uma importante e inegável his-tória ligada ao judaismo, é um dos

PRESIDENTE DA AUTARQUIA INTEGRA DELEGAÇÃO DA REDE DE JUDIARIAS EM VISITA A ISRAEL

municípios integrantes da Rede, jun-tamente com Alenquer, Belmonte, Castelo Branco, Évora, Freixo de Es-pada à Cinta, Guarda, Lamego, Pena-macor, Sabugal, Tomar, Torres Vedras e Trancoso.

À margem da Feira de Turismo, a de-legação – constituída por cerca de 15 membros - fará ainda algumas visitas a personalidades israelitas relacionadas com a história sefardi-ta. Nessas visitas está programada a entrega do livro “Dom Isaac Abrava-nel, Estadista e Filósofo”, da autoria de Benzion Netanyahu (pai do atual Primeiro Ministro israelita), obra que está pela primeira vez na história a ser editada em português, preci-samente pela Rede de Judiarias de Portugal.

No dia 6 de Janeiro, um grupo de alunos da Escola Superior de Ho-telaria e Turismo do Estoril visitou Castelo de Vide, numa iniciativa promovida pela Turismo do Alen-tejo – ERT.

Ao final da manhã, os 16 mestran-dos de Gestão Estratégica de Des-tinos Turísticos foram recebidos pelo vice-presidente da Câmara, António Pita, que abriu as portas do Salão Nobre dos Paços do Con-celho para uma breve introdução à história castelo-vidense, bem como às principais características do concelho enquanto destino tu-rístico.

O grupo seguiu depois até ao Mu-seu da Sinagoga, numa visita guia-da. Entre histórias, curiosidades e tradições, o grupo desceu então até à Fonte da Vila e terminou o circuito na Oficina-Museu do Mes-tre ferreiro Carolino Tapadejo.

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL VISITOU CASTELO DE VIDE

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SOLIDARIEDADE

A tradição em Castelo de Vide voltará a cumprir-se e, nas duas quintas-feiras que ante-

cedem o Carnaval, a Câmara Munici-pal irá promover os Bailes das Coma-dres e dos Compadres, iniciativas que contam com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide, do Lar N.ª Sr.ª da Graça e Socie-dade Recreativa e Musical de Póvoa e Meadas.

Assim, no próximo dia 31 de janeiro tem lugar o Baile dos Compadres na Casa do Povo de Póvoa e Meadas, pelas 15h30. Na semana seguinte, a 7 de fevereiro, o Baile das Comadres, desta feita no Centro Municipal de Cultura, também pelas 15h30, junta-rá de novo os nossos idosos foliões.

O objetivo desta iniciativa é de man-ter uma tradição enraizada na comu-nidade castelo-vidense, a qual vive com particular espírito carnavalesco esta festividade, para além de conso-lidar as relações de afeto e de interati-vidade junto dos grupos mais idosos.

As inscrições podem ser efetuadas no Gabinete de Ação Social, em Cas-telo de Vide ou no Museu de Póvoa e Meadas.

ESPETÁCULO PARA AJUDAR OS BOMBEIROS

A Associação Comercial e Empresarial do Nordeste Alentejano (ACENA) irá promover um espetáculo de fado e dança a 15 de Fevereiro, pelas 21h00, no Salão dos Bombeiros. “Silêncio que se vai dançar o fado” será uma simbio-se única entre o fado e a dança, num gesto solidário para com os Bombeiros de Castelo de Vide, uma vez que a ação

será em benefício dos mesmos. O espectáculo contará também com o apoio e colaboração da Escola Sil-vina Candeias, de Portalegre, e ainda com a contribuição de João Durão, Débora Fernandes, Carla Traguil e Só-nia Chó, cozinheiros convidados que irão confecionar o jantar com sabores característicos da região.

DAR SANGUE É DAR VIDA COLABORE!

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre vai promo-ver no dia 2 de Fevereiro uma ação de colheita de sangue, no Centro de Saúde de Castelo de Vide, das 09h00 às 13h00.

A Associação há vários anos que de-senvolve colheitas de sangue por todo o distrito, sendo Castelo de Vide um dos concelhos abrangidos com duas colheitas por ano.

Recorde-se que qualquer pessoa pode ser dadora, ajudando a salvar vidas, desde que seja saudável, tenha entre 18 e 65 anos e pese pelo menos 50 kg.

BAILES TRADICIONAIS DAS COMADRES E COMPADRES ANIMAM A 3ª IDADE

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AMBIENTE

No dia 13 de Janeiro, cerca de sessenta voluntários partici-param em mais uma ação de

reflorestação na Serra de S. Paulo. A autarquia promoveu a iniciativa que permitiu plantar mil novas árvores, en-tre carvalho português, carvalho ame-ricano, sobreiro e azinheira.

A ação teve início pouco depois das 10h30 e, em praticamente uma hora, os voluntários e a equipa de sapado-res municipais deram por concluído o trabalho. Em forma de agradeci-mento, e à semelhança do que tem

vindo a acontecer anualmente nes-tas ações, a autarquia ofereceu de-pois uma refeição informal a todos quantos participaram na iniciativa.

Com esta última campanha de re-florestação, contam-se já mais de 15 mil árvores plantadas em cerca de 20 hectares da Serra de S. Paulo. Este projeto, iniciado em 2006, mantém--se com o objetivo de recuperar zo-nas afetadas pelos incêndios ocorri-dos em 2003.

