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Capítulo Português

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Capítulo

Português

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Tem raça de toda fé9O que você vai estudar neste capítuloTexto enciclopédico

�� Pontos�de�contato�com�a�reportagem

�� Finalidade�informativa�do�texto

Cultura popular�� Festas�populares�� Festas�religiosas�� Instrumentos�musicais�de�

origem�africana

Reflexões gramaticais�� As�orações�subordinadas�

adverbiais�finais�reduzidas�de�infinitivo�no�texto�enciclopédico

�� As�orações�subordinadas�adjetivas�na�produção�de�sentido�do�texto�enciclopédico

�� Cuidados�com�a�escolha�de�palavras�no�texto�enciclopédico

Texto enciclopédico

Você já deve ter reparado que nós, brasileiros, adoramos festejar. Nesta unidade, já falamos sobre duas festas tradicionais: a Vaque-jada, típica das regiões Nordeste e Sudeste, e a festa de formatura, comemorada em todo o país. Neste capítulo, trataremos de festas de origem africana. Você tem ideia de quais são elas?

Antes da leituraObserve as imagens e responda oralmente às perguntas.

Cerimônia de casamento em São Bernardo do Campo (SP). Fotografia de 2007.

Festa da uva em Caxias do Sul (RS). Fotografia de 2010.

Celebração do 7 de setembro em Brasília (DF). Fotografia de 2010.

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1.� O�que�é�celebrado�em�cada�uma�dessas�festas?

2.� Quais�dessas�festas�podem�ser�consideradas�religiosas?

3.� Quais�dessas�festas�podem�ser�consideradas�populares?�Justifique.� Nas�festas�populares,�comemora-se�algo�que�faz�da�parte�da�cultura�de�um�povo.�Não�é�pre-

ciso�convite�para�participar.

4.� De�quais�dessas�festas�você�participa�ou�já�participou?

5.� Você�saberia�citar�outras�festas�religiosas�e�populares?�Quais?

6.� O�que�você�acha�que�deveria�ser�comemorado�e�ainda�não�é?

7.� Que�informações�você�espera�encontrar�em�um�texto�que�fala�sobre�festas�religio-sas�e�populares�da�Bahia?

Quarup, festa indígena dos povos do Alto Xingu (MT). Fotografia de 2009.

Comemorações juninas em Campina Grande (PB). Fotografia de 2007.

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Veja também o objeto educacional digital “Festas do Brasil”.

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Durante a leituraVocê vai ler agora um texto enciclopédico sobre festas religiosas e

populares da Bahia. Algumas palavras e expressões do texto original foram retiradas e embaralhadas e se encontram ao lado do trecho a que pertencem. Sua tarefa é recolocá-las no lugar.

Cada palavra em seu lugar!Relacione em ordem crescente os números de 1 a 31. Ao lado de

cada número, escreva a palavra ou expressão que você julga com-pletar o texto para que ele fique como no original. Veja as dicas para realizar a atividade.

x Tenha um dicionário em mãos para consultar quando não souber o significado de determinado termo.

x Observe se há relações (de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia) entre a palavra que você busca encaixar e outras que estão próximas a ela.

x Observe a adequação do uso do singular, do plural, do feminino ou do masculino dos termos a ser encaixados.

Leitura

É importante saberO texto “Festas religiosas e populares” foi retirado do livro Turismo étnico-afro na

Bahia (elaborado pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia), que tem o objetivo de valorizar lugares, pessoas, práticas culturais e referências históricas e reconhecer a importância da contribuição cultural africana para a Bahia.

Festas religiosas e populares

ConexõesA formação da

população baiana se deu, inicialmente, a partir do encontro de três etnias principais: os indígenas (habitantes do território há milhares de anos), os brancos (colonizadores portugueses) e os negros (escravizados na África e trazidos pelos portugueses). Da mistura física e cultural desses povos, nasceu uma população caracteristicamente brasileira, mestiça. Embora os brancos europeus tenham concentrado o poder financeiro e político durante toda a fase de formação desse povo (o chamado período colonial da história do país), isso não impediu que os elementos indígenas e, sobretudo, africanos também marcassem fortemente o modo de vida e a cultura da Bahia.

A cultura de matriz africana desenvolveu-se na Bahia paralelamente à do europeu. Fruto do [1] religioso, as festas populares, da forma como as conhecemos hoje, resultam da mistura de elementos que se convencionou chamar de [2].

Como não tinha acesso aos estabelecimentos onde os brancos protagoni-zavam as festas religiosas, os africanos ocupavam, nesses dias, as ruas próxi-mas aos locais onde seus senhores se concentravam.

Assim, manifestações culturais de diversas origens africanas [3], a exemplo da capoeira, do maculelê e do samba de roda. Ainda hoje, milhares de pessoas vão às ruas para celebrar os santos padroeiros, sejam eles católi-cos ou africanos.

É no ciclo de festas populares que o baiano manifesta sua fé, desde as comemorações dos [4], quando os terreiros fazem soar seus tambores, para seus [5] dançarem, até as festas da religião católica, que ganham um [6] profano com muito samba de roda e barracas onde se servem bebidas e comidas variadas.

O ciclo de festas tem início no dia 4 de dezembro, com a Festa de Santa Bárbara, e tem seu [7] na Lavagem do Bonfim, na Festa de Iemanjá e no Carnaval. No interior do estado, a influência africana aparece nas festivida-des promovidas em vários municípios.

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sagrados e profanossincretismo

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Festa da Boa MorteA Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte nasceu nas [8], locais

que abrigavam escravos negros nos engenhos de cana-de-açúcar, há cerca de 150 anos. É formada exclusivamente por mulheres negras que tinham o in-tuito de [9] escravos ou dar-lhes fuga, encaminhando-os para o Quilombo do Malaquias, em Terra Vermelha, zona rural da cidade de Cachoeira.

Com a abolição da escravidão, as irmãs aproximaram-se da Igreja Ca-tólica, fundando a entidade que funciona atualmente em um conjunto de quatro sobrados do século XVIII, restaurados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural – Ipac.

A força dessas mulheres é sempre motivo de alegria e homenagens. Na cidade de Cachoeira, Recôncavo Baiano, todos os anos, no mês de agosto, acontece a Festa da Boa Morte. São cinco dias de comemorações. No primeiro dia, as irmãs saem em [10] da Casa da Boa Morte para a Igreja de Nossa

Senhora da Ajuda, para reco-lher o [11] de Nossa Senhora.

Em seguida, fazem uma breve procissão por apenas um quarteirão, com destino à cape-la da sede mais nova da irman-dade, onde é celebrada uma missa em memória das irmãs falecidas. Logo depois, ocorre uma ceia na Casa da Boa Morte, com pão, vinho e frutos do mar. No restante dos dias aconte-cem missas, confissões, [12], procissões nas ruas da cidade e apresentações de grupos de samba de roda e capoeira.

