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O Instituto Cubano de Amizade com os Povos, junto com a Coordenação Nacional da Brigada Sul-americana, saúda a 20ª Brigada Sul-americana de Solidariedade a Cuba, que, nesta oportunidade, comemora o 160º aniversário de José Martí, um dos grandes revolucionários da nossa América; que pela universalidade de seu pensamento, pela obra e os objetivos de seu projeto político-social e transcendente aporte no campo ideológico, a educação, a cultura e a literatura, constitui-se uma personalidade a nível mundial.

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20ª Brigada Sul-americana de Solidariedade a Cuba - 2013 1

160º Aniversário de nAscimento de José mArtí

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160º Aniversário de nAscimento de José mArtí

O Instituto Cubano de Amizade com os Povos, junto com a Coordenação Nacional da Brigada Sul-americana, saúda a 20ª Brigada Sul-ame-ricana de Solidariedade a Cuba, que, nesta oportunidade, comemora o 160º aniversário de José Martí, um dos grandes revolucionários da nossa América; que pela universalidade de seu pensamento, pela obra e os objetivos de seu projeto político-social e transcendente aporte no campo ideológico, a educação, a cultura e a literatura, constitui-se uma personalidade a nível mundial.

Pela primeira vez na história parte da pro-gramação vai ser realizada na capital de Ha-vana. É uma brigada especial, ao lado da “III Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo”, que será realizada no Palácio de Convenções, de 28 a 30 de janeiro de 2013.

O programa contempla visitas a lugares de interesse histórico, econômico, cultural e social, tanto na capital como em províncias; conferências sobre a atu-alidade nacional e encontros com organizações da sociedade cubana.

A Brigada tem como objetivos colaborar com uma maior compreensão acer-ca da realidade cubana e de realização de jornadas de trabalho voluntário como contribuição ao desenvolvimento agrícola e à esfera produtiva do país.

Quando a brigada número 20 de solidariedade a Cuba chega a sua maiorida-de, consideramos que a solidariedade entre os povos deve ser uma via de mão dupla. Esta brigada é destinada aos amigos da solidariedade com Cuba para que possam ver em loco a realidade de um país que fez sua revolução socialista, apresenta avanços nas áreas fundamentais do desenvolvimento humano, bem como também tem suas implicações e sacrifícios. Equivoca-se quem confunde brigada de solidariedade com turismo barato. O intuito é que o brigadista, na volta ao Brasil, se integre ao movimento de solidariedade a Cuba ou de outra forma possa fazer esse trabalho de solidariedade.

Nesse momento, nos solidarizamo-nos pelas perdas humanas e materiais que deixou o Furacão Sandy, em especial com seus familiares que perderam seres queridos. Parabenizamos aos governos de todos os países que de uma ou outra forma estão ajudando.

Continuamos condenando o genocida e ilegal bloqueio imposto pelos Estados

Apresentação

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Unidos contra Cuba e sua política agressiva contra America Latina e o mundo. Bem como exigimos a imediata liberação dos cinco antiterroristas cubanos, condena-dos injustamente. E que René Gonzales, que já cumpriu sua injusta condenação, não deve permanecer em Miami, território hostil, em liberdade supervisionada.

Denunciamos as multinacionais das comunicações na manipulação distor-cida da realidade cubana e o incremento das campanhas de desprestigio e subversão, com o propósito de tergiversar e enganar a opinião publica, favo-recendo interesses estrangeiros e suas praticas de ingerências nas soberanias nacionais.

Desejamos uma excelente brigada e que na volta venha somar forças nesta justa causa.

Edison Puente, Coordenador Nacional da brigada Latino-Americana de Solida-riedade a CubaLilian Back e Alexandre Brandão, Apoio Estratégico

ConvocatóriaEm 2013, receberemos a XX edição da Brigada Sul-americana de Solidarie-

dade com Cuba; programa que nos propomos a desenvolver de 21 de janeiro a 3 de fevereiro, nas províncias de La Habana, Artemisa e Santa Clara. Em anexo, a programação para maior informação.

São 14 noites de estada: delas, 11 no Acampamento Internacional “Julio An-tonioMella” (CIJAM), localizado no município de Caimito, a 45 Km de La Haba-na, e 3 noites em instalações de turismo na capital da ilha. A estada na cidade de La Habana contempla a participação na “III Conferência Internacional pelo Equílibrio do Mundo” que acontece no Palácio de Convenções de 28 a 30 de janeiro de 2012, evento que se realizará no marco dos 160 anos de nascimento de nosso Herói Nacional, José Martí.

As jornadas de trabalho agrícola se efeturam em áreas adjacentes ao CIJAM. Este acampamento, criado no ano de 1972, conta com condições adequadas para satisfazer a vida coletiva e as necessidades das pessoas que nos visitam de diferentes partes do mundo.

A crescente participação na brigada denota a motivação por conhecer Cuba e a crescente solidariedade que desperta nosso projeto social, sobre a base de dois pilares fundamentais: a condenação ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos e o respeito a nossa autodeterminação e independência.

Ao participar, o brigadista se compromete a cumprir com o programa descri-to e observar adequadamente as normas de conduta, disciplina, e convivência social.

Armando Guerra Funcasta, Diretor XX Brigada Sul-americana de Solidariedade a Cuba - Direção América Latina e Caribe - ICAP

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Geografia

Localização: A República de Cuba é um arqui-pélago constituído pela ilha de Cuba, a da Juventude e mais de 4.000 pequenas ilhas. Situada na entrada do Golfo do México, em pleno Mar do Caribe, ocupa uma superfície total de 110.922 Km² e possui cerca de 5.000 km de costa. Seu formato lembra o de um crocodilo.

População: Pouco mais de 11 milhões de pessoas Idioma: EspanholMoeda: Peso Cubano e CUC Fuso horário: Menos 2 horas. De abril a outubro, menos 1 h (horário de

Brasília) Províncias: 1. Pinar del Río; 2. Artemisa; 3. (Ciudad de) La Habana; 4.

