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ASSEMBLEIA MUNICIPALDE
CASTELO BRANCO
S :a
ATA DA SESSÃOORDINÁRIA DE
2018/04/30
ATA N. 05
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
ATA N.° 5/2018
Aos trinta dias do mês de abril de 2018, pelas 9 horas e 30 minutos, reuniu em Sessão
Ordinária, a Assembleia Municipal de Castelo Branco, cuja mesa foi presidida pelo Presidente da
Assembleia Municipal, Arnaldo Jorge Pacheco Braz, pelo Primeiro Secretário, Carlos Simão
Martins Mingacho, e pela Segunda Secretária, Teresa Paula Baptista dos Santos Crúzio, com a
i seguinte ordem de trabalhos:
1- PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
A preencher nos termos do Regimento.
II- PERÍODO DA ORDEM DO DIA
Ponto 1 - Aprovação das atas n.°s 1,2 e 3 referentes às sessões de 28/02/20 18 e 20/03/20 18.
Ponto 2 - Apreciar uma informação do Presidente da Câmara sobre a atividade municipal e a
situação financeira do Município.
Ponto 3 - Apreciação da proposta de “Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais
e Respetiva Avaliação, em 31 de Dezembro de 2017”.
3.1. Câmara Municipal de Castelo Branco. (Proposta n.° 3/2018)
3.2. Serviços Municipalizados de Castelo Branco. (Proposta n.° 4/20 18)
Ponto 4 - Apreciação e votação da proposta de “Documentos de Prestação de Contas do
Exercício do ano 2017”:
4.1. Câmara Municipal de Castelo Branco. (Proposta n.° 5/2018)
4.2. Serviços Municipalizados de Castelo Branco. (Proposta n.° 6/2018)
PontoS - Serviços Municipalizados de Castelo Branco. Discussão e votação da proposta de
Revisão Orçamental Mediante Utilização do Saldo de Gerência do Ano
2017”. (Proposta n.° 7/2018)
Ponto 6 - Discussão e votação da proposta de “Uniões e Juntas de Freguesia. Proposta de
Acordos de Execução para o presente mandato”. (Proposta n.° 8/2018)
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Ponto 7 - Discussão e votação da proposta de “Proposta de Contrato Interadministrativo com
União das Freguesias de Ninho do Açor e Sobra do Campo. Projeto de Melhoria
da Resiliéncia e do Valor Ambiental das Florestas”. (Proposta n.° 9/2018)
Ponto 8 - Discussão e votação da proposta do Grupo de Trabalho de “Revisão do Regimento
da Assembleia Municipal”.
MEMBROS PRESENTES À SESSÃO
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Maria Hortense Nunes Martins, Maria do Carmo Almeida
Nunes Andrade (em substituição de Joaquim Leonardo Martins), Carlos Simão Martins Mingacho,
Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata, Jorge Manuel Vieira Neves, João Miguel Correia Dias
Pereira, Maria Cristina Vicente Pires Granada, Ana Catarina Antunes Farias Figueiredo Neves (em
substituição de José Dias dos Santos Pires), Hélder Manuel Guerra Henriques, Maria da Graça’
Vilela Ventura, Nuno Miguel Teixeira Maia, Francisco Manuel Pombo Lopes, José Alberto
Moreira Duarte, Miguel Gregório Barroso, Maria de Lurdes Castanheira Pina Gomes Ribeiro, Nuno
Duarte Mimoso Figuinha, Eliseu Matos Pereira, José Manuel Pires Ribeiro, Cama Sofia Filipe
Caetano, Francisco de Assis Palhinha de Oliveira Martins, Mário Gregório Barata Rosa, Carlos
Alberto Mendes Barreto, Leopoldo Martins Rodrigues, Pedro João Martins Serra, Jorge Manuel
Ferreirinho Diogo, Joaquim Barroso Martins (em substituição de Teresa Paula Baptista dos Santos
Crúzio, nos termos da alínea b) do n.° 2 do artigo 18.° da Lei n.° 75/20 13, de 12 de setembro), Hugo
Alexandre Gomes Dias, Luís Manuel de Andrade, Vítor Manuel Ribeiro Louro, Celeste Nunes
Rodrigues, José Carlos Ramos Dá, Severino Miguel da Conceição Vaz. Romeu Filipe Gonçalves
Fazenda, João Miguel Teles Baltazar, Emestina Gens da Conceição Batista Perquilhas, António’
Manuel Varanda Marcelino e João Paulo Ramos Martinho.
MEMBROS AUSENTES À SESSÃO
Joaquim Leonardo Martins, José Dias dos Santos Pires, André de Jesus Gonçalves, António
Manuel Figueiredo Sanches e Teresa Paula Baptista dos Santos Crúzio.
JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS
Joaquim Leonardo Marfins, José Dias dos Santos Pires, André de Jesus Gonçalves, António
Manuel Figueiredo Sanches e Teresa Paula Baptista dos Santos Crúzio.
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1ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
João Pedro Martins Delgado, membro da Assembleia Municipal: Requerimento de
suspensão do mandato, com efeitos a partir de 24 de abril de 2018.
Câmara Municipal: Atas dos meses de fevereiro e março; Documentos de prestação de
contas do exercício 2017, da Albigec, EMISA, da Terras da Beira Baixa. EM/SA e da Amato
Lusitano — Associação de Desenvolvimento.
RLGM & Associados: Certificação Legal das Contas, Relatório e Parecer, do Município de
‘Castelo Branco.
Assembleia Municipal de Lisboa: Deliberação tomada sobre Moção n.° 12/02 — “Pela
defesa e despoluição do Rio Tejo”, apresentada pelo BE.
Exército — Brigada de Intervenção: Convite para a cerimónia de entrega de Estandarte
Nacional à FND/QRF/RSM, em Castelo Branco.
Grupo Parlamentar “Os Verdes”: Pergunta n.° l547/Xlll (3.3)— Assunto: Falta de apoio às
juntas de freguesia para o serviço de entrega das declarações de IRS; Resposta do Ministério da1
Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural à Pergunta n.° 1 105/XIII (3.j — Assunto: Parques
‘de armazenamento de madeira queimada nos incêndios de 2017; Pergunta n.° 1975/XIIl (33) —
Assunto: Depósito de lamas com elevada carga orgânica a retirar do Rio Tejo.
Grupo de Música Popular Portuguesa — Cantares da Terra CASCAIS: Carta de
apresentação.
Associação Nacional de Assembleias Municipais: Informação sobre o 1 Congresso ANAM.
Formação sobre Branqueamento de Capitais e Conzpliance: Formulário de inscrição.
Paróquia de São Miguel da Sé: Convite para eucaristia e almoço.
Sistemas mHm: Divulgação de equipamentos e autoproteção respiratória aos cidadãos.
Jornais habituais.
1- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Temos uma carta do
Deputado Municipal, João Pedro Martins Delgado, a pedir a suspensão de mandato e, deste modo,
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peço para vir tomar posse Carina Sofia Filipe Caetano. que vai substitui-lo, nos termos dos artigos
77.° e 79.° da Lei n.° 169/99, de 18 de setembro.”
TOMADA DE POSSE
O Senhor Presidente da Assembleia Municipal deu posse a Cama Sofia Filipe Caetano, em
substituição do Membro da Assembleia Municipal João Pedro Martins Delgado, que requereu a sua
substituição, a partir de 24 de abril de 2018, com efeitos suspensivos, até fevereiro de 2019.
A Mesa promoveu a inscrição e a ordenação da lista dos Membros da Assembleia Municipal
‘que desejavam intervir no Período Antes da Ordem do Dia.
o Senhor Presidente da Assembleia Municipal informou que cada participante tinha direito a
três minutos e meio para fazer a sua intervenção e, de seguida, passou a conceder-lhes a palavra.,
Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia e Respetiva
Mesa. Exmo. Senhor Presidente da Câmara. Exmas. Senhora Vereadora e Senhores Vereadores.!
Caros Membros desta Assembleia. Comunicação Social. Minhas Senhoras e Meus Senhores.
Em primeiro lugar, gostaria...”
O Membro da Assembleia Municipal, Francisco de Assis Palhinha de Oliveira Martins, foi
alertado, pelos seus pares, de que a Câmara Municipal tem duas Vereadoras e não uma,
assim como ele referiu na saudação inicial.
‘Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) prosseguiu — “... São duas, são! Peço imensa desculpa! As:
minhas tendências são para a direita, mas eu olhei só para a esquerda... Vejam lá a minha pouca
sorteL. Peço-lhe imensíssimas desculpas... Ainda por cima a si! (referindo-se à Senhora
Vereadora Maria José Baptista). Mas peço com todo o gosto e sabe que é do ffindo do coração
que lhe peço estas desculpas.
Em primeiro lugar deixem-me felicitar a Sra. Deputada do PCP e desejar-lhe as maiores
felicidades na sua nova missão. Que seja bem-vinda ao nosso meio.
A minha intervenção de hoje, antes do período da ordem do dia, versa vários factos nada
abonatórios para com a classe política.
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Na minha intervenção, em 25 de Abril, proferida deste mesmo local, salientei que: ‘se
queremos viver em Liberdade temos de saber viver como pessoas de bem, com Respeito,
Diidade, Ética, Honestidade...’
Custa-me e preocupa-me, como representante do CDS, nesta Assembleia, eleito pelos
albicastrenses (e é com tristeza que o refiro), que em notícias recentes amplamente difundidas pelos
meios de informação nacionais e regionais, seja posta em causa a Ética Democrática, com
procedimentos ainda não devidamente justificados, de atos praticados por quem tem obra feita ao
longo dos anos, com grandes responsabilidades no exercício do poder autárquico que, como
justificação para o ato praticado apenas apresente o ser uma pessoa humilde e pobre.
É francamente uma justificação muito pobre, para um ato que, enfermando de ilegalidade ou
não (pois essa mesma ilegalidade, não é a nós que compete apurar, mas sim ao poder judicial, no
qual o CDS tem toda a confiança), é no mínimo eticamente reprovável por nós, que nos
encontramos em representação dos albicastrenses que em nós confiaram e a quem temos obrigação.
de dar satisfações.
Foi com apreensão que o CDS ouviu os discursos do 25 de Abril e com maior relevância
proferido pelo Presidente da República, preocupado com atitudes éticas da classe política.
No governo nacional e autárquico, devem ter assento os melhores e não aqueles que, por
razões pessoais, se servem de atitudes que, podem ser legais, mas que eticamente são reprováveis,
para obter resultados para os seus bolsos e, deste modo, receberem contributos a que se julgam com
direito, não olhando para as atitudes pouco éticas que representam.
Mas hoje, em consequência do que acabei de proferir, queria o CDS dar um contributo
positivo para que, nesta Câmara, pudesse haver a maior transparência possível para os seus atos de1
gestão. sabendo que o contributo que aqui trazemos, vai para além das nossas responsabilidades
como deputados, mas que ousamos apresentar para defesa da imagem que estou certo todos aqui
defendemos.
Apresentamos então ao Executivo, na pessoa do Sr. Presidente da Assembleia, uma proposta
para discussão no seu seio, com regras e critérios claros para a ‘Concessão de Apoios ao
Desenvolvimento Cultural, Social, Recreativo e Desportivo’, no nosso concelho.
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Não queda terminar esta minha intervenção sem louvar o trabalho que tem sido desenvolvido
por esta Câmara, no que conceme à política cultural, nomeadamente, o apoio à produção culiural
local que reporto de grande qualidade. Disse.”
Maria do Carmo Nunes (P) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Distinta!
Mesa. Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhoras e Senhores Vereadores. Exmos.
Senhores Membros da Assembleia Municipal. Comunicação Social. Minhas Senhoras e meus
Senhores.
Na sequência das noticias publicadas, que recentemente vieram a público, em que é posto em
causa o bom nome e atacada a reconhecida idoneidade do Comendador Joaquim Morão e, pese
embora o facto de a Câmara Municipal de Lisboa ter prontamente emitido um comunicado onde!
desmentiu tais noticias, tendo reposto a verdade dos factos, uma vez que foram cumpridas
‘escmpulosamente’ as regras do Código dos Contratos Públicos, tendo a Câmara Municipal de
Lisboa afirmado que Joaquim Morão e passo a citar, ‘foi de dedicação e competência inexcedível’,
no cumprimento dos dois contratos celebrados e pelos quais lhe pagou a remuneração acordada e
devida pelo seu trabalho, não podemos, mesmo assim, de deixar de apresentar a nossa
solidariedade a Joaquim Morão.
É de todos conhecido e por todos reconhecido, o trabalho e a obra que realizou em prol do
distrito, nomeadamente, no Concelho de Idanha-a-Nova e Castelo Branco, tendo de forma
incansável, como seu trabalho árduo, a sua entrega, o seu dinamismo, a sua capacidade de perceber
e dar resposta aos anseios e necessidades dos munícipes, liderando os executivos que
transformaram positiva e definitivamente a vida autárquica, com provas dadas de seriedade e
conhecimento na liderança de projetos e obras decisivas no desenvolvimento dos referidos
concelhos, gedndo as finanças municipais com rigor e transparência e que com a sua vitalidade,
visão e competência, honrou todos os compromissos que assumiu para com os albicastrenses;
A dedicação de Joaquim Morão à causa pública, é por todos reconhecida com uma vasta
experiência profissional e longa carreira política, conquistou com toda a justiça, a admiração,
confiança e carinho das populações e as gentes dos concelhos que serviu são testemunhas da sua
honestidade, competência e dedicação inexcedíveis.
Assim e considerando que:
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Joaquim Morão tem um lugar ímpar na história autárquica do nosso país, mas tem também a
gratidão de toda uma região. O seu caráter e o seu amor pelas nossas terras e as nossas gentes são —
e sempre foram — a sua maior força e determinação.
A sua obra é uma realidade incontomável, um legado inestimável para os albicastrenses.
Pelo exposto, propomos que, de forma inequívoca, expressemos aqui e agora a nossa total
solidariedade em abono do direito ao bom nome e reputação do Autarca, do Político, do Homem,
Joaquim Morão, por forma a honrar, dignificar e preservar o legado que nos deixou em beneficio da
nossa terra.
Obrigada.”
Maria Graça Ventura (f) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal e respetiva
‘Mesa. Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco. Exmos. Senhores
Vereadores. Exmos. Senhores Deputados. Exmos. Senhores da Comunicação Social. Senhoras e,
Senhores.
Se existe causa nobre, basilar, estruWrante e fundamental, uma delas, quiçá, a primeira, é a
educação. É aí que começa a base do conhecimento, do sentido critico e analítico, da necessidade de
pesquisa e procura para as dúvidas e crises, ou seja, a preparação de uma cidadania responsável, atenta,
participativa, esclarecida, determinante, empreendedora, inovadora, culta e, por tudo isso, exigente.
E, ainda assim, a Educação para uns é uma paixão, para outros, uma ambição, mas para todos
uma preocupação.
É com este sentir que esta autarquia se tem posicionado face aos projetos educativos que
dinamiza e ajuda a dinamizar, como são exemplo o Projeto TICRED (Tecnologias de Informação e
‘da Comunicação — Recursos Educativos Digitais) e o Projeto ESCXEL (Rede de Escolas de,
Excelência), projetos pensados em prol da comunidade educativa e cujo êxito está dependente do
empenho de cada ator.
Em ambos estão envolvidos alunos, professores de todos os níveis de ensino — desde o pré
escolar ao superior — Pais, Diretores de Agrupamentos, o Presidente da Câmara, o Vereador da.
Educação, investigadores, mediadores, assistentes, técnicos especializados, o Centro de Formação
Alto Tejo, universidades, instituições de ensino superior, associações parceiras... Diria, toda a cidade.,
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Temos os agentes ideais para traçar o plano ideal, com gentes da nossa terra, envolvendo
todos, responsabilizando todos para um mesmo objetivo.
A plataforma do TICRED foi desenvolvida por uma empresa tecnológica de Castelo Branco.
Tem uma equipa de docentes responsáveis pela conceção dos recursos educativos digitais, cdando
uma verdadeira comunidade educativa em constante desenvolvimento e enriquecida,
sistematicamente, com novos objetos de aprendizagem.
Os alunos dos 4.° ano, 6.0 ano e 90 ano do concelho têm acesso, de forma gratuita, a
conteúdos de aprendizagem e a instrumentos de regtilação da aprendizagem ao nível de várias áreas
do currículo escolar básico, promovendo o estudo autónomo e a responsabilidade. Os pais têm
acesso a relatórios, gerados automaticamente pela plataforma, sobre a prestação dos seus filhos ao
longo da sua interação com os conteúdos visitados.
