cartas de susceptibilidade À erosÃo e cartas de fragilidade ambiental em ambientes urbanos

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: CARTAS DE SUSCEPTIBILIDADE À EROSÃO E CARTAS DE FRAGILIDADE AMBIENTAL EM AMBIENTES URBANOS RODRIGO CUSTÓDIO URBAN PROF DR ANNA SILVIA PALCHECO PEIXOTO DISCIPLINA: GEOTECNIA AMBIENTAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL - UNESP Sorocaba 2009

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A utilização de elementos cartográficos como cartas de susceptibilidade à erosãoe de fragilidade ambiental são importantes instrumentos para o planejamentourbano, como uma informação preliminar das áreas potencialmente ocupadas.

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  • REVISO BIBLIOGRFICA:

    CARTAS DE SUSCEPTIBILIDADE EROSO E CARTAS DE FRAGILIDADE AMBIENTAL EM AMBIENTES URBANOS

    RODRIGO CUSTDIO URBAN

    PROF DR ANNA SILVIA PALCHECO PEIXOTO

    DISCIPLINA: GEOTECNIA AMBIENTAL

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL - UNESP

    Sorocaba 2009

  • 1. INTRODUO .......................................................................................................... 2 2. REVISO BIBLIOGRFICA .................................................................................. 3

    2.1 EROSO ................................................................................................................... 3

    2.1.1 Conceitos Fundamentais ................................................................................. 3 2.1.2 Fatores............................................................................................................. 4

    2.1.2.1 Precipitao ................................................................................................. 4

    2.1.2.2 Relevo ........................................................................................................... 5 2.1.2.3 Solos ............................................................................................................. 6 2.1.2.4 Cobertura Vegetal ........................................................................................ 6 2.1.2.5 Ao Humana ............................................................................................... 6 2.1.2 Tipos de eroso................................................................................................ 7

    2.2 CARTA DE SUSCEPTIBILIDADE EROSO ................................................................. 8 2.2.1 Mapeamento geotcnico conceitos e princpios........................................... 8

    2.2.2 Metodologias de confeco ............................................................................. 9 2.2.3 Exemplos de utilizao .................................................................................. 10

    2.3 CARTA DE FRAGILIDADE AMBIENTAL ................................................................... 12 2.3.1 Metodologias de confeco das cartas de fragilidade ambiental ................. 13 2.3.2 Utilizao da metodologia de fragilidade ambiental .................................... 14

    3. CONSIDERAES FINAIS................................................................................... 15 4. REFERNCIAS ....................................................................................................... 16

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    1. Introduo

    O intenso crescimento das cidades, principalmente dos pases considerados em desenvolvimento acentua diversos problemas ambientais caractersticos destes espaos geogrficos. Questes de disponibilidade hdrica, poluio do ar, enchentes, ilhas de calor, disposio de resduos slidos, deslizamentos de encostas, etc. O crescimento exagerado acaba levando ocupao de reas imprprias para construo, pelas pessoas que acabam sendo marginalizadas do desenvolvimento e tem poucos recursos para moradia.

    O mesmo motivo causa uma grande especulao imobiliria que fora a ocupao, mesmo que legal, de reas sem verificao prvia das condies fsicas do solo.

    Essa ocupao desordenada do solo acaba acentuando e acelerando um fenmeno natural, a eroso. Em determinados casos a eroso acaba comprometendo completamente residncias e obras de infra-estrutura, prejudicando seu uso e causando diversos transtornos populao. (PLANURB, 1997)

    A recuperao dessas reas, consideradas degradadas, exige a utilizao de tcnicas dispendiosas e muitas vezes inacessveis a grande parte dos municpios, levando em considerao os tipos de problema e de solo. (MAURO, 2001)

    Mauro (2001) tambm cita que os problemas com eroso no so restritos a algumas cidades, mas sim so difusos em todo o territrio brasileiro, comprometendo a qualidade de vida dos cidados e causando prejuzos ambientais, sociais e econmicos.

