insulina e glucagon - trabalho danival

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Insulina e Glucagon - Trabalho Danival

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FACERESINSULINA E GLUCAGON

Ceres-Go2008FACERESInsulina e Glucagon

Isaac Mesquita Gontijo

Daiane Cristina

Aryadynne Magno

Jordana Alves

Luclia VirginiaCeres-Go

2008Insulina e Glucagon

Trabalho de Bioqumica

Isaac Mesquita Gontijo

Daiane Cristina

Aryadynne Magno

Jordana Alves

Luclia VirginiaProf. Danival Ferreira de Castro Junior

Enfermagem 1 Perodo SUMRIOIntroduo.......................................................................................05Histria da Insulina..........................................................................07

Funo e efeitos da Insulina no corpo humano..............................11

Glucagon, o que e qual sua funo.............................................14

Sntese de Insulina e Glucagon......................................................16

Tipos de Insulina.............................................................................30

O uso da Insulina............................................................................35

Hipoglicemia e Hiperglicemia..........................................................39

Origem e nomes comercias............................................................44

O futuro da Insulina.........................................................................47

Concluso.......................................................................................49

Bibliografia......................................................................................50

INTRODUO Sabe-se que a insulina o remdio dos diabticos, mas muito mais que isso, ela um dos principais hormnios secretado pelas clulas pancreticas. Sua funo esta ligada regulao da taxa de glicose no sangue, inibindo a neoglicognese e outros processos. Podemos dizer de forma rstica que a insulina queima a gordura do sangue, transformando essa gordura em energia para o corpo.

No to conhecido como a insulina, o Glucagon, hormnio tambm importante de origem pancretica, responsvel por fazer exatamente o contrrio da funo da insulina. Uma vez estando baixo o nvel de glicose no sangue, o glucagon pelos processos de neoglicognese e glicogenlise, coloca novamente molculas de glicose na corrente sangunea, evitando assim uma possvel hipoglicemia. Com este trabalho abordaremos esses e outros assuntos relacionados insulina e glucagon. Nosso objetivo descrever todos os processos, desde a sntese at a funes e doenas relativas a esses dois hormnios to importantes para o metabolismo humano. Mostraremos como se iniciou o estudo srio da insulina fazendo-a evoluir ate as condies em que hoje encontrada. Falaremos sobre as funes do glucagon e porque ele to importante nas funes do corpo, mostrando que tanto a insulina como o glucagon so de extrema necessidade e que praticamente impossvel sobreviver estando em falta de algum dos dois. Esperamos que este trabalho seja de grande valor para todos e que ele poa ser bem assimilado atravs das explicaes e imagens que nele se encontram. Os textos foram muito bem selecionados e editados, no perdendo a qualidade claro, para que se poa atingir o melhor aproveitamento do assunto e o mximo de assimilao do mesmo, Preocupamos em mencionar sobre os medicamentos cuja frmula original possui insulina ou glucagon, abordamos assuntos de chamativos como, a hipo e a hiperglicemia, sintomas, como agir, cuidar, e ate mesmo evitar. Bem, o bastante. Esperamos que voc tenha um bom proveito deste que em suas mos esta, pois foi feito com muito esforo, dedicao e seriedade.Insulina e Glucagon

INTRODUO INSULINA

(Histria da Insulina)

Em 23 de janeiro de 1922, na Universidade de Toronto, o Dr. Frederick Banting e seu aluno C. H. Best fizeram uma das maiores descobertas do sculo 20. Usaram, com sucesso, a insulina para tratar uma pessoa com diabetes, doena que, at aquela poca, era uma sentena de morte automtica a qualquer pessoa que a tivesse.

Antes dessa descoberta, no havia tratamento para a diabetes. Os portadores do tipo 1 morriam rapidamente, enquanto os portadores do tipo 2 morriam mais lentamente, sofrendo de complicaes horrveis antes da morte. A Universidade de Toronto imediatamente deu s empresas farmacuticas licena para produzir insulina com iseno de pagamento dos direitos. No incio de 1923, aproximadamente um ano aps a primeira injeo de teste, a insulina se tornou amplamente disponvel, quando Eli Lilly and Company passaram a vender o Iletin, a primeira insulina comercialmente disponvel, extrada do pncreas de animais abatidos. A insulina animal funcionou bem, salvando milhes de vidas, mas no era exatamente compatvel com o hormnio humano e, s vezes, provocava efeitos

colaterais, como erupes na pele e reaes alrgicas, que resultavam em perda de tecido nos locais da injeo. Nos 60 anos seguintes, a insulina se tornaria uma das protenas mais estudadas no mundo. Durante esse tempo, os portadores de diabetes contavam com um hormnio purificado de animais, principalmente de bois e porcos.

Em 1978, uma jovem empresa de biotecnologia chamada Genentech produziu a primeira insulina fabricada sinteticamente, que poderia ser produzida em grande quantidade. Usando bactrias ou leveduras como "fbricas" em miniatura, o gene para a insulina humana foi inserido no DNA bacteriano. O resultado foi a insulina humana, chamada de insulina de DNA recombinante, que no provocou os problemas que a insulina animal s vezes provocava. Quando se tornou largamente acessvel no incio dos anos 80, essa nova insulina mudou para sempre o tratamento da diabetes. Hoje, praticamente todos os portadores de diabetes que precisam de insulina usam uma forma de insulina humana recombinante em vez de insulina animal.

A insulina foi extrada de forma bem sucedida do pncreas de um cachorro, em 1922.

A era moderna tem estado cheia de avanos tecnolgicos surpreendentes - viagem em alta velocidade, Internet etc. Entretanto, se voc tem diabetes tipo um, com certeza voc no f de uma inovao do sculo 20, em particular: terapia com insulina. Antes de existir a terapia com insulina, as pessoas, cujos corpos paravam de produzir o hormnio, no duravam muito; no havia muito o que os mdicos pudessem fazer por eles.

No sculo 19, depois que os pesquisadores perceberam que o corpo precisa desse hormnio importante para queimar glicose como energia, os mdicos tentaram maneiras diferentes de reiniciar a produo de insulina nas pessoas com diabetes tipo um. Alguns mdicos at tentaram alimentar seus pacientes com pncreas fresco. O experimento fracassou e, provavelmente, deixou alguns pacientes implorando por um sorbet para limpar o cu da boca, como aconteceu com outras tentativas para substituir a insulina que faltava.

Finalmente, em 1922 um ex-estudante de teologia chamado Dr Frederick Banting, descobriu como extrair insulina do pncreas de um cachorro. Colegas cticos disseram que parecia muco marrom espesso. Banting injetou a insulina nas ndegas de um menino de 14 anos chamado Leonard Thompson, cujo corpo estava to devastado pela diabetes que ele pesava apenas 30kg. O pequeno Leonard desenvolveu abscessos em suas ndegas e continuou se sentindo mal, embora seu acar no sangue tenha melhorado ligeiramente. Encorajado, Banting refinou a frmula da insulina e tentou novamente seis semanas mais tarde. Dessa vez a condio de Leonard melhorou rapidamente. O seu acar no sangue caiu de 520 mg/dl para um nvel mais administrvel de 120 mg/dl. Ele ganhou peso, e sua fora retornou. Pobre Lenny - embora o seu diabetes tenha permanecido sob controle por anos, ele morreu de pneumonia quando tinha apenas 27.

Banting e um colega, Dr John Macleod, ganharam o Prmio Nobel por seu trabalho. A produo comercial de insulina para tratamento da diabetes comeou pouco depois. Por muitos anos, os fabricantes de medicamentos derivaram o hormnio de pncreas que vinham primariamente de currais, tirados de bois e porcos abatidos, que no precisavam mais dos rgos.

A insulina animal tem salvado milhes de vidas, mas tem um problema: causa reaes alrgicas em alguns usurios. Em 1978, uma empresa principiante de biotecnologia chamada Genentech produziu a primeira insulina manufaturada sinteticamente que podia ser feita em grandes quantidades. Usando bactrias ou fermento como fbricas em miniatura, o gene para insulina humana foi inserido em um DNA bacterial. O resultado foi a insulina humana, chamada insulina de DNA recombinante, que no causa os problemas que a insulina animal s vezes causa. Diga a palavra insulina e quase todos tero uma histria para contar e que, geralmente, no tem um final feliz. "Minha tia comeou a tomar insulina e, logo depois, acabou ficando cega". "Conheo uma pessoa que toma insulina e est sempre doente". "Minha amiga comeou a tomar insulina e ganhou 18 kg no ano passado". Alm de histrias como estas, os profissionais da rea da sade tambm so conhecidos por ameaarem seus pacientes com o uso da insulina como uma ferramenta de motivao. E dizem: "se voc no se cuidar, tomar seus comprimidos, seguir a dieta rigorosamente, e comear a se exercitar regularmente, voc precisar tomar insulina" ou "se isto no der certo, a nica coisa que nos resta ser a insulina".