O projeto tem um conselho científico e pedagógico e os utilizadores tem garantida formação
para utilização da plataforma.
O Projeto ESCXEL, em forma de Rede, funciona desde 2008, como uma parceria entre 051
investigadores do projeto, sob a direção do Professor Doutor David Justino, do Centro1
Interdisciplinar de Ciências Sociais e nove Municípios, entre eles o de Castelo Branco e os seus
Agrupamentos Escolares.
Esta rede tem por missão elevar todos os alunos no seu desempenho, trabalhando com todos
aqueles que fazem parte das escolas ESCXEL, numa constante e persistente busca de melhores
soluções, melhores processos e melhores desempenhos que sejam consistentes com o potencial que
cada aluno, cada escola e que cada comunidade demonstra ter.
A Autarquia insere a intervenção educativa numa perspetiva de desenvolvimento da
comunidade, chama todos a participar, o sucesso ou não sucesso dos Projetos é da responsabilidade1
de todos: dos que participam e dos que não querem participar. Tenho dito.”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “Bom dia a todos.
Meus Senhores e minhas Senhoras, antes de mais, agradecer as saudações e a boa receção dos
senhores Deputados. Em nome do PCP e da CDU quero dirigir uma saudação e desejar um bom
trabalho a todos para que esta assembleia decorra com sucesso.
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Começar por destacar, nas comemorações do 25 de abril, para além da cerimónia, a bela
decoração da Câmara Municipal, que estava especialmente bonita com os cravos vermelhos no
exterior do edificio e a inauguração da exposição Ilustrarte nesse dia, permitindo a todos os
albicastrenses poderem participar, de forma gratuita, num evento cultural dessa natureza.
De seguida, reforçar os temas que temos vindo a debater e que não estão esquecidos pois são
da maior importância e os quais estamos permanentemente a acompanhar. Referimo-nos às
‘preocupações ambientais com o Rio Tejo e com a Central de Almaraz. Referimo-nos aos CTT e àlinha ferroviária da Beira Baixa. Referimo-nos ao turismo e aos incêndios. Acompanhamos com a:
máxima atenção todos estes temas e gostaríamos que os órgãos autárquicos do concelho também
estivessem atentos e tomassem as medidas necessárias para tentar ajudar a resolver todas as
situações que já se arrastam há muito tempo.
Não vamos aproffindar estes temas pois hoje pretendemos, sobretudo, realçar o dia de
amanhã, o primeiro de maio, odiado trabalhador. Para nós, CDU, um dia de enorme importânciaj
Somos o partido do povo e dos trabalhadores, como todos reconhecem.
O l.° de Maio é uma data de extraordinária importância para os trabalhadores e para quem os’
defende.
Não podemos esquecer que já passaram 132 anos desde a repressão de Chicago, nos Estados
Unidos da América e que os trabalhadores de todo o mundo ainda não conseguiram ganhar os
direitos a que têm direito. É, por isso, que amanhã comemoramos O Dia do Trabalhador.
Importante valorizar o trabalho e os trabalhadores, elemento indissociável de uma política de
esquerda e soberana em que alguns dos elementos decisivos são a libertação da submissão ao euro
das imposições e constrangimentos da União Europeia, a renegociação da dívida, a defesa e
promoção da produção nacional, a recuperação para o domínio público dos sectores estratégicos da,
economia, a garantia de uma administração e serviços ao serviço do povo e do País e uma política
fiscal que alivie os rendimentos do trabalho e taxe adequadamente o grande capital.
Uma política que defenda o aumento geral dos salários, que defende o emprego com direitos
e combate a precariedade contra a desregulação dos horários e pela aplicação das 35 horas de
trabalho semanal para todos, a conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar, a igualdade
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entre mulheres e homens, a defesa e promoção da contratação coletiva, dos serviços públicos, dasJ
funções sociais do estado na saúde, educação, segurança social, cultura e justiça.
Quando falamos em precariedade, necessariamente, temos de relembrar os trabalhadores
precários que há nesta câmara. Aproveitamos para perguntar ao Senhor Presidente: quantos
precários existem e o que pensa fazer?
Sabemos que a Câmara Municipal do Fundão vai integrar 49, a Câmara Municipal da Covilhã1
vai integrar 75 trabalhadores e a de Belmonte 30. Volto a reforçar que não nos podemos esquecer:
que amanhã é Dia do Trabalhador e que seria uma prenda especial que o Senhor Presidente da1
Câmara pudesse dar a conhecer o número de trabalhadores que vão ser integrados.
Para finalizar proponho, desde já, aqui na ordem de trabalhos, o adiamento do ponto 8 para a
próxima Assembleia, referente à discussão e votação da proposta do Grupo de Trabalho de Revisão
do Regimento da Assembleia Municipal.
Trata-se de um documento de grande importância, que envolve questões relevantes e não me
foi possível fazer um estudo aprofundado do seu conteúdo, nem tive oportunidade de falar com
ninguém que fez parte do grupo de trabalho. Grata pela vossa atenção.”
Francisco Pombo Lopes (P) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Exmos.’
Senhores Secretários. Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Exmos. Senhores.
Vereadores. Exmos. Senhores Deputados Municipais. Exmas. Senhoras e Exmos. Senhores.
No passado dia 8 de abril foram inaugurados a Torre de Controlo e o Hangar do Aeródromo.
de Castelo Branco.
Localizado na proximidade da Reta do Lance Grande, o Aeródromo de Castelo Branco,.
inaugurado em agosto de 2013, tem uma pista com cerca de 1.460 metros de comprimento por 30
‘metros de largura, asfaltada.
É dotada, ainda, de uma estação meteorológica própria, válida e devidamente certificada pelo
Gabinete de Apoio à Autoridade Meteorológica para a Aeronáutica (GAMA) do Instituto Português
do Mar e da Atmosfera, o que permite um sistema acoplado que automaticamente processa o
e qualidade e difusão dos dados a tratar, posterionnente, por um Agente de Informação de
Tráfego de Aeródromo (AlTA).
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O Aeródromo está também instalado no edificio que é, também, Base Logística da Proteção
Civil, em firncionamento durante todo ano.
No futuro a implementação do Serviço de Informação de Voo irá permitir alcançar outro tipo
atividade como o de táxi aéreo.
A inauguração teve lugar com a comemoração dos 25 anos do Aeroclube de Castelo Branco.
O novo hangar permitirá o regresso do Aeroclube ao Aeródromo, bem como a utilização das
‘novas instalações e de uma pista certificada. O hangar dispõe de condições para acolher aeronaves
residentes e visitantes num espaço com cerca de 1.100 m2 e um portão que permite a transposiçãoí
de aeronaves com envergadura até 23 metros.
O Aeródromo de Castelo Branco registou, em 2016, cerca de 781 movimentos
(compreendidos entre aterragens e descolagens) de aviões ligeiros e registou, em 2017, um total de
2.786 movimentos.
Verifica-se, desde logo, um significativo movimento relacionado com o turismo,
nomeadamente o cinegético, através de voos recebidos por Clubes de Aeronaves provenientes da
Europa Central em transporte de passageiros que aqui vêm, à nossa cidade e que aqui pousam as
suas aeronaves.
Em colaboração, ainda, com a Universidade da Beira Interior, tem acolhido a realização do
Festival Aéreo do Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira’
1 Interior, que permite desenvolver atividades a partir desta infraestrutura, bem como recebido
diversos encontros aeronáuticos, nomeadamente a edição da Volta Ibérica.
Trata-se, assim, de uma estrutura inovadora, com um forte potencial que dota o nosso
concelho de uma infraestruwra essencial para novos voos de desenvolvimento e de futuro.”
Maria de Lurdes Barata — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Exmo.
Senhor Presidente da Câmara Municipal. Bom dia a todos.
Construção teimosa, persistente e produtiva, tem sido a da autarquia em defesa da cultura.
Como já é hábito, da cultura venho falar. Mas, uma referência importante, tem de ganhar,
relevo.
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Toda uma política cultural que se tomou indesmentivel, enraizou-se desde o passado, as
raízes ganharam ffindura e deram estabilidade a uma árvore, passo a metáfora, que cresceu, ganhou
ramos, tomou-se verdor e firmeza.
A inauguração da exposição Ilustrarte — Bienal Internacional de Ilustração para a Injância,
decorreu no dia vinte e cinco de abril no Centro de Cultura Contemporânea, na sua VIII Edição. As
anteriores concretizaram-se em Lisboa. Tem a maior internacionalização de sempre, onde
participaram cerca de três mil ilustradores de cento e cinco países. Resultou da seleção de trabalhos
por um júri internacional, a mostra final, é de cinquenta. Como diz o Presidente da Cãmara e cito,
‘a cultura ao serviço da educação’ e eu acrescento, é uma exposição a degustar com delongas.
No dia dez de abril, três eventos são dignos de referência a que acresce, a todos, o destaque
da presença do Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, que realçou o seguinte, são]
palavras do Ministro: ‘nesta cidade há uma vida cultural.’
O primeiro evento decorreu no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, para formalizar o
protocolo entre a Câmara Municipal de Castelo Branco e o Novo Banco, com a receção da obra
Natureza Mona com Flores, da autoria do pintor flamengo Jan Fyt, do século XVII, no âmbito do
projeto Novo Banco Cultura. Registo palavras do Ministro da Cultura, cito: ‘colaboração exemplar
entre a autarquia plena de vida e a atividade cultural e um banco que compreende a
responsabilidade social e cultural de uma empresa’.
Segundo evento, a apresentação da antologia Cem Poemas (de Morrer,) de Amor e Uma
Cantiga Partindo-se, organizada e prefaciada por Gonçalo Salvado e Maria João Femandes e
ilustrada por belíssimos desenhos do escultor Francisco Simões.
Terceiro evento, ainda no dia dez de abril, a inauguração da exposição de Francisco Simôes,j
Amor, Única Chama, nome da mostra que homenageia os quinhentos anos da Cantiga Partindo-se,
de João Roiz de Castelo Branco, sendo comissariada pela critica de arte Maria João Femandes.!Celebra, na sua temática, o amor e a mulher e podemos usufruir da beleza de esculturas, desenhos e
cerâmicas que estarão expostos.
Ainda no mês de abril... Não há dúvida que abril foi, em Castelo Branco, mês de celebrar a:
cultura e a liberdade, que se relacionam muito bem... De onze a catorze de abril decorreu o
Fronteira - Festival Literário de Castelo Branco, comissariado por José Pires, como é o hábito,
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‘com a originalidade do envolvimento de mil trezentas e oitenta e três crianças e jovens de nove
escolas do concelho.
Sobre a exposição fotográfica Sodade, só quero fazer um apontamento. Também está uma
exposição A Espessura do Tempo — Património e Paisagem e, no dia vinte e seis de abril, no Cine-
Teatro Avenida, houve um maravilhoso espetáculo, sobre poemas de António Salvado, Recados do
Infante D. Pedro a D. Inês de Castro, poético-musical. Gostada muito de referir-me à exposição A
‘Espessiua do Tempo — Património e Paisagem, mas não me permito mais, como não falei na
polítïca editorial da Câmara. Termino, seguindo a metáfora do início: esta árvore da cultura’
continua frondosa, carregada de flores e frutos.”
José Pires Ribeiro (L) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal e respetiva Mesa.
Senhoras e Senhores Deputados Municipais. Senhor Presidente da Câmara. Respetiva Vereação.
Minhas Senhoras e Meus Senhores.
Dada a limitação de tempo, vou tentar ser o mais telegráfico possivel.
Em primeiro lugar, uma saudação muito especial há data que amanhã se comemora, o I.°de
Maio, que é um símbolo muito importante para todos os trabalhadores do nosso planeta.
Em segundo lugar, informar que, há poucos dias, foi aprovada na Assembleia Municipal de
Vila Velha de Ródão, uma moção de rejeição da solução encontrada pelo Ministério do Ambiente
para depósito das lamas que vão ser recolhidas do rio.
Em terceiro lugar, questionar a Câmara Municipal sobre a boa novidade que tivemos no
último espetáculo de homenagem a Arlindo de Carvalho. Fiquei muito satisfeito por saber que foi
doado, à cidade de Castelo Branco, todo o seu espólio documental e musical. O que é que se pensa
fazer no faturo, ou se já se iniciaram alguns trabalhos para que esse espólio seja colocado ao
serviço da população do concelho.
Em quarto lugar, falar sobre o flagelo dos incêndios. Dois mil e dezassete foi um ano,
dramático, como todos sabemos. No país arderam quase quinhentos mil hectares de floresta. No
distrito de Castelo Branco arderam cerca de cinquenta e dois mil hectares. Sabemos da existência
de um PROF, que é um plano de defesa da floresta contra os incêndios e existe, também, um plano
‘municipal de defesa da floresta e de combate a incêndios. Questionávamos a Câmara sobre se já
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desencadeou o processo de revisão do Plano Municipal de Ordenamento do Território — sabemos
que é em abril que a Comissão Municipal se reúne, para eventuais alterações e penso que, dada a
situação, seria muito importante que o plano municipal pudesse ser adaptado. Até porque, nos
valores que estavam calculados no plano existente se apontava para que, em dois mil e dezassete, se
conseguisse o objetivo de termos menos de dez hectares de área ardida. Acontece, como sabem e
dada a conjugação de inúmeros fatores, que arderam 52 hectares.
Em termos de mobilidade... Porque sabemos que o deputado do Bloco de Esquerda enviouj
através do Presidente da Assembleia da República, para todas as Câmaras Municipais, uma série de
perguntas sobre acessibilidades e mobilidade... E, sabendo nós, que existe um Plano Local de,
Promoção das Acessibilidades em Castelo Branco, o que é que a Câmara nos pode dizer? Muito’
obrigado.”
Nuno Mimoso Fipuinha (PSD) — “Bom dia Senhor Presidente da Mesa. Restantes Membros.
Senhor Presidente da Câmara, Vereadoras e Vereadores. Senhores Deputados. Senhoras Deputadas.
Senhor Presidente, queria começar por felicitar a Câmara pela ação de apresentação do
Programa Revive do Colégio de São Fiel que, face ao flagelo dos incêndios e o que sofreu, é um
edificio de relevo e que importa ser preservado. Esperemos, agora, que apareça um investidor e
espero que, também, a Câmara se empenhe em encontrar esse investidor.
Passando a outras questões, Senhor Presidente, em dezembro falei aqui sobre atropelamentos.
Tenho aqui a ata de dezembro e o Senhor Presidente propõs que iremos ‘fazer no primeiro
semestre do ano 2018, ações de sensibilização quer para os peões, quer para os condutores que
tenham atenção estas questões’... Amanhã já é um de maio e ainda não vimos nada...
Já aqui foram falados, no passado, os estudos da consultora Bloom Consulting sobre a
performance de marca dos municípios portugueses nas áreas de turismo, negócios e talento. As
posições dos municípios no ranking, resultam de uma análise de dados quantitativos, estatísticos,
digitais e quantificáveis. O que é que acontece?.. Há uns anos atrás, quando Castelo Branco surgiu
na vigésima quinta posição, top vinte e cinco nacional, foi alvo de grande relevo, por parte do
executivo da altura. Desde aí temos vindo a descer. Este ano — enquanto o ano passado vinha, nas
descidas de destaque, a Nazaré—, este ano veio a Nazaré nas subidas de destaque e, nas descidas de
destaque vem, imediatamente, Castelo Branco, cedendo lugar à Nazaré! E, em quatro anos,
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kpassámos da vigésima quinta posição nacional, para a quadragésima segunda. Com toda a
importância que isto possa, ou não, ter... Isto são dados estatísticos Senhor Presidente... Aquilo
que interessa não é ir buscar o que é que foi ou não foi feito. Interessa o que é que se pretende fazer
ou, que é que está estrategicamente pensado, para que não tenhamos uma posição tão baixa. Tenha
o valor que o estudo tiver não considero dignificante, para qualquer cidadão albicastrense, ver a
cidade que outrora estava bem vista, vir a estar num lugar deste& Não se compreende bem e fica
apenas essa questão Senhor Presidente. O que é que pensa fazer para que isto dê a volta e que, para
.o ano, voltemos a trocar de posição, não quero mal há Nazaré, por amor de Deus, mas que
subamos, outra vez, no ranking. Obrigado.”
flgue1 Gregório Barroso (PSD) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Castelo
Branco. Respetiva Mesa. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhoras e Senhores’
Vereadores. Senhoras e Senhores Deputados Municipais. Comunicação Social. Minhas Senhoras e
meus Senhores.
