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CARTILHA ORIENTATIVA AOS BARES CASAS NOTURNAS LANCHONETES RESTAURANTES

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Cartilha desenvolvida pela AIFU e Abrasel, para orientar empresários sobre como manter seus estabelecimentos regulares perante a lei.

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Page 1: Cartilha de Orientação da AIFU

CARTILHAORIENTATIVAAOS BARES

CASAS NOTURNASLANCHONETES

RESTAURANTES

Page 2: Cartilha de Orientação da AIFU

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O QUE É A AIFU?

A Ação Integrada de Fiscalização Urbana é uma equipe multidisciplinar formada para fiscalizar os estabelecimentos comerciais que exploram os ramos de Bar, lanchonete, restaurante, hotéis, postos de combustíveis e locais onde tenham grande concentração de pessoas, como casas de espetáculos, shows e eventos.

QUEM PARTICIPA?

É uma equipe composta não só pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, mas também pelas Secretarias Municipais de Curitiba (Secretaria do Urbanismo, Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Fundação de Ação Social, Guarda Municipal e DIRETran) dentre outros, que esporadicamente participam das operações.

COMO FUNCIONA?

Durante a fiscalização, cada órgão atua desempenhando a sua atribuição legal de forma independente. Os locais fiscalizados são aqueles que geralmente:

• Foram denunciados pela comunidade;• Repetidas vezes descumprem as ordens dos agentes fiscalizadores;• Geram problemas onerando o sistema de segurança pública durante seu funcionamento.

O QUE É FISCALIZADO?

• Documentação necessária para o funcionamento do estabelecimento;• Fornecimento de bebidas alcoólicas para crianças e adolescentes;• Higiene do estabelecimento, manipulação, conservação e acondicionamento de alimentos, dentre outras exigências do órgão fiscalizador;• Adequação de projetos de prevenção de incêndio do Corpo de Bombeiros;• Perturbação do sossego e poluição sonora;• Comércio e uso de entorpecentes;• Porte ilegal de arma de fogo;• Exploração do trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes;• Dentre outras irregularidades que venham causar problemas a comunidade.

ÍNdiCE

O que é a AIFU? ...............................................................................................................................................3Quem participa? ..............................................................................................................................................3Como funciona? ...............................................................................................................................................3O que é fiscalizado? .........................................................................................................................................3

DÚVIDAS FREQÜENTES SOBRE UM ESTABELECIMENTO COMERCIAL1. O que é uma consulta comercial? .................................................................................................................42. A consulta comercial autoriza o funcionamento do comércio? .........................................................................43. O que é alvará comercial? ............................................................................................................................44. O que é desvirtuamento de ramo? ................................................................................................................55. O que significa documento vinculado ao alvará? ..........................................................................................56. Em quais circunstâncias o alvará comercial poderá ser cassado?....................................................................67. O que é uma licença sanitária? .....................................................................................................................68. É permitida a existência de fumódromos em estabelecimentos comerciais? .....................................................79. Para que serve o certificado de vistoria do corpo de bombeiros? .....................................................................710. Qual a finalidade do Projeto de Prevenção de Incêndio? ...............................................................................711. Em quais circunstâncias o estabelecimento comercial deverá apresentar um Projeto de Prevenção de Incêndios? .......................................................................................................................................................812. Para que serve a taxa de vistoria que obtém o certificado de vistoria do corpo de bombeiros? ........................913. O que é autorização ambiental de funcionamento? .......................................................................................914. O que é necessário para autorizar a atividade de música ao vivo e ou mecânica? ..........................................915. Qual o limite de decibéis autorizados pela legislação ambiental? ................................................................1016. O que é alvará do Funrespol?....................................................................................................................1017. Quais as normas e obrigações que os postos de combustíveis devem cumprir? ...........................................1018. O que significa a palavra “bandeira” no comércio de combustíveis? ...........................................................1219. Quais os enquadramentos criminais previstos para os responsáveis por postos de combustíveis que infringem a lei? ............................................................................................................................................................1320. É proibida a venda de bebida alcoólica em postos de combustíveis? ...........................................................1421. Qual o objetivo da Fundação de Ação Social (FAS)? ....................................................................................1422. Quais as situações a serem verificadas pela equipe da FAS? ......................................................................14

