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PorPorPortototoPorto Lisboa
Caso do FC Porto-Estrela não vai a julgamentoO presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, não vai a julgamento no processo relativo ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora, da época 2003/2004. A decisão é do Tribunal de Instrução Criminal do Porto. Pág.6 »
Euro 2008
Uma morte ensombrou festejos espanhóisA Espanha é o novo campeão da Europa de futebol. A festa estendeu-se a todo o país e houve excessos. Nos arredores de Madrid, há registo de um morte, nos arredores de Madrid, em resultado de uma queda de uma fonte urbana. Na capital, Madrid, a polícia foi forçada a intervir e a um ferido grave juntaram-se muitos outros ligeiros e detenções. Pág.13 »
Baixo Sabor
Sócrates defende energia hídricaO Primeiro-ministro defende hoje, em Mi-randa do Douro, a aposta na energia hídrica por a considerar decisiva para independência nacional.José Sócrates rebateu também as críticas ao projecto do Baixo Sabor. Pág.2 a 3
OPINIÃO
Internet entre ganhos e perdas
Manuel Pinto
Remodelar
Raquel Abecasis
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Segunda-feira30 Junho de 2008
Zona Euro
In% ação atinge novo máximo em JunhoOs dados são do Eurostat. A infl a-ção na Zona Euro está nos 4%. É recorde. Pág.14 »
Internet
Blogue encerrado por ordem do tribunalÉ uma decisão inédita. A polémica instalou-se na Póvoa de Varzim. E promete manter-se. Pág.7 »
Porto
Arquivada queixa contra Rui RioUm arrumador de automóveis não gostou de se ver na revista da Câ-mara. Mas não há caso. Pág.6 »
Zimbabué
OUA dividida sobre MugabeA contagem de votos foi rápida como nunca. Mugabe tomou posse e seguiu para o Egipto. Pág.8 »
Vaticano/China
Mudanças discretas ao longo de um anoO papa escreveu aos católicos chineses há um ano. Nsta edição, a análise de Aura Miguel. Pág.11 »
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O Primeiro-ministro, José Sócrates, de-fende que a aposta na energia hídrica é decisiva para independência nacional, porque é forçoso encontrar alternativas ao petróleo.Em Miranda do Douro, no fi nal da ce-rimónia de assinatura do contrato de construção da barragem do Baixo Sabor, Sócrates recordou o momento de forte alta do preço do petróleo para defender a aposta nas barragens como essencial na batalha por uma maior independên-cia face ao crude e aos países produto-res e exportadores.“A pergunta que eu faço é como é que foi possível nós não tomarmos medidas de autonomia face ao petróleo logo no segundo choque petrolífero? E temos de passar agora por um terceiro para nos apercebermos que estes investimentos numa alternativa ao petróleo são fundamentais para garantir que nós próprios podemos tomar as nossas decisões, e para garantir que podemos nós próprios gerir a nossa economia e não estarmos dependentes do preço internacional do petróleo”, disse o Primeiro-ministro. Sócrates aproveitou também para contestar os argu-mentos dos ambientalistas que não concordam com a construção da Barragem do Baixo Sabor, ao afi rmar que “fi zemos a avaliação de impacte ambiental, há muitas medidas de minimização, nós tivemos todos os cuida-dos ambientais e fi zemos a emissão da declaração de impacte ambiental”.
Ambientalistas contestam
O projecto do Baixo Sabor tem sofrido for-te contestação e os ambientalistas dizem acreditar ser ainda possível travar a cons-trução da barragem.Com esse objectivo, a “Plataforma Sabor Livre” interpôs uma providência cautelar, na qual considera a obra “ilegal” porque a declaração de impacto ambiental que a autorizou já terá caducado.A tese é sustentada por Paula Chainho, di-rigente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN): “A declaração de impacte ambiental expirou a 15 de Junho, logo, já não está em vigor no momento em que
é assinado o contrato”. A contestação dos ambientalistas à construção da nova albufeira começou, no entanto, bem antes, com o ar-gumento de que a barragem coloca em perigo algumas importantes espécies autóctones.Eugénio Sequeira, presidente da LPN, diz que “além dos peixes, há uma sequência de vegetação, de um dos poucos rios que não está degradado, com grande inte-resse que está na iminência de desaparecer”.
Barragens como alternativa
Independentemente da questão específi ca, as barra-gens são apontadas, na generalidade, como uma boa alternativa energética. Filipe Du-arte Santos, especialista em alterações climáticas, reconhece virtudes do ponto de vista ambiental a este tipo de solução energética, mas defende uma maior aposta nas energias renováveis e na efi ciência e poupança de energia. Duarte Santos diz, ainda, que se está a es-gotar a capacidade de produção de elec-tricidade com barragens: “Parece-me mais importante apostar em questões relacio-nadas com a efi ciência energética, com a
poupança de energia e com a continuação e o fortale-cimento da aposta nas energias renováveis”.O especialista sustenta que “não está esgotada a nos
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Baixo Sabor
Sócrates defende energia hídricaA aposta na energia hídrica é essencial para garantir a independência nacional e para en-contrar alternativas ao petróleo. A tese é do Primeiro-ministro José Sócrates. O contrato de construção da barragem do Baixo Sabor foi hoje assinado, apesar das críticas da “Plataforma Sabor Livre”, que interpôs uma providência cautelar por considerar a obra ilegal.
Coordenação de Henrique Cunha »
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“Como foi possível não tomarmos medidas de autonomia face ao petróleo logo no segundo choque ”
sa capacidade de produção de electricidade com bar-ragens, mas está próxima” e, portanto, “é necessário fazer uma avaliação criteriosa e integrada tendo em conta os vários aspectos relacionados com a constru-ção de uma barragem”.
Reforço do aproveitamento do Alqueva
Para além do contrato de construção da Barragem do Baixo Sabor, a deslocação de José Sócrates, hoje, a Trás-os-Montes, serviu também para anunciar o reforço da potência do aproveitamento hidroeléctrico do Al-queva.Os agricultores alentejanos acreditam que a medida vai melhorar o regadio. Sebastião Rodrigues, da Asso-ciação de Agricultores do Concelho de Serpa, admite que “o aumento de potência pode ser benéfi co, no sen-tido de se fazer um reaproveitamento de toda a água que passa pela albufeira”.Os agricultores alertam, no entanto, para a necessida-de de serem reavaliados os projectos de electrifi cação rural e acusam o ministro Jaime Silva de não ser sensí-vel aos seus anseios.Sebastião Rodrigues garante que “o Ministério da Agri-cultura foi a única entidade que não recebeu a asso-ciação”. Os agricultores dizem que a solução para o regadio não pode continuar a ser o recurso ao gerador: “O aumento do preço dos combustíveis traz um prejuízo enorme”.
