cartilha de medidas sanitárias para prevenção da covid-19 1

Cartilha de Medidas Sanitárias para Prevenção da Covid-19 | 1

Índice

Introdução

Referências

Medidas Sanitárias para Prevenção –Ambientes Coletivos

Medidas Sanitárias para Prevenção –Serviços de Alimentação

Medidas Sanitárias para Prevenção –Serviços de Saúde


Esta cartilha contém as orientações básicas de Vigilância Sanitária para a adequação dos flu-xos de trabalho, higiene e instalações nas Uni-dades do Sistema Socioeducativo, localizadas no município do Rio de Janeiro, com vistas à redução dos riscos higiênico-sanitários, tendo como foco a pandemia por COVID-19.

Foram reunidas medidas sanitárias para adoção prioritária, como forma de minimizar a dissemina-ção do Novo Coronavírus no ambiente de socio-educação, contribuindo para preservar a saúde da população carcerária e dos profissionais que atuam nestas unidades durante a pandemia.

Introdução


• Toda a força de trabalho deve ser conscienti-zada de que se constitui na maior fonte de con-taminação para os internos.

• Estabelecer fluxo de prevenção de contamina-ção para a força de trabalho através da adoção de medidas como: banho ao entrar na unidade e uso de uniforme exclusivo, incluindo calçado, no ambiente de trabalho.

• Instalação de lavatórios para mãos com água corrente e sabonete líquido em pontos estraté-gicos, possibilitando a utilização por internos e força de trabalho.

• Instalação de dispensadores com álcool gel a 70% nos principais pontos de assistência e cir-culação de pessoas.

Medidas Sanitárias para Prevenção

AMBIENTES COLETIVOS


• Sistematização dos procedimentos de higie-ne e desinfecção de utensílios, equipamentos e ambientes de convivência, celas, com utiliza-ção de saneantes adequados às finalidades e devidamente certificados.

• Promoção de meios e procedimentos carcerá-rios para higienização e desinfecção diária das celas.

• Promover adequada higiene e desinfecção dos reservatórios de água para consumo hu-mano, por empresa credenciada, mantendo os devidos comprovantes.

• Providenciar laudo de potabilidade da água de consumo humano.

• Atentar para o correto acondicionamento de resíduos conforme a classificação (comum, in-fectante e perfurocortante) com adoção de me-didas para o descarte seguro de EPIs eventual-mente utilizados em suspeitos da COVID – 19.

• Manter contêineres fechados respeitando a capacidade de volume em abrigo temporário.

• Lavar e desinfetar periodicamente o abrigo de resíduos.

• Promover o controle de pragas, por meio de empresa credenciada, mantendo os devidos comprovantes.


• Vedar o acesso de insetos e roedores com tela milimetrada.

• Remover materiais inservíveis de onde hou-ver, como mobiliário danificado ou sem uso e restos de obras, para facilitar a limpeza e evitar atração de vetores.

• Manter disponíveis e utilizar os EPI (equipa-mentos de proteção individual) próprios para os responsáveis pela limpeza sejam eles funcioná-rios ou internos sem delegar outra função simul-tânea à operação de limpeza.

• Intensificar a lavagem e remoção da rouparia de modo a evitar acúmulo nas unidades peni-tenciárias.

• Nas unidades onde haja funcionários e internos atuando em serviços e ambientes de alimenta-ção/saúde reforçar disponibilidade de insumos para lavagem.das mãos (lavatório provido de sa-bão líquido e papel toalha).

• Manter distanciamento de precaução entre os internos e entre os funcionários durante as refei-ções, banhos de sol e nos procedimentos inter-nos de locomoção ou de remoção de detentos de um pavilhão a outro.


• Utilização de utensílios individuais ou descar-táveis, evitando o compartilhamento de copos, xícaras, talheres, pratos, garrafas de água, etc.

• Orientar agentes penitenciários a não compar-tilhar equipamentos eletrônicos e outros dispositi-vos de comunicação sem realizar a desinfecção.

• Manter salas administrativas e alojamentos dos agentes penitenciários arejadas e desinfetadas, observando os procedimentos de limpeza ade-quados nos sanitários, pisos, maçanetas e in-terruptores.



SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

Adoção das boas práticas nas UAN (Unida-des de Alimentação e Nutrição):

HIGIENE DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS

• Higienizar frequentemente as mãos em lavató-rio com água corrente, esfregando com sabone-te líquido todos os dedos, as unhas, as palmas, os dorsos e até os punhos por, pelo menos, 20 segundos. Em seguida, secar com papel-toalha descartável (não reciclado e nem de tecido), a ser depositado em lixeira com tampa acionada por pedal, para evitar o uso das mãos.

• Proibir o uso de brincos, anéis, pulseiras e de-mais adornos para manipuladores de alimentos,


pois esses acessórios dificultam a higienização das mãos.

• Lavar as mãos com água e sabonete líquido após ações como:

tocar em maçanetas;

usar o banheiro;

tocar em alimentos crus;

mudar de atividade;

descartar resíduos ou realizar quaisquer; operações contaminantes;

abrir geladeiras e porta das câmaras.

• Usar uniforme completo sempre limpo e de cor clara, com calçados fechados, touca ou gorro para a proteção dos cabelos.

• Utilizar luvas somente para operações espe-cíficas. Nesses casos, elas devem ser descar-táveis, substituídas regularmente e em curtos intervalos de tempo, sendo obrigatória a troca sempre que houver mudança de operação e após o toque em superfícies ou materiais con-taminantes.

• Utilizar pegadores de alimentos e produtos descartáveis adequados ao serviço.