Figura 1.1Charles Herbert Best (1899 1978) foi um fisiologista canadense. Foi figura de destaque nas pesquisas sobre sangue e diabetes, assistente de Frederick Grant Banting na descoberta da insulina, em 1922.FUNO E EFEITOS DA INSULINA NO CORPO HUMANO A Insulina o hormnio responsvel pela reduo da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas clulas. Ela tambm essencial no consumo de carboidratos, na sntese de protenas e no armazenamento de lipdios (gorduras). A taxa de glicose no sangue pode variar por diversos motivios, podemos citar algums que proporcionam o aumento dessa taxa como comida, estresse, menstruao, gravidez e certos medicamentos. Com a Insulina, quando os no diabticos fazem a digesto, o nvel da glicose sobe, o que desencadeia a liberao de insulina no sangue, pelo pncreas. Esta insulina permite s clulas usarem glicose. Como as clulas usam a glicose, os nveis de glicose no sangue baixam.

Podemos enta entender que funo metablica da insulina no corpo humano regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos do corpo, com exceo do crebro. Ela aumenta a velocidade de transporte da glicose para dentro das clulas musculares e do tecido adiposo. Com a captao da glicose, se ela no for imediatamente catabolizada como fonte de obteno energtica, gera-se glicognio nos msculos e triglicerdeos no tecido adiposo. Ou seja, o efeito da insulina hipoglicemiante, visto que reduz a glicemia sangnea.

Dentre suas funes principais, est o transporte de protenas (aminocidos) e carboidratos (glicose) para dentro da clula. Porm, o efeito da insulina uma faca de dois gumes, pois ela pode evitar a quebra de gorduras e ainda aumentar a sua reserva.

Podemos dizer que atravs da quantidade de glicose disponvel no sangue. Se a taxa de glicose est baixa no sangue receptores no fgado so acionados para que ocorra a quebra de glicognio em glicose. A insulina coloca a glicose circulante no sangue p/ dentro da clula onde ela ser consumida ou armazenada (no fgado em forma de glicognio). No aumento da sntese de glicognio: a insulina induz armazenagem de glicose nas clulas do fgado (e dos msculos) na forma de glicognio; a diminuio dos nveis de insulina ocasiona a converso do glicognio de volta a glicose pelas clulas do fgado e a excreo da substncia no sangue. a ao clnica da insulina que reduz os nveis altos de glicemia diagnosticados na diabetes. Ela e produzida para queimar o acar em nosso organismo. A insulina tem sua atuao voltada para a absoro de glicose pelas clulas do fgado, msculos esquelticos e tecido adiposo, diminuindo sua concentrao devido retirada de glicose do sangue. Quando hidratos de carbono so ingeridos e absorvidos, a glicemia aumenta; neste momento, clulas produtoras de insulina liberam este hormnio para a corrente sangunea. Esta liberao reduz a glicemia, dirigindo a glicose do sangue para o fgado, msculos e tecido adiposo, a fim se ser usada mais tarde na produo de energia. Por ter sido o primeiro dos hormnios a ser purificado, cristalizado e sintetizado por tcnicas de biologia molecular, a insulina considerada como modelo de hormnio peptdico. O importante conceito de pro peptdeo advm do estudo de sua sntese. Sua importncia mdica fundamental, cerca de cinco por cento da populao de pases desenvolvidos tem diabetes mellitus, e outros cinco por cento podero desenvolver esta doena. Quando se ingere carboidratos (alimentos que contm acar). Esse acar fica circulando na corrente sangunea. O acar convertido em glicognio e armazenado no msculo para fornecer energia. Para que se processe essa converso de acar para glicognio o organismo libera a insulina. Ela o hormnio responsvel por esse processo (transformao de acar em energia). Ela destri os carboidratos (Massas), e as gorduras (Lipdeos) acumuladas no sangue. A insulina necessria para a sobrevivncia de uma pessoa. Sem ela a glicose no poderia entrar nas clulas e elas morreriam de fome. isso que a insulina faz...Ajuda as suas clulas a se alimentarem.A Insulina estimula a diminuio da converso de suprimento de lipdeos contido nas clulas adiposas em cidos graxos sangneos, tambm induz armazenagem de glicose nas clulas do fgado (e dos msculos) na forma de glicognio; a diminuio dos nveis de insulina ocasiona a converso do glicognio de volta a glicose pelas clulas do fgado e a excreo da substncia no sangue. a ao clnica da insulina que reduz os nveis altos de glicemia diagnosticados na diabetes. Ela pode tambm aumentar a esterificao de cidos graxos: estimula o tecido adiposo a compor triglicerdeos a partir de steres de cidos graxos. O mecanismo de liberao de insulina, dependente de glicose, as clulas beta presentes nas ilhotas de Langerhans so sensveis a variaes na glicemia por causa dos seguintes mecanismos. A insulina responsvel por fazer a glicose entrar nas clulas, atravs da ativao de receptores nas membranas. A queima da glicose um processo complexo, que envolve vrias enzimas, dentro das clulas. No tecido adiposo, a insulina facilita o armazenamento de glicose e sua converso para cidos graxos (lipognese). A insulina tambm inibe a liplise e oxidao das gorduras. No fgado, a insulina ajuda na converso de glicose em glicognio, alm de diminuir a gliconeognese, ou formao de glicose a partir de fontes como lactato, glicerol e aminocidos. A ao da insulina contrabalanada por hormnios como o glucagon, epinefrina e cortisol.

Efeitos da insulina no metabolismo dos carboidratos:

aumento no transporte de glicose atravs da membrana celular

aumento na disponibilidade de glicose no lquido intracelular

aumento na utilizao de glicose pelas clulas

aumento na glicognese (polimerizao de glicose, formando glicognio) aumento na transformao de glicose em gordura

Efeitos da insulina no metabolismo das protenas:

aumento no transporte de aminocidos atravs da membrana celular

maior disponibilidade de aminocidos no lquido intracelular

aumento na quantidade de RNA no lquido intracelular

aumento na atividade dos ribossomos no interior das clulas

aumento na sntese protica

reduo na lise protica

aumento no crescimentoEfeitos da insulina no metabolismo das gorduras: aumento na transformao de glicose em gordura

reduo na mobilizao de cidos graxos dos tecidos adiposos

reduo na utilizao de cidos graxos pelas clulas

INSULINA

AoEfeito

EstmuloArmazenamento da glicose exgena

EstmuloSntese protica

EstmuloLipognese

InibioGliconeognese e glicogenlise

InibioLiplise

Figura 2.1 Tabela das aes da insulina nometabolismoGLUCAGON O QUE E QUAL SUA FUNO.A palavra glucagon deriva de gluco, glucose (glicose) e agon, agonista, ou agonista para a glicose. O Glucagon um hormnio polipeptdeo produzido nas clulas alfa das ilhotas de Langerhans do pncreas e tambm em clulas espalhadas pelo trato gastrointestinal. So conhecidas inmeras formas de glucagon, sendo que a forma biologicamente ativa tem 29 aminocidos. um hormnio muito importante no metabolismo dos carboidratos. Sua ao mais conhecida aumentar a glicemia (nvel de glicose no sangue), contrapondo-se aos efeitos da insulina. O glucagon age na converso do ATP (trifosfato de adenosina) a AMP-cclico, composto importante na iniciao da glicogenlise, com imediata produo e liberao de glicose pelo fgado. O glucagon ajuda a manter os nveis de glicose no sangue ao se ligar aos receptores do glucagon nos hepatcitos (clulas do fgado), fazendo com que o fgado libere glicose - armazenada na forma de glicognio - atravs de um processo chamado glicogenlise. Assim que estas reservas acabam, o glucagon faz com que o fgado sintetize glicose adicional atravs da gliconeognese. Esta glicose ento lanada na corrente sangunea. Estes dois mecanismos levam liberao de glicose pelo fgado, prevenindo o desenvolvimento de uma hipoglicemia. O glucagon secretado pelas clulas alfa das ilhotas de Langerhans, muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa.

Quando a concentrao de glicose no sangue atinge valores baixos, as clulas alfa das ilhotas de Langerhans liberam uma maior quantidade de glucagon.

