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Capítulo 5: Segunda feira veio, e a umidade da estação chuvosa gradualmente tomava a escola, aumentando até o ponto onde suávamos baldes. Se algum político criasse uma campanha prometendo instalar uma escada rolante na estrada da ladeira, seguramente eles teriam meu voto assim que eu pudesse votar. Sentado na sala de aula, estava abanando meu pescoço com um estojo substituindo um leque, quando o sinal tocou e Haruhi, estranhamente, foi a ultima a entrar. Arremessando sua mala na mesa, ela disse: “Eu quero ser abanada também.” “Faça isso sozinha!” Haruhi, de quem eu me despedira na frente da estação dois dias atrás, virou o rosto em um olhar amargo, franzindo seus lábios fortemente. Justo quando eu achava que suas expressões estavam se tornando mais agradáveis, ela volta ao seu “eu” carrancudo de sempre. “Diga-me Suzumiya. Você já ouviu falar da historia do pássaro azul da felicidade [1]?” 1-[Nota do tradutor: famosa miniatura de vidro na figura de um pássaro, facilmente encontrado em lojas de “lembrancinhas”. No oriente, expressa um significado especial, o qual é um modelo real da vida]. “O que é isso?” “Não, esquece, não é nada.” “Então não pergunte!” Haruhi me encarou de viés, então Okabe-sensei chega à sala, e finalmente nossa aula começa. Naquela aula, uma aura sombria emanava de todos os lados da depressiva Haruhi, emitindo uma desconfortável pressão sobre minhas costas. Nunca antes o sinal para o fim das aulas soou tão confortante. Como um rato fugindo de um furioso incêndio, eu escapei para a sala do clube. A figura de Nagato lendo se tornara um cenário padrão do clube, a ponto dela parecer um ornamento fixo naquela sala. Dito isso, me virei para Itsuki Koizumi, que já havia chego à sala. “Não me diga que você também tem algo a me contar sobre Suzumiya?” Estávamos apenas nós três na sala. Haruhi tinha que limpar a sala hoje, enquanto Asahina ainda não havia chegado. “Ah, julgando por sua reação, eu suponho que as outras duas garotas já tenham se aproximado de você.” Koizumi deu uma olhada rápida em Nagato, ocupada lendo seu livro como sempre. Eu achei sua postura de sabe-tudo bastante incômoda. “Vamos conversar em outro lugar. Seria bastante problemático se Suzumiya-san nos ouvisse.”

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Page 1: Capítulo 5 - infinitelightnovel.files.wordpress.com · “Você não vai me dizer que é um esper, vai?” “Agora não preciso assumir!” ... "É o que dizem hoje em dia. Porém,

Capítulo 5:

Segunda feira veio, e a umidade da estação chuvosa gradualmente tomava a escola, aumentando até o ponto onde suávamos baldes. Se algum político criasse uma campanha prometendo instalar uma escada rolante na estrada da ladeira, seguramente eles teriam meu voto assim que eu pudesse votar.

Sentado na sala de aula, estava abanando meu pescoço com um estojo substituindo

um leque, quando o sinal tocou e Haruhi, estranhamente, foi a ultima a entrar. Arremessando sua mala na mesa, ela disse: “Eu quero ser abanada também.” “Faça isso sozinha!” Haruhi, de quem eu me despedira na frente da estação dois dias atrás, virou o rosto

em um olhar amargo, franzindo seus lábios fortemente. Justo quando eu achava que suas expressões estavam se tornando mais agradáveis, ela volta ao seu “eu” carrancudo de sempre.

“Diga-me Suzumiya. Você já ouviu falar da historia do pássaro azul da felicidade

[1]?”

1-[Nota do tradutor: famosa miniatura de vidro na figura de um pássaro, facilmente encontrado em lojas de “lembrancinhas”. No oriente, expressa um significado especial, o qual é um modelo real da vida].

“O que é isso?” “Não, esquece, não é nada.” “Então não pergunte!” Haruhi me encarou de viés, então Okabe-sensei chega à sala, e finalmente nossa

aula começa. Naquela aula, uma aura sombria emanava de todos os lados da depressiva Haruhi,

emitindo uma desconfortável pressão sobre minhas costas. Nunca antes o sinal para o fim das aulas soou tão confortante. Como um rato fugindo de um furioso incêndio, eu escapei para a sala do clube.

A figura de Nagato lendo se tornara um cenário padrão do clube, a ponto dela

parecer um ornamento fixo naquela sala. Dito isso, me virei para Itsuki Koizumi, que já havia chego à sala. “Não me diga que você também tem algo a me contar sobre Suzumiya?” Estávamos apenas nós três na sala. Haruhi tinha que limpar a sala hoje, enquanto

Asahina ainda não havia chegado. “Ah, julgando por sua reação, eu suponho que as outras duas garotas já tenham se

aproximado de você.” Koizumi deu uma olhada rápida em Nagato, ocupada lendo seu livro como sempre.

Eu achei sua postura de sabe-tudo bastante incômoda. “Vamos conversar em outro lugar. Seria bastante problemático se Suzumiya-san nos

ouvisse.”

Page 2: Capítulo 5 - infinitelightnovel.files.wordpress.com · “Você não vai me dizer que é um esper, vai?” “Agora não preciso assumir!” ... "É o que dizem hoje em dia. Porém,

Koizumi e eu fomos até a cantina e sentamos em uma das mesas. No caminho, Koizumi comprou um copo de café quente para mim. Eu sei que é estranho dois caras dividirem a mesma mesa, mas isso não é algo que poderia resolver naquele momento.

“O quanto você sabe?” “Sei que Suzumiya não é uma pessoa comum, eu acho.” “Isso torna as coisas bem mais fáceis para mim. Você está certo.” Era algum tipo de piada? Todos os outros membros da Brigada SOS haviam me dito

que Suzumiya não era humana. Será que o aquecimento global aqueceu tanto seus miolos a ponto de causar um curto-circuito?

“Primeiro, me diga quem você é realmente.” Como uma me disse ser um alien, e a outra uma viajante do tempo, eu já tinha um

palpite, então prossegui. “Você não vai me dizer que é um esper, vai?” “Agora não preciso assumir!” Koizumi agitou seu copo levemente. “Mesmo não sendo completamente preciso, você está mais ou menos correto – sou

o que você chama de esper. Sim, eu possuo poderes paranormais.” Eu bebi meu café em silêncio. Mmm, doce demais, ele devia ter comprado um com

menos açúcar. “Preferia não ter me transferido para esta escola tão repentinamente, porém houve

uma mudança nas circunstâncias. Nunca pensei que aquelas duas se aproximariam de Suzumiya Haruhi tão rapidamente. Antes daquilo, elas sempre estiveram a observando discretamente.”