    Diante dessas questes fica evidente que um trabalho de preveno seria bem menos dispendioso que as medidas remediadoras necessrias aps os problemas estruturais causados pelos processos erosivos. Assim uma avaliao da paisagem e de seu grau de fragilidade uma ao que pode ter bons resultados. A avaliao realizada de forma integrada, entre elementos do meio fsico e social pode contribuir para reduo de danos ambientais como o surgimento de feies erosivas. Dessa forma torna-se importante, tambm, verificar como o sistema urbano, e em urbanizao, se adapta s novas condies criadas pelo homem. (SALA, 2005) A utilizao de elementos cartogrficos como cartas de susceptibilidade eroso e de fragilidade ambiental ento se tornam importantes instrumentos do planejamento urbano, como uma informao preliminar das reas potencialmente ocupadas.

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    2. Reviso Bibliogrfica 2.1 Eroso

    2.1.1 Conceitos Fundamentais

    Com o passar do tempo diversas definies do conceito de eroso foram idealizadas por muitos autores. Entretanto uma verificao mais detalhada indica que todas elas partem do mesmo princpio, o transporte de partculas provenientes do solo.

    Ellison (1947) apud Silveira (2002) define eroso como a ao de agentes erosivos resultando em desagregao e transporte de materiais do solo.

    Leiz (1963) apud Silveira (2002) conceitua a eroso como a ao combinada de todos os processos terrestres de degradao, como ao mecnica e qumica da gua, gelo, vento, etc.

    Bertoni e Lombardi (1999) definem a eroso como o processo de desprendimento e arraste acelerado das partculas do solo e pelo vento.

    Osaki (1994) acrescenta a ocupao antrpica do solo como um fator determinante de eroso s aes de chuva e vento.

    A definio de Guerra e Guerra (1997) difere das anteriores pela utilizao de termos provenientes de estudos geolgicos. Para os autores eroso a destruio das reentrncias e salincias do relevo, tendendo a um nivelamento ou colmatagem, no caso de enseadas baias e depresses. E para toda fase de eroso (gliptognese) correspondente simultaneamente uma fase de sedimentao (litognese).

    Segundo Lima (1999) a eroso pode ser definida como o desgaste da superfcie terrestre, caracterizado por processos de desagregao, transporte, e sedimentao das partculas atravs de agentes erosivos como a gua, gelo e o vento, alm de agentes fsicos, qumicos e biolgicos.

    O processo conjunto de eroso e sedimentao pode ser considerado como um processo equilibrado de dinmica ambiental e de formao do relevo, podendo assim a eroso ser considerada como natural. Entretanto o referido equilbrio pode ser rompido com uma intensificao da eroso, quando, ento, considerada eroso acelerada. Essa acelerao do processo no permite a regenerao do solo erodido, causando diversos problemas. A fonte de acelerao normalmente ao antrpica. (MAURO, 2001)

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    O principal fator erosivo em regies tropicais ou subtropicais midas, como caractersticas da maior parte do Brasil, pode ser considerada a ao das chuvas. (GALETI, 1984).

    Ainda levando em considerao a importncia da ao da chuva na alterao do relevo e transporte do solo Tomazini (2002) afirma que: as gotas de chuvas, caindo na superfcie do solo, desagregam as partculas do mesmo, removendo-as. Esse processo mais intenso quanto menor a cobertura vegetal, maior a intensidade da chuva, maior o grau de declive e maior for susceptibilidade do solo eroso. A partir da afirmao anterior possvel observar os principais fatores associados aos processos erosivos. Assim como a definio de eroso tambm possvel perceber que os fatores levantados por diversos autores apresentam mnimas diferenas. Bertoni e Lombardi (1999) indicam que os processos erosivos so decorrentes dos seguintes fatores: declividade, pluviosidade, comprimento da encosta, capacidade da absoro da gua pelo solo, resistncia do solo eroso e a densidade da cobertura vegeta.

