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    Prefeitura Municipal de Montes ClarosSecretaria Municipal de Educao - SME

    Diretoria Tcnico-PedaggicaDiviso de Ensino Fundamental

    Seo de Ensino Fundamental - Anos Iniciais

    Introduo Metodologia do Ensino de ArtesCCA - Vol. 1

    Cadernos Complementares de Artes

    Montes Claros2012

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    Luiz Tadeu LeitePrefeito

    Tereza Cristina Pereira AntunesVice-Prefeita

    Marilia de SouzaSecretria Municipal de Educao

    Telma Veloso Santos CostaSecretria Adjunta de Administrao e Finanas

    Marta Aurora Mota e AquinoSecretria Adjunta Tcnico-Pedaggica

    Bernadete Alves de Aguiar SantosDiretora Administrativo-Financeira

    Elisngela Mesquita SilvaDiretora Tcnico-Pedaggica

    Nailde Dorisday Pereira de QueirozChefe de Diviso - Ensino Fundamental

    Mrcia Antnia AlvesChefe da Seo do Ensino fundamental - Anos Iniciais

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    Introduo Metodologia do Ensino de ArtesCCA - Vol. 1

    Cadernos Complementares de Artes

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    MONTES CLAROS, Secretaria Municipal de Educao.Cadernos Complementares de Artes: Introduo a Metodologia doEnsino de Artes. Vol: 1. Montes Claros: 2012.

    1. Arte. 2. Metodologia. 3. Curriculo. 4. Ensino

    Equipe Tcnica:

    Luiz Carlos Vieira JniorAnalista de Contedos Curriculares - Artes

    Thais Lopes VieiraAnalista de Educao

    Maria Jaqueline de AlmeidaSupervisora Educacional

    Magna Leite PereiraSupervisora

    Josiene Dias SoaresAnalista de Educao

    Ana Paula Rodrigues FonsecaAnalista de Educao

    Natlia de Ftima de Jesus Moreira

    Professora

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    SUMRIO

    1. Apresentao..................................................................................................92. Introduo......................................................................................................11

    3. Tendncias pedaggicas no Ensino de Artes no Brasil................................134. Mas por que arte na Escola?........................................................................195. Construindo Conhecimentos Signicativos em Artes...................................216. Planejando as aulas de Artes.......................................................................27

    a.Avaliao...............................................................................................287.Anexos:..........................................................................................................31

    a. Ficha de Apreciao Artstica...............................................................31b. Sugestes de Planejamentos...............................................................32

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    Apresentao

    Ol Carssimos Professores dos Anos Iniciais,

    A partir do ano de 2012, os alunos do Sistema Municipal de Ensino tero, em

    todos os anos do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, 2 aulas de artes semanais. Essa

    alterao curricular tem como objetivo consolidar e ampliar a formao cultural dos edu-

    candos.

    No intuito de auxiliar o professor dos Anos Iniciais neste trabalho, visto que

    sua formao contempla, parcialmente, as especicidades do trabalho de Artes, decidiu-

    se por produzir estes cadernos. Esperamos que este material seja um suporte capaz de

    subsidiar a prtica docente como instrumento ecaz para a melhoria da qualidade educa-

    cional.

    Seo de Anos Iniciais

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    11CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    INTRODUO

    Prezado Professor Regente das Escolas Municipais de

    Montes Claros, ao longo deste caderno, voc conhecer umpouco sobre o ensino de Artes. Queremos que este instrumen-

    to, ao chegar a suas mos, torne-se importante para a consoli-

    dao desse conhecimento nas escolas, mesmo considerando

    que sua formao contemplou parcialmente as especicidades

    dessa rea.

    Para que nosso propsito seja atingido com este mate-

    rial, preciso que voc professor esteja aberto s mudanas e

    orientaes que propomos aqui e que se dispa dos preconcei-

    tos em relao arte. Para tanto Professor, leia com ateno

    as orientaes aqui descritas e se esforce para a concretizao

    dessas propostas, acreditando que um ensino de arte mais e-

    ciente possvel em nossas salas de aula. Lembrando sempre

    que voc tem ao seu dispor os supervisores e a equipe da Se-

    cretaria Municipal de Educao para te ajudar nessa nova tarefa.

    Entendemos que no incio parecer tudo muito comple-xo e difcil, mas isso normal quando entramos em um novo

    mundo de conhecimentos. Aps o esforo inicial, voc perce-

    ber que tudo se torna mais simples e que ministrar aulas de

    arte no apenas uma obrigao, mas tambm um momento

    de muito prazer.

    Lembramos tambm a LDB Lei de Diretrizes e Bases

    da Educao Nacional - no seu artigo 26 diz: O ensino da arte,especialmente em suas expresses regionais, constituir com-

    ponente curricular obrigatrio nos diversos nveis da educao

    bsica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alu-

    nos. Portanto, o que propomos a orientar aqui est denido por

    lei federal, ou seja, no uma determinao local da Secretaria

    Municipal de Educao. Esperamos que a partir deste caderno,

    dos trabalhos planejados e construdos, os professores munici-

    pais possam aprimorar o trabalho que j vem sendo desenvolvi-do em Artes.

    Este material est dividido em 5 partes:

    1. Principais tendncias pedaggicas do ensino de ar-

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    tes no Brasil;

    2. Necessidade da arte na escola;

    3. Conhecimentos signicativos em Artes Pedagogia

    Triangular;4. Orientaes para Planejamento em Artes;

    5. Exemplos de Fichas de apreciao e sugestes de

    planejamentos.

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    13CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    TENDNCIAS PEDAGGICASDO ENSINO DE ARTES

    Segundo os estudos atuais, o ensino de arte no Brasil

    possui trs grandes tendncias conceituais, que podem ser clas-

    sicadas didaticamente da seguinte maneira:

    Ensino de Arte Pr-Modernista (Arte como tcnica);

    Ensino de Arte Modernista (Arte como Expresso e

    como Atividade);

    Ensino de Arte Ps-Modernista ou Ps-Moderno

    (Arte como Conhecimento).

    Desse modo, podemos perceber que o modernismo per-

    meia as discusses, pois representa tanto na Arte como na Arte/

    Educao uma grande ruptura. Passaremos agora a expor pra

    voc professor como o ensino de arte se dava em cada tendn-

    cia pedaggica exposta cima, revelando os contextos sociais e

    suas metodologias. Queremos que voc possa reetir e perce-

    ber o quanto isso ainda est presente em nossas escolas.

    Ensino de Arte Pr-Modernista

    Esta tendncia est ligada prpria origem do ensino

    de arte no Brasil. Nesse momento os processos esto ligados

    transmisso de tcnicas. Essas tcnicas eram ensinadas princi-

    palmente em ocinas de artesos, sendo processos informais eintimamente ligados presena dos Jesutas, a partir de 1549.

    Quanto ao ensino formal, o grande destaque foi a cria-

    o da Academia Imperial de Belas Artes em 1816 e a chegada

    da misso Artstica Francesa. Esta era composta por grandes

    nomes da arte na Europa, com orientao neoclssica, o que

    inuenciava sobremaneira o ensino. Nesse contexto, predomi-

    nava basicamente o exerccio formal da produo de guras, dodesenho do modelo vivo, do retrato, da cpia de estamparias,

    obedecendo a regras bastante rgidas. Nesse perodo, a arte

    ensinada como um acessrio, que trabalha para a moderniza-

    O modernismo foi muito importan-

    te para a arte no Brasil. Que tal co-

    nhecer mais sobre esse momento?

    Acesse os links abaixo: http://www.itaucultural.org.br/

    aplicexternas/enciclopedia_ic/

    index.cfm?fuseaction=termos_

    texto&cd_verbete=359

    http://www.mac.usp.br/

    mac/templates/projetos/seculoxx/

    modulo2/modernismo/index.html

    Padre Antnio Vieira

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    o de outros setores, ou seja, no tinha importncia em si mes-

    ma. Mesmo assim, a arte conseguiu um papel importante, pois

    se tornou pea fundamental na redeno econmica do Brasil,

    como vemos abaixo.

    Tomando como base os princpios loscos de AugustoComte, os positivistas brasileiros acreditavam que a artepossua importncia na medida em que contribua para acincia. Acreditavam que a arte era um poderoso veculopara o desenvolvimento do raciocnio e da racionalizaoda emoo, desde que ensinada atravs do mtodo posi-tivo, que subordinava a imaginao observao. (SILVA;

    ARAJO, p. 5)

    Essa concepo da arte como tcnica durou aproxima-

    damente quatro sculos, no entanto resqucios ainda so en-

    contrados nas escolas de hoje quando se ensina o desenho

    geomtrico ou tcnicas artsticas descontextualizadas da obra.

    Nesse sentindo, podemos concluir que as principais caracte-

    rsticas dessa concepo de arte pr-modernista a formao

    meramente propedutica com vista a utilizao da arte para o

    trabalho e ainda a sua utilizao como uma ferramenta didtica-

    pedaggica para o ensino das disciplinas tidas como mais im-

    portantes do currculo. Como percebemos, nesse momento, a

    arte no possui um m em si mesma.

    O Ensino de Arte Modernista

    A partir de 1914, comeou-se a se desenvolver a con-

    cepo da Arte como expresso, isso se deve a inuncia dapedagogia experimental. As bases conceituais e metodolgicas

    esto ligadas ao Movimento de Escolinhas de Arte (MEA), que

    estavam preocupadas com o desenvolvimento da criatividade e

    a expresso.

    Nessa concepo, o desenho da criao tomado como

    livre expresso, como uma representao de um processo men-

    tal que se pode investigar e interpretar. Inuenciado pela Peda-gogia experimental, o MEA possibilitou a transformao los-

    ca e metodolgica da Arte/Educao sendo responsvel pela

    Misso Francesa

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    formao inicial e continuada de professores em diversas regi-

    es brasileiras. No entanto, essa

    [...] nova viso sobre o desenho da criana, os valores

    estticos da arte infantil s passaram a ser reconhecidose valorizados como produto esttico com a introduo dascorrentes artsticas expressionistas, futuristas e dadastasna cultura brasileira, atravs da realizao da Semana deArte Moderna de 1922. (SILVA; ARAJO, p. 6)

    Duas guras foram muito importantes para a introduo

    das ideias de livre-expresso no ensino das artes, os moder-

    nistas Anita Malfatti e Mrio de Andrade, que acreditavam que

    a principal nalidade da arte na educao era permitir que a

    criana se expressasse, dando vazo a seus sentimentos, des-

    se modo concebendo que a arte no pode ser ensinada, pois

    expresso humana. Essas ideias se fundiram s concepes da

    escola nova, que chegavam ao Brasil na dcada de 1930.

    No ensino de arte como expresso, a criana no mais

    pensada como uma miniatura do adulto, mas algum que possui

    uma forma peculiar de conceber e agir no mundo, que lhe permi-

    te a possibilidade de se expressar de maneira original por meioda arte.

