capitulo 1. introdução - biblioteca digital de teses e ... · ... bem como a estrutura do...
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Capitulo 1.
Introdução. Neste capítulo é apresentada uma breve introdução sobre as principais motivações e
objetivos desta dissertação, bem como a estrutura do trabalho.
1.1 Justificativa e Motivações.
O problema de assegurar conexão em banda larga ao usuário, normalmente, é resolvido
através da tecnologia DSL (Digital Subscriber Line) ou ainda via fibra óptica. Entretanto, o
alto custo de instalação, as restrições quanto à mobilidade e as limitações físicas, como no
caso da DSL, têm limitado a utilização dessa ultima tecnologia. Para contornar as
limitações apresentadas pela conexão banda larga via cabo, foi desenvolvido o padrão IEEE
802.16 conhecido como WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access),
agregando interoperabilidade, suporte ao protocolo IP, altas taxas de transmissão de dados e
facilidade e rapidez de instalação da rede. O objetivo dessa tecnologia é atingir regiões nas
quais não existe infra-estrutura de banda larga com fio e, conseqüentemente, cobrir uma
área maior, quando comparada a banda larga via cabo, além de apresentar um menor custo
de manutenção.
A principal aplicação de WiMAX é a rede de acesso sem fio de banda larga. Ela compete
diretamente com tecnologias como a DSL, mencionada anteriormente, e as fibras óticas em
regiões onde elas já se encontram estabelecidas, pois oferecem serviços similares a um
preço competitivo. Esta solução é atrativa tanto para empresas como para usuários
domésticos: Além disso, a tecnologia WiMAX permite a conexão em banda larga em
regiões de difícil acesso ou carente de infra-estrutura, uma vez que ela não requer
instalações físicas complexas ou a conexão via cabo como nas tecnologias tradicionais.
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Estas vantagens têm permitido aos prestadores de serviço aumentar o desempenho e a
confiabilidade do sistema, além de reduzir os custos com equipamentos e os riscos do
investimento (SIEMENS, 2004), (WiMAX FORUM, 2004).
Devido as funcionalidades da tecnologia WiMAX, uma grande variedade de serviços de
banda larga sem fio poderá ser viabilizada como, por exemplo, voz sobre IP (VoIP) e vídeo
sob demanda (MUPPALA, et al, 2000),( SOUZA, et al, 2006).
Em um primeiro momento, a tecnologia WiMAX vem sendo utilizada como backhaul para
WiFi (IEEE Std 802.11a-1999) conectado à hot-spots públicos via cabo. Recentemente, o
desenvolvimento da norma WiMAX mobile (IEEE 802.16e-2005) flexibilizou o uso desta
tecnologia devido a não necessidade de conexão com hot-spots, tornando-se um possível
competidor para a terceira geração de telefonia celular.
1.2. Objetivos:
O objetivo desta dissertação compreende o estudo, a simulação e análise das características
do padrão WiMAX, que se encontram nas camadas do modelo OSI (GLOBAL
KNOWLEDGE, 2006) MAC e PHY. Para isso foram utilizados o ADS (Advance Design
Simulator) da “Agilent Tecnologies” e a linguagem de programação MATLAB, objetivando
uma melhor compreensão do padrão e uma análise de desempenho do sistema.
A estrutura da camada PHY do padrão pode ser subdividida em Banda Base e Banda RF.
Isto implica estudar, através de simulação, os vários tipos de modulação e esquemas de
codificação PHY, através do desempenho da BER (Bit Erro Rate) para vários modelos de
canal com multipercursos e desvanecimento (fading).
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1.3. Estrutura do Trabalho. Este trabalho está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo apresenta uma
introdução geral sobre o trabalho da dissertação. O segundo capítulo é uma introdução à
família do padrão IEEE 802.16, datas das publicações e as características das mesmas. O
terceiro capítulo descreve a estação banda base OFDM – PHY. A multiplexação por divisão
de freqüência ortogonal é descrita em detalhe, analisando-se as portadoras utilizadas para
levar a informação, suas características, tipos de interferência, vantagens e desvantagens,
bem como sua complexidade. O quarto capítulo analisa todos os módulos da camada
802.16a OFDM PHY da banda RF (antena, duplexers, LNAS, filtros, osciladores, DAC,
ADS) e da banda base (Randomizador, codificador RS, codificador convolucional,
interpolador, IFFT, inserção do CP, montagem do quadro). No quinto capítulo descreve-se
a implementação em ADS e MATLAB do modelo descrito no capitulo três e analisam-se os
resultados obtidos pelas simulações para a avaliação do sistema. Finalmente, no capítulo
seis são apresentadas as conclusões dos modelos e propostas de trabalhos futuros.
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Capitulo 2. Familia IEEE 802.16.
Este capítulo analisa e discute as novas característica incorporadas ao padrão IEEE
802.16 . As camadas da norma IEEE 802.16-2004 PHY e MAC, descrita no anexo A, foram
revisadas e suas características apresentadas para uma melhor compreensão das hipóteses
utilizadas na simulação da Camada de Banda Base.
2.1. Resumo da família IEEE 802.16
O padrão IEEE 802.16, também conhecido como IEEE WirelessMAN (Rede sem fio de
área metropolitana) (IEEE WirelessMAN, 2006) é o nome dado para redes metropolitanas
sem fio. Esse padrão tem como proposta inicial disponibilizar o acesso banda larga sem fio
com alta velocidade de trasmissão de voz e vídeo para grandes distâncias e sem a
necessidade de investimentos em infra-estrutura, como ocorre com uma rede de acesso
banda larga cabeada, e sem as limitações de distância encontradas nas tecnologias DSL.
Dentre as promessas deste novo padrão inclui-se a solução para o problema da “última
milha” pela redução dos custos de implantação e do tempo necessário para conectar os
usuários aos troncos das linhas de comunicação.
O primeiro padrão da família de BWA foi o IEEE 802.16, esboçado em dezembro 2001 e
apresentado na versão final publicada em 8 de abril de 2002 (IEEE Std 802.16-2001, 2002).
As bandas de freqüência alocadas para esse padrão situam-se na faixa de 10 a 66 GHz, com
propagação de linha de visada (LOS) e com modulação single carrier. A topologia da rede
usada nesse padrão é a rede ponto-multiponto, pois o tráfego ocorre entre a estação base
(BS) ou subscritores múltiplos (SS).
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Em janeiro de 2003, a IEEE aprovou o padrão 802.16a com bandas situadas no intervalo de
2 a 11 GHz. Além permitir o uso de menores freqüências, este novo padrão permite
trabalhar sem visada direta (NLOS – Non Line of Sight) entre o transmissor e receptor
(IEEE Std 802.16a-2003, 2003). Esta novidade ajudou este padrão tornar-se a tecnologia
apropriada para as redes de acesso sem fio de banda larga em zonas tipicamente urbanas,
nas quais obstáculos como, por exemplo, árvores e prédios, são comuns, e onde antenas são
colocadas em telhados e tetos ao invés de colinas.
Portanto, a tecnologia WiMAX agrega o melhor de ambos mecanismos de cobertura
permitindo atingir distâncias superiores à 30 Km (IEEE Std 802.16-2001, 2002) nas
condições LOS (Line of Sight) além de estabelecer células de vários quilômetros em
condições NLOS.
Finalmente, em outubro de 2004 foi publicada a última revisão do padrão IEEE 802.16-
2004, (IEEE Std 802.16-2004, 2004) com o objetivo de reunir todas essas características
em uma única norma. Nesta última versão, a camada física possui diferentes alternativas:
WirelessMAN-SC (Metropolitan Área Networks – Single Carrier), WirelessMAN-
SCa(SCa), WirelessMAN-OFDM (Ortoghonal Frequency Division Multiplexing),
WirelessMAN-OFDMA(OFDM-Access) que serão descritos nos item 2.2.1.1
Dentre todas as alternativas, a que mais obteve êxito e para a qual se desenvolveu a maioria
dos equipamentos fabricados, é a denominada WirelessMAN-OFDM, que é equivalente à
norma IEEE 802.16a e que coincide com o padrão definido pela ETSI (European
Telecommunication Standardizatition Institute), denominado HIPERMAN (HIgh
PERformance Metropolitan Area Network). O tema da dissertação enfoca esta alternativa. Finalmente, foi desenvolvida a versão IEEE 802.16e em janeiro de 2006 (IEEE Std
802.16e-2005, 2006) que permite a mobilidade entre células.
Na Figura 2.1 é apresentada uma rede sem fio completa (indoor e outdoor). Nesta rede
estão os quatro tipos que existem no mercado: UWB, Bluetooth, Wifi e WiMAX as quais
se complementam tanto no interior e exterior aos edifícios.
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Figura 2.1. Topologia de rede sem fio completa (indoor e outdoor) (MARKS, 2002).
Na Figura 2.2 são apresentadas a topologia e arquitetura de uma rede WiMAX, incluindo
estações radio base, repetidores, e estações cliente (empresas e residencias). Esta rede esta
unida a uma rede externa que pode ser de tipo ATM, SONET etc.
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Figura 2.2. Topologia e arquitetura da rede WiMAX (MARKS, 2002).
2.2. Revisão do padrão IEEE 802.16 - 2004.
O padrão IEEE 802.16 – 2004, apresentada na Figura 2.3, especifica a interface aérea para
freqüências de até 66 GHz e inclui a camada de enlace de dados (MAC) e múltiplas
camadas físicas (PHY), segundo a arquitetura de protocolos (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
As camadas serão descritas no item 2.2.1.
A figura 2.3 mostra o diagrama de blocos do protocolo que utiliza o padrão WiMAX. A
camada PHY e a camada MAC do modelo OSI. A camada MAC esta subdividida em três
subcamadas: subcamada de convergência especifica, subcamada de parte comum e
subcamada de segurança (descritas no ANEXO A).
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Figura 2.3. Arquitetura de protocolos da tecnologia WiMAX: Camada física e de enlace de
dados (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
2.2.1. Características da camada Física (PHY).
As principais funções desempenhadas pela camada física são:
• Transmissão dos MAC PDUs.
• Definição das técnicas de transmissão digital: modulação e codificação.
• Definição de espectro de Freqüências.
• FEC (Correção de erro direta).
• Definição da técnica de duplexação.
• Construção dos quadros e subquadros de transmissão.
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A seguir são apresentados, em termos gerais, os principais aspectos das camadas físicas
padronizadas pelo IEEE.
2.2.1.1 Padrões da Camada Física IEEE 802.16 – 2004.
São especificados quatro padrões de camada física para o WirelessMAN: SC (Single
Carrier), SCa (Single Carrier a), OFDM (Orthogonal frequency-division multiplexing) e
OFDMA (Orthogonal Frequency-Division Multiple Access). O WirelessHUMAN,
especificação do IEEE 802.16 para redes metropolitanas não licenciadas, suporta os
mesmos padrões, possuindo alguns componentes específicos de canalização e transmissão
de máscara espectral e que não estão incluídas neste trabalho.
O padrão SC descreve uma camada física de portadora única que opera a altas freqüências,
necessária para assegurar a comunicação de linha de visada da fonte com o destino. Já no
padrão SCa é possível a transmissão fora de linha de visada. As distancias que pode atingir
são de até 5Km segundo (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
O primeiro padrão OFDM foi criado para aplicações pouco exigentes, com baixo alcance,
e, possivelmente, para ambientes internos. O modelo emprega FFT (Fast Fourier
Transform) com 256 portadoras enquanto o padrão OFDMA, emprega FTT com 2048 e
4096 portadoras transmitidas simultaneamente.
As modulações utilizadas dependem da especificação de cada modelo de camada física.
Modulações com muitos símbolos alcançam taxas de dados elevadas, mas possuem
alcances reduzidos. Elas incluem: QPSK (Quadrature Phase Shift Keying) e QPSK com
mapeamento de Gray com constelação de 4 símbolos, 16-QAM (16-State Quadrature
Amplitude Modulation) com constelação de 16 símbolos, 64-QAM (64-State Quadrature
Amplitude Modulation) com constelação de 64 símbolos, 256-QAM (256-State Quadrature
Amplitude Modulation) com constelação de 256 símbolos, BPSK e Spread BPSK (Binary
Phase-Shift Keying) com constelação de 2 símbolos.
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2.2.1.1.1 - WirelessMAN-SC
Opera na faixa de 10-66GHz. Suporta TDD e FDD. Permite utilizar vários perfis de
transmissão adaptativos (ABPs – Adaptive Burst Profiles) além de permitir o ajuste
individual dos parâmetros de trasmissão, para cada estação, quadro por quadro. O uplink é
baseado em uma combinação de TDMA e DAMA (Demand Assigned Multiple Access). O
downlink é TDM, fazendo o broadcast da informação destinada as estações de um mesmo
setor. FDD suporta fullduplex e half-duplex, justamente porque utiliza duas freqüências
distintas. Cada freqüência pode usar modulações diferentes.
No TDD o quadro possui um tamanho fixo sendo possível se ajustar a porção do quadro
destinada a downlink e a uplink. Desta forma, é possível se ajustar a capacidade de
transmissão em ambas as direções.
Um mapeamento de downlink é enviado pela estação base no início do subquadro para
identificar onde estão os slots de tempo destinados a uma determinada estação cliente. Este
mapeamento detalha quando os dados para uma determinada conexão estão sendo
esperados. A alocação dos timeslots no downlink é feita pela estação base.
Para que o TDD funcione, é necessário a sincronização dos quadros na BS e SSs. Este é o
maior problema do TDD, uma vez que o atraso de propagação faz com que os quadros
sejam recebidos no destino somente após um intervalo de tempo. Para resolver este
problema, é necessário que a SS inicie a transmissão dos seus slots de tempo no subquadro
uplink, antecipadamente.
2.2.1.1.2 - WirelessMAN-Sca
É baseada em transmissão de portadora simples (SC – Single Carrier), projetada para
sistemas sem visada direta (NLOS) e para operar na faixa de abaixo de 11 GHz. Suporta
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TDD e FDD. Downlink é TDM ou TDMA. Uplink é TDMA. Acrescenta melhorias na
estrutura dos quadros visando contornar as limitações do meio de transmissão NLOS.
2.2.1.1.3 - WirelessMAN-OFDM
É baseada na modulação OFDM (Ortoghonal Frequency Division Multiplexing), projetada
para sistemas sem visada direta (NLOS) e para operar na faixa de até 11 GHz. Possui um
total de 256 subportadoras. Dessas, somente 200 levam dados. Possui 55 portadoras de
guarda e 8 subportadoras pilotos. Suporta TDD e FDD. Um quadro também consiste de um
Downlink Subquadro e um Uplink Subquadro. Um Downlink Subquadro consiste de um
único PHY PDU. Um Uplink Subquadro consiste de um ou mais PHY PDUs. Este inicia
com um grande preâmbulo utilizado para fins de sincronização. Após este preâmbulo,
existe um espaço de controle chamado FCH (Frame Control Header). Esse campo serve
para diversos propósitos, incluindo mapeamentos. Depois do FCH existem vários Downlink
Bursts, cada qual podendo utilizar diferentes ABPs. Esta camada possui estruturas de
transmissão diferentes, dependendo se a topologia é PMP (Point-Multipoint) ou malha
(Mesh) (item descritos no capitulo 4).
