cartografia poética: a cidade como espaço/lugar para a criança

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  • 8/17/2019 Cartografia Poética: a cidade como espaço/lugar para a criança

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    Universidade Federal de PelotasSeminário de Antropologia Urbana

    Cartografia Poética:A cidade como

    espaço | lugarpara a criança

    Professora Claudia Turra

    Ac. Flávia Pagnoncelli GalbiattiJunho de 2015

    Cartografia Poética:A cidade como

    espaço | lugarpara a criança

    Cartografia Poética:A cidade como

    espaço | lugarpara a criança

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    Cartografia Poética:A cidade como espaço| lugar para a criança

    Cartografia Poética:A cidade como espaço| lugar para a criança

    Cartografia Poética:A cidade como espaço| lugar para a criança

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    Sou além de mim, a arquitetura que estudo. Mas quero mais. Quero saber, entender, conhecer as pessoasque usam e transformam esses espaços, pelos arquitetos projetados. Foi essa inquietação que me fezsair da arquitetura, atravessar a rua, propor a desterritorialização.

    Percebo na etnografia uma maneira de descobrir não só sobre o objeto da pesquisa, mas da inserção deleno meio. Através dos percursos e das redes que conectam e desconectam o sistema das pessoas e aspessoas do sistema. Percebi que pela escrita consigo organizar melhor o processo de reorganizar asideias.

    “As questões que se colocam são: como encontrar ummétodo de investigação que expresse o processo queestá em andamento? Como não l imitar nossainvestigação aos produtos desse processo? Trabalhandocom um objeto em movimento, como não perdê-lo emcategorias fixadas, que deixam fora da cena o fluxoprocessual no qual as subjetividades foram produzidas?”(KASTRUP, Virgínia. Pista de Metodos Cartograficos, Pista4, Movimentos e funções do dispositivo na pratica dacartografia.)

    Diário de campo: 14/04A praça estava cheia de alunos da faculdade de alguma engenharia. Equipamentos rodeado por aquelas pessoas ocupavam o lugar: seu espaço físico, sua

    atmosfera sonora…Não sei como me sinto ali. Difícil dizer escrever sentimentos, narrar o espaço. Não tinha conseguido transcrever isso. Mas hoje, com a ajuda do CarlosRodrigues Brandão entendo que “os descritos do diário descrevem maneiras de sentir pessoas, lugares, situações e objetos… aqui (no diário de campo), nãopreciso explicar o que compreendo, mas compreender o que sinto. ”É difícil fazer a interpretação em palavras do que acontece no espaço físico… fiz um desenho.

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    Mas muitas dúvidas corrœm minha narrativa. Queria fluir e libertar esses pensamentos de dentro de mim.Mas fico feliz com a experiência, mesmo que tímida, de transcrever as passagens, as percepções, ossentimentos… a vida! É difícil pensar em como escrever sobre o que passei na praça. Escolhi ser não linear enão diferenciar as crianças que tive contato. Escolhi as vezes não ser eu, ainda que sendo.

    “No fundo, no fundo,bem lá no fundo,a gente gostariade ver nossos problemasresolvidos por decretoa partir desta data,aquela mágoa sem remédioé considerada nulae sobre ela — silêncio perpétuo […]extinto por lei todo o remorso,maldito seja quem olhar pra trás,lá pra trás não há nada,e nada maismas problemas não se resolvem,problemas têm família grande,e aos domingossæm todos a passearo problema, sua senhorae outros pequenos probleminhas.”Bem no fundo – Leminski

    Diário de campo: 17/06Fomos achando que encontraríamos as crianças, levamos canetinhas,papel e câmera. No fim, acabei desenhando sozinha. Não encontramosos guris. E o não encontrar também faz parte do estudo.

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    Diário de campo 18/05O tempo que fiquei atrás das grades daquela escola me trouxe reflexões. Repensei essa pesquisa. Não sei o que querocom isso. Que relação é essa da criança com a cidade? Mas como a cidade pode ser um espaço para a criança sedesenvolver? Preciso me entender.

    1Diário de campo 19/05

    Intervalo da aula. Vim para cá correndo, precisava escrever meu reencontro com minhas ideias. Estávamos estudandométodos cartográficos e consegui entender que se minuciarmos o 'porquê' encontraremos o 'como'. Quis me esclarecerde que não preciso só me perguntar mais do porquê dessa pesquisa. Preciso entender como vou fazer. Como acontece arelação da criança com a cidade, como a cidade pode ser um espaço para a criança. Entender que muitos acontecimentosme levaram onde estou, não só um 'porquê'. Sou a somatória de tantas coisas que me influenciam o tempo todo.