O glucagon, ento, faz com que a glicose sangunea aumente e retorne aos valores aceitveis como normal. Os principais mecanismos atravs dos quais o glucagon faz aumentar a glicemia so: Aumento na glicogenlise (despolimerizao do glicognio armazenado nos tecidos, liberando glicose para a circulao) e o aumento na gliconeognese, atravs da qual elementos que no so carboidratos (protenas e glicerol) transformam-se em glicose. O glucagon age nas mesmas clulas que a insulina, mas tem efeitos opostos, ele estimula o fgado e os msculos a quebrarem o glicognio armazenado (glicogenlise) e liberar glicose e estimula a gliconeognese no fgado e rins. Diferente da insulina, o glucagon mobiliza glicose das reservas de dentro do corpo e aumenta as concentraes de glicose na corrente sangnea; caso contrrio, a glicose do seu sangue cairia para nveis perigosamente baixos. Ento como acabamos de ver o glucagon tem como principal funo aumentar a glicemia (quantidade total de acar no sangue), aumentando a glicogenlise (quebra do glicognio) heptica.INSULINA X GLUCAGON

InsulinaGlucagon

Sntese de protenasestmuloinibio

Sntese de gorduraestmuloinibio

Glicogneseestmuloinibio

Lipliseinibioestmulo

Oxidao de glicoseinibioestmulo

Glicogenliseinibioestmulo

Gliconeogneseinibioestmulo

Catabolismo proticoinibioestmulo

Figura 2.2Aes da insulina e glucagon sobre o metabolismo Figura 2.3 Insulina X GlucagonSNTESE DE INSULINA E GLUCAGON

Figura 3.1Seu pncreas est

Localizado no abdome, abaixo do estmago. Produz muitas enzimas digestivas que quebramosalimentos (funo excrina) e hormnios (funo endcrina) que regulam a glicose no sangue. Para manter um nvel constante de glicose no sangue, seu corpo depende de dois hormnios produzidos no pncreas que tm aes opostas: insulina e glucagon. O tecido pancretico constitudo por numerosos cinos (cinos pancreticos), que so responsveis pela produo das diversas enzimas secretadas atravs do ducto pancretico no tubo digestrio. Tais enzimas constituem um tipo de secreo denominada secreo excrina.

Alm dessa funo excrina, o tecido pancretico secreta tambm hormnios, diretamente corrente sangunea. A secreo endcrina do pncreas feita atravs de milhares de grupamentos celulares denominados Ilhotas de Langerhans, distribudas por todo o tecido pancretico.

Cada Ilhota de Langerhans constituda por diversos tipos de clulas. Destacam-se as clulas alfa, que produzem o hormnio glucagon e as clulas beta, que produzem a insulina.

Ambos os hormnios, insulina e glucagon, so bastante importantes devido aos seus efeitos no metabolismo dos carboidratos, protenas e gorduras. A Insulina produzida pelas clulas beta das ilhotas de Langerhans, atua no metabolismo dos carboidratos, protenas e gorduras. O Glucagon secretado pelas clulas alfa das ilhotas de Langerhans, muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa. A partir de agora daremos maior ateno nas aes ligadas Insulina.

A Insulina um hormnio polipeptdico produzido pelas clulas betas das ilhotas de Langerhans grupos de clulas que fazem parte da poro endcrina do pncreas (Figura 3.2). Seus efeitos metablicos so anablicos, favorecendo por exemplo, a sntese de glicognio, de triacilgliceris e de protenas.

Figura 3.2

Ilhotas de Langerhans

A. ESTRUTURA DA INSULINA A insulina composta de 51 aminocidos arranjados em duas cadeias polipeptdicas, designadas A e B, as quais esto unidas por duas pontes dissulfeto (Figura 3.3A). A molcula de insulina tambm contm uma ligao dissulfeto intramolecular entre resduos de aminocidos da cadeia A. A insulina bovina difere da humana em trs posies de aminocidos, enquanto a insulina porcina varia em apenas uma posio.

B. SNTESE DA INSULINAO processamento e o transporte de intermedirios que ocorrem durante a sntese de insulina so mostrados nas Figuras 3.3B e 3.4. Note que a biossntese envolve dois precursores inativos, a pr-pr-insulina e a pr-insulina, que so clivados seqencialmente para formar o hormnio ativo mais o peptdeo C (Veja a Figura 3.4). O peptdeo C essencial para a organizao correta da molcula de insulina, alm disso, devido a sua meia-vida mais longa no plasma, o peptdeo C um bom indicador da produo e da secreo de insulina no diabetes juvenil. A insulina estocada em grnulos de citosol que, com o estmulo apropriado liberada por exocitose, A insulina degradada pela enzima insulinase, presente no fgado e, em menor quantidade, nos rins. A insulina possui uma meia-vida plasmtica de aproximadamente seis minutos. Essa curta durao de ao permite alteraes rpidas nos nveis circulantes desse hormnio.

Figura 3.3 A. Estrutura da insulina. B. Formao da insulina a partir da pr-pr-insulina.

Figura 3.4Movimentos intracelulares da Insulina e seus precursores. RER= Retculo endoplasmtico rugoso

C. REGULAO E SECREO DA INSULINA1. Estimulao da Secreo da Insulina.

A secreo da insulina pelas clulas beta das ilhotas de Langerhnas do pncreas esta intimamente coordenada com a liberao do glucagon pelas clulas alfa pancreticas. As quantidades relativas de insulina e glucagon liberadas pelo pncreas so reguladas de modo que a velocidade de produo da glicose heptica mantida igual a velocidade da glicose pelos tecidos perifricos. Em vista do seu papel de coordenadora, no surpreende que a clula beta responda a uma variedade de estmulos. Em especial, sntese e a secreo de insulina so aumentadas por:

a. Glicose. As clulas beta so os mais importantes semeadores corporais de glicose. Assim como o fgado, as clulas beta possuem atividade glicocinase e, portanto, podem fosforilar a glicose em quantidades proporcionais sua concentrao sangnea real. A ingesto de glicose ou de uma refeio rica em carboidratos leva a um aumento de glicose ou de glicose sangnea, o que um sinal para um aumento da secreo de insulina ( assim como para diminuio na sntese e liberao de glucagon, Figura 3.5). A glicose o estmulo mais importante para a secreo de insulina.b. Aminocidos. A ingesto de protenas causa um aumento transitrio nos nveis plasmticos de aminocidos, os quais, por sua vez, induzem imediata secreo de insulina. A arginina plasmtica elevada um estmulo especialmente potente para a sntese e a secreo de insulina.c. Hormnios Gastrintestinais. O peptdeo intestinal secretina estimula a secreo de insulina, assim como os outros hormnios gastrintestinais. Esses hormnios so liberados aps a ingesto de alimentos. Eles causam um aumento antecipado dos nveis de insulina na veia porta, antes que acorra um aumento real na glicemia. Isso pode ser responsvel pelo fato de que a mesma quantidade d glicose administrada por via oral induz a uma secreo muitos maior de insulina do que se a administrao for intravenosa.2. Inibio da Secreo de Insulina. A sntese e a liberao de insulina esto diminudas quando existem escassez de combustveis da dieta e tambm durante perodos de estresse (por exemplo, febre ou infeco). Esses efeitos so mediados primeiramente pela adrenalina a qual secretada pela medula adrenal em resposta ao estresse, ao trauma ou ao exerccio intenso. Nessas condies, a liberao de adrenalina controlada especialmente pelo sistema nervoso. A adrenalina possui um efeito direto sobre o metabolismo energtico, causando uma mobilizao rpida de combustveis produtores de energia, incluindo a glicose heptica (produzida pela glicogenlise ou pela gliconeognese) e os cidos graxos provenientes do tecido adiposo. Alm disso, a adrenalina pode impedir a liberaro de normal de insulina estimulada pela glicose. Assim, em situaes de emergncia, o sistema nervoso simptico substitui em grande parte a concentrao plasmtica de glicose como influncia controlada da secreo das clulas beta. A regulao da secreo de insulina est resumida na Figura 3.6.Figura 3.5 Alteraes dos nveis sangneos

de glicose, insulina e glucagon aps a ingesto de uma refeio rica em carboidratos.

