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Universidade de Aveiro 2010 Departamento de Geociências Ioana Sofia Moreira dos Santos Impacto da actividade da Mina do Pintor na qualidade dos solos e das poeiras

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Page 1: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

Universidade de Aveiro

2010

Departamento de Geociências

Ioana Sofia Moreira dos Santos

Impacto da actividade da Mina do Pintor na qualidade dos solos e das poeiras

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Universidade de Aveiro

2010

Departamento de Geociências

Ioana Sofia Moreira Dos Santos

Impacto da actividade da Mina do Pintor na qualidade dos solos e das poeiras

Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Geomateriais e Recursos Geológicos, realizada sob a orientação científica do Doutor Eduardo Anselmo Ferreira da Silva, Professor Catedrático do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro e da Doutora Amélia Paula Marinho Dias dos Reis. Investigadora Auxiliar da Unidade de Investigação GeoBioTec – Geobiociências, Geotecnologias e Geoengenharias da Universidade de Aveiro

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Dedico este trabalho à minha família… E a todos que tornaram este trabalho possível de se realizar.

“Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar”

Jacques Anatole François Thibault

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O júri

Presidente Prof. Doutor Fernando Ernesto Rocha De Almeida professor associado da Universidade Aveiro

Prof. Doutor Eduardo Anselmo Ferreira da Silva professor catedrático da Universidade de Aveiro (0rientador)

Prof. ª Doutora Maria dos Anjos Marques Ribeiro Professora associada da Faculdade de Ciências do Porto

Prof. Doutor António Jorge Gonçalves de Sousa professor associado com agregação do Instituto Superior Técnico da Universidade técnica de Lisboa

Prof. ª Doutora Amélia Paula Martins Marinho Dias dos Reis Investigadora auxiliar da Universidade de Aveiro (co-orientadora)

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agradecimentos

A conclusão desta Dissertação de Mestrado só foi possível pela intervenção directa e indirecta de certas pessoas, que passo a agradecer com imenso carinho: Ao Professor Doutor Eduardo Silva, por ter aceite ser meu orientador, e que ao longo destes meses tenha estado sempre disponível, quer na parte de trabalho de campo e de gabinete, quer na parte de orientação, e por me ter dado imensa força e incentivo em todos os momentos. E pela sua amizade. À minha co-orientadora, Professora Doutora Amélia Paula Reis, pela sua disponibilidade, simpatia e horas dedicadas a fio nesse trabalho. À Doutora Carla Patinha e Mestre Ana Cláudia Dias que com muita simpatia e sempre com um sorriso tornaram possível a realização do trabalho laboratorial, pela disponibilidade toda que tiveram ao longo de meses, colaboração e pelas palavras de incentivo nos momentos mais desesperantes. Ao Professor Doutor Fernando Rocha pela sua disponibilidade. À Engenheira Maria Cristina Serqueira, não só pela sua ajuda laboratorial, mas pela sua atenção e por ter sempre disponível uma palavra amiga e à Engenheira Denise Terroso, que apesar das circunstâncias, conseguiu disponibilidade para uma parte do trabalho laboratorial. Ao Sr. Graça pela sua simpatia, disponibilidade e paciência em trabalhos de campo, à D. Maria Manuela e D. Graça, D. Paula, D. Cristina e Sr. Julião por toda a disponibilidade pela ajuda prestada ao longo destes meses, e não só. À Rosa Reboreda, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar. Agradeço á Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis pela disponibilidade e fornecimento de informação. Agradeço em grande parte, ao meu namorado, por todo o apoio e carinho que me deu ao longo destes meses, pela paciência que teve nos meus maus momentos. Por tudo. Aos meus amigos, eles foram sem dúvida um forte pilar… À minha cara metade…minha irmã pequenina. E para finalizar, e não por ser o menos importante, até pelo contrário, agradeço imenso à minha Mãe, que sem ela eu não tinha ultrapassado todos os obstáculos que passei, pelo apoio, pela força, pela amizade e carinho. Se hoje sou o que sou, só lhe tenho de agradecer e de certeza que lhe dei e vou continuar a dar muitos motivos para ela se orgulhar.

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palavras-chave

Geoquímica ambiental; Actividade Mineira; Solos; “road dust”; Análise de dados e Geoestatística; Avaliação de risco; Mina do Pintor

resumo

A Mina do Pintor localiza-se no concelho de Oliveira de Azeméis, Distrito de Aveiro. Trata-se de uma das minas que integram o “Filão Metalífero das Beiras”, filão de quartzo e feldspatos com impregnações de arsenopirite. Neste filão foi explorado mineralizações de As e W e em menor extensão de Pb, Ag, Sn, Au e Cu até meados de 1960. A partir desta data a mina cessou a sua actividade de exploração funcionando exclusivamente para a ustulação de minério proveniente de outras concessões mineiras, albergando também actividade industrial de tratamento e polimento de rochas ornamentais. Em 1995 dá-se o abandono da Mina do Pintor, sem quaisquer medidas de remediação e reabilitação ambiental e paisagística. Estudos anteriores classificaram esta zona como um sistema em stress, dado que desde a suspensão dos trabalhos de lavra são libertadas, para a Ribeira do Pintor e para o rio Antuã, águas ácidas de drenagem provenientes das antigas galerias que actualmente se encontram inundadas. Pretendeu-se com este trabalho, estudar o impacto da actividade mineira após abandono em diferentes meios amostrais, de modo a perceber o comportamento dos elementos considerados de grande risco para a saúde humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados obtidos evidenciam bem o impacto da mina do Pintor nos solos e poeiras, com zonas de contaminação na proximidade da mina em As, Cd, Hg, Pb e Zn. A existência de teores muito elevados de As em ambos os meios amostrais pode representar uma ameaça na qualidade dos solos e linhas de água associados a eles e uma maior exposição a metais tóxicos e meios residenciais. Actualmente, a zona envolvente à mina é uma zona urbana em desenvolvimento sendo que os resultados obtidos neste estudo suportam a necessidade da recuperação ambiental dessa zona.

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keywords

Environmental geochemistry; Mining Activity; Soils; Road Dust; Data Analysis and Geoestatistics; Risk Assessment; Pintor Mine

abstract

Pintor Mine is located in the Oliveira de Azemeis municipality (Aveiro District). This mine is included in "Filão Metalífero das Beiras," a vein composed by quartz and feldspar with impregnations of arsenopyrite. In this vein mineralization was exploited for As and W and to a less extent for Pb, Ag, Sn, Au and Cu by mid-1960. After ceased the mining operations the infrastructures were used exclusively for the roasting of ore from other mining concessions, and also to treatment and polishing of ornamental rocks. In 1995 the area was abandoned completely without any remedial action or environmental rehabilitation and landscaping. Previous studies carried out in the area have classified the area as a system under stress, mainly because the Pintor stream and the Antuã river, receives acid mine drainage from the former galleries which are currently flooded. The objective of this work was to study the impacts of mining in different sampling media in order to understand the behavior of the selected elements considered as high risk for human health (As, Cd, Hg, Pb and Zn). Samples soil and dust ("road dust") were used to assess the environmental impact. The results clearly show that the studied area is contaminated with As, Cd, Hg, Pb and Zn. The existence of very high levels of As in both sampling media can be a threat on soil and stream water quality associated. Also some areas identified as contaminated are related to some other industrial activities carried out in the area. Currently, the studied area surrounding the mine is an urban area under development and the results obtained in this study support the need for environmental restoration of this area, due to the risk of greater exposure to toxic metals of the population and ecosystems.

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Índice

1. Introdução 1

2. Enquadramento da Mina do Pintor 7

2.1. Enquadramento geográfico 7

2.2. Enquadramento regional, geomorfológico e geológico 9

2.2.1. Enquadramento regional 9

2.2.2. Enquadramento geológico 10

2.2.3. Enquadramento geomorfológico 14

2.3. Hidrologia 15

2.4. Clima 16

2.5. Mineralização e Actividade Mineira 19

2.5.1. Enquadramento Histórico 20

2.5.2. Impactos ambientais da actividade mineira 23

2.6. Flora e Fauna 26

2.7. Tipo de solo e Ocupação 27

3. Amostragem e Métodos Analíticos 34

3.1. Amostragem 34

3.1.1. Solos 37

3.1.2. Poeiras (“road dust”) 38

3.2. Preparação física das amostras 39

3.3. Técnicas Analíticas 42

3.3.1. Análise Granulométrica 42

3.3.2. Determinação de parâmetros físico-químicos 43

Determinação de valores do pH do solo e poeiras 43

Determinação de valores de matéria orgânica do solo 44

Determinação das concentrações em Mo, Cu, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe,

As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba, Ti, B, Al, Na, K, W,

Hg, Sc, Tl, S, Ga, Se e Te 45

Determinação do As na componente solúvel do solo 46

3.3.3. Difracção de Raios X para a identificação da componente

mineralógica 49

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3.4. Controlo da Qualidade 50

3.4.1. Determinação do pH 51

3.4.2. Determinação da matéria orgânica 51

3.4.3. Determinação dos teores em metais 52

3.4.4. Determinação do As na componente solúvel do solo 52

4. Caracterização mineralógica e geoquímica das amostras de

solo 53

4.1. Caracterização mineralógica das amostras de solo 54

4.2. Caracterização geoquímica das amostras de solo 56

4.2.1. Análise estatística univariada dos dados físico-químicos e

geoquímicos 56

4.2.2. Análise estatística bivariada dos dados geoquímicos 74

4.2.3. Distribuição dos elementos químicos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co,

Mn, Fe, As, Au, Cd, Cr e Hg 77

4.2.4. Análise estatística multivariada dos dados geoquímicos 92

4.2.5. Aplicação da Geoestatística 99

4.3. Extracção Química Selectiva do As em amostras de solo 116

5. Caracterização textural e geoquímica das amostras de poeiras 121

5.1. Caracterização textural das amostras de poeiras 121

5.2. Caracterização geoquímica das amostras de poeiras 123

5.2.1. Análise estatística univariada dos dados geoquímicos 123

5.2.2. Análise estatística bivariada dos dados geoquímicos 145

6. Conclusões 173

7. Referências Bibliográficas 177

8. Anexos 183

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Lista de Figuras

Figura 2.1 – Localização do concelho de Oliveira de Azeméis e das

diferentes freguesias

7

Figura 2.2 – Excerto da Carta Militar folha 154 – São João da Madeira, à

escala 1:25000 com localização geográfica da Mina do Pintor

8

Figura 2.3 - Localização da área de estudo na unidade geotectónica

correspondente

9

Figura 2.4 - Localização da importante faixa de cisalhamento de Porto-

Tomar

10

Figura 2.5 - Extracto da carta geológica de Portugal, 13-D de Oliveira de

Azeméis á escala 1:50000

11

Figura 2.6 - Excerto do compartimento morfotectónico das cristas

quartzíticas de caldas de S. Jorge-Vale do Caima (Teixeira, 2006)

12

Figura 2.7 - Localização dos principais afluentes da Bacia do Rio Antuã

(Adaptado de Fernandes, 2009).

15

Figura 2.8 - Representação gráfica das temperaturas médias registadas na

Estação Climatológica de Castelo de Burgães, no período de 1989-2010

(Adaptado do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos)

16

Figura 2.9 - Representação gráfica das temperaturas médias registadas na

Estação Climatológica de Castelo de Burgães, no período de 1989-2010

(Adaptado do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos)

17

Figura 2.10 - Representação da precipitação média mensal no período de

1989-2010 (adaptado do Sistema Nacional de Informação de Recursos

Hídricos)

17

Figura 2.11 - Representação da precipitação média mensal no período de

1989-2010 (adaptado do Sistema Nacional de Informação de Recursos

Hídricos)

18

Figura 2.12 - Representação da direcção média (graus) do vento, no

período de 2004 a 2010 na Estação Climatológica de Castelo de Burgães

(adaptado do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos)

18

Figura 2.13 - Em primeiro plano a cobertura do guincho que se prolonga

até ao poço (A) e perto das chaminés o edifício administrativo ( B)

20

Figura 2.14 – Processo de separação do arsénio dos minerais (Mota, 2001)

22

Figura 2.15 – O Abandono da Mina do Pintor (Mota, 2001)

23

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Figura 2.16 – Entulhadeiras viradas para a Ribeira do Pintor 24

Figura 2.17 - A saída da galeria de esgoto da mina na actualidade

(Moreno, 2000)

25

Figura 2.18 - Pormenor do escoamento resultante das operações de corte

e polimento das rochas ornamentais (Moreno, 2000)

26

Figura 2.19 - Urbanização de luxo “Mina do Pintor”

26

Figura 2.20 – Tipo de solo em Portugal Continental e em pormenor no

distrito de Aveiro (Adaptado Instituto do Ambiente

(http://www.iambiente.pt)

28

Figura 2.21 – Distribuição (%) dos sectores de actividades exercidas no

concelho de Oliveira de Azeméis (http://www.igaot.pt)

30

Figura 2.22 – Distribuição (%) das actividades industriais pelas freguesias de

Oliveira de Azeméis (http://www.igaot.pt)

30

Figura 2.23 - Reserva Ecológica nacional na zona de estudo, com

pormenor na envolvente da Mina do Pintor (Adaptado do portal

geográfico da Câmara de Oliveira de Azeméis) -

(http://portalgeografico.cm-oaz.pt/)

31

Figura 2.24 - Planta de ordenamento de território com pormenor na zona

envolvente da Mina do Pintor (Adaptado do portal geográfico da Câmara

de Oliveira de Azeméis) - (http://portalgeografico.cm-oaz.pt/)

32

Figura 2.25 – Ocupação Florestal (Adaptado do portal geográfico da

Câmara de Oliveira de Azeméis) – (http://portalgeografico.cm-oaz.pt/)

33

Figura 2.26 – Actividade de pecuária e industrial (Adaptado do portal

geográfico da Câmara de Oliveira de Azeméis) –

(http://portalgeografico.cm-oaz.pt/)

33

Figura 3.1 – Mapa de amostragem dos solos da Mina do Pintor 37

Figura 3.2 – Mapa de amostragem de poeiras (road dust) na envolvente da

Mina do Pintor

38

Figura 3.3 – Fluxograma da preparação física das amostras de solos e

técnicas de análise

40

Figura 3.4 – Fluxograma da preparação física das amostras de poeiras e

técnicas de análise

41

Figura 4.1 – Cartografia pontual dos valores de pH nos solos

57

Figura 4.2 – Excerto da carta base de Acidez e Alcalinidade dos solos em

Portugal (Carta III.2), adaptado do Instituto do Ambiente

(http://www.iambiente.pt)

58

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Figura 4.3 – Cartografia dos teores da matéria orgânica nas amostras de

solos

59

Figura 4.4 – Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb,

Zn, Ag, Ni, Co e Mn para os solos (fracção <2mm). Todos os elementos

estão expressos em ppm (mg/kg)

64

Figura 4.5 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au,

Th, Sr, Cd e Sb para os solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Fe que está expresso em

% e o Au expresso em ppb (mg/kg)

65

Figura 4.6 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P,

Mg, Ba, La e Cr para os solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Ca, P e Mg que estão

expressos em %

66

Figura 4.7 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K,

W, Hg, Sc e Tl para os solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Ti, Al, Na e K que estão

expressos em %

67

Figura 4.8 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis S, Ga e Se

para as amostras de solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg)

68

Figura 4.9 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Mo, Cu, Pb,

Zn, Ag, Ni, Co e Mn para os solos (fracção <150µm). Todos os elementos

estão expressos em ppm (mg/kg)

70

Figura 4.10 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Fe, As, U, Au,

Th, Sr, Cd e Sb para os solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Fe que está expresso em

% e o Au expresso em ppb (mg/kg)

71

Figura 4.11 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Bi, V, Ca, P,

Mg, Ba, La e Cr para os solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Ca, P e Mg que estão

expressos em %

72

Figura 4.12 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Ti, Al, Na, K,

W,Hg, Sc e Tl para os solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Ti, Al, Na e K que estão

expressos em %

73

Figura 4.13 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis S, Ga, Se e

Te para as amostras de solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg)

74

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Figura 4.14 - Distribuição espacial dos teores de Molibdénio (Mo) 79

Figura 4.15 - Distribuição espacial dos teores de Cubre (Cu) 80

Figura 4.16 - Distribuição espacial dos teores de Chumbo (Pb). 81

Figura 4.17 - Distribuição espacial dos teores de Zinco (Zn) 82

Figura 4.18 - Distribuição espacial dos teores de Prata (Ag) 83

Figura 4.19 - Distribuição espacial dos teores de Niquel (Ni) 84

Figura 4.20 - Distribuição espacial dos teores de Cobalto (Co) 85

Figura 4.21 - Distribuição espacial dos teores de Manganês (Mn) 86

Figura 4.22 - Distribuição espacial dos teores de Ferro (Fe) 87

Figura 4.23 - Distribuição espacial dos teores de Arsénio (As) 88

Figura 4.24 - Distribuição espacial dos teores de Cádmio (Cd) 89

Figura 4.25 - Distribuição espacial dos teores de Crómio (Cr) 90

Figura 4.26 - Distribuição espacial dos teores de Mercúrio (Hg) 91

Figura 4.27 - Valores próprios de cada um dos eixos factoriais (Scree plot)

93

Figura 4.28 – Projecções das variáveis no 1º plano factorial (F1/F2) 94

Figura 4.29 - Projecções das variáveis no 2º plano factorial (F1/F3). 95

Figura 4.30 - Valores próprios de cada um dos eixos factoriais (Scree plot) 96

Figura 4.31 – Projecções das variáveis no primeiro plano factorial (F1/F2) 97

Figura 4.32 – Projecções das variáveis no segundo plano factorial (F1/F3) 98

Figura 4.33 – Variogramas para as direcções de maior e menor

continuidade espacial do Factor 1 e 2 nas amostras de solos de fracção

<2mm e <150µm

101

Figura 4.34 - Variogramas para as direcções de maior e menor

continuidade espacial do Factor 3 nas amostras de solos de fracção <2mm

e <150µm

102

Figura 4.35 – Cartografia do Factor 1 utilizando como estimador a krigagem

nas amostras de solos

103

Figura 4.36 – Cartografia do Factor 2 utilizando como estimador a krigagem

nas amostras de solos

104

Figura 4.37 – Cartografia do Factor 3 utilizando como estimador a krigagem

nas amostras de solos

105

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Figura 4.38 – Variogramas para as direcções de maior e menor

continuidade espacial para os elementos Pb, Zn, As, Cd e Hg para as

amostras de solo <2mm

108

Figura 4.39 –Variogramas para as direcções de maior e menor

continuidade espacial para os elementos Pb, Zn, As, Cd e Hg para as

amostras de solo <150µm

109

Figura 4.40 - Cartas de zonas de vulnerabilidade para as variáveis Pb e Zn

na fracção <2mm, utilizando como valor de corte o valor máximo

admissível para zonas residências (tracejado mais escuro) e para solos

agícolas (tracejado mais claro)

110

Figura 4.41 – Cartografia dos teores da variável As e carta de zonas de

vulnerabilidade para a variável Cd na fracção <2mm, utilizando como

valor de corte o valor máximo admissível para zonas residências (tracejado

mais escuro) e para solos agrícolas (tracejado mais claro)

111

Figura 4.42 – Carta de zonas de vulnerabilidade da variável Hg na fracção

<2mm, utilizando ocomo valor de corte o máximo admissível para solos

agrícolas (tracejado)

112

Figura 4.43 - Cartas de zonas de vulnerabilidade para as variáveis Pb e Zn

na fracção <150µm, utilizando como valor de corte o valor máximo

admissível para zonas residências (tracejado mais escuro) e para solos

agícolas (tracejado mais claro)

113

Figura 4.44 – Cartografia dos teores da variável As e carta de zonas de

vulnerabilidade para a variável Cd na fracção <150µm, utilizando como

valor de corte o valor máximo admissível para zonas residências (tracejado

mais escuro) e para solos agrícolas (tracejado mais claro)

114

Figura 4.45 – Carta de zonas de vulnerabilidade da variável Hg na fracção

<150µm, utilizando ocomo valor de corte o máximo admissível para zonas

residenciais (tracejado mais escuro) e para solos agrícolas (tracejado mais

claro)

115

Figura 4.46 – Carta de teores extraídos do elemento As por Acetato de

Amónio e o respectivos variogramas com a direcção maior e menor de

continuidade espacial

119

Figura 5.1 – Diagrama triangular de Areia, Argila e Silte com projecção das

amostras de poeiras

122

Figura 5.2 – Cartografia dos valores de pH medidos nas amostras de poeiras

correspondentes á 1º campanha de amostragem (á direita) e 2º

campanha (á esquerda)

124

Figura 5.3 – Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb,

Zn, Ag, Ni, Co, Mn relativos às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha).

Os valores estão expressos em ppm (mg/kg)

127

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Figura 5.4 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au,

Th, Sr, Cd, Sb relativos às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha). Todos

os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção Fe e do

Au, expressos em % e em ppb (mg/kg), respectivamente

128

Figura 5.5 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P,

La, Cr, Mg, Ba relativos às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha).

Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Ca, P e Mg, expressos em %

129

Figura 5.6 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K,

W, Sc, Tl, S relativos às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha). Todos os

elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Ti, Al, Na

e K, expressos em %

130

Figura 5.7 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb,

Zn, Ag, Ni, Co, Mn relativos às amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha).

Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg)

132

Figura 5.8 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au,

Th, Sr, Cd, Sb relativos às amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos

os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção Fe e do

Au, expressos em % e em ppb (mg/kg), respectivamente

133

Figura 5.9 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P,

La, Cr, Mg, Ba relativos às amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha).

Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Ca, P e Mg, expressos em %

134

Figura 5.10 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K,

W, Sc, Tl, S de amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos os

elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do Ti, Al, Na

e K, expressos em %

135

Figura 5.11 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ga e Se de

amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos os elementos estão

expressos em ppm (mg/kg)

136

Figura 5.12 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu,

Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn relativas às amostras de poeiras (<250µm, 1ª

campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm

138

Figura 5.13 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U,

Au, Th, Sr, Cd, Sb relativos às amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha).

Todos os elementos estão expressos em ppm, com a excepção Fe e do Au,

expressos em % e em ppb, respectivamente

139

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Figura 5.14 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P,

La, Cr, Mg, Ba relativos às amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha).

Todos os elementos estão expressos em ppm, com a excepção do Ca, P e

Mg, expressos em %

140

Figura 5.15 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K,

W, Sc, Tl, S relativos às amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha). Todos

os elementos estão expressos em ppm, com a excepção do Ti, Al, Na e K,

expressos em %

141

Figura 5.16 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ga e Se de

amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha). Todos os elementos estão

expressos em ppm

142

Figura 5.17 - Diagramas de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu,

Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn relativos às amostras amostras de poeiras (<250µm, 2ª

campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm

143

Figura 5.18 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U,

Au, Th, Sr, Cd, Sb relativos às amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha).

Todos os elementos estão expressos em ppm, com a excepção Fe e do Au,

expressos em % e em ppb, respectivamente

144

Figura 5.19 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P,

La, Cr, Mg, Ba de amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos os

elementos estão expressos em ppm, com a excepção do Ca, P e Mg,

expressos em %

145

Figura 5.20 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K,

W, Sc, Tl, S relativos às amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos

os elementos estão expressos em ppm, com a excepção do Ti, Al, Na e K,

expressos em %

146

Figura 5.21 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ga e Se de

amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos os elementos estão

expressos em ppm

147

Figura 5.22 - Cartografia pontual dos teores de Mo relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Mo entre as duas fracções

155

Figura 5.23 - Cartografia pontual dos teores de Pb relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Pb entre as duas fracções

156

Figura 5.24 - Cartografia pontual dos teores de Zn relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Zn entre as duas fracções

157

Figura 5.25 - Cartografia pontual dos teores de Ni relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Ni entre as duas fracções

158

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Figura 5.26 - Cartografia pontual dos teores de Co relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Co entre as duas fracções

159

Figura 5.27 - Cartografia pontual dos teores de As relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de As entre as duas fracções

160

Figura 5.28 - Cartografia pontual dos teores de Cd relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Cd entre as duas fracções

161

Figura 5.29 - Cartografia pontual dos teores de Cr relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Cr entre as duas fracções

162

Figura 5.30 - Cartografia pontual dos teores de Mo relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Mo entre as duas fracções

163

Figura 5.31 - Cartografia pontual dos teores de Pb relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Pb entre as duas fracções

164

Figura 5.32 - Cartografia pontual dos teores de Zn relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Zn entre as duas fracções

165

Figura 5.33 - Cartografia pontual dos teores de Ni relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha; comparação

da variação da concentração de Ni entre as duas fracções

166

Figura 5.34 - Cartografia pontual dos teores de Co relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Co entre as duas fracções

167

Figura 5.35 - Cartografia pontual dos teores de As relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de As entre as duas fracções

168

Figura 5.36 - Cartografia pontual dos teores de Cd relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Cd entre as duas fracções

169

Figura 5.37 - Cartografia pontual dos teores de Cr relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Cr entre as duas fracções

170

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Lista de Tabelas

Tabela 2.1- Sectores de actividade industrial praticadas no concelho de

Oliveira de Azeméis

29

Tabela 3.1 - Classificação do espectro do pH em solos 43

Tabela 3.2 - Variação aceitável entre réplicas, de acordo com o intervalo de

pH

51

Tabela 3.3 - Limites de detecção do método analítico utilizado em análise nas

amostras de solos e poeiras (ACME, 2010)

51

Tabela 4.1 – Tipo de ocupação e respectiva unidade geológica das amostras

utilizadas para o estudo da identificação mineralógica

54

Tabela 4.2 – Teores “totais” de Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Th,

Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba, Ti, Al, Na, K, W, Hg, Sc, Tl, Ga e Se das

amostras utilizadas no estudo de identificação mineralógica (valores

expressos em ppm excepto para o Fe, Ca, P, Mg , Ti, Al, Na, K (%) e Au (ppb)

55

Tabela 4.3 – Composição mineralógica das amostras utilizadas no estudo de

identificação mineralógica

56

Tabela 4.4 – Parâmetros estatísticos calculados de acordo com os dados do

pH medidos nas amostras de solos em CaCl2,e para a % de teor em Matéria

Orgânica

57

Tabela 4.5 – Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos das

amostras de solos de granulometria <2mm

61

Tabela 4.6 – Valores do Background geoquímico em solos, Valor Guia,

Valores Admissíveis em solos agrícolas e a Amplitude normal em solos

(Range)

63

Tabela 4.7 - Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos das

amostras de solos de granulometria <150µm

69

Tabela 4.8 – Resumo da matriz de correlação das amostras de solo

(fracção <2mm) tendo em consideração a globalidade dos resultados

(n=132)

75

Tabela 4.9 – Resumo da matriz de correlação das amostras de solo (fracção

<150µm) tendo em consideração a globalidade dos resultados (n=132)

76

Tabela 4.10 – Valores próprios e Variância explicada 93

Tabela 4.11 – Resultados da ACP para as amostras de solo na fracção <2mm

da Mina do Pintor

94

Tabela 4.12 - Valores próprios e Variância explicada 96

Tabela 4.13 – Resultados da ACP para as amostras de solo na fracção <150µm

da Mina do Pintor

97

Tabela 4.14 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis F1,

F2 e F3 para as amostras de fracção <2mm

100

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Tabela 4.15 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis F1,

F2 e F3 para as amostras de fracção <150µm

100

Tabela 16 - Valores máximos admissíveis em zonas residências e em solos

agrícolas

106

Tabela 4.17 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis Pb,

Zn, As, Cd e Hg (fracção <2mm)

107

Tabela 4.18 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis Pb,

Zn, As, Cd e Hg (fracção 150µm)

107

Tabela 4.19 – Parâmetros estatísticos dos teores em As (ppm) extraídos e da %

de Extracção com Acetato de Amónia

118

Tabela 4.20 – Parâmetros do modelo do semivariograma da variável As 118

Tabela 5.1 - Dados das proporções em areia, argila, silte na amostra total,

PM10 e PM2

122

Tabela 5.2 – Parâmetros estatísticos dos dados do pH medidos nas amostras

de poeiras nas duas campanhas de amostragem

123

Tabela 5.3- Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos da

amostragem de poeiras de granulometria <2mm da 1ª campanha de

amostragem

125

Tabela 5.4 – Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos da

amostragem de poeiras de granulometria <2mm da 2ª campanha de

amostragem

126

Tabela 5.5 - Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos de

amostras de poeiras de granulometria <250µm, relativamente á 1ª campanha

de amostragem

136

Tabela 5.6- Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos de

amostras de poeiras de granulometria <250µm, relativamente à 2ª campanha

de amostragem

137

Tabela 5.7 - Valores normais, valores aceitáveis e valores máximos dos metais

para neste tipo de meio amostral e comparação com os máximos

observados nas duas campanhas

147

Tabela 5.8 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 1ª

campanha de amostragem (<2mm) tendo em consideração a globalidade

dos resultados (n=20)

148

Tabela 5.9 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 1ª

campanha de amostragem (<250µm) tendo em consideração a globalidade

dos resultados (n=20)

149

Tabela 5.10 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 2ª

campanha de amostragem (<2mm) tendo em consideração a globalidade

dos resultados (n=20)

150

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Tabela 5.11 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 2ª

campanha de amostragem (<250µm) tendo em consideração a globalidade

dos resultados (n=20)

152

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INTRODUÇÃO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

1

1. INTRODUÇÃO

Os vários compartimentos ambientais superficiais contêm elementos

potencialmente tóxicos (EPT´s) que, quando em concentrações elevadas

interferem e influenciam negativamente o meio ambiente natural.

Estas concentrações elevadas advêm em parte dos seus ciclos naturais, quer

biogénicos quer geogénicos. No entanto a actividade humana exerce uma

grande influência na qualidade do ambiente uma vez que dela advêm os ciclos

antropogénicos que por vezes apresentam maior expressividade que os ciclos

naturais.

Nos ciclos antropogénicos encontram-se os problemas de contaminação em

áreas de exploração mineira activa e/ou abandonada, áreas degradadas

devido à agricultura (uso de pesticidas e outros componentes orgânicos da

síntese), metalurgia, contaminação de industrias de detergentes, plásticos e de

produtos químicos, entre outros.

Segundo Gomes (1999), os EPT’s podem alterar, entre outros, os níveis de

radiação, a constituição física do meio natural e a abundância das espécies

vivas. Estas modificações podem afectar o homem directamente ou

indirectamente através dos produtos agrícolas, da água e de outros produtos

biológicos.

Desde a Pré-História que o homem sente necessidade de recorrer à natureza,

quer para o seu alimento, quer para materiais que são essenciais à sua vida. Foi

no âmbito de satisfazer as suas necessidades, que o homem recorreu á

exploração de recursos minerais.

Segundo Velho (2005), os minerais fazem parte do nosso dia-a-dia, sendo que

muitas vezes, algumas sem nos apercebemos, nos cruzamos com materiais que

resultam da transformação dos mais diversos minerais.

Para tal, o homem teve de recorrer ao desenvolvimento de novas tecnologias,

no que diz respeito à exploração mineira subterrânea e a céu aberto e às

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2 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

indústrias destinadas à produção e tratamento de minério, face à dinâmica da

economia.

Segundo Patinha (2002), todas as operações mineiras geram resíduo. O

processamento dos minérios, lixiviação, fusão do minério e refinamento são

etapas necessárias para a produção do minério de forma utilizável. Todos estes

processos geram material rejeitado, normalmente depositados em escombreiras,

rejeitados estes com concentrações elevadas em diversos EPT´s, normalmente

em formas mais móveis e por isso podem perturbar o sistema água-solo.

Com o passar do tempo, as explorações mineiras tenderam a cessar e as

indústrias fecharam. O encerramento dessas unidades foi efectuado sem

qualquer plano de remediação/recuperação, o que levou a um abandono

completo dessas áreas afectadas pela exploração dos recursos minerais

(http://www.alentejolitoral.pt).

A actividade de exploração mineira quando exercida sem um devido

acompanhamento técnico e tecnológico pode originar situações de impacto

ambiental, em particular de natureza química e para o meio envolvente devido

às possibilidades de contaminação dos sedimentos de correntes, solos, água e

biota (Ávila, 1999 in Nunes et al., 2003). Os materiais depositados nas

escombreiras são os mais preocupantes pois existe uma tendência na dispersão

dos EPT´S para o solo por transporte mecânico, dispersão eólica e por

percolação da água das chuvas, gerando águas ácidas a partir da erosão

química. Os sulfuretos, por exemplo, oxidam-se através das águas circulantes,

dando origem à drenagem ácida, o que facilita o transporte dos EPT´s sob a

forma de lixiviados, por vezes até distâncias consideráveis da origem, e

acumulação em compartimentos geoquímicos secundários, solos e sedimentos.

Por outro lado, contribui para a sedimentação, acidez e (co)precipitação dos

metais dissolvidos na coluna de água, susceptíveis á biota aquática (Silva et al.,

2009).

A contaminação do meio advém do facto dos resíduos tóxicos resultantes da

actividade mineira e de tratamento serem, geralmente, deixados in situ, levando

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INTRODUÇÃO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

3

com que este material sofra acções meteorológicas por um longo período de

tempo, afectando principalmente as áreas rurais.

Estas fontes de contaminação podem ter efeitos nefastos na saúde pública,

atingindo a população através da cadeia alimentar. Os metais pesados

acumulam-se frequentemente na camada superior do solo, sendo então

acessíveis para as raízes das plantas, e ao serem remobilizados, podem mudar de

forma química e acumular-se nos seres-vivos.

Estes problemas são sentidos com maior gravidade junto da auréola de dispersão

de um determinado foco de contaminação. Toda esta zona de dispersão de

metais é considerada uma zona de risco no que diz respeito á presença de EPT´s

e á sua disponibilidade no meio.

É de grande importância referir que existem grupos de elementos que

apresentam maior índice de perigosidade. As minas abandonadas associadas á

exploração de minerais metálicos designadamente os depósitos de sulfuretos e

ainda as associações de minerais radioactivos são as que têm maior impacto

para o meio ambiente.

Metais pesados, como o As, Zn, Cd, Pb, Cu, Cr, Co, Mn e Ni, fazem parte do

grupo de metais considerados perigosos, apresentando processos significativos

de bioacumulação. No entanto, a maioria dos organismos apresenta uma

concentração específica de cada um destes elementos, concentração que é

essencial para os seus processos metabólicos, pelo que a sua deficiência ou

excesso pode ter consequências graves na saúde.

Os principais impactes ambientais relacionados com a extracção mineira podem

ser classificados como os seguintes:

Poluição atmosférica: as alterações das propriedades de um metal por

acção do calor (durante o processo de tratamento de minerais) podem

levar á emanação de gases para a atmosfera, com possibilidade de

serem transportados para grandes distâncias do seu local de origem. No

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4 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

caso de explorações subterrâneas, as chaminés mal protegidas podem ser

uma fonte na contaminação do ar;

Perturbações ecológicas: as escavações de grandes dimensões,

construção de infra-estruturas, crescimento da população por parte das

famílias dos mineiros e consequentemente a conversão de bosques em

espaços agrícolas e pastoris, resultam numa perda de biodiversidade e

desequilíbrio dos ecossistemas aquáticos e terrestres. Por outro lado, a

drenagem ácida dificulta o crescimento da cobertura vegetal,

contribuindo para o aumento da erosão nas zonas de escombreira.

Contaminação química de águas e de solos: como já foi referido

anteriormente, este tipo de contaminação é o mais preocupante, no que

diz respeito á industria mineira. O pH das águas das minas frequentemente

baixo (principalmente em escombreiras ricas em sulfuretos), contribui para

o aumento da velocidade de dissolução de certos elementos químicos

tóxicos e para o seu transporte sobre a forma de lixiviados.

Perturbações paisagísticas

Esta realidade panorama não só se verifica em Portugal, mas ocorre em pouco

por todo o Mundo, pois países como os Estados Unidos, Austrália, Alemanha e

França, têm registadas um número extremamente elevado ocorrências que

carecem de intervenção.

Em Portugal, a exploração dos recursos minerais iniciou-se com os Fenícios e

desenvolvida pelos Romanos (Ferreira, 2000). No início da Revolução Industrial a

exploração de recursos minerais foi de grande importância para o nosso País,

com as primeiras concessões a datarem de 1836.

Segundo Carvalho (2005) in Godinho (2009), a actividade mineira ocorre em

Portugal, como uma tradição milenar comprovada pela existência de cerca de

200 explorações antigas abandonadas, muitas delas caracterizadas por

impactos ambientais vários, sendo bem patentes as feridas deixadas na

paisagem e a contaminação dos solos e águas.

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INTRODUÇÃO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

5

Em Portugal a situação é preocupante, pois das 175 minas inventariadas pela ex-

-EXMIN, 100 dessas áreas mineiras estão abandonadas.

De acordo com a EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiro, o trabalho de

reconhecimento e levantamento da situação ambiental das áreas mineiras

abandonadas é realizado de acordo com o grupo onde se enquadra a área

mineira. Estes grupos foram classificados através de uma proposta feita pelo IGM,

depois adoptada pela ex - EXMIN, sustentada no objectivo da exploração:

Grupo dos sulfuretos polimetálicos maciços (10); Grupo dos metais básicos (28);

Grupo do ouro (12); Grupo dos minérios radioactivos (61); Grupo do estanho e

volfrâmio (40); Grupo do ferro e/ou manganês (16); Grupo "Outros", que inclui,

entre outras, as minas de carvão, asbestos, quartzo e feldspatos (8).

O presente trabalho tem como objectivo avaliar o impacte ambiental na zona

envolvente da Mina do Pintor (W, As, Ag e Pb) localizada na freguesia de

Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira de Azeméis. Os estudos centraram-se

na análise de amostras de solo e “road dust”. É importante avaliar nestas áreas

de actividade mineira abandonada o comportamento dos diferentes elementos

químicos e definir zonas de vulnerabilidade ambinetal para os elementos

considerados de risco para o meio ecológico e para a saúde humana. O estudo

de “road dust” teve como objectivo estudar em pormenor quais os elementos

químicos a que a população está exposta, nomeadamente os considerados

tóxicos, dado ser uma área de grande afluência de pessoas e de crescente

urbanização.

A presente dissertação está dividida em seis capítulos. No primeiro - Introdução -

aborda-se a a panorâmica das minas abandonadas e a importância de estudos

para a avaliação do seu impacte ambiental. No segundo capítulo intitulado

“Enquadramento da Mina do Pintor” faz-se uma caracterização geral da zona

de estudo. No terceiro capítulo “Amostragem e Métodos Analíticos” descreve-se

as metodologias utilizadas na amostragem e nas análises químicas de solos e

poeiras (road dust). No capítulo quarto, intitulado por “Caracterização

Mineralógica e Geoquímica das amostras de solos” apresentam-se e discutem-se

os resultados obtidos pela Análise Mineralógica, da estatística univariada,

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6 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

bivariada, multivariada e da geoestátistica dos dados físico-químicos e

geoquímicos das amostras de solos. No capítulo 5 intitulado por “Caracterização

textural e geoquímica das amostras de poeiras” apresentam-se e discutem-se os

resultados da análise textural, dos resultados da estatística univariada e bivariada

dos dados fisico-químicos e geoquímicos das amostras de poeiras e da

distribuição dos teores dos elementos químicos ao longo da zona de estudo. No

sexto capítulo apresenta-se as conclusões.

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

7

2. ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

2.1. Enquadramento geográfico

A mina do Pintor localiza-se no concelho de Oliveira de Azeméis, concelho

localizado na parte norte do distrito de Aveiro, na região do Entre Douro e

Vouga, e confronta a Norte com os concelhos de S. João da Madeira e Santa

Maria da Feira, a Sul com Albergaria-a-Velha e Sever de Vouga, a Nascente com

Vale de Cambra e a Poente com Ovar e Estarreja (Figura 2.1)

(http://www.eib.org).

A mina do Pintor encontra-se a noroeste da freguesia de Nogueira do Cravo.

Figura 2.1 – Localização do concelho de Oliveira de Azeméis e das diferentes freguesias.

A freguesia de Nogueira do Cravo, apresenta 6,32 km2 de área, uma densidade

populacional de 451,3 habitantes/km2, tendo no total 2852 habitantes (Censos

2001). É atravessada pelo rio Antuã e pela sua sub-bacia, Ribeira do Pintor, que

desagua a sul de São João da Madeira.

Em relação aos acessos, a Mina do Pintor localiza-se aproximadamente a 5

minutos da EN1 e do IC2 e a 15 minutos dos nós de acesso de Santa Maria da

Feira à A1 e à A29.

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8 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

A zona na envolvente da Mina do Pintor encontra-se cartografada pelos Serviços

Cartográficos do Exército à escala 1.25000, na folha 154 – São João da Madeira

(Figura 2.2).

Figura 2.2 – Excerto da Carta Militar folha 154 – São João da Madeira, à escala 1:25000 com

localização geográfica da Mina do Pintor.

4 Km

4 Km

Mina do Pintor

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

9

2.2. Enquadramento regional, geológico e geomorfológico

A mina do Pintor, de acordo com a cartografia geológica, é abrangida pela

folha 13-D, Oliveira de Azeméis, da carta coreográfica de Portugal, na escala

1:50000, editada em 1960 pelo Instituto Geográfico e Cadastral (Pereira et al.,

1980).

2.2.1. Enquadramento regional

De acordo com as unidades geotectónicas fundamentais de Portugal

Continental, a área de estudo pertence à Zona Centro-Ibérica (ZCI) (Figura 2.3).

Figura 2.3 - Localização da área de estudo na unidade geotectónica correspondente.

Esta zona, a nível paleogeográfico, é caracterizada por apresentar uma

discordância do Quartzito Armoricano sobre uma sequência de tipo “Flysch”,

com idade provável do Câmbrico – Pré-câmbrico, chamada Complexo Xisto-

Grauváquico (Ferreira, 2000).

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10 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Sobre o CXG assentam, em discordância, espessas bancadas quartzíticas do

Ordovícico expressas por relevos vigorosos, e acima destas, rochas xistentas

geralmente com interesse ornamental (Martins et al., 2003, in Candeias, 2008).

A zona de contacto com a zona de Ossa-Morena efectua-se através de um

acidente tectónico importante, a faixa de cisalhamento do Porto-Tomar (Figura

2.4).

Figura 2.4 - Localização da importante faixa de cisalhamento de Porto-Tomar.

2.2.2. Enquadramento geológico

A descrição da geologia da zona de estudo foi efectuada tendo em conta a

notícia explicativa correspondente à folha 13-D Oliveira de Azeméis da Carta

Geológica de Portugal, publicada pelos Serviços Geológicos de Portugal à

escala 1:50000 e por outros trabalhos de diversos autores (Figura 2.5).

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A área de Oliveira de Azeméis é constituída por terrenos pré-câmbricos e

paleozóicos, metamorfizados em baixo, médio e alto grau e deformados e

recobertos por depósitos mais modernos.

As unidades geológicas presentes na área em estudo, Nogueira do Cravo são:

Figura 2.5 - Extracto da carta geológica de Portugal, 13-D de Oliveira de Azeméis á escala 1:50000.

0 1000 200

0

Metros

s

Localização Mina

do Pintor (W, As, Ag

e Pb)

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Metassedimentos do Paleozóico e Precâmbrico

a) Ordovícico – Skidaviano

De acordo com a notícia explicativa da folha de Oliveira de Azeméis, o

Ordovícico assenta em discordância sobre o CXG e o Pré-câmbrico Superior

cavalga este mesmo complexo. Nesta área é conhecido o anticlinal de Milheiroz

de Poiares – Telhedela ladeado por dois sinclinais apertados.

No anticlinal que se estende entre Milheiroz de Poiares e Telhedela assentam

também as bancadas quartzíticas, de enorme importância, que datam o

Ordovícico (Figura 2.6).

Figura 2.6 - Excerto do compartimento morfotectónico das cristas quartzíticas de caldas de S.

Jorge-Vale do Caima (Teixeira, 2006).

Actualmente, o flanco inverso é a estrutura que ainda se encontra bem visível,

representado por duas cristas subparalelas de quartzítos do Skidaviano (Pereira,

et al., 1890). Esta crista quartzítica é bem visível a NE de Nogueira do Cravo.

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Segundo Chaminé et al (2004), os quartzítos apresentam, em geral, uma

tonalidade clara e com raras intercalações xistentas e ocorrem próximos do

contacto com os xistos ardosíferos e com filitos (Figura 2.5).

Na zona de estudo existem os dois alinhamentos de quartzítos, o ocidental que

prolonga-se desde as Caldas de S. Jorge até Gavião (Albergaria-a-Velha), e o

oriental, que se estende desde as Caldas de S. Jorge até ao Carvoeiro

(Albergaria-a-Velha) (Chaminé et al., 2004).

Do alinhamento ocidental a Leste, os quartzítos dão lugar de forma gradual a

xistos ardosíferos, surgindo por vezes, intercalações quartzíticas e xistentas no

contacto entre as duas litologias.

b) Câmbrico – Infracâmbrico: Complexo Xistoso Das Beiras

Na região envolvente predominam os metassedimentos do Complexo Xisto-

Grauváquico (CXG). Segundo Aguado (1992), o CXG é constituído por filitos e

xistos arenosos com intercalações milimétricas a centrimétricas de

metagrauvaques e, em alguns locais, também de quartzítos.