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    A narrativa acontece na Praça da Alfândega, região do Porto da cidade de Pelotas. Além de estar asmargens do Canal São Gonsalo, essa grande área verde serve de respiro para cidade. Ao seu redor, temdois prédios da Universidade Federal de Pelotas, e também duas escolas (uma de ensino infantil e outra deensino fundamental). Destaco então, o potencial de uso desse espaço no porto.Conheci nas idas a campo muitas pessoas, muitas crianças, muitas histórias. Quis compreender como sedá a ocupação da praça pelas crianças. E agora percebo que a criança cresce brincando na rua estádisposta as novas experiências, as novas ideias, ao diferente. Se desenvolvendo como cidadãos desdepequenos, vivendo com o diferente, o novo, o simples

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    É bonito entender a brincadeira como forma de participação da criança na vida da cidades, e mais, percebera cidade como lugar essencial ao desenvolvimento da criança.

    “Abri-se a 'alma' da cultura edeixar-se 'molhar-se', 'ensopar-se' das águas culturais e

    h istór icas dos ind ivíduosenvolvidos na experiência”.FREIRE, Paulo (1995, p. 110)

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    “Quem diz muito que vai, não vai

    Assim como não vai, não vemQuem de dentro de si não sai

    Vai morrer sem amar ninguémO dinheiro de quem não dá

    É o trabalho de quem não temSe não tivesse o amor

    Se não tivesse essa dorE se não tivesse o sofrerE se não tivesse o chorar

    Melhor era tudo se acabar […]”

    Berimbau - Vinicius de Moræs

    . o p r o c u e m o d e  t r a p o d n e z a f, e  l e p a  h n i m a n o d a d u r g, m i m m e a r o g a á  t s e i  l a i v i v e u q  o  l i u q 

     a o d u  T. e v e  l i o f a t l o v

      e d o h n i m a c O. a d i v a  h n i m a r p i e  t  l o v e, a s o i c n e  l i s, a  t e  l c i c i  b a  h n i m a i e u g e p u e E.. s a u r s a e r  t n e o d n e c

     e r a p a s e d

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     d, a d u j a a

     r a t i e c a m e a i c n ê  t s i s e r a m u a i v a  h s a  M. o ã ç u r  t s n o c a s s e n o d a d u j a, o  t n e m o m e  l e u q  a d r a p i c i  t r a p i e x i

     e d e m e u q 

      í a i o f E. r o  t o m m u o  t n a u q  o  t n a  t o  t n e  h  l u r a  b r e s r a  l a d e p o a i z a f a r i e z a r  t a d o r a n o  t e j  b o m u

     e d r a c s o r n e o, a i g r e n e a  l e u q  a a d o  t r e z a f s i  t a s a r a p e  t n e i c fi u s a r e a  t e  l c i c i  b a d  l a d e p  o ó s s a M

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    Com o método etnográfico e o contato com as pessoas, percebo aquele praça agora pela perspectiva dapesquisadora que esteve ali e teve contato com diversas crianças, usuárias do espaço. Aponto queexistem relações sensíveis que devem ser consideradas no processo de projetar lugares. E mais, paraentender as demandas e as interferências que se pode causar, acredito que é preciso envolver o usuáriodo espaço no processo projetual.

    “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calmaAté quando o corpo pede um pouco mais de alma

    A vida não para

    Enquanto o tempo acelera e pede pressaEu me recuso faço hora vou na valsa

    A vida é tão rara

    Enquanto todo mundo espera a cura do malE a loucura finge que isso tudo é normal

    Eu finjo ter paciênciaE o mundo vai girando cada vez mais veloz

    A gente espera do mundo e o mundo espera de nósUm pouco mais de paciência”

    Paciencia. Lenine

    Diário de Campo16/06 - Número 5.Perguntei para o Wesley o que ele achava da cidade e se ele gostava de morar em Pelotas. Ele disse: “Sim, é uma cidade muito calma, um lugar muito

    tranquilo para morar, sem muitos carros. Uma vez fui para santa Catarina é lá tinha muitos carros, um caos de cidade. ”Bonito perceber onde ele mora, o cidade-região que a criança habita.

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    REFERÊNCIAS:

    AZEVEDO, Laura. Novo de & Lim, R. Improving Urban Design Learning. Urban Design. Group Journal. Spring, 42-43,2013

    BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Diário de Campo, a antropologia como alegoria

    CALVINO, Ítalo. As cidades Invisíveis. São Paulo, Companhia da Letras, 1990.

    GEHL, Jan. City for people. [s.l.]: Isaland Press, 2010.

    JUNIOR, Paulo Ghiraldelli. A Infância na cidade de Gepto ou possibilidades do neopragmatismo para pensarmos osdireitos da criança na cultura pós-moderna.

    MAGNANI, José Guilherme Cantor. 2002 “ De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana”. RevistaBrasileira de Ciencias Sociais. São Paulo

    MARQUES, Adilson. A cidade e a criança: topo análise do imaginário infantil

    OLIVEIRA, Claudia Maria Arnold Simões de. A formação da criança nas cidades. São Paulo: Faculdade deArquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

    PIMENTEL, Danieli dos Santos. Cartografias poéticas e outros imaginários em literatura oral.RICŒUR, Paul. Arquitetura e Narratividade. IN: Urbanisme.

    Imagens por Flávia Pagnoncelli Galbiatti

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