Mayabeque; 5. Matanzas; 6. Cienfuegos; 7. Villa Clara; 8. Sancti Spíritus; 9. Ciego de Ávila; 10. Camagüey; 11. Las Tunas; 12. Granma; 13. Holguín; 14. Santiago de Cuba; 15. Guantánamo; 16. Municipio Especial Isla de la Juventud. As províncias de Mayabeque e Artemisa são de criação recente. A nova configu-ração do mapa político, reformulado em 2010, foi planejada a fim melhorar a organização política, econômica, produtiva e social cubana.

Atividades econômicas principais: Açúcar, tabaco, turismo, medicina, ní-quel.

Breve história

O arquipélago que hoje conforma o território cubano era habitado por um conjunto heterogêneo de etnias antes da chegada dos espanhóis. Descenden-tes de povos que vinham migrando desde 8.000 a.C. das Américas do Sul, Cen-tral e do Norte, foram identificados pelos espanhóis, antes de serem dizimados, como divididos em três grandes grupos, o dos Tainos, ou Aruaques, Guanaja-tabeis e Ciboneys. Sabe-se que o primeiro grupo nomeava a ilha principal do arquipélago de Caobana.

A chegada da primeira expedição européia, chefiada por Cristóvão Colom-

Informações gerais sobre Cuba

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bo, ocorreu em 1492. A ilha foi dominada rapidamente pelos espanhóis, que funda-ram cidades como Havana, Camaguey e Santiago de Cuba e introduziram os es-cravos africanos ainda no século XVI. Na medida em que as populações nativas e as vindas da África eram exploradas e assassinadas, foram surgindo também as primeiras manifestações de resistência. Formaram-se comunidades análogas aos quilombos brasileiros, nas quais se refu-giavam tanto os negros quanto os indíge-nas: os cimarrones.

Cuba permaneceu como colônia espanhola durante quatro séculos. A base de sua economia era a mineração e a produção de cana de açúcar. Seu processo de independência foi bastante particular. As lutas organiza-das em torno da bandeira independentista datam de 1868. Nesse ano, foi

iniciada a chamada Grande Guerra (1868-1878), cujo líder militar principal era Carlos Manuel Céspedes, um latifundiário defensor dos princípios iluministas. As pri-meiras providências do governo de Céspedes foi a pro-clamação da liberdade de todos escravos que se unis-sem ao exército revolucionário. Logo após a derrota do movimento mencionado, se destaca também a atuação do líder José Martí. Fundador do Partido Revolucionário Cubano (1892), inicia em 1985 uma nova guerra de in-dependência, em que perde sua vida.

Diante da iminência do triunfo cubano, no entanto, os Estados Unidos declararam guerra contra Espanha, frus-

trando os mais caros sonhos de independência do povo cubano. A guerra entre as potências terminou com o Tratado de Paris, em 1898, no qual os Estados Unidos receberam o controle absoluto de Porto Rico e Filipinas e ocuparam Cuba militarmente. Em 20 de maio de 1902 foi concedida a Cuba uma independên-cia formal que, de fato, fez do país uma neocolônia dos Estados Unidos com a instituição da Emenda Platt - dispositivo legal inserido na Carta Constitucional de Cuba que dava aos EUA o direito de intervir em Cuba sempre que julgassem necessário e também o direito de estabelecer bases militares permanentes na Ilha.

Ao longo da primeira metade do século XX os interesses estadunidenses predominaram em Cuba. Em 1959, no entanto, é deposto o ditador Fulgêncio Batista e triunfa a luta pela segunda e definitiva independência cubana.

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Alguns nomes da história cubana

Carlos Manoel de Céspedes: Liderou 1ª guerra da Inde-pendência e iniciou a libertação dos escravos.

Antonio Maceo: Figura importante na luta pela Indepen-dência. Morreu em combate em 1896

José Martí: Herói nacional, poeta, escritor, orador, cate-drático, agente consular, jornalista, estadista e patriota. Dedi-cou sua breve vida à luta pela independência de Cuba. Morreu em combate em 1895. “Homem terno e sonhador, mas um revolucionário im-placável”, assim o definia Florestan Fernandes.

Julio Antonio Mella: líder estudantil e fundador da Federação Estudantil Universitária- FEU e do Partido Comunista de Cuba (1925). Dá nome ao acam-pamento internacional de brigadistas (leia mais na pág.9).

Camilo Cienfuegos: Chegou junto com Fidel na expedição do Granma em 1956 como soldado e tornou-se comandante de uma coluna rebelde que per-correu Oriente em direção a Pinar del Rio. Homem do povo que saiu do povo.

Célia Sanchez Manduley: caracterizada por Fidel como “a flor mais autóctone da revolução”, foi a primeira guerrilheira de Sierra Maestra. Fundadora e dirigente do Movimento 26 de Julho, integrou também o Comitê Central do Partido Comu-nista Cubano, participando ativamente tanto do processo de luta pela revolução quanto da construção dela.

Vilma Espín: também guerrilheira em Sierra Maestra, foi uma das fundadoras e primeira presidenta da Federação de

Mulheres Cubanas (1960), uma organização de massas que de-senvolve políticas e programas visando a plena emancipação das mulheres em todos os âmbitos da sociedade cubana.

Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che): Líder guerrilheiro, poeta, mé-dico, fotógrafo, ministro, escritor, leitor, homem de ação, internacionalista, aus-tero, solidário, operário. “O ser humano mais completo da nossa era”, disse Sartre.

Fidel Castro: líder máximo da Revolução Cubana desde 1953 e membro do Bureau Político do PCC.

Datas comemorativas

28 de janeiro: Nascimento de José Martí, Herói Nacional de Cuba (1853-1895) - tema da 20ª Brigada de Solidariedade.

