casamento gay: «liberdade não pode ser absoluta», diz papa · penitencial, que se expressa em...

4
O ACÓLITO N.º 10 - 8- Escola de Acólitos de S. Miguel Casamento gay: «Liberdade não pode ser absoluta», diz Papa O Papa Bento XVI mostrou-se contrário a todas as leis «que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos». O Sumo Pontífice, que falava perante embaixadores dos 178 Estados que mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé e que foram recebidos no Vaticano durante a tradicional audiência do início de ano, pronunciou um discurso de carácter vincadamente político. Segundo o cardeal Joseph Ratzinger, as criaturas são diferentes umas das outras e, como mostra a experiência quotidiana, «podem ser protegidas ou colocadas em risco de diversas formas». «Um dos ataques provém de leis ou projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos. Refiro-me, por exemplo, a países europeus ou do continente americano». Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, África do Sul, Canadá e vários estados dos EUA já reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, recentemente, a Cidade do México promulgou reformas do Código Civil, permitindo que os casais homossexuais casem e adoptem crianças em igualdade de circunstâncias com os heterossexuais. Frisando que Deus criou os seres humanos como «homem» e «mulher», o Papa considera que a liberdade não pode ser absoluta e, como tal, «o rumo a seguir não pode ser fixado pela arbitrariedade do desejo [do Homem], devendo estar em sintonia com a estrutura pretendida pelo Criador». Já em 2009, num encontro com a Cúria romana, Bento XVI criticara as mudanças de sexo e defendera uma «ecologia do Homem, que o proteja da autodestruição». EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Diana Semblano e Ricardo Tavares) Contacto: [email protected] Texto retirado de www.tvi24.iol.pt/ 11-01-2010

Upload: truongliem

Post on 01-Dec-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

O ACÓLITO N.º 10

- 8 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Casamento gay: «Liberdade não pode ser absoluta», diz Papa

O Papa Bento XVI mostrou-se contrário a todas as leis «que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos».

O Sumo Pontífice, que falava perante embaixadores dos 178 Estados que mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé e que foram recebidos no Vaticano durante a tradicional audiência do início de ano, pronunciou um discurso de carácter vincadamente político.

Segundo o cardeal Joseph Ratzinger, as criaturas são diferentes umas das outras e, como mostra a experiência quotidiana, «podem ser protegidas ou colocadas em risco de diversas formas».

«Um dos ataques provém de leis ou projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre sexos. Refiro-me, por exemplo, a países europeus ou do continente americano».

Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica, Noruega, Suécia, África do Sul, Canadá e vários estados dos EUA já reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, recentemente, a Cidade do México promulgou reformas do Código Civil, permitindo que os casais homossexuais casem e adoptem crianças em igualdade de circunstâncias com os heterossexuais.

Frisando que Deus criou os seres humanos como «homem» e «mulher», o Papa considera que a liberdade não pode ser absoluta e, como tal, «o rumo a seguir não pode ser fixado pela arbitrariedade do desejo [do Homem], devendo estar em sintonia com a estrutura pretendida pelo Criador».

Já em 2009, num encontro com a Cúria romana, Bento XVI criticara as mudanças de sexo e defendera uma «ecologia do Homem, que o proteja da autodestruição».

EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Diana Semblano e Ricardo Tavares)Contacto: [email protected]

Texto retirado de www.tvi24.iol.pt/ 11-01-2010

O ACÓLITO N.º 10

- 2 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Os novos pequenos acólitos

Após sensivelmente três meses de formação, no âmbito da área acolital, a nossa “escolinha”, formou 7 novos acólitos, que têm como propósito servir o altar da Eucaristia e ajudar toda a comunidade que carece destes novos frutos.

Deixamos os seus testemunhos para que estimulem outras crianças.