Estas formações metassedimentares são aparentemente homogéneas,

integradas por termos de carácter pelítico muito pronunciado (filitos e xistos,

segundo o grau de metamorfismo) de cor negra ou cinzenta escura com raras e

pequenas alternâncias psamíticas (Moreno, 2000).

Rochas Graníticas e filonianas

a) Rochas pós-hercínicas e hercínicas tardias: Filões de quartzo

Na zona, os filões de quartzo seguem as xistosidades das rochas encaixantes ou

subordinadas a fracturas de direcção NE-SW (Pereira et al., 1980).

b) Rochas hercínicas precoces e/ou ante-hercínicas

Complexo granítico da faixa blastomilonítica de Oliveira de Azeméis – Gnaisses

albito-moscovíticos com incipiente blastese e com estruturas relíquias dobradas.

Na zona em estudo, entre as duas cristas quartzíticas, encontramos os

afloramentos de Macieira de Sarnes, Pindelo e Nogueira do Cravo, e os seus

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14 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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contactos com as rochas encaixantes são, em geral, bruscos e nítidos. Estes

afloramentos alongam-se num corpo estirado mas não apresentam igual

continuidade (Moreno, 2000).

De acordo com as características estruturais, os afloramentos diferenciam-se em

gnaisses albítico-moscovíticos com estruturas relíquias dobradas, biotíticos (y4z) e

gnaisses albítico-moscovíticos com incipiente blastese (y5z) (Pereira et al., 1980).

c) Rochas ante-hercínicas

Na zona em estudo afloram quartzodioritos de grão fino a médio com foliação

penetrativa a incipiente. Segundo Pereira et al (1980), as rochas deste grupo

encontram-se geralmente, em afloramentos distendidos, orientados NNW-SSE. Os

contactos são, em geral, bruscos e sem evidências de metamorfismo de

contacto.

2.2.3. Enquadramento geomorfológico

Em relação à geomorfologia, a região de Oliveira de Azeméis é, em grande

parte, condicionado pela tectónica hercínica (Pereira et al., 1980).

A intensa actividade tectónica que sofreu o concelho é identificada pelos

dobramentos, falhas e metamorfismo regional presente.

O relevo é de baixa altitude com valores entre os 200 a 500 metros de altitude,

apesar de existirem zonas acima dos 500 metros de altitude e abaixo dos 100

metros de altitude.

O relevo é dominado por colinas formadas por rochas metassedimentares

quartzíticas, rigidamente alinhadas, com orientação NNW-SSE (Ferreira, 2000).

Pelo menos até sul de Oliveira de Azeméis, a plataforma é no geral bem

marcada e sinuosa, com direcção NNW-SSE, circunscrita por declives fracos e

suaves cobertas por vegetação (Ferreira, 2000).

É uma área de relevo acidentado, relacionado com o encaixe da rede

hidrográfica existente. Segundo Santos (2002), a maior parte da movimentação

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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do relevo é da responsabilidade das linhas de água, que ao longo dos anos têm

provocado a erosão e o encaixe mais ou menos pronunciado dos respectivos

vales.

2.3. Hidrologia

Em relação à rede hidrográfica, quer as fracturas, quer as direcções de

xistosidade impõem os cursos das linhas de água. A rede hidrográfica é

tipicamente dentrítica com predominância de cursos independentes (Pereira et

al., 1980).

A bacia hidrográfica onde se insere a zona em estudo é a do rio Antuã. Segundo

Cerqueira et al (2006) no âmbito da Monitorização da Qualidade da Água do Rio

Antuã, este rio nasce a uma altitude aproximada de 400m no concelho de Santa

Maria da Feira, estende-se por cerca de 38 km e vai desaguar no centro da Ria

de Aveiro, na zona do Largo do Laranjo, concelho de Estarreja (Figura 2.7).

Oliveira de Azeméis é o concelho mais representativo da bacia, correspondendo

aproximadamente a 66% da área da bacia (Fernandes, 2009). Esta bacia

apresenta uma área de cerca de 149 km2, com uma orientação preferencial no

sentido N-S desde a nascente até ao lugar da Minhoteria e inflecte para W-SW

em direcção a Estarreja.

Figura 2.7 - Localização dos principais afluentes da Bacia do Rio Antuã (Adaptado de Fernandes,

2009).

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16 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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Os principais afluentes da margem esquerda, de montante para jusante,

correspondem à Ribeira do Pintor, que desagua a sul de S. João da Madeira, a

Ribeira do Cercal e o Rio Ínsua. Na margem direita, o afluente principal é a

Ribeira de Arrifana, que drena S. João da Madeira e conflui com o rio Antuã em

Cucujães (Figura 2.7).

2.4. Clima

Com base nos dados da estação climatológica Barragem do Castelo de Burgães

(coordenadas Latitude: 40º51’ N; Longitude: 8º29’ W; Altitude: 306m) fornecidos

pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, num período de 1989

a 2010, podemos concluir que se trata de uma zona de clima temperado

mediterrânico com influência marítima, caracterizado por invernos longos, com

precipitações regulares e abundantes distribuídas ao longo do ano, com maior

incidência sobretudo no Outono e Inverno, e verões frescos com uma reduzida

estação seca.

A variação das temperaturas médias mensais registadas na estação

meteorológica Barragem do Castelo de Burgães no período de 1989 a 2010, está

representada na figura 2.8 e 2.9, que representa a temperatura média mensal

durante o período indicado e as temperaturas médias máximas e mínimas

atingidas, respectivamente.

Figura 2.8 - Representação gráfica das temperaturas médias registadas na Estação Climatológica

de Castelo de Burgães, no período de 1989-2010 (Adaptado do Sistema Nacional de Informação

de Recursos Hídricos).

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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Da análise da figura 2.8, podemos verificar que Janeiro apresenta uma

temperatura média de 9ºC e Agosto uma temperatura média de 20ºC. Da

análise da figura 2.9, podemos verificar que as temperaturas mínimas durante

este período estiveram entre os 7 e os 18 ºC e as temperaturas máximas atingidas

estiveram em torno dos 11 a 25ºC.

Figura 2.9 - Representação gráfica das temperaturas média, máxima e mínima, registadas na

Estação Climatológica de Castelo de Burgães, no período de 1989-2010 (adaptado do Sistema

Nacional de Informação de Recursos Hídricos).

Da análise da figura 2.10 constata-se que a precipitação média anual no

período de 1989 a 2010 foi de 550 mm, e apresenta-se mínima nos meses de Julho

(<10 mm) e máxima em Dezembro (<350 mm).

Figura 2.10 - Representação da precipitação média mensal no período de 1989-2010 (adaptado

do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos).

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18 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 2.11 - Representação da precipitação média mensal no período de 1989-2010 (adaptado

do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos).

De acordo com o diagrama termopluviométrico de Gaussen (Figura 2.11), nos

meses de Março, Maio, Junho, Julho, Agosto e Setembro trata-se de um período

relativamente seco, enquanto nos meses de Novembro, Dezembro, Janeiro e

Abril identificam-se com uma tipologia climática de características húmidas.

Os ventos predominantes na zona de Oliveira de Azeméis têm direcções que

variam de NW a SE (Figura 2.12).

Figura 2.12 - Representação da direcção média (graus) do vento, no período de 2004 a 2010 na

Estação Climatológica de Castelo de Burgães (adaptado do Sistema Nacional de Informação de

Recursos Hídricos).

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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2.5. Mineralização e actividade mineira

Trata-se de uma das minas localizadas no “Filão Metalífero das Beiras”, fazendo

parte também as minas da Telhadela, Cardeal de Cima, Palhal, Braçal, Carvalhal

e Talhadas (Pereira et al., 1980). O conhecido “Grande filão metalífero das Beiras”

é o filão que dá origem à mineralização que foi explorada na Mina do Pintor. Este

filão passa a nascente de Albergaria-a-Velha e Oliveira de Azeméis, e é

conhecido devido ao trabalho de Carlos Ribeiro, publicado em 1860 (Patinha,

2002).

Segundo Silva (1995), neste trabalho, o autor define o filão como uma faixa

mineralizada de 10 a 20 km de largura, com uma extensão de 40 km, orientada

de norte para sul, entre Santa Maria da Feira e Albergaria-a-Velha.

É de ressaltar que esta estrutura coincide com uma importante falha regional

(Chaminé et al., 2004).

Segundo Pereira et al (1980), este filão corresponde ao preenchimento da

importante falha que corre paralela à crista ocidental de quartzítos ordovícicos, a

leste de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, e a sua origem deve-se à

actividade tectónica hercínica.

Segundo Moreno et al (1997), o filão tem uma direcção N15ºW e uma inclinação

80ºE, com uma possança média de 20m. Trata-se de um filão granulítico,

constituído essencialmente por quartzo e feldspato com impregnações de cristais

de arsenopirite.

O “filão metalífero das Beiras” é constituídos por espécies minerais como a

arsenopirite, volframite, galena e anglesite.

2.5.1. Enquadramento histórico

Nogueira do Cravo teve como primeira referência escrita um documento

datado de 1094. Existem referências a Nogueira do Cravo na avaliação dos

rendimentos das igrejas e mosteiros do País. Surgem referências também nas

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20 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Inquirições Afonsinas na defesa do seu prestígio e do património que via

diminuído.

Até 1799, Nogueira do Cravo pertencia ao termo e condado da Feira,

transitando posteriormente para o Município de Oliveira de Azeméis.

A nível económico, a freguesia teve diversas actividades de grande impacto,

nomeadamente os barros (jarros, panelas, pratos, copos e barros artísticos), que

são referidos na lista dos jurados, fornecidas pelas Inquirições de 1288 às Terras de

Santa Maria, onde figuram forneiros e barreiros em Nogueira do Cravo.

Esta vila terá sido fruto da exploração da Mina do Pintor, a nível industrial.

A Mina do Pintor foi um dos complexos mineiros que muito contribuiu no

redesenhar dos contornos da indústria mineira do distrito de Aveiro durante as

primeiras décadas do século XX.

(A) (B)

Figura 2.13 - Em primeiro plano a cobertura do guincho que se prolonga até ao poço (A) e perto

das chaminés o edifício administrativo (B).

Segundo Moreno et al (1997), desde o início do século e até 1964, este filão foi

explorado para o Arsénio (As) e Tungsténio (W), e, em menor extensão, para o

estanho (Sn), cobre (Cu), chumbo (Pb), ouro (Au) e prata (Ag).

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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Esta mina esteve em actividade no período compreendido entre 1875 e 1958.

Segundo Moreno (2000), em 1875 estava a ser explorada pelo Capitão de

Albergaria-a-Velha, mas em 1896 era a firma inglesa Anglo-Peninsular Mining &

Chemical, Cª Lda. que “registava” o grupo das minas do Pintor.

A mina explorava filões verticais e funcionava com um único poço de extracção,

que funcionava com o guincho que movimentava o elevador. A Oeste da mina,

havia uma saída junto à Ribeira do Pintor, que servia de emergência da primeira

galeria (situada a 40 m de profundidade), que simultaneamente servia como

ventilação e “galeria de esgoto”, uma vez que nela eram lançadas as águas das

bombas de esgotos.

O poço de extracção tinha 204 m de profundidade e alargava para 8 galerias

com cerca de 1,80 metros de altura e 1,20 a 1,50 metros de largura, e o

comprimento delas variava entre os 250, 400 e 500 metros (Santos, 2002).

Segundo Santos (2002), na primeira galeria, entre 1947 a 1958, os carros cheios de

minério eram puxados para o exterior com o auxílio de burros, mas geralmente,

era um homem que empurrava os vagonetes através de carris. Os vagonetes

que transportavam o minério até ao elevador eram munidos de 4 rodas e

pesavam cerca de 70 Kg.

O minério proveniente da exploração era transportado para os fornos onde se

realizava a ustulação. O arsénio sublimava e por arrefecimento passava ao

estado sólido, ficando depositado no labirinto que fazia a ligação dos fornos à

chaminé (Figura 2.14). O arsénio ustulado era encaminhado para as

entulhadeiras (Santos, 2002).

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22 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

A mina apresentava boas instalações para o tratamento químico do minério, e

permaneceram activas mesmo depois do seu fecho, em meados dos anos 30.

Daí saiu, para a Inglaterra, grandes quantidades de anidrido arsenioso, resultante

das pirites arsenicais, proveniente da antiga exploração e do tratamento do

minério vindo de outras partes do País (http://www2.egi.ua.pt).

Em 1936, a mina reiniciou a sua exploração, mas com o objectivo de aproveitar o

material das escombreiras. Em Novembro de 1945, o primeiro piso da mina do

Pintor ficou inundado, ficando mais tarde inundados os restantes pisos. Em 1946 é

fundada a Sociedade Minas do Pintor, Lda. Nesta época a produção rondava

valores entre 1100 a 1300 toneladas ano de minério. Depois das inundações, os

trabalhos dentro da mina reiniciam em 1947, prolongando-se até 1958. Em 1964,

são suspensos os trabalhos de lavra.

A partir de 1991, os fornos da mina funcionavam somente para a ustulação e

refinação do minério proveniente de outras concessões mineiras,

nomeadamente da mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar e da Ervedosa,

concelho de Vinhais, que viriam a cessar a sua actividade em 1995.

Figura 2.14 – Processo de separação do arsénio dos

minerais (Mota, 2001).

Forno

Arsénio

Labirinto

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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As “espumas” dos concentrados da Mina de Jales que sofriam o processo de

flutuação, decantação e espessamento, eram secos em fornos e carregados em

contentores para a Mina do Pintor, onde posteriormente seguiam para a

calcinação. Em fornos especiais, dos concentrados, era retirado o arsénio e

anulado parte do enxofre (Lancastre, 1966, in Gomes, 1999). Destas operações e

da hidrometalurgia obtinha-se ouro, prata e chumbo (Moreno, 2000).

Apesar do trabalho árduo, nunca se registou na Mina do Pintor qualquer

acidente grave ou mortal, dado que a segurança do pessoal era uma das

primeiras prioridades.

2.5.2. Impactos ambientais da actividade mineira

Os problemas ambientais já eram protestados em 1899, pela Junta da Paróquia,

no qual já se falava dos prejuízos que os fornos de ustulação dos minerais

arsenicais das minas provocavam às culturas e a árvores dos lavradores da

freguesia de Nogueira do Cravo e terras vizinhas (Santos, 2002) (Figura 2.15 e

2.16).

Figura 2.15 – O Abandono da Mina do Pintor (Mota, 2001).

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24 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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Figura 2.16 – Entulhadeiras viradas para a Ribeira do Pintor.

A Mina do Pintor tem sido uma das preocupações a nível da qualidade do Rio

Antuã. Segundo Moreno et al (1997), desde a suspensão dos trabalhos de lavra

que uma das galerias da mina são libertadas águas ácidas de drenagem que

confluem com a Ribeira do Pintor. Esta galeria encontra-se a 30 metros da

margem esquerda da linha de água, que actualmente, encontra-se obstruída

por material depositado das escombreiras (Figura 2.17).

Estudos feitos anteriormente, nomeadamente Moreno (2000), avaliaram a bacia

hidrográfica do rio Antuã como uma zona privilegiada para o estudo de sistemas

em stress, e um dos factores com maior peso foi o abandono da exploração

desta mina sem medidas mitigadoras para reabilitação ambiental e paisagística.

A Ribeira do Pintor, um dos afluentes principais da bacia Antuã e que drena a

mina, apresenta teores elevados em metais, nomeadamente teores elevados em

As fixados em formas móveis e reactivas nos seus sedimentos, comprometendo

assim, a qualidade das águas da Ribeira do Pintor e do rio Antuã (Fernandes,

2009).

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Os impactos visuais (Figura 2.18) vieram-se a agravar em 1970, com a Sociedade

de Minas do Pintor, Lda., a vender o terreno à Sociedade Granital para trabalhos

de corte, transformação e polimento de rochas ornamentais (Moreno, 2000).

Actualmente trata-se de uma zona de crescente urbanização, com loteamento

e construção de inúmeras habitações, designada por “Mina do Pintor –

Urbanização de luxo”. Muitas destas habitações estão construídas muito perto da

Mina do Pintor (Figura 2.19).

Figura 2.17 - A saída da galeria de esgoto da mina na actualidade (Moreno, 2000).

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26 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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Figura 2.18 - Pormenor do escoamento resultante das operações de corte e polimento das rochas

ornamentais (Moreno, 2000).

Figura 2.19 - Urbanização de luxo “Mina do Pintor”.

2.6. Flora e Fauna

A zona ecológica onde se insere a zona em estudo é a Atlântica – Mediterrânica

– Atlântica. Carvalho-roble (Quercus robur), o castanheiro (Castanea sativa), o

pinheiro-bravo (Pinus pinaster), o pinheiro-manso (Pinus pinea) e o eucalipto

(Eucaliptus sp.) são as plantas características que predominam na zona. O

pinheiro-bravo ocupa aproximadamente 60% da área ecológica, existindo uma

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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grande propensão para a expansão do eucaliptal em detrimento do pinhal

(Bessa, 2008). Por outro lado, apresenta uma vegetação rica em ericáceas,

gramíneas, leguminosas e hipolepidáceas. Existem espécies raras ou em

protecção, como é o caso do sobreiro (Quercus suber).

De acordo com o Relatório Ambiental de Oliveira de Azeméis, em termos

faunísticos, é uma zona relativamente empobrecida, devido essencialmente à

ausência de ordenamento florestal e de uma gestão sustentável das matas,

incorrecta mobilização dos terrenos e consequente erosão dos solos.

2.7. Tipo de solo e ocupação

Os solos predominantes da zona são os Cambissolos húmicos, isto é, têm a

aptidão agrícola e/ou florestal média a elevada, apresentando alguma

vulnerabilidade à erosão (Figura 2.20).

Segundo Ferreira (2004), são solos que possuem um horizonte câmbico, e sem

horizontes de diagnóstico que não sejam um horizonte A ócrico ou úmbrico ou

um horizonte mólico que assenta sobre uma horizonte B câmbico com uma

saturação em bases menor que 50%.

São solos relativamente pouco evoluídos de perfil AC ou ABC, formados a partir

de rochas não calcárias.

O Horizonte B câmbico é um horizonte de alteração moderada que se traduz por

formação de argila, aparecimento de coloração avermelhada devido á

acumulação de ferro libertado, desaparecimento da estrutura da rocha

originária, não devendo ter textura mais ligeira do que a arenosa-franca.

Este tipo de solo está bem representado em climas temperados – mediterrânico-

atlântico – com domínio de ocorrências xistentas.

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28 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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Figura 2.20 – Tipo de solo em Portugal Continental e em pormenor no distrito de Aveiro (Adaptado

Instituto do Ambiente (http://www.iambiente.pt).

O município de Oliveira de Azeméis situa-se no Centro-Norte de Portugal

Continental, apresenta uma área de aproximadamente 163,5 Km2 e com uma

densidade populacional de 428,5 habitantes/Km2, ou seja, trata-se de uma

região de grande densidade populacional segundo os dados do INE (Censos

2001 in Carvalho, 2008)). Formado por dezanove freguesias, das quais uma é

cidade e oito são vilas, é um município com boas acessibilidades e apresenta um

forte dinamismo económico e empresarial.

Actualmente o concelho deixou de ter a agricultura como principal actividade

dado a crescente industrialização, sendo as principais actividades focadas no

sector do calçado, metalurgia e metalomecânica, plástico, agro-alimentar,

descasque do arroz, colchões, cobres e loiças metálicas (Abreu et al., 2009).

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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Segundo o Plano Regional de Ordenamento florestal da área metropolitana do

Porto e entre o Douro e Vouga (2006), actividade agrícola ainda existente

concentra-se na zona sul de Oliveira de Azeméis, na envolvente da fronteira com

o concelho de Vale de Cambra. De acordo com o Relatório de Actividades 2005

– IGAOT, as actividades industriais associadas ao município de Oliveira de

Azeméis estão discriminadas na tabela 2.1.

Tabela 2.1- Sectores de actividade industrial praticadas no concelho de Oliveira de Azeméis.

Sectores de actividade industrial Fabricação

Indústrias alimentares de bebidas

Indústria de leite e derivados;

Abate de coelhos e aves (produção de carne);

Indústria do calçado Fabricação de componentes para calçado;

Fabricação de produtos químicos Matérias plásticas sob formas primárias;

Fabricação de artigos de borracha e de

matérias plásticas

Produtos de borracha n.e;

Artigos de plástico n.e;

Fabricação de outros produtos minerais não

metálicos Moldagem e transformação de vidro plano;

Indústrias metalúrgicas de base Fundição de metais não ferrosos n.e;

Fabricação de produtos metálicos, excepto

máquinas e equipamento

Portas, janelas, elementos similares em metal;

Tratamento e revestimento de metais;

Embalagens metálicas ligeiras;

Louça metálica e artigos de uso doméstico;

Outros;

Fabricação de mobiliário, outras indústrias

transformadoras n.e. Mobiliário metálico e afins;

Na figura 2.21, está representado a distribuição, expressa em percentagem, dos

diferentes sectores de actividades industriais presentes na tabela 2.1, e na figura

2.22 está representada, em percentagem, a análise da distribuição geográfica

das actividades industriais pelas freguesias do município de Oliveira de Azeméis.

De acordo com a cartografia CNIG, baseada em fotografia aérea de 1990,

57,4% da ocupação do solo destina-se a áreas florestais, 25,5% é ocupado por

áreas agrícolas, 13,8% corresponde às áreas artificiais.

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30 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

A restante percentagem está dividida em 3,1% para os espaços semi-naturais e

0,1% para superfícies com água (Segundo o Relatório Ambiental – Plano de

Urbanização de Oliveira de Azeméis).

A Reserva Ecológica Nacional (REN) tem contribuído na protecção dos recursos

naturais, especialmente as águas e os solos, favorecendo a conservação da

natureza e da biodiversidade, componentes essenciais do suporte biofísico do

País. É uma estrutura biofísica que integra as áreas pelo seu valor, sensibilidade

Figura 2.21 – Distribuição (%) dos sectores de actividades exercidas no concelho de Oliveira de

Azeméis (http://www.igaot.pt).

Figura 2.22 – Distribuição (%) das actividades industriais pelas freguesias de Oliveira de Azeméis

(http://www.igaot.pt).

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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ecológica, exposição e pela susceptibilidade perante os riscos naturais, e por

isso, são objecto de protecção especial (Decreto-Lei nº166/2008, de 22 de

Agosto).

Na zona em estudo, no que diz respeito à REN desagregada, predominam as

zonas de máxima infiltração e zonas de risco de erosão, principalmente na zona

envolvente da Mina do Pintor (Figura 2.23).

Figura 2.23 - Reserva Ecológica nacional na zona de estudo, com pormenor na envolvente da Mina

do Pintor (Adaptado do portal geográfico da Câmara de Oliveira de Azeméis) -

(http://portalgeografico.cm-oaz.pt/).

Em relação á planta de ordenamento, esta está representada na figura 2.24.

Como podemos ver na figura, a zona em estudo apresenta predomínio em áreas

de transição (constituída pelos espaços compreendidos entre as áreas centrais

de todas as freguesias e os limites dos perímetros urbanos que não estejam

incluídos em área de Equipamento ou em área de Indústria), áreas de

equipamento (constituída por espaços destinadas à instalação de equipamentos

públicos ou de utilização pública), áreas a consolidar (compreende as áreas

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32 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

centrais da freguesias, excluída a de Oliveira de Azeméis), Reserva Agrícola

Nacional, áreas rurais e florestais.

Figura 2.24 - Planta de ordenamento de território com pormenor na zona envolvente da Mina do

Pintor (Adaptado do portal geográfico da Câmara de Oliveira de Azeméis) -

(http://portalgeografico.cm-oaz.pt/).

Em relação á ocupação florestal (Figura 2.25), a zona é ocupada essencialmente

por pinhais, eucaliptais e mato.

Na figura 2.26, podemos observar as áreas que são ocupadas pela actividade

de pecuária, neste caso em particular a bovinicultura, e pelas áreas ocupadas

pela actividade Industrial. Como podemos visualizar, trata-se de uma área com

intensa actividade industrial, apresentando alguma actividade pecuária.

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ENQUADRAMENTO DA MINA DO PINTOR

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Figura 2.25 – Ocupação Florestal (Adaptado do portal geográfico da Câmara de Oliveira de

Azeméis) – (http://portalgeografico.cm-oaz.pt/).

Figura 2.26 – Actividade de pecuária e industrial (Adaptado do portal geográfico da Câmara de

Oliveira de Azeméis) –(http://portalgeografico.cm-oaz.pt/).

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34 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

3. AMOSTRAGEM E MÉTODOS ANALÍTICOS

Para a elaboração de um estudo no domínio da geoquímica ambiental, é

necessário identificar os elementos contaminantes existentes nos vários meios

amostrais. Um estudo deste tipo tem como principal objectivo determinar o grau

de contaminação/impactos das actividades antrópicas nos diferentes

ecossistemas e inferir a fonte e meio pelo qual os metais pesados migram no meio

ambiente (Silva, 1995).

Neste capítulo será feita uma descrição breve dos processos de amostragem,

bem como as técnicas de análise adoptadas para a determinação das

concentrações dos metais pesados nos diferentes meios amostrais.

3.1. Amostragem

O tipo de amostragem é escolhido consoante o objectivo do estudo. A

prospecção geoquímica abrange uma grande variedade de meios amostrais,

designadamente solo, rochas, sedimentos de corrente, água, poeiras, plantas e

animais.

A amostragem de solo é uma das metodologias mais utilizadas. O facto do

estudo do solo como um todo ser impossível, uma das hipóteses é recorrer

mesmo à colheita de amostras do mesmo horizonte. Estas amostras devem ser as

mais representativas possíveis do material original ou da área a ser caracterizada.

Os impactos resultantes das operações mineiras nos solos resume-se á sua

contaminação e na perda das qualidades com o solo arável. Este é capaz de

absorver grandes quantidades de poluentes sem sofrer grandes transformações,

mas na medida em que sofre elas são quase sempre irreversíveis e os danos

causados são de difícil recuperação.

Actualmente, a contaminação do solo é considerado uma preocupação

ambiental, uma vez que a contaminação interfere no ambiente global da área

afectada. Os elementos poluentes que apresentam grande (bio)disponibilidade

no ambiente, podem, posteriormente vir a ser absorvidos pelas plantas e serem

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AMOSTRAGEM E MÉTODOS ANALÍTICOS

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incorporados nas cadeias tróficas e interferirem nos sistemas hidrológicos (águas

subterrâneas e superficiais). Numa fase mais avançada, a contaminação do solo

pode estar na origem de problemas relacionados com a saúde pública.

Este tipo de amostragem permite definir as anomalias de determinados

elementos em torno de uma auréola de dispersão secundária, para uma

compreensão mais precisa do modo como se dá o movimento de elementos do

jazigo para o exterior.

A amostragem de poeiras ou “road dust” é uma metodologia ainda pouco

utilizada em Portugal, mas a sua utilização é uma mais-valia.

As poeiras são constituídas por partículas sólidas, de diminutas dimensões e

dispersadas na atmosfera. Estas podem ter uma origem orgânica (animais e

plantas) e inorgânica, provenientes de minerais de rochas ou a que se encontra

depositada no solo. São formadas quando as partículas finas atingem a

atmosfera por acção dos ventos ou de outros distúrbios físicos ou pela libertação

de emissões gasosas ricas no material particulado (Prazeres, et al., 2010).

As alterações climáticas têm um papel crucial, uma vez que estas influenciam a

humidade disponível e a velocidade dos ventos. Por exemplo, a vegetação

exerce um controlo na mobilidade das poeiras, no entanto, ela é influenciada

pelas condições climatéricas, por actividades antropogénicas, entre outras.

A natureza da fonte de emissão pode influenciar as propriedades físicas bem

como a composição química das partículas.

As poeiras constituídas por partículas minerais fazem parte de uma fracção

significativa da matéria particulada, e a sua composição química e mineralógica

pode sofrer algumas variações regionais de acordo com a geologia local. Em

geral, as partículas minerais são constituídas por silicatos, carbonatos, e, em

menores quantidades, sulfatos de cálcio e óxidos de ferro

(http://adamastor.dao.ua.pt). Algumas destas partículas podem ser consideradas

tóxicas na saúde humana.

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36 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

As partículas de menores dimensões podem afectar o aparelho respiratório,

provocando doenças a nível dos pulmões, e no caso da concentração das

poeiras serem muito densas, pode desencadear doenças respiratórias crónicas e

à mortalidade associada a estas.

A maneira como o sistema respiratório responde à inalação das partículas

depende, em geral, da região onde elas se acumulam, do tamanho e do tipo de

partículas em questão. As partículas de maiores dimensões podem ficar retidas

na cavidade nasal ou nas vias aéreas superiores, enquanto as diminutas podem

alcançar a traqueia e os brônquios. O facto de as partículas serem maiores e

mais densas, têm a capacidade de se depositarem mais facilmente e, no caso

das partículas tóxicas, é preciso ter muita precaução, pois estas podem se

dissolver na circulação sanguínea e serem transportadas para todas as partes do

corpo.

A amostragem de “road dust” é uma boa prática para avaliarmos a

contaminação de metais por deposição atmosférica.

Estudos feitos por outros autores (Chatterjee et al., 1999; Shi et al., 2010) alegaram

concentrações elevadas de metais em amostras de “road dust” em

comparação com outros meios amostrais e relacionaram as elevadas

concentrações em metais com zonas industriais e residenciais (Kim et al., 1998;

Dong et al., 1984). O material particulado pode facilmente entrar em circulação

pelo ar, pelas actividades do dia-a-dia (construção, movimento do tráfego e sua

velocidade, entre outros), estando facilmente expostas á população.

3.1.1. Solos

A primeira amostragem de solos na envolvente da mina do Pintor foi efectuada a

Outubro de 2008, e a segunda durante o mês de Dezembro de 2009 e Janeiro de

2010. A campanha de colheita foi efectuada segundo uma malha regular que

não teve em conta a geologia local (Figura 3.1).

No total foram colhidas 132 amostras superficiais de solo, 50 na primeira

amostragem e 82 na segunda, com cerca de 2 kg cada, em vários tipos de

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AMOSTRAGEM E MÉTODOS ANALÍTICOS

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terreno. Em cada local de amostragem colheu-se uma amostra compósita,

obtida por colheita em 3 pontos, com objectivo de aumentar a

representatividade da amostragem. Foi removido cuidadosamente a camada

superficial do solo até à profundidade estabelecida para a colheita.

Figura 3.1 – Mapa de amostragem dos solos da Mina do Pintor.

Após cada colheita de amostras, cada uma foi colocada em sacos de plástico

novos, devidamente etiquetadas e fechadas com fio norte e transportadas para

o Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro. Para evitar o

aparecimento de amostras não referenciadas ou qualquer tipo de problemas a

nível de referenciação, no acto da etiquetagem, em cada saco foi colocado

uma etiqueta de papel com a referência da amostra escrita em lápis e o saco foi

referenciado com um marcador em dois locais distintos na parte exterior.

Metros

0 2000 4000

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38 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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Para a colheita de amostras foi utilizado uma pá de jardineiro, em aço inoxidável

e um martelo.

3.1.2. Poeiras (“road dust”)

A amostragem de poeiras na envolvente da Mina do Pintor foi feita em duas

campanhas, uma realizada no mês de Outubro de 2008 e a outra em Maio de

2010. Em ambas as campanhas, as amostras foram recolhidas junto aos passeios

e na escombreira da Mina do Pintor (Figura 3.2).

Figura 3.2 – Mapa de amostragem de poeiras (road dust) na envolvente da Mina do Pintor.

Na totalidade foram recolhidas 40 amostras, 20 na 1ª campanha e 20 na 2ª

campanha, sendo os locais de amostragem os mesmos.

Para a amostragem de poeiras foram necessárias pás de plásticos e vassouras

para minimizar os riscos de contaminação.

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As amostras foram colocadas em sacos plásticos devidamente etiquetados e

fechados com fio norte e transportados para o Departamento de Geociências

da Universidade de Aveiro.

3.2. Preparação física das amostras

Esta etapa é de extrema importância já que determinados procedimentos

podem afectar a qualidade das amostras.

As amostras destinadas a análise química foram secas numa estufa a uma

temperatura constante de 40 ºC, utilizando tabuleiros de plástico previamente

lavados e secos. A temperatura não deve ultrapassar os 40 ºC devido a perda de

voláteis, nomeadamente o arsénio (As).

Depois de secas as amostras, procedemos à homogeneização e ao

peneiramento. Para a homogeneização da amostra foi usado folha de papel

cru. Antes de procedermos à homogeneização, retirámos os calhaus e a matéria

orgânica de maiores dimensões.

Posteriormente à homogeneização procedeu-se ao quarteamento de cada

amostra. Como o peneiramento foi feito para duas granulometrias, <2mm e

<150µm, no caso dos solos, e <2mm e <250µm nas poeiras, usamos o 1º e o 3º

quarto para uma das granulometrias e o 2º e o 4º quarto para a outra

granulometria. O peneiramento foi realizado manualmente, usando peneiros de

malha igual a 2mm, <150µm e <250µm.

Os recipientes foram colocados em bateria, por cima o recipiente com tampa e

com a respectiva malha e por baixo o recipiente com fundo para reter a

granulometria desejada. A fracção desejada foi armazenada em frascos de

polietileno esterilizados, com capacidade de 100 ml, tendo sempre o cuidado na

catalogação.

A primeira granulometria sofreu ainda micronização que consiste na moagem da

amostra para uma fracção mais fina. A micronização foi efectuada com o auxílio

de um almofariz e do pilão. Após cada micronização, o almofariz e o pilão foram

lavados com sílica em pó e secos. Todos os utensílios e equipamentos usados

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40 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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para a preparação física das amostras foram lavados, secos e limpos após o

peneiramento de cada amostra. A amostra moída foi colocada em sacos de

plásticos pequenos, selados e devidamente catalogados.

Depois do tratamento físico das amostras, foi preciso retirar de cada saco

pequeno (no caso das amostras moídas) e de cada frasco de polietileno,

aproximadamente 2 g de amostra para posteriormente ser enviado para o

laboratório para o tratamento químico. Para tal, a amostra foi colocada sobre

uma folha de papel cru, homogeneizada e disposta em camada. A sub-amostra

a enviar para o laboratório foi obtida pelo método da picotagem, em que se

retira aleatoriamente pequenas porções de amostra com uma espátula. As

amostras obtidas por este processo (cerca de 2 gramas) foram colocadas em

pequenos sacos de plásticos selados e referenciados. O restante foi guardado e

arquivado nos sacos e nos frascos de polietileno respectivos.

O esquema com os procedimentos tidos com as amostras de solos após

recepção no laboratório está apresentado nas figuras 3.3 e 3.4.

Figura 3.3 – Fluxograma da preparação física das amostras de solos e técnicas de análise.

Amostragem no campo

Secagem na estufa:

40ºC

Homogeneização

Quarteamento

Amostra para análise Amostra para armazém

Peneiramento <2mm Peneiramento <150µm Análise química

Moagem

Quarteamento

Análise Mineralógica pH

Análise química

Matéria orgânica Extracção química

sequencial

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Amostragem no campo

Secagem na estufa:

40ºC

Homogeneização

Quarteamento

Amostra para análise Amostra para armazém

Peneiramento <2mm Peneiramento <250µm Análise química

Moagem

Quarteamento

Análise Mineralógica e

Granulométrica

pH

Análise química

Figura 3.4 – Fluxograma da preparação física das amostras de poeiras e técnicas de análise.

3.3. Técnicas analíticas

3.3.1. Análise granulométrica

A análise da dimensão das partículas é extremamente útil, pois permite deduzir

indicações sobre a proveniência, nomeadamente a disponibilidade de

determinados tipos de partículas e sobre as rochas que lhes deram origem, sobre

o transporte e ambientes deposicionais.

Este método tem como objectivo a determinação da dimensão das partículas

que constituem as amostras, para posterior tratamento estatístico.

A análise pormenorizada da granulometria de uma determinada amostra deve

ser feita utilizando uma escala de pequena amplitude, pois melhor será a

descrição da variabilidade dimensional das partículas que constituem a amostra.

No presente trabalho, o objectivo foi a análise granulométrica dos finos presentes

nas amostras de poeiras.

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42 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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O peneiramento foi efectuado por via húmida num peneiro de inox de 75µm. As

amostras foram lavadas no peneiro com água destilada até que a água que

passa pelo peneiro esteja clara e transparente, revelando não ter material em

suspensão.

As partículas de granulometria inferior a 63µm foram guardadas em porta-

amostras de 100 ml previamente pesados e colocados na estufa de modo a

serem sujeitas a secagem completa.

Posteriormente à secagem, as amostras foram pesadas de modo a obter a

quantidade de finos presentes nas amostras de poeiras.

A análise granulométrica foi determinada posteriormente por cálculo das

percentagens de areia, silte e argila.

Para a quantificação da fracção de areia entre 0,075mm e 0,050mm, o silte

(0,050-0,020mm) e argila (<0,020mm), foi utilizado o aparelho Micromeritics®

Sediggraph 5100. Pesou-se 3 g de amostra (da fracção <0.075 mm) e adicionou-

se uma solução de sódio hexametafosfato 0.16 mM. Os agregados foram depois

dispersos com ajuda de um ultrasons. O sedigraph foi calibrado usando o

material de referência Spectromelt A 12 (66% di-Litio tetraborato/34% Lítio

metaborato) (1.5 μm).

Cada amostra foi classificada de acordo com a classificação da USDA usando o

software Talwin 42 .

3.3.2. Determinação de parâmetros físico-químicos

Determinação de valores de pH do solo e de poeiras

Para a caracterização do solo a medição do pH é um dos métodos mais

utilizados laboratorialmente, tendo sempre em conta que este valor representa

apenas o pH da solução em equilíbrio.

A acidez dos solos depende das características do material originário, isto é, solos

sob influência de águas de lixiviação de escombreiras ou desenvolvidos nas

mesmas vão apresentar uma acidez muito elevada devido á influência dos

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minerais contidos nas mineralizações (Godinho, 2009). De acordo com as

referências base, a classificação do espectro do pH em solos (Tabela 3.1) é

seguinte:

Tabela 3.1 - Classificação do espectro do pH em solos

Inferior a 3, 5 Hiperácido

Entre 3,5 a 5,0 Muito ácido

Entre 5,0 a 6,5 Ácido

Entre 6,5 a 7,5 Neutro

Entre 7,5 a 8,7 Alcalino

Superior a 8,7 Muito alcalino

O pH das amostras dos solos e poeiras da Mina do Pintor foram obtidos de

acordo com o método ISO10390: 1994. Através deste método, a determinação

do pH é feita com o uso de um eléctrodo de vidro (WTW, Sentix 41), ambos, numa

suspensão de 1.5 (m/v) de solo em água (pHw) e numa solução de 0,01 mol/l de

cloreto de cálcio (pHCa). Para o efeito, a granulometria usada foi <2mm para os

diferentes meios amostrais, solos e poeiras.

De acordo com o método, pesaram-se 5 gramas de amostra para um tubo de

centrífuga, ao qual foram adicionados 25 ml de água desmineralizada ou cloreto

de cálcio. A suspensão foi agitada num agitador mecânico durante 5 minutos,

deixando-se em repouso durante 2 horas. A medição do pH foi efectuada em

dois períodos, após 2 e 22 horas da sua agitação.

Antes de proceder á medição, a suspensão foi agitada vigorosamente e o pH foi

medido na suspensão em deposição. O seu valor foi registado após estabilização

do mesmo (período 5 segundo, aproximadamente).

Antes de cada medição, o aparelho foi calibrado segundo as instruções do

fabricante, usando soluções tampões comercializadas de pH 4,00 e 7,00.

Determinação de valores de matéria orgânica do solo

Segundo Silva et al., (1999), a matéria orgânica do solo pode ser definida, em

sentido amplo, como organismos vivos, resíduos de plantas e animais pico ou

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44 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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bem decompostos, que variam consideravelmente em estabilidade,

susceptibilidade ou estágio de alteração.

A determinação da percentagem de matéria orgânica total em amostras de

solos foi estimada por perda de peso após combustão (LOI - Loss-of-Ignition).

Este método traduz a determinação do teor em matéria orgânica através de

queima na mufla, à temperatura de 430 ºC, do material previamente seco em

estufa, à temperatura de 105 ºC (Schumacher, 2002).

Para o efeito, pesou-se 10 gramas de amostra de solo, crivado a <2mm, e

colocados em cadinhos previamente pesados. De seguida, colocou-se os

cadinhos na estufa à temperatura de 105 ºC durante 4 horas, de modo a

remover a água residual. Após as 4 horas, colocou-se os cadinhos no excicador

até atingir a temperatura ambiente, de modo a obter, por pesagem, o peso

seco. De seguida, colocou-se os cadinhos na mufla á temperatura de 430 ºC

durante 16 horas, de modo a serem calcinadas. Colocou-se os cadinhos no

excicador até atingirem a temperatura ambiente para depois obter-se o peso da

amostra calcinada.

A determinação do teor em matéria orgânica foi feita, utilizando a equação:

MO = (1-B/A) *100, onde:

MO – teor em matéria orgânica, expresso em %

A – massa da amostra seca em estufa, à temperatura de 105ºC, em g

B – massa da amostra calcinada em mufla, à temperatura de 430ºC, em g.

Determinação das concentrações em Mo, Cu, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Th,

Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba, Ti, B, Al, Na, K, W, Hg, Sc, Tl, S, Ga, Se e Te

A determinação da concentração dos 36 metais (Mo, Cu, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe,

As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba, Ti, B, Al, Na, K, W, Hg, Sc, Tl, S,

Ga, Se e Te nas amostras de solos (total de 264 amostras) e poeiras (total de 80

amostras), foi realizada no Canadá, num laboratório comercial,

internacionalmente acreditado, ACME Analytical Laboratories Ltd.

A preparação química das amostras consistiu na decomposição de 0.5 g de

amostra com 3 ml de água-régia (HCl+HNO3 nas proporções 3:1) a 95 ºC, durante

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AMOSTRAGEM E MÉTODOS ANALÍTICOS

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uma hora, a que se seguiu uma diluição com água destilada até perfazer 10 ml.

Este ataque, de acordo com as informações cedidas pelo laboratório, é parcial

para B, Ba, Ca, Cr, Fe, La, Mg, Mn, P, Sr, Ti, V e W e limitado para Al, K e Na.

Devido à forte componente ambiental que este trabalho apresenta, optou-se

pela dissolução com água-régia como método de ataque químico (Inácio

Ferreira, 2004), apesar do projecto n.º 259 do IGCP (Darnley et al., 1995)

aconselhar o uso da dissolução total.

A digestão com água-régia é um método de ataque químico usado em estudos

ambientais de metais pesados (mais frequentemente que misturas com HF ou

ácido HClO4) (Darnley et al., 1995; Inácio Ferreira, 2004). Este ataque tem um forte

poder oxidante e dissolve totalmente a maioria dos sulfuretos, óxidos, minerais de

argila e minerais secundários formados durante os processos de formação de

solos e transporte de sedimentos. Contudo, não dissolve a maioria dos materiais

silicatados (Darnley et al., 1995; Inácio Ferreira, 2004). Este tipo de ataque separa

com certa facilidade a fase mais móvel dos elementos, normalmente associada

a minerais de argila, à matéria orgânica e outros minerais secundários (Rose et

al., 1979; Thompson, 1983; Chao & Sanzolone, 1992).

Determinação do As na componente solúvel do solo

A ocorrência de escombreiras resultantes dos processos extractivos e inerentes ao

minério em áreas mineiras abandonadas, geralmente implica a presença de

elementos químicos, geralmente em concentrações elevadas, promovendo a

sua dispersão e consequentemente problemas de contaminação ambiental.

Segundo Patinha (1996), a existência no solo duma percentagem importante de

componente solúvel coloca a problemática do comportamento dos elementos

no binómio água - solo (elementos remobilizáveis) e da disponibilidade de solo

da zona em estudo.

A transferência dos elementos químicos presentes nas diferentes fases do solo,

associadas a fenómenos de troca iónica, adsorção, co-precipitação e

complexação, é com considerado o principal factor no controlo da solubilidade,

mobilidade e biodisponibilidade nos seres-vivos. É importante saber quais os

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46 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

processos que estão relacionados com a mobilidade dos elementos, bem como

as diferentes espécies presentes no solo, às fases e às formas ao qual eles estão

associados (Abreu et al., 1999).

Os ensaios de extracções químicas parciais, sequenciais e selectivas têm como

objectivo determinar em que fases de suporte se distribuem os diferentes

elementos químicos de um determinado meio amostral, de modo a avaliar a

disponibilidade dos metais (Candeias, 2008).

A técnica de extracção utilizada neste trabalho, em 179 amostras (130 amostras

reais, 39 réplicas de amostras, 4 materiais de referência e 6 brancos), foi a

extracção química selectiva com Acetato de Amónio 1M, pH ~4.5.

A fracção de troca representa os catiões de troca adsorvidos á superfície das

partículas, neste caso dos minerais de argila e matéria orgânica e constitiu uma

pequena parte do teor total na amostra (Favas, 2008). Segundo Moreno (2000), a

libertação dos metais retidos por ligações electrostáticas fracas nos locais de

troca, á superfície e na interface de complexos orgânicos e inorgânicos de carga

negativa, é promovida por troca iónica com catiões como o NH4+. O acetato de

amónio tem sido talvez um dos reagentes mais utilizados nesta etapa graças ao

poder complexante do acetato, o qual previne a readsorção ou precipitação

dos iões metálicos libertados durante a extracção.