De salientar ainda que as plantas uti-

lizadas nesta última campanha foram na sua totalidade disponibilizadas no âmbito de uma candidatura ao pro-jeto “Floresta Comum” desenvolvi-do pelo Ministério da Agricultura, Ambiente e Ordenamento do Terri-tório, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Quercus e a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

CÂMARA MUNICIPAL APOSTA NA LIMPEZA URBANA COM NOVA ASPIRADORA

A Câmara Municipal de Castelo de Vide adquiriu, no início de janeiro, uma nova viatura de limpeza, nomeada-mente uma varredoura / aspiradora urbana. Na base desta compra está o objetivo de uma melhor e mais eficaz limpeza das ruas da vila.

A máquina, que teve um custo de 74 mil euros (valor sem IVA), apresenta uma potência de 58kw, contém um contentor com capacidade volumétri-ca de 2 m3 e tem uma capacidade de aspiração de 36.800 m2/hora, sendo que a cabine tem lotação para o ope-rador e um acompanhante.

PLANTAR HOJE A FLORESTA DO FUTURO

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- Como nasceu esta barbearia?- Eu tinha 23 anos naquela altura e estava a trabalhar em Tomar, mas tinha cá a namorada… E já se sabe como é aquela coisa dos namoros… Resolvi vir para Castelo de Vide e montei aqui a barbearia. E pronto, já vai fazer sessenta anos.

- Mas é natural de Castelo de Vide. Estava em Tomar…- Estava a trabalhar, já. Eu assim que acabei a quarta classe fui logo apren-der a barbeiro. O meu pai era mestre sapateiro numa sapataria e eu fui lá para uma barbearia que era do mes-mo dono. E passados uns anos fui ali para uma barbearia onde hoje é a Noz (café), o patrão era cabeleireiro, homem também, que naquela altura não havia mulheres cabeleireiras em Castelo de Vide.

- Alguma vez se imaginou a fazer outra coisa?- Não! Tratei de funerais, fui agente funerário, porque quando morria alguém da família dos clientes, nós – barbeiros – é que tratávamos do funeral. Ainda fiz isso muitos anos, tratei de mais de quinhentos funerais!

- Então e o “chinês”? Como é que surgiu essa alcunha que lhe ficou para a vida?

- Foi no Carnaval. Vestia-me de chinês, de palhaço, deitava lume pela boca… (risos) Gostava muito de me vestir no Carnaval e assim ficou… “Olha, lá vai o chinês!” Acharam graça e pronto, ficou.

- Um sítio particularmente especial aqui em Castelo de Vide…?- É aqui a minha barbearia, não tenha

dúvidas. Muitas vezes não tenho nada que fazer e venho para aqui, mesmo quando a barbearia está fechada. Sinto-me aqui bem, sabe? Sento-me aqui, ou vou ali para o escritório fa-zer umas contas ou ler umas coisas. Agora já não tenho paciência para ler tanto mas dantes lia muito.

- E uma história que recorde espe-cialmente aqui da barbearia?- Olhe, tenho uma ou outra dos tem-pos do Salazar que nunca mais es-queci… Mas vou-lhe contar uma ale-gre. Eu estava aqui a cortar o cabelo a um freguês engenheiro que veio montar ali o campo de ténis, tinha vindo do Porto. E, antes de o atender, ele disse-me: «eh pá, você trabalha aí com uma rapidez! Nunca cortou ninguém?» E eu disse-lhe: «não, nun-ca cortei ninguém, nunca tal coisa aconteceu.» E não é que depois o ho-mem senta-se aqui, eu comecei-lhe a cortar o cabelo e cortei-lhe a orelha? Ele até devia pensar que eu tinha feito de propósito, mas não, foi mesmo sem querer! Mas pronto, não foi grave, que ele não foi para o hospital! (risos)

- E os seus clientes, como os define?- É tudo boa gente!

- Uma vida inteira nesta casa. Pensa fechar a porta?- Não, nem pensar! Enquanto eu tiver saúde não fecho! Isto é uma relíquia… Todos os dias aqui vêm pessoas tirar retratos, conversar co-migo… Todos os dias! Eu daqui a bocado posso não ter aqui ninguém (clientes) mas essas cadeiras estão cheias de malta a conversar comigo. Nunca estou sozinho, aqui.

João da Conceição Nascimento Chaves nasceu em Castelo de Vide a 4 de Agosto de 1930. Com 82 anos de idade, e a emblemática barbearia na ‘Carreira de Cima’ há quase sessenta, o ‘Chinês’, como é chamado na vila, não pensa fechar a porta. Até porque, como o próprio afirma, a bar-bearia “é uma relíquia”.

Valores da nossa terra

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Valores da nossa terra

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Paulo Morais, castelo-vidense e fun-cionário do Município de Castelo de Vide participou nos passados dias 12 e 13 de janeiro na “Pinguins”, a maior concentração motociclista de inverno, em Valladolid, Espanha.

O castelo-vidense percorreu cerca de 1.000 km aos comandos de uma moto citadina – decisão de última hora, como aliás se pode ler na re-portagem do Moto Jornal.