CongadaMistura de herança africana com toques da cultura portuguesa, a Congada

representa a coroação dos reis congos, que desfilam mascarados e trajados com fardas [13] de ouro e diamantes, cercados do bailado dos guerreiros.

Sua origem remonta ao ano de 1482, em um dos impérios negros mais importantes de todos os tempos: o Congo. Apesar de imponente, [14] fren-te ao poderio das esquadras portuguesas em guerra pelo território, restando ao povo negro, [15] de força e fé, o título de Rei de Congo como homena-gem em memória à dura batalha.

No Brasil, está presente desde os tempos da colônia, quando os desfiles de congos eram a atração principal nas festas organizadas pelas irmandades de escravos, por ocasião da coroação simbólica de reis e rainhas africanos ou afrodescendentes.

Além de [16] de rituais africanos, a manifestação folclórica somou-se aos costumes das Congadas lusitanas, que ilustravam as comemorações de Nossa Senhora do Porto. A primeira apresentação oficial em terras baianas data de 6 de junho de 1760, no Paço do Conselho da cidade de Salvador, em festejo ao casamento da princesa real, D. Maria I, com D. Pedro III.

A tradição segue com força e [17] em Juazeiro, com adaptações que a afastam do formato tradicional, entoando cânticos em louvor à Virgem do Rosário durante suas comemorações, no último domingo do mês de outubro.

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Participantes da Festa da Boa Morte na cidade de Cachoeira (BA). Fotografia de 2011.

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Lindro AmorLindro Amor é um [18] que se faz em be-

nefício das festas de Nossa Senhora da Puri-ficação ou São Cosme e Damião. O cor-tejo, formado por mulheres, homens e crianças, sai em visitação às casas, rogando saúde e prosperidade para os seus donos, professando a espe-rança de dias melhores e levando algo que simbolize a devoção.

As mulheres vão sempre no meio, vestindo saias de roda estampadas e chapéus de palha enfeitados com tiras colo-ridas. Elas dançam e cantam, enquanto os ho-mens seguem atrás, com calças brancas, batucando o pandeiro, tocando a viola ou a sanfona.

Na frente, as crianças animam o

[19], carregando uma caixa vazia com a imagem dos santos e onde serão depositadas as moedas para o preparo do [20], a ser realizado nos sábados seguintes, até findar o mês de outubro.

A tradição tem suas origens nos tempos da escravidão, quando os senho-res de engenho permitiam que os escravos organizassem suas festas. Com o passar do tempo, o Lindro Amor – originário da expressão colonial portugue-sa Lindo Amor – passou a ter conotações religiosas associadas às procissões e peditórios que antecedem aos carurus oferecidos aos santos e orixás. No caso de Nossa Senhora da Purificação, leva-se uma coroa em uma bandeja florida, junto à bandeira, enquanto os participantes [21] cânticos acom-panhados de pandeiro e tambor.

Conde, Candeias, Santo Amaro, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé são as principais localidades onde a manifestação acontece.

Nego Fugido

[22] variante do quilombo, é mantido há pelo menos um século pelos moradores de Acupe, distrito de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. A encenação recria anualmente a tentativa de fuga de um escravo, que é caçado e amarrado, para depois comprar sua alforria. Os personagens que representam os negros, quando não estão correndo ou lutando, ficam em espécie de dança lenta, ao ritmo da música, que, segundo pesquisadores, possui ligação com o candomblé.

A representação conta como os negros que fugiam eram perseguidos nas matas. Para se esconder dos [23], vestiam-se de folhas de bananeiras. É uma manifestação popular única que se mantém desde o século XIX, ori-ginária de escravos africanos de origem nagô. Trata-se, na verdade, da re-criação das lutas de resistência negra contra o regime [24], encenada até hoje pelos moradores de Acupe, distrito do município de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano.

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ZambiapungaHerança africana, o Zam-

biapunga é um cortejo de ho-mens mascarados, trajados com roupas coloridas e feitas com panos e papéis de seda, que sai às ruas durante a madrugada, dançando e acordando a cidade ao som [25] de enxadas, tam-bores, [26] e búzios gigantes, usados como instrumentos de percussão.

Dedicada ao deus supremo do candomblé de angola, era inicialmente uma cerimônia para [27] os maus espíritos. Com a utilização de másca-ras, a manifestação chegou ao Estado através dos negros bantus, escraviza-dos na região do Congo-Angola e trazidos para cá para trabalhar no plantio dos canaviais do Recôncavo e de grandes extensões de [28] no litoral do Baixo-Sul.

Não à toa, a região concentra forte expressão do costume folclórico, em es-pecial nas cidades de Nilo Peçanha, Valença, Taperoá e Cairu. Em Nilo Peçanha, onde a tradição é mais forte, a festa acontece, tradicionalmente, na madrugada de 1o de novembro, Dia de Todos os Santos e véspera de Finados.

Bembé do MercadoA Festa do Bembé do Mercado é realizada no dia 13 de maio, no municí-

pio de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, desde 1889, para comemorar a abolição da escravidão. Organizada por pescadores e vendedo-res de peixes do Mercado Municipal de Santo Amaro, a festa reúne grupos de samba de roda, [29], maculelê e de capoeira, além de representantes dos terreiros de candomblé da região, para homenagear os orixás das águas, dos rios, dos lagos e da chuva, Oxum e Iemanjá. Durante três dias, a praça em frente ao Mercado Municipal, onde são armados barracas e barracões, fica repleta de gente para assistir ao festival de arte e religiosidade [30].

O cortejo da Festa Zambiapunga em Salvador (BA). Fotografia de 2010.

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O termo bembé tem origem iorubá e significa bater tambor. A festa é iden-tificada como uma das mais [31] expressões populares de reconhecimen-to e afirmação da negritude no Brasil, principalmente por formar um grande culto a céu aberto, realizado desde quando era proibido por lei bater tambor para os orixás.

Secretaria de Turismo da Bahia. Superintendência de Serviços Turísticos. Turismo étnico-afro na Bahia. Salvador: Fundação Pedro Calmon, 2009. p. 71-74.

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Depois da leituraResponda às atividades a seguir.

A reconstrução dos sentidos do texto

1.� Por�que�a�cultura�de�matriz�africana�desenvolveu-se�na�Bahia�junto�à�cultura�do�colo-nizador�europeu?

� Releia�o�boxe�Conexões�da�página�150�para�responder�à�questão.

2.� Segundo�o�texto�“Festas�religiosas�e�populares”,�que�características�são�marcantes�nas�festas�da�Bahia?

3.� Cite�exemplos�dessas�características�presentes�em�duas�das�festas�citadas�no�texto.�� Procure�no�texto�as�informações�que�descrevem�como�são�as�festas�e�suas�origens.

4.� A�multiplicação�das�manifestações�culturais�de�origem�africana�se�relaciona�à�exclu-são�dos�afrodescendentes�em�nossa�sociedade.�Explique�essa�relação.

