capitulo 1 introdução e higiene [email protected] emaranhao@hotmail 2006
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A política de saúde,a epidemiologia e as práticas sanitárias: O caso da cidade do Rio de Janeiro[1]. Capitulo 1 Introdução e Higiene [email protected] [email protected] 2006 - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
A política de saúde,a epidemiologia e as práticas sanitárias:O caso da cidade do Rio de Janeiro[1]
Capitulo 1Introdução
eHigiene
[email protected] [email protected] 2006
Material discutido e analisado em reunião do grupo de história de doença- pesquisa : História da dengue no Rio de Janeiro de 1986 a 2002
Extraído do texto de Carlos Eduardo Aguilera Campos
Introdução[1]
• 1-
• Apresentar aspectos relacionados à forma como se desenvolveram, no século XX e o atual, o conhecimento sanitário e epidemiológico , as políticas de saúde e as organizações ligadas à saúde pública
• Assume-se o pressuposto que as dimensões da técnica e da política consubstanciaram em determinados padrões organizacionais, fazendo parte da maneira de atuar em saúde do Estado Brasileiro
Os propósitos de governo e os métodos desdobrados a partir do desenvolvimento científico da saúde pública assumiram pesos determinantes sobre as organizações sanitárias
• 2-
• Buscar analisar estas questões no contexto da Cidade do Rio de Janeiro.
• Obs: tarefa árdua mas facilitada pelo papel que estado desempenhou na conformação destes processos dentro do cenário nacional. Nesta cidade, a interação dos determinantes políticos e técnicos da prática sanitária foi intensa, sendo esta experiência de certa forma, decisiva p/ traçar muitos caminhos que foram trilhados pela Saúde Pública brasileira.
Introdução[2]
Como um grande balão de ensaio O Rio [a cidade] viveu intensamente as mudanças e os impasses decorrentes dos conflitos ocorridos nos diversos espaços de poder, do pensar e do agir em saúde
• A saúde pública, enquanto uma instituição das sociedades modernas, diferenciou-se da Clínica por 3 aspectos fundamentais [pelo menos]:
• * foi e é parte indissociável da atuação dos Estados nacionais[ e somente neste contexto desenvolveu-se] Obs::[ não que isto tivesse sido uma opção ou estratégia de sobrevivência , mas por uma simples decorrência da constituição histórica destas sociedades e a partir daí do objeto do qual se ocupou]
• “ A Saúde Pública é , por sua vez, uma necessidade do capitalismo p/ a reprodução da força de trabalho, um componente da legitimação do Estado e uma expressão da sua política” [Mario Testa]
• * A 2ª característica[ ainda relacionada ao seu objeto ]a doença enquanto um fenômeno coletivo.Obs:: principalmente e na proporção com que esta doença, ou problema sanitário , ameaçava a:
• segurança pública;• sistema social;• modo de produção
A Higiene[1] 1*capitulo
• A ciência qualificada de “positiva”, imparcial, detentora de soluções concretas p/ a ameaça oriunda das doenças que invadiam os territórios dos Estados modernos
tinha na Higiene, sua corporificação técnica e política.
a epidemiologia subordina-se aos avanços do conhecimento médico e biológico mas, ao mesmo tempo,institucionaliza e hegemoniza as práticas estatais na área de saúde.
enquanto a clínica não gerou , neste período, uma organização suficientemente convincente p/ produzir soluções concretas e satisfatóriasa partir dos conhecimentos gerados.
[ao contrário da clínica]as medidas de saúde pública alcançaram, em alguns casos resultados espetaculares.
• No Brasil esta fase coincide com a criação do Instituto Soroterápico[por Oswaldo Cruz].
A Higiene[2]
• Nesta época: o conceito de fronteira geográfica ainda era muito caro a Saúde Pública
já que isolar,aquartelar,cercar os doentes, bloquear, vigiar,combater,defender
• [ e outras terminologias militares] ainda era a solução p/ defesa dos Estados nacionais.• Estes Estados[nacionais] crucialmente dependentes do comércio e das trocas que faziam a
partir das fronteiras marítimas.