Neste período antes da ordem do dia, vou falar-lhes sobre investimento. Como já tive
oportunidade de referir em outras Assembleias Municipais, a atração de investimento para Castelo
Branco é essencial para criar emprego e, com isso, fixar e atrair pessoas para o nosso concelho. É,:no essencial, importante para criar riqueza. E, para contextualizar esta matéria da captação de
,investimento, gostava de dar-lhes alguns exemplos de investimentos que foram feitos, aqui mesmo,
no interior do país.
Em Bragança, a Faurecia — Systems Escape Portugal, Lda, está a investir 41.5 milhões de
euros no setor automóvel e vai criar 400 postos de trabalho. Oliveira do Hospital conseguiu atrair
um investimento que pode atingir os 125 milhões de euros e que se prende com o aproveitamento e
com a transformação da floresta. Em Portalegre. o Grupo Jerónimo Martins está a investir 40
milhões de euros. Na Guarda a Coflcab — Company Wires and Cables, Ltd está a construir uma
fábrica que irá criar 130 novos postos de trabalho, numa unidade dedicada às novas tecnologias do
setor automóvel. A Critical Software vai abrir 400 de engenharia, em Évora, Tomar, Vila Real e
Viseu, cada um deles com 15 engenheiros e as perspetivas é que se possa aumentar o número de
postos de trabalho altamente qualificados. E, no Fundão, será inaugurado um hotel de charme, no•
antigo Convento de Santo António, que representou um investimento de 3 milhões de euros.
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o
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
No total serão investidos cerca de 1.500 milhões de euros em diversos setores, aqui mesmo1
no interior do país, mas como ficou claro de ver, nenhum deles em Castelo Branco.
Evidentemente, o facto de Castelo Branco não constar nesta lista de investimentos é algo que’
nos deixa frustrados e, enquanto oposição, o PSD procura perceber porque é que Castelo Branco
não consegue atrair investimento.
Então pensámos: será que em Castelo Branco não temos pessoas capazes? Temos. Somos um
concelho de gente trabalhadora, competente, qualificada, com conhecimento e criatividade.
Então, talvez não tenhamos um potencial turístico assim tão grande!... É mentira. Vivemos
numa terra com uma identidade única, rica em cultura e tradições, com um potencial paisagístico de
grande valor, com uma gastronomia única com produtos endógenos de grande qualidade e, por isso,
a nossa propensão para um turismo de cultura, de natureza e de experiência extremamente elevado.
Também nos perguntámos se estamos, geograficamente, mal posicionados! Não estamos.
Encontramo-nos a duas horas de Lisboa e do Porto e somos a porta de entrada para Espanha e
para a Europa.
Para além de tudo isto, ainda temos o Instituto Politécnico de Castelo Branco, que é uma carta
na manga quando falamos de captação de investimento.
Portanto, fica claro que o problema não está nas pessoas que vivem em Castelo Branco, não
está na nossa posição geoestratégica, nem está no nosso potencial turístico — que é extremamente
elevado.
Mas, se assim é, por que é que todos estes concelhos — que eu comecei por dizer, que estão no
interior do país e que não têm carateristicas assim tão melhores que as nossas—, conseguem atrair
investimento e Castelo Branco não? A resposta é simples. O PSD já sinalizou várias vezes o quão
essencial é termos um poder político que saiba atrair investimento, receber convenientemente os
investidores que nos procuram e, mais do que isso, um poder político que saiba vender Castelo
:Branco, quer no distrito, quer no país, quer fora do país. Um poder político que seja pró-ativo e
dinâmico e, em Castelo Branco, infelizmente, não temos um poder político que consiga fazer isso.
Dizer, apenas, que estamos a perder o comboio da captação de investimento. Que Castelo
Branco precisa de investimento, de criação de emprego, de dinamização do turismo, precisa de criar
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tASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
riqueza... Castelo Branco precisa de tudo isto que o Partido Socialista, já provou, não conseguir
dar. Muito obrigado.”
José Moreira Duarte (PSD) — “Muito bom dia a todos. Ex.ma Mesa, Senhor Presidente da
Assembleia Municipal. Senhor Presidente da Câmara. Senhores Vereadores. Senhores Deputados
Municipais. Minhas Senhoras e Meus Senhores.
O assunto que me traz aqui hoje não é novo. Na nossa sessão de finais de fevereiro, no
período antes da ordem do dia, coloquei a esta Assembleia e em particular ao Senhor Presidente da
Câmara o desafio de nos explicar o que é que se passava com os transportes escolares,
nomeadamente, a decisão tomada em reunião do Executivo em que teria sido aprovado o aumento
dos passes escolares.
O Senhor Presidente remeteu a explicação para o Dr. Alveirinho Correia e. no seguimento,.
concluiu que os alunos não pagariam nada, dizendo mesmo: nós é que pagamos. Naturalmente,
fiquei satisfeito com a resposta, uma vez que passava por aí a proposta que eu trazia, lembrando1
que não fazia sentido estar a sobrecarregar, com aumentos, as poucas famílias que ainda resistem a
viver nas freguesias com filhos em idade escolar.
O que eu não esperava era encontrar publicado num local de acesso público uma informação
com os preços dos passes escolares que os alunos deveriam adquirir nos respetivos serviços. Fiz
uma fotocópia com o meu telemóvel — se alguém quiser, tenho-a aqui disponível para todos
poderem verificar.
Afinal no que é que ficámos? Os alunos pagam ou não pagam os seus transportes escolares?
A Câmara paga ou não paga a totalidade dos passes?
Visto isto e com a mesma curiosidade com que aqui pedi explicações, fiji tentar perceber a
evolução dos preços dos passes. Segundo informação que recolhi, os alunos do ensino secundário
pagam 50% do passe. Os preços atualizados são comunicados ao estabelecimento de ensino pelas
empresas transpodadoras. Sendo que não houve aumentos em 2015 e em 2016, os referidos passes1
começaram a aumentar em 2017 e voltaram a aumentar, agora, em 2018. Mais, aumentaram até
antes dos mesmos aumentos terem sido aprovados na reunião do Executivo, porque o passe de•
fevereiro já sofreu aumento.
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tQASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Deixo uma questão para a resposta que entendo deve ser dada: afinal, houve ou não houve
aumento dos passes para os alunos? Se houve, quando entraram em vigor?
Face ao exposto e porque ainda acredito que esta instituição é uma pessoa de bem e que honra
a sua palavra, não será o momento de assumir essa mesma palavra e oferecer, aos filhos daqueles
que têm a coragem de viver nas freguesias, o valor dos transportes. que afinal, lhes está a ser
cobrado?
Por agora fico-me por aqui, esperando do Senhor Presidente o devido esclarecimento e
decisões que entenda por bem dar a esta Assembleia. Muito obrigado. Tenho dito.”
Nuno Teixeira Maia (P) — “Bom dia. Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal e
‘respetiva Mesa. Caros Colegas da Assembleia Municipal. Exmo. Senhor Presidente da Câmara e
respetiva Vereação. Caras e Caros Albicastrenses.
O atual executivo da Câmara Municipal de Castelo Branco, liderado pelo Partido Socialista (o
que não convém esquecer), tem implementado e realizado uma forte aposta no desenvolvimento
‘económico do nosso concelho.
Para o efeito, definiu uma estratégia de aproximação das empresas do concelho à população e,
também, tem apostado na divulgação dessas mesmas empresas, a nível local, nacional e internacional.
• Quando, nas últimas eleições autárquicas, os albicastrenses manifestaram a sua confiança no
Partido Socialista, através de uma clara maioria absoluta (o que também não convém esquecer),
fizeram-no porque no passado temos demonstrado uma grande capacidade de resolver os problemas
e constrangimentos do nosso concelho.
Ao contrário da maioria dos Albicastrenses. há por ai minorias que tentam por todos os meios
denegrir e minorar todo o esforço que o Presidente Luís Correia e a sua equipa têm realizado, na1
‘peanente revitalização da economia do concelho.
Como todos já constatámos, está a ser incrementada uma nova dinâmica nas feiras, que
decorrem por todo o nosso concelho. Através de uma importante reestruturação, em tomo dos
conceitos de Natureza, Sabores e Cultura.
Procuramos divulgar a identidade de cada Freguesia, quer ao nível dos Sabores (vinho e
:v1a queijo, porco e enchidos), quer ao nível da Natureza, com a utilização da Rota da Gardunha,
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oASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
no Ultra Trai! da Gardunha, um evento organizado, pela Associação do Cansado, em articulação
com a Junta de Freguesia local e a Câmara Municipal de Castelo Branco.
Outra ação implementada é a da ‘Portas Abertas — Empresas de Castelo Branco’, que
pretende dar a conhecer as empresas de excelência que temos no nosso concelho. Porque só
conhecendo, podemos reconhecer o valor dessas empresas e, a partir daí, realizar a sua divulgação
por esse mundo fora.
De referir que desta iniciativa surge também a possibilidade de identificar oportunidades de
negócio entre os próprios empresários, de estimular e aproximar o ecossistema empreendedor do
tecido empresarial, enquanto posiciona Castelo Branco como uma melhor cidade para viver,
‘trabalhar e investir.
Até ao momento, já foram realizadas três ações nas seguintes empresas: Dinefer, Movaço e
Mecalbi.
Recentemente, a Câmara Municipal de Castelo Branco formalizou, conjuntamente com outros
20 municípios, o protocolo para a criação do ‘Espaço Empresa’, que visa facilitar uma maior
proximidade e apoio aos empresários e investidores.
Esta iniciativa desenvolvida pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias
Empresas e à Inovação), em parceria com a AMA (Agência para a Modernização Administrativa) e
a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), conta com o apoio de 26
entidades da administração pública, central e regional.
O ‘Espaço Empresa’ vai arrancar a curto prazo, no edificio do Município e permitirá aos
empresários e empreendedores, ter ‘via verde’ para o apoio necessário à constituição de uma
empresa e não só.
Esta, também, é uma forma de potenciar a divulgação e colocar ao serviço dos empresários
todas as infraestrnturas de referência que Castelo Branco dispõe.
Outra aposta ganha, pela Câmara Municipal e os Albicastrenses, é o Centro de Empresas
Inovadoras, que está bem e recomenda-se, ao contrário do que uma minoria partidária não consegue
enxergar.
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As empresas ali ‘incubadas’, estão a crescer. Ainda recentemente, uma empresa do ramo
automóvel, contratou dois mestres em engenharia mecânica. A maioria das empresas continuam a
aumentar os seus recursos humanos, nos cerca dos 60 projetos/empresa ali desenvolvidos, que
empregam quase uma centena de trabalhadores.
Com esta dinâmica de crescimento, está quase a atingir-se a ocupação plena daquele
equipamento.
A área das ‘Smart Cities’ tem conseguido colocar Castelo Branco no epicentro da
transformação digital das cidades, como ficou demonstrado, recentemente, na Feira Smart Cities,
em Lisboa, com a presença de cinco empresas CEI.
O Município não só projeta a sua estratégia de atuação a nível nacional, como também a nível
internacional, nomeadamente, no setor agroalimentar. Outra grande aposta do executivo.
Há 15 dias, Castelo Branco e os seus produtos de excelência estiveram presentes, numa das
20 maiores Feiras Alimentares da Europa, a ‘Alimentaria’, em Barcelona.
Isto também é uma forma de levar Castelo Branco, mais longe.
Julgo que agora, não há ninguém nesta Assembleia, que possa alegar desconhecimento sobre
a estratégia do executivo do Partido Socialista, para o desenvolvimento económico do concelho.
De igual modo, ninguém pode contestar os excelentes resultados obtidos como demonstram,;
por exemplo, a taxa de desemprego do concelho ou a taxa de ocupação do CEI.
Para terminar, o Partido Socialista, na liderança da Câmara de Castelo Branco, tem
conseguido atrair investimento, empresas e empregos, para o nosso concelho, sendo reconhecido
pela maioria dos Albicastrenses, nas sucessivas eleições autárquicas realizadas desde 1997, por
muito que isto custe a uma minoria de direita desalinhada e sem qualquer alternativa credível que:
se conheça para o desenvolvimento económico do concelho de Castelo Branco. Bom dia.”
Maria Cristina Granada (P) — “Muito bom dia. Senhor Presidente da Assembleia Municipal.
Exma. Mesa. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Dr. Luís Correia. Senhoras e Senhores
Vereadores.
Teve lugar, entre os dias 19 e 22 de abril, a III Feira Social In — Feira da Economia Social,
que em Castelo Branco, uma vez mais, veio dedicar às questões sociais, uma organização e
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toASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
coordenação da Amato Lusitano — Associação de Desenvolvimento, toda a sua atenção, dando-lhe.
destaque regional e nacional
Reuniram-se no centro cívico da cidade, com a Amato Lusitano — Associação de
Desenvolvimento, vários parceiros, para dinamizar esta feira, em Castelo Branco. Entre os
parceiros, a Câmara Municipal de Castelo Branco, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a
Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB), Associação Empresarial da Beiraj
Baixa (AEBB), o Centro de Empresas Inovadoras, o Instituto de Emprego e Formação Profissional
e o Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco.
Durante os 4 dias em que decorreu a Feira Socia Inovação procurou criar-se o impacto
necessário ao despertar e consolidar da consciência social, centrada na própria Economia Social. A
Feira, pelas suas caraterísticas intrínsecas, alcançou o seu propósito.
No dia 19 teve lugar um Seminário que teve por temática a própria Economia Social. Entre
:outras considerações, ficou patente que o impacto do setor da Economia Social representa já,
conforme disse o Ministro Vieira da Silva, presente em Castelo Branco, representa já 5% da
empregabilidade ativa do Pais, o que revela a sua importância no território nacional. O Ministro
‘anunciou que até ao final do mês seria constituída, à escala nacional, uma Confederação da
Economia Social, como ‘sinal da sua importância na economia e no desenvolvimento do País’.
Está, portanto, bem Castelo Branco, que acompanha estas preocupações nacionais, as
promove e ativa, à escala do concelho, à escala regional. O mesmo ficou também expresso nos’
testemunhos dos intervenientes no seminário, que ali deram conta, no dia 19, do melhor das suas
práticas.
Acompanhado, também, este seminário, por um Concurso de Ideias com 13 candidaturas
apresentadas, 10 selecionadas, 9 avaliadas, das quais foram entregues os primeiro, segundo e
terceiro prémios e, ainda, uma menção honrosa. Parabéns aos premiados.
Seguiu-se, no dia 20, a atividade Ignite Social. Um momento onde, num tom menos formal,
mas não menos qualificado, os intervenientes estiveram a dar o seu testemunho do que são também
as suas boas práticas institucionais ao nível da economia social.
Assim, mais de 20 instituições ali presentes deram conta: Amato Lusitano — Associação de
Desenvolvimento, Associação Empresarial da Beira Baixa, Associação Comercial e Empresarial da
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4 *ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Beira Baixa, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Centro Dia dos Lentiscais, Escola Agostinho
Roseta, Centro de Empresas Inovadoras, Associação RAS — Banco de Roupa Solidário, Liga
Portuguesa Contra o Cancro, Váatão — Teatro de Castelo Branco, Lar de Jovens da ADM Estrela,
Caritas Interparoquial, Associação Livre Cor, Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco,
APPACDM, Usalbi, IEFP — Centro de Formação Profissional, Cruz Vermelha de Castelo Brancoj
Associação Ecogerminar, Escoteiros, Liga dos Amigos do Hospital, CIJE — Casa de Infância e
Juventude, Aviso — Associação de Apoio Voluntario ao Idoso Só e muitos outros parceiros. Houve
dinâmica na própria feira. A ETEPA esteve presente com a dinamização do espaço no momento1
que lhe foi concedido.
Só para citar novamente e concluo, Senhor Presidente.
Não foi por acaso que o Ministro Segurança Social, Emprego e Trabalho, enalteceu o trabalho
realizado em rede ali pelas instituições e disse que ‘a parceria de todos é mais-valia para o sucesso’
da prestação de apoio aos mais necessitados’.
Para concluir, Senhor Presidente, felicitar a Câmara Municipal, na pessoa do seu Presidente,
Dr. Luís Correia, pelo esforço que agora também vai acrescentar em requalificação urbanística, em
requalificação de edificio e de património, para também instalar, ao serviço das populações, o
Centro de Oportunidadés Sociais, provando assim que a obra física serve as pessoas, serve as
populações e foi para isso que nos elegeram, é nisso que o Senhor representa bem a sua ftrnçâo.
Tenho dito.”
jge Vieira Neves (f) — “Senhor Presidente da Assembleia. Digníssima Mesa. Caros Colegas da
Assembleia Municipal. Senhor Presidente da Câmara. Senhores Vereadores.
Eu hoje queria trazer aqui um assunto, mas não resisto a substituí-lo, por fazer alguns
comentários a algumas intervenções que foram feitas, nomeadamente, por dois deputados do PSD.