CASTELO-VIDENSE PAULO MORAIS “UM PINGUIM EM DESTAQUE NA MOTO JORNAL”

No dia 2 de Fevereiro vai realizar-se um Torneio de Ténis de Mesa no pa-vilhão municipal, pelas 14h30, numa organização conjunta da Câmara Mu-nicipal e da Casa do Povo de Castelo de Vide. As inscrições podem ser efe-

PAVILHÃO MUNICIPAL RECEBE TORNEIO DE TÉNIS DE MESA A 2 DE FEVEREIRO

CASTELO DE VIDE DÁ NOVA PARTIDA À VOLTA AO ALENTEJO

A 31ª Volta ao Alentejo vai arran-car de Castelo de Vide, a 20 de Março, sendo que as equipas

chegarão na véspera.

A edição deste ano da ‘Alentejana’ vai decorrer de 20 a 25 de Março e, à semelhança de anos anteriores, terá como principais patrocinadores o Crédito Agrícola e as autarquias alen-tejanas envolvidas.

Recorde-se que em 2012 a vitória pertenceu a Alexey Kunshin (Lokos-phinx). O russo acabou por bater o português Filipe Cardoso (Efapel/Glassdrive) através do desempate por pontos, já que os dois atletas iguala-ram o tempo na classificação geral.

tuadas até 30 de janeiro no pavilhão e, para qualquer dúvida ou informação adicional, os interessados devem con-tatar o Gabinete de Desporto através do email [email protected] ou do telefone 245908220.

DESPORTO

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A D. Inês Cerejo há cerca de uma década que se dedica à gastronomia típica de Castelo

de Vide. São-lhe conhecidas as quei-jadas, as boleimas, as empadas ou, na época natalícia, as azevias e as filhós. Desafiámo-la a partilhar connosco a receita da sua boleima de maçã, que aqui reproduzimos.

Inês Cerejo há 10 anos atrás iniciou a sua atividade na doçaria e é hoje uma pequena empresária de sucesso. Com ela falámos de um dos produtos mais prestigiados de Castelo de Vide.

VIDAS ATIVAS

CHEIROS, SABORES E EXPERIÊNCIAS DA NOSSA TERRA

RECEITAIngredientes:650 gr de farinha175 gr de banha0,65 dl de óleo4 colheres de fermento em pó2,5 dl de leite 4 maçãs fatiadas

Modo de preparação:Aqueça a banha com o óleo, junte a farinha e o fermento, em seguida adicione o leite e amasse tudo muito bem. Divida a massa em duas porções iguais. Forre um tabuleiro com uma porção da massa, espalhe as maçãs fatiadas por cima dessa massa esten-dida e polvilhe com açúcar amarelo e canela. Sobreponha a segunda parte da massa e polvilhe novamente com açúcar amarelo e canela. Vai ao forno à temperatura de 260º. Bom apetite.

“PENINSULAR” UM CAFÉ QUE MARCOU GERAÇÕES

O Café Peninsular é uma das casas que fazem parte da história recente de Castelo de Vide. Situado na “Car-reira de Cima”, há trinta anos que a cara deste café é o Sr. Daniel, que não hesita quando lhe perguntamos qual é o melhor produto da casa: -“Este sítio sempre foi conhecido pela bica, as pessoas vinham aqui principalmente por causa do café. Mas isso notava-se mais há uns anos, claro, agora há muitas casas aqui com boas marcas de café.”

Sportinguista ferranho, o amigo Da-

niel consegue manter a boa disposi-ção que o caracteriza mesmo com os atuais maus resultados do seu clube.Ambiciona fazer obras na casa e mo-dernizar o espaço mas de momento “não há dinheiro para isso...”. Frequen-

tado pela população mais idosa, no inverno é a casa que oferece o am-biente aconselhável para ver uma boa partida de futebol, enquanto que no verão a esplanada do fim de tarde é uma experiência sedutora.

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CUIDAR DOS PORMENORES PARA FAZER A DIFERENÇA!

Durante o mês de janeiro a Junta levou a cabo uma série de pequenos trabalhos de

manutenção e recuperação de espa-ços e equipamentos da sua área de jurisdição. Para o resto do ano estão previstas várias ações das quais Jo-aquim Custódio nos dá conta nesta breve entrevista.

Que projetos a Junta de Freguesia tem em mente para 2013?

J. C.: A Junta tem definido como prio-ridade a construção de um telheiro ao lado do grelhador público no Parque Malato Beliz. Os vários eventos que nele ocorrem justificam uma maior atenção neste tipo de estruturas que possam substituir os tradicionais stan-ds. Assim, a Junta optará por fazer um telheiro em madeira, no mesmo estilo do grelhador e que dê para abrigar o

funcionamento de bar ou cozinha.

Em matéria ambiental, iremos substi-tuir e plantar árvores em vários locais da freguesia, como no Miradouro da Penha, no Parque Malato Beliz, no Bair-ro de Santo António e na rua dos Bom-beiros Voluntários de Castelo de Vide. Mas, naturalmente, que assumirá par-ticular destaque o apoio às interven-ções que têm vindo a desenrolar-se na Barragem de Póvoa e Meadas com vista à requalificação e preparação do espaço para o Festival Andanças.

Num ano de dificuldades para todos estaremos também sensíveis à ne-cessidade de auxiliar as Associações, nomeadamente aquelas que têm um papel social mais importante.