2.2.1.1.4 - WirelessMAN-OFDMA
Utiliza OFDM com 2048 subportadoras. Uma SS pode utilizar mais que uma subportadora,
daí o termo Multiple Access. A utilização de 2048 subportadoras torna a FFT mais lenta e
aumenta os requisitos de sincronização mas é utilizada Para objetos em movimento. Utiliza
o padrão WiMAX móbile. Por este e outros motivos, este sistema tem despertado maior
interesse da indústria.
A tabela 1 mostra o sumario dos padrões da camada física WiMAX.
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Tabela 1. Sumário das designações da camada física do IEEE 802.16 - 2004.
Designação
Função
Operações LOS/NLOS
Faixas de
Freqüência
Tipos de
Duplexação
WirelessMAN-SC
Ponto a ponto
LOS
10 – 66 GHz
TDD, FDD
WirelessMAN-Sca
Ponto a ponto
NLOS
2 - 11 GHz
TDD, FDD
WirelessMAN OFDM
Ponto a multiponto
NLOS
2 - 11 GHz
TDD, FDD
WirelessMAN OFDMA
Ponto a multiponto
NLOS
2 - 11 GHz
TDD, FDD
WirelessHUMAN
Ponto a multiponto
NLOS
2 - 11 GHz
TDD
2.2.1.2 Vantagens e Desvantagens dos Padrões da
camada física.
Nas interfaces aéreas já mencionadas, o sistema OFDM é o mais adequado para operações
(NLOS) devido a simplicidade do processo de equalização para sinais multiportadoras.
Dentre os OFDM baseados em interface de ar, 256-portadoras sem fio MAN-OFDM é o
mais vantajoso para os fabricantes por algumas razões, tais como:
• Utilização da transformada rápida de Fourier (FFT),
• Menor necessidade de sincronização de freqüências quando comparadas as 2048-
portadoras MAN-OFDMA sem fio.
• Todo os perfis definidos por “WiMAX Fórum” (WiMAX FORUM) especificam as
256-portadoras OFDM PHY.
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• Maior eficiência devido ao espaçamento de canal reduzido (sobreposição de
portadoras ortogonais).
• Equalização simplificada ou inexistente.
• Mais imune a fading.
• Taxa de transferência de dados pode ser definida de acordo com as condições do
ambiente (centros urbanos ou zonas rurais).
Desvantagens.
• Maior sensibilidade a ruído de fase e desvios de tempo e freqüência.
• Transmissores e receptores mais caros quando comparados aos transmissores das
outras tecnologias tais como TDM, SONET (transmissão a cabo e fibra óptica).
• A eficiência na transmissão do sinal é reduzida pela necessidade de intervalo de
guarda. Precisa incluir um intervalo de tempo para evitar interferência
intersimbolica, assim sendo com a mesma potencia se enviem menos quadros de
dados. (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
Para assegurar a implementação global, o padrão IEEE 802.16a foi definido com uma
largura de banda de canal variável. A largura de banda do canal pode ser um inteiro
múltiplo de 1.25MHz, 1.5MHz, e 1.75MHz com um máximo de 20MHz. A possível opção
de larguras de banda está sendo reduzida a poucas possibilidades pelo “WiMAX Fórum”
(WiMAX FORUM). que tem como principal tarefa segurar a inter-operabilidade na
implementação do referido padrão por diferentes fabricantes de equipamentos.
As distâncias dos enlaces, isto é, os tamanhos das células, variam de acordo com as faixas
de freqüência usadas, o ambiente, condições da propagação e ganho das antenas. O sistema
atinge distâncias entre 5 a 8 Km para NLOS e de 25 a 30 Km para LOS Para ganho de
antenas de 30 dB (IEEE Std 802.16-2004, 2004). O fenômeno de atraso de propagação esta
associado a dispersão de multipercurso que produz fading. A fim de evitar a interferência
intersimbólica e a interferência das interportadoras, um prefixo cíclico (CP) é introduzido
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diante de cada elemento de dados de um símbolo OFDM (LANGTON, 2004), (LEITE, et
al, 2002). É necessário escolher um CP (Prefixo Cíclico) maior que o máximo atraso de
propagação.
Na Tabela 2 são apresentados os valores de máximo atraso da propagação em diferentes
tipos de ambiente. Estes valores de atrasos da propagação permanecem sem mudar para
qualquer freqüência que opera acima de 30 MHz, uma vez que os comprimentos de onda
são menores que as estruturas. As medidas recentes confirmam os valores para faixas de
freqüência entre 800 MHz e 6 GHz. (HOYMANN, 2005), (KEPLER, et al, 2002).
Tabela 2. Espalhamento de atraso . (HOYMANN, 2005), (KEPLER, et al, 2002).
Tipo de ambiente. Máximo Atraso de Propagação (us)
Dentro de prédios (casas, oficinas)...........................< 0.1
Prédios maiores (Fabricas). < 0.2
Área aberta. < 0.2
Área suburbana LOS. 0.2 – 1.0
Área suburbana NLOS. 0.4 – 2.0
Área urbana. 1.0 – 3.0
Obs: outros autores citam que os espalhamentos de atraso podem atingir 50 us.
2.2.1.3 Modulação Adaptativa, codificação e taxas de
dados.
O padrão 802.16 define sete níveis de combinações de modulação e codificação que podem
ser utilizadas para alcançar várias trocas de nível e robustez de dados, dependendo do canal
e condições de interferência. Estas possíveis combinações são apresentadas na Tabela 3.
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Tabela 3. Tipos de modulação WiMAX. (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
Taxa ID Tipo de Modulação e Taxa RS-CC
0 BPSK 1 / 2
1 QPSK 1 / 2
2 QPSK 3 / 4
3 16QAM 1 / 2
4 16 QAM 3 / 4
5 64 QAM 2 / 3
6 64 QAM 3 / 4
7 a 15 Reservado
Taxa ID indica o tipo de modulação e codificação utilizado nos bursts Uplink e Downlink.
A codificação Taxa ID é fixo e não pode ser alterado durante a operação do sistema.
As taxas de dados que a tecnologia WiMAX pode atingir, varia de acordo com o tipo de
modulação e codificação segundo o padrão IEEE 802.16 – 2004 e são apresentadas na
Tabela 4.
Tabela 4. Taxas de dados, tipos de modulação e largura de banda em MHz (IEEE Std
802.16-2004, 2004).
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A capacidade de alterar dinamicamente os vários esquemas de modulação definidos pelo
padrão, é uma das mais interessantes características da camada física do WiMAX.
Basicamente, a definição da modulação a ser adotada é realizada pelo requisito de taxa de
transferência do usuário e pela relação sinal-ruído do enlace. Condições de propagação
severas ou enlaces muito longos requerem esquema de modulação dos níveis menores e
mais robustos. Portanto, em detrimento da taxa de transmissão, é garantida uma
comunicação estável a taxas mais baixas. Esquema BPSK ou QPSK é típico.
Quando altas taxas são necessárias e as condições de propagação são favoráveis,
usualmente enlaces de curta a média distâncias e esquemas de modulação de alta eficiência
espectral são empregados para garantir taxas elevadas de transmissão. Nessas
circunstâncias, modulações 16-QAM e 64-QAM são empregadas. A modulação 64-QAM
pode suportar taxas de pico de 26 Mbps sobre um canal de 7 MHz (IEEE Std 802.16-2004,
2004) .
A modulação adaptativa proporciona um aumento na faixa de modulação desde que seja
feita feita a adaptação, conforme a distância e as condições de desvanecimento
(particularmente crítico em ambientes NLOS), como ocorre nos sistemas tradicionais,
manter um esquema de modulação fixo, eficiente para as piores condições. A Figura 2.4
apresenta um diagrama simplificado do conceito apresentado anteriormente. Os valores de
SNR (relação sinal-ruído) são de referência (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
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Figura 2.4. Esquema de modulação adaptativa adotado na tecnologia WiMAX. (MARKS,
2002).
2.2.1.4. Sistema de Antenas Adaptativas. O AAS (Adaptative Antenna System) é apresentado na especificação do WiMAX para
descrever as técnicas de conformação de feixe (beamforming) nas quais uma disposição de
antenas é usado na estação rádio-base (BS) com o objetivo de aumentar o ganho na direção
do usuário (SS) e anular ou minimizar a interferência de, e para, as outras SSs bem como
minimizar ou anular as outras fontes de interferência. As técnicas AAS são usadas para
possibilitar SDMA (Spatial Division Multiple Access), (VORNEFELD, et al, 1999). de
forma que múltiplas SSs, separadas no espaço, podem transmitir e receber simultaneamente
no mesmo subcanal. Pelo uso de conformação de feixe, a BS tem a habilidade de direcionar
o sinal desejado para as diferentes SSs, bem como distinguir entre os sinais oriundos das
diferentes SSs, ainda que estejam operando nos mesmos subcanais.
Em linhas gerais, os sistemas de antenas adaptativas ajustam-se de forma a atender
determinado critério de desempenho pré-estabelecido como, por exemplo, a maximização
da relação sinal a Interferência com ruído S/(I+N).
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Há três categorias para os sistemas AAS (LIBERTI, 1999):
▪ Troca de feixes (Switched Beam): Várias antenas estão disponíveis em cada setor do hub
do servidor para transmissão e recepção. Os apontamentos das antenas e diagrama de cada
uma são fixos (o que é um limitante da técnica), de forma que é um esquema semelhante à
diversidade já conhecida (de duas antenas). A cada momento é escolhido o melhor feixe de
comunicação com o terminal;
▪ Direcionamento de feixe (Beam Steering): Aponta a antena de máximo ganho do setor
em direção ao terminal do usuário, maximizando S/(I+N). Pode ser usada em terminais
móvel ou fixa e é de complexidade intermediária entre a técnica de troca de feixes e a
técnica de combinação descrita a seguir.
▪ Combinação ótima da relação S/(I+N): Sistema de realimentação, pelo qual é verificado
se a saída coincide com um sinal de referência, da qual tenta-se extrair qualquer ruído ou
interferência. É o esquema de implementação mais complexa por exigir o ajuste dos
parâmetros de filtragem.
2.2.1.4.1. Técnicas de Antenas Adaptativas que permitem
SDMA.
Se uma disposição de antenas estiver montada na estação base (BS) IEEE 802.16, os
algoritmos da formação do feixe (beamforming) permitem focalizar a potência de
transmissão dentro de determinados sentidos e aumentar a relação sinal/ruído do receptor
(SNR). É também possível dirigir os nulos em determinados sentidos para diminuir a
interferência do co-canal. Um feixe é dirigido aplicando um peso, isto é, um número
complexo a cada elemento da antena. Assim, um feixe é representado por um símbolo “ ”
do vetor de peso que contenha um peso por elemento da antena (ver Figura 2.5). Se os
feixes múltiplos forem aplicados, um vetor de peso por feixe tem que ser calculado
. O Beamforming ou a pré-equalização maximizará o SNR enfocando a
iw
),,( 110 −Kwww
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energia transmitida no sentido desejado. Ao mesmo tempo minimiza a energia emitida para
todos os outros sentidos. Esta técnica, junto com a natureza linear do elemento da antena,
permite uma disposição de antena a transmitir um sinal em um sentido enquanto transmite
um outro sinal ao mesmo tempo, na mesma freqüência e em outra direção.
Elementos de Antena
Figura 2.5. Formação de feixes (Beamformer) para múltiplos sinais (HOYMANN, C, 2006).
11α coeficiente de amplitude para o
usuário 1 e 21α coeficiente deamplitude de usuário 1 com respeito aousuário 2. notar que 21α é quase zeroporque não existe interferência entre osfeixes
Figura 2.6. Dois exemplos de diagramas de radiação de feixes otimizados e
correspondentes fatores de amplitude (α ). (HOYMANN, C, 2006).
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Um exemplo é mostrado na figura 2.6. Aplicando o padrão de antena otimizada (de linha
contínua), um sinal pode ser dirigido ao usuário 1 e um zero pode ser colocado no sentido
do usuário 2, supondo que os diferentes usuários estão suficientemente separados para
aplicação do algoritmo. Ao mesmo tempo, na mesma freqüência um sinal diferente pode
ser emitido através de um diferente padrão de antena otimizada (linha pontilhada) que é
dirigido ao usuário 2 e tenha um zero dirigido ao usuário 1. Os fatores de amplitude
resultantes 11α = 0.86 e 21α =0.002 apontam ao usuário 1 que significa que não existe quase
nenhuma interferência entre os dois usuários em um cenário com dois usuários e quatro
elementos de antenas analogamente, mais usuários podem ser beneficiados (atingidos,
conectados) simultaneamente sem interações significativas. Este princípio pode ser
aplicado tanto no downlink como no uplink.
2.2.2. Camada de controle de Acesso ao Meio (MAC).
A camada MAC está descrita no ANEXO A deste trabalho.
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Capitulo 3. Estação Base 802.16a OFDM – PHY.
Neste capítulo é apresentada uma discussão mais detalhada sobre o tipo de modulação
OFDM e suas características, tais como número de portadoras, ortogonalidade, desenho
do transmissor OFDM, interferência intersimbólica, utilização de OFDM em WiMAX,
intervalo de guarda, entre outros, bem como os parâmetros utilizados para o transmissor e
receptor.
3. Modelo da Estação Base 802.16a OFDM – PHY.
A tecnologia OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing) é um meio eficiente
para superar os desafios de propagação NLOS (sem linha de visada). A forma de onda
WiMAX OFDM possibilita a operação em ambientes NLOS. Além disso, através dos
símbolos de tempo OFDM e o uso dos prefixos cíclicos, a modulação OFDM elimina os
problemas de interferência intersímbolo (ISI), uma vez que o sinal OFDM é composto de
portadoras ortogonais múltiplas. O funcionamento detalhado da tecnologia OFDM é
descrito a seguir.
3.1. Multiplexação Ortogonal por Divisão de Freqüência
(OFDM).
OFDM é um subconjunto da técnica FDM - multiplexação por divisão de freqüência - na
qual um único canal utiliza subportadoras múltiplas em freqüências adjacentes. Além disso,
as subportadoras em um sistema OFDM são sobrepostas para maximizar a eficiência
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espectral. Ordinariamente, os canais adjacentes se sobrepondo podem interferir uns com os
outros. Entretanto, as subportadoras, em um sistema OFDM, são ortogonais entre si,
podendo ser sobrepostas sem que ocorram interferências. Conseqüentemente, os sistemas
OFDM podem maximizar a eficiência espectral sem causar a interferência do canal
adjacente. (LANGTON, 2004), (LEITE, et al, 2002).
Um exemplo do sinal no domínio da freqüência de um sistema OFDM, com três canais, é
apresentado na Figura 3.1.
Canal 0. Canal 1. Canal 2.
Sobreposição de sub-portadoras.
Figura 3.1. Exemplo de sinal no domínio da freqüência de um sistema OFDM com três
canais (WiMAX FORUM).
Observa-se na Figura 3.1. que existe sobreposição das sete subportadoras, os vales de cada
subportadora situa-se na freqüência central de todas as outras subportadoras (interferência
entre subportadoras é nula). Esta configuração permite um rendimento de dados maior
quando comparado a um sistema de FDM.
3.1.1. Ortogonalidade das Subportadoras.
Os sistemas de comunicação OFDM possibilitam o uso mais eficiente do espectro da
freqüência através da sobreposição das subportadoras. Essas são configuradas para se
Freqüência
38
sobreporem parcialmente e assim evitar interferência nas subportadoras adjacentes, uma
vez que, a máxima potencia de cada subportadora corresponde diretamente à mínima
potência de cada canal adjacente (LEITE, et al, 2002), (LANGTON, 2004). Na Figura 3.2 é
apresentado o domínio da freqüência de um sistema OFDM. Cada subportadora está
representada por um pico diferente. Além disso, o pico de cada subportadora corresponde
diretamente com o cruzamento zero de todas os canais.
