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CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA LIMA IMPACTO DE SISTEMAS DE CONTROLE DE PRAGAS SOBRE A COMUNIDADE DE ARTRÓPODES NA CULTURA DA MELANCIA Dissertação apresentada à Universidade Federal do Tocantins - UFT, como parte das exigências do Programa de Pós graduação em Produção Vegetal, para obtenção do título de Magister Scientiae. GURUPI TOCANTINS BRASIL 2012

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  • CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA LIMA

    IMPACTO DE SISTEMAS DE CONTROLE DE PRAGAS SOBRE A

    COMUNIDADE DE ARTRÓPODES NA CULTURA DA MELANCIA

    Dissertação apresentada à Universidade Federal do Tocantins - UFT, como parte das exigências do Programa de Pós graduação em Produção Vegetal, para obtenção do título de Magister Scientiae.

    GURUPI

    TOCANTINS – BRASIL

    2012

  • ii

    CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA LIMA

    IMPACTO DE SISTEMAS DE CONTROLE DE PRAGAS SOBRE A

    COMUNIDADE DE ARTRÓPODES EM MELANCIA

    Dissertação apresentada à Universidade Federal do Tocantins - UFT, como parte das exigências do Programa de Pós graduação em Produção Vegetal, para obtenção do título de Magister Scientiae.

    APROVADA EM: 30 de janeiro de 2012.

    Prof.° Gil Rodrigues dos Santos

    (Co orientador)

    Prof.° Marcelo Coutinho Picanço

    Prof.° Marcelo Coutinho Picanço

    (Co orientador)

    Prof.° Danival José de Souza

    Prof.° Renato de Almeida Sarmento

    (Orientador)

    Prof.° Marçal Pedro Neto

  • iii

    “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira

    minta, e os campos não produzam mantimento,... todavia eu me alegro no

    Senhor, exulto no Deus da minha Salvação.”

    Habacuque. 3:17-18.

    Dedico esta conquista:

    A Deus por suprir tudo e sempre.

    A toda minha família, em especial ao meu filho Pablo e

    minha esposa Fabiola, por serem o meu paz e motivação.

  • iv

    AGRADECIMENTOS

    À Deus, que na sua auto suficiência me gerou e acrescentou tudo em minha

    vida, além de ter me ensinado que o temor do Senhor é o principio da sabedoria.

    À Universidade Federal do Estado do Tocantins, pela oportunidade de

    capacitação e renovar os meus conhecimentos.

    Ao professor Renato de Almeida Sarmento, pela dedicação e zelo na minha

    orientação acadêmica.

    Ao professor Marcelo Coutinho Picanço, pela parceria, montagem do modelo

    de trabalho e toda atenção dispensada.

    Ao professor Gil Rodrigues dos Santos, pelo apoio na minha co- orientação. E

    a sua equipe do Laboratório de Fitopatologia da UFT, em especial à Anielli Souza

    Pereira por toda ajuda na condução dos experimentos.

    Ao pesquisador Marçal Pedro Neto, por toda ajuda e conselhos.

    Ao professor Danival José de Souza, pela ajuda na condução dos

    experimentos e identificação das formigas.

    Ao pessoal do Laboratório de Manejo Integrado de Pragas e Acarologia da

    UFT, Wennder, Altieres, Cleibi, Renata, Diogenes, Manoel, Marcus, Daniela, Laila, e a

    todos os técnicos e funcionários.

    A Equipe do Departamento de Entomologia- Setor de Manejo Integrado de

    Pragas da Universidade Federal de Viçosa, Júlio, Mateus, Tarcisio, Ricardo, Antônio e

  • v

    em especial ao Doutorando Jander Fagundes Rosado, pela ajuda no desenvolvimento

    das análises estatística e interpretação dos resultados. Obrigado por serem minha

    família esse tempo que passei em Viçosa.

    A minha esposa Fabiola Cardoso Neves e ao meu filho Pablo Cardoso Lima,

    por serem a minha maior motivação.

    Aos meus pais Admilson de Oliveira Lima e Maria Helena Alves de Oliveira, por

    terem me ensinado o caminho da educação e conhecimento, mesmo não tendo a

    mesma oportunidade dada a mim.

    A toda minha família e amigos, por sempre ter me apoiado, ajudado, e me dado

    forças para prosseguir sempre.

    Aos companheiros da ADAPEC/TO, pela disponibilidade, torcida e apoio para

    que eu pudesse realizar mais uma etapa da vida acadêmica.

    A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia do Estado do Tocantins, por

    conceder-me apoio financeiro para a realização deste trabalho.

  • vi

    BIOGRAFIA

    CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA LIMA, filho de Admilson de Oliveira Lima e

    Maria Helena Alves de Oliveira, nasceu em Gurupi, Tocantins, em 17 de novembro.

    Em 2002 concluiu o segundo grau profissionalizante em Técnico em

    Agropecuária, na Fundação Bradesco Escola de Canuanã em Formoso do Araguaia.

    Em fevereiro de 2004 ingressou no curso de Agronomia pela Universidade Federal do

    Tocantins concluindo no mesmo mês do ano de 2009.

    Desde setembro de 2005, faz parte do quadro de funcionários concursados da

    Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins - ADAPEC/TO.

    Em fevereiro de 2010, ingressou no programa de Pós graduação em Produção

    Vegetal, nível de Mestrado pela Universidade Federal do Tocantins, sob orientação do

    Prof.° Renato de Almeida Sarmento, submetendo-se a defesa de dissertação em

    janeiro de 2012.

  • vii

    SUMÁRIO

    AGRADECIMENTOS ......................................................................................... iv

    BIOGRAFIA ....................................................................................................... vi

    SUMÁRIO ......................................................................................................... vii

    RESUMO GERAL ............................................................................................... 9

    REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 11

    LITERATURA CITADA: .................................................................................... 16

    RESUMO .......................................................................................................... 18

    ABSTRACT ....................................................................................................... 20

    INTRODUÇÃO .................................................................................................. 22

    2. MATERIAL E METODOS.............................................................................. 25

    2.1. Condições Experimentais ....................................................................... 25

    2.2. Delineamento experimental e amostragem dos artrópodes ................... 26

    2.3. Análise dos dados .................................................................................. 26

    3. RESULTADOS .............................................................................................. 30

    3.1. Espécies de artrópodes com capacidade preditiva dos impactos dos

    tratamentos .................................................................................................... 30

    3.2. Impacto dos tratamentos sobre a abundância total dos artrópodes ....... 30

    3.3. Impacto dos tratamentos sobre as principais espécies de artrópodes,

    custo de controle de pragas e produtividade da melancia ............................. 31