Figura 3.6 Regulao e liberao da insulina pelas clulas beta pancreticas.D. EFEITOS METABLICOS DA INSULINA1. Efeito Sobre o Metabolismo e Carboidratos.Os efeitos da insulina no metabolismo da glicose so os mais proeminentes em trs tecidos: fgado, msculo e tecido adiposo. No fgado, a insulina diminui a produo de glicose por inibir a gliconeognese e a degradao de glicognio. No msculo e no fgado, a insulina aumenta a sntese de glicognio. No msculo e no tecido adiposo, a insulina aumenta a captao de glicose por aumentar e nmero de transportadores de glicose na membrana celular. Assim a administrao intravenosa de insulina causa uma diminuio imediata na concentrao de glicose no sangue.2. Efeitos Sobre o Metabolismo de Lipdeos.O tecido adiposo responde dentro de minutos a administrao de insulina, a qual causa uma importante reduo na liberao de cidos graxos:

a. Diminuio na degradao de triacilgliceris. A insulina diminui os nveis de cidos graxos circulantes por inibir a atividade da lpase sensvel a hormnio no tecido adiposo. A insulina provavelmente age por promover a desfosforilao e, portanto, a inativao da enzima.b. Aumento na sntese de triacilgliceris. A insulina aumenta o transporte e o metabolismo da glicose nos adipcitos, fornecendo o substrato glicerol-3-fosfato para a sntese de triacilglirecris. A insulina tambm aumenta a atividade da lpase lipoprotica no tecido adiposo, por aumentar a sntese da enzima, fornecendo assim, cidos graxos para a esterificao.3. Efeitos Sobre a Sntese Protica.

Na maioria dos tecidos, a insulina estimula a entrada de aminocidos nas clulas e a sntese de protenas.

E. MECANISMO DE AO DA INSULINAA insulina liga-se a receptores especficos de alta afinidade na membrana celular da maioria dos tecidos, incluindo o fgado, o msculo e o tecido adiposo. Esse o primeiro passo em uma cascata de reaes, levando finalmente a um conjunto de aes biolgicas diversas.

1. Receptor da Insulina.

O receptor de insulina sintetizado como um polipeptdio nico, que glicolilado e clivado em subunidades alfa e beta, as quais so, ento, reunidas em um tetrmero unido por ligaes dissulfeto. Um domnio hidrofbico em cada subunidade beta atravessa a membrana plasmtica. A subunidade alfa contm a stio de ligao da insulina. O domnio citoslico da subunidade beta uma tirosina-cinase, a qual ativada pela insulina.2. Traduo de Sinal

A ligao da insulina s subunidades alfa do receptor de insulina induz alteraes conformacionais que iro atingir as subunidades beta. Isso promove uma rpida autofosforilao de um resduo especfico de tirosina em cada subunidade beta. A autofosforilao inicia uma cascata de respostas de sinalizao celular, incluindo a fosforilao de uma famlia de protenas denominadas protenas substratos do receptor de insulina (SRIs). J foram identificados pelo menos quatro SRIs, os quais apresentam estruturas similares, mas diferente distribuio tecidual. As aes da insulina so encerradas pela desfosforilao do receptor.

Figura 3.7Stio de recepo da insulina na MP.3. Efeitos da Insulina na Membrana

Na presena da insulina, o transporte da glicose aumenta em alguns tecidos, como o msculo esqueltico e os adipcitos. A insulina promove o recrutamento de transportadores de glicose sensveis insulina provenientes de um estoque localizado nas vesculas intracelulares. Alguns tecidos possuem sistemas independentes de insulina para o transporte de glicose. Por exemplo, hepatcitos, eritrcitos e clulas do sistema nervoso, da mucosa intestinal, dos tbulos renais e da crnea no requerem insulina para a captao de glicose.4. Regulao do Receptor

A ligao de insulina seguida pela internalizao do complexo hormnio-receptor. Uma vez dentro da clula, a insulina degradada nos lisossomos. Os receptores podem ser degradados, mas a maioria reciclada para a superfcie celular. Nveis elevados de insulina promovem a degradao dos receptores, diminuindo assim o nmero de receptores na superfcie. Esse um tipo de regulao por subsensibilizao.

Figura 3.8 A insulina faz com que as clulas recrutem transportadores dos estoques intracelulares.5. Curso Temporal das Aes da InsulinaA ligao de insulina provoca uma ampla variedade de aes. A resposta mais imediata um aumento no transporte de glicose pelos adipcitos e pelas clulas do msculo esqueltico, que ocorre dentro de segundos aps a ligao da insulina aos seus receptores da membrana. As alteraes na atividade enzimtica induzidas pela insulina em muitos tipos de clulas ocorrem dentro de minutos a horas e refletem alteraes no estado de fosforilao de protenas existentes. A insulina tambm desencadeia um aumento na quantidade de muitas enzimas, como a glicocinase, a fosfofrutocinase e a piruvato-cinase, que requerem horas e dias. Essas alteraes refletem um aumento na transcrio gnica, no RNAm e na sntese enzimtica. Abordaremos agora alguns pontos importantes sobre o Glucagon. O glucagon um hormnio polipeptdico secretado pelas clulas alfa das ilhotas de Langerhans pancreticas. O glucagon, juntamente com a adrenalina, c cortisol e o hormnio do crescimento (os hormnios contra-reguladores), se ope a muitas das aes da insulina. Em especial, o glucagon age na manuteno dos nveis de glicose sangnea, pela ativao da glicogenlise e da gliconeognese hepticas. O glucagon composto por 29 aminocidos arranjados em uma nica cadeia polipeptdica. Ao contrrio da insulina, a seqncia de aminocidos no glucagon a mesma em todas as espcies de mamferos, examinadas at o momento. O glucagon sintetizado como uma grande molcula precursora, que convertida no glucagon atravs de uma srie de clivagens proteolticas seletivas, similares quelas descritas na biossntese da insulina. A. ESTMULO DA SECREO DE GLUCAGONA clula alfa responsiva um uma variedade de estmulos que sinalizam uma hipoglicemia real ou potencial. Especialmente a secreo do glucagon aumentada por:1. Glicemia Baixa

Uma diminuio na concentrao plasmtica de glicose o principal estmulo para a liberao de glucagon. Durante um jejum noturno ou prolongado, os nveis elevados de glucagon previnem a hipoglicemia.

2. Aminocidos

Os aminocidos derivados de uma refeio que contm protenas estimulam a liberao de glucagon e de insulina. O glucagon impede efetivamente a hipoglicemia, que de outra forma ocorreria como resultado da secreo aumentada de insulina aps uma refeio protica.3. Adrenalina

Nveis elevados de adrenalina circulante produzida pela medula adrenal ou de noradrenalina produzida pela inverso simptica do pncreas, ou de ambas estimulam a liberao de glucagon. Assim durante perodos de estresse, trauma ou exerccio intenso, os nveis elevados de adrenalina podem impedir o efeito dos substratos circulantes sobre as clulas alfa. Nessas situaes, independentemente da concentrao de glicose no sangue, os nveis de glucagon se elevam em antecipao ao aumento na utilizao de glicose. Em contraste os nveis de insulina so reduzidos.

B. INIBICO DA SECREO DE GLUCAGONA secreo de glucagon diminui significamente com o aumento de glicose e de insulina no sangue. Essas substncias esto aumentas aps a ingesto de glicose ou de uma refeio rica em carboidratos. A regulao da secreo do glucagon est resumida na Figura 3.9.

Figura 3.9Regulao da liberao de glucagon pelas clulas alfa pancreticas. C. EFEITOS METABLICOS DO GLUCAGON1. Efeitos Sobre o Metabolismo de Carboidratos.A administrao intravenosa de glucagon leva a um aumento imediato de glicemia. Isso resulta de um aumento na degradao de glicognio heptico (no muscular) e de um aumento na gliconeognese.