Parem de se referir a Haruhi como um tipo de espécie rara em extinção! Percebendo meu incômodo, ele continuou. “Agora se acalme. Estamos fazendo nosso melhor também! Não temos intenção de

ferir Suzumiya-san, na verdade, nós queremos apenas protegê-la do perigo.” “Você disse nós? Isso significa que há mais espers como você?” “Bem, não há tantos quanto você pensa. Como eu ainda pertenço à patente mais

baixa, eu não sei de muita coisa, apenas sei que há mais ou menos dez nesse mundo. Todos estamos sob a supervisão da ‘Organização’.”

Ótimo, agora temos uma ‘Organização’! “Não sei do que a ‘Organização’ consiste, ou quantos membros são. Tudo parece

ser comandado pelos poderosos de cima.” “... então, esse grupo secreto, essa ‘Organização’, o que ela faz afinal?” Koizumi molhou os lábios com o café morno. “Assim como você deve ter pensado, a ‘Organização’ foi fundada há três anos atrás,

e sua prioridade é observar Suzumiya Haruhi. Colocando isso mais claramente, nós

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existimos apenas para observá-la. Você está entendendo? Bem, eu não sou o único membro da ‘Organização’ nesta escola. Sempre houve certo numero de membros infiltrados aqui antes de mim; só fui transferido temporariamente para auxiliá-los.”

Subitamente a imagem do rosto de Taniguchi surgiu em minha mente. Ele disse que

havia estado na mesma sala de Haruhi desde o fundamental. Seria ele um esper como Koizumi?

“Você está brincando, certo?” Koizumi fingiu que não escutou e prosseguiu. “De qualquer forma, eu não posso garantir que todos estão do lado de Suzumiya-

san.” Por que todos gostam da Haruhi? Ela é apenas uma garota excêntrica e louca que

causa problemas aos outros, sem mencionar que ela é extremamente egoísta. Será que ela valia tanto a ponto de ter uma ‘Organização’ usando todos os seus recursos para protegê-la? Mas devo admitir que ela é um bocado atraente.

“Não sei o que aconteceu comigo há três anos atrás. Tudo que sei é que, um dia, eu

subitamente percebi que possuía poderes paranormais. Fiquei realmente assustado, e não sabia o que fazer. Por sorte não demorou até que a ‘Organização’ me encontrasse, pois eu teria me suicidado achando que havia uma coisa de errado com o meu cérebro.”

Eu ainda acho que deve haver algo de errado com o seu cérebro desde aquela

época. “Bem, isso não é impossível. Penso que tememos mais as terríveis e imprevisíveis

possibilidades existentes.” Sorrindo de suas próprias falhas, Koizumi tomou um gole de café, e me encarou

seriamente. “Quando você acha que esse mundo começou a existir?” Ele subitamente perguntara uma questão bastante complicada. ”Não começou no Big Bang [2]?”

2-[Nota do tradutor: em cosmologia, o Big Bang é a teoria científica que o universo emergiu de um estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos.].

"É o que dizem hoje em dia. Porém, para nós existe outra possibilidade – esse

mundo veio a existir somente a três anos atrás." Olhei para o rosto de Koizumi de novo, e de novo. O que ele dizia era absurdo

demais para ser verdade. “Isso é impossível! Eu posso me lembrar claramente do que aconteceu a três anos

atrás. Alem do mais meus pais ainda estão vivos. Eu ainda tenho os três pontos que ganhei daquela vez que cai no bueiro quando era pequeno. E como você explica todas essas coisas que temos que decorar nos livros de história?"

"Ok, como você pode ter certeza de que os humanos, inclusive você, não foram

criados com suas memórias anteriores? Se este é o caso não precisamos nos limitar a três anos atrás. Não há evidências que o mundo não surgiu há apenas cinco minutos atrás, e toda a vida se inicia agora."

“ ... “

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"Por exemplo, imagine uma realidade virtual. Seu cérebro está ligado a fios elétricos,

tudo que você sente, cheira, ou vê está sendo na verdade transmitido por estes fios ao seu cérebro por sinais elétricos, mesmo que você acredite que o que está vivendo é real. Isto que chamam de mundo real é surpreendentemente frágil."

"... vamos supor que eu concorde com o que você disse, mas não importa se a Terra

foi formada a três anos ou a cinco minutos. O caso é, o que a existência de sua 'Organização' tem a ver com Haruhi?"

"O líder da 'Organização' acredita que esse mundo é na verdade o sonho de uma

pessoa. Nós, não, o próprio mundo em que vivemos não é nada além de um sonho. Por ser um sonho, para essa pessoa, criar e alterar essa realidade em que vivemos é um ato simples que pode ser executado com precisão. E todos sabemos quem é essa pessoa."

Talvez seja o seu uso referencial das palavras, mas o rosto de Koizumi parecia

extremamente maduro. "Humanos chamam aquele que pode criar e destruir o mundo apenas com sua

vontade de Deus." ... ei Haruhi! Agora você virou Deus, ai meu Deus [3]!

3-[Nota do tradutor: trocadilho proposital].

"Esse é o porquê a 'Organização' sempre se manteve cautelosa. Se Deus ficar

descontente com este mundo, ela pode simplesmente destruir o velho mundo por completo e o substituir por um novo. Como uma criança que não gostou do seu castelo de areia, e resolve o demolir para a construção de um novo. Mesmo sentindo que existem numerosos conflitos não resolvidos neste mundo, há coisas nele pelo que vale a pena viver. Esse é o motivo pelo qual eu venho ajudando a 'Organização' a proteger este mundo."

"Porque vocês não vão falar diretamente com Haruhi? Peçam a ela para parar de

destruir o mundo, talvez ela ouça." "É claro que Suzumiya-san não está ciente de seus poderes. Nosso trabalho é ter

certeza que ela continue assim, e possa viver sua vida pacificamente." Koizumi voltou a sorrir após dizer tudo aquilo. "Neste momento, ela ainda é um deus incompleto, incapaz de controlar o mundo a

sua vontade. Mesmo não estando completamente evoluída, nós já temos sinais disto." "Como você sabe?" "Pense um pouco, por que espers como eu, assim como pessoas como Mikuru

Asahina e Yuki Nagato existem? É porque Suzumiya-san assim deseja." Se alguém aqui é um alien, viajante do tempo, slider, ou um esper, então venha e me encontre!

Instantaneamente lembrei-me das palavras de Haruhi no começo do semestre. "Como ela ainda os desconhece, então não é capaz de utilizar completamente os

seus poderes, ela apenas pode os liberar subconscientemente de maneira aleatória. Nos últimos meses, Suzumiya-san liberou continuamente seus poderes além de qualquer compreensão humana. Como você sabe, isso resultou em Mikuru Asahina, Yuki Nagato, e até mesmo eu termos nos juntando ao seu clube."

