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Capítulo 11 Montagem de PCs Hora de comprar as peças e montar o PC! Você já sabe as peças necessárias à montagem de um PC. A configuração escolhida dependerá da aplicação que terá o computador. Aqui vão algumas dicas importantes. Identifique para que o computador vai ser utilizado. Dependendo da aplicação, poderá ser necessária uma configuração mais avançada. PCs para aplicações simples como processamento de texto e acesso à Internet podem utilizar vídeo onboard, terem processadores mais simples, uma modesta quantidade de memória e um disco rígido de capacidade média. PCs utilizados para aplicações profissionais devem ter uma placa de vídeo melhor, de resolução mais alta, e com recursos 3D, caso sejam usados para aplicações de engenharia, CAD e computação gráfica em geral. Esses PCs também precisam de processadores velozes e generosas quantidades de memória, bem como um disco rígido de alto desempenho. É fundamental o uso de um dispositivo de backup, já que em uma aplicação profissional, dados perdidos poderão representar um grande prejuízo. PCs para serem utilizados com jogos 3D de última geração devem ter uma configuração também avançada, parecida com a dos PCs para uso profissional, e preferencialmente deve ter uma boa placa de som com áudio 3D. Qualidade dos componentes Outra questão importante é a qualidade dos componentes utilizados. Existem no mercado brasileiro, componentes de alta qualidade e preços mais elevados, e também componentes de qualidade inferior e preços mais baixos. Se quiser mais detalhes sobre as melhores marcas e modelos, consulte o nosso Guia do comprador de PCs, em www.laercio.com.br.

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Capítulo 11 Montagem de PCs Hora de comprar as peças e montar o PC!Você já sabe as peças necessárias à montagem de um PC. A configuraçãoescolhida dependerá da aplicação que terá o computador. Aqui vão algumasdicas importantes.

Identifique para que o computador vai ser utilizado. Dependendo daaplicação, poderá ser necessária uma configuração mais avançada. PCs paraaplicações simples como processamento de texto e acesso à Internet podemutilizar vídeo onboard, terem processadores mais simples, uma modestaquantidade de memória e um disco rígido de capacidade média. PCsutilizados para aplicações profissionais devem ter uma placa de vídeomelhor, de resolução mais alta, e com recursos 3D, caso sejam usados paraaplicações de engenharia, CAD e computação gráfica em geral. Esses PCstambém precisam de processadores velozes e generosas quantidades dememória, bem como um disco rígido de alto desempenho. É fundamental ouso de um dispositivo de backup, já que em uma aplicação profissional,dados perdidos poderão representar um grande prejuízo. PCs para seremutilizados com jogos 3D de última geração devem ter uma configuraçãotambém avançada, parecida com a dos PCs para uso profissional, epreferencialmente deve ter uma boa placa de som com áudio 3D.

Qualidade dos componentes

Outra questão importante é a qualidade dos componentes utilizados. Existemno mercado brasileiro, componentes de alta qualidade e preços maiselevados, e também componentes de qualidade inferior e preços maisbaixos. Se quiser mais detalhes sobre as melhores marcas e modelos,consulte o nosso Guia do comprador de PCs, em www.laercio.com.br.

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11-2 Como montar, configurar e expandir seu PC

Eletricidade estática

Por melhor que seja a qualidade dos componentes, tudo pode ser colocado aperder se eles não forem manuseados corretamente. Todos os dias, milharesde chips, placas, discos rígidos, memórias e outros componentes sãodanificados por descargas eletrostáticas (ESD). Veremos portanto nestecapítulo, os cuidados que você deve tomar para não danificar as peças docomputador com a eletricidade estática.

Dificuldades mecânicas

Quem sabe montar um PC, a princípio sabe montar todos. Existempequenas diferenças em relação ao formato do gabinete. Encontramosgabinetes horizontais e verticais (também chamados de desktop e torre,respectivamente), existem diferenças nos métodos de fixação da placa deCPU, na disposição interna dos drives. Felizmente a diversidade de gabinetesnão resulta em dificuldades muito grandes, e para a felicidade dosmontadores de PCs, a maioria das etapas da montagem são idênticas. Dequalquer forma, antes de detalhar a montagem de PCs, faremos umaapresentação dos principais tipos de gabinetes, o que tornará a montagemainda mais fácil.

As etapas da montagem

Dividimos a montagem do PC em etapas independentes. São elas:

1) Preparação da placa de CPU, gabinete e drivesNesta etapa vamos instalar as memórias, o processador e o cooler, além derevisar os jumpers da placa de CPU. Desta forma não precisaremos fazeralterações depois que a placa estiver instalada no gabinete.

2) Fixação da placa de CPU no gabineteVeremos aqui os diferentes métodos usados para fixar a placa de CPU nogabinete. Existem os espaçadores plásticos e os parafusos metálicos, existemformas diferentes de posicionar a placa, dependendo do tamanho dogabinete.

3) Fixação dos drives e do disco rígidoDrive de disquetes, disco rígido, drive de CD-ROM e até um ZIP Driveinterno, devem ser aparafusados ao gabinete. Todos esses drives possuemfuros laterais para a colocação dos parafusos que os prenderão ao gabinete.

4) Fixação das placas de expansão

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Esta é a hora de fixar a placa de vídeo, caso a placa de CPU não utilizevídeo onboard. Certos conectores auxiliares que acompanham algumasplacas de CPU também devem ser instalados nesta etapa. Recomendamosque placas de som, modem e rede sejam instaladas depois da instalação dosistema operacional.

5) Conexão dos cabosCabos flat que interligam as diversas placas e drives, bem como os cabos dealimentação e demais cabos envolvidos são ligados nesta etapa.

6) CMOS SetupAqui declaramos a data e a hora, os parâmetros do disco rígido e váriasopções de funcionamento do hardware.

7) Formatação do disco rígidoSomente depois de realizadas a partição e a formatação lógica o disco rígidoestará pronto para receber dados, inclusive para a instalação do sistemaoperacional.

8) Ajustes finaisEsta é a hora de configurar o display digital, organizar os cabos e checar setudo está funcionando. O computador estará pronto para a instalação dosistema operacional.

Logo começaremos a apresentação dessas etapas da montagem, mas antesvamos aos tópicos preliminares, sem os quais toda a montagem pode sercolocada a perder.

Cuidado com a eletricidade estáticaO computador novinho em folha já veio com alguns problemas de maufuncionamento. O outro, depois de alguns meses de uso, passou a apresentardefeito na memória. Qual é o usuário que nunca viu essas coisasacontecerem? Esses são apenas alguns exemplos de problemas inexplicáveisexistentes em PCs novos ou com poucos meses de uso. As descargaseletrostáticas (ESD) que ocorreram quando os componentes foram tocadoscom as mãos pelos vendedores, técnicos e usuários, foram as responsáveispor esses defeitos. Tais problemas seriam evitados se essas pessoas tomassemos devidos cuidados, o que por sinal não dá trabalho algum. Vejamos entãoo que são as descargas eletrostáticas, os problemas que causam e como evitá-las.

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Como ocorrem as descargas eletrostáticas

As descargas eletrostáticas ocorrem quando tocamos placas e chips com asmãos. Quando o vendedor coloca uma placa na vitrine, ou quando cola eescreve aquela etiqueta da garantia, ou quando ele retira ou coloca umaplaca, chip ou disco rígido na embalagem. Ocorre quando o técnico ou ousuário segura as peças para fazer a instalação. Os vendedores e técnicosdeveriam tomar cuidado. Afinal as peças que estão manuseando nãopertencem a eles, e sim ao usuário que irá comprá-las.

O que são as descargas eletrostáticas

Todos se lembram de um belo dia, lá por volta da sexta série do primeirograu, quando na aula de ciências é apresentada uma experiência comeletricidade estática. Esfregamos uma caneta nos cabelos ou no casaco,tornando-a eletrificada. A caneta passa a atrair para si, pequenos pedacinhosde papel. Os elétrons acumulados na caneta são os responsáveis por estaatração. Quaisquer materiais, quando friccionados entre si, produzemquantidades maiores ou menores de eletricidade estática. Ao se levantar deuma cadeira forrada com material plástico, retirar um casaco de lã ou mesmoao andar por um carpete, o corpo humano acumula cargas suficientes paragerar uma tensão de alguns milhares de volts. Certamente você já deve tertomado algum dia, um choque ao abrir a porta de um automóvel, ou mesmouma porta comum. Tensões estáticas superiores a 3000 volts são percebidaspor nós, na forma de um pequeno choque. Tensões mais baixas não chegama provocar choques, por isso tendemos a não acreditar nas descargaseletrostáticas. Para danificar um chip de memória ou um processador,bastam algumas dezenas de volts.

Os estragos causados pelas descargas eletrostáticas

Descargas eletrostáticas podem causar dois tipos de falhas: catastróficas elatentes. As falhas catastróficas são as mais fáceis de serem percebidas. Aplaca, chip ou disco rígido simplesmente não funcionam, mesmo quandonovos. O usuário compra um módulo de memória, o vendedor o toca comas mãos. Talvez tenha queimado. O usuário vai instalar o módulo e amemória não funciona. Sendo imediatamente percebida esta falha, o usuáriopode ir à loja e solicitar a troca (azar do dono da loja). As falhas latentes sãobem piores. O equipamento funciona aparentemente bem, mas depois dealguns meses, semanas ou até dias, a falha é manifestada, de formapermanente ou intermitente. Se ocorrer fora do período de garantia, o azarserá do usuário.

Os fabricantes avisam

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Todos os chips, placas e discos rígidos possuem avisos dos seus fabricantes,alertando sobre os perigos da eletricidade estática. Todos os fabricantes, semexceção, dão este aviso. Infelizmente 99% dos vendedores e usuários, alémda maioria dos técnicos, ignoram sumariamente esses avisos. A vida de umcomponente eletrônico começa na fábrica com todos os cuidados, de ondesai protegido por embalagens anti-estáticas. A seguir sofre inúmerasdescargas durante a venda e instalação, e se não tiver sorte, termina comfalhas catastróficas ou latentes, além de sofrer reclamações de usuáriosdevido a travamentos. Quem está errado? O fabricante? Ou aqueles que nãotomam cuidado? O usuário precisa conhecer os perigos da eletricidadeestática e cobrar aos técnicos e vendedores para que tenham cuidado.Simplesmente não deveriam comprar em lojas nas quais os vendedoresignoram a eletricidade estática. Cabe a você, um futuro produtor de PCs,tomar os devidos cuidados com a eletricidade estática.

Figura 11.1

Etiquetas com advertências sobre a eletricidadeestática.

Influência da umidade relativa do ar

É errado pensar que as descargas eletrostáticas só ocorrem quando o clima éseco. Andar em um carpete pode gerar tensões de 3500 volts se a umidaderelativa do ar estiver baixa, ou de apenas 1500 volts se a umidade estiveralta. Esta tensão é mais que suficiente para danificar qualquer chip.

Porque não sentimos choque

Felizmente não sentimos choque na maior parte das descargas eletrostáticas.Tendemos a não acreditar no perigo devido à ausência de choque. Aduração das descargas é tão pequena (bilionésimos de segundo) que não

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permite estabelecer uma corrente elevada, mesmo sendo a tensão tão alta.Ainda assim é suficiente para danificar os minúsculos transistores queformam os chips. Podemos entender isso através de uma analogia com ofogo. Acenda uma vela e mova o dedo rapidamente sobre o fogo. Semantivéssemos o dedo parado sobre o fogo, sofreríamos uma queimadura,mas se o passarmos por apenas uma fração de segundo, o calor não serásuficiente para causar qualquer sensação de dor. Faça agora a mesma coisacom um fio de cabelo. Por mais rápido que você o passe sobre a chama, elesempre irá queimar. O mesmo ocorre com as descargas eletrostáticas: a suaduração não é suficiente para causar choque mas dá e sobra para queimar ostransistores que formam os chips.

Como proteger os circuitos

É muito fácil evitar as descargas eletrostáticas. Não dá trabalho algum, é sóuma questão de cuidado. Vendedores devem manter os produtos dentro dassuas embalagens anti-estáticas. Ao retirá-los da embalagem, devem sempresegurar as placas pelas bordas, sem tocar nos chips e conectores. Um discorígido deve ser segurado pela sua carcaça, e não pela placa de circuito.Processadores devem ser seguros sem que toquemos nos contatos metálicos.Quando um vendedor coloca aquela “etiqueta da garantia”, deve fazê-lo semtocar nos circuitos. Técnicos e usuários devem tomar os mesmos cuidados,mas como manuseiam os componentes durante muito tempo, precisam aindarealizar uma descarga de segurança. Para isso basta tocar com as duas mãosum corpo metálico, como o gabinete ou a fonte do computador, antes derealizar as instalações de hardware. Um bom laboratório de manutençãodeve ter pulseiras anti-estáticas para os seus técnicos.

Figura 11.2

Pulseira anti-estática e sua utilização.

O ideal é que você utilize a pulseira anti-estática ao manusear componentesde hardware. Além disso, é preciso seguir as regras apresentadas aqui:

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1) Antes de manusear os equipamentos, toque suas duas mãos em umajanela metálica, não pintada. Se isto não for possível, toque com as duasmãos a fonte de alimentação do computador. Se a fonte for pintada, toqueem outra parte do interior do gabinete que seja de metal, e não pintada(figura 3). Repita esta descarga a cada 15 minutos.

Figura 11.3

Descarregando a eletricidade estática.

2) Segure as placas pelas suas bordas laterais. A figura 4 mostra a formacorreta e a forma errada de segurar uma placa. Um disco rígido deve sersegurado pela sua carcaça metálica. A figura 5 mostra a forma correta e aforma errada de segurar um disco rígido. Módulos de memória eprocessadores também devem ser segurados pelas laterais, sem tocar nosseus contatos metálicos.

Figura 11.4

Forma certa e errada desegurar uma placa.

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Figura 11.5

Forma certa e errada desegurar um disco rígido.

Dicas sobre comprasEm várias lojas, grandes ou pequenas, oficiais ou informais, no Brasil ou noexterior, você pode encontrar à venda as peças necessárias à montagem deum PC. É preciso entretanto tomar cuidado para não cair em certasarmadilhas. Você precisa conhecer algumas dicas a respeito do fornecedor,acessórios e procedência do material.

O fornecedor

Para ter maior segurança sobre o bom funcionamento das peças, érecomendável que sejam compradas em um fornecedor local, de suaconfiança, ou sobre o qual você tenha boas referências. Muitos usuários sãotentados a abrir o jornal e telefonar para dezenas de fornecedoresdesconhecidos, com o objetivo de comprar as peças mais baratas. Acabamcomprando placas, disco rígido, drives, gabinetes e memórias em diversosfornecedores diferentes. Corre-se desta forma um certo risco deincompatibilidades. Se o disco rígido apresentar algum defeito, o seufornecedor dirá que o disco está bom, e que o defeito está na sua interface,localizada na placa de CPU. O fornecedor da placa de CPU dirá o contrário.Este é um exemplo no qual “o barato sai caro”.’

Cheque também, antes da compra, se o seu fornecedor presta serviço desuporte técnico em caso de dificuldades na montagem. Podemos dizer quequando o usuário realiza a montagem cuidadosamente de acordo com asinstruções deste livro e todas as peças estão em perfeitas condições, a chancede que tudo funcione bem é de quase 100%. Entretanto, não está totalmentedescartada a possibilidade de ocorrerem dúvidas e problemas durante amontagem. Neste ponto, o papel do fornecedor é importantíssimo. Evitecomprar material em fornecedores leigos, que não têm condições de prestarsuporte em caso de problemas. Não basta dizer que realizará trocas em casode problemas, pois é possível que todas as peças estejam em boas condiçõese mesmo assim o usuário tenha dúvidas. O melhor tipo de fornecedor neste

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caso é aquele que, além de vender as peças separadamente, também faz amontagem de micros, o que é uma demonstração de competência técnica.

Muitos são tentados a comprar peças diretamente no exterior, durante umaviagem. É comum também o caso daqueles que pedem a um amigo queviaja ao exterior para comprar algumas “pecinhas” para montar seu PC.Aqui existem dois problemas em potencial. Se todas as peças foremadquiridas corretamente e não apresentarem problemas, sem dúvida aaquisição terá valido a pena, mas não é possível ter, a priori, certeza absolutade que não ocorrerão problemas. Se por exemplo, o disco rígido estiverdefeituoso, será um grande transtorno levá-lo de volta à loja onde foi com-prado para realizar a troca. Muitos usuários acabam por perder desta formaas peças baratas adquiridas nessas viagens.

Ao pedir a um amigo para que traga material do exterior, é muito comum acompra de peças erradas e a falta de acessórios, como por exemplo, osmanuais que acompanham as placas. Para acomodar essas peças na ba-gagem, muitos as retiram das suas caixas protetoras, que em geral ocupammuito volume. Essas peças acabam sofrendo danos durante o transporte.

No Rio de Janeiro, um bom lugar para encontrar material de informática éno Edifício Avenida Central. Em São Paulo, podemos citar as lojas da ruaSanta Ifigênia e imediações. Em outras cidades, podemos também encontrarcom facilidade tais revendas. Se você quer comprar através dos correios, ouse está no Rio de Janeiro, recomendo a Computer Designers(www.cdr.com.br). É uma empresa pequena mas competente, na qual tenhocomprado meus equipamentos nos últimos anos.

Manuais, disquetes e acessórios

Sem dúvida, esta é a principal fonte de insucesso. Todas as placas sãoacompanhadas de manuais técnicos. Sem esses manuais, é até possível que ousuário consiga montar o PC, mas no caso de futuras expansões, certamenteocorrerão problemas.