2. Efeitos Sobre o Metabolismo de Lipdeos

O glucagon favorece a oxidao heptica de cidos graxos e a subseqente formao de corpos cetnicos a partir de acetil-CoA. O efeito lipoltico do glucagon no tecido adiposo mnimo em humanos.3. Efeitos Sobre o Metabolismo Protico

O glucagon liga-se a receptores de alta afinidade na membrana celular do hepatcito. Os receptores para glucagon so diferentes dos que ligam insulina ou adrenalina. A ligao do glucagon resulta a ativao da adeni-lato-ciclase na membrana plasmtica (figura 3.10). Isso cauda um aumento no AMPc (o segundo mensageiro), o qual, por sua vez, ativa a protena-cinase dependente de AMPc e aumenta a fosforilao de enzimas ou outras protenas especficas. Essa cascata de atividades enzimticas crescente resulta na ativao ou inibio mediata por fosforilao de enzimas-chave reguladoras, envolvidas no metabolismo dos carboidratos e dos lipdeos.Figura 3.10 Mecanismo de ao do glucagon. Mapa de conceitos-chave para a integrao do metabolismo energtico

Insulina e Glucagon

TIPOS DE INSULINA Se voc precisa de insulina, a deciso a ser tomada deve ser a melhor. Uma coisa que sabemos sobre a insulina que ela sempre funciona. Ela diminuir seus nveis de glicose quando usada corretamente, na quantidade exata e nas horas certas. A insulina uma pequena molcula equivalente protena secretada pelas clulas beta no pncreas. Suas maiores funes so fazer com que seus msculos e clulas gordurosas absorvam a glicose e pedir ao fgado que fabrique menos glicose. Se tem diabetes tipo um, voc dependente da insulina, j que precisa das injees de insulina para viver. Seu pncreas no fabrica insulina suficiente, para manter as funes de seu corpo. Se tem diabetes tipo dois, voc pode precisar de insulina para complementar a quantidade que seu pncreas produz para manter as funes normais. Existem diferentes tipos de insulina, todos com caractersticas diferentes. Ao determinar a melhor insulina para voc, h trs caractersticas importantes a serem compreendidas e consideradas. A primeira o tempo de ao da insulina. o tempo que leva para a insulina chegar corrente sangnea e comear a diminuir seu nvel de glicose. A prxima o pico da insulina. a hora em que a insulina est no seu ponto mximo em termos de reduo do nvel de glicose. A ltima caracterstica da insulina sua durao. o tempo que a insulina permanece no corpo, continuando a trabalhar e diminuir seus nveis de glicose. Ao compreender essas caractersticas, voc e a equipe que trata de voc tm vrios tipos diferentes de insulina a levar em considerao. Com bastante freqncia, essas insulinas sero usadas em uma espcie de combinao para atender as suas necessidades de incio, pico e durao da ao. E, embora as caractersticas dos tipos da insulina tenham sido estudadas e documentadas detalhadamente, voc precisa entender que existe uma singularidade em cada um de ns e que sua resposta a cada insulina pode variar em relao ao que se espera. Por essa razo, fazer anotaes completas e detalhadas dos resultados dos exames de sangue (glicemia) e do efeito das injees de insulina de extrema importncia para poder compreender como funciona a insulina no seu corpo especificamente. Quando a insulina foi disponibilizada pela primeira vez em 1923, havia apenas um tipo, a insulina comum. Embora fosse de origem animal, ainda est disponvel hoje, em uma forma de DNA recombinante. A insulina comum, tambm chamada de insulina R, uma insulina de ao curta que geralmente comea a funcionar dentro de 30 a 60 minutos, chega ao pico 2 a 4 horas depois da injeo e geralmente est fora do seu organismo entre 6 e 8 horas.

No incio da terapia com insulina, as agulhas usadas para injetar a insulina eram grossas e precisavam ser afiadas manualmente antes de cada uso com uma pedra de amolar ou um couro de afiar navalhas. As seringas eram de vidro e precisavam ser fervidas e limpas diariamente. A dor e a inconvenincia provocadas impulsionaram o desenvolvimento de uma insulina de ao mais longa, de modo que fossem necessrias menos injees.

Nos anos 50, pesquisadores europeus desenvolveram dois novos preparados de insulina que reduziram as quatro ou seis injees necessrias por dia para duas. O primeiro desses novos preparados de insulina foi a insulina NPH, que acrescentou uma protena de peixe, a protamina, insulina comum para retardar sua absoro. A NPH uma insulina de ao intermediria que geralmente comea a funcionar em 2 a 4 horas, chega ao pico em 6 a 10 horas e sai do sistema em 16 a 24 horas. O outro novo preparado produziu dois tipos de insulina, a insulina Lenta e Ultra lenta. Essas insulinas foram produzidas cristalizando-se a insulina comum em diferentes graus. Com a cristalizao da insulina, leva mais tempo para ela ser absorvida, prolongando, assim, sua ao no corpo. A insulina Lenta, uma insulina de ao intermediria, como a NPH, geralmente comea a funcionar em 3 a 4 horas, chega ao pico em 6 a 12 horas e dura de 20 a 26 horas. Em comparao, a Ultra lenta cristalizada a um grau maior e considerada uma insulina de ao prolongada. Geralmente, comea a funcionar em 4 a 6 horas, chega ao pico em 10 a 20 horas e costuma sair do corpo 24 a 36 horas depois da injeo. Devido a sua ao prolongada, geralmente chamada de insulina "sem pico", com uma liberao aparentemente contnua durante um longo perodo de tempo. Entretanto, estudos mostraram que a insulina Ultra lenta absorvida em graus em diferentes pessoas diferentes. Para algumas pessoas, a Ultra lenta funciona como uma insulina de ao intermediria, enquanto para outras, tem ao longa. H insulinas mais recentes: a Lantus, tambm conhecida como glargina e a Lispro. a glargina a verdadeira insulina "sem pico". Ela aplicada uma vez por dia e, funciona igualmente por 24 horas. A Lantus pode substituir a NPH, mas, em virtude de ter uma ao direta e sem pico, ela no faz nada para diminuir o aumento da glicose quando se come. Alm disso, por ter um pH menor do que o de outras insulinas (tornando-a mais cida), ela pode arder quando injetada e no pode ser misturada com outras insulinas na mesma seringa. Um quarto tipo de insulina consiste nas insulinas de ao rpida como a insulina lispro e a insulina aspart. Esse tipo de insulina comea a fazer efeito 5 a 10 minutos depois de injetada, chega ao pico cerca de 1 a 2 horas e sai em aproximadamente 3 a 5 horas. Essa insulina mais recente age muito mais rpido do que a insulina comum e pode ser injetada pouco antes da refeio, em vez de 30 minutos antes, tempo recomendado para a insulina comum. J que funciona to rpido, o ideal manter os nveis de glicose no sangue baixos logo aps a refeio. Alm disso, em virtude de ser removida do corpo rapidamente, h menos risco de hipoglicemia. Devido ao rpida dessas insulinas, h mais flexibilidade no planejamento das refeies, um benefcio real de estilo de vida para as pessoas que devem usar insulina. Outro tipo de insulina insulina pr-misturada. As insulinas pr-misturadas consistem de diferentes insulinas que so combinadas em porcentagens estabelecidas. Essas insulinas so adequadas para algumas pessoas que combinam duas insulinas diferentes juntas, como a NPH e a comum. A mistura mais tpica 70% de NPH e 30% de comum, chamada de insulina 70/30. A insulina pr-misturada pode ser usada por aqueles que no querem ou esto desmotivados a tomar vrias injees diariamente, por aqueles que no conseguem ou no querem testar com freqncia os nveis de glicose no sangue, por aqueles que tm problema em tirar insulina de dois frascos diferentes e por aqueles incapazes de ajustar a dosagem de insulina com base nas leituras de glicose no sangue. mais difcil atingir o controle com as insulinas pr-misturadas do que aplicando vrias vezes a insulina durante o dia. Geralmente, voc incapaz de chegar ao controle normal da glicose usando uma insulina pr-misturada, e a principal meta desse tipo de terapia rgida com insulina prevenir os nveis baixos e muito altos de glicose no sangue. As insulinas bovina e porcina podem ser obtidas atravs de purificao simples ou sofrerem processos mais complexos para extrair outros peptdeos pancreticos, neste caso sua denominao acrescida de termos tais como " altamente purificados" ou " monocomponentes" .

Apresentaremos agora um quadro e uma lista com os tipos de insulina, a origem, o incio do efeito e o pico de durao das mesmas.TipoOrigemIncio do efeitoPicoDurao

Insulina simples, regular ou cristalinaBovina, porcina ou humana a 1 hora2 a 4 horas5 a 7 horas

Insulina isofana ou NPHBovina, porcina ou humana3 a 4 horas6 a 12 horas18 a 28 horas

Insulina bifsica (BP)mistura de porcina e/ou bovina c/ humana e/ou porcina2 horas4 a 12 horasat 24 horas

Insulina isofana bifsica (BP)Mistura de porcina e/ou bovina com humana e/ou porcina complexadas com protamina2 horas4 a 12 horasat 24 horas

Insulina semi lenta (USP) ou suspenso de insulina zncica " Prompt" mistura de porcina e/ou bovina c/ humana e/ou porcina (e uma soluo amorfa, no confundir com insulina PZI)1 a 3 horas2 a 8 horas12 a 16 horas

Insulina Semi lenta (BP)ou suspenso de insulina zncica

Insulina simples, regular ou cristalina. Bovina, porcina e humana.

