cartilha de anfíbios de minas gerais

42
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS Unidade Acadêmica de Ensino de Ciências, Filosofia e Letras – UEFI. ANA PAULA OLIVEIRA ANNE FLÁVIA FERREIRA CARDOSO DANIELLY FERREIRA ROCHA DAYANE DA SILVA VIEIRA JÚLIA DOS SANTOS BRAZIL CARTILHA DE ANFÍBIOS DE MINAS GERAIS

Upload: danielly-ferreira

Post on 03-Aug-2016

217 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Caracterizando 25 espécies de anfíbios de Minas Gerais.

TRANSCRIPT

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOASUnidade Acadêmica de Ensino de Ciências, Filosofia e Letras –

UEFI.

ANA PAULA OLIVEIRAANNE FLÁVIA FERREIRA CARDOSO

DANIELLY FERREIRA ROCHADAYANE DA SILVA VIEIRA

JÚLIA DOS SANTOS BRAZIL

CARTILHA DE ANFÍBIOS DE MINAS GERAIS

SETE LAGOAS 2016

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOASUnidade Acadêmica de Ensino de Ciências, Filosofia e Letras –

UEFI.

ANA PAULA OLIVEIRAANNE FLÁVIA FERREIRA CARDOSO

DANIELLY FERREIRA ROCHADAYANE DA SILVA VIEIRA

JÚLIA DOS SANTOS BRAZIL

CARTILHA DE ANFÍBIOS DE MINAS GERAIS

Trabalho apresentado pelo 3º

período do curso de Ciências

Biológicas, da Unidade

Acadêmica de Ensino de Filosofia,

Ciências e Letras do Centro

Universitário de Sete Lagoas.

Orientadora: Camila Teixeira

Palhares

SETE LAGOAS 2016

INTRODUÇÃO

Durante o período Carbonífero os lissanfíbios, possuíam quatro dígitos nos membros anteriores, diversificaram-se produzindo ancestrais dos três principais grupos de anfíbios atuais, sendo eles sapos, salamandra e cecílias (HICKMAN et al., 2004). Eles se aperfeiçoaram para a vida aquática durante este período, tornando achatado para mover-se através de águas rasas (HICKMAN et al., 2004).

No mundo existe cerca de 5.743 espécies de anfíbios conhecidas, distribuídas nas três ordens (BORGES-MARTINS et al., 2005). No Brasil abriga-se cerca de 747 espécies anuras registradas (VASCONCELOS et al., 2005). E as ordens Urodela e Gymnophiona apresentam, respectivamente, uma e 27 espécies conhecidas (BORGES-MARTINS et al., 2005).

Os Anuros são conhecidos popularmente como sapos, rãs e pererecas, são conhecidos pelos coaxares diversos nas proximidades de um brejo. São espécies com infinidades de cores, diurnas, possui fecundação interna, sua alimentação é carnívora e desenvolvimento indireto, depositando ovos e passando pela fase de girinos (VERDADE et al., 2010).

As Urodelas são espécies que possuem cauda, encontradas em quase todas as regiões temperadas do Hemisfério Norte, sendo mais abundante e diversas na América do Norte, também são encontradas na América Central e Sul. Algumas possuem 15 cm de comprimento e outras podem chegar até 1,5 m. São carnívoras e seu ciclo de vida a maior parte é metamórfica, fecundação interna, possui uma respiração cutânea e branquial (HICKMAN et al., 2004).

As Gymnophionas são animais desprovidos de membros e fossoriais, possui um corpo alongado, sua fecundação é interna e vivíparas, se alimentam de minhocas e pequenos invertebrados (HICKMAN et al., 2004).

Nos anuros pode se perceber grandes diferenças entre sapos, rãs e pererecas. Os sapos comumente tem a pele mais grossa e rugosa que as outras duas e também as Glândulas Paratóides na parte posterior da cabeça. As pererecas têm, nos seus dedos, discos adesivos que as permitem fixar-se em árvores, paredes e muros. Já as rãs tem o corpo mais apropriado para natação e dedos longos (CRISTO, 2013).

Tanto os sapos como as rãs e pererecas são ótimos saltadores, o que causa muitos sustos nas pessoas. Para estes saltos eles precisam de um conjunto de adaptações morfológicas em seu corpo que são: um quadril com os ossos muito fortes para sustentar a força dos músculos enormes de suas patas “traseiras” e também o impacto das aterrissagens (CRISTO, 2013).

Os Anuros respiram através da pele no meio aquático e pelos pulmões no meio terrestre. Sua circulação é tricavitária (2 átrios e 1 ventrículo). A locomoção dos Anuros em ambientes degradados apresentam maior deslocamento e deve ser responsável pela maior parte do gasto de energia (OTANI, 2011).

Cerca de 30% das espécies de anuros sofrem ameaça de extinção, por apresentarem pele fina e permeável e fase larval que vive em ambiente aquático. O

maior responsável pelos fatores geradores dessa crise é o estilo de vida da sociedade atual que produz altos índices de poluição, o aquecimento global, a invasão de espécies exóticas, o aumento da incidência de radiação ultravioleta e o surgimento de epidemias (VERDADE et al., 2010).

Esses animais, anfíbios, são bastantes suscetíveis a alterações no meio ambiente devido à pele e ao seu hábitat. Com raras exceções, algumas espécies habitam desertos e regiões extremamente frias (COLOMBO et al., 2008).

ESPÉCIES

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Crossodactyluss trachystomus.

NOME POPULAR: Rãzinha do riacho.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Só existe na região norte de Santa Catarina, na Serra do Mar e no vale do rio Itajaí, desde as cabeceiras, em Itaiópolis (SC) e Papanduva (SC).