É que, às vezes, dá ideia de que, isto, ‘quanto pior, melhor’. Relativamente ao investimento...
‘Não há investimentos em Castelo Branco’... E é feita a pergunta, ‘por que é que Castelo Branco
não consegue captar investimento’... Eu diria — sem falar em questões muito concretas, que não me
cabe aqui falar— é que aqui há seriedade! Aqui só se anunciam os investimentos quando eles estão,
efetivamente, em condições de avançar! Aqui não se fazem anúncios de investimento de ímpeto de
de intenção que, na maior parte das vezes, nem sequer chegam ao fim, ficam pelo
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LL tASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
caminho! E cá estaremos para ver estes investimentos todos que foram aqui enunciados. Depois, a
‘Bloom Consulting’. Este é um assunto recorrente do Partido Social Democrata que passou por três’
órgãos autárquicos. Passou no Executivo da Câmara Municipal, na Assembleia de Freguesia e,
também, aqui na Assembleia Municipal. É curioso, por um lado, é estranho por outro, por que é que
o PSD traz aqui, recorrentemente, rankings onde Castelo Branco está mal posicionado. Por que é
• que o PSD não traz aqui outros rankings onde Castelo está, orgulhosamente, bem classificado. E
refiro apenas dois. O estudo da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, os rankings de eficiência
financeira onde Castelo Branco está bem situado, de uma forma, quase exemplar, a nível nacional.
Outro estudo, da DECO, salvo erro de 2012, em que a cidade de Castelo Branco era a segunda
melhor do Portugal, em termos de qualidade de vida, atrás de Viseu. Depois pergunta-se, o que é
que o Senhor Presidenta da Câmara pensa fazer?... Eu diria que é o que faz todos os dias: trabalhar,
numa estratégia que foi bem definida, que foi apresentada ao eleitorado e que teve uma maioria
expressiva. Portanto, significa que o caminho está a ser bem construído. No fim de contas, eu acho
que nós todos temos que ter orgulho da cidade onde vivemos, do concelho onde vivemos...
Naturalmente que, também, haverá coisas que estão mal, mas isso é da vida, é em todo o lado
assim... E gostava que, de uma vez por todas, este gosto masoquista, de trazer a público más
notícias, numa estratégia de ‘quanto melhor pior’, eu acho que só estamos a prejudicar o nosso
concelho e nós fomos eleitos para tratar que de questões positivas e não, exclusivamente, trazer
aqui coisas negativas. É só Senhor Presidente.”
Hélder Guerra Henriq (P) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal.
Cumprimento toda a Câmara, na sua pessoa, se me permite.
Na sequência daquilo que o Deputado Jorge Neves acabou de dizer, a cidade e o concelho
onde vivemos é um lugar de investimento, de criação de oportunidades de trabalho, um lugar com
dinâmica económica, um lugar com inovação, de empreendedorismo social e, com uma visão de
futuro, na perspetiva da melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos.
Gostada apenas de destacar três grandes investimentos. Dois deles já foram referidos.
O primeiro, diz respeito ao Aeródromo. Um investimento de um milhão de euros na
construção de uma torre de controlo e de um hangar.
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}ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
O segundo, diz respeito ao investimento — embora não sendo de agora, estamos a colher os
frutos — no Centro de Empresas Inovadoras, que continua a dar cartas no que respeita à inovação.
Tem sido, aliás, um dos principais motores da criação de novas empresas em Castelo Branco,
beneficiando os interessados em desenvolver uma ideia e criar um negócio.
Portanto, há aqui dinamismo. Sem dúvida nenhuma há aqui capacidade de chamar a atenção
destes jovens empreendedores e não só.
No fim, não posso deixar de realçar, um investimento na ordem do milhão de euros, também,
que a autarquia realizou na Quinta do Chinco. Este é um projeto que representa bem o modo
sistémico e holístico com que esta autarquia olha para os investimentos que faz.
A Quinta do Chinco é um investimento na área social, que tem sido um sucesso em toda
linha. Desde logo porque partiu-se da recuperação e requalificação de uma antiga quinta, permitiu
ganhar centralidade e valorizar aquela zona da cidade tomando-a mais ‘verde’, sempre a pensar na
qualidade de vida das nossas gentes e numa perspetiva de valorização do meio ambiente e de)
promoção de boas práticas neste particular.
A Quinta do Chinco, no que respeita aos terrenos para cultivar, tem tido uma procura enorme
e estamos a falar já de cerca de 63 hortas entregues, resultado das muitas solicitações; estamos a
falar também de formação no que respeita à produção biológica e ao incentivo à horticultura e
floricultura; estamos a falar de um projeto que envolve também as escolas de Castelo Branco;
estamos a falar do interesse da própria APPACDM ou ainda de um projeto COMER.COM)
•ancorado na ULS de Castelo Branco e que assume como objetivo fomentar hábitos de alimentação
saudável, combatendo a obesidade infantil e os diversos tipos de doenças associadas.
Ora, aquilo que estamos aqui a tentar evidenciar diz respeito, essencialmente, a um trabalho
abnegado que a Câmara Municipal de Castelo Branco está a levar a cabo com o propósito de
melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, dos mais pequenos aos seniores. No fundo pretende-se
fomentar a intergeracionalidade, hábitos saudáveis de vida, valorizar modos agrícolas muito
próprios — identitários até — e no apoio à economia familiar. Podemos mesmo dizer que este projeto
já tem um alcance muito maior do que aquele que, pelo menos eu, inicialmente esperava. É um
projeto envolvente, diferenciador e com relevância para a nossa população.
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Em suma, este Executivo tem feito investimento na cidade e no concelho, numa perspetiva
muito voltada para o bem-estar da população, orgulhando-se de interagir com a população e de
promover infraestruwras com conteúdo, infraestmwras que incorporam dinâmicas sociais, de
inovação tecnológicas e que têm gente dentro!
Parabéns pela iniciativa, nomeadamente no que diz respeito à Quinta do Chinco que é
realmente extraordinária neste contexto de interioridade em que vivemos. Muito obrigado.”
poIdo Martins Rodrig (f) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal e respetiva
Mesa. Senhor Presidente da Câmara e Senhoras e Senhores Vereadores. Senhoras e Senhores
Membros da Assembleia Municipal.
Em primeiro lugar, também, uma palavra de satisfação pelo facto de amanhã celebrannos o
1. °de Maio. A luta dos trabalhadores é importante para a democracia, para a melhoria das empresas
e para que os trabalhadores tenham melhores condições de vida — e, tendo os trabalhadores
melhores condições de vida, obviamente que o país também está melhor.
É por isso que o Partido Socialista, tal como outras forças políticas já aqui o fizeram, se
associa às comemorações do 1. ° de Maio e áquilo que simboliza na luta dos trabalhadores e na
qualidade de vida dos mesmos.
Depois, duas notas. Uma delas referente áquilo que disse o Senhor Deputado Nuno Figuinha
,e que se refere, em concreto, aos atropelamentos.
É obvio que o problema dos atropelamentos preocupa o Partido Socialista, a Câmara
Municipal e todos os cidadãos. Uma morte numa passadeira, um atropelamento com danos fisicos
numa passadeira, é algo que todos rezamos, entre aspas, para que não aconteça.
Também é obvio que a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Castelo Branco e outras
instituições, estão preocupadas com esta situação e estão a trabalhar no sentido de que haja a dita
campanha, que ela se concretize, o mais rapidamente possível. Mas este é um assunto que devemos
tratar com calma, que devemos ponderar a forma como o vamos tratar e é isso que tem estado a ser
feito. Mas brevemente daremos notícias acerca disso.
Queria deixar uma nota sobre investimento. Tivemos aqui, há poucos dias, neste salão nobre,
a visita da Senhora Secretária de Estado do Turismo em que esteve, também, presente a Senhora
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*ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) que
realçou uma coisa que, é de facto, de realçar. Ela disse que, em termos de ‘2020’, o Município de
Castelo Branco ocupa o primeiro lugar a nível nacional, em termos de execução. Isso é bem
revelador do trabalho do Município, não apenas nesta fase em que as coisas estão a andar já bem,
mas, também, naquilo que foi a preparação para que, quando fosse possível apresentar projetos para
que esses projetos tivessem investimento, a Câmara Municipal e os seus serviços, estivessem
preparados para o fazer e responder.
É obvio que o governo anterior nos deixou ‘zero’, mas o Partido Socialista e, concretamente,
o Executivo desta Câmara Municipal trabalhou bem e o lugar número um, em termos de execução é
significativo do trabalho que aqui se faz.
É muito bonito — e, como dizia o Membro da Assembleia Municipal, Jorge Neves —‘ falar de
outros investimentos que são anunciados e que, muitas vezes, não se concretizam, ou não se
concretizam da forma como são anunciados.
Parabéns ao Senhor Presidente da Câmara pela cautela que revela no anúncio desses
investimentos. Sabemos que as coisas acontecem e que acontecem de forma positiva para os
habitantes e para a região.
Há pouco, os meus colegas, referiram os diferentes investimentos e as diferentes empresas
que vão surgindo no CEI... Sabemos que essas empresas vão criando postos de trabalho, vão
trazendo valor acrescentado, inovação... Mas o Senhor Presidente da Câmara, por feitio e,
provavelmente, por estratégia, não faz muito uso desses números.
O facto é que os números existem, que o concelho progride e que a taxa de desemprego é
bastante baixa no concelho.
Mas eu pergunto: será que essas cidades — onde se fazem esses investimentos tão volumosos1
— são melhores para viver do que Castelo Branco? Será que, aqueles que aqui estão, preferiam viver
•em Bragança, na Guarda, no Fundão ou em Portalegre...? E, essas cidades, são mais dinâmicas
proporcionam melhores condições de vida àqueles que nelas residem? Tenho muitas dúvidas.
Parabéns Senhor Presidente da Câmara, pela sua estratégia. Parabéns pela forma como!
executa essa estratégia. Continue porque nós estamos cá para apoiá-lo e o resultado das eleições
autárquicas demonstram que os albicastrenses o apoiam inequivocamente.”
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tASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Maria de Lurdes Pina Ribeiro (PSD) — “Bom dia Senhor Presidente da Mesa da Assembleia.
Exma. Mesa. Senhor Presidente da Câmara. Senhoras Vereadoras, Senhores Vereadores. Caros
Deputados Municipais. Meus Senhores e minhas Senhoras.
Quero felicitar a Deputada Carina Caetano, da CDU.
Queria pronunciar-me em relação ao discurso do Partido Socialista. O Deputado Jorge Neves
diz que o PSD está sempre só a ver as coisas negativas! Eu não concordo, porque se formos a isso,
o Partido Socialista só vê as coisas positivas e só diz que está tudo bem! Não está tudo bem. O PSD
concorda com muitos dos investimentos e com muita da politica que a Câmara está a fazer, mas
muito há por fazer! Nós vimos aqui com estudos, com factos... Opiniões cada um tem a sua e os
estudos valem o que valem e, ao PSD, compete escrutinar o que está menos bem — a oposição tem:
essas funções.
Eu quero aqui dizer que o PSD está numa perspetiva construtiva, evidenciamos aquilo que
não está bem e que gostaríamos que esteja melhor! Nós queremos comparar-nos aos melhoresH
Tudo aquilo que dissermos, nós só ouvimos que a nossa atenção é seletiva e que só ouvimos e
vemos aquilo que queremos.
Eu tinha aqui um outro assunto sobre a natalidade, mas hoje vou-me ficar por aqui. Obrigada.
Maria Hortense Martins (f) — “Bom dia Senhor Presidente. Exma. Mesa. Senhor Presidente da
Câmara. Senhoras e Senhores Vereadores. Membros da Assembleia Municipal.
Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que, para mim e para todos os que estão aqui, a
política é uma atividade nobre. Eu acho que nós todos devemos pugnar para que a política continue
a atrair os melhores e não os oportunistas, para esta atividade. De facto, a política, como atividade
nobre. É a política que nos faz ter orgulho no nosso país, construir o nosso país, construir a nossa,
região, ajudar a melhorar o nosso concelho durante todos os dias. Não poupar a esforços, muitas
das vezes com sacrificios familiares, mas é por tudo ao serviço do povo e de quem nos elegeu e ter
orgulho nessa eleição.
É isso que nós todos devemos ter aqui, não estou aqui para dar lições a ninguém, só estou a
dizer aquilo que sinto e aquilo que me faz andar na política.
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É essa política que eu quero valorizar. Uma política ao serviço do público, com ética
quanto a isso, nós temos que dizer aqui — e eu vou dizê-lo, novamente —, que temos orgulho em
Joaquim Morão!
Orgulho no percurso que ele fez, em tudo o que deu durante estes anos ao distrito, a Castelo
Branco e a Idanha-a-Nova e, também, em termos nacionais. O P5, ao nível do distrito, já fez um
‘comunicado nesse sentido e, quanto a isso, também não queria dizer mais nada, acho que é mais do
que suficiente.
Também gostaria de acrescentar que o Senhor Presidente da República, no seu discurso,
abordou, de certa maneira, o perigo dos populismos, o perigo da destruição das instituições. Esse
perigo está presente constantemente.., O perigo de quem tem interesse em destruir as instituições.
Caros amigos, caros colegas, camaradas, nós não tenhamos dúvidas que, quando tudo estiver
destruído, a única coisa que restará é novamente ditadura... E quando estiver isso, está tudo bem,
está tudo certo, não há críticas para ninguém.
Nesta altura, no fim de dois anos e meio de governo do Partido Socialista, com o apoio da1
esquerda — do Bloco de Esquerda, do PCP... Aproveito, também, para saudar a Cama Caetano,
‘pela CDU, agora que tomou posse... Queda dizer que muito mudou, porque nestes dois anos e
meio devolvemos rendimentos às famílias, investimos nos serviços públicos, fizemos crescer a
economia, houve uma diminuição drástica e acentuada do desemprego, houve um aumento do
emprego e, houve um equilíbrio, em simultâneo, das contas públicas. Isto é o inverso completo.
daquilo que vinha acontecendo.
Castelo Branco, nisso, também é um exemplo porque tem das taxas mais baixas de!
:desemprego, em comparação com concelhos da sua dimensão. E isso, também, não acontece por
i acaso. Acontece porque, de alguma maneira, estão a ser criadas empresas novas com as Startups,
mesmo que sejam micro e pequenas empresas, mas também é preciso ajudar as empresas que cá
‘estão, não é só falar em novas! Que, aque’as que cá estão, permaneçam — muitas vezes em setores
que estão a ser, de forma global, atacados e a ser objeto de uma mande transformação —, que
continuem a ser inovadoras e que se consigam aguentar para permanecerem em zonas do interior e
no nosso distrito.
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Nós continuamos a lutar para mais investimento no distrito de Castelo Branco. Investimento
estratégico, como o caso da linha da Beira Baixa; investimento que está a ser feito, ao nível dos
incêndios, de uma forma mais acentuada.
Dizer-lhes que há muitos eventos e investimentos que são exemplo, em Castelo Branco e que,!
nós temos orgulho, que sejam promovidos e que são cartaz lá fora. Nós todos, eu não tenho dúvida
que devemos fazer mais por isso, porque só assim é que, se calhar, responderemos a isso. Temos
mais investimento, com mais promoção, se todos conseguirmos dizer, lá fora, aquilo que é Castelo
Branco. E temos tanto para dizer! Muito obrigado.”
O Membro da Assembleia Municipal, José Pires Ribeiro, do Bloco de Esquerda do seu lugar,
expôs ao Senhor Presidenta da Assembleia Municipal o seguinte: “Eu só queria registar, que as
regras do jogo democrático são previamente definidas. O Senhor Presidente disse que cada orador
tinha direito a três minutos e meio... Eu registei que o penúltimo orador, o Senhor Leopoldo
Martins Rodrigues, falou cinco minutos e a D. Hortense Martins, falou sete minutos.”
O Senhor Presidente da Assembleia Municipal respondeu que o Membro da Assembleia
Municipal estaria enganado, porque até aquele instante ele ainda não tinha parado o
cronómetro da contagem de tempo da Membro da Assembleia Municipal, Hortense Martins
e, naquele momento, o cronómetro marcava sete minutos. Esclareceu que não quis tirar aj
palavra a nenhum Membro e lembrou o Senhor Membro da Assembleia Municipal, José
Pires Ribeiro, que ele próprio tinha passado do tempo. Percebia que houve raciocínios e
frases que precisavam ser concluídos e a Mesa não quis ser demasiado rígida no aspeto do
tempo. Incentivou todos a esforçar-se para sintetizarem as suas intervenções e, quanto ao,
facto de interromper, ou não, as intervenções que passarem do tempo, deixou-o ao critério
dos Membros da Assembleia.