    4. DISCUSSÃO ................................................................................................. 40

    CONCLUSÕES ................................................................................................. 46

    LITERATURA CITADA ..................................................................................... 47

  • 8

  • 9

    RESUMO GERAL

    A melancia pertencente à família das cucurbitáceas, classificada como

    [Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai, é uma planta herbácea de hábito

    rasteiro, as folhas são lobadas, A planta é monóica, mas podem apresentar

    flores hermafroditas. O fruto é uma baga indeiscente de cores e tamanhos

    variados. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de melancia com 1,87

    milhões de toneladas, ficando atrás da China, Turquia e Irã com 56,65, 3,68 e

    3,47 milhões de toneladas. A produção tocantinense do fruto chega a 87 mil

    toneladas no ano 2010, sendo que os municípios de Formoso do Araguaia e

    Lagoa da Confusão são responsáveis por 95% da produção estadual. Um dos

    fatores que tem contribuído para o aumento do custo de produção agrícola é o

    constante uso de defensivos. Entre as pragas primárias associados à cultura

    da melancia, citam-se a mosca - branca Bemisia tabaci (Hemiptera:

    Aleyrodidae), a broca das cucurbitáceas (Diaphania nitidalis e Diaphania

    hyalinata)(Lepidoptera: Crambidae), o Pulgão (Aphis gossypii)(Hemiptera:

    Aphididae), moscas minadoras (Liriomyza sativae e Liriomyza huidobrensis)

    (Diptera: Agromyziidae). Como pragas secundária da cultura são identificados

    a lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), a vaquinha (Diabrotica speciosa) (Coleoptera:

    Chrysomelidae), e o ácaro-rajado (Tetranychus urtica) (Acari:Tetranychidae). A

    maioria são espécies polífagas e causam danos às plantas injetando toxinas e

    vírus que diminuem consideravelmente a produção. O uso de inseticida sem

  • 10

    um parâmetro preciso e específico para cada situação eleva os custos de

    produção. O tiametoxam, imidaclorprido e o malathion, atuam de forma

    semelhantes, interferindo na transmissão dos impulsos nervoso, levando à

    paralisia e morte dos insetos. O cultivo manejado com MIP traz conseqüências

    positivas no agroecossistema, pois diminui a populações praga e mantém

    presente populações de inimigos naturais importantes. Trabalhos científicos

    que comparem os dois sistemas (MIP e Convencional) de aplicação de

    defensivos em cucurbitáceas são escassos e informações que acrescentem o

    ponto de vista ecológico, econômico e sociológico, são muito importantes.

    Palavras- Chave: Citrullus lanatus, pragas das cucurbitáceas, impacto

    ambiental, época de cultivo, custo de produção.

  • 11

    REVISÃO DE LITERATURA

    A melancia é uma planta herbácea de hábito rasteiro, que emite a partir

    do caule várias ramificações longas que podem chegar a 10 metros nas

    espécies não domesticadas, com derivações mais curtas e opostas alternando

    ao longo dos seus nós (Souza et al., 2008).

    As folhas são lobadas recortadas em três e quatro partes, alcançando

    certa de 20 cm comprimento, expostas a partir de cada nó formando grupos

    com as gavinhas e flores. A planta é monóica, mas podem apresentar flores

    hermafroditas, fazendo polinização cruzada ou autopolinização que é feita

    predominantemente por insetos (Souza et al., 2008).

    O fruto é uma baga indeiscente de cores e tamanhos variados de acordo

    com a espécie, podendo ser esférico, oval ou cilíndrico e pesar de 1 a 25 kg, o

    consumo do fruto é dos mais variados, podendo ser aproveitado todas as

    partes como a casca, polpa e sementes (Souza et al., 2008).

    Segundo o último levantamento feito pela FAO em 2010, o Brasil

    aparecia como o quarto maior produtor mundial de melancia com 1,87milhões

    de toneladas, ficando atrás da China, Turquia e Irã com 56,65, 3,68 e 3,47

    milhões de toneladas. A produção de melancia por região de acordo com

    dados do IBGE (2010) coloca a região sul como responsável por 34%, seguido

    da região sudeste, centro-oeste, nordeste e norte com 25, 15, 14 e 12% na

  • 12

    sequência. A produção tocantinense do fruto chega a 87 mil toneladas, os

    principais municípios produtores ficam localizados na região sul do estado:

    Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão com 42,7 e 41,6 mil toneladas

    respectivamente, juntos equivalem 95% da produção do estado, Gurupi na

    quinta posição responde por 576 toneladas (IBGE, 2010).

    Um dos fatores que tem contribuído para o aumento do custo de

    produção agrícola é o constante uso de defensivos, o que tem contribuído para

    o surgimento de organismos pragas cada vez mais resistentes e especializados

    em quebrar as defesas da planta. Ainda segundo Brechelt (2004) o Manejo

    Integrado de Pragas surgiu com o objetivo de minimizar o uso de agrotóxicos,

    combinado medidas biológicas, técnicas de cultivo e melhoramento genético

    das plantas cultivadas.

    Como insetos praga associados à cultura da melancia, citam-se a mosca

    - branca Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae), broca das cucurbitáceas

    (Diaphania nitidalis e Diaphania hyalinata)(Lepidoptera: Crambidae), Pulgão

    (Aphis gossypii)(Hemiptera: Aphididae), moscas minadoras (Liriomyza sativae

    e Liriomyza huidobrensis) (Diptera: Agromyziidae), além de pragas secundárias

    como a lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), a vaquinha (Diabrotica speciosa)

    (Coleoptera: Chrysomelidae) e o ácaro-rajado (Tetranychus urtica)

    (Acari:Tetranychidae), (Costa et al., 2008; Alencar e Dias, 2010).

    Nos últimos anos a mosca branca, pulgões e tripes têm alcançado

    notoriedade em cultivos de cucurbitáceas, são espécies polífagas e se

    adaptam a diferentes condições climáticas, o que torna o controle químico na

    maioria das vezes ineficiente, esses insetos causam danos às plantas injetando

  • 13

    toxinas e vírus, diminuindo consideravelmente as produções (Costa et al.,

    2008).

    Os vírus mais comuns em melancia no Brasil são, os potyvirus PRSV-W

    (Papaya ringspot vírus strain watermelon), ZYMV (Zucchini yellow mosaic

    vírus), WMV-2 (Watermelon mosaic vírus-2), o cucumovirus CMV (Cucumber

    mosaic virus), e o tospovirus ZLCV (Zucchini lethal chlorosis virus), estas

    doenças causam redução do limbo foliar, com formação de mosaicos,

    enfezamento, deformação dos frutos e alteração de sua coloração acarretando

    redução da produtividade (Costa et al., 2008 e Rezende e Giampan, 2005).