COMPORTAMENTO: Tem hábitos diurnos. A desova não é conhecida; os girinos são encontrados entre detritos, em remansos dos riachos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Mede 19,2 mm. CURIOSIDADES: Os machos vocalizam nas margens de pequenos riachos de fraca correnteza, no interior da mata.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Habita nos rios que ainda estão bem preservados.

ALIMENTAÇÃO: É um animal carnívoro e sua alimentação está baseada em insetos e vermes.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Denokopsophus sp.

NOME POPULAR: pererequinha-Mármore

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Beira de rios e lagoas.

COMPORTAMENTO: Ainda não possui aspectos mais detalhados sobre o seu comportamento.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: É uma pequena perereca arborícola, ou seja, vive na beira de rios e lagoas.

CURIOSIDADES: É uma espécie nova ainda não esta totalmente identificada.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Pouco conhecida.

ALIMENTAÇÃO: É um animal carnívoro e sua alimentação está baseada em insetos e vermes.

Fonte: http://www.ib.unicamp.br/museu_zoologia/leptodactylus_cunicularius

ESPÉCIE: Leptodactylus cunicularius

NOME POPULAR: Rãzinha do campo DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre por toda a América do Sul, ao Sul do México, ao Norte da Argentina e Nordeste do Paraguai. No Brasil, ocorre nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

COMPORTAMENTO:  Crepuscular, noturna, terrestre e aquática. Prefere a vegetação baixa (gramíneas) perto de riachos, alagados e poças permanentes e temporárias. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Espécie de pequeno à médio porte, com cerca de 2,0 a 4,0cm. Seu dorso pode ser escuro com tonalidades de marrom, bege ou castanho, cinza com manchas ou linhas irregulares.  CURIOSIDADES: É encontrada em Minas Gerais em serras com altitude maior que 1.000m.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada

ALIMENTAÇÃO: Insetos e aracnídeos.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Phasmahyla jandaia

NOME POPULAR: Perereca periquito

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Endêmica do Brasil, pode ser encontrada na Serra do Caraça e na Serra do Cipó no estado de Minas.

COMPORTAMENTO: Habita arbustos a beira de riachos com leito pedregoso no interior das matas, onde deposita desovas gelatinosas em folhas pendentes sobre a água.  CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Perereca verde e pequena com cerca de 3 cm.  CURIOSIDADES: Seus girinos vivem em remansos e possuem boca virada para o alto facilitando sua alimentação por partículas em suspenção na superfície da agua.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Artrópodes (insetos).

Fonte: Google Imagens.

ESPÉCIE: Physalaemus maximus

NOME POPULAR: Rã berro de boi

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: É endêmica para Brasil . Seus naturais habitats são subtropicais ou tropicais húmidas de florestas de altitude , pântanos e intermitentes de água doce pântanos . 

COMPORTAMENTO: Emitem vocalização parecida com o berro de um bezerro. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Os girinos podem passar dos 15 cm de comprimento, apresentam coloração verde-oliva, com pontos escuros no dorso. Os adultos podem medir mais que 20 cm. CURIOSIDADES: É possível diferenciar machos e fêmeas adultos através do tímpano que tem o diâmetro maior que o do olho e apresenta as bordas escurecidas nos machos. Os machos também apresentam o papo amarelado.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Está ameaçada por perda de habitat.

ALIMENTAÇÃO: normalmente, só comerem alimentos vivos como insetos, vermes, larvas, peixinhos, girinos, rãs menores.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Crossodactyluss trachystomus.

NOME POPULAR: Rãzinha do riacho.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Só existe na região norte de Santa Catarina, na Serra do Mar e no vale do rio Itajaí, desde as cabeceiras, em Itaiópolis (SC) e Papanduva (SC).

COMPORTAMENTO: Tem hábitos diurnos. A desova não é conhecida; os girinos são encontrados entre detritos, em remansos dos riachos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Mede 19,2 mm. CURIOSIDADES: Os machos vocalizam nas margens de pequenos riachos de fraca correnteza, no interior da mata.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Habita nos rios que ainda estão bem preservados.

ALIMENTAÇÃO: É um animal carnívoro e sua alimentação está baseada em insetos e vermes.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Denokopsophus sp.

NOME POPULAR: pererequinha-Mármore

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Beira de rios e lagoas.

COMPORTAMENTO: Ainda não possui aspectos mais detalhados sobre o seu comportamento.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: É uma pequena perereca arborícola, ou seja, vive na beira de rios e lagoas.

CURIOSIDADES: É uma espécie nova ainda não esta totalmente identificada.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Pouco conhecida.

ALIMENTAÇÃO: É um animal carnívoro e sua alimentação está baseada em insetos e vermes.

Fonte: http://www.ib.unicamp.br/museu_zoologia/leptodactylus_cunicularius

ESPÉCIE: Leptodactylus cunicularius

NOME POPULAR: Rãzinha do campo DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre por toda a América do Sul, ao Sul do México, ao Norte da Argentina e Nordeste do Paraguai. No Brasil, ocorre nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

COMPORTAMENTO:  Crepuscular, noturna, terrestre e aquática. Prefere a vegetação baixa (gramíneas) perto de riachos, alagados e poças permanentes e temporárias. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Espécie de pequeno à médio porte, com cerca de 2,0 a 4,0cm. Seu dorso pode ser escuro com tonalidades de marrom, bege ou castanho, cinza com manchas ou linhas irregulares.  CURIOSIDADES: É encontrada em Minas Gerais em serras com altitude maior que 1.000m.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada

ALIMENTAÇÃO: Insetos e aracnídeos.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Phasmahyla jandaia

NOME POPULAR: Perereca periquito

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Endêmica do Brasil, pode ser encontrada na Serra do Caraça e na Serra do Cipó no estado de Minas.