� Relacione�o�segundo�e�o�terceiro�parágrafos�do�texto.

5.� Responda�às�perguntas�sobre�a�Irmandade�de�Nossa�Senhora�da�Boa�Morte.a)� Quando�e�onde�ela�surgiu?

b)� Com�que�finalidade�ela�se�constituiu?

c)� Qual�é�o�perfil�das�integrantes�dessa�irmandade?

d)� A�partir�de�quando�a�irmandade�se�aproximou�da�religião�católica?

e)� Quanto�tempo�dura�a�Festa�da�Boa�Morte,�organizada�pela�irmandade?�Quais�são�as�etapas�dessa�festividade?

6.� Agora,�responda�às�questões�sobre�a�Congada.a)� O�que�é�a�Congada?

b)� Qual�é�sua�origem?

c)� Quando�ela�surgiu�no�Brasil?

d)� Quem�a�organizava?

e)� De�que�maneira�a�Congada�mistura�a�herança�africana�a�elementos�da�cultura�europeia?

Participante de grupo de Congada se apresentando nas ruas de Cairu (BA). Fotografia de 2010.

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7.� Responda�às�questões�sobre�o�Lindro�Amor.a)� O�que�é�Lindro�Amor?

b)� Qual�é�sua�origem?

c)� Que�transformações�ele�sofreu?

8.� O�que�acontece�no�folguedo�Nego�Fugido?�Como�ele�chegou�ao�Brasil?

9.� O�que�é�a�Zambiapunga?

10.�Por�que�as�cidades�de�Nilo�Peçanha,�Valença,�Taperoá�e�Cairu�têm�forte�costume�de�celebrar�essa�festa?

11.�Como�a�abolição�da�escravidão�é�come-morada� no� município� de� Santo� Amaro�da�Purificação?

12.�Por�que�a�Festa�do�Bembé�do�Mercado�é�considerada�“uma�das�mais�genuínas�ex-pressões� populares� de� reconhecimento�e�afirmação�da�negritude�no�Brasil”?

13.�Na�coluna�da�esquerda�da�tabela�a�se-guir� estão� os� nomes� das� festas� abor-dadas� no� texto.� Na� coluna� da� direita,�fora�de�ordem,�a�finalidade�de�cada�fes-ta.�Relacione�as�informações�das�duas�colunas.

Festa Finalidade

Festa�da�Boa�Morte Celebra-se�a�resistência�negra�contra�o�regime�escravocrata.�

CongadaComemora-se�a�abolição�da�escravidão�e�homenageiam-se�Oxum�e�Iemanjá.�

Lindro�Amor Homenageia-se�o�deus�supremo�do�candomblé�de�angola.�

Nego�FugidoCelebra-se�a�coragem�de�mulheres�que�lutaram�contra�a�escravidão.�

ZambiapungaHomenageia-se�Nossa�Senhora�da�Purificação�ou�São�Cosme�e�Damião.�

Bembé�do�Mercado Homenageiam-se�os�reis�congos�e�a�Virgem�do�Rosário.�

14.�Que�tipo�de�informação�sobre�as�festas�é�recorrente�no�texto?

15.�Compare� os� textos� “Festas� religiosas� e� populares”� e� “Vaqueiros”� (página� 112� do�capítulo�7).

a)� Que�semelhanças�há�entre�a�estrutura�dos�dois�textos?

b)� Eles�possuem�a�mesma�finalidade?�Explique.

c)� Diferentemente� da� reportagem,� o� texto� enciclopédico� não� apresenta� discurso�direto.�Por�quê?

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Integrantes da tradicional Festa do Bembé do Mercado em Santo Amaro da Purificação (BA). Fotografia de 2011.

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A gramática na reconstrução dos sentidos do texto

1.� Releia�os�trechos�a�seguir.

I. “Ainda hoje, milhares de pessoas vão às ruas para celebrar os santos padroeiros, sejam eles católicos ou africanos.”

II. “É no ciclo de festas populares que o baiano manifesta sua fé, desde as comemo-rações dos orixás do candomblé, quando os terreiros fazem soar seus tambores, para seus filhos de santo dançarem, até as festas da religião católica [...].”

III. “No primeiro dia, as irmãs saem em cortejo da Casa da Boa Morte para a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, para recolher o esquife de Nossa Senhora.”

IV. “Dedicada ao deus supremo do candomblé de angola, era inicialmente uma ceri-mônia para afugentar os maus espíritos.”

V. A Festa do Bembé do Mercado é realizada no dia 13 de maio, no município de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, desde 1889, para comemorar a abolição da escravidão.

a)� As�orações�em�destaque�apresentam�duas�marcas�linguísticas�em�comum.�Identifi-que�essas�marcas.

b)� Que�ideia�é�expressa�pelas�orações�destacadas?�Marque�a�opção�correta.

Opção 1 Comparação

Opção 2 Condição

Opção 3 Finalidade

c)� Observe�outra�forma�de�se�escrever�o�trecho�II.

É�no�ciclo�de�festas�populares�que�o�baiano�manifesta�sua�fé,�desde�as�come-morações�dos�orixás�do�candomblé,�quando�os�terreiros�fazem�soar�seus�tambores,�para que seus filhos de santo dancem,�até�as�festas�da�religião�católica.

Que�mudanças�foram�feitas�em�relação�ao�trecho�original?

d)� Reescreva�os�outros�trechos�realizando�as�mesmas�alterações.� Atente�para�as�adaptações�nas�formas�verbais.

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e)� Independentemente�das�modificações�feitas,�tanto�as�orações�originais�quanto�as�versões�reescritas�por�você�desempenham�a�mesma�função�sintática.�Como�elas�podem�ser�classificadas?

� Reveja,�na�questão�1b,�o�sentido�expresso�pelas�orações.

ARQUIVO

As�orações�que�exercem�função�de�adjunto�adverbial�expressando�finalidade�são�chamadas�de�orações subordinadas adverbiais finais.� As� orações� finais� construídas� em� torno� da� forma� nominal� infinitiva� (e�sem�a�conjunção�que)�são�chamadas�de�orações subordinadas adverbiais finais reduzidas de infinitivo.�Outras�orações�adverbiais�também�podem�se�apresentar�na�forma�reduzida�de�infinitivo.

2.� Por�que�as�orações�subordinadas�adverbiais�finais�reduzidas�de�infinitivo�aparecem�tantas�vezes�ao�longo�do�texto�“Festas�religiosas�e�populares”?

� Releia�sua�resposta�à�questão�15b�da�seção�A reconstrução dos sentidos do texto (página�155).

3.� Complete�a�afirmação�a�seguir�com�a�opção�correta:�As�orações�subordinadas�reduzi-das,�de�uma�maneira�geral,�podem�ser�usadas�para�conferir�ao�texto...