    Entre as pragas secundárias, são listadas a lagartas rosca e os insetos

    conhecidos como vaquinhas na fase jovem são importantes, pois contribuem

    para a diminuição do estande na lavoura atacando as raízes e caule das

    plantas causando sua morte, as vaquinhas adultas afetam a planta em todas as

    fases da cultura causando desfolha (Costa et al., 2008).

    O percevejo Geocoris sp. (Hemiptera: Lygaeidae) é um excelente

    predador de artrópodes pequenos e ovos e larvas de lepidópteros (Pereira et

    al., 2008; Bastos e Torres, 2005). A preocupação com a manutenção da

    população desses percevejos deveria ser levada em consideração em qualquer

    sistema de controle de pragas.

    O uso de inseticida sem um parâmetro preciso e específico para cada

    situação eleva os custos de produção e traz uma série de problemas

    ambientais, desestrutura os níveis tróficos de ecossistemas e favorece a

    ressurgência de pragas (Picanço et al., 2008).

    É muito importante conhecer os produtos e seus mecanismos de ação

    adotados no controle de pragas. Inseticidas utilizados no experimento, como o

  • 14

    tiametoxam tem ação sistêmica, do grupo dos neonicotinóides, da família

    nitroguanidina, tem ação o sistema nervoso dos insetos, levando os à morte,

    sendo o produto eficiente para o controle de D. speciosa e sugadores (Pereira,

    2010).

    O inseticida imidaclorprido é também pertencente ao grupo dos

    neonicotinóides, mata o inseto causando hiper excitabilidade do sistema

    nervoso central e é utilizado no controle de sugadores (Faria, 2009). O

    malathion é pertencente ao grupo dos organofosforados, tem largo espectro de

    ação e atua de forma semelhante aos neonicotinóides, interferindo na

    transmissão dos impulsos nervoso, levando à paralisia e morte (Faria, 2009 e

    Potenza, 2005). As variações climáticas também exercem influência sobre a

    dinâmica populacional de insetos, sendo um fator importante antes da

    introdução de qualquer cultura a campo (Loos et al., 2005).

    Todos os inseticidas influenciam na comunidade de artrópodes de forma

    diferente. Pela sensibilidade a alterações no ecossistema os artrópodes, são

    utilizados como bio-indicadores, alterações da abundância, diversidade e

    composição deste grupo medem a perturbação do ambiente (Wink et al., 2005).

    O cultivo manejado com MIP traz conseqüências positivas no

    agroecossistema, pois diminui a populações praga a níveis que não venham

    causar dano à cultura ao mesmo tempo em que mantém presente populações

    de inimigos naturais importantes. Isso ocorre porque o uso de produtos

    químicos não é utilizado descontroladamente, assim evita a resistência dos

    insetos praga, o mesmo não acontece com o cultivo manejado com aplicações

    semanais de inseticidas.

    Trabalhos científicos que comparem os dois sistemas (MIP e

    Convencional) de aplicação de defensivos em cucurbitáceas são escassos e

  • 15

    informações que acrescentem o ponto de vista ecológico, econômico e

    sociológico, são muito importantes.

  • 16

    LITERATURA CITADA:

    ALENCAR, J. A. & DIAS, R. C. S. Sistema de Produção de Melancia. 2010. Disponível em: , Acesso em 19 de janeiro de 2012.

    BASTOS, C. S. & TORRES, J. B. Controle biológico e o manejo de pragas do algodoeiro. Circular técnico 72. Campina Grande, PB 2005.

    BRECHELT, A. Manejo Ecológico de Pragas e Doenças. Manual, n 1, p 33, 2004.

    COSTA, J.N.M. et al. Pragas da melancia. In: SOUZA, F. F. Cultivo da melancia em Rondônia. Porto Velho. Embrapa Rondônia. 2008, ed1, p 50-58.

    FAO. Produção mundial de melancia 2010. Disponível em: . Acesso em: 19 de janeiro de 2012.

    FARIA, Á. B. D. C. Revisão sobre alguns grupos de inseticidas utilizados no manejo integrado de pragas florestais. Ver. Ambiência. Guarapuava, v. 5, n. 2, p. 345-358, 2009.

    IBGE, 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: Acesso em 19 de janeiro de 2012.

    LOOS, Rodolfo A. et al . Identificação e quantificação dos componentes de perdas de produção do tomateiro. Hortic. Bras., Brasília, v. 22, n. 2, June 2004 .

    PEREIRA, A. M. C.; BUENO, V. H. P.; SOARES, D. A. Desenvolvimento ninfal de Geocoris punctipes (Say) ( Hemíptera: Lygaeidade) em temperatura alternante. In: XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, Uberlândia. Anais do XXII Congresso Brasileiro de Entomologia.Uberlândia, 2008.

    PEREIRA, M. A. Tiametoxam em plantas de cana de açúcar, feijoeiro, soja, laranjeira, e cafeeiro: parâmetros de desenvolvimento e aspectos bioquímicos. 2010. 124f. Tese (Doutorado em- Fitotecnia)- Faculdade de Engenharia Agronômica , Universidade de São Paulo – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2010.

  • 17

    PICANÇO, M. C. et al. Inseticidas, acaricidas e molucicidas no manejo integrado de pragas. In: ZAMBOLIN, L. Produtos fitossanitários (fungicidas, inseticidas, acaricidas e herbicidas). 2008. ed 1, cap 13, p 541-574.

    POTENZA, M. R. Controle químico do pulgão Takecallis Taiwanus (Takahashi) (Homoptera: Aphididae) em bambu ornamental (Bambusa Gracilis Horti). Arq. Inst. Biol. São Paulo, v. 72, n. 3, p. 495-497,2005.

    REZENDE, J. A. M. e J. S. GIAMPAN. Manejo integrado de viroses da melancia. In: SANTOS, G. R. (Ed.). Manejo integrado de doenças da melancia. VIÇOSA: UFV; DFP, 2005, p.71.

    SOUZA, F. D. F. Cultivo da melancia em Rondônia. Porto Velho: Embrapa Rondônia: 103 p. 2008

    WINK, C. et al. Insetos edáficos como indicadores da qualidade ambiental. Rev. Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 4, n. 1, p. 60-71. 2005.

  • 18

    RESUMO

    LIMA, Carlos H. Oliveira, M.S., Universidade Federal do Tocantins, janeiro de 2011. IMPACTO DE SISTEMAS DE CONTROLE DE PRAGAS SOBRE A COMUNIDADE DE ARTROPODES NA CULTURA DA MELANCIA. Orientador: Renato de Almeida Sarmento. Co-Orientadores: Marcelo Coutinho Picanço, Gil Rodrigues dos Santos.

