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CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA. Objetivos:. • Relacionar a situação da Europa e de Portugal com o processo de emancipação política que se desenrolou na América portuguesa; - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA
Page 2: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

• Relacionar a situação da Europa e de Portugal com o processo de emancipação política que se desenrolou na América portuguesa;• Entender as consequências políticas, econômicas e sociais da vinda da família real para o Rio de Janeiro;• Caracterizar os principais acontecimentos políticos que levaram D. Pedro I a proclamar a independência do Brasil.

Page 3: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Quantos significados tem a palavra independência para um país?

Podemos falar em independência econômica e independência política como coisas diferentes?

Quando o Brasil conquistou sua soberania política no dia 07 de setembro de 1822, conquistou também sua independência econômica?

Será que hoje podemos nos considerar verdadeiramente independentes?

Independência!

Page 4: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Neste quadro, “Proclamação da Independência”,

D. Pedro é retratado proclamando a

independência do Brasil no meio do povo.

Observe a imagem:

• Será que foi realmente isso que aconteceu? Ou será que a independência foi o resultado das

ações da elite brasileira?

• Afinal, como aconteceu a

independência do Brasil?

Vamos refletir um pouco:

Imagem: A Proclamação da Independência/ Francisco Renato Moreaux, 1844/ Museu Imperial/ Public Domain

Page 5: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Os bastidores da independência

• Na América Latina, o Antigo Sistema Colonial entra em crise nas últimas décadas do século XVIII .• No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.• Em 1808, a corte portuguesa chega ao Brasil e muda os rumos da independência. • Todos esses acontecimentos eram apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até o dia 07 de setembro de 1822.

Vamos descobrir como tudo isso aconteceu...

Page 6: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

No início do século XIX, o imperador da França, Napoleão Bonaparte passou a dominar e combater quase todos os países inimigos da França. Porém, não conseguia vencer sua rival, a Inglaterra.Assim, para enfraquecer a Inglaterra, Napoleão decretou o “bloqueio continental”, o qual impedia que qualquer país tivesse relações econômicas com a Inglaterra.o início do século XIX, o imperador da França, Napoleão Bonaparte passou a dominar e combater quase todos os países inimigos da França. Porém, não conseguia vencer sua rival, a Inglaterra.

Em Portugal, governava o príncipe regente Dom João, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, sofria de problemas mentais. Como Portugal era um grande aliado da Inglaterra, D. João viu-se na difícil situação de ter que escolher: se aderisse ao bloqueio continental, a Inglaterra impediria as comunicações e o comércio entre Portugal e Brasil , além de estimular a independência da colônia para poder comercializar com ela diretamente. Por outro lado, não tinha como combater a França e corria o risco de perder o reino para Napoleão.E agora?Inglaterra ou França?

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Relações Portugal-Inglaterra• Possuíam acordos comerciais, por exemplo:

Acordo do século XVIII:

Portugal vendia vinho e azeite e comprava tecidos

• Inglaterra: grande compradora de açúcar, fumo e algodão

Page 8: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Por algum tempo, D. João tentou permanecer neutro.Fingiu aderir ao bloqueio continental para enganar a França, mas não conseguiu convencer Napoleão Bonaparte.Em 1807, França e Espanha assinaram um tratado secreto, o “Tratado de Fontainebleau”, que dividia o território português entre os dois países.

Enquanto isso, o exército de Napoleão rumava para Lisboa...

Assim, diante das pressões da Inglaterra e da França, Portugal teve que tomar uma decisão: mudar para o Brasil.

Essa decisão foi tomada às pressas e contou com a ajuda da Inglaterra que vai escoltar a corte portuguesa até o Brasil e em troca receberá benefícios econômicos.

Page 9: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

A vinda da Família Real

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Em novembro de 1807, a família real, seus parentes, funcionários do reino, criados e dependentes embarcaram para a colônia.Somavam cerca de 15 mil pessoas que viajaram mal acomodados, em catorze navios carregados com tudo o que conseguiram trazer: bens pessoais, documentos, bibliotecas e obras de arte.

Em janeiro de 1808, a corte portuguesa desembarca na Bahia e os rumos do nosso país mudariam para sempre...

Carlota Joaquina (esposa de D. João) não queria vir para o Brasil e detestou esse lugar. Uma epidemia de piolhos forçou as damas da corte a cortarem os cabelos, por isso, chegaram aqui com turbantes na cabeça e as mulheres da colônia achavam que era a última moda na Europa.

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Page 12: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

A abertura dos portos

Uma das primeiras medidas que D.