    De acordo com Hudson (1977) apud Cogo et al (2003) o processo de eroso hdrica do solo pela gua da chuva conseqncia da pluviosidade, solo, topografia, cobertura, manejo e prticas conservacionistas de suporte. Segundo Mauro (2001) os principais fatores que comandam processos erosivos podem se dividir em dois tipos, naturais e antrpicos. Os da primeira categoria seriam: a chuva, cobertura vegetal, o relevo e os tipos de solo. J aqueles provenientes de ao humana so mais diversificados, mas possvel dar o exemplo de loteamentos e pavimentao asfltica realizados sem os devidos critrios tcnicos.

    2.1.2 Fatores

    Os fatores causadores de eroso que sero descritos a seguir foram selecionados pela sua quase unanimidade na bibliografia consultada. O clima (melhor representado pela ao das chuvas), o relevo, os solos, a cobertura vegetal e a ao humana.

    2.1.2.1 Precipitao

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    Apesar de sua evidente importncia a idia do impacto das gotas da chuva sobre um terreno descoberto resultando em desprendimento das partculas razoavelmente recente, no tendo mais que 50 anos. (BERTONI; LOMBARDI, 1999) Na Equao Universal de Perdas do Solo (USLE) o fator clima representado pela erosividade da chuva, que fundamental apesar de ser um dado de difcil obteno por necessitar de levantamento de uma srie de variveis relacionadas s caractersticas fsicas da precipitao. (SILVEIRA, 2002) Os efeitos da chuva podem ser representados por trs aes, desprendimento de partculas por ao do impacto das gotas, o mesmo acontecendo por conta de tenses de atrito do escoamento superficial e o transporte de partculas por escoamento superficial. (RIGHETTO, 1998) Tambm importante ressaltar a importncia dos fatores volume, durao, intensidade e freqncia das chuvas. O volume dependente dos outros fatores. Quanto maior o tempo de chuva maiores quantidades de partculas sero desprendidads e carreadas. O mesmo acontecendo em relao intensidade. J a freqncia influencia do seguinte modo: se o intervalo entre chuvas for pequeno o teor de umidade do solo ser alto, a infiltrao reduzida e as enxurradas sero mais robustas. (BERTONI; LOMBARDI, 1999)

    2.1.2.2 Relevo

    Quanto maior o declive e comprimento da encosta, maiores sero a velocidade de escoamento e volume de gua escoada, o que resulta em uma maior quantidade de material erodido. (SILVEIRA, 2002). Pode-se verificar tambm que maiores velocidades de escoamento superficial esto associados a terrenos acidentados, enquanto maiores concentraes de fluxo esto relacionados a encostas mais longas com formas tendendo a convexas. (MAURO, 2001). A inclinao de terrenos medida por meio da declividade das encostas que obtida por meio de cartas de declividade normalmente produzidas a partir de uma base cartogrfica existente. (MAURO, 2001)

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    2.1.2.3 Solos

    Quando se trata do fator solo em relao eroso costuma-se utilizar o termo erodibilidade. A erodibilidade a maior ou menor possibilidade que um solo tem de sofrer eroso em relao outro tipo de solo, mesmo que a cobertura vegetal, declividade e precipitao sejam parecidas. (OSAKI, 1994) Ou seja, caractersticas intrnsecas das partculas do solo interferem na sua maior ou menor propenso eroso. (SILVEIRA, 2002) Pode-se apontar algumas caractersticas fsicas do solo como influenciantes dos processos erosivos, como textura do solo, estrutura do solo, quantidade de matria orgnica, porosidade e permeabilidade hdrica. (SILVA et al, 2007)

    2.1.2.4 Cobertura Vegetal

    A cobertura vegetal um importante fator limitante de eroso. Uma vez presente contribui para a no desagregao ou uma desagregao mais lenta do solo. Entretanto, quando essa cobertura retirada, principalmente em locais acidentados, as enxurradas escorrem de forma mais rpida (no existe barreira fsica), aumentando o volume e consequentemente a eroso acelerada. (BERTONI; LOMBARDI, 1999)