Mário Barata Rosa (Presidente da Junta de Freguesia de Alcains) — “Exmo. Senhor Presidente
da Assembleia Municipal e respetiva Mesa. Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal.
Exmos. Senhores Vereadores. Exmos. Senhores Deputados Municipais. Exmos. Senhores
‘Presidentes de Juntas de Freguesia. Comunicação Social. Minhas Senhoras e Meus Senhores.
O saber-fazer tradicional, transmitido de geração em geração, é um símbolo da nossa
identidade.
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Com a mostra de Produtos Locais nas diversas feiras organizadas nas freguesias do nosso
concelho, estamos a contribuir para uma enorme atratividade de turistas ao concelho de Castelo
Branco onde, mantendo o cunho tradicional, se procura mostrar as potencialidades do nossoF
território e das nossas gentes.
São eventos organizados com o intuito de promover e valorizar o património gastronómico,
‘etnográfico, artesanal e, simu]taneamente, proporcionar oportunidades de negócios a atividades que
têm sido preseadas por várias gerações.
A Câmara Municipal e as freguesias ousaram inovar e reorganizar, pela primeira vez, todas as
feiras do concelho, aproximando as das pessoas, procurando, com isso, atrair mais visitantes e dar
um novo dinamismo a estes certames.
O próprio comércio local sai beneficiado pelo acréscimo do número de pessoas que nos
visita. Como exemplo, salientam-se as feiras, algumas já realizadas e outras a realizar durante o
corrente ano nomeadamente: Feira do QueUo, em Alcains; Sabores de Perdição, em Castelo
Branco; Festextil, em Cebolais de Cima; Feira Sabores do Borrego, em Escalos de Baixo e Mata;
Feira das Sopas, em Escalos de Cima e Lousa; Feira do Azeite e da Azeitona, em Malpica do Tejo;
Festival da Bica, em Monforte da Beira; Festival dos Moinhos, em Póvoa Rio de Moinhos e
Cafede; Feira da Vinha e do Vinho, em Salgueiro do Campo; Festival Água Mole em Pedra Dura,
em São Vicente da Beira; Feira do FeVão Frade, em Lardosa; Festival do Sarrabulho, em Sobral
do Campo; e Feira do Porco e Enchido, em Tinalhas.
É com a realização destas feiras que a autarquia valoriza todos os produtos endógenos do
nosso concelho, valoriza a tradição e a história e ao mesmo tempo dinamiza as freguesias do’
concelho de Castelo Branco.
A realização destas feiras dá assim oportunidade aos que trabalham nas várias atividades e ao
mesmo tempo mostra aos mais jovens que há futuro e possibilidades de investimento.
Refira-se ainda o envolvimento do Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar (CATAA)
oferecendo ainda mais qualidade a estes certames.
Como exemplo de que a aposta está ganha refira-se o enorme êxito, opinião de todos os que a
visitaram, da Feira do QueUo de Alcains, no passado mês de março. Fruto do novo conceito de
feiras e de toda a reorganização da mesma, foram milhares os visitantes que fizeram com que as
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vendas dos produtos duplicassem relativamente aos anos anteriores, criaram-se novas
oportunidades de negócio e uma certeza de que esta feira ultrapassou em larga medida todas as
expectativas.
Ainda, relativamente à Feira do Queijo de Akains e como Presidente da Freguesia cumpre-
me agradecer publicamente o apoio incondicional dado pela Câmara Municipal para a realização da
mesma. Tenho dito.”
Esgotadas as intervenções dos Membros inscritos, o Senhor Presidente da Assembleia
Municipal passou a conceder a palavra ao Senhor Presidente da Câmara Municipal.
Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Senhores
Deputados. Senhores Vereadores. Minhas Senhoras e Meus Senhores.
Em primeiro lugar gostava de desejar felicidades no desempenho das suas funções à Senhora
Deputada Carina Caetano, que hoje tomou posse. Quem foi substituído sempre desempenhou aqui o
seu cargo com elevação e, tenho a certeza, a Senhora Deputada seguirá essa linha de atuação.
Quanto à sua pergunta sobre os precários, assumo aqui a minha falha, porque o Senhor
Diretorjá me tinha informado que, há cerca de quinze dias, tinha preparado as coisas para fazermos
uma reunião, mas, por falta de tempo, eu é que falhei na tomada dessas decisões. Tudo faremos
‘para cumprir a legislação e aquilo que tivermos por bem de fazer. Aliás, desde logo vimos no
Orçamento para a Câmara Municipal que estamos a reforçar o nosso mapa de pessoal e da nossa.
estrutura ao nível dos recursos humanos. Esse é o caminho que nós estamos a concretizar. Até
porque temos feito muitos investimentos ímpares no concelho de Castelo Branco, investimentos
que estão a funcionar e ao dispor de toda a população e da estratégia definida para Castelo Branco e
eles próprios tém necessidade de recursos humanos e de reforçar, por essa via, o nosso desempenho
‘e o nosso trabalho através do incremento do número de pessoas. É isso que assumimos e vamos
assumir nessa perspetiva.
Relativamente ao Senhor Deputado Francisco Lopes, do PS, que falou sobre o aeródromo e
cuja torre de controlo e hangar inauguramos recentemente, refiro-o para mostrar algo que nós temos
em Castelo Branco de positivo e que a Senhora Deputada também referiu e que acho que era
importante termos consciência disso. No Aeródromo, iniciamos a concretização de uma pista e de
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uma base de apoio logístico, definidos numa estratégia para o concelho, muito bem, pois permitiu-
nos, na altura, concretizar investimentos através de financiamentos comunitários. Essas duas
primeiras obras no Aeródromo foram concretizadas aproveitando esses financiamentos, iniciando-
se essa opção estratégica. Gostaria de dizer aqui, relativamente a esta matéria, é que, na verdade,
nós não alteramos aquelas que são as nossas opções estratégicas, nós conseguimos aquilo que
muitos não conseguiram, nomeadamente, neste investimento que aqui está feito. Se fizemos
investimentos, aproveitámos ffindos comunitários, não virámos as cosias, porque o novo quadro
comunitário já não financia este tipo de investimentos. Com muito esforço, conseguimos dar
continuação à estratégia que iniciamos, aproveitando essas oportunidades. Esses investimentos que
inaugurámos, a torre de controlo e o hangar, mostram, perfeitamente, o esforço que temos que fazer
muitas vezes para dar continuidade ao pensamento para o desenvolvimento do concelho de Castelo
Branco, porque esses investimentos foram de financiamento ‘zero’ e de orçamento total da Câmara
Municipal, desta forma, a maioria dos concelhos em Portugal, se calhar, não o conseguiriam fazer
desta forma. Mantemos o rigor na definição do caminho que queremos concretizar, mantemos o
rigor na gestão dos dinheiros da autarquia e mantemos uma capacidade ímpar de concretização,
mesmo sem termos, neste momento, o apoio comunitário. Mantemos a nossa linha e achamos que é
importante fazê-lo assim, porque se mudamos de caminho, muitas vezes, não sabemos para onde
vamos e se não tivermos capacidade de concretização também não vamos lá. Este é o exemplo de:
um investimento que demonstra, perfeitamente, esta linha da nossa atuação.
Gostava de referir, também, o Revive e o concurso, no âmbito deste programa, do Colégio de
São Fiel. Quero dizer que foi este Governo que olhou para estas matérias, que conseguiu criar o
programa e que foi este Governo — e esta Câmara Municipal — que, muito rapidamente, conseguiu
concretizar e abrir o concurso em tempo recorde, ultrapassando problemas que tivemos para ser
concretizado. Fizemo-lo para ser dos primeiros concursos a serem lançados neste país. Não o
anunciámos antes, mas concretizámo-lo, efetivamente. Alguns já foram anunciados há mais tempo
‘e ainda não estão concretizados, mas, felizmente, nós já abrimos o concurso para a concessão do
Colégio de São Fiel.
Quanto aos incêndios, nunca a Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios
reuniu tantas vezes, como neste momento, desde que tomámos posse. Salvo erro, já reuniu quatro
vezes, acompanhando e esclarecendo o concelho sempre e definindo as opções nessa matéria.
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Esclarecer, também, algo que tem sido apanágio de algumas intervenções: quando se concretiza.
investimento aqui, em Castelo Branco, diz-se que é precário; em outros sítios, anuncia-se
investimento que ainda não está concretizado, mas diz-se que é de quaflficação elevada...
Infelizmente, depois, quando nós vamos ver, nos outros sítios, ainda nem concretizado está o
investimento, nem se sabe quando vai ser concretizado — está anunciado, efetivamente —, mas se
formos comparar o nível das qualificações desses investimentos, são iguais àqueles que nós
concretizámos aqui, com uma diferença: é que os investimentos anunciados são de empresas
privadas que investem por si, mas esquecem-se, também, investimentos de empresas privadas em
Castelo Branco, fazendo parecer que aqueles que são os investimentos das empresas privadas nos
outros concelhos têm a ver com a ação indireta da Câmara Municipal! Não. A Câmara Municipal
de Castelo Branco, teve ação direta na concretização de alans e na criação de postos de trabalho,
efetivamente, coisa que, se calhar, nas concretizações anunciadas por aí, as Câmara Municipais não
tiveram um mínimo de intervenção! Isso fala-se e já começamos a perceber de que esta linha de
intervenção carece muito de conhecimento da realidade sobre aquilo que se diz. Há uma diferençar
enorme sobre aquilo que se diz e aquilo que no terreno é concretizado.
Digo isto, também, referindo-me ao estudo da Bloom Consulting. Tentaram fazer parecer que
a Bloonz Conszdting mede investimentos, mede aumento de turismo, mede, de alguma forma, a1
qualidade de vida. Pois, o estudo da Bloom Consulting, aquilo que faz, é uma medição científica —
não ponho em causa — das pesquisas a nível de internei. É por isso que, nas últimas intervenções
que foram feitas sobre o estudo da Eloom Conszdting, eu relativizei. Umas vezes dão como grande
exemplo de estratégia de marca o nosso vizinho, o concelho do Fundão — que eu reconheço que tem
tido uma verdadeira estratégia de marca — e comparam a estratégia de Castelo Branco com a
daquele. Mas, quando vêm falar do estudo da Bloorn consulting, esquecem-se que, nesse estudo, o
está atrás de Castelo Branco. Nós não podemos ver os estudos como nós queremos e nos
apetece! Temos que vê-los de forma real. Esquece-se, também, que Castelo Branco, a nível do
distrito, é o melhor e esquece-se, também, que ao nível da região centro Castelo Branco está em
oitavo lugar, a nível geral. E, depois, esquece-se também — e diz-se com grandes parangonas — que
a Nazaré ultrapassou Castelo Branco. Pois bem, não é com certeza no volume de investimento que
lá está a ser concretizado, na qualidade de vida que a Nazaré tem, mas é, com certeza, porque teve a
sorte de ter uma onda grande e por essa via estar a ter buscas maiores na internei e, por isso,
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ultrapassar Castelo Branco. Então, que se esclareçam bem estas questões. Não vale a pena denegrir
por denegrir. Fale-se de forma séria sobre estas questões. Infelizmente, não temos mar!
Nesta matéria, falta referir a taxa de desemprego que Castelo Branco tem — fala-se de
investimento, mas faltava referir isto. Castelo Branco também se tem diferenciado pela capacidade:
de concretização de investimentos que fogem aos investimentos de primeira necessidade. Já não é
mera infraestruwração, mas são investimentos que demonstram que Castelo Branco deu um fode
salto nesta matéria e refiro-me àquilo que foi dito por alguns deputados, nomeadamente o Hélder
Henriques, que referiu a Quinta do Chinco, que é, também, um exemplo de investimento que
demonstra o salto que Castelo Branco deu a este nível. É um investimento que aconselho a visitar,
como eu fiz, no sábado de manhã. Cheguei lá e observei, não sei ao certo quantas, mas muitas
pessoas a trabalhar as hortas, a aproveitar o sábado de manhã naquele que é um projeto de
intervenção social e comunitária. Isto demonstra, também a este nível, que com os investimentos
que concretizámos e estamos a concretizar Castelo Branco deu um salto muito forte e é preciso
reconhecer isso. Mas mais. Dizer que são investimentos que estão a ter sucesso na sua utilização: o
Centro de Empresas Inovadoras está praticamente cheio; a Quinta do Chinco — está demonstrado o
seu sucesso; e outros que fizemos, na verdade, são investimentos que mostram que o nosso
caminho, a nossa estratégia está a resultar e que é um verdadeiro sucesso. Não fazemos só
‘investimentos ao nível do essencial.
O Senhor Deputado tinha saido e eu pensei que já não tinha hipótese de o esclarecer sobre a
questão dos transportes (referindo-se ao Membro da Assembleia Municipal José Moreira Duarte),
mas quero dizer-lhe que, aquilo que veio aqui na última Assembleia Municipal, foi um documento
que tinha a ver com a pane paga pela Câmara Municipal, relativamente ao aumento dos transportes.
conforme a legislação. Quanto à questão dos passes, até ao nono ano, os alunos não pagam, no
secundário, pagam 50% e, os mais carenciados, pode chegar ao financiamento pago pela Câmara
‘Municipal até aos 100%. Tal decorre da legislação que existe e é isso que nós aplicamos.
Por fim, referir aqui duas questões. Em primeiro lugar, a intervenção do Senhor Deputado
Mário Rosa, sobre a questão das freguesias. Orgulhamo-nos de tudo o que temos estado a conseguir
concretizar nas nossas freguesias, quer ao nível do investimento, mas sobretudo ao nível do
imaterial. Quando digo ‘estamos’, evidentemente, não me refiro meramente à Câmara Municipal,
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mas ao que conseguimos fazer em conjunto com as juntas de freguesia e, também, com as
associações das freguesias. Tem sido algo, podemos dizer, ímpar no concelho de Castelo Branco.
Foram aqui referidos vários exemplos de alguns que já vinham existindo e aos quais, este
ano, demos um forte incremento.
Por fim, relativamente ao Senhor Comendador Joaquim Morão, quero dizer que nós sempre
reconhecemos o seu grande trabalho neste concelho — para não referir o outro concelho em que ele
também esteve. Por isso, sempre, em todos os momentos que nos são possíveis, os reconhecemos.
Continuamos a reconhecer a sua valia, a sua capacidade de intervenção e a sua obra no
‘concelho de Castelo Branco. Eu tive o cuidado, quando inaugurámos a torre de controlo, de chamá
lo para descerrar a placa, também, para esse ser, precisamente, mais um sinal de reconhecimento. E
tive o cuidado de, no discurso de inauguração, referir a estratégia que ele concretizou. Até aí nós
estamos a honrar o seu nome, porque estamos a seguir e demos continuidade a uma estratégia que
ele iniciou. Muito obrigado.”
José Moreira Duarte (PSD) — “Senhor Presidente, eu não tenho dúvidas nenhumas daquilo que
me acabou de relatar, tanto mais que eu próprio o referi na minha intervenção. Ou seja, os alunos
do secundário pagam 50%, os alunos até ao nono ano é gratuito — porque é o Governo que faz a
transferência das verbas totais para esses pagamentos, não é a Câmara. Mas a minha questão
principal era outra: havendo estes aumentos, havia ou não disponibilidade da Câmara para cobri-los
em vez de deixar que sejam as famílias a fazê-lo? Eu poderia ter apresentado este assunto de outra
forma, mas não quis colocar os Senhores Presidentes de Junta numa situação desagradável, fazendo
uma recomendação. Provavelmente, a maioria, votava contra nós, que é o habitual, mas acho que é
um valor tão insignificante que a Câmara não fazia nada de mais se suportasse estes aumentos que
•todos iriam agradecer. É só isto que eu queria dizer. Muito obrigado.”
Solicitou a palavra o Membro da Assembleia Municipal, Francisco Oliveira Martins.’
Contudo, como não era para fazer um pedido de esclarecimento, o Senhor Presidente da Mesa
da Assembleia Municipal referiu que, nos termos do novo Regimento da AssembleiaS
Municipal, que estava para ser aprovado na presente sessão, a intervenção solicitada, para’
dar e não pedir um esclarecimento, não faria nenhum sentido — a figura, dar uni
esclarecimento, não estava contemplada naquele Regulamento.
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Terminada a período antes da ordem do dia, os trabalhas passaram a ser conduzidas, para o
período da ordem do dia.