“A sensação de acolitar pela primeira vez é uma sensação incrível” Bruno Braga

“Eu gostei muito da experiência quando fui acolitar, apesar de me sentir um pouco nervosa” Marta Costa

“O primeiro dia que acolitei foi na 4.ª feira e quando cheguei à igreja fui rezar. Gostei muito de acolitar” Leonardo

“A minha primeira vez que acolitei senti-me um pouco nervosa, mas tentei dar o meu melhor” Inês Filipa

“A primeira vez que acolitei foi um domingo e gostei muito, apesar de estar nervosa. Gostei muito de poder servir o sacerdote” Sara Daniela

“Enquanto acolitava sentia-me um pouco nervosa, porque tinha medo de errar, mas gostei muito da experiência” Thais

“Gostei muito de acolitar, correu muito bem, e pude ficar a saber mais” Vanessa Portugal

O ACÓLITO N.º 10

Escola de Acólitos de S. Miguel - 7 -

O texto do Profeta Joel influenciou a Igreja no sentido de abrandar o rigor da disciplina: “vosso Deus é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”. A partir do século VIII o rito foi assumindo um carácter mais geral com a introdução de normas que permitiam a todos os cristãos receberem as cinzas como reconhecimento da nossa condição de pecadores.

O sentido original da imposição das cinzas, tem um sentido autenticamente penitencial, que se expressa em algumas virtudes, como na oração, simplicidade da vida, espírito de pobreza e desapego, renúncia às coisas materiais, prestando o nosso tempo ao nosso irmão.

As Cinzas provêm dos ramos de oliveira abençoados e usados no ano anterior, no Domingo de Ramos. É colocado na testa do cristão como gesto de humildade, arrependimento, reconhecimento dos próprios erros e, ao mesmo tempo, de muita confiança em Deus. A testa aponta para o pensamento, ou seja, convida a reflectir, analisar, avaliar, examinar a consciência, as atitudes da vida.

Actividades agendadas

A primeira metade deste ano lectivo do nosso grupo, já está concluida. Por norma, esta é mais dedicada à formação, pois como é sabido, é uma época mais calma do Ano Litúrgico. Com o iniciar do segundo semestre, a grande prioridade é preparar os nossos elementos para interiorizarem, participando activamente nas cerimónias mais importantes do Ano Litúrgico (Sagrado Tríduo Pascal).

Para além da preparação para estas grandes cerimónias, temos actividades a agendar que já estavam propostas no início do ano.

No próximo dia 1 de Maio de 2010 vai haver a Peregrinação Nacional deAcólitos 2010 ao Santuário de Fátima. Mais uma vez, a equipa animadora dos acólitos de Oliveira de Azeméis está a organizar esta peregrinação que começa a tornar-se tradição. Notamos que os acólitos ficam muito entusiasmados com esta iniciativa. A equipa animadora convidou algumas paróquias para se juntarem aos nossos acólitos, mas ainda aguardamos respostas.

É objectivo da equipa animadora, levar o grupo a trocar experiências com outro grupo de acólitos da zona, num programa de dinâmica e partilha. Possivelmente será concretizada no dia 17 de Abril.

Para o final do ano, em meados de Junho, tentaremos proporcionar uma experiência mais vocacionária ao grupo, levando-os a visitar e possivelmente a participar em algumas actividades num seminário. Iremos informando.

O ACÓLITO N.º 10

- 6 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Quarta-feira de Cinzas

A Quarta-feira de Cinzas é a porta de entrada da Quaresma. Com a imposição das cinzas, começa solenemente o tempo de preparação, para a Páscoa. Entramos no grande Templo onde se vive, de maneira mais activaprograma que Jesus nos indica: oração, esmola e jejum.

É a Oração de súplica e de arrependimento, ou seja, a oração de quem se reconhece pecador. “Ó meu Deus, tem piedade de mim, pecador!”. Tratada oração do coração, que procura a união com Deus, através dela.

O jejum vai além da abstenção de alimentos. Jejuar é como criar um espaço, um vazio em nós, para que a graça de Deus nos refaça e nos preencha.

A esmola não se reduz à oferta de dinheiro, alimentos, roupas e outros objectos. Simboliza uma doação interior, em que, tiramos algo de nós, para oferecer a Deus.