Isso me torna a única pessoa de fora?

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"Não realmente. Para nós você é uma presença misteriosa. Eu fiz uma série de

pesquisas escondidas em você - espero que não tenha se importado. E posso lhe assegurar, você é um humano comum, sem nenhum poder especial."

Devo tomar isso como um elogio ou ficar desapontado? "Não sabemos o porquê, mas o destino do mundo pode estar muito bem em suas

mãos. Portanto você deve ser cuidadoso em não deixar que Suzumiya-san se sentir desagradada por este mundo."

"Se você acha que Haruhi é Deus," - sugeri - "porque não a seqüestram, fazem uma

autopsia e descobrem do que seu cérebro é feito? Vocês podem aprender alguns dos segredos do universo dessa maneira!"

"Existem alguns extremistas da 'Organização' que partilham a mesma opinião que a

sua." Koizumi balançou a cabeça em afirmação enquanto acrescentava. "Porém a maioria ainda acredita que é melhor a deixar em paz. Depois de tudo, se

Deus ficar descontente devido a isso, uma grande catástrofe pode se abater sobre nós. Esperamos que o mundo permaneça assim, então naturalmente desejamos que Haruhi possa viver tranqüilamente. Não temos nada a ganhar com o acontecimento de um desastre..."

"... então, o que devemos fazer?" "Isto eu não sei lhe dizer..." "Certo, e o que aconteceria ao mundo se Haruhi morresse repentinamente?" "O mundo seria destruído com sua morte? Ou Deus simplesmente deixaria de

existir? Talvez surgisse outro eu seu lugar? Ninguém pode saber antes de acontecer." O café no copo de papel se tornara frio. O empurrei para frente como se não

quisesse o beber mais. "Você disse que possui poderes paranormais?" "Bem, não precisamente, mas você está mais ou menos correto." "Então me mostre seus poderes, e eu acreditarei em você. Vamos ver, faça esse

café ficar quente de novo." Koizumi sorriu animado. Essa era a primeira vez que vi seu sorriso verdadeiro. "Desculpe-me mas eu não posso fazer isto. Meus poderes não são facilmente

compreendidos. Em condições normais, eu não tenho nenhum poder em particular. Eu tenho de satisfazer certas condições antes de poder usá-los, mas acredito que você terá chances de vê-los algum dia."

"Desculpe por tomar o seu tempo, acho que vou para casa agora." Após dizer isso

Koizumi saiu com um sorriso. Eu o vi caminhar para longe até o perder de vista, então pensei em pegar o copo de

papel. Como pensei, o café continuava frio.

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Quando voltei ao clube, me deparei com uma Asahina parada lá dentro, somente de

calcinha e sutiã. " ... " Asahina, com sua fantasia de maid em mãos, parou com os olhos arregalados, me

olhando congelado com a mão na maçaneta. Lentamente a boca dela começou a se abrir para gritar.

"Desculpe-me." Antes de ela ter a chance de berrar, retirei o pé que estava dentro da sala e fechei a

porta rapidamente. Graças a isso, fui capaz de evitar os seus gritos. Realmente, deveria ter batido na porta antes de entrar. Não, espera, ela deveria

trancar a porta se quisesse se trocar! Quando estava imaginando se deveria estar armazenando a imagem do seu macio e

alvo corpo seminu em minha memória de longa duração, uma batida suave veio do outro lado da porta. "Pode entrar agora..."

"Perdoe-me por isso." "Não importa..." Eu olhei para a cabeça baixa de Asahina quando ela abriu a porta e se desculpou.

Ela corou e disse: "Desculpe-me, eu estou sempre mostrando esse meu lado vergonhoso..." Não que eu me importe, de verdade. Ela era realmente uma garota obediente, vestindo sua fantasia como Haruhi a

ordenara. E era tão bonitinha! Estava com medo de que se continuasse olhando assim para Asahina, a imagem

que recebi começasse a virar para o lado sujo. Convocando toda a razão que ainda tinha para sobrepujar esses desejos frustrantes, eu rapidamente sentei na cadeira da comandante e me virei para o computador.

Percebi alguém me observando, levantei minha cabeça e encontrei Yuki Nagato me

olhando. Ela levantou um pouco os seus óculos, então voltou ao livro. Seus movimentos eram bastante humanos.

Abri o navegador da Internet e fui a página do clube, tentar editar algo da página

sempre estática, mas não tinha idéia de onde começar. Eu costumava pensar que editar páginas da web era uma perda de tempo, então fechei a janela e suspirei. Já estava cansado de Othello também, precisava de algo para matar o tempo.

Enquanto resmungava de braços cruzados, subitamente alguém colocou um copo

de chá quente em minha frente. Olhei para cima e vi Asahina em sua fantasia de maid sorrido com uma bandeja em suas mãos. Era como uma empregada de verdade.

"Obrigado."

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Eu acabara de pagar um copo de café quente para Koizumi, mas mesmo assim aceitaria agradecido por esse copo quente de chá.

Asahina colocou outro copo ao lado de Nagato, então sentou-se ao seu lado e

bebericou o próprio copo de chá. No final das contas, Haruhi não veio ao clube naquele dia. "Porque você não veio ontem? Não era você que queria fazer uma reunião?" Como sempre, me virei e conversei com Haruhi antes da aula. Estendida sobre a mesa, com seu queixo na superfície, Haruhi disse com um olhar

de incomodo: "Você é irritante! Eu já tive a reunião da minha própria maneira ontem!" Eu sabia naquele momento que Haruhi devia ter refeito a rota dos lugares que havia

ido sábado, ontem depois da escola. "Fiquei com medo que tivesse deixado escapar algo, então achei melhor ir lá de

novo." Eu achei que apenas detetives achavam que criminosos retornavam a cena do

crime, mas estava errado. "Está quente como o inferno! Quando a escola vai trocar os uniformes? Quero vestir

manga curta!" Eles não vão trocar até junho, e anda tem uma semana antes que maio acabe. "Suzumiya, acho que já disse isso antes, mas acho que você deve parar de procurar

esses eventos misteriosos e tentar viver a vida de uma colegial comum." Ela deveria levantar a cabeça e me encarar... eu já esperava isso, mas Haruhi

permanecera com sua cabeça presa a mesa. Ela parecia realmente exausta. "Uma vida escolar comum? Que tipo de vida é essa?" Ela realmente não parecia estar interessada naquilo. “Algo como encontrar um namorado decente. Você até pode acabar trombando com

um alien enquanto tem um encontro. Isso seria como matar dois coelhos com uma cajadada só, não é tão ruim, é?”