Assim como ocorre com todas as placas, os discos rígidos também sãoacompanhados de um pequeno manual, onde existem instruções para a suainstalação. Muitas vezes esta instalação pode ser feita sem a presença domanual, mas o usuário não poderá, por exemplo, realizar a futura instalaçãode um segundo disco rígido, já que para isto será preciso alterar algunsjumpers de configuração. Muitos modelos de disco rígido possuemestampadas na sua própria carcaça (figura 6), um resumo das instruções doseu manual, desta forma suprindo a sua falta, pelo menos em parte.

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Figura 11.6

Muitos discos rígidos possuem estampadas na suacarcaça, as instruções sobre a programação dosseus jumpers.

O gabinete também deve ser acompanhado de um manual, que consiste emuma pequena folha. Com essas instruções é possível instalar e configurar osnúmeros que serão mostrados no display digital.

Além dos manuais, alguns módulos são acompanhados de CDs ou disquetescontendo drivers e utilitários. Por exemplo, as placas de vídeo sãoacompanhadas dos drivers de vídeo, DirectX e utilitários. Em alguns casossão também acompanhadas de jogos. Modems são acompanhados de driverse programas de comunicação, como por exemplo, software para transmissãoe recepção de fax. Placas de som são acompanhadas de drivers e diversosaplicativos, como programas para reprodução de CDs, editores de som, etc.De um modo geral, todas as placas são acompanhadas de drivers, mas istonão ocorre apenas com as placas. Impressoras, scanners, joysticks e atémonitores são acompanhados de drivers.

A procedência do material

Antigamente, produto importado era sinônimo de “produto caro e de altís-sima qualidade”. Hoje não podemos afirmar a mesma coisa. Existem produ-tos importados da Ásia com baixíssimos preços e baixíssima qualidade. Emparte, isto ocorre com algumas peças para computador. A princípio, a mai-oria das peças para computador vindas do Japão, Korea, Cingapura, Tai-lândia, Taiwan, China continental e demais países da Ásia são de boa qua-lidade, mas existem muitas de qualidade inferior. As peças, placas e equi-pamentos produzidos nos Estados Unidos são de melhor qualidade. Entre-tanto, muitos fabricantes americanos possuem fábricas na Ásia, o que mostraque também lá existem produtos de alta qualidade. Não é desabonador o

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-11

fato de um equipamento ter sido produzido na Ásia, e também não é ne-cessário procurar desesperadamente por peças “Made in USA”. O problemaé que existem as peças de qualidade inferior. São peças não aprovadas nocontrole de qualidade, ou peças recondicionadas, ou que são fabricadas porempresas que não as desenvolveram, e simplesmente copiaram a partir deprodutos de outros fabricantes. Não existe uma regra geral para diferenciarum componente bom de um ruim. O que existe são pistas que devem serseguidas:

1) Em geral, todos os equipamentos produzidos nos Estados Unidos, oumesmo produzidos na Ásia por empresas americanas, são de qualidadesuperior.

2) As melhores placas de CPU são as fabricadas pela Intel, Supermicro, FIC,Asus, Soyo, MSI, A-trend, Open e Tyan. Abit e Gigabyte também sãoconsideradas aceitáveis, apesar de muitos usuários já terem passado porproblemas com certos modelos. Placas de fabricação da PC Chips e Tomatosão de má reputação, apesar de serem muito utilizadas no Brasil, devido aosseus baixos preços.

3) Quanto aos discos rígidos, é difícil falar em melhores e piores.Freqüentemente fabricantes de boa reputação produzem modelosproblemáticos que deixam bastante a desejar. A Seagate sempre foi umgrande fabricante, mas já passou por fases problemáticas. O mesmo ocorreucom a Western Digital, que sempre foi de primeira linha, mas passou porsérios problemas com seus modelos entre 4 GB e 10 GB, muitos delesapresentando defeitos. Quantum e Maxtor (recentemente esses doisfabricantes se uniram) têm passado por uma boa fase. Por outro lado, certosfabricantes não têm conseguido manter um padrão de qualidade econfiabilidade. É o caso da Fujitsu e da Samsung.

4) Uma grande confusão ocorreu no mercado de placas de vídeo, a partir de1999. A Diamond, considerada por muitos como a melhor fabricante deplacas de vídeo, foi comprada pela S3, produtora de chips gráficos. Isso fezcair bastante a sua competência. Antes a Diamond utilizava chips gráficos devários fabricantes, como Nvidia, 3DFx e S3. Passou então a produzir apenasplacas com chips da S3. Os resultados não foram bons, e a S3 acabousucateando a antiga Diamond, ficando apenas com algumas de suas linhasde produtos. A 3DFx, grande fabricante de chips gráficos 3D de altodesempenho, tornou-se também uma fabricante de placas, mas teve grandesprejuízos e acabou sendo parcialmente adquirira pela sua maior concorrente,a Nvidia. Este sim é o fabricante que tem tido mais sucesso recentemente.

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Seus chips gráficos têm excelente desempenho e seus preços são acessíveis.Têm sido utilizados por diversos fabricantes de placas de vídeo.

5) Os monitores Samsung e LG, muito comuns no Brasil, são de boaqualidade. Também são os fabricados pela Sony, NEC, Philips, Viewsonicentre outros.

6) Impressoras produzidas pela Epson, HP, Canon e Lexmark, muito comunsno Brasil, são de boa qualidade.

7) Kits multimídia produzidos pela Creative Labs (Sound Blaster) são os maisrecomendáveis. Você também pode comprar separadamente a placa de some o drive de CD-ROM. Drives da Creative, LG, Sony e Teac são de boaqualidade.

8) As placas fax/modem da US Robotics e 3COM são muito bemconceituadas. Se você comprar um modem com DSP (processador de sinaisdigitais), essas são as marcas mais confiáveis. Se optar por um Winmodem,optar por um modelo da US Robotics não é garantia de bons resultados. Emoutras palavras, um Winmodem da US Robotics é tão limitado e deficientequanto os de outros fabricantes. Entre os limitados e baratos Winmodems, osda Lucent têm apresentado bons resultados. Modems da PCTel são muitobaratos, mas são os que recebem mais queixas dos seus usuários.

Calma e atenção

Não monte o computador com pressa e nem com ansiedade. Não faça comoo sujeito que chegou em casa às 11 horas da noite com as peças tão espe-radas e começou a montar o PC madrugada a dentro. Este montador ansiosonem quis jantar. Teve dificuldades e acabou indo dormir às 4 horas damanhã sem ter conseguido montar o computador. No dia seguinte, fez tudonovamente, com a calma e atenção necessárias e finalmente conseguiumontar seu PC.

Tenha calma e atenção, e evite a pressa e a ansiedade. Reserve um horáriotranqüilo, em um bom espaço, e sem crianças por perto. Confira se todas aspeças estão corretas, separe todos os cabos, manuais, parafusos, ferramentase tudo o que você precisar para montar o PC. Se você não tiver calma eatenção, poderá fazer alguma ligação errada, o que pode até mesmo causardano às peças.

O que acompanha cada peça

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Ao comprar as diversas peças envolvidas na montagem de um PC, é precisoexigir os seus manuais, disquetes, cabos e demais acessórios. Este materialserá necessário para obter sucesso na montagem. Mesmo micros que sãovendidos prontos devem ser acompanhados dos manuais e disquetes de suasplacas. Vejamos então o que deve acompanhar cada módulo.

Placa de CPU

Este é o módulo que possui o maior número de acompanhantes. São eles:

Manual da placa de CPU 2 cabos flat IDE Cabo flat para drives Cabos das interfaces seriais e paralelas (nas placas padrão AT) Conectores VGA (em placas AT com vídeo onboard) Conectores de som (em placas AT com som onboard) CD com software de apoio e drivers da placa de CPU Mecanismos de fixação do processador

O manual da placa de CPU traz todas as informações necessárias à suamontagem, instalação de memórias, instalação de um novo processador ecomo realizar o CMOS Setup. São ainda fornecidos os cabos flat para daracesso às interfaces IDE e interface de drives. Placas padrão ATX possuemas interfaces seriais e paralelas acessíveis por conectores na sua parte traseira,mas as do padrão AT possuem conectores auxiliares para essas interfaces.

Placas de CPU ATX com vídeo onboard possuem um conector VGA (DB-15) localizado na sua parte traseira. Já as placas AT com vídeo onboardutilizam uma extensão VGA. Da mesma forma, placas ATX com somonboard possuem na sua parte traseira as conexões de áudio e do joystick.As placas de CPU AT, quando possuem som onboard, são acompanhadasde um conector de som, como o mostrado na figura 7.

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11-14 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.7

Conectores para som, queacompanham placas de CPU AT comsom onboard.

As placas de CPU modernas são ainda acompanhadas de um CD-ROM comsoftware de apoio. Podemos encontrar diversos tipos de software:

Drivers de vídeo para Windows e outros sistemas operacionais, nocaso de placas de CPU com vídeo onboard.

Drivers de som, para placas de CPU com som onboard. Drivers de rede, para placas de CPU com “rede onboard” Drivers de modem, para placas de CPU com modem onboard Driver Ultra DMA AGP Miniport Driver Drivers do chipset Software para monitoração de temperatura e voltagem.

Assim como ocorre com qualquer placa de vídeo e placa de som, as placasde CPU que englobam circuitos de vídeo e som necessitam de driversapropriados para que esses circuitos funcionem.

As placas de CPU cujas interfaces IDE são capazes de operar nos modosATA-33, ATA-66 e ATA-100 são acompanhadas de um driver que ativaesses modos de operação. As versões mais recentes do Windows possuemdrivers similares, mas quando a placa de CPU possui um chipset mais novo,não suportado pelo Windows, é preciso utilizar o driver que o fabricantefornece neste CD.

Muitas placas são acompanhadas de um software de monitoração, através doqual vários itens do seu funcionamento são checados: temperatura doprocessador, temperatura do interior do gabinete, velocidade de rotação doscoolers, quantidade de memória livre, espaço em disco, tensões geradas pelafonte, tensões que alimentam o processador, etc. Quando são detectadas

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-15

condições críticas, este software informa ao usuário, que pode providenciar ofechamento dos programas em execução antes que o problema se torne maissério, ou até mesmo desligar o computador. Desta forma é reduzida a chancede perda de dados.

Placa de vídeo

Esta placa em geral é acompanhada do seguinte material:

Manual da placa CD-ROM com drivers SVGA e utilitários Algumas são acompanhadas de jogos e outros softwares

Nem sempre o manual é necessário para a montagem do computador, massempre existem informações técnicas valiosas. Por exemplo, certas placaspermitem a instalação de mais memória de vídeo. Podem ser expandidas de1 MB para 2 ou 4 MB. As instruções para esta expansão estão explicadas noseu manual. Existem também tabelas que mostram os modos gráficos que aplaca pode utilizar. Tais informações podem ser úteis para regular ofuncionamento da placa, com o objetivo de aproveitar melhor os recursos domonitor.

No CD-ROM que acompanha a placa de vídeo, é possível encontrar, alémde utilitários que permitem o seu controle, drivers para habilitar o seu funcio-namento em vários sistemas operacionais.

Disco rígido

O disco rígido é em geral acompanhado de:

Manual Disquete com driver LBA

O manual é sempre muito importante. Certos modelos de disco rígido pos-suem estampadas na sua carcaça um resumo das informações mais impor-tantes do seu manual. O disquete com o driver LBA é necessário apenaspara fazer a instalação em PCs com BIOS antigos. As antigas versões deBIOS disponíveis não eram capazes de operar diretamente com discosrígidos com capacidades acima de 504 MB. Os fabricantes de discos rígidospassaram então a fornecer um disquete com um software que adiciona afunção LBA (Logical Block Address), permitindo o uso de discos IDE comaté 8,4 GB. As atuais placas de CPU já possuem no BIOS a função LBA, eportanto podem acessar discos IDE acima de 504 MB, sem a necessidade do

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11-16 Como montar, configurar e expandir seu PC

uso deste driver. Por isso, muitos fabricantes deixaram de fornecer estedisquete, mas oferecem este software através da Internet.

Depois que a função LBA foi implantada, os BIOS dos PCs passaram apermitir acessos a discos rígidos de até 2 GB. Logo surgiram discos comcapacidades acima de 1 GB, e a nova barreira ficou próxima. Novasalterações na função LBA tornaram o BIOS capaz de acessar discos comcapacidades maiores que 2 GB, podendo chegar até 8,4 GB. Surgiram entãodiscos com 2,5 GB, 3 GB, 4 GB. Já no início de 1998, discos de 4 GB eramcomuns, e começavam a chegar ao mercado, modelos de 6 GB e 8 GB,aproximando-se então da barreira dos 8,4 GB. Os BIOS das placas de CPUdesta época já incluíam suporte para discos rígidos com capacidades acimade 8,4 GB. Por outro lado, se for necessário utilizar um disco com capaci-dade maior que esta, em PCs com BIOS que só permitem chegar a 8,4 GB,será preciso instalar um software de apoio que acompanha o disco rígido.São programas como o Disk Manager e o EZ Drive, os mesmos que no finalde 1994 permitiam aos PCs com BIOS antigos, ultrapassar a barreira dos 504MB. Se a sua placa de CPU é nova (posterior a jan/1998), certamente o seuBIOS já permite acessar discos com mais de 8,4 GB, e você não precisaráutilizar o disquete que o acompanha, ou então fazer uma atualização deBIOS.

OBS.: Os fabricantes de placas de CPU oferecem atualizações de BIOS, através da Internet.As memórias ROM que são usadas nas placas de CPU modernas são do tipo Flash ROM, ouseja, podem ser reprogramadas eletricamente pelo próprio usuário, através de softwareapropriado, fornecido pelo seu fabricante. Se você conhece o endereço do site na Internet dofabricante da sua placa de CPU, pode fazer o download da nova versão de BIOS para a suaplaca. Sua placa de CPU passará então a contar com novos recursos, como por exemplo, osuporte a discos IDE com mais de 8,4 GB.

Drive de CD-ROM

Praticamente todos os drives de CD-ROM são acompanhados de ummanual, além de um disquete com drivers que permitem o seufuncionamento no modo MS-DOS. Este é um erro freqüentemente cometidopor quem instala um drive de CD-ROM pela primeira vez. Não é preciso, enem é recomendável utilizar o driver existente neste disquete, pois oWindows já possui seus drivers nativos para controlar o drive de CD-ROM.Confira então o material que acompanha o seu drive:

Manual Disquete com driver para MS-DOS Cabo de áudio

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-17

Cabo flat IDE Parafusos de fixação

Monitor

Junto com o monitor é fornecido um manual com características técnicas.Em geral o monitor não requer nenhum tipo especial de configuração. Bastaconectá-lo à placa SVGA e estará pronto para funcionar. Entretanto, asinformações do seu manual são extremamente úteis. Por exemplo, existemindicações sobre as suas freqüências horizontais e verticais de funcionamento,o que facilita a regulagem da placa SVGA para obter a melhor imagempossível no monitor.

Os monitores modernos são Plug-and-Play. São detectados pelo Windows, ea seguir seus drivers são instalados. O que esses drivers fazem é basicamenteinformar ao Windows as freqüências e resoluções suportadas, bem como ofuncionamento dos modos de economia de energia. Alguns monitores sãoacompanhados de um disquete com seus drivers. Se o Windows não tiverdrivers para o seu monitor, você pode usar os existentes neste disquete.

Mouse

Para funcionar em ambiente Windows, o mouse não requer, em geral, ne-nhum software especial. Mesmo assim, algumas vezes o mouse é acom-panhado de um disquete com um software que permite o uso de seus trêsbotões, já que os drivers para Windows em geral dão acesso a apenas doisbotões. Também é fornecido neste disquete um “driver de mouse paraDOS”. Ele é necessário para fazer com que possa ser usado sob o MS-DOS,sem a presença do Windows, como por exemplo, em jogos antigos.

Gabinete

Muitos gabinetes possuem na sua parte frontal, um display digital paraindicar o clock do processador. O valor mostrado neste display deve serprogramado pelo próprio usuário, através de instruções existentes no manualdo gabinete. Normalmente este manual consiste em uma única folha com asinstruções para a ligação do display na fonte de alimentação, na placa deCPU, e para a programação de seus números.

Drive de disquete

Drivers de disquete não são acompanhados de manual algum. Nãonecessitam de configurações especiais, nem drivers. Basta conecta-los nocomputador e declara-los no CMOS Setup, e estarão prontos para funcionar.

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11-18 Como montar, configurar e expandir seu PC

Também não são fornecidos com parafusos ou cabos. Os parafusosacompanham o gabinete, e o cabo flat acompanha a placa de CPU.

Teclado

Teclados também não são acompanhados de manuais ou drivers, masexistem algumas exceções. Os chamados teclados multimídia são fornecidoscom um CD-ROM contendo um software que habilita o funcionamento dosseus botões especiais (Play, Stop, Volume, etc.).

Modem, placa de rede, placa de som

Todas essas placas são fornecidas com manual e um CD ou disquete comdrivers e utilitários. Além do driver, o modem é acompanhado de programasde comunicação. Um cabo telefônico padrão RJ-11 também acompanha omodem. Placas de rede são acompanhadas de drivers e em alguns casos,programas de gerenciamento e diagnóstico de rede. Placas de som sãoacompanhadas de drivers, aplicativos sonoros e em alguns casos, jogos.Algumas placas de som são também acompanhadas de um cabo de áudiopara ligação com o drive de CD-ROM.