O Rito da Imposição das Cinzas tem como simbolismo preparar os cristãos para viver o espírito quaresmal, ou seja, numa atitude interior, constante, permanente, preparando-nos para o verdadeiro sentido da Páscoa.

A cinza na cabeça é usada como sinal de penitência, de conversão, de luto pelo pecado. É um sinal exterior que expressa o arrependio desejo puro de conversão.

Desde o século IV, a Igreja tem-se preparado para a Páscoa com 40 dias, à semelhança da experiência vivida por Cristo no deserto. Como na antiga disciplina os Domingos não eram dias de penitência nem de jejum, aQuaresma somente somava 36 dias. Sendo assim, a Igreja antecipou para Quarta-feira de Cinzas para completar os 40 dias.

A Igreja assumiu a tradição do Antigo Testamento propondo como programa para o tempo quaresmal, a oração, a esmola e o jejum. Entre osséculos IV e X havia um rigor muito grande em relação aos pecadores públicos. Eles eram excluídos de participar da celebração eucarística, vestindo uma túnica, colocavam as cinzas na cabeça e eram separados da comunidade eclesial, pois precisavam de ser reconciliados oficialmente aqueles que cometiam pecado grave de carácter público. A Cerimreconciliação acontecia na Quinta-Feira Santa, e a da expulsão, na 4ª Feira de Cinzas.

Escola de Acólitos de S. Miguel

feira de Cinzas é a porta de entrada da Quaresma. Com a tempo de preparação, para a

vive, de maneira mais activa, o

de súplica e de arrependimento, ou seja, a oração de quem se eus, tem piedade de mim, pecador!”. Trata-se

da oração do coração, que procura a união com Deus, através dela. Jejuar é como criar um

para que a graça de Deus nos refaça e nos

A cinza na cabeça é usada como sinal de penitência, de conversão, de luto pelo pecado. É um sinal exterior que expressa o arrependimento interior e

se preparado para a Páscoa com 40 dias, . Como na antiga

de penitência nem de jejum, auaresma somente somava 36 dias. Sendo assim, a Igreja antecipou para

A Igreja assumiu a tradição do Antigo Testamento propondo como programa para o tempo quaresmal, a oração, a esmola e o jejum. Entre os

havia um rigor muito grande em relação aos pecadores públicos. Eles eram excluídos de participar da celebração eucarística, vestindo uma túnica, colocavam as cinzas na cabeça e eram separados da

reconciliados oficialmente aqueles que cometiam pecado grave de carácter público. A Cerimónia da

Feira Santa, e a da expulsão, na 4ª Feira

O ACÓLITO N.º 10

Escola de Acólitos de S. Miguel - 3 -

Missão 2010: Cântico das Janeiras

Neste mês de Janeiro teve início a Missão 2010. O grande tema do mês centrava-se no “Anúncio” e, como tal, na nossa Paróquia o mês foi dedicado ao canto das Janeiras.

Um grande grupo se juntou e, com empenho e força de vontade, saiu às ruas durante o mês para levar o Anúncio a toda a cidade. No entanto, também noutras paróquias se realizou esta actividade. O grupo participou num encontro a nível Vicarial, no dia 17 de Janeiro, que juntou grupos muito diversos, mas todos com grande entusiasmo e alegria no cumprimento desta missão.

Este mês teve o seu ponto alto no dia 23, com uma junção de todos os grupos de canto das Janeiras da Diocese do Porto. Pelas ruas do Porto, até ao palácio de Cristal, muitos eram os participantes, sendo notória a satisfação de todos e contagiando quem por ali passava. A reunião no Palácio de Cristal juntou mais de 3300 pessoas e serviu para dar ainda mais ânimo a todos os grupos.

Em suma, pensamos que é caso para dizer “missão cumprida”, e esperamos que o sucesso do início desta iniciativa se prolongue ao longo do ano, dando muitos e bons frutos.

D. Manuel Clemente defendeu que é missão dos cristãos anunciarque “não estamos sós, a esperança é sempre possível”.

Ana Margarida Lopes

O ACÓLITO N.º 10

- 4 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Ir à Missa para quê? (2ª Parte)

Damos continuação a este tema, propício para cada cristão fazer uma reflexão à sua participação nas Eucaristias. Como este tema é alargado, colocaremos a terceira e última parte, deste tema, na próxima edição do jornal.