A análise dos teores de As na componente solúvel foi feita por Espectrofotometria

de Absorção Atómica com Geração de Hidretos (EEA-GH).

O método consiste na produção de um hidreto instável a temperaturas elevadas

– Arsina (AsH3) – por uma reacção de redução do As presente na amostra com o

reagente borohidreto de sódio (NaBH4). Posteriormente, a arsina é transportada

por um fluxo de gás inerte, azoto ou árgon, até uma célula de quartzo aquecida.

A atomização e a decomposição térmica dos hidretos ocorrem no ambiente

estável da célula de quartzo. O EEA-GH detecta o As devido á radiação

absorvida pelos átomos do mesmo (Moreno 2000).

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47

A. Modo operatório

Pesou-se, com rigor, 1g de amostra de solo de granulometria <2mm para um tubo de

centrífuga;

Adicionou-se 30 ml de Acetato de amónio, CH3COONH4 1M a pH ~4,5. O valor de pH foi

ajustado por adição de ácido acético glacial à solução de Acetato de Amónio.

Colocou-se os tubos de centrífuga num agitador mecânico horizontal durante 5 horas

(agitação continua);

Após agitação, centrifugou-se e filtrou-se o sobrenadante para um copo de teflon.

Colocaram-se os copos numa placa de aquecimento à temperatura de 50ºC até a

evaporação completa do Acetato de amónio. Ao resíduo da evaporação adicionou-se

10 ml de HCL 12M, pois o objectivo era analisar o As por EAA-GH;

Transferiu-se a solução para balões volumétricos de 50 ml e completou-se o volume com

água desmineralizada;

A partir dos balões, fizeram-se duas diluições iniciais, a 1º pipetando 1 ml de amostra

para um tubo, completando o volume com água desmineralizada, e a 2º pipetando 1

ml de amostra para novos tubos, completando o volume com 1 ml de KI e 1ml de HCl 5M

e água desmineralizada. Como o EAA-GH só detecta o As3+, usou-se estas soluções para

a conversão. Após a adição dos reagentes, as amostras foram ao banho-maria para

completar a reacção.

B. Gama de padrões

Para a determinação do As preparou-se uma gama de padrões (em matriz de HCL

12M), com concentrações de 0, 4, 8, 10, 15 e 20 ppb de As.

A solução de 10 ppm de As preparou-se a partir de uma solução padrão de 1000

ppm de As (Spectrosol BDH), pipetando 1ml da solução padrão para um balão de

100 ml e completando o volume com água.

Para a preparação da solução de 100 ppb (0,1ppm) de As, pipetou-se 1 ml da

solução de 10 ppm para um balão de 100ml e completando-se o volume com

água desmineralizada.

A partir da solução de 100 ppb de As, preparou-se uma série de 6 padrões,

pipetando:

P0 (0 ppb) – 0 ml de As; P1 (4 ppb) – 4 ml de As; P2 (8 ppb) – 8 ml de As; P3 (10

ppb) – 10 ml de As; P4 (15 ppb) – 15 ml de As; P5 (20 ppb) – 20 ml de As.

A cada padrão adicionou-se 8,2 ml de Iodeto de Potássio (KI) e 8,2 ml de HCl.

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48 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

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C. Preparação dos reagentes

Para preparar a solução de CH3COONH4 1M, dissolveu-se 77.08 g de CH3COONH4

num copo de vidro de 800 ml em água desmineralizada, utilizando um agitador

magnético;

Com um medidor de pH verificou-se o valor de pH da solução, adicionando-se

pequenos volumes de Ácido Acético (CH3COOH) até o pH atingir o valor de ~4,5.

Transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 1000 ml, completando o

volume com água desmineralizada e agitou-se;

A solução de HCL preparou-se pipetando 104 ml da solução padrão de HCl 12M

para um balão de 250 ml, completando o volume com água desmineralizada;

A solução de KI preparou-se dissolvendo 50 g de KI em água desmineralizada

para um balão de 250 ml, completando o volume com água desmineralizada;

As soluções usadas no EEA-GH foram preparadas da seguinte forma: a solução de

borohidreto de sódio (NaBH4) bombada através do sistema a partir de um

contentor alcalino, preparou-se dissolvendo 1 g de NaBH4 e 0,25 g de hidróxido de

sódio (NaOH) em água desmineralizada. O volume a utilizar (500ml) completou-se

com água desmineralizada.

3.3.3. Difracção de Raios X para identificação da componente

mineralógica

O conhecimento da componente mineralógica em amostras não é uma mais-

valia na caracterização dos diferentes meios amostrais, como também actua

como complemento da análise química instrumental, ou seja, os teores dos

diversos elementos estão relacionados com a mineralogia do solo.

Os minerais presentes nas amostras podem ter como origem a interacção dos

minerais presentes nas rochas da crusta, que por sua vez, podem actuar com o

meio que os envolve, alterando a composição mineralógica. Por outro lado,

podem surgir novos minerais no solo, resultantes dos processos de alteração.

A determinação qualitativa e quantitativa dos minerais fornece-nos informações

importantes sobre a evolução do solo e os processos que relacionados com a

sua génese, sobre a sua reserva mineral, bem como o seu valor pedogenético e

agronómico.

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AMOSTRAGEM E MÉTODOS ANALÍTICOS

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49

Na determinação da componente mineralógica das amostras de solos

previamente seleccionadas, utilizou-se as técnicas de Difracção de Raios X (DRX).

Trata-se de uma técnica não destrutiva e rápida, aplicável apenas em minerais

cristalinos.

Os raios X são radiações electromagnéticas da mesma natureza das radiações

que compõem a luz visível ao olho humano, sendo os seus comprimentos de

onda cerca de 1000 vezes menor que os comprimentos de onda da luz visível.

Têm a capacidade de penetrar em matéria opaca à luz visível, activam

emulsões fotográficas e alvos fluorescentes, não são afectados por campos

eléctricos e magnéticos, são reflectidos, refractados e polarizados e são

absorvidos diferentemente pela matéria.

Os difractogramas obtidos diferem de mineral para mineral, dependendo da

distância entre seus planos cristalinos, pois para cada mineral, existem planos

com diferentes orientações. Todos os planos reticulares dos cristais são revelados

nos difractogramas, mas os de maior importância são os planos basais para a

identificação das espécies de minerais argilosas.

Os difractogramas traduzem directamente a intensidade das riscas de difracção,

os picos, em função do ângulo de difracção 2θ. Os parâmetros instrumentais e as

condições de medida nos programas de medida a ter em conta são o ângulo 2θ

inicial e final do varrimento, comprimento de onda da radiação, selecção da

altura dos impulsos, tipo de varrimento (continuo ou passo a passo), velocidade

de varrimento, constante do tempo, escala de registo e a velocidade do papel

de registo.

As identificações foram efectuadas após moagem das amostras de fracção

<2mm (cerca de 1g) em almofariz de ágata de forma a não haver alteração da

granulometria – Análise de agregados não orientados. De seguida, cada amostra

foi colocada no porta-amostras “standard” de alumínio, de base móvel, do

difractómetro de raios X comprimindo o pó para não ser conferida uma

orientação preferencial dos cristais.

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Os difractogramas de cada amostra foram obtidos utilizando um modelo Philips

X´ Pert constituído por um gerador MPPC, um goniómetro PW 3050 com CuKα

(λ=1,54056Å), e um microprocessador PW 3040/60 com registo em impressora,

modelo existente no Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro.

3.4. Controlo de Qualidade

A validação de dados e o controle da qualidade são cruciais para uma base de

dados espaciais confiável, pois os dados analíticos são baseados em medições

que apresentam um certo erro que deve ser quantificado o melhor possível. O

controlo da qualidade tem como objectivo obter resultados com qualidade

assegurada, em relação a amostragem, pré-tratamento e análise. O QC/QA

informa-nos do conhecimento preciso do operador, o nível de incerteza

aceitável, representatividade da amostra, entre outros.

Os métodos analíticos devem estar sempre ou quase sempre de acordo com as

normas (métodos ISO), e a qualidade dos dados deve ser assegurada por

medidas de controlo, nomeadamente o uso de materiais de referência, análise

de brancos e réplicas de amostras.

A ISO - International Standardization Organization define materiais de referência

como sendo materiais em que se conhece uma ou mais propriedades estão

estabelecidas, de modo a serem usados para calibração de instrumentos,

designação de valores a materiais e avaliações de um determinado método

analítico.

O erro analítico foi determinado no laboratório pela análise em duplicado de

algumas amostras seleccionadas de cada lote de amostras, a precisão foi

avaliada pelo cálculo da reprodutibilidade de análise e pelo coeficiente de

variação (%RSD) dos duplicados (Reis et al., 2010).

3.4.1. Determinação do pH

A precisão dos dados do pH em amostras de solos e poeiras foi avaliada pelo

cálculo da variação entre análises de duplicados em pelo menos 10% das

amostras e do desvio-padrão relativo (%RSD). A repetibilidade dos resultados do

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pH, em suspensões preparadas separadamente, satisfez as exigências tendo em

conta os valores tabelados no método ISO10390: 1994 (Anexo IV) (Tabela 3.2). Em

relação aos valores do RSD, da repetibilidade dos resultados não houve nenhum

valor superior a 10%.

Tabela 3.2 - Variação aceitável entre réplicas, de acordo com o intervalo de pH

Intervalo de pH Variação aceitável (unidades de pH)

pH ≤ 7 0.15

7 < pH < 7.50 0.20

7.50 ≤ pH ≤ 8.00 0.30

pH > 8.00 0,40

3.4.2. Determinação da matéria orgânica

A precisão dos resultados da matéria orgânica em solos foi avaliada calculando

o desvio-padrão relativo (%RDS), em pelo menos 25 amostras duplicadas, sendo

este valor sempre inferior a 10% (Anexo IV).

3.4.3. Determinação dos teores em metais

Como foi referido anteriormente, as análises dos teores totais em metais foram

realizadas num laboratório certificado (ACME Analytical Laboratories Ltd.), no

Canadá.

Em relação à qualidade de controlo de análise, foram analisados 4 brancos,

estando as concentrações obtidas sempre abaixo do limite de detecção (Tabela

3.3) e materiais de referência. No que diz respeito à precisão, esta foi avaliada

calculando a variação entre duplicados, sendo esta sempre inferior a 10%.

Tabela 3.3 - Limites de detecção do método analítico utilizado em análise nas amostras de solos e

poeiras (ACME, 2010)

Elemento Limite de detecção Elemento Limite de detecção Elemento Limite de detecção Elemento Limite de detecção

Mo 0,1ppm U 0,1ppm La 1ppm Hg 0,01ppm

Cu 0,1ppm Au 0,5ppb Cr 1ppm Sc 0,1ppm

Pb 0,1ppm Th 0,1ppm Mg 0,01% Ti 0,1ppm

Zn 1ppm Sr 1ppm Ba 1ppm S 0,05%

Ag 0,1ppm Cd 0,1ppm Ti 0,00% Ga 1ppm

Ni 0,1ppm Sb 0,1ppm Ba 20ppm Se 0,5ppm

Co 0,1ppm Bi 0,1ppm Al 0,01% Te 0,2ppm

Mn 1ppm V 2ppm Na 0,00%

Fe 0,01% Ca 0,01% K 0,01%

As 0,5ppm P 0,00% W 0,1ppm

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3.4.4. Determinação do teor de As na componente solúvel do solo

A precisão analítica dos dados da extracção com Acetato de Amónio foi

determinada por análise de 2 materiais de referência, cada uma duplicada, 6

brancos e a reanálise de 33 amostras (duplicados e triplicados).

A concentração de As no EEA-GH nos materiais de referência estiveram de

acordo com os valores tabelados, e análise de brancos não evidenciou nenhum

tipo de contaminação por parte do operador, garantindo a qualidade dos

resultados.

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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53

4. CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA

DAS AMOSTRAS DE SOLO

Os metais pesados nos solos encontram-se naturalmente presentes nos solos em

concentrações relativamente baixas. Um aumento do teor destes metais pode

acarretar efeitos nefastos sobre a qualidade ambiental, pois muito deles, mesmo

em concentrações baixas, podem apresentar alta toxicidade que aumenta com

o seu acúmulo no solo.

Em estudos de prospecção geoquímica e geoquímica ambiental, um dos

principais objectivos é a identificação de valores extremamente elevados, que

podem ser considerados como valores anómalos.

Quer na exploração de recursos minerais quer na caracterização ambiental, a

interpretação dos dados geoquímicos tem uma finalidade comum, distinguir o

valor de fundo (geochemical background), constituída por valores que

correspondem a teores directamente relacionados com os substratos geológicos

e onde não há influência de adições antrópicas, da população de valores

anómalos, com expressão mineralógica ou de contaminação/poluição

(Fleischhauer et al., 1990; Swennen & Van der Sluys, 1998).

As ferramentas estatísticas actualmente disponíveis para a identificação de

anomalias geoquímicas apresentam alguma variabilidade e incluem a utilização

de gráficos de probabilidades (Sinclair, 1974) e de métodos de análise univariada

e multivariada (Cheng et al., 1997) associados a métodos de análise espacial e a

métodos fractais e multifractais.

Neste capítulo apresentam-se e discutem-se os dados das técnicas analíticas

utilizadas, resultante da amostragem de solos e poeiras na zona envolvente à

Mina do Pintor. Para tal, aplicamos métodos estatísticos amplamente utilizados no

tratamento de dados geoquímicos de acordo com a natureza dos dados e dos

objectivos propostos, tais como: métodos estatísticos univariados (estatística

descritiva, histogramas e box-plots), métodos estatísticos multivariados (análise

em componentes principais) e variografia.

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4.1. Caracterização mineralógica das amostras de solo

Como foi referido no capítulo 3, as amostras foram seleccionadas de acordo

com as unidades geológicas presentes na área de estudo. Na tabela 4.1 estão

registados algumas características de cada local de amostragem, como o tipo

de ocupação e a unidade geológica correspondente.

Tabela 4.1 – Tipo de ocupação e respectiva unidade geológica das amostras utilizadas para o

estudo da identificação mineralógica

Amostra Tipo de ocupação Unidade geológica

4 Boca da mina

Filão de Quartzo

20 Terreno agrícola Xistos das Beiras

28 Aterro Filão de Quartzo

39 Descampado Xistos das Beiras

42 Terreno agrícola Quartzo-Dioritos de grão fino a médio com foliação

penetrativa a incipiente

43 Mata Quartzo-Dioritos de grão fino a médio com foliação

penetrativa a incipiente

45 Descampado Quartzítos

63 Pinhal Filão de Quartzo

65 Pinhal Quartzítos

84 Terreno agrícola abandonado Gnaisses albítico-moscovíticos com incipiente blastese de

feldspatos

92 Pinhal Gnaisses albítico-moscovíticos com incipiente blastese de

feldspatos

93 Pinhal Gnaisses albítico-moscovíticos com incipiente blastese de

feldspatos

115 Pinhal Quartzítos

Os teores “totais” dos elementos das amostras utilizadas para o estudo de

identificação mineralógica encontram-se descriminados na tabela 4.2, para uma

melhor compreensão na origem e distribuição dos altos teores encontrados nas

amostras.

A tabela 4.3 inclui os resultados relativos à constituição mineralógica das

amostras seleccionadas para o referente estudo. Constam da tabela os minerais

identificados pelos métodos mineralógicos descritos no capítulo 3.

A informação dada pela mineralogia das amostras seleccionadas mostra que

esta não é muito diversificada e que consiste sobretudo em minerais de origem

primária, como os minerais de quartzo, feldspatos, micas e clorites.

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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Tabela 4.2 – Teores “totais” de Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P,

La, Cr, Mg, Ba, Ti, Al, Na, K, W, Hg, Sc, Tl, Ga e Se das amostras utilizadas no estudo de identificação

mineralógica (valores expressos em ppm excepto para o Fe, Ca, P, Mg , Ti, Al, Na, K (%) e Au (ppb)

Amostras 4 20 28 39 42 43 45 63 65 84 92 93 115

Mo 1,4 0,6 1,9 0,8 1 1 1,1 0,5 0,5 0,4 0,3 0,4 1,2

Cu 327 41 30 39 30 26 66 232 10 21 43 13 83

Pb 1612 28 356 38 63 29 39 309 27 63 93 85 45

Zn 812 148 722 189 165 124 100 581 19 58 240 67 96

Ag 12,7 0,05 8,9 0,2 0,05 0,3 0,2 1,8 0,05 0,4 0,3 0,2 0,2

Ni 6 24 13 16 16 22 11 20 3 5 6 5 20

Co 3 10 4 7 9 8 3 17 1 3 2 3 9

Mn 89 281 402 305 337 225 245 455 16 170 209 92 238

Fe 3,81 3,5 6,81 2,37 2,71 2,97 3,74 6,11 1,77 0,98 0,72 0,78 3,91

As 69404 71 6092 161 148 449 125 2445 94 154 114 93 174

U 4 3 1 2 2 2 2 2 1 6 12 5 2

Au 1469 5 142 6 5 7 9 73 8 10 30 9 11

Th 4 3 3 2 3 3 1 4 4 1 0 1 3

Sr 19 8 18 7 5 3 6 3 2 6 13 5 5

Cd 11,4 0,1 6 0,3 0,2 0,2 0,4 0,7 0,05 0,3 0,7 0,1 0,8

Sb 127,7 0,1 9,6 0,4 0,3 0,8 0,3 0,5 0,4 0,3 0,4 0,2 0,4

Bi 226 0,6 59,2 2,1 0,9 1,6 1,4 20,4 1 4,1 2,4 1,6 1

V 44 64 67 39 46 50 41 174 21 11 9 9 43

Ca 0,4 0,2 0,52 0,14 0,09 0,02 0,09 0,02 0,01 0,06 0 0,02 0,09

P 0,04 0,13 0,04 0,09 0,05 0,03 0,13 0,04 0,02 0,09 0,09 0,06 0,12

La 6 8 7 10 9 9 14 9 10 7 6 7 14

Cr 39 56 58 164 33 39 37 120 11 9 41 8 30

Mg 0,07 0,75 0,94 0,31 0,34 0,35 0,15 0,47 0,02 0,06 0,09 0,05 0,31

Ba 31 112 39 52 49 40 62 27 14 35 60 24 40

Ti 0,04 0,16 0,03 0,06 0,08 0,05 0,01 0,05 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02

Al 1,92 3,21 1,51 1,6 2,1 2,49 2,06 3,37 0,68 1,68 1,26 1,67 1,99

Na 0,006 0,011 0,01 0,006 0,006 0,006 0,007 0,003 0,005 0,003 0,005 0,004 0,005

K 0,11 0,77 0,25 0,3 0,32 0,21 0,12 0,09 0,02 0,08 0,13 0,08 0,15

W 56,3 0,1 54,7 1 0,5 0,6 0,7 1 0,5 2,6 2 1,2 0,6

Hg 1,56 0,03 0,23 0,06 0,13 0,07 0,33 0,09 0,08 0,62 0,11 0,06 1,08

Sc 5 6 5 2 4 3 2 16 1 1 1 1 2

Tl 0,5 0,6 0,5 0,4 0,3 0,4 0,2 0,3 0,05 0,5 0,5 0,4 0,4

A componente argilosa é constituída essencialmente por caulinite e sepiolite. Do

grupo dos minerais secundários destaca-se os minerais de Fe, como a hematite e

a jarosite, e em menor quantidade a goetite e a magnetite/maghemite, os

minerais de Ti, nomeadamente a anatase e a brookite, os minerais de Al, como a

alunite e em menor quantidade a gibsite, e os minerais de Ca e Na,

nomeadamente a anidrite e a tenardite, respectivamente.

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Tabela 4.3 – Composição mineralógica das amostras utilizadas no estudo de identificação

mineralógica

4.2. Caracterização geoquímica das amostras de solo

4.2.1. Análise estatística univariada dos dados físico-químicos e

geoquímicos

O tratamento estatístico dos dados geoquímicos das amostras (teores totais dos

elementos, pH e Matéria Orgânica) foi realizado pelo cálculo simples de uma

série de parâmetros estatísticos com objectivo da caracterização das

populações de dados, particularmente importante na descrição e

caracterização da tendência de distribuição dos vários elementos (Reis et al.,

2010).

pH

Os valores do pH das amostras de solos estão apresentados no Anexo I. Para o

estudo da qualidade de solos na envolvente da Mina do Pintor efectuou-se a

cartografia pontual dos valores de pH medidos no laboratório.

Minerais Amostras

4 20 28 39 42 43 45 63 65 84 92 93 115

Tectossilicatos Feldspato

Quartzo +

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

Filossilicatos

Clorite

Mica

Sepiolite

Caulinite

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

Óxidos

Anatase

Hematite

Magnetite/

Maghemite

Brookite

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

Hidróxidos

Gibsite

Goetite

Brucite

+

+

+

+

Sulfatos

Anidrite

Alunite

Gesso

Jarosite

Thenardite

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

+

Carbonatos Siderite + + +

Acessórios Opala

Zeólitos + + + + +

+

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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57

Na tabela 4.4 apresentam-se os parâmetros estatísticos calculados e na figura 4.1

está representado a cartografia pontual dos valores do pH medidos em Cloreto

de Cálcio (CaCl2).

Tabela 4.4 – Parâmetros estatísticos calculados de acordo com os dados do pH medidos nas

amostras de solos em CaCl2,e para a % de teor em Matéria Orgânica

Parâmetros pH (CaCl2) % teor em MO

Média 4.4 10.13

Mínimo 2.9 0.59

Quartil 1 3.8 5.36

Quartil 2 4.2 9.51

Quartil 3 4.9 14.67

Máximo 7.0 26.90

Desvio Padrão 0.8 35.93

Coeficiente de Variação 0.19 5.99

Intervalo 4.15 0.59

Coef. Assimetria 0.83 26.31

Figura 4.1 – Cartografia pontual dos valores de pH nos solos.

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

2.87 to 3.81

3.81 to 4.21

4.21 to 4.92

4.92 to 5.543

5.543 to 7.02

Metros

0 250 500

pH dos solosMacieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

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58 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Os valores de pH variam entre 2.9 e 7.0 sendo os valores de pH entre 4.2 e 5.5 os

mais frequentes. De acordo com o Atlas do Ambiente este indica que o pH dos

solos da zona em estudo variam entre 4.6 a 5.5, (Figura 4.2) atribuindo a estes

solos um carácter extremamente ácido (http://www.iambiente.pt).

Figura 4.2 – Excerto da carta base de Acidez e Alcalinidade dos solos em Portugal (Carta III.2),

adaptado do Instituto do Ambiente (http://www.iambiente.pt).

A acidez dos solos é originada pela presença de matéria orgânica, presença de

aluminossilicatos das fracções finas, sesquióxidos e certos sais solúveis.

Em climas húmidos, como é o nosso caso, existe uma tendência para a

acidificação do solo pois a água de infiltração acaba por arrastar as bases

presentes no solo, diminuindo o seu pH. Por outro lado, os solos onde o pH é

abaixo de 4.5 pode indicar a presença de ácidos fortes livres formados, em geral,

pela oxidação de sulfuretos e pH entre 4.5 e 5.5 indicam teores normalmente

elevados de alumínio de troca.

Estes solos apresentam uma fraca aptidão agrícola pois a acidez afecta

negativamente a nutrição e o crescimento das plantas. Por outro lado, favorece

a solubilidade de elementos tóxicos que apresentam elevada mobilidade em

ambientes ácidos. Estes solos foram amostrados na zona envolvente á mina,

revelando uma forte influência da actividade de laboração da Mina do Pintor.

pH dos solos

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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59

Na zona em estudo existe uma amostra com valor de pH superior a 7, valor este

alcalino. Esta amostra foi amostrada na zona de onde eram depositados os

rejeitos finais da extracção e tratamento do minério bem como o material

rejeitado das operações de corte e polimento das rochas ornamentais.

Matéria orgânica (MO)

Os valores correspondentes ao teor em matéria orgânica, isto é, a percentagem

(%) de perda de massa das amostras de solos (Anexo III) e os parâmetros

estatísticos estão descritos na tabela 4.2. A figura 4.3 representa a cartografia

pontual dos valores do % em matéria orgânica medidos no laboratório.

Figura 4.3 – Cartografia dos teores da matéria orgânica nas amostras de solos.

A % de teor em Matéria Orgânica com maior relevância está compreendida

entre os intervalos de 9.49% a 14.53% e 14.53% a 21.02%.

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

M.O

0.59 to 5.36

5.36 to 9.51

9.51 to 14.67

14.67 to 21.02

21.02 to 26.9

Metros

0 250 500

% teor de matéria orgânicaMacieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

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60 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

É de notar que os valores mais altos de teores em matéria orgânica coincidem

com os valores mais baixos do pH, resultante da decomposição da matéria

orgânica, que liberta amónia, convertendo-se em nitrato, libertando para os solos

iões H+, aumentando a acidez do solo.

Por outro lado, a presença de ácidos orgânicos e inorgânicos, iões de Al3+

trocáveis, aos sulfuretos e compostos de enxofre oxidáveis podem levar á

diminuição do pH.

Análise geoquímica dos elementos maiores e vestigiais

A tabela 4.5 apresenta os parâmetros estatísticos dos dados analíticos das

amostras de solo para a fracção granulométrica < 2 mm.

Alguns elementos, como o caso do B e o Te foram retirados da matriz inicial dos

dados e não entraram no estudo estatístico pois apresentam valores abaixo do

limite de detecção do método analítico utilizado (elementos B e Te nas amostras

de granulometria <2mm e o elemento B na granulometria <150µm).

Da análise da tabela 4.5 pode-se observar que todos os metais apresentam

distribuições assimétricas positivas, conferidas pela presença de “outliers”, com

excepção para as variáveis La e Al que apresentam valores de assimetria

próximos de zero, podendo classificar a sua distribuição simétrica e da variável

Ga que apresenta assimetria negativa (-0,35). O valor da assimetria pode ser

comprovado pela análise da média e mediana, em que a média tem um valor

significativamente mais elevado que a mediana no caso da assimetria positiva e

valores próximos no caso de distribuição simétrica.

A variância da amostra, quando expresso em % ao quadrado, dá-nos uma

medida comparativa entre populações constituídas por amostras afectadas e

não afectadas por acções antrópicas, afectadas pelas actividades domésticas,

industriais e mineiras (Atxmann & Luoma, 1991; Mantei & Sappinton, 1994;

Ridgway et al., 1995 in Moreno, 2000). As populações com amostras afectadas

pela actividade antrópica vão apresentar uma maior variabilidade de teores em

metais.

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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61

Tabela 4.5 – Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos das amostras de solos de

granulometria <2mm

Elemento Média Mínimo Q1 Q2 Q3 Máximo DP CV CA S'

Mo (ppm) 1.07 0.10 0.60 0.70 0.90 17.70 2.25 210.00 6.70 1.25

Cu (ppm) 59.23 3.20 21.78 38.40 67.98 427.10 68.40 115.00 2.98 0.44

Pb (ppm) 87.88 11.60 26.95 39.50 55.60 1631.70 214.57 244.00 6.08 1.66

Zn (ppm) 130.08 8.00 56.00 91.50 158.50 812.00 133.13 102.00 2.75 0.37

Ag (ppm) 1.29 0.10 0.10 0.20 0.30 69.00 6.31 491.00 9.71 5.43

Ni (ppm) 14.36 0.60 7.93 14.80 19.05 67.80 9.38 65.00 1.94 -0.04

Co (ppm) 6.88 0.20 2.70 5.20 9.50 41.30 6.56 95.00 2.60 0.25

Mn (ppm) 214.07 3.00 73.00 147.50 315.50 1142.00 192.36 90.00 1.47 0.26

Fe (%) 3.21 0.23 2.35 3.12 3.70 25.57 2.46 77.00 5.94 0.06

As (ppm) 1225.28 16.10 125.30 185.40 372.50 69404.20 6237.73 509.00 10.20 4.21

U (ppm) 2.34 0.20 1.50 2.00 2.70 11.80 1.48 63.00 2.90 0.28

Au (ppb) 44.85 0.80 5.95 10.50 17.60 1468.70 153.15 341.00 7.06 2.95

Th (ppm) 3.63 0.30 1.90 3.50 4.83 11.20 2.13 59.00 0.87 0.04

Sr (ppm) 5.01 1.00 2.00 3.50 7.00 19.00 3.74 75.00 1.45 0.20

Cd (ppm) 0.65 0.10 0.10 0.20 0.40 11.40 1.51 232.00 4.68 1.51

Sb (ppm) 2.02 0.10 0.30 0.40 0.60 127.70 11.46 567.00 10.32 5.41

Bi (ppm) 16.82 0.10 1.18 1.85 3.30 1080.40 96.83 576.00 10.37 7.10

V (ppm) 43.17 3.00 28.00 42.00 54.00 174.00 25.33 59.00 1.58 0.05

Ca (%) 0.08 0.01 0.01 0.03 0.11 0.52 0.11 131.00 1.83 0.53

P (%) 0.05 0.01 0.03 0.04 0.06 0.32 0.04 81.00 2.73 0.30

La (ppm) 10.74 2.00 9.00 10.00 13.00 21.00 3.48 32.00 0.49 0.19

Cr (ppm) 34.83 1.00 22.00 31.50 40.25 164.00 24.80 71.00 2.29 0.15

Mg (%) 0.24 0.01 0.08 0.20 0.34 0.96 0.20 83.00 1.24 0.16

Ba (ppm) 44.80 5.00 26.00 40.00 60.00 224.00 29.11 65.00 2.09 0.14

Ti (%) 0.04 0.001 0.009 0.02 0.05 0.16 0.03 94.00 1.41 0.14

Al (%) 1.85 0.11 1.27 1.82 2.42 4.1 0.85 46 0.11 0.02

Na (%) 0.006 0.001 0.004 0.005 0.007 0.03 0.004 68 3.71 0.28

K (%) 0.18 0.01 0.08 0.15 0.27 0.77 0.13 72.00 1.31 0.18

W (ppm) 5.16 0.10 0.50 0.80 2.00 100.00 16.12 313.00 4.50 2.90

Hg (ppm) 0.14 0.01 0.04 0.09 0.13 1.56 0.22 154.00 3.94 0.53

Sc (ppm) 3.25 0.40 1.78 2.75 4.00 16.20 2.48 76.00 2.19 0.20

Tl (ppm) 0.32 0.10 0.20 0.30 0.40 1.50 0.18 55.00 2.34 0.11

S (%) 0.06 0.03 0.03 0.03 0.03 1.13 0.13 225.00 6.13 N/A

Ga (ppm) 6.24 0.50 5.00 6.00 8.00 11.00 2.42 38.00 -0.35 0.09

Se (ppm) 1.23 0.25 0.70 1.10 1.60 10.20 1.08 88.00 5.36 0.14

Nota – DP: Desvio-Padrão; CV: Coeficiente de Variação; CA: Coeficiente de Assimetria

Da análise da tabela 4.5, verifica-se que a escala de variabilidade, considerando

uma indicação da presença de valores extremos (outliers), utilizando o

coeficiente de variação (CV) é a seguinte: Bi > Sb > As > Ag > Au > W> Pb > Cd

>S> Mo > Hg> Ca > Cu >Zn >Co > Ti> Mn >Se > Mg > P > Fe > Sc > Sr > K > Cr > Na

> Ni > Ba > U > V > Th > Tl > Al > Ga > La.

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62 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Existem valores muito elevados quando comparados com os valores de

referência para o Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, As, U, Au, Cd, Cr, Sb, Bi, W, Hg, Tl e

Se. Quanto aos valores de referência, foi difícil a escolha dos documentos a

considerar como base devido à grande variedade de documentos legislativos.

Portugal carece de regulamentação própria para avaliar a qualidade dos solos,

e a regulamentação recomendada pelas autoridades portuguesas são as do

Canadá intituladas por “Interim Canadian Environmental Quality Criteria for

Contaminated Sites” (Inácio et al., 2007). Para tal, usei como referência os valores

de background e valores em solos agrícolas segundo os “guidelines” do Canadá

e segundo Bowen (1979) em Environmental Chemistry of the Elements, os “valores

guia” em solos nacionais, ou seja, o valor abaixo do qual será possível qualquer

uso do solo mencionados no trabalho de Inácio Ferreira, em 2004 (Tabela 4.6). A

presença de “outliers” pode ser constatada facilmente pelos diagramas de

extremos e quartis (box-plots) (Figuras 4.4 a 4.8) e histogramas (Anexo V)

calculados para cada uma das variáveis, a partir do programa estatístico

ANDAD, versão 7.12.

Analisando os diagramas representados nas figuras 4.3 a 4.7, podemos destacar

quais os elementos que apresentam valores anómalos. Neste grupo inserem-se os

seguintes elementos: Mo, Pb, Au, Mn, Fe, As, Au, Sb e Bi. Da observação do 3º

quartil destes elementos, mostra-nos que 25% da população apresenta valores

muito altos, e a diferença entre o valor do 3º quartil e o máximo e entre a média

e a mediana é muito significativa (sendo sempre a média superior à mediana).

No caso das amostras de solo de granulometria <150µm, pode-se observar pela

análise da tabela 4.7, que todos os metais apresentam distribuições assimétricas

positivas, com a excepção das variáveis La e Al que apresentam valores de

assimetria próximos de zero, classificando a sua distribuição como simétrica e da

variável Ga que apresenta assimetria negativa (-0,23).

Como já foi referido anteriormente, a variância da amostra, quando expresso em

% ao quadrado, dá-nos uma medida comparativa entre populações constituídas

por amostras afectadas e não afectadas por acções antrópicas, afectadas

pelas actividades domésticas, industriais e mineiras, ou seja, as populações com

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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63

amostras afectadas pela actividade antrópica vão apresentar uma maior

variabilidade de teores em metais.

Tabela 4.6 – Valores do Background geoquímico em solos, Valor Guia, Valores Admissíveis

em solos agrícolas e a Amplitude normal em solos (Range)

Nota: todos os elementos estão em ppm (mg/kg); *DADOS RETIRADOS DO “INTERIM CANADIAN ENVIRONMENTAL

QUALITY CRITERIA FOR CONTAMINATED SITES” (1991). **DADOS RETIRADOS DE BOWEN, H. J. M., ENVIRONMENTAL

CHEMISTRY OF THE ELEMENTS. ACADEMIC PRESS, LONDON (1979).

Elemento

quimico Background Valor guia

Valores em solos

agricolas

Amplitude normal em

solos

Mo 2* 2,7** 5** 0,1 – 40

Cu 30* 35** 100** 2 – 250

Pb 25* 34** 200** 2 – 300

Zn 60* 85** 300** 1 – 900

Ag 0,05** 20* 0,01 – 8

Ni 20** 43** 75** 2 – 750

Co 10* 8** 40** 0,05 – 65

Mn 1000** 20 - 10000

Fe 40000** 2000 – 550000

As 5* 22** 30** 0,1 – 40

U 2** 0,7 – 9

Au 0,001 – 0,02

Th 9** 1 – 35

Sr 250** 4 – 2000

Cd 0,5* 0,6** 2,5** 0,01 – 2

Sb 20* 20* 0,2 – 10

Bi 0,2** 0,1 – 13

V 25* 51** 130** 3 – 500

Ca 15000** 700 – 500000

P 800** 35 – 5300

La 40** 2 – 180

Cr 20* 43** 100** 5 – 1500

Mg 5000** 400 – 9000

Ba 200** 163** 625** 100 – 3000

Ti 5000** 150 – 25000

Al 71000** 10000 – 300000

Na 5000** 150 – 25000

K 14000** 80 – 37000

W 1,5** 0,5 – 83

Hg 0,1* 0,1** 2** 0,01 – 0,5

Sc 7** 0,5 – 55

Tl 0,2** 1* 0,1 – 0,8

S 250* 30 – 1600

Ga 20** 2 – 100

Se 1* 2* 0,0112

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64 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.4 – Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co e Mn para

os solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg).

0

3

6

9

12

15

18

Mo

Máximo - 17.70

3ºQuartil - 0.90

Mediana - 0.70

Média - 1.07

1ºQuartil - 0.60

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

60

120

180

240

300

360

420

480

Cu

Máximo - 427.1

3ºQuartil - 68.8

Mediana - 38.5

Média - 59.2

1ºQuartil - 21.8

Mínimo - 3.2

- Média

- Valor Anómalo

0

300

600

900

1200

1500

1800

Pb

Máximo - 1631

3ºQuartil - 55

Mediana - 40

Média - 87

1ºQuartil - 27

Mínimo - 11

- Média

- Valor Anómalo

0

200

400

600

800

1000

Zn

Máximo - 812.0

3ºQuartil - 160.0

Mediana - 92.0

Média - 130.1

1ºQuartil - 56.0

Mínimo - 8.0

- Média

- Valor Anómalo

0

9

18

27

36

45

54

63

72

Ag

Máximo - 69.00

3ºQuartil - 0.30

Mediana - 0.20

Média - 1.29

1ºQuartil - 0.10

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

9

18

27

36

45

54

63

72

Ni

Máximo - 67.80

3ºQuartil - 19.20

Mediana - 14.80

Média - 14.36

1ºQuartil - 8.00

Mínimo - 0.60

- Média

- Valor Anómalo

0

6

12

18

24

30

36

42

Co

Máximo - 41.30

3ºQuartil - 9.50

Mediana - 5.20

Média - 6.88

1ºQuartil - 2.80

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

0

200

400

600

800

1000

1200

Mn

Máximo - 1142

3ºQuartil - 320

Mediana - 150

Média - 214

1ºQuartil - 74

Mínimo - 3

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

65

Figura 4.5 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd e Sb para os

solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Fe que está expresso em % e o Au expresso em ppb ( g/kg).

0

4

8

12

16

20

24

28

Fe

Máximo - 25.57

3ºQuartil - 3.71

Mediana - 3.13

Média - 3.21

1ºQuartil - 2.36

Mínimo - 0.23

- Média

- Valor Anómalo

0

9000

18000

27000

36000

45000

54000

63000

72000

As

Máximo - 69404

3ºQuartil - 372

Mediana - 185

Média - 1225

1ºQuartil - 125

Mínimo - 16

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

U

Máximo - 11.80

3ºQuartil - 2.70

Mediana - 2.00

Média - 2.34

1ºQuartil - 1.50

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Au

Máximo - 1468

3ºQuartil - 17

Mediana - 10

Média - 44

1ºQuartil - 6

Mínimo - 0

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

Th

Máximo - 11.20

3ºQuartil - 4.90

Mediana - 3.50

Média - 3.63

1ºQuartil - 1.90

Mínimo - 0.30

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

Sr

Máximo - 19.00

3ºQuartil - 7.00

Mediana - 4.00

Média - 5.01

1ºQuartil - 2.00

Mínimo - 1.00

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

Cd

Máximo - 11.40

3ºQuartil - 0.40

Mediana - 0.20

Média - 0.65

1ºQuartil - 0.10

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

140

Sb

Máximo - 127.7

3ºQuartil - 0.6

Mediana - 0.4

Média - 2.0

1ºQuartil - 0.3

Mínimo - 0.1

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

66 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.6 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P, Mg, Ba, La e Cr para os

solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Ca, P e Mg que estão expressos em %.

0

200

400

600

800

1000

1200

Bi

Máximo - 1080

3ºQuartil - 3

Mediana - 1

Média - 16

1ºQuartil - 1

Mínimo - 0

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

V

Máximo - 174.0

3ºQuartil - 54.0

Mediana - 42.0

Média - 43.2

1ºQuartil - 28.0

Mínimo - 3.0

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.07

0.14

0.21

0.28

0.35

0.42

0.49

0.56

Ca

Máximo - 0.520

3ºQuartil - 0.110

Mediana - 0.030

Média - 0.083

1ºQuartil - 0.010

Mínimo - 0.005

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.04

0.08

0.12

0.16

0.20

0.24

0.28

0.32

P

Máximo - 0.320

3ºQuartil - 0.070

Mediana - 0.040

Média - 0.052

1ºQuartil - 0.030

Mínimo - 0.010

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Mg

Máximo - 0.960

3ºQuartil - 0.340

Mediana - 0.200

Média - 0.243

1ºQuartil - 0.080

Mínimo - 0.010

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

210

240

Ba

Máximo - 224.0

3ºQuartil - 60.0

Mediana - 40.0

Média - 44.8

1ºQuartil - 26.0

Mínimo - 5.0

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

La

Máximo - 21.00

3ºQuartil - 13.00

Mediana - 10.00

Média - 10.74

1ºQuartil - 9.00

Mínimo - 2.00

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

Cr

Máximo - 164.0

3ºQuartil - 41.0

Mediana - 32.0

Média - 34.8

1ºQuartil - 22.0

Mínimo - 1.0

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

67

Figura 4.7 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Hg, Sc e Tl para os

solos (fracção <2mm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Ti, Al, Na e K que estão expressos em %.

0.00

0.03

0.06

0.09

0.12

0.15

0.18

Ti

Máximo - 0.160

3ºQuartil - 0.050

Mediana - 0.030

Média - 0.036

1ºQuartil - 0.010

Mínimo - 0.000

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

Al

Máximo - 4.10

3ºQuartil - 2.43

Mediana - 1.83

Média - 1.85

1ºQuartil - 1.27

Mínimo - 0.11

- Média

- Valor Anómalo

0.000

0.004

0.008

0.012

0.016

0.020

0.024

0.028

0.032

Na

Máximo - 0.032

3ºQuartil - 0.007

Mediana - 0.005

Média - 0.006

1ºQuartil - 0.004

Mínimo - 0.001

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

0.80

K

Máximo - 0.770

3ºQuartil - 0.270

Mediana - 0.150

Média - 0.183

1ºQuartil - 0.080

Mínimo - 0.010

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

W

Máximo - 100.00

3ºQuartil - 2.00

Mediana - 0.80

Média - 5.16

1ºQuartil - 0.50

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

Hg

Máximo - 1.56

3ºQuartil - 0.14

Mediana - 0.09

Média - 0.14

1ºQuartil - 0.04

Mínimo - 0.00

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sc

Máximo - 16.20

3ºQuartil - 4.00

Mediana - 2.80

Média - 3.25

1ºQuartil - 1.80

Mínimo - 0.40

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

Tl

Máximo - 1.50

3ºQuartil - 0.40

Mediana - 0.30

Média - 0.32

1ºQuartil - 0.20

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

68 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.8 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis S, Ga e Se para as amostras de solos

(fracção <2mm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg).

Da análise da tabela 4.7, verifica-se que a escala de variabilidade, considerando

uma indicação da presença de valores extremos (outliers), utilizando o CV é a

seguinte: Sb > Bi > As > Ag > Au > W > S > Pb > Cd > Hg > Mo > Ca > Se > Cu >Zn >

Te > Co > Ti > Mn > Na > P > Sr > Mg > Fe > Sc > K > U > Tl > Cr > Ba > Ni > Th >V > Al

> Ga > La.

Existem valores muito elevados quando comparados com os valores de

referência para as variáveis Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, As, U, Au, Cd, Cr, Sb, Bi, W,

Hg, Tl e Se, de acordo com os valores tabelados na tabela 4.7.

Da análise dos diagramas de extremos e quartis (Figuras 4.9 a 4.13), conseguimos

observar que as variáveis Mo, Ag, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Cd, Sb, Bi, Hg e o Tl

apresentam valores anómalos nesta granulometria.

Observando os dados da estatística descritiva, a maioria destas variáveis, com a

excepção de Fe e Tl, apresentam diferenças relativamente altas nos valores da

média e mediana e entre os valores do 3º quartil e o valor máximo.

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

S

Máximo - 1.13

3ºQuartil - 0.03

Mediana - 0.03

Média - 0.06

1ºQuartil - 0.03

Mínimo - 0.03

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

Ga

Máximo - 11.00

3ºQuartil - 8.00

Mediana - 6.00

Média - 6.26

1ºQuartil - 5.00

Mínimo - 1.00

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

Se

Máximo - 10.20

3ºQuartil - 1.60

Mediana - 1.10

Média - 1.23

1ºQuartil - 0.70

Mínimo - 0.25

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

69

Tabela 4.7 - Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos das amostras de solos de

granulometria <150µm

Nota – DP: Desvio-Padrão; CV: Coeficiente de Variação; CA: Coeficiente de Assimetria

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

70 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.9 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co e Mn para

os solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg).

0

3

6

9

12

15

18

21

24

Mo

Máximo - 24.00

3ºQuarti l - 1.10

Mediana - 0.90

Média - 1.25

1ºQuarti l - 0.70

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

70

140

210

280

350

420

490

560

Cu

Máximo - 522.6

3ºQuartil - 80.6

Mediana - 45.9

Média - 70.4

1ºQuartil - 26.6

Mínimo - 3.9

- Média

- Valor Anómalo

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

Pb

Máximo - 2705

3ºQuarti l - 73

Mediana - 51

Média - 120

1ºQuarti l - 31

Mínimo - 9

- Média

- Valor Anómalo

0

200

400

600

800

1000

1200

Zn

Máximo - 1145

3ºQuartil - 181

Mediana - 113

Média - 159

1ºQuartil - 61

Mínimo - 7

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

Ag

Máximo - 100.00

3ºQuarti l - 0.40

Mediana - 0.20

Média - 1.90

1ºQuarti l - 0.10

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

7

14

21

28

35

42

49

56

Ni

Máximo - 52.90

3ºQuartil - 20.90

Mediana - 16.80

Média - 16.03

1ºQuartil - 9.10

Mínimo - 0.70

- Média

- Valor Anómalo

0

9

18

27

36

45

54

63

72

Co

Máximo - 69.40

3ºQuarti l - 10.60

Mediana - 6.20

Média - 7.75

1ºQuarti l - 2.90

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Mn

Máximo - 1576

3ºQuartil - 364

Mediana - 174

Média - 248

1ºQuartil - 88

Mínimo - 2

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

71

Figura 4.10 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd e Sb para os

solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Fe que está expresso em % e o Au expresso em ppb ( g/kg).