Conexão das partesA conexão das partes que formam um PC é bastante simples, seja no casode placas de CPU AT, seja no caso de placas de CPU ATX, seja emgabinetes horizontais ou verticais, grandes ou pequenos. Vamos inicialmentemostrar como as diversas peças são interligadas, e na próxima seção veremoscomo ficam posicionadas no gabinete.

Conexão das partes em um sistema padrão AT

Podemos ver as conexões na figura 8. Nesta figura estamos representandoum PC completo, com exceção do gabinete. No centro de tudo está a placade CPU. Nela estão ligados diversos dispositivos:

Teclado Mouse - na interface COM1 Impressora - na interface paralela Drive de disquetes Disco rígido Drive de CD-ROM Painel frontal do gabinete Fonte de alimentação

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-19

Figura 11.8Ligações em uma placa de CPU AT

O teclado é ligado diretamente no conector existente na parte traseira daplaca de CPU. O mouse é ligado em uma das interfaces seriais existentes naplaca de CPU (COM1 e COM2), sendo que normalmente é ligado naCOM1. A impressora é ligada na LPT1, a interface paralela existente naplaca de CPU. Tanto o drive para disquetes como o disco rígido e o drive deCD-ROM são ligados nas respectivas interfaces existentes na placa de CPU,através de cabos flat apropriados. O ideal é ligar o disco rígido na interfaceIDE primária, e o drive de CD-ROM na interface IDE secundária.

Na placa de CPU é feita a conexão da placa SVGA, na qual é ligado omonitor. Quando a placa de CPU tem vídeo onboard, é usado um conectorauxiliar para ligar a saída de vídeo da placa de CPU até um conector DB-15,a ser instalado na parte traseira do gabinete.

A fonte de alimentação é ligada à tomada da rede elétrica, e possui umasaída para a ligação da tomada do monitor. Existem saídas para fornecercorrente para a placa de CPU, os drives e o disco rígido.

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11-20 Como montar, configurar e expandir seu PC

Conexão das partes em um sistema padrão ATX

Podemos ver as conexões na figura 9. Observe que as conexões são muitoparecidas com as de um sistema AT, exceto pelo formato da placa de CPU,e pelas conexões existentes na sua parte traseira.

No centro de tudo está a placa de CPU. Nela estão ligados diversos dispo-sitivos:

Teclado Mouse Impressora Drive de disquetes Disco rígido Painel frontal do gabinete Fonte de alimentação

Figura 11.9Ligações em uma placa de CPU ATX.

O teclado é ligado diretamente no conector existente na parte traseira daplaca de CPU. Neste tipo de placa, é usado um conector de teclado padrãoPS/2. O mouse é ligado em uma das interfaces seriais existentes na placa deCPU (COM1 e COM2), ou então na interface para mouse padrão PS/2. Aimpressora é ligada na LPT1, a interface paralela existente na placa de CPU.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-21

Tanto o drive para disquetes de 3½” como o disco rígido e o drive de CD-ROM são ligados nas respectivas interfaces existentes na placa de CPU,através de cabos flat apropriados.

Ainda na placa de CPU é feita a conexão da placa SVGA, na qual é ligado omonitor. Esta placa poderá ser do tipo PCI ou AGP, mas preferencialmenteAGP nos sistemas em que é necessário um bom desempenho 3D. Quando aplaca de CPU possui vídeo onboard, o monitor é ligado no conector VGAexistente na parte traseira da placa de CPU, junto aos demais conectores.

A fonte de alimentação é ligada à tomada da rede elétrica, e possui umasaída para a ligação da tomada do monitor. Existem saídas para fornecercorrente para a placa de CPU, os drives e o disco rígido.

Etapa 1:Preparação da placa de CPU, gabinete e drivesComeçamos agora a montagem propriamente dita. Esta é uma etapa mais depreparação do que de montagem. Mãos à obra!

1) Abra o gabinete, o que normalmente é feito pela remoção de parafusoslocalizados na sua parte traseira.

Figura 11.10

Abrindo o gabinete.

2) Conecte a fonte de alimentação na chave liga-desliga (nos gabinetes AT).Normalmente esta conexão já vem feita de fábrica, mas caso não esteja feita,use as instruções existentes na etiqueta da fonte de alimentação para ligar os4 fios da chave liga-desliga.

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11-22 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.11

Ligando a fonte de alimentação AT nachave liga-desliga do gabinete. Na fontede alimentação existe uma etiqueta comas instruções.

3) Conecte o display do gabinete na fonte de alimentação.

Figura 11.12

Ligação do display na fonte dealimentação.

4) Identifique os conectores do painel do gabinete: Reset, Speaker, etc.Normalmente os nomes estão indicados no conector interno, mas caso nãoestejam, será preciso seguir os fios até o painel para descobrir qual é o Reset,qual é o Speaker, etc.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-23

Figura 11.13

Identificando os conectores do painel.

5) Separe os manuais das placas, do gabinete e do disco rígido.

6) Identifique no manual da placa de CPU onde estão explicadas as cone-xões do painel frontal do gabinete. Identifique na própria placa de CPUquais são esses pontos de conexão.

Figura 11.14

Instruções para conectar o painel dogabinete na placa de CPU.

7) Identifique no manual da placa de CPU onde está explicado o CMOSSetup.

8) Separe os parafusos que acompanham o gabinete. A maioria deles recaiem duas categorias distintas, que aqui chamamos de Classe 1 e Classe 2.

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11-24 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.15

Parafusos do gabinete.

9) Correlacione os furos existentes no gabinete com os furos existentes naplaca de CPU. Identifique quais furos usarão parafusos hexagonais e quaisusarão espaçadores plásticos. Coloque espaçadores plásticos nos furosapropriados da placa de CPU. Note que existem alguns espaçadores plásticosque possuem rosca na parte inferior, como se fossem parafusos de plásticos.Esses espaçadores devem ser instalados no gabinete, e a placa de CPU seráposteriormente encaixada sobre eles.

Figura 11.16

Furos do gabinete.

10) Prenda no gabinete os parafusos hexagonais que irão fixar a placa deCPU.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-25

Figura 11.17

Fixando os parafusos hexagonais.

11) Retire todas as 8 lâminas que tampam as fendas da parte traseira dogabinete, para que possam ser alojadas as placas de expansão. Em algunscasos, esta providência pode não ser necessária, pois alguns fabricantesfornecem as lâminas em separado, dentro da caixa onde ficam os parafusos edemais acessórios.

Figura 11.18

Retirando as lâminas traseiras do gabinete.

12) Com a ajuda de uma chave de fenda, abra as fendas localizadas na partetraseira do gabinete, próprias para a fixação dos conectores das interfacesseriais e da paralela (nos gabinetes AT).

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11-26 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.19

Fendas para os conectores das portas seriais eparalelas.

13) Configure os jumpers da placa de CPU que definem o clock interno eexterno, e a voltagem do processador. Cheque se os demais jumpers daplaca precisam ser reconfigurados. Habilite o jumper que ativa ofornecimento de corrente da bateria para o CMOS.

Figura11.20

Configure os jumpersda placa de CPU.

14) No caso de placas de CPU para processadores em forma de cartucho(Slot 1 ou Slot A), faça a montagem das bases de sustentação do processadore do dissipador.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-27

Figura 11.21

Mecanismo de sustentação docartucho.

15) Instale o processador no seu soquete.

Figura 11.22

Instalando o processador.

16) Acople o cooler no processador. Aplique um pouco de pasta térmicaentre o processador e o cooler.

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11-28 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.23

Cooler acoplado no processador.

17) Identifique no manual da placa de CPU onde é explicada a instalação dememórias. Instale as memórias na placa, de acordo com as instruções do seumanual. Preencha inicialmente o banco 0, normalmente indicado comoDIMM-0 no manual da placa de CPU.

Figura 11.24

Instale as memórias.

18) Identifique na placa de CPU os conectores nos quais serão encaixadoscabos flat. São os conectores das interfaces IDE e da interface de drives. Nocaso de placas de CPU padrão AT, existem ainda os conectores da interfaceparalela e das seriais. Observe que existem dois conectores IDE, e caso vocêutilize apenas uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, deve serdada preferência à interface primária. Em todos os conectores que receberãocabos flat, identifique a posição do pino 1, através de inspeção visual diretaou através do diagrama desenhado no manual da placa de CPU.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-29

Figura 11.25

Conectores IDE e do drive de disquetes.

19) Identifique os cabos flat que você irá usar: o da interface IDE, o da inter-face de drives, das seriais e da paralela. Observe o fio vermelho de cada umdesses cabos, que deverão corresponder ao pino 1 dos respectivosconectores.

Figura 11.26

Cabos flat IDE.

20) Identifique no drive de disquetes, no disco rígido e no drive de CD-ROM, a posição do pino 1 de seus conectores. Isto pode ser feito porinspeção visual direta. No caso do disco rígido, podemos ainda consultar oseu manual, onde normalmente existe um desenho que traz, entre outrasinformações, a localização do pino 1.

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11-30 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.27

Verifique a posição do pino 1.

21) Teste os parafusos que serão usados para fixar o drive de disquetes, odisco rígido e o drive de CD-ROM. Basta colocar os parafusos nas suaspartes laterais. Feito isto, separe esses parafusos para que sejam usados nomomento da fixação.

Figura 11.28

Teste os parafusos.

22) Teste os parafusos que serão usados para fixar as placas de expansão.Basta colocá-los nos seus locais e depois retirá-los. Separe-os para que sejamusados no momento oportuno.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-31

Figura 11.29

Teste os parafusos para fixar as placas deexpansão.

23) Identifique os conectores que partem da fonte de alimentação. Observeque existem conectores de 4 pinos para alimentar os drives e o disco rígido.No caso de fontes AT, existem dois conectores de 6 pinos para alimentar aplaca de CPU. No caso de fontes ATX, a placa de CPU é alimentada porum conector de 20 pinos. As fontes ATX12V possuem ainda dois conectoresadicionais, um para 12V e outro para as tensões de +5V e +3,3V. Este tipode fonte é mais usada em PCs equipados com o Pentium 4, mas estão setornando bastante comuns e usadas também em outras plataformas.

Figura 11.30

Conectores da fonte dealimentação.

24) Cuidado para não cortar as mãos nas arestas metálicas do interior dogabinete.

25) Muitas fontes de alimentação possuem na sua parte traseira uma chaveseletora 110 volts / 220 volts. Posicione esta chave de acordo com a voltagemda sua rede elétrica. Se você esquecer este detalhe poderá perder muito

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11-32 Como montar, configurar e expandir seu PC

tempo quebrando a cabeça, ou na pior das hipóteses pode queimar a fonte eas placas do computador.

Figura 11.31

Chave 110/220.

26) Em muitos gabinetes existe um display digital que serve para indicar oclock do processador. Entretanto, este display não é um medidor de clock,ou seja, não mostra de forma automática o clock. O que o display faz éexibir números fixos. Cabe ao montador do PC, a responsabilidade deprogramar os números que serão exibidos no display. Esta tarefa é um poucocomplicada e demorada, por isto, podemos a princípio deixar o display comos números vindos de fábrica, e programá-lo depois que tudo estiverfuncionando. Não se preocupe, pois a exibição de números errados nodisplay não irá afetar em nada o funcionamento do computador, já que odisplay é apenas um enfeite. No final deste capítulo daremos exemplos deprogramação de displays.

27) Será preciso abrir caminho para introduzir a placa de CPU. Em gabineteshorizontais, podemos em geral colocá-la no lugar sem obstrução de partes dogabinete. Em gabinetes tipo mini-torre, em geral será preciso retirar uma dastampas da sua parte inferior, através da remoção de parafusos (figura 32). Emcertos modelos de gabinete, a tampa inferior é fixa, mas a peça onde sãoalojados o disco rígido e o drive de disquetes é removível, através de umparafuso (figura 33). Finalmente, existem gabinetes torre que possuem umatampa lateral removível. Esta tampa é removida para permitir a fixação daplaca de CPU (figura 34). Uma vez fixada a placa de CPU, esta tampa éaparafusada novamente ao gabinete. Existem ainda casos de gabinetes muitoespaçosos que não requerem nenhum tipo de remoção para dar passagem àplaca de CPU. Você deverá observar o seu gabinete e verificar se a placa de

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-33

CPU pode ser introduzida diretamente ou se é preciso abrir caminho atravésde um dos métodos mostrados aqui.

Figura 11.32

Retirando a tampa inferior do gabinetetorre para dar espaço à introdução daplaca de CPU.

Figura 11.33

Removendo o painel internodos drives de 3½” para darespaço à introdução da placade CPU.

Figura 11.34

Gabinete torre com tampa lateralremovível.

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11-34 Como montar, configurar e expandir seu PC

28) No caso de gabinetes AT, ligue o display na fonte de alimentação. Feitoisto, você poderá ligar a fonte na rede elétrica e ligar o gabinete. Verifique seo display digital está aceso. Não se preocupe com o número que formostrado. Caso o display acenda, significa que tanto o display como a chaveliga-desliga estão corretamente acoplados à fonte. Feito este teste, desligue ogabinete e desconecte a fonte da rede elétrica.

29) É muito importante lembrar que a montagem deve ser feita com ocomputador desligado da tomada. A tomada deve ser ligada na rede elétricaapenas ao término da montagem. Se for necessário alterar alguma conexão,devemos, antes de mais nada, desligar o computador através da chave liga-desliga. Para uma segurança ainda maior, podemos desligar a tomada darede elétrica. Qualquer conexão ou remoção de placas, cabos e chips deveser realizada com o computador desligado.

Interior dos gabinetes

Nesta primeira etapa da montagem, você já estará lidando com o gabinete.Existem gabinetes de vários tipos e tamanhos. Essas diferenças são umpequeno obstáculo para quem quer aprender a montar um computador, masnão chega a ser uma dificuldade séria. Apesar de todas as diferenças, osdiversos modelos de gabinetes são bastante parecidos. Os principais tipos degabinetes são:

AT horizontalAT mini-torreAT midi-torreAT torre grandeATX horizontalATX mini-torreATX midi-torreATX torre grande

Quando um gabinete é muito compacto, a montagem não chega a ficardifícil, porém é mais trabalhosa. Ficamos com menos espaço para trabalhar,e freqüentemente precisamos retirar peças para ter acesso às placas econectores. Por exemplo, em certos gabinetes é preciso retirar a fonte dealimentação para ter acesso ao processador.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-35

Figura 11.35

Diferenças entre um gabinete horizontal e um vertical.

A figura 35 mostra a diferença básica entre um gabinete horizontal e umvertical. Quando o gabinete vertical é colocado na posição deitada, ele ficacom uma disposição muito semelhante à do modelo horizontal. Em ambosos casos, a parte esquerda é usada para alojar a placa de CPU e as placas deexpansão. Na parte direita temos a fonte de alimentação (parte traseira) e oslocais para a instalação do drive de CD-ROM, drive de disquetes e discorígido (parte frontal).

Figura 11.36

Diferenças entre modelos AT e ATX

Também bastante sutis são as diferenças entre gabinetes AT e ATX. A figura36 mostra dois modelos bastante parecidos. Observe que o modelo ATXpossui uma fenda na sua parte traseira, na qual será encaixado o bloco deconectores existente na placa de CPU ATX. Também são diferentes asformas de ligar a fonte de alimentação AT e a fonte ATX. A fonte AT é

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11-36 Como montar, configurar e expandir seu PC

ligada através de uma chave liga-desliga da qual partem 4 fios que vãodiretamente à fonte. A fonte ATX é ligada através de uma chave de baixacorrente, da qual partem dois fios com um pequeno conector que é ligado naplaca de CPU. Você poderá ainda ficar surpreso ao encontrar umacombinação bastante estranha, a princípio: gabinete AT com fonte ATX.Eles são destinados a placas de CPU padrão AT que possuem doisconectores de alimentação, sendo um AT e outro ATX. Este tipo de placapode portanto ser alimentada por uma fonte ATX, mesmo sendo instaladaem um gabinete AT.

Figura 11.37

Conectores de alimentação AT e ATX namesma placa de CPU.

Muitas vezes os gabinetes compactos oferecem dificuldades para a instalaçãoda placa de CPU. Em alguns modelos mini-torre é preciso remover umatampa inferior. Em outros casos é preciso retirar a bandeja na qual são fixoso drive de disquetes e o disco rígido. Em outros casos é preciso remover achapa lateral do gabinete, na qual é montada a placa de CPU. Esses trêscasos foram mostrados nas figuras 32, 33 e 34 da seção anterior.

A figura 38 mostra um outro caso. Trata-se de um gabinete mini-torre ATX,muito baixo para comportar ao mesmo tempo a placa de CPU e a fonte ladoa lado. Para que ficasse bem compacto, seu fabricante optou por colocar afonte sobreposta à placa de CPU. Desta forma é preciso retirar a fonte dealimentação para ter acesso ao processador e às memórias.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-37

Figura 11.38

Neste gabinete é preciso retirar a fontede alimentação para ter acesos aoprocessador.

Gabinetes verticais são produzidos com diversas alturas. A diferença entreeles é bastante sutil. O compartimento para a instalação das placas é omesmo. O que varia é o número de locais para a instalação de drives. Nosgabinetes maiores, os drives e a fonte de alimentação podem ficar maisafastados da placa de CPU. A figura 39 mostra um gabinete torre tamanhogrande (full tower). Além de apresentar maior espaço interno, este gabinetepossui locais para instalação de vários drives, além de locais para instalaçãode ventiladores adicionais.

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11-38 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.39

Gabinete torre grande.