Opção 1...�maior�leveza�e�concisão,�já�que�evitam�o�uso�excessivo�de�que.

Opção 2...�maior�dificuldade�de�compreensão,�já�que�as�informações�são�menos�precisas.

4.� Releia�os�trechos�a�seguir.

I. “A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte nasceu nas senzalas, locais que abrigavam escravos negros nos engenhos de cana-de-açúcar, há cerca de 150 anos.”

II. “Mistura de herança africana com toques da cultura portuguesa, a Congada re-presenta a coroação dos reis congos, que desfilam mascarados e trajados com fardas ornamentadas de ouro e diamantes, cercados do bailado dos guerreiros.”

III. “Com o passar do tempo, o Lindro Amor – ori-ginário da expressão colonial portuguesa Lindo Amor – passou a ter conotações religiosas asso-ciadas às procissões e peditórios que antecedem aos carurus oferecidos aos santos e orixás.”

IV. “A representação conta como os negros que fu-giam eram perseguidos nas matas.”

V. “Herança africana, o Zambiapunga é um cortejo de homens mascarados, trajados com roupas co-loridas e feitas com panos e papéis de seda, que sai às ruas durante a madrugada, dançando e acordando a cidade ao som ecoante de enxadas, tambores, cuícas e búzios gigantes, usados como instrumentos de percussão.”

a)� Observe�as� orações�destacadas�e� indique�a� que�termo�da� oração�principal�cada�uma�se�refere.

Grupo Lindro Amor na cidade de São Francisco do Conde (BA). Fotografia de 2004.

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b)� Qual�é�a�função�das�orações�destacadas�em�relação�aos�termos�referidos?�Marque�a�opção�correta.

Opção 1 Caracterizá-los,�acrescentando�juízos�de�valor�ao�que�é�dito.

Opção 2 Caracterizá-los,�transmitindo�informações�de�forma�mais�objetiva.

c)� Tendo�em�vista�sua�resposta�ao�item�anterior,�que�classificação�pode�ser�atribuída�às�orações�destacadas?

d)� Considere�sua�resposta�à�atividade�4b.�Qual�é�a�importância,�num�texto�enciclopé-dico,�da�função�identificada?

ARQUIVO

As�orações subordinadas adjetivas,�usadas�em�textos�enciclopédicos�para�caracterizar�objetos,�proces-sos,�ações,�conceitos,�conferem�um�tom�mais�objetivo�à�informação�que�se�deseja�transmitir.�A�finalidade�desse�texto�é�informar�o�leitor,�e�não�fazê-lo�assumir�determinado�ponto�de�vista.

5.� Releia.

“A cultura de matriz africana desenvolveu-se na Bahia paralelamente à do euro-peu. Fruto do sincretismo religioso, as festas populares, da forma como as conhece-mos hoje, resultam da mistura de elementos que se convencionou chamar de sagra-dos e profanos.”

a)� O�título�do�texto�é�“Festas�religiosas�e�populares”.�Que�termos�no�trecho�acima�têm�significado�diretamente�ligado�a�esse�tema?

b)� Dê�exemplos�de�outras�dez�palavras�usadas�no�texto�que�estão�diretamente�liga-das�ao�tema�tratado.

c)� Que�cuidado�se�deve�tomar�na�escolha�de�palavras�durante�a�escrita�de�um�texto�enciclopédico?�Explique�sua�resposta.

ARQUIVO

A�escolha das palavras,�em�textos�enciclopédicos,�deve�exprimir�de�forma�direta�e�precisa�as�informa-ções�necessárias�para�a�compreensão�do�tópico�sobre�o�qual�se�discorre,�sendo�uma�importante�ferra-menta�na�construção�desse�gênero.

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Construção no município de São Carlos (SP) usada como senzala no período da escravidão. Fotografia de 2007.

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Avalie o que você aprendeuPara avaliar seu aprendizado no capítulo, leia outro texto retirado do livro Turis-

mo étnico-afro na Bahia.

Instrumentos musicais[...]

Berimbau

Sem dúvida, o berimbau foi introduzido na Bahia pelos escravos de Angola. Este instrumento hoje é associado à capoeira, uma mani-festação de luta-dança-jogo. O berimbau apresenta-se em solo ou em conjunto, executando o que se denomina toques de berimbau.

No período de repressão, quando a capoeira ainda era proi-bida, os capoeiristas inventaram um tipo de toque chamado de cavalaria. Assim, executavam uma melodia que lembrava a chegada de cavaleiros, avisando que deveriam camuflar a luta para a dança, dança de capoeira. Além desse toque, há outros tradi-cionais, como São Bento grande, São Bento pequeno, Santa Maria Iuna, entre outros.

O instrumento é constituído de um arco feito de uma vara de madeira de comprimento aproximado de 1,20 m e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabeça que funciona como caixa de ressonân-cia. O tocador de berimbau utiliza uma pedra ou moeda (dobrão) [e] a vareta [...] para produzir os sons. Quase sempre associados ao

berimbau, há outros instrumentos de percussão como, por exemplo, um tipo de chocalho chama-do caxixi.

Agogô

O agogô é um instrumento musical de metal usado no candomblé, na capoeira e no

samba. Foi introduzido pelos africanos da região de Ilesa, hoje Nigé-ria, conhecidos como ijexás. Compõe-se de dois pedaços de fer-

ro, um menor que o outro, ou dois cones ocos e sem base, de tamanhos diferentes, de folhas de flandres, ligados entre si

pelos vértices. O nome vem de akokô, palavra nagô que sig-nifica “relógio” ou “tempo”, assim como um som extraído de um instrumento metálico. Para se tirar som desse instrumento, bate-se, com uma baqueta de madeira, nas duas bocas de ferro do instrumento, também cha-madas de campânulas. O seu som é provocado pela

sua vibração. É o próprio corpo do instrumento que vibra para produzir som, sem a necessidade de nenhuma tensão. É um elemento essencial no ritmo ijexá do afoxé.

[...]

Secretaria de Turismo da Bahia. Superintendência de Serviços Turísticos. Turismo étnico-afro na Bahia. Salvador: Fundação Pedro Calmon, 2009. p. 81.

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1.� Qual�é�a�finalidade�do�texto?

2.� Grife� no� texto� três� orações� subordinadas� adverbiais� finais� reduzidas� de� infinitivo� e�explique�por�que�elas�são�importantes�para�o�texto.

3.� Agora,�encontre�no�texto�duas�orações�subordinadas�adjetivas�e�explique�a�importân-cia�delas�para�o�texto.

4.� As�palavras�e�expressões�do�quadro�a�seguir�foram�retiradas�do�texto.�Observe-as.

cavalaria��•��São�Bento�grande��•��São�Bento�pequeno��•��Santa�Maria�Iuna��•���arco��•��arame��•��caixa�de�ressonância��•��dobrão��•��vareta��•��caxixi��•���

cones�ocos�e�sem�base��•��folhas�de�flandres��•��baqueta�de�madeira��•���bocas�de�ferro��•��campânulas

Vamos fazer uma síntese do que aprendemos no capítulo 9.