0

4

8

12

16

20

24

28

32

Fe

Máximo - 28.15

3ºQuarti l - 3.95

Mediana - 3.41

Média - 3.57

1ºQuarti l - 2.71

Mínimo - 0.31

- Média

- Valor Anómalo

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

As

Máximo - 117458

3ºQuartil - 461

Mediana - 243

Média - 1781

1ºQuartil - 140

Mínimo - 16

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

U

Máximo - 19.70

3ºQuarti l - 3.80

Mediana - 2.60

Média - 3.15

1ºQuarti l - 1.80

Mínimo - 0.30

- Média

- Valor Anómalo

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

3200

Au

Máximo - 3136

3ºQuartil - 29

Mediana - 15

Média - 87

1ºQuartil - 8

Mínimo - 0

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

Th

Máximo - 17.70

3ºQuarti l - 6.50

Mediana - 4.80

Média - 4.91

1ºQuarti l - 2.70

Mínimo - 0.60

- Média

- Valor Anómalo

0

5

10

15

20

25

30

35

Sr

Máximo - 34.00

3ºQuartil - 10.00

Mediana - 5.00

Média - 7.14

1ºQuartil - 3.00

Mínimo - 0.50

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

Cd

Máximo - 17.60

3ºQuarti l - 0.50

Mediana - 0.30

Média - 0.86

1ºQuarti l - 0.10

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

40

80

120

160

200

240

280

Sb

Máximo - 245.5

3ºQuartil - 0.9

Mediana - 0.6

Média - 3.6

1ºQuartil - 0.4

Mínimo - 0.1

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

72 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.11 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Bi, V, Ca, P, Mg, Ba, La e Cr para os

solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Ca, P e Mg que estão expressos em %.

0

300

600

900

1200

1500

1800

Bi

Máximo - 1791

3ºQuarti l - 4

Mediana - 2

Média - 26

1ºQuarti l - 1

Mínimo - 0

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

140

160

V

Máximo - 154.0

3ºQuarti l - 60.0

Mediana - 49.0

Média - 49.9

1ºQuarti l - 35.0

Mínimo - 3.0

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

Ca

Máximo - 0.880

3ºQuarti l - 0.130

Mediana - 0.030

Média - 0.110

1ºQuarti l - 0.010

Mínimo - 0.005

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.06

0.12

0.18

0.24

0.30

0.36

0.42

P

Máximo - 0.409

3ºQuartil - 0.093

Mediana - 0.047

Média - 0.066

1ºQuartil - 0.032

Mínimo - 0.008

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

32

La

Máximo - 29.00

3ºQuarti l - 16.00

Mediana - 14.00

Média - 13.90

1ºQuarti l - 11.00

Mínimo - 2.00

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

210

Cr

Máximo - 200.0

3ºQuarti l - 45.0

Mediana - 35.0

Média - 38.0

1ºQuarti l - 25.0

Mínimo - 3.0

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

Mg

Máximo - 1.13

3ºQuarti l - 0.41

Mediana - 0.26

Média - 0.27

1ºQuarti l - 0.10

Mínimo - 0.00

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

140

Ba

Máximo - 134.0

3ºQuarti l - 65.0

Mediana - 48.0

Média - 50.5

1ºQuarti l - 29.0

Mínimo - 4.0

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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73

Figura 4.12 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis Ti, Al, Na, K, W,Hg, Sc e Tl para os

solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a excepção do

Ti, Al, Na e K que estão expressos em %.

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

Ti

Máximo - 0.132

3ºQuarti l - 0.046

Mediana - 0.025

Média - 0.034

1ºQuarti l - 0.008

Mínimo - 0.002

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

Al

Máximo - 4.92

3ºQuarti l - 2.75

Mediana - 2.26

Média - 2.25

1ºQuarti l - 1.56

Mínimo - 0.12

- Média

- Valor Anómalo

0.000

0.006

0.012

0.018

0.024

0.030

0.036

0.042

0.048

0.054

Na

Máximo - 0.049

3ºQuarti l - 0.008

Mediana - 0.007

Média - 0.007

1ºQuarti l - 0.004

Mínimo - 0.001

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

0.80

K

Máximo - 0.750

3ºQuarti l - 0.300

Mediana - 0.170

Média - 0.199

1ºQuarti l - 0.080

Mínimo - 0.010

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

W

Máximo - 100.00

3ºQuarti l - 1.80

Mediana - 0.80

Média - 5.54

1ºQuarti l - 0.50

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

Hg

Máximo - 3.25

3ºQuarti l - 0.16

Mediana - 0.10

Média - 0.19

1ºQuarti l - 0.06

Mínimo - 0.00

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sc

Máximo - 14.90

3ºQuarti l - 4.50

Mediana - 3.00

Média - 3.54

1ºQuarti l - 1.80

Mínimo - 0.30

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

2.4

Tl

Máximo - 2.40

3ºQuarti l - 0.50

Mediana - 0.40

Média - 0.39

1ºQuarti l - 0.20

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

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74 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.13 - Diagrama de extremos e quartis para as variáveis S, Ga, Se e Te para as amostras de

solos (fracção <150µm). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg).

Da análise dos resultados podemos constatar que a maioria dos elementos,

nomeadamente aqueles que apresentam um comportamento tóxico por

estarem presentes por excesso, apresenta concentrações mais elevadas nesta

granulometria em comparação com fracção <2mm. Este facto pode ser

preocupante dado que a granulometria <150µm é a fracção que é levantada

por acção dos ventos e pelo tráfego dos veículos e a que melhor se adere à

superfície das mãos.

4.2.2. Análise estatística bivariada dos dados geoquímicos

A estatística descritiva bivariada tem como objectivo analisar o comportamento

entre os pares de elementos através do cálculo da matriz de correlação para um

nível de significância de 95%, sendo apresentados os valores de coeficiente de

correlação superiores a 0.5 ou inferiores a 0.5 em quadro. Para a obtenção da

matriz de correlação utilizou-se o programa estatístico Andad 7.12, que utiliza dois

coeficientes de correlação, o de Pearson, que é mais influenciado pela

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

S

Máximo - 1.33

3ºQuarti l - 0.03

Mediana - 0.03

Média - 0.06

1ºQuarti l - 0.03

Mínimo - 0.03

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

Ga

Máximo - 13.00

3ºQuartil - 9.00

Mediana - 8.00

Média - 7.53

1ºQuartil - 6.00

Mínimo - 0.50

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

Se

Máximo - 16.40

3ºQuarti l - 1.50

Mediana - 1.10

Média - 1.32

1ºQuarti l - 0.80

Mínimo - 0.25

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

Te

Máximo - 1.30

3ºQuartil - 0.10

Mediana - 0.10

Média - 0.13

1ºQuartil - 0.10

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

75

existência de “outliers” porque depende da média, e o de Spearman, mais

robusto pela existência de valores extremos.

Nas tabelas 4.8 e 4.9 apresentam-se os coeficientes de correlação de Spearman

(a vermelho) e de Pearson (a azul) nas amostras de solos de granulometria <2mm

e <150µm, respectivamente. Os dois métodos de cálculo dos coeficientes de

correlação apresentam resultados semelhantes. Nestas tabelas apenas

representa um resumo dos pares de elementos mais representativos.

Para melhor visualização do comportamento de cada par de variáveis,

apresentam-se os diagramas de dispersão com regressão (Anexo V).

Tabela 4.8 – Resumo da matriz de correlação das amostras de solo (fracção <2mm) tendo

em consideração a globalidade dos resultados (n=132)

Mo Cu Pb Zn Ag Ni Co Mn Fe As Au Cd Cr Hg

Mo 1.00

0.54

Cu 0.51 1.00

0.74 0.63

0.53 0.53 0.74 0.55

0.80 0.55

Pb

0.65 1.00

Zn

0.80 0.55 1.00

0.58 0.73 0.76

0.56

0.76 0.62

Ag 0.69 0.57 0.80

1.00

0.56

0.64

Ni 0.57

1.00 0.83 0.71 0.58

0.73

Co

0.57 1.00 0.86

0.63

Mn

0.64 0.74 1.00

0.58 0.65

Fe 0.75 0.65 0.63

0.85

1.00 0.54

0.62

As

0.55 0.77 0.59

1.00 0.55

Au

0.54 0.87 0.52

0.89 1.00

Cd

0.81 0.68 0.83

0.78 0.69 1.00

Cr

0.69

1.00

Hg

0.54

1.00

Da análise da tabela 4.8 observa-se por ordem decrescente, a correlação dos

seguintes pares de elementos:

Au/As (0.89), Au/Pb (0.87), Co/Mn (0.86), Fe/Ag (0.85), Ni/Co (0.83), Cd/Zn (0.83), Cd/Cu

(0.81), Zn/Cu (0.80), Ag/Pb (0.80), Cd/As (0.78), As/Pb (0.77), Zn/Mn (0.76), Fe/Mo (0.75),

Cu/Fe (0.74), Ni/Cr (0.73), Zn/Co (0.73), Ag/Mo (0.69), Cd/Au (0.69), Cd/Pb (0.68), Pb/Cu

(0.65), Mn/Cr (0.65), Ag/Cd (0.64), Co/Cr (0.63), Ag/Cu (0.63), Fe/Pb (0.63), Fe/Cr (0.62),

Zn/Cr (0.62), As/Zn (0.59), Mn/Cd (0.58), Zn/Ni (0.58), Fe/Ni (0.58), Ni/Mo (0.57), Ag/As

(0.56), As/Cu (0.55), Zn/Pb (0.55), Cu/Cr (0.55), (Au/Cu (0.54), Fe/As (0.54), Hg/As (0.54),

Cu/Co (0.53), Cu/Mn (0.53), Au/Zn (0.52).

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76 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Da análise dos diagramas de dispersão com regressão e da tabela 4.8,

correspondente às amostras de solos de granulometria <2mm, permitiu-nos

estabelecer alguns padrões de comportamento entre pares de variáveis:

i. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem de dispersão condicionada

pela presença de um único “outlier”, como o caso dos pares Au/As, Fe/Ag,

Cd/Au, As/Zn e Hg/As.

ii. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem condicionada por a

presença de valores próximos ou abaixo do limite de detecção analíticos.

iii. Pares de variáveis que possuem coeficientes de correlação significativos

mas a nuvem de dispersão mostra não ser significativa: Au/Pb, Cd-Zn,

Cd/Cu, Ag/Pb, Cd/As, As/Pb, Fe/Mo, Ag/Mo, Cd/Pb, Pb/Cu, Ag/Cd, Fe/Pb,

Fe/Cr, Zn/Cr, Ag/As e Zn/Pb.

iv. Pares de variáveis que apresentam correlação significativa comprovada

pela nuvem de dispersão: Co/Mn, Ni/Co, Zn/Cu, Zn/Mn, Cu/Fe, Ni/Cr, Zn/Co,

Mn/Cr, Co/Cr, Zn/Ni, Fe/Ni, Cu/Cr, Co/Cu e Cu/Mn.

Tabela 4.9 – Resumo da matriz de correlação das amostras de solo (fracção <150µm) tendo em

consideração a globalidade dos resultados (n=132)

Mo Cu Pb Zn Ag Ni Co Mn Fe As Au Cd Cr Hg

Mo 1.00

0.52

Cu

1.00

0.76 0.65

0.52 0.55 0.65 0.53

0.84 0.53

Pb 0.68 0.64 1.00 0.51 0.54

0.52 0.53

Zn

0.82 0.53 1.00 0.53 0.61 0.73 0.78 0.55 0.58

0.76 0.63

Ag 0.86 0.56 0.87

1.00

0.64 0.57 0.72

Ni

1.00 0.85 0.74 0.60

0.74

Co

0.64 1.00 0.86 0.53

0.66

Mn

0.66 0.81 1.00

0.60 0.67

Fe 0.84 0.60 0.71

0.88

1.00 0.61

0.66

As

0.55 0.68 0.59

1.00 0.69 0.51

Au

0.57 0.86 0.52 0.60

0.85 1.00

Cd

0.84 0.67 0.87

0.80 0.70 1.00

Cr

0.60

1.00

Hg

0.72 0.58 0.54

1.00

Pela análise da tabela 4.9 observa-se por ordem decrescente a correlação dos

seguintes pares de elementos correspondentes ás amostras de fracção <150µm:

Fe/Ag (0.88), Ag/Pb (0.87), Cd/Zn (0.87), Ag/Mo (0.86), Au/Pb (0.86), Co/Mn (0.86), Ni/Co

(0.85), Au/As (0.85), Fe/Mo (0.84), Cd/Cu (0.84), Zn/Cu (0.82), Cd/As (0.80), Zn/Mn (0.78),

Ni/Mn (0.74), Ni/Cr (0.74), Zn/Co (0.73), Hg/As (0.72), Fe/Pb (0.71), Cd/Au (0.70), Pb/Mo

(0.68), Cd/Pb (0.67), Mn/Cr (0.67), Co/Cr (0.66), Fe/Cr (0.66), Cu/Ag (0.65), Cu/Fe (0.65),

Pb/Cu (0.64), Ag/As (0.64), Zn/Cr (0.63), Zn/Ni (0.61), Fe/As (0.61), Au/Ag (0.60), Ni/Fe (0.60),

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

77

As/Zn (0.59), As/Pb (0.58), Hg/Au (0.58), Au/Cu (0.57), As/Cu (0.55), Cu/Mn (0.55), Zn/Fe

(0.55), Zn/Pb (0.53), Zn/Ag (0.53), Co/Fe (0.53), Cu/Cr (0.53), Au/Zn (0.52), Cu/Co (0.52),

Pela análise dos diagramas de dispersão com regressão e da tabela 4.9,

correspondente às amostras de solos de granulometria <150µm, permitiu-nos

estabelecer alguns padrões de comportamento entre pares de variáveis:

i. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem de dispersão condicionada

pela presença de um único “outlier”, como o caso do par: Fe/Ag, Ag/Mo,

Au/As, Fe/Mo, Cd/As, Hg/As, Cd/Au, Pb/Mo e Hg/Au.

ii. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem condicionada por a

presença de valores próximos ou abaixo do limite de detecção analíticos.

iii. Pares de variáveis que possuem coeficientes de correlação significativos

mas a nuvem de dispersão mostra não ser significativa: Ag/Pb, Cd/Zn,

Au/Pb, Fe/Pb, Cd/Pb, Ag/As, Fe/As, Au/Ag e As/Pb.

iv. Pares de variáveis que apresentam correlação significativa comprovada

pela nuvem de dispersão: Co/Mn, Ni/Co, Zn/Cu, Zn/Mn, Ni/Mn, Ni/Cr, Zn/Co,

Mn/Cr, Co/Cr, Fe/Cr, Cu/Fe, Zn/Cr, Zn/Ni, Ni/Fe, Cu/Mn, Co/Fe, Cu/Cr e

Cu/Co.

4.2.3. Distribução dos elementos químicos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn,

Fe, As, Cd, Cr e Hg

As figuras 4.14 a 4.27 mostram a cartografia pontual dos teores “totais” de Mo,

Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, Cd, Cr e Hg nas amostras de solo de

granulometria <2mm e <150µm. Estas cartas têm como objectivo mostrar a

variação espacial das concentrações dos vários elementos ao longo da malha

de amostragem, principalmente daqueles que apresentam um comportamento

contaminante.

Estes mapas foram elaborados no programa Surfer, versão 8. Os limites das classes

cartografadas correspondem aos seguintes intervalos: ]mínimo, 25% [; [25%, 50% [;

[50%, 75% [; [75%, 85% [; [85%, 90% [; [90%, 95% [; [95%, máximo[.

Da apreciação global da cartografia pontual dos teores “totais” dos elementos

químicos nas amostras de solo, podemos verificar:

A presença de zonas onde os teores são mais elevados. É óbvio que a

zona envolvente, nomeadamente a SW da Mina do Pintor, é a zona que

apresenta os teores mais elevados dos elementos em estudo. Elementos

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78 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

como o Cr, Mn, Ni, Ag e Hg apresentam ainda zonas de enriquecimento a

W de Macieira de Sarnes e o Hg a N-NE de S. Roque;

Por outro lado, alguns elementos podem estar associados com as

unidades geológicas, como o caso do Ni e Cr, outros com a

mineralização, como o Mo, Pb, Zn, As, Ag e Au e outros relacionados com

a actividade mineira, como o Cu, Cr, Cd, Ni e As.

O enriquecimento do Cr na zona de Macieira de Sarnes pode estar

associado às actividades industriais da região, nomeadamente a indústria

têxtil e do calçado;

O elemento Hg é o elemento que apresenta um comportamento

diferenciado dos restantes elementos. As concentrações mais elevadas

estão distribuídas ao longo da malha de amostragem.

O Cd apresenta uma mobilidade ambiental média sob condições ácidas,

neutras e alcalinas. Por outro lado é muito solúvel em pH baixo.

Comparando a cartografia pontual dos teores “totais” de Cd e dos valores

de pH, os valores dos teores mais altos situam-se na zona em redor da

mina, onde os valores de pH estão entre o intervalo 3.8-5.5 (ambiente

francamente ácido a ácido). Podemos então concluir que o Cd nesta

zona de estudo apresenta mobilidade média e com alguma tendência

em solubilizar-se.

Elementos como o Cu, Co, Zn, Ni, Mo, Cu e Ag apresentam elevada

mobilidade em condições de acidez. Comparando os resultados da

cartografia dos teores e dos valores do pH, os teores mais elevados destes

elementos coincidem com os valores de pH entre 3.8-5.5 indicando

claramente que estes elementos apresentam elevada mobilidade.

Os elementos Pb, Fe e Cr são considerados elementos com mobilidade

baixa em meios ácidos e muito baixas em meio alcalino, ou seja, na nossa

zona de estudo estes elementos não apresentam problema no que diz

respeito á mobilidade ambiental. O Pb é um elemento fortemente

imobilizado pela fracção húmus, dando origem a um enriquecimento na

parte superficial dos solos. Apesar dos teores mais altos coincidirem com

teores mais baixos em matéria orgânica, existem zonas onde o Pb pode ser

fixado pela MO.

O As é um elemento com média mobilidade em meios ácidos a alcalinos

e é removido facilmente da água. Considera-se então que o As tenha um

comportamento médio face á sua mobilidade em quase toda a zona de

amostragem. Os valores obtidos indicam que a zona mais preocupante é

a que se localiza na envolvente à Mina do Pintor.

É de notar que nesta zona, as principais fontes de contaminação de metais são a

actividade mineira e a industrial, nomeadamente o sector têxtil e do calçado.

Desta forma, os metais associados à 1º fonte de contaminação (mineralização e

actividade mineira) são o As, Ag, Cu, Pb, Cd, Zn, Ni, Cr, e o Mo e os metais

associados á actividade industrial são o Ni, Co, Fe, Mn, Cd e Cr.

´

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

79

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.1 to 0.6

0.6 to 0.7

0.7 to 0.9

0.9 to 1

1 to 1.1

1.1 to 1.3

1.3 to 17.7

Metros

0 250 500

Mo "total"

Concentração Mo "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Figura 4.14 - Distribuição espacial dos teores de Molibdénio (Mo).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.1 to 0.7

0.7 to 0.9

0.9 to 1.1

1.1 to 1.2

1.2 to 1.3

1.3 to 1.84

1.84 to 24

Metros

0 250 500

Mo "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Mo"total" (ppm)

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80 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.15 - Distribuição espacial dos teores de Cobre (Cu).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

3.2 to 21.78

21.78 to 38.4

38.4 to 67.98

67.98 to 94.57

94.57 to 109

109 to 150.83

150.83 to 427.1

Metros

0 250 500

Cu "total"

Concentração Cu "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

3.9 to 26.5

26.5 to 45.85

45.85 to 78.95

78.95 to 108.19

108.19 to 121.4

121.4 to 201.6

201.6 to 522.6

Metros

0 250 500

Cu "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Cu"total" (ppm)

Page 101: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

81

Figura 4.16 - Distribuição espacial dos teores de Chumbo (Pb).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

11.6 to 26.95

26.95 to 39.5

39.5 to 55.6

55.6 to 87.2

87.2 to 96.2

96.2 to 273.26

273.26 to 1631.7

Metros

0 250 500

Pb"total"

Concentração Pb "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

9.7 to 31.23

31.23 to 49.45

49.45 to 73.75

73.75 to 101.77

101.77 to 134.7

134.7 to 362.28

362.28 to 2705.3

Metros

0 250 500

Pb "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Pb "total" (ppm)

Page 102: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

82 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.17 - Distribuição espacial dos teores de Zinco (Zn).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

8 to 56

56 to 91.5

91.5 to 158.5

158.5 to 189.35

189.35 to 225

225 to 351.2

351.2 to 812

Metros

0 250 500

Zn "total"

Concentração Zn "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

7 to 60.5

60.5 to 113

113 to 181

181 to 239.35

239.35 to 320

320 to 503.55

503.55 to 1145

Metros

0 250 500

Zn "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Zn "total" (ppm)

Page 103: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

83

Figura 4.18 - Distribuição espacial dos teores de Prata (Ag).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.1 to 0.1

0.1 to 0.2

0.2 to 0.3

0.3 to 0.53

0.53 to 1.1

1.1 to 2.52

2.52 to 69

Metros

0 250 500

Ag"total"

Concentração Ag "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.05 to 0.1

0.1 to 0.2

0.2 to 0.4

0.4 to 0.8

0.8 to 1.1

1.1 to 7.01

7.01 to 100

Metros

0 250 500

Ag "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Ag "total" (ppm)

Page 104: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

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84 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.19 - Distribuição espacial dos teores de Niquel (Ni).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.6 to 7.93

7.93 to 14.8

14.8 to 19.05

19.05 to 20.3

20.3 to 22.7

22.7 to 25.44

25.44 to 67.8

Metros

0 250 500

Ni"total"

Concentração Ni "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.7 to 9.08

9.08 to 16.8

16.8 to 20.9

20.9 to 24.2

24.2 to 25.8

25.8 to 29.58

29.58 to 52.9

Metros

0 250 500

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Ni "total" (ppm)

Ni"total"

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

85

Figura 4.20 - Distribuição espacial dos teores de Cobalto (Co).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.2 to 2.7

2.7 to 5.2

5.2 to 9.5

9.5 to 11.4

11.4 to 12.8

12.8 to 17.03

17.03 to 41.3

Metros

0 250 500

Co "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Concentração Co"total" (ppm)544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.1 to 2.85

2.85 to 6.1

6.1 to 10.6

10.6 to 12.3

12.3 to 14

14 to 17.24

17.24 to 69.4

Metros

0 250 500

Co"total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Co "total" (ppm)

Page 106: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

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86 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.22 - Distribuição espacial dos teores de Manganês (Mn).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

3 to 73

73 to 147.5

147.5 to 315.5

315.5 to 410

410 to 488

488 to 573.55

573.55 to 1142

Metros

0 250 500

Mn "total"

Concentração Mn "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

2 to 87.5

87.5 to 165.5

165.5 to 362.5

362.5 to 478.35

478.35 to 544

544 to 658.45

658.45 to 1576

Metros

0 250 500

Mn"total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Mn "total" (ppm)

Page 107: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

87

Figura 4.23 - Distribuição espacial dos teores de Ferro (Fe).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.23 to 2.35

2.35 to 3.12

3.12 to 3.7

3.7 to 4.13

4.13 to 4.67

4.67 to 5.26

5.26 to 25.57

Metros

0 250 500

Fe "total"

Concentração Fe "total" (%)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.31 to 2.71

2.71 to 3.4

3.4 to 3.94

3.94 to 4.49

4.49 to 4.71

4.71 to 6.208

6.208 to 28.15

Metros

0 250 500

Fe"total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Fe "total" (%)

Page 108: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

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88 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.24 - Distribuição espacial dos teores de Arsénio (As).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

16.1 to 125.3

125.3 to 185.4

185.4 to 372.5

372.5 to 697.23

697.23 to 1142.3

1142.3 to 2360.95

2360.95 to 69404.2

Metros

0 250 500

As "total"

Concentração As "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

16.7 to 139.8

139.8 to 243.1

243.1 to 438.35

438.35 to 993.49

993.49 to 2527.05

2527.05 to 4412.83

4412.83 to 117458.08

Metros

0 250 500

As"total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração As "total" (ppm)

Page 109: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

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Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

89

Figura 4.25 - Distribuição espacial dos teores de Cádmio (Cd).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.1 to 0.1

0.1 to 0.2

0.2 to 0.4

0.4 to 0.7

0.7 to 1

1 to 1.82

1.82 to 11.4

Metros

0 250 500

Cd "total"

Concentração Cd "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.05 to 0.1

0.1 to 0.3

0.3 to 0.5

0.5 to 1

1 to 1.4

1.4 to 4.4

4.4 to 17.6

Metros

0 250 500

Cd "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Cd"total" (ppm)

Page 110: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

90 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.26 - Distribuição espacial dos teores de Crómio (Cr).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

1 to 22

22 to 31.5

31.5 to 40.25

40.25 to 50

50 to 57

57 to 67.75

67.75 to 164

Metros

0 250 500

Cr "total"

Concentração Cr "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

3 to 25

25 to 35

35 to 45

45 to 59

59 to 64

64 to 79

79 to 200

Metros

0 250 500

Cr"total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Cr "total" (ppm)

Page 111: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

91

Figura 4.27 - Distribuição espacial dos teores de Mercúrio (Hg).

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.01 to 0.04

0.04 to 0.09

0.09 to 0.13

0.13 to 0.19

0.19 to 0.23

0.23 to 0.58

0.58 to 1.56

Metros

0 250 500

Hg "total"

Concentração Hg "total" (ppm)

Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

544000 544500 545000 545500 546000 546500 547000

4525000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

4529000

0.001 to 0.06

0.06 to 0.1

0.1 to 0.16

0.16 to 0.23

0.23 to 0.29

0.29 to 0.75

0.75 to 3.25

Metros

0 250 500

Hg "total"Macieira de Sarnes

S. Roque

Nogueira do Cravo

Mina do Pintor

Minas de caulino

Linhas de água

Estradas

Recursos Minerais

Freguesias

Campo de futebol

Instalações da mina

Concentração Hg"total" (ppm)

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

92 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

4.2.4. Análise estatística multivariada dos dados geoquímicos

O objectivo da Análise de Componentes Principais (ACP) é encontrar uma

transformação mais representativa e permitir reduzir o número de variáveis

necessárias para descrever um conjunto de individuos perdendo a menor

quantidade de informação possivel. A ideia é projectar as variáveis e os

indivíduos em gráficos planos de duas dimensões (simulação no espaço)

definidos por um pequeno número de eixos. São criadas novas variáveis

designadas de eixos, que são extraídas sucessivamente, por ordem decrescente

da variância explicada.

A redução da dimensionalidade dos dados é obtido por diagonalização da

matriz de correlação dos dados, que transforma um grande número de variáveis

em um menor número de componente ortogonais ou factores (Àvila et al., 2008).

O software utilizado para a análise dos métodos factoriais de análise de dados,

nomeadamente da ACP foi o programa ANDAD, versão 7.12. O conjunto de

dados de partida é constituído por uma matriz de 132 amostras por 35 variáveis

activas no caso das amostras de solo de granulometria <2mm e 132 amostras por

36 variáveis activas nas amostras <150µm. As variáveis consideradas foram as

seguintes: solos de granulometria <2mm – 35 elementos químicos (Mo, Cu, Pb, Zn,

Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba, Ti, Al, Na, K,

W, Hg, Sc, Tl, S, Ga e Se); solos de granulometria <150µm – 36 elementos químicos

(Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg,

Ba, Ti, Al, Na, K, W, Hg, Sc, Tl, S, Ga, Se e Te).

Solos de granulometria <2mm

Na tabela 4.10 estão representados os valores próprios, a variância explicada e a

variância cumulada para cada eixo.

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

93

Tabela 4.10 – Valores próprios e Variância explicada

Eixos Valor Próprio Variância explicada (%) Variância explicada cumulada (%)

1 10.32 28.66 28.66

2 7.12 19.79 48.45

3 3.53 9.82 58.27

4 2.90 8.05 66.32

5 2.15 5.97 72.29

6 1.54 4.28 76.57

Pela análise da scree plot (Figura 4.28), foram retidos os primeiros 3 eixos

principais, que explicam 59.77 % da variância total.

Na tabela 4.11 estão representadas as coordenadas das variáveis em cada um

dos eixos factorial.

Figura 4.28 - Valores próprios de cada um dos eixos factoriais (Scree plot).

0

2

4

6

8

10

12

1 2 3 4 5 6 7

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

94 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Tabela 4.11 – Resultados da ACP para as amostras de solo na fracção <2mm da Mina do Pintor

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3

Mo 0.644 -0.207 -0.511

Ca 0.831 -0.102 0.020

Cu 0.831 -0.102 0.020 P 0.796 -0.474 0.090

Pb 0.796 -0.474 0.090 La 0.399 0.093 0.393

Zn 0.760 0.118 0.327

Cr 0.163 0.327 0.282

Ag 0.725 -0.429 -0.442 Mg -0.129 0.315 0.055

Ni 0.511 0.577 -0.245 Ba 0.434 0.592 -0.001

Co 0.359 0.569 -0.157

Ti 0.411 0.674 -0.035

Mn 0.381 0.622 0.021 Al 0.298 0.604 0.111

Fe 0.781 -0.050 -0.522 Na 0.260 0.709 0.002

As 0.629 -0.346 0.591

K 0.168 0.770 0.096

U 0.098 0.142 0.320

W 0.703 -0.067 -0.413

Au 0.659 -0.414 0.409 Hg 0.379 0.684 -0.042

Th -0.095 -0.010 -0.129

Sc 0.804 -0.355 -0.189

Sr 0.614 -0.001 0.358 Tl 0.315 -0.142 0.590

Cd 0.723 -0.250 0.392 S 0.305 0.657 0.022

Sb 0.622 -0.374 0.564

Ga 0.672 0.187 -0.231

Bi 0.693 -0.433 -0.432 Se 0.718 -0.317 -0.473

V 0.322 0.699 0.016 Te 0.331 0.747 0.121

Mo 0.644 -0.207 -0.511

Ga 0.511 -0.434 0.271

As figuras 4.29 e 4.30 representam o primeiro e segundo planos factoriais.

Figura 4.29 – Projecções das variáveis no 1º plano factorial (F1/F2).

-1.2

-0.9

-0.6

-0.3

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

-1.6 -1.2 -0.8 -0.4 -0.0 0.4 0.8 1.2 1.6

F1

F2

MoCu

Pb

Zn

Ag

NiCoMn

Fe

As

U

Au

Th Sr

Cd

SbBi

V

Ca

PLa

CrMg

Ba

TiAl

Na

K

W

Hg

Sc

Tl

S

Ga

Se

V, Mg, K, Sc,

Ga, Ti, Al, Co,

Ba, Co Mn,

Cr, Ni

Sr, Na,

Fe, Cu

Pb, Ag, W,

Mo, Cd, S,

As, Au, Bi,

Se, Sb

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

95

-1.2

-0.9

-0.6

-0.3

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

-1.6 -1.2 -0.8 -0.4 -0.0 0.4 0.8 1.2 1.6

F1

F3

Mo

CuPb

Zn

Ag

NiCo

Mn

Fe

As

UAu

Th

SrCd

Sb

Bi

V

Ca

P

LaCrMg

Ba

TiAl

Na

K

W

Hg

Sc

Tl

S

Ga

Se

Figura 4.30 - Projecções das variáveis no 2º plano factorial (F1/F3).

Da análise da tabela 4.11 e das projecções das variáveis nos planos F1/F2 e F1/F3

(Figuras 4.28 e 4.29) podemos verificar que:

No primeiro plano factorial, o eixo 1 explica 28.66% da variância total, que

representa as variáveis Mo-Cu-Pb-Ag-Zn-Fe-As-Au-Sr-Cd-Sb-Bi-Na-W-Ti-S-Se,

que indica estarem ligadas á mineralogia. Dentro deste grupo verifica-se

forte correlação entre as variáveis Sr-Na-Fe-Cu e as variáveis Pb-Ag-W-Mo-

Cd-S-As-Au-Bi-Se-Sb. Este último grupo pode indicar a associação de

algumas variáveis químicas que mais fortemente se correlacionam com a

mineralogia do jazigo;

O eixo 2 que explica 19.79% da variância total, representa as variáveis Ni-

Co-Mn-V-Cr-Mg-Ba-Ti-Al-Sc-K-Ga, que indica estar correlacionada com a

geologia regional;

O eixo 3 explica 9.82% da variância total e está bem representado pelas

variáveis Hg, As e Sb em oposição das variáveis Fe e Mo. Da análise do Eixo

3 verifica-se melhor a separação dos elementos que estão só estão

relacionados com a mineralogia do jazigo (Ag, Bi, S, Na, Mo, Fe e W) dos

elementos correlacionados com a contaminação em metais (As-Cd-Zn-Sb-

Cu-Pb), elementos estes relacionados com o minério da própria mina e de

minério que foi tratado na mina do Pintor numa segunda fase, provenientes

de outras concessões (Mina de Jales, jazigo auro-argentífero e Mina da

Erverdoda, jazigo estano-volframíticas).

As

Sb

Sr, Cd, Zn

Ag, Bi, S, Na,

Mo, Fe,

V, Al, Sc, Mn,

Ba, Ga, Cr, Ti,

K, Mg

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96 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

0

2

4

6

8

10

12

1 2 3 4 5 6 7

Solos de granulometria <150mm

Na tabela 4.12 estão representados os valores próprios, a variância explicada e a

variância cumulada para cada eixo e na tabela 4.13 estão representados as

coordenadas das variáveis em cada eixo.

Tabela 4.12 - Valores próprios e Variância explicada

Eixos Valor Próprio Variância explicada (%) Variância explicada cumulada (%)

1 11.11 30.85 30.85

2 7.64 21.23 52.09

3 3.82 10.61 62.70

4 2.94 8.17 70.87

5 1.89 5.25 76.13

6 1.44 4.01 80.13

7 1.26 3.51 83.64

Pela análise da scree plot (Figura 4.31), foram retidos os primeiros 3 eixos

principais, que explicam 62.19% da variância total.

Figura 4.31 - Valores próprios de cada um dos eixos factoriais (Scree plot).

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

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-1.2

-0.9

-0.6

-0.3

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

-1.6 -1.2 -0.8 -0.4 -0.0 0.4 0.8 1.2 1.6

F1

F2

Mo

Cu

Pb

Zn

Ag

Ni

CoMn

Fe

As

U

Au

Th

Sr

Cd

SbBi

V

CaP

La

CrMgBaTiAl

Na

K

W

Hg

Sc

Tl

S

Ga

SeTe

Tabela 4.13 – Resultados da ACP para as amostras de solo na fracção <150µm da Mina do Pintor

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3

Mo 0.670 -0.254 -0.572

Ca 0.302 0.299 -0.109

Cu 0.819 -0.083 0.064 P 0.154 0.383 -0.010

Pb 0.840 -0.463 0.018 La -0.090 0.468 0.028

Zn 0.760 0.113 0.278

Cr 0.367 0.629 0.099

Ag 0.758 -0.407 -0.419 Mg 0.452 0.734 -0.040

Ni 0.436 0.693 -0.158 Ba 0.382 0.734 -0.019

Co 0.267 0.560 -0.059

Ti 0.306 0.697 0.089

Mn 0.324 0.647 -0.071 Al 0.135 0.710 0.234

Fe 0.792 -0.047 -0.446 Na 0.702 -0.014 -0.480

As 0.625 -0.337 0.667

K 0.466 0.693 -0.110

U 0.179 0.238 0.122 W 0.803 -0.310 -0.198

Au 0.717 -0.456 0.366 Hg 0.419 -0.179 0.588

Th -0.037 0.013 0.076

Sc 0.306 0.592 0.259

Sr 0.587 0.228 -0.215 Tl 0.731 0.096 -0.321

Cd 0.753 -0.216 0.391 S 0.705 -0.244 -0.512

Sb 0.641 -0.371 0.622

Ga 0.375 0.692 0.316

Bi 0.695 -0.420 -0.424 Se 0.677 -0.430 0.367

V 0.319 0.642 0.222 Te 0.564 -0.391 0.457

Figura 4.32 – Projecções das variáveis no 1º plano factorial (F1/F2).

Mn, V, Cr, Al, Ti, Ga, Co, Sc, Ni, Ba, Mg

Zn, Tl

Cu, Na, Fe

Mo, Cd, W, S

Au, Bi,

Se, Pb,

Ag, As,

Sb, Te

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98 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.33 – Projecções das variáveis no segundo plano factorial (F1/F3).

Da análise da tabela 4.17 e das projecções das variáveis nos planos F1/F2 e F1/F3

(Figura 4.32 e 4.33) podemos observar:

No primeiro plano factorial, o Eixo 1 explica 30.85% da variância total, que

é representado pelas variáveis Mo-Cu-Pb-Zn-Ag-Fe-As-Au-Sr-Cd-Sb-Bi-Na-

W-Tl-S-Se-Te, variáveis correlacionadas com a mineralogia;

O Eixo 2 que explica 21.23% da variância total, é explicado pelas variáveis

Ni-Co-Mn-V-Cr-Mg-Ba-Ti-Al-K-Sc-Ga, que estão correlacionadas com a

geologia regional. Na parte negativa do eixo 2 encontram-se os

elementos relacionados com a mineralogia do jazigo, que está subdividido

em três subgrupos: Au-Bi-Se-Pb-Ag-As-Sb-Te, Mo-Cd-W-S que está muito

relacionado com o anterior e Cu-Na-Fe (relacionado com os sulfatos);

O Eixo 3 explica 10.61% da variância total, que é explicado pelas variáveis

As-Sb-Hg em oposição ao Mo-S. Este eixo é bem representado pelos

elementos Hg, As-Sb. O Eixo 3 divide os elementos da mineralogia em dois

grupos, o primeiro constituído pelo conjunto de variáveis As-Sb-Cd-Au-Zn-

Se-Cu-Pb e o segundo pelas variáveis Mo-S-Ag-Bi-Na-Fe-W. O primeiro

grupo de variáveis está relacionado com a contaminação em elementos

associados ao minério tratado nos fornos da mina proveniente de outras

concessões mineiras, anteriormente referidas e o segundo grupo de

variáveis relacionado com o enriquecimento de metais associado ao

minério explorado do filão mineralizado.

-1.2

-0.9

-0.6

-0.3

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

-1.6 -1.2 -0.8 -0.4 -0.0 0.4 0.8 1.2 1.6

F1

F3

Mo

CuPb

Zn

Ag

NiCoMn

Fe

As

U

Au

Th

Sr

Cd

Sb

Bi

V

CaPLa

Cr

MgBaTi

Al

Na

KW

Hg

Sc

Tl

S

GaSe

Te

As,

Sb, Hg

Cd, Au,

Zn, Se

Cu,

Pb

Mg, Ba, Ni, K,

Mn, Ca, Co,

Mo, S, Ag, Bi,

Na, Fe

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

99

4.2.5. Aplicação da Geoestatística

O principal objectivo da aplicação da geoestatística no estudo do

comportamento de variáveis em amostras de solos é a estimação e

mapeamento dos atributos do solo em áreas não amostradas (Reis et al., 2010).

A variografia trata-se de uma ferramenta eficaz para avaliar a continuidade

espacial, que deverá ser ilustrado antes da aplicação das medidas de

estimação/interpolação espacial Krigagem (Kerry e Oliver, 2004 in Wu et al.,

2008). O objectivo da variografia é a construção de um modelo que caracterize

os aspectos estruturais de uma variável regionalizada, e dado que o variograma

é uma função de distância, os pesos variam com a distribuição geográfica das

amostras (Davis, 1986, in Patinha, 2002).

Segundo Davis (1986) in Patinha (2002), a krigagem é um método de

interpolação linear que fornece a melhor estimação linear imparcial para as

variáveis espaciais e usa a informação do variograma na procura do conjunto

óptimo de pesos que são usados na estimação da superfície dos locais não

amostrados. Neste tipo de interpolação num determinado meio de amostragem

contínuo no espaço, os valores mais próximos aos valores estimados vão receber

um peso maior do que aqueles que estão mais distantes (Ersoy et al., 2004 in

Martin et al., 2006). Por outro lado, procura uma melhor estimação do valor real

tomado por uma variável regionalizada num determinado domínio, desde que

sejam conhecidos os valores da variável em zonas estruturalmente ligadas a esse

domínio, desde que sejam obedecidas as condições do não enviezamento e da

minimização da variância de estimação (Candeias, 2008).

Neste trabalho o objectivo foi definir os padrões espaciais de variação para as

associações dos vários tipos de variáveis identificadas pela ACP e o estudo da

geoestatística incidiu-se nos dados dos principais eixos de inércia determinados

pela ACP em vez das variáveis originais. Para a obtenção dos variogramas e da

cartografia de superfície pelo método Krigagem foi utilizado o software Golden

Surfer, versão 8. Foram calculados os variogramas experimentais em várias

direcções. O modelo teórico de variabilidade foi ajustado a cada variograma

calculado para 4 direcções, a 45º entre si.

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

100 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

As tabelas 4.14 e 4.15 apresentam os parâmetros dos variogramas modelados

para a fracção <2mm e <150µm, respectivamente.

Tabela 4.14 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis F1, F2 e F3 para as

amostras de fracção <2mm

Variável C0 C1 Modelo A Dir. > A Anis. geométrica

F1 0.05 0.235 Esférico 400 S10ºE 1.3

F2 0.05 0.147 Esférico 420 N75ºE 1.2

F3 0.005 0.093 Esférico 360 S5ºE 1.4

C0 – efeito pepita; C1 – Patamar; A – Amplitude; Dir. > A – direcção de maior Amplitude; Anis.

Geométrico = eixo> /eixo <.

Tabela 4.15 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis F1, F2 e F3 para as

amostras de fracção <150µm

Variável C0 C1 Modelo A Dir. > A Anis. geométrica

F1 0.025 0.048 Esférico 700 N5ºE 1.2

F2 0.07 0.14 Esférico 400 N75ºE 1.1

F3 0.06 0.097 Esférico 900 S45ºE 1.9

C0 – efeito pepita; C1 – Patamar; A – Amplitude; Dir. > A – direcção de maior Amplitude; Anis.

Geométrico = eixo> /eixo <.

As figuras 4.34 e 4.35 apresentam o variogramas para as direcções de maior e

menor continuidade espacial, para os os três eixos factoriais das amostras de

solos de fracção <2mm e 150µm, respectivamente.

As Figuras 4.36, 4.37 e 4.38 apresentam a cartografia dos factores 1, 2 e 3 para as

amostras de solo de fracção <2mm e <150µm.

Da análise da cartografia dos factores nas amostras de solo de granulometria

<2mm verifica-se que:

No Factor 1 existe uma anomalia positiva que representa a associação Mo,

Zn, Ca, Sr, Fe, Cu, S, As, Sb, Se, Ag, Au, Bi, W, Cd e Tl, que representa os

elementos relacionados com a tipologia da mineralização;

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

101

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

0.06

0.07

0.08

0.09

0.1

Vari

og

ram

Direction: 95.0 Tolerance: 14.0Column D

8

62

60

101

88

128

115

181

180

184

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

Vari

og

ram

Direction: 165.0 Tolerance: 15.0Column E: Eixo 2

5

46

49

57

88

53

62

5534

2818

8

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

Vari

og

ram

Direction: 165.0 Tolerance: 16.0Column E: Eixo 2

6

41

5354

60

84

64

51

46

37

23

16

9

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

0.06

0.07

0.08

Va

riogra

m

Direction: 5.0 Tolerance: 12.0Column D

8

54

49 46

60

4449

5327

17

5

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

Va

riogra

m

Direction: 75.0 Tolerance: 15.0Column E: Eixo 2

5

27

68

70

102 100 105

148

137156

165

157

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

Va

riogra

m

Direction: 75.0 Tolerance: 18.0Column E: Eixo 2

9

50

93100

148

149

170

172

209

197

207

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

Vari

og

ram

Direction: 80.0 Tolerance: 15.0Column D: Eixo 1

5

24

7656

89

97

103

141

98

156

152

138

173

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

Va

riogra

m

Direction: 170.0 Tolerance: 15.0Column D: Eixo 1

10

55

59

58

84

57

63

61 32

25

19

5

F1 Solos <2mm

Direcção: 170.0, Tolerância: 15.0

Solos <2mm

Direcção: 80.0, Tolerância: 15.0

Solos <150µm

Direcção: 95.0, Tolerância: 14.0

Solos <150µm

Direcção: 5.0, Tolerância: 12.0

F2 Solos <2mm

Direcção: 165.0, Tolerância: 15.0

Solos <2mm

Direcção: 75.0, Tolerância: 15.0

Solos <150µm

Direcção: 165.0, Tolerância: 16.0

Solos <150µm

Direcção: 75.0, Tolerância: 18.0

Figura 4.34 – Variogramas para as direcções de maior e menor continuidade espacial do Factor 1 e

2 nas amostras de solos de fracção <2mm e <150µm.