Como vemos, existem muito mais semelhanças que diferenças entre os váriosmodelos de gabinetes. Por isso quem está acostumado a montar PCs com umtipo de gabinete, certamente terá facilidade para fazer o mesmo com outrostipos de gabinetes. Mesmo assim, não se preocupe. Neste capítulomostraremos as etapas da montagem ilustrando as diversas situações, emfunção das pequenas diferenças entre os gabinetes.

Etapa 2:Montagem da placa de CPUNeste ponto a placa de CPU já estará com o processador e o coolerinstalados (exceto no caso do Pentium 4, que deve ser instalado depois que aplaca de CPU já está fixa ao gabinete). As memórias já estão instaladas e osjumpers estão corretamente configurados.

Preparação prévia do gabinete

Você também já preparou o gabinete para receber a placa de CPU. Podemter ocorrido diversas situações, dependendo do formato e do tamanho dogabinete:

1) Remoção da bandeja que aloja o disco rígido e o drive de disquetes2) Remoção do fundo do gabinete3) Remoção da chapa onde a placa de CPU será fixada4) Remoção da fonte para abrir caminho para a placa de CPU

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-39

Figura11.40

Abrindo caminhopara a placa de CPU.O processo a serusado depende dotipo e do tamanhodo gabinete.

Existem gabinetes que são tão espaçosos que não precisam de providênciasespeciais para a colocação da placa de CPU. É o caso dos gabinetes torretamanho grande (full tower ou “torrão”), de alguns gabinetes torre tamanhomédio, e alguns gabinetes horizontais.

O gabinete neste ponto já deverá estar com os parafusos hexagonaisinstalados. Alguns gabinetes são acompanhados de parafusos plásticos. Essesparafusos devem ser fixados no gabinete, e a seguir a placa de CPU éencaixada sobre os mesmos.

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11-40 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.41

Parafusos metálicos hexagonais eparafusos plásticos.

Fixação da placa de CPU

Finalmente fixamos a placa de CPU ao gabinete. Normalmente nos modelosATX, basta apoiar a placa sobre os parafusos metálicos hexagonais e se for ocaso, encaixá-la nos parafusos plásticos. Em alguns gabinetes são usadosespaçadores plásticos, que devem ser encaixados na placa de CPU e a seguirintroduzidos em fendas existentes no gabinete. Use a seguir parafusos comarruelas isolantes para fixar a placa de CPU. Devem ser aparafusados sobreos parafusos metálicos hexagonais.

Figura 11.42

Espaçadores plásticos devem serencaixados na placa de CPU e depoisintroduzidos nas fendas do gabinete.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-41

Figura 11.43

Parafusos com arruelas isolantes devem ser fixados sobre os parafusos hexagonais.

Colocação do painel dos conectores ATX

Placas de CPU ATX possuem na sua traseira, um bloco de conectores. Essesconectores devem ser adaptados a uma chapa metálica, contendo encaixespara os mesmos. Em alguns gabinetes, esta chapa metálica é fixa, mas esteprocedimento é raro, já que podem existir diferentes configurações deconectores. Muitos gabinetes são acompanhados de uma, duas e até trêschapas com diferentes furações, visando compatibilidade com as diversasconfigurações de conectores. Finalmente, muitas placas de CPU sãoacompanhadas de uma chapa com a furação exata para os seus conectores.Este é o tipo mais indicado a ser instalado.

Ao fixar a placa de CPU no gabinete, temos antes que verificar como estepainel será montado. Em alguns casos, o painel deve ser colocado nogabinete pela sua parte interna, antes de ser instalada a placa de CPU. Emoutros casos o painel é montado e aparafusado pela parte traseira externa dogabinete, o que deve ser feito depois que a placa de CPU já está montada.

Figura 11.44

A chapa metálica que cobrirá osconectores de uma placa ATX pode,dependendo do caso, ser montadainternamente ou externamente.

Caminho para fixar os drives

Os drives de disquetes, disco rígido e drive de CD-ROM serão colocados naetapa seguinte, depois que a placa de CPU já está fixa ao gabinete.

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11-42 Como montar, configurar e expandir seu PC

Entretanto existem alguns casos em que os drives precisam ser instaladosantes da placa de CPU. É quando o gabinete é muito compacto e a placa deCPU é muito comprida. Isto ocorre especificamente em gabinetes torre. Aplaca de CPU pode obstruir uma das partes laterais dos drives, tornandoimpossível aparafusá-los adequadamente. Muitos montadores de PCs sópercebem isso depois que a placa de CPU já está fixa ao gabinete, e porpreguiça, acabam aparafusando os drives apenas de um dos lados. Oprocedimento correto é aparafusar os drives de ambos os lados. Portanto,antes de instalar a placa de CPU no gabinete, verifique se depois que elaestiver fixa será possível acessar ambas as partes laterais de todos os drives.Se você concluir que uma das partes laterais vai ficar inacessível, entãoinstale os drives antes da placa de CPU.

Figura11.45

Às vezes a placa de CPUpode obstruir a partelateral dos drives. Nestecaso os drives devem serinstalados antes da placade CPU.

Fixação do Pentium 4

O processador Pentium 4, seu mecanismo de retenção e seu cooler devemser instaldos depois que a placa de CPU está fixada no gabinete. Antes daplaca ser instalada, devem ser colocados os 4 parafusos hexagonaismostrados na figura 46.

Figura 11.46

Os parafusos hexagonais nos quais serão presos o cooler e o mecanismode fixação do Pentium 4.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-43

Depois que a placa está no seu lugar, instalamos o mecanismo de retenção eo cooler, como mostra a figura 47.

Figura11.47

Fixando o Pentium 4e o seu cooler.

Conexões na placa de CPU

Se você precisou retirar a fonte para instalar a placa de CPU, podeaparafusar a fonte de alimentação no seu local definitivo. Conecte a fonte dealimentação na placa de CPU. A figura 48 mostra esta conexão. No caso defontes ATX, não há perigo de inversão, pois o conector só encaixa da formacorreta. No caso de fontes AT, é preciso tomar cuidado para não errar aposição. Ligue os dois conectores de 6 vias que partem da fonte AT aoconector de 12 vias existente da placa de CPU. Faça a ligação de forma queos 4 fios pretos fiquem juntos na parte central do conector.

Figura 11.48Conectando a fonte dealimentação na placa de CPU.

Faça a conexão do RESET e do SPEAKER na placa de CPU. Nos modelosATX, ligue também o conector Power Switch. Não precisa ligar agora asdemais conexões, mas se quiser pode ligá-las também: Power LED, IDE LEDe Keylock.

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11-44 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.49

Ligações para o Painel frontal do gabinete.

Ligue o cooler frontal do gabinete. Este é um cooler adicional que deve serusado com os processadores que esquentam muito, tipicamente aqueles quedissipam mais de 30 watts. Todas as placas de CPU modernas possuem umaconexão Chassis FAN, que deve ser usada para este propósito. Nãoconfunda com o conector CPU FAN, que deve ser usado para o cooler doprocessador.

Figura 11.50

Ligação do cooler frontal dogabinete.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-45

Figura 11.51

Tipos de conexões para o cooler do processador.

A figura 51 mostra na parte (A), a conexão de um cooler para processador,ligado na placa de CPU. Todos os modelos modernos são deste tipo. Em (B)vemos um modelo de cooler antigo, que era ligado na fonte de alimentação.

Rápida checagem e ligação do computador

O computador já pode ser ligado pela primeira vez. Ele ainda não vaifuncionar, mas você já poderá ver os ventiladores girando, e a seguir oSPEAKER emitirá beeps, indicando a ausência de placa de vídeo. Antes deliga-lo, verifique mais uma vez:

Fonte de alimentação com a chave 110/220 na posição correta Fonte de alimentação ligada na placa de CPU Conectores Speaker, Reset e Power Switch ligados corretamente Processador instalado e cooler acoplado ao processador Cooler ligado no conector CPU FAN da placa de CPU Coolers de modelos antigos devem ser ligados na fonte de

alimentação Módulos de memória corretamente instalados

Feitas essas checagens, o computador pode ser conectado à rede elétrica eligado. Os coolers irão funcionar e ouviremos um BEEP vindo do PCSpeaker. Este BEEP é um código de erro que indica que “a placa de vídeonão está funcionando”. Se a placa de CPU tiver vídeo onboard, outro tipo deerro pode ser apresentado, através de uma seqüência de beeps, indicando“teclado não conectado” ou “erro no acesso a disco”. Seja qual for o tipo deerro, é normal neste ponto. O erro reportado através de BEEPS pelo PCSpeaker indica que a placa de CPU está funcionado. Desligue o computadore desconecte-o da rede elétrica.

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11-46 Como montar, configurar e expandir seu PC

Etapa 3:Montagem dos drivesEsta etapa não depende do fato do gabinete ser AT ou ATX. As pequenasdiferenças dependem muito mais do fato do gabinete ser horizontal evertical. Mesmo considerando gabinetes do mesmo tipo (horizontal evertical), pequenas diferenças ainda podem ocorrer, como mostraremos aqui.

Gabinetes espaçosos possuem vários locais para a instalação de drives.Gabinetes muito compactos possuem apenas um local para instalar o discorígido, um para o drive de disquetes e um para o drive de CD-ROM.Escolha os locais corretos, levando em conta a melhor disposição de cabos ea melhor dissipação de calor. Por exemplo, se você utilizar um gabineteespaçoso, deixe um espaço livre entre o disco rígido e o drive de disquetes.Isto facilitará a geração do calor gerado pelo disco rígido. Se o gabinete formuito compacto, provavelmente você não terá escolha. O aquecimentopoderá ser maior que o ideal.

Nos gabinetes torre, o drive de disquetes e o drive de CD-ROM sãointroduzidos pela parte frontal, e a seguir aparafusados pelos seus furoslaterais. A figura 52 mostra a montagem de um drive de CD-ROM em umgabinete torre. Lembre-se que o drive de CD-ROM utiliza três cabos: cabode alimentação, cabo flat e cabo de áudio. Se quiser pode conectar o caboflat IDE e o cabo de áudio na parte traseira do drive de CD-ROM, antes decolocá-lo no gabinete.

Figura 11.52

Fixando o drive de CD-ROM em um gabinete torre.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-47

A figura 53 mostra a instalação do drive de disquetes em um gabinete torre.Assim como ocorre com o drive de CD-ROM, o drive de disquetes deve serintroduzido pela parte frontal e aparafusado por seus furos laterais. Se acharconveniente pode conectar o cabo flat no drive de disquetes antes deintroduzi-lo no gabinete.

Figura 11.53

Montando o drive de disquetes.

A figura 54 mostra a montagem do disco rígido em um gabinete torre. Odisco é introduzido pela parte interna e a seguir aparafusado pelas laterais.Tanto para o disco rígido como para o drive de disquete e drive de CD-ROM, devemos utilizar dois parafusos de cada lado para a fixação.

Figura 11.54

Montando o disco rígido em um gabinete torre.

O processo de montagem em gabinetes torre pode ter pequenas variações.Em certos gabinetes torre muito compactos, é preciso retirar a bandeja naqual são montados o drive de disquetes e o drive de CD-ROM, para dar

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11-48 Como montar, configurar e expandir seu PC

acesso à placa de CPU. Esses drives podem ser montados na bandeja, edepois de aparafusados, podemos fixar a bandeja ao gabinete.

Figura 11.55

Fixando o drive de disquetes e o disco rígido nabandeja removível.

O processo de fixação dos drives em um gabiente horizontal também podeapresentar pequenas variações. Muitas vezes quando fixamos um dos drives,obstruímos o acesso aos parafusos laterais de fixação para os outros drives. Épreciso portanto, antes de fixar o disco rígido, o drive de CD-ROM e o drivede disquetes, verificar qual é a melhor ordem para fazê-lo. A figura 56 mostraa montagem de um drive de CD-ROM em um gabinete horizontal. Assimcomo nos outros casos, usamos dois parafusos de cada lado.

Figura 11.56

Montando o drive de CD-ROM em um gabinete horizontal.

Na figura 57 vemos a montagem de um drive de disquetes em um gabinetehorizontal. Note que neste exemplo, quando o drive de disquetes é instalado,os parafusos laterais do drive de CD-ROM (veja a figura 56) ficam

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-49

inacessíveis. Neste caso devemos instalar primeiro o drive de CD-ROM,depois o drive de disquetes.

Figura 11.57

Montando o drive de disquetes em um gabinete horizontal.

Alguns gabinetes horizontais possuem um local para a instalação do discorígido, debaixo da fonte de alimentação. Não é uma boa idéia instalar odisco rígido neste local, pois há muita interferência eletromagnética da fontepara o disco rígido, o que pode causar problemas no seu funcionamento.Além disso, o ventilador existente na fonte pode produzir vibraçõesmecânicas que afetam o funcionamento do disco rígido.

Figura 11.58

Montando o disco rígido sob a fonte de alimentação.

Se o gabinete tiver espaço, dê preferência para montar o disco rígido emoutro local. Muitos gabinetes possuem mais de um lugar para instalar umdisco rígido. Em alguns casos existe um segundo local para instalação dedrives de CD-ROM. Você pode então montar o disco rígido em umadaptador de 3 ½” para 5 1/4" (figura 59) e montá-lo em um local destinadoa drives de CD-ROM e outros tipos de drives de 5 1/4".

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11-50 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.59

Disco rígido montado emadaptador para 5 ¼”.

Existem ainda gabinetes que possuem uma bandeja para a montagem dodrive de disquetes e do disco rígido. Monte ambos nesta bandeja (figura 60),para depois fixá-la ao gabinete.

Figura 11.60

Bandeja para fixar o drive de disquetes eo disco rígido.

Etapa 4:Montagem das placas de expansãoEsta é mais uma etapa que independe do fato do gabinete ser horizontal ouvertical, AT ou ATX, grande ou pequeno. Em todos os modelos a posiçãorelativa entre a placa de CPU, as placas de expansão e os pontos de fixaçãono gabinete são semelhantes.

As principais placas de expansão que um computador pode ter são:

Placa de vídeo Placa de som Placa de interface de rede

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-51

Placa fax/modem Placa controladora SCSI

Todas as placas são instaladas fisicamente de forma semelhante. Devem serencaixadas no slot apropriado e a seguir aparafusadas ao gabinete. A figura61 mostra o encaixe de uma placa de expansão, e a figura 62 mostra amesma placa sendo aparafusada ao gabinete.

Figura 11.61

Encaixando uma placa de expansão emum slot.

Figura 11.62

Aparafusando uma placa de expansão no gabinete.

Neste momento devemos também instalar dispositivos que não sãoexatamente placas de expansão, mas também são fixados na parte traseirado gabinete. Por exemplo, muitas placas de CPU com dispositivos onboard

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11-52 Como montar, configurar e expandir seu PC

são acompanhados de conectores auxiliares que dão acesso às suasinterfaces. Podem ser simples conectores, mas em alguns casos são pequenasplacas ligadas a um pequeno cabo flat que deve ser encaixado no pontoapropriado da placa de CPU. Siga as instruções do manual para fazer estaconexão corretamente.

Figura 11.63

Conectores auxiliares deinterfaces onboard.

No caso das placas de CPU padrão AT, instale ainda os conectores dasinterfaces seriais e paralelas. Esses conectores podem ser aparafusadosdiretamente ao gabinete, nos pontos onde se fixam placas de expansão, ouentão podem ser desmontados e instalados em fendas existentes na partetraseira do gabinete.

Figura 11.64

Instale os conectores das interfacesseriais e paralela, se estiver usando umaplaca de CPU AT.

Distribuição das placas pelos slots

A escolha dos slots a serem usados é um ponto importante. Para placasAGP, não existe escolha, pois as placas de CPU possuem um único slotAGP. Já os slots PCI são em maior número. Devemos tentar deixar livre oprimeiro slot PCI localizado ao lado da placa AGP, se isto for possível. As

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-53

placas 3D modernas esquentam muito, e deixar uma posição livre ajudará amelhorar a dissipação do calor gerado por este chip.

Feche as fendas sem uso

Utilize as tampas metálicas que acompanham o gabinete para fechar asfendas traseiras que não estiverem em uso. Se as fendas sem uso ficaremabertas, o fluxo de ar no interior do gabinete, fundamental para a sua boarefrigeração, será prejudicado.

Figura 11.65

Use as tampas metálicas para fechar asfendas sem uso no gabinete.

Mais um teste rápido

Neste ponto o computador estará com todas as placas de expansãoencaixadas nos seus slots.

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11-54 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.66

As placas de expansão estãoinstaladas nos seus slots.

Podemos agora realizar um teste rápido. Ligue o monitor no conector DB-15da placa de vídeo. Conecte o computador na rede elétrica e ligue-o.Aparecerá na tela inicialmente uma mensagem do BIOS da placa de vídeo,indicando a sua marca e modelo. A seguir aparecerão mensagens do BIOSda placa de CPU, com a indicação do processador, sua quantidade dememória e outras informações de configuração. Neste ponto ocorrerão várioserros, já que o computador não está pronto. Este teste serve apenas parachecar o funcionamento da placa de vídeo, do processador e da memória.Desligue o computador e desconecte-o da rede elétrica.

Etapa 5:Conexão dos cabosNeste ponto o computador está com todas as placas em seus lugares. Estãofixados ao gabinete o disco rígido, o drive de CD-ROM e o drive dedisquetes. A placa de CPU já está conectada na fonte de alimentação. Ocomputador já foi ligado e já apareceram mensagens do BIOS na tela domonitor. Vamos agora fazer todas as conexões de cabos.