COMPORTAMENTO: Habita arbustos a beira de riachos com leito pedregoso no interior das matas, onde deposita desovas gelatinosas em folhas pendentes sobre a água.  CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Perereca verde e pequena com cerca de 3 cm.  CURIOSIDADES: Seus girinos vivem em remansos e possuem boca virada para o alto facilitando sua alimentação por partículas em suspenção na superfície da agua.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Artrópodes (insetos).

Fonte: Google Imagens.

ESPÉCIE: Physalaemus maximus

NOME POPULAR: Rã berro de boi

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: É endêmica para Brasil . Seus naturais habitats são subtropicais ou tropicais húmidas de florestas de altitude , pântanos e intermitentes de água doce pântanos . 

COMPORTAMENTO: Emitem vocalização parecida com o berro de um bezerro. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Os girinos podem passar dos 15 cm de comprimento, apresentam coloração verde-oliva, com pontos escuros no dorso. Os adultos podem medir mais que 20 cm. CURIOSIDADES: É possível diferenciar machos e fêmeas adultos através do tímpano que tem o diâmetro maior que o do olho e apresenta as bordas escurecidas nos machos. Os machos também apresentam o papo amarelado.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Está ameaçada por perda de habitat.

ALIMENTAÇÃO: normalmente, só comerem alimentos vivos como insetos, vermes, larvas, peixinhos, girinos, rãs menores.

Fonte: http://www.ra-bugio.org.br/ver_especie.php?id=158

ESPÉCIE: Scinax alter

NOME POPULAR: Perereca-do-litoral

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Espécie de perereca de distribuição restrita à Mata Atlântica, ocorrendo desde Santa Catarina até Pernambuco.

COMPORTAMENTO: Hábitos noturnos. Habitat nos ambientes brejosos e nas áreas com vegetação associados a poças de água permanente ou temporárias. Para reprodução utilizam os banhados em áreas abertas, depositando os ovos numa película de gel sobre a superfície da água, escondidos entre a vegetação. Enquanto coaxam, à noite, os machos adquirem a cor amarela. O período de reprodução vai de setembro até abril. Adapta-se bem ao meio ambiente alterado pela ação humana, mas não tolera a poluição das águas dos banhados.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Tamanho: 22 mm (macho). Apresenta focinho largo na base e estreito na parte anterior. O tímpano é pequeno, a língua é livre na parte anterior e os dedos anteriores são livres. A coloração é geralmente marrom-oliváceo ou parda, podendo variar de intensidade.

CURIOSIDADES: No estado do Espírito Santo possui ampla distribuição, sendo comum em uma grande variedade de ambientes. Adapta-se bem ao meio ambiente alterado pela ação humana, mas não tolera a poluição das águas dos banhados.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie Não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Artrópodes.

Hypsiboas faber – Sapo-martelo

Fonte: http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao07.htm

ESPÉCIE: Hypsiboas faber

NOME POPULAR: Sapo-martelo

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: É uma espécie comum na Mata Atlântica de Minas Gerais. Distribui-se do nordeste ao sul do Brasil, principalmente ao longo da Mata Atlântica, também ocorrendo na Argentina e Paraguai.

COMPORTAMENTO: Tem hábitos noturnos. é durante a época das chuvas que o sapo-martelo pode ser facilmente observado vocalizando ou “cantando”, às margens de lagoas e açudes, tanto em áreas abertas como em fragmentos de mata. Nestes locais os machos geralmente constroem ninhos, moldando o barro e a vegetação no formato de uma pequena piscina ou panela, onde coaxam para atrair parceiras. A fêmea chega ao macho, guiada por seus sinais sonoros e visuais, e faz uma inspeção. Se a piscina construída não possuir as características exigidas pela fêmea, ela abandona o macho sem se reproduzir. São depositados em média de 3.000 a 4.000 ovos pequenos e negros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: É uma espécie de grande porte, cujos machos possuem de 8,5 a 9,5 cm e as fêmeas atingem de 9,0 a 10,0 cm. A cabeça é grande e o focinho achatado. Possui discos adesivos grandes e membranas interdigitais bem desenvolvidas. Na região do quarto dedo da mão os machos possuem uma espécie de espinho.

CURIOSIDADES: Cientificamente conhecido como Hypsiboas faber, o sapo-martelo possui esse nome devido a seu coaxar, que lembra um martelo batendo contra lata. O macho se mantém próximo à piscina num comportamento denominado cuidado parental, e pode permanecer por alguns dias protegendo os ovos de predadores e outros machos.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Não se encontra inserida em nenhuma categoria de ameaça de extinção.

ALIMENTAÇÃO: se alimenta principalmente de pequenos invertebrados, embora também possa comer pequenos anfíbios.

Fonte: http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao17.htm

ESPÉCIE: Dendropsophus elegans

NOME POPULAR: Perereca-de-moldura

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Esta pequena perereca é típica da Mata Atlântica, apresentando extensa distribuição na faixa litorânea, do estado da Bahia a São Paulo, sendo registrada também em Minas Gerais. Em Minas Gerais, é encontrada frequentemente nas áreas de Mata Atlântica, na região leste do estado.

COMPORTAMENTO: É habitante de áreas abertas, ocorrendo desde o nível do mar até próximo de 2000 m de altitude. Geralmente é encontrada vocalizando a poucos centímetros do espelho d’água, nas margens de poças e lagoas, e empoleirada na vegetação herbácea ou arbórea. Pode-se vê-la também no interior de bromélias, que por acumularem água entre suas folhas, criam um ambiente propício para anfíbios. A desova é realizada em forma de uma massa gelatinosa, e pode conter de 240 a 360 ovos que adquirem uma coloração creme-claro após a fecundação.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: É uma espécie de pequeno porte (atinge menos de 40 mm) e corpo robusto. Seu nome popular (perereca-de-moldura) se deve à cor do dorso, formada por um retângulo marrom-claro bem definido, completamente emoldurado por uma faixa branca ou branco-amarelada, que também recobre as tíbias. Sua coloração se destaca durante o dia, com a moldura apresentando um tom branco muito vivo.