Plano Nacional de Barragens
O Plano Nacional de Barragens prevê a construção de dez novas albufeiras.Dois recentes estudos revelam que a factura do gás pode ser mais cara 13% do que a de electricidade.Victor Machado, representante da Deco Proteste na Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) diz que não é possível afi rmar qual das soluções, gás ou electricidade, é mais favorável: “Tudo depende de um profundo conhecimento dos hábitos e dos níveis de
consumo quer de água, quer de fontes energéticas que cada família tem”. A Deco Proteste sugere por isso o recurso a dois simula-dores que estão ao dispor dos associados na sua página na Internet.
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O PSD quer voltar a questionar amanhã o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, sobre os custos das infra-estruturas que o Governo pretende executar.Mário Lino estará amanhã à tarde na comissão parla-mentar de Obras Públicas.O deputado Jorge Costa revelou à Renascença que o ministro voltará a ser confrontado com as perguntas do PSD sobre os custos e fi nanciamentos desses grandes projectos: “É importante que os portugueses conheçam os custos, para depois serem os portugueses também a defi nir as prioridades”.O deputado do PSD, Jorge Costa referiu não entender o secretismo do Governo em relação aos custos dos gran-des projectos. “Temos vindo, há muito tempo, a ques-tionar os custos das obras. O Governo faz um grande secretismo, o que é inexplicável, por um lado e denota uma alguma desorientação só justifi cável pela vontade de lançar novos concursos, novas propagandas”.
PSD vai interpelar Mário Lino
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Internet entre ganhos e perdas
Neil Postman, um analista dos media de orienta-ção humanista, falecido em 2003, costumava com-parar (*) a irrupção de uma nova tecnologia a uma espécie de troca entre o que com ela se adquire e o que se perde. Por cada mudança introduzida, haveria inevitavelmente, vantagens e desvantagens. Só que, numa era como a nossa, nós somos muito mais propensos a ver e louvar as vantagens do que as desvantagens.É certo que quem questiona o pro-gresso tecnológico corre o risco de passar por reaccionário. Postman, por exemplo, foi sempre um crítico duro dos media electrónicos e da dita ‘sociedade da informação’ (leia-se um dos seus livros traduzido em por-tuguês –Tecnopolia. Quando a Cultura se Rende à Tecnologia, Lisboa, Difu-são Cultural, 1994, por exemplo). Mostrei-me, em diversos escritos so-bre esta matéria, distante de várias das suas teses, mas devo reconhecer que abordagens críticas e fundamentadas da tec-nologia são tão diminutas que o pouco que há ain-da é mais valioso.Há dias, era conhecido o texto de um especialista das novas tecnologias, Nicholas Carr, no qual se levanta uma questão que conviria que urgente-mente refl ectíssemos: como é que a Internet e, nomeadamente, o Google está a modifi car as nos-sas vidas? (cf. “Is Google Making Us Stupid?”, in
www.theatlantic.com/doc/200807/google).Se for verdade o que propôs McLuhan, há 40 anos - que os media não são meros veículos de infor-mação, mas também informadores do processo do próprio pensamento – é caso para perguntar
o que se estará a passar actualmente com quem despende um tempo cada vez maior a pesquisar, a surfar, a co-municar, a participar na Internet. No tal artigo, Carr reconhece que, nos últimos anos, as suas capacidades de concentração e de leitura atenta e aprofundada se têm vindo a deterio-rar e que a memória já não é o que era. Se a experiência que nos relata for generalizável, aquilo que tere-mos ganho em facilidade de acesso à informação, poderemos estar a per-der na capacidade de processamento e de meditação sobre essa mesma in-formação.É bom que haja quem nos ajude a re-fl ectir. E seria melhor ainda que, nas
nossas escolas, não nos limitássemos a facultar o acesso aos computadores e à Internet, despreo-cupados com a qualidade do novo ambiente que, por essa via, estamos a criar.
*Postman, N.( 1998) “Five Things We Need to Know About Technological Change. Notas da intervenção feita numa reunião do episcopado norte-americano. http://itrs.scu.edu/tshanks/pages/Comm12/12Postman.htm
RemodelarA um ano de eleições, Sócrates começa agora o jogo do tudo ou nada, num contexto pouco favorável ao Partido Socialista no poder:- a oposição, praticamente inexistente nestes três anos, começa agora a reorganizar-se e a recuperar nas sondagens;- a crise internacional não deixa esperanças ao Pri-meiro-ministro de que as coisas possam melhorar nos próximos meses, de forma a poder apresentar alguns trunfos pré eleitoraisMas o que pode ser mais fatal para Sócrates são as argoladas dos ministros que insistiu em não remo-delar em tempo útil e dos que colocou no governo para disfarçar até às eleições e evitar a contestação
nas ruas.É que em tempo de difi culdades é ainda mais di-fícil tentar enganar o povo com mega-operações a anunciar um programa para resolver os atrasos nas operações das cataratas ou a realização de obras nas escolas que estão a cair aos bocados há anos demais.O marketing não só começa a não funcionar, como é pago e bem pago com o dinheiro dos nossos impos-tos. Por isso, talvez fosse preferível o Primeiro-mi-nistro pensar numa nova remodelação, mas, desta vez, para variar, devia ser mesmo para substituir ministros incompetentes por outros mais capazes.
Raquel Abecasis
Aquilo que teremos ganho em facilidade de acesso à informação, poderemos estar a perder na capacidade de processamento e de meditação sobre essa mesma informação.
Manuel PintoProfessor da Universidade do Minho
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Jerónimo de Sousa
Coligação pós-eleitoral não é alternativa
Raquel Abecasis (RR) Leonete Botelho (Público) »
O secretário-geral do Partido Comunista Português, Je-rónimo de Sousa, recusa uma eventual coligação pós-eleitoral com José Sócrates, nas legislativas, caso o PS não tenha maioria absoluta. “Nós defendemos uma ruptura de esquerda com esta política que está a ser feita e, sem uma política alter-nativa, naturalmente, não peçam ao PCP que se inclua numa solução governativa”, refere.Entrevistado no programa Diga Lá Excelência, da Re-
nascença e do jornal “Público”, o secretário-geral do Partido Comunista Português apontou a Auto Europa como um exemplo do que o Governo quer fazer: “dar um instrumento poderoso para generalizar a todas as empresas e a todos os trabalhadores (…) E quem decide é sempre a entidade patronal”.