Que tipo de atividades a equipa de trabalhadores tem realizado?

J.C.: Este ano os trabalhadores da Junta de Freguesia começaram por arranjar calçadas e substituiram vá-rios espelhos, que infelizmente têm sido vandalizados. A equipa também colocou resguardos nos contento-

FREGUESIA EM DESTAQUE - SÃO JOÃO BATISTA

As Grandes Opções do Plano das freguesias do concelho já foram aprovadas para o ano em curso. Apesar das limitações financeiras os projetos são vários e as ideias ambiciosas. O InformAção irá acompanhar alternadamente o dinamismo e as ações levadas a cabo pelas quatro Juntas do concelho. Começamos por S. João Batista, cujo popular presidente Joaquim Custódio nos fala das iniciativas que arrancam neste início de ano.

res do lixo situados na Senhora da Penha, para que não caiam com o vento, e uma proteção no parque de estacionamento junto do Centro de Saúde. Além disso, já começaram a aplicar herbicida em vários pontos da freguesia para controlo das ervas infestantes e brevemente farão a lim-peza em zonas da prática de pesca desportiva na Barragem da Póvoa.

A equipa é reforçada por elemen-tos das outras Juntas?

J. C.: Em serviços maiores sim, quan-do se justifica, juntam-se em grupo os elementos das Juntas. Isso acon-tece em projetos comuns como foi o caso do recente Encontro da Liga dos Combatentes.

Sobre a grande obra que irá breve-mente iniciar na área da sua Jun-ta refere: “Esta intervenção é uma mais-valia para Castelo de Vide”, afir-ma Joaquim Custódio, já que poderá “embelezar aquela entrada” e permi-tir “maior segurança para as muitas pessoas que se deslocam a pé no troço Martinho-São José”.

I

JUNTAS DE FREGUESIA

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TROÇO MARTINHO - S. JOSÉ JÁ TEM ANTEPROJETO

A Câmara Municipal de Castelo pre-tende, durante este ano, levar a cabo um projeto de valorização da entrada da vila, desde a zona do Martinho a S. José, na freguesia de S. João Batista.

Depois da requalificação da entrada oposta (S. Vicente-Avenida da Euro-pa), chega agora a vez deste ponto sensível ser intervencionado. O pro-jeto base já pode ser consultado no

site da Autarquia ou na sede da Junta. A intervenção irá proporcionar uma entrada na vila com uma imagem mais moderna e valorizada, ao mes-mo tempo que determina percursos para peões e viaturas de forma segura e disciplinada.

Para o efeito, além de serem criadas infraestruturas contínuas nas mar-gens da estrada para circulação pe-donal, onde a plataforma suspensa no pontão da Baía é elemento de referência, também a construção da rotunda de S. José irá promover maior segurança do acesso rodoviário ao Bairro de Santo António.

Simulação da rotunda no sítio do Martinho

Plataforma em suspensão ao longo do Pontão da Baía

Simulação da rotunda de São José

CASTELO DE VIDE VAI TER ENTRADA PRINCIPAL MAIS MODERNA E SEGURA

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Nome: Fernanda da Conceição Roxo Curvelo Carapeto

Função na CMCV: Telefonista

Ao serviço desde: 1980

Clube: Sporting Clube de Portugal

Hobbies: Ver televisão, navegar na Internet

Defeito: Timidez

Qualidade: Humildade

Prato: Bacalhau com Natas

Bebida: Um bom vinho tinto

Música: REM, Paulo Gonzo, José Cid

Viagem adiada: Açores

Maior aventura: O nascimento da minha filha

Férias: Algarve (Armação de Pêra)

Amiga de adolescência: Elisa Chaves

Rua do Mercado: Lembra-me a minha infância,

foi lá que fui criada.

O melhor de Castelo de Vide: A sr.ª da Penha

Entrevista flash

Rostos do serviço públicoConhecida por “Fernandinha”, diminutivo que faz jus à sua simpatia, é uma das funcionárias administrativas mais anti-gas da Instituição. Com cerca de 33 anos de função pública, trabalhou em vários Executivos como telefonista e de 2001 a 2005 como secretária do Vice-presidente António Pita, tendo--lhe sido sempre reconhecida a sua competência e discrição.Foi com o seu sorriso característico e o habitual espírito afá-vel que nos confessou alguns segredos:

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OPINIÃO TÉCNICA

No caso de estruturas que não foram executadas para ter os seus componentes expostos

(pedra ou tijolo maciço) é desacon-selhável a remoção de rebocos. Esta situação está vulgarizada pelo país e resulta em paredes “descarnadas” e em abóbadas picadas que perde-ram a sua proteção ficando à mercê da degradação. No caso do tijolo, isto origina decaimento acentuado. A utilização de vernizes também não

é recomendável pelo carácter de ir-reversibilidade que altera o compor-tamento dos materiais, impedindo a sua respiração;

As cantarias de granito não devem ser picadas ou lavadas com deca-pantes ou outros químicos corrosi-vos ou de base ácida porque perdem a película de proteção conseguida ao longo do tempo, designada por pátina. A remoção da cal ou a limpe-

za da pedra deve ser efetuada por la-vagem com água e sabão e escovas de cerdas moles, nomeadamente plásticas. A utilização de escovas de arame deixa limalhas de ferro na pe-dra que criam pontos de ferrugem e aceleram a sua degradação;