João tomou ao chegar ao Brasil foi abrir

o comércio brasileiro aos países amigos

de Portugal.

Porém, a abertura dos portos

beneficiava principalmente a Inglaterra,

que naquela época, dominava o

comércio mundial e passou a ter

vantagens comerciais com o Brasil.

Outra medida importante tomada por D. João foi a revogação do Alvará de

1785, que impedia a instalação de manufaturas na colônia.

Imagem: Carta Régia declarando a abertura dos portos às nações amigas/ Príncipe regente Dom João VI e Conde da Ponte, 1808/ Arquivo Nacional do Brasil - Biblioteca Nacional do Brasil/ Public Domain

Page 13: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Em março de 1808 a corte portuguesa segue viagem para o Rio de Janeiro...

As festividades de

boas vindas

continuam.

Imagem: Registro da cerimônia do beija-mão na corte carioca de Dom João, um costume típico da monarquia portuguesa/ A.P.D.G., 1826/ Public Domain

Page 14: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Porém, havia um problema, como acomodar toda essa gente? Eram aproximadamente 15 mil pessoas.

Para acomodar a comitiva real, foram solicitadas as melhores casa do Rio de Janeiro, ou seja, foi dada uma ordem de despejo aos moradores que tiveram 24 horas para deixar suas casas.Na casa escolhida, era colocada em sua porta a sigla “PR” que significava “Príncipe Regente”, mas, as pessoas deram de outros significados.

PR Prédio Roubado

Propriedade Real

Ponha-se na Rua

A presença da família real no Rio de Janeiro contribuiu para uma grande mudança na cidade.O Rio se tornou a sede do Império Português e a corte estava segura na colônia.Enquanto isso, a guerra continuava na Europa e a Inglaterra defendia Portugal.

Page 15: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

1. O PERÍODO JOANINO (1808 – 1821)

Período em que a família real portuguesa instalou-se no Brasil.

Causa: fuga das tropas napoleônicas.

Não adesão ao Bloqueio Continental.

1808: Abertura dos Portos. Fim do Pacto Colonial.

1810: Tratados de comércio com a INGLATERRA: Tratado de Aliança e Amizade –

proibição da Inquisição no Brasil e fim gradual do tráfico negreiro.

Tratado de Comércio e Navegação – tarifas alfandegárias reduzidas para produtos ingleses; porto livre (Santa Catarina).

Chegada da família real portuguesa.

D. João VI

Page 16: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

D. João desembarcou em Salvador, onde assinou a abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra)

Isso significou o fim do exclusivo colonial

Tratados de 1810• Tratado de Navegação e Comércio: Produtos ingleses pagavam 15% de impostos e

produtos portugueses pagavam 16%Tratado de Aliança e Amizade: D. João prometia reduzir e abolir o tráfico de

escravos, dava liberdade religiosa aos ingleses, proibia a Inquisição no Brasil, e dava direito aos ingleses retirarem madeira das matas brasileiras

Page 17: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Mudanças econômicas

D. João adotou várias medidas econômicas que mudaram o cenário brasileiro. Entre as principais, podemos citar: •Abertura dos portos brasileiros às nações amigas.•Revogação do Alvará que proibia a instalação de manufaturas na colônia (estímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil).•Construção de estradas, reformas em portos.•Incentivou o desenvolvimento da indústria têxtil e da metalurgia.•Em 1810 assinou os Tratados de “Aliança e Amizade” e de “Comércio e Navegação”. (Estes tratados concediam aos produtos ingleses a taxa de importação de 15%, enquanto os outros países deveriam pagar 24% e Portugal 16%).

Page 18: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Mudanças administrativas

Com a vinda da família real, a sede do império português foi instalada no Rio de Janeiro, por isso, D. João montou um sistema administrativo que dava ao Brasil uma certa autonomia. As principais medidas foram:

•Criação dos 3 Ministérios: Guerra e Estrangeiros, Marinha, Fazenda e Interior.•Fundação do Banco do Brasil.•Instalação da Junta de Comércio. •Instalação da Casa de Suplicação (hoje, Supremo Tribunal), que era a mais elevada corte de Justiça.•Em 1815, o Brasil é elevado a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves (região sul do atual Portugal).

Page 19: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Medidas de incentivo à cultura

A presença da família real no Brasil também contribuiu para uma mudança cultural na colônia. Dentre as principais medidas tomadas pelo Príncipe Regente temos:

•Fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.•Criação de cursos no Rio de janeiro e na Bahia: cirurgia, química, agricultura, desenho técnico, etc.•Fundação do Museu Nacional, da Biblioteca Real, e do Observatório Astronômico.•Criação do Jardim Botânico.•Criação da Imprensa Régia (primeira gráfica do Brasil).•Estímulo ao desenvolvimento das artes com a vinda da Missão Francesa para o Brasil.

