caridade para com os criminosos

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CARIDADE - Para com os Criminosos Rebelva, 24 de outubro 2014

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CARIDADE

- Para com os Criminosos

Rebelva, 24 de outubro 2014

Rebelva, 24 de outubro, 2014

CARIDADE

PARA COM OS CRIMINOSOS

Orientações do Evangelho Segundo o Espiritismo

A vontade de Deus

Em favor da alegria

A história de Malco

Arrependimento e recuperação

Conclusão

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Rebelva, 24 de outubro, 2014

CARIDADE

PARA COM OS CRIMINOSOS

ORIENTAÇÕES DO

EVANGELHO SEGUNDO O

ESPIRITISMO

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Rebelva, 24 de outubro, 2014

CARIDADE

PARA COM OS CRIMINOSOS

“14. A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimesensinamentos que Deus deu ao mundo. Completa fraternidadedeve existir entre os verdadeiros seguidores da sua doutrina.Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, quesão, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serãoconcedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelasfaltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois maisrepreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardesperdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles nãoconhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes serápedido do que a vós.”

Evangelho segundo o Espiritismo; XI:14

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CARIDADE

PARA COM OS CRIMINOSOS

“Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus carosamigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda maisseveramente vos será aplicado e precisais de indulgência paraos pecados em que sem cessar incorreis. Ignorais que há muitasações que são crimes aos olhos do Deus.A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais,nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis. Não,não é apenas isso o que Deus exige de vós. A caridade sublime,que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de queuseis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo.”

Evangelho segundo o Espiritismo; XI:14

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PARA COM OS CRIMINOSOS

“Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos,para que vos sirvam de ensinamentos. Em breve, quando oshomens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus,já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritosimpuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores,de acordo com as suas inclinações.Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é averdadeira caridade.Não vos cabe dizer de um criminoso: - um miserável; deve-seexpurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um serde tal espécie, a morte que lhe infligem." Não, não é assim quevos compete falar...”

Evangelho segundo o Espiritismo; XI:14

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PARA COM OS CRIMINOSOS

A VONTADE DE DEUS

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PARA COM OS CRIMINOSOS

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“12. Que opinião tendes?Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, nãodeixará ele as noventa e nove nos montes, indo procurar a quese perdeu?13. E se conseguir encontrá-la, com toda a certeza vos afirmoque maior contentamento sentirá por causa desta do que pelasnoventa e nove que não se extraviaram.14. Assim também não é vontade de Nosso Pai que está nosCéus, que um destes pequeninos se perca.”

Mateus; XVIII:14

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PARA COM OS CRIMINOSOS

EM FAVOR DA ALEGRIA (31)

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“Muito grande no mundo o cortejo das moléstias queinfelicitam as criaturas, no entanto, maior é o fardo deinquietação que lhes pesa nos ombros.Onde haja sinal de presença humana, aí se amontoam ossupliciados morais, lembrando legiões de sonâmbulos, fixadosao sofrimento.Não apenas os que passeiam na rua a herança de lágrimas quetrouxeram ao renascer... Esmagadora percentagem dos aflitoscarrega temerosos no refúgio doméstico que, levantado emlouvor da alegria familiar, se transforma, não raro, em clausuraflagelante. Daí procede o acervo dos desalentados que possuemtão somente a fria visão da névoa para o dia seguinte.”

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“São pessoas desacoroçoadas naluta pela aquisição de suprimentoàs exigências primárias; pais emães trespassados de pesar, diantede filhos que lhes desdouram aexistência; mulheres traumatizadasem esforço de sacrifício; crianças ejovens desarvorados nos primeirospassos da vida; companheiros encanecidos em rijas experiências, atrelados carga de labores quando não são acolhidos nos braços da caridade pública, de modo a não perturbarem o sono dos descendentes.”

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“Somemos semelhantes desgostos às tribulações dos queclamam por equilíbrio nas grades dos manicómios; dos quesonham liberdade na estreiteza do cárcere; dos que chorammanietados em leitos de expiação e dos milhares de espíritosdesencarnados, ainda em pesadelos indescritíveis quecomunicam à esfera física os rescaldos do próprio desespero everificaremos que a tristeza destrutiva é comparável à pragafluídica, prejudicando todos os flancos da evolução na Terra.”

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A HISTÓRIA

DE

MALCO(João; XVIII: 10)

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A HISTÓRIA DE MALCO

O cargo de sumo-sacerdote era, nasociedade judaica da época, de enormeimportância, a ponto de se fazeracompanhar permanentemente de umacorte.Muitos eram os que, pelas razões menoselevadas e práticas pouco dignas,ambicionavam tomar um lugar de entreestes confiáveis de Caifás.Entre estes, encontrava-se Malco, “jovemambicioso e de origem desconhecida, queanelava por chamar atenção e gozar deprivilégios, dedicando-se com fidelidadecanina ao amo”.

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Caifás aproveitava tamanha ambição desgovernada, para lhe confiaractos pouco dignos e muito censuráveis por qualquer consciênciaequilibrada, sempre em proveito próprio.

A chegada do grupo de algozes despertara os seguidores do Messias,que dormiam sob as árvores. O escutar dos gritos dos perseguidores eo tilintar do metal das suas armas, terão precipitado Simão a cortar aorelha do servo do mais alto sacerdote da cidade.

Malco vocifera por entre urros, ao constatar a hemorragia, mas Jesusintervêm de imediato tocando a ferida do vigilante, que cicatriza deinstantaneamente. Adverte em simultâneo Simão para embainhar a suaespada, pois quem com ferro fere, com ferro será ferido.