Comecei a pensar sobre o que Asahina havia me dito naquele dia, enquanto fazia

esta sugestão. “Alem do mais, há um monte de caras caidinhos por você. Tudo que você tem a

fazer é refrear esse seu comportamento excêntrico e com certeza seu namorado vai aparecer.”

“Hmph, não importa se eu tenho ou não um namorado! O que chamam de amor é

apenas uma confusão temporária da cabeça, uma doença mental.”

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Haruhi disse aquilo exausta, enquanto se esparramava pela mesa olhando para fora da janela.

“Na verdade, eu penso nisso de tempos em tempos. Sou uma garota enérgica afinal,

e mais, meu corpo tem suas necessidades. Mas não sou tão estúpida a ponto de me meter em uma coisa tão problemática quanto essa devido a um simples momento de confusão. E se eu estiver muito ocupada saindo com alguém, o que vai acontecer com a Brigada SOS? Eu a fundei!”

Tecnicamente ela ainda não está fundada. “E se criássemos um clube que envolvesse alguma forma de entretenimento? Isso

com certeza poderá atrair mais membros.” “Não.” Haruhi negou categoricamente. “Eu fundei a Brigada SOS por que todos os outros clubes normais eram chatos,

recrutei uma garota bonita como Asahina em um misterioso estudante transferido também! Porque nada aconteceu ainda? Sigh, é apenas uma questão de tempo para que algo estranho ocorra.”

Era a primeira vez que vi Haruhi deprimida assim, mas ela ficava bonita dessa

maneira também. Para uma garota bonita como ela era bela o suficiente mesmo quando não estava sorrindo, era mesmo uma pena, e achava isso cada vez mais conforme eu pensava.

Ela passou o resto do dia dormindo ruidosamente. Era incrível como os professores

sequer perceberam isto... não, isso tinha de ser apenas uma coincidência. Deste momento em diante, coisas estranhas estavam começando silenciosamente.

Não era grande coisa no inicio, e ninguém mais havia percebido, mas eu passei todo o dia pensando naquilo, desde o inicio da aula.

Enquanto falava com Haruhi minha mente estava imersa em outras coisas. Tudo

começara com um bilhete deixado no meu guardador de sapatos naquela manhã. E o bilhete dizia.

Depois da aula, quando todos já tiverem ido embora, venha a sala 1-5. Era obviamente a letra de uma garota. O que era aquilo tudo? Uma reunião de emergência ocorreu em minha mente, entre

minhas opiniões diferentes. A primeira delas dizia; “Isso já aconteceu antes”, mas a letra era diferente daquela

no marcador de páginas. Nagato, que clamava ser uma Interface Humanóide Viva para os aliens, tinha uma letra tão bonita que parecia ter sido impressa, porem essa letra realmente dava a impressão de ser de uma garota do ensino médio. Alem disso, Nagato não teria sido tão direta a ponto de colocar um bilhete em meu armário.

A segunda dizia; “Pode ter sido Asahina?” Não, se fosse Asahina, provavelmente ela

não iria arrancar um pedaço de papel aleatório e escrever um bilhete sem nenhuma identificação. Certo, com certeza ela colocaria sua carta bem escrita em um envelope.

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Ainda mais, era estranho que nos encontrássemos na sala. “Teria sido Haruhi!?” dizia minha terceira opinião. Isso era ainda mais impossível, se fosse Haruhi, com certeza ela teria me arrastado para a escada e me dito qualquer coisa que quisesse.

Baseado na mesma razão, eliminei Koizumi da equação. Finalmente, a quarta

opinião dizia; “Pode ser uma carta de amor de alguma estranha?”. Bem não vamos nos preocupar se é ou não uma carta de amor, o negocio é que estou sendo chamado por alguém, e não necessariamente tem de ser uma garota.

“Não caia nessa! È mais possível que essa seja uma pegadinha do Taniguchi e do

Kunikida.” Sim, essa era a opinião mais plausível. Era possível que aquele idiota do Taniguchi fizesse esse tipo de brincadeira sem sentido, mas ele devia ter escrito mais.

Eu andei sem rumo pela escola pensando naquilo. Depois da aula, Haruhi disse que

estava doente e foi para casa. Essa era uma ótima chance! Decidi ir ao clube primeiro. Ficaria maluco se fosse cedo demais a sala para esperar

por uma pessoa desconhecida. E mais, se repentinamente Taniguchi aparecesse e falasse, “Yo, você ainda está esperando? Não posso acreditar que você caiu só com um pequeno bilhete, você é muito inocente!” Eu ficaria incrivelmente bravo. Vou matar algum tempo, e depois dar uma olhada na sala, tendo certeza que não há ninguém por perto. Sim, essa era a estratégia perfeita.

Entrei sozinho na sala do clube. Desta vez me lembrei de bater na porta. "Entre, por favor." Assim que confirmei que aquela era a voz de Asahina, abri a porta. Não importa

quantas vezes eu visse aquilo, ela sempre me parecia tão adorável com aquela fantasia! "Demorou um bocado para você chegar, onde está Suzumiya-san?" Asahina aparentava estar fazendo chá novamente. "Voltou para casa, ela parecia estar realmente cansada. Se você deseja se vingar

dela, agora é a chance, neste momento ela deve estar muito fraca. " "Eu não faria uma coisa dessas!" Nós sentamos frente a frente e bebemos nosso chá enquanto Nagato lia. Nós

parecíamos ter voltado a ser a mesma associação sem sentido de antes. "E o Koizumi ainda não chegou?" "Koizumi-kun veio aqui mais cedo, ele disse que tinha um trabalho de meio período

hoje, então foi embora mais cedo." Que tipo de trabalho de meio período? Mas como as coisas estavam, podia

confiantemente riscar Koizumi e Haruhi da lista de suspeitos de quem escrevera o bilhete. Como não tínhamos nada para fazer, joguei um pouco de Othello com Asahina

enquanto conversávamos. Após vencer três jogos, nós paramos e fomos surfar na Internet para ler as noticias e, neste momento, Nagato fechou o seu livro. Recentemente tomamos a ação dela como um sinal de que as atividades diárias do clube (mesmo não sabendo quais atividades eram) haviam acabado, começamos a nos arrumar e partimos.

"Preciso me trocar, pode ir na frente." - ouvindo Asahina dizer aquilo, corri para fora

da sala.

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O relógio apontava para cinco e meia, não deveria ter mais ninguém na sala, suponho. Mesmo se fosse uma brincadeira do Taniguchi, ele deveria ter voltado para casa entediado por esperar tanto tempo. Deixando isso de lado, eu ainda corri pelos dois lances de escadas até o ultimo andar, só para garantir.