Page 20: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Mudanças no Rio de Janeiro• A sede do governo português foi no Rio de

Janeiro• Fundado o Banco do Brasil• Imprensa Régia (primeiro jornal oficial:

Gazeta do Rio de Janeiro)• Horto Real (atual Jardim Botânico)• Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional)• Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (atual

Escola de Belas-Artes)

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Academia Real Militar (Rio de Janeiro)Escola de Anatomia, Cirurgia e MedicinaFábrica de PólvoraMuseu Real (atual Museu Nacional)Permissão de instalação de indústrias no

BrasilO cotidiano da cidade do Rio de Janeiro

mudou com a chegada da corte portuguesaAumento da populaçãoModa europeia

Page 24: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Brasil: Reino Unido a Portugal e AlgarvesApós o fim das guerras napoleônicas, D. João

deveria retornar a Portugal

Muitos portugueses relutavam em retornar.

D. João eleva o Brasil à condição de Reino Unido

A permanência do rei no Brasil e a elevação da colônia à condição de Reino Unido desagradou os portugueses em Portugal

Page 25: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Consequências sociais da instalação da Corte no Brasil: Costumes importados da Europa no Rio de Janeiro

Alta do custo de vida.

Crescimento populacional do RJ (urbanização).

Criação de cargos públicos para ser ocupado pelos nobres.

Distribuição de títulos nobiliárquicos.

Apoio de proprietários rurais locais. Aumento de impostos para financiar despesas da

corte.

1815: Elevação do Brasil à categoria de REINO UNIDO A PORTUGAL E ALGARVES (legitimação da Corte no Brasil – Congresso de Viena).

1816: Missão artística francesa no RJ (vinda de vários artistas, entre eles o pintor Jean Baptiste Debret).

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Page 27: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

A Gazeta era usada como Jornal Oficial do Governo, lá eram publicadas nomeações e diversos atos do Estado.

Com a derrota de Napoleão, os artistas que serviam na sua Corte pediram asilo a D. João. Era a hora de embelezar a Corte.

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Em 1816, a rainha D. Maria I morre e o príncipe regente é aclamado e coroado rei, com o título de D. João VI.

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Mudanças no Rio de Janeiro• A sede do governo português foi no Rio de

Janeiro• Fundado o Banco do Brasil• Imprensa Régia (primeiro jornal oficial:

Gazeta do Rio de Janeiro)• Horto Real (atual Jardim Botânico)• Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional)• Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (atual

Escola de Belas-Artes)

Page 30: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Realizações de D. João:Permissão para a produção

de manufaturas (revogação do Alvará de D. Maria I – 1763) – frustrado pela concorrência inglesa.

Academia militar.Banco do Brasil.Imprensa Régia.Biblioteca Real. Escola de Medicina (BA e

RJ).Real Teatro de São João

(fundo de tela).Jardim Botânico (RJ).

Page 31: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Academia Real Militar (Rio de Janeiro)Escola de Anatomia, Cirurgia e MedicinaFábrica de PólvoraMuseu Real (atual Museu Nacional)Permissão de instalação de indústrias no BrasilO cotidiano da cidade do Rio de Janeiro mudou

com a chegada da corte portuguesaAumento da populaçãoModa europeia

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Page 33: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Revolução Pernambucana (1817)De março a maio de 1817Um grupo de revolucionários assumiu o

poder na província de PernambucoDeclararam uma república separada do BrasilTropas portuguesas acabaram com o

movimento Seus líderes foram fuzilados

Page 34: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Revolução do Porto (1820 – Portugal)Movimento revolucionário português exigia:Uma constituiçãoA volta do rei D. João VI a PortugalD. João VI retorna para Portugal em 1821

Deixou seu filho (herdeiro): D. Pedro como príncipe regente

Page 35: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Enquanto a família real estava no Brasil, Portugal foi governado por uma junta governativa inglesa que prestava contas a D. João VI e ajudou a expulsar as tropas de Napoleão das terras lusitanas. Em Portugal, o povo não estava nada satisfeito com tudo isso e passou a exigir o retorno do rei que estava no Brasil. Assim, em 1820, ocorreu a chamada Revolução Liberal do Porto, uma revolta que era contra o absolutismo do rei e pedia a volta das limitações coloniais do Brasil.Os revolucionários passaram a exigir: •o retorno de D. João VI para Portugal;•a aprovação de uma Constituição que seria promulgada em Lisboa;•aceitação da nomeação de 12 pessoas indicadas pelos revoltosos para ocupar os cargos públicos mais importantes e o ministério.