EXEMPLOSLei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990 .............................................................................................................15Lei nº 16.239 ................................................................................................................................................16Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 .........................................................................................................16Decreto-lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 ...........................................................................................17Lei nº 13.508, de 04 de junho de 2010 .........................................................................................................17Lei nº 11.582 de 14 de novembro de 2005 .....................................................................................................18Decreto-lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 ...............................................................................................18Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 ........................................................................................................19

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dúvidAS fREqüENTES SOBRE Um

ESTABELECimENTO COmERCiAL

1. O QUE É UMA CONSULTA COMERCIAL?

É uma consulta por meio de um formulário, que os interessados em abrir um estabelecimento comercial solicitam via internet a Secretaria Municipal do Urbanismo.

Essa consulta tem a finalidade de informar o interessado se as atividades pleiteadas poderão ser desenvolvidas naquele endereço. Na referida consulta deverão constar todos os ramos a serem desenvolvidos, para que outros órgãos façam a vistoria para fins da liberação do alvará comercial, ou seja, o alvará só será liberado após a aprovação e liberação dos demais órgãos exigidos pela consulta comercial.

2. A CONSULTA COMERCIAL AUTORIZA O FUNCIONAMENTO DO

COMÉRCIO?

Não. Como já foi dito, ela é simplesmente uma consulta e aquela validade constante no referido documento, trata-se da data de validade que constará no alvará de funcionamento a ser expedido pela Secretaria Municipal de Finanças. Cabe salientar que essa data de validade poderá ser modificada durante o processo de requerimento do alvará comercial, considerando parecer de outros órgãos que deverão ser consultados.

3. O QUE É ALVARá COMERCIAL?

É uma licença expedida pela Secretaria Municipal de Finanças, a qual autoriza o funcionamento de um estabelecimento comercial, com os ramos de atividade a serem desenvolvidos, conforme solicitação na consulta comercial.

Toda atividade desenvolvida no município de Curitiba somente poderá ter início após a expedição do respectivo alvará de localização e funcionamento, que deverá ser afixado em lugar facilmente e visível.

O alvará terá validade enquanto não se modificar qualquer dos elementos essenciais nele contidos e condicionados à sua vigência, caso isso ocorra, o interessado deverá requerer outro alvará de licença, com as novas características essenciais. (Lei Municipal nº 11.095/04) ou enquanto estiver dentro do prazo de validade expedido pelo órgão, a qual está descrito no próprio documento.

4. O QUE É DESVIRTUAMENTO DE RAMO?

Como já foi dito anteriormente, o estabelecimento comercial precisa de alvará comercial para funcionar, nele deverá constar todos os ramos desenvolvidos no local. Caso o proprietário decida desenvolver outra atividade diferente da autorizada pelo alvará, o responsável estará desvirtuando o ramo e o referido documento perderá a sua validade.

Para incluir um novo ramo no alvará, basta que se faça uma inclusão, mas para isso, a atividade não poderá ser exercida até a inclusão do novo ramo.

Por exemplo: Se um comércio possui alvará de funcionamento apenas para bar, não poderá ter bilhar, jogos eletrônicos ou lanches. Caso ele desenvolva essas atividades, estará desvirtuando o ramo e sujeito a sanções administrativas.

5. O QUE SIgNIFICA DOCUMENTO VINCULADO AO ALVARá?

Alguns alvarás de funcionamento são expedidos com algumas exigências, dentre elas, estão os documentos vinculados.

No rodapé do referido documento, haverá uma frase dizendo: Que o referido alvará só terá validade com a apresentação dos certificados/licenças abaixo: que poderá ser Licença Sanitária, Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros e DPCAP (alvará do Funrespol), dentre outros.

O proprietário deverá estar atento, pois se houver essa exigência, o estabelecimento deverá possuir além do alvará de funcionamento, os certificados/licenças exigidos por ele.

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6. EM QUAIS CIRCUNSTâNCIAS O ALVARá COMERCIAL PODERá SER

CASSADO?