Respirei fundo no corredor silencioso. Como as janelas das salas estavam todas

foscas, não havia como ver o que se passava lá dentro, apenas via o por do sol colorindo a sala de laranja. Eu casualmente abri a porta da sala 1-5 e coloquei minha cabeça para dentro.

Não fiquei tão surpreso ao ver que tinha alguém lá dentro, mas fiquei chocado

quando descobri quem estava lá. Parada na frente do quadro negro, estava uma pessoa que nunca havia chegado a pensar.

“Você está atrasado." Ryouko Asakura sorriu. Ela adulou seus longos cabelos sedosos, e começou a andar corredor abaixo. Suas

canelas lisas sob sua saia amarrotada e seus sapatos interiormente brancos realmente me distraiam.

Ela parou no meio da sala, e acenou para mim com um sorriso. "Pode entrar!" Achei que estivesse sendo sugado para dentro, aquela sua ação me fizera soltar-se

da porta e andar em sua direção. "Então era você..." "Sim, surpreso?" Asakura sorriu alegremente, o lado direito do seu rosto estava vermelho com o brilho

do sol. "Você estava me procurando?" Perguntei intencionalmente em um tom rude. Asakura riu e respondeu. "Sim, eu estava lhe procurando, tinha uma coisa para perguntar para você." O rosto branco de Asakura se virou em minha direção. "Você já ouviu falar no ditado que diz que 'é melhor fazer e se arrepender do que

nunca ter feito'? Você acha que ele faz sentido?" "Não estou certo sobre quem disse isso, mas acho que faz sentido sim." "Se há uma situação aonde se manter na mesmice poderia deixar as coisas piores,

e você não tem nem idéia de como melhorá-las, o que você faria?" "Melhorar o que? A economia?" Ignorando minha indagação, Asakura sorriu novamente e continuou. "Você não disse que se deve fazer as coisas primeiro e encarar as conseqüências

depois? Pois você sabe que nada vai mudar se as coisas continuarem assim."

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"Hmm, eu acho que sim." "É isso que eu quis dizer." Asakura, que tinha suas mãos nas costas, se inclinou levemente para frente. "De qualquer forma, sendo que aqueles acima são incapazes de pensar

lateralmente, e que eles não combinam com as mudanças rápidas nesta realidade, eu estou empenhada em fazer algo para que as coisas corram de maneira mais suave. E isso é o porquê, estando eu nessa realidade, decidi agir por conta própria e forçar algumas mudanças."

Que diabos você está falando? Esse é algum tipo de pegadinha? Eu olhei ao meu

redor, pensando se Taniguchi estava se escondendo no armário de vassouras lá atrás, ou embaixo da mesa da professora.

"Cansei de ter de observar um ambiente sem mudanças, e isso é o por que..." Estava tão ocupado olhando ao meu redor, que realmente não estava ouvindo as

palavras de Asakura. "Terei de matar você, e ver que tipo de reação que Suzumiya Haruhi terá." Em um instante, Asakura avançou com a mão direita, e um brilho claro e metálico

passou ao lado de onde meu pescoço costumava ficar. Sorrindo prazerosamente, a mão direita de Asakura revelou uma faca afiada como

as do exercito. Tive muita sorte de desviar do primeiro golpe. Pois agora estou com as costas no

chão, olhando absorto para Asakura. Se estiver encurrado, não vou ter como escapar! Esse pensamento passou pela minha mente, e eu me arrastei para trás como um gafanhoto.

Porque ela não me perseguiu? ... não, espere! Que diabos está acontecendo? Porque Asakura quer me esfaquear?

Só um segundo, o que ela acabou de dizer? Ela quer me matar? Me matar? Mas, por quê? "Pare de brincadeira!" Eu apenas pude dizer aquela minha sentença registrada. "Isso foi realmente perigoso! Mesmo que seja uma faca falsa, eu fiquei muito

assustado! Solte já essa coisa!" Eu estava realmente confuso. Se alguém entender o que esta acontecendo, por

favor, venha até aqui e me explique! "Você acha que eu estou brincando?" Asakura disse em um tom muito animado, e

não soava muito serio afinal. Parando para pensar, uma colegial sorrindo, enquanto ameaça a sua vida com uma faca na mão é algo que realmente dá medo. Então, agora você sabe quão assustado eu estava.

"Hmph!" Asakura bateu em seu ombro com a parte de trás da lamina. "Você não gostaria de morrer? Você não quer morrer? A morte de entidades

orgânicas não significa nada para mim."

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Eu levantei devagar. Isso tinha que ser uma piada, só estou assustado porque sou

sério demais. Eu continuava a me dizer isso, pois era tudo surreal demais. Asakura, a monitora de classe séria e responsável, que falava apenas o necessário na sala, não enlouqueceria se confrontada com um problema. Porque ela carregaria uma faca e diria que queria me matar tão subitamente?

É, a faca era de verdade, se não tivesse cuidado eu sangraria por todo o lugar. "Eu não entendo o que você está falando. Acabou a graça, ok? Deixe essa coisa

medonha longe de mim!" "Eu não posso fazer isso." Ela mostrou seu sorriso inocente de sempre. "Pois eu

quero realmente te ver morto." Ela segurou a faca pelo centro, e correu em direção a mim. Ela é rápida! Mas dessa

vez eu estava preparado. Pois muito antes de Asakura fazer seu movimento, eu já havia pensado em escapar pela porta – mas acabei batendo na parede.

???? Isso é estranho, para onde a porta foi? Até mesmo as janelas desapareceram!

Deveriam ter janelas na parede ao lado do corredor, agora só havia um muro grosso e cinza. Impossível! “É inútil.” A voz de Asakura aumentou de tom, se aproximando por trás. “Agora eu tenho controle dessa área espacial, então bloqueei todas as saídas. É

algo bem fácil na verdade, tudo que tive de fazer foi interferir na estrutura molecular das construções desse planeta, e então eu posso alterar a matéria a minha bel vontade. Essa sala se tornou completamente selada, não há maneiras de entrar ou sair agora.”

Virei-me e percebi que o por do sol desaparecera também. A sala inteira estava

cercada por paredes de concreto, deixando apenas as lâmpadas brancas brilhando friamente sobre as mesas.

Não pode ser! A silhueta de Asakura moveu-se vagarosamente em minha direção. “Eu avisei para não resistir; você vai morrer, de qualquer forma.” “... o que exatamente é você?” Não importa como eu olhasse, havia paredes a minha volta. Não existia uma única

porta ou janela, nada! Tem algo de errado com o meu cérebro? Eu me movi desesperadamente entre as mesas, tentando ficar o mais longe possível

de Asakura. Mas ela andava em minha direção em linha reta, empurrando as mesas e cadeiras do seu caminho apenas com sua vontade. Comparado a ela, meu caminho estava sempre bloqueado pelas carteiras.