Novas regras de trabalho são inconstitucionais
Sobre a revisão do Código de Trabalho, Jerónimo de Sousa afi rma que em relação “à contratação colecti-va”, este foi votado em inconstitucionalidade.“Não foi mantido o princípio do tratamento mais favo-rável. O argumento do ministro do Trabalho foi lapidar, ao dizer que é uma questão de equidade. Mas equidade como? Alguém acredita que uma trabalhadora de uma caixa de supermercado tenha a mesma capacidade ne-gocial que Belmiro de Azevedo? Estamos a tratar por igual aquilo que é profundamente diferente. É eviden-te que isto é um rasgar da Constituição da República”,
sublinha o líder do PCP.Com a crise que afecta o país, a contestação dos por-tugueses é grande e Jerónimo de Sousa refere que, “li-vremente”, os comunistas são recomendados a parti-cipar “nos movimentos cívicos de protesto”, como por exemplo, o Movimento de Utentes dos Serviços Públi-cos (MUSP).
Partido recusa ser origem de todas os protestos
Jerónimo de Sousa recusa a acusação do Governo de que o PCP está na origem de todos os protestos na rua.“É um exagero. Deixe-me contar uma história. Antes do 25 de Abril, não eram só os comunistas que lutavam contra o regime. Mas o regime considerava-os a todos como comunistas. Muitos foram presos, alguns socialis-tas, por isso”, refere.O líder dos comunistas portugueses acrescenta ainda que este tipo de acusações ao partido “é uma carga profundamente negativa, aparentemente lisonjeira para o PCP”.
O Diga Lá, Excelência é um programa da Renascença e do
jornal “Público” em parceria com a RTP 2 que pode, aos
domingos, ouvir em antena entre as 12h00 e as 13h00 ou
ler no “Público”. Pode ainda vê-lo na RTP 2, aos sábados.
A entrevista está sempre disponível em www.rr.pt.
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Apito Dourado
FC Porto-Estrela não vai a julgamentoO Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu hoje não levar a julga-mento o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, no processo Apito Dourado relativo ao jogo FC Porto-Estrela da Amadora, da época 2003/2004.O mesmo poderá não acontecer à antiga companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado. O juiz de instrução Artur Ribeiro ordenou que seja en-viada ao DIAP a certidão das declarações prestadas, em sede de instrução, pela testemunha Carolina Salgado, com vista a eventual procedimento cri-minal por testemunho agravado falso.O advogado de Pinto da Costa, Gil Moreira dos Santos, comentou a de-cisão, destacando o facto de não ser “preciso uma equipa especializada para se analisar a prova com consciência”. O advogado sugeriu, ainda, que pensando “bem no que decorre deste despacho, fi ca-se a perceber que há factos que até coincidem com o tempo. Deve ter sido por acabar a época dos Santos Populares que há balões que são enchidos, lançados, só para criar espectáculo (...) e para ser queimados a seguir”.Em causa estava, no processo agora arquivado, um jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Estrela da Amadora arbitrado por Jacinto Paixão, na temporada 2003/2004. O Ministério Público, que ainda pode decorrer da decisão, sustentava que teriam sido fornecidas prostitutas à equipa de arbitragem e que lhe teria sido propiciado um jantar como contrapartida por violação das regras de jogo naquela partida.
Porto
Arquivada queixa contra Rui RioO DIAP do Porto arquivou uma queixa contra Rui Rio, por alegado uso abu-sivo da imagem de um arrumador de automóveis na ilustração de um artigo da revista municipal sobre tratamento de toxicodependentes.Numa queixa apresentada no DIAP, o munícipe Carlos Alberto Moreira sus-tentou que a sua foto foi obtida sem consentimento, o mesmo sucedendo com o seu uso na ilustração do texto “Exclusão social - governo suspendeu apoio a tratamento de ‘arrumadores’”, da revista autárquica “Porto Sem-pre”, cujo director é Rio.O queixoso considerou que o texto, associado à imagem, fazia passar a ideia de que é ou foi toxicodependente. Face à acusação, Rui Rio arriscava uma acusação por obtenção de fotografi a ilícita, mas o MP optou por arqui-var os autos, considerando que o autarca não difamou o queixoso.O DIAP assinala que o participante, depois da mediatização da sua queixa, “não se inibiu de se deixar fotografar por/para outro periódico, assumin-do-se agora como arrumador de carros”, após rejeitar essa condição.
Obras Públcias
Lino certo da rentabilidade do TGV
O ministro das Obras Públicas, Má-rio Lino, diz hoje, ao “Jornal de Ne-gócios”, que o TGV entre Lisboa e o Porto vai ser rentável.Numa extensa entrevista àquele di-ário, Lino mostra-se surpreendido com a rejeição do PSD relativamen-te ao investimento em obras públi-cas. O ministro lembra que o fi nan-ciamento comunitário de projectos como o TGV resultou de uma nego-ciação difícil com Bruxelas e con-sidera que o PSD só está contra os novos investimentos porque estes vão contribuir para fazer crescer o PIB e baixar o desemprego.Mário Lino garante, aliás, que aqui-lo que o país vai ganhar com estas infra-estruturas supera o investi-mento e dá como exemplo a ligação por alta velocidade entre Lisboa e Porto, cujas receitas deverão pagar os custos de funcionamento e ainda parte do investimento.No que toca aos investimentos ro-doviários, o ministro das Obras Pú-blicas fala da empresa Estradas de Portugal para dar a garantia de que será 100% pública. Reconhece, no entanto, falhas, como, por exem-plo, o atraso no pagamento de por-tagens nas auto-estradas SCUT.Lino reafi rma a intenção do Gover-no de privatizar a TAP, mas revela menos certezas quanto ao futuro modelo de gestão dos aeroportos, pondo em dúvida os benefícios da separação das várias estruturas. So-bre o preço dos combustíveis, o mi-nistro defende uma cada vez menor dependência do petróleo e confessa “perplexidade” perante a decisão da Galp de aumentar preços no dia seguinte ao acordo entre o Governo e os camionistas.