A cassação consiste na revogação do licenciamento pela municipalidade para exercer atividades de qualquer natureza. O alvará de localização e funcionamento do estabelecimento poderá ser cassado, nas seguintes hipóteses:

1. Quando se tratar de uso ou atividade diferente do licenciado;2. Como medida de proteção: - da higiene; - da saúde; - da moral; - do meio ambiente; - do sossego público; - da segurança pública.3. Como medida preventiva da preservação do patrimônio histórico e cultural;4. Quando licenciado se opuser a exame, verificação ou vistoria por agentes municipais;5. Por solicitação de autoridade pública, comprovados os motivos que fundamentaram a solicitação.6. Quando a pessoa física ou jurídica for reincidente em infração à disposições da presente lei e demais normas municipais pertinentes. (Lei Municipal nº 11.095/04)

7. O QUE É UMA LICENçA SANITáRIA?

É um documento expedido pela Secretaria Municipal da Saúde a estabelecimentos comerciais, em especial dos estabelecimentos de interesse da saúde, como por exemplo: locais que manipulam e fornecem alimentos a população (lanchonetes, restaurantes); hotéis, pensões, estabelecimento de saúde, dentre outros, após realização de vistoria de agentes públicos para verificar se o estabelecimento cumpre com os requisitos da legislação sanitária vigente para funcionamento.

Segundo o Código Sanitário Municipal de Curitiba (Lei Municipal 9000/96), todos os estabelecimentos de interesse à saúde devem possuir Licença Sanitária vigente de acordo com o seu prazo de validade, devendo ser afixada em local visível ao público, sendo que sua renovação deverá ser requerida 30 (trinta) dias antes do término do prazo de validade.

A Licença Sanitária deverá ser requerida junto ao Distrito Sanitário mais próximo, sendo um dos documentos requeridos a cópia do Alvará de funcionamento.

8. É PERMITIDA A EXISTêNCIA DE FUMóDROMOS EM

ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS?

Não. Segundo a Lei Municipal nº 13.254/09, é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em todos os recintos de uso coletivo, público ou privado. Aplica-se o disposto acima, aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados, por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas.

• Conceito de ambiente ou recinto coletivo fechado: todo espaço coberto por um teto ou fechado entre uma ou mais paredes ou muros, independentemente do material utilizado para o teto, paredes e muros, bem como se a estrutura seja permanente ou provisória.

9. PARA QUE SERVE O CERTIFICADO DE VISTORIA DO CORPO DE

BOMBEIROS?

Documento anual obrigatório que certifica as condições de segurança das edificações sujeitas ao Código de Prevenção de Incêndio do Estado do Paraná. Nele constam informações pertinentes ao estabelecimento e dos meios de prevenção.

10. QUAL A FINALIDADE DO PROjETO DE PREVENçãO DE INCêNDIO?

O PROJETO DE PREVENÇÃO DE INCENDIOS tem o objetivo de proporcionar nível adequado de segurança aos ocupantes de uma edificação em casos de incêndio, bem como minimizar as probabilidades de propagação do fogo para prédios vizinhos, diminuir os danos e facilitar as ações de socorro público. Ele fixa critérios básicos indispensáveis ao fornecimento de razoável segurança contra incêndios aos ocupantes de uma edificação. Estes critérios serão alcançados através da observância das exigências quanto à localização, arranjo físico e construção dos edifícios, meios de fuga, bem como da existência de sistemas de combate a incêndios que possam ser utilizados pelos ocupantes das edificações.

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Estas especificações se aplicam a todas as edificações, por ocasião da construção, da reforma ou ampliação, regularização e mudanças de ocupações já existentes.

O Projeto de Prevenção de Incêndios representa as medidas de segurança conforme os princípios elencados:

a) Número suficiente de saídas de segurança, sem obstáculos, com capacidade adequada, corretamente protegida, e com acessos correspondentes bem delineados;b) Proteção destas vias, contra fogo, gases tóxicos e calor, durante todo o tempo de escoamento;c) Subdivisão em setores para proporcionar áreas de refúgio, nos edifícios, onde a evacuação, por força dos ocupantes, ou incapacitações, seja o último recurso;d) Sistemas de detecção e alarme para avisar os ocupantes e a brigada de incêndio;e) Iluminação de emergência para as rotas de fuga;f) Sinalização do caminho de acesso as saídas, em percursos horizontais e verticais;g) Procedimento de treinamento aos ocupantes de forma periódica, para familiarização e absorção de hábitos que facilitem a fuga;h) Controle de acabamento de interiores para evitar rápido desenvolvimento do fogo;

11. EM QUAIS CIRCUNSTâNCIAS O ESTABELECIMENTO COMERCIAL

DEVERá APRESENTAR UM PROjETO DE PREVENçãO DE

INCêNDIOS?

