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CARACTERIZAÇÃO DO SETOR

- Restauração e Hotelaria -

julho.2015

PESO DO TURISMO E DO CANAL HORECA - 2013

Caracterização do Setor – Restauração e Hotelaria .2

DESTAQUES

1. Desde o 3º trimestre de 2014 até ao 1º trimestre de 2015, a Restauração e a Hotelaria perderam 52.900 postos de trabalho (Fonte: INE);

2. Na Restauração e Hotelaria, 60% das empresas estão em Alto Risco de Falência (Fonte: Comissão Europeia);

3. A Autonomia Financeira das nossas empresas passou de 0,23 em 2008 para 0,14 em 2013, provocando graves constrangimentos no acesso ao financiamento, seja da Banca ou dos Fundos Comunitários (Fonte: INE);

1. Só nos anos de 2012 e 2013, face ao período 2008-2013, perderam-se cerca de 34% das empresas (-

3.500), 65% do emprego (-20.000) e 78% do volume de negócios (-1,2 mil milhões euros) (Fonte: INE);

2. O IVA nos Serviços de Alimentação e Bebidas em Portugal é de 23%, o mais elevado do conjunto dos 19 países da UEM – União Económica Monetária, que tem um IVA médio de 14,1%;

3. O IVA nos Serviços de Alimentação e Bebidas em Portugal é 130% mais elevado do que aquele que é praticado em Espanha, França e Itália (todos com um IVA de 10%);


Média UEM – 14,1%

.3

Taxas de IVA dos Serviços de Alimentação e Bebidas na UEM - União Económica e Monetária (19 países)

Caracterização do Setor – Restauração e Hotelaria

PESO DO TURISMO E DO CANAL HORECA - 2013 Peso do Turismo e do Canal HORECA

2013

.4 Caracterização do Setor – Restauração e Hotelaria


.5

Peso da Restauração no Turismo 2013



Fonte: INE – Estatísticas das Empresas

N.º de Empresas do Turismo - 2013

.6 Caracterização do Setor – Restauração e Hotelaria

PESO DO TURISMO E DO CANAL HORECA - 2013 Pessoal ao Serviço no Turismo - 2013

.7



PESO DO TURISMO E DO CANAL HORECA - 2013 Volume de Negócios no Turismo - 2013

.8




.9

Volume Negócios / N.º Trabalhadores 2013



.10

Peso do Turismo nas Exportações 2014



.11

Caracterização do Setor da Restauração e Bebidas - 2013



.12




.13




.14

Evolução do Emprego no Alojamento e Restauração (2008 - 2015)


2008 – 2011 Destruição de -29.000

Postos de Trabalho

2011 – 2015 Destruição de -41.300

Postos de Trabalho 2008 – 2014

-43.000 Postos de Trabalho -13,5%

3º T 2014 – 1º T 2015 -52.900 Postos

de Trabalho -17,5%

FONTE: INE – Estatísticas do Emprego | (*) – 1º Trimestre 2015


.15

Evolução do Emprego na Restauração e Bebidas (2008 - 2013)

FONTE: INE – Estatísticas das Empresas

2008 – 2011 Destruição de -10.240

Postos de Trabalho

2011 – 2013 Destruição de -19.191

Postos de Trabalho

2014 – 2015

Não apresentamos as nossas projeções para 2014 e 2015, para não

serem contestados pelo Governo, mas temos a certeza que o nível de

desemprego será ainda pior, pois é nestes anos

que assistimos à desistência empresarial,

por culpa da manutenção da taxa de IVA nos 23%. 2008 – 2013

-29.431 Postos de Trabalho (65% em 12/13)



.16

Análise Económica e Financeira Comissão Europeia

Na hotelaria e restauração, cerca de 60% das empresas tem alto risco de falência e na construção e outros serviços ronda 50%. O problema é, essencialmente, pagar dívidas e conseguir sobreviver já que as empresas, apesar da redução, continuam bastante endividadas. "Em geral, mais de 20% das empresas portuguesas tiveram dificuldades, em 2013, em cobrir o serviço de divida com o seu EBITDA [resultado operacional bruto] e apresentaram problemas de solvência", refere o relatório da Comissão Europeia.