    Ainda segundo Azevedo (2000), um outro valor ressalta-do pela Arte/Educao Modernista era a democratizaoda Arte atravs da dessacralizao da obra de arte, ba-seada na idia de que todas as crianas, em potencial,eram capazes de produzir e de expressar-se atravs daarte, inclusive crianas com necessidades educacionaisespeciais. No entanto, para que a criana fosse capazde produzir a sua prpria arte era preciso preserv-la da

    arte instituda, que era produzida pelo adulto, pois, a arteadulta no deveria ser apresentada para criana como ummodelo. (SILVA; ARAJO, p. 8)

    Nesse caso, portanto, a funo do Arte/Educador era in-

    terferir o mnimo possvel na arte da criana, passando a preser-

    var a originalidade como fator primordial. Ainda h resqucios do

    ensino da arte concebido como expresso em atividades como:

    produo de desenho e pintura como expresso do pensamento

    da criana, ainda, quando se leva as crianas para assistirem aapresentaes artsticas sem nenhum tipo de estratgia de com-

    preenso daquelas obras, ou seja, aquelas atividades artsticas

    Abaporu - Tarcila do Amaral

    O Ovo. Anita Malfati

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    que so trabalhadas de forma livre, sem interveno do profes-

    sor. Assim, neste tipo de trabalho mais importante o processo

    que o produto nal.

    A partir dessa concepo, que o ensino de arte des-

    caracterizado como conhecimento passvel de ser ensinado e

    aprendido, muitos passam a entend-la como lazer, autoexpres-

    so e catarse1. Consequncia desse processo a arte sendo

    congurada como mera atividade, sem contedos prprios.

    Arte como Atividade

    Com o esvaziamento de contedos de arte na escola, o

    ensino passou a ser considerado apenas como uma atividade,

    sob a denominao de Educao Artstica. Isso foi legitimado

    pela lei de diretrizes e bases da educao nacional (LDBEN) de

    1971.

    Como nessa poca o Brasil vivia numa ditadura poltica,

    a arte na escola representava apenas uma funo ideolgica da

    presena do carter humanista na educao, pois as atividadeseram cumpridas apenas para ocupar os horrios. Alm disso, a

    disciplina era ministrada por professores de outras reas, que

    no estavam por dentro das discusses sobre a Arte na Educa-

    o.

    Apesar de uma trajetria conceitual curta, a concepode ensino da arte como atividade cristalizou no ensino dearte diferentes prticas pedaggicas, que encontramos,ainda hoje, nas escolas brasileiras, tais, como: (1) can-tar msicas da rotina escolar e/ou o canto pelo canto; (2)preparar apresentaes artsticas e objetos para a come-morao de datas comemorativas; (3) fazer a decoraoda escola para festas cvicas e religiosas; entre outras.

    (SILVA; ARAJO, p. 10)

    Assim, conseguimos compreender a total desvaloriza-

    o da arte na educao escolar, pois no possua contedo de

    ensino e estava baseada exclusivamente no fazer artstico. At

    mesmo durante a formulao da Lei de Diretrizes e Bases daEducao - LDBEN 9394/96, a disciplina foi retirada das suas

    duas primeiras verses. No entanto, arte/educadores brasileiros

    1 Catarse signica puricao,evacuao ou purgao. Se-gundo Aristteles, a catarserefere-se puricao dasalmas por meio de uma des-carga emocional provocadapor um drama. Desse modo,a arte poderia provocar estapuricao.

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    se organizaram e lutaram para garantir a arte no currculo.

    Ensino de Arte Ps-Modernista

    Prezado Professor, chegamos agora num momento es-

    pecial dessa nossa abordagem, falaremos sobre a concepo

    de ensino de Arte Ps-Modernista. Nessa abordagem, o ensino

    de arte tem sua nfase na prpria arte, portanto, a arte en-

    carada como conhecimento. Sendo assim, ela trazida para o

    domnio da cognio e tambm est relacionada ao processo

    de conhecer, que envolve a ateno, a percepo, a memria, o

    raciocnio, o juzo, a imaginao, o pensamento e a linguagem.

    Ao encarar a arte como conhecimento, as preocupa-

    es foram deslocadas da questo de como se ensina arte

    para como se aprende arte. Desse modo os paradigmas foram

    resignicados. preciso lembrar ainda que a obrigatoriedade do

    ensino da arte, aps a Constituio Brasileira de 1988, no foi

    uma conquista fcil, a disciplina quase foi expurgada da escola,

    mas graas a presso de arte/educadores isso no aconteceu.

    Compreender a arte como conhecimento est baseado

    na explorao das possibilidades de compreender o intercultu-

    ralismo e a interdisciplinaridade, a partir da inter-relao entre o

    fazer, o ler e o contextualizar arte. Essa concepo do ensino de

    arte tenta superar o esvaziamento dos contedos da disciplina,

    que passou a ocorrer desde o incio do Sculo XX, por meio das

    tendncias apresentadas acima. Essa proposta de renovao

    foi sistematizada por Ana Mae Barbosa e colaboradores na d-cada de 1980, por meio de atividades desenvolvidas no Museu

    de Arte Contempornea (MAC), da Universidade de So Paulo e

    denominada de Proposta Triangular do Ensino da Arte. Mais

    frente, neste caderno, trataremos melhor desse assunto.

    Resumindo, o ensino de arte como tcnica valorizava o

    produto em detrimento do processo: o ensino de arte como ex-

    presso supervaloriza o processo, sem se importar muito com oproduto; o ensino de arte como conhecimento quer valorizar tan-

    to o produto artstico como o processo. Portanto, consideramos

    essa ltima, a orientao mais adequada para o desenvolvimen-

    A Criao de Ado -Michelngelo

    Mistura de Raas no Brasil

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    to de processos de ensino de arte na educao escolar.

    Finalizando...

    Carssimo Professor, voc at aqui pode aprender um

    pouco sobre a histria do ensino de arte no Brasil. Com absoluta

    certeza identicou muitas dessas tendncias na sua prtica e na

    de seus colegas de trabalho. Convidamos voc agora a reetir

    sobre a sua compreenso do que seja arte, como ela apren-

    dida pelos alunos e qual sua importncia para a formao dos

    seres humanos. Queremos que voc se coloque em posio de

    mudana e assuma as aulas de arte como um processo que

    deve estar presente em sua aula, promovendo o conhecimento

    artstico.

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    perguntas, novos questionamentos, levando a construo do co-

    nhecimento. Assim,

    A escola, local privilegiado onde os saberes acumulados

    pelo homem e aqueles que sero produzidos coletivamen-te so compartilhados na busca da construo do cidadoconsciente, participativo, crtico, sensvel e transformadorda sociedade, no se completa se no contemplar em seucurrculo o ensino competente nas linguagens artsticas.(SO PAULO, p.9)

    Como vimos Professor, a Arte no est no currculo

    escolar por acaso, ela essencial na formao humana. Vamos

    agora aprender um pouco sobre como estes conhecimentos po-

    dem se tornar signicativos na sala de aula.

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    21CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    CONSTRUINDO CONHECIMENTOS

    SIGNIFICATIVOS EM ARTES

    Professor, voc j deve saber que o componente curri-cular Artes se compe segundo o PCN Parmetros Curricula-

    res Nacionais - de quatro linguagens artsticas, a saber: Artes

    visuais, Dana, Msica e Teatro. Nessas quatro linguagens, os

    alunos devem aprender a fazer, apreciar e contextualizar obras

    artsticas. Vejamos de forma resumida como indica o PCN de

    Artes da antiga 1 4 Srie.

    Artes Visuais:

    Expresso e Comunicao na prtica dos alunos em Ar-

    tes Visuais:

    Trabalhos com desenho, pintura, colagem, escultura,

    gravura, modelagem, instalao, vdeo, fotograa,

    histrias em quadrinhos, produes informatizadas;

    Elementos bsicos da linguagem visual: Ponto, linha,

    plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movi-

    mento e equilbrio; Experimentao, utilizao e pesquisa de materiais e

    tcnicas artsticas: pincis, lpis, giz de cera, papis,

    tintas, argila, goivas1, mquinas fotogrcas, vdeos,

    computadores, etc.

    As artes Visuais como Objeto de Apreciao Signica-

    tiva

    Convivncia com produes visuais e concepesestticas nas diferentes culturas (regional, nacional

    e internacional), reconhecendo os elementos expres-

    sivos e comunicativos das formas visuais e dos ele-

    mentos da linguagem visual.

    As artes Visuais como produto Cultural e Histrico

    Compreenso de diferentes obras de artes visuais,

    artistas e movimentos artsticos produzidos em di-versas culturas e em diferentes tempos da histria,

    reconhecendo assim a importncia das artes visuais

    na sociedade e na vida dos indivduos;

    2 Goiva o nome dado a umasrie de instrumentos cortantes,utilizados para o entalhe emmadeira. Com a lmina curta, semelhante ao formo, pormem escala menor. Podem terdiferenciados formatos, com almina reta, em meia-cana, como corte do lado convexo, arre-dondado ou em formato de V.

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    22CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Contato frequente com artistas e obras, bem como

    leitura e discusso de textos simples, imagens e

    informaes orais sobre artistas, suas biograas e

    suas produes.

    Dana:

    A Dana na expresso e na comunicao Humana

    Conhecer o corpo e seus diferentes tecidos, expe-

    rimentando diversas formas de locomoo desloca-

    mento e orientao no espao;

    Improvisar na dana e selecionar gestos e movimen-

    tos observados em dana, imitando e recriando-os.

    Dana como Manifestao Coletiva

    Reconhecer e identicar as qualidades individuais do

    movimento;

    Improvisar e criar sequncias de movimentos com

    outros alunos;

    Observao e reconhecimentos dos movimentos dos

    corpos presentes no meio circundante, distinguindoas qualidades de movimento e as combinaes das

    caractersticas individuais.

    A dana como produto cultural e apreciao esttica

    Reconhecer e distinguir diversas modalidades de

    movimento e suas combinaes e como so apre-

    sentadas nos vrios estilos de dana;

    Identicar as concepes estticas nas diversas cul-turas, considerando as criaes regionais, nacionais

    e internacionais;

    Contextualizao da produo em dana e compre-

    enso dessa como manifestao autntica, sintetiza-

    dora e representante de determinada cultura.

    Msica

    Comunicao e Expresso em Msica: Interpretao,

    Improvisao e Composio

    Interpretar msicas existentes, vivenciando um pro-

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    23CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    cesso de expresso individual ou grupal;

    Arranjar, improvisar e compor msicas baseadas nos

    elementos da linguagem musical;

    Percepo e identicao dos elementos da lingua-gem musical em atividades de produo;

    Brincadeiras, jogos, danas, atividades diversas de

    movimento e suas articulaes com os elementos da

    linguagem musical.

