capítulo 03

46
i. Capítulo 3 Propriedades Volumétricas de Fluidos Puros As quantidades de calor e trabalho necessárias para realizar processos industriais são calculadas a partir do conhecimento de propriedades termodinâmicas como a energia interna e a entalpia. Para fluidos, essas próprie dades são freqüentemente avaliadas a partir de medidas do volume molar como uma função da temperatura e da pressão, fornecendo relações pressão/volume/temperatura  PVI , as ql. .aispodem ser expressas matematicamente como equações de estado. A equação com menor grau de complexidade, PV = RT, fornece o modelo mais sim ples do comportamento de fluidos, com aplicação prática. Equações de estado também servem para a medição de fluidos e o dimensionamento de vasos e tubulações. Neste capítulo, primeiramente nós descrevemos a natureza geral dQcomportarriento PVT de fluidos puros. A seguir, háum tratamento detalhado do gás ideal. A atenção então sév~lta para equações de estado mais realísticas, as quais fornecem a base para a descrição quantitativa do comportamento de fluidos reais. Finalmente, são apre sentadas correlações generalizadas que permitem a predição do comportamento PVT de fluidos para os quais não há disponibilidade de dados experimentais. 3 COMPORTAMENTO  V DE SUBSTÂNCIAS PURAS Na Figura 3.1, as linhas 1-2 e 2-C representam, para uma substância pura, condições de pressão e temperatura nas quais fases sólida e líquida existem em equilíbrio com uma fase vapor. Essas linhas pr es são de vapor vs. temperatura caracterizam relações de equilíbrio sólido/vapor (linha 1-2) e líquido/vapor (linha 2-C). A relação de equilíbrio sólido/líquido é representada pela linha (2-3). As três linhas mostram condições de P e Tnas quais duas fases podem coexistir, e dividem o diagrama em regiões em que há uma única fase. A linha 1-2, a curva de sublimação, separa as regiões do sólido e do gás; a linha 2-3, a curva defusão, separa as regiões do sólido e do líquido; a linha 2-C. a curva de vaporização, separa as regiões do líquido e do gás. O ponto C é conhecido como ponto crítico, suas coordenadas P,. e Te são a maior pressão e a maior temperatura nas quais se observa que existe uma espécie de química pura em equilíbrio vapor/líquido. As três linhas se encontram no pOlItOtriplo, onde as três fases coexistem em equilíbrio. De acordo com a regra das fases, Eq. (2.7), o ponto triplo é invariante  F = O). Seo sistema existirem condições ao longo de qualquer das linhas bifásicas daFigura 3.1, ele é univariante  F  1), enquanto nas regiões de única fase ele é bivariante  F = 2). Mudanças de estado podem ser representadas por linhas no diagrama PT: uma mudança isotérmica por uma linha vertical; uma mudança isobárica por uma linha horizontal. Quando uma dessas linhas cruza uma fronteira entre fases, ocorre uma brusca variação nas propriedades do fluido a P e T constantes; por exemplo, vaporiza ção para a transição do líquido para o vapor. Água em um recipiente aberto é claramente um líquido em contato, através de um menisco, com o ar. Se o recipiente for fechado e o ar retirado, a água vaporiza para ocupar o espaço anteriormente ocupado pelo ar, e somente haverá H20 no interior do recipiente. Embora haja uma significati va redução na pressão no interior do recipiente, tudo parece inalterado. A água líquida ocupa a parte inferior do recipiente porque a sua densidade é maior do q ue a densidade do vapor d água, e as duas fases estão em equilíbrio em condições representadas por um ponto na curva 2-C na Figura 3.1. As propriedades do líquido e do vapor são muito diferentes. Entretanto, se a temperatura for elevada de modo que o estado de equilíbrio se desloque para cima ao longo da ~urva 2-C aspropriedades das duas fases se tomam cada vez mais próximas; no ponto C c <lsticam idênticas, c ()mcnisco

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  • i.

    Captulo 3

    Propriedades Volumtricas deFluidos Puros

    As quantidadesdecalore trabalhonecessriaspararealizarprocessosindustriaissocalculadasa partirdoconhecimentodepropriedadestermodinmicascomoa energiainternaeaentalpia.Parafluidos,essasprprie-dadessofreqentementeavaliadasapartirdemedidasdovolumemolarcomoumafunodatemperaturaedapresso,fornecendorelaespresso/volume/temperatura(PVI), asql.'.aispodemserexpressasmatematicamentecomoequaesdeestado.A equaocommenorgraudecomplexidade,PV =RT,forneceomodelomaissim-plesdocomportamentodefluidos,comaplicaoprtica.Equaesdeestadotambmservemparaamediodefluidoseo dimensionamentodevasosetubulaes.

    Nestecaptulo,primeiramentensdescrevemosanaturezageraldQcomportarrientoPVT defluidospuros.Aseguir,humtratamentodetalhadodogsideal.A atenoentosv~ltaparaequaesdeestadomaisrealsticas,asquaisfornecemabaseparaadescrioquantitativadocomportamentodefluidosreais.Finalmente,soapre-sentadascorrelaesgeneralizadasquepermitemaprediodocomportamentoPVT defluidosparaosquaisnohdisponibilidadededadosexperimentais.

    3.1 COMPORTAMENTO PVT DE SUBSTNCIAS PURAS

    Na Figura3.1,aslinhas1-2e 2-C representam,paraumasubstnciapura,condiesdepressoe temperaturanasquaisfasesslidae lquidaexistememequilbriocomumafasevapor.Essaslinhaspressodevaporvs.temperaturacaracterizamrelaesdeequilbrioslido/vapor(linha1-2)e lquido/vapor(linha2-C).A relaodeequilbrioslido/lquidorepresentadapelalinha(2-3).As trslinhasmostramcondiesdeP eTnasquaisduasfasespodemcoexistir,edividemodiagramaemregiesemquehumanicafase.A linha1-2,acurvadesublimao,separaasregiesdoslidoedogs;a linha2-3,acurvadefuso,separaasregiesdoslidoedolquido;a linha2-C.acurvadevaporizao,separaasregiesdolquidoedogs.O pontoC conhecidocomopontocrtico,suascoordenadasP,. e Te soa maiorpressoe a maiortemperaturanasquaisseobservaqueexisteumaespciedequmicapuraemequilbriovapor/lquido.As trslinhasseencontramnopOlItOtriplo,ondeastrsfasescoexistememequilbrio.De acordocomaregradasfases,Eq. (2.7),o pontotriplo invariante(F =O). SeosistemaexistiremcondiesaolongodequalquerdaslinhasbifsicasdaFigura3.1,eleunivariante(F =1),enquantonasregiesdenicafaseelebivariante(F =2).

    MudanasdeestadopodemserrepresentadasporlinhasnodiagramaPT: umamudanaisotrmicaporumalinhavertical;umamudanaisobricaporumalinhahorizontal.Quandoumadessaslinhascruzaumafronteiraentrefases,ocorreumabruscavariaonaspropriedadesdofluidoaP eT constantes;porexemplo,vaporiza-oparaa transiodolquidoparao vapor.

    guaemumrecipienteabertoclaramenteumlquidoemcontato,atravsdeummenisco,como ar.Seorecipientefor fechadoe o arretirado,aguavaporizaparaocuparo espaoanteriormenteocupadopeloar,esomentehaverH20 no interiordorecipiente.Emborahajaumasignificativareduonapressonointeriordorecipiente,tudopareceinalterado.A gualquidaocupaaparteinferiordorecipienteporqueasuadensidademaiordoqueadensidadedovapord'gua,e asduasfasesestoemequilbrioemcondiesrepresentadasporumpontonacurva2-C naFigura3.1.As propriedadesdo lquidoedovaporsomuitodiferentes.Entretanto,seatemperaturaforelevadademodoqueo estadodeequilbriosedesloqueparacimaaolongoda~urva2-C,aspropriedadesdasduasfasessetomamcadavezmaisprximas;nopontoC c!

  • '~

    .i.-... .. _

    48 CaptuloTrs

    Temperatura

    Regio dovapor

    ...~..

    ,~,

    Regio do gs

    II

    A "---r.,Regio de fluidoI \

    c~~----I, ,I I, I'~f

    ~',B'-- :

    Regio do lquido

    3

    Curva de fuso

    Regio do slidoYl.M ~IMS V~ .z. T"umacurvasuave.

    As linhasidentificadaspor TJ e T~soparatemperaturassubcrticas,e soformadaspor trssegmentos.Osegmentohorizontaldecadaisotermarepresentatodasasmisturaspossfveisde lquidoe vaporemequilbrio,abrangendode 100%delquidonoextremoesquerdoat100%devapornoextremodireito.O lugargeomtri-codessespontosextremosacurvaemfonnadedomoidentificadaporBCD, daqualametadeesquerda(deBa C) representalquidosI/nl ul7lafasellliclIlregiclomonofisica)emsuastemperaturasdevaporizao(pontosdeebulio),eametadedireita(deC aD) vaporesemul11Cljsenica(regiomonojsica)emsuastemperatu-rasdecondensao.Lquidose vaporesrepresentadosporBCD soditosestaremsalurados,e asfasesemco-existnciasoconectadaspelosegmentohorizontalda isotemlanapressodesaturaocorrespondentedaisoterma.Tambmchamadadepressodevapor,elafornecidaporumpontonaFigura3.1noqualumaisoternla(linhavertical)cruza,\curvadevaporizao.

    A regiobifsicalquido/vaporencontra-seabaixododomoIJCD; aregiodo lquido.I'ub-re.\:jiiadoencon-tra-seesquerdadacurvado IfquiJo saturadoBC, e a regiodovaporsuperaquecidoencontra-se direitado

  • y~'-~---_._._._"_-_-_-_-_-_-_-_-_-_--_--_-_--_--_--_-_-_-_-_-_-~_-_-_-_-_-_-_-__-_-_-_-~_-_-_-_-_-_-_-p~_r-o_p~-r_i-e_d_a~d~e~S_-V_,_'"_m_ '__tr_iC_a_S_d_e_F_l_u_id_O_S_p_ur_O_S __ 4_9i

    p

    Fluido

    Slido/vapor

    i'ev

    (a)

    p

    v

    (b)

    Figura 3.2DiagramaPV paraumasubstnciapura.(a) Mostrandoasregiesdo slido,do lquidoedo gs.(b) Mostrandoasregiesdolquido,lquido/vaporevaporcomisotermas.

    vaporsaturadoCD.Paraumadadapresso,lquidosub-resfriadoexistea temperaturasinferiores,evaporsu-peraquecidoexisteatemperaturassperioresdopontodeebulio.Isotermasnaregiodolquidosub-resfri-adosobastanteinclinadas,porqueo volumedelquidosvariapoucocomgrandesvariaesnaw;e.sso.

    Naregiobifsica,ossegmentoshorizontaisdasisotermastomaIn-seprogressivamentemenores,namedidaemquea temperaturaaumenta,sendofinalmentereduzidosaumpontoemC. Assim,a isotermacrtica,iden-tificadaporTe.exibeumainflexohorizontalnopontocrticoC notopododomo,ondeasfaseslquidaevaporsetomamindistinguveis.

    Comportamen~oCrtico

    Um melhordiscemimentosobrea naturezado pontocrtico obtidoapartirdeumadescriodasmudanasqueocorremquandoumasubstnciapuraaquecidano interiordeumtuboverticalhermeticamentefechado,comvolumeconstante.Tais processosestorepresentadospor linhasverticaispontilhadasnaFigura3.2(b).ElastambmpodemsertraadasnodiagramaPT daFigura3.3,ondealinhacontnua acurvadevaporizao(Figura3.1),easlinhastracejadassotrajetriasavolumeconstantenasregiesmonofsicas.Seo tuboestivercheiocomlq'uidooucomvapor,oprocessodeaquecimentoproduzmudanasaolongodessaslinhas;porexem-plo,amudanadeE paraF (lquidosub-resfriado)eamudanadeG paraH (vaporsuperaquecido).As linhas

    p

    [Figura 3.3 DiagramaPT paraumtluiuupuro.mostrandoacurvaoapressode vaporc linhasavolumeconstantenasregiiicsmonuf,sicas.

    ~~-------------------

  • (3.1)

    .iL-..

    ... __ ._---~--_._-_. __ ._--~~~~~~~~~~ .~~~~~~

    50 CaptuloTrs

    verticaiscorrespondentesnaFigura3.2(b) nosomostradas,masestoposicionadasesquerdaedireitadeBCD, respectivamente.

    Se o tubosestiverparcialmentecheiocomlquido(o restantesendopreenchidoporvaporemequilbriocomo lquido),o aquecimentoprimeiramentecausamudanasdescritaspelacurvadapressodevapor(linhacontnua)naFigura3.3.Parao processoindicadopelalinhaJQ naFigura3.2(b), o meniscoestinicialmenteprxiJ!loaotopodotubo(pontoJ), eo lquidoseexpandecomoaquecimento,osuficienteparaenchercomple-tarr.enteo tubo(pontoQ). Na Figura3.3,oprocessotraaumatrajetriade(1,K) paraQ, e,comaquecimentoadicional,deixaacurvadepressodevaporaolongodalinhadevolumemolarconstante,V~.

    O processorepresentadopelalinhaKN, naFigura3.2(b), iniciacomo meniscoemumnvelmaisbaixonotubo(pontoK), eoaquecimentovaporizao lquidoatqueomeniscoretrocedaparaofundodotubo(pontoN).NaFigura3.3,oprocessotraaumatrajetriade(J, K) atN. Comaquecimentoadicional,atrajetriacontinuaaolongodalinhadevolumemolarconstante,Vz.

    Paraumanicaformadeenchimentodotubo,como meniscoemumcertonvelintermedirio,o processodeaquecimentosegueumalinhaverticalnaFigura3.2(b), queatravessaopontocrticoC. Fisicamente,o aque-cimentonocausamodificaosignifi~ativanonveldomenisco. medidaqueopontocrticoseaproxima,omeniscosetornaindefinido,depoisumanvoa,efinalmentedesaparece.Na Figura3.3,atrajetriaprimeira-mentesegueacurvadapressodevapor,saindodoponto(J, K) eindoparaopontocrticoC,ondeelaentranaregiomonofsicadofluidoe segueVc' alinhadevolumemolarconstanteigualaovolumecrticodofluido.

    Regio Monofsica

    Paraasregiesdodiagramanasquaishumanicafase,aFigura3.2(b) indicaumarelaoenvolvendoP, VeT.Expressaanaliticamentecomoj(P, V,T) =O, talrelaoconhecidacomoumaequaodeestadoPVF. Elarelacionapresso,volumemolarouespecficoe temperaturaparaumfluido homogneopuroemestadosdeequilbrio.A equaodeestadodogsideal,PV =RT, temvalidadeaproximadanaregiodo gsa baixaspressesdaFigura3.2(b) e discutida,emdetalhes,naSeo3.3.