�� Complete�as�frases�a�seguir.

� I.� As�orações� �podem�ser�usadas�em�um�texto�enciclopédico�para�fazer�com�que�ele�fique�mais�elegante�e�menos�cansativo.�

� II.� As�orações� �são�recorrentes�em� �porque�esse�gênero�costuma�apresentar�os�objetivos�e/ou�as�finalidades�daquilo�que�está�sendo�explicado.

�III.� O�uso�das�orações�subordinadas�adjetivas�é�importante�para�o�texto�enciclopé-dico�porque� .�

� IV.� A�principal�função�do�texto�enciclopédico�não�é�fazer�com�que�o�leitor�assuma�certo�posicionamento,�mas�

.

� V.� A� �ajuda�o�leitor�a�compreender�melhor�o�tópico�de�que�trata�o�texto.

a)� A�que�elementos�essas�palavras�e�expressões�fazem�referência?

b)� Qual�é�a�importância�dessa�seleção�de�palavras�e�expressões�no�texto?M

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PARA TIRAR COnCLUsões

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Oficina de textos

Qual é o gênero?

Se você tivesse que produzir um texto para informar as pessoas sobre qualquer assunto que faz parte do conhecimento humano, de maneira mais objetiva, você escreveria:

a) uma notícia. b) um texto enciclopédico. c) uma reportagem. d) uma resenha.

Apresentação da situação“Vamos aumentar o número de turistas na nossa região!” Esse é, atualmente, um

lema importante da administração pública. Imagine que você e seus colegas trabalham na secretaria de turismo da sua cidade e desejam seguir esse lema. Um bom começo seria produzir textos que fa-lassem sobre festas locais, porque as pessoas adoram festejar! As festas típicas costumam atrair turistas.

Nesta oficina, você vai pesquisar festas tradicionais da sua região para produzir uma coletânea de textos enciclopédicos sobre o que acontece de mais animado por aí!

Definição do projeto de comunicação

Gênero Texto�enciclopédico�

Tema Festas�populares�da�região

Objetivo da produção final

Organizar�uma�coletânea�de�textos�para�divulgar�as�festas�populares�da�sua�região�e�atrair�turistas�

LeitoresPessoas�interessadas�em�festas�populares�que�possam�se�tornar�turistas�da�região

Produção Em�trios

Preparação de conteúdosPara produzir o texto enciclopédico sobre festas populares que acontecem em

sua região, é fundamental pesquisar sobre o assunto. Reúna-se com dois colegas para fazer essa pesquisa.

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1.� O�primeiro�passo�é�fazer�um�levantamento�das�festas�populares�que�acontecem�em�sua�região.a)� A�biblioteca�da�escola�ou�da�cidade,�a�internet,�as�entidades�que�promovem�as�fes-

tas�e�as�pessoas�que�residem�há�muito�tempo�na�região�podem�ser�boas�fontes�de�informação.

b)� Se�também�houver�nas�proximidades�hotéis,�secretarias�de�turismo�e�ONGs�envol-vidas�com�a�preservação�da�cultura�local,�seria�interessante�visitá-los�para�obter�mais�informações.�É�importante�pesquisar�em�mais�de�uma�fonte,�pois�um�bom�texto�enciclopédico�precisa�estar�ancorado�em�informações�seguras,�confiáveis.

2.� As�perguntas�a�seguir�podem�orientar�a�busca�por�mais�informações�sobre�a�festa�escolhida�pelo�trio.a)� Qual� é� a� origem� da� festa?� Ela� tem� ori-

gem�religiosa?

b)� Essa�festa�foi�trazida�por�alguém�ou�por�um�grupo�em�especial?

c)� Desde�quando�essa�festa�aconte-ce�na�região?

d)� Quando� ocorre� e� quanto� tempo�dura�a�festa?

e)� Quem�foram�os�primeiros�organi-zadores?

f)� O�que�se�comemora�por�ocasião�dessa�festa?

g)� Ela� tem� algum� fim� lucrativo� ou� é�beneficente?

h)� O�povo�paga�para�participar�dessa�festa�ou�a�participação�popular�é�gratuita?

i)� Há�empresários�envolvidos�na�organização?

j)� Essa�festa�é�promovida�por�alguma�entidade,�pelo�poder�público,�ou�sua�organi-zação�fica�sob�a�responsabilidade�de�particulares?

k)� Essa�festa�movimenta�outros�setores�como�culinária,�grupos�de�dança,�decoração?

3.� Um�aspecto�que�pode�enriquecer�o�texto�enciclopédico�são�as�fotografias.�Busquem�em� arquivos� (públicos� ou� particulares)� imagens� que� ilustrem� a� festa,� não� se� es-quecendo�de�registrar�informações�para�a�construção�da�legenda.

A primeira produçãoDe posse das informações da pesquisa, o grupo deve escrever a primeira versão

do texto sobre a festa escolhida. Evite, como você aprendeu na seção A gramática na reconstrução dos sentidos do texto, o uso de adjetivos ou orações adjetivas que expressem juízos de valor. Lembre-se de que as informações obtidas não devem ser copiadas. Além disso, ao ler o texto, os leitores devem ter informações suficientes para conhecer a festa que vocês escolheram! Lembre-se também de que, em textos enciclopédicos, a linguagem é formal e não há discurso direto.

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O título faz re-ferência direta

ao assunto abordado.

Criando soluções para os problemasO texto do seu grupo ainda não está com cara de texto enciclo-

pédico? Os módulos a seguir ajudarão o trio a colocá-lo nos moldes necessários para compor o livro sobre festas típicas da região. Afinal, é preciso fazer bonito para atrair os turistas!

Módulo I – A estrutura do textoLeia mais um texto enciclopédico para conferir as características

da estrutura desse gênero.

Leitura

É importante saberO texto que você vai ler faz parte de uma matéria intitulada

“Os incríveis maias”, que apresenta diversas informações sobre esse povo, publicada na revista Leituras da História. Para ler o texto e saber outras curiosidades sobre os maias, acesse o site da revista. Disponível em: <http://leiturasda historia.uol.com.br/ESLH/Edicoes/46/artigo242659-1.asp>. Acesso em: 15 mar. 2012.

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Capa da revista Leituras da História, n. 46.

Fique antenado

Os maias, civilização pré-colombiana da Mesoamérica, cujos primeiros registros remontam ao ano 1000 a.C., tiveram grande desenvolvimento nas artes, na escrita, na matemática, na arquitetura e nos sistemas astronômicos.

Embora essa civilização tenha entrado em declínio, os maias não desapareceram. A influência da civilização maia pode ser percebida em países como Honduras, El Salvador, Guatemala e México.

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Manifestação da cultura maia.