Com sistemas de OFDM, um pulso em forma de sinc1 é aplicado no domínio da freqüência
de cada canal. Conseqüentemente, cada subportadora permanece ortogonal a um outro.
Figura 3.2. Domínio da freqüência de um sistema OFDM. (LANGTON, 2004).
1 Sinc: Função matemática utilizada para o processamento digital de sinais. A função Sinc é comumente definida como:
xxsinxsinc
ππ )()( =
Esta função tem uma singularidade evitável em zero, que geralmente se redefine especificamente como igual a 1. A função sinc é analítica em todas suas partes.
39
No projeto de execução de um transmissor/receptor para envio de sinal de dados e com a
utilização de subportadoras múltiplas para transmitir um canal individual, um sistema de
comunicações de OFDM deve realizar vários passos, conforme descrito na Figura 3.3 e que
são definidos nos seguintes itens.
Figura 3.3. Transmissor – Receptor de um sistema de comunicações de OFDM (WiMAX
FORUM).
3.1.1.1. Conversão Série a paralelo.
Em um sistema OFDM cada canal pode ser dividido em várias subportadoras. O emprego
de subportadoras propicia uma utilização ótima do espectro de freqüência, mas também
requer processamento adicional para o transmissor e o receptor. Este processamento
adicional é necessário para converter um bitstream (todo e qualquer objeto de informação
que possa ser representado através de uma seqüência de dígitos binários) série em diversos
bitstreams paralelos a serem divididos entre as subportadoras individuais. Uma vez que o
bitstream foi dividido entre as subportadoras individuais, cada subportadora está modulada
40
como se fosse um canal individual antes que todos os canais sejam combinados, unidos e
transmitidos conjuntamente. O receptor executa o processo reverso para dividir o sinal
recebido em subportadoras apropriadas e, em seguida, demodular estes individualmente
antes da reconstrução do bitstream original.
3.1.1.2. Modulação com FFT Inversa. OFDM pode ser gerado facilmente usando a Transformada Rápida de Fourier Inversa
(IFFT). A modulação dos dados em uma forma de onda complexa ocorre na IFFT do
transmissor (LEITE, et al, 2002). Nesta técnica, o esquema de modulação pode ser
escolhido independentemente do canal específico que está sendo usado baseado nas
exigências do desenho de ambiente de trabalho. É possível para cada subportadora
individual usar um esquema diferente da modulação. O papel do IFFT é modular cada
subcanal na portadora apropriada (LEITE, et al, 2002).
3.1.1.3. Inserção do Prefixo Cíclico. Como os sistemas de comunicações sem fio são suscetíveis a reflexões de multipercurso do
canal, um prefixo cíclico é adicionado para reduzir a ISI (Interferência Intersímbolica) (ver
item 3.1.1.5). Um prefixo cíclico é uma repetição da primeira seção de um símbolo
adicionado ao fim do símbolo. Além disso, é importante porque permite representações de
multipercurso do sinal original se este se desvanece de modo que não interfiram com o
símbolo subseqüente.
3.1.1.4. Conversão Paralelo a Série. Uma vez que o prefixo cíclico foi adicionado, os canais da subportadora devem ser
transmitidos como um sinal único. Assim, o estado de conversão paralelo a série é o
processo de somar todas as subportadoras e de combiná-las em um sinal.
Conseqüentemente, todas as subportadoras são geradas simultaneamente.
41
3.1.1.5. Redução de Interferência Intersimbólica (ISI).
Em sistemas com portadora única, a interferência intersimbólica freqüentemente é causada
pelas características de multipercurso de um canal de comunicações sem fio. Nota-se isso
ao transmitir uma onda eletromagnética para cobrir uma certa distância e que obrigue o
sinal passar por uma grande variedade de meios físicos. Conseqüentemente, o sinal real
recebido contém o overlaid (atraso) direto trajeto com reflexões de amplitudes menores
(ROHDE & SCHAWARZ, 2006) conforme apresentada na Figura 3.5. com taxas elevadas
do símbolo, os sinais refletidos podem interferir com os símbolos subseqüentes. Em
sistemas sem fio, isto cria uma dificuldade porque o sinal recebido pode ser ligeiramente
distorcido. Neste cenário, o sinal direto do trajeto chega como esperado, mas as reflexões
ligeiramente atenuadas chegam atrasadas. Estas reflexões constituem um desafio porque
interferem os símbolos subseqüentes transmitidos ao longo do trajeto direto. Estas reflexões
do sinal são atenuadas através de filtros, que suprime seções iniciais e finais do período de
símbolo. A Figura 3.5 ilustra este problema torna-se mais significativo para taxas elevadas
do símbolo, pois as reflexões compõem uma porcentagem significativa do período do
símbolo.
Figura 3.4. Exemplo de atraso de sinal (Overlaid) entre o transmissor e receptor
(LANGTON, 2004).
42
Reflexões Propagadas por Multipercurso
Reflexões do sinal causa ISI
Símbolos tipo Pulso
Tempo
Potencia
Δt Período do Símbolo
Figura 3.5. Taxas de Símbolos altos que provocam ISI (FDM) (WiMAX FORUM).
Os sistemas de OFDM contornam este problema utilizando um período comparativamente
longo do símbolo. Além disso, fazem isto sem sacrificar o rendimento utilizando
subportadoras múltiplas por canal. A Figura 3.6. Esquematiza no domínio de tempo os
símbolos OFDM. Notar que em um sistema de OFDM, a taxa do símbolo pode ser reduzida
e ainda assim conseguir rendimento similar ou igual de redução de ISI.
Intervalo de guarda Δt Período do Símbolo
Tempo
Potencia Reflexões de Propagação porMultipercurso
Figura 3.6. Redução da ISI com Taxa de Símbolo baixa (OFDM) (WiMAX FORUM).
43
Notar também na Figura 3.6. que o tempo necessário para atenuar completamente as
reflexões é a mesma que antes. Entretanto, utilizando uma taxa menor do símbolo, as
reflexões do sinal compõem somente uma porcentagem pequena do período total do
símbolo. Assim, é possível adicionando simplesmente um intervalo de guarda para remover
a interferência das reflexões sem que o rendimento do sistema seja reduzido
significativamente.
3.2. OFDM em WiMAX.
A modulação OFDM em WiMAX tem a seguinte distribuição: Segundo o Padrão IEEE
802.16a. os dados são emitidos em forma de símbolos de OFDM. Um símbolo de OFDM é
composto de portadoras, e o tamanho de FFT é determinado pelo número de portadoras.
Neste padrão são determinados 256 portadoras. Três tipos de portadoras são usados aqui:
dados, piloto, e nulos. Para transmissão de dados são utilizadas 192 portadoras; das quais 8
portadoras são para pilotos, espaçadas ao longo do espectro OFDM e utilizadas em
estimativas; e 56 portadoras nulas, reservadas para faixas do protetor e remoção do sub-
portadora de freqüência central (DC). As bandas de guarda têm o objetivo de permitir que o
sinal decaia naturalmente e criar a forma de “muralha” do FFT. A sub-portadora DC
equivale à freqüência RF central da estação. A figura 3.7. Esquematiza a descrição das
portadoras OFDM.
44
Figura 3.7. Descrição das portadoras OFDM (IEEE Std 802.16-2004, 2004), (ETSI, 2005).
A forma de onda do símbolo OFDM, no domínio da freqüência é criado pela transformada
inversa de Fourier do símbolo de OFDM no tempo (descrita em 3.1.1.2). O símbolo de
OFDM tem duração , inclui o tempo útil do símbolo, ( = 1/ espaçamento da
portadora), e um prefixo, . O prefixo, denominado de prefixo cíclico (PC), é uma cópia
do fim do símbolo adicionado no começo. O intervalo do protetor, G, é definido como a
relação do comprimento do PC ao tempo útil do símbolo (G = ). O padrão de IEEE
802.16-2004 especifica quatro relações para o intervalo do protetor, 1/4, 1/8, 1/16, e 1/32.
O intervalo do protetor é usado pelo receptor para reduzir o multipercurso e melhorar o
desempenho do sistema.
sT bT bT
gT
sg TT /
Figura 3.8 Esquema da estrutura do domínio de tempo do símbolo de OFDM (IEEE Std
802.16-2004, 2004), (ETSI, 2005).
45
Para descrever o sistema OFDM. Um numero de termos são utilizados para especificar os
parâmetros das propriedades físicas.
• Largura de banda nominal do canal BW(Hz).
./ nFBW s=
• Freqüência de amostragem (Hz). sF
• A Freqüência de amostragem e sempre maior que comprimento de banda. sF
• Fator de amostragem “n”.
n = / BW. sF
• NFFT Tamanho da Transformada Rápida de Fourier FFT ou número de pontos para
OFDM 256.
• Espaçamento da portadora fΔ (Hz): é a distância entre 2 portadoras OFDM
adjacentes.
fΔ = / . sF FFTN
• Tempo de símbolo usado (s) bT
bT = 1 / . Para a análise de FFT este é a longitude de intervalo analisada. fΔ
• Relação período de guarda / intervalo G(1), prefixo cíclico (CP) (s) gT
(Valores típicos de G: ¼, 1/8, 1/16 ou 1/32) o tempo absoluto é chamado Prefixo
Cíclico ( = G . ). gT bT
• Tempo do símbolo OFDM.
sT = + . bT gT
A equação ( I ) especifica a tensão do sinal transmitido para a antena, em função do tempo,
durante a duração dos símbolos OFDM.
⎪⎭
⎪⎬
⎫
⎪⎩
⎪⎨⎧
= ∑≠
−=
−Δ2/
2/0
)(22 .Re)(usd
usd
gc
N
kNk
Ttfkjk
tfj ecets ππ
.............. ( I )
(IEEE Std 802.16-2004, 2004), (ETSI, 2005).
46
usdN Numero de harmônicas. t é o tempo, percorrido desde o começo do símbolo OFDM, com 0 < t < na equação ( I ) sT
kC corresponde a um número complexo; os dados a serem transmitidos sobre a portadora
de quem a freqüência offset tem índice k, durante o símbolo OFDM. Isto especifica um
ponto na constelação QAM. Na equação ( I ) (IEEE Std 802.16-2004, 2004), (ETSI, 2005).
Os principais parâmetros para a camada 256-OFDM PHY são definidos na tabela 5. e são
estabelecidos pelo padrão WiMAX.
Tabela 5. Parâmetros da camada 256-OFDM PHY (IEEE Std 802.16a -2003, 2003), (ETSI, 2005).
Parâmetros Valores
FFTN : número de pontos FFT/IFFT 256 portadoras
usedN : número de portadoras utilizadas. 200 portadoras
BWFs / : freqüência de amostragem com a relação à
largura de banda
8 /7 para bandas com licença
bg TT / : largura do prefixo cíclico. 1/4, 1/8, 1/16, 1/32.
número de portadoras de proteção de freqüências
baixas.
28 portadoras.
número de portadoras de proteção de freqüências
altas.
27 portadoras.
Índices offset da freqüência de proteção de portadoras. -128,-127…,-101 +101,+102,…+127
Índices offset da freqüência da posição fixa básica de
proteção de portadoras.
-84,-60,-36,-12,12,36,60,84
Largura de banda do canal 1,75-3,50- 7,0-10,0-20-28
(MHz).
47
Capitulo 4. 4. Estrutura do modelo de simulação 802.16a OFDM PHY. Este capítulo apresenta uma revisão da especificação da camada física 802.16a OFDM
PHY, bem como descreve, de forma geral, a Banda RF. Em seguida, uma descrição
detalhada de cada um dos blocos da Camada de Banda Base é apresentada. Para finalizar,
os modelos de canal utilizados para a simulação do sistema são descritos.
4.1. Estrutura da camada 802.16a OFDM PHY. A estrutura da camada de IEEE 802.16a OFDM PHY pode ser dividida basicamente nas
seções de Banda Base e Banda de RF, conforme diagrama de blocos mostrado na Figura
4.1.
Neste trabalho serão simulados a seção de Banda Base porque nosso interesse é conhecer
seu desempenho em relação a outras tecnologias de telecomunicações.
ESTAÇÃO BANDA BASE
MAC Bitstreams
Figura 4.1 Transceiver 802.16a OFDM PHY.(FUJITSU, 2004).
48
BPF: Filtro Passa Banda. LNA: Amplificador de Baixo Ruído. DAC: Conversor Digital Analógico. ADC: Conversor Analógico Digital. FREQ SYN (Sintetizador de Freqüência): A função de um sintetizador é gerar um único
sinal de um espectro de freqüências disponível IFRFLO fff −= utilizado para a freqüência
de modulação em um transceptor com ou sem fio.
DUPLEXER: Separar os sinais de transmissão e recepção de sinais de e para a antena.
A seguir são descritas as duas seções da camada PHY WiMAX. 4.1.1. Banda RF (Radio Freqüência)
Conforme a Figura 4.1, inicialmente o sinal da seqüência de MAC bitstream proveniente da
MAC (ver ANEXO A) é alimentado no transmissor da estação base. Após o processamento
na estação base, a seqüência dos dados digitais é separada em parte real e imaginária
(pontos 1 e 2 da Figura 4.1). Em seguida, os dados reais e imaginários são convertidos em
ondas em fase e em quadratura no DAC. A onda em fase multiplica uma forma de onda
senoidal IF (ponto 3 da Figura 4.1); a onda em quadratura é multiplicada com uma forma
de onda cosenoidal (ponto 4 da Figura 4.1). Estas duas formas de onda são somadas para
formar uma portadora com uma freqüência intermediária modulada (IF) (ponto 5 da Figura
4.1). O conjunto é multiplicado então com a portadora RF (ponto 6 da Figura 4.1) e depois
o sinal é amplificado para formar a onda eletromagnética que será transmitida pela antena. O amplificador de baixo ruído (LNA) é um elemento importante no receptor. A antena
recebe as ondas eletromagnéticas vindas do espaço livre e as converte em sinais elétricos
49
que são enviadas as linhas de transmissão. Depois o sinal passa por um filtro BPF, Este
sinal é alimentado diretamente ao LNA, que prevê adequado ganho sem degradar o SNR.
A freqüência do sintetizador tem a missão importante no percurso de TX e RX.
O sintetizador em conjunto com o misturador traslada o sinal RF da portadora para o sinal
IF da banda base. No caso do receptor, o sintetizador LO mistura com o sinal RF e
translada para o sinal da banda base. No caso do transmissor, converte o sinal de banda
base modulada e desloca para o RF.
No receptor, as operações de recepção do sinal são executadas em ordem inversa ao
transmissor. A sincronização é necessária para assegurar o correto processamento do sinal
na Estação rádio base. A sincronização de um símbolo OFDM requer a detecção do pacote
seguida do tempo da amostra e a sincronização da freqüência.
A detecção do pacote consiste em encontrar o início correto do pacote que pode ser feito
com a ajuda dos símbolos pilotos, tais como os preâmbulos. Há duas maneiras usuais de
conseguir isto: a primeira é executar a autocorrelação do sinal recebido, neste caso o
preâmbulo é composto geralmente de duas porções idênticas de seqüências; a segunda é
correlacionar o sinal recebido com os preâmbulos. Quando o pico ocorre, isto significa que
o início de um pacote é detectado (ETSI, 2005). A freqüência offset pode ser estimada com a ajuda dos preâmbulos porque os
deslocamentos de fase na constelação representam os deslocamentos da freqüência das
portadoras. A valor previo pode ser executada no domínio de tempo e no domínio da
freqüência baseados em determinados critérios estatísticos, tais como a probabilidade
máxima. A saída estimada será realimentada para ajustar o LO.