    UmaequaodeestadopodeserresolvidaparaqualquerumadastrsgrandezasP, Vou T, comoumafun-odasoutrasduas.Porexemplo,seV forconsideradoumafunodeTe P, entoV =V(T, P) e

    dV =(:~) p dT +G~)TdPAs derivadasparciaisnessaequaopossuemsignificadosfsicosbemconhecidoseestorelacionadasaduaspropriedadesusualmentepresentesemtabelasdepropriedadesdelquidos,sendodefinidascomosegue:

    Expansividade volumtrica:

    Compressibilidade isotrmica:

    ~ wf lAlM\-.ed.t, e7-.~A 'lUJ)

    U'l'VlMU\..fi == !..(av)V aT p

    I (av)I(==-~ -V ap TA combinaodasEqs.(3.1)a(3.3)fornece:

    dV-=f!dT-KdPV

    (3.2)

    (3.3)

    (3.4)

    As isotermasparaafaselquidanoladoesquerdodaFigura3.2(b) somuitoinclinadase prximas.Assim,tanto(dV/dnp quanto(aVlaP)Te, conseqentemente.f3e K sopequenos.Essecomportamentocaractersticodoslquidos(foradaregiocrtica)sugereumaidealizao,usualmenteempregadanamecnicadosfluidoseconhecidacomoofludoncompressvel,paraoqualf3 e K sonulos.Nenhumfluidoreal incompressvel,masa idealizao til,poisforneceummodelosuficientementerealsticoparao comportamentode lquidosemmuitasaplicaesprticas.Nohequaodeestadoparat1uidoincompressvel,poisVindependentedeTe P.

    Paralquidos,f3 quasesemprepositiva(gualquidaentreOC e4C umaexceo).e K necessariamen-tepositiva.Emcondiesafastadasdopontocrtico,{3e K sofunespoucosensveisemrelaolitempera-turae presso.Assim,parapequenasvariaesemTe P, umpequenoerro introduzidoseasconsiderarmosconstantes.Ento,a integraodaEq. (3.4)fornece:

    ~, ..~. ~~ 'v'vw.\'" \\"t~,.,Essaumaaproximaomenosrestritivadoqueasuposiodefluido incompressvel.

    (3.5)

  • ; .

    ~. ~~~~~~._-------------~.---, PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 51j ---------------------------------------

    v = 1,287cm3g-IK =62 x 10-6bar-1

    Exemplo 3.1Para acetona lquidaa 200ee 1 bar,

    ~= 1,487X 10-3e-IPara a acetona,determine:

    (a) O valorde (ap/a7)v a 20C e 1 bar.

    (b) A pressogerada pelo aquecimentoa V constante,de 200e e 1 bar at 30oe.

    (c) A variaono volume para umavariao de 200e e 1 bar paraooee 10 bar.

    ou

    Soluo 3.1(a) A derivada(ap/aT)v detenninadapelaaplicaodaEq. (3.4)nocasoparao qualV constantee dV =O:

    f3dT-KdP-=O (Vconst.)

    (3P) f3 1,487x 10-3 o -1- =-=----=24bar CaT v K 62X 10-6

    (b) Se{3e K foremconsideradasconstantesnointervalodetemperaturade10C,entoaequaoobtidaem(a) podeserescrita(Vconst.):

    e

    t::,.p =!!-t::,.T = (24)(10)= 240barK

    P2 = PI +t::,.p=1+240= 241bar -(c) A substituiodiretanaEq. (3.5)fornece:

    V2=(0,9702)(1,287)= 1,249em'g-le

    v., ~ln-=.= (1,487x 10-')(-20) - (62x 10-6)(9)= -0,0303

    VI

    V.,

    -=.=0,9702VI

    Ento, t::,. V =V2 - VI =1,249- 1,287=-0,038 cm3g-l

    3.2 EQUAES DE ESTADO DO TIPO VIRIAL

    Isotermasparagasesevapores,posicionadasacimaedireitadeCD naFigura3.2(b), soeurvasrelativamentesimplesnasquaisVdiminuinamedidaemqueP aumenta.Aqui.oprodutoPV, paraumadadaT, deveriaterumcomportamentomaisprximodoconstantedoquecadaumadesuasparcelas.e,conseqentemente,seranali-ticamenterepresentadomaisfacilmentecomoumafunodeP. Issosugerea representaodePV paraumaisotermaatravsdeumasriedepotnciasemP:

    P V =a +bP +C p2 +...Seb ==aB', c ==aC', etc.,ento,

    P V =a(1+B' P +C'p2 +D' P' +...) (3.6)naquala, B', C', etc.,soconstantesparaumadadatemperaturae umadadaespciequmica.

    Emprincpio,o ladodireitodaEq.(3.6)umasrieinfinitu.Contudo,naprticaumnmerotinitodetermosutilizado.Na realidade,dadosPVT mostramqueembuixaspresseso truneamentoapsdoistermosforneceresultadossatisfatrios.

    Temperaturas de Gs Ideal; Constante Universal dos Gases

    Os parmetrosB', C', etc.,naEq. (3.6),sofunesdatemperaturae dependemda espciequmica;masoparmetroa.segundodadosexperimentais,amesmafunodetemperaturaparatodasasespciesqumicas.IssomostradopormedidasdevolumecomofunodaP paravriosgases~ltemperaturaconstante.Porexem-

    r-~ _

  • i . '

    52 CaptuloTrs

    pIo,aFigura3.4umgrficoPV vs.P paraquatrogasesnatemperaturadopontotriplodagua.O valorlimitedePV quandoP -+O o mesmoparatodososgases.Nesselimite(indicadoporumasterisco),aEq. (3.6)setransformaem:

    (PV)* =a =t(T)

    ___---------H2~\~:::~--=====------~: (PVl;= 22.711,8~m3barmol.~' . . 2uS-Q..,

    T =273,16K =pontotriplodagua

    o p

    Figura 3.4 (PV)*, o valorlimitedePV quandoP --+O independentedogs.

    Essapropriedadedosgasesabaseparao estabelecimentodeumaescaladetemperaturaabsoluta.Tudo oquedeveserfeito afixaoarbitrriadarelaofuncionalj(1)eadefiniodeumvalorespecficoparaumnicopontonaescala.O procedimentomaissimpleso adotadointernacionalmenteparadefiniraescalaKelvin(Seo1.5):

    Faa(PV)* diretamenteproporcionala T, comR sendoaconstantedeproporcionalidade:

    (PV)* =a ==RT (3.7) Estabeleao valorde273,16K paraatemperaturadopontotriplodagua(identificadapelosubscritot):

    (PV)t =R x 273,16KA divisodaEq.(3,7)pelaEq. (3.8)fornece

    (PV)* T jK

    (PV)~ =273,16K

    (3.8)

    ou (PV)*

    T jK =273,16(PV)j (3.9)

    A Eq. (3.9)estabeleceaescaladetemperaturaKelvin aolongodafaixadetemperaturasnaqualosvaloresde(PV)* soacessveisexperimentalmente.

    O estadodeumgsnacondiolimitequandoP -4 O merecediscusso. medidaqueapressodiminui,asmolculasqueconstituemumgssetornamcadavezmaisafastadasumadasoutras,eo volumedasprpriasmolculassetomaumafraocadavezmenordovolumetotalocupadopelogs.Almdisso.asforasdeatra-oentreasmolculasficamprogressivamentemenoresporcausadoaumentodadistnciaentreelas(Seo16.1).No limite,quandoP -40,asmolculasestoseparadasporurnadistnciainfinita.O volumedasmol-culastorna-sedesprezvelemfacedovolumetotaldogs,e asforasintermolecularesseaproximamdezero.Essascondiesdefinemumestadodegsideal,eaEq. (3.9)estabeleceaescaladetemperaturadogsideal.A constantedeproporcionalidadeR naEq.(3.7)chamadadeconstanteuniversaldosgases.O seuvalornum-ricodeterminadopormeiodaEq. (3.8)apartirdedadosexperimentaisPVT:

    (PV)*R=!273,16K

    Na realidade,comodadosexperimentaisPVT nopodemserobtidosnapressoigualazero.dadosobtidosempressesno-nulassoextrapoladosparao estadodepressozero.DeterminadocomoindicadonaFigura

    .......

  • PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 53

    i-----------....~!~:

    3.4,O valoraceitopara(PV)f de22.711,8cm3 barmoI-I, levandoaoseguintevalorparaR:'

    R =22.711,8cm3barmol-1 =83,1447cm3barmol-1 K-1273,16K

    Atravsdousodefatoresdeconverso,R podeserexpressaemvriasunidades.Valoresnormalmenteuti-lizadossofornecidosnaTabelaA2 doApndiceA.

    Duas Formas da Equao do Tipo Virial

    Umapropriedadetermodinmicaauxiliartil definidapelaequao:

    I Z ~ :; I (3.10)Essarazoadimensionalchamadadefatordecompressibilidade.C-messadefinioecoma =RT (Eq.(3.7)],aEq. (3.6)setorna:

    I z ~1+B'P +C'p2 +D' p3 +... IUmaexpressoalternativaparaZ tambmnormalmenteutilizada:2

    B CZ=l+-+-V y2

    D-+...y3

    (3.11)

    (3.12)

    -1=..Essasduasexpressessochamadasdeexpansesdotipovirial,eosparmetrosB', C', D', etc.~, C,D, etc.,sochamadosdecoeficientesdotipovirial.OsparmetrosB' eB soossegundoscoeficientesdotipovirial;C'eC soosterceiroscoeficientesdotipovirial;etc.Paraumdadogs,oscoeficientesdotipovirialsosomentefunesdetemperatura.

    Os doisconjuntosdecoeficientesdasEqs. (3.11)e (3.12)estorelacionadoscomosegue:

    , B (3.13a)C' =C - B7.

    (3.13b)D'=

    D-3BC+2B3

    (3.13c)B =-

    (RT)3RT (RT)2

    Paradeduziressasrelaes,fazemosZ =PY/RT naEq. (3.12)eresolvemosparaP. IssopermiteaeliminaodeP noladodireitodaEq. (3.11).A equaoresultantesereduzaumasriedepotnciasem1/V, quepodesercomparadatermoatermocomaEq. (3.12)parafornecerasrelaesapresentadas.Elassemantmexatasso-menteparaasduasexpansesdotipovirialcomosriesinfinitas,masasformastmncadasutilizadasnaprticasoaproximaesaceitveis.

    Muitasoutrasequaesdeestadoforampropostasparagases,masasequaesdotipovirial soasnicasquetmumafirmebasenamecnicaestatstica,quefornecesignificadofsicoparaoscoeficientesdotipoviria!'Assim,naexpansoem l/V, o termoB/V surgeemfunodasinteraesentreparesdemolculas(vejaSeo16.2);o termoCI-V- emfunodasinteraesentretrscorpos;etc.Comoasinteraesentredoiscorpossomuitasvezesmaiscomunsdoqueasinteraesentretrscorpos,e asinteraesentretrscorpossomuitasvezesmaisnumerosasqueasinteraesentrequatrocorpos,etc.. ascontribuiesparaZ dostermoscomor-denssucessivamentesuperioresdiminuemrapidamente.

    3.3 O GS IDEAL

    ComoostermosB/V, ClV2, ete.,daexpansovirial (Eq.(3.12)]aparecememfunodasinteraesmolecula-res,oscoeficientesdotipovirialB, C,etc.deveriamsernulosondetaisinteraesnoexistam,eaexpansodotipoviria!sereduziriaa:

    2=1 ou PV =RT

    Ihttp://physics.nisLgov/constants.lPropostaporH. KamerlinghOnncs,"Expressionor theEquati(Jnof SUll.: of GasesandLiqui

  • t. ..

    54 CaptuloTrs

    De fato,asinteraesmolecularesexistemeexerceminflunciasobreocomportamentoobservadodegasesreais. medidaqueapressoreduzidaatemperaturaconstante,V aumentaeacontribuiodostermosB/V,C/V2,D/V", ... naEq.(3.12)diminui.ParaP -;>O,Z aproxima-sedaunidade,noporquehajaqualquervariaonoscoeficientesdovirial,massimporqueV setornainfinito.Assim,nolimitequandoP -;>O,a equaodeestadoassumea mesmaformasimplesdocasohipotticodeB = C =...=O;isto,

    Z -+ 1 ou P V -+ R T

    Sabemos,a partirdaregradasfases,queaenergiainternadeumgsreal umafunodapresso,assimcomodatemperatura.Essadependnciadapressoresultadasforasentreasmolculas.Seessasforasnoexistissem,nenhumaenergiaserianecessriaparaalteraradistnciaintermolecularmdia,e,conseqentemen-te,nenhumaenergiaseriarequeridaparacausarvariaesnovolumee napressoemumgsa temperaturaconstante.Conclumosque,naausnciade interaesmoleculares.a energiainternadeum os de endeso-mentedatemperatura.Essasconsideraessobreocomportamentodeumgshipottico,noqualnoexistamforasintermoleculares,edeumgsrealnolimitequandoapressoseaproximadezerolevamdefiniodeumgsidealcomoaquelenoqualo comportamentomacroscpicocaracterizadopor:

    A equaodeestado:

    I PV =RT I (gsideal) (3.14)

    Umaenergiainternaqueumafunosomentedatemperatura:

    lU =U(T) I (gsideal) (3.15)

    (3.16)

    RelaesdePropriedadespara um Gs Ideal

    A definiodecapacidadecalorficaavolumeconstante,Eq. (2.16),leyaconclusodeque,paraumgsideal,C,. umafunosomentedatemperatura:

    Cv =(au) =dU(T) =CvtT)aT y dTA equaoquedefineentalpia,Eq. (2.11),aplicadaparaumgsideallevaconclusodequeH tambmumafunosomentedatemperatura:

    H =U +PV =U(T) +RT =H,T) (3.17)A capacidadecalorficaapressoconstanteCp, definidapelaEq. (2.20),comoCI,umafunosomentedatemperatura:

    Cp ==(aR) =dR(T) =Cp(TlaT p dTUmarelaotilentreCp e Cv, paraumgsideal,vemdadiferenciaodaEq. (3.17):

    dH dUCp =- =- +R =C I'+R

    dT dT

    (3.18)

    (3.19)

    Essa equao no implica que Cp e Cv sejam constantes para um gs ideal, mas so-mente que elas variam com a temperaturade tal forma que a sua diferena igual a R.

    ParaqualquermudanadeestadodeumgsidealasEqs.(3.16)e(3.l8) levama:

    dU =CydT(3.20a)

    !:lU =f CvdT(3.20b)dR =CpdT

    (3.21a)!:lH= f CpdT(3.21b)

    Comotantoaenergiainternaquantoo Cv deumgsidealsofunessomentedatemperatura,t1U paraumgsidealsempredadopelaEq. (3.20b),independentementedotipodeprocessoquecausaa mudana.IssodemonstradonaFigura3.5,quemostraumgrficodaenergiainternacomofunodovolumemolar,comatem-

  • ; ./

    ......-----------------------_ .._-PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 55

    ~I,.-.~I.-f;

    peraturacomoparmetro.ComoV independentedeV,arepresentaodeV vs.V,atemperaturaconstante,umalinhahorizontal.Paratemperaturasdiferentes,V possuivaloresdiferentes,representadosporlinhassepa-radasparacadatemperatura.DuasdessaslinhasestorepresentadasnaFigura3.5,umaparaatemperaturaTI e

    uu, a

    v

    d

    T2

    T,

    Figura 3.5Variaesnaenergiaint""rnaparaumgsideal.

    I.~

    outraparaumatemperaturasuperiorT2 A linhatracejadaligandoospontosa ebrepresentaumprocessoavolumeconstante,noqualatemperaturaaumentadeTI paraT2eaenergiainternavariaemU =U2 - VI' EssavariaonaenergiaintemadadapelaEq. (3.20b)comoU =/CvdT.As linhastracejadasligandoospontosa ece ospontosa ed representamoutrosprocessosquenoocorremavolumeconstante,masquetambmlevamdatemperaturainicialTI paraatemperatura[malT2 O grficomostraqueavariaonaV paraessesprocessosamesmaquenoprocessoavolumeconstanteeque,conseqentemente,dadapelamesmaequao,ouseja,U =/ Cv dTo Con-tudo, V no igualaQ nessesprocessos,porqueQ nodependesomentedeTI e T2, mastambmdatrajetriadoprocesso.UmadiscussointeiramenteanlogaseaplicaentalpiaH deumgsidear.(VejaSeo2.11.)