    Apreciao Signicativa em Msica: Escuta, envolvi-

    mento e compreenso da Linguagem musical

    Percepo e identicao dos elementos da lingua-

    gem musical (motivos, forma, estilos, gneros, sono-

    ridades, dinmicas, texturas, etc.);

    Identicao de instrumentos e materiais sonoros

    associados a ideias musicais de arranjos e compo-

    sies;

    Apreciar e reetir sobre msicas de produo regio-

    nal, nacional e internacional, considerando o ponto

    de vista da diversidade;

    Discutir caractersticas expressivas e da intencionali-dade de compositores e interpretes em atividades de

    apreciao musical.

    Msica como Produto Cultural e Histrico: Msica e

    Sons do Mundo

    Movimentos musicais e obras de diferentes pocas

    e culturas, associadas a outras linguagens artsticas

    no contexto histrico, social e geogrco, observan-do a diversidade;

    Msicos como agentes sociais: vidas, pocas e pro-

    dues;

    Transformaes de tcnicas, instrumentos, equipa-

    mentos e tecnologia na histria da msica;

    A msica e sua importncia na sociedade e na vida

    dos indivduos;

    Msicas e apresentaes musicais e artsticas dascomunidades, regies e Pas consideradas na diver-

    sidade cultural, em outras pocas e na contempora-

    neidade.

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    24CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Teatro

    O Teatro como expresso e Comunicao Participao e desenvolvimento nos jogos de aten-

    o, observao, improvisao, etc;

    Reconhecimento e utilizao dos elementos da lin-

    guagem dramtica: espao cnico, personagem e

    ao dramtica;

    Experimentar improvisao a partir de estmulos di-

    versos (temas, textos dramticos, poticos, jornals-

    ticos, objetos, mscaras, situaes fsicas imagens e

    sons, etc)

    O Teatro como Produo Coletiva

    Observar, apreciar e analisar trabalhos em teatro re-

    alizados por grupos de teatro;

    Compreenso dos signicados expressivos corpo-

    rais, textuais, visuais, sonoros da criao teatral.

    O Teatro como Produto Cultural e Apreciao Esttica Observar, apreciar e analisar as diversas manifesta-

    es de teatro e as concepes estticas;

    Compreender, apreciar e analisar as diferentes mani-

    festaes dramatizadas da regio;

    Reconhecer e compreender as propriedades comu-

    nicativas e expressivas das diferentes formas drama-

    tizadas.

    (BRASIL, 1997, p. 61-89)

    Como pudemos perceber a rea de Arte bem am-

    pla, envolvendo vrias linguagens. Passaremos a tratar agora,

    de como vamos desenvolver estes contedos e habilidades em

    sala de aula.

    Proposta Triangular

    O ensino da arte deve estar presente nas escolas des-

    de os primeiros anos, j que o desenvolvimento cultural um

    Assista aos vdeos abaixo, poisso trabalhos inspiradores narea de artes: Vdeo: XI Prmio Arte na Esc-ola Cidad - Ensino Fundamen-tal I (http://www.youtube.com/watch?v=CyB0F0hfnO8) Vdeo: XI Prmio Arte na Es-cola Cidad Ensino Funda-mental II (http://www.youtube.com/watch?v=8hrFVmo8Lj4)

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    aspecto fundamental na construo de uma sociedade. Se pre-

    tendermos um desenvolvimento coletivo de nossas crianas, em

    que a percepo, a imaginao e a reexo levam a transfor-

    mao social, preciso que a escola oferea acesso aos bensculturais de maneira que o aluno conhea, identique, relacione,

    contextualize e produza arte.

    A chamada Proposta Triangular do Ensino de Artes

    foi elaborada por Ana Mae Barbosa e est baseada no mtodo

    americano DBAE Discipline Based Art Education. A Proposta

    Triangular est fundamentada em trs pontos: o fazer artstico, a

    apreciao e a contextualizao da arte.

    Como voc percebeu na exposio acima sobre as in-

    dicaes do PCN de Arte, cada linguagem artstica possui abor-

    dagens relacionadas ao fazer, ao apreciar e ao contextualizar

    a obra de arte, acreditando que dessa forma, realmente, a dis-

    ciplina pode superar o ensino como tcnica, como expresso e

    como atividade e inaugurar um ensino signicativo, que encara

    a arte como conhecimento.

    A Proposta Triangular pode ser representada pelo dese-

    nho acima. Uma pirmide em que, em cada vrtice localiza-se

    um ponto especco do trabalho com artes. preciso salientar

    que entre esses pontos no h nenhuma hierarquia, ou seja, ne-

    nhum deles mais importante que os outros, muito pelo contr-rio, cada um precisa do outro para ser executado perfeitamente.

    Outra questo importante a no linearidade das aes, sendo

    que o professor pode comear seu trabalho por qualquer um dos

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    pontos sem prejuzo de nenhum. O que necessrio que no

    caminho percorrido durante o ensino de arte, professor e alunos

    passem pelos trs vrtices.

    Voc compreender melhor essa proposta quando apre-

    sentarmos alguns exemplos de planos de aula no nal deste

    caderno. O mais importante agora que voc se conscientize

    de algumas ideias.

    A arte um campo de conhecimento como qualquer

    outro (portugus, matemtica, geograa, histria, ci-

    ncias, etc) e, deste modo, possui contedos, objeti-

    vos e metodologias prprias.

    A arte na escola tem como objetivo o desenvolvi-

    mento cultural dos alunos, ou seja, apenas aprender

    tcnicas ou expressar-se no suciente para um

    aprendizado signicativo em artes.

    Os conhecimentos aprendidos na disciplina de artes

    so de fundamental importncia para a formao da

    sociedade brasileira.

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    PLANEJANDO AS AULAS DE ARTES

    Voc Professor deve estar pensando ento como pla-

    nejar suas aulas de arte daqui para frente. Voc planejar damesma maneira que faz com os outros conhecimentos. Mas,

    lembrar-se- de que colocar as crianas para colorir um desenho

    pronto no uma aula de arte completa. Lembrar-se- de que

    ensinar as crianas uma msica educativa para determinados

    momentos, ou para incutir valores tambm, no uma aula de

    artes completa. Saber que os planejamentos devero passar

    pela proposta triangular, abordando o fazer artstico, a contextu-

    alizao e a apreciao. Saber tambm, o quo importante

    para a formao da criana esse trabalho na rea artstica.

    A primeira coisa denir um tema, que pode ser os mo-

    vimentos artsticos, uma obra determinada, algum artista, um

    tipo de tcnica ou material utilizado na produo artstica. Ao es-

    colher o tema, pense que a arte na educao tem como objetivo

    a formao cultural dos educandos, portanto, escolha uma boa

    variedade de obras, de artistas e de estilos, para que a criana

    tenha uma ideia mais completa da abrangncia da arte.

    Para denir os contedos a serem trabalhados preciso

    pensar se eles so signicativos em artes, se proporcionaro

    conhecimentos artsticos e culturais que se constituem como de-

    terminantes e necessrios para formao humana. hora de

    abandonar a arte na escola apenas como uma atividade que tem

    como objetivo ocupar o tempo das crianas. H uma innidade

    de temas e questes referentes ao conhecimento artstico que dever da escola compartilhar com os alunos.

    Como qualquer planejamento, as aulas de artes devem

    ter objetivos bem determinados. O professor deve saber clara-

    mente aonde quer chegar com determinada sequncia de di-

    dtica. Ento, planejar para que os alunos aprendam a fazer

    uma obra artstica, aprendam a aprecia-l e saibam falar sobre

    o contexto em que ela foi criada. preciso pensar com bastanteateno nesses objetivos e se houver dvida bom procurar o

    PCN de artes, e a Proposta Curricular Municipal.

    Deve-se pensar os contedos de artes como se pensa

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    os outros contedos do 1 ao 5 ano, por meio de ciclos, nos

    quais as diculdades vo aumentando aos poucos. Os objetivos

    so os mesmos, mas os desaos mudaro de acordo com o n-

    vel de desenvolvimento da turma.

    Cada etapa do trabalho deve estar claramente delimi-

    tada, o nmero de aulas e o que vai acontecer em cada uma,

    sempre se lembrando dos caminhos que indicamos aqui. im-

    portante que o aluno se habitue ao trabalho qualitativo em artes,

    que se aventure cada vez mais em obras mais sosticadas.

    Uma tima ideia o trabalho com fotograas, vdeos e

    softwares de computador com foco em edio de imagem, vdeo

    e msica. As crianas gostam muito desses trabalhos e o aces-

    so a esses meios cada vez mais fcil. Se voc tem diculdade

    em lidar com essas ferramentas, essa uma tima oportunidade

    para vencer mais esse desao, havendo vrios tutoriais e cursos

    na internet que podem ajudar bastante.

    Avaliao

    Caro Professor, muitos perguntam a todo o momento

    como dever ser a avaliao em artes? O professor dever jul-

    gar a qualidade dos trabalhos artsticos ou somente a participa-

    o? H provas escritas em artes? Quais os instrumentos pode-

    ro ser usados na avaliao?

    Para responder a estas questes necessrio primeiro

    relembrar, antes de tudo, que Arte Conhecimento, ou seja, hcontedos que precisam ser ensinados e aprendidos. Portanto,

    o professor dever escolher sua maneira de avaliar pensando

    em como ter certeza se os conhecimentos ensinados foram re-

    almente assimilados. Ser que os alunos podem falar sobre os

    artistas e os movimentos artsticos estudados? Ser que eles

    compreendem conceitos prprios da linguagem artstica, ou

    seja, falam de uma obra de arte utilizando-se dos termos ade-

    quados? Ser que eles podem reproduzir as tcnicas usadasdurante o processo do fazer artstico?

    Voc j deve ter percebido at aqui que a questo no

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    se a obra feia ou bonita, ou se o aluno participou ou no partici-

    pou, a questo central da avaliao em artes semelhante a ou-

    tras disciplinas Aprendeu ou no aprendeu. No avaliaremos

    o talento individual do aluno, mas o aprendizado. Participao,envolvimento, interesse e comportamentos podem sim ser com-

    ponentes avaliativos, mas no devem ser exclusivos.

    Como instrumento de avaliao poder ser usado a roda

    de conversa. Aps os trabalhos artsticos, o professor pode con-

    versar com os alunos sobre o que eles aprenderam e avaliar se

    o resultado foi satisfatrio ou no. Como as atividades de arte

    trabalham com vrias reas do crebro, juntando razo e emo-

    o num mesmo objetivo, importante que o professor deixe os

    alunos vontade para falar sobre essas experincias.

    Muitas vezes, pode se acreditar que em artes no deve

    haver avaliaes escritas. Isso poderia acontecer se a arte fosse

    encarada como uma atividade ou como apenas um momento de

    entretenimento na escola. Mas, como dissemos, a arte conhe-

    cimento e como tal, h conceitos que devem ser assimilados.

