cartografia digital _análise e utilização de cartas topográficas e da cartografia sistemática...

Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Núcleo de Engenharia Ambiental (Campus de São Cristovão)

Matéria de Ensino: Cartografia Digital

“Análise e utilização de cartas topográficas e da

cartografia sistemática vigente no Brasil”.

Heleno dos Santos Macedo

Conteúdo a ser abordado

Conceito de Carta topográfica;

Compreender a Cartografia Sistemática (topográfica) vigente

no Brasil;

Análise da informação altimétrica e topográfica;

Análise da informação planimétrica

compreender a importância desse instrumento para prática

profissional de um Engenheiro Ambiental.

O que é a Carta topográfica?

A carta topográfica é uma representação plana,

ortogonal e em escala de uma porção da superfície

terrestre, elaborada mediante levantamento original ou

compilação cartográfica, que inclui informações

planimétricas e altimétricas dos aspectos geográficos

naturais e antrópicos” (Granell _Pérez, 2004, p.15).

http://helenomacedo.blogspot.com


“representação fiel e precisa dos aspectos

naturais (hidrografia, relevo) e artificiais (estradas,

edificações, localidades) da superfície terrestre”

(CAMPOS, 2007, p.70).



As cartas topográficas são elaboradas em escalas médias:

1:25.000; 1:50.000; 1:100.000 e 1: 250.000.

Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC):

Cartografia oficial do Brasil: DSG (Diretório de Serviços do

Exército; FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística);



Para um melhor aproveitamento é necessário uma leitura

correta e interpretação precisa das cartas topográficas;

Ler: significa conhecer o significado das convenções (símbolos

e cores);

Interpretar : é a possibilidade de explicar a terceira dimensão do

relevo e os diversos arranjos territoriais dos sistemas natural e

social;



As cartas topográficas respeitam os três princípios básicos da

Cartografia:

Generalização:

Seleção :

Abstração:

Adaptação dos Elementos qualitativos e quantitativos

Para uma escala menor;

Eliminação de detalhes irrelevantes ou inúteis;

É a representação de elementos geográficos através de símbolos

e sinais convencionais, recolhidos na legenda, possibilitando

a leitura das cartas;



Cada aspecto integrado na carta constitui num “estrato de

informação”


Os elementos deuma Carta

topográfica?


Os elementos de umaCarta topográfica?

Órgão executor do projeto da carta


Toponímia que dá nome a carta, ou simplesmente, nome do

principal elemento representado;


Nomenclatura da folha, ou seja, localizador e identificador da

área e de que documentos esta carta faz parte;



Legendas ordinal e nominal;



Articulação da folha, localização da folha, entre outrasadjacentes;



Indica a projeção, a escala

gráfica e o histórico do

processo de

elaboração da carta;



Legenda dos elementos físicos,

comum em todas as cartas;



Divisão administrativa presente na área representada;



Declinação magnética do centro da

folha da carta, entre outras

informações.


A cartografia sistemática (topográfica) brasileira?

De acordo com o Departamento de Cartografia do IBGE, a Carta Internacional

ao Milionésimo “fornece subsídios para a execução de estudos e análises de

aspectos gerais e estratégicos, no nível continental” (IBGE, 1998:47).



A Carta Internacional do Mundo ao milionésimo (CIM) recobre o território

brasileiro com 46 folhas (quadriculas) de 4° de latitude por 6° de longitude.



Cada folha possui uma nomenclatura própria (identificação por letras e

números)

1. Duas letras maiúsculas que identificam a faixa UTM (S / A-I);

2. Dois números 18 até 25 (W-E) – Representa 8 fusos UTM de 6°

longitude

Ex: Na carta 1:1000.000, SC-24 Corresponde a Aracaju.



Escala Exemplo de

Nomenclatura

Variação das

longitudes

Variação das

latitudes

Item

acrescentado na

nomenclatura

1:1.000.000 SH.22 6° 4° .......

1:500.000 SH.22-V 3° 2° V,X,Y,Z

1:250.000 SH.22-V-A 1°30’ 1° A,B,C,D

1:100.000 SH.22-V-A-I 30’ 30’ I,II,III,IV,V.VI

1:50.000 SH.22 –V-A-I-3 15’ 15’ 1,2,3,4

1:25.000 SH.22-V-A-I-3-NO 7’30’’ 7’30’’ NO,NE,SO,SE

FONTE:Granell-Pérez, 2004CORRESPONDE A UMA PORÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL À IJUÍ



Os sistemas de coordenadas nas cartas topográficas:

As coordenadas esféricas ou geográficas

As Coordenadas planas ou UTM



As coordenadas esféricas ou geográficas

Escala Variação das

longitudes

Variação das

latitudes

1:100.000 30’ 30’

1:50.000 15’ 15’

Nas cartas topográficas...



As Coordenadas Planas ou UTM

•No Brasil o uso desse sistema é normatizado para cartas de

Escala entre 1:1.000.000 a 1:25.000;

•No sistema UTM, a terra é dividida em 60 fusos de 6 graus

de longitude, com início no anti-meridiano de Greenwich e

seguindo de oeste para leste.



Na carta topográfica as coordenadas UTM aparecem

representadas por uma quadrícula, que não coincide com as

quatro margens da carta.