II- PERÍODO DA ORDEM DO DIA
Ponto 1— Aprovação das atas n.°s 1,2 e 3 referentes às sessões de 28/02/2018 e 20/03/2018 (duas)
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar as atas n.°s 1, 2 e 3 referentes
às sessões de 28/02/2018 e 20/03/2018 (duas).
Ponto 2—Apreciar uma informação do Presidente da Câmara sobre a atividade municipal e a
situação financeira do Município
INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE MUNICIPAL A OUE SE REFERE A ALÍNEA C)
DO N.° 2, DO ARTIGO 25.°, DA LEI N.° 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO
1 — Situação Financeira em 20 de abril de 2018:
Saldo da dívida a fornecedores € 100.326,68
2 — Mapa de Execução do Plano de Atividade de 2018:
Anexo informação do Departamento de Administração Geral (Doe. 1)
3 — Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Castelo Branco:
Anexo informação prestada pela Senhora Administradora (Doe. 2)
Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente. Senhores Vereadores. Senhores
Deputados. Eu apresentei já aqui, como é costume, o que foi a atividade municipal, nomeadamente
todas as nossas concretizações e o documento referente a este ponto está ao dispor dos Senhores.”
Ponta 3—Apreciação da proposta de “Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais
e Respetiva Avaliação, em 31 de Dezembro de 2017”
3.1. Câmara Municipal de Castelo Branco. (Proposta n.° 3/2018)
Diretor do Departamento de Administração Geral — “Muito bom dia a todos os Membros da
Assembleia Municipal e do Executivo.
Como é habitual, nos termos da Lei, na Assembleia Municipal de Abril, deve vir umaF
informação com o Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais e Respetiva Avaliação,
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em 31 de Dezembro de 2017, que está subjacente à aprovação de contas. De acordo com os valores
apurados, o Município de Castelo Branco tem um total de Massas Ativas de E 447.823.764,00 e
Massas Passivas, por força, também, do decréscimo dos empréstimos, de E 6.491.102,00. O que dá
um Valor Patrimonial de E 441.332.661,00. Portanto, os Bens, Direitos e Obrigações totalizam
quatrocentos e quarenta e um milhões e é depois o reflexo das contas da Câmara Municipal de
Castelo Branco. O que não está aqui refletido é o imobilizado em curso, que ainda não está
contabilizado, ou que está a ser transferido para contas do ativo do imobilizado corpóreo, ou o que’
está em execução, neste momento.”
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de
“Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais e Respetiva Avaliação, em 31 de,
‘Dezembro de 2017, da Câmara Municipal de Castelo Branco”. (Proposta n.° 3/2018).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 1.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
3.2. Serviços Municipalizados de Castelo Branco. (Proposta n.° 4/20 18)
Administradora dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco — “Bom dia. Cumprimento o
Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Digníssima Mesa. Senhor Presidente da Câmara.
Senhora Vereadora e Senhores Vereadores. Senhoras e Senhores Membros da Assembleia Municipal.
Relativamente ao Valor Patrimonial dos Serviços Municipalizados, temos como Massas
Ativas, € 102.594.807,00 e como Massas Passivas, E 51.103.378,00. Um Valor Patrimonial
considerável de €51.491.490,00.”
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de
“Inventário de Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais e Respetiva Avaliação, em 31 de]
Dezembro de 2017, dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco”. (Proposta n.° 4/20 18).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 2.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
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Ponto 4 — Apreciação e votação da proposta de “Documentos de Prestação de Contas do
Exercício do ano 2017”
4.1. Câmara Municipal de Castelo Branco. (Proposta n.° 5/2018)
Presidente da Câmara Municipal — “Relativamente às contas da Câmara Municipal de Castelo
Branco, só quero referir dois aspetos.
Estas são as contas, no fundo, que fecham as contas dos quatro anos do mandato passado. Em
2017, como nos restantes três anos de mandato, a Câmara Municipal fez investimentos
consideráveis e ímpares ao nível material. Fortalecemos o investimento e as nossas concretizações
ao nível imaterial. Conseguimos concretizações em parceria com outras instituições. Fizemos
investimentos fora das competências atribuídas à Câmara Municipal diretamente e mantivemos
uma situação económica e financeira forte, assim como pretendemos. Gostava apenas de referir os
rácios económico e financeiros que são apresentados neste relatório de contas da Câmara Municipal
que, na verdade, muito nos orgulham, porque conseguimos ter uma perspetiva estruturada,
consistente, na nossa atuação. Quando digo estruturada e consistente é porque conseguimos
concretizar tudo aquilo que já foi referido aqui e, ao mesmo tempo, mantermos uma situaçâo
económica e financeira ímpar, neste Município. Muito obrigado.”
João Dias Pereira (P) — “Muito bom dia a todos. É, de facto, o quarto exercício de aprovação de
contas e o respetivo relatório e começam a faltar aqui adjetivos para poder assinalar aquilo que tem
sido o trajeto económico e financeiro, porque este concretizável e racional, é feito com números e[
não há interpretações dúbias. Ou é, ou não é! Os números são números. A matemática é a ciência
Imais exata da natureza. Olhando para este balanço dos últimos quatro anos, eu diria que há aqui
uma palavra: equilíbrio. Um saudável equilíbrio das contas da Câmara Municipal de Castelo
Branco. Ontem eu estava a estudar economia com a minha filha, ela está no 11.0 ano de
escolaridade e, por acaso, até deu jeito estar aqui a utilizar algumas demonstrações de resultados!
para lhes dar algumas indicações, ao tentar ajudá-la para o teste que vai ter hoje. Na página 35 do
relatório há uma regra, que segundo a legislação em vigor, se chama regi-a do equilíbrio. Utilizando!
estas palavras, vou ler textualmente, ‘a receita corrente bruta cobrada deve ser pelo menos igual à
despesa corrente acrescida das amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazos’.
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Portanto, utilizando esta regra do equilíbrio, a Câmara Municipal, este ano, apresenta uma
margem de cerca de onze milhões de euros. Isto é, de facto, aquilo que nós chamamos um
equilíbrio saudável. Quando olhamos para as contas propriamente ditas e dentro dos volumes de’
receitas e despesas, realço aquilo que o Senhor Presidente da Câmara já disse, o investimento.
muito significativo de cerca de dezoito milhões de euros — eu vou arredondar números para uma
mais fácil perceção — e que representam 47% das despesas executadas. Esta é a linha de trajetória
daquilo que é um equilíbrio financeiro e económico, mas, sobretudo também, um equilíbrio na
estratégia seguida pelo Executivo. Mas é um equilíbrio ao qual eu adicionaria outro qualificativo: é
um equilíbrio com ambição, porque todos os anos há investimento, todos os anos há um rumo
traçado. Isto não caiu do céu, foi uma herança que veio do passado e todos nós sabemos que muitas
vezes é fácil destruir aquilo que o passado nos lega — veja-se isso nas famílias em que as segundas
gerações destroem aquilo que os pais construíram —, de facto, é muito fácil gastar o dinheiro dos
outros. Mas aqui não. Tem havido essa preocupação com o passado, com a taxa de execução e
vamos ver ao Plano Estratégico que foram executados, nas Grandes Opções do Plano, cerca de
vinte e quatro milhões de euros que correspondem a uma taxa de execução de 74%. Claramente, o
equilibdo tem a ver com ambição, de acordo com a estratégia traçada e, também, com o equilíbrio
para o futuro: nós soubemos receber uma herança, soubemos cuidar dela e agora estamos a preparar
o futuro, deixando um saldo positivo para aquilo que é o continuar do desenvolvimento económico
e social do concelho. O desenvolvimento económico não se mede só com as obras, nem com as
rotundas, nem com os pavilhões. Mede-se com aquilo que é o imaterial e, de facto, é muito dificil
quantificar quanto é que vale o festival que inaugurámos no dia 25 de abril... Quanto é que isto...
É dificil de medir... A Bloom Consulting diz, outros dizem, há muitos indicadores... Mas o.
indicador que vale nisto tudo é o indicador do Anuário Financeiro. Esses é que são os indicadores
materiais de real execução perante os municípios portugueses. Eu terminaria com três notas. Uma,
fazer um alerta ao Senhor Presidente da Câmara, pois ele esqueceu-se de dizer uma coisa em
relação à Quinta do Chinco: os espantalhos já lá estão. Foi uma promessa que tinha feito aqui, a
propósito de um comentário ali da bancada do PSD. Os espantalhos já estão na Quinta do Chinco,
mais uma promessa cumprida. Segunda nota, mais pessoal e, utilizando este lado empresarial: se
esta Câmara Municipal fosse uma empresa estaria, seguramente, no PSI-20 e todos os analistas
dariam conselhos para comprar ações deste Município. Isto revela a saúde financeira desta
autarquia. Finalmente e porque não podia deixar de ser, uma vez que o Jorge Diogo, o Presidente
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da Junta de Freguesia de Malpica do Tejo não vai falar, no dia 5 de maio, vamos ter o Zeca Afonso
e, portanto, ‘tragam outro amigo também’. Muito obrigado.”
José Moreira Duarte (PSD) — “Cá estamos mais uma vez. Permito-me fazer um preâmbulo e
agora dirijo-me ao Senhor Deputado Jorge Neves, pela sua avaliação das intervenções anteriores,
não sei se foi por ter falta de conteúdo para a sua intervenção de hoje, ou não — mas de certeza que
tinha, a sua imaginação arranjava-lhe muitos conteúdos, se assim os quisesse. Mas queria dizer-lhe
e, também, indo ao encontro daquilo que a Senhora Deputada Hortense Martins disse, eu acho que
a vida pública e a vida política devem ser feitas com dignidade e seriedade. É nesse sentido que eu
cá estou e só assim é que estarei até ao fim. Se calhar não foi por acaso que, também, não se dirigiu
‘a mim! Mas, de qualquer forma, quero dizer-lhe o seguinte: se assuntos de referência à empresa
Bloorn Consulting e não só, foram abordados no Órgão Executivo, na Assembleia de Freguesia &foi aqui abordado uma vez, não é nada de anormal. Provavelmente, anormal, é que hajam assuntos
que são aqui abordados cinco ou seis vezes, os mesmos assuntos, dentro desta mesma Assembleia
Municipal! E bastará ler a ata desta sessão em que estamos hoje! Quando a ler, vai ver, quantas
vezes lá são abordadas as mesmas coisas. Até parece que nós não as ouvimos e não as sabemos.
Mas nós estamos e estaremos cá, sempre, para ouvir todos aqueles que assim o quiserem dizer
porque, se o querem dizer é porque entendem que o devem dizer e nós temos a obrigação de os
ouvir! Não entendi o comentário do Senhor Presidente quando disse que as contas de um ano são as
contas de quatro anos, porque até parece que não foram aprovadas as contas dos três anos anteriores.
Aquilo que nos traz aqui, é tão só isto: se a nossa visão fosse a mesma e se todos nós
quiséssemos — nós e vós —, estaríamos na vossa bancada. Se estamos noutra bancada é porque a;
nossa visão não é a mesma. E ainda bem que não é a mesma! Até nos dá oportunidades de dar
respostas e deixar perguntas no ar...
Assim, começo por dizer, em relação às contas de hoje, que o que nos move aqui hoje e que
‘nos vai levar ao sentido do voto, não é tão só o ponto de vista financeiro. Não tenho dúvidas que as
contas estão corretas, acredito nas pessoas que as fazem, tenho a máxima confiança nelas, não é só
‘de agora que as conheço e acredito, também, nesta Câmara que sempre as têm feito nos últimos
anos, O que nos move, exatamente, é a estratégia e os objetivos com que ela é feita. No momento da:
nossa tomada de posse, no qual eu tive oportunidade de intervir, deixei algumas ideias e propostas
para uma governação mais próxima de alguns problemas do dia a dia do nosso Município. E
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
continuamos a sentir que os casais jovens não encontram aqui as melhores condições para constituir
as suas famílias e a prova disso vai-se ver ao longo dos seguintes anos e se não vamos ter, ou não,
mais jovens casais a residir na cidade! Se tivermos, serei o primeiro a reconhecer que enei! Se não’
os tivermos, serei o primeiro a reconhecer que estava atento a isso! O emprego: é bom ouvirmos
dizer que o desemprego está a diminuir, mas algum desse desemprego temos que o considerar ainda
precário. As freguesias: de uma vez por todas, as freguesias, com a folga financeira que este
município tem, eu acho que terá que haver um investimento diferente nas freguesias de forma a que
elas não desertifiquem da forma que estão. E pronto, devo ter aí mais três ou quatro coisas nesse:
sentido, algumas delas já cá foram ditas. Enquanto nós não sentirmos que estas nossas e outras
ideias fazem parte dos objetivos principais a atingir por este Município, não podem contar com o
nosso voto favorável. É para votar contra, então! Muito obrigado.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “O Deputado Jorge Neves
quer pedir algum tipo de esclarecimento?”
jge Vieira Neves (f) — “Senhor Deputado José Alberto, hoje é o dia do seu aniversário. Muitos
parabéns, espero que conte muitos, com saúde. Eu gostava de lhe dizer o seguinte: eu já sou autarca
há vinte e quatro anos. Já vi muita coisa. Passei aqui por esta casa estando na oposição e reconheço
e respeito muito o seu papel. Aquilo que eu acho, muito sinceramente, é que a oposição tem um
papel muito mais além, do que só vir aqui fazer críticas. Acho que as criticas são importantes no
sentido de que, quem está a gerir e a administrar, possa melhorar. Mas, às vezes, também é
importante que não nos esqueçamos que estamos a defender um concelho, estamos a defender os
órgãos municipais. E, às vezes, também seria bom, no que diz respeito a outro tipo de rankings e
outro tipo de estudos, vir também aqui dizer: ok, estamos satisfeitos e isso assim seja, porque isso ébom para todos. Foi só isso apenas o que eu quis referir. Respeito muito o papel da oposição,
porque sei que custa! Estar na minoria custa, mas, enfim, como se costuma dizer e já que estamos
num período importante, entre o 25 de Abri! e o J”de Maio, ‘o povo é quem mais ordena’ e a partir’
daí não podemos fazer nada! Portanto, só para esclarecer: eu não critiquei essa questão! Só critiquei
a afirmação pela negativa, de uma forma sistemática. Muitas vezes, há coisas para dizer de mal mas
também há muitas para dizer de bem. A minha intervenção centrou-se apenas e só nessa questão.
Acho que fiji claro e, Senhor Presidente, muito obrigado por esta oportunidade.”
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Senhor Deputado, não
me parece que tenha feito um pedido de esclarecimento. E as figuras regimentais são para se
cumprir. Tem novamente a palavra, para responder, o Deputado Jorge Moreira Duarte.”
José Moreira Duarte (PSD) — “Eu acho que a história ajuda-nos a perceber estas coisas. Eu
poderia ter começado por dizer ao Senhor Deputado Jorge Neves que, quando o PS estava aqui em
minoria, provavelmente, se cá tivesse estado e se tivesse acompanhado isso como acompanha,1
seriamente, teria percebido qual era a atitude do PS quando era minoria e oposição. Não lhe quis
dizer isso. Mas já que veio com esse atalho defouce, eu também já cá estive em maioria! E é nesse,
sentido que queria deixar-lhe isso bem esclarecido e mais: eu nunca fiz criticas por criticas; sempre’
fiz criticas, apresentei propostas e todas as situações foram aqui trazidas. Já me foi respondido que
iam ser tomadas em atenção situações, que iam ser resolvidas e nem sempre foram. Vamos ver se
são ou não!”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “Antes de mais e uma vez que já se falou tanto no Regimento,
relembrar que logo na minha primeira intervenção eu propus o adiamento da sua votação... Se o
‘Senhor Presidente da Assembleia Municipal puder pronunciar-se...”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Depois, quando
chegarmos a esse ponto, analisaremos.”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “Pronto, está certo.
Relativamente à proposta n.° 5, o Relatório de Gestão e Prestação de Contas, antes de mais,
dizer que considero que estão muito bem construídos, com informação muito precisa, com mapas
bem organizados. Tecnicamente, nada a dizer. No conteúdo surgiram algumas informações dúbias e,
que mereceram mais atenção. Não considero que seja positivo que um ligeiro aumento de1
‘trabalhadores, ainda assim, implique uma estrutura de custos com o pessoal muito abaixo da média
nacional. Não quererá isso dizer que o Município está a pagar pouco? Também não consegui
perceber como é que, o Município conseguiu manter a estratégia de grande investimento, com a
diminuição nas receitas de capital. Não sei se será uma dúvida por a contabilidade não ser a minha’
área! Também não consegui perceber como é que pode ser positiva a libertação, de quase doze
milhões, da gestão corrente, para investimento — como eu, talvez muitos cidadãos. Não resultará de
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3,ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
aqui prejuízo para os trabalhadores? Dezoito porcento de despesas com o pessoal não é pouco, não
podemos gastar até trinta e cinco porcento? Estes valores vêm reforçar que a Câmara tem como•
política ftindamental entregar serviços a privados com todas as consequências que se conhecem.