CURIOSIDADES: Dendropsophus elegans, foi descrita em 1824 pelo príncipe Maximilian de Wied-Neuwied (uma antiga região da Alemanha), que realizou diversas expedições pelo Brasil no séc. XIX. O nome Dendropsophus vem do grego dendron = árvore + psophos = som e elegans vem do latim, e significa “elegante”.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Não está na lista de animais ameaçados de extinção, devido principalmente a sua ampla distribuição.

ALIMENTAÇÃO: Artrópodes, na maioria insetos.

ESPÉCIE: Leptodactylus mystaceus.

NOME POPULAR: Rã marrom.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre em toda a reserva, sendo facilmente encontrada em poças distantes de igarapés. Tem ampla distribuição no norte da América do Sul, ocorrendo no Brasil nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, além de Bahia, outros estados do nordeste brasileiro, Minas Gerais e São Paulo; Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e nas Guianas.

COMPORTAMENTO: Terrestres e noturnos. A reprodução ocorre durante toda a estação chuvosa, de novembro a maio, com um pico em novembro e dezembro. Após fortes chuvas, os machos vocalizam na margem de pequenas poças isoladas, frequentemente sob raízes ou folhas. Os machos constroem pequenas bacias na lama, sob troncos e raízes, próximas a poças. A desova, contendo ao redor de 300 ovos, é depositada em um ninho de espuma em uma bacia. Os girinos se aglomeram e podem produzir espuma para evitar a dessecação. A água da chuva inunda as bacias e transporta os girinos para as poças, onde completam o desenvolvimento.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Machos 43-50 mm, fêmeas 47-60 mm. O ventre é amarelado nos machos em atividade reprodutiva e de cor creme nas fêmeas e em machos não reprodutivos.

CURIOSIDADES: O ventre é amarelado nos machos em atividade reprodutiva e de cor creme nas fêmeas e em machos não reprodutivos. Vivem em áreas de floresta primária e secundária e áreas abertas.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie Não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Invertebrados (artrópodes).

Fonte: http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao12.htm

ESPÉCIE: Thoropa miliaris

NOME POPULAR: Rã-das-pedras 

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorre desde a Bahia até o interior de São Paulo.

COMPORTAMENTO: Thoropa miliaris é sempre observada em ambientes saxícolas (afloramentos rochosos), das costas do Rio de Janeiro até as serras de mais de 1500 m de altitude. A atividade reprodutiva de Thoropa miliaris ocorre durante os meses mais quentes e chuvosos do ano. Nessa época os machos vocalizam (emitem cantos de anúncio) e atraem as fêmeas, a partir de territórios estabelecidos nas áreas de rochas expostas. Os machos podem ser facilmente diferenciados das fêmeas na época reprodutiva, quando apresentam um grande desenvolvimento dos braços. Também podem ser distinguidos pela presença de pequenos espinhos córneos nos três primeiros dedos das patas anteriores, utilizados tanto para auxiliar no abraço sexual (amplexo) durante o acasalamento, como na defesa de seus territórios contra machos rivais. A desova da rã-das-pedras é sobre as pedras onde a água escorre sobre a rocha.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: É uma espécie de médio porte, com adultos podendo atingir entre 70 e 80 mm de comprimento, sendo as fêmeas ligeiramente maiores que os machos. A coloração dorsal é em geral acinzentada, variando em tons mais claros e escuros e o ventre possui uma coloração manchada. Também existem manchas espalhadas de maneira irregular pelo corpo da rã-das-

pedras, que lhe proporciona uma camuflagem nos ambientes rochosos em que vive. Entretanto, outras variações na coloração podem ser observadas, desde exemplares que são bem escuros e com manchas amareladas até outros que têm o dorso bastante avermelhado.

CURIOSIDADES:

STATUS DE CONSERVAÇÃO: É considerada uma espécie fora de risco de extinção atualmente, mas o desmatamento, a poluição dos córregos e a mineração são ameaças à suas populações.

ALIMENTAÇÃO: É generalista, ou seja, ela consome as presas que estiverem disponíveis no ambiente. Invertebrados dos mais variados grupos são seu alimento, tais como formigas, cupins, besouros, gafanhotos, lagartas, libélulas e aranhas. A presença de invertebrados marinhos, como caramujos e baratas-da-praia, já foi reportada em sua dieta, uma vez que a espécie pode habitar afloramentos rochosos próximos do mar.

Fonte: http://www.bioventura.com.br/ra_folhico.html

ESPÉCIE: Ischnocnema guentheri

NOME POPULAR: Rã-do-Folhiço

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Pode ser encontrada apenas nas proximidades da localização-tipo no município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. As populações que ocorriam em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil, e em Missiones, na Argentina, representam outras espécies.

COMPORTAMENTO: Tem hábito tanto noturno quanto diurno e são terrícolas, vivem em meio a serapilheira Úmida da floresta. Sua coloração alaranjada permite uma camuflagem que imita folhas mortas caídas no solo. Seus ovos são colocados diretamente no chão da floresta o seus filhotes tem desenvolvimento direto.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Possui padrões diversificados de coloração e tamanho médio (CRC = 21 a 38 mm). Apresenta membros posteriores e artelhos longos em relação ao corpo, o que lhes permite dar grandes saltos.

CURIOSIDADES: As espécies do gênero Ischnocnema são consideradas bons indicadores ambientais devido a necessidade de microambientes específicos, com algumas espécies de hábitos semelhantes do gênero Pristimantis em áreas florestais Amazônicas apresentando declínio de populações em áreas desflorestadas.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Pequenos artrópodes.

Fonte: http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao22.htm

ESPÉCIE: Siphonops annulatus

NOME POPULAR: Cobra-cega

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Ocorrendo ao longo de quase toda a América do Sul a leste da Cordilheira dos Andes.