50
4.1.2. Descrição do Bloco de Transmissão e Recepção da Estação Banda Base.
Neste projeto as simulações foram realizadas considerando-se apenas a estrutura da Estação
Radio Base apresentada nas Figuras 4.2a e 4.2b. e são descritas nos seguintes itens.
Figura 4.2a. Diagrama de blocos da camada OFDM PHY 802.16a Transmissão.
51
Figura 4.2b. Diagrama de blocos da camada OFDM PHY 802.16a. Recepção (IEEE Std 802.16a -2003, 2003), (ETSI, 2005), (ROHDE & SCHAWARZ, 2006).
4.1.2.1 0xFF Padding:
Se a quantidade de dados MAC transmitidos não permite a criação de um número inteiro
de símbolos OFDM, é necessário realizar um preenchimento de bytes com 0xFF tantos
quanto forem necessários, para que um número inteiro de símbolos OFDM seja criado
(IEEE Std 802.16a -2003, 2003), (ETSI, 2005).
4.1.2.2 Randomização.
O uso do scrambler tem por objetivo impedir uma seqüência longa de 1’s e de 0’s que
causaria problema para recuperação de tempo no receptor. No padrão 802.16a o scrambler
é executado com um registro de deslocamento de 15 bits e duas portas de XOR (Figura 4.3)
para o frame downlink, (DL. Transferência de dados da estação base para a estação de
subscritores) o vetor inicial para o registro de deslocamento é 100101010000000 e o
scrambler deve ser restaurado no início de cada frame (IEEE Std 802.16a -2003, 2003),
(ETSI, 2005).
52
Figura 4.3. Scrambler/Descrambler (ETSI, 2005). Para o receptor a mesma estrutura é utilizada para a operação inversa. 4.1.2.3. Tail Byte 0x00 FEC Padding.
Os dados MAC são agrupados em blocos, cujo tamanho deve ser igual ao tamanho do
bloco do codificador RS menos um. Para que este coincida com o tamanho do bloco,
coloca-se um byte de final 0x00 para cada bloco tal e como diz o padrão (ETSI, 2005).
4.1.2.4. Correção de erro Direto (FEC)
O FEC é um corretor de erros introduzidos na transmissão de dados, com a finalidade de
eliminar os possíveis erros causados por efeitos de multipercurso e Fading no envio de
dados por espaço livre. O FEC esta formada pelo codificador Reed-Solomon e pelo
codificador Convolucional descritos a seguir.
4.1.2.4.1 Codificador Reed-Solomon. FEC introduz redundância nos dados antes que sejam transmitidos. Os dados redundantes
(verificação de símbolos) são transmitidos com os dados originais ao receptor. O primeiro
53
bloco em FEC é o codificador Reed -Solomon. Os códigos do Reed -Solomon são códigos
do bloco que corrigem erros dos bursts.
Os códigos, com referência ao formato RS (N, K, T), onde K é o número de bytes não
codificados e N é o número de bytes codificados, T são o número dos bytes que podem ser
corrigidos, Segundo (IEEE Std 802.16-2004, 2004) o codificador Reed -Solomon gera um
código tal que os primeiros K bits de saída do codificador são os bits de informação e os N-
K bits seguintes do codificador são os bits de verificação adicionados para a correção do
erro. No padrão (IEEE Std 802.16a -2003, 2003), (ETSI, 2005) o codificador Reed -
Solomon é definido como RS (255, 239, 8) com os seguintes polinômios:
Polinômio gerador de código:
HEXTxxxxxg 02),)...()()(()( 12210 =++++= − λλλλλ
Polinômio gerador do campo:
1)( 2348 ++++= xxxxxp
4.1.2.4.2 Codificador Convolucional / Decodificador Viterbi.
O codificador convolucional mostrado na Figura 4.4 é usado para corrigir erros aleatórios.
A taxa de codificação é 1/2 e o comprimento do confinamento é 7. Desde que 6 taxas de
dados diferentes são suportadas em 802.16a OFDM PHY. Para o receptor, o decodificador
Viterbi é usado para decodificar os códigos convolucionais com um traço posterior de
profundidade 34.
54
Figura 4.4. Codificador convolucional. (ETSI, 2005).
Depois da codificação RS-CC todos os bits de dados serão intercalados por um bloco de
com tamanho correspondente ao número de bits codificados por um alocamento
especificado, . Devido ao esquema diferente de modulação QPSK, 16QAM, 64-QAM,
estes alocamentos são iguais a 384, 768, 1152 respectivamente.
cbpsN
cbpsN
O intercalador é definido por dois passos de permutação. cpcN : número de bits codificados por portadora, isto é: 2, 4 ou 6 para QPSK, 16-QAM ou
64-QAM, respectivamente. S = / 2. cpcN
Primeira Permutação:
)16/().16/( )16mod( kfloorkNm cbps += 1,...,2,1,0 −= cbpsNk (2)
Segunda Permutação:
scbpscbps NmfloorNmsmfloorsj mod))/.16(()/(. −++=
1,...,1,0 −= cbpsNm (3)
55
onde k é o índice do bit codificado antes da primeira permutação na transmissão; m o índice
após o primeiro e antes da segunda permutação; e j o índice após a segunda permutação,
apenas antes do mapeamento da modulação.
A primeira permutação assegura que os bits codificados adjacentes sejam colocados em
portadoras não adjacentes. Isto assegura que se um profundo fade afetar um bit, seus bits
vizinhos não sejam afetados pelo fade, corrigindo os efeitos deste fenômeno.
A segunda permutação assegura que os bits codificados adjacentes sejam traçados
alternadamente em menos ou em mais bits significativos da constelação. Isto torna a
detecção exata evitando o longo funcionamento com baixa confiabilidade de bits.
Deintercalação é executada na ordem reversa das operações (IEEE Std 802.16a -2003,
2003), (ETSI, 2005).
4.1.2.5. Interpolação (Interleaving).
O Randomizador faz a junção dos bits de transmissão para que eles sejam mais robustos
ante a possibilidade de erros devido ao fading (desvanecimento seletivo em freqüência), e
minimizar a probabilidade de erro nos bits na recepção (IEEE Std 802.16a -2003, 2003),
(ETSI, 2005).
4.1.2.6. Montagem do Frame, pilotos, intervalo de Guarda. Neste item são descritos a modulação dos pilotos e o intervalo de guarda 4.1.2.6.1. Modulação / Demodulação.
Após a intercalação dos bits, os bits de dados são incorporados em série ao mapa da
constelação. QPSK, 16-QAM e 64-QAM são suportados. As constelações multiplicarão
uma constante “c” (ETSI, 2005) para conseguir uma possível potência média para todas as
modulações. Portanto, o valor de c será igual a 2 para QPSK, 10 para 16-QAM e 42 para
64-QAM.
56
A tabela 6. mostra a relação de taxa de codificação e modulação.
Tabela 6. Codificação obrigatória do canal por modulação (IEEE Std 802.16a -2003, 2003).
Taxa ID Modulação Tamanho de blocos
não codificados
(Bytes)
Tamanho de blocos
codificados
Taxa de codificação
geral
Tipos de Código RS
Taxa de código
CC
0 QPSK 24 48 ½ (32,24,4) 2/3 1 QPSK 36 48 ¾ (40,36,2) 5/6 2 16 QAM 48 96 ½ (64,48,8) 2/3 3 16 QAM 72 96 ¾ (80,72,4) 5/6 4 64 QAM 96 144 2/3 (108,96,6) 3 / 4 5 64 QAM 108 144 ¾ (120,108,6) 5/6
4.1.2.6.2. Montagem do Frame. Os intervalos do frame contêm transmissões (PHY PDUs) da BS e SSs, aberturas e
intervalos de guarda.
O OFDM PHY suporta transmissões baseadas em frames. (IEEE Std 802.16a -2003, 2003)
Um frame consiste de um downlink subframe e um uplink subframe. O downlink subframe
consiste apenas de um downlink PHY PDU. Um uplink subframe consiste de um esquema
de intervalos de conexão compostas por: variação inicial (initial ranging) e requerimento de
banda (BW request) e um ou múltiplos uplink PHY PDUs, cada um transmitidos de um SS
diferente.
O downlink PHY PDU começa com um longo preâmbulo utilizado para sincronização
PHY. O preâmbulo é seguido por um burst FCH (cabeçalho). Este O burst FCH
corresponde a um símbolo OFDM transmitido usando-se um BPSK igual a ½ e com um
esquema de codificação obrigatório. O FCH contém DL_Frame_Prefix (DLFP) para
especificar o perfil, a longitude, a taxa e a posição de um ou vários downlink burst que são
imediatamente seguidos ao FCH.
57
O FCH é seguido por um ou múltiplos downlink bursts, cada um transmitido com perfil de
burst diferente. Cada downlink burst consiste de um número inteiro de símbolos OFDM.
Cada DL burst é composto das unidades de dados do pacote MAC (PDUs) programadas
para a transmissão da DL. Opcionalmente um DL burst pode começar com um preâmbulo
curto (1 símbolo OFDM) que permite uma sincronização mais realçada e uma estimação de
canal das SSs.
O UL subframe consiste de intervalos programados de contenção para variação inicial
(initial ranging) e requer uma largura de banda e um ou múltiplos UL PHY burst de
transmissão, cada qual transmitida de uma SS diferente. Os slots para initial ranging
permitem à SS entrar ao sistema por requerimento da gerência básica CIDs, para ajustar seu
nível de potência e freqüência offset e correção do seu sincronismo offset.
Os slots de requerimento de largura de banda são usados por SSs para transmitir o
cabeçalho de requerimento de banda. Cada um dos UL PHY burst de transmissão contém
somente um UL burst e começa com um preâmbulo curto (1 símbolo OFDM).
O DLFP contêm até quatro elementos de informação (IEs). Cada IE especifica um DL
burst. Assim, o DLFP pode especificar até quatro DL burst. Se o DL subframe for
composto de mais de quatro burst, um DL-MAP adicional especifica os restantes. Se
houver menos de quatro burst atuais, o DLFP é suficiente não sendo necessário transmitir o
DL-MAP. O IE DLFP contêm o comprimento e o modo PHY do correspondente DL burst.
O IE pode, adicionalmente, informar sobre o preâmbulo opcional no começo do DL burst.
O DL burst 1 contêm as mensagens do controle do MAC broadcast, isto é, o DL e o UL
canal descritor (DCD, UCD) além dos UL- e o DL-MAP. DCD e UCD definem as
características dos canais físicos. O DL-MAP define o acesso ao canal DL e o UL-MAP
aloca o acesso ao canal UL. Assim, o frame inteiro do MAC é especificado pelas
mensagens do MAC incluídas no FCH e o DL burst 1.
58
Entre outras coisas, os MAPs contém um IE para cada um dos burst do frame. Cada IE no
DL-MAP especifica um DL burst e um IE no UL-MAP especifica um UL burst de
transmissão. O último IE de cada MAP indica o final do MAP e o final do subframe.
São adicionados também os pilotos e o intervalo de guarda com o objetivo de criar o
símbolo OFDM no domínio da freqüência
Figura 4.5. Estrutura do quadro (frame) OFDM com FDD (IEEE Std 802.16a -2003, 2003).
59
4.1.3. Modelo do Canal.
A fim de avaliar o desempenho do sistema de comunicação desenvolvido, uma descrição
exata do canal é necessária para resolver seu ambiente de propagação.
A arquitetura de um sistema de comunicação desempenha um papel importante na
modelagem de um canal. O canal sem fio é caracterizado por:
- Perda por Trajetória (incluindo sombra).
- Atraso de propagação por múltiplos percursos.
- Características de Fading.
- Espalhamento Doppler.
Estas características são descritas a continuação: Todos os parâmetros do modelo são de natureza aleatória e apenas uma caracterização
estatística deles é possível, ou seja, em termos de valor médio e variância uma vez que estes
parâmetros são dependentes do terreno, densidade das árvores, altura e distribuição das
antenas, velocidade do vento e da estação do ano.
4.1.3.1. Perdas por Trajetórias.
Perdas por trajetória são afetadas por vários fatores, tais como: contorno dos terrenos, tipo
de ambiente (urbano ou rural, presença de vegetação e folhagem), meios de propagação (ar
seco ou úmido), a distância entre o transmissor e o receptor, a altura e a localização das
antenas entre outros fatores.
60
4.1.3.2. Atraso de Propagação por Multipercursos.
Devido a natureza de propagação de sem linha de visada (NLOS) de tipo WirelessMAN
OFDM, o multiatraso de propagação deve ser incluídos no modelo de canal. Os atrasos de
propogação por multipercusos ocorrem devido as dispersões do sinal devido as
características do meio ambiente. O atraso de propagação é um parâmetro utilizado para
indicar o efeito de multipercursos de propagação que dependem do tipo de terreno, da
distância entre o transimssor e o receptor, diretividade das antenas e outros fatores. O valor
do atraso da propagação (rms) pode ser de dezenas de nanosegundos a microsegundos.
4.1.3.3. Características Fading. Em um ambiente de multipropagação, o sinal recebido apresenta flutuações na sua
amplitude, fase e ângulo de chegada. O efeito é descrito pelo termo de
multidesvanecimento (fading) (SKLAR, 2001). Devido a implantação das antenas fixas no
transmissor e no receptor, o fading de pequena escala é abordado no modelo de canal.
Fading de pequena escala refere-se a mudanças drásticas da amplitude e da fase do sinal
que, no entanto, resulta em pequenas alterações (da ordem de maximo meia onda) no
posicionamento espacial entre um receptor e um transmissor.
Fading de pequena escala é chamado Rayleigh Fading se existem inúmeros caminhos
reflexivos e não há componente do sinal na linha de visada; as envolventes de tal sinal
recebidas são estatisticamente descritas por um Rayleigh pdf (SKLAR, 2001).
Quando uma componente do sinal sem fading dominante está presente como, por exemplo
em uma propagação com linha de visada, a envolvente do Fading de pequena escala é
descrito por um Rician pdf em (SKLAR, 2001). No nosso modelo de canal iremos
considerar distribuição Rician fading. O principal parâmetro desta distribuição é o fator K,
61
definido como a relação entre a componente direta da potência e as componentes
dispersadas da potência.
4.1.3.4. Espalhamento Doppler No acesso sem fio fixo, um deslocamento de freqüência Doppler é induzido no sinal devido
ao movimento dos objetos no ambiente da propagação. O espectro Doppler para diferentes
canais fixos sem fios é visto em (V. ERCEG, et al, 2003). O efeito Doppler ocorre no
intervalo de freqüência de 0 até 12 Hz para o canal sem fio sem movimentação. A forma do
espectro também é diferente do clássico Jake's (V. ERCEG, et al, 2003) espectro para canal
móvel.
Juntamente com os parâmetros anteriores, a distância e interferência do co-canal, o fator de
redução de ganho da antena deveria ser considerada para a modelagem do canal.
Tendo os requisitos principais para o modelo do canal, temos duas opções para
desenvolver. Podemos usar um modelo matemático para cada um deles ou podemos
escolher um modelo empírico que englobe os requisitos mencionados. Optamos pelo último
e escolhemos o Stanford University Interim (SUI) modelo de canal para nossa simulação.