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

102 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

Va

riogra

m

Direction: 85.0 Tolerance: 11.0Column F: Eixo 3

4

24

61

41

64 68

80

106

68

124

118 114

143

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

0.14

0.16

0.18

0.2

Va

riogra

m

Direction: 135.0 Tolerance: 14.0Column E

2

70

79 87

98

85

72 64

50

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

0.14

0.16

0.18

0.2

Vari

og

ram

Direction: 45.0 Tolerance: 10.0Column E

1

26

48

49

55

72

60

58

50

F3 Solos <2mm

Direcção: 175.0, Tolerância: 14.0

Solos <2mm

Direcção: 85.0, Tolerância: 11.0

Solos <150µm

Direcção: 135.0, Tolerância: 14.0

Solos <150µm

Direcção: 45.0, Tolerância: 10.0

Figura 4.35 - Variogramas para as direcções de maior e menor continuidade espacial do Factor 3

nas amostras de solos de fracção <2mm e <150µm.

O Factor 2 mostra-nos a separação da associação dos elementos

relacionados ao filão mineralizado (Au-As-Sb-Bi-Mo-Cd-W-S) identificado

pela anomalia negativa com a associação de elementos relacionados com

a geologia local (Al-Cr-Co-Mn-Ni-K-Mg-Ga-V-Ti-Sc) identificado pela

anomalia positiva, que é conferida particularmente pela ocorrência de

xistos, quartzítos e granitóides na zona;

O Factor 3 identifica a presença de duas anomalias, a negativa, localizada

depois da linha de água, representada pela associação dos elementos Ag-

Bi-Na-Mo-Fe-S (elementos associados á mineralização do filão que deu

origem a mina do Pintor) e a anomalia positiva, a SE da mina do Pintor,

conferida pelos elementos As-Sb-Au-Cd-Ca-Hg, que representa fortemente

a escombreira. Os elementos deste último grupo, como já foi referido

anteriormente, reflecte a contaminação de metais do

tratamento/ustulação do minério proveniente da Mina de Jales e da

Ervedosa.

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

Va

riogra

m

Direction: 175.0 Tolerance: 14.0Column F: Eixo 3

49

56

65

51

6250

35 14 4

Page 123: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

103

Figura 4.36 – Cartografia do factor 1 utilizando como estimador a krigagem nas amostras de solos.

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

-3.2421

-0.636825

-0.32244

-0.115475

0.07175

0.2495

0.51746

0.57211

F1solos <2mmACP Geral

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

-0.6796

-0.5684

-0.50232

-0.2722

-0.0649

0.1009

0.29

0.5995

F1solos <150µmACP Geral

0 500 1000

Metros

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104 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.37 – Cartografia do factor 2 utilizando como estimador a krigagem nas amostras de solos.

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

F2solos <2mmACP Geral

-1.0275

-0.643085

-0.52653

-0.303575

0.01475

0.25185

0.54137

0.62432

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

-1.9249

-0.68618

-0.57702

-0.2625

0.0246

0.3221

0.54918

0.69788

F2solos <150µmACP Geral

0 500 1000

Metros

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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105

Figura 4.38 – Cartografia do factor 3 utilizando como estimador a krigagem nas amostras de solos.

A cartografia dos factores correspondentes à granulometria <150µm evidencia

que:

O Factor 1 evidencia a existência de uma anomalia positiva conferida pela

associação Cu-Fe-Na-Cd-S-Mo-As-Te-Sb-Bi-Se-Ag-Pb-Au-W, relacionada

com a mineralogia do jazigo;

O Factor 2 mostra-nos anomalias positivas conferidas pela associação Ba-

Mn-Ni-Ga-Cr-Mg-V-Sc-Co-Al, que está relacionada com a geologia

regional. O factor 2 separa a geologia regional da anomalia dada no factor

1.

O Factor 3 mostra-nos novamente a separação dos elementos da

mineralogia em dois grupos, o primeiro conferido pela anomalia negativa

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

F3solos <2mmACP Geral

-2.0528

-0.15783

-0.11886

-0.077975

-0.03325

0.06015

0.17581

0.267425

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

-2.1469

-0.20136

-0.07972

-0.0456

-0.0031

0.0369

0.10088

0.15772

F3solos <150µmACP Geral

0 500 1000

Metros

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106 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

explicada pela associação Ag-Bi-Na-S-Mo e o segundo pela anomalia

positiva explicada pelos elementos As-Sb-Hg-Te.

Os mapas de variação espacial das concentrações dos elementos considerados

tóxicos para a saúde pública foram construídos com o programa Golden

Software Surfer, versão 8. Os mapas foram efectuados utilizando como estimador

a krigagem, tendo por base a análise em geoestatística, com o auxílio do

software Surfer. Os limites das classes cartografadas correspondem aos seguintes

intervalos: ]25%, 50% [, [50%, 65% [, [65%, 75% [, [75%, 85% [, [85%, 90% [, [90%, 94%

[, [94%, 96% [, [96%, 98%].

No que diz respeito à cartografia dos elementos, decidiu-se estudar em pormenor

dos EPT´s para a saúde pública, que neste caso são o Pb, Zn, As, Cd e o Hg. Um

dos objectivos do trabalho foi de estabelecer zonas de vulnerabilidade

ambiental na envolvente da Mina do Pintor, ou seja, zonas onde existe uma

“combinação das consequências dos efeitos negativos e a probabilidade desses

efeitos acontecerem” (Patinha, 2002).

A tabela 4.16 apresenta os valores de corte igual aos valores máximos admissíveis

em zonas residências e em solos agrícolas.

Tabela 4.16 - Valores máximos admissíveis em zonas residências e em solos agrícolas

Elemento Valor máximo admissível em zonas residências* Valor máximo admissível em solos

agrícolas* Pb 500 375

Zn 500 600

As 30 20

Cd 5 3

Hg 2 0.8

Todos os dados em ppm. * Dados retirados do “Interim Canadian Environmental Quality Criteria for Contaminated Sites” (1991).

Foram determinadas zonas de vulnerabilidade para os elementos Pb, Zn, As, Cd e

Zn utilizando como valor de corte o valor máximo admissível em zonas residências

e cartas de risco para os elementos Pb, Zn, As e Cd, utilizando como valor de

corte o valor máximo admissível em solos agrícolas. Não foi determinado a carta

de risco do Hg para as zonas residenciais na fracção <2mm porque os teores de

Hg nas amostras de estudo não atingem o valor máximo admissível, nem a carta

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

107

de risco do Zn para solos agrícolas porque o valor admissível é superior ao último

quartil. Também não foi determinado as zonas de vulnerabilidade do As, quer

para zonas residências e solos agrícolas, porque menos de 5% da população

apresenta valores abaixo dos valores admissíveis.

As tabelas 4.17 e 4.18 apresentam os parâmetros dos variogramas modelados e

as figuras 4.39 e 4.40 apresentam os variogramas para as direcções de maior e

menor continuidade espacial dos elementos Pb, Zn, As, Cd e Hg para as duas

fracções granulométricas (<2mm e <150µm), respectivamente. As figuras 4.41 a

4.46 representam as cartas de risco dos elementos Pb, Zn, Cd e Hg e o As que só

está representado a cartografia de teores pelo motivo referido acima.

Tabela 4.17 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis Pb, Zn, As, Cd e Hg

(fracção <2mm)

Elemento C0 C1 Modelo A Dir. >A Anis. Geométrica

Pb 240 170 Esférico 500 N 1

Zn 500 746 Esférico 650 N70ºE 2.1

As 5000 35000 Esférico 850 N30ºE 1.3

Cd 0.001 0.0158 Esférico 600 N20ºE 1.5

Hg 0.0001 0.00143 Esférico 600 S75ºE 1.3

Tabela 4.18 – Parâmetros dos modelos dos semivariogramas das variáveis Pb, Zn, As, Cd e Hg

(fracção 150µm)

Elemento C0 C1 Modelo A Dir. >A Anis. Geométrica

Pb 200 365 Esférico 650 S80ºE 1.6

Zn 300 1550 Esférico 500 E 1.4

As 70000 32000 Esférico 800 N 1

Cd 0.02 0.0135 Esférico 620 N 1

Hg 0.0005 0.0018 Esférico 500 S85ºE 1.2

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

108 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Va

riogra

m

Direction: 10.0 Tolerance: 90.0Column F: Pb

61341

408

551 528

610

539

578

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

0.06

0.07

Va

riogra

m

Direction: 110.0 Tolerance: 9.0Column R: Cd

2

12

28

43

47

52

5758

67

69

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Variog

ram

Direction: 160.0 Tolerance: 17.0Column G: Zn

1

13 11

15

21

35

23 23

2324

22

10

11

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Va

riogra

m

Direction: 100.0 Tolerance: 10.0Column F: Pb

6

3531

66

56

88

84

103

114

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

110000

Va

rio

gra

m

Direction: 0.0 Tolerance: 13.0Column M: As

6

44

44

38

53

38

39

46

26

14

18

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

Va

riogra

m

Direction: 70.0 Tolerance: 14.0Column G: Zn

1

2216

2234

22

44

32

37

48

41

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

110000

Va

riogra

m

Direction: 75.0 Tolerance: 11.0Column M: As

2

23

34

5162

75

67

92

94

91

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.01

0.02

0.03

0.04

0.05

0.06

0.07

Va

riogra

m

Direction: 20.0 Tolerance: 15.0Column R: Cd

3

26

3037

47

50

49

42

37

23

16

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

0.0005

0.001

0.0015

0.002

0.0025

0.003

0.0035

0.004

0.0045

0.005

0.0055

0.006

Vari

og

ram

Direction: 25.0 Tolerance: 7.0Column AG: Hg

4

1513

22

1823

24

11

14

16

9

4

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

0.0005

0.001

0.0015

0.002

0.0025

0.003

0.0035

0.004

0.0045

0.005

0.0055

0.006

Va

rio

gra

m

Direction: 115.0 Tolerance: 17.0Column AG: Hg

13

48

3268

56

58

8179

83

90

87

Pb

Direcção: 100.0, Tolerância: 10.0

Pb

Direcção: 10.0, Tolerância: 90.0

Zn

Direcção: 160.0, Tolerância: 17.0

Zn

Direcção: 70.0, Tolerância: 14.0

As

Direcção: 75, Tolerância: 11.0

As

Direcção: 0.0, Tolerância: 13.0

Cd

Direcção: 110.0, Tolerância: 9.0

Cd

Direcção: 20.0, Tolerância: 15.0

Hg Direcção: 115.0, Tolerância: 17.0

Hg Direcção: 25.0, Tolerância: 7.0

Figura 4.39 – Variogramas para as direcções de maior e menor continuidade espacial para os

elementos Pb, Zn, As, Cd e Hg para as amostras de solo <2mm.

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

109

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

500

1000

1500

2000

2500

Va

riogra

m

Direction: 110.0 Tolerance: 12.0Column F: Pb

13

43

36 60

65

65

84

7282

91

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

500

1000

1500

2000

2500

Va

riogra

m

Direction: 20.0 Tolerance: 17.0Column F: Pb

2

2637

5555

6349

55

41

35

31

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Va

riogra

m

Direction: 90.0 Tolerance: 8.0Column G: Zn

1

5

338

21

21

18

31

19

20

45

27

35

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Va

riogra

m

Direction: 0.0 Tolerance: 16.0Column G: Zn

5

35

34

29

33 37

22

37

18

16

10

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Va

rio

gra

m

Direction: 115.0 Tolerance: 17.0Column M: As

1

22

67

65

94

104

113

117

116

125

116

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Va

riogra

m

Direction: 25.0 Tolerance: 90.0Column M: As

13

123 269

284 301

393

378

425 359

424

398

336

353

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

0.14

Va

riogra

m

Direction: 115.0 Tolerance: 13.0Column R: Cd

9

42

33

60 46

56

72

6070

82

67

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

0.02

0.04

0.06

0.08

0.1

0.12

0.14

Va

riogra

m

Direction: 25.0 Tolerance: 90.0Column R: Cd

32

199 293

348369

415

427

417

393

389

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

0.012

0.014

Va

riogra

m

Direction: 95.0 Tolerance: 20.0Column AG: Hg

138

64

71

86

89

112 105

142

132

168

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200

Lag Distance

0

0.002

0.004

0.006

0.008

0.01

0.012

0.014

Va

riogra

m

Direction: 5.0 Tolerance: 12.0Column AG: Hg

3828

38

36

28 39

27

3028

9

10

Pb

Direcção: 110.0, Tolerância: 12.0

Pb

Direcção: 20.0, Tolerância: 17.0

Zn

Direcção: 90.0, Tolerância: 8.0

Zn

Direcção: 0.0, Tolerância: 16.0

As

Direcção: 115.0, Tolerância: 17.0

As

Direcção: 25.0, Tolerância: 90.0

Cd

Direcção: 115.0, Tolerância: 13.0

Cd

Direcção: 25.0, Tolerância: 90.0

Hg

Direcção: 95.0, Tolerância: 20.0

Hg

Direcção: 5.0, Tolerância: 12.0

4.40 –Variogramas para as direcções de maior e menor continuidade espacial para os elementos

Pb, Zn, As, Cd e Hg para as amostras de solo <150µm.

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

110 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.41 - Cartas de zonas de vulnerabilidade para as variáveis Pb e Zn na fracção <2mm,

utilizando como valor de corte o valor máximo admissível para zonas residências (tracejado mais

escuro) e para solos agícolas (tracejado mais claro).

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

20ppm

40ppm

46ppm

56ppm

87ppm

97ppm

285ppm

330ppm

375ppm

500ppm

614ppm

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

Pb "total" ppmsolos <2mm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

56ppm

91ppm

128ppm

154ppm

187ppm

206ppm

281ppm

383ppm

500ppm

558ppm

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

Zn "total" ppmsolos <2mm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0 500 1000

Metros

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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111

Figura 4.42 – Cartografia dos teores da variável As e carta de zonas de vulnerabilidade para a

variável Cd na fracção <2mm, utilizando como valor de corte o valor máximo admissível para zonas

residências (tracejado mais escuro) e para solos agrícolas (tracejado mais claro).

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

185.4ppm

276.6ppm

366.4ppm

697.2ppm

1257.6ppm

2495.5ppm

6778.1ppm

8874.9ppm

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

As "total" ppmsolos <2mm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0.2ppm

0.3ppm

0.4ppm

0.7ppm

1.3ppm

2.1ppm

3ppm

4.3ppm

5ppm

5.7ppm

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

Cd "total" ppmsolos <2mm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0 500 1000

Metros

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

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112 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.43 – Carta de zonas de vulnerabilidade da variável Hg na fracção <2mm, utilizando ocomo

valor de corte o máximo admissível para solos agrícolas (tracejado).

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0.04ppm

0.09ppm

0.1ppm

0.13ppm

0.18ppm

0.22ppm

0.41ppm

0.6ppm

0.8ppm

0.84ppm

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

Hg "total" ppmsolos <2mm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0 500 1000

Metros

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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113

Figura 4.44 - Cartas de zonas de vulnerabilidade para as variáveis Pb e Zn na fracção <150µm,

utilizando como valor de corte o valor máximo admissível para zonas residências (tracejado mais

escuro) e para solos agícolas (tracejado mais claro).

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

50ppm

61ppm

74ppm

102ppm

140ppm

308ppm

375ppm

436ppm

500ppm

1072ppm

Pb "total" ppmsolos <150µm

Filão de quartzo

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

7ppm

60.5ppm

113ppm

181ppm

239.35ppm

320ppm

500ppm

503.55ppm

600ppm

1145ppm

Zn "total" ppmsolos <150µm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0 500 1000

Metros

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

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114 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 4.45 – Cartografia dos teores da variável As e carta de zonas de vulnerabilidade a variável

Cd na fracção <150µm, utilizando como valor de corte o valor máximo admissível para zonas

residências (tracejado mais escuro) e para solos agrícolas (tracejado mais claro).

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

243ppm

345ppm

451ppm

993ppm

1230ppm

2436ppm

8056ppm

11407ppm

As "total" ppmsolos <150 µm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

3ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0 500 1000

Metros

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

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115

Figura 4.46 – Carta de zonas de vulnerabilidade da variável Hg na fracção <150µm, utilizando

ocomo valor de corte o máximo admissível para zonas residenciais (tracejado mais escuro) e para

solos agrícolas (tracejado mais claro).

Da análise conjunta da cartografia de superfície permite verificar que:

De um modo geral, os elementos Pb, Zn, As, Cd e Hg evidenciam bem o

impacto da mina do Pintor.

As zonas acima dos limites toleráveis para zonas residênciais e solos

agrícolas localizam-se a SE da mina, com a excepção do Hg, que

apresenta, para além da zona da mina, duas zonas que ultrapassam o

valor de corte. Estas zonas localizam-se nas proximidades de zonas

industriais, designadamente a zona industrial de Nogueira do Cravo e a de

Travessas.

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

0.001ppm

0.06ppm

0.1ppm

0.16ppm

0.23ppm

0.29ppm

0.75ppm

0.8ppm

2ppm

3.25ppm

Hg "total" ppmsolos <150µm

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

0 500 1000

Metros

0.3ppm

0.4ppm

0.5ppm

1ppm

1.4ppm

2.9ppm

5ppm

5.8ppm

5.9ppm

Cd "total" ppmsolos <150µm

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

116 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

A auréola de contaminação do Pb é diferente dos outros elementos

estudados. Este facto deve-se, possivelmente, para além da

contaminação da actividade extractiva da mina e tratamento de minério,

a outros aspectos antropogénicos, nomeadamente a influência do

tráfego automóvel que se faz sentir na zona em estudo e que constitui

uma das maiores fontes de contaminação do Pb. Este facto é

evidenciado pela cartografia de teores, em que se constata que a

auréola de contaminação está associada à estrada principal;

A linha de água (Ribeira do Pintor) perece ter uma influência na dispersão

da contaminação, já que por um lado esta está localizada nas

proximidades das escombreiras e por outro lado é receptora da

drenagem ácida de mina proveniente de antigas galerias quese

encontram inundadas.

Na variável As não foi possível a construção dos mapas de risco já que só

5% da população dos dados está abaixo dos limites toleráveis.

4.3. Extracção Química Selectiva do As em amostras de solo

Com o objectivo de conhecer as fases mais solúveis do elemento As e a sua

mobilidade realizou-se um estudo mais detalhado, aplicando a técnica da

Extracção Química Selectiva nas amostras de solo.

Nos estudos biogeoquímicos contextualizados no compartimento do solo, o

termo “biodisponibilidade” tem sido utilizado como sinónimo de “fracção

disponível”, considerada como a fracção da concentração total, presente na

solução do solo e na fase sólida do solo, que se encontra disponível ou acessível

para qualquer organismo receptor (Meers et al., 2007 in Favas et al., 2010).

Geralmente a informação sob as formas fisico-químicas dos elementos é muito

importante para compreender o seu comportamento no ambiente, pois estas

formas vão afectar a solubilidade e consequentemente a sua biodisponibilidade

(Xian, 1987 in Lena et al., 1997). Por vezes a determinação dos teores totais em

metais é insuficiente para estimar o seu impacto causado no ambiente porque é

a forma química que determina o comportamento do metal no meio ambiente e

a sua capacidade de remobilização (Salomons et al., 1980, in Lena et al., 1997).

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

117

Segundo Favas et al (2005), esta técnica permite-nos quantificar o grau de

associação dos diferentes elementos a distintas fases reactivas do solo de modo

a obtermos informações sobre a biodisponibilidade dos elementos poluentes de

serem absorvidos pelas plantas, de se incorporarem nas cadeias tróficas e a sua

mobilização para os lençóis freáticos.

O arsénio é um elemento vestigial da crusta terrestre, ou seja, apresenta

concentrações inferiores a 0.1% (<1000 ppm). Na natureza, encontra-se em

estado elementar ou em forma de composto, sendo o ultimo o mais abundante.

O arsénio ocorre no ambiente nos estados de oxidação –III (Arsina), 0 (Arsénio),

+III (Arsenito) e +V (Arsenato) tanto em espécies orgânicas como inorgânicas. Os

estados de oxidação mais importantes são o As(III) (Arsenito) e As(V) (Arsenato).

Este elemento é constituinte de mais de 245 minerais existentes, sendo os minerais

mais importantes o ouro-pigmento (As2S3), realgar (AsS), arsenopirite (FeAsS),

cobaltite (CoAsS) e tennantite (Cu12As4S13) (Bissen et al., 2003) (Bissen et al., 2003).

A valência do As é que vai determinar a sua toxicidade, sendo o estado

trivalente mais tóxico do que o pentavalente, pois o primeiro é reabsorvido mais

rapidamente nos sistemas biológicos.

A mobilidade do arsénio depende da sua espécie, da sua capacidade de

absorver compostos do solo, do pH e do Eh (potencial redox). Para além disto, os

compostos de arsénio têm a capacidade em se fixar nos óxidos e hidróxidos de

ferro, alumínio e manganês, húmus e minerais de argila (Bissen et al., 2003). Este

metal apresenta alta mobilidade em meios oxidantes, sendo removido

facilmente da água, dispersando-se nos sedimentos.

Na tabela 4.19 estão representados os parâmetros estatísticos da variável em

estudo, relativos à extracção com Acetato de Amónia e os dados dos teores

encontram-se em Anexo VII. Esta primeira fase, de catiões de troca, sais solúveis e

carbonatos, permite estabelecer a fracção disponível ou facilmente trocável em

função das variáveis físico-quimicas do ambiente e os elementos extraídos nesta

fracção constituem uma importante parte dos elementos potencialmente

disponíveis, podendo ser considerados uma estimativa da biodisponibilidade

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

118 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

(Ernst, 1996; Robinson et al., 1999; Adriano, 2001; Allen, 2002; Sauvé, 2002;

Mclaughlin, 2002; Kabata-Pendias, 2004; Walter et al., 2006; Datta et al., 2006;

Abollino et al., 2006; Meers et al., 2007; Kidd et al., 2007; Datta et al., 2007; Sarkar

et al., 2007; Batista et al., 2007; González et al., 2007; Umoren et al., 2007 in Favas,

2008).

Da análise desta tabela verifica-se que existe uma grande discrepância entre a

média e a mediana devido á existência de valores muito anómalos. Por outro

lado, pela análise do Q3 (percentil 75), verifica-se que 25% da população

apresenta valores muito anómalos (Q3 – 33.71 e Máximo – 4713,97).

Tabela 4.19 – Parâmetros estatísticos dos teores em As (ppm) extraídos e da % de Extracção com

Acetato de Amónia

Foram calculados os variogramas experimentais em várias direcções. O modelo

teórico de variabilidade espacial foi ajustado a cada variograma calculado para

4 direcções, a 45º entre si. A tabela 4.20 apresenta os parâmetros dos

variogramas modelados.

Tabela 4.20 – Parâmetros do modelo do semivariograma da variável As

Elemento C0 C1 Modelo A Dir. >A Anis.

Geométrica

As 350 600 Esférico 600 80 1.4

De seguida apresenta-se o mapa de variação espacial das concentrações da

variável As tendo por base a geoestatística (Figura 4.47). Os limites das classes

Teores de As (ppm) extraídos

em Acetato de Amónio

% de Extracção com

Acetato de Amónio Média 77.55 8.13

Mediana 15.33 6.13

Mínimo 0.11 0.27

Máximo 4713.97 46.35

Q1 7.23 4.21

Q3 33.71 9.69

Desvio-padrão 419.78 7.09

Variância da amostra 176211.84 50.22

Curtose 117.82 9.91

Assimetria 10.64 2.72

Amplitude 4713.86 46.08

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CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE SOLO

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

119

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Va

riogra

m

Direction: 170.0 Tolerance: 12.0Column E: As Ext (ppm)

6

3033

41

34

50

58

41

34

29 11

0 200 400 600 800 1000 1200

Lag Distance

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Va

riogra

m

Direction: 80.0 Tolerance: 17.0Column E: As Ext (ppm)

8

61

71

103

110

155

134

193200

198

cartografadas correspondem aos seguintes intervalos: ] 25%, 50% [, [50%, 65% [,

[65%, 75% [, [75%, 85% [, [85%, 90% [, [90%, 94% [, [94%, 96% [, [96%, 98%].

Pela análise da figura 4.42 e da tabela 4.15 que apresenta os resultados para a

variável As verifica-se que:

Direcção: 170.0, Tolerância: 12.0

Direcção: 80.0, Tolerância: 17.0

Figura 4.47 – Carta de teores extraídos do elemento As por Acetato de Amónio e o respectivos

variogramas com a direcção maior e menor de continuidade espacial.

A % média de extracção de As com acetato de amónio corresponde a

8.13%, com valor mínimo de 0.27% e valor máximo de 46.35%, valores estes

que podem ser considerados significativos tendo em consideração as

concentrações registadas nas amostras.

545000 545500 546000

4525500

4526000

4526500

4527000

4527500

4528000

4528500

6.97ppm

14.48ppm

20.17ppm

33.55ppm

52.45ppm

70.67ppm

93.98ppm

145.22ppm

446.48ppm

4714ppm

0 500 1000

Metros

Linhas de água

Estradas

Instalações da mina

Campo de futebol

Quartzitos

Filão de quartzo

Quartzodioritos

Gnaisses

Aluviões

Teor de As extraído em Acetato de amónio (ppm) solos <2mm

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

120 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Os teores em As extraídos apresentam um valor médio de 77.6ppm.

Constata-se também que 25% da população está acima dos limites

toleráveis.

O teor máximo extraído (4714ppm) é superior ao valor máximo admissível

quer para zonas residências quer para zonas agrícolas (30 e 20 ppm,

respectivamente). Actualmente os vários estudos de bioacessibilidade

indicam uma correlação com as fracções mais solúveis e os valores de

bioacessibilidade.

A zona de maior risco localiza-se, sem dúvida, na proximidade da mina.

Da análise da figura 4.46 constata-se a existência de uma auréola de

contaminação em torno da mina. Fora desta auréola os teores de As vão

diminuindo à medida que nos afastamos da mina. É de notar que a

auréola de contaminação é limitada por uma zona abaixo dos limites

toleráveis, evidenciando a influência da escombreira da mina do Pintor

nos teores de As nos solos naquela zona.

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

121

5. CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS

AMOSTRAS DE POEIRAS

5.1. Caracterização textural das amostras de poeiras.

Os ensaios de textura ou granulometria têm como objectivo a determinação da

proporção de argila, silte e areia de uma determinada amostra. Estas se

diferenciam entre si pelo tamanho das suas partículas (granulometria). A

determinação da granulometria teve em conta os parâmetros descritos no

Capítulo 3.

Para além da determinação das proporções em argila, silte e areia, um dos

objectivos deste ensaio neste trabalho foi determinar a quantidade de poeira

que pode ser susceptivel a inalação, para um estudo em promenor sobre a

perigosidade das partículas, essencialmente as menores. Para esse efeirto foi

determinado a proporção em PM10 (partículas de diâmetro <10µm) e PM2

(partículas de diâmetro <2µm), pois tradicionalmente a exposição de partículas

de poeiras têm sido avaliadas para as partículas em suspensão com este tipo de

diâmetro (Baptista et al, 2005). As poeiras PM10, considerada como “poeira

torácica”, é aquela que pode passar através do nariz e garganta, atingindo

assim a cavidade torácica, ou seja, os pulmões. As poeiras de calibre PM2 tratam-

se da poeira respirável, atingindo assim a região onde se dão as trocas gasosas

(Shi et al., 2010), considerando esta fracção a que apresenta maior risco para a

saúde humana, dado que os elementos tóxicos atingem profundamente os

pulmões (Zhou et al., 2003 in Baptista et al., 2005).

Na Figura 5.1 apresenta-se os resultados das proporções em argila, silte a areia

das amostras de poeira da 2ª campanha de amostragem. As amostras 5 e 20

não foram tratadas devido á insuficiente quantidade de material. Na figura 5.1

está representado o diagrama triangular de areia, argila e silte, onde estão

projectadas as amostras. Pela análise da Tabela 5.1 e da Figura 5.1 podemos

verificar que:

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

122 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Tabela 5.1 - Dados das proporções em areia, argila, silte na amostra total, PM10 e PM2

Amostra % Areia % Argila % Silte PM10 PM2

1 83.02 1.58 13.75 1.06 0.59

2 82.52 1.69 13.89 1.22 0.68

3 82.47 1.86 13.89 1.22 0.56

4 78.85 2.74 15.84 1.84 0.73

6 91.77 0.44 7.22 0.31 0.26

7 86.63 1.48 11.18 0.71 0.00

8 92.75 0.37 6.67 0.20 0.00

9 81.95 0.09 17.97 0.00 0.00

10 66.15 5.47 25.12 3.15 0.11

11 72.02 4.46 20.89 2.62 0.00

12 85.48 1.52 12.16 0.84 0.00

13 96.45 0.05 3.50 0.00 0.00

14 90.46 0.19 9.30 0.04 0.00

15 87.35 1.32 10.55 0.78 0.00

16 65.43 3.45 29.36 1.76 0.00

17 87.43 1.15 10.85 0.57 0.00

18 86.43 0.79 12.34 0.43 0.00

19 65.51 4.80 26.40 2.94 0.34

Todas as amostras se situam no campo das areias, com % de areia entre o

intervalo 65.43-96.45%, % de argila entre o intervalo 0.05-5.47% e % de silte

entre o intervalo 3.50-29.36.

As amostras 6, 8, 13 e 14 pertencem ao grupo das areias, as amostras 1, 2, 3,

4, 7, 9, 12, 15, 17 e 18 ao grupo da areia siltosa e as amostras 10, 11, 16 e 19

ao grupo do silte arenoso, sendo estas últimas as mais finas.

A % em PM10 varia desde 0.04-3.45%, sendo a amostra 10 é aquela que

apresenta maior percentagem em PM10 (3.15%). A % de PM2, as partículas

mais finas e com maior nível de perigosidade, varia desde 0.11-0.73%, sendo

a amostra 4 com maior percentagem em PM2 (0.73).

Figura 5.1 – Diagrama triangular de Areia, Argila e Silte com projecção das amostras de poeiras.

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

123

5.2. Caracterização geoquímica das amostras de poeiras.

5.2.1. Análise estatística univariada dos dados geoquímicos

pH

Os valores de pH medidos nas duas campanhas de amostras de poeiras estão

representados no Anexo IX. Na tabela 5.2 encontram-se discriminados os

parâmetros estatísticos calculados.

Tabela 5.2 – Parâmetros estatísticos dos dados do pH medidos nas amostras de poeiras nas duas

campanhas de amostragem

Parâmetros 1º campanha 2º campanha

Média 7.0 6.5

Mínimo 3.2 4.0

Quartil 1 6.7 6.3

Quartil 2 7.1 6.8

Quartil 3 7.5 7.1

Máximo 10.6 7.3

Desvio Padrão 1.30 0.80

Coef. Variação 0.18 0.12

Intervalo 7.33 3.37

Coef. Assimetria -0.32 -2.00

Para o estudo da qualidade de solos na envolvente da Mina do Pintor efectuou-

se a cartografia pontual dos valores de pH medidos no laboratório. Na figura 5.2

está representado a cartografia pontual dos valores do pH medidos em Cloreto

de Cálcio (CaCl2) na 1ª campanha e 2ª campanha de amostragem,

respectivamente.

Pela análise cartográfica, os valores mais elevados do pH ocorrem na primeira

campanha, com um máximo de 10.6 em comparação com o valor máximo da

segunda campanha, 7.3. Todas as amostras apresentam carácter quase neutro e

alcalino, com excepção da amostra 20 que apresenta um pH ácido (1º

campanha: 3.2 e 2º campanha: 4.0). Esta amostra foi colhida em zona de

escombreira. Em comparação com os dados de pH das amostras de solo, as

amostras de poeiras apresentam pH mais elevado.

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124 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 3.22 to 6.67

6.67 to 7.07

7.07 to 7.45

7.45 to 7.78

7.78 to 10.55

pH poeiras

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

Figura 5.2 – Cartografia dos valores de pH medidos nas amostras de poeiras correspondentes á 1º campanha de amostragem (á direita) e 2º campanha (á esquerda).

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 3.95 to 6.33

6.33 to 6.78

6.78 to 7.13

7.13 to 7.22

7.22 to 7.33

pH poeiras

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

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125

Elemento químico Média Mínimo Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Máximo DV CV Intervalo CA S'

Mo (ppm) 0.64 0.10 0.50 0.60 0.70 0.72 0.86 1.25 2.10 0.41 64.89 2.00 2.44 0.18

Cu (ppm) 107.75 2.50 54.30 85.80 115.40 123.61 144.96 285.91 652.60 138.47 128.51 650.10 3.49 0.36

Pb (ppm) 58.70 7.60 14.70 36.90 86.90 96.12 105.10 138.54 294.00 65.13 110.96 286.40 2.67 0.30

Zn (ppm) 205.30 14.00 136.00 170.00 283.00 295.10 295.80 346.30 569.00 133.70 65.12 555.00 1.33 0.24

Ag (ppm) 1.58 0.05 0.50 0.70 1.70 1.94 2.98 5.40 12.80 2.82 178.55 12.75 3.67 0.73

Ni (ppm) 11.73 2.20 9.00 12.80 16.40 16.76 18.40 20.13 25.40 6.29 53.62 23.20 0.01 -0.15

Co (ppm) 7.69 0.70 4.00 8.50 12.40 12.85 13.34 14.57 16.10 4.83 62.83 15.40 0.02 -0.10

Mn (ppm) 158.05 36.00 80.00 191.00 217.00 234.50 245.00 254.35 262.00 72.15 45.65 226.00 -0.21 -0.24

Fe (%) 2.35 0.21 1.81 2.56 2.99 3.15 3.47 4.00 5.86 1.30 55.24 5.65 0.58 -0.18

As (ppm) 1658.67 6.60 393.30 1357.80 2238.30 2988.84 3336.40 4983.57 6547.40 1677.46 101.13 6540.80 1.58 0.16

U (ppm) 3.87 1.20 2.40 3.40 5.20 5.43 6.10 8.42 10.20 2.27 58.74 9.00 1.37 0.17

Au (ppb) 166.73 0.25 3.30 5.80 8.80 14.21 58.90 583.94 3074.10 685.06 410.89 3073.85 4.46 29.26

Th (ppm) 6.23 1.60 3.90 5.40 8.00 9.16 9.18 9.16 14.90 3.53 56.68 13.30 1.52 0.20

Sr (ppm) 8.80 2.00 4.00 7.00 10.00 14.30 18.20 27.15 28.00 7.35 83.47 26.00 1.82 0.30

Cd (ppm) 1.58 0.05 0.70 1.40 1.80 2.04 2.32 4.54 7.60 1.69 107.08 7.55 2.65 0.17

Sb (ppm) 0.98 0.10 0.40 0.70 0.90 0.95 1.74 4.05 4.90 1.22 125.08 4.80 2.66 0.55

Bi (ppm) 23.92 0.20 7.60 20.20 25.60 34.02 44.54 79.09 128.90 29.62 123.85 128.70 2.69 0.21

V (ppm) 31.45 3.00 14.00 35.00 45.00 47.90 54.60 61.90 67.00 19.17 60.96 64.00 0.04 -0.11

Ca (%) 0.69 0.03 0.18 0.48 0.81 1.03 1.03 1.64 4.90 1.05 153.01 4.87 3.72 0.33

P (%) 0.05 0.01 0.03 0.04 0.06 0.07 0.07 0.07 0.11 0.03 59.20 0.10 1.48 0.14

La (ppm) 9.85 3.00 7.00 10.00 13.00 14.00 14.40 16.00 16.00 3.57 36.27 13.00 0.14 -0.03

Cr (ppm) 26.45 3.00 16.00 32.00 40.00 41.45 44.80 48.15 49.00 15.58 58.90 46.00 -0.30 -0.23

Mg 0.16 0.03 0.11 0.14 0.20 0.22 0.24 0.28 0.41 0.08 52.11 0.38 1.53 0.19

Ba (ppm) 37.75 5.00 17.00 39.00 50.00 54.65 67.40 84.15 102.00 25.72 68.14 97.00 0.79 -0.04

Ti (%) 0.03 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.05 0.06 0.08 0.02 51.31 0.07 0.82 0.00

Al (%) 0.80 0.14 0.49 0.79 0.95 1.26 1.41 1.54 1.58 0.40 50.09 1.44 0.50 0.02

Na (%) 0.01 0.002 0.004 0.01 0.01 0.01 0.01 0.02 0.02 0.005 74.13 0.02 2.74 0.53

K (%) 0.17 0.04 0.14 0.17 0.22 0.23 0.25 0.30 0.35 0.07 40.58 0.31 0.63 0.06

W (ppm) 18.76 0.10 4.40 9.70 28.10 37.13 44.30 64.34 82.70 22.28 118.75 82.60 1.66 0.38

Sc (ppm) 2.55 0.20 1.10 2.80 3.80 4.32 4.52 5.02 5.10 1.58 61.92 4.90 0.02 -0.09

Tl (ppm) 0.23 0.05 0.20 0.20 0.30 0.30 0.30 0.32 0.40 0.08 34.38 0.35 -0.22 0.33

S (%) 0.10 0.03 0.03 0.07 0.12 0.25 0.25 0.29 0.49 0.12 115.32 0.47 2.17 0.35

Ga (ppm) 3.38 0.50 2.00 3.00 5.00 5.00 5.20 6.00 6.00 1.51 44.80 5.50 0.18 0.13

5.2.2. Análise geoquímica dos elementos maiores e vestigiais

Os parâmetros estatísticos calculados a partir dos teores “totais” de Mo, Cu, Pb,

Zn, Ag, Ni, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba, Ti, Al, Na,

K, W, Sc, Tl, S e Ga em amostras de poeiras, das duas campanhas de

amostragem e nas diferentes granulometrias (< 2mm e < 250µm) estão

representados nas tabelas 5.3 e 5.4.

Os elementos B, Hg, Se e Te foram retirados da matriz inicial dos dados e não

foram considerados no estudo estatístico pois apresentam valores abaixo do

limite de detecção do metodo analítico utilizado (B, Hg, Se e Te nas amostras da

1º campanha de granulometria <2mm e B, Hg e Te mas restantes).

Tabela 5.3- Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos da amostragem de poeiras de

granulometria <2mm da 1ª campanha de amostragem

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126 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Elemento químico Média Mínimo Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Máximo DP CV Intervalo CA S'

Mo (ppm) 0.59 0.05 0.30 0.50 0.90 0.92 1.04 1.40 1.40 0.39 65.68 1.35 0.78 0.15

Cu (ppm) 64.59 3.90 29.80 61.10 105.70 109.12 129.70 143.19 194.20 50.26 77.83 190.30 0.94 0.05

Pb (ppm) 50.02 5.90 20.60 32.00 91.20 96.17 103.39 120.48 241.60 56.16 112.29 235.70 2.36 0.26

Zn (ppm) 155.75 51.00 132.00 157.00 189.00 224.70 241.70 257.30 263.00 57.59 36.97 212.00 0.27 -0.02

Ag (ppm) 1.16 0.05 0.20 0.70 2.00 2.35 3.20 3.25 4.20 1.23 106.15 4.15 1.24 0.25

Ni (ppm) 10.19 2.00 7.20 11.10 13.80 14.05 14.68 18.27 21.40 5.25 51.57 19.40 0.14 -0.14

Co (ppm) 5.48 0.90 2.50 4.50 7.20 7.86 9.55 12.21 19.90 4.41 80.62 19.00 2.02 0.21

Mn (ppm) 132.90 40.00 108.00 121.00 156.00 170.50 197.30 217.00 369.00 71.18 53.56 329.00 1.90 0.25

Fe (%) 1.78 0.34 1.29 1.75 2.63 2.78 2.88 2.97 3.90 0.90 50.54 3.56 0.49 0.02

As (ppm) 1295.73 19.70 273.40 548.90 1753.00 2241.05 2449.26 3209.40 9998.10 2217.91 171.17 9978.40 3.49 0.50

U (ppm) 4.29 1.00 1.90 2.50 5.50 6.37 8.09 10.46 23.00 5.00 116.48 22.00 3.08 0.50

Au (ppb) 24.93 0.25 1.60 5.40 15.50 28.42 56.79 104.50 243.10 56.32 225.93 242.85 3.48 1.40

Th (ppm) 5.65 1.80 2.90 4.70 7.60 9.82 10.12 12.39 17.90 4.07 72.17 16.10 1.74 0.20

Sr (ppm) 9.35 2.00 3.00 5.00 8.00 10.05 17.80 35.20 58.00 13.49 144.30 56.00 3.04 0.87

Cd (ppm) 0.86 0.05 0.30 0.70 1.20 1.83 2.01 2.13 2.70 0.74 85.38 2.65 1.24 0.18

Sb (ppm) 3.42 0.05 0.30 0.60 1.60 1.80 2.00 6.24 52.60 11.61 339.44 52.55 4.43 2.17

Bi (ppm) 15.93 0.30 4.30 11.20 29.00 29.92 35.97 44.78 63.40 16.76 105.22 63.10 1.48 0.19

V (ppm) 24.40 4.00 11.00 23.00 31.00 32.60 37.20 50.65 101.00 21.49 88.07 97.00 2.52 0.07

Ca (%) 0.91 0.05 0.13 0.27 0.42 0.78 1.64 2.33 10.90 2.40 263.92 10.85 4.19 2.21

P (%) 0.05 0.02 0.03 0.04 0.06 0.06 0.07 0.12 0.14 0.03 63.03 0.12 1.89 0.32

La (ppm) 8.60 3.00 6.00 7.00 11.00 12.75 17.00 17.20 21.00 4.90 57.01 18.00 1.25 0.32

Cr (ppm) 20.00 4.00 10.00 18.00 28.00 29.30 31.00 32.80 67.00 14.44 72.20 63.00 1.74 0.11

Mg 0.15 0.05 0.10 0.14 0.18 0.20 0.24 0.30 0.45 0.09 59.79 0.40 1.90 0.18

Ba (ppm) 27.10 7.00 19.00 28.00 39.00 39.45 42.50 47.30 53.00 12.36 45.62 46.00 0.42 -0.05

Ti (%) 0.04 0.01 0.02 0.03 0.05 0.05 0.06 0.07 0.07 0.02 50.35 0.06 0.67 0.17

Al (%) 0.69 0.24 0.46 0.63 0.82 0.97 1.02 1.40 1.92 0.40 57.68 1.68 1.71 0.18

Na (%) 0.01 0.002 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.002 37.39 0.01 0.38 0.06

K (%) 0.18 0.07 0.13 0.16 0.24 0.24 0.25 0.31 0.38 0.08 43.90 0.31 0.95 0.17

W (ppm) 15.30 0.10 1.90 10.00 23.10 24.65 25.80 37.21 100.00 22.26 145.47 99.90 3.15 0.25

Sc (ppm) 1.90 0.20 0.70 1.80 2.70 2.85 3.12 3.48 6.90 1.51 79.54 6.70 1.95 0.05

Tl (ppm) 0.22 0.05 0.20 0.20 0.30 0.30 0.30 0.31 0.50 0.10 45.33 0.45 0.95 0.15

S (%) 0.07 0.03 0.06 0.07 0.10 0.11 0.12 0.13 0.13 0.03 44.86 0.10 0.32 0.09

Ga (ppm) 2.88 0.50 2.00 3.00 3.00 4.00 4.10 5.15 8.00 1.65 57.51 7.50 1.45 -0.13

Se (ppm) 0.46 0.25 0.25 0.25 0.60 0.72 0.80 0.85 1.70 0.36 77.23 1.45 2.47 0.60

Tabela 5.4 – Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos da amostragem de poeiras de

granulometria <2mm da 2ª campanha de amostragem

Da análise das tabelas 5.2 e 5.3, que comparam a estatística descritiva das

amostras de poeiras de granulometria <2mm das duas campanhas de

amostragem, podemos observar que a maioria dos elementos apresentam maior

concentração nas amostras da 1º campanha de amostragem do que na 2º

campanha, com excepção das variáveis U, Sr, Sb, Ca, Ti, Na e K, como se pode

verificar nos histrogramas associados á cartografia pontual.

Nos dados correspondentes à 1a campanha, alguns elementos apresentam uma

forte assimetria positiva, conferida pela presença de “outliers” como se pode

facilmente constatar nas figuras 5.2 a 5.6 que representam os diagramas de

extremos e quartis para cada variável.

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

127

Figura 5.3 – Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn

relativos às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha). Os valores estão expressos em ppm

(mg/kg).

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

Mo

Máximo - 2.10

3ºQuarti l - 0.70

Mediana - 0.60

Média - 0.63

1ºQuarti l - 0.50

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

90

180

270

360

450

540

630

720

Cu

Máximo - 652.6

3ºQuarti l - 115.4

Mediana - 85.8

Média - 107.8

1ºQuarti l - 54.3

Mínimo - 2.5

- Média

- Valor Anómalo

0

40

80

120

160

200

240

280

320

Pb

Máximo - 294.0

3ºQuarti l - 86.9

Mediana - 36.9

Média - 58.7

1ºQuarti l - 14.7

Mínimo - 7.6

- Média

- Valor Anómalo

0

70

140

210

280

350

420

490

560

630

Zn

Máximo - 569.0

3ºQuarti l - 283.0

Mediana - 170.0

Média - 205.3

1ºQuarti l - 136.0

Mínimo - 14.0

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

Ag

Máximo - 12.80

3ºQuarti l - 1.70

Mediana - 0.70

Média - 1.58

1ºQuarti l - 0.50

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

Ni

Máximo - 25.40

3ºQuarti l - 16.40

Mediana - 12.80

Média - 11.73

1ºQuarti l - 9.00

Mínimo - 2.20

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Co

Máximo - 16.10

3ºQuarti l - 12.40

Mediana - 8.50

Média - 7.69

1ºQuarti l - 4.00

Mínimo - 0.70

- Média

- Valor Anómalo

30

60

90

120

150

180

210

240

270

Mn

Máximo - 262.0

3ºQuarti l - 217.0

Mediana - 191.0

Média - 158.1

1ºQuarti l - 80.0

Mínimo - 36.0

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

128 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.4 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb relativos

às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm

(mg/kg), com a excepção Fe e do Au, expressos em % e em ppb ( g/kg), respectivamente.

