carta ao leitor - fabiomontoro.com.br · ses após a aprovação da lei de in fo rmática no...

4

Upload: others

Post on 03-Aug-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Carta ao leitor - fabiomontoro.com.br · ses após a aprovação da Lei de In fo rmática no Congresso Nacional. as discussões políticas continuam acirradas. Nada impe dirá o fogo
Page 2: Carta ao leitor - fabiomontoro.com.br · ses após a aprovação da Lei de In fo rmática no Congresso Nacional. as discussões políticas continuam acirradas. Nada impe dirá o fogo

Carta ao leitor Enqua nto os

norte-americanos co nvi ve m com uma das maiores crises da história da sua indústria de informática. os fa ­bricantes brasilei­ros vivem um mo­mento de euforia. dizem adeus à marg inalidade do setor e conquistam o oitavo lugar en-tre os maiores

mercados de compu tadores do mundo. Aproveitam-se da c rise dos EUA. que ge­f OU a queda dos preços de peças e compo­nentes no mercado inte rnac ional. para ba­ratear seus custos. Aliás. necessidade que se torna vital dia nte da compelitividade gerada pela diversidade de prod utos que a j O\'CIl1 indústria brasileira oferece ao con­sumidor.

Na V Feira Internacional de Informáti­ca o visitante \'ai conhecer de perto a varie­dade de equipamentos que estão chegando aos usuários - micros de 16 bits. periféri­cos. supermínis. mainframes - e. tam ­bém. poderá particip,l r das inúmeras pa-

íNDICE

Informática 85 Adeus à marginalidade Na lerra dos gigantes .. Supermínis procura m espaço A guerra das vedetes .... .. . . Avanço na p rodução , atraso nas vendas. As redes para 16 bits despontam .. Vitrine sem realces ...... . ..... . Completando a linha bancária .. Um momento pouco anim ador ...

Opinião Em busca da democratização. Politica de Informâtica Rumo à Constituinte . Microeletrõnica O fim da longa espera. Dados & Fatos Nacional Os destinos da Cobra . .... Dados & Fatos Internacional Dificil sobrevivência . .. Micro profissional Orçamentos com mais rapidez .. Aplicação Automatizando para navegar contra a crise Negõcios Seguros nas telecomunicações . . Entrevista Data General ........ . ... ...... .. .. Ribalta Os perigos da euforia. Cidade A hora e a vez do cidadao

Dados e Idéias, setembro de 1985

16

38

42

45

53

59

64

75

78

82

84

lest ras e debates. discussões que acompa­nham os lançamen tos. du rante o XVIII Congresso Nacional de Informática . que se realiza junto com a feira. Apesar da vitali ­dade do mercado - a indústria cresceu, no ano passado, em termos rea is. 30%, e as previsões para 1985 ultrapassam 40% -, questiona-se como será ~I convivência entre superlll ínis e mainfra mes, cujo pre· ço/ performance. em mui tos casos, se aproxima. A pergu nta ainda sem resposta é sobre qual scrá a preferência dos usuá­rios.

Dados e Idéias antecipa vá rios lança­mentos e novid ades do In formática 85 e ainda mostra que nes te ano. quase dez me­ses após a aprovação da Lei de In fo rmática no Congresso Nacional. as discussões políticas continuam acirradas. Nada impe­dirá o fogo cruzado entre os defensores das orientações do Ministério das Comunica­ções e o da Ciência c Tecnologia ; entre o Norte e o Sul do País, diante da questão da Zona Franca de Manaus; em to rno da le­gislação para o sor tw~l re e os incent ivos pa­ra a microeletrônica, que há v{lrios anos aguardam definições para um caminho mais seguro de consolidação da política nacional de inroJ'Jll ática.

OS ED ITORES

Administração Afinando os equipamentos de automação. Empresas Dos caminhões aos computadores Tendências Microempresas, al ta tecnologia Software Lei francesa dribla pressões ....... Janela para o Vale A inovaçao como argumento de venda Investimentos O sobe-e-<lesce da informática na Bolsa .. Telemática Brasilei ro de alta vetocidade ...... Congresso A política em avaliaçao .... Automação industrial SEI define o próximo passo ..... .. .. . Tabela As 100 maiores .. ............ Cibernética Es.tratégias e táticas nas greves ..