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O gesto do Cristo terácertamente sido decisivopara que a contendaficasse por ali, pois dosrelatos dos evangelistasapenas consta que, emseguida, Jesus terá sidolevado para se dar inícioao seu extenso processode julgamento econdenação.

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A ferida causada, porém, fora muito mais grave do queaparentemente é levado a crer; e esta gravidade advinha, não doferimento em si, mas antes da conotação social que era atribuído aodecepar de uma orelha. É que esta era a marca com que sedistinguiam os criminosos por furto. A partir daquele instante, aspossibilidades de uma ascensão social por parte de Malco, estavamcondenadas.

Com as suas ambições a um cargo de poder e a uma vida fastidiosa,eliminadas pelo golpe de Simão, o servo de Caifás abandona o seucírculo e retira-se para a cidade de Roma, onde passa a viver entrevagabundos e forasteiros.

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Só mais tarde, já durante o reinado de Nero e quando acompanhava“os esbirros de Tigelinus” em sortidas às catacumbas romanas embusca de cristãos, a vida de Malco assume novo impulso decisivo.

Numa noite de perseguições aterrorizantes, o grupo liderado porSimão foi aprisionado pelos soldados romanos, o que permitiu aMalco reencontrar o responsável pelo ferimento que o haviaestigmatizado. Malco buscou o antigo pescador e enquanto podearremessou-lhe injúrias e ofensas obscenas.

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Quando o cortejo, de prisioneirose ofensores, se aproximou doalto do monte onde ascrucificações se iam proceder, oantigo servo do sumo-sacerdotede Jerusalém instigou Simão aver o ferimento causado.

O discípulo de Jesus, tomado dearrependimento e horror, erecordando o convite do Messiasa embainhar a espada e a tomara cruz, cai de joelhos diante davítima do seu gesto e roga-lheperdão.

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Os soldados romanos, ao presenciarem tal cena, fazem umainterpretação errónea mas irreversível: assumem que Malco seriaalguém ainda mais importante no culto do Carpinteiro galileu.

“ – Crucifiquemo-lo também”, grita-se de imediato.

E apesar das justificativas desesperadas, dos impropérios infelizes edo contorcer aflitivo, Malco não convence os legionários de Roma dasua inocência e morre também crucificado, ao lado de Simão,blasfemando até ao fim.

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ARREPENDIMENTO

E

RECUPERAÇÃO(22)

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“A semana, que se iniciara festiva entre cânticos e júbilos,culminava em tragédia de hediondez. Fazia pouco, e asinistra caravana atravessara as ruelas estreitas de Jerusalématé alcançar o Gólgota, fora dos muros da cidade.O madeiro tosco já se encontravam aguardando as vítimas.(…) Ele carregara a Cruz, tropeçando várias vezes sob o pesodo madeiro da vergonha.Agora, a música lúgubre das marteladas empurrando oscravos enferrujados que lhe rasgavam as carnes, os tendões eossos, provocando dores acerbas, ficaria ribombandosurdamente nos ouvidos das testemunhas...Dois ladrões faziam-lhe companhia, como a caracterizá-lona mesma condição de bandido.”

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“Dimas, o ladrão que estorcegava ao Seu lado direito,procurou identificar no grupo exótico que se movimentavaaos pés das cruzes, além de conhecido, e os seus olhos secruzaram com os de sua mãe Tamar.Pelas reminiscências, a memória evocou-lhe a infância e aadolescência na orfandade paterna bem como os sacrifíciosdaquela mulher extraordinária.Foi na juventude que se iniciara na rapina, unindo-se a outrosdesordeiros e atirando-se aos abismos do crime.”

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“Quando se tornou notória a sua infeliz conduta, ele lheprometera e à noiva Esther, que aquela seria a última viagemàs terras fabulosas do além - Jordão, para poder oferecer-lhesa segurança de um lar honrado após consorciar-se e construira família. (…)... Agora, surpreendido pelos soldados que o haviamemboscado no desfiladeiro por onde passavam as caravanasque ele e Giestas pretendiam assaltar, foram aprisionados e aliestavam punidos.(…) Dimas desejou gritar, estremunhado e louco, no justomomento em que o Mestre o fitou com suavidade.”

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“Tomado de honesto arrependimento pelas alucinaçõespraticadas, exorou, em agonia e fé:- Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no paraíso.Havia sinceridade e unção.O arrependimento chegava-lhe na hora extrema. Reconheciaos erros e desejava reabilitação, anelava por confortar amãezinha agônica e a noiva humilhada, mas era tarde.Debatia-se na agonia, quando o Rabi, empapado do suor desangue misturado ao pó, com chagas abertas como floresrubras de bordas rasgadas, lhe respondeu, misericordioso:- Em verdade, em verdade, te digo hoje: entrarás comigo noparaíso...”

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“Uma aragem fresca e suave passou pela alma do bandido.Acompanhando a cena grandiloquente, a Sua mãe percebeu aoutra mulher quase desfalecida. Acercou-se-lhe com passotrôpego e interrogou-a com voz trêmula:- É teu filho, o crucificado da direita?- Sim, é meu filho...- Então, mulher, se meu filho, o do meio, disse ao teu filho,que o atenderia, crê, porque meu filho é o Excelente Filho deDeus, o Seu Messias.

As duas mulheres se abraçaram.”

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CONCLUSÃO

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“… Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele, se visse juntode si um desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-iaum doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão.

Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos,podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo queainda haja de passar na Terra. Pode ele ser tocado dearrependimento, se orardes com fé. E tanto vosso próximo,como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada,foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, asair do lameiro e orai por ele. Elisabeth de França. (Havre, 1862)”

Evangelho Segundo o Espiritismo; XI:14

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FIM

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