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Educação
Primeiros socorros é ideia “interessante”A ministra da Educação encara como “interessante”, a proposta do CDS-PP para que o ensino de primeiros socorros passe a ser obrigatório para todos os alunos do 9º ano. Maria de Lurdes Rodrigues disse à Renascença não conhecer a proposta que os centristas vão apresentar na Assembleia da Republica, mas, ainda assim, admitiu que possa ser interessante, embora rejeite que o ensino de primeiros socorros possa ter carácter obrigatório.
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Internet
Primeiro blogue encerrado por tribunal já tem substitutoCatarina Santos »
Desde sexta-feira, quem procurar o “Póvoa online” (http://povoaonline.blogspot.com) encontra uma mensagem a anunciar que “foi removido”. É o primeiro blogue em Portugal a ser encerrado por ordem judicial, na sequên-cia de uma providência cautelar apresentada pelo presidente da Câmara da Póvoa de Var-zim, Macedo Vieira, o principal visado dos co-mentários do blogue. O tribunal considerou provado que os comen-tários no blogue atentavam contra o direito à honra do presidente e de Aires Pereira, vice-presidente da autarquia. Na sua decisão, a 1º Vara Cí-vel de Lisboa considerou que as mensagens difundidas no blogue “extravasam claramente o núcleo do direito à liberdade de expressão tal como o mesmo se encon-
tra consagra-do no nosso ordenamen-to jurídico”. A sentença, onde cons-tam várias citações de textos do blo-gue, diz que o autor os critica como p r e s i d e n t e e vice-presi-dente, mas
também como “ci-dadãos, pais, fami-liares e amigos”. Em resposta, o au-tor anónimo - ou autores, já que não se sabe se há mais que um cola-borador - criou já o “Póvoa offl ine” (http://povoaoffl ine.blogspot.com), onde publica uma cópia da sentença. Em declarações à Lusa, o presiden-te da autarquia disse já que pedirá o encerramento do novo espaço se este “enveredar pelo caminho do anterior”.Ao requerer o fecho do blogue, Macedo Vieira e o seu vice-presidente, Aires Pereira, tinham considerado que as considerações do “Povoa online” eram feitas “com o único objectivo de difundir junto da opinião pública,
de forma gratuita, vulgar e difamatória, a ideia de que os requerentes são corruptos e corruptíveis”. Ao longo do fi m-de-semana, em vários blogues na-cionais foram surgindo comentários contra a decisão, acusando a autarquia da Póvoa de Varzim de atitudes autoritárias e censórias. Macedo Vieira considera que “não se trata de limitar o direito à opinião, mas sim de impedir insultos aos autarcas, aos seus colaborado-res e até aos familiares, ainda por cima de uma forma anónima”.
Blogues são “veículos privilegiados para ataques”
O jurista Rui Patrício, habitual comentador da Renas-
cença para assuntos da área da justiça, lembra que o mundo virtual não pode estar desenquadrado da Lei. “O mundo virtual e este mundo dos blogues, muitas vezes a coberto do anonimato e também, muitas ve-zes, de alguma difi culdade em identifi car a origem dos
comentários, é um veículo privi-legiado para esses ataques, que às vezes vão muito para além da discussão de determinadas ques-tões de ordem pública e, por-tanto, do exercício saudável da liberdade de expressão”, afi rma o especialista, em declarações ao Página 1.Para o especialista, “a questão do blogue por si só não tem uma relevância específi ca, uma vez que esta decisão pode ser to-mada relativamente a qualquer
outro meio de comunicação ou de expressão de opinião”. Importa sim, diz Rui Patrício, que se adapte “um velho conjunto de princípios ao universo virtual e ao universo dos blogues, que é cada vez mais importante. A questão é saber quais é que são os limites e quais são as relações entre a liberdade de expressão e os direitos individuais, nomeadamente ao bom nome, à honra, que certas formas de exercício de liberdade de expressão podem por em causa”, afi rma o jurista.
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O “Povoa o" ine” mantém
o estilo crítico do blogue
encerrado
O novo espaço continua a não revelar
a identidade do(s) autor(es)
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Zimbabué
Gomes Cravinho diz que situação alterou-se
O Governo português admite que poderia não convidar Robert Mugabe a estar presente na Cimeira UE/África, se a reunião se realizasse agora, depois da farsa eleitoral das presiden-ciais.Em entrevista à Renascença, o secretário de Estado da Cooperação, João Gomes Cravinho, diz que a situação é hoje muito diferente da que era em Dezembro, porque agora está em causa não só apenas a natureza, mas também a legitimidade do regime de Mugabe.Teria de haver uma outra análise prévia à decisão de convidar Robert Mugabe para a cimeira, uma vez que agora a comunidade internacional não reconhece a legitimidade do regime do presidente do Zimbabué. Ainda assim, o secretário de Estado da Cooperação não defende um isolamento político total de Mugabe. Gomes Cravinho acredita que tem sempre de haver di-álogo para se chegar a uma solução política.No entanto, nesta entrevista à Renascença, o gover-nante admite o reforço das sanções contra o regime, mas apenas contra quem exerce o poder e não sanções económicas que só agravariam a difícil situação vivida pelo povo.
OUA dividida
Menos de 24 horas depois de ter tomado posse para um novo mandato como presidente do Zimbabué, Robert Mugane voou para o Egipto para participar numa reu-nião da Organização da Unidade Africana (OUA).A organização continua sem se entender quanto à po-sição comum a adoptar em relação à situação no Zim-babué. Após mais de três horas de reunião em Sharm El-Sheik, o Conselho para a Paz e Segurança da União Africana não conseguiu chegar a uma posição ofi cial sobre a crise que se vive no Zimbabué, remetendo o
dossier para a conferência de chefes de Estado e de governo.A reunião do Conselho para a Paz e Segurança da OUA aconteceu ontem, pouco depois de terem sido divulga-dos os resultados ofi ciais da segunda volta das eleições, que desta vez demoraram menos de 48 horas a serem conhecidos. Na primeira volta, foram precisas cinco semanas.A Comissão Eleitoral atribuiu a vitória a Mugabe, com 85,51% dos votos. Tanto os observadores da Comunidade de Desenvolvi-mento da África Austral como do parlamento Pan-Afri-cano garantem que as eleições não foram livres e não representam a vontade do povo.Entre os líderes africanos reunidos no Egipto há vários tipos de posições: há quem defenda que deve ser adop-tada uma posição de força em relação ao Zimbabué, até mesmo através de uma intervenção militar, como é o caso do primeiro-ministro do Quénia, enquanto ou-tros defendem uma solução negocial, que já foi propos-ta pela oposição.