24 de fevereiro: Início da segunda etapa da Guerra de Independência

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(1895); proclamação da Constituição Socialista da República de Cuba (1976).13 de março: Tomada do Palácio Presidencial de Fulgêncio Batista por um

grupo de jovens revolucionários universitários (1957). Neste confronto morreu José Antonio Echevarría.

19 de abril: Vitória de Playa Girón, Baía dos Porcos, primeira derrota dos EUA na América (1961).

19 de maio: Morte em combate de José Martí, em Dos Rios, Cuba (1895).30 de julho: Assassinato de Frank País (1957) e Dia dos Mártires da Revolução.09 de outubro: Execução de “Che” Guevara, na Bolívia (1967).28 de outubro: Desaparecimento de Camilo Cienfuegos (1959).27 de novembro: Execução de oito estudantes de

medicina pelo governo colonial espanhol (1871).02 de dezembro: Desembarque do Granma em

Cuba (1956).07 de dezembro: Morte de Antonio Maceo (1896)

e Dia dos mártires internacionalistas cubanos.22 de dezembro: Declaração de Cuba como Terri-

tório Livre de Analfabetismo (1962).

Feriados

1° de janeiro: Triunfo da Revolução Cubana1° de maio: Dia Internacional dos Trabalhadores26 de julho: Assalto ao Quartel Moncada - Dia da Rebelião Nacional10 de outubro: Início das guerras de independência.

Autoridades

Raúl Castro: Presidente da República de Cuba e do Conselho de Estado e de Ministros.

Ricardo Alarcón: Presidente do Parlamento Cubano e Vice–presidente do Conselho de Estado.

Bruno Rodríguez Parrilha: Ministro das Relações Exte-riores. Advogado e jornalista, foi embaixador de Cuba na ONU.

José Amado Ricardo Guerra: Secretário do Conselho de Ministros.Abel Prieto Jiménez: Ministro da CulturaEna Elsa Velásquez: Ministra da Educação José Eduardo Martins Felício: Embaixador do Brasil em CubaCarlos Rafael Zamora Rodriguez: Embaixador de Cuba no Brasil – Embai-

xada em BrasíliaLázaro Mendez: Cônsul-geral de Cuba no Brasil - Consulado em São Paulo

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O Movimento de Solidariedade a Cuba (MSC) existe desde o ano zero da Revo-lução Cubana, quando os brasileiros, de uma forma ou de outra, se manifestavam a favor do processo revolucionário em an-damento. Em alguns casos, brasileiros e latino-americanos se engajaram pessoal-mente nessa transformação. No Brasil, o MSC é realizado através de associações de solidariedade, grupos e partidos polí-ticos, instituições de estudo e ensinos e através de parlamentos e governos estaduais e municipais país afora.

Conforme o Núcleo de Estudos Cubanos (Nescuba/Unb), “as associações de solidariedade surgiram no cenário brasileiro mesmo antes do reatamento das relações diplomáticas entre Brasil e Cuba, ocorrido em Junho de 1986, após um período de interrupção que se iniciou em 1964”.

História

Alguns exemplos históricos do movimento de solidariedade (fonte: Nescuba):• Após o triunfo da revolução, em 1º de Janeiro de 1959, no mês de maio

desse mesmo ano, Fidel Castro foi recebido em Brasília pelo presidente Jusceli-no Kubitschek. Em 1961, o Comandante Che Guevara é condecorado por Jânio Quadros, presidente da República, com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a mais alta condecoração do nosso país.

• No início dos anos 1960, é fundada em São Paulo a Associação Brasil - Cuba, que teve como sede o Instituto dos Arquitetos do Brasil.

• É organizada a primeira Brigada Brasileira de Solidariedade a Cuba em São Paulo com a participação de estudantes e profissionais de várias áreas técnicas que viajaram para Havana de barco, para apoiar o projeto de construção de casas, com o apoio de arquitetos.

• Outros grupos também se organizaram, como o de jornalistas e o de estu-dantes que com o apoio da União Internacional dos Estudantes (UIE), realizaram viagens pela América Latina para debater o triunfo da Revolução Cubana.

• Em março de 1961, trabalhadores das minas de carvão de Criciúma (San-ta Catarina) se oferecem, com documento lavrado em cartório endereçado ao embaixador de Cuba, para lutar junto ao povo cubano, sob o comando de Fidel Castro, “contra os invasores imperialistas”.

Movimento de Solidariedade

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Convenções

Ainda segundo o estudo do Nescu-ba, “a partir de 1987, fruto de uma ar-ticulação das associações já existentes, se deu início a uma série de Encontros Nacionais de Solidariedade, com o ob-jetivo de, não só socializar os trabalhos e atividades realizadas, mas também de somar esforços para uma atuação mais efetiva e uníssona em todo o território brasileiro e ainda para a consolidação de um intercâmbio entre os dois países em diferentes áreas do conhecimento e setores da sociedade”.

Desde então, já foram realizados oito encontros e 20 convenções nacionais, em diferentes estados brasileiros: I - Minas Gerais; II - São Paulo; III – Santa Catarina; IV - Alagoas; V- Rio de Janeiro; VI - Pará ; VII - Ceará; VIII - Minas Ge-rais; IX - Rio de Janeiro; X - Rio Grande do Sul; XI - Distrito Federal; XII - Bahia; XIII - São Paulo; XIV - Pernambuco; XV - Minas Gerais; XVI - Rio de Janeiro; XVII - Santa Catarina; XVIII - Rio Grande do Sul; XIX - São Paulo; XX - Bahia; a XXI Convenção Nacional será realizada no Estado do Paraná (2013).