    Dessa forma a retirada de vegetao em reas urbanas, sem a devida proteo do solo por meio de obras de drenagem superficial, um dos principais desencadeadores dos processos erosivos desses locais. (SILVEIRA, 2002)

    2.1.2.5 Ao Humana

    Como apontado anteriormente as principais fontes de desequilbrio da dinmica eroso/sedimentao so as atividades antrpicas modificadoras do meio. Essas mudanas so sentidas em todos os locais com ao humana. Entretanto pretende-se focar mais nos processos urbanos de eroso pelo teor da pesquisa. O principal fator de induo de processo erosivos nas cidades a deficincia ou total falta de planejamento das aes urbanas. (SILVEIRA, 2002) Segundo o IPT (1989) e Bittar et al (1999) as principais causas que podem ser apontadas para a acentuao da eroso urbana so: "O traado inadequado dos sistemas virio, que so em alguns casos agravados pela ausncia de pavimentao, guias e sarjetas;

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    "A precariedade do sistema de drenagem de guas pluviais e servidas; "Uma expanso urbana rpida e descontrolada, que geralmente d origem

    implantao de loteamentos, comodatos e conjuntos habitacionais em locais imprprios, levando-se em considerao a geotecnia da cidade. Ainda em relao aos novos loteamentos provenientes da expanso urbana, Lorandi et al, 2001 indica que a ocupao adequada deve levar em considerao a declividade do terreno, o sistema natural de drenagem, as condies naturais de estabilidade dos taludes naturais. A intensidade dos processos erosivos depender da adoo desses cuidados.

    2.1.2 Tipos de eroso

    Em termos gerais possvel dividir as eroses em superficiais e subterrneas. As eroses superficiais podem se dividir em eroso laminar e eroso linear. (SILVEIRA, 2002) A eroso laminar pode ser considerada o primeiro estgio da eroso, podendo evoluir posteriormente para a eroso linear. Ela consiste em uma remoo

    razoavelmente uniforme de camadas finas do solo. Funciona como se a enxurrada lavasse a superfcie como uma lmina no sentido da declividade, fazendo com que seja uma eroso pouco perceptvel. (LIMA, 1999) J a eroso linear, segundo Mortari (1994) in tese carta eroso campo grande, ocorre quando as enxurradas formadas se concentram em determinados locais formando sulcos, posteriormente ravinas e por fim canais mais profundos, as voorocas. Algumas definies encontradas na literatura indicam que voorocas seriam ravinamentos que atingiram o lenol fretico, dessa forma poderiam existir ravinas maiores que algumas voorocas. Entretanto esse conceito no um consenso, e a

    definio de vooroca como uma evoluo em tamanho e profundidade da ravina mais utilizado. (SILVEIRA, 2002) As eroses subterrneas, que tambm podem ser denominadas eroses profundas ou piping ocorrem quando o arraste de partculas a partir das paredes e dos fundos das eroses formam canais em formato de tubos. (SILVEIRA, 2002)

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    2.2 Carta de susceptibilidade eroso

    2.2.1 Mapeamento geotcnico conceitos e princpios

    Sendo a carta de susceptibilidade eroso considerada uma forma de mapeamento geotcnico inerente que se conceitue e defina esse tipo de mapeamento.

    Zuquette (1987) define mapeamento geotcnico como um processo de componentes do meio fsico que tem como objetivo bsico avaliar, levantar e analisar os atributos que compem o meio fsico, sejam eles geolgicos, hidrogeolgicos ou outros. O mesmo autor ainda define a diferena entre mapa geotcnico e carta geotcnica. Enquanto o primeiro uma representao dos atributos, a carta geotcnica representa os resultados e interpretao dos atributos que esto em um mapa.