Ligações do painel do gabinete

Já ligamos o Reset, o Power Switch e o PC Speaker. Se ainda não tiveremsido ligados os demais conectores, ligue-os agora:

IDE LED Power LED Keylock, se existir

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-55

Use as instruções do manual da placa de CPU para fazer essas conexões.

Figura 11.67

Ligações do painel do gabinete na placa de CPU.

Ligações na fonte de alimentação

A fonte de alimentação já foi ligada na placa de CPU. Chegou a hora de ligá-la também no disco rígido, no drive de disquetes e no drive de CD-ROM. Seestiver utilizando outros tipos de drives (por exemplo, um gravador de CDsou um drive de DVD), ligue-os também na fonte.

Figura 11.68

Ligando o disco rígido na fonte dealimentação.

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11-56 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.69

Ligando o drive de CD-ROM na fonte dealimentação.

Figura 11.70

Ligando o drive de disquetes na fonte dealimentação.

Cabo de áudio do drive de CD-ROM

Além do cabo de alimentação e do cabo flat, o drive de CD-ROM precisaainda ser ligado através de um cabo de áudio até a placa de som (entradaCD-IN). Este cabo transmitirá o som de CDs de áudio. Na maioria dos casoseste cabo transmite sons analógicos. Todos os drives de CD-ROM modernospossuem na sua parte traseira, conectores para áudio analógico e áudiodigital. O cabo de áudio analógico é sempre fornecido juntamente com odrive. Placas de som que possuem entrada para áudio de CD digital sãoacompanhadas de um cabo de áudio apropriado que pode ser ligado nasaída de áudio digital do drive de CD-ROM.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-57

Figura11.71

Ligando a saída deáudio do drive deCD-ROM na entradacorrespondente daplaca de som.

Obviamente no caso de placas de CPU com som onboard, o cabo de áudioque parte do drive de CD-ROM deve ser ligado na entrada CD-IN da placade CPU.

Cabos flat

Uma vez tendo identificado a interface IDE primária, ligue-a ao disco rígido,utilizando o cago IDE apropriado. Para o funcionamento nos modos ATA-66e ATA-100, deve ser usado o cabo flat IDE de 80 vias. Para operar em ATA-33, o cabo IDE de 40 fias pode ser usado, mas ele deve ter no máximo 45centímetros. Se esta regra não for observada, poderão ocorrer erros deacesso ao disco rígido, e mesmo ao drive de CD-ROM. O cabo flat IDE dodisco rígido deve ser ligado no conector apropriado do próprio disco, etambém na interface IDE primária da placa de CPU.

Figura 11.72

Conectando o disco rígido na sua interface.

A ligação do cabo flat IDE no drive de CD-ROM é feita da mesma forma.Ligue o cabo flat no drive de CD-ROM e na interface IDE secundária, comomostra a figura 68.

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11-58 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.73

Conectando o drive de CD-ROM na sua interface.

Lembre-se que cada interface IDE pode ser conectada a dois dispositivos.Quando apenas um dispositivo é usado, devemos utilizar o conectorexistente na extremidade do cabo. Se a extremidade de um cabo IDE ficarsem conexão, poderão ocorrer erros no seu funcionamento. Quando doisdispositivos IDE são ligados na mesma interface, utilizaremos os doisconectores do cabo. O que definirá qual deles é o primeiro e qual deles é osegundo (por exemplo, entre dois discos rígidos, qual será C e qual será D)são os jumpers Master/Slave. A posição de cada disco no cabo não teminfluência sobre a letra ocupada.

Figura 11.74

Conectando o drive de disquetes na sua interface.

A conexão do drive de disquetes deve ser feita da mesma forma comofizemos para o disco rígido e o drive de CD-ROM. Usamos o cabo flat IDE

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-59

de 34 vias, próprio para o drive de disquetes. O drive deve serobrigatoriamente ligado no conector da extremidade do cabo.

Teclado, mouse e monitor

O computador está quase pronto. Se ainda não tiver feito isso, ligue omonitor no conector DB-15 da placa de vídeo.

Figura11.75

Ligação do monitorna placa de vídeo.

Ligue também o teclado e o mouse nos conectores apropriados. Lembre-seque nas placas de CPU ATX existem dois conectores PS/2, sendo um para oteclado (lilás) e um para o mouse (verde). Se a sua placa de CPU for antiga enão utilizar este código de cores, consulte o seu manual para checar qual é oconector do teclado e qual é o do mouse.

Figura11.76

Ligação do teclado.

O mouse que possui conector DB-9 pode ser ligado em uma das duasinterfaces seriais da placa de CPU (COM1 ou COM2). Quanto ao teclado,dependendo do tipo do seu conector e do tipo do conector existente naplaca de CPU (DIN ou PS/2), pode ser necessário usar um adaptador paraesta conexão.

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11-60 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.77

Ligação do mouse.

Ligar para testar

Mais uma vez ligaremos o computador para testá-lo. Desta vez será possívelrealizar o boot através de um disquete. Ao ser ligado, aparecerão na tela asmensagens do BIOS da placa de vídeo e da placa de CPU, com a indicaçãodo processador, seu clock e a quantidade de memória. Será feito o bootatravés de um disquete. Este disquete de boot pode ser gerado com ocomando FORMAT A: /S. Se preferir pode gerar um disquete deinicialização a partir de um computador que já possua o Windows instalado.Use o Painel de Controle, Adicionar e remover programas, Disco deinicialização. Será feito o boot do sistema operacional Windows, no modoMS-DOS. Ainda não será possível acessar o disco rígido, pois ele precisa serinicializado, como veremos mais adiante neste capítulo.

Figura11.78

Exemplo de telaapresentada aofazer um boot porum disquete.

Verifique ainda se todos os LEDs do painel frontal do gabinete estãofuncionando. Se um LED não acender, será preciso inverter a polaridade dasua ligação na placa de CPU. Antes de inverter a polaridade, desligue ocomputador para evitar acidentes. Verifique se o botão RESET estáoperando corretamente.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-61

Analisando a configuração de hardware

Nem todos os PCs apresentam telas como a da figura 78. Pequenasdiferenças podem surgir, portanto ao analisarmos o exemplo da figura 78estaremos conhecendo a maior parte dos casos. As informações apresentadasnesta tela dizem respeito aos dispositivos de hardware instalados e detectadospelo BIOS, como o processador, memória, interfaces, discos e dispositivosPCI. Vejamos o que significa cada um desses itens.

a) CPU Type: AMD Athlon (TM)

Aqui é indicado o processador instalado na placa de CPU. No nossoexemplo trata-se de um AMD Athlon. Em geral o nome do processadoraparece aqui de forma correta, mas em alguns casos problemas podemocorrer. Quando o BIOS da placa de CPU é mais antigo que o processadorutilizado, a detecção do modelo do processador pode apresentar erro ou nãoser possível. Em alguns casos o processador é indicado como desconhecido.Em outros é indicado como sendo um modelo mais antigo. Por exemplo,algumas placas de CPU antigas indicam o K6-2 e o K6-III como sendosimplesmente um K6, ou até mesmo um K5. Este tipo de problema pode serresolvido com a instalação de uma versão mais recente do BIOS da placa deCPU.

b) CPU ID / ucode ID: 0642/00

Todo processador possui um número que identifica o modelo e a versão.Este número é chamado de CPU ID. Algumas placas de CPU podemapresentar esta informação na tela inicial do boot. No nosso exemplo é aindaindicada a versão do microcódigo, ou seja, do “software” existente dentro doprocessador.

c) CPU Clock: 900 MHz

Está aqui indicado o clock do processador. No nosso exemplo são 900 MHz.Quando o BIOS da placa de CPU é mais antigo que o processador, esteclock pode ser indicado de forma errada. O processador não é capaz deinformar o seu clock para o BIOS. O valor deste clock é determinado pormétodos indiretos. Por exemplo, o BIOS pode realizar um grande númerode multiplicações, e de acordo com o tempo total na qual essas operaçõesforam realizadas, o clock do processador pode ser determinado. Se umaplaca foi produzida, digamos, para processadores até 1000 MHz, e depois dealgum tempo é instalado um processador de 1500 MHz, este processadornormalmente irá funcionar, mas seu clock pode ser indicado de forma erradapelo BIOS. Isto não terá influência alguma sobre o funcionamento e a

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11-62 Como montar, configurar e expandir seu PC

velocidade do processador. O que ocorre é simplesmente a indicação erradado clock pelo BIOS na ocasião do boot.

d) Base Memory: 640k

Aqui é indicado o tamanho da memória convencional, também chamada dememória base. São os primeiros 640 kB da memória, nos quais são execu-tados a maioria dos programas em ambiente MS-DOS.

e) Extended Memory: 64512k

A memória estendida é toda aquela localizada acima de 1024 kB (ou 1 MB).Nos nosso exemplo estamos usando 64 MB de memória, ou seja, 63 MB dememória estendida (63x1024kB = 64.512 kB). Nas placas de CPU com vídeoonboard, este valor poderá indicar a memória total, mas dependendo daplaca, poderá indicar a quantidade de memória que resta, depois dedescontada a memória de vídeo. Por exemplo, se são usados 8 MB comomemória de vídeo compartilhada, sobrarão dos 63 MB, apenas 55 MB.

f) Cache Memory: 256k

Aqui é indicada a quantidade de memória cache L2. Atualmente esta cachefica localizada no próprio processador. Processadores antigos não tinhamcache L2, e esta era localizada na placa de CPU. Seja qual for o caso, aqui éindicada a quantidade de cache L2, esteja ela no processador ou na placa deCPU.

g) Diskette Drive A, B

Estão aqui indicados os tipos dos drives de disquete instalados. Ao términoda montagem, muitos BIOS programam esses valores como None, e ousuário precisa indicar manualmente, através do CMOS Setup, qual é o tipode drives A e B instalados. Em outros BIOS, esta programação é feita pordefault, levando com conta que o drive A é de 1.44 MB, e o drive B estáausente. A maioria dos PCs estão configurados desta forma.

h) Primary Master Disk, Primary Slave Disk

Aqui são indicados os dispositivos IDE ligados na interface IDE primária. Nocaso de discos rígidos, normalmente são apresentadas diversas informações,como a capacidade, o número de cabeças, cilindros e setores, o modo LBA,o modo PIO ou Ultra DMA usado na transferência de dados, etc. Outrosdispositivos IDE que não sejam discos rígidos podem ser indicados dediversas formas. Muitos BIOS fazem indicações como CD-ROM, LS-120, etc.Outros colocam a indicação None para dispositivos IDE que não sejam

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-63

discos rígidos. Alguns BIOS detectarão automaticamente os dispositivos IDEpresentes, outros apresentarão todos os dispositivos como None, e o usuárioprecisa programá-los através do CMOS Setup.

i) Secondary Master Disk, Secondary Slave Disk

Mesma função dos itens Primary Master e Primary Slave, exceto que dizemrespeito à interface IDE secundária.

j) Display Type: EGA/VGA

É indicado o tipo de placa de vídeo instalada no computador. Certamenteestaremos usando uma placa Super VGA, mas em todos os Setups, essas pla-cas serão sempre indicadas como VGA, ou então EGA/VGA.

k) Serial Port(s)

São indicados os endereços das portas seriais existentes na placa de CPU.Normalmente essas portas são configuradas como COM1 e COM2, ocu-pando respectivamente os endereços 3F8 e 2F8.

l) Parallel Port(s)

Aqui é indicado o endereço da porta paralela existente na placa de CPU.Normalmente ocupa o endereço 378, mas podemos através do Setup alterareste endereço para 278 ou 3BC.

m) SDRAM at Bank: 0

Aqui são indicados os bancos de memória nos quais foi detectada a presençade módulos. A placa do nosso exemplo opera com memória SDRAM,existem também placas que operam com DDR SDRAM, RDRAM (modelosnovos), e ainda os tipos EDO e FPM (modelos antigos).

n) PCI Device Listing

São apresentadas informações sobre os dispositivos que usam o barramentoPCI. Placas de vídeo PCI, por exemplo, recairão nesta categoria.Curiosamente, placas de vídeo AGP também serão indicadas aqui. Naverdade o barramento AGP é baseado no PCI, e as diferenças são a maiorvelocidade e funções específicas para o vídeo. Também nesta listaaparecerão as interfaces IDE e USB (ambas são ligadas internamente aobarramento PCI), bem como todas as demais placas de expansão PCIinstaladas.

o) BIOS DATE

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11-64 Como montar, configurar e expandir seu PC

No nosso exemplo este item não aparece, mas ele é bastante comum namaioria das placas e CPU. Aqui é informada a data do BIOS, o que é umaforma de indicar a sua versão. BIOS mais recentes estarão em geralpreparados para controlar os dispositivos mais modernos. Por exemplo, asplacas de CPU produzidas até meados de 1994 não eram capazes de acessardiretamente discos rígidos com mais de 504 MB. As placas mais recentespossuem em seu BIOS a função LBA, capaz de dar acesso a discos IDE comaté 8,4 GB. Placas ainda mais recentes permitem acessar discos IDE acimade 8,4 GB. Em geral, uma placa de CPU recém-adquirida possui um BIOSatualizado. De qualquer forma, a maioria dos fabricantes oferece atualizaçõesde BIOS, através da Internet.

Etapa 6:CMOS Setup básicoPara que a placa de CPU funcione corretamente precisamos configurá-la.Parte desta configuração é feita através de jumpers e dip switches. Opçõesmais ligadas ao hardware são em geral programadas desta forma. Entretantoa maioria das configurações da placa de CPU não são definidas desta forma,e sim através de software. Este software é chamado CMOS Setup. Trata-sede um programa de configuração, com o qual escolhemos entre as diversasopções de funcionamento da placa de CPU.

O CMOS Setup fica armazenado na memória ROM da placa de CPU,juntamente com o seu BIOS. Por isso muitos fazem confusão entre BIOS eSetup. O BIOS é o programa que controla a maior parte dos dispositivos dehardware. O CMOS Setup é o programa de configuração que informa aoBIOS como ele deve operar.

BIOS, CMOS e CMOS Setup

Todas as placas de CPU possuem um circuito especial, conhecido comoCMOS. Nas placas de CPU produzidas até meados dos anos 90, o CMOSera um chip autônomo. Atualmente, o CMOS faz parte de outro chip daplaca de CPU (VLSI). Pode estar localizado no chipset ou no chip conhecidocomo Super I/O. Por isso, era muito comum usar o termo chip CMOS.Atualmente, para sermos mais precisos, é melhor dizer apenas CMOS.

No CMOS existem dois circuitos independentes:

Um relógio permanente Uma pequena quantidade de memória RAM

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-65

O CMOS é conectado a uma bateria que o mantém em funcionamentomesmo quando o computador está desligado. Nele encontramos o relógiopermanente, um circuito que permanece o tempo todo contando as horas,minutos, segundos, dias, meses e anos, mesmo quando o computador estádesligado.

No CMOS encontramos também uma pequena quantidade de memóriaRAM. Sua quantidade é mesmo pequena, em geral apenas 64 bytes. Mesmopequena, esta área de memória é suficiente para armazenar informaçõesvitais ao funcionamento do computador. Essas informações são parâmetrosque indicam ao BIOS os modos de funcionamento de hardware a seremempregados. Por exemplo, para poder controlar o disco rígido, o BIOSprecisa saber o seu número de cilindros, de setores e de cabeças, entreoutras informações.

Portanto, o BIOS precisa das informações existentes no CMOS para quepossa saber como deve funcionar. Mas como as informações vão parar noCMOS? Cabe ao usuário, na ocasião em que monta o seu PC, preencheressas informações. Isto é o que chamamos de fazer o Setup. Usuários quecompram micros prontos não precisam se preocupar com esta questão, poiso Setup já foi realizado pelo fabricante do computador.

Como executar o CMOS Setup

Para executar o programa Setup, devemos pressionar o botão de Reset. Emgeral isto provocará uma contagem de memória, durante a qual é mostradana tela uma mensagem como “Press DEL to enter Setup”. Na figura 79, naparte inferior da tela, vemos a indicação:

Press F1 to continue, <DEL> to enter Setup

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11-66 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.79Contagem dememória e entradapara o CMOSSetup.

Ao pressionarmos DEL durante a contagem de memória, o programa Setupé ativado, e coloca na tela as informações armazenadas no CMOS. Apósaceitar as modificações feitas pelo usuário, o programa Setup as gravanovamente no CMOS, e dá prosseguimento ao processo de boot.

Fazendo o Setup

Ao ser ativado, o Setup entra em operação e apresenta a sua tela de aber-tura. Esta tela pode ter uma apresentação na forma de texto, como vemos nafigura 80, ou uma apresentação gráfica, como a da figura 81. O Setup naforma de texto é comandado através do teclado, e o Setup gráfico aceitacomandos pelo teclado e pelo mouse. Não importa qual seja o caso, asopções existentes no Setup são muito parecidas.

Figura11.80Setup comapresentação emmodo texto.

O método geral para a realização do Setup é o seguinte:

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-67

1) Usar a auto configuração default2) Acertar a data e a hora3) Indicar o tipo do drive de disquete instalado (1.44 MB, naturalmente)4) Detectar os parâmetros do disco rígido5) Salvar e sair

Figura11.81Setup comapresentaçãográfica.