6 9

12 18 22 26 30 32 34

86

88

89

91

94

96

106

11 2

119

124

128

GAZl:.1A MERCAi'illL OAZETA MERCANTIL S.A. _ EDITORA JOR HAllSTICA OAZETA MERCANTIL S.A. - ORAfICA E COMI,INICACOES

CONSElHO DE AO MIHIS1RACAO Ketlttrlyo;lOO L", - Pt .. kt..". LIIl Fe-Nlll!:;t Fe-'tU lt'fY - Vk .. P,uldlnl • .I$oo.S-n.n.: ~~:t:sCunrol ~IIottenIF .. ,to,Lrwy IIaoet1D~StulJ A)'I"

CONSElHO EDITORIAL He-benVo;lI;J Lrwy - Prlaldlnl. L .... Fe-NrnIIIh" .. , Lrwy - Vk .. Prukt.nl. !low ( gy\IoIS,MIII CtlwlJ'" F ~,,,,nao ~"" SJ'" "u'.oAooelIO I'''tIt,Ltvy L .. ,I"",nooCwlltl"", DIREtORIA I"" r,"w'o:tl,,,,,,, l .... ' - 0 10110< 0 ... , "octno I,MItt Ittt.o - 01"'01"41. OI.ldo O ... tl M""nlil 1ftN_ .lJw\at"""!O - 01 .. ,0< 41, OMdo Indull.1I1 "-.oc.IilSCorIHl - 01"'01 AdmlN.".,i'OI Fln'~II,o 11_1'1_' _ 01"'0< Comerel., M~CotirIoIIJ&<,« - Oi,IIOI"d.OloldoR •• IIIU

0101 '0'" Ad!unlO': 1...-" ",JtnJrI!O JiIU,o,na'ttttld"" ~"OCinaNS A"~oSFOO1otU Ol .. to ... Reglonl l.: J<m .... ,6nooSf>t<o - 18<'~1Ii1 ' , uIoIQ!" -IRIOat.uneo<ol 1It"OO""""rIIrI-II'arIOAlfOttl 1'tdt0l 10000001O - lk!oHQ!rtOlll,1 WIl"Oernentt - 1 s,,~iOQQ!I O"...:IIIL~ ... IC."'1OoI1

"-"410- o'" - StlfrnoroOt 198~

Oi,lIor: M"""ton.dJ&<~J

EdIIO<I·CI'>II. _" "" ~.IH Ed l!", di .lu. _ o;.. R .. IsI .. lwc. ..... lIl.Ir.os

Rll>O<l ... I. ,"'IIIH.I: "" 'lGfOOloKl"tlO PeIl,~R"tIO!I IIooa:I0Luctnl ~",=,S,,"l~ ;(o""", •• ',, d"YO ScI.onflP"'''O IHCOlorr" ~t<,Cos" I'HQ.,<" """.~~.s."", EdUor di .1.,11 : R.bo"IJJ< Om

~ ,1t: 40'.1_ ~',Iol lo! .. ",,,c. Gtn,"1Il0 "'''''I <!oi 5'1>'1 ~Ir, ~Ol Inn' GOflÇ,I!>n '0" 'õ'lrNtl ol Sor1 .. ~Y" R>urdQ.t.ll .. r>Ol~U1T,,,1oI>1

CO"'''''Ond."'II: l"",c-r;oILGll(lrHJ CoII __ II:

v..I ... "" ilM\III\ ... ", 811t101.1 CMIIn t~II"O C,,"' ... t_ c...w St.. f"~IT",, '"-iIfVodto ~"Seto IIH/IfPlJuoI I'" ~ .... Celnl .... "" r;o STIIIIJrr1 I , U~, "''''' (IX, UDrtlt, "''''' ,,,0011 .. ,,,,,, Vi ... StIto 11t01e1 RI.iuo· I,.UfOQ"""./III«IG<_' Canllll!O '"CnÕl:O: W"':OI.<N, M~ - ""'G1CO", "'''IIIAS - JOSe "'''';".tl - lw~Cn UO "'.n,ns - "',nutllouU<!.l - "'~"o A!Ov1IO ,t'lH IIrtrtoo - MJrIll 00I$1\;;I1IfI - Ilu'dQs"u' - lIootnoooto..rllO - 5"" ""«lI' P .... III ... , ()o(. .. "'"nl.do: V"''OIlwConl'I~,)