    O gsidealummodelodefluidodescritoporrelaesdepropriedadessimples,quesofreqentementeboasaproximaesquandoaplicadasemgasesreais.Emclculosdeprocessos,gasesapressesdeatpoucosbarspodem,freqentemente,serconsideradosideais,eentoequaessimplessoutilizadas.

    Equaes para Clculo de Processos Envolvendo Gases Ideais

    Clculosdeprocessosfornecemquantidadesdecalore trablho.O trabalhodeumprocessomecanicamentereversvelemumsistemafechadodadopelaEq. (1.2),aquiescritaparaumaunidadedemassaouummole:

    dW =-PdVParaumgsidealemqualquerprocessoemsistemafechado,aprimeiralei, comoapresentadapelaEq. (2.6),escritaparaumaunidadedemassaouummole,podesercombinadacomaEq. (3.20a)parafornecer:

    dQ +dW =CvdTSubstituindodWe explicitandodQ, obtm-seumaequaovlidaparaumgsidealemqualquerprocessomecanicamentereversvel,emsistemafechado:

    dQ=CvdT+PdV

    EssaequaocontmasvariveisP, Ve T, dasquaissomenteduassoindependentes.EquaesdetrabalhoparadQ e dWdependemdequalpardessasvariveis tomadocomoindependente;isto,dequalvariveleliminadapelousodaEq. (3.14).ComP =RTlV,

    (3.22) I dW ~ -RT~(3.23)

    ComV =RT/P e comCvdadopelaEq.(3.19),asequaesparadQ edWsetornam:

    dP

    dQ =CpdT - RTp (3.24)dP

    dW=-RdT+RTp (3.25)

    ComoT =PV/R, o trabalho simplesmentedW =- P dV,ecomCv dadonovamentepelaEq.(3.l9),Cv C['

    dQ=RVdP+RPdV (3.26)

  • S6 CaptuloTrs

    Essasequaespodemserusadasparagasesideaisemvriostiposdeprocessos,comodescritoaseguir.Ashiptesesimplcitasnoseudesenvolvimentosoqueo sistema fechadoe queo processo mecanicamentereversvel.

    Processo Isotrmico

    PelasEqs. (3020b)e(3.2lb), /:o.U =/:o.H =OV2 P2

    PelasEqs. (3.22)e(3.24), Q =RT ln - = -RT ln -VI PI

    V? P?PelasEqs. (3.23)e(3.25), W =-RT ln -=- =RT ln -=-

    VI PINotequeQ =- W, umresultadoquetambmpodeserobtidodaEq. (2.3).Conseqentemente,

    I V, p,Q =-W =RTln- =-RTln-=-VI PI (Teoo".)I(3.27)

    Processo Isobrico

    PelasEqs. (3.20b)e (3.2Ib),

    e pelasEqs. (3.24)e (3.25),

    /:o.U =f CvdT

    Q =f CpdT

    e

    e

    l!!.H=f CpdT

    W =-R(T2 -Td

    NotequeQ = ;)'H, umresultadoquetambmpodeserobtidodaEq. (2.13).Conseqentemente,

    (P eoo"t.) I(3.28)

    e

    Processo Isocrico (V Constante)

    No\"amente,asEqs. (3.'20b)e (3.21b) implicam:

    /:o.U =!CvdTPelaEeJ.. (3.22)e pelaequaobsicaparao trabalho,

    Q =!CvdTe

    /:o. H =!Cp dTW =-!PdV =O

    NotequeQ =~U,umresultadoquetambmpodeserobtidodaEq. (2.10).Conseqentemente,

    (V 'o "se.) I(3.29)

    Processo Adiabtico; Capacidades Calorficas Constantes

    U111 processoadiabticoaquelenoqualn1i.ohtransfernciadecalorentreo sistemaesuavizinhana;isto,dQ =O.Conseqentemente,asEqs.(3.22),(3.24)e(3.26)podemserigualadasazero.Ento,aintegrao,comCI,e Cp constantes,fornecerelaessimplesentreasvariveisT, P e V, vlidasnacompressoou expansoatliab().tica,mecanicamentereversvel,degasesideais.Por exemplo,aEq. (3.22)setorna:

    dI' R dV-=---I' Cv V

  • e1('r~,1,~..J-.....

    ,:::,~$;---"..

    -.:I

    .( ./

    ---~--------~----_.__ ...._- ..._.~---_..._-_ .._------~.~_._~--_...-PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 57

    A integrao,comCy constante,fornece:

    T2 =(Vi )R/CVTi V2

    Analogamente,asEqs. (3.24)e (3.26)levama:

    T2 =(P2)R/CPTi PiEssasequaestambmpodemserexpressasnafonua:

    TVy-1 =const. (3.30a) T p(l-y)/y =canst. (3.30b) PVY =const. (3.30c)

    -, .

    Nasquais,pordefinio,3 (3.31)

    As Eqs. (3.30)tm aplicao restrita aos gases ideais com capacidades calorficasconstantes em expanses ou compresses adiabticas e mecanicamente reversveis.

    Paragasesideais,o trabalhoemqualquerprocessoadiabtico,emsistemafechado,dadopor:

    ParaCv constante,

    dW=dU=CvdT

    W =tlU =Cv tlT-

    (3.32)

    FormasalternativasdaEq.(3.32)soobtidasseCy foreliminadaemfavordarazoentrecapacidadescalorficasy:

    Cp Cv+R Ry=-=---=I+-C", Cv C",

    ouRCv=--y-l

    DondeR 6.T

    W =Cv6.T =--y-lComoRT1 =PI VI eRT2 =P: V:' essaexpressopodeserescritanafonua:

    W =RT2 - RTiy - 1

    (3.33)

    (3.34)

    -'o

    As Eqs. (3.32)e(3.33)sogeraisparaprocessosadiabticosdecompressoedeexpanso,emsistemasfe-chados,reversveisouno,poisP. Ve T sofunesdeestado,independentesdatrajetria.Entretanto,T2 e V:sonormalmentedesconhecidos.A eliminaodeV2 daEq.(3.33),utilizandoaEq.(3.30c)vlidasomenteparaprocessosmecanicamentereverslveis,levaexpresso:

    . _ PI VI [(P2)(Y-I)/Y ] _ RT1 [(P2)(Y-i)/Y ]

    W--- - -1 --- - -1y - 1 PI. Y - 1 PI

    mesmoresultadoobtidoquandoarelaoentreP e VdadapelaEq.(3.30c)usadaparaaintegraoW =-lPdV. A Eq. (3.34) vlidasomenteparagasesideaiscomcapacidadescalorficasconstantes,emprocessosadiabticos,mecanicamentereverslveis,emsistemasfechados.

    Quandousadasparagasesreais,asEqs.(3.30)a(3.34)freqentementefornecemaproximaessatisfatrias,desdequeo afastamentodaidealidadesejarelativamentepequeno.Paragasesmonoatmicos,"Y =1,67;valo-resaproximadosde "Y so 1,4paragasesdiatmicose 1,3paragasespoliatmicossimples,comoCO2, 50:,NH} eCH4,

    'Se C,. e C/' foremconstantes.y necessariamenteconswnte.Paraumgsideal.aconsideraode '1constanteequivalente cOl1siue-raouetlueascapacidauescalorticassiioconstantes.Est;\ a nicapossibilidadeue a razoC/C,. "" y c ue adiferenaC/' - C,.=RseremamfJa,n;onstantcs.Comcxct:l.iodosgas~sl11ono;.tlmic..:os.CI,e C\.narealidadetlUlllCnEamcomulCmpCratLIra.masanlzo ymenossensvelel11relao temperaturado ljueus_apa

  • (3.35a)

    r-i,

    I .

    58 CaptuloTrs

    Processo Politrpico

    Comopolitrpicosignifica"tomarvrioscaminhos",processospolitrpicossugeremummodelocomalgumaversatilidade.Com constante,eledefinidocomoumprocessorepresentadopelaequaoemprica:

    I P V =constanteIParaumgsideal,equaesanlogassEqs. (3.30a)e(3.30b)sofacilmenteobtidas:

    Tv-l =constante (3.35b) T p(l-)/ =constante (3.35c)

    QuandoarelaoentreP e V dadapelaEq. (3.35a),aavaliaodeIP dV forneceaEq.(3.34),com'Ysubstitu-dopor B:

    _ RTl [( P2)(-I)/ ]

    w--- - -18- 1 Pl

    Alm disso,paracapacidadescalorficasconstantes,aprimeiralei explicitandoQ fornece:

    (8 - y)RT1 [(P2)(O-1)/O ]Q =-(8---1-)-( y---l-) PI - 1

    (3.36)

    (3.37)

    Os processosdescritosnestaseocorrespondemsquatrotrajetrias4mostradasnaFigura3.6paravaloresespecficosde8:

    Processoisobrico:PelaEq. (3.35a), =O.

    Processoisotrmico:PelaEq.(3.35b),B = 1.

    Processoadiabtico: = "'I.

    Processoisocrico:PelaEq. (3.35a),dV/dP =V/P; paraV constante, =:tx.

    -

    p

    IJ=O

  • r;;..~~,=rif~.. ,.,...-.. ",.

    ----

    -I----Ii~!

    i~ii--, ~

    ,,

    .~..._"'-_ .._--_ .

    PropriedadesVoiumrricasdeFluidosPuros 59

    otrabalhoemumprocessoirreversve/calculadoatravsdeumprocedimentoemdusetapas.Emprimei-rolugar,Wdeterminadoparaumprocessomecanicamentereversvel,querealizaamesmamudanadeestadoqueo processoirreversvelreal.Emsegundolugar,esseresultadomultiplicadooudivididoporumaeficin-ciapara fornecero trabalhoreLSeo processoproduztrabalho,o valorabsolutoparao processoreversvelbemmaiore devesermultiplicadoporumaeficincia.Seo processorequertrabalho,o valorparao processorever~velbemmenoredeveserdivididoporumaeficincia.

    Aplicaesdosconceitose equaesdesenvolvidosnestaSeosoilustradasnosexemplosqueseguem.Em particular,o trabalhodeprocessosITeversveistratadonoExemplo3.4.

    Exemplo 3.2Ar 'comprirriidode um estado inicialde 1 bar e 25C at um estado finalde 5 bar e 25C, atravsde trs diferentesprocessos mecanicamentereversveisem um sistemafechado:

    (a) Aquecimento a volumeconstanteseguido de resfriamentoa presso constante.

    (b) Compresso isotrmica.

    (c) Compresso adiabticaseguida de resfriamentoa volume constante.

    Considere que o ar seja um gs idealcom capacidades calorficas constantes, Cv =(5/2)R e Cp =(7/2)R. Calcule o trabalho necessrio,o calor transferidoe as variaes na energia internae na en-talpia do ar para cada processo. -

    10

    8~

    6

  • i., .

    60 CaptuloTrs

    (b) A Eq. (3.27),paraa compressoisotrmicadeumgsideal,podeserusada:

    PI 1Q =- W =RTln - =(8,314)(298,15)ln - =-3.990 J

    P2 5.

    (c) A etapainicialdecompressoadiabticalevao araoseuvolumefinalde0,004958m3PelaEq. (3.30a),atempe-raturanesseponto:

    (V))I-l (O 02479)0,4T' =TI V~ =(298,15) 0,~04958 =567,57KParaessaetapa,Q =O, e,pelaEq. (3.32),o trabalhodecompresso:

    W =Cv!:::.T =(20,785)(567,57- 298,15)=5.600JParaa etapaa volumeconstante,nenhumtrabalho realizado;a transfernciadecalor:

    Q = !:::.U=CV(T2 - TI) =-5.600JAssim,parao processo(c),

    -.

    W =5.600J e Q =-5.600JEmboraasvariaesdaspropriedades6.U e 6.H sejamzeroparacadaprocesso,Q e W dependemdatrajetria,

    masaquiQ =- W.A Figura3.7mostracadaprocessoemumdiagramaPV. Cornoo trabalhoparacadaumdessesprocessosmecanicamentereversveis dadopor W =- / P dV, o trabalhoparacadaprocessoproporcionalreatotalabaixodastrajetriasnodiagramaPV, de 1para2. Os tamanhosrelativosdessasreascorrespondemaosvalo-resnumricosdeW. -

    Exemplo 3.3Um gs ideal passa pela seguinteseqncia de processos mecanicamentereversveisem um sis-tema fechado:

    (a) De um estado iniciala lOC e 1 bar, ele comprimido adiabatieamenteat 150C.

    (b) Ele ento resfriado de 150C a lOC, a presso constante.

    (c) Finalmente,ele expandido isotermicamenteat o seu estado original.

    Calcule W, Q, 6.U e 6.H para cada um dos trs processos e parao ciclo completo. Considere Cv =(3/2)R eCp =(5/2)R.

    370C

    p

    70"C1

    v

    Figuru 3.8 Diagramaparuo Ex.empl03.3.

    Soluo 3.3ParaR =8,314J moI-I K-',

    Cv = 12,471ociclo t: mostrauo em um diagrama I'V l1aFigura :l.X. Tome como hase I moi de gs.

  • ; ./

    (a) Paraumgsidealsofrendoumacompressoadiabtica,Q =O;donde

    t::..u =W =Cv t::..T =(12,471)(150-70) = 998J

    t::..H =Cp t::..T =(20,785)(150-70) =1.663JA pressoP2 determinadapelaEq. (3030b):

    (T2)Y/(Y-ll (150+27315)2,5P2 =PI - =(1) , = 1,689bar

    TI 70+ 273,15

    T':'---~~,-'.,...-..,,'~..-----...----................_-'...._.".. PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 61-----------------------------------------I

    I{

    1

    (b) Paraesseprocessoapressoconstante,

    Q = t::..H = Cp t::..T = (20,785)(70- 150)= -1.663 J

    t::..U = Cv t::..T =(12,471)(70- 150)= -998 J

    W =t::..u - Q =-998 - (-1.663)= 665J(c) Paragasesideaispassandoporumprocessoisotrmico,.U e .H sozero;aEq. (3.27)fornece:

    P3 p, 1,689Q = -W=RTln- =RTln-=- =(8,314)(343,15)ln-- = 1.495J

    Pl PI 1

    Parao processocompleto,

    Q =0- 1.663+ 1.495= -168 Jw =998+665 -1.495 = 168J

    t::..U =998_998 +O=Ot::..H = 1.663- 1.663+O=O

    As variaesdaspropriedadest:.U e ::::..H sonulasparao ciclocompleto,porqueosestadosinicialefinal soidnti-cos.NotetambmqueQ = - Wparao ciclo. Issovemdaprimeiralei comt:.U =o.

    Exemplo 3.4Se os processos do Exemplo3.3 ocorreremirreversivelmente, mas de tal forma que causem exata-menteas mesmas mudanas de estado - as mesmasvariaesem P, T, U e H - ento resultarovaloresdiferentesparaQ e W. CalculeQ e W se cada etapafor realizadacom uma eficinciade 80%.

    Soluo 3.4Se asmesmasmudanasdeestadorealizadasnoExemplo3.3foremefetuadasporprocessosirreversveis,asvaria-esnaspropriedadesparacadaetapasoidnticasquelasdoExemplo3.3.Entretanto.os valoresdeQ e Wsodiferentes.