Revolução Liberal do porto (1820)

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Pressionado pelos portugueses, D. João VI teve que aceitar as exigências feitas e voltou para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente

Retorno de D. João VI para Portugal

Antes de voltar para Portugal, D.

João esvaziou os cofres do

Banco do Brasil.

Imagem: Artista Desconhecido / A família real portuguesa chega ao Rio de Janeiro / http://c5.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/Be7076f7e/9507921_Symzo.jpeg

Page 38: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Divisão Política, após o retorno de D. João VI para PortugalDivisão Política, após o retorno de D. João VI para Portugal

Saiba que: neste contexto, a palavra “Partido”, significava o grupo político da época

Page 39: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da Independência do Brasil, foi um dos grandes construtores do projeto de independência.

D. Maria Leopoldina foi umas das incentivadoras dos planos de independência levados à diante pelo marido.

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As Cortes de Lisboa exigiam o retorno

imediato de D. Pedro e volta do

Brasil ao estado de Colônia.

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Em 1822, iniciava-se um processo de ruptura com Portugal, em que D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole:

•determinou que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor no Brasil sem o “cumpra-se”, ou seja, sem a sua aprovação;• em maio, o prícipe foi aclamado “Defensor Perpétuo do Brasil”;•em agosto, assinou um decreto declarando que as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil seriam consideradas inimigas;•D.Pedro faz uma breve viagem a Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimentos. No percurso, recebeu uma nova carta de Portugal que anulava todas as suas medidas e exigia sua volta imediata. Imagem: D. Pedro I, Defensor Perpétuo do Brasil/

Simplício de Sá, 1826/ Public Domain

Page 42: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA (1821 – 1822):

Cortes portuguesas (parlamento) tentam recolonizar o Brasil.

Exigência da volta de D. Pedro para Portugal.

JANEIRO/1822: “Dia do Fico”. Elites coloniais brasileiras aproximam-se de D. Pedro. D. Pedro anuncia permanência no Brasil.MAIO/1822: Decreto do

“Cumpra-se”.JUNHO/1822: D. Pedro I

convoca Assembleia Constituinte.

AGOSTO/1822: tropas portuguesas no Brasil consideradas inimigas.

7/9/1822: Após receber ultimato de PORTUGAL, D. Pedro proclama a independência.

Page 43: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

A Declaração de Independência

Em 7 de Setembro, ao voltar de Santos, parado às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu uma carta com ordens de seu pai para que voltasse para Portugal, submetendo-se ao rei e às Cortes. Levado pelas circunstâncias, D. Pedro pronunciou a famosa frase "Independência ou Morte!", rompendo os laços de união política com Portugal. Culminando o longo processo da emancipação, a 12 de Outubro de 1822, o Príncipe foi aclamado Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1° de Dezembro na Catedral da Sé, no Rio de Janeiro.

Imagem: A Proclamação da Independência/ Francisco Renato Moreaux, 1844/ Museu Imperial/ Public Domain

Page 44: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

As imagens falam... Observe o quadro abaixo e

responda:

1- No quadro pintado por Pedro Américo, como foi o momento da declaração de Independência do Brasil? Descreva a cena representada.2- Qual é o papel dos dois personagens do lado esquerdo da tela (no canto inferior e superior)? Eles participam do ato? O que a presença deles representa para nós?3- Localize D. Pedro na tela e descreva sua postura, seu gesto e sua posição na tela.

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A Coroação de D. Pedro, como Imperador do Brasil, era a consagração do projeto de independência preparado pelas elites, sem a participação do povo.

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Page 46: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

François-René Moreaux (1844)

Page 47: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Pedro Américo (1888)

Page 48: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

D. Pedro I, coroado primeiro imperador do Brasil em 1 de dezembro de 1822.

Page 49: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

DEZEMBRO/1822: D. Pedro é coroado (DOM PEDRO I).

Dependência econômica em relação a INGLATERRA.

Manutenção das estruturas sociais e econômicas:Latifúndio.Agro exportação.Monocultura.Escravismo.• Sem participação popular no processo de independência.

Aliança circunstancial de interesses de D. Pedro e das elites brasileiras para manter seus privilégios.

Page 50: CAPÍTULO 8. A INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA PORTUGUESA

Vídeo:

Vamos assistir ao vídeo “Dom João no Brasil” disponível no Canal Futura. Você vai se divertir e aprender muito mais!

http://www.youtube.com/playlist?list=PL5837763F26AB1B87