Calendários maiasMais do que um simples método de quantificar o tem-

po, os Maias tinham um sistema de calendário circular, cujo ciclo completo era de 52 anos solares.

Graças à exatidão dele, eles eram capazes de organi-zar suas atividades cotidianas e registrar simultaneamen-te a passagem do tempo, incluindo os acontecimentos po-líticos e religiosos que consideravam cruciais.

Em si, esse calendário sincronizava dois calendários circulares. O referente ao ciclo equivalente a um ano solar era chamado de Haab. Com 365 dias e 1/5, ele tinha 18 meses de 20 dias, mais cinco dias sem nome, que eram considerados nefastos para a realização de qualquer empreendimento. Tido como o calendário das coisas e plantas, seu uso era aplicado às atividades agrícolas, no-tadamente na prescrição das datas de plantio, colheita, tratos culturais e previsão dos fenômenos meteorológicos. Já o calendário Tzolk’in tinha treze meses de vinte dias, cujo ciclo completo totalizava 260 dias, e era usado para fins religiosos, entre os quais a escolha de datas propícias para cerimônias religiosas, atos civis e adivinhação. Quan-do sobrepostos, os dois calendários formavam a chamada roda ou calendário circular. Juntos, os anos de Haab e de Tzolk’in indicam ciclos – como as nossas décadas ou sé-culos – que tanto podem ser contados de 20 em 20 anos, quanto integrados por 52 anos.

Explicação detalhada do funcionamento do calendário maia e da função de cada parte na organiza-ção das atividades e eventos. Há dados numéricos, que esclarecem as medidas usadas, e analogia com o nosso calendário.

Explicação re-sumida sobre

o calendário.

Identificação da finalidade

do calendário.

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Para situar os acontecimentos em ordem cronológica, os Maias usavam o método da “conta longa”, a partir do ano zero, correspondente a 3.113 a.C. A inscrição da data registrava o nú-mero de ciclos a partir do kin (dia), uinal (mês), tun (ano), katun (20 anos), baktun (400 anos) e alautun (64 milhões de anos), de-corridos até a data considerada. Mas eles ainda acrescentavam informações sobre a fase da Lua e aplicavam uma fórmula de correção ao calendário que harmonizava a data convencional com a verdadeira posição do dia no ano solar.

Entretanto, como a repetição dominava a linearidade, acon-tecimentos diferentes em datas anteriores de cada período de 20 ou 52 anos dificilmente são distinguidos com precisão, por-que cada sequência sempre é exatamente igual à outra, passada ou futura, conforme ressalta o manuscrito Chilam Balam: “Tre-ze vezes 20 anos e, depois, sempre voltará a começar”.

De acordo com estudos realizados por especialistas, a gran-de importância dada a esse tipo de medição provém da con-cepção de que tempo e espaço tratam de uma só coisa, que flui circularmente em ciclos repetitivos. Tal conceito, chamado Najt, explica por que os Maias acreditavam que, conhecendo o pas-sado e transportando as ocorrências para idêntico dia do ciclo futuro, os acontecimentos basicamente se repetiriam. Isso fazia com que eles também se sentissem capazes de prever o futuro e exercer poder sobre ele.

Atualmente, pesquisadores também defendem que a ob-servação da repetição cíclica das estações do ano e dos even-tos climáticos, aliados aos ciclos vegetativos e reprodutivos das plantas e dos animais e sincronizados à repetição do curso dos astros, inspiraram a criação dos dois calendários, que se desen-volveram graças à necessidade de sistematizar os principais eventos. Considerando ainda que a matemática tinha base 20, o mês de 20 dias seria algo bem natural para a cultura Maia, tanto que, a cada katun (período de 20 anos), eles erigiam uma este-la, monumento lítico decorado, no qual registravam as datas e principais eventos, que poderiam ser interpretados no futuro.

Mas, como ainda há quem defenda que os Maias definiam o tempo como uma energia real ou força que existe em todo o universo, cuja frequência seria de 13:20, o calendário Tzolk’in provavelmente identificava o aspecto energético e espiritual do tempo de cada dia. Ponderando que o número 13 se referia às 13 lunações anuais (13 × 28 = 364), no qual o mês lunar tem 28 dias, que, multi-plicado por 20 (base) resulta em 260 dias, teríamos um perío-do próximo ao ciclo ovaria-no da reprodução humana, evento esse que indica um dos aspectos energéticos do homem.

Explicação, com da-dos numéricos, de possíveis impreci-

sões no calendário maia em função de sua contagem

de tempo.

Explicação sobre a inspiração da cria-ção do calendário maia para organi-

zar os eventos a partir da observa-ção de fenômenos

naturais e sobre sua relação com a

matemática.

Explicação sobre como os maias dividiam as unidades de tempo e faziam ajustes para corrigir os erros do calendário com a finalidade de calcular a cronologia dos acontecimentos.

Explicação sobre a noção dos maias a respeito do tempo e do espaço e sua crença de que acontecimentos passados pode-riam se repetir e de que eles poderiam, por isso, fazer previ-sões e controlar o futuro.

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Explicação sobre outra possível medida para o

calendário Tzolk’in a partir do ciclo

ovariano da repro-dução humana.

Calendário utilizado pelos maias, esculpido em pedra,

medindo 3,6 m de diâmetro.

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De um modo ou outro, essa repetição cíclica cria problemas para transpor as datas referentes à civilização Maia para nosso calendário, já que fica muito difícil identificar fatos parecidos em sequências dife-rentes. Entre eles, podemos citar a invasão Tolteca do século 10 que se confunde, nas crônicas Maias, com a invasão espanhola que ocorreu 500 anos depois. Esse fato explica por que os historiadores contemporâneos recorrem às profecias, tidas como uma forma de memória, para conhe-cer episódios do passado da sociedade Maia. Portanto, de acordo com o calendário Maia, o final do ciclo atual se dará em 22 de dezembro de 2012, época em que deve ocorrer o início de uma nova era.

Morgana Gomes. Os incríveis Maias. Revista Leituras da História. Disponível em: <http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/46/artigo242659-2.asp>. Acesso em: 14 mar. 2012.

�� Retome�o�texto�produzido�pelo�grupo�e�verifique�se�o�título�é�explicativo�e�se�há�infor-mações�suficientes�sobre�a�festa�escolhida�–�origem,�definição,�finalidade,�organiza-ção,�eventos�paralelos,�patrocinadores,�entre�outros.

Módulo II – Cuidados com a adjetivaçãoPara exercitar o uso de orações subordinadas adjetivas, leia a pri-

meira parte de uma matéria sobre fogos de artifício. No penúltimo pa-rágrafo, parte das orações subordinadas adjetivas foi suprimida. Você deve reescrevê-las, evitando emitir juízos de valor.

Leitura

espetáculos de som e luz nos céus[...]

Os fogos de artifício foram levados pelos árabes para a Europa, e as festividades pirotécni-cas de caráter cívico ou religioso surgiram na Itália, na cidade de Florença, no final do século 14.

