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Cartografia Tátil: Experiências com mapas e gráficos táteis em aulas inclusivas Profa. Dra. Maria Isabel Castreghini de Freitas Bruno Zucherato Paula Cristiane Strina Juliasz Universidade Estadual Paulista UNESP Rio Claro – SP [email protected]

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Cartografia T átil: Experiências com mapas e gráficos táteis em aulas inclusivas

Profa. Dra. Maria Isabel Castreghini de FreitasBruno Zucherato

Paula Cristiane Strina JuliaszUniversidade Estadual Paulista

UNESP Rio Claro – [email protected]

Experiências e possibilidades did áticas da Cartografia T átil

� As experiências dos projetos do Grupo de Cartografia Tátil da UNESP – Rio Claro, testados e aprimorados em atividades didáticas em escolas da região de Araras e Rio Claro no estado de São Paulo.

Gráficos táteis

A prática

Os alunos realizaram uma pesquisa estatística.Os dados dessa pesquisa foram organizados;A partir da organização desses dados foi elaborado o gráfico de histogramas;Esses valores foram transformados em porcentagem e foi construído um gráficos desetogramas.

Os alunos foram inseridos em um processo de investigação e produziram os resultados;Conseguiram entender conceitos matemáticos de proporção, quantidade e porcentagem;A metodologia se apresentou adequada, podendo ser utilizada em outros conteúdos.

Resultados

Atividades Sugeridas

Seleção de um conteúdo trabalhado no 7º ano do ensino fundamental – as diferentes regionalizações ao longo da história do Brasil:

Eliseé Reclus (1893)Delgado de Carvalho (1913)Conselho Nacional de Geografia (1941)

Exposição de aula explicativa sobre o assunto;

Construção de gráficos de histogramas das diferentes regionalizações representando o número de estados por região;

Comparação das diferentes regionalizações e do número de estados de cada uma das regionalizações.

Mapas táteis

1) Decalque do mapa original para papel vegetal.2) Transfira do avesso dos mapas do papel vegetal para as folhas de alumínio.3) Elabore as molduras para os mapas de alumínio.4) Elabore símbolos, manipulando o próprio alumínio, para ilustrar os objetos de interesse.5) Insira cores contrastantes.6) Elabore as legendas em braile e em escrita convencional.

Elaboração de um mapa tátil

Por meio dos procedimentos descritos, foram obtidos os mapas “Continente Africano e Brasil no Mundo” e “A rota do tráfico negreiro”.

• Conversa sobre os desenhos de cada aluno;• Desenho sobre o tema dos mapas;• Manuseio dos mapas;• Conversa sobre o tema dos mapas: localização e rota do

tráfico negreiro;• Desenho depois do manuseio dos mapas

Atividades Sugeridas

Prancheta para desenho tátil utilizado na atividade

Desenho da relação entre Brasil e África: a Pangéia (Desenho de PED – 15 anos, baixa visão)

Desenho da relação entre Brasil e África: bola (a), fome (b), indústrias (c), tambor (d). (Desenho de BRE– 15 anos, cego congênito)

(a)

(b)

(d)

(c)

Os desenhos e elementos produzidos pelos alunos antes e após a utilização do material didático tátil apresentaram diferenças significativas.

Os alunos apresentaram grande interesse pelo material didático utilizado

Alguns elementos trabalhado com os alunos e o material didático foram representados nos desenhos após a aula expositiva

Conclus ão

• Procedimentos metodológicos centrados nos estudantes são bem sucedidos na orientação e representação espacial;

• Os estudantes cegos desenvolvem conceitos espaciais como qualquer outra criança, adquirindo o conceito de objeto, orientação e desenvolvendo habilidades para desenhar objetos e sua distribuição no espaço;

• Professores podem encontrar diferentes alternativas para resolver problemas de disciplinas dando concretude aos conceitos abstratos, fazendo uso de experiências diárias individuais e coletivas.

ReferenciasALMEIDA, R. D. 2010. Do desenho ao mapa. São Paulo: Editora Contexto, 4 ed. , 2 reimpressão.

FREITAS, M.I.C. (Org.); VENTORINI, S.E. (Org.) 2011. Cartografia Tátil: Orientação e mobilidade para pessoas com deficiência visual. Jundiaí: Editora Paco Editorial Ltda, 1 ed.

BORGES, J.A.S.; FREITAS, M.I.C.; VENTORINI, S.E.; TAKANO, D.F. 2011. Mapavox – um sistema para a criação de maquetes táteis para pessoa com deficiência visual. IN: FREITAS, M.I.C. (Org.); VENTORINI, S.E. (Org.) 2011. Cartografia Tátil: Orientação e mobilidade para pessoas com deficiência visual. Jundiaí: Editora Paco Editorial Ltda, 1 ed. (Capítulo de Livro).

OCHAITA, E.; ESPINOSA, M. A. 2004. Desenvolvimento e intervenção educativa nas crianças cegas ou deficientes visuais. In. COLL. C. Marchesi, A; Palácios, J. & Colaboradores Desenvolvimento Psicológico e Educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. v.3, 2. ed. São Paulo: Ed. Artmed.

RUBAYO, S. C. et al. 2007. Discapacidad y destrezas manipulativas. Madrid: ONCE. Accessed 6 October 2010.

FREITAS, M.I.C., ZUCHERATO, B. 2010. The Use of Software MAPAVOX for Teaching Graphics and Games toBlind and Low Vision Students: A Development through Practices In: Edulearn10 –International Conference on Education and new Learnig Technologies, 2010, Barcelona - Espanha. Internacional Conference on Education and Learning New Technologies (EDULEARN 10). Barcelona - Espanha: EDULEARN. v.1. p.1 – 10.

VENTORINI, S.E. 2007. A Experiência como fator determinante na representação espacial do deficiente visual. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP. (Dissertação de Mestrado em Geografia).

Obrigada!

Maria Isabel Freitas

[email protected]