    (a) Para compressoadiabtica,mecanicamentereversvel,IV =998J. Se o processofor 80%eficientequandocomparadoaoreversvel,W =998/0.80 =1.2~8J. Essaetapanopodemaisseradiabtica.Pelaprimeiralei,

    Q = t::..U - W =998- 1.248= -250J(b) O trabalhonoprocessoderesfriamentomecanicamentereversvel de665J. Parao processoirreversvel,W=66510,80=831J, e

    Q =6.U - W =-998 -831 = -1.8291(c) Como trabalho realizadopelo sistemanesraetapa,o valorabsolutodo trabalhoirreversvel menordoqueotrabalhoreversvelde-1.495J:

    \F =(0,80)(-1.495)=-1.l96 .1

    Q = t::..U - W =O+1.196=1.1961Parao ciclo completo,t:.U e .H sonulos,com

    Q =-250 - 1.829+1.196=-883 JW =1.248 +831 - 1.1% =XX3 .1

  • 62

    ;. '

    CaptuloTrs

    Um resumodessesresultadosedaquelesdoExemplo3.3dadonatabelaa seguir;osvaloresestoemjoules.

    Mecanicamentereversvel,Exemplo3.3

    Irreversvel,Exemplo3.4

    .U

    .HQW.U.HQw

    (a)

    9981.663O9989981.663-2501.248(b)

    -998-1.663-1.663665-998-1.663-1.829831(c)

    OO1.495-1.495OO1.196-1.196

    Soma

    OO-168 168OO-883883

    Esseciclo do tipoquenecessitadetrabalhoeproduzumaquantidadeigualdecalor.A caractersticamarcantedacomparaomostradanatabela queo trabalhototalrequeridoquandoo cicloconstitudopor trsetapasirre-versveismaisdoquecincovezeso trabalhototalrequeridoquandoasetapassomecanicamentereversveis,mes-mocomo fatodecadaetapairreversvelpossuirumaeficinciade80%.

    Exemplo 3.5Uma quantidadede gs nitrognio mantidano interiorde umcilindro verticalpor um mbolo, quedesloca-se sem atrito.A parte superiordo mbolo est em contato com a atmosfera. O peso dombolo faz com que a presso do nitrognioseja de 0,35 bar superior da atmosferavizinha,queencontra-se a 1 bare 2rC. Assim, o nitrognioencontra-se inicialmentea umapresso de 1,35bare est em equilbriomecnico e trmicocom a sua vizinhana.O mbolo foradoPra dentrodocilindro comprimindoo nitrognioat uma presso de 2,7 bar. Permite-se que o nitrognio,nessapresso, entreem equilbriotrmico com a atmosferavizinhaa 2rC. Nessa altura,o mbolo fixa-do por presilhas.

    As presilhasso retiradas,deixandoo mbolo livre,e o dispositivo rapidamenteretomaao equi-lbrio mecnico e trmico com sua vizinhana.Discuta o uso da termodinmicanesse processo.Considere que o nitrognionessas condies seja um gs ideal.

    Soluo 3.5Quandoaspresilhasqueseguram"o mbolosoretiradas,o mbolodesloca-serapidamenteparacimae,devidosuainrcia,paraalmdesuaposiodeequilbrio.Essaexpansoinicial se aproximadeum processoreversveleadiabtico,porqueresultapoucaturbulnciadeumanicamovimentaosbitadomboloeporquea transfernciadecalor relativamentelenta.Entretanto.a posterioroscilaodombolointroduzirreversibilidadesresultantesdamisturae daturbulncianogse naatmo,t'era.Es,e processoprossegueporumtempoconsidervel,duranteo qualocorretransfernciadecaloremumaquamidadesuticientepararetomaro nitrognio suatemperaturainicialde27"Ca umapressode 1,35bar.

    No possvelespecificara trajetriadeumprocessoirrevers\'el,e issotornaimpossvelo clculodeQ e W.Diferentementedocalore do trabalho,as\"ariaesnaspropriedadesdosistemapodemsercalculadas,porqueelasdependemsomentedosestadosiniciale tinal,quesoconhecidos.No processodeexpanso.J.U e I:!.H sonulos,poisastemperaturasiniciale finalsoiguaisa27C.A primeiralei seaplicaaosprocessosirre\'crsveisassimcomoaosreversveis,eelasetorna:

    donde Q=-WEmboraQ e W nopossamsercalculado,.,eusvaloresabsolutossoos mesmos.O processoresultanaelevaodomboloe daatmosfera,e,emcompensao.numadiminuionaenergiainternadaatmosferavizinha.

    Exemplo 3.6Ar escoa, a uma vazo constante, atravsde um tubo horizontal,para uma vlvula parcialmentefechada.O tubo quedeixaa vlvulasuficientementemaiordo que o tubo antesde sua entrada,detal formaque a variaoda energiacinticado ar ao escoar atravsda vlvula desprezvel.A vl-vula e os tubos so isolados. As condies do ar a montanteda vlvula so de 20C e 6 bar, e a

  • donde

    t ./

    --~-~~-....._-------------~-_.....__ .__ ._..".PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 63

    presso a jusante de 3 bar.Sendo o arconsiderado umgs ideal,qual a sua temperaturaa umacerta distncia a jusante da vlvula?

    Soluo 3.6oescoamentoatravsdeumavlvulaparcialmentefechada conhecidocomoumprocessodeestrangulamento.O

    - sistemaisolado,fazendoQ desprezvel;almdisso,asvariaesdaenergiapotencialedaenergiacinticasodes-prezveis.Comonenhumtrabalhodeeixorealizado,W, =O.Dessaforma,aEq. (2.32) sereduza: :::.H =O. Ento,paraumgsideal,

    6.H = rT2 CpdT =0hO resultadode6.H =O geralparaumprocessodeestrangulamento,poisasconsideraesdetransfernciadecalore variaesdeenergiascinticae potencialdesprezveissousualmentevlidas.Se o fluido for umgsideal,noocorrevariaodetemperatura.O processodeestrangulamentoinerentementeirreversvel,masissopoucoimporta

    paraosclculos,poisaEq. (3.21b) vlida.paraumgsideal,qualquer'quesejao processo.

    Exemplo 3.7Se, no Exemplo3.6, a vazo do arfor de 1 mal S-1e os dimetros internosdos tubos a montanteea jusante da vlvulaforemde 5 cm, qual ser a variaoda energiacinticado ar e qual sera suavariao de temperatura?Para o ar, Cp =(7/2)Re M =29 g mol-1-

    Soluo 3.7

    PelaEq. (2.24b),ti nVU=-=-

    Ap A

    dondeA =~D2 =(~) (5x 10-2)2 =1,964x 10-3m2

    O volumemolaramontante dadopelaequaodogsideal:

    VI = RT1 =(83,14)(293,15)X 10-6 =4 062x 10-3 m3 mol-l~ 6 '

    Ento,(1)(4,062x 10-3) -1

    Ul = 1,964x 10-3 =2,069msSeatemperaturaajusametempoucadiferenaemrelao temperaturaamontante,ento,comumaboaaproximao:

    e U2 =2Ul =4,138mS-1Conseqentemente,a taxadevariaodaenergiacintica:

    ni 6.(!u2) =tiM 6.(~u2)

    = (l X 29 X 10-3) (4,1382- 2,0692) =0,186J S-12Na ausnciadetransfernciadecalore trabalho,o balanodeenergia,Eq. (2.31),torna-se:

    6.(H +1u2)lIi = th6.H +,n 6.(iu2) =IhCP 6.T+lh6.(-21u2)=nCp6.T+lli,6.(~u2) =0M -

    Donde

    e

    (l)(7/2)(8,314)6.T =-In. 6.(!u2) =-0,1866.T =-0,0064K

    Claramente,aconsideraodavariaodesprezveldetemperaturaatravsdavlvlllajllstiti,alla,Mesmop,tr

  • 64 CaptuLoTrs

    desomente-0,076K. Conclumosque,excetoparacondiesmuitoforadocomum,I:!.H =Orepresentaumba-lanodeenergiasatisfatrioparaumprocessodeestrangulamento.

    3.4. APLICAES DAS EQUAES DO TIPO VIRIAL

    As duasformasdaexpansovirialdadaspelasEqs.(3.11)e(3.12)sosriesinfinitas.Parapropsitosdeenge-nharia,asuautilizaotil somentequandoaconvergncia muitorpida,isto,quandonomaisdoquedoisoutrstermossonecessriosparaforneceraproximaesrazoavelmenteprximasaosvaloresdassries.Issoocorreparagasesevaporesempressesbaixasoumoderadas.

    30001000 2000

    P(psia)

    0,250

    ~OOI'f\

    1,00

    25WFl

    100101')

    -,"'"

    0,75:: ;;-.11N

    -0,50

    Figura 3.9Grticoparao fatordecompressibilidadedo metano.

    A Figura3.9mostraumgrficodofatordecompressibilidadeparao metano.Os valoresdofatordecom-pressibilidadeZ (calculadosa partirdosdadosPVT dometanopelaequaodedefinioZ =PV/R7) estorepresentadosnogrficocomofunesdapressoparavriosvaloresdiferentesdetemperaturasconstantes.As isotermasresultantesmostramgraficamenteo queaexpansodotipovirialemP pretenderepresentarana-liticamente.TodasasisotermasseoriginamnovalorZ =1,paraP =O. easisotermassoquaselinhasretasnaspressesbaixas.Dessaforma,atangenteaumaisotermaemP =O umaboaaproximaoparaessaisoterma.deP ->O atalgumapressofinita.Paralimadadatemperatura,adiferenciaodaEq. (3.11)fornece:

    (aI) . I I , '"- =B +2C P +3D p- +...ilP T

    daqual,(Z) _ BI .. )P T; P=()

    Assim,aequaodalinhatangenteZ =I+B' P, umresultadotambmobtidopelotruncamentodaEq.(3.11)nosegundotermo.

    UmaformamaiscomumdessaequaoresultadasubstituiodeB' comorepresentadopelaEq. (3.13a):

    (3.3~)

    EstaequaoexpressaumaproporcionalidadediretaentreZ eP, e freqUentementeutilizadaparavaporesemtemperaturassubcrticasatassuaspressesdesaturao.Em tcmpcruturasmaiselevadas,ela forneceumaaproximac,:orazovelparagasesatpn:ssiie::sdevriosbars,COIlla fai.'lade::pressoaUlllentando, medidaqueatempcratufUaumenla.

  • tPropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 65":r~I

    I-..1i

    i

    Da mesmaforma,aEq. (3.12)podesertruncadaemdoistermosparautilizaoembaixaspresses:

    PV B2=-=1+-RT V

    (3.39)

    Contudo,aEq. (3.38)temousomaisconvenienteenormalmente,nollnimo,toacuradaquantoaEq.(3.39).Dessaforma,quandoaequaodotipovirialtruncadaemdoistermos,aEq. (3.38)preferida.

    OsvaloresdosegundocoeficientedotipovirialB dependemdasubstnciaesoumafunodetemperatura.Valoresexperimentaisestodisponveisparaalgunsgases.sAlmdisso,aestimaodosegundocoeficientedotipoviria1possvel,quandonohdisponibilidadededados,conformediscutidonaSeo3.6.

    ParapressesacimadafaixadeaplicabilidadedaEq.(3.38),masinferiorespressocrtica,aequaodotipovirial truncadanoterceirotermofreqentementeforneceexcelentesresultados.Nestecaso,aEq. (3.12),aex-pansoem l/V, muitosuperior Eq. (3.11).Assim,quandoaequaodo tipovirial truncadano terceirotermo,aformaapropriada:

    (3.40)

    Estaequaopodeserexp1icitadaparaapresso,mascbicanovolume.SoluesparaV sofacilmenteen-contradasatravsdeumprocedimentoiterativo,comoilustradonoExemplo3.8.

    400300200

    TIK

    100

    4.000- 2.000o NI-2.000 oE-4.000 '":V100o

    r-.I

    oE'" -100E ~-200

    -300

    o

    Figura 3.10Coeicientesdo tipovirial B e C parao nitrognio.

    OsvaloresdeC,assimcomoosdeB, dependemdogsedatemperatura.Contudo,conhece-semuitomenossobreo terceirocoeficientedotipovirialdoquesobreo segundocoeficientedotipovirial,emboradadosparaalgunsgasessejamencontradosnaliteratura.Comooscoeficientesdotipovirialacimadoterceirosoraramenteconhecidosecomoaexpansodotipovirialcommaisdetrstermossetomainfundada.o seuusonocomum.

    A Figura3.10ilustrao efeitodatemperaturasobreoscoeficientesdo tipovirial B e C parao nitrognio;emboraosvaloresnumricossejamdiferentesparaoutrosgases,astendnciassosimilares.A curvanaFigura3.10sugerequeB aumentamonotonicamentecomT; contudo,emtemperaturasmuitoacimadasmostradas,Batingeummximoeentodiminuilentamente.A dependnciadeC emrelaotemperaturamaisdifcil deserestabelecidaexperimentalmente,masassuasprincipaiscaractersticassoclaras:C negativoembaixastemperaturas,passaporummximoemumatemperaturaprximacrtica,e depoisdiminuisuavementecomO aumentodeT.

    UmaclassedeequaesinspiradapelaEq.(3.12),conhecidacomoequaesdotipovirial estendidas,ilus-tradapelaequaoBenedictlWebblRubin:6

    'J. H. Dymont1e E. B. Smilh.Tlll! Viria! CoeI/icienl.\'oIPlIreGases"ntlMixltlres.Clarcnt10llPrcss.Osfllrt1.I,)~O.('M.Benedict.G.B. Webb.L.c. Rubin.J. ClJem.Phys.,vol. 8. rI'.334-345.1940;vaI. 10.rI'.747-75~.1942.

  • 66 CaptuloTrs

    RT BoRT - Ao - Co/T2 bRT - aP =-y+ V2 + V3

    Qcr C ( Y ) -y+ V6 +V3T2 1+V2 exp V2ondeAo, Bo, Co, a, b, c, a e 'Ysotodosconstantesparaumdadofluido.Essaequaoe suasmodificaes,apesrdesuacomplexidade,sousadasnasindstriasdopetrleoegsnaturalparahidrocarbonetosleveseoutrospoucosgasesnonnalmenteencontrados.

    Exemplo 3.8Valores divulgados para os coeficientesdo tipo virialdo vapor de isopropanol a 200C so:

    B =-388cm3mol-1 C =-26.000cm6 mol-2Calcule VeZ parao vapor de isopropanol, a 200C e 10 bar, atravs:

    (a) Da equao do gs ideal; (b) Da Eq. (3.38);(c) Da Eq. (3.40).

    Soluo 3.8A temperaturaabsolutaT =473,15K, eo valorapropriadodaconstantedosgasesR =83,14cm>barmoi-I K-'.