Icap

O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap) tem a finalidade de pro-mover o intercâmbio cultural e fortalecer os lados de amizade e solidariedade com os povos. Existem mais de 2.000 organizações com esse perfil e mais de 140 países. Alguns representantes do Icap:

Kênia Serrano Puig - Presidente Elio Gámez Neyra - Primeiro Vice-presidenteRoberto César Hamilton Magaña - Diretor da América Latina e CaribeFabio Semeón González - Responsável pelo Brasil

Armando Guerra Funcasta - Diretora da Bri-gada

Raúl Abreu - Diretor do Acampamento – CIJAMEndereço do Icap: Calle 17 n° 301, entre H e I, El Vedado, HavanaE-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]: (537) 838-2395, (537) 838- 2396 (Presidência ICAP Havana) e (537) 838-2418 (Dirección de A. Latina)

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Organizada pelo Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap), a Brigada de Solidariedade e Trabalho Voluntário é um projeto social que busca oferecer ao mundo uma melhor compreensão da realidade cubana. É uma grande oportunidade para todos os internacionalistas que querem co-nhecer o processo cubano e a forma como vive sua população.

Entre as várias atividades que são realizadas pelo Icap, a organização das brigadas interna-cionais de trabalho voluntário é consi-derada uma de suas tarefas prioritárias. Atualmente, são mui-tas as brigadas que vão até Cuba parti-cipar dessa ativida-de de solidariedade: Brigada 1º de Maio (internacional); Brigada Che Gueva-ra (Canadá); Brigada Européia José Martí; Brigada “Pablo de la Tómen-te Brau” (Europa Oriental); Brigada Juan Ruis Rivera (Porto Rico); Brigada Venceremos (Estados Unidos); Briga-da Latino-americana e Caribenha de Trabalho Voluntário; Brigada de Luta contra o Terrorismo Midiático; e Briga-da Pelos Caminhos de Che.

As brigadas são convocadas pe-las associações de amizade, grupos de solidariedade com Cuba, em cada país, a partir de uma proposta reali-

zada pelo Icap que estabelece datas, tempo de estadia e programação.

As organizações de solidariedade com Cuba em cada país devem es-tabelecer os critérios necessários no momento de lançar a convocatória para as inscrições à brigada, partindo da idéia que as brigadas são uma via de manifestar a solidariedade concre-ta e efetiva com o povo cubano, assim como uma forma de conhecer mais di-

retamente o processo revolucionário, a história, a cultura, as tradições e as conquistas sociais, além das dificulda-des que a Ilha atravessa.

Com esses critérios, é importante sublinhar que as brigadas não se cons-tituem uma maneira de fazer turismo, o que deve ser de conhecimento de cada um dos participantes. Mas sim uma forma de aproximação a uma re-alidade distinta, com a qual se vai con-tribuir e de lá se vai obter experiências necessárias para prosseguir o trabalho de solidariedade com Cuba.

As brigadas de solidariedade

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ProgramaçãoComo regra, as brigadas têm dura-

ção de 14 a 20 dias, em que as jor-nadas de trabalho são revezadas com conferência sobre diversos temas da atualidade cubana, visita a lugares de interesse histórico-social, a centros de produção ou assistenciais, visi-ta e encontro com a população de bairros e comunidades - o permite aos brigadistas ter um conhecimento direto das con-quistas alcançadas, da forma como se organiza a sociedade e o funcionamento das institui-ções cubanas.

O trabalho prático está dirigi-do principalmente em apoiar as atividades nas plantações de cítricos, cana de açúcar, pomares, hortas e ou-tros tipos de agricultura. Nessas briga-das, participam pessoas de diferentes idades, nacionalidade, sem distinção de função, mas de acordo com a ca-

pacidade e disposição de cada um.Como parte da programação, a bri-

gada realiza uma visita a uma provín-cia, a fim de permitir uma visão mais ampla do país, com alojamento em hotel ou centro recreativo para des-canso e desfrute dos brigadistas. O

Icap garante transporte para todos os deslocamentos da brigada para cumprimento do programa.

É importante estar no es-pírito de cada brigadista o cumprimento das atividades da programação, pois cada uma delas é feita com muito carinho, atenção e esforço dos cubanos. Dessa forma,

os objetivos do Icap e das associações de solidariedade também são cumpri-dos. A programação oferece bastante horários livres para passeios, além das visitas à Capital e pontos de interesses turístico-cultural.

Rede de solidariedadeconvencao2009.blogspot.comwww.unb.br/ceam/nescubawww.cubaviva.com.brwww.josemarti.com.brassociaojosemartimg.blogspot.comedisonpuente.blogspot.comwww.josemartirj.webnode.comwww.cincoherois.com.brsoucuba.blogspot.com.br

Portais cubanoswww.granma..cuwww.cubadebate.cu

www.juventudrebelde.cuwww.cubasocialista.cuwww.icap.cuwww.cubanoticias.ain.cuwww.antiterroristas.cuwww.cubavsbloqueo.cuwww.cubaminrex.cuwww.cubanoticias.ain.cuwww.radiohc.cuwww.cubagob.cu

América Latinawww.prensalatina.com.brwww.telesurtv.net

Mais informação na internet:

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A hospedagem dos participantes e a realização da maior parte das ativida-des da Brigada ocorre no Campamen-to Internacional Julio Antonio Mella - CIJAM, que se localiza na zona rural do município de Caimito, província de Ar-temisa, a cerca de 45 km de Havana,

e cujo nome homenageia o fundador do Partido Comunista Cubano.

O CIJAM está constituído de uma espaçosa e agradável área, onde foram erguidos prédios destinados à parte administrativa, auditório de conferên-cias, cozinha, refeitório, e alojamentos coletivos para oito pessoas, dotados de beliches e pequenos armários sem

chaves. São oferecidos travesseiros e roupa de cama, mas não toalhas.

Em cada prédio de alojamentos existe um banheiro coletivo. As insta-lações são modestas, porém assea-das. A água para banho é fria. Não são disponibilizados materiais de higiene (papel higiênico, sabonetes, xampu, creme dental, etc), sendo importante que os brigadistas não esqueçam de tê-los em sua bagagem, em quantida-de compatível com o tempo de esta-dia.

Como é grande o número de par-ticipantes, é importante que os briga-distas atentem para os horários de uti-lização dos banheiros, com vistas ao comparecimento pontual às atividades diárias.

