cartografia 2011

23
Geografia – Prof. André O que é cartografia? Cartografia é a ciência da produção e estudo de mapas, tradicionalmente feitos de papel e que, com o aparecimento dos computadores, passaram por uma verdadeira revolução e estão sendo feitos com softwares próprios: - Sistemas de Informação Geográfica (SGIs); - CAD ou software especializado em ilustração para mapas. A cartografia utiliza-se de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, que têm como base os resultados de observação. É possível viver sem orientação cartográfica? Cartografia: algumas noções preliminares

Upload: caroline-f

Post on 19-Jan-2015

5.340 views

Category:

Education


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Cartografia 2011

Geografia – Prof. André

O que é cartografia?

Cartografia é a ciência da produção e estudo de mapas, tradicionalmente feitos de papel e que, com o aparecimento dos computadores, passaram por uma verdadeira revolução e estão sendo feitos com softwares próprios:

- Sistemas de Informação Geográfica (SGIs);

- CAD ou software especializado em ilustração para mapas.

A cartografia utiliza-se de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, que têm como base os resultados de observação.

É possível viver sem

orientação cartográfica?

Cartografia: algumas noções preliminares

Page 2: Cartografia 2011

A cartografia nos proporciona a localização e a orientação de todos os pontos da Terra. Para isso, precisamos entender alguns conceitos básicos:

Projeções cartográficasOs sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma solução ao problema da transferência de uma imagem da superfície curva da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar deformações.

Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano (mapa), são:

a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas.

b) Equivalentes – as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.

c) Afiláticas – as áreas e os ângulos apresentam-se deformados

A importância da cartografia

Page 3: Cartografia 2011

Projeção cônica

Os meridianos convergem para os pólos e os paralelos são arcos concêntricos situados à igual distância uns dos outros. São utilizados para mapas de países de latitudes médias.

Projeção de Mollweide

Os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.

Algumas projeções muito utilizadas

Page 4: Cartografia 2011

Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide

É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão.

Projeção de Holzel

Projeção equivalente, seu contorno elipsoidal faz referência à forma aproximada da Terra que tem um ligeiro achatamento nos pólos.

Projeções cartográficas

Page 5: Cartografia 2011

Projeção Azimutal Eqüidistante Oblíqua Centrada na Cidade de São Paulo

Nesta projeção, centrada em São Paulo, os ângulos azimutais são mantidos a partir da parte central da projeção.

Projeção Azimutal Eqüidistante Polar

Projeção eqüidistante que tem os pólos em sua porção central. As maiores deformações estão em suas áreas periféricas.

Projeções cartográficas

Page 6: Cartografia 2011

Projeção Cilíndrica Equivalente de Peters

- Data de 1973.

- Sua base é cilíndrica equivalente e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o Equador até os pólos.

Projeções de Mercator ou Cilíndrica Equatorial

- Os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos.

- Correspondem a um tipo cilíndrico pouco modificado, onde as regiões polares aparecem muito exageradas.

Peters ou Mercator?

Page 7: Cartografia 2011

PROJEÇÃO CILINDRICA

PROJEÇÃO CILINDRICA

• As projeções cilíndricas são denominadas assim

porque são feitas pelo envolvimento da esfera terrestre

por um cilindro tangente à ela.

• Elas apresentam o inconveniente de deformar as

superfícies nas altas latitudes, mantendo as baixas

latitudes em forma e dimensão mais próximas do real.

• A única coordenada que se apresenta em seu tamanho

original é a do Equador, nessas projeções cilíndricas, que

se caracterizam por apresentarem os paralelos e os

meridianos retos e perpendiculares entre si. Elas são as

projeções mais utilizadas e conhecidas.

• As duas projeções cilíndricas mais conhecidas são as de

Mercator e a de Peters. Entre elas vamos traçar um

quadro de diferenciações, embora sejam do mesmo tipo

de projeção.

VOLTA

Page 8: Cartografia 2011

PROJEÇÃO DE MERCATOR

PROJEÇÃO DE MERCATOR

A projeção de Mercator é a mais antiga. Foi criada

no século XVI, quando se iniciou o processo de

expansão da burguesia mercantil européia sobre o

mundo.

Reflete, pois, uma ideologia eurocentrista – para a

Europa convergiam os espaços da produção e

circulação desde o século XVI até a II Guerra

Mundial.

Mercator fez uma projeção cilíndrica conforme, isto

é, não deformou os ângulos de latitude e longitude,

portanto as distâncias angulares e lineares (estas no

Equador) são precisas.

VOLTA

Page 9: Cartografia 2011

VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA PROJEÇÃO DE MERCATOR

VANTAGENS DA PROJEÇÃO DE MERCATOR

1. Os meridianos são representados por linhas retas, os paralelos e o equador são representados por

um segundo sistema de linhas retas, perpendicular à família de linhas que representam os

meridianos.

2. É fácil identificar os pontos cardeais numa Carta de Mercator.

3. É fácil determinar as coordenadas de qualquer ponto representado numa Carta de Mercator.

4. Os ângulos medidos na superfície da Terra são representados por ângulos idênticos na carta; assim,

direções podem ser medidas diretamente na carta. Na prática, distâncias também podem ser

medidas diretamente na carta.

5. Facilidade de construção (construção por meio de elementos retilíneos).

6. Existência de tábuas para o traçado do reticulado.

LIMITAÇÕES DA PROJEÇÃO DE MERCATOR

1. Deformação excessiva nas altas latitudes.

2. Impossibilidade de representação dos pólos.

3. Círculos máximos, exceto o Equador e os meridianos, não são representados por linhas retas

(limitação notável nas Cartas de Mercator de pequena escala, representando uma grande área).