Os espetáculos produzidos atualmente por fogos de artifício atraem e seduzem espectadores de todas as idades e crenças. No entanto, o espectro de cores nem sempre foi tão amplo assim. Nos primórdios, as cores desses artefatos estavam limitadas ao dourado e prateado, por ser a mistura dos componentes restrita a apenas pólvora, carvão (carbono vegetal) e limalha de ferro.

O universo de cores dos fogos de artifício ganhou não só novos matizes com a descoberta, em 1786, do clorato de potássio, pelo químico francês Claude Louis Berthollet (1748-1822), mas também grande luminosidade e brilho com a disponibilidade dos elementos químicos magnésio (1865) e alumínio (1894).

Inventados pelos chineses antes da era cristã, os fogos de artifício terrestres deram lugar aos fogos aéreos só a partir do século passado. Além da variedade de formas, a multiplicidade de cores torna a queima de fogos de artifício um grande espetáculo.

Quem os vê a distância não imagina as reações químicas que estão por trás das que maravilham, por exemplo, todos os anos, em 31 de

dezembro, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), que vão assistir à .

Mas o que realmente faz com que ocorra essa variedade de cores no céu?

[...]

Sérgio de Paula Machado e Ângelo C. Pinto. Espetáculos de luz e som nos céus. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/ 2011/288/pdf_aberto/fogosdeartificio288.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2012.

�� Retome�seu�texto�enciclopédico�e�confira�se,�ao�usar�as�orações�subordinadas�adje-tivas,�você�e�seu�grupo�conseguiram�caracterizar�a�festa�de�forma�mais�objetiva,�sem�exagerar�na�opinião�sobre�ela.

Conclusão, com a menção de exemplo, de que a transposição das informações para o nosso calendário é complicada. Finalização com a afir-mação de que uma nova era se iniciou, segundo o calendário maia, em dezembro de 2012.

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Módulo III – Os dândis da escrita!Na segunda parte da matéria sobre fogos de artifício, cinco das

orações subordinadas adverbiais finais foram suprimidas. Ao lado de cada trecho, você encontrará orações desenvolvidas de sentido equi-valente às do texto original, na ordem em que aparecem no texto. Sua tarefa é reescrevê-las de forma elegante com orações reduzidas de infinitivo, exercitando seu lado dândi na escrita!

[...]

Barulho e luzPor trás desse espetáculo está a química, com seus processos de per-

da de elétrons (oxidação) e de fornecimento de energia para essas partí-culas subatômicas (excitação eletrônica).

O primeiro processo é responsável pelo barulho produzido pelo aque-cimento das substâncias químicas; o segundo, pela emissão de luz [...].

Portanto, as imagens e os sons de cada explosão são o resultado de diversas reações químicas.

Oxidações (perda de elétrons) e reduções (ganho de elétrons) de pro-dutos químicos ocorrem nos fogos de artifício em sua trajetória em dire-ção ao céu. Oxidantes produzem o gás oxigênio, necessário a mistura dos agentes redutores e átomos dos compostos emissores de luz.

Mudança de orbitalPara que se entenda como os fogos de artifício colorem o céu e o

barulho que provocam, é preciso se entender o que são os átomos. Os átomos são formados por núcleos – que contêm os prótons e os nêutrons – e por elétrons. Como o nome sugere, os núcleos ocupam uma região muito pequena e condensada – cerca de 99% da massa atômica estão aí concentrados.

o tamanho reduzido do núcleo, basta fazer o seguinte exercício de imaginação. Se o tamanho dele for aumentado até atingir o de uma cabeça de alfinete ou mesmo de um palito de fósforo – obviamente, isso dependerá se o elemento químico em questão for o de hidrogênio ou um com muitas partículas no núcleo –, o átomo terá, então, o tamanho apro-ximado do anel do estádio de futebol Maracanã.

Já os elétrons estão dispostos em regiões chamadas orbitais. Os orbi-tais ocupam regiões de diferentes energias, e o processo do aparecimento da cor está relacionado às transições dos elétrons de um orbital para outro. Isso ocorre quando os elétrons absorvem energia e passam para níveis de maior energia.

a energia absorvida e ao nível de origem, os elétrons emitem luz. Cada elemento químico emite luz com cores distintas e bem carac-terísticas – as cores emitidas por um elemento funcionam como um tipo de carteira de identidade dele. [...]

Sérgio de Paula Machado e Ângelo C. Pinto. Espetáculos de luz e som nos céus. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2011/288/pdf_aberto/fogosdeartificio288.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2012.

�� Retome�a�primeira�versão�do�texto�do�grupo�para�avaliar�se�vocês�usa-ram�adequadamente�orações�subordinadas�adverbiais�finais�reduzi-das�de�infinitivo.�Façam�as�modificações�necessárias.

ConexõesDândi, do inglês dandy,

era o nome que se dava ao homem de bom gosto, ostensivamente elegante e de apurado senso estético, inclusive no vestir-se. Segundo pesquisadores, o poeta francês Charles Baudelaire, na segunda metade do século XIX, foi um dos primeiros a descrever esse tipo masculino. Os dândis, à época, cultivavam uma linguagem refinada e apreciavam artes em geral. Surgiram como uma espécie de resposta, uma manifestação de revolta contra a vulgaridade da recém-nascida burguesia ao seu redor.

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Retrato de um típico dândi do século XIX.

para que se queimepara que se excite

Para que se exemplifiquePara que se dissipe

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Módulo IV – Vírgulas nas orações adjetivasObserve, nos trechos retirados do texto “Festas populares e religiosas”, as ora-

ções subordinadas adjetivas em destaque.

I. “[...] as festas populares [...] resultam da mistura de elementos que se convencio-nou chamar de sagrados e profanos.”

II. “A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte nasceu nas senzalas, locais que abri-gavam escravos negros nos engenhos de cana-de-açúcar, há cerca de 150 anos.”

III. “É formada exclusivamente por mulheres negras que tinham o intuito de alforriar escravos ou dar-lhes fuga [...].”

IV. “Com a abolição da escravidão, as irmãs aproximaram-se da Igreja Católica, fun-dando a entidade que funciona atualmente em um conjunto de quatro sobrados do século XVIII [...].”

V. “Mistura de herança africana com toques da cultura portuguesa, a Congada repre-senta a coroação dos reis congos, que desfilam mascarados e trajados com fardas ornamentadas de ouro e diamantes [...].”

VI. “Além de reminiscência de rituais africanos, a manifestação folclórica somou-se aos costumes das Congadas lusitanas, que ilustravam as comemorações de Nossa Senhora do Porto.”

VII. “A encenação recria anualmente a tentativa de fuga de um escravo, que é caçado e amarrado, para depois comprar sua alforria.”