AlimentaçãoO refeitório do CIJAM oferece café

da manhã, almoço, e jantar, numa dieta simples, porém diversificada (arroz com feijão, ou arroz “congri”; mandioca; carne de porco; salada com tomates, alface e outras verduras produzidas ali mesmo). São servidos, também, frutas (laranja, goiaba, ma-mão) e suco de laranja à vontade. Os vegetarianos deverão se identificar, a fim de serem servidos com alimenta-ção compatível.

Na parte central do Acampamen-to existe uma praça de eventos, onde são passados os informes matinais, e realizadas as atividades culturais e de lazer, normalmente à noite. Em uma

O acampamento internacional

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160º Aniversário de nAscimento de José mArtí

de suas extremidades está o bar “La Piragua”, que além de bebidas e co-quetéis (mojitos, cuba libre, daiquiri), serve lanches leves (mini-pizzas), cujo consumo deverá ser pago à parte.

Ao lado do bar, fica a “tienda” que vende lembranças cubanas (camise-tas, artesanatos, bebidas, etc) com preços mais em conta que os pratica-dos em Havana, e alguns materiais de higiene.

Em um dos prédios que ladeiam a praça central estão a biblioteca e a Lan House, sendo que esta funciona somente à noite, possuindo poucos computadores com acesso à internet (normalmente lento).

EsporteNo acampamento existem ainda,

um campo para práticas desportivas, uma galeria de arte, uma central tele-fônica para receber chamadas, e uma rádio interna que, além de proporcio-nar um despertar musical todos os

dias, também transmite avisos e uma programação musical com variados te-mas do país.

Para guarda de valores e documen-tos, é disponibilizado um cofre na ad-ministração do Acampamento, sem custo adicional.

SaúdeFinalmente, o CIJAM possui um

posto de saúde com médicos e en-fermeiras prontos a atender eventuais necessidades dos brigadistas.

Não há posto de câmbio de moe-das no Acampamento.

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Documentos O brigadista deve portar:s Passaporte válido por pelo menos seis meses.s Visto emitido pelo Consulado de Cuba no Brasil. É fornecido pela coorde-

nação nacional da brigada.s Seguro saúde (também chamado assistência de viagem). Obrigatório. Mais

informes com sua agência de viagem.s Comprovante fornecido pela ANVISA de vacina contra a febre amarela. A

vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da viagem. Nas vacinações realizadas pelo SUS é fornecido apenas um comprovante válido apenas no Bra-sil. Com esse documento, obter o Certificado Internacional de vacinação – CIV no posto da ANVISA (vide site desse órgão). s Fotocópia da passagem e passaporte, por precaução. É também aconse-

lhável copiar, em um cartão a ser mantido à mão, o número do passaporte, sua data de expedição e validade, e o número do voo. Coloque seus documentos em uma bolsa ou envelope, não os deixe soltos na mochila ou na mala.s Fotos 3x4 para carteira de brigadista (será fornecida no CIJAM)s Dinheiro para pagamento da taxa de embarque no retorno (em torno de

40 CUCs)

Bagagems Não leve objetos cortantes ou frascos grandes na bagagem de mão.s Identifique suas malas com cartão. Usar cadeados. Também aconselhável

uso de fitas coloridas. Se possível, plastificar as malas antes do despacho.s O peso máximo permitido para bagagem a ser despachada é de 32 kg, e

de 10 kg para a bagagem de mão.s Procure evitar o uso de muitas malas, concentrando a bagagem em uma

mala ou mochila grande, ao invés de várias pequenas.

O que não deve faltar na bagagem s Toalha de banho.s Roupa de frio: abrigos leves para usar principalmente à noite em Cuba, e

um abrigo um pouco mais quente na bagagem de mão para quem vai via Cara-cas, devido ao ar condicionado do aeroporto local); e tambén de calor.s Roupa e sapatos/botas confortáveis e simples para usar nos trabalhos agrí-

colas voluntários. Recomenda-se, também, bonés ou chapéus.s Papel higiênico, sabonete, shampoo, protetor solar.s Lanterna (para não incomodar os companheiros de quarto).

Preparativos para a viagem

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s Barras de cereais, biscoitos e chocolates. Adoçante, chá ou café solúvel para quem faça uso.s Material para fazer anotações (cadernos, canetas, lápis).s Mochilas pequenas para saídas mais breves.s Roupa de banho para praia e/ou piscina.s Máquina fotográfica/carregador de bateria(110 v).s Remédios que costuma utilizar. Se for medicação controlada, é bom portar

autorização médica, se possível, em espanhol ou inglês.s Sabão para lavar roupas, escova para limpar calçados, prendedores de

roupa e cordão para varal.s Cartões de visita e presentes para os novos amigos.

O que levar para a Noite Sul-americanas Para a decoração da barraca brasileira: papel celofane/colorido, barbante,

fita crepe, balões (verdes, amarelos, azuis e brancos), outras peças com motivo Brasil.s Para comida típica: feijão preto, temperos, e outros necessários às comidas

típicas que se queira fazer na Noite Sul-americana. Não levar alimentos de ori-gem animal in natura. Pode levar carne seca em embalagem fechada à vácuo.s Para bebida típica: para caipirinha, cachaça.s Para apresentação cultural: CDs, DVDs, e outras mídias com música brasi-

leira. Violão, pandeiro e outros instrumentos musicais típicos do Brasil. Roupas típicas.

O que levar para doaçãoEm razão do bloqueio econômico, os cubanos carecem de muitos produtos,

e recebem de bom grado as doações feitas pelos brigadistas, que são verdadei-ros gestos de solidariedade.

As delegações estaduais podem combinar a compra dos produtos de forma organizada e coletiva, e pensar, também, na divisão do peso respectivo nas bagagens.