Bovina, porcina ou humana.2 horas

1 hora4 a 12 horas

2 a 4 horasAt 24 horas

5 a 7 horas.

Insulina lenta ou suspenso de insulina zncicaBovina, porcina ou humana.1 a 3 horas8 a 12 horas18 a 28 horas

Ultra lenta ou insulina zncica " extend" e/ou suspenso de insulina zncica cristalina (BP)Bovina, suna ou humana.18 a 24 horasat 36 horas

Insulina Protaminozncica ou PZI ( Protamina Zinc Insulin Suspension, c/ excesso de protamina na suspenso)Bovina, porcina e humana.4 a 6 horas14 a 24 horasAt 36 horas

Insulina isofana ou NPH Bovina, porcina ou humana 3 a 4 horas 6 a 12 horas 18 a 28 horas.

Insulina bifsica (BP) mistura de porcina e/ou bovina c/ humana e/ou porcina 2 horas 4 a 12 horas at 24 horas.Insulina isofana bifsica (BP) Mistura de porcina e/ou bovina com humana e/ou porcina complexadas com protamina 2 horas 4 a 12 horas at 24 horas.Insulina semi lenta (USP) ou suspenso de insulina zncica Prompt" mistura de porcina e/ou bovina c/ humana e/ou porcina (e uma soluo amorfa, no confundir com insulina PZI) 1 a 3 horas 2 a 8 horas 12 a 16 horas.

Insulina Semi lenta (BP) ou suspenso de insulina zncica amorfa Bovina, porcina e humana 2 horas 4 a 12 horas At 24 horas.

Insulina lenta ou suspenso de insulina zncica Bovina, porcina ou humana 1 a 3 horas 8 a 12 horas 18 a 28 horas.

Ultra lenta ou insulina zncica " extend" e/ou suspenso de insulina zncica cristalina (BP) Bovina, suna ou humana 18 a 24 horas at 36 horas

Insulina Protaminozncica ou PZI ( Protamina Zinc Insulin Suspension, c/ excesso de protamina na suspenso) Bovina, porcina e humana 4 a 6 horas 14 a 24 horas At 36 horas.

Evidentemente, a insulina somente funcionar se for administrada corretamente. A prxima seo explora a forma como a insulina usada.O USO DA INSULINA A insulina uma protena e, por isso, no pode ser usada oralmente, pois os sucos digestivos do corpo a destruiriam; ela deve ser administrada por injeo. O tempo e a freqncia das injees de insulina dependem de vrios fatores, incluindo o tipo de insulina, a quantidade, o tipo de alimento ingerido e o nvel pessoal de atividade fsica. Com o teste freqente de seus nveis de glicose no sangue e o trabalho em conjunto com sua equipe de tratamento para analisar seus padres de glicose, voc e sua equipe identificaro a insulina certa que "serve" para voc. Uma vez que os padres forem identificados, voc precisa escolher o sistema de distribuio de insulina que seja indicado a voc. At pouco tempo, sua nica opo era uma seringa de vidro com agulha destacvel "afiada aps cada uso". Com o avano da tecnologia do metal, ela foi substituda pela combinao agulha e seringa descartveis, com uma agulha muito afiada, forte e significativamente mais fina (e menos dolorosa). Atualmente, as agulhas de seringa so to pequenas que, na maioria dos casos, a injeo quase indolor. Voc geralmente precisa observar se a agulha atravessou a pele ao aplicar uma injeo em si mesmo. E quando questionada, a maioria das pessoas que usa insulina diz que mais trabalhoso, e mais doloroso, testar sua glicose do que administrar uma injeo.

Embora as seringas tenham melhorado muito ao longo desses ltimos 75 anos, a insulina ainda precisa ser tirada de um frasco. Isso pode ser um inconveniente para algum que tenta levar uma vida ativa e normal, e estudos revelaram que doses mal calculadas de insulina so muito comuns. Questes como essas levaram ao desenvolvimento de canetas de insulina, usadas primeiro na Europa e depois introduzidas nos Estados Unidos no incio dos anos 90. Uma caneta de insulina assemelha-se a uma caneta-tinteiro, exceto pelo fato de que a insulina fica onde voc normalmente encontraria um cartucho de tinta, e uma agulha substitui a ponta da caneta. Voc "define" a dose desejada de insulina e, em seguida, pressiona a parte superior para tir-la. A simplificao do processo aumentou a flexibilidade das injees freqentes de insulina (especialmente aquelas no meio do dia, quando as pessoas provavelmente estavam fora de casa) e aumentou a preciso das doses aplicadas. As canetas de insulina vm em dois tamanhos, com cartuchos de 150 ou 300 unidades, e na maioria dos tipos de insulina.

O fluxo sangneo at o local da injeo tambm controla a absoro, ento, a pele fria resulta em absoro mais lenta que a pele quente. O fluxo sangneo tambm alterado quando as injees so continuamente dadas no mesmo local, pois o excesso de insulina em uma rea favorece o crescimento de tecido gorduroso, chamado de lipodistrofia. Esse tecido gorduroso possui poucos vasos sangneos e, por isso, absorve a insulina de maneira insuficiente. Com a mudana dos locais da injeo (d uma picada cerca de 2,5cm do local da ltima injeo), voc geralmente pode evitar esse problema.

Finalmente, s vezes, difcil atender s necessidades dirias e bsicas de insulina. Sua necessidade bsica de insulina, tambm chamada de basal, o que seu corpo precisa para funcionar quando voc est em jejum entre as refeies. A mesma variao que est associada ao fenmeno do amanhecer ocorre em algumas pessoas de uma forma mais leve tambm durante o dia.

Para lidar com esses problemas e atender s necessidades das pessoas que desejam o melhor controle de glicose possvel, no final da dcada de 70, foi apresentada a bomba de insulina, que fornecia continuamente insulina comum diretamente sob a pele. Infelizmente, as primeiras bombas no eram muito confiveis. Nos anos 90, foram acrescentadas dobras, e as bombas melhoraram tanto que, atualmente, so consideradas o melhor mtodo de aplicao de insulina em quase todas as pessoas que precisam dela. A quantidade de pessoas que utilizam bombas nos Estados Unidos cresceu de 20 mil, em 1995, para mais de 80 mil em 1999. Esse nmero tem crescido para mais de 20 mil novos usurios de bombas a cada ano e continua subindo.

As bombas modernas so bastante semelhantes s bombas de infuso intravenosa (EV) usadas em hospitais para distribuir medicamentos. Geralmente tm o tamanho de um Pager e pesam cerca de 113 g. Cada bomba possui um tubo plstico fino, com uma extremidade conectada ao reservatrio de insulina dentro da bomba e a outra extremidade a um cateter plstico fino. Esse cateter geralmente colocado sob a pele do abdome usando-se uma agulha de insero, que removida depois que o cateter est no lugar. O local do cateter muda a cada dois a trs dias. Isso significa que, em vez de serem necessrias 8 a 12 injees de insulina durante um perodo de dois a trs dias, voc precisa apenas de uma injeo de agulha para colocar o cateter, durante o mesmo perodo, quando usa uma bomba. Sua bomba de insulina programada para aplicar insulina a uma taxa especfica durante o dia e a noite (sua taxa basal) para compensar o fenmeno do amanhecer e atender as suas necessidades bsicas dirias. Com isso, voc fica livre para comer a qualquer momento, alm de no ficar mais amarrado s horas das injees de insulina, o que reduz significativamente o risco de hipoglicemia. Sempre que comer, voc simplesmente direciona a bomba para aplicar a insulina para equilibrar a quantidade de comida que voc deseja ingerir.