Page 10: Cartografia 2011

ESCALAS

Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real, onde a razão ou relação de semelhança é a seguinte:

E = d D

D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural.

d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática ou gráfica.

As escalas mais utilizadas são:

Numérica:

Gráfica:

Page 11: Cartografia 2011

Observe o mapa ao lado:

Ele mostra que a cada

1 centímetro no mapa a

realidade corresponde a

50 mil centímetros ou

500 metros

ESCALAS

Page 12: Cartografia 2011

Comparando os mapas A e B, observamos que há maior riqueza de detalhes no mapa B e sua escala é duas vezes maior do que no mapa A.

Observe, então, que quanto menor for o denominador da escala, maior ela será e mais detalhes ela nos dará.

ESCALAS

Page 13: Cartografia 2011

Um sistema sensor pode ser definido como qualquer equipamento capaz de transformar alguma forma de energia em um sinal passível de ser convertido em informação sobre o ambiente. No caso específico do Sensoriamento Remoto, a energia utilizada é a radiação eletromagnética.

Sensoriamento remoto

Page 14: Cartografia 2011

Foto de satélite

Observe uma fotografia tirada por um satélite:

Page 15: Cartografia 2011

É a representação do terreno através de fotografias aéreas, as quais são expostas sucessivamente, ao longo de uma direção de vôo.

Essa sucessão é feita em intervalo de tempo tal que, entre duas fotografias, haja uma superposição longitudinal formando uma faixa.

Alguns pontos do terreno, dentro da zona de recobrimento, são fotografados várias vezes em ambas as faixas.

Aerofotogrametria ou fotografia aérea

Page 16: Cartografia 2011

Aerofotogrametria ou fotografia aérea

Page 17: Cartografia 2011

Curva de Nível

É o método utilizado para representar o relevo terrestre, que permite ao usuário, ter um valor aproximado da altitude em qualquer parte do mapa.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

- As curvas de nível tendem a ser quase que paralelas entre si.

- Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação.

- Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma.

- As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou despenhadeiros.

- Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o vértice apontando para a nascente.

Page 18: Cartografia 2011

Perfil topográfico de uma área da cidade do Rio de Janeiro

- As linhas traçadas no mapa são chamadas isoípsas, sendo que quanto mais próximas estiverem, mais abrupto se apresenta o relevo.

- Entre as duas elevações existentes, na direção leste-oeste, encontra-se uma depressão relativa.

Curva de Nível

Page 19: Cartografia 2011

Solstícios e Equinócios

Devido ao movimento de translação, os solstícios acontecem aproximadamente em 21 de junho no hemisfério norte e 21 de dezembro no hemisfério sul, quando os raios solares incidem direta e verticalmente sobre o trópico desta região, acontecendo o dia mais longo do ano. Ao mesmo tempo em que o sol incide em um hemisfério, no outro acontece o solstício de inverno e o dia mais curto do ano.

Durante um ano, apenas em dois dias, os dois hemisférios terrestres recebem aproximadamente a mesma quantidade de luz e calor: 21 de março e 21 de setembro, quando acontecem os equinócios, sendo a duração dos dias iguais às noites

Page 20: Cartografia 2011

Fusos horários

Na segunda metade do século XIX, todas as partes do mundo praticamente já eram conhecidas. O desafio do homem passava, então, a ser o de criar e aperfeiçoar meios de comunicação e de transporte, a fim de agilizar o contato entre as diversas áreas do planeta.

Em virtude do avanço dos meios de transporte e comunicação, um sistema comum para determinar a hora local foi tornando-se cada vez mais necessário.

Em 1884, 25 países reunidos em Washington estabeleceram uma divisão do mundo em 24 fusos de uma hora, baseando-se no fato de que a Terra demora praticamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu próprio eixo.

O fuso referencial para a determinação das horas é o de Greenwich , delimitado pelos meridianos 7º30' leste e 7º30' oeste .

Page 21: Cartografia 2011

O Brasil, devido à sua extensão no sentido leste-oeste, apresenta quatro fusos horários diferentes.

Dividindo os 360º da circunferência terrestre por 24, temos 15º, que é a medida de cada fuso horário. Cada fuso é delimitado por dois meridianos e todas as localidades situadas no seu interior têm a mesma hora, que é chamada de

hora legal.

Fusos horários

Page 22: Cartografia 2011

Linha Internacional de Datas

No final do século passado, definiu-se internacionalmente uma linha de mudança de data que acompanha, mas não coincide rigorosamente com o meridiano de 180º, que é oposto ao meridiano de Greenwich.Quando se chega à linha internacional de data muda-se a data ou o "calendário" e não o relógio, portanto quem a atravessa de leste para oeste ( Sibéria para o Alasca, por exemplo) volta de “ hoje para ontem”, e quem atravessa de oeste para leste (Alasca para Sibéria) adianta um dia, mas sem mexer nas horas.

Page 23: Cartografia 2011

Após os conceitos apreendidos, voltamos à pergunta inicial acima e concluímos que a orientação é um procedimento fundamental na localização dos lugares.

Orientar-se é ir à procura do oriente, lugar onde o sol nasce. No sentido geográfico é o mesmo que rumo ou direção.

No mundo de hoje, não podemos mais ficar alheios a todas as formas de orientação, ainda mais que a tecnologia se encontra presente, amparando e desenvolvendo todos os meios de orientação.

A economia está sendo amplamente interligada à cartografia através do estudo dos fenômenos climáticos, delineando desmatamentos, queimadas, formas de relevo, processos de sedimentação, de erosão, ocupações humanas e até fenômenos que não são visíveis a olho nu, como saúde das grandes formações vegetais e umidade do solo.

É possível viver sem orientação cartográfica?