Essa perseguição de gato e rato não duraria muito, e eventualmente eu fui

encurralado. Se esse é o caso...

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Decidi correr o risco e joguei uma cadeira em Asakura, mas ela girou no ar em frente a garota, e voou para o outro lado da sala. Como isso é possível?

“Não lhe disse que era inútil? Tudo nessa sala se move de acordo com a minha

vontade.” Espera... espera! O que está acontecendo? Se isso não era uma piada ou brincadeira, e nem eu ou

Asakura estávamos loucos, então o que ocorria ali? Terei de matar você, e ver que tipo de reação que Suzumiya Haruhi terá.

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Porque era sobre ela novamente? Haruhi, você não está se tornando um pouco

popular demais? “Eu devia ter feito isso desde o começo.” Meu corpo congelou após Asakura dizer aquilo. Você não pode fazer isso! É

trapaça!

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Meus pés estavam enraizados no chão como uma arvore incapaz de se mexer.

Meus braços estavam presos como uma estatua de cera – eu não podia nem mesmo mover meus dedos. Meu rosto, travado olhando para o chão, podia ver os sapatos de Asakura entrando lentamente no meu campo de visão.

“Assim que você morrer, Suzumiya Haruhi está propensa a ter algum tipo de reação.

Isso pode gerar uma explosão de dados da qual podemos resgatar algo. Essa pode ser uma chance única para nós.”

Eu realmente não me importo com isso! “Agora morra.” Eu pude sentir Asakura levantando a faca. Por onde ela começaria? As artérias da

garganta, coração? Se soubesse como eu ia morrer, eu poderia ao menos me preparar. Deixe-me fechar os olhos... não, eu não posso fazer isso. O... o que foi isso!?

Subitamente senti o ar tremer. A faca começara a descer sobre mim... Naquela hora, um barulho alto de desmoronamento veio do teto, seguido pelos

escombros caindo. Alguns deles caíram em minha cabeça – isso dói! Droga! Eu estava coberto de pó branco vindo da grande quantidade de destroços que caiam. Acho que Asakura também estava coberta de pó. Queria ver como ela estava agora, mas não posso me mexer... não, espera! Eu posso me mexer novamente!

Levantei minha cabeça e descobri...! Uma Asakura chocada – prestes a fatiar meu pescoço. Parada em frente dela,

segurando a lamina com as mãos nuas, estava a figura esguia de Yuki Nagato. (Uau, ela pode parar uma lamina somente com as mãos vazias.) “Seus programas são básicos demais.” – disse Nagato em seu tom inexpressível de

sempre. “A trava dos dados nesta área de aprisionamento é incompleta. Assim eu fui capaz

descobri-la e entrar.” “Você quer se meter em meu caminho?” - Asakura parecia calma - ”Assim que matar

essa pessoa, Suzumiya Haruhi está propensa a ter algum tipo de reação. Apenas assim conseguiremos mais dados.”

“Você deveria ser o meu backup [4]” - Nagato disse como um mantra - “Esse tipo de

insubordinação é proibida; você deve obedecer aos meus comandos.”

4-[Nota do tradutor: cópia de segurança de algum tipo de dados]. “E se eu me recusar?” “Então desconectarei sua interface de dados.” “Gostaria de tentar? Eu tenho a vantagem aqui, pois esta sala de aula pertence à

minha área de controle de dados.” “Processando aplicação para desconexão de interface de dados.” Assim que Nagato terminou, a faca em sua mão começou a brilhar forte. Então,

como um cubo de açúcar derretendo em um copo de chá, ela lentamente cristalizou-se e se dissolveu, caindo como pó em direção chão.

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“!!” Asakura largou a faca e saltou cinco metros para longe. Ao ver esta cena eu não

pude evitar, mas aceitar – whoa, essas duas não são humanas. Aumentando a distância em um instante, Asakura pousou elegantemente e

continuou sorrindo como o usual. O lugar começou a se distorcer – eu apenas poderia descrever assim. Asakura, as

mesas, o teto e o chão, tremeram vigorosamente; ainda mais, tinha a aparência de algo que parecia metal liquido mesmo eu não podendo ver aquilo claramente.

Justo quando eu estava imaginando como aquele espaço estava se tornando algo

que parecia com lanças, uma explosão cristalizada ocorreu em frente às palmas das mãos erguidas de Nagato.

No segundo seguinte, varias explosões cristalinas surgiram ao redor de Nagato,

seguidas por pó caindo no chão. Os objetos cristalizados que pareciam com lanças voaram em todas as direções em nossa direção na velocidade de um raio. Aquilo tudo já acabara quando eu encontrei Nagato revidando as lanças com a mesma velocidade.

“Não se mexa.” Nagato desviou dos ataques de Asakura, puxando minha gravata, para que me

agachasse e me escondesse detrás dela. “Whoa!” Um objeto desconhecido voou sobre minha cabeça e atingindo o quadro negro,

transformando-o em pedaços. Nagato olhou um pouco para cima, e então instantes depois estalactites de gelo

surgiram no teto, e caíram sobre Asakura. Ela esquivou-se com tanta velocidade que não podia ser vista por olhos nus, e instantaneamente uma floresta de estalagmites de gelo formou-se no chão.

“Não há como você me vencer nesta área” - Asakura disse calmamente. Ela e

Nagato estavam paradas há poucos metros de distancia, encarando uma a outra, enquanto eu apenas podia ficar agachado no chão, indefeso, não ousando me levantar.

Nagato parou em minha frente com as pernas entreabertas, e foi ai que percebi que

ela era tão séria a ponto de escrever o seu nome nos interior dos sapatos. Então, como se estivesse recitando uma oração, Nagato murmurou levemente. SELECT serial_code FROM database WHERE code='data' ORDER BY aggressive_combat_data HAVING terminate_mode

“Nome do alvo: Ryouko Asakura, hostilidade confirmada. Desconectando interface de informação orgânica do alvo.”

O espaço normal não mais existia naquela sala. Tudo se tornou formas geométricas,

parecendo distorcidas ou em forma de cone. Vendo esse cenário surreal era como entrar em uma casa de horrores de um desses parques temáticos, fiquei zonzo só de olhar.

“Você vai parar de funcionar antes de mim.”