Dentre alguns casos podemos citar:• Toda obra nova com mais de 100 m² (exceto residências unifamiliares);• Obras existentes com mais de 3 (três) pavimentos ou 1000 m² se de risco Moderado ou Elevado e 4 (quatro) pavimentos ou 1500 m² se de risco leve;• Edificações antigas (comprovadamente construídas antes de 1976) se com mais de 1500 m² ou 4 (quatro) pavimentos se de risco moderado ou elevado; ou com mais de 2000 m² ou 4 (quatro) pavimentos se de risco leve.• Edificações que sofreram mudança de ocupação para local de reunião de público (quando a capacidade for igual ou superior a 200 pessoas).• Exige-se ainda para edificações de risco especial (shopping center, lojas de departamento, fogos de artifício, gases combustíveis, postos de gasolina).

12. PARA QUE SERVE A TAXA DE VISTORIA QUE OBTÉM O

CERTIFICADO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS?

A taxa de Vistoria do Corpo de Bombeiros tem a finalidade de prover recursos para aplicação em despesas correntes e de capital nas ações administrativas e operacionais de Bombeiro, previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e em convênio, acordo, ajuste ou congênere.

A Taxa de Vistoria de Segurança contra Incêndios tem como fato gerador o exercício do poder de polícia em relação ao contribuinte, de forma legítima, pois, o poder ali conferido está relacionado ao caráter tributário da lei, ou seja, cobrança de um tributo (taxa) pela disponibilização de um serviço efetivo ou potencial pelo Corpo de Bombeiros e que atende a finalidade para qual foi instituído.

13. O QUE É AUTORIZAçãO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO?

É uma licença expedida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que após a realização de uma vistoria do órgão, para verificar se o estabelecimento está adequado e dentro das normas previstas em lei, autoriza os ramos de música ao vivo e/ou mecânica.

14. O QUE É NECESSáRIO PARA AUTORIZAR A ATIVIDADE DE

MÚSICA AO VIVO E OU MECâNICA?

Ao dar entrada na Consulta Comercial, a atividade de música ao vivo e/ou mecânica deverá constar como um dos ramos a ser desenvolvido no comércio. Após o requerimento, o responsável deverá protocolar junto a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o pedido de Autorização Ambiental de Funcionamento, devendo aguardar a vistoria do técnico responsável que verificará se o estabelecimento está adequado para tal atividade. Após a vistoria e aprovação do referido órgão, através da Autorização Ambiental de Funcionamento, o alvará deverá ser liberado constando além de outros ramos, música ao vivo e/ou mecânica.

Uma das principais exigências da legislação é que o estabelecimento possua isolamento acústico, dentre outras adequações, a fim de evitar que o nível de pressão sonora emitido, seja superior ao permitido para aquele período e região (zona de uso).

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15. QUAL O LIMITE DE DECIBÉIS AUTORIZADOS PELA LEgISLAçãO

AMBIENTAL?

Para fins de aplicação da Lei Municipal nº 10.625/02, ficam definidos períodos e zonas de uso, sendo que o nível de pressão sonora em áreas residenciais no período diurno é de 55 dB(A), vespertino 50 dB(A) e noturno 45 dB(A), sendo que nas demais zonas de uso, o interessado deverá recorrer-se a legislação para maiores informações.

16. O QUE É ALVARá DO FUNRESPOL?

De acordo com o art. 1º da Lei 6.102/70, o Funrespol foi criado para prover recursos das despesas de capital da Polícia Civil do Paraná, consolidada através da Lei nº 7257/79, tendo como origem a cobrança das taxas previstas nesta lei, cuja tabela classifica e discrimina as atividades previstas com os fatos geradores.