    A carta geotcnica tambm pode ser definida como uma representao prtica do conhecimento geolgico aplicado gesto de problemas causados pelo uso do solo. Este produto permite ao usurio prever as interaes entre ocupao e meio fsico, alm de orientar medidas preventivas e corretivas para reduzir riscos de mau uso do solo. (BITAR et al, 1992)

    Entretanto, ainda que indiscutvel sua utilidade a literatura especializada indica alguns princpios que devem reger o mapeamento geotcnico.

    Entre eles pode-se destacar aqueles apresentados por Thomas (1970) apud Silveira (2002):

    - Considerar o mapa geotcnico um documento temporrio, sujeito a receber novas informaes;

    - O mapa geotcnico nunca substituir um reconhecimento local, devendo ser encarado como um auxiliar para a escolha adequada de um local de reconhecimento.

    Tambm aqueles apontados pela IAEG (1976) apud Silveira (2002): - Apresentao de informaes de modo que seja entendida por outros

    profissionais;

    - Facilitar o prognstico das mudanas no ambiente geotcnico. E finalizando com os princpios apontados por Zuquette (1987,1993) - O mapeador, tendo em vista que o mapa geotcnico no substitui a

    investigao, deve sempre se reportar aos materiais superficiais, verificando se os dados so pontuais e as extrapolaes vlidas e avaliar quais sero os usurios e os limites de utilizao, bem como a preciso dos resultados;

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    - Deve-se observar as seguintes situaes bsicas: se o trabalho ser realizado para um tipo de usurio especfico, visando atender situaes particulares ou ser para vrios usurios e quando cada usurio selecionar os atributos que desejar;

    - Da escolha anterior, existe a exigncia de realizar uma anlise criteriosa dos atributos a serem mapeados quanto validade, ao limite de investigao e a preciso dos dados nos intervalos estipulados.

    2.2.2 Metodologias de confeco

    Basicamente as propostas metodolgicas para a confeco de cartas de susceptibilidade eroso podem seguir trs fases. Na primeira fase realiza-se a definio e esquematizao do problema a ser investigado e definio dos atributos que devem ser analisados. A segunda fase consiste no parcelamento da rea em unidades em funo de propriedades e relaes dos atributos previamente selecionados. A terceira fase consiste na finalizao do processo atravs da comprovao da solidez das unidades definidas a partir de mtodos experimentais. (SILVEIRA, 2002)

    A definio das referidas unidades esto relacionadas a trs principais procedimentos. A sobreposio de mapas e cartas que representam a variao do meio fsico em relao aos atributos. A hierarquizao dos fatores e atributos. E tambm a combinao de mtodos, que seria simplesmente a utilizao dos outros dois mtodos mencionados. (SILVEIRA, 2002)

    Entre os mapas fundamentais e opcionais que so produzidos segundo a metodologia definida esto Mapa Topogrfico; Mapas Geolgicos (Substrato Rochoso e Materiais Inconsolidados); Mapa de guas (superficiais e subsuperficiais); Mapa Pedolgico; Mapa Geofsico; Mapa Geomorfolgico; Mapa Climtico; Mapa de Ocupao Atual ou Prevista. (ZUQUETTE, 1993b)

    As cartas analticas, de prognsticos ou conclusivas produzidas a partir dos mapas fundamentais normalmente so denominadas cartas de aptido, susceptibilidade ou vulnerabilidade. (SILVEIRA, 2002) Apesar de ser utilizado desde o incio do sculo o mapeamento geotcnico ganhou mais destaque a partir das dcadas de 60 e 70, devido ao aumento das cidades e dos setores de produo. Entre as principais metodologias internacionais mais abrangentes pode-se citar SANEJOAUND (1972); MATHEWSON; FONT (1973); IAEG (1976); PUCE (1975) apud Mauro (2001).