Os rebocos interiores e exteriores em paredes antigas devem ser exclusiva-mente de cal e areia ao traço 1:3 ou 1:4 conforme as situações. O acaba-

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mento deverá ser feito por caiação. O desempeno das paredes é desacon-selhável. Os rebocos devem respeitar a geometria original dos paramen-tos por muito tortuosos que sejam. Embora não defendamos o recurso a argamassas bastardas (cal, areia e cimento), elas poderão ser utilizadas se a percentagem de cimento for bastante reduzida. A substituição de rebocos pode ser feita com argamas-sas bastardas com uma percentagem reduzida de cimento (traço 1:2:9 com acabamento estanhado). As arga-massas de cal hidráulica induzem o mesmo tipo de problemas atribuído às argamassas de cimento, essencial-mente devido à sua extrema dureza e pouca plasticidade, e à presença de sais. Entende-se que deve ser utiliza-da nas argamassas, preferencialmen-te, a cal aérea (cal parda). Devendo a cal hidráulica surgir apenas muito pontualmente e sempre em asso-ciação com a cal aérea. Como sabe-mos o endurecimento de argamas-sas, que utilizam a cal aérea como ligante, é feito à custa da absorção do dióxido de carbono existente no ar, no entanto, se imaginarmos uma obra feita numa alvenaria interior, no Inverno, com humidade relativa elevada e deficiente circulação de ar, apercebemo-nos que estamos confrontados com um ambiente ad-verso à continuação dos trabalhos. Para minimizar esta contrariedade já existem empresas de materiais de construção vocacionadas para a reabilitação que comercializam pro-dutos adequados, devidamente tes-tados pela experiência adquirida ao longo do tempo resultante da sua aplicação em várias obras. Meramen-te a título de exemplo, poder-se-á re-ferir o caso do Secante Pozolânico D. Fradique associado à cal aérea, pro-duzida pela mesma empresa que, de acordo com a informação recolhida, se traduz na ausência de fissuração no reboco e num elevado grau de impermeabilidade do revestimento à água no estado líquido e que, além de permitir uma elevada respirabili-dade dos revestimentos, resolve esta situação, isto é, os eventuais encas-

ques pontuais vão ganhar consistên-cia adequada ao prosseguimento do trabalho. Por outro lado para resolver problemas correntes como:

• Assegurar o cumprimento dos tra-ços e quantidade de água das amas-saduras;

• Impor a forma adequada de efetuar a mistura dos vários componentes (a introdução da água na betoneira, ainda com esta parada, será sempre precedida da mistura de cal aérea hi-drófuga e das areias);

• A dificuldade de manter tapada a betoneira enquanto decorre a pri-meira operação;

• A dificuldade de encontrar em mui-tos locais do país as areias próprias ao fabrico das argamassas;

• A necessidade das argamassas de cal aérea serem feitas exclusivamen-te com areias lavadas, porque este ligante, contrariamente ao cimen-to assegura a plasticidade requeri-da das argamassas sem o recurso à “goma” nas areias;

• A falta de qualificação dos execu-tantes para efetuar os acabamentos requeridos para os rebocos;

• A dificuldade de criação e manuten-ção de espaços necessários ao arma-zenamento das areias no estaleiro.

A mesma empresa criou a Argamas-sa Ecológica D. Fradique constituída por cal aérea hidrófuga e areias se-lecionadas, misturadas em fábrica e com um traço adequado à granulo-metria da areia. Contêm um teor de humidade que lhe permite minimi-zar a produção de pó em obra. É co-mercializada em sacos de cerca de 5 e 20 Kg, e passado cerca de 60 minu-tos, já se evaporou a quantidade de água de amassadura o que permite uma maior compactação do revesti-mento e a quebra da primeira pelícu-la de carbonato de cálcio entretanto formada, facilitando assim a entrada de CO2 para o interior.

Quando, em presença de água, se

adicionam pozolanas às argamas-sas de cal aérea, estas adquirem um comportamento muito diferenciado do simples endurecimento por car-bonatação. Na verdade formam-se silicatos de cálcio e aluminosilicatos de cálcio o que permite que a arga-massa faça presa debaixo de água e o endurecimento seja maior e in-dependente da distância ao ar, isto é, a camada endurece por igual ao longo da espessura do revestimento que a contém. As pozolanas são as-sim particularmente indicadas para a realização de injeções em suportes que apresentam fendilhações ou se encontram desagregados, mesmo naqueles que por conterem arga-massas de cal aérea conduziriam a descolagens se fossem utilizados cimentos nas injeções. Igualmente o assentamento de alvenarias e en-xilharias se pode processar com este tipo de argamassas. Doutra forma, seria necessário um período tempo-ral bastante dilatado para o CO2 che-gar ao ponto médio duma alvenaria de 0,60 m de largura e carbonatar a argamassa feita exclusivamente de cal aérea e areia.