    (a) Paraumgsideal,Z =1,e

    Donde,

    v =RT = (83,14)(473,15)=3.934cm3 mol-1P 10

    (b) ExplicitandoV naEq. (3.38),tem-se:

    V =RT +B =3.934- 388=3.546cm3 mol-1P

    PV V 3.546z=- = -- =-- =09014RT RT/P 3.934 '

    (c) Parafacilitara iterao,escrevaaEq. (3.40)naforma:

    Vi+! =RT (1+!!- + C1)P Vi V(ondeo subscritoiindicao nmerodaiterao.Paraa primeiraiterao,i=0, e

    VI =RT (1+~ +~)P Vo V(londeV" =3.934.o volumedogsideal.Numericamente,

    [ 388 26.000]VI =3.934 1- -:;93 - 19142 =3.539. . 4 (_. _ iA segundaiteraodependedesteresultado:

    -

    RT ( B C ) . [ 388 26.000]V2=- 1+- +-1 =3.934 1+-- - ? =3.495

    P VI V1- 3.539 (3.539)-

    o procedimentoiterativocontinuaatquea diferenaVi+1 - Vi sejainsignilicante,e leva,apscinco iteraes,aovalortlnal,>

    v =3.488cm3 mol-1a partirdo qualZ =0,8866.Comparadoscomesseresultado.o valorparao gsideal 13%maiore a Eq. (3.38)forneceumvalor1,7%maior.

    'ESlJlIL'mas dc ileracs, illclll'pllI'aLios em p'1C()lesdc sl~/ill'IIl'(",\'.rcalizam essa il~rao r()lin~iramcl1lc c scm registros p'lrciais,

  • =T..II

    Ii

    ,...--. ~

    I. '

    PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 67

    3.5 EQUAES DE ESTADO CBICAS

    SeumaequaodeestadonecessitarrepresentarocomportamentoPVT delquidosevapores,elaterqueabrangerumalargafaixadetemperaturaepresso.Tambmnodevesercomplexademodoalevara4ificuldadesnu-mricasouanalticasquandodasuautilizao.Equaespolinorniais,quesocbicasnovolumemolar,apre-sent~ umcompromissoentregeneralidadeesimplicidade,queadequadoamuitasaplicaes.As equaescbicasso,narealidade,asequaesmaissimplescapazesderepresentarocomportamentotantodelquidosquantodevapores.

    A Equao de Estado de van der Waals

    A primeiraequaodeestadocbicatil foi propostaporl.D. vanderWaals,8em 1873:

    (3.41)

    .~

    Nestaequao,a eb soconstantespositivas;quandoelassonulas,a equaodogsidealobtida.Comvaloresfornecidosdeaebparaumdeterminadofluido,pode-secalcularP comoumafunodeVpara

    vriosvaloresdeT. A Figura3.11 umdiagramaPV esquemtico,mostrandotrsdessasisotermas.A linhamaisforte,emformade"domo",representaacurvadosestadosdelquidosaturadoedevaporsaturado.ParaaisotermaTi >Tc' apressoumafunoquedecrescemonotonicamentecomo aumentodovolumemolar.Aisotermacrtica(identificadaporTJ possuia inflexohorizontalemC caractersticadopontocrtico.ParaaisotermaT2

  • 68 CaptuloTrs

    Na verdade,o comportamentoPV, previstonessaregioporequaesdeestadocbicasapropriadas,nototalmentefictcio.Seapressoemumlquidosaturadoisentodepontosdenucleaodevaporfordiminudaemum experimentocuidadosamentecontrolado,noocorrevaporizao,e o lquidopermanecesozinhoatpressesbemabaixodesuapressodevapor.Analogamente,o aumentodapressoemumvaporsaturadoaolongode umexperimentoadequadonocausacondensao,e o vaporpermanecesozinhoatpressesbemacimadapressodevapor.Essesestadosdeno-equilbrioouestadosmetaestveisdelquidosuperaquecidoevaporsub-resfriadosoaproximadosporaquelaspartesdasisotermasPV quecaemnaregiobifsicaadjacen-teaosestadosdelquidosaturadoevaporsaturado.

    Equaesdeestadocbicaspossuemtrsrazesparao volume,dasquaisduaspodemsercomplexas.Osvalo-resdeV comsignificadofsicososemprereais,positivosemaioresdoqueosdaconstanteb.ParaumaisotermaaT> Te'aFigura3.11mostraqueasoluoparaV, emqualquervalorpositivodeP, fornecesomenteumaraizrealpositiva.Paraaisotermacrtica(T =Te)'issotambmverdadeiro,excetonapressocrtica,naqualhtrsrazes,todasiguaisaoVe.ParaisotermasaT

  • ondeo subscrito"cr" indicao pontocrtico.A diferenciaodaEq. (3.42)forneceexpressesparaambasasderivadas,quepodemserigualadasazeroparaP =Pc' T =Tc,e V =Vc.A prpriaequaodeestadopodeserescritaparaascondiescrticas.Essastrsequaescontmcincoconstantes:P~,Vc' Te'a(Te)eb. Dentreasvriasfonuasdetrataressasequaes,amaisapropriada aeliminaodeVe, gerandoexpressesrelacionan-doa(Te) eb aPeeTe'A razoquePeeTesononualmenteconhecidasdeformamaisprecisadoqueVe. .

    Um procedimentoequivalente,pormmaisdireto,ilustradoparaaequaodevanderWaals.ComoV =Vc paracadaumadastrsrazesnopontocrtico,

    ::--..'"

    ~._--'----~~----_.~_._ .._ .._ _._ .._---_ .~ I PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 69! ------..,.-----------------------------------______iIi!

    (V - Ve)3 =0

    ou V3-3VeV2+3V}V - V; =0

    A Eq. (3.41),escritapara(T =TeeP =Pc) eexpandidanaformapolinomial,torna-se:

    V3_ (b +RTe) V2+~V _ ab =OPc Pc Pcnaqualosparmetrosa eb dependemdasubstncia,massoindependentesdatemperatura.

    UmacomparaotermoportermodasEqs.(A) e (B) fornecetrsequaes:

    RTea1 ab

    3Ve=b+-(C)3V2=- (D)v-=- (E)

    Pcc Pc c Pc

    Explicitandoa naEq. (D), combinandoo resultadocomaEq. (E) eexplicitandob, tem-se:-

    (A)

    (B)

    a =3PeV?1

    b=-Ve3A substituiodaexpressoparab naEq.(C)penuiteadeterminaode Vc' quepodeentosereliminadodasequaesparaa eb:

    3RTeV. ---c - 8 Pc

    1 RTcb=--8 Pc

    Emboraestasequaespossamnofornecerosmelhoresvalorespossveis,elasgeramvaloresquesorazo-veise quepodemserquasesempredetenuinados,poisastemperaturaseaspressescrticas(aocontrriodedadosPVT abrangentes)sofreqentementeconhecidasoupodemserestimadasdeformasegura.

    A substituiodeVc naequaoparao fatordecompressibilidadecrticoo reduzimediatamentea:

    Zc == PcVc =~RTe 8

    Umvalorsimplespara2l"' queseaplicaigualmenteparatodasassubstncias,resultasemprequeosparmetrosdeurnaequaodeestadodedoisparmetrossoencontradoscomaimposiodasrestriescrticas.Valoresdiferentessoencontradosparaequaesdeestadodistintas,comoindicadonaTabela3.1,adiante.Infeliz-mente,osvaloresassimobtidos,emgeral,nocoincidemcomaquelescalculadosapartirdevaloresexperi-mentaisdeTl"' Pc e V,.; narealidade,cadaespciequmicapossuio seuvalorprprioparaZe'Almdisso,osvaloresfornecidosnaTabelaB.l doApndiceB paravriassubstnciassoquasetodosmenoresdoquequais-querdosvaloresvindosdasequaesapresentadasnaTabela3.1. .

    Um procedimentoanlogoutilizadonacbicagenrica,Eq. (3.42),forneceexpressesparaosparmetrosa(TJ eb. Paraoprimeiro,

    R2T2a(Te) =\IJ __ e

    Pc

    Esseresultadoestendidoparatemperaturasdiferentesdacrtica,pelaintroduodeumafunoadirnensionala(T,), quesetomaigualaum,natemperaturacrtica.Assim,

    (3.45)

  • 70. CaptuloTrs

    A funoa(T,) umaexpressoemprica,especficaparacadaequaodeestado(Tabela3.1).O parmetrob dadopor:

    (3.46)

    Nestasequaes,ne~ sonmeros,independentesdasubstnciaedeterminados,paraumadadaequaodeestado,apartirdosvaloresespecificadosparae

  • ~ ,"-.-'-' - _ .._-_ ........-_._.- -_.__ .-._--_ .r~l PropriedadesVolumtricasdeFluidosPurosi----.

    71

    ofatoracntricodefinidocomoestadiferenaavaliadaemTr =0,7:

    I eu==-1,0 -IOg(P/at)Tr=O,7! (3.48)Conseqentemente,wpodeserdeterminadoparaqualquerfluido apartirdeTe'Peeumanicamedidadepres-sodevaporefetuadanaTr=0,7.Valoresdewe dasconstantescrticasTe'Pee VeparaumconjuntodefluidosestolistadosnoApndiceB.

    Figura 3.12Dependnciaaproximadadapressode vaporreduzidacoma temperatura.

    2.01,8l/Tr

    1,4 1,61,2

    IIII

    : r.!.._ .J.... _ ...-"'!lnClinaO - -3,2Tr - 0,7- 1,43 (n-Octano)

    1,0O

    -2

    -

    Olo

    .,-.....;

    ........

    A definiodew o tornanuloparao argnio,o criptnioeo xennio,e osdadosexperimentaisfornecemfatoresdecompressibilidade,quandoZ representadocomoumafunodeTr e P" quesocorrelacionadospelasmesmascurvasparatodosostrsfluidos.Estaapremissabsicado teoremados estadoscorresponden-tesa trsparmetros. apresentadoaseguir:

    Todos os fluidosquepossuemo mesmovalorde w,quandocomparadosnas mes-mas Tr e P" tmaproximadamenteo mesmovalorde Z, e todosdesviamdo com-portamentodo gs idealda mesmaforma.

    Razes com Caractersticas do Vapor & Tipo Vapor da EquaodeEstado Cbica GenricaEmboraastrsrazesdaequaodeestadocbicagenrica,Eq.(3.42),possamserdeterminadasanaliticamen-te.naprticaelassocalculadasnormalmenteatravsdeprocedimentositerativosYProblemasdeconvergn-ciasopraticamenteevitadosquandoaequaoescritaemumaformaadequadaparaadeterminaodeumaraizparticular.Paraamaiorraiz,isto,umvolumedevaporoudeumvolumetipovapor,aEq. (3.42) mul-tiplicadapor(V - b)/RT. Ento,elapodeserescritanaforma:

    RT a(T) V-bV=-+b-------- (3.49)P P (V +Eb)(V +ab)

    A soluoparaV podeserobtidaportentativa,poriterao,oucomumarotinaprpriadeumpacotecomputa-cional.UmaestimativainicialparaV ovalorparao gsidealRTfP. Paraiterao,essevalorsubstitudonoladodireitodaEq. (3.49).O valorresultantedeV no ladoesquerdo entorecolocadono ladodireito,eo pro-cessocontinuaatqueamudanaemV sejaadequadamentepequena.

    UmaequaoparaZ equivalenteEq.(3.49)obtidasubstituindoV =Z RT/? Alm disso,hsimplifica-ocomadefiniodasduasgrandezasadimensionaisa seguir.Assim,

    I a(T)(3.50) q ==bRT (3.51) I

    "'TaisprocedimentossoimpkmentmJosempaotescomputacionaisparadlcuJos tcnicos.(\>111essespacotespode-sesislematica-m~nlcdeterminarV. emequaescomoa Eq.(3.42),semmuitaprcocupa[iodc comoisso f~ito.Contudo.d~vcscanalisarcuidadosa-ll1~nh::seusrespostassoraZllo1Yt.:is.

  • 72 CaptuloTrs

    Com estassubstituies,aEq. (3.49)setorna:

    Z - f3

    Z =1+f3 - qf3(Z +Ef3)(Z +af3)CombinandoasEqs. (3.50)e(3.51)comasEqs. (3.45)e (3.46),obtm-se:

    (3.54) I

    (3.52)

    A soluoiterativadaEq. (3.52)iniciacomo valorZ=1substitudonoladodireito.O valordeZ calculadorecolocadonoladodireito,eo processocontinuaataconvergncia.O valorfinaldeZ fornecearaizdovo-lumeatravsdeV =Z RTIP.

    Razes com Cara-ctersticasdo Lquido & Tipo Lquido da Equaode Estado Cbica Genrica

    Na Eq. (3.49),pode-seexplicitaro V donumeradordaltimafrao,obtendo:

    [RT+bP-VP]V =b +(V +I'b)(V +ab) a(T) (3.55)

    (3.56)

    Essaequao,comvalorinicialdeV =b no ladodireito,convergeapsiteraoparaumaraizde lquidooutipolquido.

    UmaequaoparaZ equivalenteEq.(3.55),2J2.tidaquandoZ donumeradordaltimafraonaEq.(3.52)explicitado:

    Z =f3+(Z +Ef3)(Z+af3) C +:f3- Z)No processoiterativo,umvalorinicialZ = f3 substitudono ladodireito.UmavezconhecidoZ, araizdovolume V =Z RTfP.

    piz-se queasequaesdeestadoqueexpressamZ comoumafunodeTr ePr sogeneralizadas,emcon-seqnciadesuaaplicabilidadegeralparatodososgasese lquidos.Qualquerequaodeestadopodeserco-locadanessafornm,fornecendoumacorrelaog~neralizadaparaaspropriedadesdosfluidos.Issopermiteaestimativadosvaloresdaspropriedadesapartirdepoucasinformaes.Equaesdeestado,comoasequaesdevanderWaalsedeRedlich/Kwong,queexpressamZ comofunosomentedeTr e Pr, fornecemcorrelaesdosestadoscorrespondentesa doisparmetros.A equaodeSoave/Redlich/Kwong(SRK)14e a dePenglRobinson(PR),I:' nasquaiso fatoracntricoentra,atravsdafunoa(Tr; w), comoumparmetroadicional,

    Tabela3.1:EspecificaodosParmetrosdasEquaesdeEstado

    ParausonasEqs.(3.49)a(3.56)Eq. deEstado

    aCT, )aEQ\liZc

    vdW (1873)

    1OO1/827/643/8 .....,.RK(l949)

    T,-1/21O0,086640,427481/3

    SRK(l972)aSRK(Tr: w)t1O0.086640,427481/3

    PR(1976)apR (T,.: wri:1+-.121 -../20,077800,457240,30740

    tasRK(T,.: (,,) = [1+(0.480+1,574(v- 0,176/) (1 - T//2) r*apR (Tr; (o) =[1 +(0.37464+I ,54226(J) - 0,26992(2) (1 - T/12) r

    ''Ci.Suave,Cllem. Ellg. Se;.. \'\ll. 27.pp. 1197-1203.1972.

    "D.- Y. 1'''");'' D.I!. RoOO;IlS01l. /11,1. ""g.Chem.F""d"m., vol. 15,pp. 59-64,1976.

  • ~I-II

    ~I-II~I

    !!

    t..'

    PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 73

    . fornecem correlaesdos estadoscorrespondentesa trsparmetros.A especificao dos valores numricosparaos parmetrostE, 0", fi e 'l' dessasequaese dasequaesde vanderWaals e deRedlichIK wong dadanaTabela 3.1.So tambmapresentadasexpressespara a(T,; w) para asequaesSRK e PR.

    Exemplo 3.9Sabendo que a presso de vapor do n-butano a 350 K igual a 9,4573 bar, encontreos volumesmolares (a)do vaporsaturadoe (b) do lquido saturadode n-butano nessas condies, dados pelaequao de Redlich/Kwong.