O'''''III",""lolndu'lria): Jow Ana'I1'"r""' IOootlQ! JaJut'lll "' q",d~ "'""'õ'·.fIJHO\''II (Il'''·'tC.,,,01,Moo. o....,c"f9'I'!OIUIOt_1 tIoo.qnl VuOtL ..... (!o:~OI(.II

O''''''',,,,""IOC_,clll : Gerlflll - "" 'tol""l!Ol'woae 11"1 SJop_-~ b_"VJ:OtL .... - lI.o.1M .. CMc~·-II 'lO-S'.na., - ItI 10111 ~ 3111 ,""'" 1ISllI~ 1ft. l2l/l RIo ot ....... 0 - Gerlftlt ,",T_ ~.IOlt'" IIIDt_W'ltt. 111:«"0 P"w, _ A, I'rn '1"911 lia 6' '1'ICl', ItI 10211 ~19an In. 10211 13191 PoI1o I '~'t - GtltrlIt . AnlQn.o ','10$ !.l/r"'\ R""Htnllme Letnr /""In" -R"' Wil""'~ool ... , I ~ ItI 1~1)2~ 1 300 B'J~'" - Geo tnlt SoMo ~ "'.110 - (d OIU' "~t ~ , IOCir ÇOOIS IOII IO~ S<!\Q!(;çme,(.II!Su4 lol 106111~6061 C.M~ - ,,",,"It Rotltllo~oOi - A .... (In "' 011' 2 g19 T~ 1()I,'I12' ~IU ~o \!OIrtorlt - Gtrlflll m~14II 1'\1.,"eooPIOOI'I" IIIDtHlnuntr 1'1."., S. II1IId'OI"",, - I.. e.nFOII" lal ItI IGlI1111~~ SJ:-• .IGOI - Geo"'!e l ... , "''OS PeItai - "'" J,'d ... S 8t<",·co I ItI 1011 1 m 11\rIJ 'lOO"fIOOt)'~ - A, ll!.mJr Cu"", I~ - (e CIo" Com" 10' JnIW \I ~ I 0061/ It'l 1{l.I!1222 l210, 213 l6l1 O,,,"nl,,,""loll' MII , .. i", Oi .. ,.: ""'_ -JilUC"moV .... ''''''tu''~ ~11l) ,_~1 O.pIIII","ntodl Oi.ulbu;çlol Rono'lelo,," AUI".lu, .. : (S lIllOt/lrIGtttnl~I-FontS ~1· l6IGI2~Jl111' 1101 Olsh)btllcIor .,cl"sl.o.m Iodo ° PIII P"'" "ndl .. u .... : 1 .. ~oCr""'1 ... o...,.c..-IS l -R ... l'tltIoa.c.,O 1~2

Sue", .. " : RIo d' JlntrrO A. I'IHICltnlt V"91S 'lI - 6' lncIir hs ~l98n I(;t:". lU 121' IlU""'""SI ItIt> I01111l'Jr.> 8<,,,..., [d 0Iu, 1/0""'"'' SeIor Co _,IIIW-"'OIIJI-"IIS IOI"~ ItI l~~ 10: •• 10;'1'6.39"0 PwIo A-t9t llo.I WiSl>nQlotIlau "" ItI ~ 1:166 tPll!J1 1_ t~11 1~~ Ieoollotot<tt't A. IoHI00IH lIA - I" U I ~\rOO !titlUll'llJO.t WC<l>l ' ... I~Ot~O 110-1" ''''''' lJ'.IIIGII.l1"""" .. n nl l /. ! , Ttldot>t Ullll1 ·U. I{l.Ill~~ s... __ .... JlrOfl>~&r...,'oo IUeo:"l(.Ir:ll !tI n~J.nO 1t't>101l,l'OI1lorro,n "-"~1)5 8<x' '"'IIOw'.t rQ-CJr _SI'tttICI - 't' 10111. a/l21 h""or l 220(~ I l"nd$"tfI ~P~ ~"" 10011 Endlfl(o .... $lo Paulo: 1)(,*" ~o 1oC_1I1t10 A.S_ .. Ht""'-lOJ<I, 1taI ",,,,,,llul!GfIt'O 9CI-C(POUI~ C. I'In,,'6~) lei IPI9_1~lI1l-1t!t. I011,111011~'OI.~Il4-S