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França
Feridos em demonstração militar recuperam
O estado de saúde das dezassete pessoas que ontem fi caram feridas num exercício militar, em Carcassone, no sul de França, está a melhorar.O ferido mais grave é um adulto, atingido no tórax, que teve de ser submetido a uma operação cirúrgica.O acidente deu-se durante uma exibição militar públi-ca, quando um soldado disparou balas verdadeiras em vez de munições de pólvora seca. Entre os feridos estão pelo menos cinco crianças, uma delas com três anos.O soldado foi detido de imediato e o ministro da Defesa
francês, Hervé Morin, disse ser necessário apurar todas as responsabilidades. Está já em curso um inquérito.
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Venezuela
Chávez cada vez mais isoladoFilipe d’Avillez »
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, en-contra-se cada vez mais isolado, após uma sé-rie de deserções por parte de antigos aliados.Com as legislativas a aproximarem-se - são em Novembro - o presidente está preocupado com o aumento da popularidade da oposição, que se viu reforçada com algumas fi guras im-portantes, ligadas em tempos ao regime de Chavez.Os antigos aliados manifestam alguma preo-cupação pelas tendências cada vez mais auto-ritárias do presidente. O General Raul Salazar, outrora amigo pessoal e o primeiro ministro da Defesa de Chávez, afi rmou ao jornal britâ-nico “Daily Telegraph” que “os líderes políti-cos atravessam três fases. Primeiro são gover-nadores, depois estadistas e, depois, convencem-se de que são Deus e decidem que já não precisam de ouvir as opiniões de mais ninguém. Espero que ele não che-gue à terceira fase, mas deve andar perto”.Outro ex-ministro da Defesa, o General Raul Baudel, declara ao mesmo jornal que Chávez “tem apenas um objectivo: perpetuar-se no poder, mesmo que isso faça mal ao país. Aliás, prejudicar o país serve os interesses dele, porque a cada dia que passa estamos mais depen-dentes do Governo.”Os últimos meses têm sido difíceis para Chávez. Em Dezembro, perdeu um referendo que lhe teria aumen-tado, em muito, os poderes, e permitido que se re-candidatasse no fi m do seu mandato, em 2013. Após a derrota, surgiram cartazes em Caracas com as palavras
“Por ahora”, indicando que o presidente tem ainda es-perança de levar a sua vontade avante.Também recentemente a Interpol confi rmou que os e-mails encontrados no computador de um alto dirigente do grupo terrorista colombiano FARC davam conta de ligações entre o regime de Chávez e os guerrilheiros. As medidas sociais, que têm de facto melhorado a vida dos mais pobres na Venezuela, estão a prejudicar a economia, com o crescimento previsto para este ano em metade daquilo que foi o ano passado e a infl ação a atingir 35%.A reputação de Chávez não melhora também com as-suas alianças estratégicas anti-americanas, como são exemplo a aproximação aos líderes do Zimbabué e do Irão.
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Tuberculose
Novo teste permite despistagem rápida
Um novo teste de despistagem da tuberculose resis-tente aos medicamentos vai poder acelerar conside-ravelmente a luta contra esta doença nos países em desenvolvimento.O exame, que consiste em examinar o ADN na expecto-ração dos doentes, permite diagnosticar a doença em apenas dois dias, em vez de dois a três meses como actualmente, segundo explicou o director do Serviço de Luta contra a Tuberculose na Organização Mundial de Saúde (OMS), Mario Raviglione. A actual lentidão dos testes de despistagem signifi ca que os doentes têm muito tempo para contaminar ou-tras pessoas. Perto de nove milhões de pessoas contra-em, anualmente, tuberculose em todo o mundo. Des-tas, 1,5 milhões acabam por morrer.Quase meio milhão de pacientes sofre de uma forma
multi-resistente aos medicamentos que mata cerca de 130 mil pessoas por ano.Devido à falta de infra-estruturas em numerosos paí-ses, só 2% dos casos multi-resistentes são actualmente despistados e tratados. O novo teste vai custar cerca de 15 dólares (9,5 euros) por doente, incluindo gastos de laboratório, o que re-presenta metade do preço dos testes actuais.
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Ano Paulino
Papa destaca universalidade do Apóstolo
O Papa Bento XVI voltou a falar do Ano Pauli-no, durante a oração do Angelus de domingo.“O horizonte do Ano Paulino só pode ser uni-versal porque São Paulo foi por excelência o apóstolo daqueles que relativamente aos he-breus estavam longe”, disse o Papa, lembran-do que “hoje, num mundo que se tornou mais pequeno, mas muitos ainda não encontraram o Senhor Jesus, o Jubileu de São Paulo convi-da todos os cristãos a serem missionários do evangelho”.“Esta dimensão missionária precisa de ser sempre acompanhada pela dimensão de uni-dade representada por São Pedro, que é a ro-cha sobre a qual Cristo edifi cou a sua Igreja”, disse ainda o Papa aos fi éis reunidos na Praça de São Pedro.Na véspera, sábado, Bento XVI presidiu à aber-tura solene do Ano Paulino, na Basílica papal de São Paulo fora de muros. O Papa abriu a Porta Paulina, debaixo do quadripórtico deste templo, e foi acesa a Chama Paulina que ar-derá ao longo todo o ano. Antes da chegada ao altar, o Papa desceu para venerar o sepulcro do Apóstolo.
Paulo, Mestre das Nações
Na homilia da cerimónia, que contava com a presença do Patriarca Ortodoxo de Constanti-nopla, Bartolomeu I, e outros líderes cristãos, o Papa lembrou São Paulo como “Mestre das Nações, cuja palavra se abre ao futuro, para todos os povos e todas as gerações”. “Paulo não é para nós uma fi gura do passado, que recor-damos com veneração. Ele é também o nosso mestre, apóstolo e anunciador de Jesus Cristo”, acrescentou. Dando o signifi cado para este ano jubilar, Bento XVI ex-plicou que “não estamos aqui para refl ectir sobre uma história passada, irrevogavelmente superada. Paulo quer falar connosco”. “É para mim motivo de íntima alegria – salientou o Papa – que a abertura do Ano Paulino, assuma um parti-cular carácter ecuménico pela presença de numerosos
delegados e representantes de outras Igrejas e Comu-nidades eclesiais, que acolho com coração aberto”.Bento XVI agradeceu a Deus por ter chamado Paulo, “tornando-o luz das gentes e mestre de todos”, e pe-diu que também hoje haja “testemunhas da ressurrei-ção tocadas pelo seu amor e capazes de levar a luz do Evangelho ao nosso tempo”.