Considero que a Câmara deveria ser o grande empregador e dar um bom exemplo aos
restantes.
Surgiu-me uma dúvida que tem a ver com o reforço da Conta 51 — Patn,nónio, na página 57.
Não percebi para que é que serve. Se puder esclarecer!
No documento de prestação de contas apresentou uma listagem tão grande de subsídios que
me dei ao trabalho de contar: 188 — extraindo as freguesias, restam 122 transferências. O mais
curioso é que não encontrei o valor total das transferências de capital, nem das transferências
correntes. Certamente, um lapso que poderá ser corrigido futuramente. Refiro só algumas
transferências que me despertaram mais curiosidade, se calhar pela invulgaridade dos nomes, mas
também pelos valores monetários envolvidos, como por exemplo a Associação Gente Recente, que
envolveu E 157.000,00. Que entidade é esta? Depois, a Associação Figo da India, não tenho visto à
venda, mas até gostava de comprar e provar. Esta associação teve uma transferência de capital de E
2.000.00 e de transferência corrente de € 35.000,00. Portanto, são documentos que, por uma
questão de coerência com as nossas últimas votações, nos vamos abster.”
Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Agora sim é para um pedido de esclarecimento. A
minha colega Deputada da CDG falou nas transferências. Eu só tenho aqui uma que não consigo
entender e gostava de ser esclarecido. Eu não sei, mas ela, de certeza, tem todo o seu cabimento:
uma transferência de E 60.000,00, para a CGTP-IN? É a única pergunta que me fica.”
José Pires Ribeiro (j) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Senhores Deputados e
Deputadas. Senhor Presidente da Câmara. Respetiva Vereação. Minhas Senhoras e meus Senhores.
Alguns pedidos de esclarecimento.
Em relação ao relatório de gestão, na página 12, é referida a análise orçamental da receita e
logo a seguir diz ‘o valor orçamental da despesa’... Portanto, deve haver aqui um pequeno
equívoco. Congratular-me em relação à análise financeira: a liquidez geral 16,26, em 2017 e a
solvibilidade 55,08. Mais à frente, sobre os empréstimos, na página 35, é referido que o capital em
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4ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
divida, em 31 de dezembro de 2017, era de €4.453.854,00; e na página 33, é referido um valor de’
E 3.858.656,03. Se fosse possível, estes esclarecimentos, eu agradecia. Em relação às opções, aqui
podemos constatar as opções estratégicas da nossa Câmara Municipal e vou só referir algumas, do’
montante previsto de investimento para 2017 e do montante executado — e se fosse possível alguns
‘esclarecimentos, agradecia, embora em algumas eu perceba que são opções estratégicas.’
Requalificação da Escola Secundária Amato Lusitano, tivemos um nível de execução de 38%. O
Programa Habitar, para o qual estavam destinados € 100.000,00, teve um nível de execução ‘zero’.
Uma obra a que eu já me referi em ocasiões anteriores, que se trata de uma opção que continua
adiada: Sistema de Bicicletas Partilhadas de Castelo Branco, que teve um nível de execução ‘zero’
e o valor que estava previsto para 2017, era de € 2.500,00. A Requa4flcação e Valorização
Ambiental do Barrocal, que teve um nível de execução de 41%, € 96.000,00 para uma previsão de
€ 234.000,00. Nas funções sociais, serviços culturais, recreativos e religiosos, o nível de execução
de 22,54 na Beneficiação e Conservação do Complexo do Paço Episcopal de Castelo Branco e
Edifício do Museu, para o investimento previsto de € 283.000,00 foram executados € 63.000,00.
No desporto, recreio e lazer, Construção da Pista de Atletismo, Bancadas e Acessos, nível de
execução ‘zero’. Construção e Beneficiação de Parques de Campismo Municipais, nível de
execução ‘zero’. Construção da Pista de Karting, que estava previsto um valor de quase €
1.000.000,00, o nível de execução foi de 7,24. Construção de Um Pavilhão na Área de Localização:
Empresarial, Lote 120, estavam previstos E 22.000,00. Sinalização Viária do Município, nível de
execução de 53%. Transferência de capital para a CATAA — Associação Centro de Apoio
Tecnológico, estava previsto um montante de € 120.000,00, nível de execução ‘zero’. Noutras
funções económicas, Construção, Conservação, Reparação e Melhoramentos de Ed{ficios
Propriedade do Município. estavam previstos € 1.267.000,00, teve um nível de execução de 46%, E
‘558.000,00. Apoio às freguesias no quadro da Salvaguarda dos Interesses Próprios das Populações
para Equipamentos Sociais, nível de execução ‘zero’, para um investimento previsto de E
245.000,00. E é tudo. Muito obrigado.”
Terminado o período de pedido de esclarecimentos, o Senhor Presidente da Mesa da
Assembleia Municipal deu a palavra ao Senhor Presidente que, por sua vez, a cedeu ao
Senhor Diretor do Departamento de Administração Geral, Dr. Francisco José Alveirinho
Correia, para esclarecer a Assembleia Municipal sobre as questões técnicas.
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1ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Diretor do Departamento de Administração Geral — “Eu não sei se apanhei as questões todas,
mas volto a frisar que nós estamos sempre abertos, neste período dos oito dias, para dar todos os
esclarecimentos sobre as dúvidas que nos apresentem. Relativamente à questão que colocou do
resultado apurado do exercício anterior, de acordo com o POCAL, 5% destinam-se a reforçar
reservas legais que já temos em termos de balanço, o resto passa para o Fundo Patrimonial, para a
Conta 51. São os movimentos que são feitos, nós tivemos cerca de € 2.000.000,00, € 105.000,00
‘para as reservas legais e o resto para o Fundo Patrimonial — nós não temos Capital Social — que é o
património que representa, no fundo, todo o resultado que é apurado anuaLmente. Não sei se foi
essa questão que colocou...
Relativamente às últimas questões na página 12, efetivamente é um erro, se estamos a falar
de receita não podia ser despesa.
Relativamente aos empréstimos, quero dizer o seguinte: os empréstimos dividem-se em curto
prazo e médio e longo prazos. Os empréstimos em vigor são de médio e longo prazo, mas, de
acordo com diretivas do SATAPOCAL, o que se vence no próximo ano passa a curto prazo. o resto
continua em médio e longo prazos. Daí que os cerca de € 4.000.000,00 sejam depois divididos:
aparece a curto prazo cerca de E 1.000.000,00 e mantém-se em médio e longo prazo cerca de €
3.000.000,00, cuja soma resulta nos cerca de E 4.000.000,00.
Não sei se haverá mais alguma, eu só apanhei estas. Além do mais, as contas estão
certificadas pelos auditores.
Presidente da Câmara Municipal — “Quero começar esta intervenção dizendo ao Senhor
Engenheiro Jorge Neves algo, sobre a sua intervenção. Quando diz que estar na oposição custa, o
que eu gostaria de acrescentar é: custa, principalmente, quando alguém está a gerir e a concretizar,
muito bem, uma estratégia de desenvolvimento. Ai ainda custa mais.
Senhora Deputada Carina Filipe Caetano já lhe respondi, no período antes da ordem do dia,
que, efetivamente, precisamos reforçar e vamos reforçar a contratação de alguns recursos humanos.
Lamento é que, desde o momento em que se abre um concurso até à entrada das pessoas, muitas
vezes demoram-se meses e meses para cumprir todos os procedimentos administrativos, senão até
andaríamos mais rápido. A Associação Gente Recente é uma entidade da aldeia de Vilares de
Baixo e que, essa transferência que fizemos, foi para a construção do centro social, que está ao
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
serviço de toda a população e comunidade. Está ali a Senhora Presidente da Junta de Freguesia de
Sarzedas que poderá dizer o quanto representa esse centro social numa aldeia como Vilares de
Baixo e o que significa para dinamização social, não só de Vilares de Baixo, mas também de todas
as outras comunidades. É por isso que eu refiro muitas vezes que nós, para além de
concretizarmos investimento material e imaterial, ainda vamos mais além, através destas parcerias.
Permite-nos ir mais longe, na concretização da nossa estratégia. Este exemplo — ainda bem que
colocou esta questão — é, perfeitamente, a demonstração disso. Podia dizer-se: Vilares de Baixo é
uma aldeia tão pequenina! Não. Estamos ali a investir para concretizar essa realidade e para tentar
ir contra o movimento demográfico, que infelizmente ocorre em todo o interior do país. Isso,
também, só é possível, por aquilo que referiu, relativamente a transferir receitas correntes — não
gasta tudo em receitas correntes — transfere um bom valor para despesas de capital. Isso é que tem
permitido fazer o investimento que temos feito. Na sua intervenção, o Senhor Deputado João
Pereira, diz que é preciso fazer esta gestão e este caminho com equilíbrio. É esse o equilíbrio que
nós pretendemos fazer e fazê-lo perfeitamente. Quanto à questão da CGTP-TN. Ainda no mandato
anterior a este último que nós tivemos, foi cedido, pela Câmara Municipal, um espaço na Fábrica
da Criatividade, à CGTP-IN, para instalação da sua sede. A CGTP-IN ia fazer investimentos no
espaço do rés-do-chão, ou na cave — no rés-do-chão dum lado, na cave do outro, na rua de baixo.
Era uma fábrica que estava abandonada e foi-lhes cedido, nessa altura, esse espaço. Em 2017,
quando estávamos a concretizar o projeto da Fábrica da Criatividade, considerámos que era
importante ficar com aquele espaço para esse projeto, por isso apoiamos aquele investimento da
CGTP-IN, que saiu da Fábrica da Criatividade. Eles arranjaram uma sede noutro lado, onde
fizeram um grande investimento e, para compensar a saída do espaço prometido, foi-lhes dado
esse apoio. Senhor Deputado do Bloco de Esquerda, diz muito bem. Há aí obras, que esclareci —
inclusivamente, quando foi da elaboração do Orçamento, nas reuniões com a oposição —, que são
investimentos cuja opção é de não avançarem mais depressa, porque, para termos estas contas que
hoje aqui apresentamos, gerimos desta forma. Muitas obras, é nossa opção, assumimo-lo, não
avançam por opção estratégica e por aquelas que são as nossas capacidades de concretização. Não
de as colocar aqui porque dizemos que é uma opção nossa. As Bicicletas Partilhadas, é
uma opção nossa. Mas também o assumimos quando dizemos, que apesar de registada nas
Grandes Opções do Plano — colocamos lá um valor simbólico —, porque achamos que não temos
possibilidade de a concretizar neste momento. Estamos a aproveitar um conjunto muito grande de
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4ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
financiamentos e estamos a fazer aquilo que somos obrigados para aproveitar esses
financiamentos comunitários que é, fazer obras que são financiadas, à frente de obras que não são
financiadas. De outra forma não aproveitamos as oportunidades. Essa foi a opção, nomeadamente,
o esforço que estamos a fazer nessas questões. Quando nós colocamos aqui uma obra para
concretizar pomos logo, antes do concurso, o valor que pensamos possa vir a ser. Depois têm que
decorrer os concursos, erros e omissões e tudo isso... Desliza logo... Depois, outra coisa é a
execução dos empreiteiros, que nem sempre é aquela que nós queremos e que desejaríamos...
Portanto, nós achamos que devemos valorizar a execução global daquilo que é essa realidade. Até
‘que, por exemplo, referiu aqui uma execução de zero por cento, de uma transferência para a
CATAA, porque achamos que não era necessário fazer essa transferência em 2017, permitindo
‘uma poupança de dinheiro. E é esta gestão que temos de fazer, com equilíbrio. Mal de nós quando
acharmos que, numa obra, conseguimos executar cem por cento. Isso é totalmente errado, nunca
conseguiremos executar, a cem por cento, tudo o que está planeado, por motivo de tudo aquilo
que, em termos administrativos, é obrigatório seguir. O que lhe posso dizer é que esta Câmara tem
sabido gerir tudo isso, até, inclusivamente, essas dificuldades. E tem concretizado e mostrado isso.
Senhor Deputado José Alberto, quando referi que estas eram ‘as contas que fechavam quatro anos
do mandato’, porque era o último ano de mandato, não disse que as outras não foram avaliadas.
‘No final de 2017, podemos ver, nas contas, aquilo que foi o trabalho feito em quatro anos, durante
o mandato. Foi a isso que me referi, não disse que não tínhamos avaliado ‘as contas dos três anos
anteriores’. Até diga mais. Nós investimos no material e no imaterial, fomos mais além com a
concretização de parcerias. que já referi e mais: adquirimos património que veio reforçar a
situação patrimonial da Câmara Municipal. Adquirimos muito património, ao longo destes quatro
anos e, ainda mais: amortizámos, cerca de quatro milhões e meio de dívida bancária. Fecharmos
2017, com estas contas foi, julgo eu, a execução de um mandato muito bom e muito positivo.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com seis votos contra, sendo cinco do
PSD e um do BE e uma abstenção da CDU, aprovar a proposta de “Documentos de Prestação
de Contas do Exercício do ano 2017, da Câmara Municipal de Castelo Branco”. (Proposta n.°
5/20 18).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 3.
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44ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
4.2. Serviços Municipalizados de Castelo Branco. (Proposta n.° 6/2018)
Administradora dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco — “Senhor Presidente da
Assembleia. Respetiva Mesa. Deputados. Senhor Presidente. Colegas Vereadora e Vereadores.
Os Serviços Municipalizados mantiveram, em 2017, o seu rumo, trabalhando para melhorar o
serviço prestado aos consumidores, bem como para assegurar a sustentabilidade económica e
financeira. As contas apresentam um grande equilíbrio, não obstante as exigências da entidaderreguladora que obrigou a fazer um grande esforço, relativamente à despesa corrente e ao
investimento. Aqui só queda fazer um parêntesis, para dizer que esta despesa corrente, de facto,
podia ser menor, mas tivemos alguém no passado que não soube acautelar os interesses do interior.
Continuámos a renovar redes quer na cidade, quer nas freguesias, que permite manter a
qualidade da nossa água e continuar a ter níveis de perdas, que são uma referência para outras
entidades gestoras que continuam a ter perdas de água acima dos níveis recomendados. Também, a
continuação da modernização dos serviços, com o aumento do investimento em sistemas
tecnológicos nas três áreas de atividades, que contribuem, por um lado, para a eficiência e, por
outro, para a preservação ambiental e, consequentemente, para a nossa qualidade de vida. Em
conclusão, os resultados mantêm-se na linha dos registados há alguns anos: traduzindo uma gestão
rigorosa e criteriosa; assumindo o compromisso de prestar um serviço de qualidade, sem abdicar de
um investimento imprescindível à sustentabilidade flitura; e, todo o investimento que fizemos,
direcionámos quer para a cidade, quer, também, para as freguesias. Tenho dito.”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “Começava por apontar os aspetos positivos que encontrámos,
nomeadamente: a redução das perdas de água, um percentual de dezassete por cento, quando a,
média nacional ultrapassa os trinta por cento; a manutenção dos postos de trabalho; a estabilização
da população, que concluímos com os dados do documento; a atribuição de tarifas sociais; e uma
gestão com saldo positivo e com lucro.
Há aspetos a melhorar, como é óbvio.
Os escalões obrigam pessoas, que não gastam água, a pagar — e aí percebe-se que o aumento
das receitas não tem a ver com o aumento do consumo, mas si com os escalões.
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LJ)
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Com os resultados que verificámos neste documento, podemos ainda concluir, que com uma
gestão criteriosa e de forma racional, não há necessidade do aumento da água.
Portanto, é um documento de que estamos a favor e que iremos, certamente, aprovar.”
Maria do Carmo Nunes (P5) — “Os Serviços Municipalizados apresentam-nos os documentos de!
prestação de contas, relativos à gerência do ano anterior, bem estruturados quer a nível do seu
conteúdo, quer a nível gráfico.
Constatamos, com agrado, que continua a ser preocupação e, como já foi dito aqui pela
colega da Assembleia Municipal, Cama Caetano, a ser feito investimento na renovação de redes de
água com o objetivo de reduzir as perdas, apresentando uma redução de dezassete por cento, à
semelhança daquilo que tem acontecido nos anos anteriores, com ganhos de eficiência uma vez que
a média nacional ultrapassa os trinta por cento, tendo sido a entidade gestora elogiada pela
ERSAR, quando, a convite daquela apresentou a estratégia de redução de perdas no encontro
Nacional das Entidades Gestoras.