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    A maior parte dos trabalhos desenvolvido no Brasil eram baseados nos modelos europeus ou norte-americanos. Entretanto os estudos de Zuquette (1987) so considerados um marco na cartografia geotcnica no Brasil, pois consistem em uma metodologia que procurou se adequar as condies socioeconmicas do Brasil. (RODRIGUES et al, 2005) Considerando o Brasil, as metodologias destacadas de mapeamento geotcnico podem ser consideradas, obviamente a de Zuquette (1987), alm de Maciel Filho (1994); Gasparetto (1987); Coutinho et al (1990); Brollo et al (1995). Estas metodologias so pormenorizadas em trabalhos de Pejon (1992); Souza (1996); Fontes (1998) e Lima (2000).

    2.2.3 Exemplos de utilizao

    Com destaque para a utilizao da metodologia de Zuquette (1987) vrios trabalhos de elaborao de cartas de susceptibilidade eroso foram desenvolvidos ao longo dos anos. Aqui procura-se apresentar alguns dos mais recentes e apresentar algumas novidades metodolgicas. A metodologia de Zuquette (1987) tem como destaque a utilizao do conceito de Landforms. Essa tcnica de avaliao do terreno permite a variao de nvel de heterogeneidade, classificao dos atributos e generalizao das informaes com a variao da escala de trabalho e orienta quanto coleta de amostra para anlise laboratorial, limitando esse nmero ao estritamente necessrio. As referidas possibilidades favorecem a diminuio do custo final e uma possibilidade maior para a realizao dos estudos. (GARCIA, 2004)

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    Ilustrao 1- Aplicao da tcnica de avaliao do terreno modificada de Cooke; Doornkamp (1990) apud Mauro (2001)

    As tcnicas de geoprocessamento e SIG esto cada vez mais presentes nos estudos. A popularizao das tcnicas computacionais e a facilidade cada vez maior na utilizao dos softwares especficos tornam as ferramentas de geoprocessamento fundamentais na confeco de mapas e cartas, acelerando o servio e auxiliando na interpretao dos resultados. Os trabalhos de Faria et al (2003), e de Ribeiro; Alves (2008) eroso campos geoprocessamento so bons exemplos da utilizao das tcnicas modernas. Nestes trabalhos a utilizao de pesos para cada atributo utilizado teve seus clculos facilitados pelos diferentes softwares.

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    2.3 Carta de Fragilidade Ambiental

    Danos erosivos relacionados com prticas agrcolas e ao aumento de construes civis nas cidades so problemas comuns e crescentes. Dessa forma se faz necessria uma avaliao da paisagem e seu grau de fragilidade. Essa avaliao deve ser realizada integrando elementos do meio fsico e social, ou seja importante estudar o sistema como um todo. (SALA, 2005) 2 caracteristicas fsicas da area O primeiro a aplicar a teoria geral dos sistemas na geomorfologia foi Strahler (1950). Posteriormente estudos de Chorley (1964) e Chorley; Kenedy (1971) aprofundaram os conceitos de sistemas, definindo-os como um arranjo de atributos compostos por variveis que exibem correlaes operando como um todo complexo. Se utilizando da teoria sistmica Tricart (1977) elaborou o conceito de Unidade Ecodinmica. Esse conceito parte do pressuposto que as trocas de energia e matria na natureza se processam atravs de relaes de equilbrio dinmico. Entretanto esse equilbrio frequentemente alterado pelas intervenes humanas, gerando estados de desequilbrio temporrios ou permanentes. (Kawakubo et al, 2005) Ainda segundo Tricart (1977) a caracterizao ecodinmica do meio pode se dividir em meios estveis (naturais), instveis (com ao antrpica) e intergrades (transio de estabilidade). Dessa forma possvel estudar a fragilidade de um determinado local por dois aspectos, a potencial e a emergente (aps a ao humana). Utilizando e adaptando a conceituao de Tricart (1977) so propostas duas metodologias para confeco de cartas de fragilidade ambiental por Ross (1994) e uma metodologia por Crepani et al (1996). A fragilidade ambiental pode ento ser considerada como a vulnerabilidade natural ou associada aos graus de proteo exercidos pelos diferentes tipos de uso e ocupao do solo e cobertura vegetal. (Kawakubo et al, 2005) Os modelos de fragilidade ambiental apresentados so variaes do modelo de Vulnerabilidade Natural Eroso, de acordo com Crepani et al. (1996) e podem ser utilizados para prever e orientar o planejamento ambiental. Segundo Sprl e Ross (2004), a principal contribuio de modelos de fragilidade ambiental proporcionar agilidade no processo de tomada de decises, evitando problemas de ocupao desordenada.