    Uma das preocupações atuais da humanidade com relação aos sistemas

    produtivos é a sua sustentabilidade. Nos sistemas produtivos agrícolas um dos

    maiores problemas é o ataque de pragas. Para minimizar o problema causado

    pelo ataque de pragas às culturas os agricultores utilizam sistemas de controle.

    O objetivo do presente trabalho foi estudar a viabilidade econômica e o impacto

    de sistemas de controle de pragas sobre a comunidade de artrópodes na

    cultura de melancia em época chuvosa e seca. Os sistemas de controle de

    pragas foram: aplicação semanal de inseticidas (ASI), programa de manejo

    integrado de pragas (MIP) e a testemunha onde não houve aplicação de

    inseticidas. No MIP o controle das pragas foi realizado quando as pragas

    atingiram o nível de controle. Durante os cultivos foram monitoradas as

    populações de pragas e de inimigos naturais. Ao final do cultivo avaliou-se a

    produtividade da cultura. Os custos de controle das pragas foram calculados.

    Na época chuvosa os três tratamentos tiveram impacto diferente sobre a

    comunidade de artrópodes. Já na época seca o MIP e a ASI apresentaram

    impactos semelhantes. Os fitófagos Diabrotica speciosa (Germar) (Coleoptera:

    Chrysomelidae) e Aphis gossypii Glover (Hemiptera: Aphididae) e o predador

  • 19

    Geocoris sp. (Hemiptera: Lygaeidae) foram as espécies com capacidade

    preditiva dos impactos dos tratamentos. O MIP e a ASI reduziram as

    populações de D. speciosa, A. gossypii e Geocoris sp. A produtividade da

    melancia foi maior no MIP e no sistema com ASI. No MIP houve redução de 72

    e 78% das pulverizações e cerca de 50% do custo de controle de pragas em

    relação ao sistema ASI nas épocas seca e chuvosa, respectivamente.

    Palavras- Chave: Citrullus lanatus, manejo integrado de pragas, época de

    cultivo, custo de produção, impacto ambiental.

  • 20

    ABSTRACT

    LIMA, Carlos H. Oliveira, M.S., Federal University of Tocantins, January, 2011. PEST CONTROL SYSTEM IMPACT ON THE ARTHROPODS COMMUNITY IN THE WATERMELON CULTIVATION. Adviser: Renato de Almeida Sarmento. Co-Advisers: Marcelo Coutinho Picanço and Gil Rodrigues dos Santos.

    One of the current mankind concerns about the productivity systems is their

    sustainability. One of the biggest problems in the agricultural productive

    systems is the pest attack. To minimize the problem caused by the pest attack

    to the crops the farmers used the control system. The objective in this present

    work was to study the economical viability and the impact of the pest control

    system on the arthropods community in watermelon cultivation during the rainy

    and dry seasons. The pest control systems were: weekly application of

    insecticide (ASI), pest integrated management program (MIP) and the witness

    where there was no insecticide application. The pest control in the MIP was

    achieved when the pests reached the control level. During the cultivation the

    population of pests and natural enemies were monitored. The crops productivity

    was assessed at the end of the cultivation. The pest control costs were

    calculated. During the rainy season the three treatments presented different

    impact on the arthropods community. On the other hand, during the dry season

    the MIP and the ASI presented similar impacts. The phytophagous Diabrotica

    speciosa (Germar) (Coleoptera: Chrysomelidae) and Aphis gossypii Glover

    (Hemiptera: Aphididae) and the predator Geocoris sp. (Hemiptera: Lygaeidae)

  • 21

    were the species with predictive capacity of the treatment impacts. The MIP and

    the ASI made the D. speciosa, A. gossypii and Geocoris sp. population

    decrease. The watermelon productivity was better in the MIP and in the ASI

    system. In the MIP there was a reduction of 72 and 78% of the pulverization

    and around 50% of the pest control cost in relation to the ASI systems during

    both rainy and dry seasons, respectively.

    Key words: Citrullus lanatus, pest integrated management, crops season,

    production cost, environmental impact.

  • 22

    INTRODUÇÃO

    Uma das grandes preocupações atuais da humanidade com relação aos

    sistemas produtivos é a sua sustentabilidade. Os sistemas produtivos

    sustentáveis se caracterizam por apresentar viabilidade econômica e

    possibilitarem a preservação do ambiente.Um dos maiores problema nos

    sistemas produtivos agrícolas é o ataque de pragas. A importância das pragas

    se deve ao fato de que seu ataque pode reduzir parcialmente ou totalmente a

    produção das culturas (Picanço et al., 2007; Bergamim Filho, 2008).

    Para minimizar o problema causado pelo ataque de pragas às culturas,

    os agricultores utilizam sistemas de controle, sendo o mais usual a aplicação

    periódica de pesticidas. Neste sistema apesar de muitas vezes obter um

    controle eficiente das pragas há um aumento dos custos de produção e

    poluição do ambiente devido ao grande uso de pesticidas. Uma alternativa a

    esse sistema é o emprego de programas de manejo integrado de pragas (MIP)

    (Picanço et al., 2004; Picanço et al., 2007).

    A adoção do sistema de manejo integrado de pragas (MIP) preconiza a

    manutenção e incremento dos fatores de mortalidade natural das pragas,

    integrando táticas de controle com base em parâmetros técnicos, econômicos e

    ecológicos (Pedigo, 1988; Dent, 1993). Neste sistema um inseto é considerado

    praga quando ocasiona dano econômico e o controle químico deve ser usado

    com base em níveis de tomada de decisão (Pedigo, 1988; Higley e Pedigo,

    1996).

  • 23

    Na avaliação da sustentabilidade dos sistemas de controle de pragas

    nos agroecossistemas devemos avaliar a sua viabilidade econômica e os seus

    impactos sobre as espécies alvo (as pragas) e espécies não-alvo. Entre as

    espécies não-alvo mais importantes nos agroecossistemas estão os inimigos

    naturais das pragas. Nas lavouras, o controle biológico é realizado por

    predadores, parasitóides e entomopatógenos. Quando preservados, estes

    organismos são capazes de manter a população das pragas abaixo do nível de

    dano econômico durante a maior parte do cultivo (Picanço et al., 2004).

    Entre os cultivos em que é urgente o emprego de programas de manejo

    integrado de pragas estão as culturas frutíferas. Estas culturas são importantes

    na alimentação humana por serem fonte de vitaminas, energia, fibras e

    constituírem fator essencial na manutenção da saúde e longevidade das

    pessoas. Neste grupo de culturas é mais importante ainda que o controle de

    pragas seja realizado de forma sustentável, já que seus frutos são geralmente

    consumidos "in natura". (FAO, 2010).

    Uma das culturas frutíferas mais consumidas no mundo é a melancia

    [Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai]. Os cultivos de plantas frutíferas

    anuais são realizados durante o ano inteiro, devido à variação nas condições

    climáticas as comunidades de artrópodes geralmente são diferentes nos

    agroecossistemas como também os custos envolvidos no controle de pragas

    (Dufault et al., 2006).