·'uIO- Busrl 1'1". 00 ~ ..... ,tUI~ C, S " 000 "1(01 DI .nll\ll~". ~ C.S 120 000 112 """,,~'nj ~ C. S 110 000 (li L'~"'nl VtflGjl d' .~.'."lI"' .. J P "'JIOIOuI!G .. '" 90-5 P,r,rlO-SP IttlOnt(OIII~llll-IIor:II·'IO l Jtmui ..ao""I;Itot.I"",rerli\'tllXIONI\ ~I IlIoo!.llat;oU """ /IIIttatlO a, GlllU Mm.'''''' S I. (,,,.. .. .IQ!'.I7S!U Com­lO1U Dt~ GlJtII ",,,tI/ItIl S l (_, Jor .... "u ,_., ... • IU~ Corn­DItII""""~oor_"I1II""9IS l ~",C.l.l". 209 5 '_1'OO1!0111. ~"'IrI.I.,RtoI\I'OOl! I. ,Doe: l'C'11OI111 $0000'1098 ""C~/ O</;>J!IWI Sem;oa,C"'Wllreoeo" ~OPlQ!lO:ooo' 1011 - P 1I1i1lJ ae 'S IOlllg DLQ( IOR AlSIIQ/I5AVH ~(nIR l YIC'O~ L(VV

5

Page 3: Carta ao leitor - fabiomontoro.com.br · ses após a aprovação da Lei de In fo rmática no Congresso Nacional. as discussões políticas continuam acirradas. Nada impe dirá o fogo

Telemática

Brasileiro de aHa velocidade A Rhede Tecnologia, uma pequena

empresa de Brasília, desenvolveu e está produzindo o primeiro modem nacional

de 4,800 bps, com um chip especial

Mário Fonseca

O primeiro modem de alta veloci­dade (4 .800 bps) inteiramente projetado e desenvolvido no

País loi lançado no mercado no final de agosto. Esse modem brasileiro, pelo qual a SEI vinha brigando há cinco anos, loi viabilizado por uma nova e quase desconhecida empresa de Brasília. a Rhede Tecnologia, que há apenas três meses começou a lan· çar seus produtos, caracterizados pe­la originalidade e pelo fato de serem de d ese nvo lvimento próprio . Destaca-se, nesse sentido. um mo­dem bandabase (Rhede S-l92) , o único nacional que tem circuito inte­grado personalizado (custom chip -LSl) projetado pela própria empresa e que substitui 6S chips comuns.

Entretanto, o que chama atenção

106

é o comportamento inusitado desta nova empresa, que lhe permite fazer coisas desse tipo. A Rhede Tec nolo­gia, embora criada há dois anos, so­mente em maio último começou a comercializar seus produtos. Passou, portanto, a maior parte de sua exis­tência, ou seja, mais de um ano e meio, fazendo projeto e desenvolvi­mento. O modem de 4.800 bps (Rhe­de MR-27) é considerado por Fábio Montoro, diretor técnico, uma vitó­ria desse esforço , de um significadp que ult rapassa o limite da Rhede. E que na área de modems as empresas nacionais que adquirem tecnologia no exterior são ob rigadas a comprar também das firmas americanas de­tentoras do "know-how" os chips personalizados que compõem o pro­duto. Desta maneira fica limitada a sua autonomia de produção .

VENCENDO A DESCONFIANÇA - Para­doxa�mente' o modem MR-27 só existe hoje, fabricado pela Rhede, devido à ex istência no País de uma mentalidade de desconfiança na ca­pacidade de geração de tecnologia pela inteligência nacional.