    Portanto, o professor dever fazer uso da avaliao escrita sem-pre que necessrio.

    Outro instrumento muito interessante de avaliao em

    artes o portflio. O portflio seria a coleo dos trabalhos feitos

    pelos alunos durante um perodo de tempo. Essa coleo pode

    ser feita em pastas catlogo. Esse instrumento serve principal-

    mente para julgar o amadurecimento artstico do educando. O

    professor ao nal do processo poder ter uma ideia de quanto oaluno evolui.

    importante tambm trabalhar com chas de aprecia-

    o. Essas chas se constituem como um direcionamento para

    apreciao artstica. Nos anexos voc ter alguns exemplos

    dessas chas, para que possa usar em suas aulas.

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    ANEXOS

    Exemplos de Fichas de Apreciao Artstica

    Os Retirantes de Portinari.

    1. Nome da Obra:

    2. Nome do autor:

    3. Tcnica utilizada:

    4. poca em que foi pintada:

    5. Quais as cores predominantes?

    6. Quais as sensaes que voc tem ao olhar esta

    obra?

    7. A pintura retrata um local especco? Qual?

    8. Quantas guras humanas existem na obra? Qual a

    aparncia delas?

    9. Voc j viu alguma cena parecida na vida real?10. Em sua opinio, qual a inteno do artista ao pintar

    essa obra?

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    11. As pessoas retratadas so pobres ou ricas? Esto

    felizes ou tristes? Por qu?

    12. Quais os elementos da obra colaboram para dar uma

    sensao sombria e triste?13. Qual a relao desta obra com a seca nordestina?

    14. Na obra, so retratados alguns pssaros voando.

    Que tipo de pssaros so esses? Em sua opinio,

    qual o sentido deles na paisagem?

    Trenzinho Caipira Heitor Vila Lobos

    Verso orquestrada: http://www.youtube.

    com/watch?v=DC8oFe5bkeY

    Verso Cantada: http://www.youtube.com/

    watch?v=QtJ8ro1NSh0

    1. Qual o nome da msica?

    2. Quem so os autores da msica?

    3. Qual a diferena entre a primeira e a segunda ver-so?

    4. Quais os instrumentos musicais usados em cada

    uma das verses?

    5. Os instrumentos musicais imitam um meio de trans-

    porte. Qual ? Quais os instrumentos musicais usados

    para isso?

    6. Quando a obra foi composta?

    7. Quem a cantora que canta a msica na segundaverso?

    8. Na sua opinio, qual situao a msica retrata?

    9. Quais as sensaes essas msicas transmitem?

    10. Existem outras maneiras de se imitar o barulho do

    trem? Qual?

    11. O que achou da letra da msica?

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    Exemplos de Planejamentos

    PLANO 01

    Ttulo/ assunto: As bandeirinhas de Alfredo Volpi

    A gente se desliga e ento s passa a existir o problema da linha,forma e cor. (...) Minhas bandeirinhas no so bandeirinhas; so s oproblema das bandeirinhas.(Volpi)

    Ano de escolaridade: 1 ao 5 anos do Ensino Fundamental

    Capacidades Contedos

    Identicar as principais caractersticasdas obras de Alfredo Volpi.

    Conhecer a vida e a obra de Alfredo

    Volpi.

    Utilizar vocabulrio adequado ao anal-

    isar obras de artes visuais

    Compreender e identicar os diver-

    sos elementos formais nas produes

    visuais.

    Produzir obras visuais baseadas na obra

    de Alfredo Volpi.

    Vida e obra de Alfredo Volpi; Cores;

    Elementos da Linguagem Visual

    Composio com elementos repetidos.

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    Metodologia:

    Apreciao e contextualizao:

    Apresentar foto do artista Alfredo Volpi Apresentar aos alunos biograa do artista Apresentar aos alunos outras informaes sobre o artista como: A qumica nas tintas

    de Volpi Mostrar imagens de obras do artista Volpi, destacando a tcnica utilizada: As cores mais frequentes em sua potica e o elemento grco pelo qual o artista

    conhecido mundialmente - as bandeirinhas to presentes nas festas juninas;

    Apreciar as obras em questo, buscando ampliar o vocabulrio e o repertrio plsticodo grupo; Deixar as imagens das obras de Alfredo Volpi expostas em local visvel e acessvel a

    todos.

    Produo:

    Propor a dinmica do desenho cego, ou seja, deixar o lpis correr sobre o papel noritmo de msicas (lentas, mdio, rpido), respeitando o gesto da mo, sem a preocu-pao de criar formas, apenas linhas no espao do papel;

    Os alunos s abriro os olhos aps o encerramento do fundo musical;

    Solicitar ao grupo a socializao das impresses causadas com o desenhar de olhosfechados - se foi prazeroso ou desagradvel; se conseguiram ou no trabalhar olpis no ritmo ditado pelo fundo musical; se houve concentrao;

    Pedir aos alunos que escolham trs cores quaisquer de lpis de cor e procuremencontrar formas entre as linhas traadas na dinmica Lembre-os que a linha temorigem em um ponto e, quando se fecha em outro ponto, d origem a uma forma.Toda forma fechada.

    Solicite ao grupo para escolherem uma das formas a que mais gostou, a mais inte-ressante ou a que achou mais estranha;

    Leve para a sala de aula folhas de papel carbono, retalhos de papel mais encorpado,

    como papel carto, cartolina ou papel canson e papis coloridos variados, tipo fanta-sia, lustroso;

    Solicite a transferncia da forma escolhida para um papel mais duro com ajuda dopapel carbono e o posterior recorte da mesma, criando um clich ou molde;

    De posse do clich ou molde, os alunos faro a duplicao dessa forma, em vriascores, recortando o mximo de formas que conseguir;

    Retome as imagens de obras do artista Volpi trabalhadas anteriormente, uma a umae pergunte que tipo de composio abstrata ou gurativa?

    Disponibilize ao grupo, folhas coloridas de papel fantasia, colorset ou cartolina notamanho A4, para servir de suporte para a realizao de uma composio plstica;

    De posse das formas criadas, recortadas e duplicadas anteriormente, comente como grupo que essas formas sero como peas de um mosaico - partes que formamum todo;

    Oriente os alunos na produo de uma composio plstica abstrata ou gurativa,

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    para tanto, deixe-os brincar com as formas no suporte, fazendo as mais variadasexperimentaes para depois montar os trabalhos utilizando cola.

    Exposio e avaliao:

    Expor as obras produzidas para apreciao dos colegas de sala e da escola; A partir das produes desveladas na proposta de criao do Mosaico de repetio

    de elementos em papel, realizar a apreciao coletiva do que se apresenta em cadatrabalho, retomando conceitos de forma, cor, mosaico, composio abstrata e gura-tiva.

    ANEXOS:BIOGRAFIA: ALFREDO VOLPI

    Alfredo Volpi, Lucca, Itlia, 14/04/1896 - So Paulo, SP, 28/05/1988. O trabalho de Alfre-do Volpi a expresso de sua vida. Uma obra signicativa medida que foi diferenciada.

    Ao longo de quase um sculo de existncia, Volpi passou por vrias fases, recebeu in-uncias de diversos artistas, como Czanne, Giotto, Ucello, Ernesto de Fiori, encontrando seuprprio caminho, sua linguagem.

    Ora singelas e emotivas, ora vigorosas e dinmicas, as pinceladas de Volpi revelam atranqilidade e a perfeio do arteso. Filho de imigrantes italianos, desde pequeno mostrou

    interesse em misturar tintas e criar novas cores. Esse talento o levou a trabalhar como pintor defaixas decorativas nas paredes das grandes manses da aristocracia de So Paulo. Passadoalgum tempo, resolveu pintar quadros e sua fonte de inspirao era a paisagem, ainda rural,paulistana. Aos dezoito anos de idade, ele pintou sua primeira obra de arte sobre a tampa deuma caixa de charutos, usando tinta a leo. Aos poucos, foi produzindo novas obras, experimen-tando e descobrindo as muitas possibilidades que as tintas ofereciam. Pintava ao ar livre, junto natureza.

    Sem a preocupao de se engajar emmovimentos artsticos, ele queria apenas pintar

    quadros com uma simplicidade, que acabou cha-mando a ateno de outros artistas. Autodidata eindependente, podia at incomodar o meio arts-tico, mas ainda hoje crticos e estudiosos de artebuscam associar, por uma questo didtica, suaobra a movimentos artsticos como: impressionis-mo, expressionismo, abstracionismo, concretismo.

    Apesar de sua evoluo artstica denotaresse percurso, o prprio Volpi no estava preocupado com essa classicao. No entanto, suasprodues artsticas no poderiam ter sido mais signicativas: evoluindo do abstracionismo at o

    gurativismo, Volpi descobriu as formas e as cores e dominou-as. Desde suas paisagens e retra-tos, alguns expostos no Salo de Belas Artes do Palcio das Indstrias, em So Paulo, passandopelas paisagens de Itanham, pela participao no Grupo Santa Helena, e nalmente seus casa-rios e fachadas at o prmio na II Bienal de So Paulo, Volpi foi se transformando em cada etapa.

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    Sua maturidade artstica levou-o a produzir cada vez mais e a se expressar em composiesabstratas e bem equilibradas. Descobriu temas populares que foram capturados em suas novascomposies. Atravs de suas pinceladas, luas, sereias, barcos, janelas, brinquedos, bandeiras,mastros e faixas ganharam novos signicados... no eram mais apenas formas desenhadas em

    planos horizontais, mas signos abstrados de suas observaes, de seu olhar de artista, e trans-formados em surpresas formais.Volpi evoluiu descobrindo novos espaos e registrando-os, como exemplo, ao se depa-

    rar com bandeiras, em uma festa na cidade de Moji das Cruzes, manipulou-as, raptando-as deseu contexto, e recriando-as com a ajuda de sua paleta.

    Volpi brincava com as formas, as linhas e as cores, e para isso descobriu - e usou comomestre - a tmpera a ovo. O tempo foi passando e Volpi talvez nem percebesse... sua evoluoera to natural quanto signicativa. Passou pelo concretismo, a optical-art e nalmente abstraiuos signicados de cada forma tratando-as informal, porm consistentemente, qualidade que fezdele um mestre das artes.

    A qumica nas tintas de Volpi

    Quando estudamos um artista como Alfredo Volpi, algumas de suas mais importantescaractersticas logo se destacam. Volpi foi um arteso desde o incio de sua atividade prossio-nal. Mesmo adolescente, gostava de misturar cores e descobrir novas tonalidades e texturas.Depois, ao trabalhar como pintor de parede, fazia questo de sentir o cheiro da tinta, e at mes-mo sujar as mos s para sentir seu contato com a pele. Costumava carregar os baldes de tinta,envolvendo-se na atividade com prazer e dedicao.