4.1.4. Modelos de Canal. Stanford University Interim (SUI). Os modelos de canal SUI são uma extensão do trabalho anterior da AT & T Wireless e
Erceg et all (SKLAR, 2001). Nesse modelo um conjunto de seis canais foi escolhido
considerando-se três tipos diferentes de terreno típicos nos Estados Unidos (V. ERCEG, et
al, 1999). Este modelo pode ser utilizado para simulações, desenvolvimento e testes de
62
tecnologias apropriadas para aplicações de banda larga sem fio fixas (V. ERCEG, et al,
2003). Os parâmetros para o modelo foram selecionados com base em alguns modelos
estatísticos. As tabelas abaixo ilustram os parâmetros dos seis canais SUI.
Tabela 7: Tipo de Terreno para canais SUI.
Tipo de Terreno. Canais SUI
C (Terreno predominantemente plano
com baixa densidade de árvores)
SUI-1, SUI-2
B (Terreno montanhoso com baixa
densidade de árvores ou terreno plano
com moderada a alta densidade de
árvores)
SUI-3, SUI-4
A (Terreno montanhoso com moderada
a forte densidade de árvores)
SUI-5, SUI-6
Tabela 8: Características dos canais SUI
Doppler Baixo retardo por
espalhamento
Moderado Retardo
por espalhamento
Alto Retardo por
espalhamento
Baixo SUI-1,2 (Alto fator K)
SUI-3
SUI-5
Alto SUI-4 SUI-6
63
Assumimos o cenário (V. ERCEG, et al, 2003) com os seguintes parâmetros:
- Tamanho das células: 7 km.
- Altura da antena Transmissora: 30 metros.
- Altura da antena do Receptor: 6m.
- Antena largura do feixe: . 0120
- antena receptora: unidirecional.
- Polarização: Vertical.
- 90% de cobertura das células com 99,9% de confiabilidade em cada local coberto.
Para o cenário acima, os parâmetros do canal SUI são tabulados nas tabelas 9, 10 e 11, de
acordo com (V. ERCEG, et al, 2003).
Tabela 9: Retardo por Espalhamento dos Canais SUI
Tap 1 Tap 2 Tap 3 Retardo por
espalhamento Rms Modelo de
Canal
sμ
SUI-1 0 0.4 0.9 0.111 SUI-2 0 0.4 1.1 0.202 SUI-3 0 0.4 0.9 0.264 SUI-4 0 1.5 4 1.257 SUI-5 0 4 10 2.842 SUI-6 0 1.4 20 5.240
64
Tabela 10: Potencia dos Taps (antena unidirecional) de Canais SUI.
Tap 1 Tap 2 Tap 3 Modelo de Canal
dB
SUI-1 0 -15 -20 SUI-2 0 -12 -15 SUI-3 0 -5 -10 SUI-4 0 -4 -8 SUI-5 0 -5 -10 SUI-6 0 -10 -14
Tabela 11: Fator K 90% (antena unidirecional) dos canais SUI
Tap 1 Tap 2 Tap 3 Modelo de Canal
SUI-1 4 0 0 SUI-2 2 0 0 SUI-3 1 0 1 SUI-4 0 0 0 SUI-5 0 0 0 SUI-6 0 0 0
Estes parâmetros obtidos nas tabelas foram obtidos pelas equações que são descritas na
seguinte seção e como estes parâmetros foram incorporadas para implementar o modelo de
canal SUI para nossa simulação.
65
4.1.5. Implementação do Modelo de Canal SUI. O objetivo da implementação do modelo é a simulação dos coeficientes do canal.
Coeficientes de canal com a distribuição especificada e a densidade espectral de potência
são gerados usando o método de ruído filtrado (BAUM S., 2001). Um sistema de números
complexos com distribuição ZEROMEAN é gerado com uma variância de 0.5 para a parte
real e imaginária para cada um dos taps para alcançar a média unitária total da potência.
Desta forma, chegamos a uma distribuição Rayleigh (equivalente a Rice com K = 0) pela
magnitude dos coeficientes complexos. No caso de uma distribuição Ricean (K> 0), uma
componente m de trajetória constante tem de ser adicionado ao conjunto de coeficientes de
Rayleigh. O fator K especifica a relação de potência entre a parte constante e a parte
variável. A distribuição de potência é mostrada a seguir:
A potência total P para cada tap.
22 σ+= mp (4)
Onde m é uma constante complexa e a variância do sistema gaussiano complexo, a
relação de potência é:
2σ
2
2
σ
mk = (5)
Das equações 4 e 5, a potência da gaussiana complexa e dada por:
11.2
+=
kpσ (6)
E a potência da parte constante como:
1.2
+=
kkpm (7)
66
O modelo de canal SUI especifica uma função de densidade de potência espectral (PSD)
para o espalhamento de componentes dos coeficientes de canal dada por:
⎩⎨⎧ +−
=0
785.072.11)(
40
20 ff
fS 1
1
0
0
>
≤
f
f (8)
Sendo a função f0 parametrizada pela freqüência Doppler máxima , ou seja. mf
mf
ff =0 .
Para gerar um sistema de coeficientes de canal com a função PSD, os coeficientes originais
são correlacionados com um filtro que tem a amplitude de resposta em freqüência.
)()( fSfH = (9)
Para a uma eficiente implementação são utilizados um filtro não recursivo e a superposição
de domínio da freqüência adicionado ao método. Não existem componentes com freqüência
superior a (para a construção da fórmula S(f)): assim, o canal pode ser representado com
uma freqüência de amostragem mínima de segundo o teorema de Nyquist. Por esta
razão, escolhemos a freqüência de amostragem igual a . A potência do filtro deve ser
normalizada a 1, de modo que a potência total do sinal de saída é igual à potência de
entrada.
mf
mf2
mf2
67
Capitulo 5.
Resultados das Simulações.
Neste capítulo os resultados das simulações são apresentados e discutidos. Primeiramente,
apresenta-se a implementação do simulador e, em seguida, apresenta-se os resultados da
simulação, além dos valores utilizados para os diferentes parâmetros que caracterizam o
desempenho da camada física.
5. Simulação do Modelo da Camada Banda Base
WiMAX. Conforme citado anteriormente, a implementação da camada física WiMAX foi dividida
em duas etapas descritas a seguir.
Primeira Etapa: Etapa de simulação da estação rádio base incluindo todos os blocos descritos no Capítulo 4
(randomizador, FEC, interpolador, montagem do frame, pilotos, IFFT, inserção CP) (Figura
4.2a), na qual foram obtidos os quadros de dados Uplink e Downlink WiMAX do
transmissor e receptor.
Segunda Etapa: Nesta etapa, o modelo de canal de transmissão foi implementado em MATLAB incluindo-
se no algoritmo o ruído branco gaussiano (AWGN), efeito fading e a interferência
intersimbólica.
Através deste canal os frames de dados são transmitidos ao receptor. Com isto, foram
avaliados os cálculos de BER versus SNR para os diferentes tipos de modulação (BPSK,
QPSK, 16QAM, 64QAM) utilizados em WiMAX.
68
5.1 Implementação com o simulador ADS.
5.1.1 Introdução. Os projetos de simulação WiMAX criados no ADS (explicados com maiores detalhes no
ANEXO A) e MATLB são baseados no padrão de IEEE 802.16 -2004.(descrito
anteriormente). Estes projetos, são focalizados na camada física do sistema WiMAX. Eles
são desenvolvidos para constituir um sistema padrão para que outros projetistas tenham
uma idéia mais clara de como o desempenho nominal ou ideal do sistema WiMAX é
desenvolvida. As avaliações podem ser feitas a partir do desempenho degradado do sistema
devido as debilidades dos componentes não ideales dos componentes utilizados.
5.1.2 Componentes da Codificação do canal.
Os componentes de codificação de canal serão usados para a construção do FCH e dos
canais de dados. As componentes chaves para a codificação do canal incluem componentes
do scrambler, componentes corretor de erro futuro (FEC), e um componente do
interpolador.
Um interpolador (interleaver) é usado para codificação de canais (ETSI, 2005). Todos os
bits de dados codificados são intercalados por um bloco interpolador com um tamanho que
corresponde ao número de bits codificados pelos subcanais alocados pelo símbolo de
OFDM. O interpolador é definido por uma permutação de duas etapas: o primeiro assegura-
se que os bits codificados adjacentes estejam traçados em subportadoras não adjacentes; o
segundo assegura que os bits codificados adjacentes estejam mapeados alternadamente para
mais ou para menos bits significativos da constelação, evitando, assim, funcionamentos
longos de bits com baixa confiança. O componente Interleaver802 do ADS executa a
intercalação de duas etapas para o sistema de WiMAX, A Figura 5.1. Mostra a geração
completa de sinal codificado, usando o esquema Reed solomon e código convolucional
(RS-CC) baseado no padrão 802.16a.
cbpsN
69
sub_PuncturingPunc3Rate_ID=Rate_ID
sub_PuncRSCCPuncRSCC2CC_CodeRate=Rate_ID
VARVAR1
EqnVar
Interleaver802I2
NCBPS=NCBPSl=ls=s
Intlv802
ConvolutionalCoderC3CodingRate=rate 1/2
EnocderConvolutional
CoderRSC2
R-SEncoder
PortP2Num=2
IntToBitsI1nBits=8
BitsToIntB1nBits=8
PortP1Num=1
Figura 5.1. Sub-rede FEC.
Como foi explicada no capítulo 4, a estação rádio base tem um bloco de codificação de
dados descrito no diagrama da figura 5.1: A sub-rede inclui um componente do codificador
Reed-Solomon RS (CoderRS), um componente do codificador convolucional
(ConvolutionalCoder), e um componente do interpolador (Interleaver802). Dois
componentes da sub-rede FEC foram construídas para este projeto (sub_PuncRSCC e
sub_Puncturing), suas funções e características são descritas a seguir:
• Sub-rede (sub_puncRSCC) (Figura 5.2.) É usada somente para dados
codificados a 2/3 do código CC (ver a tabela 6). Esta sub -rede pode ser modificada
para qualquer taxa. Se todas as taxas do código do CC necessitarem ser suportadas,
uma sub-rede para cada Rate_ID distinta será necessária.
• Sub-rede (sub_Puncturing) (Figura 5.3). Suporta todas as taxas do código do CC
definidas em 802.16d (ver tabela 6).
Para importar funções do MATLAB, um parâmetro da função de MatlabLibLink é
especificado.
70
Figura 5.2. Sub rede para CC código Rate_ID = 2/3
Figura 5.3. Sub rede para todas as taxas de código CC.
71
5.1.2.1. Preâmbulos.
O frame WiMAX contêm dois preâmbulos no downlink PHY. O primeiro preâmbulo no
PDU do downlink PHY consiste em dois símbolos consecutivos de OFDM (a combinação
dos dois símbolos de OFDM é concebida como o preâmbulo longo). O primeiro símbolo de
OFDM usa somente os índices das subportadoras que são um múltiplo de 4.
Conseqüentemente, a forma de onda no domínio de tempo do primeiro símbolo consiste em
4 repetições com fragmento de 64 amostras, precedidas por um prefixo cíclico (PC). O
segundo símbolo de OFDM usa somente subportadoras uniformes, resultando em uma
estrutura do domínio de tempo com as duas repetições de um fragmento de 128 amostras,
precedidas por um prefixo cíclico (IEEE Std 802.16-2004, 2004). No ANEXO B. a
seqüência no domínio da freqüência do preâmbulo é descrita com maiores detalhes. A
estrutura do domínio de tempo é ilustrada na Figura 5.4.
Figura 5.4. Estrutura do Preâmbulo Downlink da entrada do frame.
A Figura 5.5. mostra a geração do preâmbulo longo para um transmissor do downlink
WiMAX FDD.
72
Figura 5.5. Geração dos preâmbulos Downlink PHY.
5.1.2.2. Estrutura FCH.
Como especificado na seção 8.3.4.1 de (Std IEEE 802.16 – 2004), o FCH contém o prefixo
do frame do downlink para especificar o perfil burst e o comprimento do primeiro burst
downlink.
Os campos do prefixo do frame de downlink são:
• Rate_ID define o perfil do burst. (especificada na tabela 3).
• Comprimento dos números de símbolos OFDM (payload PHY) no burst seguidos
imediatamente do burst FCH.
• HCS (Header Check Sequence) é uma seqüência de verificação do cabeçalho de 8
bits usado para detectar erros no prefixo do downlink frame.
O índice básico do símbolo de FCH é o downlink Prefix frame (DLPF) implementado na
Figura 5.6. No FCH, os parâmetros chaves Rate_ID e o comprimento são incluídos no
cabeçalho. A geração de HCS pode ser modelada por uma verificação do CRC (Verificação
de Redundância Cíclica), donde o transmissor toma o Rate_ID e a longitude de bytes como
entrada do codificador CRC e saída do código HCS.
73
Como pode ser visto na Figura 5.7, o símbolo de FCH do sub_FCH será embaralhado com
a seqüência gerada por ReadFile e depois passará pelo bloco LogicXOR2, o canal será
codificado através do codificador do canal sub_RS_CC, traçado por um mapeador, logo
ficará pronto para moldar o sinal de WiMAX.
Figura 5.6. Estrutura do FCH.
Figura 5.7. embaralhador (Scrambling), Canal de Codificação, e Mapeamento para o
símbolo FCH.
74
5.1.2.3. Geração do subframe Downlink Burst.
Na figura 5.8 são apresentados os blocos para a geração do subframe downlik burst da
WiMAX formada pelo cabeçalho MAC, Mensagem MAC e pelo Padding e descrita
anteriormente no ANEXO C. A seqüência de dados de entrada para a modulação são
selecionadas como dados aleatórios de comprimento específico. Na figura 5.9 os dados
empacotados são embaralhados pela ReadFile e pela LogicXOR2, depois é codificado
atravez do sub_RS_CC , Em seguida, os dados são mapeados estando aptos a receber o
sinal do subframe WiMAX.
Figura 5.8. Bloco para geração do subframe Downlink Burst de WiMAX.
75
Figura 5.9. Embaralhador (scrambled), codificação do canal, e o mapeador para os
símbolos dos dados.
5.1.2.4. Modulação OFDM.
Conforme discutido no capitulo 4. a camada física WiMAX é baseada na modulação
OFDM.
Um símbolo OFDM é composto de subportadoras que determinam o tamanho de FFT. Os
tipos dos subportadoras WiMAX incluem:
• Subportadoras de dados responsáveis pela transmissão de dados.
• Subportadoras piloto para várias finalidades de estimação.
• Subportadoras nulos ou sem trasmissão utilizadas como banda de guarda
possibilitando o sinal decair naturalmente e finalmente no meio das portadoras uma
subportadora DC.
A Figura 5.10 mostra a modulação OFDM com ADS. Os dados do subframe Downlink, e o
sinal FCH estão codificados e mapeados. Estes são multiplexados junto aos pilotos com o
MuxOFDMSym802 para formar o símbolo OFDM no domínio de freqüência.
LoadIFFTBuff802 e FFT_Cx realizam a inversa da FFT para formar os símbolos
76
WiMAX OFDM no domínio de tempo. AddGuard adiciona um intervalo de guarda para
completar os símbolos OFDM.
Figura 5.10. Desenho da Modulação de um símbolo OFDM.