[ao mesmo tempo]começaram a surgir soluções a partir de intervenções sobre o meio ambientegraças a descoberta de várias cadeias de transmissão de doenças.
• Obs::Institucionalmente, e coerente com estas funções a Saúde Pública contava com uma organização sanitária centrada em Delegacias e Institutos.
As Delegacias situavam-se justamente no Rio de Janeiro no núcleo urbano central, junto ao porto de forma a tornar esta defesa a + eficaz possível.
Os Institutos buscaram descobrir novas técnicas que interrompessem as cadeias de transmissão e disseminação de doenças epidemias
assim atuou Oswaldo Cruz na cidade do Rio de janeiro viabilizando a ainda frágil economia capitalista brasileira.
A Higiene[3]
• Período Carlos Chagas Este períodoaprofundou este modo de atuação sanitária buscou vencer novos desafios e superar
outros ainda não solucionados na fase anteriorcomo :• ex : a Tuberculose
Este período ainda tinha como paradigma A Higiene
• Obs:: Junto com a criação do Dpto. Nacional de Saúde Pública institui-se o código sanitário detalhado e minucioso com 1.194 artigos
nele está contido : a preocupação em dar à nova ação sanitária uma reestruturação científica [de acordo com os melhores
conhecimentos da época]. reforçou a hegemonia do conhecimento médico ao criar o curso de Saúde Pública como especialidade
da Faculdade de Medicina regulamentou a obrigatoriedade de diagnosticar por meio de exames de laboratório e de notificar as
doenças restringiu a atuação de farmácias como locais de atendimento(assistência) criou órgão de fiscalização profissional aprofundou a regulação da vida e dos costumes dos cidadãos
A Higiene[4]
• Carlos Chagasmanteve a intransigente defesa da obrigatoriedade das vacinações(varíola) em massa apesar da resistência que ainda imperava em vários segmentos da população.
em termos organizacionaisreforço a especialização de funções com criação de várias Inspetorias cada uma destinada a um determinado problema ou agravo
• Obs::as inspetorias deveriam voltar a sua atuação p/ todo o território nacional para a qual deveria contar com a cooperação dos serviços estaduais e municipais.
• C. Chagas defendeu uma estratégia para o combate ao”maior flagelo da humanidade”[considerado na época] a Tuberculose [antecipou o discurso que iria predominar nos anos seguintes [ com a “Nova Higiene”}
recomendou as ações contra o contágio por meio da:
• notificação dos casos;
• isolamento;
• desinfecções;
• educação anti-tuberculosa
• Obs::aponta que o problema só seria definitivamente resolvido no dia que surgisse um processo biológico de imunização
• ou um tratamento específico contra a infecção dentro de uma perspectiva cientificista clássica
A Higiene[4]
• Dentre as inúmeras medidas tomadas entre finais da década de 1910 a década de 1920, 3 delas podem ser consideradas fundamentais ao lançarem as bases p/ uma nova forma de atuar em saúde no Brasil:
• - A criação da especialidade médica de Higiene e Saúde Pública
• - O curso de enfermeiras e visitadores a partir da chegada de enfermeiras dos EUA sob os auspícios da Fundação Rockfeller culminando com a criação da Escola de Enfermagem Anna Nery
• - Os postos de saneamento rural foram criados na periferia da capital da república ( Rio de Janeiro)[ + tarde se disseminaram pelo país] tinham como objetivo o combate a determinadas doenças como a malária, ancilostomose, e doença de Chagas
• Obs: Foram os primórdios da Nova Higiene.
As fronteiras e o isolamento deslocaram-se das áreas portuárias, com suas delegacias de saúde.
também as intervenções indiscriminadas sobre o meio ambiente foram transferidas para os limites das comunidades e do domicílio.
• Continua no próximo capítulo A Nova Higiene – [o 2* capitulo]-BREVE
Referencia
• Saúde em Foco-Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro ano VII , No 18, agosto 1998
Informe de epidemiologia em saúde coletiva.