Lei 7.257/79 - Art. 2º: Considera-se ocorrido o fato gerador da Taxa de Segurança (TS) quando o contribuinte utilizar serviço específico e divisível, prestado pelo Estado em órgãos de sua administração ou quando tal serviço for posto à disposição do contribuinte cujas atividades exijam do Poder Público Estadual, vigilância, visando à preservação da segurança, ordem, tranqüilidade, costumes e garantias oferecidas ao direito e uso da propriedade.

O alvará do Funrespol poderá ser requerido nos distritos policiais de sua área na capital, no interior e nas delegacias locais.

O pagamento é feito mediante GrPr expedida pela delegacia responsável, e o recolhimento é feito nos bancos credenciados pelo Governo do Estado do Paraná (Banco do Brasil e Itaú).

17. QUAIS AS NORMAS E OBRIgAçõES QUE OS POSTOS DE

COMBUSTíVEIS DEVEM CUMPRIR?

A atividade de revenda varejista de combustíveis automotivos somente poderá ser exercida por pessoa jurídica constituída sob as leis brasileiras que tiver em caráter permanente, registro de revendedor varejista expedido pela ANP e dispuser de posto revendedor com tancagem para armazenamento e

equipamento medidor de combustíveis automotivos (Portaria ANP nº 116/2000, artigo 3º).

O Posto Revendedor deverá manter sempre no seu estabelecimento, além do alvará/licenças exigidos pela Prefeitura Municipal de Curitiba, os seguintes documentos atualizados:

• Certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros;• Registro de revendedor emitido pela ANP;

Informações determinadas pela ANP, exemplo:a) Identificar em cada bomba abastecedora de combustível automotivo, no(s) painel(is) de preços, e nas demais manifestações visuais, de forma destacada, visível e de fácil identificação para o consumidor, o combustível comercializado, informando se o mesmo é “aditivado”, ficando facultada a identificação de “comum” para os demais combustíveis.b) Informar ao consumidor, de maneira adequada e ostensiva, a respeito da nocividade, periculosidade e uso do combustível automotivo;c) Exibir os preços dos combustíveis automotivos comercializados em painel com dimensões adequadas, na entrada do posto revendedor, de modo destacado e de fácil visualização à distância, tanto ao dia quanto à noite;d) Exibir em quadro de aviso, em local visível, de modo destacado, com caracteres legíveis e de fácil visualização, as seguintes informações: - o nome e a razão social do revendedor varejista; - o nome do órgão regulador e fiscalizador das atividades de distribuição e revenda de combustíveis: Agência Nacional do Petróleo - ANP, bem como o sítio da ANP na internet, dentre outras informações.

• Livro de Movimentação de Combustíveis (LMC) e Notas Fiscais de aquisição de combustíveis; Os LMCs referentes aos seis últimos meses devem permanecer nas instalações do posto revendedor à disposição da ANP, bem como, as notas fiscais de aquisição de combustíveis. É permitido o uso de formulários contínuos em substituição ao LMC, desde que sejam emitidos em relatórios diários, numerados seqüencialmente e consolidados mensalmente, na forma de livro.

• Placa com os telefones do PROCON/PR, SEF/PR e CSQC.O responsável pelo estabelecimento deverá estar atento quando solicitar a consulta comercial junto a Prefeitura M. de Curitiba, relacionando todos os ramos a serem desenvolvidos no

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comércio, como: Comércio varejista de combustíveis; Comércio varejista de lubrificantes; Comércio varejista em lojas de conveniência, Serviços de lavagem, lubrificação e polimento e Lanchonete.

18. O QUE SIgNIFICA A PALAVRA “BANDEIRA” NO COMÉRCIO DE

COMBUSTíVEIS?

O posto revendedor é obrigado a informar ao consumidor, de forma clara e ostensiva, a origem do combustível comercializado. O posto poderá optar por exibir ou não a marca comercial do distribuidor fornecedor dos combustíveis (opção esta que será publicada no sítio eletrônico da ANP). De acordo com a escolha, o posto terá uma das duas condições abaixo:

Posto bandeirado: Quando optar por exibir a marca comercial de um distribuidor, o posto deverá vender somente combustíveis fornecidos pelo distribuidor detentor da marca comercial exibida aos consumidores;

Posto bandeira branca: Quando optar por não exibir marca comercial de nenhuma distribuidora, o posto deverá identificar, de forma destacada e de fácil visualização pelos consumidores, em cada bomba abastecedora, o distribuidor fornecedor do respectivo combustível.