77
5.1.2.5. Código completo da Geração de Sinal.
O desenho Test_WMAN_CodedSignals mostra a subframe completo formada pela união
de todos os blocos da estrutura do subframe OFDM para o sistema downlink de duplex
divisão de freqüência WiMAX (FDD DL) em ADS já descritas neste capitulo. Uma
representação simplificada e apresentada na Figura 5.11. Os componentes principais são
fornecidos no nível do subsistema e incluem geração do preâmbulo, o cabeçalho de
controle do frame (FCH) e a geração dos dados FDD DL, modulação OFDM,
multiplexação, e modulação de RF. Os sinais são codificados inteiramente pelo codificador
RS-CC.
Para mostrar o desempenho do sistema no domínio de tempo e de freqüência, TimeSink e
SpectrumAnalyzerResBW (ferramentas de ADS) são usados para a entrada e saída do
transmissor, respectivamente.
79
5.1.3. Modelo de Canal e Receptor.
5.1.3.1. Demodulação do sinal WiMAX.
RECEPTOR
OFDM Demodulação
Demultiplexção
RF Demodulação NumericSinkConstellation_data
Numeric
1 2 3
NumericSinkConstellation_sig
Numeric
1 2 3BusSplit2B12
AsyncDistributorA8BlockSizes="Carriers (NSYM*Carriers)"
A
QAM_DemodQ1
AsyncDistributorA6BlockSizes="1 LoadSize Zeros LoadSize"
A
FFT_CxF8
Direction=ForwardSize=FFTSizeOrder=Order
AsyncDistributorA7BlockSizes="Guard FFTSize"
A
AsyncDistributorA4BlockSizes="Idle (2*Ts) ((NSYM+1)*Ts) "
A
DelayD3N=InsertedDelay
BusSplit3B11
Commutator2C5BlockSize=LoadSize
BusSplit2B9
BusSplit4B8
PortTestDataNum=1 RectToCx
R5TimedToFloatT2
TimedToFloatT5
GROUND
GROUND
RESR2
Temp=-273.15 R=50 Ohm
RESR6
Temp=-273.15 R=50 Ohm
Figura 5.12 Receptor de sinal WiMAX (Demodulação RF, demodulação OFDM,
demultiplexação).
Conforme mostrado na Figura 5.12 este diagrama integra a demodulação RF, demodulação
OFDM, demultiplexação para dados e sinal, e, finalmente, mostra os dados e o Sinal das
constelações.
80
5.2. Diagrama de Blocos do Transmissor, Modelo de canal e Receptor WiMAX em ADS
CANAL
RECEPTOR
FRAME DOWNLINK OFDM WiMAX
sub_WMAN_ConstellationWMAN_Constellation2
Constellation
WMAN
sub_WMAN_802_16dRFWMAN_16dRF
WMAN802.16d Signal
Agilent Technologies
NumericSinkBB
Numeric
1 2 3
SplitterRFS1
SplitterRFS3
MatlabLibLinkM1
TimedSinkMeas_V
SpectrumAnalyzerResBWMeas_Spectrum
ResBW
SplitterRFS4
FRAME
Figura 5.13. Diagrama de blocos do Transmissor Receptor e do Canal
Na figura 5.13 é apresentado os diagramas simplificados do Transmissor modelo de canal e
Receptor WiMAX que foram desenvolvidos com ADS e MATLAB. Com os blocos
podemos realizar as medições do sinal, constelação e curvas BER vs SNR.
81
5.3. Medições.
As medições são fornecidas para as formas de onda, espectro, potência, constelação e
curvas BER vs SNR para todas os tipos de modulação e perfis de codificação. Os modelos
de TimedSink são usados diretamente para mostrar formas de onda do preâmbulo, FCH,
dados da MAC, e sinal total do frame. SpectrumAnalyzerResBW é usado para medir o
espectro do sinal WiMAX.
5.3.1. Descrição da simulação WiMAX.
No projeto foram considerados todos os blocos do subframe downlink e uplink WiMAX no
transmissor e receptor assim como o modelo de canal. Com isso, podemos ver as formas de
onda do preâmbulo 1 (seqüência 4x64), Preâmbulo 2 (seqüência 2x128), cabeçalho do sinal
(FCH), e os dados do sinal WiMAX Downlink no domínio do tempo. Também obtemos as
formas de onda de BER vs SNR para todos os tipos de modulação e perfis de codificação
além do espectro do sinal de dados no domínio da freqüência.
No caso do subframe Uplink WiMAX foram obtidas as formas de onda para a seqüência do
preâmbulo (2x128) e os dados no domínio do tempo, e, em seguida, o espectro do sinal de
dados no domínio da freqüência.
Finalmente os resultados da constelação Downlink e Uplink são apresentados. Eles incluem
a constelação de BPSK para o sinal piloto, o QPSK para FCH, e o 16-QAM para os dados
de controle de acesso ao médio.
5.3.2. Parâmetros da Simulação.
Os parâmetros utilizados nas simulações são apresentados a seguir na Tabela 12.
82
Tabela 12. Valores para as medidas de WiMAX.
Parâmetro Descrição Valor Fsource Freqüência da portadora 3.5 GHz
Source Power Potência 30 dBm
Bandwidth Largura de banda 28 MHz
Rade_ID Rade_ID 2, 16 QAM, tamanho de bloco codificado 48, tamanho de bloco não codificado 96, taxa de codificação 1/2
Data Length Longitude de dados em Bytes 256
FFT size Tamanho da FFT 512
DL Frame Time Tempo do frame de DL FDD 100 us
Guard Interval Intervalo de Guarda ¼
Idle Interval Tempo do intervalo de retardo 2 us
Data
Sub-carriers
Número de subportadoras para dados
200
Pilots carriers Número de subportadoras para pilotos
8
Measured Frames Número de medidas dos frames 2
5.3.3. Resultados das Simulações Realizadas para a transmissão
e recepção sem efeitos de desvanecimento Fading no canal.
A Figura 5.14 apresenta as formas de onda obtidas na simulação (superior, esquerdo à
direita) para o Preâmbulo 1 (seqüência 4x64), Preâmbulo 2 (seqüência 2x128), cabeçalho
do sinal (FEC), e dados do sinal WiMAX Downlink.
O tempo gasto pela trasmissão dos símbolos no preâmbulo 1, preâmbulo 2 e cabeçalho é
aproximadamente 10us. O tempo de duração para a trasmissão de dados no downlink
WiMAX é de aproximada de 60us completando assim os 100us do total do subframe. A
magnitude do sinal é de, aproximadamente, 5 v para todo o subframe.
83
Figura 5.14. Formas de onda (esquerdo à direita) Preâmbulo 1, Preâmbulo 2, cabeçalho, e
dados do sinal WiMAX Downlink.
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 955 100
0.2
0.4
0.6
0.0
0.8
A Figura 5.15. apresenta o espectro do sinal de dados Downlink. Os parâmetros da
simulação incluem a potência da portadora, largura de banda do sinal, e a potência do sinal.
O espectro medido tem as especificações da tabela 12: A freqüência da portadora é 3.5 GHz
e a largura de Banda é 28 MHz.
3.486
3.488
3.490
3.492
3.494
3.496
3.498
3.500
3.502
3.504
3.506
3.508
3.510
3.512
3.514
3.484
3.516
-40
-35
-30
-25
-20
-15
-10
-5
-45
0
Frequencia (GHz)
Esp
ectro
(dB
m)
Figura 5.15. Forma de onda da Potencia e Espectro WiMAX Downlink.
Preambulo1Preambulo2Cabecalho
Dados
time(us)
84
A Figura 5.16. mostra as formas de onda para a seqüência do preâmbulo (2x128) e os
dados do sinal WiMAX Uplink.
O tempo gasto pelo símbolo do preâmbulo é aproximadamente 10ms assim como no
cabeçalho. O tempo de duração dos dados transmitidos downlink WiMAX é de aproximada
de 80 ms completando assim os 100ms do total do subframe. A magnitude do sinal é de,
aproximadamente, 3.5v para todo o subframe.
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 905 95
0.1
0.2
0.3
0.4
0.0
0.5
time(us)
Magnitude
Preambulo
Figura 5.16. Formas de onda Preâmbulo e dados do sinal WiMAX Uplink.
Dados
3.486
3.488
3.490
3.492
3.494
3.496
3.498
3.500
3.502
3.504
3.506
3.508
3.510
3.512
3.514
3.484
3.516
-40
-35
-30
-25
-20
-15
-10
-5
-45
0
F requencia (GHz)
Esp
ectro
(dB
m)
Figura 5.17. Forma de onda da Potencia e Espectro WiMAX Uplink.
85
A Figura 5.17. mostra o espectro do sinal de dados Downlink. Os parâmetros da simulação
incluem a potência do carrier, largura de banda do sinal, e a potência do sinal. O espectro
medido tem as especificações da tabela 12: A freqüência da portadora é 3.5 GHz e a largura
de Banda é 28 MHz.
Os resultados das simulações obtidos dos sinais no transmissor e no receptor mostram
praticamente a mesma sinal. Isto devido a que não existe desvanecimento ou perda do sinal
no canal de transmissão.
O simulador mostra também as formas de onda no tempo e freqüência do frame
(Preambulo1, preâmbulo2, cabeçalho, dados). Na figura 5.18 mostramos as diferentes
formas de onda e os tempos de cada um deles na freqüência de 3.5GHz.
A tabela da figura 5.18 mostra as estatísticas de transmissão da freqüência da portadora que
é 3.5GHz, também o tempo total do subframe downlink que é 112us, preambulo1 10us,
preâmbulo2 10us, cabeçalho 10us, e tempo total dos dados 80us.
86
RF_FSource / ( 1 MHz)
3500.000
RF_R
50.000
BurstTime / (1usec)
112.000
TimeStep / (1nsec)
15.625
IdleTime/ ( 1 usec)
2.000
LongPreambleTime / (1 usec)
10.000
ShortPreambleTime / (1 usec)
10.000
OFDM_SymbolTime / (1 usec)
10.000
DataTime / (1 usec)
80.000
SIGNAL_Time / (1 usec)
10.000
-15 -10 -5 0 5 10 15-20 20
-80-60-40-20
0
-100
20
Frequency (MHz)
dBm
Cabecalho
-15 -10 -5 0 5 10 15-20 20
-80-60-40-20
0
-100
20
Frequency (MHz)
dBm
Preambulo 2
10 20 30 40 50 60 70 80
Figura 5.18. Tabela estatística de transmissão e formas de onda do subframe downlink.
As formas de onda mostradas A figura 5.18 mostra as formas de onda no tempo e
freqüência de um quadro Downlink operando na freqüência da portadora de 3.5 GHz. Pode-
se observar que os tempos utilizados pelas portadoras dos preâmbulos, cabeçalhos e de
0 90
2468
0
10
Time (usec)
RF_
V
IEEE802.16d Forma de onda
13 14 15 16 17 18 19 20 2112 22
2468
0
10
Time (usec)
RF_
V
Preambulo 2
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 9032 92
2468
0
10
Time (usec)
RF_
V
DADOS
-15 -10 -5 0 5 10 15-20 20
-80-60-40-20
0
-100
20
Frequency (MHz)dB
m
Preambulo 1
3 4 5 6 7 8 9 10 11 122
2468
0
10
Time (usec)
RF_
V
Preambulo 1
23 24 25 26 27 28 29 30 3122 32
2468
0
10
Time (usec)
RF_
V
Cabecalho
-15 -10 -5 0 5 10 15-20 20
-80-60-40-20
0
-100
20
Frequency (MHz)
dBm
DADOS
-15 -10 -5 0 5 10 15-20 20
-60-40-20
-80
0
Frequency (MHz)
dBm
IEEE802.16d Forma de onda
3505 3485 35153500 3490 35103495
Frequencia(MHz)
3485 35153500 3490 3505 35103495
Frequencia(MHz)
3485 35153500 3490 3495 3505 3510
Frequencia(MHz)
3485 35153500 3490 35103495 3505
Frequencia(MHz)
3505 3485 35153500 3490 35103495
Frequencia(MHz)
87
dados comprem os requerimentos estabelecidos no padrão (ETSI, 2005), assim como na
largura de banda (28 MHz) e potencia no transmissor (20dBm).
5.3.4 Resultados do desempenho da Camada Física com efeitos de canal de transmissão.
O objetivo da simulação da camada física PHY em ADS e MATLAB, foi estudar o
rendimento do BER sob diferentes condições de canal e variações de parâmetros que
caracterizam o desempenho. Mas, a fim de retransmitir sobre qualquer resultado da
simulação da camada PHY devemos ter alguns resultados para que possamos fazer as
validações, em termos de tendências gerais. A próxima seção apresenta um conjunto de
gráficos de constelações espalhadas que identificam tendências na qualidade de recepção
que variam com diferentes parâmetros.
5.3.4.1 Gráficas BER. Nesta seção, apresentamos diversos gráficos BER vs SNR para todos os perfis de
codificação e modulação obrigatória, conforme especificado no padrão em modelos de
canais similares. Figura 5,19, 5,20 e 5,21 mostram o desempenho em SUI 1, 2 e 3 modelos
de canal, respectivamente. Pode ser visto das figuras que o esquema de modulação e
codificação mais baixas oferecem melhor desempenho com menos SNR. Isto pode ser
facilmente visualizado se olharmos para o seu mapeamento de constelação; maiores
distâncias entre pontos adjacentes podem tolerar maior ruído (o que faz com que o ponto se
desloque da origem) com o custo de taxa de codificação. Ao definir o limiar(setting) SNR,
os esquemas de modulação adaptativa podem ser utilizados para atingir velocidades de
transmissão mais altas com um alvo BER. SNR necessárias para atingir nível de BER
são tabulados na tabela 13.
310
88
Figura 5.19. Gráfica BER vs. SNR Para diferentes tipos de codificação sobre Canal SUI-1
Figura 5.20. Gráfica BER vs. SNR Para diferentes tipos de codificação sobre Canal SUI-2
89
Figura 5.21. Gráfica BER vs SNR Para diferentes tipos codificação sobre o canal SUI-3
Tabela 13 : SNR requerido para nível de BER de , para diferentes perfils de modulação
e codificação.
310−
Modulação BPSK QPSK QPSK 16-QAM 16-QAM 64-QAM 64-QAM
Código de
taxa
1/2 1/2 3/4 1/2 ¾ 2/3 3 / 4
Canal SNR(dB) para BER nivel 310−
SUI-1 4.3 6.6 10 12.3 15.7 19.4 21.3
SUI-2 7.5 10.4 14.1 16.25 19.5 23.3 25.4
SUI-3 12.7 17.2 22.7 22.7 28.3 30 32.7
Após observar o desempenho de diferentes perfis sob o mesmo modelo de canal, vamos
observar as variações com a mudança nas condições do canal. A Figura 5,22 mostra o
desempenho do 16QAM ½ sobre SUI-1, 2 e 3 modelos de canal. Nesta figura observa-se
90
que a gravidade da corrupção é mais elevada no modelo de canal SUI-3 e menor no modelo
de canal SUI-1. A ordem da gravidade da corrupção pode ser facilmente compreendido pela
análise da potência tap e os atrasos dos modelos do canal, uma vez que o efeito doppler é
razoavelmente pequeno para uma implantação numa posição fixa. Todos os três modelos
possuem mesma quantidade de atrasos nos correspondentes tap exceto o tap 3 do modelo
SUI-2 que tem 0,2 μ a mais do que o correspondente tap dos outros dois modelos. Mas,
neste caso domina a potência tap na determinação da ordem de gravidade da corrupção.