As pozolanas são igualmente indica-das para adição em pequenas quan-tidades às argamassas de cal aérea, conferindo-lhes maior dureza inicial e maior aderência a suportes de base argilosa. Têm óptimas aderências aos mais variados suportes mecânicos, do adobe à taipa.*(1)

*(1) De acordo com o IPPAR (DRE), em re-lação às argamassas que são referidas para diversos fins, embora concorde com a ge-neralidade, considera incorreta a menção de marcas comerciais. Ainda relativamen-te às argamassas, pensa-se ser importante chamar a atenção para a necessidade de se manterem todas as que se encontra-rem funcionais, sendo sempre preferível executar remendos, com material compa-tível, eventualmente homogeneizado com barramento geral, no caso dos rebocos, do que a remoção completa. Dever-se-á, tam-bém aqui, seguir o princípio da intervenção mínima, para além do da compatibilidade.

A abertura de vãos deve ser feita com reforços com perfis metálicos (um de cada lado do vão), devidamente tra-

opin

ião

técn

ica

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tados por causa do contacto com a cal da parede.

Para o reforço de cunhais ou fendas profundas recorre-se à injeção de ar-gamassas não retrácteis.

O acrescento em altura das pare-des tradicionais, se não for feito nos próprios materiais que constituem a parede, deverá ser feito com tijolo maciço travado que é um elemento resistente que funciona pelo peso próprio tal como os materiais que compõem uma alvenaria tradicional e portanto assume as suas caracterís-ticas aderindo à alvenaria o que lhe garante a sua coesão estrutural e físi-ca. O mesmo não acontece com um lintel em betão que tem um peso significativo e cria uma superfície desligada no contacto com a alvena-ria original. O recurso ao tijolo furado é uma hipótese mas aconselha-se o preenchimento do interior do tijolo com cimento para aumentar a sua resistência. *(2)

*(2) Segundo o IPPAR (DRE), a utilização de tijolo furado, cheio com cimento “Portland”, considera-se condenável, por ser uma so-lução que não respeita o princípio da com-patibilidade, especialmente na vertente química, com introdução de sais na estru-tura. Julgam ainda ser de apontar aqui, que nas paredes de taipa, os acrescentos e os remendos poderão ser feitos recorrendo a elementos de adobe, eventualmente refor-çados, nas ligações, com pernos de aço inox ou fibra de vidro, garantindo assim a com-patibilidade dos materiais e a segurança.

Para aumentar a resistência, o reforço das paredes estruturais pode ser exe-cutado com um revestimento nas duas faces da parede com uma es-pessura de 3 a 5 cm (no máximo 10 cm por lado). Este revestimento inte-gra uma rede de metal distendido, fixa à alvenaria com grampos meta-lizados, e coberta com microbetão *(3) que depois recebe um cobri-mento com aplicação de argamassa bastarda. O reforço da alvenaria tam-bém pode ser feito, de forma mais simplificada, recorrendo à utilização de rede de galinheiro e posterior aplicação de argamassa bastarda.

*(3) A mesma fonte refere que este tipo de reforço das paredes de alvenaria em betão armado, só deverá ser equacionado quan-do se verificar um grande acréscimo de carga na estrutura, como por exemplo, em casos de mudança de uso, muito especial-mente em zonas sísmicas.

A consolidação de fendas pode ser fei-ta diretamente com peças metálicas “gatos”, de preferência em aço inox.

Os tabiques ou paredes de pequena espessura (não resistentes) no caso de fortemente degradados, devem ser refeitos ou por processo idênti-co ou executando as divisórias em material leve (gesso cartonado, MDF, madeira, placas Viroc). No caso do gesso cartonado estamos perante tabiques com estrutura de madeira ou metálica que poderão ser reves-tidos com placas duplas, em cada face, podendo o interior ser pre-enchido com lã mineral. Nos pisos térreos estas divisórias poderão ser executadas em tijolo furado pois não há o perigo de acréscimo de peso à construção embora se admita que, por uma questão de reversibilidade no caso de novos compartimentos, faça sentido manter o princípio da utilização das divisórias leves.

O reboco nas paredes interiores exis-tentes pode também ser executado com argamassa bastarda.

As redes técnicas (águas, esgotos, eletricidade, comunicações, gás, etc.) devem ser concebidas sem abertu-ra de roços nas paredes existentes. A solução passa pelo assumir das tubagens exteriores, pelo recurso a coretes ou pelo atravessamento de elementos construtivos novos (pavi-mentos, divisórias, etc.).

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Sem os meios de divulgação e pro-moção publicitária que hoje massiva-mente caraterizam a nossa sociedade atual, a Europa do século XIX encon-trou na realização de grandes expo-sições, universais ou nacionais, a so-lução para a divulgação e promoção dos novos inventos que então emer-giam sob o patrocinio das Academias e outras Agremiações então em voga.

Lisboa seguia a moda das principais capitais europeias e exibia também o melhor que se fazia no país em gran-des exposições temáticas e sectoriais, das quais se publicavam extensos e completos catálogos sobre todos os atigos expostos.

O catálogo da “Exposição Agrícola de Lisboa de 1884”, impresso pela Im-

Este ano trouxe à luz do dia a edição da agenda comemo-rativa dos 450 anos sobre a

publicação dos “Colóquios” de Garcia

prensa Nacional, evidencia no grupo correspondente à “vinha, vinho e mais produtos fermentados”, a importância da produção vinícola do distrito de Portalegre. A região é representada por 10 concelhos, com 72 vitivini-cultores, onde Portalegre sobressai de forma categórica com 24 adegas enquanto Castelo de Vide lidera o 2º grupo com 12 adegas, logo seguido por Elvas (11) e Nisa (10).

d´Orta, a qual, daqui a várias déca-das, terá certamente um interesse inusitado para bibliófilos.