A Orientação das Cartas:

1.Norte Geográfico (NG) ou Verdadeiro (meridianos);

2.Norte da Quadrícula UTM (NQ) (UTM);

3.Norte Magnético (NM);


A análise da informação altimétrica e topográfica



A representação Cartográfica das formas de relevo

CUESTA CUME DESFILADEIROS



MORRO-TESTEMUNHO VERTENTE COLINAS


Curvas de nível

Principais características

Tendem a ser paralelas entre si.

Todos os pontos de uma curva de nível se encontram

na mesma elevação

Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma.

As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar

em saltos d’agua ou despenhadeiros.


Curvas de Nível

Em regra geral, cruzam os cursos dágua em forma de “V” com o vértice apontando para a nascente.

Formam um “M” acima das confluências fluviais.

Em geral, formam um “U” nas elevações, cuja base aponta para o pé da elevação.


Curvas de Nível

Formas Topográficas

A natureza da topografia do terreno determina as formas

das curvas de nível.

As curvas de nível vão indicar se o terreno é plano,

ondulado, montanhoso ou se o mesmo é liso, íngreme ou

de declive suave.


Curvas de Nível

Curvas de Nível


Os modelos digitais de elevação (MDE)

A topografia como qualquer outro fenômeno

tridimensional, pode ser representada no

computador através de um Modelo Digital de

Elevações (MDE)


Os modelos digitais de elevação (MDE)

Na qualidade de modelo simbólico da superfície topográfica,

o MDE representa matematicamente as três dimensões da

superfície do terreno.



Relevo Sombreado

O sombreado, executado diretamente em função das curvas de nível, é uma modalidade de representação do relevo.

É executado, geralmente, à pistola e nanquim e é constituído de sombras contínuas sobre certas vertentes dando a impressão de saliências iluminadas e reentrâncias não iluminadas.

.



Relevo

Sombreado


Eqüidistância

Na representação cartográfica, sistematicamente, a eqúidistância entre uma determinada curva e outra tem que ser constante.

Eqüidistância é o espaçamento, ou seja, a distância vertical entre as curvas de nível. Essa eqüidistância varia de acordo com a escal da carta com o relevo e com a precisão do levantamento.



Eqüidistância

Escala Eqüidistância Curvas mestras

1:25.000 10 m 50 m

1:50.000 20 m 100 m

1:100.000 50 m 250 m

1:250.000 100 m 500 m

1:1.000.000 100 m 500 m



Eqüidistância

A curva mestra é a 5a curva

dentro da eqüidistância

normal.

Eqüidistância não significa a

distância de uma curva em

relação à outra, e sim a

altitude entre elas, o desnível

entre as curvas.



A rede de drenagem

Controla a forma geral da topografia do terreno e

serve de base para o traçado das curvas de nível;



Deste modo, antes de se efetuar o traçado dessas

curvas, deve-se desenhar todo o sistema de

drenagem da região, para que possa representar

as mesmas.



A análise da informação planimétrica



Os elementos naturais e antrópicos da paisagem correspondem, nas

cartas topográficas, representações planas ( nas dimensões X e Y)

Cada elemento planimétrico é representado por um símbolo cujo

significado vem recolhido na legenda do rodapé da carta


Hidrografia




Vegetação ou uso do solo



Unidades Político-Administrativas



Localidades e

Toponímia



Áreas Especiais

Parque Nacional, Estadual ou Municipal

Reservas Ecológicas e Biológicas

Estações Ecológicas

Reservas Florestais ou Reservas de Recursos

Áreas de Relevante Interesse Ecológico

Áreas de Proteção Ambiental

Áreas de Preservação Permanentes

Monumentos Naturais e Culturais

Áreas, Colônias, Reservas, Parques e Terras Indígenas



Vias de Comunicação



Linhas de Comunicação e Outros Elementos

Planimétricos



Linhas de Limite


A importância Carta Topográfica para prática profissional de um Engenheiro

Ambiental.

Vulnerabilidade: Incapacidade de lidar com fatores

naturais ou antrópicos, que causem degradação ao sistema;

Susceptibilidade: Sensibilidade da paisagem à degradação

ou perda de capacidade produtiva – pressupõe o que pode

ocorrer;


A importância Carta Topográfica para prática profissional de um Engenheiro

Ambiental.

Fragilidade: Expressa uma combinação do nível de

degradação de uma paisagem, através das ações

antropogênicas, pela susceptibilidade à uma perturbação;

Riscos: Pressupõe o impacto de uma perturbação sobre a

paisagem;

Potencialidade: Define a aptidão para aproveitamento ou

realização de determinadas atividades.


Próxima aula

Elaborar :

perfil topográfico

perfil longitudinal de um canal fluvial

Material:

Papel milimetrado;

Régua (30cm);

Lápis, borracha;


Referências Bibliográficas

GRANELL-PÉREZ, Maria Del Carmen. Trabalhando com

as Cartas Topográficas. 2. Ed.; IJUI: Editora UNIJUI,

2004.

FITZ, Paulo Roberto. Cartografia: nova edição básica. 1.

ed.; São Paulo: Oficina de Textos, 2010.

TIMBÓ, Marcos, A. Elementos de Cartografia.

Departamento de Cartografia. UFMG, 2001.

cartografia digital _análise e utilização de cartas topográficas e da cartografia sistemática...

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