SUI-3 tem o tap de potência com maior valor e SUI-1 tem o valor mais baixo.
Figura 5.22 Gráfica BER vs SNR Para 16QAM ½ sobre os diferentes canais SUI
Na figura 5.22 percebe-se fácilmente que para o modelo de canal SUI-1 requer-se menor
potencia (SNR) do que SUI-2 e SUI-3, para poder alcançar um BER razoável e ter uma
qualidade do sevicio ótima, isto porque para o modelo SUI-1 tem menor desvanecimento
do sinal que o SUI-2 e este menor do que SUI-3.
91
5.3.4.2 Efeitos do Corretor de Erro Futuro FEC Uma interessante simulação do FEC é que, sem o concatenador ReedSolomon e o
codificador Convolutional, a degradação do desempenho fará cair o SNR.
Para descobrir o quanto melhora o desempenho do sinal com o código concatenado, o perfil
de modulação e codificação QPSK ½ é escolhido sobre o modelo de canal SUI3. A figura
5,23 mostra o desempenho do RS-CC comparado a outro que não apresenta FEC. Os
códigos FEC melhoram o desempenho do BER por quase 6dB para o nível do BER .
As observações feitas na Figura 5,23 são repetidas também para os perfis de modulação e
codificação 16QAM 1/2 e 64QAM 2/3. Isto pode ser visto na Figura 5,24 e 5,25 onde os
ganhos de 7dB FEC melhoram o nível do BER . No caso de 64QAM 2/3, a Figura 5,25
mostra 4,5 dB de melhoria em de nível do BER.
310
310−
310
Figura 5.23. Efeitos FEC em QPSK ½ sobre o modelo de canal SUI-3
92
Figura 5.24. Efeitos FEC em 16QAM ½ sobre o modelo de Canal SUI-3
Figura 5.25. Efeitos FEC em 64QAM 2/3 sobre o modelo de canal SUI-3
93
Nas figuras 5.23, 5.24, e 5.25 se observa o desempenho do RS-CC comparado a outro que
não apresenta FEC. Notamos claramente que os códigos FEC melhoram significativamente
o desempenho do BER e que variam de acordo com as características do canal que são
transmitidos. Neste caso para SUI-1 a pratir de 15dB para SUI-2 e SUI-3 é de 20dB e 27dB
respectivamente. Por isso que na transmissão dos quadros num sistema WiMAX é
obrigatória a utilização dos códigos FEC 5.3.4.3 Gráficos de Dispersão. (Scatter Plots) Figura 5,26 a 5,29 mostra os gráficos de dispersão dos diferentes esquemas de codificação e
modulação quando os valores de SNR são alterados sob o modelo de canal SUI1. O
símbolo '+' denota os dados transmitidos e os símbolos ' * ' denotam os dados recebidos.
Esses gráficos são obtidos através do envio de um mesmo frame de dados do transmissor ao
receptor através do canal repetidamente 1000 vezes. A entrada do frame foi tomada da
secção 8.3.3.5.1 do padrão IEEE 802.16d. Mas, isto não confirma a presença de todos os
pontos da constelação, como pode ser visto no gráfico de dispersão de modulação 64QAM
(Figure. 5,29), onde alguns pontos da constelação estão faltando. Isto pode ser observado a
partir dos gráficos onde a redução do espalhamento é tomada com os crescentes valores de
SNR. Este cenário valida a implementação do modelo de canal. É importante notar também
que a dispersão de propagação dá um indicio forte sobre as estatísticas BER quando os
valores SNR são variados. O efeito de um modelo de canal de dispersão em um SNR de 35
dB, a variação é mais acentuada nos modelo SUI-4, 5,6 incluso para maiores valores de
SNR. É claro que a equalização é necessária para esses três modelos de canal.
94
A) SNR = 10dB B) SNR = 15dB
Figura 5.26. Gráficas de dispersão Para modulação BPSK (RS-CC) sobre modelo de canal
SUI-1
A) SNR = 10dB B) SNR = 20dB
Figura 5.27. Gráficas de dispersão Para modulação QPSK (RS-CC 1/2) sobre modelo de
canal SUI-1
95
A) SNR = 20dB B) SNR = 30dB
Figura 5.28. Gráficas de dispersão Para modulação 16QAM (RS-CC 3/4) sobre modelo de
canal SUI-1
A) SNR = 20dB B) SNR = 25dB
Figura 5.29. Gráficas de dispersão Para modulação 64QAM (RS-CC 2/3) sobre modelo de
canal SUI-1
96
Capitulo 6.
Conclusões e Trabalhos Futuros
Este capítulo apresenta uma primeira conclusão sobre o modelo em ADS que foi elaborado
para este projeto e, em seguida, uma análise dos esforços sobre o projeto é apresentada.
Por último, várias sugestões para futuramente se melhorar o modelo são discutidas.
6.1. Conclusões. A principal contribuição deste trabalho foi a implementação da camada PHY OFDM do
padrão IEEE 802.16, usando as plataformas ADS e MATLAB, a fim de avaliar o
desempenho da camada PHY em relação ao modelo de canal. A camada PHY
implementada suporta todos os esquemas de modulação e codificação, bem como os
comprimentos do prefixo cíclico dentro do quadro (CP) definidos na especificação do
padrão. Para se manter a simplicidade da simulação, evitou-se fazer oversampling das
amostras de dados antes de sua utilização no modelo do canal.
No lado do receptor, supomos como perfeita a estimação de canal, a fim de evitar o efeito
de um determinado método de estimação nos resultados, embora a inserção dos símbolos
das subportadoras piloto no OFDM faz uso de qualquer estimador possível (combtype).
O simulador desenvolvido pode ser facilmente modificado para implementar novos
recursos, a fim de melhorar o desempenho na camada PHY. A Simulação foi a metodologia
utilizada para investigar o desempenho da camada PHY. O método de avaliação foi
concentrado principalmente sobre o efeito do canal na camada PHY. O sistema global de
desempenho também foi avaliado sob diferentes condições de canal. Gráficos de dispersão
97
foram gerados para validar o modelo em termos das tendências gerais na qualidade da
recepção resultantes dos diferentes parâmetros.
Uma medida chave do desempenho de um sistema de comunicação sem fio é o BER. O
resultado da simulação sobre o BER não é uma estatística precisa, mas uma observação
média da verificação no FEC. Os valores de SNR definidos neste modelo são para a
atenuação de canal tipo Rayleigh.
As curvas BER foram utilizadas para comparar o desempenho de diferentes tipos de
esquema de modulação e codificação. Os efeitos da FEC e interleaving também foram
avaliados sob a forma de BER. Estes fornecem uma avaliação do desempenho da camada
física OFDM para diferentes estados do canal sem fio.
6.2. Trabalhos Futuros. O modelo implementado da camada PHY precisa ainda algumas melhorias.
A sincronização entre o transmissor e receptor é uma parte necessária a ser desenvolvida
num trabalho futuro. Neste modelo, assumir atraso de recepção zero, assim os pacotes de
detecção não são necessárias. Mas no caso real isto não pode acontecer. Um conjunto de
métodos de sincronização podem ser desenvolvidos para o sistema OFDM (IEEE Std
802.16-2004, 2004). É um trabalho duro, mas com muitos desafios.
O padrão IEEE 802,16 vem com muitas características opcionais na camada PHY, que
podem ser implementadas para melhorar o desempenho. O bloco opcional de codificação
Turbo (BTC) (ETSI, 2005) podem ser implementado para melhorar o desempenho do FEC.
Código de Bloco de Tempo espaço (STBC) (ETSI, 2005) podem ser empregadas em DL
para fornecer diversidade de transmissão.
98
A codificação tempo espaço é sugerido no padrão 802.16a. Ela é usada para atingir Multi
Input Multi Output (MIMO), o que pode melhorar a qualidade da comunicação,
adicionando a diversidade do espaço.
99
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104
ANEXO A Camada de controle de Acesso ao Meio (MAC).
As principais funções da camada MAC são:
Suporte à qualidade de serviço, adaptação do tráfego de outras tecnologias para a rede
WiMAX, suporte ao ajuste adaptativo das técnicas de transmissão digital em função do
meio de transmissão, multiplexação de fluxos de tráfego em conexões, escalonamento e
alocação dinâmica de recursos de transmissão, suporte à segurança da comunicação,
controle de acesso e transmissão de informações, suporte à topologia da rede (IEEE Std
802.16-2004, 2004).
Figura 6. Esquema do Controle de Acesso ao Meio (MAC) e as Funções da Camada.
(YAGHOOBI, 2003)
105
A seguir apresentamos alguns detalhes das três subcamadas da camada MAC.
1. Sub-camada de convergência específica (CS).
Esta subcamada inclui as funcionalidades específicas de adaptação necessárias aos
possíveis clientes da rede WiMAX. Estas funcionalidades são ditas específicas, porque
diferem para cada tecnologia de comunicação de dados. Atualmente, apenas 2
especificações da subcamada de convergência (CS) estão disponíveis: a ATM CS e a
Packet CS. A primeira é uma interface lógica que associa diferentes serviços ATM com a
subcamada de convergência comum da MAC. Esta foi especificamente definida para dar
suporte a convergência dos PDUs (Protocolo de Unidade de Dados) gerados pelo protocolo
da camada ATM. A Packet CS é usada para o transporte de todos os protocolos baseados
em pacotes, tais como: IP, PPP e Ethernet.
2. Sub-camada de convergência comum (CPS).
Esta subcamada inclui as funcionalidades comuns de adaptação necessárias aos possíveis
clientes da rede WiMAX. Estas funcionalidades são comuns, porque são as mesmas para
todas as tecnologias de comunicação de dados. Dentre as principais funções
desempenhadas pela subcamada CPS estão: escalonamento e alocação dinâmica de recursos
de transmissão, estabelecimento e manutenção de conexões, construção dos dados do
MAC, suporte à camada física, suporte ao ajuste adaptativo das técnicas de transmissão
digital em função do meio de transmissão (ABPs – Adaptive Burst Profiles), inicialização
das estações, suporte ao multicast e suporte à qualidade de serviço.
A seguir apresentaremos maiores detalhes sobre algumas destas funções.
106
2.1. Suporte à Topologia da Rede
O CPS provê o suporte a duas topologias: Ponto-Multiponto (PMP – Point-Multipoint) e
Malha (Mesh). (EKLUND, et al, 2002). A topologia ponto-multiponto permite apenas a
comunicação entre a estação base e as estações assinantes. Na topologia em malha, o
tráfego pode ser roteado através das estações assinantes, passando diretamente entre elas
sem passar pela estação base. A topologia ponto-multiponto é mais barata, pois reduz-se
complexidade e a necessidade de equipamentos mais sofisticados (roteadores e
comutadores) nas estações assinantes. Em síntese, a topologia PMP é bastante semelhante a
uma rede de telefonia celular, com a exceção de que por enquanto os assinantes são fixos.
Figura 7. Arquitetura Mesh. (BENOIT, 2004).
107
2.2. Estabelecimento e Manutenção de Conexões MAC
As conexões WiMAX fornece um mecanismo de requerimento de largura de banda,
associando QoS e parâmetros do tráfego, transportando e distribuindo dados à subcamada
de convergência apropriado. Estas conexões tem identificadores de 16 bits chamados CID
(Connection ID) (EKLUND, et al, 2002). Assim, podem existir no máximo 64000
conexões dentro de cada canal de uplink e downlink. Na topologia PMP, durante o processo
de inicialização de uma SS, dois pares de conexões de gerência (uplink e downlink) devem
ser estabelecidos entre a SS e BS: conexão básica e conexão primária de gerência. Um
terceiro par pode ser utilizado opcionalmente: conexão secundária de gerência. De acordo
com (EKLUND, et al, 2002), a conexão básica é usada para enviar pequenas mensagens de
gerência urgentes entre a SS e a BS. A conexão primária é usada para enviar mensagens de
gerência não tão urgentes e maiores, que toleram atrasos maiores. A conexão secundária de
gerência é usada para enviar mensagens de outros protocolos padronizados tolerantes ao
atraso.
2.3. A Construção e Transmissão do MAC PDU.
Os MAC PDUs possuem tamanho variável e são divididos em três porções: um cabeçalho
genérico MAC de tamanho fixo (6 bytes); um payload de tamanho variável e um código de
redundância cíclica (CRC) opcional de (4 bytes). O tamanho máximo de uma MAC PDU é
2048 bytes (2 Kbytes). O payload pode estar vazio ou preenchido com sub-cabeçalhos,
MAC SDUs (unidade de serviço de dados) ou fragmentos de MAC-SDUs.
Existem dois tipos de cabeçalhos das MAC PDUs: genérico e de negociação de banda, que
não possui payload e serve exclusivamente para solicitar banda de uplink para uma
determinada conexão. Existem seis tipos de sub-cabeçalhos que podem estar presentes no
payload da MAC PDU (EKLUND, et al, 2002):
Na Figura 8. mostra-se o formato do MAC PDU.
108
Figura 8. Formato do MAC PDU. (IEEE Std 802.16-2004, 2004).
2.4. Convergência de transmissão.
- Duplexação (Duplexing).
Duas técnicas de duplexing são fornecidas pelo protocolo MAC (IEEE Std 802.16-2004,
2004): TDD (Time Division Duplexing) e FDD (Frequency Division Duplexing). No TDD
as transmissões no uplink e no downlink são multiplexadas no tempo e utilizam uma mesma
freqüência na camada física. O TDD tem uma duração fixa e é dividido em duas porções:
uma porção de uplink (uplink subframe) e uma porção de downlink (downlink subframe).
Estes sub-quadros são divididos em um número inteiro de PHY slots (PLs), a fim de
facilitar a divisão da largura de banda. A largura de banda alocada para cada uma das
direções pode variar.
A forma como os slots são utilizados depende da camada física abaixo da MAC. Para as
camadas físicas SC(single carrier) e SCa, vários slots podem ser agrupados para formar um
minislot, que serve de base para as alocações de banda no uplink. Dependendo do tipo de
grant, um número inteiro de minislots pode ser alocado para cada conexão de uma SS ou
para toda a SS. No FDD é possível a transmissão contínua de dados no downlink. Um
quadro de duração fixa é usado tanto no downlink quanto no uplink, facilitando o uso de
diferentes tipos de modulação. Suporta SSs fullduplex e opcionalmente half-duplex.
109
- Mapeamento
O mapeamento é a técnica utilizada para controle de acesso e alocação de banda na MAC.