Mas já no ano de 1943, o Instituto Pasteur de Lisboa editava para o 2º quadrimestre uma pequena agenda de bolso. O particular interesse dessa agenda, para além do “guia terapêuti-co” apresentado no final da pequena brochura, é o de cada folha do diário apresentar uma nota subordinada à História da Medicina Portuguesa.

A curiosidade que nos leva a este re-gisto reside no facto de desde o dia 1 de maio a 31 de agosto aparecerem várias referências históricas a dois médicos castelo-videnses.

CURIOSIDADES ALFARRÁBICAS

Respetivamente: -13 de maio: “1880, José António Ser-rano é nomeado demonstrador da secção cirúrgica da Escola Médico--Cirúrgica de Lisboa”. - 2 de Julho “1885, ano que o mes-mo é nomeado professor da Escola de Belas Artes de Lisboa (Anatomia Artística e Higiene dos Edifícios).”

- 10 de Julho “1672 data do nasci-mento em Castelo de Vide do notá-vel cirurgião António Dias Inchado”.

A última referência vai para o ano de 1885, afirmando-se que a “16 de julho José António Serrano foi no-meado, definitivamente, cirurgião do Banco do Hospital de S. José.”

As adegas castelo-videnses que se fi-zeram representar neste grande palco pertenciam aos seguintes produtores:- João Severiano Carrilho Bello; Vicente Bugalho; Manuel Diogo Coelho; Pedro Manuel Durão; Álvaro Augusto Godi-nho; Manuel Mendes Guerreiro; Antó-nio da Graça Miranda; José Francisco Pereira; José Vitorino de Bastos Pimen-ta; José Reis Pimental; João António Raposo e Padre Seraphim Sequeira.

CLÍNICOS DA TERRA EM AGENDA DA ESPECIALIDADE

A BOA PINGA CÁ DA TERRA NA EXPOSIÇÃO AGRÍCOLA DE LISBOA NO SÉCULO XIX

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FICHA PATRIMONIUM

JARRINHO DO MASCARRO

Raro e enigmático; assim se define uma pequena peça arqueológica do acervo mu-

nicipal que se encontra no depósito arqueológico da Seção de Arqueolo-gia Municipal. Encontrado no verão tórrido de 1985, nas ruínas do Mas-carro, freguesia de S. João Batista, o feliz achado carateriza-se por ser um pequeníssimo jarro de vidro negro, com apenas 2,1 centímetros de altu-ra e 12 cm de bojo, de uma só asa.de que existe um exemplar idêntico encontrado na importante estação arqueológica algarvia da Balsa (en-tre Olhão e Tavira), cidade capital do Algarve Oriental romanizado.

O Mascarro, que tem o curioso mi-crotopónimo de Judiarias, regista vestígios da presença humana a partir do período romano, tendo sido uma villa que esteve em activi-dade até à alta idade média. As esca-vações efetuadas pela Seção de Ar-queologia incidiram essencialmente numa área de dependências rústicas

destinadas à actividade agrícola pre-sumivelmente da primeira fase da ocu-pação do local, tendo sido igualmente aberto um setor na área residencial onde eram perfeitamente evidentes as reutilizações de elementos arquite-tónicos romanos em fase posterior, do período visigótico. Aliás, já antes destas pesquisas levadas a cabo pelo então Grupo de Arqueologia de Castelo de Vide (embrião da atual Secção Arque-ologia da Cãmara Municipal de Castelo de Vide) o casal de investigadores Ma-ria da Conceição Monteiro Rodrigues e Diamantino Sanches Trindade, tinham efetuado sondagens no local nos anos 70 tendo descoberto uma moeda visi-gótica de ouro, mandada cunhar pelo rei Égica.

Mas voltando ao nosso objecto ro-mano, obviamente que ele não te-ria qualquer funcionalidade prática, mas sim uma função de adorno e/ou de culto. Sabemos o quanto a cultura romana produzia abundân-cia de objectos de sorte, amuletos, brinquedos, e vários outros objectos à dimensão da própria profusão de divindades que preenchiam as reli-giosidades do pensamento romano.

Este objeto, a que é atribuído um enquadramento cronológico entre o III e o IV século d.C., tem figurado em diversas exposições. Enquanto objeto observado isoladamente terá

o seu valor artístico intrínseco, para além obviamente da sua antiguida-de que poderá ascender aos 1700 anos. Mas tendo em conta outros vestígios contemporâneos encon-trados em estações arqueológicas do mesmo período que evidenciam valiosas produções, de rebuscado sentido estético, permite-nos inter-pretar que o território onde hoje se inscreve Castelo de Vide, para além da sua localização geográfica ser pe-riférica e a nossa população de então viver predominantemente numa economia assente na actividade pri-mária, são evidentes as relações com os grandes centros produtivos e a aquisição de objetos de culto que entretanto as famílias mais ricas que dominavam o território fizeram cá chegar.