Quando celebramos a missa partimos o Pão sagrado e partilhamo-lo entre nós.

Partir o pão: este é o gesto que Jesus fez durante a Última Ceia. O gesto de partir o pão exprime claramente a força e a importância do sinal de unidade de todos, um só pão, e do sinal de caridade, já que se distribui um só pão entre os irmãos.

Quem, na sua vida quotidiana, não partilha o que é, o que sabe e o que tem com os irmãos mais necessitados não pode partilhar o Corpo e o Sangue de Cristo.

É o próprio Jesus Cristo, que recebemos na comunhão, quem nos assegura que se identifica de tal maneira com os pobres e necessitados, que tudo o que fazemos ou deixamos de fazer a cada um deles, fazemo-lo ou negamo-lo a Ele mesmo (cf. Mt 25, 31-46).

Quando celebramos a missa unimo-nos intimamente com Jesus Cristo pela comunhão.

Este alimento, recebido com fé e amor, realiza em nós o que diz o Apóstolo: «Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gl 2, 20)

A Eucaristia é a grande oferta que Jesus nos faz. Cada vez que comemos o seu Corpo e bebemos o seu Sangue recordamos que Ele nos ama até se dar totalmente. Aproximar-se e receber este dom significa que reconhecemos, valorizamos e agradecemos este amor.

E significa também que nos comprometemos a corresponder-lhe com uma fidelidade plena. Se não fosse assim, estaríamos a ser falsos e a ofender este sinal sagrado que com tanto amor Jesus Cristo nos deixou (cf.1Cor 11,27-29).

O ACÓLITO N.º 10

http://www.paroquiaz.org/ (secção de liturgia) - 5 -

Porque existe a missa?

Quando alguém confia a sua última vontade – o seu testamento – a um amigo, este recebe-o como sendo algo sagrado. Esse amigo recordará para sempre aquelas últimas palavras e cumprindo aquela última vontade do amigo, reviverá a sua amizade e sentirá também que permanece verdadeiramente fiel a ele.

Pois bem, Jesus – o Amigo -, «tendo chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai», confiou-nos a sua última vontade; deixou-nos o seu testamento: «Fazei isto em memória de mim» (1 Cor 11, 24-25).

É esse mesmo Jesus que assegura: «Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando» (Jo 15, 14).

Domingo: O dia do Senhor!

O Evangelho apresenta-nos os discípulos reunidos no primeiro dia da semana, quando Jesus ressuscitado apareceu pela primeira vez no meio deles. Era costume os discípulos reunirem-se semanalmente, e por isso, no oitavo dia dessa semana, Jesus ressuscitado voltou a aparecer e desta vez Tomé já estava com os discípulos.

O CV II ajuda-nos a ver e a valorizar a importância desta tradição quando diz: «A Igreja, desde a tradição apostólica que tem a sua origem no mesmo dia da ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal todos os oito dias, no dia que se chama com razão “dia do Senhor”, o domingo.»

A missa pode celebrar-se todos os dias, no entanto, a missa dominical tem um significado mais importante.

Não se pode participar na missa como quando se vai a umrestaurante.

Eis uma série de atitudes das pessoas que vão a um restaurante: chegam à hora que lhes apetece; se há lugar para escolher, procuram um que fique separado dos outros; cada qual pede para comer o que deseja; se nos apetece, pomo-nos a ler o jornal, prescindindo dos que nos rodeiam.

Toma-se uma atitude de restaurante na missa: quando se chega tarde; quando se costuma ocupar os bancos do fundo, embora os da frente estejam vazios, ou intencionalmente se procuram ficar separados dos outros; quando, durante a celebração, se lê a «folha dominical»; quando se fazem outras devoções durante a missa ou quando se sai da missa antes do seu termo.

A missa não é pessoal, mas sim comunitária. Devemos ter uma atitude de busca constante para melhorarmos a nossa participação.