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

Fe

Máximo - 5.86

3ºQuarti l - 2.99

Mediana - 2.56

Média - 2.35

1ºQuarti l - 1.81

Mínimo - 0.21

- Média

- Valor Anómalo

0

900

1800

2700

3600

4500

5400

6300

7200

As

Máximo - 6547

3ºQuarti l - 2238

Mediana - 1357

Média - 1658

1ºQuarti l - 393

Mínimo - 6

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

U

Máximo - 10.20

3ºQuarti l - 5.20

Mediana - 3.40

Média - 3.87

1ºQuarti l - 2.40

Mínimo - 1.20

- Média

- Valor Anómalo

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

3200

Au

Máximo - 3074

3ºQuarti l - 8

Mediana - 5

Média - 166

1ºQuarti l - 3

Mínimo - 0

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Th

Máximo - 14.90

3ºQuarti l - 8.00

Mediana - 5.40

Média - 6.22

1ºQuarti l - 3.90

Mínimo - 1.60

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

Sr

Máximo - 28.00

3ºQuarti l - 10.00

Mediana - 7.00

Média - 8.80

1ºQuarti l - 4.00

Mínimo - 2.00

- Média

- Valor Anómalo

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Cd

Máximo - 7.60

3ºQuarti l - 1.80

Mediana - 1.40

Média - 1.58

1ºQuarti l - 0.70

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

Sb

Máximo - 4.90

3ºQuarti l - 0.90

Mediana - 0.70

Média - 0.98

1ºQuarti l - 0.40

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

129

Figura 5.5 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba relativos

às amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm

(mg/kg), com a excepção do Ca, P e Mg, expressos em %.

0

20

40

60

80

100

120

140

Bi

Máximo - 128.9

3ºQuarti l - 25.6

Mediana - 20.2

Média - 23.9

1ºQuarti l - 7.6

Mínimo - 0.2

- Média

- Valor Anómalo

0

9

18

27

36

45

54

63

72

V

Máximo - 67.00

3ºQuarti l - 45.00

Mediana - 35.00

Média - 31.45

1ºQuarti l - 14.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

Ca

Máximo - 4.90

3ºQuarti l - 0.81

Mediana - 0.48

Média - 0.69

1ºQuarti l - 0.18

Mínimo - 0.03

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

P

Máximo - 0.112

3ºQuarti l - 0.062

Mediana - 0.041

Média - 0.046

1ºQuarti l - 0.029

Mínimo - 0.013

- Média

- Valor Anómalo

2

4

6

8

10

12

14

16

La

Máximo - 16.00

3ºQuarti l - 13.00

Mediana - 10.00

Média - 9.85

1ºQuarti l - 7.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0

6

12

18

24

30

36

42

48

54

Cr

Máximo - 49.00

3ºQuarti l - 40.00

Mediana - 32.00

Média - 26.45

1ºQuarti l - 16.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

0.45

Mg

Máximo - 0.410

3ºQuarti l - 0.200

Mediana - 0.140

Média - 0.157

1ºQuarti l - 0.110

Mínimo - 0.030

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

Ba

Máximo - 102.00

3ºQuarti l - 50.00

Mediana - 39.00

Média - 37.75

1ºQuarti l - 17.00

Mínimo - 5.00

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

130 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.6 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Sc, Tl, S relativos às

amostras de poeiras (<2mm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg),

com a excepção do Ti, Al, Na e K, expressos em %.

0.000

0.009

0.018

0.027

0.036

0.045

0.054

0.063

0.072

0.081

Ti

Máximo - 0.075

3ºQuarti l - 0.042

Mediana - 0.032

Média - 0.032

1ºQuarti l - 0.023

Mínimo - 0.008

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

Al

Máximo - 1.58

3ºQuarti l - 0.95

Mediana - 0.79

Média - 0.80

1ºQuarti l - 0.49

Mínimo - 0.14

- Média

- Valor Anómalo

0.000

0.003

0.006

0.009

0.012

0.015

0.018

0.021

0.024

Na

Máximo - 0.024

3ºQuarti l - 0.007

Mediana - 0.005

Média - 0.007

1ºQuarti l - 0.004

Mínimo - 0.002

- Média

- Valor Anómalo

0.04

0.08

0.12

0.16

0.20

0.24

0.28

0.32

0.36

K

Máximo - 0.350

3ºQuarti l - 0.220

Mediana - 0.170

Média - 0.175

1ºQuarti l - 0.140

Mínimo - 0.040

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

W

Máximo - 82.70

3ºQuarti l - 28.10

Mediana - 9.70

Média - 18.76

1ºQuarti l - 4.40

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

Sc

Máximo - 5.10

3ºQuarti l - 3.80

Mediana - 2.80

Média - 2.55

1ºQuarti l - 1.10

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

0.45

Tl

Máximo - 0.400

3ºQuarti l - 0.300

Mediana - 0.200

Média - 0.233

1ºQuarti l - 0.200

Mínimo - 0.050

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.06

0.12

0.18

0.24

0.30

0.36

0.42

0.48

0.54

S

Máximo - 0.490

3ºQuarti l - 0.120

Mediana - 0.070

Média - 0.104

1ºQuarti l - 0.025

Mínimo - 0.025

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

131

Destes elementos destacam-se o Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, W

e S. A maioria destes elementos apresentam valores da média significativamente

mais elevados que a mediana, e o mesmo acontece com os valores do 3º quartil

e o valor máximo.

Os elementos referidos acima apresentam um comportamento semelhante em

relação á assimetria nas amostras da 2º campanha de amostragem, com a

excepção Zn, Ba e do S, que apresentam valores muito próximos do zero,

considerando as suas distribuições “quase” simétricas. Elementos como o Co, Mn,

V, La, Cr, Sc, Al, Tl, Ga e Se, juntam-se ao grupo dos elementos com assimetria

positiva. A presença de “outliers” é facilmente perceptível pela análise das

figuras 5.7 a 5.11 que representam os diagramas de extremos e quartis.

Os valores dos coeficientes de variação (CV) expressos em percentagem,

indicativos da variabilidade dos elementos, ou seja, da presença de valores

extremos muito afastados das médias ou de muitos valores inferiores ao limite de

detecção, poderão ser ordenados do seguinte modo:

1ª campanha: Au> Ag> Ca> Sb> Bi> W> S> Pb> Cd> As> Sr> Na> Ba> Zn> Mo> Co> Sc>

V> P> Cr> U> Th> Fe> Ni> Mg> Ti> Al> Mn> Ga> K> La> Tl

2º campanha : Sb> Ca> Au> As> W> Sr> U> Pb> Ag> Bi> V> Cd> Co> Sc> Cu> Se> Cr>

Th> Mo> P> Mg> Al> Ga> La> Mn> Ni> Fe> Ti> Ba> Tl> S> K> K> Na

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

132 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.7 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn

relativos às amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em

ppm (mg/kg).

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

Mo

Máximo - 1.40

3ºQuartil - 0.90

Mediana - 0.50

Média - 0.59

1ºQuartil - 0.30

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

210

Cu

Máximo - 194.2

3ºQuartil - 105.7

Mediana - 61.1

Média - 64.6

1ºQuartil - 29.8

Mínimo - 3.9

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

210

240

270

Pb

Máximo - 241.6

3ºQuartil - 91.2

Mediana - 32.0

Média - 50.0

1ºQuartil - 20.6

Mínimo - 5.9

- Média

- Valor Anómalo

30

60

90

120

150

180

210

240

270

Zn

Máximo - 263.0

3ºQuartil - 189.0

Mediana - 157.0

Média - 155.8

1ºQuartil - 132.0

Mínimo - 51.0

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

Ag

Máximo - 4.20

3ºQuartil - 2.00

Mediana - 0.70

Média - 1.15

1ºQuartil - 0.20

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

24

Ni

Máximo - 21.40

3ºQuartil - 13.80

Mediana - 11.10

Média - 10.19

1ºQuartil - 7.20

Mínimo - 2.00

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

Co

Máximo - 19.90

3ºQuartil - 7.20

Mediana - 4.50

Média - 5.47

1ºQuartil - 2.50

Mínimo - 0.90

- Média

- Valor Anómalo

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Mn

Máximo - 369.0

3ºQuartil - 156.0

Mediana - 121.0

Média - 132.9

1ºQuartil - 108.0

Mínimo - 40.0

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

133

Figura 5.8 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb relativos

às amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm

(mg/kg), com a excepção Fe e do Au, expressos em % e em ppb ( g/kg), respectivamente.

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

Fe

Máximo - 3.90

3ºQuarti l - 2.63

Mediana - 1.75

Média - 1.78

1ºQuarti l - 1.29

Mínimo - 0.34

- Média

- Valor Anómalo

0

2000

4000

6000

8000

10000

As

Máximo - 9998

3ºQuarti l - 1753

Mediana - 548

Média - 1295

1ºQuarti l - 273

Mínimo - 19

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

24

U

Máximo - 23.00

3ºQuarti l - 5.50

Mediana - 2.50

Média - 4.29

1ºQuarti l - 1.90

Mínimo - 1.00

- Média

- Valor Anómalo

0

40

80

120

160

200

240

280

Au

Máximo - 243.1

3ºQuarti l - 15.5

Mediana - 5.4

Média - 24.9

1ºQuarti l - 1.6

Mínimo - 0.3

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

Th

Máximo - 17.90

3ºQuarti l - 7.60

Mediana - 4.70

Média - 5.64

1ºQuarti l - 2.90

Mínimo - 1.80

- Média

- Valor Anómalo

0

8

16

24

32

40

48

56

64

Sr

Máximo - 58.00

3ºQuarti l - 8.00

Mediana - 5.00

Média - 9.35

1ºQuarti l - 3.00

Mínimo - 2.00

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

Cd

Máximo - 2.70

3ºQuarti l - 1.20

Mediana - 0.70

Média - 0.86

1ºQuarti l - 0.30

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

7

14

21

28

35

42

49

56

Sb

Máximo - 52.60

3ºQuarti l - 1.60

Mediana - 0.60

Média - 3.42

1ºQuarti l - 0.30

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

134 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.9 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba relativos

às amostras de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm

(mg/kg), com a excepção do Ca, P e Mg, expressos em %.

0

8

16

24

32

40

48

56

64

Bi

Máximo - 63.40

3ºQuarti l - 29.00

Mediana - 11.20

Média - 15.93

1ºQuarti l - 4.30

Mínimo - 0.30

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

V

Máximo - 101.00

3ºQuarti l - 31.00

Mediana - 23.00

Média - 24.40

1ºQuarti l - 11.00

Mínimo - 4.00

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

Ca

Máximo - 10.90

3ºQuarti l - 0.42

Mediana - 0.27

Média - 0.91

1ºQuarti l - 0.13

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

P

Máximo - 0.140

3ºQuarti l - 0.060

Mediana - 0.040

Média - 0.049

1ºQuarti l - 0.030

Mínimo - 0.020

- Média

- Valor Anómalo

3

6

9

12

15

18

21

24

La

Máximo - 21.00

3ºQuarti l - 11.00

Mediana - 7.00

Média - 8.60

1ºQuarti l - 6.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0

8

16

24

32

40

48

56

64

72

Cr

Máximo - 67.00

3ºQuarti l - 28.00

Mediana - 18.00

Média - 20.00

1ºQuarti l - 10.00

Mínimo - 4.00

- Média

- Valor Anómalo

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

0.45

0.50

Mg

Máximo - 0.450

3ºQuarti l - 0.180

Mediana - 0.140

Média - 0.154

1ºQuarti l - 0.100

Mínimo - 0.050

- Média

- Valor Anómalo

6

12

18

24

30

36

42

48

54

Ba

Máximo - 53.00

3ºQuarti l - 39.00

Mediana - 28.00

Média - 27.10

1ºQuarti l - 19.00

Mínimo - 7.00

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

135

Figura 5.10 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Sc, Tl, S de amostras

de poeiras (<2mm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg), com a

excepção do Ti, Al, Na e K, expressos em %.

0.008

0.016

0.024

0.032

0.040

0.048

0.056

0.064

0.072

Ti

Máximo - 0.070

3ºQuarti l - 0.050

Mediana - 0.030

Média - 0.035

1ºQuarti l - 0.020

Mínimo - 0.010

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

Al

Máximo - 1.92

3ºQuarti l - 0.82

Mediana - 0.63

Média - 0.69

1ºQuarti l - 0.46

Mínimo - 0.24

- Média

- Valor Anómalo

0.0020

0.0030

0.0040

0.0050

0.0060

0.0070

0.0080

0.0090

0.0100

0.0110

Na

Máximo - 0.010

3ºQuarti l - 0.009

Mediana - 0.006

Média - 0.006

1ºQuarti l - 0.005

Mínimo - 0.002

- Média

- Valor Anómalo

0.04

0.08

0.12

0.16

0.20

0.24

0.28

0.32

0.36

0.40

K

Máximo - 0.380

3ºQuarti l - 0.240

Mediana - 0.160

Média - 0.178

1ºQuarti l - 0.130

Mínimo - 0.070

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

W

Máximo - 100.00

3ºQuarti l - 23.10

Mediana - 10.00

Média - 15.30

1ºQuarti l - 1.90

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.9

1.8

2.7

3.6

4.5

5.4

6.3

7.2

Sc

Máximo - 6.90

3ºQuarti l - 2.70

Mediana - 1.80

Média - 1.89

1ºQuarti l - 0.70

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.06

0.12

0.18

0.24

0.30

0.36

0.42

0.48

0.54

Tl

Máximo - 0.500

3ºQuarti l - 0.300

Mediana - 0.200

Média - 0.215

1ºQuarti l - 0.200

Mínimo - 0.050

- Média

- Valor Anómalo

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

S

Máximo - 0.130

3ºQuarti l - 0.100

Mediana - 0.070

Média - 0.073

1ºQuarti l - 0.060

Mínimo - 0.030

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

136 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.11 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ga e Se de amostras de poeiras

(<2mm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm (mg/kg).

As tabelas 5.5 e 5.6 apresentam a estatística descritiva das amostras de poeiras

de granulometria <250µm das duas campanhas de amostragem.

Tabela 5.5 - Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos de amostras de poeiras de

granulometria <250µm, relativamente á 1ª campanha de amostragem

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Ga

Máximo - 8.00

3ºQuarti l - 3.00

Mediana - 3.00

Média - 2.88

1ºQuarti l - 2.00

Mínimo - 0.50

- Média

- Valor Anómalo

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

Se

Máximo - 1.70

3ºQuarti l - 0.60

Mediana - 0.25

Média - 0.46

1ºQuarti l - 0.25

Mínimo - 0.25

- Média

- Valor Anómalo

Elemento químico Média Mínimo Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Máximo DP CV Intervalo CA S'

Mo (ppm) 0.82 0.20 0.60 0.80 1.00 1.00 1.10 1.59 2.10 0.41 50.87 1.90 1.59 0.04

Cu (ppm) 120.98 8.10 80.70 97.60 122.10 135.00 168.68 290.69 706.00 146.95 121.47 697.90 3.60 0.56

Pb (ppm) 50.63 13.90 29.50 36.80 67.40 78.87 90.06 110.67 149.00 34.09 67.34 135.10 1.46 0.36

Zn (ppm) 241.60 45.00 176.00 232.00 299.00 353.05 408.40 498.80 662.00 143.41 59.36 617.00 1.45 0.08

Ag (ppm) 1.42 0.05 0.70 1.00 1.30 1.62 2.64 4.75 9.00 1.99 140.09 8.95 3.28 0.70

Ni (ppm) 16.34 4.00 9.10 15.90 23.10 24.83 27.38 31.15 37.10 8.98 54.98 33.10 0.57 0.03

Co (ppm) 9.30 1.50 5.00 8.40 14.10 15.03 18.18 19.10 20.20 5.65 60.73 18.70 0.50 0.10

Mn (ppm) 196.10 68.00 150.00 188.00 260.00 262.10 274.80 286.40 334.00 73.13 37.29 266.00 -0.08 0.07

Fe (%) 2.76 0.56 2.21 3.19 3.60 3.70 3.74 3.96 4.27 1.11 40.19 3.71 -0.83 -0.31

As (ppm) 1781.66 22.10 489.80 1409.60 2459.60 3841.25 4632.80 4964.00 5512.50 1679.85 94.29 5490.40 1.03 0.19

U (ppm) 5.83 1.30 2.60 4.20 6.30 8.98 9.04 13.27 31.80 6.66 114.15 30.50 3.43 0.44

Au (ppb) 19.59 0.25 3.00 8.00 9.10 24.79 49.80 71.90 181.30 40.67 207.58 181.05 3.69 1.90

Th (ppm) 8.11 1.30 5.00 6.00 9.10 12.43 12.50 12.43 25.10 5.93 73.06 23.80 1.94 0.51

Sr (ppm) 9.65 3.00 5.00 7.00 11.00 17.30 20.80 28.30 30.00 7.86 81.41 27.00 1.73 0.44

Cd (ppm) 1.72 0.05 0.90 1.40 1.90 2.20 2.56 4.76 9.10 1.95 113.30 9.05 3.13 0.32

Sb (ppm) 1.16 0.20 0.60 0.90 1.20 1.41 2.30 3.71 4.90 1.14 98.43 4.70 2.45 0.43

Bi (ppm) 23.96 0.40 10.00 18.40 28.80 35.89 54.08 70.23 107.80 25.56 106.67 107.40 2.16 0.30

V (ppm) 43.75 10.00 23.00 54.00 65.00 70.00 70.40 72.60 76.00 23.06 52.70 66.00 -0.23 -0.24

Ca (%) 0.80 0.04 0.19 0.57 1.07 1.12 1.13 1.92 5.70 1.22 151.78 5.66 3.74 0.26

P (%) 0.07 0.03 0.04 0.06 0.10 0.10 0.10 0.10 0.17 0.04 62.56 0.14 1.30 0.20

La (ppm) 11.85 3.00 9.00 10.00 13.00 17.45 17.60 17.45 26.00 5.70 48.07 23.00 1.18 0.46

Cr (ppm) 35.70 8.00 21.00 42.00 51.00 55.00 56.60 64.20 71.00 20.01 56.05 63.00 -0.05 -0.21

Mg 0.20 0.07 0.15 0.18 0.25 0.27 0.30 0.45 0.51 0.11 54.04 0.44 1.62 0.23

Ba (ppm) 45.95 10.00 25.00 50.00 66.00 77.75 82.60 89.35 114.00 28.50 62.02 104.00 0.66 -0.10

Ti (%) 0.04 0.01 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.10 0.02 48.98 0.09 1.07 0.03

Al (%) 1.01 0.32 0.72 0.99 1.20 1.32 1.76 1.95 2.03 0.47 46.30 1.71 0.81 0.04

Na (%) 0.01 0.002 0.004 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.03 0.01 80.21 0.02 2.70 0.33

K (%) 0.22 0.09 0.16 0.22 0.24 0.29 0.34 0.41 0.46 0.09 43.57 0.37 1.15 -0.05

W (ppm) 8.15 0.30 2.60 5.00 11.80 14.34 24.60 26.47 28.00 8.56 105.06 27.70 1.45 0.34

Sc (ppm) 3.53 0.70 1.80 3.80 5.70 5.72 5.82 5.95 6.20 1.97 55.75 5.50 -0.13 -0.07

Tl (ppm) 0.26 0.10 0.20 0.30 0.30 0.30 0.30 0.32 0.40 0.08 29.77 0.30 -0.59 -0.45

S (%) 0.10 0.03 0.03 0.10 0.11 0.12 0.16 0.26 0.57 0.12 115.89 0.55 3.27 0.05

Ga (ppm) 4.40 1.00 3.00 5.00 6.00 6.15 7.00 7.00 7.00 1.85 41.97 6.00 -0.21 -0.20

Se (ppm) 0.50 0.25 0.25 0.50 0.70 0.80 0.82 0.90 0.90 0.25 50.57 0.65 0.28 -0.01

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

137

Elemento químico Média Mínimo Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Máximo DP CV Intervalo CA S'

Mo (ppm) 0.88 0.20 0.60 1.00 1.10 1.13 1.35 1.81 1.90 0.44 50.42 1.70 0.88 -0.25

Cu (ppm) 101.34 8.60 55.40 84.20 145.30 163.33 189.63 262.60 275.80 74.58 73.59 267.20 1.06 0.19

Pb (ppm) 62.10 11.70 28.00 44.70 60.90 79.34 95.77 135.96 357.40 74.98 120.75 345.70 3.53 0.53

Zn (ppm) 239.55 90.00 195.00 242.00 301.00 315.15 334.10 346.90 402.00 80.82 33.74 312.00 0.06 -0.02

Ag (ppm) 1.59 0.10 0.50 1.30 2.20 3.00 4.13 4.47 5.70 1.59 100.01 5.60 1.35 0.17

Ni (ppm) 14.94 3.60 12.80 16.50 20.30 20.35 20.62 20.87 22.20 5.89 39.45 18.60 -0.81 -0.21

Co (ppm) 7.15 1.90 4.20 7.70 9.80 10.10 10.12 10.62 16.70 3.66 51.16 14.80 0.55 -0.10

Mn (ppm) 187.55 69.00 153.00 186.00 243.00 250.15 251.40 258.85 332.00 63.61 33.92 263.00 0.10 0.02

Fe (%) 2.42 0.63 1.85 2.38 3.37 3.40 3.46 3.77 4.51 0.94 39.03 3.88 0.31 0.02

As (ppm) 1589.01 43.10 391.10 826.00 2125.80 2714.61 3415.36 3955.44 14500.00 2258.09 142.11 9956.90 2.99 0.44

U (ppm) 7.11 1.60 2.70 4.30 9.10 9.47 12.34 24.55 27.30 7.09 99.80 25.70 2.05 0.44

Au (ppb) 32.83 0.30 4.40 11.10 31.70 36.74 55.98 179.51 238.50 61.77 188.17 238.20 2.83 0.80

Th (ppm) 8.39 1.70 5.00 6.90 9.60 13.63 18.40 19.42 21.70 5.56 66.37 20.00 1.32 0.32

Sr (ppm) 9.90 3.00 4.00 6.00 9.00 10.20 18.70 35.05 55.00 12.73 128.56 52.00 2.94 0.78

Cd (ppm) 1.32 0.10 0.50 1.10 2.10 2.36 2.80 3.72 4.00 1.12 85.09 3.90 1.26 0.13

Sb (ppm) 5.18 0.20 0.80 0.80 2.10 2.41 3.28 9.45 78.80 17.38 335.79 78.60 4.43 3.37

Bi (ppm) 23.43 0.80 6.00 19.30 34.60 43.48 48.30 58.84 88.00 22.35 95.39 87.20 1.43 0.14

V (ppm) 36.00 8.00 29.00 32.00 46.00 46.90 53.60 70.45 117.00 24.26 67.38 109.00 2.04 0.24

Ca (%) 0.82 0.07 0.16 0.24 0.54 1.03 2.13 3.27 6.32 1.50 183.13 6.25 3.10 1.52

P (%) 0.08 0.03 0.05 0.07 0.09 0.10 0.13 0.17 0.23 0.05 64.30 0.20 1.93 0.14

La (ppm) 12.75 3.00 8.00 11.00 16.00 19.45 22.20 24.35 31.00 6.90 54.09 28.00 1.16 0.22

Cr (ppm) 29.00 7.00 23.00 31.00 37.00 41.15 42.40 47.05 67.00 14.89 51.35 60.00 0.44 -0.14

Mg 0.22 0.09 0.15 0.19 0.25 0.31 0.40 0.45 0.54 0.12 55.13 0.45 1.62 0.25

Ba (ppm) 34.25 12.00 25.00 36.00 42.00 46.35 54.50 59.75 74.00 15.94 46.54 62.00 0.73 -0.10

Ti (%) 0.05 0.02 0.03 0.04 0.07 0.08 0.08 0.09 0.09 0.02 45.81 0.07 0.82 0.28

Al (%) 0.97 0.41 0.69 0.84 1.32 1.47 1.56 1.83 2.52 0.52 53.17 2.11 1.68 0.21

Na (%) 0.01 0.002 0.004 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 0.002 35.64 0.01 -0.05 -0.17

K (%) 0.21 0.11 0.15 0.18 0.27 0.30 0.33 0.36 0.47 0.09 43.75 0.36 1.21 0.29

W (ppm) 12.60 0.40 2.90 6.80 16.30 17.85 26.41 36.81 78.80 17.96 142.57 78.40 2.95 0.43

Sc (ppm) 2.85 0.50 1.70 2.40 4.00 4.05 4.39 5.41 9.40 2.01 70.65 8.90 1.89 0.19

Tl (ppm) 0.28 0.10 0.20 0.30 0.30 0.30 0.31 0.42 0.70 0.12 42.73 0.60 2.27 -0.20

S (%) 0.09 0.03 0.07 0.09 0.12 0.13 0.13 0.16 0.25 0.05 56.02 0.22 1.23 0.08

Ga (ppm) 4.00 2.00 3.00 4.00 5.00 5.15 6.00 6.20 10.00 1.84 45.88 8.00 1.93 0.00

Se (ppm) 0.65 0.30 0.30 0.50 0.80 0.83 1.00 1.11 3.20 0.65 100.39 2.90 3.42 0.30

Tabela 5.6- Parâmetros estatísticos do conjunto de dados analíticos de amostras de poeiras de

granulometria <250µm, relativamente à 2ª campanha de amostragem

A comparação dos resultados permite constatar que as amostras da 1a

campanha apresentam maiores concentrações em elementos em relação às

amostras da 2a campanha, com excepção dos elementos Mo, Pb, Ag, U, Au, Th,

Sr, Sb, La, W e Se, como se pode verificar nos histrogramas apresentados na

cartografia pontual.

Nos dados da 1a campanha, a maioria dos elementos apresentam distribuições

assimétricas positivas, conferida pela presença de “outliers”, como se pode

facilmente constatar pela análise dos diagramas de extremos e quartis (Figuras

5.12 a 5.16).

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

138 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.12 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn

relativas às amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em

ppm.

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

Mo

Máximo - 2.10

3ºQuarti l - 1.00

Mediana - 0.80

Média - 0.81

1ºQuarti l - 0.60

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

0

90

180

270

360

450

540

630

720

Cu

Máximo - 706.0

3ºQuarti l - 122.1

Mediana - 97.6

Média - 121.0

1ºQuarti l - 80.7

Mínimo - 8.1

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Pb

Máximo - 149.0

3ºQuarti l - 67.4

Mediana - 36.8

Média - 50.6

1ºQuarti l - 29.5

Mínimo - 13.9

- Média

- Valor Anómalo

0

80

160

240

320

400

480

560

640

720

Zn

Máximo - 662.0

3ºQuarti l - 299.0

Mediana - 232.0

Média - 241.6

1ºQuarti l - 176.0

Mínimo - 45.0

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

Ag

Máximo - 9.00

3ºQuarti l - 1.30

Mediana - 1.00

Média - 1.42

1ºQuarti l - 0.70

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Ni

Máximo - 37.10

3ºQuarti l - 23.10

Mediana - 15.90

Média - 16.34

1ºQuarti l - 9.10

Mínimo - 4.00

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

Co

Máximo - 20.20

3ºQuarti l - 14.10

Mediana - 8.40

Média - 9.30

1ºQuarti l - 5.00

Mínimo - 1.50

- Média

- Valor Anómalo

40

80

120

160

200

240

280

320

360

Mn

Máximo - 334.0

3ºQuarti l - 260.0

Mediana - 188.0

Média - 196.1

1ºQuarti l - 150.0

Mínimo - 68.0

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

139

Figura 5.13 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb relativos

às amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm, com

a excepção Fe e do Au, expressos em % e em ppb, respectivamente.

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

Fe

Máximo - 4.27

3ºQuarti l - 3.60

Mediana - 3.19

Média - 2.76

1ºQuarti l - 2.21

Mínimo - 0.56

- Média

- Valor Anómalo

0

700

1400

2100

2800

3500

4200

4900

5600

As

Máximo - 5512

3ºQuarti l - 2459

Mediana - 1409

Média - 1781

1ºQuarti l - 489

Mínimo - 22

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

32

U

Máximo - 31.80

3ºQuarti l - 6.30

Mediana - 4.20

Média - 5.83

1ºQuarti l - 2.60

Mínimo - 1.30

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

210

Au

Máximo - 181.3

3ºQuarti l - 9.1

Mediana - 8.0

Média - 19.6

1ºQuarti l - 3.0

Mínimo - 0.3

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

Th

Máximo - 25.10

3ºQuarti l - 9.10

Mediana - 6.00

Média - 8.11

1ºQuarti l - 5.00

Mínimo - 1.30

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

32

Sr

Máximo - 30.00

3ºQuarti l - 11.00

Mediana - 7.00

Média - 9.65

1ºQuarti l - 5.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

Cd

Máximo - 9.10

3ºQuarti l - 1.90

Mediana - 1.40

Média - 1.72

1ºQuarti l - 0.90

Mínimo - 0.05

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

4.8

5.4

Sb

Máximo - 4.90

3ºQuarti l - 1.20

Mediana - 0.90

Média - 1.16

1ºQuarti l - 0.60

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

140 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.14 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba relativos

às amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm, com

a excepção do Ca, P e Mg, expressos em %.

0

20

40

60

80

100

120

Bi

Máximo - 107.8

3ºQuarti l - 28.8

Mediana - 18.4

Média - 24.0

1ºQuarti l - 10.0

Mínimo - 0.4

- Média

- Valor Anómalo

9

18

27

36

45

54

63

72

81

V

Máximo - 76.00

3ºQuarti l - 65.00

Mediana - 54.00

Média - 43.75

1ºQuarti l - 23.00

Mínimo - 10.00

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

Ca

Máximo - 5.70

3ºQuarti l - 1.07

Mediana - 0.57

Média - 0.80

1ºQuarti l - 0.19

Mínimo - 0.04

- Média

- Valor Anómalo

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

P

Máximo - 0.172

3ºQuarti l - 0.095

Mediana - 0.055

Média - 0.067

1ºQuarti l - 0.035

Mínimo - 0.028

- Média

- Valor Anómalo

3

6

9

12

15

18

21

24

27

La

Máximo - 26.00

3ºQuarti l - 13.00

Mediana - 10.00

Média - 11.85

1ºQuarti l - 9.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

8

16

24

32

40

48

56

64

72

Cr

Máximo - 71.00

3ºQuarti l - 51.00

Mediana - 42.00

Média - 35.70

1ºQuarti l - 21.00

Mínimo - 8.00

- Média

- Valor Anómalo

0.06

0.12

0.18

0.24

0.30

0.36

0.42

0.48

0.54

Mg

Máximo - 0.510

3ºQuarti l - 0.250

Mediana - 0.180

Média - 0.203

1ºQuarti l - 0.150

Mínimo - 0.070

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

Ba

Máximo - 114.0

3ºQuarti l - 66.0

Mediana - 50.0

Média - 46.0

1ºQuarti l - 25.0

Mínimo - 10.0

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

141

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

Ti

Máximo - 0.098

3ºQuarti l - 0.052

Mediana - 0.042

Média - 0.043

1ºQuarti l - 0.031

Mínimo - 0.013

- Média

- Valor Anómalo

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

Al

Máximo - 2.03

3ºQuarti l - 1.20

Mediana - 0.99

Média - 1.01

1ºQuarti l - 0.72

Mínimo - 0.32

- Média

- Valor Anómalo

0.000

0.003

0.006

0.009

0.012

0.015

0.018

0.021

0.024

0.027

Na

Máximo - 0.026

3ºQuarti l - 0.009

Mediana - 0.005

Média - 0.007

1ºQuarti l - 0.004

Mínimo - 0.002

- Média

- Valor Anómalo

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

0.45

0.50

K

Máximo - 0.460

3ºQuarti l - 0.240

Mediana - 0.220

Média - 0.216

1ºQuarti l - 0.160

Mínimo - 0.090

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

W

Máximo - 28.00

3ºQuarti l - 11.80

Mediana - 5.00

Média - 8.15

1ºQuarti l - 2.60

Mínimo - 0.30

- Média

- Valor Anómalo

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

6.3

Sc

Máximo - 6.20

3ºQuarti l - 5.70

Mediana - 3.80

Média - 3.53

1ºQuarti l - 1.80

Mínimo - 0.70

- Média

- Valor Anómalo

0.08

0.12

0.16

0.20

0.24

0.28

0.32

0.36

0.40

0.44

Tl

Máximo - 0.400

3ºQuarti l - 0.300

Mediana - 0.300

Média - 0.255

1ºQuarti l - 0.200

Mínimo - 0.100

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.07

0.14

0.21

0.28

0.35

0.42

0.49

0.56

0.63

S

Máximo - 0.570

3ºQuarti l - 0.110

Mediana - 0.100

Média - 0.104

1ºQuarti l - 0.025

Mínimo - 0.025

- Média

- Valor Anómalo

Figura 5.15 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Sc, Tl, S relativos às

amostras de poeiras (<250µm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm, com a

excepção do Ti, Al, Na e K, expressos em %.

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

142 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.16 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ga e Se de amostras de poeiras

(<250µm, 1ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm.

Neste grupo enquadram-se os seguintes elementos: Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, As, U,

Au, Th, Sr, Cd, Sb, Bi, Ca, P, La, Mg, Ba, Ti, Al, Na, K, W e S. A maioria destes

elementos apresentam valores da média significativamente mais elevados que a

mediana, e o mesmo acontece com os valores do 3º quartil e o valor máximo.

Os elementos referidos acima apresentam um comportamento semelhante em

relação á assimetria nas amostras da 2ª campanha de amostragem, com a

excepção Zn e do Na, que apresentam valores muito próximos do zero,

considerando as suas distribuições “quase” simétricas. Elementos como o V, Sc, Tl,

Ga e Se, juntam-se ao grupo dos elementos com assimetria positiva. A presença

de “outliers” é facilmente perceptível pela análise das figuras 5.17 a 5.21 que

representa os diagramas de extremos e quartis.

De acordo com os Coeficientes de variação (CV) da Tabela 5.4 e e 5.5, nas

amostras de poeiras da Mina do Pintor a escala de variabilidade, considerada

como uma indicação da presença de valores muito extremos é a seguinte:

1a campanha: Au> Ca> Ag> Cu> S> U> Cd> Bi> W> Sb> As> Sr> Na> Th> Pb> P> Ba>

Co> Zn> Cr> Sc> Ni> Mg> V> Mo> Se> Ti> La> Al> K> Ga> Fe> Mn> Tl

e na

2a campanha: Sb> Au> Ca> W> As> Sr> Pb> Se> Ag> U> Bi> Cd> Cu> Sc> V> Th> P> S>

Mg> La> Al> Cr> Co> Mo> Ba> Ga> Ti> K> Tl> Ni> Fe> Na> Mn> Zn

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

7.2

Ga

Máximo - 7.00

3ºQuarti l - 6.00

Mediana - 5.00

Média - 4.40

1ºQuarti l - 3.00

Mínimo - 1.00

- Média

- Valor Anómalo

0.18

0.27

0.36

0.45

0.54

0.63

0.72

0.81

0.90

0.99

Se

Máximo - 0.900

3ºQuarti l - 0.700

Mediana - 0.500

Média - 0.498

1ºQuarti l - 0.250

Mínimo - 0.250

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

143

Figura 5.17 - Diagramas de extremos e quartis para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, Mn

relativos às amostras amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos os elementos estão

expressos em ppm.

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

Mo

Máximo - 1.90

3ºQuarti l - 1.10

Mediana - 1.00

Média - 0.88

1ºQuarti l - 0.60

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

0

40

80

120

160

200

240

280

Cu

Máximo - 275.8

3ºQuarti l - 145.3

Mediana - 84.2

Média - 101.3

1ºQuarti l - 55.4

Mínimo - 8.6

- Média

- Valor Anómalo

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Pb

Máximo - 357.4

3ºQuarti l - 60.9

Mediana - 44.7

Média - 62.1

1ºQuarti l - 28.0

Mínimo - 11.7

- Média

- Valor Anómalo

80

120

160

200

240

280

320

360

400

440

Zn

Máximo - 402.0

3ºQuarti l - 301.0

Mediana - 242.0

Média - 239.6

1ºQuarti l - 195.0

Mínimo - 90.0

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

6.3

Ag

Máximo - 5.70

3ºQuarti l - 2.20

Mediana - 1.30

Média - 1.59

1ºQuarti l - 0.50

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

3

6

9

12

15

18

21

24

Ni

Máximo - 22.20

3ºQuarti l - 20.30

Mediana - 16.50

Média - 14.94

1ºQuarti l - 12.80

Mínimo - 3.60

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Co

Máximo - 16.70

3ºQuarti l - 9.80

Mediana - 7.70

Média - 7.14

1ºQuarti l - 4.20

Mínimo - 1.90

- Média

- Valor Anómalo

40

80

120

160

200

240

280

320

360

Mn

Máximo - 332.0

3ºQuarti l - 243.0

Mediana - 186.0

Média - 187.6

1ºQuarti l - 153.0

Mínimo - 69.0

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

144 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.18 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd, Sb relativos

às amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm, com

a excepção Fe e do Au, expressos em % e em ppb, respectivamente.

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

Fe

Máximo - 4.51

3ºQuarti l - 3.37

Mediana - 2.38

Média - 2.42

1ºQuarti l - 1.85

Mínimo - 0.63

- Média

- Valor Anómalo

0

2000

4000

6000

8000

10000

As

Máximo - 10000

3ºQuarti l - 2125

Mediana - 826

Média - 1589

1ºQuarti l - 391

Mínimo - 43

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

U

Máximo - 27.30

3ºQuarti l - 9.10

Mediana - 4.30

Média - 7.11

1ºQuarti l - 2.70

Mínimo - 1.60

- Média

- Valor Anómalo

0

30

60

90

120

150

180

210

240

Au

Máximo - 238.5

3ºQuarti l - 31.7

Mediana - 11.1

Média - 32.8

1ºQuarti l - 4.4

Mínimo - 0.3

- Média

- Valor Anómalo

0

3

6

9

12

15

18

21

24

Th

Máximo - 21.70

3ºQuarti l - 9.60

Mediana - 6.90

Média - 8.39

1ºQuarti l - 5.00

Mínimo - 1.70

- Média

- Valor Anómalo

0

7

14

21

28

35

42

49

56

Sr

Máximo - 55.00

3ºQuarti l - 9.00

Mediana - 6.00

Média - 9.90

1ºQuarti l - 4.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

Cd

Máximo - 4.00

3ºQuarti l - 2.10

Mediana - 1.10

Média - 1.32

1ºQuarti l - 0.50

Mínimo - 0.10

- Média

- Valor Anómalo

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Sb

Máximo - 78.80

3ºQuarti l - 2.10

Mediana - 0.80

Média - 5.18

1ºQuarti l - 0.80

Mínimo - 0.20

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

145

Figura 5.19 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg, Ba de

amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm, com a

excepção do Ca, P e Mg, expressos em %.

0

20

40

60

80

100

Bi

Máximo - 88.00

3ºQuarti l - 34.60

Mediana - 19.30

Média - 23.43

1ºQuarti l - 6.00

Mínimo - 0.80

- Média

- Valor Anómalo

0

20

40

60

80

100

120

V

Máximo - 117.0

3ºQuarti l - 46.0

Mediana - 32.0

Média - 36.0

1ºQuarti l - 29.0

Mínimo - 8.0

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

Ca

Máximo - 6.32

3ºQuarti l - 0.54

Mediana - 0.24

Média - 0.82

1ºQuarti l - 0.16

Mínimo - 0.07

- Média

- Valor Anómalo

0.00

0.03

0.06

0.09

0.12

0.15

0.18

0.21

0.24

P

Máximo - 0.232

3ºQuarti l - 0.089

Mediana - 0.071

Média - 0.077

1ºQuarti l - 0.045

Mínimo - 0.028

- Média

- Valor Anómalo

0

4

8

12

16

20

24

28

32

La

Máximo - 31.00

3ºQuarti l - 16.00

Mediana - 11.00

Média - 12.75

1ºQuarti l - 8.00

Mínimo - 3.00

- Média

- Valor Anómalo

0

8

16

24

32

40

48

56

64

72

Cr

Máximo - 67.00

3ºQuarti l - 37.00

Mediana - 31.00

Média - 29.00

1ºQuarti l - 23.00

Mínimo - 7.00

- Média

- Valor Anómalo

0.06

0.12

0.18

0.24

0.30

0.36

0.42

0.48

0.54

0.60

Mg

Máximo - 0.540

3ºQuarti l - 0.250

Mediana - 0.190

Média - 0.215

1ºQuarti l - 0.150

Mínimo - 0.090

- Média

- Valor Anómalo

8

16

24

32

40

48

56

64

72

80

Ba

Máximo - 74.00

3ºQuarti l - 42.00

Mediana - 36.00

Média - 34.25

1ºQuarti l - 25.00

Mínimo - 12.00

- Média

- Valor Anómalo

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

146 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.20 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Sc, Tl, S relativos às

amostras de poeiras (<250µm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm, com a

excepção do Ti, Al, Na e K, expressos em %.

0.009

0.018

0.027

0.036

0.045

0.054

0.063

0.072

0.081

0.090

Ti

Máximo - 0.089

3ºQuarti l - 0.065

Mediana - 0.038

Média - 0.047

1ºQuarti l - 0.033

Mínimo - 0.018

- Média

- Valor Anómalo

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

2.4

2.7

Al

Máximo - 2.52

3ºQuarti l - 1.32

Mediana - 0.84

Média - 0.97

1ºQuarti l - 0.69

Mínimo - 0.41

- Média

- Valor Anómalo

0.0018

0.0027

0.0036

0.0045

0.0054

0.0063

0.0072

0.0081

0.0090

Na

Máximo - 0.009

3ºQuarti l - 0.007

Mediana - 0.006

Média - 0.005

1ºQuarti l - 0.004

Mínimo - 0.002

- Média

- Valor Anómalo

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

0.45

0.50

K

Máximo - 0.470

3ºQuarti l - 0.270

Mediana - 0.180

Média - 0.214

1ºQuarti l - 0.150

Mínimo - 0.110

- Média

- Valor Anómalo

0

10

20

30

40

50

60

70

80

W

Máximo - 78.80

3ºQuarti l - 16.30

Mediana - 6.80

Média - 12.60

1ºQuarti l - 2.90

Mínimo - 0.40

- Média

- Valor Anómalo

0

2

4

6

8

10

Sc

Máximo - 9.40

3ºQuarti l - 4.00

Mediana - 2.40

Média - 2.85

1ºQuarti l - 1.70

Mínimo - 0.50

- Média

- Valor Anómalo

0.08

0.16

0.24

0.32

0.40

0.48

0.56

0.64

0.72

Tl

Máximo - 0.700

3ºQuarti l - 0.300

Mediana - 0.300

Média - 0.280

1ºQuarti l - 0.200

Mínimo - 0.100

- Média

- Valor Anómalo

0.03

0.06

0.09

0.12

0.15

0.18

0.21

0.24

0.27

S

Máximo - 0.250

3ºQuarti l - 0.120

Mediana - 0.090

Média - 0.094

1ºQuarti l - 0.070

Mínimo - 0.030

- Média

- Valor Anómalo

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

147

2

4

6

8

10

12

Ga

Máximo - 10.00

3ºQuarti l - 5.00

Mediana - 4.00

Média - 4.00

1ºQuarti l - 3.00

Mínimo - 2.00

- Média

- Valor Anómalo

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

3.2

Se

Máximo - 3.20

3ºQuarti l - 0.80

Mediana - 0.50

Média - 0.65

1ºQuarti l - 0.30

Mínimo - 0.30

- Média

- Valor Anómalo

Figura 5.21 - Diagrama de extremos e quartis para os elementos Ga e Se de amostras de poeiras

(<250µm, 2ª campanha). Todos os elementos estão expressos em ppm.

Para um melhor estudo do comportamento dos metais em amostras de poeiras,

apenas nos incidimos no estudo dos metais com cariz tóxico.

Na tabela 5.7 apresentamos os valores normais, os valores aceitáveis e os valores

máximos dos metais para este tipo de meio amostral, adaptado de Fabis, 1987 in

Sezgin et al., (2003) e os valores máximos atingidos pelos mesmos metais nas

amostras em estudo.

Tabela 5.7 - Valores normais, valores aceitáveis e valores máximos dos metais para neste tipo de

meio amostral e comparação com os máximos observados nas duas campanhas

Metais Amplitude

normal

Valores

aceitáveis

Valores

máximos

1a campanha 2 a campanha

<2mm

Máximo

<250µm

Máximo

<2mm

Máximo

<250µm

Máximo

Mo 1-5 5 s/ inf. 2.1 2.1 1.4 1.9

Cu 5-20 50 100 652.6 706 194.2 275.8

Pb 0.1-20 100 100 294 149 241.6 357.4

Zn 10-50 300 300 569 662 263 402

Ni 10-50 50 50 25.4 37.1 21.4 22.2

Co 1-10 50 s/ inf. 16.10 20 19.9 16.7

As 2-20 20 s/ inf. 6547.4 5512.5 9998.1 14500

Cd 0.1-1 3 3 7.6 9.1 2.7 4

Cr 10-50 100 100 49 71 67 67

5.2.2. Análise estatística bivariada dos dados geoquímicos

Neste item apresenta-se a análise do comportamento entre pares de elementos

através do cálculo da matriz de correlação, sendo apresentados ao valores do

coeficientes de correlação superiores a 0.5.