COMPORTAMENTO: Possui hábitos fossoriais, assim como a maioria das espécies de Gymnophiona (há também espécies aquáticas). Vive sob o solo úmido de florestas e áreas abertas naturais, podendo ser encontrada também em ambientes alterados pela ação do homem, como pastagens, plantações e até jardins. As cobras-cegas podem ser vivíparas ou ovíparas. Siphonops annulatus é ovípara, e põe de 5 a 16 ovos.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Pode chegar a 45 cm de comprimento, e possui o corpo com anéis de coloração cinza-azulada e branca. O nome Siphonops annulatus faz referência a duas características presentes não apenas nesta espécie, mas na verdade em todos os Gymnophiona. Siphonops tem origem nas palavras gregas Siphon (sifão, tubo) + ops (face), devido à presença de um tentáculo retrátil de cada lado da cabeça, entre o olho e a narina, com função sensorial. Já a palavra

annulatus em latim quer dizer “anelado” ou “com anéis”, uma vez que seu corpo é coberto por uma série de anéis.

CURIOSIDADES: Os filhotes de Siphonops annulatus se alimentam da pele da mãe (dermatofagia maternal). Os recém-nascidos permanecem por um período com a mãe, da qual adquirem nutrientes da epiderme e de secreções cloacais.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Se alimentam de presas subterrâneas como cupins, formigas e minhocas, capturadas com sua boca repleta de dentes.

Fonte: http://osfantasticos-animaisdoplaneta.blogspot.com.br/2013/11/ceratophrys-cornuta-

o-sapo-de-chifres.html

ESPÉCIE: Proceratophrys boiei

NOME POPULAR: Sapo de chifre

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: É endêmica no Brasil.

COMPORTAMENTO: São sapos muito agressivos e totalmente territoriais, e costumam lutar para defender seu território, inclusive, alguns animais desta espécie são encontrados mortos ao longo de seus habitats, e é sugerido que um outro individuo de sua mesma espécie tenha matado estes sapos. Alguns destes sapos, ainda vivos são encontrados com animais ainda em sua boca, dos quais ainda não se alimentaram. Como são anfíbios, consequentemente devem sempre manter-se em lugares úmidos, para que a sua pele não resseque levando-os a morte. A reprodução é realizada em poças e remansos de riachos, com água.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Seu corpo robusto, com tamanho médio (CRC= 51 a 68 mm) e é caracterizado pela presença de apêndices palpebrais desenvolvidos acima dos olhos de onde saem dois cordões dérmicos dorsais.

CURIOSIDADES: Sapo de cifre, comum das florestas do Sudeste do Brasil, de coloração e padrão dorsal miméticos com as folhas presentes na serapilheira.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Entre as suas presas favoritas, estão outros anfíbios, roedores, crustáceos, besouros e outros animais invertebrados de grande porte.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Bokermannohyla caramaschii

NOME POPULAR: Perereca da Mata

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Regiões costeiras de Mata Atlântica da Bahia ao nordeste da Argentina. Porém, pode também ser encontrada no interior de Minas Gerais e São Paulo.

COMPORTAMENTO: Vocalizam mais intensamente logo após e durante as chuvas. Como sítio de vocalização utiliza galhos de árvores em torno de corpos de água lênticos, relacionados, ou não, à drenagem perene. Período reprodutivo desta espécie é restrito aos meses chuvosos do ano. Os ovos são depositados na água e flutuam assumindo uma forma de lâmina gelatinosa. Habitam em matas.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Hilídeo de grande porte, possuindo, em média, 7 cm de comprimento rostro-cloacal em média. Possui saco vocal duplo e apresenta uma característica coloração verde-musgo com manchas acinzentadas, lembrando uma casca de árvore com liquens. Seus discos adesivos (porção terminal dos dedos) são verde azulados e os olhos conferem um belo padrão de amarelo dourado, rajado de preto. Nesta espécie os machos são cerca de 2 cm menores que as fêmeas.

CURIOSIDADES: O canto de anúncio é alto, e lembram som de castanholas.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Insetos e algumas espécies de artrópodes.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Elachistocleis ovalis

NOME POPULAR: Sapo-Guarda

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Apresenta ampla distribuição geográfica. Em 14 estados do Brasil, entre eles, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.

COMPORTAMENTO: Formações abertas, em cerrados, campos à florestais em bordas de matas ciliares e de galeria, lagos, lagoas, riachos, córregos, várzeas e brejos com cobertura vegetal. Crepuscular, noturna e fossorial. Prefere a vegetação baixa (gramíneas) perto de riachos e poças. É capaz de realizar "tanatose" (fingir-se de morto) para evitar os predadores. Ovípara, os machos vocalizam parcialmente submersos, em poças formadas pelas chuvas, durante o verão. Fora da estação reprodutiva, permanecem enterrados a alguns centímetros de profundidade no solo.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Espécie de médio porte, com aproximadamente 3,0 a 4,5cm. Corpo ovóide e pequeno, com cabeça pequena e triangular. Sua coloração varia do cinza-escuro ao azul-petróleo. Os animais possuem uma faixa amarelada horizontal na região da cloaca e uma faixa, mais delgada e clara, disposta longitudinalmente da cloaca à cabeça.

CURIOSIDADES: Também possui o nome popular de rã-grilo, devido a seu canto assemelhar-se a um apito agudo ou ao canto nupcial de grilos e gafanhotos.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Predominantemente de cupins e formiga cujos ninhos vive.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Dendropsophus minutus

NOME POPULAR: Pererequinha-do-Brejo

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICA: Espécie de pequeno porte, com cerca de 2,0 a 2,5cm de comprimento. Sua cor varia de castanho-alaranjada ao bege, com uma mancha mais escura no dorso, inteira ou dividida, lembrando a forma de uma ampulheta. A face posterior de suas coxas é avermelhada ou alaranjada. As fêmeas são, em média, maiores do que os machos.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Sua área de distribuição é ampla, ocorrendo desde as áreas baixas à leste dos Andes da Colômbia, passando pela Venezuela e Trindade, indo em direção ao Sul, através do Equador, Peru e Brasil até a Bolívia, Uruguai e Argentina.