"Nós ab rimos a empresa", diz Montoro, " não para fabr icar e sim para criar alta tecnologia, vender projetos, Mas os fabricantes só que­riam comprar tecnologia nos EUA. Parece que não acred itavam que o brasileiro pudesse fazer. "

Sem demanda que concretizasse seu objetivo, os sete engenheiros ele­trônicos de Brasília que se uni ram para lundar a empresa resolveram industrializar os projetos que tinham desenvolvido. Dos sete - Fábio Montoro, Elias de Lima, Odimar dos Reis, Florêncio Ayres, Oscar Na-

Dados Idéias, setembro de 1985

Page 4: Carta ao leitor - fabiomontoro.com.br · ses após a aprovação da Lei de In fo rmática no Congresso Nacional. as discussões políticas continuam acirradas. Nada impe dirá o fogo

Telemática

2r---~~~~~----------------------~ 2 . " ,,'UI"" <e~' h'. · "

~ 2 ~ N

3 sido lançados, mesmo sem muita di-

L ··:······:· . . • . 50001501

Alta tecnologia para desenvolver o modem de 4.800 bps

wa, Luís Otávio Ferreira e Washing­ton Póvoa - . os quatro primeiros vieram da Coencisa . de Brasília (ad­quirida depois pela Moddata) , de onde saíram porque queriam desen­volver modems nacionais , conforme diz Fábio Montoro. Entretanto, com o capital inicial da empresa. de 20 milhões de cruzeiros, não era possível partir para a fabricação . Por isso, procuraram um sócio para en­trar com dinheiro e encontraram re­ceptividade num empresano de Brasília . Osório Adriano, da Brasal, revendedora de veículos .

Coerentemente com o princípio de não comprar tecnologia. os projetos ocuparam o tempo integral dos sete sócios engenheiros, mas sem se fa­bricar. A produção começou a ser es­truturada no início deste ano, e em maio aconteceu o lançamento dos primeiros modems.

No final de junho, a Rhede apre­sentou dois produtos inéditos no Brasil: dois micromodems, que po­dem ser instalados diretamente em­butídos dentro do microcomputa­dor. Um deles, compatível com CP-500 (família TRS-80) , inclusive, não existe no exterior .

Trata-se de uma simples placa embutida no computador, que dis­pensa o uso do telefone e, além de simplificar o acesso aos bancos de dados, vem com outro grande be­nefício: custa em média a metade do preço dos moderns convencionais.

Com ele, o usuário evita comprar de fabricantes diferentes a caixa se-

108

parada para o modem, a interface serial, o software de com unicação, que vem em disquete, e o cabo espe­cial para ligar o modem à interface.

Os micromodems - Rhede 12 AP para micros linha Apple e 12-CP pa­ra CP-SOO - servem para acessar vi­deotexto e bases de dados diversas. desde o projeto Cirandão da Embra ­tel até movimentação de contas cor­rentes dos bancos comerciais.

Como O software já vem dedicado ao produto, o usuário, em vez de uti­lizar o telefone, apenas escolhe na te­Ia qual a base de dados que pretende acessar e dá um comando. Se. por acaso, tem uma conta corrente num banco que não está na tela, o softwa­re tem um comando pelo qual o usuário pode incluí-Ia no sistema.

Menos de dois meses após terem

vulgação, já foram vendidas cerca de 500 unidades dos produtos, segundo estimativas de Fábio Montara . Até o fim do ano deverá ser lançado outro micromodem, compatível com a li­nha IBM-PC.

MUITAS OpÇOES - Já estão sendo fabricados também outros dois mi­cromodems (Rhede 30 AP e 30 CP), com maior capacidade (300 bps) e que fazem seleção automática da máquina com que há comunicação. Depois de um ano e meio em desen· volvímento, os projetos mate­rializaram ·se em onze produtos no curto período de três meses.

O projeto próprio permite que a empresa sempre obtenha produtos mais baratos e com melhorias tecno­lógicas para competir no mercado, salienta Fábio Montara. "Nós opta­mos por trabalhar com alta tecnolo­gia porque, para conseguir produtos mais baratos, não há outro cami· nho". diz ele.

O modem bandabase (Rhede S-192) é um exemplo. Foi necessário um ano de trabalho com o projeto só para o chip personalizado, cuja emu­lação teve de ser feita num computa­dor de grande porte, com programa específico , nos Estados Unidos, e tempo pago. O resultado disso é que, conforme Fábio Montoro calcula, seu produto é 30% em média mais barato que os outros.

A Rhede Tecnologia tem quarenta empregados e seu capital atinge qua­se 1 bilhão de cruzeiros. •

Dados Idéias. setembro de 1985