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Eu não tinha idéia de onde a voz de Asakura vinha com toda essa miragem colorida. Whoosh, o som do vento cortando o ar. Nagato me chutou com as costas do calcanhar. “O que você...” Antes de poder terminar, uma lança tão rápida, que mal consegui ver, passou rente

ao meu nariz e atingiu o chão. “Vamos ver por quanto tempo você consegue protege-lo. Tome isso!” No segundo seguinte, Nagato parou em minha frente, empalada por mais ou menos

doze lanças longas e amarronzadas. “ ... ” Em outras palavras, Asakura atacou Nagato e eu de todas as direções

simultaneamente. Nagato conseguiu cristalizar algumas das lanças e destruí-las, mas tentando me impedir de ser atingido pelas lanças restantes, me protegeu com o seu corpo. Mas eu não sabia disso ainda, sendo que tudo aconteceu rápido demais.

Os óculos de Nagato caíram de seu rosto e quicaram suavemente ao cair no chão. “NAGATO!” “Você não deve se mover.” - Ela disse calmamente, apontando para as lanças

presas no seu peito e estomago. Uma poça de sangue começou a se formar sob seus pés. “Eu estou bem.” Deus, como isso pode ser estar bem? Nagato arrancou as lanças de seu corpo, sem hesitação alguma. As lanças

ensangüentadas caiam no chão com um barulho frio, e se tornaram mesas instantaneamente. Então é disso que elas são feitas?

“Estando tão ferida assim, eu não acho que você possa me parar agora. Ai vai o

golpe de misericórdia!” Do outro lado do espaço distorcido, a imagem de Asakura desaparecia e aparecia.

Eu podia ver um sorriso em seu rosto, ela levantou as mãos – e se não me engano seus braços brilharam até a ponta dos dedos, e aumentaram duas vezes de tamanho. Não, não foram só duas vezes...

“Por favor, morra!” Os Braços de Asakura continuaram a aumentar, se debatendo como tentáculos, e se

aproximando em ambas as direções. Incapaz de se mexer, a pequena figura de Nagato tremeu violentamente… No instante seguinte meu rosto estava coberto de sangue.

A mão esquerda de Asakura perfurou o abdômen de Nagato, enquanto a direita

atingiu o lado direito de seu peito, trespassando suas costas e parando apenas na parede da sala. O sangue de Nagato escorria de sua boca até as suas pernas claras, aumentando ainda mais a poça de sangue abaixo dela.

“Acabou.” - disse Nagato calmamente, então ela agarrou-se aos tentáculos. Mas

nada aconteceu.

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“O que acabou?” - Asakura disse vitoriosa - “Seus três anos de vida?” “Não.” - disse Nagato, seriamente ferida. Como se nada tivesse acontecido a ela.

“Começando desconexão de interface de dados.” Quase instantaneamente, tudo na sala começou a brilhar fortemente, se

cristalizando e dissolvendo-se no segundo seguinte, a mesa atrás de mim tornou se areia e desabou.

“Como pode ser...” A areia cristalizada caia do teto sem parar, agora era vez de Asakura ficar pasma. “Você é realmente incrível.” As lanças no corpo de Nagato também se transformaram em areia. “Me tomou um pouco de tempo para penetrar no programa. Mas, tudo acabou

agora.” “Você já havia implantado fatores destrutivos antes de entrar nesse lugar, não é?

Não é a toa que você parecia fraca. Era porque você havia usado os dados de ataque de antemão...” - Asakura disse desapontadamente, enquanto seus braços se cristalizavam.

“Sigh, é realmente uma pena, depois de tudo eu ainda sou somente um backup. Eu

achei que essa era uma chance de se libertar desse beco sem saída.” Asakura voltara a sua personalidade comum de colega de classe, e me olhou

animada. “Eu perdi. É ótimo que você pode sobreviver. Mas você deve se manter atento, a

Entidade de Dados Integrados não é tão unida quanto você pensa, existe um bom número daqueles que como eu tem opiniões dissidentes. É como os seres humanos, haverão extremistas como eu da próxima vez. E quem sabe se aqueles que controlam Nagato-san não mudam de idéia e ela tente te matar?”

Ela estava coberta do peito aos pés pela substancia cristalina. “Antes que isso aconteça, desejo a melhor das sortes para você e para Suzumiya-

san. Até mais.” Ao dizer aquilo, Asakura se dissolveu silenciosamente, se transformando em

pequenos montes de areia. E então os pequenos montes continuaram a se dissolver até desaparecer completamente.

Sob uma chuva de areia cristalizada, a colegial conhecida como Ryouko Asakura

desapareceu completamente da escola. Então com um baque surdo, subitamente encontrei Nagato estirada no chão, me

levantei desesperado. “Nagato! Agüente firme! Vou chamar a ambulância!” “Não há necessidade.” Nagato olhou para o teto com seus olhos largamente abertos. “Danos físicos não significam nada para mim. Nossa prioridade é restaurar essa área

de volta ao seu estado original.”

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Os cristais de areia pararam de cair. “Removendo substancias impuras, reconstruindo sala de aula.” Assim que ela terminou, a familiar sala da 1-5 reapareceu diante de meus olhos. Era

como ver uma fita rebobinanando: tudo na sala voltara a ser como era antes. O quadro negro, a mesa da professora, as cadeiras e mesas restantes, todas elas

surgiram da areia branca a voltaram a sua forma original, como eu havia visto no final da aula de hoje. Não posso descrever o que estava acontecendo na minha mente naquela hora. Se não tivesse visto com meus próprios olhos, pensaria que essas imagens eram feitas com efeitos especiais em CG [5] de ponta.

3-[Nota do tradutor: animação gráfica, comuns em filmes e jogos de videogames].

Janelas cresceram das paredes, com seus vidros meio foscos intactos; o por do sol

reaparecera lá fora, banhando a mim e a Nagato em uma luz alaranjada. Tentei olhar embaixo da minha mesa, todo o conteúdo estava lá, intacto, e até o sangue que acertou meu rosto havia completamente desaparecido. Isso era tão incrível. Só posso descrever como magia!

“Você está realmente bem?” Eu me ajoelhei ao lado de Nagato que permanecia imóvel no chão. Havia pensado

que haveriam muitas feridas e buracos no seu uniforme após ser perfurada por todas aquelas lanças, mas todos eles tinham desaparecido agora.

“Como o poder de processamento foi convertido em operação de dados, eu só tive

que reverter um pouco a interface de junção.” “Você precisa de ajuda pra se levantar?” Surpreendentemente, Nagato não hesitou e segurou a minha mão, justo quando ela

estava prestes a se levantar. “Oh!” Ela resfolegou repentinamente. “Esqueci de regenerar um novo par de óculos.” “... na verdade, acho que você fica melhor sem eles. Garotas quatro-olhos não fazem

o meu tipo.” “O que significa ‘garotas quatro-olhos?” “Nada não, só um comentário estúpido meu.” “Entendo.” Agora não é hora de dizer essas coisas triviais. Arrependo-me de ter dito aquilo.