• Reforçar a sensibilização dos funcionários em relação à etiqueta respiratória para tosse ou


espirro, que é a de proteger a boca e o na-riz com lenço de papel descartável ou o braço, evitando tocar o rosto. Os profissionais devem estar atentos e evitar levar as mãos à boca, as-sim como coçar o rosto, nariz e olhos, manten-do sempre as unhas limpas e aparadas.

HIGIENE DOS AMBIENTES DE ALIMENTAÇÃO

• Expor em local visível, cartazes com o pro-cedimento padronizado da correta higienização das mãos, além de aviso com orientações so-bre a importância da limpeza das mãos para a prevenção de doenças.

• Higienizar utensílios com detergentes apro-priados, e mantê-los protegidos.

• O uso de itens compartilhados deve ser elimi-nado, dando preferência à utilização de mate-riais descartáveis.

• Manter os ambientes arejados, se possível, com janelas abertas.

Observação: O Profissional que apresentar sintomas como tosse, febre ou espirro deve ser afastado para cumprir o isolamento social conforme recomendação médica.


• Adotar rotina frequente de desinfecção de su-perfícies, balcões, vitrines, pisos, maçanetas, torneiras, porta papel toalha, porta sabonete lí-quido, corrimãos, móveis entre outros. O reco-mendado é fazer a limpeza com a solução de detergente e desinfecção com hipoclorito de só-dio (água sanitária) diluindo uma parte de hipo-clorito em dez partes de água.

• Intensificar a higienização dos sanitários, com o funcionário responsável pelo serviço utilizan-do luvas de borracha, avental, calça comprida e calçado fechado.

• Proibir a varredura de superfícies a seco para não suspender a poeira e favorecer a contami-nação por micro organismos. Utilizar a varredu-ra úmida com mops, rodos e panos de limpeza úmidos.

• Os produtos saneantes (desinfecção) devem ser adequados à finalidade e devidamente cer-tificados.

• Proibir a realização de procedimentos de lim-peza e preparo de alimentos por um mesmo profissional simultaneamente.



SERVIÇOS DE SAÚDE

• Disponibilizar lavatórios para higienização de mãos em: consultórios médicos, consultórios dentários, celas, refeitórios, áreas de convivên-cia, pátios e em áreas de atendimento de psi-copedagogia, psicologia e assistência social.

• Manter nos lavatórios dispensadores de sabão líquido e de papel toalha abastecidos, bem como lixeira com tampa sem acionamento manual.

• Manter o estoque de matérias de consumo or-ganizado em armários e/ou prateleiras de fácil higienização.

• Disponibilizar dispensadores de álcool gel a 70% abastecidos em áreas de entrada e saída e áreas de espera.


• Elaborar e implantar rotina de desinfecção de todos os ambientes comuns, com utilização de saneantes adequados e certificados, mantendo os registros das realizações (local, data e horá-rio) em formulário próprio.

• Implementação dos procedimentos de este-rilização dos materiais e da validação dos res-pectivos processos, nos locais de atendimentos de saúde.

• Promover e garantir a higienização de roupas pessoais e/ou uniformes diariamente.

• Estabelecer fluxos de atendimento e isolamen-to para detentos que apresentem sinais/sintomas gripais.

• Observar os protocolos estabelecidos para o manejo clínico de detentos com quadros sus-peitos e confirmados de COVID -19, bem como para os contactantes.

• Identificar a rede de atenção georreferenciada, em caso de necessidade de internação para o detento.

• Elaborar e implantar plano de ação para os profissionais de saúde que atuam na unidade prisional realizar a identificação e o monitora-mento da saúde de custodiados nos seguintes grupos de risco:


pessoas acima de 60 (sessenta) anos;

pessoas com doenças crônicas ou respirató-rias, como pneumopatia, tuberculose, cardio-vasculopatia, nefropatia, hepatopatia, doença hematológica, distúrbio metabólico (incluindo diabetes mellitus), transtorno neurológico que possa afetar a função respiratória, imunossu-pressão associada a medicamentos, como ne-oplasia, HIV/aids e outros;

pessoas com obesidade (especialmente com IMC igual ou superior a 40);

grávidas em qualquer idade gestacional;

e puérperas até duas semanas após o parto.

• Disponibilização de Equipamentos de Prote-ção Individual - EPIs (óculos; luvas; jaleco, más-cara cirúrgica para procedimentos que não ge-rem aerossóis) para os profissionais que efetuam atendimentos de saúde.

• Em caso de procedimentos que gerem aeros-sóis utilizar a máscara N95 (PFF2).


ReferênciasPORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 7, DE 18 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública previstas na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no âmbito do Sistema Prisional.

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA RDC 216 ANVISA DE 15 DE SETEMBRO DE 2004

Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação

RESOLUÇÃO CONJUNTA SES/SEAP Nº 736 DE 16 DE MARÇO DE 2020

Promove recomendações para prevenção e controle de infecções pelo Novo Coronavírus (COVID-19) a serem adotadas nas unidades prisionais do Estado do Rio de Janeiro.


LEI COMPLEMENTAR 197 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018

Dispõe sobre o Código de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária do Município do Rio de Janeiro.

DECRETO RIO 45585 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018

Dispõe sobre o regulamento administrativo do Código de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária do Município do Rio de Janeiro... e dá outras providências.

www.saude.gov.br/coronavirus – protocolos e boletins informativos do Ministério da Saúde.

portal.anvisa.gov.br – protocolos, boletins informativos e notas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Não é por um. É por todos.

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