O programa Setup nada mais é que uma longa sucessão de perguntas de“múltipla escolha”, para as quais devem ser fornecidas respostas. Apesar deser difícil responder corretamente essas perguntas, não somos obrigados aenfrentar esta dificuldade. O fabricante da placa de CPU sempre oferece aopção Auto Configuration, que permite o preenchimento automático detodas as respostas (exceto as do Standard CMOS Setup) da melhor formapossível. A auto configuração atende a maioria dos casos, e faz com que sejaobtido o melhor desempenho (ou quase tão bom quanto). Este comandopode aparecer com diversos nomes:

Auto Configuration with BIOS Defaults Load BIOS Defaults Optimal Defaults

Neste ponto, o Setup estará quase pronto, com a maior parte das suas opçõesdevidamente preenchidas. A figura 82 mostra um exemplo de uso da autoconfiguração.

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11-68 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.82Usando a autoconfiguração.

Em tempo, os Setups mostrados nas figuras 80 e 81 são produzidosrespectivamente pela Award e pela AMI, duas das maiores produtoras deSetups e BIOS. A outra empresa que também produz os Setups de muitoscomputadores é a Phoenix, que recentemente foi incorporada pela Award.

Devemos a seguir acertar a data e hora, definir os tipos dos drives A e B, eindicar os parâmetros do disco rígido. Essas operações são feitas através deuma área do Setup chamada Standard CMOS Setup. As figuras 83 e 84mostram essas áreas, nos Setups da Award e da AMI (gráfico). Em ambos oscasos, o Standard CMOS Setup é ativado a partir da tela principal do Setup.

Figura11.83Standard CMOSSetup da Award.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-69

Figura11.84Standard CMOSSetup da AMI, emmodo gráfico.

O próximo passo é acertar a data e a hora. Quando uma placa de CPU énova, normalmente não está com a data e a hora corretas. O comando paraacertar a data e a hora está localizado no Standard CMOS Setup. No Setupda Award, mostrado na figura 83, basta usar as setas para selecionar ocampo a ser mudado, e depois utilizar as teclas + e -, ou então Page Up ePage Down para alterar o campo desejado. No Setup da AMI, clicamossobre o item Date/Time (figura 84), e será apresentado um outro quadro paraa correção da data e hora.

O Standard CMOS Setup possui ainda outros comandos, como aquele quedefine o tipo dos drives de disquete instalados. As opções oferecidas são:

None 360 kB, 5 1/4” 1.2 MB, 5 1/4” 720 kB, 3½” 1.44 MB, 3½” 2.88 MB, 3½”

Certamente você está utilizando a seguinte configuração:

Drive A: 1.44 MB, 3½”Drive B: None

Depois de indicar os drives de disquetes, o próximo passo é indicar osparâmetros do disco rígido. Os principais deles são:

Número de cilindros

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11-70 Como montar, configurar e expandir seu PC

Número de cabeças Número de setores LBA (Logical Block Addressing)

O número de cilindros, cabeças e setores são informados no manual dodisco rígido. Você em geral encontra também esses valores estampados nasua carcaça externa. A função LBA deve estar ativada. Sem ela, acapacidade máxima permitida para um disco rígido seria de apenas 504 MB.

Existe uma outra forma bem mais simples de preencher os parâmetros dodisco rígido. Basta usar o comando Auto Detect IDE. Este comando emalguns casos é encontrado no menu principal do Setup, em outros casos éobtido a partir do Standard CMOS Setup, quando escolhemos para o discorígido, a opção AUTO. Na figura 85 vemos uma das formas na qual estecomando pode ser encontrado.

Figura11.85Usando ocomando AutoDetect IDE em umSetup Award.

Depois de preenchidas essas opções no Setup, temos que gravá-las noCMOS. Isto é obtido com o comando Save & Exit. No Setup Award, vocêpode também salvar e sair usando a tecla F10. No Setup gráfico da AMI,basta teclar ESC, e no menu apresentado, escolha a opção Save & Exit.Setups da AMI em modo texto também aceitam a tecla F10 para estafunção.

OBS.: Em alguns Setups, certos itens poderão atrapalhar ou confundir o usuário durante o processode instalação do disco rígido. Um deles é a Seqüência de Boot (Boot Sequence). Normalmente é usadocomo default, a seqüência A: C:, ou seja, é tentado o boot pelo drive A, e caso este não possua disqueteinserido, é tentado o boot pelo drive C. No processo de inicialização do disco rígido (explicado a seguir),será preciso executar um boot pelo drive A. O problema é que, caso a seqüência de boot estejaconfigurada como C: A:, o computador tentará executar o boot pelo drive C, o que ainda não serápossível. Dependendo da situação, a impossibilidade do boot pelo drive C fará com que seja

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-71

automaticamente executado um boot pelo drive A. Em certos casos, o BIOS pode continuar tentando oboot pelo drive C, recusando-se a usar a segunda opção (A:). Para evitar este problema, devemos procurarno CMOS Setup um item chamado “Boot Sequence”, e programá-lo como A: C:. Isto fará com que oboot seja executado pelo drive A, conforme precisamos que seja feito.

OBS.: Outro item que pode causar confusão durante a inicialização do disco rígido é a proteçãocontra vírus (Virus Protection). Muitos Setups possuem este comando, que faz simplesmente a monitoraçãodas operações de gravação no setor de boot e na tabela de partições, áreas visadas pela maioria dos vírus.Ao detectar que um programa requisitou uma gravação em uma dessas áreas, o BIOS apresenta na telauma mensagem alertando o usuário sobre um possível ataque por vírus. Ocorre que os programas FDISKe FORMAT (usados na inicialização do disco rígido), bem como o programa instalador do sistemaoperacional, também fazem gravações nessas áreas, sendo portanto, confundidos com vírus. Para evitarproblemas, podemos desabilitar a proteção contra vírus no Setup, habilitando-a apenas depois dainstalação completa do sistema operacional. Devemos então procurar este comando e desabilitá-lo.Normalmente aparece com nomes como “Virus Protection”, ou “Hard Disk Virus Protection”.

Etapa 7:Formatação do disco rígidoDesde a versão 2.0 do MS-DOS, o processo de inicialização do disco rígido éfeito da mesma forma, através dos programas FDISK.EXE eFORMAT.COM. O FDISK realiza uma etapa chamada particionamento. Elaé necessária para que o sistema operacional reconheça o disco rígido comosendo um drive C, ou ainda um grupo de drives (podemos usar o FDISKpara dividir o disco rígido em diversos drives lógicos, como mostraremosmais adiante). Depois que o disco rígido é dividido em um ou mais driveslógicos, é preciso realizar a formatação lógica de cada um desses drives. Estaetapa é realizada pelo programa FORMAT. Antes de usar os programasFDISK e FORMAT, o disco rígido existe apenas a nível de hardware (desdeque tenha sido corretamente declarado no CMOS Setup). Se neste momentotentarmos executar um boot pelo disco rígido, será apresentada uma mensa-gem de erro, como:

NO ROM BASIC, SYSTEM HALTED

ou então

PRESS ANY KEY TO REBOOT

ou ainda

Boot FailureInsert BOOT diskette in A:Press any key when ready

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11-72 Como montar, configurar e expandir seu PC

Para usar os programas FDISK e FORMAT, precisamos providenciar umdisquete com o seguinte conteúdo:

O boot do sistema operacionalO programa FDISK.EXEO programa FORMAT.COM

Você pode obter este disquete facilmente, a partir de um computador que játenha o sistema operacional instalado. No Windows 95, Windows 98 eWindows ME, este disquete é gerado da mesma forma. Em um computadorque já esteja equipado com o Windows, execute o Prompt do MS-DOS sobo Windows, coloque um disquete no drive A e use os comandos:

FORMAT A: /U /SCOPY C:\WINDOWS\COMMAND\FDISK.EXE A: /VCOPY C:\WINDOWS\COMMAND\FORMAT.COM A: /V

Utilize preferencialmente um computador com a mesma versão de sistemaoperacional que você deseja instalar. Se isto não for possível, utilize aomenos uma versão que tenha FAT32. As versões do Windows com FAT32são:

Windows 95 OSR2 Windows 98 Windows 98SE Windows ME e suas atualizações

Com a FAT32 podemos criar drives lógicos com mais de 2 GB, coisa quenão era possível no antigo sistema de arquivos, a FAT16.

OBS.: Se para inicializar o seu disco rígido você usar o disquete de inicialização que é fornecido juntocom o Windows, pressione a tecla SHIFT no início do boot, antes de aparecer a mensagem “Iniciando oWindows...”. Isto fará com que sejam ignorados os arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Seráapresentada a mensagem “O Windows está ignorando seus arquivos de inicialização”

OBS.: Pelo menos para usar o FDISK e o FORMAT, não instale neste disquete, outros programasatravés do CONFIG.SYS e do AUTOEXEC.BAT. Se isto for feito, existirá menos memória convencionaldisponível, e você poderá não conseguir usar o FORMAT.COM, por memória insuficiente.

Realize um boot com este disquete e só por curiosidade, tente acessar odrive C, usando por exemplo, o comando “DIR C:”. Você poderá observarque o drive C não estará acessível, e será apresentada a seguinte mensagemde erro:

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-73

Especificação de unidade inválida

Isto significa que o disco rígido ainda não é reconhecido pelo sistema ope-racional. O reconhecimento só será feito após o uso do programa FDISK.

Formatando o disco rígido com partição única

Veremos agora como usar os programas FDISK e FORMAT para preparar eformatar o disco rígido, fazendo com que seja usado integralmente como umúnico drive C. Isto é o que chamamos de partição única. Na próxima seção,veremos como usar o FDISK e o FORMAT para particionar o disco rígidoem dois ou mais drives lógicos.

Nas telas que se seguem, tomamos como exemplo o FDISK e o FORMATdo Windows Millennium Edition. Se você estiver usando uma versão maisantiga do Windows, a operação do FDISK e FORMAT será idêntica.

Ao executarmos o FDISK será apresentada uma tela como a da figura 86.Basicamente é perguntado se desejamos usar a FAT32. Respondemos queSIM, o que é mais recomendável, para dar suporte a discos de maiorcapacidade, sem necessidade de dividi-los em vários drives lógicos, etambém para reduzir o espaço desperdiçado devido a clusters grandes.Depois disso, o FDISK passa à tela da figura 87.

Figura11.86O FDISK perguntase desejamos usara FAT32.

OBS.: Se as mensagens apresentadas na sua tela tiverem alguns caracteres estranhos ao invés de certoscaracteres acentuados da língua portuguesa, não se preocupe. Isto ocorre porque os programas emensagens do “modo MS-DOS” usado no Windows e mesmo das versões em português do MS-DOS,fazem o uso da página de código 850 (internacional), que dá acesso aos caracteres acentuados. Esta páginade código é ativada por comandos apropriados nos arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Comonosso disquete não possui esses comandos, esses caracteres não aparecerão corretamente. O disco de

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11-74 Como montar, configurar e expandir seu PC

inicialização do Windows possui esses comandos, por isso os caracteres aparecem corretamente. Não sepreocupe, pois isto é apenas um detalhe na exibição das mensagens, e não altera em nada a inicializaçãoque estamos realizando.

Figura11.87Tela principal doFDISK.

Vejamos inicialmente o modo de operação mais simples, no qual o discorígido será inteiramente usado como sendo o drive C. Isto é o que chama-mos de “partição única”. Para fazer a partição única, basta responder a todasas perguntas do FDISK com ENTER. Por exemplo, no menu apresentado nafigura 87, ao respondermos ENTER, estaremos escolhendo a opção 1 (CriarPartição do DOS ou Unidade Lógica do DOS). Nossa intenção é criar umaúnica partição que ocupe o disco rígido inteiro. Como esta será a únicapartição do disco, será chamada de Partição Primária. Quando o disco rígidoé dividido em vários drives, temos que criar uma partição primária (que seráusada como drive C) e uma partição estendida (que englobará os driveslógicos restantes). Mais tarde veremos como fazê-lo. Ao responder à tela dafigura 87 com ENTER, será apresentada uma outra tela, mostrada na figura88.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-75

Figura11.88Comandando acriação de umapartição primária.

Ao respondermos ENTER na tela da figura 88, estaremos escolhendo aopção 1 (Criar Partição Primária do DOS). Será então apresentada a telaindicada na figura 89.

Figura11.89Criando umapartição primáriaocupando todo odisco rígido.

É perguntado se desejamos utilizar o tamanho máximo disponível para apartição primária, ou seja, o drive C. Ao teclar ENTER, estaremosrespondendo “Sim”, e estará pronta a partição. Será então mostrada a tela dafigura 90. Conforme a tela explica, é preciso reiniciar o computador para queas alterações feitas pelo FDISK passem a ter efeito.

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11-76 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.90Terminado otrabalho do FDISK

Depois de realizar um novo boot (obviamente através do nosso disquete deinicialização, já que o disco rígido ainda não está totalmente preparado parauso), podemos usar o programa FORMAT. Antes de usar o FORMAT, odisco rígido ainda está inacessível. Observe na figura 91 o que acontece setentarmos acessar o drive C, usando o comando “DIR C:”.

Figura11.91O drive C aindanão pode seracessado.

A mensagem de erro deve-se ao fato do drive C ainda não ter passado pelaformatação lógica. Para formatar o drive C, usamos o comando:

FORMAT C:

Será apresentada a seguinte mensagem:

AVISO:TODOS OS DADOS NA UNIDADE NÃO-REMOVÍVEL C: SERÃO PERDIDOS!Continuar com a formatação (S/N)?s

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-77

Respondemos “S”, e depois de alguns minutos, estará terminada aformatação. Será apresentado um relatório como o da figura 92. Observeque no nosso exemplo, usamos um disco rígido com cerca de 16 GB.

Figura11.92Terminada aformatação dodisco rígido.

Depois desta etapa, o disco rígido estará pronto para uso. Você já poderáfazer a instalação do sistema operacional.

Formatando o disco rígido com partições múltiplas

O FDISK pode ser usado para dividir um disco rígido (drive físico) em doisou mais drives lógicos. Em certas situações, esta divisão pode serinteressante. Por exemplo, podemos usar o drive lógico C para armazenarprogramas, e o drive lógico D para armazenar dados. Isto facilita bastante asoperações de backup, pois teremos que fazê-lo apenas no drive D. Algunsusuários gostam de armazenar no drive C, os programas de trabalho, e nodrive D, jogos e outras amenidades. Existem casos de PCs que são usadospor duas pessoas. Poderia ser dividido, por exemplo, em C para programas,D para os dados do primeiro usuário, e E para os dados do segundo usuário.

Vamos ver agora como dividir o nosso disco rígido de 16 GB em três driveslógicos:

C: 8 GBD: 6 GBE: 2 GB (valores aproximados)

O método apresentado pode ser usado para criar quantos drives lógicos vocêdesejar, até acabar com as letras do alfabeto. Obviamente, como fica muito

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11-78 Como montar, configurar e expandir seu PC

difícil gerenciar um número muito grande de drives, não é convenienteexagerar neste recurso (o que foi mesmo que gravei no meu drive T: ?).

Esta divisão também é feita através do FDISK, mas só pode ser feita en-quanto o disco rígido ainda não possui dados armazenados, pois sempre quealteramos o seu particionamento, os dados são perdidos. Para fazer estadivisão, temos que executar os seguintes comandos com o FDISK:

a) Criar uma partição primária com 8 GB, que será o drive C.b) Criar uma partição estendida ocupando todo o restante do disco rígido.c) Criar o drive lógico D, com 6 GB dentro da partição estendida.d) Criar o drive lógico E, com 2 GB, dentro da partição estendida.e) Tornar ATIVA a partição primária, como veremos adiante.

OBS.: Para que seja possível criar essas partições, é necessário que não tenha sido criada nenhuma outra partição. Naverdade podemos fazê-lo, mas para isto será preciso deletar a partição já existente, através do comando 3 do FDISK (Deletarpartição). Isto fará com que todos os dados armazenados no drive lógico correspondente sejam perdidos.

Ao executarmos o FDISK e chegarmos à sua tela principal (figura 87),escolhemos a opção 1, pois queremos criar uma partição. Será apresentada amesma tela da figura 88, na qual escolhemos a opção 1, para criar a partiçãoprimária. Quando for apresentada a tela da figura 93, ao invés derespondermos S, devemos responder N, ou seja, não desejamos usar o discointeiro como uma partição única.

Figura11.93Dizendo NÃO àpartição única.

Finalmente será apresentada a tela da figura 94, na qual é informada acapacidade máxima do disco, e devemos preencher quantos megabytesqueremos usar para a partição primária.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-79

Figura11.94O FDISK perguntaqual será otamanho dapartição primária.

Figura11.95Criando umapartição primáriacom 8000 MB.

Observe que é sugerido o tamanho máximo do disco rígido, que no nossoexemplo é de 16.442 MB. Devemos digitar neste campo, o tamanho quedesejamos usar. Observe a figura 95, onde escolhemos o tamanho de 8000MB.

Uma vez escolhido o tamanho da partição primária, o FDISK apresenta umatela de informações como a mostrada na figura 96. Devemos teclar ESC paracontinuar, voltando ao menu principal do FDISK.

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11-80 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.96A partição primáriafoi criada.

Voltando à tela principal do FDISK (figura 97), observamos que é informadoo seguinte:

AVISO! Nenhuma partição está ativada, o disco 1 não será inicializávela não ser que uma partição seja definida como ativa

Mais adiante veremos como definir a partição ativa.

Figura11.97Na tela principaldo FDISK, éinformado queprecisamos definiruma partição ativa.

Chegou a hora de criar uma segunda partição, chamada de partiçãoestendida, que deverá ocupar todo o espaço restante no disco rígido.Quando dividimos um disco rígido em apenas C e D, o drive C será a parti-ção primária, e o drive D será a partição estendida. Quando dividimos umdisco rígido em mais de um drive lógico, o drive C será a partição primária,e todos os demais drives estarão na partição estendida. Para criar umapartição estendida, escolhemos a opção 1 (criar partição) no menu principal

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-81

do FDISK. A seguir é apresentado um outro menu, no qual devemosescolher a opção 2 (criar partição estendida).

