cárie dentária 2012 1

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Cárie Dentária Prof. Ms. Guilherme Terra Dentística Operatória Aplicada

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Cárie Dentária

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Page 2: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

É um processo de destruição localizada, dos tecidos dos dentes, causado por microorganismos.

Envolve a dissolução da fase mineral, principalmente os de cristais de Hidroxiapatita, por ácidos produzidos pela fermentação bacteriana.

(NEWBRUN, 1982)

Page 3: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Doença infecto-

contagiosa; multifatorial

Difícil de controlar

Ocorre em função dos

ácidos da bactérias

Sacarose dependente

Considerada uma

epidemia

Perda de minerais

(LOESCHE, 1993)

Page 4: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Nem a dieta nem os microorganismos, atuando como fatores individuais podem provocar o aparecimento da cárie.

É necessária a presença desses fatores, simultaneamente, na superfície dentária, para que ocorra a doença.

(THYLSTRUP;FEJERSKOV, 1988)

Page 5: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

A cárie é considerada um desequilíbrio no processo Des-Re (desmineralização e remineralização) dos tecidos duros do dente.

Este processo ocorre constantemente na cavidade bucal.

A velocidade na progressão das perdas de mineral decorrentes desse desequilíbrio é que determinará o surgimento ou não de cavidades cariosas.

(GONÇALVES; PEREIRA, 2003)

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MICROORGANISMOS

SUBSTRATO

TEMPO

HOSPEDEIRO

CÁRIE

PARÂMETROS ENVOLVIDOS NO PROCESSO CARIOSO

NEWBRUN, 1988

Page 7: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Substrato

Tipo de carboidrato.

Frequência de ingestão.

Difícil de controlar (mudar o hábito do paciente)

Page 8: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Microbiologia

Diversos tipos de bactérias.

Microbiota em equilíbrio.

O tratamento mais eficiente é a prevenção.

Page 9: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Microbiota

Higiene oral.

Transmissão de pais para filhos.

Page 10: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Microbiota

Streptococus mutans (início do

desenvolvimento).

Lactobacillus (desenvolvimento tardio).

Actinomyces (cárie radicular).

Page 11: Cárie dentária 2012 1

Cárie Dentária

Saliva

Pacientes com xerostomia ou hiposalivação têm

maiores chances de desenvolver cárie.

Capacidade tampão.

Processo des-re e neutralização dos ácidos (modulação

do Ph).

Page 12: Cárie dentária 2012 1

Evolução

Película Adquirida.

Biofilme Dental.

“Amadurecimento” do Biofilme.

Cárie dentária.

Page 13: Cárie dentária 2012 1

Película Adquirida

Camada acelular.

Formação instantânea por processo iônico.

Adesão bacteriana.

Presença de proteínas salivares.

Page 14: Cárie dentária 2012 1

Película Adquirida.

Filme orgânico derivado principalmente da

saliva e aderido ao esmalte dentário.

Espessura 0,1 a 0,3 mm.

Não causa danos ao elemento dental.

Page 15: Cárie dentária 2012 1

Película Adquirida

Características da Película Adquirida

Proteção do esmalte

Reservatório de flúor

Aderência de MO

Lado positivo

Lado positivo

Lado negativo

Page 16: Cárie dentária 2012 1

Biofilme dental

É formado quando as bactérias são capazes

de colonizar e crescer na superfície do dente.

Agregados bacterianos que estão aderidos

aos dentes ou próteses.

Formada após 8 horas.

Page 17: Cárie dentária 2012 1

“Amadurecimento” do Biofilme

Adsorção contínua de bactérias específicas

da saliva ao biofilme.

Após 7 dias ocorre a dissolução do esmalte

superficial.

Se não removido evolui para a cárie.

Page 18: Cárie dentária 2012 1

Processo Des-Re

Ph crítico Início da desmineralização

Necessário a presença de sacarose.

Ph 5,5; Perda de Cálcio e Potássio.

Ph Neutro Remineralização

Capacidade Tampão e ausência da sacarose.

Ganho de Cálcio e Potássio.

Flúor ajuda na remineralização.

Page 19: Cárie dentária 2012 1

Lesão de cárie

Dependente do tempo.

Perda de mineral inicial.

Aparecimento da manha branca.

Cavitação

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Lesão de cárie

Cárie ativa

Aspecto em esmalte:

Mancha branca, rugosa e

opaca.

Aspecto em dentina:

Tecido amolecido de cor

marrom clara.

Cárie inativa

Aspecto em esmalte:

Mancha branca, lisa e

brilhante ou pigmentada.

Aspecto em dentina:

Tecido duro e escurecido.

Page 21: Cárie dentária 2012 1

Mancha branca

Não é cárie ainda. Não há cavidade.

É uma desmineralização superficial do

esmalte.

Higienização e aplicação de flúor.

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Mancha branca

Page 23: Cárie dentária 2012 1

Classificação da cárie

Quanto à evolução do processo.