As doações devem ser entregues diretamente para a direção do CIJAM, ou por ocasião dos encontros com os Comitês de Defesa da Revolução – CDRs. Não é correto que essas doações sejam feitas individualmente para as pessoas, pois o governo tem um levantamento dos locais mais necessitados. Sugere-se levar:s Material escolar (lápis, caneta, borracha, folhas de papel, cadernos, pen-

drives)s Material de higiene (sabões, sabonetes, creme dental, xampu etc)s Outros: roupas, calçados, café, leite em pó, Lâminas de barbear, luvas de

trabalho, ferramentas como alicates, martelos)

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Informações úteis para estadiaDinheiro

Duas moedas circulam em Cuba: o peso cubano (moeda nacional), utilizado pelos nativos; e o peso conversível, CUC, que é usado pelos estrangeiros em geral.

Como o Real não é passível de câmbio em Cuba, os brigadistas deverão levar Dólares ou Euros para adquirir os CUCs de que ne-cessitarão, sendo preferível que o façam já na chegada ao aeroporto de Havana, onde existe um posto de venda (é bom lembrar que, na chegada ao CIJAM, de-verá ser pago pela participação na Brigada, em CUCs, sendo que lá não existe posto de câmbio).

Sendo possível, melhor levar Euros do que Dólares, pois estes sofrem taxa-ção não incidente sobre aqueles. Embora dependa de cotação diária, 1 Euro equivale a 1,20 CUCs, enquanto 1 Dólar equivale a 0,92 CUCs.

Além do Posto no Aeroporto de Havana, existem inúmeras casas de câmbio espalhadas pelas cidades cubanas (Cadecas), sendo, ainda possível, fazer câm-bio nos hotéis de maior porte.

Os cartões de crédito (menos os emitidos por bancos americanos) tem acei-tação, ainda que um tanto restrita, em restaurantes e “tiendas” (lojas), que os aceitam mediante cobrança de taxa administrativa. Vale lembrar que também há tributação extra no Brasil (IOF) pela utilização no exterior. É possível também fazer saques em CUCs nos caixas eletrônicos, embora estes não sejam muito difundidos. Por fim, antes de viajar, é necessário habilitar com antecedência o cartão para uso no exterior.

ComunicaçãoA ligação telefônica em Cuba é muito cara. O mais econômico é se comuni-

car por e-mail, através dos computadores que tem disponível no acampamento. Em alguns horários, no entanto, é preciso enfrentar uma fila. Cada brigadista pode utilizar o computador por meia hora.

Se a família quiser se comunicar com o brigadista, em caso de emergência ou outra eventualidade, é possível ligar para a central telefônica instalada no Cijam. O serviço de som avisa o brigadista quando houver uma ligação, portanto fique sempre atento aos informes da rádio. Números: 00 xx 53 4737-9232 e 4737-5412. Para ligar do Brasil para Cuba, disque o código internacional (00), código da operadora, código de Cuba (53), código da província e por último o número do telefone. Para chamadas locais não há necessidade de discar o código da província.

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Também é possível realizar ligações para o Brasil. As operadoras de celular no Brasil também têm planos caríssimos para deslocamento e ligações interna-cionais. Se preferir, entre em contato com sua operadora para habilitar ligação internacional. Troca de mensagens pode ser um opção mais barata.

Fora do acampamento, nas cidades, também é possível usar os telefones públicos. Nos últimos anos houve um aumento considerável no número de tele-fones públicos novos que fazem ligações internacionais sem ajuda da telefonis-ta. Cartões telefônicos magnéticos (tarjetas telefonicas) podem ser comprados nos hotéis, correios, tiendas e nos escritórios da ETECSA. Ainda há telefones de moedas que aceitam pesos. Para ligações locais, coloque uma moeda de 5 centavos ou uma de 20 centavos para falar alguns minutos.

TransportePor causa do bloqueio econômico, o transporte em Cuba é dificultoso. O que

não é muito diferente do Brasil. No entanto, os serviços de transporte público são de boa qualidade e praticamente de graça. São cobrados em peso cubanos. Funcionam todo o dia e de madrugada.

Para o transporte na região metropolitana de Havana, o uso das chamadas “maquinas” (carros antigos usados como táxi) pode sair mais barato, pois é cobrado em peso cubano. Ainda existem os “cocotaxis” e os táxis tradicionais. Esse último é pago em CUC.

Caminhar pela cidade e suas ruas e vielas é também uma excelente opção. As ruas são bem sinalizadas e é fácil de se localizar usando qualquer guia. O nome da rua (e às vezes o número da casa) pode ser acompanhado por e/ (en-tre) seguido dos nomes das duas ruas entre as quais fica o endereço procurado, ou por esq (esquina) quando o endereço está localizado na esquina de duas ruas.

Lazer e culturaHá diversos lugares para se conhecer em La Habana,

que é dividida em três principais regiões: Habana Vieja; Centro Habana e Prado; e Vedado e Plaza. s Habana Vieja: Museo del Ron, Museo José Martí, Bo-

deguita del Medio, Calle Obispo, Castillo de La Real Fuerza. s Centro Habana e Prado: Capitolio, Real Fabrica de

Tabacos La Corona, Avenida Carlos III, Parque de La Fra-ternidad, Paseo del Prado, Museo de La Revolución, Gran Teatro de La Habana e Museo Nacional de Bellas Artes.s Vedado e Plaza: Malecón, Casa de la Amistad, Universidad de La Habana,

Memorial José Martí, Plaza de La Revolución, sorveteria Coppelia e Tribuna Anti-imperialista José Martí.

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Nos anos 50, a dependência de Cuba com relação aos EUA era total. Cuba importava quase tudo, desde má-quinas até comida. Também as rique-zas do país (terras, minas e as poucas indústrias que haviam) pertenciam aos EUA. Em 1952, Fulgêncio Batista tor-nou-se ditador, protegendo negociatas corruptas dos oficiais do Exército, das poucas famílias ricas e dos capitalistas estrangeiros, enquanto ao povo resta-vam os baixos salários, o desempre-go (quase dois terços da população), fome, doenças etc. Dominando o país, a máfia e os cabarés fizeram a ilha se tornar conhecida como o “prostíbulo do Caribe”. Aos protestos de oposito-res, Batista respondia com tortura e assassinatos.