    Quando se tornou artista

    plstico, o fato de trabalhar com tin-tas foi se transformando cada vezmais em uma atividade natural e en-volvente. Alfredo Volpi fazia questode produzir suas tintas, nas cores quelhe fossem agradveis. Extremamen-te dedicado e meticuloso, preparavacom cuidado suas misturas. Dessaforma, o ato de pintar para Volpi ini-ciava-se na construo das telas de

    linho, na qumica das tintas, e seguiaat a composio nal da obra. Cadauma de suas telas possui, alm deseu pincel, a sensibilidade de suasmos na escolha da cor e da texturapara a obra.

    Tal como um alquimista das cores, Volpi usava a tcnica da tmpera-ovo. As tintas eramdiludas em uma emulso de verniz e ovo, onde eram colocados pigmentos decantados (terra,ferro, xidos, ocre - argila colorida por xido de ferro) e ressecados ao sol pelo prprio Volpi.

    Certa vez, ele declarou: S pinto luz do sol. (...) No uso pigmentos industriais, que

    criam mofo, e que com o tempo as cores do quadro perdem a vida.Quando estava pronta, Volpi sempre testava cada tinta, experimentando e vericando adensidade e a durabilidade. S depois que percebia que a cor obtida e desejada havia permane-cido rme, sem alterao, ele a usava para pintar seus quadros. Caso isso no ocorresse, Volpi

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    jogava a tinta fora e comeava tudo de novo.Voc poder ver fotos de Alfredo Volpi misturando suas tintas e o seu atelier nas pginas

    30 e 31 do livro Alfredo Volpi, da Coleo Mestres das Artes no Brasil.

    Tinta

    A tinta um lquido com pigmentos coloridos e aglutinantes solventes ou aditivos, capazde se converter em uma membrana slida e na ao ser aplicada sobre superfcies como metal,madeira, pedra, papel, tecido, couro, plstico, entre outras. As tintas podem ser base de gua,leo, betuminosas ou plsticas, e precisam de aglutinantes, que so substncias que servempara ajudar na mistura e deixar a tinta colorida.

    AglutinanteO aglutinante funciona como uma cola, unindo as partculas dos pigmentos. Alguns

    exemplos so as resinas de rvores, a gema de ovo, o alho e at a cola plstica.

    Nas tintas base de gua, o aglutinante solvel em gua, como o amido e a gelatina.As tintas prontas, como o guache, a aquarela e a cal, apresentam uma reao com ocarbono do ar e se autoaglutinam sem que ns percebamos visualmente. Nas tintas a leo, oaglutinante um leo secativo, que pode ser de linhaa, de nozes, de papoula.

    As tintas plsticas tm aglutinantes sintticos e so mais duradouras e resistentes.PigmentoO pigmento uma substncia composta de partculas microscpicas coloridas, que so

    misturadas tinta de acordo com o gosto do artista. Ele no se mistura com o aglutinante e porisso tinge a tinta.

    Os pigmentos podem ser brancos, pretos ou coloridos.Alguns brancos: alvaiade, xido de zinco, sulfeto de zinco.

    Alguns coloridos: zarco (vermelho), cromo (amarelo), ferro (azul).O pigmento preto geralmente o carbono elementar.Pigmentos e corantes podem ser extrados dos reinos mineral, vegetal ou animal. O pig-

    mento tem uma ao mais supercial, colorindo a superfcie da tela. Os corantes penetram nasbras dos tecidos da tela. O pau-brasil e o urucum, utilizados por nossos indgenas, so corantesvegetais.

    Como achar pigmentos

    A terra um pigmento mineral que pode nos oferecer vrios tons de cores. Existe uma

    grande variedade de terra: mais na, mais grossa, com diversas tonalidades. Ao utilizar terra emuma atividade, deve-se observar se ela est soltando muita poeira. Para vericar isso, pode-seenvolv-la com um pano para bater nele com um sapato ou martelo. Pode-se tambm peneirara terra, deixando-a sem gros nem sujeira.

    Quando for utilizar a terra como pigmento, voc deve decant-la. Coloque a terra re-colhida em uma vasilha com gua e espere um dia: os gros mais pesados iro para o fundo,enquanto os mais leves caro na superfcie. Recolha esses gros por camadas, colocando-ospara secar em um prato. Eles serviro como pigmentos para colorir a tinta.

    Folhas, razes, ores e cascas so corantes vegetais, que devem ser fervidos em guapor cerca de 50 minutos, deixando-os esfriar, pode-se vericar que o lquido obtido capaz de

    manchar uma superfcie. Alguns exemplos:Amarelo ou laranja: casca de cebola, cravo-de-defunto, girassol.Vermelho: serragem vermelha, jabuticaba, casca de nogueira.Verde: folhas de cenoura, erva-mate, loureiro.

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    Preto: carvo.Importante: Existem plantas perigosas cujo manuseio deve ser evitado. Consulte sempre

    um especialista ou botnico.Ossos triturados, conchas e cascas de ovos tambm servem como pigmentos retirados

    do reino animal.

    Receitas caseiras para fazer tintas

    1) Guache:Ingredientes: 100 g de p de pintor; 30 g de glicerina; 60 g de goma arbica.Modo de fazer: Misturar tudo e passar trs vezes por peneira na. Cozinhar em banho-

    maria, mexendo sempre. Guardar em vasilha de vidro. Ao usar, dissolver em gua para obtermelhor rendimento.

    2) AnilinaIngredientes: P de pintor a gosto; uma colher de ch de gesso; uma colher de sopa degoma arbica; gua suciente para dissolver.

    Modo de fazer: misture tudo. Quanto mais goma arbica for colocada, mais brilhantecar a anilina. Colocar em vidros fechados.

    3) Outra receitaIngredientes: Uma folha de papel de seda de cor viva; uma colher de sopa de lcool; uma

    xcara de caf de gua. Modo de fazer: Misturar tudo e deixar em fuso por dois dias. Guardarem vidro fechado.

    4) Massa para pintura a dedoIngredientes: Uma xcara de polvilho ou trigo; uma xcara e meia de gua fria; duas

    xcaras de gua fervente; uma xcara de sabo em p; uma colher de desinfetante lquido, depreferncia Lysoform; uma colher de sopa de glicerina; qualquer corante.

    Modo de fazer: Dissolver o polvilho (ou trigo) em gua fria, adicionar aos poucos a guafervente, mexendo rapidamente para no encaroar. Levar ao fogo, mexendo sempre. Quandoestiver na consistncia de mingau, retirar e deixar esfriar.

    Adicionar o sabo enquanto o mingau estiver morno, em seguida a glicerina, o desin-fetante Lysoform e o corante, se quiser que a massa que colorida. Conservar em lugar fresco.

    A tmpera-ovoUm pouco de histriaA tmpera a tinta mais antiga que conhecemos. Os artistas pr-histricos do Perodo

    Paleoltico faziam misturas com gua e pigmentos naturais, como xidos minerais, carvo, ve-getais, sangue de animais e ossos carbonizados, que costumavam ser misturados na gordurade animais mortos. Na Antiguidade, na Idade Mdia e no Renascimento italiano, a tmpera-ovofoi muito utilizada pelos artistas na produo de iluminuras medievais e pinturas sobre suportesde madeira.

    Como fazer

    Na tmpera-ovo, o aglutinante a gema, que preparada da seguinte forma: separa-sea gema da clara do ovo, colocando-a em um copo com fungicida e misturando-a bem com umacolher. Ao misturar gua, pigmento e esse aglutinante, voc vai obter uma tinta mais transparen-

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    te - como a aquarela. Se quiser uma tinta mais espessa - como o guache -, adicione talco, giz oucarbonato de clcio.

    Referncias bibliogrcas

    A qumica nas tintas de Volpi. Disponvel em: http://literatura.moderna.com.br/moderna/literatura/arte/icones/volpi/ciencia. Acesso em: 23/05/2012.

    FERREIRA, Idalina L; CALDAS, Sarah P. Souza . Atividades na Pr-Escola. 18 ed. Editora Saraiva, 1999.

    LELIS, Soraia. As bandeirinhas de Volpi.Disponvel em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/chaTecni-caAula.html?aula=7983. Acesso em: 23/05/2012.

    Revista Nova Escola, outubro/98.

    PLANO 02

    Ttulo/ assunto: As cores

    Ano de escolaridade: 1 ao 5 anos do Ensino Fundamental

    Capacidade Contedos

    Conhecer e identicar as cores

    primrias, secundrias e tercirias; Manusear pincis e tintas;

    Desenvolver a capacidade de explora-

    o e experimentao;

    Reconhecer cores anlogas e opostas,

    quentes e frias;

    Desenvolver a expresso, utilizando as

    combinaes das cores;

    Utilizar vocabulrio adequado ao anal-

    isar obras visuais quanto as cores.

    Estudo das cores (primrias, secundrias,

    tercirias, quentes, frias.

    Metodologia

    1 aula: Cores primrias e secundrias

    Apresentao das cores primrias e secundrias atravs do texto Uma histria decores

    Numa conversa inicial, a professora ir ler o texto Uma histria de cores. Aps a apresentao da histria, a professora ir conversar com as crianas, fazendo

    com que elas falem sobre as cores que conhecem, o que sabem sobre elas, que corelas esto vestindo e se o que aconteceu na histria possvel. Ser? Ser que mis-turando azul com amarelo d o verde? E o azul com vermelho que cor ser que d?

    A seguir, o professor ir propor a experincia de misturar as cores primrias utilizando

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    tinta guache Aps as misturas feitas, o professor dar uma folha para as crianas pintarem com as

    cores primrias e as cores secundrias Exposio dos trabalhos dos alunos, separando-os em cores primrias e cores se-

    cundrias.

    2 aula: Cores quentes e Frias

    Apresentao de vrias imagens da natureza como: Por do sol, fogo, vulco, cu, gua, rvores, mar, gelo, neve, etc. Apresentao de vrias obras de arte que do nfase s cores frias e quentes, como:

    Cores quentes: Cores frias:Autor: Toulouse-Lautrec Autor: Monet

    Obra: Moulin Rouge Obra: Paisagem com tempestade

    Autor: Henri Matisse Autor: Vincent VangoghObra: A sala vermelha Obra: The Old Mill

    Pedir aos alunos que escolham uma imagem ou obra e digam por que a escolheu: Exposio dos trabalhos em varal na sala de aula.

    Anexos

    1 aula: Uma histria de cores

    Era uma vez uma famlia de Azuis. O lho Azul vivia contente com a sua me Azul e como seu pai, tambm ele Azul.