Será mostrada a tela da figura 98, na qual temos que indicar o tamanho dapartição estendida. O FDISK sugere usar todo o espaço restante no disco,que no nosso exemplo é de 8440 MB. Basta responder com ENTER.Observe que não importa se a partição estendida será toda usada como umdrive D, ou se será dividida em vários drives lógicos, nesta etapa sempreespecificamos todo o espaço restante no disco para ser usado como partiçãoestendida.

Figura11.98O FDISK perguntao tamanho dapartiçãoestendida.

Será apresentada a tela da figura 99, na qual o FDISK confirma a criação dapartição estendida. Devemos teclar ESC para continuar.

Figura11.99Criada a partiçãoestendida.

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11-82 Como montar, configurar e expandir seu PC

O próximo passo é definir os drives lógicos da partição estendida. Isto nãodá nenhum trabalho, pois o próprio FDISK apresenta neste momento a telada figura 100, na qual temos que definir os drives lógicos da partição esten-dida. Se quiséssemos criar apenas um drive D, bastará indicar o tamanhomáximo sugerido, teclando ENTER. No nosso caso, queremos criar umdrive D com 6000 MB e um drive E com o espaço restante, pouco mais de2000 MB.

Figura11.100O FDISK perguntao tamanho dodrive lógico D.

Ao invés de teclar ENTER na tela da figura 100, vamos digitar o valor 6000,para que seja criado o drive D com 6000 MB. Depois disso será mostradauma tela idêntica à da figura 100, mas desta vez mostrando o espaço restante,uma vez que já foram abatidos 6000 MB. Ao teclar ENTER, usamos esteespaço restante para o drive E.

Figura11.101Todo o espaçodisponível napartição estendidafoi destinado aosdrives lógicos D eE.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-83

Será mostrado um relatório como vemos na figura 101. Devemos teclar ESCpara voltar ao menu principal do FDISK.

Não é necessário, mas se quisermos podemos usar a opção 4 do menuprincipal do FDISK. Assim poderemos ver um relatório no qual sãomostradas as partições nas quais o disco rígido foi dividido.

Por último, temos que marcar a partição primária como sendo ATIVA.Partição ativa é aquela pela qual será realizado o boot. Somente a partiçãoprimária pode ser definida como ativa, mas esta definição não é automática.Temos que definir a partição ativa usando o comando 2 do menu principaldo FDISK. Ao usarmos este comando, será apresentada a tela mostrada nafigura 102. Devemos digitar “1”, para que a partição primária passe a serativa.

Figura11.102Definindo apartição 1 comoativa.

Figura11.103Término daoperação doFDISK.

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11-84 Como montar, configurar e expandir seu PC

Voltando à tela principal do FDISK, teclamos ESC para finalizar a sua ope-ração. É apresentada a tela da figura 103. Devemos agora teclar ESC.Voltaremos ao Prompt do MS-DOS, mas as informações definidas peloFDISK só estarão efetivadas a partir do próximo boot. Devemos entãoexecutar um boot para dar prosseguimento ao processo de instalação.

Assim como ocorre no caso da partição única, quando dividimos um discorígido em vários drives lógicos, é preciso fazer a formatação lógica de cadaum deles. Um drive lógico que ainda não foi formatado não pode ser usadopara armazenar dados. Se tentarmos, neste momento, acessar o drive C (porexemplo, pelo comando “DIR C:”), veremos a seguinte mensagem de erro:

Tipo de mídia inválido lendo unidade CAnular, Repetir, Desistir?

Observe que o sistema operacional já reconhece a existência do drive C, masainda não pode usá-lo. Seu uso só será permitido depois que for realizada aformatação lógica. Para tal, usamos o programa FORMAT.COM, daseguinte forma:

FORMAT C:No nosso exemplo, criamos os drives lógicos D e E, e portanto, temos queformatá-los também. Usamos então os comandos:

FORMAT D:FORMAT E:A figura 104 apresenta tudo o que aparece na tela durante a formatação dodrive C. Observe que nesta figura, estamos considerando que o nosso discorígido foi dividido em três drives lógicos, sendo que nosso drive C possuicerca de 8000 MB.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-85

Figura11.104Término da formatação do drive C.

Ao término da formatação lógica, o drive C estará liberado para uso normal.A figura 105 mostra o seu conteúdo logo após a formatação. Para listar esteconteúdo, usamos o comando:

DIR C: /AOBS: No Windows 98SE e anteriores, podíamos usar o comando FORMAT C: /S, que faziaa gravação do boot em modo MS-DOS no disco rígido. No Windows ME isto não pode serfeito, ou seja, o boot só é feito no próprio ambiente Windows. Comandos como FORMAT C: /S e SYS C: não funcionam no Windows ME.

Figura11.105Conteúdo do driveC, recémformatado.

A próxima etapa de software será a instalação do sistema operacional.Entretanto o computador ainda não está pronto para isso. Convém fazerantes alguns retoques finais, como fechar o gabinete e configurar o displaydigital, por exemplo.

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11-86 Como montar, configurar e expandir seu PC

Etapa 8:Ajustes finaisErros na montagem

Se você leu atentamente todos os capítulos deste livro anteriores àmontagem, provavelmente tudo correu bem e seu computador está emperfeito funcionamento. Mesmo assim, existe a probabilidade do seucomputador não funcionar. As duas principais razões que podem levar a istosão:

1) Erro em alguma das conexões realizadas2) Peça defeituosa

Quase sempre temos uma pista que nos permite encontrar onde está aconexão errada, ou qual a peça defeituosa. Por exemplo, suponha quetenhamos encontrado, ao ligar o computador, a seguinte mensagem:

HDD Controller Failure

Ou seja, “Falha na controladora de disco rígido”. Este erro pode ocorrer pordefeito em uma das seguintes conexões:

Conexão do cabo flat na interface IDE da placa de CPU Conexão do cabo flat no disco rígido Conexão da fonte de alimentação no disco rígido

Devemos checar essas conexões cuidadosamente. Um cabo flat mal en-caixado, ou encaixado de forma invertida certamente resultará em erro.Também convém verificar se realmente fizemos a conexão na interface IDEprimária, e não na secundária. O disco IDE também funciona ao ser ligadona interface secundária, mas muitas vezes, esta pode estar desabilitada noCMOS Setup, e este pode ser o motivo do problema. Mesmo quando todasas conexões estão corretas, é possível que alguma peça esteja defeituosa:

Disco rígido defeituoso Interface IDE da placa de CPU defeituosa Cabo flat defeituoso

É raro o aparecimento de defeitos, mas eles podem ocorrer. Por exemplo, odisco rígido pode ter sido danificado durante o transporte.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-87

O pior tipo de erro é aquele em que não aparece imagem alguma no moni-tor (supondo que o monitor esteja corretamente ligado), e nenhum som éemitido pelo alto-falante. Quando este problema acontece, devemos des-montar totalmente o computador e iniciar a montagem, passo a passo:

1) Instalar a placa de CPU, com o processador e as as memórias. Ligar oconector (ou os conectores) da fonte de alimentação. Conectar na placa deCPU no alto-falante e no botão de Reset. No caso de placas de CPU ATX,devemos ligar também o conector Power Switch do painel frontal dogabinete.

2) Neste ponto, ao ligarmos o computador, deverá ser obrigatoriamente emi-tida uma seqüência de BEEPS pelo alto-falante. Normalmente os manuaisdas placas de CPU possuem uma tabela chamada beep error code table.Dependendo da seqüência emitida, estará sendo indicado um tipo diferentede erro. Tais seqüências não são padronizadas. Isto significa que um BEEPlongo e contínuo poderá indicar, em uma determinada placa, um defeito namemória DRAM, mas em outra placa poderá indicar um defeito noprocessador ou no chipset. Você deverá consultar o manual da SUA placapara identificar o defeito, em função do som emitido.

3) Todos os defeitos cuja causa suspeita seja a placa de CPU e seus compo-nentes devem ser solucionados através da substituição da placa de CPU. Asubstituição da memória pode solucionar erros relativos a esta memória.Existem casos em que a memória não está defeituosa, e sim, mal encaixada,ou apresentando mau contato. Uma limpeza com uma borracha nos contatosdo módulo de memória pode solucionar o problema.

4) Se o alto-falante não chega nem mesmo a emitir beeps, é possível que aplaca de CPU esteja defeituosa a ponto de não conseguir nem mesmoexecutar o BIOS. Neste caso, devemos providenciar a substituição da placade CPU.

5) É bom lembrar também que uma fonte de alimentação defeituosa podecausar o mau funcionamento da placa de CPU. Desde que este defeito nafonte não seja uma sobretensão (quando a fonte gera uma voltagem acimado normal), a placa de CPU não ficará danificada, e a substituição da fonteresolverá o problema. Não esqueça ainda de verificar se a chave 110/220 dafonte está na posição correta. Se estiver em 110 e for ligada em uma rede de220 volts, a fonte queimará. Se estiver em 220 e for ligada em uma rede de110 volts, o computador não funcionará, ou então poderá funcionar de formaerrática.

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11-88 Como montar, configurar e expandir seu PC

6) Se a placa de CPU e as memórias estiverem em perfeitas condições, serãoemitidos vários beeps, que você poderá identificar (e confirmar na tabela debeeps da sua placa de CPU) o erro como Display Memory Read/Write Error.Este erro é causado pela ausência da placa de vídeo. Normalmente, esteerro deverá ser reportado por beeps, mas não outros erros relativos aomicroprocessador, chipset ou memória.

7) Supondo que foram emitidos beeps que indicam ausência da placa devídeo, podemos agora instalar a placa de vídeo e o teclado. Conectamos omonitor na placa de vídeo. Ligamos o computador e observamos o queocorre na tela. Se nada aparecer, provavelmente deve existir um defeito naplaca de vídeo ou no monitor. Devemos tentar fazer a sua substituição.

8) Se existe imagem na tela, provavelmente será apresentada uma mensagemde erro. Neste ponto, o normal é uma mensagem como “Drive Not Ready”,pois não teremos ainda nem o disco rígido nem os drives instalados.Tentamos entrar no CMOS Setup e usamos o comando “Auto ConfigurationWith BIOS Defaults”, ou então “Optimal Defaults”, ou similar. É tambémpossível que neste ponto sejam apresentados outros tipos de erros, através demensagens na tela. Muitos desses erros podem ser ainda causados pordefeitos na placa de CPU, nas memórias, na placa de vídeo e até mesmo nafonte. Ou seja, o fato de termos chegado até aqui não nos garante que essesmódulos estejam perfeitos, apenas o BIOS não conseguiu detectar oproblema. As origens desses problemas podem ser muito variadas, e seriamuito difícil descrevê-las. Mesmo as mensagens de erro apresentadas peloBIOS não são padronizadas, o que torna a solução ainda mais difícil. Nesteponto, existe uma solução muito simples, que é pedir ajuda ao suportetécnico do seu fornecedor.

9) Se tudo correu bem até aqui, chegou a hora de conectar os drives dedisquete à placa de CPU, através do seu cabo flat. É também preciso ligá-losna fonte de alimentação. Definimos no CMOS Setup o tipo dos drives dedisquete instalados e tentamos executar um boot através de um disquete.Devemos ter a certeza absoluta de que este disquete realmente possui o boot,para que não cheguemos a conclusões erradas. Se o boot não for realizado, épossível que o problema esteja no próprio drive, no cabo flat, ou na interfacede drives da placa de CPU. A única forma de ter certeza é checando essasconexões, e se não tivermos sucesso, trocando as peças com o fornecedor.Experimente usar outro conector da fonte, pois é possível que um delesesteja defeituoso. Não está descartada a possibilidade de um defeito na fontede alimentação.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-89

10) Se os drives de disquete estiverem funcionando, devemos instalar o discorígido, conectando-o na fonte de alimentação e na placa de CPU, através docabo flat apropriado. Usamos o comando DETECT IDE do CMOS Setup.Neste ponto, se for exibida a mensagem HDD Controller Failure significaque algo está errado. Ou o disco rígido está defeituoso, ou está malconectado na fonte, ou o cabo flat está defeituoso ou conectado de formaerrada, ou existe um defeito na interface IDE da placa de CPU. A únicaforma de sair deste impasse é através de substituições.

11) Se o disco rígido estiver em perfeitas condições, pode ainda ser exibidaalguma mensagem de erro, não causada por defeito, mas pelo fato do discorígido não estar instalado a nível de software. Por exemplo, erros comoDRIVE NOT READY e NO ROM BASIC são normais quando o discorígido ainda não está totalmente instalado. Use os programas FDISK eFORMAT para realizar a sua instalação.

É muito difícil apresentar um roteiro que permita identificar e solucionarqualquer tipo de problema que possa ocorrer durante a montagem, apesardos problemas raramente ocorrerem. Se surgirem problemas, a melhor coisaa fazer é contar com o suporte técnico do seu fornecedor.

Tabelas de códigos de erros

Como vimos, em situações de erro muito sérias, nas quais o BIOS nãoconsegue nem mesmo comunicar-se com a placa de vídeo, códigos de errosão emitidos pelo alto-falante, através de uma seqüência de beeps. Vocêdeve tomar como base a tabela de beeps existente no manual da sua placade CPU. Apenas como referência, acrescentamos aqui a tabela usada peloBIOS AMI. Tome cuidado, pois modificações podem ser realizadas pelaprópria AMI, e você deve tomar sempre como base a tabela existente no seumanual. O BIOS AMI emite um certo número de beeps, faz uma pausa, erepete o mesmo número de beeps, continuando indefinidamente até ocomputador ser desligado. O número de beeps indicará um dos erros databela abaixo.

Códigos de erro do BIOS AMIBeeps Erro Descrição Causa provável1 Refresh Failure (Falha no Refresh). O circuito de Refresh

da placa de CPU apresenta falha.Placa de CPU ou me-mória DRAM.

2 Parity Error Um erro de paridade foi detectado nosprimeiros 64 kB de memória.

Placa de CPU ou me-mória DRAM.

3 Base 64 k Memo-ry Failure

Um erro ocorreu nos primeiros 64 kB dememória.

Placa de CPU ou me-mória DRAM.

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11-90 Como montar, configurar e expandir seu PC

4 Timer Not Opera-tional

Uma falha de memória ocorreu nosprimeiros 64 kB de memória, ou então oTIMER 1 não está operacional.

Placa de CPU ou me-mória DRAM.

5 Processor Error O processador apresentou erro. Placa de CPU, prova-velmente o processador.

6 8042 - Gate A20Failure

O controlador de teclado (8042) gera osinal A20, responsável pela entrada domicroprocessador em modo protegido.Este erro significa que o BIOS nãoconsegue colocar o processador paraoperar em modo protegido.

Placa de CPU.

7 ProcessorExceptionInterrupt Error

O processador gerou uma interrupção deexceção.

Placa de CPU ouprocessador.

8 Display MemoryRead/Write Error

Ou a placa de vídeo está ausente, ou suamemória de vídeo apresentou erro.

Placa de vídeo.

9 ROM ChecksumError

Erro na memória ROM, provavelmentedanificada.

Memória ROM.

10 CMOS ShutdownRegisterRead/Write Error

O chamado “Shutdown Register”(localizado no CMOS) apresentou erro.

CMOS.

11 Cache memorybad - do not en-able cache

Falha na memória cache. Memória cache ouplaca de CPU.

Nos erros com 1, 2 e 3 beeps, verifique se os módulos de memória estãobem encaixados. Se continuarem, troque as memórias.

Para os erros com 4, 5, 7 e 10 beeps, a placa de CPU provavelmente estádefeituosa e deve ser devolvida para troca.

Para o erro de 6 beeps, encaixe melhor o chip 8042 (Keyboard controller /Keyboard BIOS) no seu soquete. Este chip é encontrado nas placas de CPUmais antigas. Experimente também usar outro teclado. Nas placas modernas,ele está embutido no chipset, portanto será o caso de trocar a placa de CPUem caso de problemas.

Para o erro de 8 beeps, troque a placa de vídeo. Em placas de CPU comvídeo onboard e memória de vídeo compartilhada, troque os módulos dememória.

O erro de 9 beeps indica defeito na ROM que armazena o BIOS. Serápreciso trocar a placa de CPU, já que não encontramos no Brasil, BIOSavulsos.

O BIOS Award não opera com tantos códigos de erro. Utiliza apenas osmostrados na tabela abaixo:

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-91

Código Significado1 beep curto Sistema normal, sem erros.Beeps longos e repetidos Memória RAM não foi detectada, pode estar

defeituosa ou mal encaixada1 beep longo e 3 curtos Placa de vídeo não detectada, ou memória de vídeo

ruim.Beeps agudos e irregularesdurante o uso normal docomputador

Processador apresenta aquecimento excessivo. Aplaca de CPU reduz a sua velocidade para reduziro aquecimento.