Finalizando, o cadastro do posto revendedor deve estar sempre atualizado. Qualquer alteração nas instalações do posto e nos dados cadastrais deve ser informada à ANP no prazo de 30 (trinta) dias.

Quando a alteração referir-se à opção de exibir ou não a marca comercial de um distribuidor de combustíveis, o referido prazo é de 15 (quinze) dias (Resolução ANP nº 33, artigo 4º, inciso I). Após a aprovação, pela ANP, da Ficha Cadastral de Solicitação de Atualização de Marca Comercial, a informação sobre a opção de exibir ou não a marca do distribuidor será publicada no sítio eletrônico da ANP (www.anp.gov.br), para informação dos demais agentes do mercado e da sociedade. Neste caso, o posto revendedor deverá retirar todas as referências visuais da marca comercial do distribuidor antigo, a partir da data da alteração informada à ANP, indicada na Ficha Cadastral.

O cadastro de postos revendedores e o certificado dos postos registrados para exercer a atividade de revendedor também podem ser consultados no sítio da ANP na internet.

19. QUAIS OS ENQUADRAMENTOS CRIMINAIS PREVISTOS PARA OS

RESPONSáVEIS POR POSTOS DE COMBUSTíVEIS QUE INFRINgEM A

LEI?

Lei 8.078/1990 - art. 61 Crimes contra a relação de consumo previstas neste Código do Consumidor, fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informações relevantes sobre a natureza, característica ou qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços.

Lei 8.173/1990 trata de questões tributárias e de relações de consumo. Art. 1º constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório. O Art. 4º estabelece que constitui crime contra a ordem econômica o abuso de poder econômico com objetivo de dominar o mercado. O Art. 7º enquadra condutas que tipificam crimes contra as relações de consumo.

A lei 8.176/1990 diz que constitui crime contra a ordem econômica adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, gás natural e suas frações recuperáveis, álcool etílico e demais líquidos carburantes em desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei.

Define crimes contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoques de Combustíveis e determina que adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, gás natural e suas frações recuperáveis, álcool etílico, hidratado carburante e demais combustíveis líquidos carburantes, em desacordo com as normas estabelecidas na forma da lei.

A lei 8.176/91 - Art. 1º tem como bem tutelado os interesses supra-individuais ou também chamados de difusos, neste caso, a Ordem Econômica particularizada no Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis, criado no Art. 4º desta norma.

O seu Art. 1º determina que constitui crime contra a ordem econômica adquirir, distribuir e revender derivados de petróleo, álcool etílico hidratado carburante e demais combustíveis líquidos carburantes em desacordo com as normas estabelecidas pela lei.

Esta é uma denominada norma penal em branco, pois necessita de uma complementação para ser aplicada, que vem a ser a legislação da ANP.

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20. É PROIBIDA A VENDA DE BEBIDA ALCOóLICA EM POSTOS DE

COMBUSTíVEIS?

Não. No entanto, segundo a Lei Municipal nº 11.582/05 em seu artigo 1º fica vedado o consumo de bebida alcóolica em toda extensão da área abrangida pelo posto.

O Art. 2º diz que o não cumprimento do disposto acima, acarretará ao infrator respectivamente: notificação com prazo de 30 dias para adequação a lei e após o prazo estará sujeito a uma multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), na reincidência, a multa será aplicada em dobro e persistindo na infração o proprietário não terá seus alvarás renovados e o alvará do posto de combustíveis poderá ser cassado.

21. QUAL O OBjETIVO DA FUNDAçãO DE AçãO SOCIAL (FAS)?

Garantir a proteção à criança e adolescente em situação de exploração sexual e de trabalho, que estejam em locais impróprios ao seu processo de desenvolvimento, ou fazendo uso indevido de drogas, através de ações articuladas com a Polícia Militar, demais secretarias responsáveis pela fiscalização de estabelecimentos comerciais e Conselho Tutelar, fazendo a retirada e encaminhamento quando se encontrarem em situação de risco e demais violação de seus direitos, conforme o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.