COMPORTAMENTO: Formações abertas, preferencialmente em matas ciliares e de galeria, ou arbustos marginais de lagoas. Crepuscular e noturna, arbustiva ou arborícola (vive sobre a vegetação). Ovípara, com padrão reprodutivo prolongado vocalizando, por vários meses ao longo do ano. Desovam na água, sendo que cada desova tem cerca de 300 ovos, quase todos fecundados. Apresenta cantos complexos, podendo ser encontrados até três tipos de notas dentro de um mesmo canto.

CURIOSIDADES: Espécie registrada nas Várzeas com herbáceas, Matas nativas restauradas e Valetas de drenagem. A literatura a aponta como espécie indicadora de ambientes isentos de poluição.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Pequenos insetos e artrópodes.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Scinax fuscovarius

NOME POPULAR: Perereca-de-Banheiro

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Centro, Sul e Sudeste do Brasil e partes da Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

COMPORTAMENTO: Formações florestais, abertas, em campos, pastagens, rios, riachos, lagos, lagoas, várzeas e brejos. Durante o período de acasalamento é encontrada na margem de coleções de água parada, como lagoas, açudes e banhados, usualmente sobre o solo. Crepuscular, noturna e arborícola. Escondendo-se durante o dia em tocas nas árvores ou no solo, frestas em árvores ou entre rochas. Ovíparas, e a atividade de desova ocorre nos meses de primavera e verão, e é associada às chuvas. O número de óvulos maduros pode exceder 3.000 e sua desova pode conter de 1.500 a 2.000 ovos pequenos e pigmentados, depositados sobre a vegetação aquática. São encontradas vocalizando sobre o solo seco, ou à pequena altura na vegetação, às margens de coleções de água parada, açudes ou banhados.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Espécie de médio porte com cerca de 3,7 a 4,8cm. Seu dorso é castanho-escuro ou castanho-acinzentado, e estreitas manchas e linhas escuras, semelhante à um X. Também podem ser encontrados indivíduos esverdeados. O ventre é esbranquiçado, com manchas escuras. As coxas apresentam fortes manchas amarelas contrastantes com regiões pretas na porção posterior.

CURIOSIDADES: É mais frequente às Várzeas com herbáceas.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Pequenos insetos e artrópodes, como aranhas.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Phyllomedusa burmeisteri

NOME POPULAR: Perereca-de-Folhagem

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: A espécie perereca-de-folhagem é amplamente distribuída pelo território brasileiro, ocorrendo do norte de Sergipe ao sul de São Paulo.

COMPORTAMENTO: É uma espécie arborícola, comumente encontrada na vegetação arbustiva próxima a lagoas no interior de matas, inclusive em áreas degradadas. Possui atividade noturna. Um comportamento que merece destaque é a tanatose, um mecanismo de defesa no qual o animal se finge de morto, permanecendo imóvel até que o perigo cesse. Através desse comportamento defensivo o animal é capaz de sobreviver ao ataque de algumas serpentes, como algumas cobras-cipó (gênero Chironius) que se alimentam preferencialmente de presas vivas. Eles também são considerados territorialistas, pois quando se encontram apresentam comportamentos que envolvem desde o uso de displays (exibição das superfícies dos flancos e superfícies escondidas das coxas, que geralmente são áreas com colorações mais intensas e/ou vivas), emissão de cantos específicos e até agressão física, através de chutes e movimentos de repulsão. Um fato interessante é que indivíduos de P. burmeisteri também adotam uma tática de

forrageio (busca por alimento) denominada engodo pedal. Através dessa tática, a perereca-de-folhagem movimenta alguns dedos dos pés de forma a imitar pequenos vermes e assim atrair grilos e gafanhotos, que posteriormente são capturados.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Pode atingir quase oito centímetros de comprimento, sendo considerada um hilídeo (animal que pertence a família Hylidae) de médio a grande porte. Os olhos da perereca-de-folhagem apresentam pupila vertical, importante para aumentar a capacidade de visão durante a noite.

CURIOSIDADES: A palavra Phyllomedusa é derivada do Grego phyllo = folha ou folhagem e medousa = rainha ou protetora. Desta forma o nome do gênero significa rainha da folhagem ou protetora da folhagem. O gênero Phyllomedusa possui atualmente 32 espécies das quais 24 são conhecidas para o Brasil.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: A Revisão das Listas das Espécies de Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção do Estado de Minas Gerais, realizada em 2007 pela Fundação Biodiversitas, inclui a espécie na categoria não ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: São típicos predadores senta-e-espera, ficando em repouso sobre a vegetação até a passagem de alguma presa em potencial (geralmente aranhas ou grilos), movimentando-se apenas no momento do ataque.

Fonte: Google Imagens, 2016.

ESPÉCIE: Physalaemus cuvieri

NOME POPULAR: Rã-Cachorro

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Apresenta ampla distribuição, ocorrendo no norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, Argentina, leste do Paraguai e Bolívia.