Bartolomeu I
O Patriarca Ecuménico Bartolomeu I interveio a seguir, salientando que a Basílica de São Paulo fora de muros é o lugar apropriado para comemorar e celebrar um ho-mem que estabeleceu uma aliança entre a língua grega e a mentalidade romana do seu tempo, “despojando o Cristianismo, de uma vez para sempre, de qualquer es-treiteza mental e forjando para sempre o fundamento católico da Igreja ecuménica”.O Patriarca Ortodoxo deixou votos no sentido de que a vida e as Cartas de São Paulo continuem a ser “fonte de inspiração, para que todas as gentes obedeçam à fé em Cristo”.
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RELIGIÃO
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Lisboa
D. José Policarpo aponta Paulo como modelo
O Cardeal Patriarca de Lisboa destacou a im-portância do Ano Paulino, durante uma cele-bração a que presidiu, este domingo, em que foram ordenados sete presbíteros e quatro diáconos.“Este ano, por vontade expressa do Santo Pa-dre, as atenções fi xam-se no Apóstolo Paulo, por celebrarmos hoje os dois mil anos do seu nascimento. Para vós, queridos ordinandos, é uma coincidência carregada de signifi cado: o receberdes a ordenação sacerdotal ou diaco-nal no primeiro dia do Ano Paulino. O Apóstolo Paulo e o seu itinerário de fi delidade impõem-se como modelo inspirador do vosso Ministério”, disse D. José Policarpo.O Cardeal Patriarca acrescentou que “a Conferência Episcopal, na nota pastoral sobre o Ano Paulino, apresenta como sugestão pastoral a valoriza-ção dos textos de Paulo”, exortando a que “sejamos fi éis a essa orientação desde o primeiro dia”. A celebração teve lugar nos Jerónimos.
Porto
Novo Bispo Auxiliar apela aos jovens
O novo Bispo Auxiliar do Porto, D. João Lavrador, recebeu a ordena-ção episcopal, numa cerimónia que encheu a Sé Nova de Coimbra.O novo prelado defi niu como lema do seu Ministério “Tu segue-me”, as palavras que Jesus dirigiu a Pedro e que o novo Bispo encara como uma interpelação aos jovens: “Gostaria que os jovens sentissem esse «tu» muito forte dirigido às suas pes-soas. Por isso, deixo aqui o apelo: assim como eu fui fazendo o meu trajecto de vida cristã e de respos-ta ao Senhor – Ele pediu-me esta tarefa – interpelo todos os jovens a que eles possam receber da parte de Jesus Cristo este convite e que eles possam dizer sim”.
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Vaticano/China
Um ano de discreta mudança
Relações diplomáticas discretas. É deste modo que pode ser descrito o relacionamento entre o Vaticano e a China, um ano após a publicação da carta que o Papa Bento XVI escreveu aos católicos chineses.“Aparentemente nada” afi rma a especialista em as-suntos do Vaticano e jornalista da Renascença, Aura Miguel, quando questionada sobre o que mudou desde o ano passado. Contudo, “quer a diplomacia da China, quer a da Santa Sé são bastante discretas e sabemos que tem havido algumas negociações nos bastidores”.A título de exemplo, o Cardeal Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, via-jou recentemente até Pequim, mas nada foi revelado sobre a viagem.
Ler nas entrelinhas
Aura Miguel afi rma que, nestes assuntos, é importante saber ler nas entrelinhas. Recorda o dia mundial de oração pela China, a 24 de Maio, instituído pelo Papa na mesma carta, e lembra que no dia 25 de Maio Ben-to XVI saudou um grupo de peregrinos chineses que se encontrava em Roma.No último ano, tem-se assistido ainda a uma presen-ça intensifi cada da China em eventos ligados ao Papa. Prova disso, o facto de os textos da Via Sacra deste ano, em Roma, terem sido escritos pelo Cardeal Zen, Bispo de Hong Kong, que tem uma relação tensa e, por vezes, confl ituosa com o regime chinês.
Relações cortadas em 1951
A Santa Sé e a China estão sem relações diplomáticas desde 1951, altura em que o Núncio Apostólico se viu obrigado a abandonar a China continental e refugiar-se em Taiwan, juntamente com as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek. O subsequente reconhecimento de Taiwan pelo Vaticano, que se mantém, incompatibili-zou a retomada de relações entre os dois estados. O governo chinês continua desconfi ado das infl uências estrangeiras no país e recusa qualquer intervenção do Vaticano na organização interna da Igreja Católica. Pe-quim quer que o Vaticano abdique de nomear Bispos, privilégio que reclama para si, na esperança de criar uma hierarquia independente e uma organização ecle-sial paralela.O resultado é que na China existem neste momento, de facto, duas igrejas: uma que se mantém leal a Roma e funciona na clandestinidade, outra que professa leal-dade ao regime e é conhecida pela Igreja Patriótica.Na realidade, a situação é bastante mais complexa, com muitos padres e Bispos da Igreja Patriótica a man-terem-se secretamente leais a Roma. O grau de perse-guição à Igreja e aos padres clandestinos varia muito de região para região.Quando a carta foi publicada, o governo chinês pro-curou bloquear o acesso dos fi éis ao texto. Por outro lado, o mesmo Governo autorizou a Orquestra Nacional de Pequim a dar um concerto na Santa Sé.
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Expo 2008
Recorde de visitas no ! m-de-semanaMais de 80 mil pessoas visitaram, no sábado, a Expo 2008, naquele que foi o dia com mais entradas desde que a Exposição de Saragoça abriu portas.Desde a abertura, a 14 de Junho, já se registaram quase 700 mil entra-das.A Torre da Água, o Pavilhão de Aragão e o Pavilhão Puente foram os espaços mais visitados.Quanto ao Pavilhão de Portugal, o quinto maior, recebeu no sábado mais de cinco mil visitas, mas o recorde do espaço é de 10 mil e foi registado na passada terça-feira.