VIII. “Os personagens que representam os negros, quando não estão correndo ou lutan-do, ficam em espécie de dança lenta, ao ritmo da música, que, segundo pesquisa-dores, possui ligação com o candomblé.”

1.� Indique�a�que�grupo�do�quadro�abaixo�pertence�a�oração�destacada�em�cada�trecho.

Grupo 1:�orações�adjetivas�que�fazem�referência�a�uma�particularidade�do�termo�a�que�se�referem,�podendo,�sem�grandes�prejuízos�para�a�compreensão,�ser�retiradas.

Grupo 2:�orações�adjetivas�que�particularizam�o�termo�a�que�se�referem,�sendo,�por�isso,�necessárias�para�a�compreensão�do�que�se�diz.

2.� Como�podem�ser�classificadas�as�orações�do�grupo�1?�E�as�do�grupo�2?� Vá�às�páginas�261�e�262�e�relembre�o�que�você�estudou�sobre�as�orações�adjetivas.

3.� Formule�a�regra�para�uso�de�vírgulas�nas�orações�subordinadas�adjetivas.

4.� Volte�ao�seu�texto�e�observe�se�o�uso�de�vírgulas�nas�orações�adjetivas�está�correto.

A produção finalCom o grupo, escreva a versão final do texto enci-

clopédico, com imagens e legendas. Você e sua turma podem organizar um calendário fes-

tivo para ninguém ficar de fora das festas da sua região!

Fim de papoSe você morasse em outra região e lesse o texto enciclopédico do

seu grupo, ficaria interessado em participar da festa apresentada? Justifique.

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Boi de mamão, obra de Sônia Furtado representando uma festa popular. Óleo sobre tela, 1995, 70 cm × 100 cm.

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Atividades integradas

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Marque a alternativa correta.

1.� Leia�um�trecho�de�texto�enciclopédico.

O Atentado de sarajevoEm 28 de junho de 1914, Francisco Ferdinando, o herdeiro do trono austro-húnga-

ro, foi assassinado com sua esposa quando fazia uma visita oficial a Sarajevo, a capi-tal da Bósnia-Herzegovina [...]. O autor do atentado ao arquiduque era um estudante nacionalista sérvio, Gavrilov Princip, que, com aquele ato terrorista, protestava con-tra a presença dos austríacos numa região que, segundo os nacionalistas do seu país, deveria estar na órbita da Sérvia. Para o governo austro-húngaro, o atentado da Mão Negra, a organização clandestina sérvia, a quem Princip pertencia, serviu como pre-texto para uma declaração de guerra ao Reino da Sérvia. A partir disso, visto que o Império Russo saiu em socorro dos sérvios, a Europa inteira, em trin-ta dias, terminou por marchar para a guerra. A Sérvia, atacada pelos exérci-tos austro-alemães, não se rendeu. Em 1915, o rei Pedro I e seu exército, num grande feito épico, bateu em retirada pelo alto das montanhas até chegar ao Mar Adriático e dali ser resgatado pela esquadra inglesa, tentando manter-se sempre em combate com os invasores dos Bálcãs. [...]

[...]

Disponível em: <http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualidade/iugoslavia2.htm>. Acesso em: 7 mar. 2012.

O�conflito�armado�descrito�no�texto,�que�envolveu�toda�a�Europa,�ficou�conhecido�como:

a)� Batalha�de�Waterloo.

b)� Guerra�da�Bósnia.

c)� Guerra�de�Troia.

d)� Primeira�Guerra�Mundial.

e)� Segunda�Guerra�Mundial.

2.� Leia�o�trecho�de�um�texto�didático�sobre�a�Caatinga.

A Caatinga, também conhecida como Sertão Nordestino, manifesta-se na maior parte do nordeste brasileiro, que apresenta clima semiárido, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Em tupi-guarani significa “mata branca”, devido ao aspecto de sua vegetação em época de seca, em que as plantas perdem as folhas e os galhos ficam acinzentados.

Apesar de toda a aridez, a região é rica em biodiversidade animal e vegetal, pois abriga 1/3 de espécies endêmicas exclusivamente brasileiras, ou seja, elas só existem na Caatinga. [...]

[...]

Disponível em: <http://www.educacional.com.br/especiais/biomas/popBiomaCaatinga.asp>. Acesso em: 7 mar. 2012.

Vista da cidade de Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, no Leste Europeu. Fotografia de 2008.

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Todas�as�alternativas�a�seguir�apresentam�informações�que�dizem�respeito�à�vege-tação�dessa�região,�exceto:

a)� presença�de�gramíneas,�arbustos�e�árvores�retorcidas.

b)� folhas�dos�arbustos�de�tamanho�reduzido.

c)� perda�das�folhas�dos�arbustos�na�época�da�seca.

d)� presença�de�arbustos�com�galhos�retorcidos�e�raízes�profundas.

e)� presença�de�cactos�e�bromélias.

3.� Em�2011,�o�Programa�Nacional�de�Erradicação�e�Prevenção�da�Febre�Aftosa,�do�Ministé-rio�da�Agricultura,�divulgou�um�vídeo�com�imagens�de�bois�em�vários�países�do�mundo�e�o�texto�a�seguir.�Leia-o.

O que é a febre aftosa? Quais as principais formas de transmissão?A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do apare-

cimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. A doença é causada por um vírus, com sete tipos diferentes, que pode se espalhar rapidamente, caso as medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção. O vírus está presente em grande quantidade no epitélio (tecido que reveste) e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. A contaminação de qualquer objeto com qualquer dessas fontes de infecção é uma fon-te perigosa de transmissão da doença de um rebanho a outro. [...] Os animais contraem o vírus por contato direto com outros ani-mais infectados ou por alimentos e objetos contaminados. [...]

Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/programa%20nacional%20sanidade%20aftosa/ Perguntas%20frequentes%20-%20Febre%20aftosa.pdf.>. Acesso em: 7 mar. 2012.

Com�base�na�leitura�do�texto�e�no�que�você�já�aprendeu�em�Ciências,�é�correto�afir-mar�que:

a)� a�febre�aftosa�pode�ser�um�fator�de�risco�para�quem�pretende�exportar�carne�bovina�para�o�resto�do�mundo.

b)� a�existência�de�bovinos�em�diferentes�países�torna�impossível�controlar�a�dis-seminação�da�febre�aftosa�no�mundo.

c)� a�salivação�excessiva�não�é�um�problema�para�a�disseminação�da�doença�uma�vez�que�os�vírus�só�podem�ser�transmitidos�pelo�ar.

d)� como�a�febre�aftosa�é�provocada�por�vírus,�no�Programa�Nacional�de�Erradicação�e�Prevenção�da�Febre�Aftosa�não�está�previsto�o�uso�de�vacinas.

e)� o�aumento�da�temperatura�corporal�dos�animais�contaminados�pela�febre�aftosa�é�um�sintoma�bastante�incomum,�já�que�as�doenças�provocadas�por�vírus�raramente�causam�febre.

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