    Apesar da importância dos sistemas de controle de pragas no cultivo de

    melancia, praticamente nada se conhece sobre a viabilidade econômica e o

    impacto destes sistemas na comunidade de artrópodes nesta cultura, sobretudo

    nas regiões tropicais. Assim, no presente trabalho, nós estudamos a viabilidade

  • 24

    econômica e o impacto de sistemas de controle de pragas sobre a comunidade

    de artrópodes na cultura de melancia em plantios no período seco e chuvoso.

  • 25

    2. MATERIAL E METODOS

    2.1. Condições Experimentais

    Este trabalho foi conduzido no Campus Universitário de Gurupi da

    Universidade Federal de Tocantins, em Gurupi (11°43’45”S, 49°04’07” e

    altitude de 280 m), estado do Tocantins em 2011. O clima durante o

    experimento está ilustrado na Figura1.

    O primeiro cultivo foi realizado em uma área de 1462 m², onde a

    adubação foi realizada levando em consideração a análise do solo e

    recomendação para cultura feita por Filgueira et. al (1999). O controle de

    plantas de ocorrência espontâneas foi realizado, através de capina manual. O

    segundo cultivo foi realizado em uma área de 1501m², com o mesmo manejo

    da cultura sendo uma repetição ao longo do tempo.

    O solo onde se instalou os dois experimentos é um Latossolo Vermelho

    – Amarelo Distrófico (Tabela 1). Os tratamentos utilizados foram: programa de

    manejo integrado de pragas (MIP), aplicação semanal de inseticidas (ASI) e a

    testemunha na qual não foi feita a aplicação de inseticidas.

    Os inseticidas utilizados foram Malathion 500 CE e Nuprid 700 WG, no

    cultivo manejado com MIP e no cultivo manejado com ASI foi utilizado somente

    o Actara 250WG, as aplicações foram sempre realizadas após as 17 horas.

  • 26

    2.2. Delineamento experimental e amostragem dos artrópodes

    O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com

    três tratamentos e quatro repetições.

    O primeiro cultivo foi composto por parcelas de 10 x 10 m, contendo 16

    plantas, e espaçamento entre blocos foram de três metros de comprimento. No

    segundo cultivo as parcelas tinham área de 6 x 10 m, com total de 15 plantas

    cada, e mesmo espaçamento entre blocos.

    As populações de artrópodes do dossel das plantas foram amostrados

    através de batedura de bandeja plástica branca (35x30x5cm), nos ponteiros

    das ramas de 5 plantas por parcela Pereira et. al (2007). Os insetos coletados

    nas avaliações eram colocados conservados em álcool 70%, para posterior

    identificação.

    Para determinação da produtividade, foram colhidos todos os frutos das

    parcelas que não tivessem nenhuma lesão e que pesassem mais de 5 kg em

    balança de precisão.

    2.3. Análise dos dados

    Os dados coletados nas parcelas sem tratamentos foram inicialmente

    submetidos a uma seleção que determina quais espécies têm maior poder de

    explicação da variância observada (PROC STEPDISC com seleção

    STEPWISE; SAS Institute, 2004). As espécies foram selecionadas de acordo

    com o nível de significância do teste F da análise de covariância, em que as

    espécies escolhidas agem como co-variáveis e os tratamentos como variáveis

    dependentes; e pela correlação quadrada parcial predizendo os efeitos do

    tratamento a partir das espécies, controlada pelo efeito já causado pelas

    espécies selecionadas pelo modelo (SAS Institute, 2004).

  • 27

    Os dados das espécies selecionadas foram submetidos à análise de

    variáveis canônicas (CVA), que é uma técnica de ordenação indireta que reduz

    a dimensionalidade do conjunto dos dados originais em um conjunto de

    variáveis que podem ser usadas para ilustrar graficamente as posições

    relativas e as orientações das médias das respostas da comunidade em cada

    tratamento sob comparação Pereira et. al (2007). A significância da diferença

    (indicada pela ordenação) entre grupos é devido à comparação dois a dois dos

    tratamentos pelo teste F aproximado (p < 0,05), usando a distância de

    Mahalanobis entre as respectivas classes de médias canônicas Pereira et al

    (2007). As análises foram feitas usando o procedimento CANDISC do pacote

    estatístico do SAS (SAS Institute, 2004).

  • 28

    Tabela 1. Composição química e textual do latossolo utilizado no experimento

    nas duas épocas de cultivo.

    Características* Época chuvosa Época da seca

    pH em H2O 5,4 5,9

    P (mg.dm-3) 19 18

    K+ (mg/dm³) 21 15

    H + Al (cmol/dm³) 2,5 2,9

    Al3+ (cmol/dm³) 0,00 0,03

    Ca2+ (cmol/dm³) 2,1 2,1

    Mg2+ (cmol/dm³) 0,8 0,3

    CTC total (cmol/dm³) 5,4 5,4

    V (%) 54 46

    m (%) 0,0 1,2

    Matéria orgânica (%) 23,7 18,8

    Textura

    Areia (%) 70 77

    Silte (%) 5,7 1,7

    Argila (%) 24 21

    *Análises realizadas no Laboratório de Análises Físicas e Químicas de Solo da

    Universidade Federal do Tocantins.

  • 29

    Te

    mp

    era

    tura

    (°C

    )

    10

    20

    30

    40

    50MáximaMédiaMínima

    Um

    ida

    de

    Re

    lativa

    (%

    )

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    Máxima Média Mínima

    Pre

    cip

    ita

    çã

    o (

    mm

    /dia

    )

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    09 abril 09 maio 09 junho 09 julho 09 agosto 09 setembro

    Figura 1. Dados climáticos coletados durante o experimento pela Estação

    Metereológica da UFT - Gurupi.

  • 30

    3. RESULTADOS

    3.1. Espécies de artrópodes com capacidade preditiva dos impactos dos

    tratamentos

    Das 22 espécies de artrópodes observadas no dossel das plantas de

    melancia 10 espécies apresentaram frequência média de ocorrência nas duas

    épocas de cultivo maior que 10%. Dessas 10 espécies, cinco são fitófagas e

    cinco são predadoras. Os artrópodes de maior freqüência de ocorrência em

    cada guilda foram o fitófago Diabrotica speciosa (Germar) (Coleoptera:

    Chrysomelidae) e o predador Geocoris sp. (Hemiptera: Lygaeidae) (Tabela 2).

    Os fitófagos D. speciosa e Aphis gossypii Glover (Hemiptera: Aphididae)

    e o predador Geocoris sp. foram as espécies que melhor explicaram a variação

    observada entre os tratamentos (Tabela 2).