COMPORTAMENTO: Formações abertas, em cerrados e caatingas à florestais em bordas de matas ciliares e de galeria, lagos, lagoas, várzeas, brejos, rios e riachos lênticos e poças permanentes e temporárias. Crepuscular, noturna, terrestre e aquática. Prefere a vegetação baixa (gramíneas) perto de riachos e poças. Pode ser encontrado durante o dia abrigado sobre troncos e pedras, em áreas abertas e bordas de mata. Ovípara, o período reprodutivo é restrito aos períodos chuvosos. Os machos vocalizam a em ambientes permanentes ou temporários, a partir do chão em área brejosa de água parada. As fêmeas podem desovar duas vezes por estação, e são depositados de 400 a 700 ovos brancos em ninhos de espuma flutuante e parcialmente presos à terra ou gramíneas.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: Espécie de pequeno à médio porte, com cerca de 2,0 a 3,5cm. Seu dorso pode ser escuro com tonalidades fracas de castanho, cinza ou mesmo verde com manchas ou linhas irregulares. A maioria dos indivíduos possui a parte interna das coxas e a região inguinal, de alaranjadas à avermelhadas. O seu ventre é branco, manchado de escuro no peito e na garganta. Os machos são ligeiramente menores que as fêmeas e possuem a garganta mais escura.

CURIOSIDADES: Espécie registrada nos ambientes de Canaviais orgânicos, Várzeas com herbáceas, Várzeas com matas ciliares, Matas nativas restauradas e Valetas de drenagem. Sua vocalização se assemelha a um latido, o que lhe dá o nome popular de rã-cachorro.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie não ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Alimentam-se de pequenas aranhas e piolhos-de-cobra, embora tenham preferência por pequenos insetos e larvas de besouros.

Fonte: http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/ra-manteiga2

ESPÉCIE: Leptodactylus latrans

NOME POPULAR: Rã-Manteiga

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Por toda a América do Sul e ao leste dos Andes.

COMPORTAMENTO: Formações abertas, em cerrados, campos, pastagens, à bordas de matas ciliares e de galeria, lagos, lagoas, várzeas e brejos. Crepuscular, noturna, terrestre e aquática. Preferencialmente encontrada na vegetação baixa à média, como gramíneas e herbáceas em várzeas e brejos. Ovípara, e desovam na superfície da água. As fêmeas apresentam cuidado parental tanto com os ovos como com os girinos. Os machos vocalizam em torno de corpos d’água temporários ou permanentes. O casal põe os ovos em ninho de espuma, e também costumam abrir canais, interligando poças, evitando assim que os girinos fiquem presos e morram por desidratação.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: O nome se deve às manchas em seu dorso, que lembram ocelos. São rãs de grande porte, com cerca de 9,0 e 11cm. Apresentam dimorfismo sexual, os machos são maiores e possuem dois espinhos de origem epidérmica no local do polegar. As fêmeas possuem uma calosidade ao invés de espinhos. Os machos possuem braços robustos, sendo apreciados por diversas pessoas como alimento.

CURIOSIDADES: Espécie não sendo registrada apenas, nos ambientes de Matas exóticas, Matas mistas em regeneração e Matas nativas.

STATUS DE CONSERVAÇÃO: Espécie Não Ameaçada.

ALIMENTAÇÃO: Insetos, artrópodes e outras espécies de anfíbios.

REFERÊNCIAS

- ALVES, Beatriz Truffi et al. Secretária do Meio Ambiente/ Coordenadoria de Educação Ambiental. Billings. São Paulo: SMA/CEA, 2010. p. 88.

- AMPHIBIAWEB. Leptodactylus cunicularius. Disponível em:

<http://amphibiaweb.org/species/3317>. Acesso em: 22/06/2016.

- ANDRADE, E. V. E.; ALBERTIM, K. M.; MOURA, G. J. B. Primeiro registro do uso de Bromeliaceae por Elachistocleis ovalis (Schneider, 1799) (Anura: Microhylidae). Biota Neotrop. 2009. Disponível em:

<http://www.biotaneotropica.org.br/v9n4/pt/fullpaper?bn01209042009+pt>. Acesso

em: 28/06/2016.

- BENCHIMOL, Jaime L. et al. Outros estudos em zoologia = Other studies in zoology./ organizado por Jaime L. Benchimol e Magali Romero Sá. Rio de

Janeiro: Editora Fiocruz, 2007. (Adolpho Lutz Obra Completa, v. 3, Livro 4)

- BORGES-MARTINS, M.; COLOMBO, P.; ZANK C.; BECKER, F. G.; MELO, M. T. Q. 20. Anfíbios. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/cap_20_lagoa_casamento.pdf>. Acesso em: 28/06/2016.

- COLOMBO, P.; ZANK, C. Biodiversidade dos Campos de Cima da Serra. Porto Alegre: Libretos, v. 1, 196 p, 2008.

- CRISTO, J. F. OS ANFÍBIOS VÃO À AULA. Trabalho de conclusão do curso de Ciências Biológicas na UFPR. 2013.

- Embrapa: Monitoramento por Satélite. Rãzinha-do-riacho (Crossodactylus sp.[aff. dispar]). Disponível em:

<http://www.faunacps.cnpm.embrapa.br/anfibio/riacho.html>. Acesso em:

23/06/2016.

- FORLANI, M. C.; BERNARDO, P. H.; HADDAD, C. F. B.; ZAHER, H.

Herpetofauna do Parque Estadual Carlos Botelho, São Paulo, Brasil. Biota

Neotrop., vol. 10, nº. 3. Disponível em:

<http://www.biotaneotropica.org.br/v10n3/pt/fullpaper?bn00210032010+pt>. Acesso

em: 26/06/2016.

- GOVERNO ESTADUAL DO ESPÍRITO SANTO. Plano de Manejo da APA de Conceição da Barra. V. 2. 2014. Disponível em:

<http://www.meioambiente.es.gov.br/download/20150508_VOLUME_II_22122_Anfibi

os_rev1.pdf>. Acesso em: 26/06/2016.

- ICMBio – INSTITUTO CHICO MENDES. Portal da Biodiversidade. Disponível em:

<https://portaldabiodiversidade.icmbio.gov.br/portal/occurrences/663b44f7-d0a8-

487e-bcc8-939f686f720d>. Acesso em: 23/06/2016.