    Na cidade, todos os seus vizinhos eram igualmente azuis e todos se sentiam muitoorgulhosos com a sua bela cor, que era tambm a cor do cu e do mar. E os Azuis sentiam-seorgulhosos, achando-se belos e perfeitos, os vaidosos

    Mas, um dia, aquilo que os Azuis achavam impossvel aconteceu. Chegou cidade umaestranha, muito estranha, uma estranhssima famlia de Amarelos! O pai, a me, o lho e atmesmo a bem velhinha e curvada av eram todos Amarelos, to amarelos quanto o amarelopode ser.

    Seria possvel que tal cor existisse?Os Amarelos instalaram-se na casa, que cava mesmo ao lado da casa dos Azuis, e,

    curiosos, apressaram-se a espreitar e a observar pela janela to estranhos seres.Menos preocupado, o lho Azul, como qualquer criana, apenas queria saber se o lho

    Amarelo gostaria de jogar bola. Sem perder tempo, bateu porta dos seus novos vizinhos eperguntou ao lho Amarelo:

    Queres vir brincar comigo?E o lho Amarelo l foi, sem pensar duas vezes, indiferente cor da bola que, apesar deser azul, rolava e saltava to bem como as melhores bolas amarelas a que estava acostumado.

    No entusiasmo do jogo e no frenesi da correria, depois de um passe mais acrobtico e de

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    Paisagem com tempestade - Monet

    PLANO 03

    Ttulo/ assunto: Abstracionismo Geomtrico

    Ano de escolaridade: 1 ao 5 anos do Ensino Fundamental

    Capacidades Contedos

    Reconhecer as caractersticas expressi-

    vas das artes visuais;

    Expressar e se comunicar em artes vi-

    suais;

    Criar e recriar produes de artes vi-

    suais;

    Apreciar suas produes e as dos cole-

    gas por meio de observao, narrao,

    descrio e interpretao.

    Estudo das cores e percepo das varia-

    es de cores, formas, e luminosidade;

    Caractersticas expressivas presentes nas

    pinturas;

    Tcnicas e tendncias artsticas das artes

    visuais.

    Expressionismo Abstrato;

    Formas Geomtricas;

    Composio artstica.

    Metodologia

    1 Momento: Apreciao e Contextualizao

    Na apreciao, o educador deve apresentar a obra de arte criana para que ela possasenti-la, fazer sua leitura e adotar uma postura dialgica diante dela. Explorar sua apresentao,seus sons, movimentos, sua textura, suas cores, suas formas, etc.

    O professor poder levar para a sala de aula rplicas de obras que representam o abs-

    tracionismo geomtrico e, ainda, acessar o link abaixo para assistir ao vdeo AbstracionismoGeomtrico - obras de Piet Mondrian e Kazimir Malevich.http://www.youtube.com/watch?v=ZT27BmniyU4&feature=endscreen&NR=1

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    Na contextualizao, deve-se situar a obra em seu tempo e espao, seu autor, seu mo-mento histrico, entre outras informaes importantes para a busca da razo de ser de cadaobra.

    Orientao para a apreciao e contextualizao da Obra de Arte

    1. O nome da obra:2. O nome do autor da obra:3. Outros dados sobre a vida do autor:1. Qual o meio utilizado (pintura, escultura, fotograa, etc.)?2. A obra simtrica ou assimtrica?3. Existem texturas? Ttil ou visual? Descreva-as, comparando-as com a realidadedos objetos.

    4. Quais cores podemos notar? (quentes, frias, primrias, secundrias, neutras).5. Existe Luz e Sombra?6. Notamos a presena de pontos e/ou de linhas?7. A obra sugere movimento?8. Qual emoo o artista passou em sua obra?9. A maneira como o artista organizou a obra agradvel? Dramtico ou no?10. Descreva a obra:11. O que lhe chamou mais ateno?12. Faa a sua interpretao da obra.

    2 Momento: Produo

    A produo artstica o momento em que a criana participar do processo de confec-o de uma obra de arte.

    Utilizando os blocos lgicos, o professor discutir com os alunos as formas geom-tricas e suas caractersticas; Distribuir para a turma os blocos, lpis e cartolinas para que tracem, aleatoriamen-te, as guras geomtricas no papel; Cada aluno dever olhar com criatividade o seu desenho e imaginar que formaspodero ser construdas atravs das combinaes das formas geomtricas, apagandoou acrescentando linhas;

    Pensar e elencar as cores que sero usadas em sua obra e pint-la (pode-se usartinta ou lpis de cor); Fazer os acabamentos necessrios e colocar moldura (que poder ser confeccio-nada pelo prprio aluno com papel carto, E.V.A, jornal, etc.); Dar nome obra; Apresentar a obra para a turma.

    3 Momento: Exposio

    Expor as obras produzidas pelas crianas para que as demais turmas da escola

    possam apreci-las.Recursos didticos

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    Data show; Cartolina; Lpis e borracha; Lpis de cor (se possvel, aquarelveis), ou tinta guache;

    Material para moldura (pode ser: E.V.A., papel Carto, Papel Ondulado, etc.)

    Avaliao

    A avaliao deve ser feita durante todo o processo, pois dela dependem os passos se-guintes e os ajustes necessrios. Ela deve servir para oferecer indcios de como anda a evoluoda classe, suas aprendizagens, seus interesses.

    O professor poder conduzir a avaliao a partir das seguintes consideraes: Houve envolvimento e interesse?

    Aprendizagem e aquisio de conhecimentos? Houve mudanas na forma de pensar e agir das crianas? Os objetivos do planejamento foram alcanados (os alunos reconheceram as for-mas geomtricas e informaes referentes aos artistas e suas obras)?

    ANEXOS

    O movimento artstico chamado Abstracionismo foi uma tendncia das artes plsti-

    cas desenvolvida no incio do sculo XX, na Alemanha. Surge com base nas experincias dasvanguardas europias, que recusam a herana renascentista das academias de arte. As obrasabandonam o compromisso de representar a realidade aparente, no reproduzem guras nemretratam temas. O que importa so as formas e as cores da composio. Na escultura, os artistastrabalham principalmente o volume e a textura, explorando as possibilidades da tridimensionali-dade do objeto. H dois tipos de Abstracionismo: o informal (ou subjetivo), que busca o lirismo eprivilegia as formas livres, e o geomtrico (ou objetivo), de tcnica mais rigorosa e sem a inten-o de expressar sentimentos nem ideias.

    No Abstracionismo geomtrico, ao desenvolver pinturas, gravuras e peas de arte gr-ca, os artistas exploram com rigor tcnico as formas geomtricas, sem a preocupao de trans-

    mitir ideias e sentimentos. Os principais iniciadores do Abstracionismo geomtrico so o russoMalevitch (1878-1935) e o holands Piet Mondrian (1872-1944). Com quadros em que gurasgeomtricas utuam num espao sem perspectiva, Malevitch inaugura o suprematismo (autono-mia da forma), movimento derivado do Abstracionismo.

    Mondrian, que no incio da dcada de 1910 estivera prximo dos cubistas, entre os anos20 e 40 dedica-se a pintar telas apenas com linhas horizontais e verticais, com ngulos retos ecom as trs cores primrias (amarelo, azul e vermelho), alm do preto e do branco. Para ele,essas formas seriam a essncia dos objetos.

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    O amola tesouras, 1912 - MalevitchKASIMIR MALEVITCH (1878-1935), pintor russo. Fundador da corrente suprematista,

    que levou o abstracionismo geomtrico simplicidade extrema, foi o primeiro artista a usar ele-mentos geomtricos abstratos. Procurou sempre elaborar composies puras e cerebrais, desti-tudas de toda sensualidade.

    Mais obras de KASIMIR MALEVITCH no link: http://regbor.blogspot.com.br/2012/02/ka-zimir-malevich.html

    PIET MONDRIAN E AS CORES PRIMRIAS

    Composio com Cores, 1917 - Mondrian.

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    45CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Para o olhar humano, as cores primrias trazem uma sensao de vivacidade. Atraindo oolhar por serem, em sua maioria, cores raras de se encontrar na natureza. Apesar do vermelho, oazul e o amarelo serem as cores que do origem a todas as outras (da serem chamadas de pri-

    mrias, ou seja, as primeiras), elas quase no existem em estado puro. Esto todas misturadas.O pintor holands Piet Mondrian (1872-1944), um dos mais importantes artistas abstra-tos, destacou-se pelo uso das cores primrias. Ele buscava usar apenas as cores essenciaispara se distanciar da pintura acadmica, que retratava a natureza exatamente como ela . Apartir de Mondrian e de sua busca pelo essencial, h a tendncia de pensar na simplicidade queessas cores trazem. Esto nos cdigos de sinalizao justamente por isso. Transmitem a infor-mao de maneira simples e ecaz.

    Referncias

    MONTES CLAROS, Proposta Curricular Anos Iniciais. Verso Preliminar - Ensino Fundamental. Primeiroao Quinto Ano. Secretaria Municipal de Educao, Dezembro, 2011.

    CREATIO, Gis. Piet Modrian e as Cores Primrias. Disponvel em: http://giscreatio.blogspot.com.br/2011/02/piet-mondrian-e-as-cores-primarias.html. Acesso em: 11 de abril de 2012

    GOMIDE, Juliane. Histria da Arte o encanto do Estilo. Disponvel em: http://julianegomide.blogspot.com.br/2009/06/historia-da-arte-o-encanto-do-estilo.html acessado em 11 de abril de 2012

    Sniper: Portal Para Jovens. Disponvel em: www.spiner.com.br. Acesso em: 11 de abril de 2012.

    PLANO 04

    Ttulo/ assunto: Releitura de Imagem Pieter Bruegel

    Ano de Escolaridade: 1 ao 5 anos do Ensino Fundamental

    Capacidades Contedos

    Reconhecer as caractersticas expressivas dasArtes Visuais;

    Expressar e se comunicar em Artes Visuais;

    Recriar produes de artes visuais a partir de

    estmulos diversos;

    Conhecer e reconhecer as etapas e produes

    dos processos artsticos (percepo, cria-

    o/ produo/ comunicao, representao,

    anlise e registro vivenciado nas artes vi-

    suais).

    Apreciar suas produes visuais e as dos co-

    legas por meio de observao, narrao, de-

    scrio e interpretao de imagens e objetos.

    Estudo das cores e percepo dasvariaes de cores, formas e lumino-

    sidade;

    Caractersticas expressivas presentes

    na pintura;

    Tcnicas e tendncias artsticas das

    artes visuais;

    Composio artstica;

    Pintura;

    Mosaico;

    Vida e obra do Pintor Pieter Bruegel.

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    46CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Metodologia

    1o Momento:Apreciao e Contextualizao

    Apresentar a obra turma, seu nome e seu autor; Compartilhar as impresses que cada um obteve a partir da imagem; Explorar primeiramente as caractersticas das obras: cores, formas, movimentos, sons, etc.; Conhecer e estudar o autor da obra e discutir a mensagem intencionada por ele; Identicar e debater a respeito das brincadeiras retratadas na obra.