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    2.3.1 Metodologias de confeco das cartas de fragilidade ambiental

    Como dito anteriormente existem trs metodologias base mais utilizadas no Brasil em se tratando da confeco de cartas de fragilidade ambiental. Duas propostas por Ross (1994) e uma por Crepani (1996) O Modelo de Fragilidade Potencial Natural com Apoio nos ndices de Dissecao do Relevo (ROSS, 1994) considera que as unidades de fragilidade dos ambientes naturais devem ser resultantes da combinao dos ndices de dissecao do relevo (ROSS, 1992), classes de solos, cobertura vegetal e pluviosidade (aplicada na Equao Universal de Perda de Solo E.U.P.S.).

    J o Modelo de Fragilidade Potencial com Apoio nas Classes de Declividade (ROSS, 1994) considera, assim como o primeiro, classes de solos, cobertura vegetal e pluviosidade (aplicada na Equao Universal de Perda de Solo E.U.P.S.), substituindo os ndices de dissecao do relevo pelas classes de declividade. Entretanto Kawakubo et al (2005) aponta que as etapas intermedirias da confeco das cartas de fragilidade so os mapas de declividade (ou padres de forma do relevo dependendo da metodologia), de solo e de uso e cobertura vegetal. Os mapas com informaes geolgicas e climticas so considerados informaes adicionais, podendo, ou no, serem incorporados na anlise sntese. Diante dos diferentes estados de equilbrio que o ambiente est submetido, a hierarquia elaborada por Ross (1994) para definir a fragilidade representada por cdigos: muito fraca (1), fraca (2), mdia (3), forte (4) e muito forte (5). Estas categorias expressam especialmente a fragilidade do ambiente em relao aos processos ocasionados pelo escoamento superficial difuso e concentrado das guas pluviais. Sendo um documento de sntese a carta de fragilidade ambiental proveniente da superposio dos mapas intermedirios. Por sua vez, o Modelo de Fragilidade Potencial Natural com Apoio em Unidades Territoriais Bsicas (Crepani et al., 1996) considera a estrutura geolgica, as classes de solos, a geomorfologia e a cobertura vegetal. Floriani (2003) props alteraes na metodologia de Ross (1994) atravs da anlise de mltiplos critrios com base na concluso de que nem sempre uma interveno no meio sinnimo de degradao ambiental, desde que a tecnologia empregada seja adequada ao ecossistema existente.

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    2.3.2 Utilizao da metodologia de fragilidade ambiental