    Soluo 3.9Com osvaloresdeTe e Pc don-butanoobtidosnoApndiceB, obtm-se:

    ou

    -

    3~ ~4~3Tr =-- =0,8233 e Pr =-- =0,2491

    425,1 37,96

    O parmetroq dadopelaEq. (3.54),comn,'I' e a(T,)paraa equaoRK fornecidosnaTabela3.1:,T, -1/2 O 4

    = 'i'Tr ='lJ r,-3/2= ,427 8(O8233)-3/2=6 6048q QTr Q r 0,08664' ,

    O parmetro{3encontradoapartirdaEq. (3.53):

    f3 =Q P, = (0,08664)(0,2491)=O026214Tr 0,8233 '

    (a) Paraovaporsaturado,escrevaaformaRK daEq. (3.52),aqualresulta,apssubstituiodosvaloresapropriadosparaee (J" retiradosdaTabela3.1,em:

    (Z - f3)Z =1+f3 - qf3 Z(Z +f3)

    IteraocomvalorinicialZ = 1convergeparaZ =0,8305.Assim,

    Vu=ZRT = (0,8305)(83,14)(350)=2.555cm3mol-1P 9,4573

    Um valorexperimental de2.482cmlmal-I.

    (b) Parao lquidosaturado,useaEq. (3.56)nasuaformaRK:

    Z =f3 +Z(Z +f3) C +:f3 - Z)(1,026214- Z)

    Z =0,026214+Z(Z +0,026214)(66048) 0026214), ( , .O passoinicial a substituiodeZ ={3no ladodireitodessaequao.Iteraoleva convergnciano valorZ =0.04331.Donde,

    { ZRT (0,04331)(83,14)(350) 3-1V =-p= 9,4573 =133,3cm moI

    Um valorexperimentalde 115,0cmlmal-I.

    Para comparao,os valores de V" e Vi calculados para as condies do Exemplo 3.9 com as quatroequa-es de estadocbicas aqui consideradasso apresentadosa seguir:

    VU/cm3 mol-1 VI/em3 mol-1

    Exp.

    vdWRKSRKPRExp.vdWRKSRKPR

    2.482

    2.6672.5552.5202.486115,0191,0133,3127,8112.6----

    ~~---------------------

  • ~ ...

    ...-.-.....-.-..--.------------------------------------------2!iii4Bfb y"f

    74 CapftuloTrs

    As equaesdeSoaveIRedlichIKwonge dePengIRobinsonforamdesenvolvidasespecificamenteparaclcu-losdo equilbriolquido-vapor(Seo14.2).

    RazesdasequaesdeestadosofacilmenteencontradascompacotescomputacionaiscomoMathcad~ouMaple~,nosquaisaiteraofazpartedasrotinasderesoluodeequaes.Valoresiniciaisouvaloreslimitespodemsersolicitados,edevemserapropriadosparaaraizdeinteresse.Um programaMathcad~pararesolvero Ex~mplo3.9dadonoApndiceD.2.

    3.6 CORRELAES GENERALIZADAS PARA GASES

    Correlaesgeneralizadassousadasemmuitasaplicaes.As maispopularessocorrelaesdotipodesenvol-vido,ie!'PitzerecolaboradoresparaofatordecompressibilidadeZeparaosegundocoeficientedotipovirialB.16

    Regiobifsica

    -

    1,2

    1,0

    0,8

    Zo 0,6

    0,2

    o0,05 0,1 0,2 1,0 2,0 5,0 10,0

    Figura 3.13A correlaodeLeelKeslerpara2!'=F"(T,. P,).

    Correlaes de Pitzer para oFator de CompressibilidadeA correlaoparaZ : Z =Z; +wZI (3.57)

    ondeZJeZI sofunestantodeT" quantodeP" Quandow =0,comoocasodosfluidossimples,asegundaparceladesaparece,eZ;setornaidnticoaZ. Assim,umacorrelaogeneralizadaparaZ emfunodeTr ePr,baseadaemdadossomentedoargnio,criptnioexennio,fornecearelaoZ;=P(T" P ,). Essarelaorepre-sentaumacorrelaodosestadoscorrespondentesadoisparmetrosparaZ. Comoa segundaparceladaEq.(3.57)umacorreorelativamentepequenadessacorrelao,asuaomissonointroduzgrandeserros,eurnacorrelaoparaZ;podeserusadaisoladamenteparaestimativasrpidase menosprecisasdeZ, emrelaosestimativasobtidasatravsdeumacorrelaocomtrsparmetros.

    A Eq. (3.57) umasimplesrelaolinearentreZ e w paravaloresespecificadosdeT, eP" Na realidade,dadosexperimentaisdeZ parafluidosno-simplesrepresentadosvs.w,a Tr e Pr constantes,fornecemapro-

    "Veja Piezer.op. cito

  • .~

    ... ;

    ......_----~-----------~~-~--------------..__ ,,_ __ .._ _ .PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 75

    ximadamentelinhasretas,esuasinclinaesfornecemvaloresparaZl, dosquaisafunogeneralizadaZI =Fl(T" P,) podeserconstruda.

    Das correlaestipoPitzerdisponveis,adesenvolvidaporLeee Keslerl7 temmaioraceitao.EmboraoseudesenvolvimentoestejabaseadoemumafonnamodificadadaequaodeestadodeBenedictJWebblRubin,elaapresentadaemfonnadetabelasquefornecemvaloresdeZJ eZI comofunesdeT,eP,. Elassoforne-cida~noApndiceE, nasTabelasE.l aE.4. O usodessastabelasfreqentementerequerinterpolao,quetratadanoinciodeApndiceF. A naturezadacorrelaoindicadanaFigura3.13,umarepresentaogrficadeZJ vs.P,paraseisisotennas.

    A correlaodeLeelKeslerforneceresultadosconfiveisparagasesno-polaresoufracamentepolares;paraessesgases,soindicadoserrosdenomaisdoque2 ou3porcento.Quandoaplicadaagasesaltamentepolaresougasesqueseassociam,podem-seesperarerrosmaiores.

    Os gasesqunticos(porexemplo,hidrognio,hlioenenio)noseajustamaomesmocomportamentodosestadoscorrespondentes,comoo fazemosfluidosnormais.O seutratamentoatravsdascorrelaesusuaisalgumasvezesajustadopelautilizaodeparmetroscrticosefetivos,18funesdatemperatura.Parao hidro-gnio,o gsqunticomaiscorriqueiramenteencontrdonoprocessamentoqumico,asequaesrecomenda-dasso:

    ~.TclK=

    43,6

    (paraH2)21,81+2,016T

    Pcfbar=

    20,5

    (paraH2)44,21+2,016T (3.58)

    (3.59)

    (3.60)Velcm3mol-1=51,5

    1 _ 9,912,016T

    ondeT atemperaturaabsolutaemkelvin.O usodessesparmetroscrticosefetivosparao hidrogniorequertambmaespecificaodew =O.

    .~ Correlaes de Pitzer para oSegundo Coeficiente do tipo Virial

    (3.61)

    A naturezatabulardacorrelaogeneralizadaparao fatordecompressibilidadeumadesvantagem,pormacomplexidadedasfunesZJ eZI impedeassuasrepresentaesdefonnaacuradaatravsdeequaessimples.Contudo,podemosfornecerexpressesanalticasaproximadasparaessasfunesemumintervalolimitadodepresses.A baseparatalaEq. (3.38),a formamaissimplesdaequaodotipovirial:

    BP A PrZ=I+-=I+B-RT Tr

    onde8 umsegundocoeficientedotipovirialreduzido,dadopor:A BPc

    B =RTcAssim,Pitzerecolaboradorespropuseramumasegundacorrelao,quefornecevalorespara8:

    =BO+wB1

    (3.62)

    (3.63)

    JuntandoasEqs. (3.61)e (3.63),obtm-se:

    /"'.

    "B.I. Leee M.O. Kesler,AlChE J., vol. 21,pp.510-527,1975."l.M. Prausnitz,R.N. Lichtentha1ere E.O. deAzevedo,Molecular ThermodYllamicsof Fluid-PhaseEquilibria, 3' ed.,pp. 172-173,

    PrenliceHall PTR. UpperSaddleRiver.NJ, 1999.

  • 76 CaptuloTrs

    A comparaodestaequaocomaEq. (3.57)permiteasseguintesidentificaes:

    ZO =1 +BoPrTr

    (3.64)

    e Z1=B1 PrTr

    Os segundoscoeficientesdotipovirialsofunessomentedatemperaturae,analogamente,J30 eBI sofun-essomentedatemperaturareduzida.Elessobemrepresentadospelasseguintesequaes:19

    (3.65) B1 =0,139_ 0,:722T'r(3.66)

    A formamaissimplesdaequaodotipovirialpossuivalidadesomentenafaixadepressesbaixasamode-radas,ondeZ linearcomapresso.A correlaogeneregizadaparao coeficientedotipovirial,conseqen-temente,tilsomenteonde']!J eZI so,pelomenos,aproximadamentefuneslinearesdapressoreduzida.AFigura3.14comparaarelaolinearentreZJ eP n comodadapelasEqs.(3.64)e(3.65),comvaloresdeZJ ob-tidospelacorrelaodeLeelKeslerparaofatordecompressibilidade(TabelasE.I eE.3).As duascorrelaesdiferememmenosde2%naregioacimadalinhatracejadadafigura.ParatemperaturasreduzidasmaioresdoqueTr =3,parecenohaverlimitaonapresso.ParavaloresinferioresdeTn o intervalodepressespermi-tidasdiminuicomadiminuiodatemperatura.Entretanto,umpontoatingidoemT,=0,7ondeo intervalodepresses limitadopelapressodesaturao.2oIssoestindicadopelosegmentomais esquerdadalinhatracejada.Aqui, aspequenascontribuiesdezt paraessascorrelaessodesprezadas.Em vistadaincertezaassociadaaqualquercorrelaogeneralizada,desviosdenomaisdoque2% emZJ nososignificativos.

    A relativasimplicidadacorrelaogeneralizadaparaosegundocoeficientedotipovirialfazmaisdoquerecomend-Ia.Alm disso,as temperaturase pressesdamaioriadasoperaesdeprocessamentoqumicoencontram-senaregionaqualsuaprevisonodesviaemumaquantidadesignificativadaprevisodacorre-laoparaofatordecompressibilidade.Comoacorrelaooriginal,elamaisprecisaparaespciesno-pola-resemenosprecisaparamolculasaltamentepolaresequeseassociam.

    ~.

    1,0

    0,9

    0,8

    1.3

    4,0~~

    2,4

    0,70,0 0,5 1,0

    Pr

    1,5 2,0 2,5

    Figura 3.14ComparaodecorrelaesparaZ!'.As linhasretasrepresentamacOITelaodocoeticientedo tipoYirial;os pontos,acorre-laodeLeefKesler,Na regioacimadalinhatracejada,asduascorrelaesdiferememmenosde20/c.

    '''Essascorrelaesaparecerampelaprimeiravezem 1975naterceiraediodestelivro. atribudasa umacomunicaopessoalcomM.M. Abbott,queasdesenvolveu.

    2EmboraastabelasdeLeefKeslerdoApndiceE Iistemvaloresparao vaporsuperaquecidoe o lquidosub-resfriado,elasnoforne-cemvaloresnascondiesdesaturao.

  • f J

    PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 77

    Correlaes para o Terceiro Coeficiente do Tipo VirialDadosprecisosparao terceirocoeficientedotipovirialsomuitomenoscomunsdoqueparaosegundocoefi-cientedo tipoviria!.Mesmoassim,correlaesgeneralizadasparaterceiroscoeficientesdo tipoviria!apare-cemnaliteratura.

    A Eq. (3.40)podeserescritanaforma:

    Z =1+Bp +Cp2ondep =l/V adensidademolar.Reescritanaformareduzida,estaequaosetorna:

    A Pr A ( Pr )2Z=1+B-+C -

    TrZ TrZ

    (3.67)

    (3.68)

    ondeo segundocoeficientedotipoviria!reduzido definidopelaEq. (3.62),eo terceirocoeficientedotipoviria!reduzidodefinidocomo:

    A CPlC=22R Te

    UmacorrelaodotipodePitzerparaescritanaforma:=CO +wC1

    UmaexpressoparaCJ comofunodatemperaturareduzidadadaporOrbeye Vera:21-CO =0,01407+0,02432

    Tr

    10

    0,00313TIO,Sr

    (3.69)

    (3.70)

    0,01

    :.......

    ./"......

    J Z' = 1,02

    ..........

    /

    //-zo=0,98I

    II

    0,001O 3 4

    Figura 3.15RegionaqualZ!' encontra-seentre0,98e 1,02,e aequaodogsideal umaaproximaorazovel.

    "H. Orbeye l.H. Vera,AIChE J., vol. 29,pp. 107-113,1983.

  • 78 CapituloTrs

    A expressoparaetfomecidaporOrbeyeVeraaquisubstitudaporumaquealgebricamentemaissimples.masnumericamenteessencialmenteequivalente:

    0,00242TIO,5r

    (3.71)

    A Eq. (3.68)cbicaemZ enopodeserapresentadanaformadaEq. (3.57).ComTr ePr especificadas,aobtenodeZ feitaporiterao.UmaestimativainicialZ =1noladodireitodaEq.(3.68)normalmentelevaaumarpidaconvergncia.

    Condies de Validade Aproximada da Equao doGs Ideal

    UmaquestofreqUentementeaparece:Quando,aequaodogsidealpodeserusadacomoumaaproximaorazoveldarealidade?A Figura3.15podeservircomoumguia.

    Exemplo 3.10Determineo volume molar do n-butano a 510 K e 25 bar, atravsdos seguintes procedimentos:

    (a) Equao do gs ideal.

    (b) Correlao generalizadape:rao fator de compressibilidade.

    (c) Equao (3.61),com a correlaogeneralizadapara.(d) Equao (3.68),com a correlaogeneralizadaparae .

    Soluo 3.10(a) Pelaequaodogsideal,

    V = RT = (83,14)(510)=1.6961cm3 mol-IP 25 '

    (b) A partirdosvaloresde Te e Pc dadosnaTabelaB.l doApndiceB,

    510 25

    Tr =425,1=1,200 Pr =37,96=0,659Ento.umainterpolaonasTabelasE.I eE.2 fornece:

    ZI =0,038

    e

    ZO =0,865Assim.pelaEq. (3.57)comw =0,200,

    Z =Zo+wZI=0,865+(0,200)(0,038)=0,873

    V =ZRT =(0,873)(83,14)(510)=1.4807cm3mol-IP 25 '

    SeZ'. aparcelasecundria,fordesprezada.Z =Z' =0,865.Essacorrelaodosestadoscorrespondentesadoisparme-trosforneceV = 1.467,1cm3mal-I, que menosdoque1% inferioraovalordadopelacorrelaoa trsparmetros,

    (c) Valoresde J30 e BI sofornecidospelasEqs.(3.65)e(3.66):

    BO =-0,232 B I=0,059Ento.asEqs.(3.63)e (3.61)fornecem:

    J == BO +wB I=~0,232+(0,200)(0,059)=-0,2200,659

    Z =1+(-0,220) 1,200=0,879A purtir uesse valor. V =1.489,1em,1moi-I. um valor menosdo que I % superior lIO fornecido pela eorrcla1l0purll(J fator ue eomprcssibilic.lauc.

  • PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 79

    (ti) ValoresdeC'eC sofornecidospelasEqs.(3.70)e (3.71):

    CO =0,0339 cl =0,0067Ento,a Eq. (3.69)fornece:

    =CO +(JJ Cl =0,0339+(0,200)(0,0067)=0,0352Com essevalordeecomo valorde J obtidonaparte(c), a Eq. (3.68)setorna:

    ou

    _ _ ( 0,659) ( 0,659\2Z - 1+( 0,220) 1,200Z +(0,0352) 1,200Z}

    Z =1_ 0,121+0;0106Z Z2

    -.