A FAS acompanha os casos envolvendo ato infracional e crimes contra crianças e adolescentes, constatados e encaminhados pela Polícia Militar durante as operações, conforme as exigências do ECA, respeitando as medidas previstas para cada idade, ou seja, às crianças (pessoa até 12 anos incompletos de idade) e adolescentes (pessoa entre doze e dezoito anos).

22. QUAIS AS SITUAçõES A SEREM VERIFICADAS PELA EQUIPE DA FAS?

• Exploração Sexual infanto juvenil;• Comercialização de bebidas alcoólicas a adolescentes ou consumo de drogas;• Exploração do trabalho infanto juvenil; • Presença de crianças e adolescentes em locais de diversão noturna sem responsáveis;• Demais situações que violem os preceitos do ECA;

EXEmPLOS

Algumas Tipificações:

LEI Nº. 8.069, DE 13 DE jULHO DE 1990

Estatuto da criança e do adolescente

Art. 80. - Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realize apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público.

Art. 258. - Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua participação no espetáculo:

Pena - Multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

Art. 81. - É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:

II - Bebidas alcoólicas;

Art. 243. - Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida:

Pena - Detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003). (grifo e negrito nosso).

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LEI Nº 16.239

Lei anti-fumo

Art. 2º - Fica proibido no território do Estado do Paraná, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, que produza fumaça e o uso de cigarro eletrônico.

§ 1° - Aplica-se o disposto no caput deste artigo aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas.

§ 2° - Para os fins desta lei, a expressão recintos de uso coletivo compreende, dentre outros, (...), bares, lanchonetes, restaurantes...

§ 3° - Nos locais previstos nos parágrafos 1° e 2° deste artigo deverá ser afixado aviso da proibição, em pontos de ampla visibilidade, com indicação de telefone e endereço dos órgãos estaduais responsáveis pela vigilância sanitária e pela defesa do consumidor.

LEI Nº 11.343, DE 23 DE AgOSTO DE 2006

Tráfico ilícito de drogas

Art. 33

Pena - Reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

§ 1° - Nas mesmas penas incorre quem:

III - Utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

DECRETO-LEI Nº. 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940

Código penal

Favorecimento da prostituição:

Art. 228 - Induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone:

Pena - Reclusão, de dois a cinco anos.

Rufianismo:

Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:

Pena - Reclusão, de um a quatro anos, e multa.

LEI Nº 13.508, DE 04 DE jUNHO DE 2010

Venda ou permissão de consumo de bebidas alcoólicas, cigarros ou outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica por menores de 18 anos

Art. 1º - Os estabelecimentos situados no Município que vendam, forneçam ainda que gratuitamente, ministrem ou entreguem, de qualquer forma, para menores de 18 anos, sem justa causa, bebidas alcoólicas, cigarros ou outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida, seja por parte dos proprietários, administradores ou funcionários, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, sofrerão as seguintes sanções:

I - Advertência;II - Multa de R$ 1.000,00 (um mil reais);III - Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais);IV - Cassação do alvará de funcionamento.

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LEI Nº 11.582 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2005

“Disciplina a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis da capital”.

Art. 1º - Fica permitida a comercialização de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniências e “self service” instaladas nos postos de combustíveis da Capital, sendo vedado o consumo em toda a extensão da área abrangida pelo posto.

Parágrafo Único - Os proprietários dos postos de combustíveis da Capital ficam responsáveis pela afixação de cartazes no tamanho 30 x 30 centímetros, com fundo vermelho e letras brancas, nas portas de entrada das lojas de conveniência, sobre o contido no caput deste artigo.” (Redação acrescida pela Lei nº 13.450/2010).

DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941

Lei das contravenções penais

Art. 42. - Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:

I - Com gritaria ou algazarra;II - Exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;III - Abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;IV - Provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda:

Pena - Prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

Lei das contravenções penais

Art. 63. - Servir bebidas alcoólicas:

I - A menor de dezoito anos;

II - A quem se acha em estado de embriaguez;III - A pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;IV - A pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de freqüentar lugares onde se consome bebida de tal natureza:

Pena - Prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.

- Cabe ressaltar ainda dentro das contravenções penais a ilicitude Jogos de Azar (Máquinas Caça-níqueis).

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

Lei de crimes ambientais

Art. 60. - Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - Detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Page 11: Cartilha de Orientação da AIFU

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