Um desses opositores, um jovem advogado chamado Fidel Castro, lide-rou uma inssurreição que tentou tomar de assalto o quartel de Moncada. O ataque fracassou e Fidel acabou pre-so. Solto meses depois, foi para o Mé-xico onde passou a se organizar polí-tica e militarmente para iniciar a luta armada contra a ditadura. Dirigindo-se a Cuba em um iate (o Granma) o desembarque dos rebeldes foi um desastre militar. Houve luta logo na chegada, e dos 82

combatentes iniciais apenas catorze conseguiram escapar, escondendo-se nas florestas da Sierra Maestra. Do alto da serra, com uma minestação de rádio, passaram a pregar a luta contra o regime. Através de ataques surpresa a guarnições do exército, e com o apoio crescente do povo, o gru-po dos 14 logo cresceu enormemente em número e em força militar e políti-ca. Apesar da superioridade militar, o Exército de Batista fracassou em des-truir a guerrilha, e a seguir os rebeldes

desceram a Sier-ra Maestra e se espalharam pelo país numa cam-panha fulminante contra o antigo regime, que se deteriorou rapida-mente. Em 1º de janeiro de 1959, diante da fuga de

A Revolução

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Batista, os “barbudos” (liderados por Fidel, Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Raul Castro, irmão de Fidel) toma-ram Havana: era o início da revolução que mudaria para sempre a História de Cuba e da América Latina.

MudançasEm pouco tempo o novo governo

adotou medidas que transformariam radicalmente o país: varreu doenças que atingiam os pobres atacando-as nas suas causas; erradicou o analfa-betismo; fez a reforma agrária; nacio-nalizou as grandes companhias esta-dunidenses; e iniciou um programa habitacional que em poucos anos tor-nou Cuba o único país sem favelas na América Latina. As medidas da Revo-lução desafiaram os interesses do im-perialismo estadunidense, que passou a combater o novo governo, inclusive atacando a ilha na invasão de Playa Girón (1961). Os EUA nunca pararam de tentar interferir no país, indo desde a imposição de um bloqueio, das ten-tativas de assassinato de Fidel (foram mais de 600) e até mesmo a ataques bacteriológicos.

Parte em resposta a essas agres-sões, e com a ajuda da União Soviéti-ca, Cuba optou de vez pelo socialismo.

Embora passando a diversificar mais a produção agrícola, o país continuou priorizando a produção açucareira, dessa vez porém não para enriquecer uma minoria, mas sim para financiar um tímido processo de industrialização e sustentar o consumo de um povo in-teiro que saíra da miséria.

Período especialNos anos 90, porém, Cuba en-

traria num processo de dificuldades conhecido como “período especial”. Com o súbito desaparecimento da comunidade socialista e o reforço do bloqueio, Cuba quase paralisou. Fá-bricas fecharam, o poder aquisitivo do salário mínimo reduziu 20 vezes e a escassez se multiplicou. Embora a situação atual tenha melhorado, ainda hoje os efeitos dessa crise se fazem sentir. Mas mesmo com o blo-queio e com as deficiências da sua economia, as conquistas sociais da Revolução foram mantidas. Os alu-guéis são baixíssimos, o transporte público quase gratuito, o desemprego é quase zero, a assistência médica e a educação são inteiramente gratui-tas e realmente acessíveis a todos.

Por meio de um cartão de raciona-mento (libreta), o governo garante o mínimo necessário de bens de consu-mo a todos os cubanos. A expectativa de vida é de 78 anos (maior que do Brasil), a mortalidade infantil é uma das menores do mundo (menor até do que a dos EUA) e o país é referência mundial em agricultura ecológica e em proteção do meio ambiente.

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O criminoso bloqueio econômicoHá mais de 50 anos, Cuba é vítima

de um bloqueio econômico, comer-cial e financeiro imposto pelos Estados Unidos. É a maior expressão de uma política cruel e desumana, carente de legalidade e legitimidade e deliberada-mente desenhada para provocar fome, doenças e desesperação na população cubana. Nada mudou nos dez governos norte-americanos sucessivos, a não ser o recrudescimento desta política. Tam-pouco mudou com atual governo Barack Obama, eleito com expectativa de mu-dança. O bloqueio não interfere apenas nas relações entre Cuba e EUA, mas na relação com a maior parte dos países. É uma ingerência transnacional.

A Lei Helms-Burton, por exemplo, foi aprovada pelo presidente Clinton em março de 1996 e busca desesti-mular o investimento estrangeiro e in-ternacionalizar o bloqueio a Cuba. A lei

codificou as disposições do bloqueio, limitou as prerrogativas do presidente para suspender esta política e ainda ampliou o seu alcance extraterritorial.

Esse bloqueio é rejeitado pela gran-de maioria da comunidade internacio-nal, incluindo chefes de Estado e as populações de todo os países. Em vo-tação na Assembleia Geral das Orga-nizações das Nações Unidas (ONU), o bloqueio foi rejeitado por 185 países e apoiado apenas com três votos, entre eles, o próprio EUA e Israel.

É imprescindível que esse bloqueio seja extinto imediatamente, para o bem da economia cubana e melhoria do bem-estar e da saúde da popula-ção. Todo um povo está sendo alija-do de fazer comércio e trocas com o mundo porque escolheu a soberania e autodeterminação em seguir seu pró-prio caminho rumo ao socialismo.

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Há mais de 14 anos, cinco cuba-nos foram presos nos Estados Unidos, por terem monitorado e informado das ações de grupos terroristas, que já haviam atentado e planejavam novos ataques contra Cuba.

Após um processo judicial absurdo, Gerardo Hernández, René González, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González, foram condenados a penas que variaram de 15 anos de prisão à duas prisões perpetuas para a mesma pessoa (!).