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

148 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Tabela 5.8 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 1ª campanha de

amostragem (<2mm) tendo em consideração a globalidade dos resultados (n=20)

Mo Cu Pb Zn Ag Ni Co Mn Fe As Au Cd Cr

Mo 1.00 0.70 0.72

0.65 0.60 0.51

0.56 0.64

0.65

Cu

1.00 0.73 0.67 0.92

0.61

0.80 0.80 0.81 0.71 0.54

Pb

0.92 1.00

0.81

0.52 0.54 0.88

0.51

Zn

0.70 0.58 1.00 0.60

0.54 0.51

0.88

Ag

0.98 0.91 0.68 1.00

0.55

0.86 0.83 0.89 0.69 0.57

Ni 0.61

1.00

0.52

0.75

Co

1.00 0.91 0.57 0.51 0.54

0.63

Mn

0.57 0.93 1.00 0.52

0.70

Fe

0.84 0.70 0.62 0.79

1.00 0.80 0.71 0.65 0.58

As 0.51 0.87 0.74 0.60 0.85

0.85 1.00 0.71 0.67

Au

0.93 0.86 0.64 0.94

0.65 0.69 1.00

Cd

0.91 0.80 0.87 0.92

0.76 0.84 0.84 1.00

Cr 0.58

0.84 0.70 0.77

1.00

Pela análise da tabela 5.8 observa-se uma maior correlação, por ordem

decrescente, entre os elementos: Ag/Cu (0.98), Au/Ag (0.94), Au/Cu (0.93), Mn/Co

(0.93), Pb/Cu (0.92), Cu/Ag (0.92), Cd/Ag (0.92), Ag/Pb (0.91), Cd/Cu (0.91), Pb/Au (0.88),

Zn/Cd (0.88), As/Cu (0.87), Ag/Fe (0.86), Pb/Au (0.88), As/Ag (0.85), As/Fe (0.85), Cd/As

(0.84), Cd/Au (0.84), Cr/Ni (0.84), Fe/Cu (0.80), Cd/Pb (0.80), Cr/Mn (0.77), Cd/Fe (0.76),

As/Pb (0.74), Mo/Pb (0.72), As/Au (0.71), Fe/Au (0.71), Mo/Cr (0.70), Zn/Cu (0.70), Fe/Pb

(0.70), Cr/Co (0.70), Ag/Zn (0.68), Mo/Cr (0.65), Mo/Ag (0.65), Mo/Au (0.64), Au/Zn (0.64),

Fe/Zn (0.62), Ni/Mo (0.61), Cu/Co (0.61), As/Zn (0.60), Zn/Pb (0.58), Fe/Cr (0.58), Mn/Ni

(0.57), Co/Fe (0.57), Ag/Cr (0.57), Mo/As (0.56), Ag/Co (0.55), Co/Au (0.54), Cu/Cr (0.54),

Ni/Fe (0.52), Mn/Fe (0.52), Mo/Co (0.51), Co/As (0.51), Pb/Cr (0.51).

Da análise dos diagramas de dispersão com regressão (Anexo VI) e da tabela

5.8, correspondente às amostras de solos de granulometria <2mm da 1ª

campanha de amostragem, permitiu-nos estabelecer alguns padrões de

comportamento entre pares de variáveis:

i. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem de dispersão

condicionada pela presença de um único “outlier”, como o caso do par:

Ag/Cu, Pb/Cu, Cu/Ag, Cd/Ag, Ag/Pb, Cd/Cu, Pb/Au, Pb/Au, As/Ag, As/Fe,

Cd/Au, Fe/Cu, Cd/Pb, As/Pb, As/Au, Fe/Au, Zn/cu, Fe/Pb e Zn/Pb.

ii. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem condicionada por

problemas analíticos (pares em que os valores são muito próximos,

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

149

elementos que estejam abaixo do limite de detecção) e que são excluídos

de pares passíveis de correlação, sendo eles: Au/Ag, Au/Cu, Ag/Fe,

Mo/Pb, Au/Zn e Cu/Co.

iii. Pares sem correlação: Ag/Co, Ag/Cr, Co/Au e Cu/Cr.

iv. Pares de variáveis que possuem coeficientes de correlação significativos

mas a nuvem de dispersão mostra não ser significativa: Cd/Fe, Mo/Cr,

Ag/Zn, Mo/Ag, Ni/Mo, Fe/Cr, Co/Fe, Mo/As, Ni/Fe, Mo/Co, Co/As e Pb/Cr.

v. Pares de variáveis que apresentam correlação significativa comprovada

pela nuvem de dispersão: Mn/Co, Zn/Cd, As/Cu, Cd/As, Cr/Ni, Cr/Mn,

Cr/Co, Fe/Zn, As/Zn, Mn/Ni e Mn/Fe.

Tabela 5.9 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 1ª campanha de

amostragem (<250µm) tendo em consideração a globalidade dos resultados (n=20)

Mo Cu Pb Zn Ag Ni Co Mn Fe As Au Cd Cr

Mo 1.00

0.67

0.66

Cu

1.00 0.55 0.81 0.76

0.53

0.79 0.91 0.63 0.81

Pb

0.79 1.00 0.69 0.74

0.52 0.54 0.71

Zn

0.84 0.77 1.00 0.76

0.59

0.70 0.77 0.67 0.85

Ag

0.97 0.85 0.82 1.00

0.57

0.82 0.78 0.84 0.71

Ni 0.73

1.00 0.60 0.58

0.78

Co

1.00 0.95 0.61

0.75

Mn

0.56 0.92 1.00

0.67

Fe

0.57 0.55 0.70 0.56

0.66 0.56 1.00 0.72 0.54 0.74

As

0.73 0.61 0.72 0.75

0.67 1.00 0.68 0.89

Au

1.00 0.54

Cd

0.97 0.81 0.88 0.97

0.59 0.79

1.00

Cr 0.69

0.82 0.69 0.70 0.51

1.00

Pela análise da tabela 5.9 observa-se uma maior correlação, por ordem

decrescente, entre os elementos: Ag/Cu (0.97), Cd/Cu (0.97), Cd/Ag (0.97), Co/Mn

(0.95), Cu/As (0.91), As/Cd (0.89), Cd/Zn (0.88), Ag/Pb (0.85), Zn/Cu (0.84), Ag/Au (0.88),

Ag/Zn (0.82), Ag/Fe (0.82), Cr/Ni (0.82), Pb/Cu (0.79), Cu/Fe (0.79), Ag/As (0.78), Zn/Pb

(0.77), Zn/As (0.77), Co/Cr (0.75), Fe/Cd (0.74), Ni/Mo (0.73), Fe/As (0.72), Pb/Au (0.71),

Zn/Fe (0.70), Cr/Mn (0.70), Cr/Mo (0.69), As/Au (0.68), Zn/Au (0.67), Fe/Co (0.66), Cu/Au

(0.63), As/Pb (0.61), Ni/Co (0.60), Zn/Co (0.59), Ni/Mn (0.58), Ag/Co (0.57), Fe/Pb (0.55),

Fe/Au (0.54) e Cu/Co (0.53).

Da análise dos diagramas de dispersão com regressão (Anexo VI) e da tabela

5.9, correspondente às amostras de solos de granulometria <250µm da 1ª

Page 170: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

150 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

campanha de amostragem, permitiu-nos estabelecer alguns padrões de

comportamento entre pares de variáveis:

i) Pares de variáveis que apresentam uma nuvem de dispersão condicionada

pela presença de um único “outlier”, como o caso do par: Ag/Cu, Cd/Cu,

Cd/Ag, Zn/Cu, Pb/Cu, Fe/Cd e As/Pb.

ii) Pares sem correlação: Ag/Au, Cu/Au, Ag/Co e Cu/Co.

iii) Pares de variáveis que possuem coeficientes de correlação significativos mas

a nuvem de dispersão mostra não ser significativa: As/Cd, Cd/Zn, Ag/Zn,

Ag/Fe, Cu/Fe, Ag/As, Fe/As, Pb/Au, Cr/Mo, As/Au, Zn/Au, Fe/Pb e Fe/Au.

iv) Pares de variáveis que apresentam correlação significativa comprovada pela

nuvem de dispersão: Co/Mn, Cu/As, Ag/Pb, Cr/Ni, Zn/Pb, Zn/As, Co/Cr, Ni/Mo,

Zn/Fe, Cr/Mn, Fe/Co, Ni/Co, Zn/Co e Ni/Mn.

Tabela 5.10 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 2ª campanha de

amostragem (<2mm) tendo em consideração a globalidade dos resultados (n=20)

Mo Cu Pb Zn Ag Ni Co Mn Fe As Au Cd Cr

Mo 1.00 0.62 0.54

0.53 0.81 0.52

0.58 0.61 0.57 0.51 0.71

Cu 0.51 1.00 0.89 0.55 0.92

0.59

0.75 0.96 0.90 0.91 0.61

Pb

0.91 1.00

0.94

0.71 0.88 0.95 0.91 Zn

0.66 0.51 1.00

0.62 0.71 0.51 0.71 0.53 0.53 0.54 0.70

Ag

0.93 0.91

1.00

0.67 0.94 0.96 0.96 Ni 0.66

0.62

1.00 0.73 0.72 0.72

0.88

Co

0.62

0.73 1.00 0.83 0.85 0.59 0.53 0.51 0.87

Mn

0.66

0.76 0.92 1.00 0.76

0.79

Fe

0.72 0.55 0.79 0.53 0.72 0.82 0.83 1.00 0.73 0.72 0.72 0.87

As

0.84 0.95

0.83

1.00 0.91 0.91 0.60

Au

0.60 0.62 0.56

1.00 0.93 0.57

Cd

0.95 0.92 0.61 0.96

0.59 0.82 0.64 1.00 0.52

Cr

0.64

0.85 0.92 0.92 0.87

1.00

Pela análise da tabela 5.10 observa-se uma maior correlação, por ordem

decrescente, entre os elementos: Ag/Au (0.96), Cu/As (0.96), As/Pb (0.95), Pb/Au

(0.95), Cd/Cu (0.95), Ag/As (0.94), Pb/Ag (0.94), Ag/Cu (0.93), Au/Cd (0.93), Cr/Co (0.92),

Mn/Co (0.92), Cr/Mn (0.92), Cd/Pb (0.92), Pb/Cu (0.91), As/Au (0.91), As/Cd (0.91), Cu/Au

(0.90), Mo/Ni (0.89), Ni/Cr (0.88), Fe/Cr (0.87), Co/Fe (0.85), Fe/Mn (0.83), Fe/Zn (0.79),

Mn/Ni (0.76), Cu/Fe (0.75), Ni/Co (0.73), Fe/As (0.73), Ni/Fe (0.72), Fe/Cd (0.72), Fe/Au

(0.72), Mo/Cr (0.71), Zn/Co (0.71), Pb/Fe (0.71), Zn/Cr (0.70), Ag/Fe (0.67), Zn/Cu (0.66),

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

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151

Mn/Zn (0.66), Mo/Co (0.62), Mo/Cu (0.62), Zn/Ni (0.62), Mo/As (0.61), Cd/Zn (0.61), Cu/Cr

(0.61), As/Cr (0.60), Co/As (0.59), Cu/Co (0.59), Mo/Fe (0.58), Au/Cr (0.57), Mo/Au (0.57),

Au/Zn (0.56), Mo/Pb (0.54), Mo/Pb (0.53), Co/Au (0.53), Zn/As (0.53), Cd/Cr (0.52), Mo/Cd

(0.51) e Co/Cd (0.51).

Da análise dos diagramas de dispersão com regressão (Anexo VI) e da tabela

5.10, correspondente às amostras de solos de granulometria <2mm da 2ª

campanha de amostragem, permitiu-nos estabelecer alguns padrões de

comportamento entre pares de variáveis:

i. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem de dispersão

condicionada pela presença de um único “outlier”, como o caso do

par: Cu/As, As/Pb, Cd/Cu, Ag/As, Pb/Ag, Ag/Cu, Cr/Co, Mn/Co, Cr/Mn,

Pb/Cu, As/Cd, Ni/Co, Zn/Ni, Co/As, Co/Au, Zn/As, Mo/Cd e Co/Cd.

ii. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem condicionada por

problemas analíticos (pares em que os valores são muito próximos,

elementos que estejam abaixo do limite de detecção) e que são

excluídos de pares passíveis de correlação.

iii. Pares sem correlação: Mo/As e Mo/Au.

iv. Pares de variáveis que possuem coeficientes de correlação

significativos mas a nuvem de dispersão mostra não ser significativa:

Ag/Au, Pb/Au, As/Au, Cu/Au, Fe/As, Fe/Au, Mo/Cr, Zn/Co, Pb/Fe, Zn/Cr,

Ag/Fe, Mo/Co, Mo/Cu, Cu/Cr, As/Cr, Mo/Fe, Au/Cr, Mo/Pb e Cd/Cr.

v. Pares de variáveis que apresentam correlação significativa

comprovada pela nuvem de dispersão: Cd/Pb, Mo/Ni, Ni/Cr, Fe/Cr,

Co/Fe, Fe/Mn, Fe/Zn, Mn/Ni, Cu/Fe, Ni/Fe, Fe/Cd, Zn/Cu, Mn/Zn, Cd/Zn

e Cu/Co.

Pela análise da tabela 5.11 observa-se uma maior correlação, por ordem

decrescente, entre os elementos:

As/Pb (0.98), Pb/Ag (0.96), Cu/As (0.95), Cd/Cu (0.95), Ag/Cd (0.94), Pb/Au (0.92), As/Cd

(0.92), Cr/Co (0.92), Cu/Ag (0.91), Ag/As (0.91), Ag/Au (0.90), Pb/Cd (0.90), Cu/Au (0.89),

As/Au (0.89), Cu/Pb (0.88), Mn/Co (0.84), Au/Cd (0.83), Cr/Mn (0.81), Cr/Fe (0.80), Ni/Cr

(0.79), Co/Fe (0.78), Fe/Mn (0.75), Fe/As (0.72), Ag/Fe (0.71), Pb/Fe (0.69), Cu/Zn (0.66),

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

152 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Mn/Ni (0.65), Cu/Fe (0.64), Fe/Cd (0.61), Zn/As (0.59), Fe/Ni (.59), Fe/Au (0.59), Zn/Cd (0.58),

Pb/Zn (0.52), Zn/Ag (0.51) e Zn/Fe (0.50).

Tabela 5.11 - Resumo da matriz de correlação das amostras de poeira da 2ª campanha de

amostragem (<250µm) tendo em consideração a globalidade dos resultados (n=20)

Mo Cu Pb Zn Ag Ni Co Mn Fe As Au Cd Cr

Mo 1.00 Cu

1.00 0.88 0.66 0.91

0.64 0.95 0.89 0.92

Pb

0.71 1.00 0.52 0.96

0.69 0.91 0.92 0.90 Zn

0.60

1.00 0.51

0.50 0.59

0.58

Ag

0.91 0.83

1.00

0.71 0.91 0.90 0.94 Ni 0.51

1.00

0.54 0.51

0.66

Co

0.67 1.00 0.75 0.78

0.83

Mn

0.65 0.84 1.00 0.70

0.72

Fe

0.50

0.52 0.59 0.83 0.75 1.00 0.72 0.59 0.61 0.74

As

0.77 0.98

0.86

0.52 1.00 0.89 0.92 Au

0.62 0.75

0.80

0.75 1.00 0.83

Cd

0.95 0.72 0.54 0.93

0.79 0.63 1.00 Cr

0.79 0.92 0.81 0.80

1.00

Da análise dos diagramas de dispersão com regressão (Anexo VI) e da tabela

5.11, correspondente às amostras de solos de granulometria <250µm da 2ª

campanha de amostragem, permitiu-nos estabelecer alguns padrões de

comportamento entre pares de variáveis:

i. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem de dispersão

condicionada pela presença de um único “outlier”, como o caso do par:

As/Pb, Pb/Ag, Cu/As, Cr/Co, Ag/As, Cu/Pb, Mn/Co e Zn/Ag.

ii. Pares de variáveis que apresentam uma nuvem condicionada por

problemas analíticos (pares em que os valores são muito próximos,

elementos que estejam abaixo do limite de detecção) e que são excluídos

de pares passíveis de correlação.

iii. Pares de variáveis que possuem coeficientes de correlação significativos

mas a nuvem de dispersão mostra não ser significativa: Pb/Au, Ag/Au,

Pb/Cd, Cu/Au, As/Au, Fe/As, Ag/Fe, Mn/Ni, Fe/Cd, Zn/As, Fe/Ni e Fe/Au.

iv. Pares de variáveis que apresentam correlação significativa comprovada

pela nuvem de dispersão: Cd/Cu, Ag/Cd, As/Cd, Cu/Ag, Cr/Mn, Cr/Fe,

Ni/Cr, Co/Fe, Fe/Mn, Pb/Fe, Cu/Zn, Cu/Fe, Zn/Cd, Pb/Zn e Zn/Fe.

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

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153

Pela análise de todas as matrizes de correlação, constata-se uma forte

correlação entre os elementos Mo-Cu-Pb-Ag-Au-As e entre os elementos Zn-Ni-

Co-Mn-Fe-Cd-Cr. O primeiro grupo está relacionado com a mineralogia do jazigo

e o segundo relacionado com a geologia local ou por outras actividades

antrópicas não relacionadas com a actividade mineira. É de ter atenção que as

próprias actividades do quotidiano e a própria construção de habitações da

zona levam a um aumento de metais contaminantes dos diferentes meios

amostrais. Por outro lado temos uma correlação muito significativa entre os

elementos As, Cu, Pb, Cd, Fe e Zn, que podem estar relacionados com a própria

actividade mineira.

Para melhor interpretação dos dados realizou-se a cartografia pontual dos teores

“totais” dos elementos em estudo para as ambas granulometrias.

Nas figuras 5.22 a 5.29 está representada a cartografia pontual dos teores “totais”

de Mo, Cu, Pb, Zn, Co, Ni, Cr, Cd, As e Au nas amostras de poeiras das 1º e 2ª

campanhas para a granulometria <2mm e nas figuras 5.30 a 5.37 a respectiva

representação para a fracção <250µm. Estas cartas têm como objectivo mostrar

a variação espacial das concentrações dos vários elementos ao longo da malha

de amostragem, principalmente daqueles que apresentam um comportamento

contaminante. Estes mapas foram elaborados no programa Surfer, versão 8. Os

limites das classes cartografadas correspondem aos seguintes intervalos:] mínimo,

25% [; [25%, 50% [; [50%, 75% [; [75%, 85% [; [85%, 90% [; [90%, 95% [; [95%, máximo [.

Da apreciação global da distribuição dos teores “totais” dos elementos das

amostras de poeiras da 1ª campanha e da estatística descritiva podemos

observar:

Os metais em estudo apresentam uma tendência em apresentar teores

mais elevados na fracção <250µm, em ambas as campanhas;

Os elementos Mo, Cu, Zn, Ni, Fe e Cd apresentam teores mais baixos na 2ª

campanha de amostragem, sendo o Cu e Zn os elementos com as

diferenças mais significativas. Por outro lado o elemento As apresenta um

comportamento oposto do anterior, apresentando uma diferença na

ordem dos 3000ppm dos valores máximos atingidos;

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

154 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

De acordo com a distribuição dos teores “totais” dos elementos, nota-se

um enriquecimento em metais na zona em torno da mina, apesar de

alguns elementos apresentarem teores elevados em amostras distantes da

mina. Uma das possíveis causas deste enriquecimento em metais para

zonas distantes da mina é o levantamento de poeiras na construção de

habitações em torno da mesma, como podem reflectir as actividades do

quotidiano, como o movimento de tráfego e os próprios processos

urbanos;

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

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155

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.1 to 0.5

0.5 to 0.6

0.6 to 0.7

0.7 to 0.72

0.72 to 0.86

0.86 to 1.25

1.25 to 2.2

Concentração de Mo "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

Figura 5.22 - Cartografia pontual dos teores de Mo relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Mo entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.2 to 0.6

0.6 to 0.8

0.8 to 1

1 to 1.1

1.1 to 1.6

1.6 to 2.2

Concentração de Mo "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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156 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.23 - Cartografia pontual dos teores de Pb relativos á fracção < 2mm e

<250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha; comparação da

variação da concentração de Pb entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 7.6 to 14.7

14.7 to 36.9

36.9 to 86.9

86.9 to 96.1

96.1 to 105.1

105.1 to 138.5

138.5 to 295

Concentração de Pb "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 13.9 to 29.5

29.5 to 36.8

36.8 to 67.4

67.4 to 78.9

78.9 to 90.1

90.1 to 110.7

110.7 to 150

Concentração de Pb "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

157

Figura 5.24 - Cartografia pontual dos teores de Zn relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha; comparação da

variação da concentração de Zn entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 14 to 136

136 to 170

170 to 283

283 to 295.1

295.1 to 295.8

295.8 to 346.3

346.3 to 571

Concentração de Zn "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 45 to 176

176 to 232

232 to 299

299 to 353.1

353.1 to 408.4

408.4 to 498.8

498.8 to 663

Concentração de Zn "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

158 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.25 - Cartografia pontual dos teores de Ni relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Ni entre as duas

fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 2.2 to 9

9 to 12.8

12.8 to 16.4

16.4 to 16.8

16.8 to 18.4

18.4 to 20.1

20.1 to 26

Concentração de Ni "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 4 to 9.1

9.1 to 15.9

15.9 to 23.1

23.1 to 24.8

24.8 to 27.4

27.4 to 31.2

31.2 to 378

Concentração de Ni "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

159

Figura 5.26 - Cartografia pontual dos teores de Co relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha;

comparação da variação da concentração de Co entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.7 to 4

4 to 8.5

8.5 to 12.4

12.4 to 12.8

12.8 to 13.3

13.3 to 14.6

14.6 to 16.2

Concentração de Co "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 1.5 to 5

5 to 8.4

8.4 to 14.1

14.1 to 15

15 to 18.2

18.2 to 19.1

19.1 to 21

Concentração de Co "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

160 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.27 - Cartografia pontual dos teores de As relativos á fracção < 2mm e

<250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha; comparação da

variação da concentração de As entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 6.6 to 393.3

393.3 to 1357.8

1357.8 to 2238.3

2238.3 to 2988.8

2988.8 to 3336.4

3336.4 to 4983.6

4983.6 to 6550

Concentração de As "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 22.1 to 489.8

489.8 to 1409.6

1409.6 to 2459.6

2459.6 to 3841.2

3841.2 to 4632.8

4632.8 to 4964

4964 to 5513

Concentração de As "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

161

Figura 5.28 - Cartografia pontual dos teores de Cd relativos á fracção < 2mm e

<250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha; comparação da

variação da concentração de Cd entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.05 to 0.7

0.7 to 1.4

1.4 to 1.8

1.8 to 2

2 to 2.3

2.3 to 4.5

4.5 to 7.7

Concentração de Cd "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.1 to 0.9

0.9 to 1.4

1.4 to 1.9

1.9 to 2.2

2.2 to 2.6

2.6 to 4.8

4.8 to 9.2

Concentração de Cd "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

162 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.29 - Cartografia pontual dos teores de Cr relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 1ª campanha; comparação da

variação da concentração de Cr entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 3 to 16

16 to 32

32 to 40

40 to 41.5

41.5 to 44.8

44.8 to 48.2

48.2 to 50

Concentração de Cr "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 8 to 21

21 to 42

42 to 51

51 to 55

55 to 56.6

56.6 to 64.2

64.2 to 72

Concentração de Cr "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

163

Figura 5.30 - Cartografia pontual dos teores de Mo relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Mo entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.05 to 0.3

0.3 to 0.5

0.5 to 0.9

0.9 to 0.92

0.92 to 1.04

1.04 to 1.4

1.4 to 1.41

Concentração de Mo "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.2 to 0.6

0.6 to 1

1 to 1.1

1.1 to 1.13

1.13 to 1.35

1.35 to 1.81

1.81 to 2

Concentração de Mo "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

164 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.31 - Cartografia pontual dos teores de Pb relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha; comparação da

variação da concentração de Pb entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 5.9 to 20.6

20.6 to 32

32 to 91.2

91.2 to 96.17

96.17 to 103.39

103.39 to 120.48

120.48 to 241.7

Concentração de Pb "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 11.7 to 28

28 to 44.7

44.7 to 60.9

60.9 to 79.34

79.34 to 95.77

95.77 to 135.96

135.96 to 357.5

Concentração de Pb "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

165

Figura 5.32 - Cartografia pontual dos teores de Zn relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha; comparação da

variação da concentração de Zn entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 51 to 132

132 to 157

157 to 189

189 to 224.7

224.7 to 241.7

241.7 to 257.3

257.3 to 264

Concentração de Zn "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 90 to 195

195 to 242

242 to 301

301 to 315.15

315.15 to 334.1

334.1 to 346.9

346.9 to 403

Concentração de Zn "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

166 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.33 - Cartografia pontual dos teores de Ni relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha; comparação da

variação da concentração de Ni entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 2 to 7.2

7.2 to 11.1

11.1 to 13.8

13.8 to 14.05

14.05 to 14.68

14.68 to 18.27

18.27 to 21.5

Concentração de Ni "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 3.6 to 12.8

12.8 to 16.5

16.5 to 20.3

20.3 to 20.35

20.35 to 20.62

20.62 to 20.87

20.87 to 22.3

Concentração de Ni "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Page 187: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

167

Figura 5.34 - Cartografia pontual dos teores de Co relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Co entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.9 to 2.5

2.5 to 4.5

4.5 to 7.2

7.2 to 7.86

7.86 to 9.55

9.55 to 12.21

12.21 to 20

Concentração de Co "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 1.9 to 4.2

4.2 to 7.7

7.7 to 9.8

9.8 to 10.1

10.1 to 10.12

10.12 to 10.62

10.62 to 16.8

Concentração de Co "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Page 188: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

168 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 19.7 to 273.4

273.4 to 548.9

548.9 to 1753

1753 to 2241.05

2241.05 to 2449.26

2449.26 to 3209.4

3209.4 to 9998.2

Concentração de As "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 43.1 to 391.1

391.1 to 826

826 to 2125.8

2125.8 to 2714.61

2714.61 to 3415.36

3415.36 to 3955.44

3955.44 to 10001

Concentração de As "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Figura 5.35 - Cartografia pontual dos teores de As relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha; comparação da

variação da concentração de As entre as duas fracções.

Page 189: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

169

Figura 5.36 - Cartografia pontual dos teores de Cd relativos á fracção <

2mm e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha;

comparação da variação da concentração de Cd entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.05 to 0.3

0.3 to 0.7

0.7 to 1.2

1.2 to 1.83

1.83 to 2.01

2.01 to 2.13

2.13 to 2.8

Concentração de Cd "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 0.1 to 0.5

0.5 to 1.1

1.1 to 2.1

2.1 to 2.36

2.36 to 2.8

2.8 to 3.72

3.72 to 4.1

Concentração de Cd "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

170 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

Figura 5.37 - Cartografia pontual dos teores de Cr relativos á fracção < 2mm

e <250µm, relativos às amostras colhidas na 2ª campanha; comparação da

variação da concentração de Cr entre as duas fracções.

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 4 to 10

10 to 18

18 to 28

28 to 29.3

29.3 to 31

31 to 32.8

32.8 to 68

Concentração de Cr "total" (ppm)

Metros

0 50 100

Estradas

Campo de futebol

Instalações da mina

Chaminés

545000 545100 545200 545300 545400 545500 545600 545700 545800

4526600

4526700

4526800

4526900

4527000

4527100

4527200 7 to 23

23 to 31

31 to 37

37 to 41.15

41.15 to 42.4

42.4 to 47.05

47.05 to 68

Concentração de Cr "total" (ppm)

Metros

0 50 100

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CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E GEOQUÍMICA DAS AMOSTRAS DE POEIRAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

171

Elementos como o Mo, Ni, Co e Cr apresentam os teores dentro dos

valores admissíveis, de acordo com a tabela 5.6. A presença destes

elementos tem uma possível ligação com a litologia presente na área

(xistos) e associados a outro tipo de fontes antrópicas, descritas

anteriormente.

Os restantes elementos (Pb, Zn, As e Cd) apresentam valores acima dos

valores admissíveis. As concentrações elevadas nestes elementos derivam

possivelmente de contribuições antrópicas; Os elementos As, Pb e o Cd

são elementos que possivelmente estão associados à actividade

associada à mina do Pintor.

Apesar das concentrações mais elevadas estarem associadas a amostras

colhidas próximas da mina, existem amostras que foram colhidas em

pontos distantes da mina que apresentam teores elevados em metais,

nomeadamente do elemento As.

A amostra 20, colhida numa zona sob influência directa da zona de

escombreira, apresenta teores elevados nos elementos Pb, Zn, As e Cd,

enquanto os elementos Mo, Ni, Co, Mn, Fe e Cr apresentam valores muito

baixos.

Nas amostras da 1ª campanha, verifica-se que para o As cerca de 75%

das amostras estão acima do valor considerado aceitável (50 e 20 ppm,

respectivamente), enquanto para os elementos Pb e Cd só 15% das

amostras apresentam valores acima desse limite (100 e 3ppm,

respectivamente). Nas amostras da 2ª campanha de amostragem, os

elementos As e Pb apresentam comportamento semelhante à 1ª

campanha de amostragem, com excepção do elemento Cd que não

chega a atingir o valor aceitável na fracção <2mm mas na fracção

<250µm, 15% das amostras estão acima desse valor.

Considerando a questão da exposição humana o As é o elemento mais

preocupante. Nas amostras onde foi determinado uma proporção em

PM10 superior a 1% (1, 2, 3, 4, 10, 11, 16 e 19) e proporção de PM2 (1, 2, 3 e

4), a concentração de As em todas é superior ao valor considerado

Page 192: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

172 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

aceitável (20 ppm). Todos os outros metais encontram-se em

concentrações abaixo dos valores considerados aceitáveis;

As concentrações elevadas dos elementos Cu, Pb, As e Cd para além de

se concentrarem na envolvente da mina, ocorrem em locais residenciais,

o que aumenta o índice de exposição a estes metais por ingestão,

inalação e contacto cutâneo com as partículas;

Page 193: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

CONCLUSÕES

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

173

6. CONCLUSÕES

O objectivo primordial deste trabalho consistia no estudo do impacte a nível

ambiental que a actividade mineira, desenvolvida na mina do Pintor, provocou

por na qualidade dos solos e poeiras.

Para o levantamento dos problemas ambientais que a zona enfrenta, foram

adoptadas metodologias que melhor se enquadravam nos objectivos do

trabalho, desde às técnicas de amostragem, técnicas analíticas e métodos

usados para a análise dos dados e para a avaliação dos riscos.

Para a análise geoquímica da área foram recolhidas 132 amostras de solo e 40

amostras de poeiras (20 em cada campanha de amostragem), que foram

analisadas por métodos estatísticos univariados e bivariados. Os dados relativos

às amostras de solos ainda sofreram tratamento estatístico multivariado e

geoestatística.

Deste estudo podemos considerar como principais conclusões para os solos:

I. A análise da estatística univariada, permitiu estimar quais os elementos

que apresentam teores acima dos valores de referência e quais os que

apresentam valores anómalos “outliers”. Nas amostras de fracção <2mm

os elementos com teores acima dos valores de referência são o Mo, Cu,

Pb, Zn, Ag, Ni, Co, As, U, Au, Cd, Cr, Sb, Bi, W, Hg, Tl e Se, e dentro destes

elementos, aqueles que apresentam outliers são o Mo, Pb, Au, Mn, Fe, As,

Au, Sb e Bi. Das amostras de fracção <150µm, os elementos com teores

acima dos valores de referência são o Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co, As, U,

Au, Cd, Cr, Sb, Bi, W, Hg, Tl e Se, e dentro destes aqueles que apresentam

outliers são Mo, Ag, Co, Mn, Fe, As, U, Au, Cd, Sb, Bi, Hg e o Tl.

II. Da análise global dos resultados obtidos pelo estudo bivariado,

conseguimos obter correlações dos elementos associados com a

geologia regional (Cu, Ni, Co, Fe, Mn e Cr). Foi difícil a obtenção de

correlações dos restantes elementos pois a maioria dos diagramas de

dispersão foram afectados pela presença de outliers.

III. A análise global dos resultados obtidos pela ACP permitiu identificar três

grupos de associação de elementos: Co-Mn-V-Cr-Mg-Ba-Ti-Al-K-Sc-Ga –

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

174 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

grupo de elementos relacionado com a geologia regional (xistos e

quartzítos); Ag, Bi, S, Na, Mo, Fe e W – grupo de elementos relacionados

com o filão mineralizado que deu origem à Mina do Pintor. Juntamente

com a análise da cartografia dos factores, este grupo aparece bem

representado ao longo do filão de quartzo; As-Cd-Zn-Sb-Cu-Pb – grupo

de elementos relacionados com o tratamento de minério proveniente da

concessão mineira de Jales e de Ervedosa. Pela análise da cartografia

dos factores, este conjunto de elementos localiza-se junto da zona de

escombreira.

IV. A análise conjunta da cartografia de teores dos metais Pb, Zn, As, Cd e

Hg, permitiu constatar que os teores mais elevados nestes elementos

localizam-se próximo da mina do Pintor, evidenciando bem o impacto

da mesma. O Hg e o Pb, apesar de estarem ligados à contaminação

proveniente da mina, apresentam outros focos de contaminação. Para o

Hg existem zonas de enriquecimento próximas de zonas industriais

localizadas na zona de estudo enquanto que para o Pb nota-se uma

dispersão da auréola de contaminação que vai desde a mina do Pintor

até junto á estrada principal, indicando como provável segunda fonte

de contaminação o tráfego de veículos. As zonas de contaminação

destes elementos a SE da mina do Pintor atingem a Ribeira do Pintor, que

trata-se de uma zona vulnerável de contaminação, ameaçando assim a

qualidade da água superficial e dos solos associados. O elemento As é

sem dúvida o mais preocupante. Da análise da cartografia dos teores, só

5% da população de dados se encontra abaixo dos valores máximos

admissíveis, o que nos permite inferir que grande parte da zona de

estudo está sob stress ambiental no que diz respeito a este elemento.

V. Da análise da Extracção Química Selectiva da variável As com Acetato

de Amónio permitiu constatar que este elemento tem uma maior

probabilidade de estar bioacessível. A zona onde os teores são mais

elevados (acima dos 145ppm) está associada á mina do Pintor, mas

existem zonas que estão significativamente afastadas da mina que

apresentam valores desde os 33 a 100ppm, estando acima dos limites

toleráveis (20ppm).

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CONCLUSÕES

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

175

Relativamente às amostras de poeiras (“road dust”) podemos considerar as

principais conclusões:

I. Da análise dos resultados obtidos pela caracterização textural das

amostras permitiu constatar que as amostras são arenosas. Em relação à

proporção em PM10 e PM2, constatou-se que as amostras desta zona de

estudo podem ser susceptíveis de serem inaladas, aumentando assim o

risco de inalação e ingestão de metais.

II. A análise estatística univariada permitiu estabelecer a presença de outliers

nas amostras de fracção <2mm de ambas as campanhas de

amostragem, como o Mo, Cu, Pb, Ag, Au, As, Sr, Cd, Sb, Bi e S e nas

amostras de fracção <250µm como o Cu, Pb, Ag, As, U, Au, Cd, Sb, Bi, S e

Se.

III. A análise dos resultados obtidos pela estatística bivariada permitiu

constatar a presença de dois grandes grupos de variáveis

correlacionadas, o grupo associado à mineralogia do jazigo e da

actividade mineira (Cu-Pb-Ag-Au-As) e dos elementos associados à

geologia local, constituída geralmente por xistos e associados a outras

actividades antrópicas (Zn-Ni-Co-Mn-Fe-Cd-Cr).

IV. Da análise da cartografia pontual dos teores “totais” dos elementos Mo,

Cu, Pb, Zn, Ni, Co, As, Cd e Cr, a zona de maior enriquecimento de metais

localiza-se na envolvente da mina. À medida que nos afastamos da

mesma, os teores começam a diminuir apesar de existir zonas onde os

teores são relativamente altos. Este facto tem por consequência provável

o levantamento de poeiras pelo vento, ou ainda, por naquela zona

estarem a ser construídas habitações, o que faz com que haja um

movimento de terras, levantamento de poeiras e consequente dispersão

dos metais para zonas com distância à mina consideráveis.

V. Os elementos As e o Cd que são considerados elementos cancerígeneos,

apresentam concentrações muito elevadas em comparação com os

valores de referência para este tipo de poeira. As exposições destes teores

são preocupantes para a saúde pública.

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

176 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

A zona envolvente á Mina do Pintor apresenta teores elevados em metais, quer

em amostras de solos quer em “road dust”, e de acordo com o estudo realizado,

podemos afirmar que os dados são preocupantes no que diz respeito à

contaminação do ambiente e das populações em redor, quando um dos factos

mais agravantes é o crescimento da urbanização naquela zona, constituindo um

risco elevado para a população residente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

177

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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UA/UP| Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos

180 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

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Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

181

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182 Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana Sofia Moreira dos

Santos

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ANEXOS

Mestrado em Geomateriais e Recursos Geológicos | UA/UP

183

8. ANEXOS

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1

Anexo I

Dados do pH em amostras de solos

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2

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3

Dados do pH em solos medidos em água e cloreto de cálcio, passado 2 horas e passado 22 horas

Passado 2 horas Passado 22 horas

Amostra M P pH (H2O) pH (CaCl2) pH (H2O) pH (CaCl2)

1 545431.57 4527185.66 4.11 3.67 4.09 3.66

2 545436.81 4527285.29 5.90 5.63 6.08 5.63

3 545435.14 4527062.33 5.93 4.92 5.88 4.92

4 545486.57 4527108.29 4.46 4.12 4.58 4.20

5 545478.23 4526943.88 6.83 6.32 7.05 6.55

6 545454.71 4526810.83 4.52 4.13 4.61 4.18

7 545322.65 4526823.27 4.70 4.16 4.83 4.14

8 545337.95 4526694.16 5.20 4.39 5.25 4.34

9 545459.15 4526698.30 5.20 4.89 5.45 4.97

10 545590.64 4526588.10 6.44 5.90 6.71 6.15

11 545575.90 4526701.18 4.65 4.22 4.62 4.27

12 545530.80 4526805.44 5.12 4.18 5.06 4.18

13 545578.59 4526946.96 4.50 4.12 4.49 4.12

14 545686.71 4526945.47 4.72 4.02 4.75 4.04

15 545680.17 4526831.03 4.84 4.13 4.83 4.13

16 545686.28 4526714.20 5.10 4.46 5.04 4.45

17 545685.63 4526591.15 6.49 5.86 6.59 5.92

18 545721.97 4527221.68 4.97 4.24 4.96 4.22

19 545794.55 4526763.90 4.49 3.81 4.53 3.86

20 545830.51 4526625.36 6.12 5.34 6.22 4.98

21 545511.83 4527034.13 3.61 3.48 3.65 3.54

22 545794.61 4526829.27 4.57 3.95 4.63 3.99

23 545788.50 4526946.41 4.56 3.89 4.72 3.99

24 545315.50 4527186.49 8.58 7.02 8.32 7.51

25 545337.48 4527037.99 3.05 2.92 3.00 2.92

26 545527.41 4527316.38 4.06 3.77 4.10 3.83

27 545590.70 4527221.79 5.87 5.01 6.07 5.16

28 545547.19 4527067.65 6.70 6.40 6.71 6.53

29 545229.89 4526609.00 5.66 4.80 5.86 5.06

30 545183.13 4526717.26 5.92 5.04 6.06 5.29

31 545098.53 4526660.31 4.34 3.64 4.41 3.62

32 545199.68 4526804.32 4.34 3.51 4.36 3.49

33 545079.52 4527051.52 4.54 3.71 4.60 3.71

34 545067.60 4527279.02 4.40 3.80 4.45 3.81

35 545866.86 4526388.14 5.80 4.96 5.93 5.12

36 545841.40 4526154.24 6.15 5.32 6.29 5.62

37 546049.68 4526155.54 6.73 5.92 6.77 6.35

38 545995.01 4526440.74 5.04 4.29 2.20 4.43

39 545998.41 4526607.90 5.88 4.97 5.97 5.18

40 545982.17 4526848.02 4.35 3.60 4.32 3.62

41 545989.64 4527113.26 4.47 3.77 4.48 3.87

42 545832.66 4527107.35 6.12 5.32 6.48 5.46

43 545833.75 4527384.27 4.93 4.32 4.98 4.35

44 545872.10 4525920.99 5.67 4.91 5.81 5.04

45 545545.14 4525885.05 5.02 4.31 5.14 4.43

46 545604.33 4526115.46 5.42 4.54 5.45 4.60

47 545592.56 4526354.06 7.33 6.70 7.06 6.73

48 545501.98 4526583.85 5.98 5.17 6.10 5.29

49 545066.00 4526813.99 4.28 3.55 4.28 3.54

50 544884.10 4526787.59 4.87 4.12 4.90 4.14

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4

Dados do pH em solos medidos em água e cloreto de cálcio, passado 2 horas e passado 22 horas

51 545577.75 4527689.82 5.75 4.76 6.04 4.85

52 545721.86 4527693.48 4.75 4.24 4.80 4.22

53 545883.20 4527709.91 4.67 4.05 4.71 4.05

54 546017.69 4527643.21 4.60 3.87 4.67 3.88

55 546027.24 4527500.80 4.47 3.98 4.49 3.97

56 545861.61 4527495.46 4.82 4.25 4.80 4.23

57 545722.60 4527497.37 4.47 3.84 4.46 3.74

58 545464.84 4527711.01 5.01 4.16 5.45 4.24

59 545335.88 4527715.46 4.91 4.21 4.94 4.26

60 545221.39 4527765.95 4.44 3.83 4.52 3.90

61 545055.25 4527500.66 4.83 4.28 4.91 4.23

62 545202.91 4527498.17 4.80 4.07 4.86 4.07

63 545340.41 4527512.58 4.77 3.95 4.78 3.99

64 545085.24 4527723.79 4.90 4.09 4.97 4.14

65 544898.79 4527718.34 4.12 3.31 4.12 3.36

66 545084.07 4527914.36 4.58 3.88 4.68 3.93

67 544944.19 4528101.30 5.10 4.55 5.17 4.58

68 544928.32 4528286.22 5.89 5.21 6.18 5.50

69 545092.91 4528458.06 5.59 4.89 6.07 5.28

70 544895.06 4528406.90 5.78 4.83 6.11 5.16

71 545374.71 4528059.22 5.57 4.66 5.81 4.75

72 545223.80 4527907.81 6.18 5.07 6.23 5.26

73 545359.58 4527971.24 5.60 4.73 5.95 4.98

74 545468.97 4528065.66 4.80 4.19 4.87 4.22

75 545491.13 4528302.63 4.86 3.77 4.73 3.70

76 545712.30 4528290.73 5.31 4.26 5.04 4.12

77 545600.88 4528299.30 4.82 3.80 4.63 3.84

78 545100.79 4528661.63 6.08 5.21 6.12 5.21

79 545292.91 4528464.53 4.85 4.07 4.83 4.14

80 545400.97 4528430.35 5.61 4.69 5.78 4.76

81 545467.48 4528723.09 5.72 5.02 5.64 5.05

82 545293.54 4528742.38 6.33 5.48 6.39 5.60

83 545576.78 4528754.30 6.22 5.44 6.31 5.58

84 545599.04 4528483.07 4.94 4.32 5.08 4.36

85 545704.49 4528079.45 4.07 3.25 4.02 3.29

86 545586.21 4528060.84 4.65 3.60 4.53 3.61

87 545853.01 4528049.85 4.98 4.09 4.98 4.09

88 545900.95 4527903.98 4.45 3.78 4.42 3.80

89 545721.61 4527884.05 4.82 4.30 4.83 4.30

90 545582.46 4527872.71 4.28 3.42 4.20 3.40

91 545483.24 4527913.42 6.43 6.04 6.66 6.07

92 545725.41 4528440.68 6.51 5.95 6.63 6.14

93 545867.42 4528478.26 4.90 4.23 4.90 4.16

94 544941.03 4526124.34 6.01 6.57 6.96 6.65

95 545088.56 4526185.68 4.08 3.03 4.13 3.05

96 545016.33 4525980.48 4.73 4.07 4.79 4.05

97 544753.22 4526259.49 5.90 5.01 6.09 5.07

98 544624.37 4526280.91 5.59 4.71 5.67 4.75

99 545160.98 4525863.57 5.64 4.80 5.72 4.93

100 545339.54 4525674.40 4.61 3.79 4.73 3.80

101 545429.03 4525660.46 5.94 5.55 6.09 5.55

102 545609.64 4525634.44 3.92 3.18 3.94 3.15

103 545742.00 4525427.11 4.52 3.68 4.55 3.63

104 545688.83 4525168.06 4.54 3.91 4.70 3.90

105 545563.28 4525146.31 4.39 3.60 4.34 3.57

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5

Dados do pH em solos medidos em água e cloreto de cálcio, passado 2 horas e passado 22 horas