Os BIOS da Phoenix utilizam seqüências de beeps um pouco diferentes.Cada série é composta de 4 mini-seqüências. Por exemplo, a série 1-2-2-3consiste em um beep, uma pausa, dois beeps, uma pausa, dois beeps, umapausa, três beeps e uma pausa mais longa. A seguir estão as séries usadas:

Série Descrição da Phoenix Causa provável1 - 2 - 2 - 3 BIOS ROM checksum Defeito na ROM1 - 3 - 1 - 1 Test DRAM refresh Defeito na DRAM ou no chipset1 - 3 - 1 - 3 Test 8742 Keyboard Controller Defeito na interface de teclado1 - 3 - 4 - 1 RAM failure on address line xxxx DRAM1 - 3 - 4 - 3 RAM failure on data bits xxxx DRAM1 - 4 - 1 - 1 RAM failure on data bits xxxx DRAM2 - 1 - 2 - 3 Check ROM copyright notice Defeito na ROM, ou ROM adulterada2 - 2 - 3 - 1 Test for unexpected interrupts Defeito no chipset ou em interfaces1 - 2 Search for option ROMs. One long,

two short beeps on checksum failureDefeito em ROMs de placas de expansão

Por mais que se esforcem, essas tabelas de códigos de erros não informamcom precisão a causa do erro. Devem ser consideradas apenas como pistaspara o solucionamento de problemas. Na prática, o troca-troca de peças é oque mais ajuda a detectar um defeito.

Placa de diagnóstico

Para quem trabalha profissionalmente, vale a pena adquirir uma placa dediagnóstico. Esta placa é conectada a um slot da placa de CPU, e informaem um display, um código de dois dígitos. Este código indica qual é aoperação que o BIOS está prestes a realizar. Quando o PC trava no início doboot, antes mesmo de apresentar mensagens no monitor ou naimpossibilidade de emitir beeps, o código apresentado neste display dá umaidéia da operação na qual ocorreu o erro. Por exemplo, se o display indica“vou testar a memória” e a seguir trava, significa que o problema estáprovavelmente na memória. Não é justificável comprar uma placa dediagnóstico se você pretende montar apenas o seu próprio PC. Mas valemuito a pena para quem trabalha com manutenção e para quem vaiproduzir muitos PCs.

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11-92 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura 11.106

Uma placa de diagnóstico para teste de fonte.

Existem ainda placas de diagnóstico que testam a fonte de alimentação. Elasmostram no seu display digital, os valores de tensão gerados pela fonte, bemcomo os níveis de oscilação existentes nessas tensões. Defeitos na fontepodem ser diagnosticados com este tipo de placa. Tanto as placas para testede fonte como as usadas na exibição de códigos de erro podem serencontradas em versões ISA e PCI. Você encontrará emwww.laercio.com.br/livro26.htm, artigo com detalhes sobre essas placas.

Configurando o display digital do gabinete

Há alguns anos atrás podíamos afirmar que todos os gabinetes possuíam umdisplay digital para indicação do clock do processador. Esses displays são naverdade enfeites. Eles não medem o clock do processador, e sim, sãoprogramados para apresentar um número fixo. Ao longo dos anos foramusados os seguintes tipos de displays nos gabinetes dos PCs:

2 dígitos: Padrão 88, mostra números de 00 a 992 ½ dígitos: Padrão 188, mostra números de 000 a 1993 dígitos: Padrão 888, mostra números de 000 a 999

Entre 1985, época em que os displays começaram a ser usados, e 1995,quando os computadores ainda não haviam chegado aos 100 MHz, erasuficiente utilizar displays de 2 dígitos. Com a chegada do 486DX4-100 e doPentium-100, foi preciso utilizar mais um dígito. Para reduzir o custo, osfabricantes usaram o que chamamos de “display de 2 dígitos e meio”. Elepossui algarismos das unidades e dezenas normais, mas o algarismo dascentenas é fixo em 1. Era adequado aos PCs de 100, 120, 133, 150, 166 e 180

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-93

MHz. Com a chegada dos modelos de 200 MHz, tornou-se necessário o usodos displays de 3 dígitos, que podem representar números até 999. Com achegada do Pentium III e Athlon de 1000 MHz, seria necessário adotardisplays de 3 ½ ou 4 dígitos. Curiosamente não foi isso o que ocorreu.Parece que o display saiu da moda. Os gabinetes modernos têm outrosatrativos visuais, como partes coloridas, translúcidas e até prateadas. Opróprio design do gabinete tem ficado mais bonito, não é mais simplesmenteuma caixa de metal. Em função do novo design dos gabinetes modernos, odisplay digital realmente caiu em desuso. Ainda assim você pode precisarconfigurar um gabinete antigo, ou então pode encontrar algum modelo novomas equipado com display. Nesse caso é bom que seja programado o valorcorreto, mesmo que isto não influencie no funcionamento do computador.Para essa tarefa é indispensável o manual do gabinete.

Mostraremos aqui alguns exemplos de configurações de displays. Através doentendimento desses exemplos, o leitor terá uma chance muito maior deentender o seu display em particular.

Exemplo 1

A figura 107 mostra um exemplo de display de dois dígitos. Os dois dígitossão chamados de “dígito 2” (dezenas) e “dígito 1” (unidades). Cada dígito éformado por 7 segmentos, chamados de A, B, C, D, E, F, G. Este displaypossui 14 grupos de pinos de seleção para controlar individualmente cadaum dos 7 segmentos dos seus dois dígitos.

Figura11.107Exemplo de conexões de umtípico display de 2 dígitos.

A figura 107 mostra com mais detalhes, na sua parte direita, um desses 14grupos de pinos de seleção. Existe um pino no meio e mais três pinos,chamados no caso de A, B e C. Um jumper deve ser colocado ligando o

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11-94 Como montar, configurar e expandir seu PC

pino do meio ao pino A, B ou C, dependendo dos valores a serem indicadosna velocidade alta e na baixa. O significado das ligações é descrito na tabelaseguinte:

Ligação FuncionamentoMeio ligado em A Segmento acende apenas na velocidade baixaMeio ligado em B Segmento acende nas velocidades alta e baixaMeio ligado em C Segmento acende apenas na velocidade altaSem ligação Segmento fica apagado em ambas as velocidades

No caso da figura 107, um jumper está ligando o pino do meio ao pino "A".Significa que o segmento controlado por esse grupo de pinos ficará acesoquando o computador estiver em velocidade baixa e apagado quando emvelocidade alta.

Note que a existência de duas velocidades, “alta” e “baixa” também caiu emdesuso nos computadores modernos, o que também contribui para reduzir autilidade dos displays digitais. Certos programas antigos não funcionavamcorretamente em PCs muito velozes. Os computadores utilizavam um botãoTURBO para controlar a velocidade do processador. Reduzindo avelocidade, os programas problemáticos poderiam funcionar. O display eramuito importante para indicar a velocidade em uso (por exemplo, 16 MHz /33 MHz). Programas atuais não têm dificuldade alguma para funcionar emPCs velozes, e o uso de velocidades alta/baixa caiu em desuso, assim como obotão TURBO. Mesmo assim muitos displays ainda aceitam serprogramados com dois valores diferentes, correspondentes a uma velocidadealta (“turbo”) e uma baixa (“normal”).

Para configurar um display com essas características deve ser determinadoque segmentos ficarão acesos ou apagados em velocidade alta e emvelocidade baixa. Suponha que uma placa de CPU possui as seguintesvelocidades:

Alta: 75 MHzBaixa: 16 MHz

Desenham-se os números 75 e 16, conforme indicado na figura 108. Deve serobservado o nome que recebe cada segmento (1A, 2B, etc). A partir dessesvalores é construída uma tabela que mostra como cada segmento deve ficarem velocidade alta e em baixa, e determina-se como cada grupo de pinosindicados na figura 2 deve ser configurado. A figura 3 mostra esses doisvalores. Observe os nomes que são dados aos segmentos do display. Os

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-95

segmentos de um dígito de um display são sempre nomeados com as letras“A” até “G”, seguindo a ordem:

O manual do display do nosso exemplo chamou o dígito das dezenas de “2”,e o das unidades de “1”. Portanto, os segmentos dos dois dígitos recebem osseguintes nomes:

Levando em conta os nomes desses segmentos, e levando em conta quedesejamos que sejam apresentados os números 75 e 16, chegamos à figura108.

Figura 11.108Valores a serem apresentados pelo display.

De posse desta figura, observamos cada um dos segmentos e determinamoscomo cada um deles deve se comportar nas velocidades alta e baixa. Algunsdeles ficam apagados em ambas as velocidades, como o 2G. Outros ficam

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11-96 Como montar, configurar e expandir seu PC

acesos em ambas as velocidades, como o 1A. Existem os que acenderãoapenas na velocidade alta, como o 2A, e os que acenderão apenas navelocidade baixa, como o 1E. Podemos então construir a seguinte tabela:

Segmento Alta Baixa Jumper1A aceso aceso Meio ligado em B1B apagado apagado Sem ligação1C aceso aceso Meio ligado em B1D aceso aceso Meio ligado em B1E apagado aceso Meio ligado em A1F aceso aceso Meio ligado em B1G aceso aceso Meio ligado em B2A aceso apagado Meio ligado em C2B aceso aceso Meio ligado em B2C aceso aceso Meio ligado em B2D apagado apagado Sem ligação2E apagado apagado Sem ligação2F apagado apagado Sem ligação2G apagado apagado Sem ligação

Levando em conta essas ligações, os jumpers do displays devem ser insta-lados da forma como mostra a figura 109.

Figura 11.109Display do exemplo 1 com os jumpers configurados paraexibir os números 75 e 16.

Exemplo 2

Vemos nas figuras 110 e 111 um outro exemplo de manual de gabinete.Desta vez, estamos apresentando um display de “dois dígitos e meio” (1XX),que pode apresentar valores até 199 MHz. Na figura 110 vemos que existeum conjunto de jumpers que define os valores apresentados pelo dígito das

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-97

unidades (one’s place) nos modos Turbo e Normal. Outro bloco de jumpersdefine os valores que serão apresentados pelo dígito das dezenas (ten’s place)no modo Turbo e no modo Normal. A ligação H-2, quando realizada,acenderá o dígito 1 das centenas quando em modo Turbo. A ligação H-1acenderá o dígito 1 das centenas em modo Normal (o que em geral nãoocorre, pois a velocidade baixa é sempre inferior a 100 MHz). Caso o com-putador não chegue a ultrapassar os 100 MHz, o dígito das centenas devepermanecer sempre apagado, tanto em Turbo como em Normal. Nesse caso,basta não realizar as ligações H-1 nem H-2.

Figura 11.110Exemplo de manual de um display -diagrama de jumpers.

A tabela da figura 111 possui linhas que definem o dígito desejado em modoTurbo, e as colunas definem o dígito desejado em modo normal. Considerepor exemplo que o computador opera em 120 MHz quando em Turbo, eem 16 MHz quando em modo Normal. Comecemos pelo dígito dasunidades. Queremos que sejam exibidos “0” em Turbo e “6” em Normal.Fazendo o cruzamento da linha “0” com a coluna “6”, encontramos aindicação das ligações que devem ser feitas no “one’s place”:

3A, 2B, 3C, 3D, 3E, 3F e 1G.

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11-98 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.111Exemplo de manual de umdisplay - tabela de ligações.

Da mesma forma, o dígito das dezenas deve apresentar “2” quando emTurbo e “1” quando em Normal. Cruzando a linha “2” com a coluna “1”,chegamos às ligações que devem ser realizadas no “ten’s place”:

2A, 3B, 1C, 2D, 2E e 2G.

Com esses valores, instalamos os jumpers conforme mostra a figura 110. Naverdade esta figura, além de identificar os pinos A, B, C, etc, também trazindicadas as ligações que devem ser feitas para que sejam representados osnúmeros do exemplo (120 e 16).

Existem diversos displays de dois dígitos (XX) que utilizam um sistemaidêntico ao deste exemplo. A diferença principal é a inexistência das ligaçõesH-1 e H-2.

Exemplo 3

Finalmente apresentamos nas figuras 112 e 113, o manual de um display detrês dígitos (XXX), capaz de representar valores até 999 MHz. Observe comoé grande a semelhança com o display do exemplo 2. A principal diferença éque neste existem três grupos de jumpers, para a definição do dígito dasunidades (one’s), dezenas (ten’s) e centenas (hun’s).

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-99

A tabela da figura 113 mostra as ligações que devem ser feitas em cada blocopara que sejam representados os valores desejados em modo Turbo e emmodo Normal. As linhas representam os valores desejados em modo Turbo,e as colunas mostram os valores desejados em modo Normal. Suponha quequeremos, como exemplifica a figura, programar os valores 220 (Turbo) e116 (Normal). Devemos utilizar a tabela três vezes, uma para cada dígito(unidades, dezenas e centenas).

Figura 11.112Exemplo de manual de um display -diagrama de jumpers.

O dígito das unidades deve representar os valores “0” em Turbo e “6” emNormal. Fazemos então o cruzamento da linha “0” com a coluna “6”, e ob-temos assim as ligações que devem ser feitas no one’s place:

3A, 2B, 3C, 3D, 3E, 3F, 1G.

O dígito das dezenas deve representar os valores “2” em Turbo e “1” emNormal. Fazemos então o cruzamento da linha “2” com a coluna “1”, e ob-temos assim as ligações que devem ser feitas no ten’s place:

2A, 3B, 1C, 2D, 2E, 2G.

Finalmente, o dígito das centenas deve representar os valores “2” em Turboe “1” em Normal. Fazemos então o cruzamento da linha “2” com a coluna“1”, e obtemos assim as ligações que devem ser feitas no hun’s place:

2A, 3B, 1C, 2D, 2E, 2G.

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11-100 Como montar, configurar e expandir seu PC

Figura11.113Exemplo de manual de umdisplay - tabela de ligações.

De posse dessas informações, programamos os três grupos de jumpers, comovemos na própria figura 112.

Turbo Low e Turbo High

Aqui está uma questão que gera dúvidas quando fazemos a configuração deum display. Veja por exemplo o display da figura 112, e observe que existemduas opções para a ligação do display na saída “Turbo LED” da placa deCPU:

S+ Ligar na conexão para o anodo do Turbo LED na placa de CPUS- Ligar na conexão para o catodo do Turbo LED na placa de CPU

Dos dois terminais de um LED, chamamos de anodo aquele por onde acorrente elétrica entra no LED, e chamamos de catodo aquele por onde acorrente elétrica sai do LED. Existem duas formas de implementar os doisterminais do conector para o Turbo LED na placa de CPU:

1) Deixar um terminal ligado em uma tensão fixa de 5 volts, e pelo outroterminal, “puxar” corrente para que o LED acenda. No primeiro terminal,deve ser ligado o anodo do Turbo LED, e no outro é ligado o catodo doTurbo LED. Este método é chamado de TURBO LOW.

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Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-101

2) Deixar um terminal ligado em uma tensão fixa de 0 volts, e pelo outroterminal, “empurrar” corrente para que o LED acenda. No primeiroterminal, deve ser ligado o catodo do LED, e no outro deve ser ligado oanodo. Este método é chamado de TURBO HIGH.

Em ambos os casos, um terminal do conector Turbo LED da placa de CPUpermanece com uma tensão fixa, seja ela de 0 ou 5 volts. Este terminal detensão fixa não pode controlar o display, exatamente porque sua tensão éconstante, não importa se a placa de CPU está em velocidade Turbo ouNormal. O outro terminal é o que deve ser usado, mas a princípio não sa-bemos se ele irá “empurrar” ou “puxar” corrente quando for ativado o modoTurbo. Por esta razão, certos displays possuem dois pontos de conexão,como o exemplificado na figura 112. O ponto S+ é usado para placas deCPU que operam em modo TURBO HIGH, e o ponto S- é usado paraconexão com placas de CPU que operam em TURBO LOW.

Check-up de hardware

Se você acaba de montar o computador e não encontrou problemas,provavelmente todo o seu hardware está em perfeitas condições. Mais certoainda deste perfeito funcionamento você estará se instalar o sistemaoperacional e tudo continuar normal, sem defeitos aparentes. A chance deocorrer algum problema é muito remota. Se o computador é para seu usopessoal, você pode começar a instalar programas e usá-los, ou seja, ocomputador estará liberado para uso normal. Se um dia ocorrer algumproblema você poderá investigar, mas não vale a pena perder muito tempo,depois da montagem e da instalação do sistema operacional, testandoexaustivamente um computador que aparentemente funciona bem.

O mesmo não podemos dizer se este computador vai ser vendido. Aqueleque monta um computador para uso próprio está preparado para resolvereventuais futuros problemas, afinal ele é o “pai da criança”. Já o usuário quecompra um computador pronto não quer saber de problemas. Ele quer umcomputador infalível, e ficará muito decepcionado se ocorrerem problemas.Por isso, aqueles que montam computadores para vender devem testá-loexaustivamente antes que sejam entregues ao seu cliente.

Para realizar esses testes existem os chamados Softwares de Diagnóstico. Sãoprogramas que podem ser utilizados antes da instalação do sistemaoperacional, e testam a placa de CPU, o processador, as memórias, os discose demais dispositivos instalados no computador. Os testes realizados poresses programas são muito mais rigorosos (e demorados) que os efetuadospelo BIOS, e têm condições melhores de encontrar problemas não

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11-102 Como montar, configurar e expandir seu PC

percebidos. Apesar de não serem totalmente infalíveis, os fabricantes decomputadores que trabalham de forma séria devem sempre realizar umcheck-up de hardware usando programas de diagnóstico.

Existem vários programas de diagnóstico disponíveis no mercado. Algunscustam caro, outros são mais baratos. Alguns podem ser encontrado nos CDsvendidos em revistas especializadas, outros podem até ser obtidosgratuitamente em versão demo, pela Internet. Os mais famosos programas dediagnóstico são o AMI Diag, o Norton Diagnostics e o PC-Ckeck. Vocêencontrará em www.laercio.com.br/livro26.htm, informações sobre comoobter e tutoriais sobre o uso desses programas.

Figura11.114

PC-Check, umexcelente programapara fazer check-upde hardware.

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