    Baseando-se nos coeficientes canônicos, as espécies que mais

    contribuíram para a divergência entre os tratamentos nos eixos canônicos

    foram D. speciosa (eixo 1 nas duas épocas e eixo 2 na época seca), A.

    gossypii (eixos 1 e 2 na época seca) e Geocoris sp. (eixo 2 nas duas épocas)

    (Tabela 3). Portanto, os fitófagos D. speciosa e A. gossypii e o predador

    Geocoris sp. foram as principais espécies com capacidade preditiva dos

    impactos dos tratamentos.Estas espécies possibilitam o entendimento dos

    efeitos dos sistemas de controle de pragas nas duas épocas de cultivo.

    3.2. Impacto dos tratamentos sobre a abundância total dos artrópodes

    A análise de variáveis canônicas indicou diferenças significativas entre

  • 31

    os tratamentos nos cultivos nas épocas chuvosa (Wilks’ lambda = 0,001 e F =

    19,54 e graus de liberdade (gl) (numerador/denominador) = 6/14 e P

  • 32

    MIP em relação ao sistema com ASI nas épocas seca e chuvosa,

    respectivamente (Figura 4B e Tabela 5). O custo de controle de pragas no MIP

    foi cerca de 50 e 62% menor do que no sistema com ASI nas épocas seca e

    chuvosa, respectivamente (Figura 4C e Tabela 5).

  • 33

    Tabela 2. Frequência e abundância (média ± erro padrão) dos artrópodes no

    dossel das plantas de melancia sem aplicação de inseticidas em duas épocas

    de cultivo

    Artropódes Frequência Abundância (indivíduos/ amostra)

    média (%) Época chuvosa Época seca

    Fitófagos

    Aphis gossypii 58,75 3,95 ± 0,91 1,63 ± 0,26

    Bemisia tabaci 31,25 1,17 ± 0,36 0,41 ± 0,08

    Circulifer sp. 15,00 0,33 ± 0,09 0,19 ± 0,06

    Diabrotica speciosa 78,75 1,74 ± 0,17 1,21 ± 0,11

    Thrips palmi 37,50 0,86 ± 0,20 6,91 ± 1,24

    Predadores

    Arachnida 25,00 0,33 ± 0,09 0,33 ± 0,07

    Eriopis connexa 35,00 1,74 ± 0,17 0,45 ± 0,08

    Formicidae 30,00 1,17 ± 0,36 0,44 ± 0,09

    Geocoris sp. 37,50 3,95 ± 0,91 0,40 ± 0,06

    Orius sp. 16,25 0,86 ± 0,20 0,29 ± 0,11

  • 34

    Tabela 3. Resumo da seleção STEPWISE com procedimento STEPDISC do SAS STEPWISE, visando selecionar as espécies de

    artrópodes a serem incluídas na análise de variáveis canônicas obtendo-se a máxima discriminação entre os tratamentos.

    Variáveis

    (espécies de artrópodes)

    R2 parcial Analise de covariância Correlação quadrada parcial

    F p Média p

    Fitófagos

    Diabrotica speciosa 0,076 20,05

  • 35

    Tabela 4. Eixos canônicos e seus coeficientes (entre a estrutura canônica) do

    efeito do sistema de controle de pragas sobre as espécies de artrópodes

    selecionadas pelo STEPWISE com procedimento STEPDISC do SAS nas duas

    épocas de cultivo da melancia

    Espécies de artrópodes Época chuvosa Época seca

    eixo 1 eixo 2 eixo 1 eixo 2

    Fitófagos

    Diabrotica speciosa 6,93 -2,45 2,13 -3,76

    Aphis gossypii 0,80 0,49 2,22 2,20

    Predador

    Geocoris sp. -1,99 6,52 0,34 2,31

    F 19,54 9,53 4,08 3,66

    Graus de liberdade

    (numerador/denominador)

    (6/14) (2/8) (6/14) (2/8)

    P

  • 36

    Primeiro Eixo Canônico

    -3 -2 -1 0 1 2 3 4

    -1.5

    -1.0

    -0.5

    0.0

    0.5

    1.0

    1.5

    2.0

    -20 -15 -10 -5 0 5 10 15

    -3

    -2

    -1

    0

    1

    2

    3

    MIP CALENDÁRIOTESTEMUNHA

    Se

    gu

    nd

    o E

    ixo

    Ca

    nic

    o

    Época Chuvosa

    Época Seca

    Figura 2. Diagrama de ordenação (CVA) da comunidade de artrópodes no

    dossel das plantas de melancia em função do sistema de controle de pragas

    em duas épocas de cultivo. Os tratamentos dentro do mesmo circulo não

    diferem, entre si, pelo teste F (P < 0,05) baseado na distância de Mahalanobis.

  • 37

    D.

    sp

    ecio

    sa/

    am

    ostr

    a

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    Época chuvosa Época seca

    Ge

    oco

    ris s

    p./

    am

    ostr

    a

    0,00

    0,15

    0,30

    0,45

    Sem inseticidas MIP

    a

    a

    bb

    a

    a

    b

    b

    b

    b

    a

    a

    (A)

    (B)

    de inseticidasAplicação semanal

    Figura 3. Densidade (média ± erro padrão) de (A) Diabrotica speciosa e (B)

    Geocoris sp. no dossel de plantas de melancia em função do sistema de

    controle de pragas em duas épocas de cultivo. Os histogramas numa época de

    cultivo seguidos pela mesma letra minúscula possuem médias que não

    diferem, entre si pelo teste Tukey a P < 0,05.

  • 38

    Pro

    du

    tivid

    ad

    e (

    ton

    .ha

    -1)

    0

    10

    20

    30

    40

    Época chuvosa Época seca

    Cu

    sto

    (R

    $.h

    a-1

    )

    0

    800

    1600

    2400

    Sem inseticidas MIP

    a

    ab

    b

    b

    aa

    (A)

    de inseticidasAplicação semanal

    me

    ro d

    e a

    plic

    açõ

    es

    0

    5

    10

    15

    (B)

    (C)

    Figura 4. (A) produtividade (média ± erro padrão) da melancia, número de

    aplicações de inseticidas e (C) custo de controle de pragas em função do

    sistema de controle de pragas em duas épocas de cultivo. Os histogramas

    numa época de cultivo seguidos pela mesma letra minúscula possuem médias

    que não diferem, entre si, pelo teste Tukey a P < 0,05.