    2 Momento: Produo

    A partir da discusso a respeito das brincadeiras presentes na obra estudada, pedir aosalunos que escolham a brincadeira preferida de cada um;

    Distribuir papel e tinta para que os alunos pintem a brincadeira escolhida; Recortar as bordas dos desenhos e montar, em um painel, um mosaico com todos os de-senhos produzidos pela turma;

    Fazer os acabamentos necessrios e colocar moldura (que poder ser confeccionada compapel carto, E.V.A ou outros);

    Escolher coletivamente um nome para a obra.

    3 Momento:Exposio

    Expor a obra produzida para que as demais turmas possam apreci-la.

    Recursos Didticos

    Data-show (ou cpia da imagem); Papel manilha; Papel ofcio; Tinta guache; Pincis; Papel para moldura; Cola;

    AvaliaoO professor dever observar a turma com olhar avaliativo durante todo trabalho, desde a apre-ciao obra estudada at a produo da releitura. Desse modo, poder vericar se:

    Houve envolvimento e interesse; Aprendizagem de acordo com os objetivos do trabalho com as artes visuais; Demonstrao de sensibilidade e criatividade.

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    47CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    ANEXOS:

    Pieter Bruegel

    Detalhe de Jogos Infantis, 1560. leo sobre painel demadeira, 118 x 160,9 cm. Museu de Histria da Arte, Vi-ena.

    Pieter Bruegel (pronuncia-se Broiguel) nasceu em meados de 1527, perto de Antur-pia, hoje pertencente Blgica. O pouco que se sabe a respeito da vida desse artista atravsdo que nos revelam seus desenhos e suas pinturas.

    Anturpia era uma cidade muito importante naquela poca. As famlias ricas gostavam

    de encher os imensos sales de suas manses com obras de arte e valorizavam toda pinturanova que surgisse.Embalado por esse clima, Bruegel, em 1552, viajou para a Itlia a m de conhecer o es-

    tilo de pintura dos artistas italianos mais famosos, como Michelangelo e Rafael. Bruegel tambmrecebeu uma grande inuncia do artista Hieronymus Bosch. Tamanha foi essa inuncia que svezes ca difcil distinguir o trabalho desses dois artistas.

    Bruegel adorava pintar paisagens, mas acabou gostando de pintar pessoas tambm.Gostava de pintar o cotidiano das pessoas simples do campo, o trabalho na colheita, as festas...

    As pinturas de Bruegel eram cheias de detalhes e sempre repassavam alguma lio. Osespecialistas acreditam que Bruegel pode ter colocado, nas suas pinturas, mensagens secretas. o caso dessa tela: Jogos infantis, 1560 (leo sobre painel de madeira, 118 x 160,9 cm), que se

    encontra no Museu de Histria da Arte, em Viena. Acredita-se que, nessa tela, Bruegel, atravsdas brincadeiras de crianas, quisesse fazer uma crtica aos lderes governantes da cidade e daIgreja da poca, mostrando que eles, os governantes, agiam como crianas e no levavam seutrabalho muito a srio.

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    48CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    PLANO 05

    Ttulo/ assunto: Teatro de fantoches

    Ano de escolaridade: 1 ao 3 anos do Ensino Fundamental.

    Capacitades Contedos

    Compreender e apreciar as diversas

    possibilidades teatrais produzidas

    por diferentes culturas;

    Experimentar o teatro, identicando

    as habilidades necessrias ao desen-

    volvimento das expresses, vocal-

    izaes e sons.

    Teatro de mamulengos;

    Expressividade da voz;

    Concentrao;

    Criatividade;

    Gnero: drama.

    Metodologia

    1 Momento: Apreciao e contextualizao

    Apreciar no signica simplesmente levar a turma ao teatro, no caso das artes cnicas,

    ou escutar uma composio, no caso de msica, pois at os sinnimos atribudos ao termo apre-ciao julgamento, avaliao, juzo apontam que se trata de algo mais reexivo.Assim, para a realizao da apreciao de uma amostra de teatro de mamulengos, sug-

    erimos o vdeo Teatro de Mamulengo Trechos da Branca de Neve, disponvel no link:http://www.youtube.com/watch?v=wcthreHSG_A&feature=related O professor deve pesquisar, junto aos alunos, os conhecimentos que eles trazem

    a respeito do teatro de mamulengo. Logo aps, apresentar s crianas um breve histrico dosurgimento do teatro de mamulengos.

    2 Momento: Produo

    Neste momento da produo, aliamos arte e literatura, utilizando o contedo do livro OMamulengo Molenga: cordel pra gente mida, do autor Hardy Guedes, como base para a con-struo do texto para ser apresentado no teatro de fantoches, construdo pela turma.

    Apresentao e leitura do livro pelo professor; Leitura da histria do livro com visualizao das guras; Escrever o texto do teatro junto com a turma, baseando-se na histria do livro; Discutir as caractersticas dos personagens (personalidade, tom de voz, etc); Confeco de fantoches ou dedoches, baseados nos personagens do livro; Construir o palco onde ser apresentado o teatro (o professor poder levar pronta a estru-

    tura feita de caixa de papelo e pedir que as crianas o ajudem a ornamentar com desen-

    hos, pinturas ou colagens); Ensaiar o teatro com a turma.

    3 Momento: Apresentao

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    49CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Convidar os pais dos alunos ou outras turmas da escola para assistirem ao teatro de

    fantoches.

    Recursos didticos

    Cola, Tesoura, Folha chamex, Papel carto vermelho Pincel preto, Papel crepom.

    Avaliao

    O professor dever observar a turma com olhar avaliativo durante todo trabalho, desde aapreciao obra estudada at a produo da releitura. Desse modo, poder vericar se:

    Houve envolvimento e interesse; Aprendizagem de acordo com os objetivos do trabalho com as artes visuais; Demonstrao de sensibilidade e criatividade.

    ANEXOS

    Teatro de Fantoches - O teatro de formas animadas, ou teatro de animao , um gne-ro teatral que inclui bonecos, mscaras, objetos, formas ou sombras, representando o homem, oanimal ou ideias abstratas. O termo Teatro de Formas Animadas, veio diferenciar, na segundametade do sculo XX, outras designaes mais correntes como teatro de marionetas, Teatrode fantoches ou teatro de bonecos, por apresentar uma denio mais abrangente e um con-ceito mais preciso, aplicado a uma forma artstica que tambm encontra expresso paralela nocinema, na televiso e - mais atualmente - no ciberespao. Trata-se de denir um conjunto de

    tcnicas, nos quais recursos visuais inanimados ganham vida atravs da interveno de um oumais atores-manipuladores. Uma vez animadas, essas matrias inertes passam a represen-tar personagens autnomas, transmitindo contedos vitais e conitos existenciais. Nesse caso,podemos incluir, acertadamente, todo o tipo de bonecos animados (marionetas e fantoches,entre outros), mscaras, sombras e silhuetas, animao de objectos, imagem manipulada, etc.,sendo distinguidas destas por trabalhar mesclando tais recursos.

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    O Teatro de Mamulengos consiste numa espcie de divertimento popular em Pernam-buco. No que diz respeito ao nome, h controvrsias, mas acredita-se que se originou de momolenga mo mole, ideal para dar movimentos vivos ao fantoche. Tal arte consiste em repre-sentaes dramticas por meio de bonecos, em pequeno palco ou alguma coisa elevada. Por

    detrs de uma cortina, esconde-se uma ou duas pessoas, e fazem com que os bonecos se exi-bam com movimento e fala. Quanto s encenaes, essas retratam cenas bblicas e cenas daatualidade.

    Bibliograa

    GUEDES, Hardy. O Mamulendo Molenga: Cordel pra gente mida.Ilustraes Fabz. Curitiba: Base Edi-torial, 2011.

    MONTES CLAROS, Proposta Curricular Ensino Fundamental Anos Iniciais 1 ao 5 - Sistema Mu-

    nicipal de Montes Claros Verso Preliminar, 2011.

    RIOS, Rosana. Brincando com Teatro de Bonecos.4 Edio.So Paulo: Ed.Global, 2003.

    Teatro de Formas Animadas. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_formas_animadasacessado em 17 de abril de 2012

    Plano 06

    Assunto : Releitura do quadro Os Girassis de Van Gogh

    Capacidades Contedos

    Experimentar, selecionar e utilizar diver-

    sos suportes, materiais e tcnicas artsticas,

    a m de se expressar e se comunicar em

    artes visuais.

    Criar e recriar produes de artes visuais a

    partir de estmulos diversos. Identicar as principais caractersticas das

    produes das artes visuais

    Elaborar e organizar as etapas e produes

    dos processos (percepo, criao /

    produo/ comunicao representao,

    anlise e registro) vivenciadas nas artes vi-

    suais.

    Apreciar suas produes visuais e as dos

    colegas por meio de observao, narrao,

    descrio e interpretao de imagens e ob-

    jetos.

    Caractersticas expressivas presentes em:

    Pintura; Desenhos; Esculturas Gravuras ;

    paisagens naturais e articiais ;

    Elementos bsicos: textura, forma, plano,

    luz, linhas, percepo das variaes das

    cores, luminosidade. Formas plsticas e visuais em espaos di-

    versos

    Contato sensvel com obras produzidas

    para identicar, atravs da observao,

    leitura e anlise.

    Vida e Obra de Van Gogh

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    51CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Metodologia:

    1 Momento:

    Apresente a obra de Vincent Van Gogh (obra os girassis) aos alunos e pea paraque compartilhem a primeira impresso que tiveram. Discuta sobre os diferentes pontos de vista. Chame a ateno para as caractersticas da obra, as pinceladas, as cores utilizadas,

    pergunte aos alunos se eles reconhecem o estilo ou o autor da obra.

    2 Momento:

    Traga uma foto do autor Van Gogh, conte a histria do autor (Biograa) como se es-tivesse contando uma histria, utilizando uma msica de fundo.

    Converse sobre a poca, os costumes, quem eram os artistas importantes, que tipode arte era valorizado. Para enriquecer traga obras dessa poca, assim o aluno podeentender o valor da contribuio de Van Gogh.

    3 Momento:

    Apresente a proposta de releitura e explique a diferena entre releitura e cpia. Pea aos alunos para produzirem um quadro a partir da obra Os Girassis de Van

    Gogh.

    Recurso Didtico:

    Tinta; Pincel; Papel cartolina; Lpis; Borracha.

    Avaliao:

    A avaliao ser realizada durante todo o processo de desenvolvimento da aula e por

    meio de uma exposio com todos os quadros produzidos pelos alunos. Instrumentos de avaliao: roda de conversa.