Mas existem aspectos negativos sobre a bomba. Uma das maiores desvantagens o risco de infeco no local de insero. Isso geralmente remediado ao certificar-se de que o local muda o suficiente e que usada uma tcnica de insero boa e adequada. Outros problemas srios so os altos nveis de glicose e a cetoacidose que podem ocorrer se a distribuio de insulina for interrompida por mais de algumas horas. Isso pode acontecer se a bomba no funcionar direito, o tubo ficar dobrado ou bloqueado, ou a bomba trabalhar sem insulina. Com todas as campainhas e apitos disponveis nas bombas atuais, contudo, um usurio atento logo percebe um problema desse tipo na bomba antes da distribuio da insulina ser interrompida por qualquer perodo longo de tempo. Os dois ltimos obstculos tendem a ser o custo (uma bomba custa em mdia US$ 5 mil) e a questo de estar constantemente "presa" a alguma coisa. Embora o custo de uma bomba seja assustador, o custo de se manter um portador de diabetes saudvel bem menor do que tratar algum com complicaes. Muitas companhias de seguro esto ficando mais conscientes disso e comeando a achar que o custo da bomba pequeno se comparado aos custos, em longo prazo, dos cuidados mdicos de algum debilitado e com baixo controle. Por essa razo, com autorizao prvia, muitas companhias de seguro, cobrem as bombas de insulina. Entretanto, isso no ocorre no Brasil. Finalmente, a preocupao de estar preso a uma mquina geralmente desaparece rapidamente. As bombas so to pequenas que so facilmente guardadas no bolso, presas ao cinto ou escondidas embaixo das roupas. Bomba Insulina de

insulina

Aplicao de insulinaHIPOGLICEMIA E HIPERGLICEMIA-Hipoglicemia-Caractersticas Gerais. De repente d aquela fome, confuso mental, tremores, suores, fraqueza, corao acelerado, sonolncia... Quase toda pessoa com diabetes j sentiu isso. A hipoglicemia pode acontecer com os que usam insulina ou medicao oral. Na maioria das vezes o prprio paciente identifica os sintomas e ingere algum alimento com acar. Em outras ocasies, necessita-se de socorro. Surgem, ento, perguntas muito comuns entre aqueles que convivem com algum que tem diabetes. Como sei que algum est com hipoglicemia? O que fao quando isto acontecer?

Hipoglicemia significa baixo nvel de glicose no sangue. Quando a glicemia est abaixo de 60 mg%, com grandes variaes de pessoa a pessoa, podem ocorrer sintomas de uma reao hipoglicemia: sensao de fome aguda, dificuldade para raciocinar, sensao de fraqueza com um cansao muito grande, sudorese exagerada, tremores finos ou grosseiros de extremidades, bocejamento, sonolncia, viso dupla, confuso que pode caminhar para a perda total da conscincia, ou seja, coma.

importante que os amigos e parentes da pessoa com diabetes saibam que ela est em uso de insulina ou de hipoglicemiante oral. Assim, j podero fazer o diagnstico de hipoglicemia.

Causas que favorecem o aparecimento da hipoglicemia.

* Erro no uso da medicao, principalmente, insulina;

* Atraso em se alimentar;

* Muito exerccio sem automonitorizaoAs hipoglicemias significam baixo nvel de glicose no sangue (glicemia abaixo de 60 mg/dl). Geralmente so ocasionadas por falta de refeies nos horrios corretos, por exerccios fsicos excessivos, ou por doses elevadas de insulina e/ou medicamentos (hipoglicemiantes orais).

As melhores alternativas para evitar o surgimento de hipoglicemias so: respeitar os horrios corretos das refeies, programar os exerccios fsicos (horrio e alimentao adequados), seguir as doses corretas de insulina e/ou comprimidos recomendados pelo mdico.

O que fazer?

Os sintomas clssicos de hipoglicemia so suor em excesso, sonolncia, fraqueza, corao acelerado (palpitaes), tremores, viso dupla ou turva, fome sbita, confuso mental. O valor da glicemia a partir do qual esses sintomas aparecem costuma ser diferente de paciente para paciente, dependendo inclusive da freqncia dos episdios hipoglicmicos.

Se os nveis de glicemia chegarem a valores muito baixos, acontece o coma hipoglicmico. Nesta situao, os valores de glicose no sangue esto to baixos que so insuficientes para o crebro continuar funcionando adequadamente. Em geral, a pessoa fica semi-consciente (comporta-se como um embriagado) ou inconsciente.

Oferecer balas, acar ou lquidos com duas colheres de sopa de acar em meio copo do lquido. Se ela estiver em coma ou se recusar a colaborar, coloque um leno entre as arcadas dentrias e introduza colheres de caf com acar entre a bochecha e a gengiva, massageando-a por fora. Caso seja necessrio, aplicar uma injeo de 1 mg de Glucagon subcutneo, igual aplicao de insulina; a conscincia retorna aproximadamente em cinco minutos, permitindo um lanche repositor.

Nas pessoas portadoras de diabetes que apresentam hipoglicemia sem percepo, o uso apenas de insulinas de ao rpida e ultra-rpida (por provocarem a queda da glicemia rapidamente) libera grande quantidade de hormnios contra-reguladores (cortisol, adrenalina, hormnio do crescimento) e pode ajudar na percepo precoce da hipoglicemia, antes do embotamento da conscincia. Paciente acordado, consciente: Oferecer um alimento assim que desconfiar que esteja hipoglicmico (preferencialmente confirmado pela medio da glicemia na ponta do dedo). Deve-se ingerir 15 g de carboidratos, como por exemplo:

1 colher de sopa rasa de acar com gua

150 ml de refrigerante regular (no diettico) - 1 copo pequeno

150 ml de suco de laranja - 1 copo pequeno

3 balas de caramelo

Aguarde 15 minutos e verifique a glicemia novamente. Caso permanea menor que 79 mg/dl, repetir o esquema. Paciente semi-consciente ou inconsciente: Nestes casos, o paciente no consegue mais ingerir alimentos. No se deve insistir que o paciente se alimente, sob o risco de que aspire o alimento para o pulmo. A melhor opo injetar glucagon hormnio que faz ocontrrio do que a insulina faz, ou seja, aumenta a glicose no sangue. Sugere-se que a pessoa com diabetes (principalmente aquela que usa insulina) tenha sempre consigo uma ampola de glucagon para essas situaes. A injeo subcutnea, como a da insulina. Outra opo colocar um pouco de acar na mucosa das bochechas, na tentativa de que absorva alguma glicose e a pessoa acorde. Novamente lembramos a possibilidade do paciente aspirar. A administrao intravenosa da glicose s deve ser realizada em ambiente hospitalar.Dicas para evitar hipoglicemia

O consumo de um lanche antes de dormir (ceia) pode auxiliar na preveno de hipoglicemia noturna. Os alimentos mais recomendados para este lanche devem conter carboidratos e protenas (leite ou po com queijo e presunto, por exemplo);

A monitorizao nesse horrio extremamente importante. A glicemia deve ser ajustada sempre para que fique em torno de 100 m/dl;

Ficar atento alimentao se fizer exerccio fsico (especialmente se no programado). necessrio medir sua glicemia para ver se necessrio o consumo de carboidratos extras;

Evitar o uso do lcool, principalmente em jejum. Importante Algumas pessoas com diabetes costumam manter suas glicemias mais elevadas para evitar as hipoglicemias. Porm, a glicemia alta leva, com o correr do tempo, a complicaes degenerativas importantes. Portanto, o melhor perder o medo das hipoglicemias, monitorando-se adequadamente a cada suspeita de estar hipoglicmico.

-Hiperglicemia-Caractersticas Gerais Hiperglicemia o aumento da glicose no sangue. A SBD considera que valores acima de 126 mg em jejum so suspeitos de diabetes. Valores acima de 200 mg em qualquer ocasio fazem o diagnstico. As pessoas com diabetes que fazem monitorizao da glicose rotineiramente podem detectar aumentos da glicemia, sem, entretanto, apresentar quaisquer sintomas de hiperglicemia. Sempre que possvel deve-se pesquisar a glicose no sangue. Isto pode ser feito nas seguintes ocasies:

Em jejum e antes das principais refeies (almoo e jantar);

Em jejum e 2 horas aps as principais refeies;

At duas horas aps as refeies (glicemia ps-prandial).

considerada glicemia ps-prandial exames realizados dentro do intervalo de duas horas aps as refeies. A interpretao destes resultados deve ser feita pelo mdico. Causas que podem favorecer o aparecimento da hiperglicemia:* Diabetes mellitus primria ou secundria a outras doenas;* Muita comida, sem nenhuma restrio;

* Pouco exerccio;

* Sndrome Metablica.Sintomas: Muita sede, muita urina, muita fome com emagrecimento, cansao, pele seca, dor de cabea, podendo evoluir para nuseas, vmitos, sonolncia, dificuldades para respirar e hlito de ma.O que fazer?Caso voc detecte um valor elevado de glicose no sangue, procure um mdico ou um servio de sade para um diagnstico e tratamento.SintomasHiperglicemia (alta de acar)Hipoglicemia (baixa de acar)

IncioLentoSbito (minutos)

SedeMuitaInalterada

UrinaMuita quantidadeInalterada

FomeMuitaMuita ou normal

Perda de pesoFreqenteNo

PeleSecaNormal ou mida

Mucosa da BocaSecaNormal

SuoresAusentesFreqentes e frios

TremoresAusentesFreqentes

FraquezaPresenteSim ou no

CansaoPresentePresente

Glicose no sangueSuperior a 200 mg%40 a 60 mg% ou menos

Hlito cetnicoPresente ou ausenteAusente

Figura 6.1

Diferenas entre hipoglicemia e hiperglicemia

ORIGEM E NOMES COMERCIAISNome comercialLaboratriotipo de insulina

NovolinNovo NordiskInsulina humana monocomponente de vrias formas Insulina humana monocomponente

Novolin RNovo NordiskInsulina humana monocomponente regular

Novolin LNovo NordiskInsulina humana monocomponente lenta

Novolin NNovo NordiskInsulina humana monocomponente NPH

Novolin 70/30Novo NordiskInsulina humana monocomponente 70% NPH e 30% Regular

Monotard MCNovo NordiskInsulina suna monocomponente suspenso zncica, contendo zinco, NaCL, acetato de sdio (100UI + 0,13mg + 7mg = 1,4mg/ml).