Ordem dos Arquitectos recebe exposição do pavilhão de Portugal
A Ordem dos Arquitectos (OA) vai receber a partir de Setembro a ex-posição “21 Projectos do Século XXI - Refl exos da Arquitectura Portugue-sa na década actual”, patente ago-ra no pavilhão de Portugal na Expo 2008.O acordo estabelecido entre a Par-que Expo e a OA assegura que após o fi nal da Expo 2008, a 14 de Setem-bro, as 21 obras de arquitectura contemporânea que fazem parte da expo-sição continuarão em exibição pública, mas em território português. A mostra conta com fotografi as de Ana Janeiro e projectos e maquetas de Álvaro Siza Vieira, Ricardo Bak Gordon, Gonçalo Byrne, Souto Moura e Manuel Graça Dias, entre outros. Esta exposição encontra-se no espaço Portugal Compartilha do pavilhão português na Expo 2008, um local com programação cultural própria e espaço para refeições.
Música
Sons do Brasil animam Verão português Vários músicos brasileiros animam o Verão português, nos 50 anos da Bossa Nova. Rosa Passos inicia, na sexta-feira em Lisboa, uma digres-são por Funchal, Aveiro, Braga, Cal-das da Rainha, Coimbra e Tavira. No mesmo dia, Rita Lee actuará no Coliseu de Lisboa. Djavan actua nos coliseus de Lisboa e Porto, nos dias 4 e 6 de Julho, res-pectivamente. Arnaldo e a banda Titãs, apresenta os seus dois últimos álbuns a 23, na Casa da Música, Porto. Também na Casa da Música, Milton Nascimento actua com o Jobim Trio, trazendo “Bossas novas”, a 15 de Julho. No dia 18, estão em Lisboa.Martinho da Vila é a grande surpre-sa do Festival Delta Tejo, de 18 a 20 de Julho, actuando no primeiro dia do festival. Mart’nália, sua fi lha, Ana Carolina e Adriana Calcanho-to também estão no cartaz, assim como Chiclete e Banana e os luso-brasileiros Couple Coffee.Caetano Veloso actua no Cool Jazz Fest, a 30 de Julho, em Oeiras.
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Bragança
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais aberto ao público
O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, um projecto de arquitectura assinado por Eduardo Souto Moura, é inaugurado ao fi m da tarde, em Bragança.O projecto, que custou 5,2 milhões de euros vai apre-sentar nos próximos dez anos, a colecção pessoal da pintora Graça Morais, reunida ao longo de 30 anos, e exibir arte contemporânea.O solar dos Sá Vargas foi ampliado, tendo agora sete salas com as obras das últimas três décadas da artista transmontana e outras pensadas para exposições tem-porárias. “É um edifício de uma grande qualidade e a cidade, a região e o país só ganham com espaços destes tão bem inventados por arquitectos de tanto prestígio”, assegura Graça Morais à Renascença.A artista conhece o custo da interioridade e espera que o Centro de Artes coloque Bragança na rota da cultura. “Todos estes espaços são importantes para que as pes-
soas alimentem o seu espírito, e não tenham de ir ao Porto, a Lisboa, a Guimarães…”, refere.Graça Morais revela ter particular interesse em cativar o interesse dos jovens. “Estudei em Bragança e lem-bro-me que não havia nada”, explica.O espaço cultural foi inaugurado pelo Primeiro-minis-tro, José Sócrates, e pelo ministro da Cultura, José An-tónio Pinto Ribeiro, e com uma exposição de Gerardo Burmester, além das obras de Graça Morais. O novo espaço cultural resulta de um projecto ibérico com o maior investimento municipal em equipamentos culturais e envolve a construção de um museu sobre a mesma temática na cidade espanhola de Zamora.O Centro de Artes Graça Morais estará aberto de terça-feira a domingo das 10h00 às 18h30 e terá uma par-ceria com a Fundação de Serralves para assegurar as exposições temporárias.
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Selecção
Scolari termina contratoO director desportivo da selecção nacional, carlos Godinho, diz que Luís Filipe Scolari trouxe liderança à equipa portuguesa.Scolari termina esta segunda-feira o seu vínculo laboral com a Federação Portuguesa de Futebol, seguindo agora para Londres, onde vai orientar o Chelsea.Carlos Godinho, em entrevista à Renascença, olhou para os cinco anos e meio em que trabalhou directamente com o brasileiro, fazendo uma ava-liação positiva.Scolari levou a selecção à fi nal do Euro 2004, perdida para Grécia, qua-lifi cou-se para o mundial de 2006, na Alemanha, atingindo o 4º lugar, e chegou à fase fi nal do Europeu 2008, acabando eliminado pela Alemanha, nos quartos-de-fi nal.Este dia 30 de Junho, marca o adeus do técnico, que apesar do apoio in-condicional dos portugueses, nunca foi uma fi gura consensual.
Futebol
Nacional inicia trabalhos
A equipa do Nacional da Madeira começou esta segunda feira a tem-porada 2008/2009.Ao longo do dia realizaram-se os ha-bituais testes médicos.Com Manuel Machado de regresso ao comando, o plantel ainda não está completo, sendo certo que será muito diferente do de 2007/08.O Nacional tem agendados dois es-tágios. Um em Rio Maior, de 26 de Julho a 2 de Agosto, e outro em Quiaios, de 2 a 10 de Agosto
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Euro 2008
Excessos nos festejos causam um morto
Os execesso nos festejos, em Espanha, pela vitória da selecção no Euro 2008 resultaram em, pelo menos, uma vítima mortal. Um homem de 40 anos perdeu a vida numa queda, ocorrida numa fonte situada numa praça central do município de Alcalá de Henares, nos arredores de Madrid.A polícia confi rmou que a morte foi acidental e preci-pitada pela ingestão de álcool. Esta morte de Alcalá de Henares não foi, contudo, o único incidente verifi cado nas celebrações da vitória espanhola. O centro de Madrid converteu-se num cená-rio de batalha campal, que se saldou pela existência de um ferido muito grave, outros 25 transportados para hospitais e 120 atendidos em pequenos postos impro-visados.O centro de emergências da capital espanhola também registou um aumento signifi cativo de denúncias de ca-sos de agressão, incêndios, acidentes de trânsito e in-toxicações etílicas. Esta manhã, os trabalhadores da municipalidade de Madrid retiraram 50 toneladas de lixo geradas nas ce-lebrações.A selecção espanhola sagrou-se campeã europeia pela segunda vez na sua história, depois de vencer, na fi nal de Viena, a Alemanha por 1-0.