As injustiças não pararam com o jul-gamento. Na prisão, os Cinco Heróis, como são conhecidos mundo afora, foram considerados de máxima peri-culosidade, sendo que permaneceram já longos períodos em solitária; vistos foram negados aos parentes cubanos, impedindo-os de entrar nos EUA e vi-sitar os presos; quando conseguiram,

o acesso foi completamente limita-do; entre outros fatos. Embora isso, os Cinco se mantiveram fiéis ao povo cubano e a sua Revolução.

Todos os meios legais (recursos, apelações, etc) foram tentados sem sucesso. Somente René González, recentemente, foi colocado em livra-mento condicional, contudo, impedi-do de retornar a Cuba. E, para piorar, correndo risco de ser assassinado pela máfia cubana que age livremente nos Estados Unidos.

Hoje, basicamente, apenas o pre-sidente estadunidense tem a possi-bilidade de libertá-los. Por isso , não se trata de uma questão jurídica, mas de caráter político, fazendo com que cada ação, de cada pessoa, em qual-quer lugar do mundo, importe para pressionar os EUA a acabar com esta injustiça.

Os “Cinco Heróis” cubanos

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Programação da 20ª BrigadaDomingo 20/01Opcionais da AMISTUR

Segunda-feira 21/01 9h: Oferenda floral ao busto de Julio Antonio Mella9h30: Atividade oficial de boas vindas12h-13h30: Almoço no CIJAM14h: Conferência sobre o 160º aniversário de José MartíPlantio de árvores no bosque martiano16h30: Reunião por países e do Comitê Coordenador20h30: Noite Cuba

Terça-feira 22/01 5h45-6h45: Café da manhã7h30: Trabalhos agrícolas12h: Almoço no CIJAM14h30: Conferência sobre o Blo-queio contra Cuba e atualização do modelo econômico cubano18h30: Jantar no CIJAMNoite: Encontro setorial CTC (inclui grupo de trabalhadores autônomos de Artemisa), FEU, UJC e ACRC

Quarta-feira 23/01 5h30-6h45: Café da manhã6h30: Saída para o Complexo

Escultórico Che Guevara de Santa Clara11h: Visita ao Complexo Es-cultórico do Che e ao Trem Blindado13h: Almoço em Santa Clara15h: Regresso ao CIJAM20h: Jantar no CIJAMNoite: Livre e descanso

Quinta-feira 24/01 5h30-6h30: Café da manhã7h30: Trabalhos agrícolas12h: Almoço no CIJAM14h: Conferêcia sobre campan-has midiáticas e redes sociais18h30: Jantar no CIJAM20h30: Apresentação projeto cultural comunitário de Caimito no CIJAM

Sexta-feira 25/01 5h30-6h30: Café da manhã7h30: Trabalhos agrícolas12h: Almoço no CIJAM14h: Saída e visita ao Memorial José Martí17h30: Apresentação Obra na sede da Colmenita19h30: Saída Casa da Amizade20h: Jantar e atividade cultural na Casa da Amizade23h30: Regresso ao CIJAM

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20ª Brigada Sul-americana de Solidariedade a Cuba - 2013 23

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Sábado 26/01 5h30-6h30: Café da manhã7h30: Trabalhos agrícolas12h: Almoço no CIJAM15h: Visita ao Maosoléu de Ar-temisa e encontro com dirigen-tes do Governo e do Partido18h30: Jantar no CIJAM21h: Apresentação de filme cubano “El ojo del canario”

Domingo 27/01 5h30-6h30: Café da manhã7h30: Trabalhos agrícolas e atividade final de produção12h: Almoço no CIJAMTarde: Descanso e encontros esportivos18h: Jantar no CIJAM19h30: Saída para a Universi-dade de Havana21h: Marcha das tochas (que será a primeira atividade do evento martiano)

Segunda-feira 28/01 Todo o dia: EventoTarde: alojamento no hotel de La Habana

Terça-feira 29/01 Todo o dia: Evento

Quarta-feira 30/01 Todo o dia: Evento

Tarde: Evento encerramento

Quinta-feira 31/01 Manhã: livre no hotel da cidade. Entrega de dormitórios e al-moçoTarde: Saída do hotel para CI-JAMNoite: Jantar no CIJAM e prepa-ração noite Sul-americanaReunião final do comitê co-ordenador

Sexta-feira 01/02 7h: Café da manhã9h-12h: Projeção do documen-tário “Obama Gime me Five”. Encontro com familiares dos Cinco Heróis e atividade finalde Solidariedade no CIJAM12h: Almoço no CIJAMTarde: Preparação Noite Sul-americana20h: Noite Sul-americana

Sábado 02/02 7h: Café da manhã no CIJAMOpções da AmisturNoite: atividade final de des-pedida com talentos artíticos locais

Domingo 03/02 Regresso das delegações a seus países

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ExpedienteMaterial produzido coletivamente pela Coordenação Nacional da Brigada e Associação Cultural José Martí de Santa Catarina (ACJM_SC)Blog: Solidários - convencao2009.blogspot.comEmail: [email protected]: (48) 3025-2991 e 9946-9441

Dos patrias

José Martí

Dos patrias tengo yo: Cuba y la noche. ¿O son una las dos? No bien retira su majestad el sol, con largos velos y un clavel en la mano, silenciosa Cuba cual viuda triste me aparece. ¡Yo sé cuál es ese clavel sangriento

que en la mano le tiembla! Está vacío mi pecho, destrozado está y vacío

en donde estaba el corazón. Ya es hora de empezar a morir. La noche es buena

para decir adiós. La luz estorba y la palabra humana. El universo

habla mejor que el hombre. Cual bandera

que invita a batallar, la llama roja de la vela flamea. Las ventanas

abro, ya estrecho en mí. Muda, rompiendo las hojas del clavel, como una nube

que enturbia el cielo, Cuba, viuda, pasa...