  • 39

    Tabela 5. Custo de controle das pragas da melancia nas épocas chuvosa e seca no MIP e no sistema com aplicação semanal de inseticidas (ASI),

    nas áreas produtoras de melancia no estado do Tocantins

    Custos com mão de obra nas aplicações Custos com equipamentos nas aplicações

    Itens Custo mensal (R$)

    Custo por hora R$)

    Custo por aplicação (R$/ha)

    Itens Custo (R$)

    Vida útil (meses)

    Custo por aplicação (R$/ha)

    Salário (Sl) 622,00 62,76 Equipamento de proteção individual

    52,80 12 0,44 FGTS (8% do Sl) 49,76 5,02 INSS (12% do Sl) 49,76 5,02 Luvas 3,90 12 0,03 Férias (1/3 do Sl/ano) 17,28 1,74 Botas 16,90 12 0,18 13° salário 51,83 5,23 Pulverizador 139,00 36 0,56 Subtotal por aplicação (R$/ha) 79,77 (1)* 1,21 (2)*

    Custos com comi inseticidas nas aplicações Custo total das aplicações Inseticidas Dose/ha Preço

    (R$/L ou R$/kg)

    Custo por aplicação

    (R$/ha) (3)*

    Custo por aplicação

    (R$/ha) (4)

    *

    Época chuvosa Época seca N** Custo por cultivo (R$/ha) N** Custo por cultivo (R$/ha) MIP ASI MIP AS MIP ASI MIP ASI

    Tiametoxan 250 WG 120 g 375,00 54,00 134,98 0 18 0,00 2429,64 0 18 0,00 2429,64 Imidacloprido 700 WG 300 g 666,67 200,00 280,98 3 0 842,94 0,00 4 0 1123,92 0,00 Malathion 500 CE 165 mL 38,00 6,27 87,25 1 0 87,25 0,00 1 0 87,25 0,00 Totais 4 18 930,19 2429,64 5 18 1211,17 2429,64

    * (4) = (1) + (2) + (3). ** N = número de aplicações de inseticidas durante uma época de cultivo.

  • 40

    4. DISCUSSÃO

    Observou-se que as espécies de artrópodes de maior ocorrência no

    dossel das plantas de melancia foram os fitófagos D. speciosa e A. gossypii e o

    predador Geocoris sp. Segundo Costa et. al (2008), vaquinhas e pulgões

    causam danos à parte área e transmitem viroses. As principais espécies de

    vaquinhas associados à cultura da melancia pertencem ao gênero Diabrotica,

    Acalyma, Omophoita e Cerotoma, sendo a primeira mais abundante, e notável

    também pelo forrageio e coleta de pólens. Na fase larval estes insetos podem

    ainda atacar as raízes das plantas (Ventura e Mikami, 2008).

    Os pulgões vivem na região abaxial das folhas e dos brotos mais jovens,

    sugando a seiva e por conseqüência injetando toxinas e transmitindo viroses,

    sendo as mais comuns em melancia no Brasil, os potyvirus PRSV-W (Papaya

    ringspot vírus strain watermelon), ZYMV (Zucchini yellow mosaic vírus), WMV-2

    (Watermelon mosaic vírus-2), o cucumovirus CMV (Cucumber mosaic virus), e

    o tospovirus ZLCV (Zucchini lethal chlorosis virus), estas doenças causam

    redução do limbo foliar, com formação de mosaicos, enfezamento, deformação

    dos frutos e alteração de sua coloração acarretando redução da produtividade

    (Costa et al., 2008; Rezende e Giampan 2005)

    O percevejo da família Lygaeidae é um excelente predador de

    artrópodes pequenos como ácaros, pulgões, tripes, mosca branca, larva de

    coleóptero e ovos e larvas de lepidópteros (Pereira et al., 2008; Bastos e

    Torres, 2005). Essa é a primeira vez que o percevejo Geocoris sp. é citado

  • 41

    como predador em potencial na cultura da melancia e de um modo geral, em

    cucurbitáceas.

    A D. speciosa é sempre citada como praga secundaria mas ultimamente

    essa praga vem aumentando sua importância em todas as culturas

    principalmente em cucurbitáceas, pelo fato de que plantas desta família

    produzem uma substância que esta sendo muito pesquisa como armadilha

    para crisomelídeos, chamada cucurbitacina. Essa substância é tóxica para

    outros insetos e funciona como estimulante para estes se alimentarem de

    forma compulsiva reduzindo a sua movimentação (Mikami e Venturai, 2008).

    Tanto na época chuvosa quanto na época seca o MIP e a ASI tiveram

    impacto sobre a comunidade de artrópodes. A utilização do MIP, visa a

    redução da população de insetos praga incrementando fatores de mortalidade

    natural das pragas, com base em parâmetros, ecológicos, econômicos,

    sociológicos e técnicos (Martins et al., 2005). A aplicação de inseticida no MIP

    é realizado sempre que a densidade do inseto praga alcança o nível de

    controle, procurando sempre uma maneira de preservar os inimigos naturais.

    Na aplicação de defensivos realizada semanalmente, de forma

    convencional, os produtores na maioria das vezes utilizam um produto que

    tenha largo espectro de ação e cause redução da população não somente dos

    insetos praga, mas também dos insetos não- alvos desequilibrando o

    agroecossistema e comprometendo a dinâmica populacional dos inimigos

    naturais. Soares et. al (2007), observou que este método torna a cultura

    favorável a ressurgência de pragas primárias, aparecimento de surtos de

    pragas secundárias e resistência aos produtos utilizados.

    Não existem trabalhos científicos que comparem os dois sistemas de

    aplicação de defensivos em cucurbitáceas, o que torna ainda mais importante o

  • 42

    presente trabalho, por acrescentar informações importantes do ponto de vista

    ecológico, econômico e sociológico.

    O cultivo manejado com MIP traz conseqüências positivas no

    agroecossistema, pois diminui a população praga a níveis que não venham

    causar dano a cultura ao mesmo tempo em que mantém presente, populações

    de inimigos naturais importantes, ao passo que ajuda evitar a resistência dos

    insetos praga. O mesmo não acontece com o cultivo manejado com ASI, pois

    tem ação sobre os insetos não alvos, o que pode acarretar problemas como os

    já citados, assim como podem ocorrer surtos populacionais e recorrência das

    pragas por adquirirem resistência e por desaparecer os artrópodes

    pertencentes ao guildas dos predadores.

    Para os artrópodes mais importantes na cultura da melancia foi

    verificado que os sistemas de controle de pragas tiveram impactos tanto sobre

    espécies fitófagas (D. speciosa e A. gossypii) como predadora (Geocoris sp.).