Xavi o melhor da prova
O médio espanhol Xavi bateu a concorrência e a UEFA escolheu-o como o melhor jogador da provaO jogador do Barcelona, foi eleito o melhor de todos os atletas presentes no Campeonato da Europa 2008.Para além da medalha de Campeão da Europa, Xavi
leva, assim, para casa mais um troféu.
Dois portugueses na equipa ideal
A UEFA escolheu Pepe e Bosingwa para integrar a equi-pa ideal do Euro 2008. O organismo que dirige o fute-bol europeu divulgou a lista dos melhores jogadores da competição. A selecção campeã domina, com nove jogadores esco-lhidos. A lista completa é a seguinte:Guarda-redes: Buffon (Itália), Casillas (Espanha) e Van der Sar (Holanda). Defesas: Bosingwa (Portugal), Lahm (Alemanha), Marchena (Espanha), Pepe (Portu-gal), Puyol (Espanha) e Zhirkov (Rússia). Médios: Ha-mit Altintop (Turquia), Modric (Croácia), Marcos Senna (Espanha), Xavi (Espanha), Zyryanov (Rússia), Ballack (Alemanha), Fàbregas (Espanha), Iniesta (Espanha), Podolski (Alemanha) e Sneijder (Holanda). Avançados: Arshavin (Rússia), Pavlyuchenko (Rússia), Fernando Torres (Espanha) e David Villa (Espanha).
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Nova semana, novas perdas na bolsa O último dia do primeiro semestre voltou a ser de fortes quedas em Lisboa, com a bolsa nacional a não conseguir acompanhar a recuperação das pra-ças europeias. Na sessão de hoje, 12 títulos do PSI-20 atingiram mínimos e as construtoras lideraram as quedas. Com 17 papéis em queda, o principal índice nacional desvalorizou mais de 1%.
PSI-20
Sobe e Desce Índices
Com o apoio de:
Agricultura
Sócrates recebe CAP na sexta-feira
O ministro da Agricultura revelou hoje que o Primeiro-ministro recebe a CAP na próxima sexta-feira, num encontro em que Jaime Silva estará presente e onde intervirá “sempre for oportuno”. Em declarações ao Rádio Clube Por-tuguês, o ministro da Agricultura disse que vai assessorar o Primeiro-ministro, como “assessoro em todas as matérias” no âmbito da agricul-tura.A CAP decidiu abandonar, terça-feira passada, a Concertação Social até que o Primeiro-ministro clarifi -casse declarações anteriores do mi-nistro da Agricultura.
Zona Euro
Novo máximo de in$ ação em Junho
Metro Mondego
Governo dá projecto como irreversível
A secretária de Estado dos Trans-portes contestou hoje os críticos do futuro Metro Mondego, classifi cando um “marco histórico” e irreversível o lançamento do concurso para a compra de novo material circulante na Linha da Lousã.Ana Paula Vitorino intervinha no lançamento do concurso público in-ternacional para aquisição das com-posições que farão o serviço de me-tropolitano entre Lousã e Coimbra, considerando este “um ponto de viragem num projecto estruturante para a mobilidade da região“.
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www.montepio.pt
A taxa de infl ação na Zona Euro atingiu 4% no mês de Junho, um novo máximo desde a criação desta zona em 1999.A infl ação é puxada em alta pelos preços do petróleo e pelos preços dos produtos alimentares.O máximo anterior, registado pelo Eurostat em Maio, era de 3,7%.Os 4% atingidos em Junho ultrapassam as previsões dos
analistas, que apontavam para 3,9%.Esta taxa de infl ação situa-se muito além do limite to-lerado pelo Banco Central Europeu (BCE), cujo objec-tivo a médio prazo para a Zona Euro é uma infl ação ligeiramente inferior aos 2%.Este novo dado deverá confortar o BCE na sua vontade aumentar as taxas de juro na reunião do Conselho de Governadores de quinta-feira.
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ÚLTIMAS
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Moita
Três jovens baleados no Vale da Amoreira
Três jovens, com idades compre-endidas entre os 17 e os 25 anos, foram baleados na madrugada de hoje no Vale da Amoreira. “Três homens foram baleados jun-to ao Centro Comercial das Fonta-ínhas, no Vale da Amoreira, com uma caçadeira de 12mm, tendo sido hospitalizados sofrendo ferimentos ligeiros. Os autores e as causas são desconhecidos”, disse à agência Lusa fonte policial. Os disparos provocaram também danos em viaturas particulares que se encontravam no local. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
Incêndios
Fogo em Bragança e em Santarém
Dois incêndios estão, a esta hora, activos em Portugal Continental. Um lavra no distrito de Santarém e outro em Bragança. No terreno es-tão mais de cem bombeirosO fogo não circunscrito, que lavra desde as 15h00 numa zona de mato em Carrazeda de Ansiães, Bragan-ça, está a ser combatido por 33 bombeiros e sete viaturas.Em Torres Novas, o incêndio que consome uma área fl orestal já foi dado como circunscrito.No terreno estão 69 bombeiros, apoiados por 18 viaturas e um he-licóptero.
Zimbabué
Cerco a Mugabe intensi$ ca-se
O Primeiro-ministro do Quénia, Rai-la Odinga, pediu hoje a suspensão do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, da União Africana (UA). Odinga é uma das vozes mais crí-ticas do continente africano para com o ditador do Zimbabué.Já a ONU apelou aos líderes africa-nos para negociarem uma solução para a crise no Zimbabué.
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Os chefes dos governos espanhol e dinamarquês num momento descontraído no dia um da “Espanha campeã de Europa em futebol 2008”. Zapatero está em Cope-nhaga para discutir, com o seu homólogo Anders Fogh Rasmussen, o aquecimento global.
Foto: Rune Evensen/EPAFoto: Wolfgang Thieme/EPA
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Três pessoas morreram em resultado de um choque de um automóvel com um mini-autocarro polaco, na Ale-manha. Dez pessoas fi caram feridas. A auto-estrada 72 entre Treuen e Reichenbach em direcção a Chem-nitz esteve cortada durante várias horas.