Quanto à sua localização no dente.

Quanto ao tipo de processo carioso.

Page 24: Cárie dentária 2012 1

Quanto à evolução

Aguda

Segue um curso clínico de desenvolvimento rápido, e,

muitas vezes resulta em comprometimento precoce

da polpa dental.

Ocorre mais freqüentemente em crianças e adultos

jovens, porque os canalículos dentinários possuem maior

diâmetro, sem esclerose, tornando a dentina altamente

permeável aos ácidos.

Page 25: Cárie dentária 2012 1

Quanto à evolução

Aguda

Em razão da rápida evolução do processo carioso, não há

formação de dentina de reação por parte da polpa dental.

Freqüentemente promove dor.

Possui coloração clara.

Consistência macia, friável.

Page 26: Cárie dentária 2012 1

Cárie aguda

Page 27: Cárie dentária 2012 1

Quanto à evolução

Crônica

É de evolução lenta, permitindo a esclerose dos

canalículos dentinários, com consequente menor

permeabilidade dentinária.

Promove formação de dentina de reação (dentina

reacionária).

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Quanto à evolução

Crônica

Possui coloração castanho-escuro.

A dor não é característica comum da cárie crônica, ao

contrário da cárie aguda.

Consistência dura à remoção.

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Cárie crônica

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Cárie aguda e crônica

CÁRIE ASPECTO SINTOMATOLOGIA

AGUDA LESÃO ÚMIDA E

AMOLECIDA

HÁ DOR

CRÔNICA LESÃO SECA

AMARELADA E

ENDURECIDA

NÃO HÁ DOR

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Quanto à sua localização

Cárie de fóssulas e fissuras.

Localizadas nas superfícies oclusais

de molares e pré-molares e nos sulcos das

superfícies linguais dos dentes anteriores.

Cárie de superfícies lisas

Localizados no terço cervical das superfícies

vestibulares e lingual de todos os dentes.

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Cárie de fóssulas e fissuras

Page 33: Cárie dentária 2012 1

Quanto ao tipo de processo

Primária

Que têm seu início nas cicatrículas, fissuras e superfícies

lisas do dente hígido.

Secundária

As cáries secundárias (recidivantes ou recorrentes),

detectadas ao redor das margens das restaurações.

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Método de diagnóstico

Clínico.

Radiológico.

Transiluminação.

Medição da resistência elétrica.

Separação temporária de dentes posteriores.

Corantes detectores de cárie.

Aparelhos específicos para diagnóstico.

Page 35: Cárie dentária 2012 1

Clínico

Exame visual e táctil.

Auxílio de uma sonda exploradora.

Utiliza-se, preferencialmente, as “costas” da

sonda.

Page 36: Cárie dentária 2012 1

Clínico

Page 37: Cárie dentária 2012 1

Radiológico

Avaliação por meio de radiografias intra

orais.

A radiografia de eleição para o diagnóstico

de cárie é a radiografia interproximal.

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Radiológico

Page 39: Cárie dentária 2012 1

Transiluminação

Utilização de uma fonte de luz por palatino /

lingual.

Quando há a presença de lesão a intensidade

da luz fica modificada.

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Transiluminação

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Medição da resistência elétrica

Explora a propriedade do tecido cariado de

apresentar uma condutividade elétrica maior

que o tecido são.

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Separação temporária

Para possibilitar o exame direto de

superfícies ”escondidas” nas proximais dos

elementos.

Utiliza-se um separador ortodôntico.

Page 43: Cárie dentária 2012 1

Corantes

Pode ser empregados para auxiliar na

visualização de lesões iniciais de esmalte e

para delimitar a existências e extensão de

lesões dentinárias.

Page 44: Cárie dentária 2012 1

Aparelhos específicos

DIAGNOdent - Laser de diodo fluorescente.

As perdas minerais são detectadas em relação ao

tecido hígido.

Apresenta grande incidência de diagnósticos

falsos-positivos.

Page 45: Cárie dentária 2012 1

Tipos de dentina

Primária - é a dentina original ,normal e

regular, a maior parte formada antes da

erupção do dente.

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Tipos de dentina

Secundária - é a que se forma devido aos

estímulos de baixa intensidade, decorrente de

função biológica normal durante a vida

clínica do dente.

Apresenta túbulos dentinários estreitos e

tortuosos.

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Dentina secundária

Page 48: Cárie dentária 2012 1

Tipos de dentina

Terciária ou reparativa - Desenvolve-se quando

existem irritações pulpares mais intensas, como

cárie aguda, preparo cavitário, erosão, abrasão,

irritações mecânicas, térmicas, químicas, elétricas e

outras.

Apresenta seus túbulos mais irregulares, tortuosos,

reduzidos em número ou mesmo ausentes.

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Tipos de dentina

Dentina esclerótica

Se caracteriza pela presença de túbulos

dentinários obliterados com material calcificado.

Ocorre devido a estímulos crônicos como cárie

crônica, abrasão, atrição, etc...

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