Mesmo que significasse largar Nagato ali desalmadamente, eu deveria ter corrido da sala envergonhado.

“Yo!” A porta da sala se abriu de súbito. “Eu esqueci~ esqueci minhas coisas~”

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Droga, entrando na sala, e cantarolando uma musica estúpida, estava Taniguchi. Taniguchi provavelmente nunca havia pensado que havia alguém na sala. Quando

nos encontrou, ele parou pasmo como sua boca aberta escancaradamente como um idiota. Eu estava tentando levantar Nagato, mas se você apenas nos visse, parecia que eu

a estava botando no chão lentamente. “Desculpem-me.” - Taniguchi disse em um tom sério que nunca havia ouvido dele

antes, e fugiu da sala de uma vez. Eu não tive tempo nem de persegui-lo. “Que pessoa interessante.” - disse Nagato. Suspirei pesadamente. “O que deveríamos fazer agora?” “Deixe comigo.” - Nagato disse, enquanto se recostava em meu peito. “Manipulação de dados é minha especialidade, farei todos pensarem que Ryouko

Asakura foi transferida.” Então é assim que ela faz! Agora não era hora de pensar naquelas coisas triviais, eu havia presenciado um

evento incrível. Não era mais questão de acreditar ou não no que Nagato havia me dito outro dia, eu não ousava admitir que estava parcialmente convencido. Mesmo que o que aconteceu agora me levou a perceber quão sérias as coisas eram. Eu realmente achei que ia morrer! Se Nagato não tivesse aparecido do teto, eu teria sido morto por Asakura. A experiência de ver a sala se distorcendo, os braços de Asakura se estendendo de maneira anormal, e Nagato a eliminando friamente estavam incrustados em minha mente.

Nagato estava usando isso para me dizer que realmente era um alien? De certa forma isso não me fazia um participante de um evento misterioso? Como

disse no começo, eu queria ser um expectador que foi sugado para um desses eventos, contente em ser um mero coadjuvante. Mas como as coisas estavam, eu já era o protagonista! Certo, eu realmente desejei ser um personagem em uma historia envolvendo aliens, mas quando me realmente me tornei um, a perspectiva mudou completamente.

Para ser honesto, eu estou bastante incomodado com isso. O que eu realmente queria era ser o tipo de personagem que alegremente dava um

conselho útil no momento certo, quando todos enfrentavam uma situação difícil. Eu não queria ter minha vida ameaçada pelos meus próprios colegas de classe! Eu tenho meus princípios quando se refere a minha vida.

Minha mente vagava sem rumo por algum tempo enquanto eu estava sentado na

sala colorida de laranja. Esqueci completamente que Nagato descansava sobre meu peito. O... o que é tudo isso? O que eu estava pensando? Graças a minha distração todo

esse tempo, não percebi que ela havia terminado sua regeneração e estava me encarando inexpressiva já faz algum tempo.

No dia seguinte, Ryouko Asakura desaparecera da sala. Esse desfecho era inevitável, mas, eu era o único que pensava assim.

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“Hmm, acho que tem algo a ver com o trabalho do pai de Asakura, esse é o motivo dela ter se transferido tão subitamente. Para ser franco, os professores também ficaram chocados quando ouviram. Como ela tinha que deixar o país, Asakura havia ido ontem mesmo.”

Quando Okabe-sensei anunciou a noticia, a maioria das garotas da sala exclamou

surpresa; “O que?” , “Como?”, enquanto os garotos também comentaram sobre o caso. Até mesmo o professor mantinha um olhar de perplexidade. Não surpreendentemente, a garota atrás de mim não poderia ficar quieta em relação a isso.

Smack! Ela bateu atrás da minha cabeça com seus punhos. “Kyon, esse TÊM que ser um evento misterioso!” - os olhos de Haruhi brilharam

como se ela tivesse recuperado todo o seu vigor usual. O que deveria fazer? Contar a verdade a ela? Na verdade, Asakura-san foi criada por um grupo desconhecido chamado Entidade

Senciente de Dados Integrados, Nagato-san também era uma de suas colegas, mas por alguma razão seu relacionamento foi por água abaixo, e no final Asakura-san resolveu me matar. Mesmo envolvendo a mim, a razão verdadeira era você. De qualquer forma, Asakura foi transformada em uma pilha de areia por Nagato e desapareceu.

Por favor! Eu seria ridicularizado pelo resto da vida se dissesse uma coisa dessas, e

não pretendo falar isso. Vou fingir que tudo que ocorreu ontem foi uma ilusão e deixar isso como está.

"Primeiro, um estudante misterioso é transferido para cá, depois uma garota se

transfere misteriosamente. Tem que ter algo de errado acontecendo!" Deveria a aplaudir pelos seus instintos brilhantes? "Talvez seu pai tenha tido que se transferir do emprego?" "Não vou aceitar uma desculpa tão estúpida." "Acreditando ou não, essa é a razão numero um para as pessoas se transferirem

das escolas." "Mas você não acha isso estranho? Só tomou um dia para seu pai receber a noticia

da transferência e se mudar. Que tipo de trabalho o pai dela fazia afinal?" "Talvez o pai de Asakura não tivesse dito a ela antes..." "Isso é impossível. Precisamos investigar mais minuciosamente." Tudo que queria dizer é que a transferência de emprego foi uma desculpa; eles

escaparam no meio da noite dos seus credores, após deixar uma montanha de dividas, mas decidi não fazê-lo. Sendo que a única pessoa que sabia a razão verdadeira ali era eu.

"Como um membro da Brigada SOS, não posso deixar um acontecimento misterioso

desse tipo ficar jogado por ai sem solução." Por favor, pare! Depois do que me acontecera ontem, eu tive uma completa mudança durante a

noite. Depois de ter testemunhado toda aquela coisa sobrenatural em primeira mão, e tentar me convencer que nada havia acontecido, eu tive que escolher uma das seguintes opiniões: ou eu estava alucinando; havia algo de errado com meu cérebro; ou o mundo era estranho o suficiente; ou eu tinha tido um sonho muito longo.

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Alem disso, eu nunca poderia admitir que o mundo não passava de uma realidade

virtual. Cara! Para alguém que acaba de fazer 15 anos, ter de encarar um ponto de virada

em sua vida é algo um pouco cedo demais! Porque um estudante de ensino médio como eu, tem de lidar com esse tipo de

questões filosóficas como; se o mundo existe ou não? Esse não é o tipo de coisa que eu deveria estar pensando agora. Por favor, não aumentem mais os meus problemas.

Agora mesmo eu tenho um monte de coisas complicadas com que lidar!