Actrapid MCNovo NordiskInsulina suna monocomponente regular

BiohulinBiobrsHumana monocomponente vrias formas

IletinBiobrsInsulina mista bovina e suna

IolinBiobrsInsulina mista bovina e suna altamente purificada

Iolin RBiobrsInsulina mista bovina e suna altamente purificada Regular

Iolin NBiobrsInsulina mista bovina e suna altamente purificada NPH

MonolinBiobrsInsulina suna monocomponente

NeosulinBiobrsInsulina suna altamente purificada

Neosulin NBiobrsInsulina suna altamente purificada NPH

Neosulin RBiobrsInsulina suna altamente purificada Regular

Neosulin LBiobrsInsulina suna altamente purificada Lenta

HumulinEli LillyInsulina Humana vrias formas

Humulin REli LillyCristais de insulina dissolvidos em lquido claro

Humulin NEli LillySuspenso cristalina de insulina humana com protamina e zinco

Humulin LEli LillySuspenso amorfa e cristalina de insulina humana

Humulin UEli Lillysuspenso cristalina de insulina humana com zinco

Humulin 50/50Eli Lilly50% de insulina NPH e 50% de regular

Humulin 70/30Eli Lilly70% de insulina NPH e 30% de regular

Insulina mista purificadaEli LillyInsulina zncica bovina neutra

Tipos de insulinasNomes Comerciais

Humana monocomponente vrias formasNovolin (Novo Nordisk)

Biohulin (Biobrs)

Humulin

Mista bovina e sunaIletin (Biobrs)

Mista bovina e suna altamente purificadaIolin (Biobrs)

Insulina mista purificada (Lilly)

Suna monocomponenteMonolin (Biobrs)

Neosulin (Biobrs)

Actrapid MC (Novo Nordisk)

Suna monocomponente suspenso zncicaMonotard MC (Novo Nordisk)

O glucagon administrado atravs de uma injeo intramuscular e rapidamente aumenta os nveis de glicose no sangue (glicemia).

GLUCAGON (nome genrio) (substncia ativa)

Marca comercial: GLUCAGEN (novo nordisk)

Ingetvel (p) 1 mg (1 UI ) + diluente: Glucagen (c/1) Figura com a lista das mais conhecidas marcas comerciais existentes do Glucagon.O FUTURO DA INSULINA Ento, o que o futuro da insulina considera? Para comear, a eliminao da necessidade de injees. Vrios outros mtodos de aplicao j foram testados e usados, mas com sucesso limitado, se que houve algum. Dispositivos mecnicos, chamados de injetores a jato, usam ar comprimido para forar a insulina sob a pele. So caros, volumosos e podem ainda provocar dor. J se tentou administrar a insulina pelo nariz, mas sem sucesso, devido irritao que causou na mucosa. O uso de supositrios retais de insulina antes das refeies foi rejeitado. A principal promessa um spray inalado que consegue ser to eficaz quanto s injees. Esses sistemas de aplicao de insulina inalada atualmente esto sendo testados por pelo menos trs fabricantes. Com esses sistemas, os pacotes de insulina passam a ser espalhados pelo ar em uma cavidade fechada e so, ento, inalados pela boca. Muitos especialistas em diabetes se surpreendem porque a insulina inalada rapidamente absorvida e no txica para os pulmes.

Uma desvantagem que a insulina permanece por menos de uma hora, de modo que somente poderia ser usada para doses de insulina na hora das refeies. Os sistemas atuais tambm so grandes e requerem muita insulina para chegar ao mesmo efeito que uma dose pequena injetada. Entretanto, grandes estudos esto em andamento, esperando aprovao do FDA dentro em breve. Outros caminhos promissores de investigao so o uso de pulsos de ultra-som para distribuir a insulina atravs dos emplastros na pele; as plulas de insulina de liberao prolongada implantadas.

Embora as bombas de insulina implantveis estejam disponveis h anos, seu uso est avanando lentamente. Uma concentrao de insulina muito alta (U-400 e superior) aplicada em bolos prefixados (para depois das refeies) e em taxas basais (contnua) e programada usando-se um controle remoto externo. A bomba precisa ser reabastecida a cada trs meses, aproximadamente e, at h pouco tempo, havia incidentes de bloqueio no cateter de distribuio. As reformulaes da insulina a ser aplicada atravs dessas bombas parecem ter melhorado a situao de bloqueio. Com a combinao dessa bomba e de um sensor de glicose implantvel, o ciclo da diabetes seria fechado, criando uma cura "mecnica" para a doena. Tal sistema talvez se torne realidade em breve. Entretanto, cientistas canadenses fizeram uma descoberta importante na pesquisa sobre transplante de ilhotas. Eles demonstraram uma possvel cura para a diabetes tipo 1, cujos portadores permaneceram independentes da insulina, com nveis normais de glicose e sem efeitos colaterais ou complicaes significativas. Essa pesquisa levou a tentativas no mundo todo, usando o que agora chamamos de Protocolo de Edmonton. Essa uma nova perspectiva para o tratamento da diabetes.

Mesmo que a insulina no seja a cura para a diabetes, sua descoberta mdicas salvou, e ainda salva, milhes de vidas em todo o mundo. E embora esse feito ganhador do Prmio Nobel seja uma das maiores faanhas mdicas j vistas no Banting Museum em Londres, Ontrio, a chama da esperana ainda queima. Somente quando for encontrada a cura, e no o tratamento, para a diabetes, que essa chama ser apagada. As injees de insulina logo podero se tornar coisa do passado.CONCLUSO Ao trmino deste, esperamos ter contribudo com o aprendizado sobre esses dois hormnios que so to importantes no controle da glicose no sangue. Com relao a ns, que fizemos o trabalho, percebemos que quando comeamos a faz-lo tinha-mos uma idia errada sobre a verdadeira funo da insulina e do glucagon. Agora que o trabalho esta concludo, o nosso entendimento pode ser aperfeioado com relao ao tema. Durante o tempo de construo, fomos estudando e entendendo cada parte que era acrescentada nessas folhas. Agora estamos prontos para agir durante um caso de hipoglicemia por exemplo, ou dar informaes sobre qual o melhor tipo de insulina recomendada para tal pessoa. Esperamos ter superado as expectativas. E agradecemos ao professor Danival Junior por poder nos ensinar com tamanho esforo e dedicao. Valeu fessor! DADOS BIBLIOGRAFICOS- BPR. Guia de remdios. Ano 2005. Edio: 7. Coordenadores: Fernanda Zirondi Godoy, Norival Caetano e Ana Maria Chagas Pedrosa.

- Champe, Pmela C.

Bioqumica Ilustrada / Pmela C. Champe, Richard A. Harvey, Denise R. Ferrier; Traduo Carla Dalmaz. 3 edio Porto Alegre.

- HowStuffWorks Como tudo funciona. 1998-2008 HSW. Conselho Diretor: Jeff Arnold, Hank Adorno.

Insulina, glucagon e glicose sangneahttp://saude.hsw.uol.com.br/diabete1.htm

- Yahoo! Respostas. Copyright 2008 Yahoo!Categoria Cincias Biologia Insulina e Glucagon.

http://br.answers.yahoo.com/

- Sociedade Brasileira de Diabetes. Home Page Filiada International Diabetes Federation. Membra do International Committee for Diabetes Media.http://www.diabetes.org.br/

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