    Donde, Z =0,876 e V =1.485,8cm3 mol=-IO valordeVdiferedoobtidonaparte(c) emapro)(.imadamente0,2%.Um valorexperimentalparaVde1.480,7cm3moi-I. Defonnamarcante,osresultadosdaspartes(b), (c) e (d) tmexcelenteconcordncia.Essaconcordncianessascondies sugeridapelaFigura3.14.

    Exemplo 3.11Qual pressogeradaquando 1(Ibmoi)de metanoarmazenadoem umvolumede 2(ft)3a 122(cF)7Tome como base para os clculos cada uma das seguintesopes:

    (a) Equao do gs ideal.

    (b) Equao de Redlich/Kwong.

    (c) Uma correlaogeneralizada.

    Soluo 3.11(a) Pelaequaodogsideal,

    P RT (0,7302)(122+ 459,67) 2 24=V = 2 = 1 , (atm)(b) A pressofornecidapelaequaodeRedlichlKwong:

    p =..!.!-_ a(T)V -b V(V +b)

    (3.47)

    Os valoresdea(7)ebsoobtidosdasEqs.(3.45)e(3.46),comcr(T,) =T,-1I2 naEq. (3.45).ComosvaloresdeTee PcobtidosnaTabelaB.l convertidospara(R) e (atm),

    T 581,67

    Tr = Te = 343,1 =1,695

    a =0,42748(1,695)-1/2(0,7302)2(343,1)2=453,94(atm)(ft)645,4

    b =O08664(0,7302)(343,1)=O4781(ft)3, 45,4 ,

    Agora,asubstituiodosvaloresnumricosnaequaodeRedlichlKwongfornece:

    p =(0,7302)(581,67)_ 453,94 =18749(atrn)2-0,4781 (2)(2+0,4781) ,

    (c) Comoapressoaquialta,acorrelaogeneralizadapurao fatordecompressibilidadeaescolhaapropriada.NuausnciadevalorconhecidoparaP" umprocedimentoiterativobaseadonaseguinteequalo:

    _ ZRT _ Z(O,7302)(5S1,67)_ 212 ZP - - -------- ,4,V 2

  • 80 CaptuloTrs

    Como P =Pc P, =45,4P" estaequaosetorna:

    45,4Pr

    Z = 212,4 =0,2138Prou

    Z

    Pr =0,2138Agora,admite-seumvalor inicialparaZ. porexemplo,Z = I. IstoforneceP,=4,68e penniteo clculodeum

    novovalorparaZ pelaEq. (3.57),apartirdevaloresinterpoladosnasTabelasE.3eE.4 natemperaturareduzidade-T,=1,695.ComessenovovalordeZ,umnovovalordeP,calculado,eo procedimentocontinuaatquenohajavariaosignificativadeumaetapaparaaseguinte.O valorfinaldeZ,assimobtido,de0,890naP, =4,14.IssopodeserconfirmadopelasubstituionaEq.(3.57)dosvaloresdeZ'e ZI dasTabelasE.3 eE.4, interpoladosnaP, =4,14e naT,=1,695.Com w =0,012,

    z =Zo+>Zl=0,887+(0,012)(0,258)=0,890.

    P = ZRT =(0,890)(0,7302)(581,67)=189,0(atm)V 2

    Como o fatoracntrico pequeno,ascorrelaesparao fatordecompressibilidadea doise a trsparmetrosapresentamumapequenadiferena.TantoaequaodeRedlichIKwongquantoacorrelaogeneralizadaparaofatordecompressibilidadefornecemrespostasprximasaovalorexperimentalde185(atrn).A equaodogsidealforne-ceumresultado14,6%superior.

    Exemplo 3.12Uma massa de 500 g creamniagasosa armazenadaem umvaso com30,OOOcm3, imersoem umbanho, a uma temperaturaconstantede 65C. Calcule a presso do gs, usando:

    (a) Equao do gs ideal; (b) Uma correlao generalizada.

    Soluo 3.12O volumemolardaamnianovaso:

    V =~ =~ = 30.000 =10212cm3mol-1n m/M 500/17,02 . ,

    (a) Pelaequaodo gsideal,

    _ RT _ (83,14)(65+273,15)_ 3P-----------27,'i barV _ 1.021.2 -

    (b) Comoa pressoreduzida baixa(P, =27,53/112,8=0.24-t).a correlaogeneralizadadocoeficientedo tipovirialseriasuficiente.Os valoresdeBO eBI sodadospelasEqs.(3.65)e(3.66),comT,=338,15/405,7=0,834:

    BO =-0,482A substituionaEq. (3.63)comw =0,253fornece:

    BI =-0,232

    = -0,482 +(0,253)(-0,232)= -0,541

    B = RTc = -(0,541)(83,14)(405,7)=-161,8 em3moi-IPc 112,8 -

    ExplicitandoP naEq. (3.38):

    RT (83,14)(338,15) 3P =-- =-----=2 76barV - B 1.021,2+161,8 '

    Umasoluoiterativanonecessria,porqueB independentedapresso.A pressocalculadacorrespondeaumapressoreduzidadeP, = 23,76/112,8=0,2]I.A verificaodaFigura3.14confirmaa adequaodacorrelaogeneralizadadoscoeficientesdo tipoviria!'

    Osdadosexperimentaisindicamqueapresso de23.81barnascondiesfornecidas.Dessaforma,aequaodogilsiucalforneceumarespostaque maioremaproximadamente15%,enquantoacorrelaouoscoeficientesvirialfornecelimarespostaemboaconcordnciacomo dadoexperimental.mesmoaamniasendolimamolculapolar.

  • PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 81

    3.7 CORRELAES GENERALIZADAS PARA LQUIDOS

    Emboraosvolumesmolaresdelquidospossamsercalculadosatravsdasequaesdeestadocbicasgenera-lizadas,osresultadosfreqentementenopossuemgrandepreciso.Entretanto,acorrelaodeLee/Keslerin-cluidadosparalquidossub-resfriados,eaFigura3.13ilustracurvasparalquidosegases.ValoresparaambasasfasessofornecidosnasTabelasE.l aE.4.Lembre-se,entretanto,dequeessacorrelaomaisadequadaparafluidosno-polareselevementepolares.

    Adicionalmente,equaesgeneralizadasestodisponveisparaaestimativadevolumesmolaresdelquidossaturados.A equaomaissimples,propostaporRackett,22umexemplo:

    Vsat =Vcz~1-Tr)2f7Umaformaalternativadestaequaoalgumasvezestil:

    (3.72)

    (3.73fzsat=Pr Zp+(1-Tr)2/7]Tr

    Os nicosdadosnecessriossoasconstantescrticas,dadasnaTabelaB.I. Osresultadossousualmentepre-cisosnafaixade I a2%.

    Lydersen,Greenkorne Hougen2Jdesenvolveramumacorrelaodosestadoscorrespondentesa doispar-metrosparaaestimativadovolumedelquidos.EssaestimativaforneceumacorrelaodadensidadereduzidaPr comofunodatemperaturaedapressoreduzidas.Por definio:

    T,=0,30,40,50,60,70,8\

    0,9-

    r- I'""" 1,0T, 0,95--- -:..-::-\ -- ---'\~

    ~~

    ''?"

    '" 0,970,99

    '/I- Lquido Saturado II

    Pr

    3,5

    3,0

    2,5

    2,0

    1,5

    1,0O 2 3

    p VcPr:=- =-Pc V

    4 6 7 8 9 10

    (3.74)

    '-"

    Figura 3.16Correlaogeneralizadaparaadensidadede lquidos.

    "H.G. Rackett,J. Chem.Eng.Data.vol. 15.pp.514-517,1970:vejatambmC.F. SpencereS.B. Adler,ibid..vol.23,pp.82-89,1978,paraumarevisodasequaesdisponveis.

    '-'A.L. Lydersen.R.A. Greenkorne O.A. Hougen,"GeneralizcdThcrmodynamicPropertics01' PureFluids". Ulli\'. Wiscollsin. Eng.Expl. Sla. Repl. 4. 1955.

    -~--------------~

  • (3.75)

    82 Cap(tu{oTrs

    onde Pc a densidadeno pontocrtico. A correlaogeneralizadamostradanaFigura 3.16.Esta figura podeserutilizadadiretamentecoma Eq. (3.74)paraadeterminaodevolumesde lquidos,seo valordo volumecrtico forconhecido.Um procedimentomelhorusarumnico volumedelquido conhecido(estado1)atravsda identidade

    PrlV2 =VI-

    Pr2

    V2=volumerequeridoVI =volume conhecido

    Prl' Pr2 =densidadesreduzidas lidas na Figura 3.16

    Esse mtodo fornece bons resultados e somente necessita de dados experimentais que esto normalmente

    disponveis. A Figura 3.16 deixa clarosos efeitoscrescentestantoda temperaturaquantoda presso,na densi-dade lquido, medidaque o ponto crtico se aproxima.

    Correlaes paraasdensidadesmolarescomo funes da temperaturaparavrios lquidos puros so forne-

    cidas por Dauberte colaboradores.24

    Exemplo 3.13Para a amnia a 310 K, estimea densidade:

    (a) Do Ifquidosaturado; (b) Do Ifquldoa 100 bar.

    Solu~3.13(a) UtilizeaEq. (3.72)natemperaturareduzida,Tr =310/405,7=0.7641.ComV,=72,47eZc=0,242(daTabelaB.I),

    '/7 '/7Vsat =Vcz~I-Tr)- =(72,47)(0,242)(0,2359)-=28,33em3mol-1

    Paracomparao,o valorexperimental de29,14cmlmoi-I. havendoumadiferenade2,7%.

    (b) As condiesreduzidasso:

    100Tr =0,764 Pr =-- =0,887

    112,8

    Substituindoo valor,Pr =2.38(daFigura3.16).e V, naEq. (3.74),tem-se

    V = Vc =72,47=30,45em3mol-1Pr 2,38

    Em comparaocomo valorexperimentalde28,6cm3moi-I. esseresultadosuperiorem6.5%.Seiniciannoscomo valorexperimentalde29,14cm3mal-I parao Ifquidosaturadoa310K, aEq. (3.75)podeser

    usada,Parao IfquidosaturadoaTr =0,764,Prl =2,34(daFigura3.16).A substituiodosvaloresconhecidosnaEq.(3.75)fornece:

    P'l (2,34) 3 1V2 =VI- =(29,14) -38 =28,65 em mol-Prl 2,Esseresultadoestperfeitamentedeacordocomo valorexperimental.

    A aplicaodiretadacorrelaodeLee/Kesler,comvaloresdeZJ e ZI obtidosporinterpolaonasTabelasE.I eE.2, levaao valorde 33,87cmlmoI-I, quepossuiumerrosignificativo,semdvidadevido naturezaaltamentepolardaamnia.

    PROBLEMAS

    3.1. Expresse a expunsividudevolumtricaeu compressibilidade isotrmicacomo funes da densidadep ede suasderivadasparciais. Para a guau 50C e I bar. K =44,18 X 10-6 bar-I. At qual pressoa guadevesercomprimida, a 50C. paravariar a suadensidadeem I %7 Admita que I< seja independentede P.

    "T.E, DlIlIbc,t.R.r. Duuncr.H.M.Sihlll.cCoe.Slchhins.I'ily.rimlll"c/71/(ntloc/Y"C/lII/r Pm/'(r(/t.'.l'OjPlI/'c'Cil

  • .~:';;.

    < t >' A

    (a)

    (b), (c:)---..(cl)

    (e)

    _-..

    PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 83

    3.2. Geralmente,aexpansividadevolumtricaf3eacompressibilidadeisotrmicaK dependemdeTe P. Proveque:

    3.3. A equaodeTaitparalquidosescrita,paraumaisoterma,como:

    V=Vo(l-~) B+P

    ondeV o volumemolarouespecfico,Vo o volumemolarouespecficohipotticonapressoigualazero,eA eB soconstantespositivas.Encontreumaexpressoparaacompressibilidadeisotrmicacon-sistentecomessaequao.

    3.4. Paraagualquida,acompressibilidadeisotrmica dadapor:c

    IC =----V(P +b)

    ondec eb sofunessomentedatemperatura.Se 1kg deguafor comprimidoisotermicamenteere-versivelmentede1a500bar,a60C,quequantidadedetrabalhosernecessria?A 60oe,b =2.700bare c =0,125cm3g-L.

    3.5. Calculeo trabalhoreversvelefetuadonacompressodeI(ft)3demercrio,aumatemperaturaconstantede32(OF),de l(atrn)a3000(atrn).A compressibilidadeisotrmicad,omercrio,a 32(OF),:

    IC/(atrn)-l=3,9x 10-6 - 0,1 x 10-9 P(atrn)3.6.""Cincoquilogramasdetetracloretodecarbonolquidopassamporumamudanadeestadoisobricaa 1

    bar,mecanicamentereversvel,duranteaqualatemperaturavariadeooea20oe.Determine!:J.V', W,Q,!:J.H' e t:..Ut. As propriedadesdotetracloretodecarbonolquido,-a1 bareooe,podemserconsideradasindependentesdatemperatura:f3 = 1,2X 10-3K-L. Cp =0,841

  • 84 CaptuloTrs

    CalculeQ, W, t::.U' e!::Ji' emcadaumdessesprocessoseesboceastrajetriasdetodososprocessosemumnicodiagramaPV.

    3.11.A taxadedecaimentoambiental(environmentallapserate)dT/dzcaracterizaavariaolocaldetempe-raturacomaelevaonaatmosferaterrestre.A pressoatmosfricavariacomaelevaodeacordocoma equaodahidrosttica,

    dP

    di =-MpgondeM amassamolar,p adensidademolar,eg aaceleraodegravidadelocal.Considerequeaatmosferaumgsideal,comT relacionadocomP pelafrmulapolitrpica,Eq. (3.35c).DesenvolvaumaexpressoparaataxadedecaimentoambientalcomofunodeM, g. R e 5.

    3.12.Um tanqueinicialmentesobcondiesdevcuoalimentadocomgsvindodeumalinhaapressocons-tante.DesenvolvaumaexpressorelacionandoatemperaturadogsnotanquecomatemperaturaT' dogsnalinha.Considereo gscomo comportamentoideal,comascapacidadescalorificasconstantes,edesprezeatransfernciadecalorentreo gseo tanque.As equaesdebalanodemassaeenergiaparaesteproblemasotratadasnoExemplo2.13.

    3.13.MostrecomoasEqs.(3.36)e(3.37)sereduzemsexpressesapropriadasparaosquatrovaloresparticu-laresde listadosapsaEq. (3.37).

    3.14.Um tanquecomumvolumede0,1m3 contmara25Ce 101,33kPa. O tanqueestconectadoa umalinhadearcomprimidoquefornecearemcondiesconstantesde45C e 1.500kPa.Umavlvulanalinhaencontra-serachada,deformaqueoarescoalentamenteparadentrodotanqueatqueapressoemseuinteriorfiqueigualpressodalinhad'rcomprimido.Seoprocessolentoo suficienteparaqueatemperaturanotanquepermaneaa25C,quequantidadedecalorperdidapelotanque?Considereo arcomoumgsidealparao qualCp = (7/2)R e Cv = (5/2)R.

    . ....3.15. GsaTe P constantesestcontidoemumalinhadesuprimentoconectada,atravsdeumavlvula,aum

    tanquefechadocontendoo mesmogsaumapressoinferior.A vlvulaabertaparapermitiro escoa-mentodogsparadentrodotanque.eentofechadadenovo.