Ela difere em função do tipo de camada física utilizada abaixo da MAC: single carrier (SC
e SCa) ou OFDM (OFDM e OFDMA). No caso single carrier, para determinar em quais
PHY slots uma SS pode transmitir, a BS envia no sub-quadro de downlink um mapa de
uplink (UL-MAP) contendo os slots que cada estação está apta a transmitir. Além disto, o
sub-quadro de downlink contém um mapa de downlink (DL-MAP), que indica que estação
deve receber em qual time slot. A MAC da BS constrói o sub-quadro de downlink iniciando
por uma seção de controle, que contém o DLMAP e o UL-MAP. Todas as estações
recebem estes mapas. Assim, o esquema de mapeamento define: a banda alocada para cada
estação, através do número de slots disponíveis; os time slots em que cada estação transmite
e recebe; e o perfil de transmissão (burst profile) a ser utilizado. O DL-MAP sempre diz
respeito ao quadro atual. Suporte ao Ajuste Adaptativo das Técnicas de Transmissão O
termo usado para descrever os processos de ajuste adaptativo das técnicas de transmissão
visando manter a qualidade do rádio enlace é chamado de ranging. Processos distintos são
usados no uplink e downlink. E mais, alguns processos são dependentes da camada física
utilizada. A principal idéia por de trás do ajuste adaptativo está na troca do perfil de
transmissão (burst profile) em função do estado do enlace. Inicialmente, a BS faz um
broadcast dos perfis escolhidos para o downlink e uplink. Os perfis são escolhidos em
função das chuvas na região, características dos equipamentos e outros fatores que por
ventura venham a degradar a qualidade do sinal. Durante o acesso inicial de uma a SS, é
feita uma medida da potência e de alcance do sinal. Estas medidas são transmitidas para a
BS usando a janela inicial de manutenção através de uma mensagem de requisição de
ranging (RNG-REQ). Os ajustes de sincronismo e de potência são retornados para a SS
através de uma mensagem de resposta de ranging (RNG-RSP). Posteriormente, a BS
monitora a qualidade do sinal de uplink recebido da SS. A BS comanda a SS para usar um
determinado perfil de uplink simplesmente incluindo o perfil adequado na UL-MAP. A SS
pode solicitar um determinado perfil de downlink transmitindo a sua escolha para a BS. A
piora nas condições do downlink pode forçar a SS a requisitar um perfil mais robusto. Uma
110
vez que as condições sejam restabelecidas, a SS requisita um perfil mais eficiente. Isto
permite que seja feito um balanço entre a robustez e a eficiência da transmissão.
No downlink, a SS monitora a qualidade do sinal recebido determinando quando o perfil de
downlink deve ser alterado. A BS, entretanto o controle desta mudança cabe a BS.
Resolução de Contenções A BS controla a alocação de banda no uplink através das
mensagens de UL-MAP (IEEE Std 802.16-2004, 2004). Mesmo assim, é possível que
hajam colisões em um determinado minislot. Colisões podem acontecer durante a fase de
inicialização e nos intervalos de requisição de banda. Uma vez que uma SS pode ter vários
fluxos de tráfego de uplink, cada qual com o seu CID, as decisões para contornar uma
colisão são feitas por CID ou por classe de serviço. O método obrigatório para a resolução
de contenções é baseado no truncated binary exponential backoff. A BS controla o tamanho
das janelas de backoff.
2.5. Suporte à Retransmissão
O suporte a retransmissão no MAC é opcional (EKLUND, et al, 2002). é feito com ARQ
(Requerimento automático de repetição). ARQ é um método de controle do erro para a
transmissão de dados que usa reconhecimentos e intervalos de parada para conseguir a
transmissão de dados de confiáveis. Um reconhecimento é uma mensagem emitida pelo
receptor ao transmissor para indicar que recebeu corretamente um frame de dados. Um
intervalo de parada é tempo de espera razoável depois que o transmissor emite o frame de
dados; se o transmissor não receber um reconhecimento antes do intervalo de parada, este
geralmente retransmitira o frame até que receba um reconhecimento ou exceda um número
predefinido de retransmissões.
111
2.6. Alocação de Recursos de Transmissão.
A requisição de banda é o processo no qual uma SS indica para uma BS que ela precisa de
alocação de largura de banda. Uma requisição pode vir como um pedido isolado (MAC
PDU com cabeçalho de requisição de banda) ou inband (através do piggyback request sub-
header). As requisições de banda podem ser incrementais ou agregadas (EKLUND, et al,
2002). As requisições agregadas substituem a informação de banda necessária para a
conexão, enquanto que as incrementais acrescentam a banda necessária a já existente.
Requisições via piggyback são sempre incrementais. A natureza de auto correção do
protocolo de requisição/consessão de banda requer que as SSs estejam periodicamente
enviando requisições de banda. O período das atualizações é uma função de classes de
serviço e das qualidades dos enlaces. O processo pelo qual uma BS aloca banda para uma
SS especificamente para que ela possa fazer a suas requisições de banda é chamado de
polling. Estas alocações podem ser por SS ou por grupos de SSs, e visam oferecer largura
de banda para que uma SS possa negociar banda para as suas conexões.
Quanto as concessões elas podem ser de dois tipos: por CID (GPC – Grant Per
Connection) ou por SS (GPSS – Grant Per SS). Porém, em ambos os casos, as requisições
por banda são feitas por CID, permitindo assim um melhor controle por parte da BS da
largura de banda alocada no uplink. No GPC a banda é concedida para uma conexão
específica, enquanto o GPSS ela é concedida para a SS, que decide como melhor utilizá-la.
3. Subcamada de segurança.
Essa sub-camada fornece privacidade aos assinantes da rede wireless através da encriptação
das conexões entre a SS (suscriber station) e a BS (basestation) (IEEE Std 802.16-2004,
2004). A BS é protegida contra acessos não autorizados aos serviços de transporte de dados
forçando a encriptação dos serviços de fluxo através da rede. Nessa sub-camada são
empregados uns protocolos de encapsulamento, para encriptação dos pacotes de dados (este
protocolo também define as criptografias suportadas), algoritmos de autenticação, e regras
112
de aplicação destes algoritmos no MAC PDU payload. Também é utilizado um protocolo
de gerenciamento de chaves (Key Management Protocol - PKM). Esse protocolo é utilizado
pela SS para obter autorização e tráfego dos dados da chave da BS, reautorização periódica
e atualização de chave. O PKM utiliza certificação digital X.509 (ITU, 2000), algoritmo de
encriptação RSA de chave públicas e fortes algoritmos de encriptação para atuar na troca de
chaves entre a SS e a BS (THAPLIYAL, et al, 2005).
113
ANEXO B
ADS (Advanced Design System)
O sistema de projeto avançado Advanced Design System (ADS) (AGILENT - 2005) é o
líder da indústria no desenho de alta freqüência. Este sistema suporta e desenvolve com
engenheiros da Agilent desenhos de RF de todo tipo, dos mais simples ate os mais
complexos, de módulos de RF/microondas a MMIC integrados para comunicações e
aplicações de defesa aeroespaciais.
Com um sistema completo de tecnologias para simulação que estendem-se a circuitos de
simulação no domínio do tempo e freqüência ate simulação de campos eletromagnéticos,
ADS permite aos desenhadores total liberdade para caracterizar e otimizar desenhos.
O único, ambiente integrado de desenho fornece simuladores de sistemas e de circuitos,
junto com o esquemático, capture, layout e capacidade de verificação, a disposição, e a
potencialidade esquemáticas da verificação, eliminando as paradas e os começos associados
com os câmbios de ferramentas de desenho em médio do ciclo. O sistema de desenho avançado de tecnologias da Agilent. É escolhida para o desenho de
projetos de comunicações de alta freqüência.
ADS oferece facilidade de desenho, começando do diagrama esquemático ate a fabricação;
tecnologias de simulação poderosa; kits para layout, integração com fluxo de desenho e
outras ferramentas de desenho, enlaces para e de instrumentos Agilent, e suporte com ajuda
técnica, treinamentos e inovações de produtos (AGILENT -2005).
A simulação adaptativa wizard simplifica e automatiza a configuração da simulação e
dados mostrados nos displays, para os tipos de desenho que freqüentemente são utilizados.
114
Com as guias de desenho que ADS proporciona, os usuários podem seguir as aproximações
que os expertos da Agilent fazem com ADS para desenhar amplificadores, misturadores,
osciladores, PLL, e outros blocos funcionais amplamente utilizados.
A exibição dos dados em ADS faz fácil de ver os resultados das simulações, otimizações,
análises estatísticas, e medidas. O pos - processamento de desenho orientado de grande
alcance, adiciona potencia e flexibilidade para maior penetração uniforme de desenho.
Potencia na Simulação.
Os modelos de simulação e os modelamentos de soluções que ADS brinda são sem igual
para uma exata simulação e escala de validade. As bibliotecas de desenho de ADS nos
permitem também desenhar os últimos padrões de comunicação sem fio.
ADS oferece a gama mais amplia da industria de sistemas, de circuito, e das simulações
físicas para a caracterização completa de cada desenho. A co - simulação de ADS permite
combinar domínios e tipos de simulação para a análise integrada do sistema. Os usuários de
ADS têm também a vantagem de melhoramento continuo, de velocidade e convergência da
simulação.
Integração de fluxo de desenho.
A integração de fluxo de desenho. Faz possível usar dinamicamente simulações de ADS
dentro de um fluxo de desenho de cadencia. Usando ADS e Cadencia no mesmo ambiente
de desenho, erros da tradução são prevenidos. Não há nenhuma necessidade de manter
múltiplos copias do mesmo diagrama esquemático.
Kits de desenho de layout da maior provedora mundial de modelos RFIC e MMIC são
colocados para os desenhos de ADS, suportando a transição de desenho para a fabricação.
115
Verificação de desenho
Os usuários de ADS beneficiam-se de enlaces para e da instrumentação da Agilent em
tarefas simples tais como medições dos parâmetros S em simulações de ADS e em analise
de sinais conexões no extremo final.
Em todas as etapas do processo de desenho, o analise de conexão de sinais permite utilizar
sinais verdadeiras e simuladas, componentes, e blocos funcionais juntos.
As opções do projeto podem ser exploradas inteiramente, sem protótipos caros do projeto.
Simulação Wizard
ADS tem guias de desenhos que permitem aos usuários observar todos os aspectos do
desempenho do desenho sem ter que ser um experto em simulação. Porque ADS e criado e
atualizado por desenhadores da Agilent com muita experiência. Cada uma das guias de
desenho oferecem una gama completa de displays pré-configuradas dos parâmetros e dados
da simulação.
Figura B1. a simulação do balance harmônica de dois-tons
116
Por exemplo, na figura B1. a simulação do balance harmônica de dois-tons é ajustada já
acima nos termos de uma freqüência central de RF e do afastamento da freqüência entre
tons.
Display de dados.
Figura B2. A potencia e a simplicidade dos displays de dados em ADS permitem-nos
observar exatamente os resultados na maneira que são feitas.
117
Livrarias e Modelos.
Figura B3. na figura mostra-se ao lado esquerdo as diferentes livrarias do ADS.
Os modelos de simulação exata, de aplicações focalizadas permitem aos usuários de ADS
desenhar em qualquer nível de generalidade e fazer suas próprias compensações entre os
desenhos de aproximação, velocidade, e a precisão, durante o processo de desenho.
Para o nível do sistema, a estação radio base e o modelo de comportamento do sinal
RF/mixed suportam desenhos tops-down de sistemas de comunicações.
Potencia, Velocidade e Convergência.
Para muitos projetos e tipos de projetos, ADS não é somente a melhor escolha. ADS é
freqüentemente a única escolha prática – graças às inovações contínuas, na industria da
potencia da simulação, à velocidade, e à convergência.
118
Simulação de circuitos envolventes, uma inovação patenteada de ADS, está disponível
somente em ADS e é a mais eficiente maneira para examinar o desempenho de circuitos
não-lineares variantes no tempo.
Figura B4, um sinal modulado com π/4 DQPSK está sendo aplicado a um amplificador de potencia.
119
ANEXO C
Preâmbulos.
O primeiro preâmbulo no PDU do downlink PHY consiste em dois símbolos consecutivos
de OFDM (a combinação dos dois símbolos de OFDM é concebida como o preâmbulo
longo). O primeiro símbolo de OFDM usa somente os índices das subportadoras que são
um múltiplo de 4. Em conseqüência, a forma de onde no domínio de tempo do primeiro
símbolo consiste em 4 repetições do fragmento de 64 amostras, precedidas por um prefixo
cíclico (PC). O segundo símbolo de OFDM usa somente subportadoras uniformes, tendo
por resultado uma estrutura do domínio de tempo com as duas repetições de um fragmento
de 128 amostras, precedidas por um CP. A estrutura do domínio de tempo é ilustrada na
Figura 22.
Figura 22. Downlink e estrutura do Preâmbulo da entrada da rede.
As seqüências do domínio da freqüência para todos os preâmbulos do total da largura de
banda são derivadas da seqüência (ETSI, 2005):
Pall (-100:100) = {1-j, 1-j, -1-j, 1+j, 1-j, 1-j, -1+j, 1-j, 1-j, 1-j, 1+j, -1-j, 1+j, 1+j, -1-j, 1+j,
-1-j, -1-j, 1-j, -1+j, 1-j, 1-j, -1-j, 1+j, 1-j, 1-j, -1+j, 1-j, 1-j, 1-j, 1+j, -1-j, 1+j, 1+j, -1-j,
1+j, -1-j, -1-j, 1-j, -1+j, 1-j, 1-j, -1-j, 1+j, 1-j, 1-j, -1+j, 1-j, 1-j, 1-j, 1+j, -1-j, 1+j, 1+j,
-1-j, 1+j, -1-j, -1-j, 1-j, -1+j, 1+j, 1+j, 1-j, -1+j, 1+j, 1+j, -1-j, 1+j, 1+j, 1+j, -1+j, 1-j,
-1+j, -1+j, 1-j, -1+j, 1-j, 1-j,1+j, -1-j, -1-j, -1-j, -1+j, 1-j, -1-j, -1-j, 1+j, -1-j, -1-j, -1-j, 1-j,
-1+j, 1-j, 1-j, -1+j, 1-j, -1+j,-1+j, -1-j, 1+j, 0, -1-j, 1+j, -1+j, -1+j, -1-j, 1+j, 1+j, 1+j, -1-j,
1+j, 1-j, 1-j, 1-j, -1+j, -1+j, -1+j, -1+j, 1-j, -1-j, -1-j, -1+j, 1-j, 1+j, 1+j, -1+j, 1-j, 1-j, 1-j,
120
-1+j, 1-j, -1-j, -1-j, -1-j, 1+j,1+j, 1+j, 1+j, -1-j, -1+j, -1+j, 1+j, -1-j, 1-j, 1-j, 1+j, -1-j, -1-j,
-1-j, 1+j, -1-j, -1+j, -1+j, -1+j, 1-j, 1-j, 1-j, 1-j, -1+j, 1+j, 1+j, -1-j, 1+j, -1+j, -1+j, -1-j,
1+j, 1+j, 1+j, -1-j, 1+j, 1-j, 1-j, 1-j, -1+j, -1+j, -1+j, -1+j, 1-j, -1-j, -1-j, 1-j, -1+j, -1-j,
-1-j, 1-j, -1+j, -1+j, -1+j, 1-j, -1+j,1+j, 1+j, 1+j, -1-j, -1-j, -1-j, -1-j, 1+j, 1-j, 1-j}}
A seqüência do domínio da freqüência para a seqüência de 4 vezes 64 é definida por: 644xP
⎩⎨⎧
=0
))((22)(644
kPxconjxP ALLkx
00
4mod
4mod
≠=
kk
------------------------ (a)
Na equação (a), o fator de sqrt(2) compara a raiz quadrada meia (RMS) da potencia com a
seção dos dados. O fator adicional de sqrt(2) se relaciona ao impulso de 3dB.
A seqüência do domínio da freqüência para a seqüência de 2 vezes 128 é definida
por:
EVENP
⎩⎨⎧
=0
)(2)(
kxPP ALLkEVEN
00
2mod
2mod
≠=
kk
--------------------------- (b)
Em PEVEN O fator sqrt(2) se relaciona ao impulso de 3dB. Maior informação é encontrado em (ETSI, 2005).