    A população do fitófago D. speciosa foi menor com a aplicação semanal de

    inseticida tiametoxan. Então este inseticida exerceu controle sobre adultos de

    D. speciosa.

    Ferreira et. al (2011) estudaram o controle de D. speciosa com sementes

    tratadas com tiametoxan observou até 73% de controle desta praga aos 22

    dias após a emergência. Azeredo e Cassino (2010), testando diferentes doses

    de tiametoxan para controle de pragas da batata concluem que, além de

    controlar de forma eficiente D. speciosa, o produto se mostrou seletivo a alguns

    inimigos naturais como o Geocoris sp. Este produto é muito utilizado pelos

    agricultores da região produtora de melancia do estado, em praticamente todas

    as fases da cultura. Seu efeito tem sido demonstrado somente em pré-

    emergência e como regulador de crescimento em plantas.

  • 43

    O tiametoxam é um inseticida de ação sistêmica, do grupo dos

    neonicotinóides, da família nitroguanidina, tem ação sobre o receptor nicotínico

    dos insetos, lesando o sistema nervoso, levando os a morte, sendo o produto

    eficiente para o controle de D. speciosa (Pereira, 2010).

    A D. speciosa é uma praga polifaga com habito migratório por isso, o

    controle químico muitas vezes é insatisfatório, provocando prejuízos

    econômicos e fazendo com que aumente cada vez mais o uso de defensivos,

    provocando desequilíbrios ambientais e contaminação dos humanos (Stüpp et

    al, 2006).

    A população do fitófago A. gossypii foi menor no MIP e com ASI, em

    relação às parcelas sem aplicação de inseticidas. Então os inseticidas usados

    nestes sistemas de controle de pragas (imidacloprido, malathion e tiametoxan)

    foram eficientes no controle de A. gossypii.

    Zagonel et. al (2002),comparando o efeito de imidaclorprido e

    tiametoxan em pulgões, também verificou que ambos tiveram eficiência de 98%

    de controle. Estes valores também são semelhantes ao encontrados por Ávila e

    Godoy (2005); Fernandes et. al (2008). O malathion tem efeitos consideráveis

    sobre a população de pulgões (Potenza, 2005).

    O inseticida imidaclorprido é também pertencente ao grupo dos

    neonicotinóides, mata o inseto causando hiper excitabilidade do sistema

    nervoso central devido à transmissão contínua e descontrolada de impulsos

    nervosos sendo utilizado para o controle de fitófagos (Faria, 2009). O malathion

    é pertencente ao grupo dos organofosforados, tem largo espectro de ação e

    atua de forma semelhante aos neonicotinóides, atuam interferindo na

    transmissão dos impulsos nervoso, levando os a paralisia e morte (Faria,

    2009).

  • 44

    Os pulgões expelem uma substância açucarada, que favorecem o

    aparecimento de fungos e formigas que se alimentam dessas substâncias e

    fornecem proteção, ao passo que injeta toxinas e transmite viroses à planta.

    Com a preocupação em relação ao surgimento de resistência de pragas aos

    inseticidas, ocorrência de danos ambientais, eliminação de organismos

    benéficos e intoxicação humana, causados pelas pulverizações freqüentes de

    agrotóxicos, têm sido buscadas novas formas de controle dessa praga

    (Szymczak et al., 2009).

    A população do predador Geocoris sp. foi menor no MIP e com a

    aplicação semanal de inseticidas em relação as plantas sem aplicação de

    inseticidas. Então os inseticidas usados nestes sistemas de controle de pragas

    (imidacloprido, malathion e tiametoxan) tiveram impacto negativo sobre o

    predador Geocoris sp.

    Dantas et. al (2009), verificaram que percevejos predadores alimentados

    com ovos e lagartas contaminados com tiametoxam, e em contato obtiveram

    mortalidade de cerca de 80% dos insetos e porcentagem de ovoposição de

    mais ou menos 15% em concentrações mais altas. O Tiametoxan tem efeitos

    residuais, é muito tóxico à percevejos predadores diminuindo a taxa de

    sobrevivência destes insetos e sobre a taxa de predação desde o primeiro dia

    de pulverização (Torres et al., 2002). Resultados semelhantes também foram

    obtidos por Mourão (2008), que observou média de 70% de mortalidade de

    percevejos predadores sobe contato e ingestão de imidaclorprido.

    De maneira geral, estes inseticidas influenciam na população de

    percevejos predadores pelo contato com os defensivos e pela alimentação de

    outros insetos, causando mortalidade e diminuição da fertilidade do mesmo.

  • 45

    Esses percevejos predadores são muito importantes na composição da

    entomofauna por preservar o equilíbrio do agroecossistema e prevenindo os

    surtos e ressurgência de pragas (Torres et al., 2002). Para diminuir o efeito dos

    inseticidas utilizados sobre os percevejos predadores sugere-se a aplicação no

    final da tarde e manter na área onde será introduzida a cultura plantas

    florísticas, que possam contribuir com o aumento de predadores antes mesmo

    de começar a exploração da cultura principal ou mesmo o uso de plantas iscas

    para as pragas com pulverização de defensivos nestas.

    As maiores produtividades da melancia foram obtidas com o uso do MIP

    e a ASI. Entretanto com o uso do MIP ocorreu redução de cerca de 2/3 das

    aplicações de inseticidas em relação ao ASI e de 50% ou mais do custo de

    controle de pragas.

    Vários são os fatores que contribuem para diminuição da produtividade.

    Sabe-se que dentre todos os fatores os organismos pragas tem uma

    contribuição muito grande para ocorrência de perdas em culturas. Este fato

    explica a produção no cultivo manejado com ASI e MIP serem mais altas do

    que no cultivo sem aplicação de inseticidas, a redução observada é resultado

    de perdas ocasionadas por insetos praga.

    O cultivo manejado com os preceitos do MIP é mais vantajoso do que

    cultivos convencionais, porque, diminui o custo de produção devido aumento

    de populações de inimigos naturais, diminuindo a necessidade de uso de

    inseticidas e custos com aplicação como mão de obra. O MIP alcança

    produtividades semelhantes a cultivos convencionais, conseguindo receita

    liquida maior.

    O clima úmido contribui naturalmente para o aumento de populações de

    insetos praga, por isso o estudo de populações de artrópodes em diferentes

  • 46

    épocas e formas de cultivos é muito importante. Conhecer as interações

    ecológicas para manutenção do agroecossistema em diferentes épocas e

    formas de cultivos visa maiores produtividades e diminuição de custos

    decorrentes de surtos e recorrência de pragas pela ineficiência de algumas

    formas de controle e resistência desses organismos aos defensivos.

    CONCLUSÕES

    O manejo integrado de pragas para a cultura da melancia é viável

    economicamente, pois apresenta menores custos e maior produtividade.

    O manejo integrado de pragas influência na comunidade de artrópodes

    em melancia, porém em menor grau que métodos de cultivo convencional, o

    número de pulverizações é reduzido e o equilíbrio dos níveis tróficos no

    sistema agrícola é mantido.

  • 47

    LITERATURA CITADA

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