    As metodologias propostas por Ross (1994) so mais utilizadas nacionalmente do que quela proposta por Crepani (1996). Diversos autores fazem referncia metodologia de Ross (1994), dentre os quais podemos citar Silva (2001), Ghezzi (2003), Boiko (2004) e Santos (2005), que realizaram o mapeamento da fragilidade ambiental para as bacias hidrogrficas do Rio Nhundiaquara, Rio Xaxim, do Rio Curralinho e o do Rio Jirau, respectivamente. In simulao e espacializao da frag amb Sprl; Ross (2004) elaboraram uma comparao entre os trs principais modelos de fragilidade ambiental. Entretanto foram encontrados resultados diferentes para cada um deles. Os autores no conseguiram apontar o melhor modelo por no terem dados de campo para efetuar comparaes. Mas foi possvel verificar certas deficincias nos mesmos. O principal problema apontado est relacionado atribuio de pesos s variveis, que uma definio subjetiva e principal explicao para as divergncias apresentadas. Uma tentativa de estabelecer uma sistemtica de pesos mais confivel a utilizao de lgica Fuzzy, que permite avaliar o espao continuamente e no atravs de limites rgidos, oferecendo maior flexibilidade na modelagem de dados ambientais e maior proximidade aos dados observados em campo. (STOLLE, 2008) Estudos realizados por Calijuri et al (2007), Stolle (2008) e Donha et al (2005) apresentaram resultados satisfatrios da utilizao de lgica fuzzy na confeco das cartas de fragilidade e estabelecimento das reas de vulnerabilidade eroso. Kawakubo et al. (2005) utilizaram as metodologias propostas por Ross (1994) para caracterizar a fragilidade ambiental da bacia hidrogrfica do crrego do Onofre no municpio de Atibaia (SP). Os resultados obtidos mostraram a eficcia dos sistemas computacionais e a importncia do uso de dados cartogrficos para o planejamento ambiental de uma microbacia. Silva et al (2008) realizaram um estudo comparativo dos mapas de fragilidade ambiental da bacia hidrogrfica do crrego da Ona em Jata (GO), para os anos de 1975 e 2006, atravs do modelo proposto por Ross (1994) com base nas classes de declive. Mostra-se que o modelo foi satisfatrio para diagnosticar o uso inadequado do solo, tornando compreensvel o grau de influncia dos componentes naturais aliados s intervenes humanos no comprometimento do sistema natural. In risada arquivo

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    Outros autores tambm utilizaram a metodologia proposta por Ross (1994) satisfatoriamente em suas pesquisas. Entre eles destacam-se os trabalhos de Pachechenik (2004), Sala (2005), Vashchenko et al (2006), Gonalves et al (2009) Por fim Nakashima (2001) procurou associar a classificao da fragilidade ambiental com as anlises laboratoriais efetuadas nos horizontes de diversos tipos de solos localizados na bacia do rio Keller, Estado do Paran. Resultados satisfatrios da comparao levaram a autora a comprovar a eficcia da carta de fragilidade ambiental.

    3. Consideraes finais

    Inegavelmente a eroso um problema que assola o ambiente urbano e seus moradores. Apesar de ser um processo natural a interveno antrpica acelera esse processo ao causar desequilbrio aos complexos sistema ecodinmicos. Apesar de terem suas origens provenientes de diferentes meios, as cartas de susceptibilidade eroso e de fragilidade ambiental apresentam diversos aspectos semelhantes entre si. Primeiramente ambas tratam da vulnerabilidade eroso, como bem apontado por Crepani (2001), ou como indica bacia do rio doce a fragilidade do solo diante de fatores como precipitao e topografia tambm pode ser denominada potencialidade erosiva. Alm disso, ao observar o principio bsico da construo de cartas geotcnicas apontadas por Silveira (2002) percebe-se que a confeco da carta de fragilidade ambiental regida por princpios semelhantes: a definio de atributos, parcelamento da regio com base nos atributos, superposio de mapas para sntese de produto final e possvel atribuio de pesos aos atributos. Apesar de baseadas em estudos de Tricart (1977), as metodologias de Ross (1994) e Crepani (1996) acabam por seguir princpios semelhantes queles utilizados nas cartas de susceptibilidade eroso. A ressalva que fica aos modelos de fragilidade ambiental que eles no pressupe verificao dos dados da vulnerabilidade com dados de ensaios laboratoriais. Por isso iniciativas como a de Nakashima (2001), que realizou esse validao so bem vistas. As cartas de susceptibilidade eroso e fragilidade ambiental no so a soluo para os problemas erosivos, mas sim uma forma de planejamento urbano, e primeira consulta antes da ocupao de determinado local.

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    A utilizao de mapeamento geotcnico ou a utilizao das metodologias propostas pela geomorfologia se fazem necessrias em reas de crescimento urbano e especulao imobiliria.

    4. Referncias

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