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    52CCA - Vol. 1. Introduo a Metodologia do Ensino de Artes

    Plano 07

    Assunto: A Arte do Cordel e a Xilogravura

    Pblico alvo: alunos do 4 ao 5 anos

    Capacidades Contedos

    Ler com compreenso diferentes gne-

    ros textuais, considerando sua funo social,

    seu suporte, seu contexto de circulao e suas

    caractersticas lingstico-discursivas; Reconhecer e identicar variedades

    lingusticas presentes nos textos compreen-

    dendo que concorrem para a construo do

    sentido do texto;

    Reetir sobre as relaes entre a Lit-

    eratura de Cordel e a Xilogravura;

    Experimentar a tcnica da xilogravura

    com algumas adaptaes.

    Explorar o gnero textual cordel

    Variedades regionais

    Tcnica de desenho e pintura xilo-

    gravura ou isopogravura.

    Metodologia:

    1 Momento Contextualizao e Apreciao da obra:

    A professora deve iniciar a aula perguntando se os alunos conhecem a literatura decordel. Explore o contexto em que ocorre esse tipo de texto explorar tambm sobre a tcnica dexilogravura, para tanto segue abaixo algumas orientaes:

    O que um cordel? Por que tem esse nome?

    Como se estrutura um cordel? Quais so os temas mais utilizados nos cordis? Onde e quando comeou a arte do cordel? Qual a tcnica mais utilizada para ilustrar o cordel? O que a xilogravura? Quais os principais artistas brasileiros que utilizam a tcnica da xilogravura? Por que as pessoas comearam a utilizar esta tcnica, ou seja, em que contexto cul-

    tural e social comeou a ser produzido.

    A professora poder tambm apresentar para a turma alguns livros/folhetos de cordel e

    pedir para que as crianas apreciem e expressem seus sentimentos, percepes e vivncias arespeito do cordel.

    2 Momento Produo:

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    Os alunos, com auxlio da professora, iro produzir um folheto de cordel, ilustrar a capaatravs da tcnica da xilogravura ou isopogravura (conforme orientaes em anexo)

    3 Momento Exposio:

    Ao nal do trabalho, os alunos iro organizar uma exposio em varais para apreciaoda comunidade escolar.

    Avaliao

    Avaliar a participao nas discusses, a criatividade, observar se os alunos vivenciarama tcnica da xilogravura, percebendo o passo-a-passo de sua execuo e entenderam a escrita(estrutura) do cordel.

    ANEXOS

    Literatura de cordel

    Literatura de cordel, tambm conhecida no Brasil como folheto, um gnero literriopopular escrito, frequentemente, na forma rimada, originado em relatos orais e depois impressoem folhetos. Remonta ao sculo XVI, quando o Renascimento popularizou a impresso de rela-

    tos orais, e mantm-se uma forma literria popular no Brasil. O nome tem origem na forma comotradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordis ou bar-bantes em Portugal. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado, mas a tradio do barbante nose perpetuou: o folheto brasileiro pode ou no estar exposto em barbantes. Alguns poemas soilustrados com xilogravuras, tambm usadas nas capas. As estrofes mais comuns so as dedez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosae cadenciada, acompanhados de viola, como tambm fazem leituras ou declamaes muitoempolgadas e animadas para conquistar os possveis compradores. Para reunir os expoentesdesse gnero literrio tpico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literaturade Cordel, com sede no Rio de Janeiro.

    No Brasil, a literatura de cordel produo tpica do Nordeste, sobretudo nos estados dePernambuco, da Paraba, do Rio Grande do Norte e do Cear. Costumava ser vendida em mer-cados e feiras pelos prprios autores. Hoje tambm se faz presente em outros Estados, comoRio de Janeiro, Minas Gerais e So Paulo. O cordel hoje vendido em feiras culturais, casas decultura, livrarias e nas apresentaes dos cordelistas.

    Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no corao dos nossoscolonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou paraos demais estados do Nordeste. A pergunta que mais inquieta e intriga os nossos pesquisadores Por que exatamente no nordeste?. A resposta no est distante do raciocnio livre nem dosdomnios da razo. A primeira capital da nao foi Salvador, ponto de convergncia natural de

    todas as culturas, permanecendo assim at 1763, quando foi transferida para o Rio de Janeiro.A literatura de cordel apresenta vrios aspectos interessantes e dignos de destaque: As suas gravuras, chamadas xilogravuras, representam um importante esplio do imag-

    inrio popular;

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    Pelo fato de funcionar como divulgadora da arte do cotidiano, das tradies populares edos autores locais (lembre-se a vitalidade desse gnero ainda no nordeste do Brasil), aliteratura de cordel de inestimvel importncia na manuteno das identidades locais edas tradies literrias regionais, contribuindo para a perpetuao do folclore brasileiro;

    Pelo fato de poderem ser lidas em sesses pblicas e de atingirem um nmero elevadode exemplares distribudos, ajudam na disseminao de hbitos de leitura e lutam contrao analfabetismo;

    A tipologia de assuntos que cobrem, crtica social e poltica e textos de opinio, elevama literatura de cordel ao estandarte de obras de teor didtico e educativo.Os textos considerados romances na literatura de cordel possuem alguns traos em

    comum quanto sua narrativa. Os recursos narrativos mais utilizados nesses cordis so asdescries dos personagens em cena e os monlogos com queixas, splicas, rogos e preces porparte do protagonista.

    So histrias que tm como ponto central uma problemtica a ser resolvida atravs de

    inteligncia e astcia para atingir um objetivo. No romance romntico, a problemtica envolveelementos relacionados ao imaginrio europeu duques, condes, castelos , apropriados eadaptados pela literatura oral brasileira.

    O heri sofrer, vivendo em desgraa e martrio, sempre el ao seu amor ou s suasconvices, mesmo com as intempries. comum a intriga envolver jovens que enfrentam prob-lemas na escolha de seus companheiros, em relaes familiares extremamente hierarquizadas.Objeo, proibio do namoro, noivados arranjados so algumas das diculdades que impedemo jovem casal apaixonado de car junto ao longo do romance.

    Ao m de tudo, o heri ser exaltado e os opositores humilhados. Se assim no for,haver outro meio de equilibrar a situao, que durante quase toda a narrativa permaneceu des-favorvel ao protagonista.

    A estrutura do Cordel

    QuadraEstrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel, mas hoje no mais utilizada pelos

    cordelistas. Porm, as estrofes de quatro versos ainda so muito utilizadas em outros estilos depoesia sertaneja, como a matuta, a caipira, a embolada, entre outros.

    A quadra mais usada com sete slabas. Obrigatoriamente, tem que haver rima em doisversos (linhas). Cada poeta tem seu estilo. Um usa rimar a segunda com a quarta. Exemplo:

    Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabi (2)As aves que aqui gorjeiamNo gorjeiam como l (4).

    Outro prefere rimar todas as linhas, alternando ou saltando. Pode ser a primeira com aterceira e a segunda com a quarta, ou a primeira com a quarta e a segunda com a terceira. Ve-jamos estes exemplos de Z da Luz: (ABAB ou ABBA)

    E nesta constante lidaNa luta de vida e morteO serto a prpria vidaDo sertanejo do Norte

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    Trs mui, trs irim,Trs cachorra da mulestaEu vi nun dia de festaNo lugar Puxinan.

    Sextilha a mais conhecida. Estrofe ou estncia de seis versos. Estrofe de seis versos de sete

    slabas, com o segundo, o quarto e o sexto rimados; verso de seis ps, colcheia, repente. Es-tilo muito usado nas cantorias, onde os cantadores fazem aluso a qualquer tema ou evento eusando o ritmo de baio. Exemplo:

    Quem inventou esse SCom que se escreve saudadeFoi o mesmo que inventou

    O F da falsidadeE o mesmo que fez o IDa minha infelicidade

    SeptilhaEstrofe (rara) de sete versos; setena (de sete em sete). Estilo muito usado por Z Li-

    meira, o Poeta do Absurdo.Eu me chamo Z Limeira

    Da Paraiba faladaCantando nas escrituras

    Saudando o pai da coaiadaA lua branca alumiaJesus, Jose e MariaTrs anjos na farinhada.Napoleo era umBom capito de navioSofria de tosse brabaNo tempo que era sadio,Foi poeta e demagogoNuma coivara de fogo

    Morreu tremendo de frio.

    Na septilha, usa-se o estilo de rimar os segundo, quarto e stimo versos e o quinto como sexto, podendo deixar livres o primeiro e o terceiro.

    OitavaEstrofe ou estncia (grupo de versos que apresentam, comumente, sentido completo)

    de oito versos: oito-ps-em-quadro. Oitavas-a-quadro. Como o nome j sugere, a oitava composta de oito versos (duas quadras), com sete slabas. A rima na oitava difere das outras. Opoeta usa rimar a primeira com a segunda e terceira, a quarta com a quinta e oitava e a sexta

    com a stima.QuadroOitava na poesia popular, cantada, na qual os trs primeiros versos rimam entre si, o

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    quarto com o oitavo, e o quinto, o sexto e o stimo tambm entre si.Todas as estrofes so encerradas com o verso: Nos oito ps a quadro. Vejamos versos

    de uma contaria entre Jos Gonalves e Z Limeira: - (AAABBCCB)Gonalves:

    Eu canto com Z LimeiraRei dos vates do TeixeiraNesta noite prazenteiraDa lua sob o claroSentindo no coraoA alegria deste canto *Por isso que eu canto tanto *NOS OITO PS A QUADRO

    Limeira:Eu sou Z Limeira e tantoCantando por todo cantoFrei Damio j santoDizendo a santa missoEspinhao e gangoBatata de m de rama *Remdio de velho cama *NOS OITO PS A QUADRO.

    DcimaEstrofe de dez versos, com dez ou sete slabas, cujo esquema rimtico , mais comu-

    mente, ABBAACCDDC, empregada sobretudo na glosa dos motes, conquanto se use igualmentenas pelejas e, com menos frequncia, no corpo dos romances.

    Geralmente, nas pelejas, dado um mote para que os violeiros se desdobrem sobre omesmo. Vejamos e exemplo com Jos Alves Sobrinho e Z Limeira:

    Mote:VOC HOJE ME PAGA O QUE TEM FEITOCOM OS POETAS MAIS FRACOS DO QUE EU. Sobrinho:

    Vou lhe avisar agora Z Limeira BVou lhe amarrar agora a mo e o p >B

    A ARTE DA XILOGRAVURA

    Como as pessoas faziam suas impresses antes das impressoras e do computador?Muito fcil, elas utilizavam materiais como a madeira para isso. A Xilogravura, etimologicamente,composta por xilon que do grego signica madeira e grafo que signica gravar ou escrever. As-sim, xilogravura uma gravura feita com uma matriz de madeira. Simplicando, pode-se dizer

    que um processo de impresso com o uso de um carimbo de madeira.Atravs do processo de xilogravura, possvel fazer cpias da matriz de madeira em pa-pel ou outro material adequado. O processo de impresso realizado pela xilogravura consiste emescavar a madeira com