- HICKMAN, JR. C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. PRINCÍPIOS INTEGRADOS DE ZOOLOGIA. Rio de Janeiro: EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A., ed. 11ª,

2004.

- INSTITUTO RÃ-BUGIO. ANFÍBIOS – PERERECAS. Disponível em:

<http://www.ra-bugio.org.br/ver_especie.php?id=158>. Acesso em: 26/06/2016.

- INSTITUTO RÃ-BUGIO. ANFÍBIOS – RÃS. Disponível em:

<http://www.ra-bugio.org.br/ver_especie.php?id=189>. Acesso em: 23/06/2016.

- INVIVO – FIOCRUZ. Sapo-de-chifres. Disponível em:

<http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=8&sid=2>. Acesso

em: 28/06/2016.

- Laboratório de Herpetologia. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. LISTA DE ESPÉCIES DE ANFÍBIOS DO RIO GRANDE DO SUL. Disponível em:

<http://www.ufrgs.br/herpetologia/Anfíbios/Hypsiboas%20faber.htm>. Acesso em:

25/06/2016.

- LIMA, Albertina P. et al. Guia de sapos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central = Guide to the frogs of Reserva Adolpho Ducke, Central Amazonia. Manaus: Áttema Design Editorial, 2005.

- LOPES, Márcia I.M.S.; KIRIZAWA, M.; MELO, Maria M. da R.F. de, orgs.

Patrimônio da Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba: a antiga Estação Biológica do Alto da Serra. São Paulo: Instituto de Botânica, 2009.

- MARÇAL, A. S.; GOMES, I. B. S. R.; CORAGEM, J. T. UHE Santo Antônio: guia de espécies de fauna resgatadas. São Paulo: Scriba Comunicação Corporativa,

2011.

- Museu de Zoologia João Moojen - Universidade Federal de Viçosa. Bicho da Vez. Disponível em: <http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao07.htm>.

Acesso em: 25/06/2016.

- Museu de Zoologia João Moojen - Universidade Federal de Viçosa. Bicho da Vez. Disponível em: <http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao17.htm>.

Acesso em: 26/06/2016.

- Museu de Zoologia João Moojen - Universidade Federal de Viçosa. Bicho da Vez. Disponível em: <http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao12.htm>.

Acesso em: 27/06/2016.

- Museu de Zoologia João Moojen - Universidade Federal de Viçosa. Bicho da Vez. Disponível em: <http://www.museudezoologia.ufv.br/bichodavez/edicao02.htm>.

Acesso em: 27/06/2016.

- MZUFBA – MUSEU DE ZOOLOGIA VIRTUAL. CONFIRA ALGUMAS ESPÉCIES TOMBADAS NO MZUFBA. Disponível em:

<http://www.mzufba.ufba.br/WEB/MZV_arquivos/catalogo_anfibios.html>. Acesso

em: 24/06/2016.

- Native – Produtos da natureza. ANFÍBIOS. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/animais/anfibios/>. Acesso em: 27/06/2016.

- Native – Produtos da natureza. ANFÍBIOS: RÃZINHA - Physalaemus centralis. Disponível em: <http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/razinha>.

Acesso em: 23/06/2016.

- Native Biodiversidade. Anfíbios. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/ra-pimenta>. Acesso em:

27/06/2016

- Native Biodiversidade. Anfíbios. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/perereca-cabrinha>.

Acesso em: 27/06/2016

- Native Biodiversidade. Anfíbios. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/perereca>. Acesso em:

27/06/2016

- Native Biodiversidade. Anfíbios. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/ra>. Acesso em:

27/06/2016

- Native Biodiversidade. Anfíbios. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/razinha-assobiadora>.

Acesso em: 27/06/2016

- Native Biodiversidade. Anfíbios. Disponível em:

<http://www.nativebiodiversidade.com.br/detalhes/anfibios/sapo-guarda>. Acesso

em: 27/06/2016.

- OTANI, LYE. Aspectos da fisiologia metabólica e do desempenho locomotor em anfíbios anuros: implicações da fragmentação ambiental. Tese apresentada ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, 2011.

- PEDRO, V. A. S.; MOURA, M. R.; FEIO, R. N. Os anfíbios e a Serra do Ouro Branco - Minas Gerais. Viçosa: FAPEMIG, 2008.

- RIBEIRO, R. S.; EGITO. G. T. B. T.; HADDAD, C. F. B. Chave de identificação: anfíbios anuros da vertente de Jundiaí da Serra do Japi, Estado de São Paulo. São Paulo: Biota Neotropical. Vol. 5, nº. 2, Campinas, 2005.

- Seres vivos e natureza. PERERECA DA MATA. Disponível em:

<http://seresvivosenatureza.blogspot.com.br/2009/09/perereca-da-mata.html>.

Acesso em: 27/06/2016.

- Táxeus – LISTAS DE ESPÉCIES. Phasmahyla jandaia. Disponível em:

<http://www.taxeus.com.br/especie/phasmahyla-jandaia>. Acesso em: 22/06/2016.

- Toda Biologia. Rã. Disponível em: <http://www.todabiologia.com/zoologia/ra.htm>.

Acesso em: 23/06/2016.

- VASCONCELOS, T. S.; ROSSA-FERES, D. C. DIVERSIDADE, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE ANFÍBIOS ANUROS (AMPHIBIA, ANURA) NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. São Paulo: Biota Neotropica, v. 5, nº. 2, 2005.

- VERDADE, V. K.; DIXO, M.; CURCIO, F. F. Os riscos de extinção de sapos, rãs e pererecas em decorrência das alterações ambientais. São Paulo: Estudos Avançados, 2010.

LINK DO ISSUU:::

https://issuu.com/daniellyferreira/docs/cartilha_de_anf__bios_em_minas_gera