106 545884.12 4525192.40 6.25 5.44 6.17 5.49

107 545743.31 4525667.95 4.22 3.31 4.12 3.29

108 545979.90 4525635.81 4.65 3.84 4.60 3.78

109 546027.11 4525384.17 5.89 5.15 5.98 5.33

110 545881.69 4525658.33 4.24 3.64 4.28 3.60

111 545830.44 4525431.36 4.53 3.77 4.49 3.84

112 545303.13 4525886.95 4.81 3.69 5.01 3.73

113 545198.86 4526136.40 3.98 3.12 4.06 3.16

114 545059.54 4526453.78 3.81 2.87 3.82 2.90

115 545323.34 4526140.86 4.89 4.21 5.13 4.38

116 545219.84 4526378.28 4.61 3.80 4.72 3.82

117 545436.42 4526399.04 4.37 3.66 4.46 3.71

118 545340.38 4526489.42 5.11 4.21 5.26 4.28

119 545196.20 4525424.05 6.52 5.74 6.66 5.80

120 545348.07 4525391.06 5.39 4.15 5.59 4.18

121 545049.89 4525198.97 6.79 6.07 7.09 6.35

122 545238.74 4525167.44 4.88 4.06 4.89 4.10

123 545354.87 4525123.13 4.52 3.81 4.57 3.86

124 545201.99 4525664.00 6.15 5.34 6.34 5.67

125 545157.24 4525442.31 5.56 4.65 5.73 4.73

126 545052.33 4525680.04 4.91 4.05 4.93 4.09

127 544893.88 4525180.45 4.54 3.71 4.57 3.74

128 544889.87 4525416.63 5.02 4.48 5.18 4.55

129 544896.64 4525688.65 5.67 4.88 5.79 4.94

130 544888.02 4525913.40 4.16 3.26 4.01 3.26

131 544826.83 4526585.57 4.16 4.27 5.23 4.39

132 544877.00 4526378.35 4.16 3.82 4.73 3.89

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6

Anexos II

Dados do pH em amostras de poeiras (1ª e 2ª campanha de amostragem)

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Dados do pH nas amostras de poeiras da 1ª campanha de amostragem medidos em água e cloreto de cálcio, passado 2 horas e passado 22 horas

Amostra M P pH (H2O) pH (CaCl2)) pH (H2O) pH (CaCl2))

1 545580.7 4527022.84 7.485 6.535 7.81 6.88

2 545651.27 4526926.14 8.56 7.56 7.99 7.11

3 545524.27 4526953.41 8.19 7.28 7.91 7.32

4 545590.97 4526874.88 10.78 10.54 10.66 10.56

5 545763.27 4526864.85 9.09 8.67 8.11 7.66

6 545762.96 4526687.84 8.14 7.86 7.77 7.22

7 545673.96 4526700.24 8.09 7.56 7.68 7.34

8 545703.7 4526584.17 8.29 7.3 7.8 7.21

9 545428.8 4527179.17 7.64 6.13 6.25 5.69

10 545451.284 4527113.766 7.34 6.35 6.88 6.38

11 545461.73 4526924.96 6.72 6.3 6.91 6.51

12 545474.54 4526782.27 7.48 6.89 7.53 7.11

13 545349.104 4526829.496 7.44 6.9 7.47 6.99

14 545305.874 4526711.596 7.17 6.625 6.85 6.455

15 545482.33 4526695.97 8.25 7.43 8.29 7.45

16 545537.86 4526646.67 7.44 7.06 7.54 7.07

17 545613.12 4526661.01 7.08 6.66 7.23 6.67

18 545559.55 4526771.69 7.7 6.98 7.53 7.15

19 545487.7 4526925.74 8.25 7.77 7.98 7.71

20 545502.374 4527086.256 3.35 3.245 3.245 3.19

Dados do pH nas amostras de poeiras da 2ª campanha de amostragem medidos em água e cloreto de cálcio, passado 2 horas e passado 22 horas

Amostra M P pH (H2O) pH (CaCl2)) pH (H2O) pH (CaCL2)

1 545580.7 4527022.84 7.34 6.9 6.66 6.65

2 545651.27 4526926.14 7.46 7.14 7.62 7.12

3 545524.27 4526953.41 7.565 7.09 7.325 7

4 545590.97 4526874.88 7.37 6.93 6.8 6.76

5 545763.27 4526864.85 8.03 7.33 7.75 7.31

6 545762.96 4526687.84 7.95 7.22 7.49 7.06

7 545673.96 4526700.24 8.22 7.3 7.86 7.27

8 545703.7 4526584.17 8.17 7.24 7.89 7.18

9 545428.8 4527179.17 6.4 5.44 5.55 5.06

10 545451.284 4527113.766 6.58 5.86 6.22 6.055

11 545461.73 4526924.96 7.08 6.46 7.26 6.81

12 545474.54 4526782.27 6.915 6.185 6.815 6.19

13 545349.104 4526829.496 6.86 6.25 6.94 6.49

14 545305.874 4526711.596 6.84 6.08 6.7 6.05

15 545482.33 4526695.97 6.99 6.47 7.12 6.8

16 545537.86 4526646.67 6.88 6.29 6.9 6.36

17 545613.12 4526661.01 6.93 6.44 6.995 6.665

18 545559.55 4526771.69 7.38 6.7 7.28 6.86

19 545487.7 4526925.74 7.48 6.76 7.38 6.9

20 545502.374 4527086.256 4.1 3.94 3.93 3.95

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Anexos III

Dados dos teores em matéria orgânica nas amostras de solo

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Dados da % de perda em massa (% teor em Matéria Orgânica) em amostras de solos

Amostra M P %perda de massa

1 545431.57 4527185.66 4.22

2 545436.81 4527285.29 3.16

3 545435.14 4527062.33 1.84

4 545486.57 4527108.29 4.82

5 545478.23 4526943.88 2.08

6 545454.71 4526810.83 6.08

7 545322.65 4526823.27 4.63

8 545337.95 4526694.16 2.59

9 545459.15 4526698.30 2.97

10 545590.64 4526588.10 8.00

11 545575.90 4526701.18 5.90

12 545530.80 4526805.44 3.35

13 545578.59 4526946.96 2.44

14 545686.71 4526945.47 3.79

15 545680.17 4526831.03 3.68

16 545686.28 4526714.20 14.86

17 545685.63 4526591.15 10.61

18 545721.97 4527221.68 2.50

19 545794.55 4526763.90 12.38

20 545830.51 4526625.36 6.21

21 545511.83 4527034.13 3.22

22 545794.61 4526829.27 14.49

23 545788.50 4526946.41 12.18

24 545315.50 4527186.49 1.36

25 545337.48 4527037.99 3.15

26 545527.41 4527316.38 3.17

27 545590.70 4527221.79 4.15

28 545547.19 4527067.65 2.28

29 545229.89 4526609.00 6.95

30 545183.13 4526717.26 5.87

31 545098.53 4526660.31 19.35

32 545199.68 4526804.32 16.98

33 545079.52 4527051.52 7.44

34 545067.60 4527279.02 5.72

35 545866.86 4526388.14 2.61

36 545841.40 4526154.24 7.08

37 546049.68 4526155.54 9.74

38 545995.01 4526440.74 8.25

39 545998.41 4526607.90 7.67

40 545982.17 4526848.02 14.95

41 545989.64 4527113.26 15.43

42 545832.66 4527107.35 4.74

43 545833.75 4527384.27 9.36

44 545872.10 4525920.99 15.53

45 545545.14 4525885.05 17.89

46 545604.33 4526115.46 14.35

47 545592.56 4526354.06 5.98

48 545501.98 4526583.85 4.09

49 545066.00 4526813.99 26.90

50 544884.10 4526787.59 5.33

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Dados da % de perda em massa (% teor em Matéria Orgânica) em amostras de solos

51 545577.75 4527689.82 6.54

52 545721.86 4527693.48 13.14

53 545883.20 4527709.91 10.58

54 546017.69 4527643.21 21.41

55 546027.24 4527500.80 14.28

56 545861.61 4527495.46 12.53

57 545722.60 4527497.37 11.54

58 545464.84 4527711.01 9.51

59 545335.88 4527715.46 12.20

60 545221.39 4527765.95 17.99

61 545055.25 4527500.66 12.20

62 545202.91 4527498.17 17.40

63 545340.41 4527512.58 12.90

64 545085.24 4527723.79 14.73

65 544898.79 4527718.34 14.81

66 545084.07 4527914.36 19.00

67 544944.19 4528101.30 13.47

68 544928.32 4528286.22 6.26

69 545092.91 4528458.06 6.76

70 544895.06 4528406.90 6.55

71 545374.71 4528059.22 15.34

72 545223.80 4527907.81 8.15

73 545359.58 4527971.24 9.65

74 545468.97 4528065.66 16.87

75 545491.13 4528302.63 16.84

76 545712.30 4528290.73 11.46

77 545600.88 4528299.30 4.76

78 545100.79 4528661.63 5.36

79 545292.91 4528464.53 9.16

80 545400.97 4528430.35 8.53

81 545467.48 4528723.09 7.44

82 545293.54 4528742.38 6.66

83 545576.78 4528754.30 9.43

84 545599.04 4528483.07 12.91

85 545704.49 4528079.45 1.40

86 545586.21 4528060.84 5.77

87 545853.01 4528049.85 18.48

88 545900.95 4527903.98 11.06

89 545721.61 4527884.05 10.70

90 545582.46 4527872.71 5.95

91 545483.24 4527913.42 7.63

92 545725.41 4528440.68 10.43

93 545867.42 4528478.26 5.29

94 544941.03 4526124.34 4.95

95 545088.56 4526185.68 14.05

96 545016.33 4525980.48 23.40

97 544753.22 4526259.49 11.60

98 544624.37 4526280.91 11.92

99 545160.98 4525863.57 5.94

100 545339.54 4525674.40 9.46

101 545429.03 4525660.46 12.42

102 545609.64 4525634.44 23.82

103 545742.00 4525427.11 5.93

104 545688.83 4525168.06 19.18

105 545563.28 4525146.31 19.00

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Dados da % de perda em massa (% teor em Matéria Orgânica) em amostras de solos

106 545884.12 4525192.40 11.12

107 545743.31 4525667.95 19.65

108 545979.90 4525635.81 23.86

109 546027.11 4525384.17 14.67

110 545881.69 4525658.33 20.85

111 545830.44 4525431.36 16.78

112 545303.13 4525886.95 2.03

113 545198.86 4526136.40 5.85

114 545059.54 4526453.78 7.20

115 545323.34 4526140.86 11.90

116 545219.84 4526378.28 16.81

117 545436.42 4526399.04 10.73

118 545340.38 4526489.42 2.32

119 545196.20 4525424.05 3.71

120 545348.07 4525391.06 0.59

121 545049.89 4525198.97 3.02

122 545238.74 4525167.44 14.76

123 545354.87 4525123.13 10.56

124 545201.99 4525664.00 12.43

125 545157.24 4525442.31 6.08

126 545052.33 4525680.04 22.47

127 544893.88 4525180.45 13.20

128 544889.87 4525416.63 10.61

129 544896.64 4525688.65 2.90

130 544888.02 4525913.40 21.24

131 544826.83 4526585.57 17.33

132 544877.00 4526378.35 17.79

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Anexo IV

Controlo da qualidade dos dados analíticos

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Dados da % em RSD e variação entre amostras duplicadas em dados do pH em amostras de solos

Passado 2 horas Passado 22 horas

Amostra Duplicadas %RSD pH (H2O) Variação pH (H2O) % RSD pH (CaCl2) Variação pH (CaCl2)

4a

0.32 0.02 0.00 0.00 4b

7a

0.15 0.01 0.00 0.00 7b

15a

0.29 0.02 0.17 0.01 15b

20a

0.23 0.02 0.66 0.05 20b

21a

0.20 0.01 0.20 0.01 21b

28a

0.11 0.01 0.55 0.05 28b

32a

0.16 0.01 0.00 0.00 32b

36a

0.46 0.04 0.27 0.02 36b

43a

0.14 0.01 0.00 0.00 43b

50a

0.00 0.00 0.00 0.00 50b

54a

0.15 0.01 0.00 0.00 54b

59a

0.29 0.02 0.34 0.02 59b

62a

0.29 0.02 0.00 0.00 62b

68a

0.60 0.05 0.41 0.03 68b

71a

0.25 0.02 0.00 0.00 71b

80a

0.63 0.05 0.15 0.01 80b

85a

0.17 0.01 1.52 0.07 85b

90a

0.00 0.00 0.00 0.00 90b

94a

1.11 0.11 0.65 0.06 94b

100a

0.31 0.02 0.00 0.00 100b

105a

0.16 0.01 0.39 0.02 105b

109a

0.36 0.03 0.00 0.00 109b

113a

0.18 0.01 0.23 0.01 113b

119a

0.65 0.06 0.00 0.00 119b

121a

0.21 0.02 1.40 0.12 121b

129a

1.12 0.09 0.72 0.05 129b

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17

Dados da % em RSD para as amostras duplicadas nos dados dos Teores em Matéria Orgânica nas amostras de solo

Amostras % RSD

6a

22.18 6b

9a

0.64 9b

12a

2.67 12b

17a

3.57 17b

22a

1.73 22b

39a

1.02 39b

42a

0.14 42b

46a

2.45 46b

52a

1.09 52b

59a

1.93 59b

66a

0.87 66b

69a

1.90 69b

72a

4.85 72b

87a

0.58 87b

91a

2.42 91b

93a

6.10 93b

98a

1.20 98b

103a

0.40 103b

106a

7.94 106b

112a

1.57 112b

118a

4.00 118b

122a

2.65 122b

124a

4.40 124b

128a

0.42 128b

130a

3.57 130b

Page 221: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

18

Dados da % em RSD e Variação entre amostras duplicadas nos dados do pH em amostras de poeiras 1ª campanha, passado 2 horas

Passado 2 horas

Amostra %RSD pH (H2O) Variação pH (H2O) %RSD pH (CaCl2) Variação pH (CaCl2)

1a

0.66 0.07 0.97 0.09 1b

6a

0.17 0.02 0.72 0.08 6b

14a

0.39 0.04 1.60 0.15 14b

20a

0.42 0.02 0.65 0.03 20b

Dados da % em RSD e Variação entre amostras duplicadas nos dados do pH em amostras de poeiras 1ª campanha, passado 22 horas

Passado 22 horas

Amostra %RSD pH (H2O) Variação pH (H2O) %RSD pH (CaCl2) Variação pH (CaCl2)

1a

0.54 0.06 0.41 0.04 1b

6a

0.55 0.06 0.20 0.02 6b

14a

0.62 0.06 0.11 0.02 14b

20a

0.22 0.01 0.44 0.02 20b

Dados da % em RSD e Variação entre amostras duplicadas nos dados do pH em amostras de poeiras 2ª campanha, passado 2 horas

Passado 2 horas

Amostra %RSD pH (H2O) Variação pH (H2O) %RSD pH (CaCl2) Variação pH (CaCl2)

3a

0.09 0.01 0.20 0.02 3b

10a

0.43 0.04 1.45 0.12 10b

12a

0.31 0.03 1.94 0.17 12b

17a

0.20 0.02 0.66 0.06 17b

Dados da % em RSD e Variação entre amostras duplicadas nos dados do pH em amostras de poeiras 2ª campanha, passado 22 horas

Passado 22 horas

Amostra %RSD pH (H2O) Variação pH (H2O) %RSD pH (CaCl2) Variação pH (CaCl2)

3a

0.87 0.09 0.00 0 3b

10a

1.14 0.1 1.28 0.11 10b

12a

0.10 0.01 0.23 0.02 12b

17a

0.10 0.01 0.74 0.07 17b

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19

Anexos V

Dados estatísticos das amostras de solos

Page 223: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

20

Page 224: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

21

0

20

40

60

80

100

120

140

0 2 4 6 8 11 13 15 170

9

18

27

36

45

54

63

72

3 38 73 109 144 179 215 250 285 321 356 391 427

0

20

40

60

80

100

120

140

11 281 551 821 1091 1361

146 416 686 956 1226 1496

14960

7

14

21

28

35

42

49

56

8 75 142 209 276 343 410 477 544 611 678 745 812

0

20

40

60

80

100

120

140

0 5 11 17 23 28 34 40 46 51 57 63 690

5

10

15

20

25

30

35

40

0 6 11 17 23 28 34 39 45 51 56 62 67

0

6

12

18

24

30

36

42

48

0 3 7 10 13 17 20 24 27 31 34 37 410

7

14

21

28

35

42

49

56

3 192 382 572 762 952

97 287 477 667 857 1047

1047

Pb

Cu Mo Cu

Zn

Ag Ni

Co Mn

Histogramas para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co e Mn nas amostras de solos de fracção <2mm

Page 225: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

22

0

20

40

60

80

100

0 2 4 6 8 10 12 15 17 19 21 23 250

20

40

60

80

100

120

140

16 11580 23145 34710 46274 57839

5798 17363 28927 40492 52057 63621

63621

0

4

8

12

16

20

24

28

0 1 2 3 3 4 5 6 7 8 9 10 11

0

8

16

24

32

40

48

56

64

0 1 2 3 4 5 6 6 7 8 9 10 110

20

40

60

80

100

120

140

0 245 490 734 979 1224

123 367 612 857 1101 1346

1346

0

6

12

18

24

30

36

42

1 2 4 5 7 8 10 11 13 14 16 17 19

0

20

40

60

80

100

120

0 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 110

20

40

60

80

100

120

140

0 10 21 31 42 53 63 74 85 95 106 117 127

Fe As

Th

U Au

Sr

Cd Sb

Histogramas para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd e Sb nas amostras de solos de fracção <2mm

Page 226: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

23

0

6

12

18

24

30

36

42

48

3 17 31 45 60 74 88 102 117 131 145 159 174

0

5

10

15

20

25

30

35

0.01 0.09 0.17 0.25 0.33 0.41 0.48 0.56 0.64 0.72 0.80 0.88 0.960

6

12

18

24

30

36

42

5 23 41 59 78 96 114 132 151 169 187 205 224

0

20

40

60

80

100

120

140

0 180 360 540 720 900

90 270 450 630 810 990

990

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0.00 0.05 0.09 0.13 0.18 0.22 0.26 0.31 0.35 0.39 0.43 0.48 0.520

7

14

21

28

35

42

49

56

0.01 0.04 0.06 0.09 0.11 0.14 0.17 0.19 0.22 0.24 0.27 0.29 0.32

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2 3 5 6 8 9 11 13 14 16 17 19 210

7

14

21

28

35

42

49

56

1 14 28 41 55 68 82 96 109 123 136 150 164

V

Ca P

Mg Ba

Bi

La

Cr

La

Cr

Histogramas para os elementos Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg e Ba nas amostras de solos de fracção <2mm

Page 227: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

24

0

6

12

18

24

30

36

42

48

0.00 0.01 0.03 0.04 0.05 0.07 0.08 0.09 0.11 0.12 0.13 0.15 0.160

4

8

12

16

20

24

28

32

0.11 0.44 0.77 1.11 1.44 1.77 2.11 2.44 2.77 3.10 3.43 3.77 4.10

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0.00 0.00 0.01 0.01 0.01 0.01 0.02 0.02 0.02 0.02 0.03 0.03 0.030

4

8

12

16

20

24

28

32

0.01 0.07 0.14 0.20 0.26 0.33 0.39 0.45 0.52 0.58 0.64 0.71 0.77

0

20

40

60

80

100

120

0 8 16 25 33 41 50 58 66 75 83 91 1000

20

40

60

80

100

0.00 0.13 0.26 0.39 0.52 0.65 0.78 0.91 1.04 1.17 1.30 1.43 1.56

0

6

12

18

24

30

36

42

48

0 1 3 4 5 6 8 9 10 12 13 14 160

6

12

18

24

30

36

42

48

0.10 0.22 0.33 0.45 0.57 0.68 0.80 0.92 1.03 1.15 1.27 1.38 1.50

Na K

W Hg

Sc Tl

Histogramas para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Hg, Sc e Tl nas amostras de solos de fracção <2mm

Ti Al

Page 228: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

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0

20

40

60

80

100

120

140

0.03 0.12 0.21 0.31 0.40 0.49 0.58 0.67 0.76 0.86 0.95 1.04 1.130

4

8

12

16

20

24

28

32

1.0 1.8 2.7 3.5 4.3 5.2 6.0 6.8 7.7 8.5 9.3 10.2 11.0

0

8

16

24

32

40

48

56

64

0.3 1.1 1.9 2.7 3.6 4.4 5.2 6.1 6.9 7.7 8.5 9.4 10.2

Histogramas para os elementos S, Ga e Se nas amostras de solos de fracção <2mm

S Ga

Se

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26

Page 230: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

27

0

20

40

60

80

100

120

140

0 3 6 9 12 15 18 21 240

9

18

27

36

45

54

63

72

3 47 90 133 176 220 263 306 349 392 436 479 522

0

20

40

60

80

100

120

140

9 458 908 1357 1806 2256

234 683 1132 1582 2031 2480

24800

8

16

24

32

40

48

56

64

7 196 386 576 765 955

101 291 481 670 860 1050

1050

0

20

40

60

80

100

120

140

0 8 16 25 33 41 50 58 66 75 83 91 1000

5

10

15

20

25

30

35

0 5 9 13 18 22 26 31 35 39 44 48 52

0

8

16

24

32

40

48

56

64

0 5 11 17 23 28 34 40 46 52 57 63 690

7

14

21

28

35

42

49

56

2 264 526 789 1051 1313

133 395 657 920 1182 1444

1444

Mo Cu Cu

Pb Zn

Ag Ni

Co Mn

Ni

Histogramas para os elementos Mo, Cu, Pb, Zn, Ag, Ni, Co e Mn nas amostras de solos de fracção <150µm

Page 231: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

28

0

20

40

60

80

100

0 2 4 7 9 11 14 16 18 21 23 25 280

20

40

60

80

100

120

140

16 19590 39163 58737 78310 97884

9803 29377 48950 68524 88097 107671

107671

0

8

16

24

32

40

48

56

64

0 1 3 5 6 8 10 11 13 14 16 18 190

20

40

60

80

100

120

140

0 523 1046 1568 2091 2614

262 784 1307 1830 2352 2875

2875

0

4

8

12

16

20

24

28

32

0 2 3 4 6 7 9 10 12 13 14 16 170

6

12

18

24

30

36

42

48

0 3 6 8 11 14 17 20 22 25 28 31 34

0

20

40

60

80

100

120

0 1 2 4 5 7 8 10 11 13 14 16 170

20

40

60

80

100

120

140

0 20 40 61 81 102 122 143 163 184 204 225 245

Fe As

U Au

Th Sr

Cd Sb

Histogramas para os elementos Fe, As, U, Au, Th, Sr, Cd e Sb nas amostras de solos de fracção <150µm

Page 232: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

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0

20

40

60

80

100

120

140

0 298 597 895 1194 1492

149 447 746 1044 1343 1641

1641

Bi

0

5

10

15

20

25

30

35

3 15 28 40 53 65 78 91 103 116 128 141 154

V

0

20

40

60

80

100

0.00 0.08 0.15 0.22 0.30 0.37 0.44 0.52 0.59 0.66 0.73 0.81 0.88

Ca

0

7

14

21

28

35

42

49

56

0.01 0.04 0.07 0.11 0.14 0.18 0.21 0.24 0.28 0.31 0.34 0.38 0.41

P

0

5

10

15

20

25

30

35

2 4 6 8 11 13 15 17 20 22 24 26 29

La

0

6

12

18

24

30

36

42

48

3 19 35 52 68 85 101 117 134 150 167 183 200

Cr

0

5

10

15

20

25

30

35

0.00 0.10 0.19 0.29 0.38 0.47 0.57 0.66 0.75 0.85 0.94 1.04 1.13

Mg

0

4

8

12

16

20

24

28

4 14 25 36 47 58 69 79 90 101 112 123 134

Ba

Histogramas para os elementos Bi, V, Ca, P, La, Cr, Mg e Ba nas amostras de solos de fracção <150µm

Page 233: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

30

0

6

12

18

24

30

36

42

48

0.00 0.01 0.02 0.03 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.10 0.11 0.12 0.130

3

6

9

12

15

18

21

24

0.12 0.52 0.92 1.32 1.72 2.12 2.52 2.92 3.32 3.72 4.12 4.52 4.92

Ti Al

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0.00 0.00 0.01 0.01 0.02 0.02 0.02 0.03 0.03 0.04 0.04 0.05 0.050

4

8

12

16

20

24

28

32

0.01 0.07 0.13 0.19 0.26 0.32 0.38 0.44 0.50 0.56 0.63 0.69 0.75

0

20

40

60

80

100

120

140

0 8 16 25 33 41 50 58 66 75 83 91 1000

20

40

60

80

100

120

0.00 0.27 0.54 0.81 1.08 1.35 1.63 1.90 2.17 2.44 2.71 2.98 3.25

0

5

10

15

20

25

30

35

0 1 2 3 5 6 7 8 10 11 12 13 140

7

14

21

28

35

42

49

56

0.05 0.25 0.44 0.64 0.83 1.03 1.23 1.42 1.62 1.81 2.01 2.20 2.40

Na K

W Hg

Sc Tl

Histogramas para os elementos Ti, Al, Na, K, W, Hg, Sc e Tl nas amostras de solos de fracção <150µm

Page 234: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

31

0

20

40

60

80

100

120

140

0.03 0.13 0.24 0.35 0.46 0.57 0.68 0.79 0.89 1.00 1.11 1.22 1.330

3

6

9

12

15

18

21

24

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 13

0

20

40

60

80

100

120

0 1 2 4 5 6 8 9 11 12 13 15 160

20

40

60

80

100

120

140

0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30

S Ga

Se Te

Histogramas para os elementos S, Ga, Se e Te nas amostras de solos de fracção <150µm

Page 235: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

32

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <2mm

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0 9000 18000 27000 36000 45000 54000 63000 72000

As

Au

-200

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0 300 600 900 1200 1500 1800

Pb

Au

0

6

12

18

24

30

36

42

0 200 400 600 800 1000 1200

Mn

Co

0

4

8

12

16

20

24

28

0 9 18 27 36 45 54 63 72

Ag

Fe

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 6 12 18 24 30 36 42

Co

Ni

-2

0

2

4

6

8

10

12

0 200 400 600 800 1000

Zn

Cd

-2

0

2

4

6

8

10

12

0 60 120 180 240 300 360 420 480

Cu

Cd

0

200

400

600

800

1000

0 60 120 180 240 300 360 420 480

Cu

Zn

Page 236: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

33

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <2mm

-9

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 300 600 900 1200 1500 1800

Pb

Ag

0

2

4

6

8

10

12

14

0 9000 18000 27000 36000 45000 54000 63000 72000

As

Cd

-9000

0

9000

18000

27000

36000

45000

54000

63000

72000

0 300 600 900 1200 1500 1800

Pb

As

0

200

400

600

800

1000

0 200 400 600 800 1000 1200

Mn

Zn

0

4

8

12

16

20

24

28

0 3 6 9 12 15 18

Mo

Fe

0

60

120

180

240

300

360

420

480

0 4 8 12 16 20 24 28

Fe

Cu

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 30 60 90 120 150 180

Cr

Ni

0

200

400

600

800

1000

0 6 12 18 24 30 36 42

Co

Zn

Page 237: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

34

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <2mm

-9

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 3 6 9 12 15 18

Mo

Ag

0

2

4

6

8

10

12

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Au

Cd

0

2

4

6

8

10

12

0 300 600 900 1200 1500 1800

Pb

Cd

-300

0

300

600

900

1200

1500

1800

0 60 120 180 240 300 360 420 480

Cu

Pb

0

200

400

600

800

1000

1200

0 30 60 90 120 150 180

Cr

Mn

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 2 4 6 8 10 12

Cd

Ag

0

6

12

18

24

30

36

42

0 30 60 90 120 150 180

Cr

Co

0

4

8

12

16

20

24

28

0 300 600 900 1200 1500 1800

Pb

Fe

Page 238: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

35

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <2mm

0

4

8

12

16

20

24

28

0 30 60 90 120 150 180

Cr

Fe

0

200

400

600

800

1000

0 30 60 90 120 150 180

Cr

Zn

-9000

0

9000

18000

27000

36000

45000

54000

63000

72000

0 200 400 600 800 1000

Zn

As

0

200

400

600

800

1000

1200

0 2 4 6 8 10 12

Cd

Mn

0

200

400

600

800

1000

0 9 18 27 36 45 54 63 72

Ni

Zn

0

4

8

12

16

20

24

28

0 9 18 27 36 45 54 63 72

Ni

Fe

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 3 6 9 12 15 18

Mo

Ni

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 9000 18000 27000 36000 45000 54000 63000 72000

As

Ag

Page 239: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

36

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <2mm

-9000

0

9000

18000

27000

36000

45000

54000

63000

72000

0 60 120 180 240 300 360 420 480

Cu

As

0

200

400

600

800

1000

0 300 600 900 1200 1500 1800

Pb

Zn

0

60

120

180

240

300

360

420

480

0 30 60 90 120 150 180

Cr

Cu

-200

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0 60 120 180 240 300 360 420 480

Cu

Au

0

4

8

12

16

20

24

28

0 9000 18000 27000 36000 45000 54000 63000 72000

As

Fe

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

0 9000 18000 27000 36000 45000 54000 63000 72000

As

Hg

0

60

120

180

240

300

360

420

480

0 6 12 18 24 30 36 42

Co

Cu

0

60

120

180

240

300

360

420

480

0 200 400 600 800 1000 1200

Mn

Cu

Page 240: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

37

-200

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0 200 400 600 800 1000

Zn

Au

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <2mm

Page 241: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

38

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <150µm

0

4

8

12

16

20

24

28

32

0 20 40 60 80 100

Ag

Fe

-20

0

20

40

60

80

100

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800

Pb

Ag

-3

0

3

6

9

12

15

18

0 200 400 600 800 1000 1200

Zn

Cd

-20

0

20

40

60

80

100

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Mo

Ag

-400

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

3200

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800

Pb

Au

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Mn

Co

0

8

16

24

32

40

48

56

64

0 9 18 27 36 45 54 63 72

Co

Ni

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

As

Au

Page 242: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

39

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <150µm

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

As

Au

0

4

8

12

16

20

24

28

32

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Mo

Fe

-3

0

3

6

9

12

15

18

0 70 140 210 280 350 420 490 560

Cu

Cd

0

200

400

600

800

1000

1200

0 70 140 210 280 350 420 490 560

Cu

Zn

0

3

6

9

12

15

18

21

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

As

Cd

0

200

400

600

800

1000

1200

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Mn

Zn

0

7

14

21

28

35

42

49

56

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Mn

Ni

0

7

14

21

28

35

42

49

56

0 30 60 90 120 150 180 210

Cr

Ni

Page 243: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

40

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <150µm

0

200

400

600

800

1000

1200

0 9 18 27 36 45 54 63 72

Co

Zn

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

As

Hg

0

4

8

12

16

20

24

28

32

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800

Pb

Fe

0

3

6

9

12

15

18

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Cd

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Mo

Pb

0

3

6

9

12

15

18

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800

Pb

Cd

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0 30 60 90 120 150 180 210

Cr

Mn

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 30 60 90 120 150 180 210

Cr

Co

Page 244: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

41

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <150µm

0

4

8

12

16

20

24

28

32

0 30 60 90 120 150 180 210

Cr

Fe

0

70

140

210

280

350

420

490

560

630

0 20 40 60 80 100

Ag

Cu

0

70

140

210

280

350

420

490

560

0 4 8 12 16 20 24 28 32

Fe

Cu

-400

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

0 70 140 210 280 350 420 490 560

Cu

Pb

0

20

40

60

80

100

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

As

Ag

0

200

400

600

800

1000

1200

0 30 60 90 120 150 180 210

Cr

Zn

0

200

400

600

800

1000

1200

0 7 14 21 28 35 42 49 56

Ni

Zn

0

4

8

12

16

20

24

28

32

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

As

Fe

Page 245: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

42

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <150µm

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

3200

0 20 40 60 80 100

Ag

Au

0

7

14

21

28

35

42

49

56

0 4 8 12 16 20 24 28 32

Fe

Ni

-20000

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

0 200 400 600 800 1000 1200

Zn

As

-20000

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800

Pb

As

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Hg

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 70 140 210 280 350 420 490 560

Cu

Au

-20000

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

0 70 140 210 280 350 420 490 560

Cu

As

0

70

140

210

280

350

420

490

560

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Mn

Cu

Page 246: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

43

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de solos de fracção <150µm

0

200

400

600

800

1000

1200

0 4 8 12 16 20 24 28 32

Fe

Zn

0

200

400

600

800

1000

1200

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800

Pb

Zn

0

200

400

600

800

1000

1200

0 20 40 60 80 100

Ag

Zn

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 4 8 12 16 20 24 28 32

Fe

Co

0

70

140

210

280

350

420

490

560

0 30 60 90 120 150 180 210

Cr

Cu

-400

0

400

800

1200

1600

2000

2400

2800

3200

0 200 400 600 800 1000 1200

Zn

Au

0

70

140

210

280

350

420

490

560

0 9 18 27 36 45 54 63 72

Co

Cu

Page 247: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

44

Anexo VI

Dados estatísticos das amostras de poeiras

Page 248: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

45

Page 249: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

46

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Ag

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

Au

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Au

30

60

90

120

150

180

210

240

270

300

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Mn

0

40

80

120

160

200

240

280

320

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Pb

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 2 4 6 8 10 12 14

Ag

Cu

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 2 4 6 8 10 12 14

Ag

Cd

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

Ag

Page 250: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

47

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Cd

0

40

80

120

160

200

240

280

320

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Pb

0

80

160

240

320

400

480

560

640

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Cd

Zn

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

As

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

0.0 0.8 1.6 2.4 3.2 4.0 4.8 5.6 6.4

Fe

Ag

0

40

80

120

160

200

240

280

320

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Pb

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

0 2 4 6 8 10 12 14

Ag

As

-1000

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

0.0 0.8 1.6 2.4 3.2 4.0 4.8 5.6 6.4

Fe

As

Page 251: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

48

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 900 1800 2700 3600 4500 5400 6300 7200

As

Cd

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Cd

0

7

14

21

28

35

42

49

56

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27

Ni

Cr

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

7.2

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Fe

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

Cd

0

6

12

18

24

30

36

42

48

54

30 60 90 120 150 180 210 240 270

Mn

Cr

-2

0

2

4

6

8

0.0 0.8 1.6 2.4 3.2 4.0 4.8 5.6 6.4

Fe

Cd

0

900

1800

2700

3600

4500

5400

6300

7200

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

As

Page 252: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

49

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

Mo

0

900

1800

2700

3600

4500

5400

6300

7200

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

As

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Fe

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54

Cr

Mo

0

70

140

210

280

350

420

490

560

630

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Zn

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

Fe

0

6

12

18

24

30

36

42

48

54

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Cr

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

0 70 140 210 280 350 420 490 560 630

Zn

Ag

Page 253: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

50

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

0 2 4 6 8 10 12 14

Ag

Mo

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 70 140 210 280 350 420 490 560 630

Zn

Au

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0 70 140 210 280 350 420 490 560 630

Zn

Fe

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.5 1.8 2.1

Mo

Ni

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Cu

0

900

1800

2700

3600

4500

5400

6300

7200

0 70 140 210 280 350 420 490 560 630

Zn

As

0

70

140

210

280

350

420

490

560

630

0 40 80 120 160 200 240 280 320

Pb

Zn

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54

Cr

Fe

Page 254: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

51

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27

Ni

Mn

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0.0 0.8 1.6 2.4 3.2 4.0 4.8 5.6 6.4

Fe

Co

0

2

4

6

8

10

12

14

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54

Cr

Ag

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

0 900 1800 2700 3600 4500 5400 6300 7200

As

Mo

0

2

4

6

8

10

12

14

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Ag

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 3200

Au

Co

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54

Cr

Cu

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54

Cr

Cu

Page 255: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

52

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <2mm

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

0.0 0.8 1.6 2.4 3.2 4.0 4.8 5.6 6.4

Fe

Ni

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0.0 0.8 1.6 2.4 3.2 4.0 4.8 5.6 6.4

Fe

Mn

0.0

0.3

0.6

0.9

1.2

1.5

1.8

2.1

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Mo

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0 900 1800 2700 3600 4500 5400 6300 7200

As

Co

0

40

80

120

160

200

240

280

320

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54

Cr

Pb

Page 256: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

53

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <250µm

-2

0

2

4

6

8

10

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Ag

0

2

4

6

8

10

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Cd

0

2

4

6

8

10

0 2 4 6 8 10

Ag

Cd

0

3

6

9

12

15

18

21

40 80 120 160 200 240 280 320 360

Mn

Co

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 700 1400 2100 2800 3500 4200 4900 5600

As

Cu

0

900

1800

2700

3600

4500

5400

6300

7200

0 2 4 6 8 10

Cd

As

-2

0

2

4

6

8

10

0 80 160 240 320 400 480 560 640 720

Zn

Cd

-2

0

2

4

6

8

10

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Pb

Ag

Page 257: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

54

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <250µm

0

90

180

270

360

450

540

630

720

810

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Zn

0

2

4

6

8

10

0 30 60 90 120 150 180 210

Au

Ag

-2

0

2

4

6

8

10

0 80 160 240 320 400 480 560 640 720

Zn

Ag

-2

0

2

4

6

8

10

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5

Fe

Ag

0

9

18

27

36

45

54

63

72

81

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Ni

Cr

0

20

40

60

80

100

120

140

160

0 90 180 270 360 450 540 630 720

Cu

Pb

-100

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5

Fe

Cu

-2

0

2

4

6

8

10

0 700 1400 2100 2800 3500 4200 4900 5600

As

Ag

Page 258: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

55

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <250µm

0

80

160

240

320

400

480

560

640

720

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Pb

Zn

0

80

160

240

320

400

480

560

640

720

0 700 1400 2100 2800 3500 4200 4900 5600

As

Zn

0

3

6

9

12

15

18

21

8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Co

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

4.8

5.4

0 2 4 6 8 10

Cd

Fe

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.5 1.8 2.1

Mo

Ni

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

0 700 1400 2100 2800 3500 4200 4900 5600

As

Fe

0

20

40

60

80

100

120

140

160

0 30 60 90 120 150 180 210

Au

Pb

0

80

160

240

320

400

480

560

640

720

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5

Fe

Zn

Page 259: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

56

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <250µm

8

16

24

32

40

48

56

64

72

40 80 120 160 200 240 280 320 360

Mn

Cr

0

9

18

27

36

45

54

63

72

81

0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.5 1.8 2.1

Mo

Cr

0

700

1400

2100

2800

3500

4200

4900

5600

0 30 60 90 120 150 180 210

Au

As

0

80

160

240

320

400

480

560

640

720

0 30 60 90 120 150 180 210

Au

Zn

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Fe

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 30 60 90 120 150 180 210

Au

Cu

0

700

1400

2100

2800

3500

4200

4900

5600

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Pb

As

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Ni

Page 260: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

57

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 1ª campanha de fracção <250µm

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0

80

160

240

320

400

480

560

640

720

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Zn

0

5

10

15

20

25

30

35

40

40 80 120 160 200 240 280 320 360

Mn

Ni

0

2

4

6

8

10

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Ag

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Pb

Fe

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

0 30 60 90 120 150 180 210

Au

Fe

0

90

180

270

360

450

540

630

720

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Cu

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

0 40 80 120 160 200 240 280

Au

Ag

0

30

60

90

120

150

180

210

240

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Cu

Page 261: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

58

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

-2000

0

2000

4000

6000

8000

10000

0 30 60 90 120 150 180 210 240 270

Pb

As

0

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0 40 80 120 160 200 240 280

Au

Pb

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

0 30 60 90 120 150 180 210

Cu

Cd

0.0

0.7

1.4

2.1

2.8

3.5

4.2

4.9

5.6

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Ag

0

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0.0 0.6 1.2 1.8 2.4 3.0 3.6 4.2

Ag

Pb

-0.6

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

0 30 60 90 120 150 180 210

Cu

Ag

-40

0

40

80

120

160

200

240

280

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8

Cd

Au

0

8

16

24

32

40

48

56

64

72

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Cr

Page 262: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

59

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Mn

0

9

18

27

36

45

54

63

72

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Mn

Cr

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

3.2

0 30 60 90 120 150 180 210 240 270

Pb

Cd

-40

0

40

80

120

160

200

240

280

0 30 60 90 120 150 180 210

Cu

Pb

0

2000

4000

6000

8000

10000

0 40 80 120 160 200 240 280

Au

As

-2000

0

2000

4000

6000

8000

10000

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8

Cd

As

0

30

60

90

120

150

180

210

0 40 80 120 160 200 240 280

Au

Cu

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Ni

Mo

Page 263: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

60

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Ni

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Fe

-3

0

3

6

9

12

15

18

21

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Fe

Co

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Mn

Fe

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

30 60 90 120 150 180 210 240 270

Zn

Fe

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Ni

Mn

0

30

60

90

120

150

180

210

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Fe

Cu

0

3

6

9

12

15

18

21

24

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Ni

Page 264: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

61

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Fe

0

3

6

9

12

15

18

21

24

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Fe

Ni

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8

Cd

Fe

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

0 40 80 120 160 200 240 280

Au

Fe

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Mo

30

60

90

120

150

180

210

240

270

300

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Zn

0

40

80

120

160

200

240

280

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Fe

Pb

30

60

90

120

150

180

210

240

270

300

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Zn

Page 265: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

62

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Fe

Ag

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0 30 60 90 120 150 180 210

Cu

Zn

0

50

100

150

200

250

300

350

400

30 60 90 120 150 180 210 240 270

Zn

Mn

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Mo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 30 60 90 120 150 180 210

Cu

Mo

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0 3 6 9 12 15 18 21 24

Ni

Zn

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Mo

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

30 60 90 120 150 180 210 240 270

Zn

Cd

Page 266: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

63

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0

30

60

90

120

150

180

210

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Cu

0

2000

4000

6000

8000

10000

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

As

0

3

6

9

12

15

18

21

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Co

0

30

60

90

120

150

180

210

0 3 6 9 12 15 18 21

Co

Cu

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Fe

Mo

0

40

80

120

160

200

240

280

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Au

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Mo

-40

0

40

80

120

160

200

240

280

30 60 90 120 150 180 210 240 270

Zn

Au

Page 267: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

64

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <2mm

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0 30 60 90 120 150 180 210 240 270

Pb

Mo

0

3

6

9

12

15

18

21

0 40 80 120 160 200 240 280

Au

Co

30

60

90

120

150

180

210

240

270

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Zn

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Cd

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8

Cd

Mo

0

3

6

9

12

15

18

21

0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8

Cd

Co

Page 268: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

65

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <250µm

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Pb

As

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0.0 0.7 1.4 2.1 2.8 3.5 4.2 4.9 5.6 6.3

Ag

Pb

0

40

80

120

160

200

240

280

320

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Cu

-0.6

0.0

0.6

1.2

1.8

2.4

3.0

3.6

4.2

0 40 80 120 160 200 240 280

Cu

Cd

-0.8

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Cd

Ag

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Au

Pb

-2000

0

2000

4000

6000

8000

10000

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Cd

As

0

8

16

24

32

40

48

56

64

72

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Cr

Page 269: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

66

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <250µm

0

40

80

120

160

200

240

280

0.0 0.7 1.4 2.1 2.8 3.5 4.2 4.9 5.6 6.3

Ag

Cu

0.0

0.9

1.8

2.7

3.6

4.5

5.4

6.3

7.2

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Ag

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Au

Ag

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Cd

Pb

0

40

80

120

160

200

240

280

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Au

Cu

0

2000

4000

6000

8000

10000

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Au

As

0

40

80

120

160

200

240

280

320

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Pb

Cu

40

80

120

160

200

240

280

320

360

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Co

Mn

Page 270: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

67

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <250µm

-40

0

40

80

120

160

200

240

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Cd

Au

0

8

16

24

32

40

48

56

64

72

40 80 120 160 200 240 280 320 360

Mn

Cr

0

8

16

24

32

40

48

56

64

72

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fe

Cr

3

6

9

12

15

18

21

24

27

0 8 16 24 32 40 48 56 64 72

Cr

Ni

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fe

Co

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

40 80 120 160 200 240 280 320 360

Mn

Fe

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Fe

0.0

0.8

1.6

2.4

3.2

4.0

4.8

5.6

6.4

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fe

Ag

Page 271: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

68

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <250µm

-50

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fe

Pb

0

40

80

120

160

200

240

280

80 120 160 200 240 280 320 360 400 440

Zn

Cu

40

80

120

160

200

240

280

320

360

3 6 9 12 15 18 21 24

Ni

Mn

0

40

80

120

160

200

240

280

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fe

Cu

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Cd

Fe

80

120

160

200

240

280

320

360

400

440

0 2000 4000 6000 8000 10000

As

Zn

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

3 6 9 12 15 18 21 24

Ni

Fe

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Au

Fe

Page 272: Caracterização da envolvente à mina do Pintor – Ioana ... · humana (As, Cd, Hg, Pb e Zn) em amostras de solos e poeiras (“road dust”) e avaliar o seu impacto. Os resultados

69

Diagramas de dispersão dos elementos em amostras de poeiras da 2ª campanha de fracção <250µm

80

120

160

200

240

280

320

360

400

440

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0

Cd

Zn

0

50

100

150

200

250

300

350

400

80 120 160 200 240 280 320 360 400 440

Zn

Pb

80

120

160

200

240

280

320

360

400

440

0.0 0.7 1.4 2.1 2.8 3.5 4.2 4.9 5.6 6.3

Ag

Zn

80

120

160

200

240

280

320

360

400

440

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fe

Zn