FONTE: Comissão Europeia – Relatório sobre Portugal – 26.fev.2015 | Gráfico: Expresso



.17

Análise Económica e Financeira Banco de Portugal

O Estudo Análise do Setor do Turismo avalia a situação económica e financeira das empresas pertencentes ao setor do Turismo, tendo por base a informação compilada pela Central de Balanços do Banco de Portugal. O setor do Turismo compreende, para efeitos desta publicação, as Sociedades Não Financeiras (SNF) a operar nas atividades de “Transportes e logística”, “Alojamento e restauração” e “Atividades recreativas e culturais”. Principais Conclusões: • No setor em análise, 55% das empresas com dívida financeira não conseguiram gerar EBITDA

suficiente para o pagamento dos juros. Este indicador foi particularmente elevado no caso das microempresas (59%) e no segmento do “Alojamento e restauração” (62%);

• A nível setorial, o “Alojamento e restauração” registou a maior proporção de empresas com EBITDA negativo (58%) em 2013;

• O segmento do “Alojamento e restauração” era o que agregava empresas com menor rendibilidade, com um quarto das empresas a apresentar uma rendibilidade dos capitais próprios inferior a -27%;

• Uma análise mais detalhada da rendibilidade, com base na margem operacional (EBITDA/Proveitos) e na margem líquida (Resultado Líquido/Proveitos), permite verificar como a rendibilidade operacional é consumida pelos gastos financeiros, impostos e pelas depreciações e amortizações;

FONTE: Banco Portugal – Análise do Setor do Turismo – Estudos da Central de Balanços



.18

Análise Económica e Financeira Banco de Portugal

• A dívida financeira representava 63% do total do passivo no “Alojamento e restauração”. Os empréstimos bancários foram a principal componente da dívida financeira, representando 58%;

• O volume de crédito detido pelo setor do Turismo, no final de junho de 2014, representava cerca de 9% do stock total dos empréstimos bancários concedidos por IC às empresas em Portugal. Por segmentos de atividade económica, o “Alojamento e restauração” era responsável pela maior parcela dos empréstimos (62%);

• Ao nível dos indicadores de incumprimento, o “Alojamento e restauração” apresentou um rácio de crédito vencido de 13%, com aumentos consecutivos desde o final de 2009, (+9 p.p.);

• Mais de um terço (34%) das empresas do “Alojamento e restauração” apresentavam situações de crédito vencido em junho de 2014 (aumento de 14 p.p. face a 2009)

• A pressão financeira foi particularmente elevada nas microempresas e no segmento do “Alojamento e restauração”, com a percentagem de empresas com juros superiores ao EBITDA a rondar os 60%;

• O “Alojamento e restauração” registou simultaneamente o maior prazo médio de pagamentos e o menor prazo médio de recebimentos (73 dias e 21 dias, respetivamente).

FONTE: Banco Portugal – Análise do Setor do Turismo – Estudos da Central de Balanços


PESO DO TURISMO E DO CANAL HORECA - 2013 Nota Metodológica (AHRESP)

.19

A presente análise ao Setor do Turismo baseia-se nos dados obtidos referente às Estatísticas das Empresas em 2013, disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Para este efeito, foi considerado como “Setor do Turismo” as seguintes atividades, com as seguintes CAE’s:

Canal HORECA: CAE 55 – Alojamento CAE 56 – Restauração

Transportes:

CAE 51100 – Transportes aéreos de passageiros; CAE 50101 – Transportes marítimos não costeiros de passageiros; CAE 50102 – Transportes costeiros e locais de passageiros CAE 77110 – Aluguer de veículos automóveis ligeiros Outros transportes: CAE 49320 – Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros CAE 49392 – Outros transportes terrestres de passageiros, n.e. CAE 50300 – Transportes de passageiros por vias navegáveis interiores CAE 77340 – Aluguer de meios de transporte marítimo e fluvial CAE 77350 – Aluguer de meios de transporte aéreo

Agências de Viagens e Operadores Turísticos: CAE 79110 – Atividades das agências de viagem CAE 79120 – Atividades dos operadores turísticos CAE 79900 – Outros serviços de reservas e atividades relacionadas

Atividades Recreativas:

CAE 90010 – Atividades das artes do espetáculo CAE 90020 – Atividades de apoio às artes do espetáculo CAE 90040 – Exploração de salas de espetáculos e atividades conexas CAE 93110 – Gestão de instalações desportivas CAE 93210 – Atividades dos parques de diversão e temáticos CAE 93294 – Outras atividades de diversão e recreativas CAE 96040 – Atividades de bem-estar físico

Atividades Culturais: CAE 91020 – Atividades dos museus; CAE 91030 – Atividades dos sítios e monumentos históricos; CAE 91041 – Atividades dos jardins zoológicos, botânicos e aquários e dos parques e reservas naturais


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