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CARNAVAL 8 a 12 de fevereiro

ENCONTRO ANUAL ACP CLÁSSICOS 16 de março

VOLTA AO ALENTEJO EM BICICLETA20 de março

PÁSCOA Programa intenso a partir de dia 15 de março até 1 de abril

MUNDIALITO DE FUTEBOL DA INTERLINES C. PORTUGAL 2 a 6 de abril

ENCONTRO DOS ANTIGOS COMBATENTES 25 de abril

COMEMORAÇÕES DOS 450 ANOS DOS COLÓQUIOS - 22 e 23 de abril no instituto de medicina tropical e 4 e 5 de maio em Castelo de Vide.

BTT - 1ª MARATONA CVD14 de maio

ULTRA-TRAIL S. MAMEDE 18 de maio

ENCONTRO NACIONAL DE GIRAVOLEI junho

SEMANA DE CASTELO DE VIDE NA CASA DO ALENTEJO 25 de maio a 2 de junho

CONVÍVIO COM A EQUIPA TÉCNICA E ATORES DA TELENOVELA“LOUCO AMOR” 8 de junho

PORTUGAL LÉS-A-LÉS 9 de junho

VI OPEN XC DE CASTELO DE VIDEde 23 a 29 de junho

2º FESTIVAL DE ALFAZEMA E ERVAS AROMÁTICAS13 de julho

FESTIVAL ANDANÇAS de 19 a 25 de agosto

FEIRA MEDIEVALde 29 de agosto a 1 de setembro

6º TORNEIO DA AVIAÇÃO CIVIL de 13 a 15 de setembro

EVENTOS 2013

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Reunião de 2 de janeiro de 2013

ACORDO DE COLABORAÇÃO- A Câmara Municipal ratificou o despacho do Senhor Presidente da Câmara que aprovou o acordo de colaboração a celebrar entre o nos-so Município, a Direção Regional de Educação do Alentejo e o Instituto de Segurança Social, no âmbito da Educação pré-escolar, para o cor-rente ano letivo.

FUNDOS DE MANEIO- A Câmara Municipal deliberou autorizar a constituição de alguns fundos de maneio, a favor de traba-lhadores municipais, para se fazer face a pequenas despesas, urgen-tes e inadiáveis e em caso de reco-nhecida necessidade.

Reunião de 16 de janeiro de 2013

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTELO DE VIDE- A Câmara Municipal deliberou conceder um subsídio no valor de 47 278,24 € (quarenta e sete mil, duzentos e setenta e oito euros e vinte e quatro cêntimos), destina-do a manuais e material escolares, gasóleo destinado ao aquecimen-to central do edifício, alimentação e uma verba para levar a efeito o projeto “Árvore dos Patrimónios”.

- POSTO DA GNR DE CASTELO DE VIDE – CONSTRUÇÃO DO ANEXO – ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DAS ESPECIALIDADES – AJUSTE DIRETO

- A Câmara Municipal deliberou emitir prévio parecer favorável para se proceder à contratação, por ajus-te direto, à Empresa Confiplano, Controlo e Fiscalização de Obras, Lda, com sede em Portalegre, para elaboração dos projetos de espe-cialidades da alteração e constru-ção do anexo do Posto da GNR de Castelo de Vide.

CARNAVAL TRAPALHÃO/2013 –SONORIZAÇÃO, LUZ E ANIMAÇÃO MUSICAL – AJUSTE DIRETO

A Câmara Municipal deliberou emi-tir prévio, parecer favorável, para se proceder à contratação, por ajus-te direto, à Empresa José Tarouco, Unipessoal, Lda, tendo em vista a sonorização e luz do Carnaval Trapalhão/2013, nos dias 9 a 12 de Fevereiro, pelo valor de 4 800,00 € (quatro mil e oitocentos euros)

CARNAVAL TRAPALHÃO/2013 – ANI-MAÇÃO MUSICAL – AJUSTE DIRETO- A Câmara Municipal deliberou emitir parecer prévio, favorável, para se proceder à contratação, por ajuste direto, da Banda T, com sede em Tomar, tendo em vista a anima-ção do Carnaval/2013, pelo valor de 1 250,00 € (mil duzentos e cin-quenta euros).

NOVO SITE DO MUNICÍPIO DE CAS-TELO DE VIDE – TRADUÇÃO DE CONTEÚDOS- AJUSTE DIRETO- A Câmara Municipal deliberou emitir parecer prévio, favorável, para se proceder á contratação, por ajuste direto, de Inês Patrícia da Graça Ruivo, tendo em vista a tradução dos principais conteúdos estáticos do site para inglês e espa-nhol, pelo valor de dois mil quatro-centos e quarenta euros.

CARLIDE, ATIVIDADES HOTELEIRAS, LDA – PAGAMEMENTO DE RENDAS EM PRESTAÇÕES- A Câmara deliberou autorizar o pagamento das rendas, em dívida, relacionadas com o Quiosque do Parque 25 de Abril e Snack Bar da Boavista, em seis prestações.

BAR “J.M.” – PROLONGAMENTO DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:- A Câmara Municipal deliberou autorizar o prolongamento do horário de funcionamento do Bar “J.M.”, sito na Volta do Penedo, em Castelo de Vide, até às 4 horas da manhã do dia seguinte, nas sextas--feiras,sábados e vésperas de fe-riados, até ao final do mandato do atual Executivo Municipal.

PRINCIPAIS DELIBERAÇÕES DA CÂMARA

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