A preocupação crescente na realização de investimento na renovação de redes de água,
permitiu que a qualidade de água fornecida mantivesse os níveis de água segura de 99,97%, quando
a média Nacional é de 97.7%.
Da leitura dos documentos em apreço concluímos que os Serviços Municipalizados têm tido a’
preocupação de promover o desenvolvimento aos níveis ambiental. económico e social, criando,
condições de competitividade, inovação e modernização, sendo exemplo disso mesmo ar
implementação do projeto piloto de monitorização de recolha de resíduos urbanos, no circuito do
Castelo, que permite saber os níveis de deposição em cada contentor, possibilitando a
reorganização e otimização da rota em tempo real e, ainda, o inicio da colocação de contadores com
telemetria em algumas das zonas da cidade e a conclusão da colocação dos mesmos na zona da’
Senhora da Piedade, totalizando dois mil e setecentos contadores, contribuindo estes para o
aumento da eficiência da organização.
Na área respeitante à recolha de resíduos sólidos urbanos, a implementação do sistema de
monitorização de lavagem de contentores, que veio permitir avaliar o número anual de lavagens dos
referidos equipamentos de deposição, por forma a melhorar o desempenho, refletindo-se em termos
ambientais.
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4 4ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Salientamos, ainda, a campanha ‘Tudo tem o seu lugar’ de sensibilização e prevenção
,ambiental dirigida aos munícipes nas áreas de recolha de resíduos, limpeza urbana e saneamento e,
ainda, a iniciativa dos serviços de enviar um sms, aos clientes, com o objetivo de alertar os mesmos’
para o pagamento da fatura quando a mesma ainda se encontre por liquidar, com o objetivo de
evitar cortes de água e custos adicionais para quem paga fora de prazo.
As contas dos Serviços Municipalizados apresentam um resultado equilibrado com uma taxaFde execução de 80%, no que diz respeito ao investimento.
No entanto, não podemos deixar de referir que, não obstante o resultado se apresentar
equilibrado, registamos o esforço naquilo que concerne ao aumento das despesas correntes
provocado, essencialmente, pelo aumento do custo por tonelada de resíduos depositados no aterro.
sanitário da Valnor, devido, exclusivamente, ao facto de o governo de coligação de direita, liderado
por Pedro Passos Coelho, ter procedido à alienaçâo do capital estatal da EGF, empresa responsável
pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, entre outras a nível nacional,
ao consórcio SUMA, liderado pela Mota-Engil, empresa que visa essencialmente o lucro, não tendo,
o ex-governo de direita acautelado, mais uma vez, os interesses da população do interior.
É por este e outros motivos que fico perplexa e indignada com o PSD local, quando apregoa
na praça pública e aqui, nesta Assembleia, o fraco investimento na região por parte do Governo PS,
quando a única estratégia conhecida do PSD enquanto governo, é voltar as costas ao nosso
concelho, sendo esta situação mais um dos exemplos claros da descriminação a que votam a região.
Meus caros, aqui reside uma das grandes diferenças entre as políticas do PSD e do P5... Pois
nós, enquanto Governo e enquanto oposição, temos sempre a mesma conduta, ou seja, nunca
esquecemos as nossas gentes e lutamos sempre pelo seu bem-estar e prosperidade. Os Senhores
Membros do PSD, esquecem-se, têm memória curta, só se lembram de Castelo Branco e da nossa!
região, quando estão na oposição.
Termino e digo-vos o seguinte: a atuação dos Serviços Municipalizados demonstra uma
preocupação crescente de proximidade, rigor, realismo e transparência e qualidade dos serviços
prestados, satisfazendo as necessidades coletivas dos seus munícipes, pelo que nos regozijamos’
com a sua gestão. Obrigada.”
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Nuno Mimoso Figuinha (PSD) — “Mais uma vez, sobre este ponto, só me aprece felicitar que
tenha uma excelente situação financeira nos SMAS. Agora, o que eu acho, é que deveriam deixar’
‘um pouco de lado a síndrome de Tio Patinha, digamos assim, de amealhar e baixar um pouco a
fatura da água para aliviar a pressão financeira sobre as famílias. Mais nada.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com cinco votos contra do PSD, uma
abstenção do BE e os restantes votos a favor, aprovar a proposta de “Documentos de
Prestação de Contas do Exercício do ano 2017, dos Serviços Municipalizados de Castelo
Branco”. (Proposta n.° 6/20 18).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 4.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 5— Serviços Municipalizados de Castelo Branco. Discussão e votação da proposta de
“1? Revisão Orçamental Mediante Utilização do Saldo de Gerência do Ano 2017”.
(Proposta n.° 7/20 18)
‘Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente. Senhores Vereadores. Senhores
Deputados.
A proposta que foi apresentada decorre de execução orçamental dos Serviços
Municipalizados e daquilo que tem sido, também, da necessidade de fazer, ao longo dos anos, esta
revisão. Muito obrigado.”
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de 1a Revisão
Orçamental Mediante Utilização do Saldo de Gerência do Ano 2017”. (Proposta nY 7/2018).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 5.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 6 — Discussão e votação da proposta de “Uniões e Juntas de Freguesia. Proposta de
Acordos de Execução para o Presente Mandato”. (Proposta n.° 8/2018).
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1’ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente. Senhores Deputados. Senhores
Vereadores. Minhas Senhoras e meus Senhores.
A proposta que está na vossa posse tem por base critérios explícitos, transparente. Visa a
equidade, aumenta as transferências, nestes contratos de execução, para as Juntas de Freguesia. Foi
avaliada com todos os Presidentes de Junta, numa reunião aqui nesta sala e é a proposta que temos
para fazer e para a qual peço a vossa aprovação.”
Eliseu Matos Pereira (PSD) — “Muito bom dia a todos. Cumprimentar a Mesa, todo o Executivo.
Dar, também, as felicidades à colega Carina.
Em relação a este ponto, nós gostaríamos de realçar o seguinte: somos, obviamente, a favor
favoráveis, sempre, às transferências de montantes necessários para as freguesias e defendemos até
o seu reforço em áreas, como sejam: medidas de apoio e incentivo à natalidade; fixação de pessoas
nas freguesias; fixação e incentivo dos oficios do comércio tradicional e empresas aí sedeadas...
No entanto, surgiu-nos aqui a questão de que, quando nós usamos apenas dois critérios, na
atribuição destes montantes, que são o número de eleitores e a área... Se pensarmos em duas
freguesias que estejam no mesmo intervalo de número de eleitores e que tenham uma área parecida,
mas que, uma delas, devido à morfologia do seu aglomerado habitacional, tem mais mas, pode terË
mais espaços verdes, pode ter mais equipamentos, pode ter, ainda, o jardim de inffincia e a escola
primária a funcionar em edificios diferentes... Portanto, significa que essa freguesia irá ter mais
necessidades para executar os trabalhos que estão, agora, aqui referidos neste acordo. Assim,
consideramos que (nesta altura, passou a ler a declaração de voto que, posteriormente,
entregou na Mesa da Assembleia) ‘as dezanove freguesias do concelho de Castelo Branco, têm
carateristicas e necessidades muito diferentes entre si, nomeadamente, no que respeita à sua
localização, às carateristicas da sua área, às condições socio económicas da população, até à
dinãmica dos próprios executivos das juntas de freguesia.
Assim consideramos que aquando da realização destes acordos, os montantes inscritos nos;
mesmos não devem resultar apenas dos critérios área e número de eleitores das uniões e freguesias
do nosso concelho.
Defendemos que os referidos acordos deverão resultar de uma negociação e audição prévia na
forma individualizada com os executivos das juntas de freguesia para que, desse modo, se
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disponibilizem as verbas necessárias que possam eficazmente colmatar as reais necessidades dessas
freguesias reforçando, aliás, o descrito no artigo 131 da Lei n.° 75./2013, bem como no seu artigo
121 — que realça que a negociação, celebração, execução ou cessação dos contratos obedece aos
seguintes pi-incípios: a) Igualdade; b) Não discriminação; c) Estabilidade; d) Prossecução do
interesse público; e) continuidade da prestação do sen’iço público; e, essencialmente, fiNecessidade e suficiência dos recursos’. Tenho dito.”
Luís Manuel de Andrade (P) — “Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Municipal e
respetivos Secretários. Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhoras Vereadoras.
Senhores Vereadores. Exmos. Membros da Assembleia Municipal de Castelo Branco.
Os acordos de execução para o mandato 2017-202 1 da Câmara Municipal para as Juntas de
Freguesia espelham o rigor e a transparência, caraterísticas da Câmara Municipal. A proposta
assenta no respeito e nos princípios de igualdade e não discriminação, pois foram considerados
critérios de caraterização geográfica e demográfica.
Em relação aos montantes constantes no acordo, o montante a transferir neste mandato é
superior ao montante transferido no mandato anterior e destinam-se a pequenos investimentos. Os
investimentos mais volumosos foram realizados diretamente pela Câmara Municipal e tenho a’
certeza que, neste mandato, também o serão, tirando a responsabilidade às juntas de freguesia, da
parte burocrática relacionada com os procedimentos da contratação pública.
A presente proposta foi apresentada e discutida previamente com as juntas de freguesia, tendo]
merecido a concordância de todos os Presidentes, pelo que votaremos favoravelmente.”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “Primeiro, questionar: estes valores são para um ano ou para
quatro anos?... Porque lá refere que é para o presente mandato... É um ano ou quatro anos?...
Fiquei com esta dúvida.
Despois, esta dúvida levantou-me algumas reservas. Os valores inscritos nestas propostas, são
suficientes para que as freguesias possam executar, com cabal competência, as suas funções?
Tinha ficado com esta dúvida, mas, pelo que o Senhor Deputado, que agora acabou de s&
pronunciar, parece que todos os Presidentes de Juntas concordaram com estes valores e, se
concordaram, à partida, é porque estão corretos.”
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Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente. Senhores Vereadores. Senhores
Deputados. Minhas Senhoras e meus Senhores. Os valores dos acordos são anuais, é o valor do ano,
embora sejam acordos para os quatro anos. Têm em vista a transferência de algumas competências.
Traremos aqui, depois e isto serve de exemplo, para os contratos interadministrativos que dizem
respeito a outras questões, nomeadamente, a dos transportes de alunos. Só para lhe explicar, Senhor
Deputado (referindo-se a Eliseu Matos Pereira), a razão de ser assim. Muito obrigado.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Afinal justificava-se,
perfeitamente, um esclarecimento da parte do Senhor Presidente da Câmara.”
• A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com os votos a favor do PS, CDS, BE e
CDU e com as abstenções do PSD e do Presidente da União das Freguesias de Escalos de
Cima e Lousa, aprovar a proposta dc “Uniões e Juntas de Freguesia. Proposta de Acordos de
Execução para o Presente Mandato”. (Proposta n.° 8/2018).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 6.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 7 — Discussão e votação da proposta de “Proposta de Contrato Interadministrativo com
a União das Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do Campo. Projeto de Melhoria
da Resiliência e do Valor Ambiental das Florestas”. (Proposta n.° 9/2018)
‘Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente. Senhores Deputados. Senhores
Vereadores. Minhas Senhoras e meus Senhores.
O presente contrato interadministrativo diz respeito a uma candidatura, pela União das
‘Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do Campo, feita há quatro anos, salvo erro e aprovada agora.
Evidentemente que a União das Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do Campo não tem os
valores para fazer face à contrapartida nacional e, portanto, este contrato interadministrativo é para
suprir os valores da candidatura.
Como vê, Senhor Deputado (referindo-se a Eliseu Matos Pereira), aqui está mais um aspeto
em que vamos ao particular. Obrigado.”
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Eliseu Matos Pereira (PSD) — “Nós, em relação a este ponto, vamos, naturalmente, votar a favor.
Serve de excelente exemplo de como a dinâmica das freguesias não é igual e, neste caso, o ato dei
ter esta candidatura autónoma, por parte da União das Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do
Campo, implica que a autarquia — e bem — vá fazer este reforço numa transferência suplementar!
Somos, obviamente, favoráveis e vai, também, de alguma forma, corroborar com a nossa
ideia do ponto anterior!”
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de “Proposta
de Contrato Enteradministrativo com a União das Freguesias de Ninho do Açor e Sobral do
Campo. Projeto de Melhoria da Resiliência e do ‘alor Ambiental das Florestas”. (Proposta
n.° 9/20 18)”.
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 7.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 8 — Discussão e votação da proposta do “Grupo de Trabalho de Revisão do Regimento
da Assembleia Municipal”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Chegámos ao último
ponto e temos um pedido do Membro da Assembleia Municipal da CDU, Carina Caetano, no
sentido de este ponto ser adiado para a próxima sessão da Assembleia Municipal.
Eu penso que sabe que a CDU também fazia parte do grupo de trabalho, só que não esteve em
nenhuma reunião.
Eu deixo à consideração dos Senhores Membros, embora, à partida, não me parece que haja
algo estranho ou que possa haver qualquer problema em haver este adiamento. De qualquer’
maneira acho que os grupos municipais se devem pronunciar e decidir.”
jge Vieira Neves (f) — “Senhor Presidente da Assembleia. Senhor Presidente da Câmara.
Caros Colegas.
Como já foi dito pelo Senhor Presidente da Assembleia Municipal, o grupo de trabalho, na
•sua composição, havia, também, uma pessoa da CDU que nunca esteve presente nas reuniões. De
qualquer forma, independentemente disso, nós concordamos, perfeitamente, neste adiamento.
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Solicitamos é que, nas próximas reuniões, a CDU se faça representar, para também, dei
alguma forma, vincular a sua posição relativamente a isso.
Quanto ao pedido de adiamento, não temos nada a opor, concordamos.”
Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Senhor Presidente da Assembleia. Senhor Presidente dai
Câmara. Senhores Vereadores.
Em termos de adiamento, no CDS. também estamos, absolutamente, de acordo.
Só não estou de acordo com uma coisa. É que não vai haver mais reunião nenhuma do grupo’
de trabalho!... O trabalho está feito... Acho eu!
O que estamos aqui a votar, é apenas a mudança da data de aprovação do Regimento!
Acho que não vale a pena continuar a fazer o trabalho e a rever tudo, outra vez!”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “A esse respeito, concordo
consigo.
Estamos aqui para adiar a aprovação deste ponto para a próxima sessão da Assembleiai
Municipal. É isso que iremos votar.
De qualquer maneira, não me parece nada mal, que façamos uma reunião, para pormos,
Membro da Assembleia Municipal, Carina Caetano, ou o representante da CDU que for indicado,
ao corrente e esclarecer alguma dúvida que tiver e que puder ser esclarecida.
Sendo certo que, aquilo que está acordado, já está acordado, não o iremos alterar, embora!possamos dar os esclarecimentos que forem solicitados.”
José Moreira Duarte (PSD) — “Da nossa parte. também não vamos opor-nos. A única coisa que
1 temos a dizer, claramente, ao PCP, é que, quando inicialmente se constitui este grupo de trabalho
fez-se uma planificação e não é de bom tom, quem não cumpre nada, vir agora alterar... Mas, da
nossa parte, tem a nossa concordãncia, não há problema nenhum. Obrigado.”
José Pires Ribeiro (flg) — “Idem, idem, aspas... Senhor Presidente da Assembleia, eu também
concordo em absoluto com esse adiamento e aproveitava a oportunidade, se me fosse permitido,:
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para entregar a cada grupo municipal — dado que nos vamos reunir mais uma vez — uma tabela que
reflete a grelha de tempos que foi apresentada pelo PS..
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipj— “Desculpe. Nós só estamos!
a discutir se procedemos à deliberação do Ponto 8, ou se adiamos a sua discussão para a próxima
sessão. Era sobre isso que eu gostaria que se pronunciasse. Concorda, ou não concorda?”
‘José Pires Ribeiro () continuou — “Eu já disse que concordo. Para agilizar, ia só entregar a cada
grupo municipal. Mais nada.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Vamos por à votação o
Ponto 8, no sentido de este ser adiado para a próxima sessão da Assembleia Municipal.
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, adiar o ponto da proposta
“Grupo de Trabalho de Revisão do Regimento da Assembleia Municipal”, para a próxima
sessão da Assembleia Municipal.
PERÍODO DE INTERVENCÃO DO PÚBLICO, nos termos do n.° 6 do artigo 49.° da Lei n.°
75/20 13, de 12 de setembro.
Não houve qualquer solicitação para intervir.
CONCLUSÃO DA ATA
E, não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente da Mesa encerrada a sessão,
eram 12:30 horas, mandando que de tudo, para constar, se lavrasse a respetiva ata.
O Presidente da Assembleia Municipal
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