    (a) Desenvolvaumaequaogeralrelacionandonlen~,osnmerosdemoles(oumassa)degsnotan',queno incioe nofinal doprocesso.comaspropriedadesUI e U2, asenergiasinternasdogsnoincio e no finaldo processo,comH', aentalpiadogsna linhadesuprimento,e comQ. o calortransferidoparao materialnotanqueduranteo processo.

    (b) Reduzaaequaogeralsuaformamaissimplesparao casoparticulardeumgsidealcomcapaci-dadescalorificasconstantes.

    (c) A seguir,simplifiqueaequaodo item(b) parao casodenl =O.(d) A seguir,simplifiqueaequaodo item(c) parao casonoqual,emadio,Q =O.(e) Considerandoo nitrogniocomoumgsideal,comCp =(7/2)R, useaequaoapropriadaparao

    caso,noqualumsuprimentode;1itrognio,a 25Ce 3 bar,escoa,emestadoestacionrio,paraointeriordeumtanquede4 m3 devolume,inicialmentesobvcuo,e calculeo nmerodemolesdenitrognioqueescoamparao interiordotanquedeformaa igualaraspresses,paraduassituaesdistintas:

    1. Admitaquenoexistetransfernciadecalordogsparaotanqueouatravsdasparedesdotanque.2. O tanqueestperfeitamenteisolado,possuiumamassade400kg,encontra-seinicialmenteauma

    temperaturade25C;temumcalorespecficode0,46kJ kg-I K-', eaquecidopelogsdefor-maquesempreestejaaumatemperaturaigualdogsnotanque.

    3.16. Desenvolvaequaesquepossamserresolvidasparaforneceratemperaturafinaldogsquepermanecenointeriordotanqueapsoseuesvaziamentoparcial,deumapressoinicialPI atumapressofinalP2As grandezasconhecidasso:atemperaturainicial,o volumedotanque.acapacidadecalorficadogs,acapacidadecalorificatotaldomaterialdotanque,PI e P2 Considerequeo tanqueestejasemprecomatemperaturaigualdogsquepermanecenotanque,equeelesejaperfeitamenteisolado.

    3.17. Um tanquergidono-condutor,comumvolumede4 m"', divididoemduaspartesdesiguaisporumamembranadelgada.Um ladodamembrana,representando1/3 dovolumedotanque,contmnitrogniogasosoa6 bare 100C.No outrolado.2/3 dovolumedotanque,hvcuo.A membranarompee o gspreenchetodoo tanque.

  • ~..:.,"'!

    PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 85

    ~.

    -

    (a) Qual atemperaturafinaldogs?Quantotrabalhoefetuado?O processoreversvel?(b) Descrevaumprocessoreversvelatravsdo qualo gspossaserrecolocadonoseuestadoinicial.

    Quantotrabalhoefetuado?

    AdmitaAueo nitrogniosejaumgsidealcomCp =:(7/2)R e Cv =:(5/2)R.

    3.18~Um gsideal,inicialmentea30Ce100kPa,passapeloseguinteprocessocclico,emumsistemafechado:

    (a) Emprocessosmecanicamentereversveis,eleprimeiramentecomprimidoadiabaticamenteat500kPa,entoresfriadoapressoconstantede500kPaat30C,e, finalmente,expandidoisotennica-menteaoseuestadooriginal.

    (b) O cicloatravessaexatamenteasmesmasmudanasdeestado,pormcadaetapairreversvelcomumaeficinciade80%comparadaaoprocessomecanicamentereversvelcorrespondente.Nota: Aetapainicialnopodeseradiabtica.

    CalculeQ, W,6.U et::.Hparacadaetapadoprocessoeparacadaciclo.ConsidereCp =:(7/2)R eCv =:(5/2)R.

    3.19.Um metrocbicodeumgsideal,a600K e 1.000kPa,sofreumaexpansoparacincovezeso seuvolu-meinicial,comosegue:

    (a) Atravsdeumprocessoisotrrnico,mecanicamentereversvel.(b) Atravsdeumprocessoadiabtico,mecanicamentereversvel.(c) Atravsdeumprocessoadiabticoirreversvel,no quala expansoocorrecontraumapressode

    100kPa.

    Emcadacaso,calculeatemperaturaeapressofinais,eotrabalhorealizadopelogs.Cp =:21J moI-I K-I.

    3.20.Um moidear,inicialmentea 150Ce 8bar,sofreasseguintesmodificaesmecanicamentereversveis.Ele expandeisoterrnicamenteatumapressotalque,quandoresfriadoavolumeconstanteat50C,suapressofinalde3bar.Admitindoo arcomoumgsidealcomCp =(7/2)R eCv =:(5/2)R, calculeW,Q,6.U e6.H.

    3.21.Um gsidealescoaatravsdeumtubohorizontalemestadoestacionrio.No hadiodecalornemrealizaodetrabalhodeeixo.A readaseotransversaldotubovariacomocomprimento,oquecausavariaonavelocidade.Deduzaumaequaorelacionandoa temperaturacomavelocidadedogs.Senitrognioa 150Cescoaatravsdeumaseodo tubo,a umavelocidadede2.5m S-I, qualsersuatemperaturaemoutraseo.naqualsuavelocidadede50mS-I? ConsidereCp =:(7/2)R.

    3.22.Um maldeumgsideal,inicialmentea30Ce 1bar, levadoa l30C e 10barportrsprocessosdife-rentes,mecanicamentereversveis:

    Primeiramente,o gs aquecidoa volumeconstanteatquesuatemperaturasejaiguala 130C;entoelecomprimidoisotermicamenteatsuapressoatingir10bar.

    Primeiramente,o gs aquecidoapressoconstanteatquesuatemperaturasejaiguala l30C;entoelecomprimidoisotermicamenteatsuapressoatingir10bar.

    Primeiramente,o gs comprimidoisotermicamenteat10bar;ento,ele aquecidoa pressoconstanteatl30e.

    >,

    CalculeQ, W, 6.U e6.Hemcadacaso.ConsidereCp =(7/2)R eC1,=: (512)R.Alternativamente.considereCp =:(5/2)R e Cy = (3/2)R.

    3.23.Um 0101deumgsideal.inicialmentea 30Ce 1bar,passapelasseguintesmudanasmecanicamentereversveis:Ele comprimidoisotermicamenteato pontonoqual,quando aquecidoa volumecons-tanteat120C,asuapressofinalde12bar.CalculeQ, W, 6.U e 6.H parao processo.ConsidereCp =(7/2)R e Cy =(5I2)R.

    3.24.Um processoformadoporduasetapas:(I) Um maldearaT =:800K eP =4 barresfriadoavolumeconstanteatT =350K. (2)O arentoaquecidoapressoconstanteatsuatemperaturaatingir800K.Seesseprocessoemduasetapasfor substitudoporumanicaexpansoisotrmicudoarde800K e4 barparaalgumapressofinalP, qualovalordeP quefazo trabalhosero mesmonosdoisprocessos?Consi-derereversibilidademecnicaeo arcomcomportamentodegsidealcomCp =(7/2)R e Cy=(512)R.

    3.25.Um procedimentoparadeterminaro volumeinternoV;,deumcilindrodegsconstitudopelasseguintesetapas.Um gscolocadonocilindroatatingirumapressobaixaiguula PI, eo cilindroconectado,

  • r.,1~.;.\l'i'i

    ii!iI..I'I:i,.!

    ~.

    I,

    86 Cap(tuloTrs

    atravsdeumpequenotubocomumavlvula,a umtanquederefernciacomvolumeconhecidoV,ondehvcuo.A vlvula aberta,eo gsescoaatravsdotuboparao tanquedereferncia.Apso sis-temaretomarsuatemperaturainicial,umtransdutordepressosensvelforneceumvalorparaavaria-odepresso60P nocilindro.Determi:;eo volumedocilindroV~ a partirdosseguintesdados:

    V =256cm3 6oP/PI = - 0,0639.

    3.26.Um cilindrofechadohorizontale no-condutor equipadocomummbolono-condutor,mvel,quedeslizasematrito,equedivideocilindroemduasseesA eB. As duasseescontmmassasiguaisdear,inicialmentenasmesmascondies,TI =300K e PI =l(atrn).Um aquecedoreltriconaseoA ativado,eatemperaturadoaraumentalentamente:TA' naseoA, porcausadatransfernciadecalor,eTo,naseoB, porcausadacompressoadiabticacausadapelalentamovimentaodombolo.Consi-dereo arcomoumgsideal,comCp =(7/2)R, e nA comoo nmerodemolesdearnaseoA. Paraoprocessocomodescrito,avalieumdosseguintesconjuntosdegrandezas:

    (a) TA>Ts e Q/nA,seP(final) = 1,25(atm).(b) Ts, Q/nAeP(final), seTA =425K.(c) TA' Q/nAeP(final), seTs =325K.() TA' Ts eP(final),seQ/nA =3kJ mal-I.

    3.27.Um maldeumgsidealcomcapacidadescaloficasconstantessofreumprocessoarbitrriomecanica-mentereversvel.Mostreque:

    ,.

    '~.

    - 16.U=--6.(PV)y-l3.28.Deduzaumaequaoparao trabalhonacompressoisotrmica,mecanicamentereversvel,de1moi de

    umgsdeumapressoinicialPI atumapressofinal P2, quandoa equaodeestado aexpansodotipovirial (Eq.(3.11)]truncada.comaseguinteforma:

    Z = 1+B' PComoesseresultadosecomparaaoresultadoobtidoconsiderandoo gsumgsideal?

    3.29.O comportamentodeumcertogsdescritopelaequaodeestado;

    PV =RT +(b - :T ) PAqui, bumaconstante,e8umafunosomentedeT.Paraessegs,determineexpressesparaacom-pressibilidadeisotrmicaK eparaocoeficientedepressotrmica(ap/a7)v' EstasexpressesdevemcontersomenteT, P, 8,d8/dT econstantes.

    3.30.Parao cloretodemetilaa 100cC.o segundoeo terceirocoeficientesdo tipovirial so:

    B =-242.5 em3 mol-l c =25.200cm6 mol-2

    onde

    (a)

    (b)

    Calculeo trabalhonacompressoisotrmica,mecanicamentereversvel,deImaldecloretodemetilade1barat55bar,a 100C.Tomecomobaseparaosclculosasseguintesformasdaequaodotipovirial:

    B CZ=I+-+-V V2

    Z =1+B' P +C'p2B' =!!.... e C' =C - B2

    RT (RT)2

    Por queasduasequaesnofornecemexatamenteo mesmoresultado?

    3.31.Qualquerequaodeestadovlidaparagasesno limitedepressoigualazerolevaaumconjuntocom-pletodecoeficientesdo tipoviria!.Mostrequeao seutilizaraequaodeestadocbicagenrica,Eq.(3.42),obtm-seo segundoeo terceirocoeficientesdo tipovirialnaforma:

    B =b _ a~nRT

    C =b2 +_(E_+_O"_)_bc_l (_T_)RT

  • ....---

    t ..'

    ~. -"'-""~~-'~_.--"''"-- _ __ -. __ ----~----------_ _ -_ --.-." ' __ o _."._._ _._ _

    PropriedadesVolumtricasdeFluidosPuros 87

    Particularizeo resultadoobtidoparaB paraaequaodeestadodeRedlich/Kwong,forneaaexpressonaformareduzidaecomparenumericamentecomB obtidocoma correlaogeneralizadaparafluidossimples,Eq.(3.65).Discutao quevocencontrou.

    3.32.CalculeZ e V parao etilenoa25ee 12bar,comasseguimesequaes:

    (a) A equaodotipovirialtruncada[Eq. (3.40)],comosseguintesvaloresexperimentaisdoscoeficientesdotipovirial:

    B =-140 cm3 mol-1 C =7.200cm6 mol-2(b) A equaodotipovirialtruncada[Eq. (3.38)],comumvalordeB obtidocomacorrelaodePitzer

    generalizada[(Eq.(3.63)].(c) A equaodeRedlich/Kwong.(d) A equaodeSoavelRedlich/Kwong.(e) A equaodePengIRobinson.

    3.33.CalculeZ e V parao etanoa50e e 15bar,comasseguintesequaes:

    (a) A equaodotipovirialtruncada[Eq. (3.40)],comosseguintesvaloresexperimentaisdoscoeficientesdotipovirial:

    B =-156,7 cm3 mol-1 C =9.650cm6 mol-2(b) A equaodotipovirialtruncada[Eq. (3.38)],comumvalordeB obtidocomacorrelaodePitzer

    generalizada[(Eq.(3.63)].(c) A equaodeRedlich/Kwong.

    _ (d) A equaodeSoavelRedlich/Kwong.(e) A equaodePengIRobinson.

    3.34.CalculeZ e V parao hexaf1uoretodeenxofrea75Ce 15bar,comasseguintesequaes:

    (a) A equaodotipovirialtruncada[Eq.(3.40)],comosseguintesvaloresexperimentaisdoscoeficien-tesdotipovirial: '

    B =-194 cm3 mol-1 C =15.300cm6 mol-2(b) A equaodotipovirialtruncada[Eq. (3.38)],comumvalordeB obtidocomacorrelaodePitzer

    generalizada[(Eq.(3.63)].(c) A equaodeRedlichIKwong.(d) A equaodeSoavelRedlich/Kwong.(e) A equaodePenglRobinson.

    Parao hexaf1uoretodeenxofre,Te= 318,7K; Pc = 37,6bar;V,.= 198cm3 moI-I; e w =0,286.

    3.35.'Calcule2 e V parao vapord'guaa250Ce 1.800kPa,dasseguintesformas:

    (a) Comaequaodotipoviria!truncada[Eq.(3.40)],comosseguintesvaloresexperimentaisdoscoefici-entesdotipoviria!:

    B ==-152,5 cm3 mol-1 C =-5.800 cm6 mol-2(b) Comaequaodotipoviria!truncada[Eq. (3.38)],comumvalordeR obtidocomacorrelaode

    Pitzergeneralizada[(Eq.(3.63)].(c) Na tabeladevapor(ApndiceF).

    3.36.No quediz respeitosexpansesdotipovirial,Eqs.(3.11)e(3.12),mostreque:

    R' - (82) e R _ (82)- 8P T.P=O - 8p T,p=Oondep == 1/V.

    3.37.A Eq. (3.12),quandotruncadaemquatrotermos,representacomprecisodadosvolumtricosdometanogasosoaooecom:

    R =-53,4 cm3 mol-1 C =2.620cm6 mol-2 D =5.000cm9 mol-3(a) A partirdessasinformaes,prepareumgrficoZ vs.P parao metanoaOCdeOa200bar.(b) AtquepressesasEqs.(3.38)e (3.39)fornecemboasaproximaes?

  • t t.~.~.

    88 Capwlo Trs

    3.38.Calculeovolumemolardolquidosaturadoeovolumemolardovaporsaturado,comaequaodeRedlich/Kwong, paraumadasopesaseguir,ecompareosresultadoscomosvaloresobtidoscomcorrelaesgeneralizadasadequadas.

    (a) Propanoa40C,ondepsat == 13,71bar.(b) Propanoa50C,ondepsat == 17,16bar.(c) Propanoa60C,ondepsat== 21,22bar.() Propanoa70C,ondepsa, == 25,94bar.(e) n-Butanoa 100C,ondepsa'== 15,41bar.(f) n-Butanoa !lOC, ondept == 18,66bar.